abertura 7 mÓdulo 1– noÇÕes de contabilidade...

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Administração Financeira de Longo Prazo SUMÁRIO SUMÁRIO SUMÁRIO SUMÁRIO SUMÁRIO SUMÁRIO SUMÁRIO SUMÁRIO SUMÁRIO SUMÁRIO ABERTURA .................................................................................................................................. 7 APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................................................................... 7 OBJETIVO E CONTEÚDO ......................................................................................................................................................... 7 BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA ................................................................................................................................................ 8 BIBLIOGRAFIA SUPLEMENTAR .............................................................................................................................................. 8 PROFESSORES-AUTORES ......................................................................................................................................................... 9 MÓDULO 1– NOÇÕES DE CONTABILIDADE ............................................................................. 11 APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 11 UNIDADE 1– CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS UNIDADE 1– CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS UNIDADE 1– CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS UNIDADE 1– CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS UNIDADE 1– CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS ............................................................................................................... ............................................................................................................... ............................................................................................................... ............................................................................................................... ............................................................................................................... 11 11 11 11 11 1.1 DEFINIÇÃO .......................................................................................................................................................................... 11 1.2 CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................................................................................. 11 1.3 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ALOCAÇÃO AO PRODUTO .................................................................................... 11 1.3.1 CUSTOS DIRETOS ........................................................................................................................................................... 12 1.3.2 CUSTOS INDIRETOS ...................................................................................................................................................... 12 1.3.3 APLICABILIDADE DA CLASSIFICAÇÃO ÀS DESPESAS ...................................................................................... 12 1.3.4 FATORES INTERVENIENTES NA CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO PRODUTO ............................................... 13 1.4 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO VOLUME DE PRODUÇÃO ................................................................................... 13 1.4.1 CUSTOS VARIÁVEIS ....................................................................................................................................................... 14 1.4.2 CUSTOS FIXOS ................................................................................................................................................................ 14 1.4.3 VOLUME TOTAL VERSUS VOLUME UNITÁRIO .................................................................................................... 14 1.4.4 CUSTOS HÍBRIDOS ........................................................................................................................................................ 14 1.5 CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS ..................................................................................................................................... 15 1.5.1 ITENS CUSTEADOS ........................................................................................................................................................ 15 1.5.2 OUTRAS TAXONOMIAS ................................................................................................................................................ 16 1.5.3 CONCEITOS RELATIVOS À ANÁLISE ORÇAMENTÁRIA ...................................................................................... 17 1.5.4 CONSIDERAÇÕES ........................................................................................................................................................... 19 1.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 19 1.7 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 19 UNIDADE 2 – SISTEMAS E MÉTODOS DE CUSTEIO UNIDADE 2 – SISTEMAS E MÉTODOS DE CUSTEIO UNIDADE 2 – SISTEMAS E MÉTODOS DE CUSTEIO UNIDADE 2 – SISTEMAS E MÉTODOS DE CUSTEIO UNIDADE 2 – SISTEMAS E MÉTODOS DE CUSTEIO ................................................................................................ ................................................................................................ ................................................................................................ ................................................................................................ ................................................................................................ 20 20 20 20 20 2.1 CUSTOS E DESPESAS ....................................................................................................................................................... 20 2.2 SISTEMAS DE CUSTEIO ................................................................................................................................................... 20 2.2.1 SISTEMA POR ORDEM DE SERVIÇO ........................................................................................................................ 21 2.2.2 SISTEMA POR PROCESSO ............................................................................................................................................ 21 2.2.2.1 PRODUÇÃO EQUIVALENTE ..................................................................................................................................... 22 2.3 APURAÇÃO DO CUSTO ................................................................................................................................................... 22 2.4 MÉTODO DE CUSTEIO IDEAL ....................................................................................................................................... 22 2.5 CONHECIMENTO DA ATIVIDADE ................................................................................................................................ 23 2.6 BASES DE AVALIAÇÃO .................................................................................................................................................... 23 2.6.1 CUSTO REAL E CUSTO ORÇADO .............................................................................................................................. 23 2.7 MÉTODO DE CUSTEIO VARIÁVEL ............................................................................................................................... 24 2.7.1 VANTAGENS ..................................................................................................................................................................... 24 2.7.2 DESVANTAGENS ............................................................................................................................................................. 25

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Administração Financeira de Longo Prazo S U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I O

SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO

ABERTURA .................................................................................................................................. 7

APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................................................................... 7

OBJETIVO E CONTEÚDO ......................................................................................................................................................... 7

BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA ................................................................................................................................................ 8

BIBLIOGRAFIA SUPLEMENTAR .............................................................................................................................................. 8

PROFESSORES-AUTORES ......................................................................................................................................................... 9

MÓDULO 1– NOÇÕES DE CONTABILIDADE ............................................................................. 11

APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 11

UNIDADE 1– CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOSUNIDADE 1– CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOSUNIDADE 1– CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOSUNIDADE 1– CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOSUNIDADE 1– CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 1 11 11 11 11 1

1.1 DEFINIÇÃO .......................................................................................................................................................................... 11

1.2 CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................................................................................. 11

1.3 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ALOCAÇÃO AO PRODUTO .................................................................................... 11

1.3.1 CUSTOS DIRETOS ........................................................................................................................................................... 12

1.3.2 CUSTOS INDIRETOS ...................................................................................................................................................... 12

1.3.3 APLICABILIDADE DA CLASSIFICAÇÃO ÀS DESPESAS ...................................................................................... 12

1.3.4 FATORES INTERVENIENTES NA CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO PRODUTO ............................................... 13

1.4 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO VOLUME DE PRODUÇÃO ................................................................................... 13

1.4.1 CUSTOS VARIÁVEIS ....................................................................................................................................................... 14

1.4.2 CUSTOS FIXOS ................................................................................................................................................................ 14

1.4.3 VOLUME TOTAL VERSUS VOLUME UNITÁRIO .................................................................................................... 14

1.4.4 CUSTOS HÍBRIDOS ........................................................................................................................................................ 14

1.5 CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS ..................................................................................................................................... 15

1.5.1 ITENS CUSTEADOS ........................................................................................................................................................ 15

1.5.2 OUTRAS TAXONOMIAS ................................................................................................................................................ 16

1.5.3 CONCEITOS RELATIVOS À ANÁLISE ORÇAMENTÁRIA ...................................................................................... 17

1.5.4 CONSIDERAÇÕES ........................................................................................................................................................... 19

1.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 19

1.7 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 19

UNIDADE 2 – SISTEMAS E MÉTODOS DE CUSTEIOUNIDADE 2 – SISTEMAS E MÉTODOS DE CUSTEIOUNIDADE 2 – SISTEMAS E MÉTODOS DE CUSTEIOUNIDADE 2 – SISTEMAS E MÉTODOS DE CUSTEIOUNIDADE 2 – SISTEMAS E MÉTODOS DE CUSTEIO ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 2 02 02 02 02 0

2.1 CUSTOS E DESPESAS ....................................................................................................................................................... 20

2.2 SISTEMAS DE CUSTEIO ................................................................................................................................................... 20

2.2.1 SISTEMA POR ORDEM DE SERVIÇO ........................................................................................................................ 21

2.2.2 SISTEMA POR PROCESSO ............................................................................................................................................ 21

2.2.2.1 PRODUÇÃO EQUIVALENTE ..................................................................................................................................... 22

2.3 APURAÇÃO DO CUSTO ................................................................................................................................................... 22

2.4 MÉTODO DE CUSTEIO IDEAL ....................................................................................................................................... 22

2.5 CONHECIMENTO DA ATIVIDADE ................................................................................................................................ 23

2.6 BASES DE AVALIAÇÃO .................................................................................................................................................... 23

2.6.1 CUSTO REAL E CUSTO ORÇADO .............................................................................................................................. 23

2.7 MÉTODO DE CUSTEIO VARIÁVEL ............................................................................................................................... 24

2.7.1 VANTAGENS ..................................................................................................................................................................... 24

2.7.2 DESVANTAGENS ............................................................................................................................................................. 25

Administração Financeira de Longo PrazoS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I O

2.7.3 APLICABILIDADE ............................................................................................................................................................ 25

2.7.4 ESQUEMA DO CUSTEIO VARIÁVEL ......................................................................................................................... 26

2.8 MÉTODO DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO ................................................................................................................... 26

2.8.1 DESVANTAGENS ............................................................................................................................................................. 27

2.8.2 APLICABILIDADE ............................................................................................................................................................ 27

2.8.3 ESQUEMA DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO ............................................................................................................. 27

2.8.4 REGIME DE COMPETÊNCIA ........................................................................................................................................ 28

2.8.5 ALOCAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS .................................................................................................................... 28

2.8.6 DEPARTAMENTALIZAÇÃO DE CUSTOS .................................................................................................................. 28

2.8.7 DISTORÇÕES .................................................................................................................................................................... 29

2.9 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 29

2.10 EXERCÍCIO ......................................................................................................................................................................... 29

UNIDADE 3 – CENÁRIOS CULUNIDADE 3 – CENÁRIOS CULUNIDADE 3 – CENÁRIOS CULUNIDADE 3 – CENÁRIOS CULUNIDADE 3 – CENÁRIOS CULTURTURTURTURTURAISAISAISAISAIS .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 2 92 92 92 92 9

MÓDULO 2 – ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO ........................................................................ 31

APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 31

UNIDADE 1 – PREMISSAS ORÇAMENTÁRIASUNIDADE 1 – PREMISSAS ORÇAMENTÁRIASUNIDADE 1 – PREMISSAS ORÇAMENTÁRIASUNIDADE 1 – PREMISSAS ORÇAMENTÁRIASUNIDADE 1 – PREMISSAS ORÇAMENTÁRIAS .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 3 13 13 13 13 1

1.1 ORÇAMENTO ...................................................................................................................................................................... 31

1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................................................................................... 31

1.3 ESTRATÉGIAS ...................................................................................................................................................................... 31

1.4 PLANEJAMENTO ................................................................................................................................................................ 31

1.5 PLANOS DE DESEMPENHO ........................................................................................................................................... 32

1.5.1 CRITÉRIOS DE MENSURAÇÃO ................................................................................................................................... 32

1.6 CONTROLE ........................................................................................................................................................................... 32

1.7 ORÇAMENTO ...................................................................................................................................................................... 33

1.8 MÉTRICAS ............................................................................................................................................................................ 33

1.9 PREMISSAS .......................................................................................................................................................................... 33

1.9.1 DEFINIÇÃO DE PREMISSAS ........................................................................................................................................ 34

1.9.1.1 METAS ............................................................................................................................................................................. 34

1.9.1.2 VARIÁVEIS ENDÓGENAS E EXÓGENAS .............................................................................................................. 35

1.9.1.3 INTERDEPENDÊNCIA ................................................................................................................................................. 37

1.9.1.4 HIATO TEMPORAL ...................................................................................................................................................... 37

1.10 ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO ............................................................................................................................... 37

1.11 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 38

1.12 EXERCÍCIO ......................................................................................................................................................................... 38

UNIDADE 2 – MECÂNICA ORÇAMENTÁRIAUNIDADE 2 – MECÂNICA ORÇAMENTÁRIAUNIDADE 2 – MECÂNICA ORÇAMENTÁRIAUNIDADE 2 – MECÂNICA ORÇAMENTÁRIAUNIDADE 2 – MECÂNICA ORÇAMENTÁRIA ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 3 83 83 83 83 8

2.1 ESTUDO DE CASO ............................................................................................................................................................. 38

2.1.1 CAPITAL SOCIAL ............................................................................................................................................................. 38

2.1.2 PRODUTO E PREÇO ....................................................................................................................................................... 39

2.1.3 PAGAMENTO AOS FORNECEDORES ....................................................................................................................... 39

2.1.4 ESTOQUE .......................................................................................................................................................................... 39

2.1.5 RECEBIMENTO DE CLIENTES ..................................................................................................................................... 39

2.1.6 META DE VENDAS ......................................................................................................................................................... 39

2.1.7 GASTOS ADMINISTRATIVOS E COMERCIAIS ........................................................................................................ 40

2.1.8 TRIBUTAÇÃO .................................................................................................................................................................... 40

Administração Financeira de Longo Prazo S U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I O

2.1.9 IMPOSTO DE RENDA .................................................................................................................................................... 40

2.1.10 DIVIDENDOS ................................................................................................................................................................. 41

2.1.11 EMPRÉSTIMO ................................................................................................................................................................ 41

2.1.12 MÓVEIS, UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS ............................................................................................................ 41

2.2 DESENVOLVIMENTO DO ORÇAMENTO .................................................................................................................... 42

2.2.1 PLANILHA DE COBRANÇA .......................................................................................................................................... 43

2.2.2 DUPLICATAS A RECEBER E IMPOSTOS SOBRE VENDAS .................................................................................. 44

2.2.3 DESPESAS DE VENDAS ................................................................................................................................................ 45

2.2.4 ESTOQUE .......................................................................................................................................................................... 46

2.2.5 IMPOSTOS A RECUPERAR ............................................................................................................................................ 47

2.2.6 PAGAMENTO DOS FORNECEDORES ....................................................................................................................... 48

2.2.7 PLANILHAS DE CONTAS A PAGAR ........................................................................................................................... 49

2.2.8 IMPOSTOS A RECOLHER ............................................................................................................................................ 51

2.2.9 RECOLHIMENTO POSTERIOR ..................................................................................................................................... 52

2.2.10 PLANILHA DE CONTROLE PERMANENTE – MÓVEIS E UTENSÍLIOS ......................................................... 53

2.2.11 PLANILHA DE CONTROLE PERMANENTE – VEÍCULO .................................................................................... 54

2.2.12 CONTROLE DE EMPRÉSTIMOS ............................................................................................................................... 55

2.3 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 55

2.4 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 56

UNIDADE 3 – DEMONSTRUNIDADE 3 – DEMONSTRUNIDADE 3 – DEMONSTRUNIDADE 3 – DEMONSTRUNIDADE 3 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PRAÇÕES CONTÁBEIS PRAÇÕES CONTÁBEIS PRAÇÕES CONTÁBEIS PRAÇÕES CONTÁBEIS PROJETOJETOJETOJETOJETADASADASADASADASADAS ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 5 65 65 65 65 6

3.1 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................................................................................................................................... 56

3.2 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS PROJETADA PARA FINS SOCIETÁRIOS E FISCAIS ............................. 56

3.2.1 REGIME CONTÁBIL DE COMPETÊNCIA .................................................................................................................. 58

3.2.2 DESEMBOLSO DE DIVIDENDOS ............................................................................................................................... 58

3.2.3 IMPOSTO DE RENDA .................................................................................................................................................... 59

3.2.4 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO PROJETADA PARA FINS GERENCIAIS ................................................... 59

3.3 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PROJETADA ..................................................................................... 61

3.4 BALANÇO PATRIMONIAL PROJETADO ....................................................................................................................... 63

3.5 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 65

3.6 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 65

UNIDADE 4 – CENÁRIOS CULUNIDADE 4 – CENÁRIOS CULUNIDADE 4 – CENÁRIOS CULUNIDADE 4 – CENÁRIOS CULUNIDADE 4 – CENÁRIOS CULTURTURTURTURTURAISAISAISAISAIS .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 6 56 56 56 56 5

MÓDULO 3 – AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO FINANCEIRO ..................................................... 67

APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 67

UNIDADE 1 – INDICADORES FINANCEIROSUNIDADE 1 – INDICADORES FINANCEIROSUNIDADE 1 – INDICADORES FINANCEIROSUNIDADE 1 – INDICADORES FINANCEIROSUNIDADE 1 – INDICADORES FINANCEIROS ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 6 76 76 76 76 7

1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ............................................................................................................................................ 67

1.2 PAY-BACK ............................................................................................................................................................................. 67

1.3 VALOR PRESENTE LÍQUIDO – VPL .............................................................................................................................. 68

1.4 TAXA INTERNA DE RETORNO – TIR ............................................................................................................................. 68

1.5 PONTO DE EQUILÍBRIO – PEQ. ..................................................................................................................................... 69

1.6 MARGEM DE SEGURANÇA – MS ................................................................................................................................. 70

1.7 GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL – GAO ................................................................................................. 70

1.8 GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA – GAF ...................................................................................................... 70

1.9 LIQUIDEZ CORRENTE – LC ............................................................................................................................................ 71

1.10 LIQUIDEZ GERAL – LG .................................................................................................................................................. 71

Administração Financeira de Longo PrazoS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I O

1.11 ENDIVIDAMENTO GERAL – EG .................................................................................................................................. 72

1.12 ENDIVIDAMENTO ONEROSO – EO ........................................................................................................................... 72

1.13 COMPOSIÇÃO DA EXIGIBILIDADES – CE ............................................................................................................... 73

1.14 COMPOSIÇÃO DO PASSIVO ONEROSO – CPO ..................................................................................................... 73

1.15 MARGEM BRUTA – MB ................................................................................................................................................. 74

1.16 MARGEM LÍQUIDA – ML .............................................................................................................................................. 74

1.17 RETORNO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO – RPL ......................................................................................................... 74

1.18 RETORNO DO ATIVO – RA .......................................................................................................................................... 75

1.19 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 76

1.20 EXERCÍCIO ......................................................................................................................................................................... 76

UNIDADE 2 – FLUNIDADE 2 – FLUNIDADE 2 – FLUNIDADE 2 – FLUNIDADE 2 – FLUXUXUXUXUXO DE CAIXO DE CAIXO DE CAIXO DE CAIXO DE CAIXA LÍQUIDO E A LÍQUIDO E A LÍQUIDO E A LÍQUIDO E A LÍQUIDO E VVVVVALALALALALOR ECOR ECOR ECOR ECOR ECONÔMICONÔMICONÔMICONÔMICONÔMICO AO AO AO AO AGREGADOGREGADOGREGADOGREGADOGREGADO ....................................................................................................................................................................................................................... 7 67 67 67 67 6

2.1 PLANEJAMENTO FINANCEIRO ..................................................................................................................................... 76

2.2 FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO ........................................................................................................................................... 76

2.3 INVESTIMENTOS EM ATIVO PERMANENTE ............................................................................................................. 77

2.4 ALAVANCAGEM FINANCEIRA ....................................................................................................................................... 78

2.4.1 FONTES DE FINANCIAMENTO .................................................................................................................................. 78

2.4.2 CONCILIAÇÃO DE TAXAS ............................................................................................................................................ 79

2.5 CUSTO DO CAPITAL ......................................................................................................................................................... 79

2.5.1 CÁLCULO DO CUSTO DO CAPITAL ......................................................................................................................... 80

2.6 ECONOMIC VALUE ADDED ........................................................................................................................................... 81

2.6.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 81

2.6.1.1 REMODELAGEM DA DRE ......................................................................................................................................... 82

2.6.1.2 ANÁLISE DOS INVESTIMENTOS ............................................................................................................................ 82

R$ 40.000,00 ............................................................................................................................................................................... 82

(R$ 27.000,00) ............................................................................................................................................................................. 82

R$ 13.000,00 ............................................................................................................................................................................... 82

(R$ 3.250,00) ............................................................................................................................................................................... 82

R$ 9.750,00 .................................................................................................................................................................................. 82

(R$ 6.000,00) ............................................................................................................................................................................... 82

R$ 1.500,00 .................................................................................................................................................................................. 82

(R$ 4.500,00) ............................................................................................................................................................................... 82

R$ 5.250,00 .................................................................................................................................................................................. 82

CMPC ............................................................................................................................................................................................ 82

23,76% ......................................................................................................................................................................................... 82

2.6.2 CUSTO MÉDIO PONDERADO ..................................................................................................................................... 83

2.6.2.1 VALOR AGREGADO .................................................................................................................................................... 83

2.6.2.2 VALOR DA EMPRESA ................................................................................................................................................. 84

2.7 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 84

2.8 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................................ 85

UNIDADE 3 – APLICAÇÃO DE INDICADORESUNIDADE 3 – APLICAÇÃO DE INDICADORESUNIDADE 3 – APLICAÇÃO DE INDICADORESUNIDADE 3 – APLICAÇÃO DE INDICADORESUNIDADE 3 – APLICAÇÃO DE INDICADORES .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 8 58 58 58 58 5

3.1 PLANILHA DE APOIO ....................................................................................................................................................... 85

3.2 VIABILIDADE DO INVESTIMENTO ............................................................................................................................... 85

3.3 ANÁLISE DO VPL ............................................................................................................................................................... 85

3.4 PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO ....................................................................................................................... 86

3.5 MARGEM DE SEGURANÇA ............................................................................................................................................ 87

Administração Financeira de Longo Prazo S U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I O

3.5.1 ALTERAÇÃO DA ALAVANCAGEM .............................................................................................................................. 87

3.6 ÍNDICES DE ANÁLISE ....................................................................................................................................................... 88

3.7 RENTABILIDADE ................................................................................................................................................................. 88

3.8 PLANEJAMENTO FINANCEIRO ..................................................................................................................................... 89

3.9 AGREGAÇÃO DE VALOR .................................................................................................................................................. 89

3.9.1 CUSTOS DE CAPITAIS ................................................................................................................................................... 90

3.9.2 EVA POSITIVO .................................................................................................................................................................. 91

3.10 VALOR ECONÔMICO ..................................................................................................................................................... 91

3.11 GRÁFICO DO EVA ............................................................................................................................................................ 92

3.12 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 92

3.13 EXERCÍCIO ......................................................................................................................................................................... 92

UNIDADE 4 – CENÁRIOS CULUNIDADE 4 – CENÁRIOS CULUNIDADE 4 – CENÁRIOS CULUNIDADE 4 – CENÁRIOS CULUNIDADE 4 – CENÁRIOS CULTURTURTURTURTURAISAISAISAISAIS .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 9 29 29 29 29 2

MÓDULO 4 – ENCERRAMENTO ................................................................................................ 93

APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 93

Administração Financeira de Longo Prazo A B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R A

77777

ABERTURA

APRESENTAÇÃO

A disciplina Administração Financeira de Longo Prazo Administração Financeira de Longo Prazo Administração Financeira de Longo Prazo Administração Financeira de Longo Prazo Administração Financeira de Longo Prazo é dedicada ao estudo da Controladoria

e de como a Contabilidade, a Matemática Financeira e a Administração Financeira se inter-relacionam como competências necessárias à gestão empresarial.

Nesse propósito, estudaremos aspectos relacionados à Contabilidade de Custos e à Contabilidade

Gerencial no primeiro módulo. Já no segundo módulo, estudaremos a elaboração dedemonstrações contábeis projetadas, isto é, a elaboração do orçamento financeiro. Para tanto,

revisaremos os conceitos básicos aprendidos na disciplina Contabilidade Financeira. Finalmente,no último módulo, revisaremos e aplicaremos os conceitos de finanças.

Apesar de utilizar conceitos matemáticos, esta matéria não se trata de uma ciência exata; a rigor,

é eminentemente composta pela racionalidade das Ciências Sociais Aplicadas. Isso significa que,por menos que você goste – ou ache que goste ou desgoste – de Matemática ou de Contabilidade,

é preciso se desprender desse pré-conceito, ler a apostila e acompanhar o material on-line com amente aberta. Apenas assim você conseguirá absorver e compreender o rico conteúdo desta

disciplina, fundamental à melhor gestão de qualquer organização – manufatureira ou prestadorade serviços, com ou sem fins lucrativos.

OBJETIVO E CONTEÚDO

O objetivo de Administração Financeira de Longo Prazo Administração Financeira de Longo Prazo Administração Financeira de Longo Prazo Administração Financeira de Longo Prazo Administração Financeira de Longo Prazo é capacitar o aluno a elaborar einterpretar orçamentos financeiros, de forma a habilitá-lo para o auxílio aos responsáveis da área

de Controladoria na condução de planejamentos orçamentários.

Para tanto, a disciplina Administração Financeira de Longo Prazo Administração Financeira de Longo Prazo Administração Financeira de Longo Prazo Administração Financeira de Longo Prazo Administração Financeira de Longo Prazo foi estruturada em quatroquatroquatroquatroquatromódulos, nos quais foi inserido o seguinte conteúdo...

Módulo 1 Módulo 1 Módulo 1 Módulo 1 Módulo 1 – Noções de contabilidade

Neste módulo, apresentaremos os conceitos básicos da Contabilidade de Custos, bem

como a mecânica de mensuração do custo dos produtos – bens ou serviços.

A compreensão da matéria apresentada neste módulo é fundamental à gestãoempresarial e, consequentemente, à compreensão do último módulo desta disciplina.

Módulo 2 Módulo 2 Módulo 2 Módulo 2 Módulo 2 – Elaboração de orçamento

Neste módulo, apresentaremos a definição de premissas orçamentárias e a mecânicade elaboração de relatórios financeiros projetados. A compreensão da matéria

apresentada neste módulo também é fundamental à gestão empresarial e,

consequentemente, à compreensão do último módulo desta disciplina.

Administração Financeira de Longo PrazoA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R A

88888

Módulo 3 Módulo 3 Módulo 3 Módulo 3 Módulo 3 – Avaliação de desempenho financeiro

Neste módulo, vamos discutir e entender como os métodos de avaliação de

investimentos e de desempenho econômico-financeiro são úteis à avaliação de planos

orçamentários. Portanto, começaremos com uma breve revisão dos principais métodos

de avaliação.

Na sequência, discutiremos e entenderemos outros dois métodos de avaliação – o

fluxo de caixa líquido da empresa, em uma leitura financeira, e o valor econômico

agregado, em uma leitura econômica.

Posteriormente, aplicaremos todos esses métodos à avaliação do orçamento projetado,

utilizando o orçamento hipotético da Cia. Comercial de Gramado.

Módulo 4 Módulo 4 Módulo 4 Módulo 4 Módulo 4 – Encerramento

Neste módulo, além da avaliação deste trabalho, você encontrará algumas divertidas

opções para testar seus conhecimentos sobre o conteúdo desenvolvido nos módulos

anteriores: caça-palavras, palavras cruzadas, forca e criptograma. Entre neles e bom

trabalho!

BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA

CARDOSO, Ricardo Lopes; MARIO, Poueri do Carmo; AQUINO, André Carlos B. Contabilidade

Gerencial. São Paulo: Atlas, 2007.

Este livro é completamente aderente ao conteúdo da disciplina – a linguagem adotada

é a mesma, inclusive. Os conteúdos dos capítulos 1 a 4, 8 e 9 são cobertos nesta

disciplina.

BIBLIOGRAFIA SUPLEMENTAR

GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7a ed. São Paulo: Harbras, 1997.

ROSS, Stephen A et al. Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1995.

Esses dois livros contemplam todo o conteúdo sobre Finanças Corporativas que são

tratados nos módulos da disciplina, inclusive, tornando-se fonte para consultas de

outros assuntos mais avançados que aqui não são tratados.

SZUSTER, Natan et al. Contabilidade Geral: introdução à contabilidade societária. 2a ed. São Paulo:

Atlas, 2008.

Todo o conteúdo desta obra é uma rica fonte de consulta para que não haja perda de

conhecimentos ou desconexão entre as disciplinas.

Administração Financeira de Longo Prazo A B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R AA B E R T U R A

99999

WELSCH, Glenn A. Orçamento Empresarial. 4a ed. São Paulo: Atlas, 1983.

Este livro é um clássico em termos de manual de elaboração de orçamentos e será de

utilidade para completar o conteúdo tratado no módulo de elaboração e de análise de

orçamentos.

PROFESSORES-AUTORES

Ricardo Lopes CardosoRicardo Lopes CardosoRicardo Lopes CardosoRicardo Lopes CardosoRicardo Lopes Cardoso é Doutor em Ciências Contábeis – FEA-USP –,

Mestre em Ciências Contábeis – FAF-UERJ –, é contador e advogado.

Professor Adjunto da Escola Brasileira de Administração Pública e de

Empresas da Fundação Getulio Vargas – EBAPE-FGV – e da Faculdade de

Administração e Finanças da Universidade do Estado do Rio de Janeiro –

FAF-UERJ. É coautor dos livros Contabilidade Geral (Atlas, 2007),

Contabilidade Gerencial (Atlas, 2007) e Contabilidade dos Investimentos

em Participações Societárias (FGV, 2008). É também autor do capítulo Reflexos da regulação

econômica na informação contábil prestada pelo ente regulado do livro Regulação no Brasil:

desenho, governança, avaliação (Atlas, 2007), coautor dos capítulos Causality in Performance

Measurement Model: a case study in a Brazilian power distribution company do livro Studies in

Managerial and Financial Accounting, vol. 18 - Performance Measurement and Management Control:

measuring and rewarding performance (Emerald, 2008); Pesquisa em Contabilidade e Controladoria

do livro Pesquisa Quantitativa em Administração (Atlas, 2006); Hipótese de Mercado Eficiente e

Modelo de Precificação de Ativos Financeiros do livro Teoria Positiva da Contabilidade (Atlas, 2004).

Participou ainda da 6ª edição do Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações – FIPECAFI

(Atlas, 2003).

Poueri do Carmo Mario Poueri do Carmo Mario Poueri do Carmo Mario Poueri do Carmo Mario Poueri do Carmo Mario é Doutor e Mestre em Ciências Contábeis

pela FEA/USP, Especialista em Finanças pela UNA – Cepederh – e Bacharel

em Ciências Contábeis pela PUCMINAS. Professor Adjunto do

Departamento de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Minas

Gerais, atua no Programa de Pós-Graduação em Controladoria e

Contabilidade. É ex-professor adjunto da PUCMINAS. Possui experiência

profissional em consultorias contábil e financeira em ramos como bebidas

e alimentos, instituições financeiras, cooperativas, instituições de ensino, autopeças, entre outros.

Pesquisa na área contábil – em especial, o fenômeno da solvência empresarial –, com trabalhos

publicados em anais de congressos nacionais e internacionais, bem como em capítulos de livros.

É coautor do livro Contabilidade Gerencial, pela Editora Atlas.

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MÓDULO 1– NOÇÕES DE CONTABILIDADE

APRESENTAÇÃO

Neste módulo, apresentaremos os conceitos básicos da Contabilidade de Custos, bem como a

mecânica de mensuração do custo dos produtos – bens ou serviços.

A compreensão da matéria apresentada neste módulo é fundamental à gestão empresarial e,

consequentemente, à compreensão do último módulo desta disciplina.

UNIDADE 1– CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOSUNIDADE 1– CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOSUNIDADE 1– CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOSUNIDADE 1– CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOSUNIDADE 1– CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS

1.1 DEFINIÇÃO

Custo é uma informação quanto ao consumo de recursos na produção de bens e

serviços – objeto – dos quais se esperam benefícios.

Dependendo do objeto analisado e do interesse daquele que demanda a informação...

...o custo deve ser preparado – apurado – por um modelo ou método que atenda à

necessidade de quem quer a informação.

Em Contabilidade de Custos, a palavra objeto diz respeito ao objeto de custeio.

1.2 CLASSIFICAÇÃO

Dentre eles, os dois mais importantes são...

quanto à alocação ao produto;

quanto ao volume de produção.

1.3 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ALOCAÇÃO AO PRODUTO

Quando falamos em classificação de custos em relação ao produto – alocação ao

objeto de custeio –, estamos analisando se esses custos têm um relacionamento

direto ou indireto com o objeto de custeio.

Normalmente, o objeto de custeio é um produto, isto é, um bem ou um serviço.

O objeto de custeio, geralmente, é o próprio produto fabricado ou o

serviço prestado.

Existem alguns critérios de classificação dos custos.

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1.3.1 CUSTOS DIRETOS

Custos diretos a um objeto de custeio são os custos diretamente relacionados a esse objeto.

Os custos diretos podem ser fácil e economicamente identificados ao objeto de custeio

sem qualquer rateio – mecanismo ou regra de alocação arbitrada.

Os exemplos clássicos de custos diretos são as matérias-primas e a mão de obra dos

operários, devido à possibilidade de apropriação direta do consumo desses recursos

aos objetos de custeio.

1.3.2 CUSTOS INDIRETOS

Custos indiretos são aqueles que não são facilmente identificados com o objeto de

custeio de maneira economicamente viável, pois são comuns a dois ou mais objetos

de custeio – áreas ou produtos, por exemplo.

Os custos indiretos são alocados ao objeto de custeio por um método de alocação de custo

denominado rateio.

1.3.3 APLICABILIDADE DA CLASSIFICAÇÃO ÀS DESPESAS

O custo – industrial – é classificado em direto ou indireto em relação ao produto – fabricado.

Por sua vez, a despesa – vendas – é classificada em relação à origem da receita – o objeto de

custeio, objeto em análise.

A tipificação deve ser coerente com o objeto de custeio, e não com um custo desejado

por parte do gestor ou mesmo do contador responsável por sua apuração.

A informação de custo, caso não seja bem trabalhada, pode vir a ser manipulada de acordo com

interesses específicos.

Algumas vezes, esses interesses podem ser conflitantes com a boa técnica ou com os próprios

interesses da empresa.

São exemplos mais comuns de custos indiretos a depreciação e o aluguel do

parque fabril.

Assim como os custos, as despesas também podem ser classificadas como

diretas ou indiretas.

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1.3.4 FATORES INTERVENIENTES NA CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO PRODUTO

Diversos fatores afetam essa classificação, como...

Materialidade do custo em questão...Relaciona-se com uma análise da relação custo-benefício da informação que serágerada.

A materialidade pode ser vista e tratada com a aplicação de uma curva ABC de custos

– segundo a qual quanto maior é o custo em questão, maior é a relevância de seclassificá-lo adequadamente.

Tecnologia disponível para a coleta de informação...

Relaciona-se com o custo de sistemas de informação e de procedimentos de controleinterno.

Desenvolvimentos nessa área estão proporcionando um aumento percentual da

identificação de custos a serem classificados como diretos aos objetos de custeio.

Design das operações...Relacionado com o layout fabril ou a complexidade do processo produtivo.

Por exemplo, quando uma linha de produção – ou parte de uma empresa – só éutilizada para a fabricação de determinado produto, podemos afirmar que todos os

custos incorridos nessa linha – parte da empresa – são diretos ao único produto nelafabricado.

Acordos contratuais...Relacionados com os critérios de rateios e de alocação.

Uma regra pode estabelecer que determinado insumo – material, tecnologia, máquina...– só pode ser utilizado em um produto específico, tornando-o um custo direto àquele

produto.

1.4 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO VOLUME DE PRODUÇÃO

O outro tipo de classificação dos custos envolve a análise da relação do custo com o

volume de produção.

Há dois tipos de comportamento de custos na maioria desses sistemas...

...custos variáveis ...

...custos fixos.

Não é tão simples a classificação de custo como direto ou indireto...

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1.4.1 CUSTOS VARIÁVEIS

Custos variáveis são aqueles cujo consumo é influenciado pelo nível de produção.

A matéria-prima é um exemplo de custo variável, por ser um custo que se altera, em montante

total, à medida que ocorrem mudanças no volume produzido – de produtos ou de serviços.

1.4.2 CUSTOS FIXOS

Custos fixos são aqueles que não variam em função de alterações do nível de produção, dentro do

intervalo relevante de capacidade instalada.

1.4.3 VOLUME TOTAL VERSUS VOLUME UNITÁRIO

Na classificação de custos em fixos e em variáveis, leva-se em consideração o custo total –

quantidade produzida versus custo unitário – e não o custo unitário – $/unid$/unid$/unid$/unid$/unid.

A tabela a seguir mostra o exemplo dessa classificação...

1.4.4 CUSTOS HÍBRIDOS

Custos híbridos são aqueles que têm características tanto de custo fixo quanto de custo variável,

por definição.

Um exemplo típico de custo híbrido em uma indústria é a energia elétrica.

É comum as empresas contratarem a aquisição de energia elétrica sob duas modalidades...

demanda;

consumo.

Gastos com supervisão e aluguel costumam ser custos fixos...

Os custos híbridos são também chamados semivariáveis, semifixos ou mistos.

unitário total

Varia.

Por exemplo, produzindo 100.000

unidades em um ano...

custo do aluguel dividido pela

produção = $60.000,00/100.000 unid. =

$0,60/unid.

Não varia.

Por exemplo, aluguel = $60.000,00/ano.

custo

variável

Por exemplo...

matéria- prima = 2kg/unid., sendo

$0,50/kg = $1,00/unid.

Por exemplo, produzindo 100.000 unidades em um ano...

custo da matéria-prima consumida no ano = 100.000

unid. x $1,00/unid. = $100.000,00

custo fixo

Não varia. Varia.

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Dessa forma, o consumo desse recurso no processo produtivo pode ser classificado, integralmente,

como custo fixo ou como custo variável.

Nesse caso, a classificação depende do objeto de custeio e da forma como a energia

elétrica for consumida – condições de mensuração do consumo.

1.5 CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS

Todos os custos podem ser classificados ao mesmo tempo...

quanto ao volume – em fixos ou variáveis;

quanto ao objeto de custeio – em diretos ou indiretos.

Por esse motivo, mais de um método de custeio pode ser utilizado pelas empresas,

cada um para atender a um objetivo de informação sobre custos.

De todo modo, as duas maneiras de classificação de custos são importantes...

Ambas servem de base para dois métodos de custeio...

o custeio por absorção – que utiliza a classificação em relação ao produto;

o custeio variável – que trabalha com a classificação em função do volume de

produção.

1.5.1 ITENS CUSTEADOS

Alguns itens custeados são...

Matéria-prima...

Tendo por objeto de custeio o produto fabricado, normalmente, a matéria-prima é um

custo direto e variável, enquanto o aluguel da fábrica é um custo indireto e fixo.

Mão de obra...

A mão de obra – salário dos operários da produção – é, normalmente, um ponto à parte

no processo de classificação, por questões específicas de nossa legislação trabalhista e

previdenciária.

Em relação ao objeto, normalmente, a mão de obra é considerada direta quando atua

diretamente sobre o produto que está sendo elaborado – como é o caso do pessoal da

linha de produção.

Demais gastos com pessoal...

Os gastos com o pessoal de chefia e supervisão das atividades fabris – que nada têm de

aplicação direta sobre o produto – são tratados como custos indiretos.

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Demais atividades...

Atividades que, apesar de vinculadas à produção, nada têm de aplicação direta sobre o

produto – tais como manutenção, prevenção de acidentes, contabilidade de custos,

programação e controle da produção – têm seu tratamento como indireto.

1.5.2 OUTRAS TAXONOMIAS

Além das classificações de custos que os separam quanto à alocação ao produto e quanto ao

volume de produção, existem outras taxonomias.

Duas classificações são relevantes ao processo decisório de qualquer empresa. São elas...

Custos irrecuperáveis...

Os custos irrecuperáveis – sunk costs – são recursos empregados na construção de

ativos que, uma vez realizados, não podem ser revertidos ou recuperados em qualquer

grau significante.

Quanto às empresas, o custo irrecuperável está relacionado, na maioria dos casos, à

aquisição de ativos não circulantes.

O benefício desses ativos é esperado para um período superior a um ano, como é ocaso de...

...tecnologia desenvolvida para a empresa – softwares específicos...

...máquinas e equipamentos que só atendem à necessidade da empresa na

fabricação de determinado produto.

Caso esse produto não seja mais financeiramente viável, o valor contábil dessasmáquinas e desses equipamentos – custo de aquisição menos a depreciação acumulada

– não será uma informação relevante à decisão de descontinuar a fabricação daqueleproduto, uma vez que tal custo é irrecuperável.

No cotidiano empresarial, existem várias situações que podem ser assim tipificadas.

Custo de oportunidade...O custo de oportunidade corresponde àquilo que deixamos de ganhar na segundamelhor alternativa por escolhermos a primeira.

Quando não temos uma opção ou alternativa, não podemos falar em custo de

oportunidade.

Considerando um comportamento racional, economicamente falando, os gestores deveriam

optar por projetos que maximizassem o ganho da empresa.

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Dessa forma, haveria uma situação em que teriam um recurso único e alguns projetos

a serem selecionados e executados.

Em qualquer tipo de decisão ou escolha entre duas ou mais opções, há uma situação

de custo de oportunidade.

1.5.3 CONCEITOS RELATIVOS À ANÁLISE ORÇAMENTÁRIA

Na próxima unidade, estudaremos os sistemas e os métodos de custeio. Entretanto, antes de

chegarmos a isso, é importante ter conhecimento de mais alguns conceitos...

Análise de investimentos...

A análise da viabilidade de projetos de investimento envolve a elaboração de um

orçamento – budget –, o que é, necessariamente, uma análise anterior – ex ante – à

decisão. Para tal, mensuramos o sacrifício de recursos empregados na decisão a ser

tomada.

A situação em que temos um recurso único e alguns projetos a serem selecionados e

executados é tratada, em análise de investimentos, pelos modelos...

de valor presente líquido – VPL;

da taxa interna de retorno – TIR.

Esses modelos são utilizados para mensurar a melhor escolha entre projetos excludentes.

Havendo o comportamento racional, a escolha será pelo projeto com maior VPL – e,

possivelmente, maior TIR –, que será considerado a melhor opção.

Para apurarmos o VPL, é necessário descontar os fluxos futuros a valor presente, o que

é feito por meio da fórmula VP = VF / (1 + i)VP = VF / (1 + i)VP = VF / (1 + i)VP = VF / (1 + i)VP = VF / (1 + i)nnnnn, onde o i i i i i – que significa taxa de desconto

– corresponde ao custo de oportunidade do investidor. Sendo assim, o custo de

oportunidade é crucial à análise de viabilidade de projetos, pelo menos, para

descontarmos os fluxos futuros a valor presente.

Se os demais forem descartados, o custo de oportunidade da escolha daquele projeto

será medido pelo VPL ou pela TIR que deixaremos de ganhar no projeto classificado

como a segunda melhor opção – second best.

Avaliação de desempenho...

Alguns modelos de avaliação de desempenho tentam mensurar, de alguma maneira,

o impacto por meio de custo de oportunidade.

Como exemplo, temos o economic value added, EVA.

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Quando da tomada de decisões, os gestores devem ter em mente ambos os custos...

os custos irrecuperáveis; os custos de oportunidade.

Esses custos afetam o retorno do investimento – ou mesmo a capacidade de

concluirmos o projeto –, pois servem de indicação... da viabilidade do projeto;

da viabilidade de alguns custos de transação – nem sempre possíveis deuma mensuração acurada.

Otimização de custos e resultados...A gestão de custos é um dos tópicos mais importantes no contexto empresarial –ainda mais com a busca incansável por reduções de custos e aumentos de lucratividade.

Dessa maneira, é bom que o gestor possa contar com algumas ferramentas para auxiliá-

lo a alcançar tais objetivos.

Quando pensamos em orçamento, vêm a nossa mente os custos orçados.

Pode parecer que o objetivo do orçamento seja apenas manter esses custos nos níveisorçados e assim garantir a continuidade do negócio...

Se estivermos em uma economia ou um setor com oferta ilimitada de recursos – emque a escassez não seja um problema –, uma situação como essa até pode ser aceitável.

No entanto, no cotidiano de todas as empresas, os recursos são limitados e há

competição por eles.

‘Kaizen’...Dentro das empresas, os recursos também são limitados... Mais ainda, os recursos

podem ser reduzidos depois de um planejamento e seu consequente orçamento.

Por que então ninguém pensou em melhorar o orçamento do período anterior paraevitar essas faltas ou mesmo para economizar mais para a empresa, aumentando seus

resultados?

O kaizen busca responder a essa pergunta, a partir de sua filosofia de melhoria contínua.O kaizen...

...debruça-se sobre os custos orçados e busca reduzi-los continuamente, período

após período.

...é uma maneira de anteciparmos, gerencialmente, as reduções futuras depreços e realizarmos as adequações necessárias, principalmente, no projeto

inicial.

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...é um tipo de procedimento adotado durante as fases de pesquisa e

desenvolvimento dos produtos, que perdura durante todo o seu ciclo de vida.

Custo total de propriedade...A implantação de uma mina nova para uma mineradora é algo que precisa ser analisado...

Essa análise deve ser feita no tocante...

ao custo de aquisição do direito de lavra; a sua operação;

ao descarte ou à recuperação do meio ambiente em seu entorno, aofinal.

A esse tipo de análise denominou-se custo total de propriedade – TCO.

O TCO analisa todos os possíveis custos subjacentes à aquisição que são relevantes

para a tomada de decisão.

Dessa maneira, os projetos que competem pelos recursos escassos da empresa serãoanalisados em toda a extensão de seu ciclo de vida, proporcionando a escolha da

melhor alternativa de investimento.

1.5.4 CONSIDERAÇÕES

Os conceitos de custo irrecuperável e de oportunidade, de otimização de custos e deresultados são de suma importância para o processo de orçamentação empresarial.

Esses conceitos levam os gestores a pensar os impactos que suas decisões acarretarão à empresa.

Nessas decisões, deve ser considerado um comportamento suficientemente racional e com

baixos incentivos para que os agentes atuem para seu próprio favorecimento.

Aliar essas concepções implica fazer com que o gestor e a empresa desenvolvam suascompetências e habilidades para lidar com questões pertinentes de redução de custos, antes e

durante a execução dos projetos.

Tais concepções sempre serão ponto de avaliação por meio dos orçamentos e devemser consideradas na estruturação e concepção das premissas orçamentárias.

1.6 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

1.7 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

Administração Financeira de Longo PrazoM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 11111

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UNIDADE 2 – SISTEMAS E MÉTODOS DE CUSTEIOUNIDADE 2 – SISTEMAS E MÉTODOS DE CUSTEIOUNIDADE 2 – SISTEMAS E MÉTODOS DE CUSTEIOUNIDADE 2 – SISTEMAS E MÉTODOS DE CUSTEIOUNIDADE 2 – SISTEMAS E MÉTODOS DE CUSTEIO

2.1 CUSTOS E DESPESAS

Custo é uma informação. Portanto, a informação de custo deve ser preparada...

...de acordo com o objetivo desejado...

...por meio de um modelo ou método que atenda à necessidade de quem quer a

informação.

Os conceitos de custos e de despesas precisam ser bem compreendidos.

Para uma indústria, é simples pensar no custo – como ele é ou onde ele ocorre...

Custos estão relacionados com a área de produção ou a fábrica.

Por exclusão, as despesas são os gastos relacionados com a área administrativa, devendas e financeira.

Como ambos são gastos, custos e despesas são sacrifícios econômicos que a empresa incorre

para obter seus produtos e, consequentemente, suas receitas.

Para tal, basta que tenhamos um sistema de custos estruturado e a escolha do método

de custeio que desejamos, de acordo com a demanda informacional sobre custos.

2.2 SISTEMAS DE CUSTEIO

No processo de apuração do custo dos produtos, os gestores dispõem de dois sistemas de custeio

– sistema por ordem de serviço e sistema por processo.

Para explicar os conceitos, é mais fácil exemplificar com negócios que lidam com um e com

outro...

...uma oficina de carro...

...uma indústria de cimento.

Os custos podem ser medidos e informados aos gestores.

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2.2.1 SISTEMA POR ORDEM DE SERVIÇO

Nas oficinas concessionárias...

...as demandas pelos trabalhos são estabelecidas em ordens para a oficina.

A oficina aloca todos os seus recursos – materiais e mão de obra – a esse objeto de

custeio – serviço em cada carro – para que, ao final, tenha condições de medir o custo

do serviço prestado.

A ordem de serviço também se aplica aos setores de manutenção e de informática de uma

empresa...

O setor de manutenção é solicitado a fazer manutenções conforme as ordens de

serviços. O mesmo ocorre com o setor de informática.

2.2.2 SISTEMA POR PROCESSO

Quando vemos, em uma indústria, uma linha de produção em série, temos um sistema por

processo – ou contínuo.

Os custos da linha de produção são levados aos produtos que ali passam de acordo

com critérios possíveis de alocação, sejam eles direta ou indiretamente aplicáveis.

Muitas linhas são complexas e, por isso, são separadas em fases ou processos.

Esses processos servem de meio para a alocação de custos aos produtos que fazem uso dos

recursos da fase ou do processo em si.

Essa ação é denominada processo de estabelecimento de centros de responsabilidade ou centros

de custos – como são mais conhecidos.

A produção contínua, portanto, é a realidade do processo de produção de itens em massa,

padronizados, com pouca ou nenhuma diferenciação.

A característica da produção contínua é, principalmente, o ganho de escala, para fins

de diluição dos gastos fixos de produção e da estrutura em geral.

As oficinas de concessionárias de carros trabalham, tipicamente, por ordem

de serviço.

Determinar centros de custos facilita o processo de controle e alocação

dos custos.

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2.2.2.1 PRODUÇÃO EQUIVALENTE

Como a produção por processo – ou contínua – não tem início e fim identificados com a mesma

acurácia da produção por ordem, surgem algumas dificuldades quando da apuração do custo do

produto...

2.3 APURAÇÃO DO CUSTO

Independentemente do sistema de custeio, para a apuração do custo dos produtos, os gestores

dispõem também de duas metodologias ou métodos...

custeio por absorção;

custeio variável.

Cada qual apura um valor diferente para o resultado e para o estoque final, pois cada um segue

uma classificação diferente para tratamento dos custos que serão alocados aos produtos ou

objetos de custeio.

2.4 MÉTODO DE CUSTEIO IDEAL

Não há como afirmar que um sistema ou um método seja melhor do que o outro, pois essa

avaliação depende do objetivo que temos ao apurar os custos e o fluxo de produção analisado.

Esse fato precisa ser compreendido para evitarmos algumas interpretações errôneas

ou mesmo os dogmas de alguns gurus de métodos de custeio.

Devemos lembrar que...

não existe método de custeio certo nem errado, muito menos o método ideal!

Existem métodos de custeio implantados e utilizados nas empresas, em níveis

diferentes de sucesso. Cada empresa procura escolher e adequar os métodos

conhecidos e disponíveis a suas necessidades de informação de custo.

a mensuração do custo depende do objeto de custeio!Dependendo do objeto de custeio, os custos são classificados como fixos ou variáveis

e diretos ou indiretos. Essas classificações afetam as mensurações dos custos deforma diferenciada, de acordo com o método de custeio adotado e, por isso, o valor

do custo pode ser diferente entre os métodos. obtemos o que mensuramos!

Sem mensuração, não há análise nem controle. Se a medida obtida contémsubjetividade ou desvios em relação a sua medida real, essas distorções afetam as

decisões.

Por exemplo, ao final do período de apuração, normalmente, um mês, o

contador apura o custo da produção já iniciada, mas ainda não acabada.

Para tanto, ele faz uso de medições físicas e de técnicas, como a

produção equivalente.

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2.5 CONHECIMENTO DA ATIVIDADE

Um dos aspectos dessa natureza que precisam ser contemplados é o fluxo de produção.

É necessário conhecer a realidade físico-operacional da empresa, conhecer como os custos nascem.

O fluxo de produção...

determina a viabilidade do sistema de custeio a ser utilizado, uma vez que é inerenteà forma e aos aspectos da empresa;

dá condições de escolhermos os métodos de custeio e de realizarmos as adaptações

necessárias à realidade do negócio.

2.6 BASES DE AVALIAÇÃO

Além da discussão sobre os processos e os métodos de custeio, há ainda duas bases de avaliação

possíveis dos custos, que são...

o custo real;

o custo orçado – às vezes, chamado de custo-padrão.

Os dois critérios de avaliação – real e orçado – são passíveis de utilização com quaisquer sistemas

de custeio – por ordem e por processo – e com quaisquer métodos de custeio – absorção e

variável.

2.6.1 CUSTO REAL E CUSTO ORÇADO

Custo real…O custo real trabalha com os custos dos recursos efetivamente consumidos no processo

de produção.

O custo real é utilizado para medir o passado, sendo de adoção obrigatória para finssocietários e tributários.

Custo orçado...O custo orçado trabalha com estimativas de custos de recursos que esperamos que

sejam consumidos no processo de produção.

O custo orçado é utilizado internamente, para fins orçamentários e de precificação,

principalmente.

O custo-padrão, por exemplo, é um dos tipos de custo orçado, o qual também pode ser

discricionário – ou seja, arbitrado pelo gestor ou imposto pela empresa.

Antes de medir os custos, é fundamental conhecermos a natureza daquilo

que estamos medindo.

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2424242424

2.7 MÉTODO DE CUSTEIO VARIÁVEL

Os principais métodos de custeio são o custeio variável e o custeio por absorção.

O custeio variável é também denominado custeio gerencial ou custeio por contribuição.

O custeio variável é um método no qual só são agregados aos produtos seus custos

variáveis.

O modelo considera que os custos fixos são como despesas e, por isso, sãoimediatamente lançados no resultado.

Dessa maneira, difere em muito do custeio por absorção, que considera todos os

custos.

Além disso, o custeio variável se baseia na classificação de custos em relação ao volume, enquantoo custeio por absorção se baseia na relação com o produto.

Por conta dessa característica, o custeio variável não é válido para elaboração de demonstrações

contábeis de uso externo...

2.7.1 VANTAGENS

O método do custeio variável tem como principais vantagens...

Os custos dos produtos são mensuráveis objetivamente, pois não sofrem processos

arbitrários ou subjetivos de distribuição dos custos fixos.

O custo unitário não é afetado por mudanças no nível de estoques, pois os custos fixossão alocados diretamente ao resultado.

Os dados necessários para a análise das relações custo-volume-lucro são rapidamente

obtidos do sistema de informação contábil, quando se tem uma base de dados adequadaao custeio variável.

É totalmente integrado com o custo-padrão e orçamento flexível, possibilitando o

correto controle de custo por produto ou por área.

O custeio variável constitui um conceito de custeamento de inventário quecorresponde, proporcionalmente, aos gastos necessários para produzir os produtos ou

os serviços.

O custeio variável possibilita mais clareza no planejamento do lucro e na tomada dedecisões da empresa.

O custeio variável não é aceito para fins societários nem pelo fisco.

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2525252525

2.7.2 DESVANTAGENS

Ao mesmo tempo, existem desvantagens no custeio variável que precisam ser analisadas pela

empresa para fins de adaptações corretas à sua realidade.

Uma delas é a exclusão dos custos fixos para valoração dos estoques.

Essa exclusão causa sua subavaliação, ferindo os princípios contábeis e alterando o

resultado do período.

Esse resultado pode ter divergências ou oscilações grandes entre os períodos.

Outra desvantagem é que, na prática, a separação entre custos fixos e variáveis não é tão clara e

fácil como parece, pois existem os custos híbridos – semivariáveis e semifixos.

2.7.3 APLICABILIDADE

O custeio variável é adequado para análises de custos para decisões de curto prazo, principalmente,

por não contemplar os custos fixos.

Os custos fixos são ligados à capacidade de produção e de planejamento de longo prazo.

Essa ligação pode trazer problemas de continuidade para a empresa se não for entendido que o

processo de alocação dos custos fixos ao resultado não implica deixá-los de lado.

O custeio variável pode incorrer em problemas semelhantes ao do custeio

por absorção – de identificação dos elementos de custeio.

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2.7.4 ESQUEMA DO CUSTEIO VARIÁVEL

Um esquema básico do custeio variável é o seguinte...

2.8 MÉTODO DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO

O custeio por absorção também é denominado custeio funcional ou tradicional ou fullcost.

O custeio por absorção é o critério utilizado pelas empresas para fins de evidenciação legal do

resultado, isto é, utilizado para fins societários – pagar dividendos – e fiscais – pagar imposto derenda e contribuição social.

São características do custeio por absorção...

atender às exigências societárias e fiscais, além de estar de acordo com os princípiose as normas de contabilidade, e com as normas da legislação tributária;

consistir em alocar aos produtos todos os custos incorridos no processo defabricação, sejam eles diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, e levar ao resultado

apenas os custos dos itens vendidos – produtos ou serviços;

registrar, diretamente, no resultado do período as despesas de vendas –

administrativas e outras –, não as incorporando ao custo do produto.

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2.8.1 DESVANTAGENS

Dentre as desvantagens do custeio por absorção, encontram-se...

os custos indiretos e fixos dificultam a tomada de decisões quando alocados aos

produtos – dependendo do tipo de decisão. Um exemplo é quando ela envolve a

avaliação de cada objeto de custeio isoladamente;

os custos indiretos e fixos são apropriados aos produtos arbitrariamente, por meio

de uma taxa de rateio;

a informação gerada pelo custeio por absorção é de difícil utilização em projeções

orçamentárias e análises de viabilidade de projetos.

2.8.2 APLICABILIDADE

O custeio por absorção é obrigatório para...

apuração do lucro líquido e dos dividendos – fins societários;

apuração da base de cálculo de imposto de renda – fins fiscais.

2.8.3 ESQUEMA DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO

Os custos podem ser assim demonstrados no custeio por absorção...

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2.8.4 REGIME DE COMPETÊNCIA

Todos os custos são alocados aos produtos, e os produtos permanecem na empresa,

sob a forma de estoques.

Dessa forma, só há a apropriação ao resultado no momento da venda dos respectivos

produtos – regime de competência.

Quanto aos serviços – quando não são finalizados dentro do período –, seus custos se mantêm

como estoques de serviços em andamento, até a conclusão e entrega – prestação.

Para o usuário externo, sugerimos a divisão da empresa em duas partes...

a fábrica;

as atividades comercial, administrativa e financeira.

2.8.5 ALOCAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS

O processo de apuração do custo de produção somente ocorre após o rateio dos custos indiretos

aos produtos ou serviços.

Esse processo pode ocorrer em fases, nas quais se alocam, inicialmente, os custos

diretos – como materiais e mão de obra –, obtendo-se uma informação específica para

a empresa.

O processo de alocação dos custos indiretos aos produtos pode ocorrer com a alocação dos

custos aos produtos e serviços conforme um critério de rateio.

São exemplos a quantidade fabricada, o custo da mão de obra ou das matérias-primas.

2.8.6 DEPARTAMENTALIZAÇÃO DE CUSTOS

De modo geral, os custos indiretos são primeiramente alocados às áreas ou aos departamentos

das empresas.

As áreas ou os departamentos são tratados como centros de custos, centros de

responsabilidade.

Em seguida, é feita a alocação de custos indiretos aos produtos e serviços...

Para tanto, são utilizados critérios razoáveis de apuração e de medida de consumo dos

recursos.

A divisão permite o entendimento geral de custos na produção – fábrica – e

despesas nas áreas administrativas.

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Na departamentalização de custos, procuramos identificar, inicialmente, os custos aos

respectivos departamentos para, posteriormente, fazermos o rateio ou a distribuição

deles aos produtos.

2.8.7 DISTORÇÕES

Uma característica importante que gera grandes discussões refere-se aos custos fixos

totais.

Essa situação faz com que haja apurações distorcidas do custo unitário por produto em

cada período.

O processo de rateio aloca todos os custos a todos os produtos, independentemente

de serem fixos ou variáveis.

Por esse motivo, podem ocorrer situações de excesso de discricionariedade por parte de gestores,

que alteram o critério de rateio de custos indiretos e fixos para evitar um resultado indesejado.

2.9 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

2.10 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 3 – CENÁRIOS CULUNIDADE 3 – CENÁRIOS CULUNIDADE 3 – CENÁRIOS CULUNIDADE 3 – CENÁRIOS CULUNIDADE 3 – CENÁRIOS CULTURTURTURTURTURAISAISAISAISAIS

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, acesse os

cenários culturais no ambiente on-line.

O processo é denominado departamentalização de custos.

Os custos fixos totais independem de oscilações do volume fabricado dentro

do intervalo relevante.

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MÓDULO 2 – ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO

APRESENTAÇÃO

Neste módulo, apresentaremos a definição de premissas orçamentárias e a mecânica de

elaboração de relatórios financeiros projetados.

A compreensão da matéria apresentada neste módulo também é fundamental à gestão

empresarial e, consequentemente, à compreensão do último módulo desta disciplina.

UNIDADE 1 – PREMISSAS ORÇAMENTÁRIASUNIDADE 1 – PREMISSAS ORÇAMENTÁRIASUNIDADE 1 – PREMISSAS ORÇAMENTÁRIASUNIDADE 1 – PREMISSAS ORÇAMENTÁRIASUNIDADE 1 – PREMISSAS ORÇAMENTÁRIAS

1.1 ORÇAMENTO

A elaboração do orçamento deve levar em conta...

objetivos;

estratégias;

planejamento;

controle.

1.2 OBJETIVOS

O orçamento deve primar pela rentabilidade das atividades da entidade, sem esquecer sua função

social, ou seja, a continuidade da entidade.

1.3 ESTRATÉGIAS

Quanto às estratégias, temos de analisar, pelo menos...

a identificação dos objetivos de curto e longo prazos;

a mensuração do desempenho esperado;

as políticas – de crédito, de financiamento, de venda...

1.4 PLANEJAMENTO

O planejamento orçamentário é a materialização das estratégias da empresa.

O planejamento orçamentário deve ser analisado sob dois aspectos...

Planejamento a longo prazo...[...] compreende previsões sobre o comportamento do ambiente onde a empresa atua; afixação de objetivos amplos; e a elaboração dos documentos que formalizam oplanejamento – CARDOSO, MARIO e AQUINO, 2007, p. 247.

O principal objetivo do orçamento deve ser a maximização do valor do

investimento de seus proprietários.

As estratégias servem para um bom planejamento.

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O controle orçamentário costuma ser formalizado, inicialmente, pelos

relatórios de execução isto foi planejado, aquilo foi realizado; a diferença é igual a

R$ x, ou y%. Essa diferença é favorável/desfavorável para a empresa, e ocorreu pelos

seguintes motivos... – CARDOSO, MARIO e AQUINO, 2007, p. 248.

Planejamento a curto prazo...[...] decorre dos estudos do ambiente presente no qual a empresa atua; da identificaçãodos objetivos imediatos; e da elaboração do plano para o primeiro segmento ou períododo longo prazo – CARDOSO, MARIO e AQUINO, 2007, p. 247.

1.5 PLANOS DE DESEMPENHO

Para a operacionalização do planejamento, a empresa se utiliza de planos de desempenho quepodem ser mensurados em termos de...

gastos; receitas;

resultados;

retorno do capital.

1.5.1 CRITÉRIOS DE MENSURAÇÃO

É necessário fazer estimativas dos níveis dos diversos itens que compõem o orçamentototal.

Para que o objetivo geral seja alcançado, é necessário elaborar estimativas de desempenho –

planos – para todas as unidades da empresa.

Devemos levar em consideração... valores monetários;

unidades físicas; unidades de tempo;

aspectos qualitativos, entre outros.

Esses fatores servirão como premissas para a elaboração e o controle do orçamento.

1.6 CONTROLE

Para controlar, é preciso registrar os resultados que vão ocorrer durante a execução dos planos e

orçamentos.

Dessa maneira, permitimos a análise das variações do ocorrido – orçado versus real.

Essa mensuração irá depender do modelo de avaliação de desempenho que

a empresa venha a adotar.

Usar mais de um critério de mensuração é comum.

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O controle possibilita à empresa criar um ciclo virtuoso, realimentando a fase inicial de elaboraçãodo orçamento. Com isso, objetivos, estratégias e planos podem vir a ser alterados.

1.7 ORÇAMENTO

O orçamento representa a expressão quantitativa dos planos elaborados para o período.

Para tanto, é fundamental que o orçamento reflita a estratégia da entidade.

Ademais, os critérios de avaliação de desempenho devem ser coerentes com a estratégia.

A estratégia deve estar clara, pelo menos, para aqueles responsáveis pela elaboração epela avaliação do orçamento.

Dessa maneira, vemos o orçamento como uma ferramenta de gestão, capaz de...

sinalizar os objetivos da entidade; direcionar o comportamento dos agentes – funcionários;

oferecer mecanismos para a avaliação do desempenho desses agentes.

1.8 MÉTRICAS

O orçamento é uma das principais peças elaboradas pela Contabilidade Gerencial, uma vez que

traduz a estratégia da organização em métricas – ou medidas... qualitativas;

quantitativas não monetárias;

quantitativas monetárias.

Por esse motivo, é necessária a disseminação do orçamento entre os agentes da empresa – os

quais, efetivamente, são os responsáveis por fazer acontecer na maioria das vezes.

1.9 PREMISSAS

Ao elaborar e analisar uma projeção orçamentária, é necessário ter conhecimento da empresa no

que diz respeito a... características físico-operacionais;

sua filosofia; seus modelos de gestão e decisão;

sua estrutura organizacional; características comportamentais de seus colaboradores;

informações acerca das variáveis ambientais.

Para que o orçamento a reflita, é necessário que a estratégia da entidade

esteja clara para todos na organização.

O orçamento é relevante tanto para o planejamento das ações futuras

quanto para o controle das ações correntes e pretéritas.

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A contabilidade proporciona aos gestores o sistema mais eficiente para o exercício da elaboração

e análise orçamentária.

1.9.1 DEFINIÇÃO DE PREMISSAS

O processo orçamentário envolve a definição de premissas e de indicadores de desempenho.

Ao projetar o desempenho, o gestor estima o comportamento de variáveis internas –

endógenas – e variáveis externas – exógenas – à empresa.

As variáveis internas são passíveis de controle pelos gestores.

As variáveis externas são aquelas não controláveis.

Sinteticamente, as variáveis exógenas são possibilidades de outputs, advindas de decisões que

dependem de outras áreas ou divisões da empresa, ou de agentes externos à empresa.

1.9.1.1 METAS

Após estabelecer os indicadores de avaliação do desempenho, passamos à definição de quais

níveis de desempenho serão objetivados. Passamos a estabelecer e negociar metas!

As metas representam os valores orçados.

Esses valores servem de base para a comparação durante a avaliação das variações

orçamentárias.

É necessário que algumas premissas sejam estabelecidas para balizar toda a confecção do

orçamento, sua implantação e seu posterior controle.

Dessa maneira, evitamos atitudes de imposição ou de falta de base para solucionar conflitos

futuros.

As premissas são fundamentais à projeção orçamentária.

O processo de mensuração das estimativas daquilo que planejamos envolve diversas variáveis

endógenas e exógenas à empresa, cujo real comportamento só será conhecido no futuro.

A contabilidade é capaz de funcionar como um grande banco de dados e

como sistema de informação.

Existem variáveis endógenas à empresa que são exógenas a uma área em

particular, devido ao modelo de decisão – autonomia.

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1.9.1.2 VARIÁVEIS ENDÓGENAS E EXÓGENAS

Dentre os exemplos de variáveis endógenas e exógenas, podemos incluir...

Preço a ser praticado quando da venda do produto...

O preço pode sofrer alterações, dependendo...

da elasticidade do preço da demanda;

da entrada e saída de concorrentes no mercado; de regulação tarifária;

do sucesso do produto;

da variação na renda do consumidor...

Volume a ser vendido a cada período...

O volume pode sofrer alterações, dependendo...

da elasticidade do preço da demanda; da entrada e saída de concorrentes no mercado;

de regulação tarifária; do sucesso do produto;

da variação na renda do consumidor...

Política de vendas...

Está relacionada com o prazo de vencimento das duplicatas e os descontos comerciais.

A empresa pode se ver pressionada a alterar sua política de vendas, dependendo...

dos fatores que afetam o preço e o volume;

da necessidade de fluxo de caixa...

Estimativa dos impostos incidentes sobre as vendas...

As regras tributárias – fato gerador, base de cálculo e alíquota – podem ser alteradas,

dependendo da política fiscal.

Preço a ser pago ao fornecedor ou custo...

O preço pode sofrer alterações, dependendo...

da elasticidade do preço da demanda; da entrada e saída de concorrentes no mercado;

de regulação tarifária; do sucesso do produto;

da variação na renda do consumidor...

Se algo der errado no futuro, sabemos o que é preciso perseguir!

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Prazo de vencimento das duplicatas e descontos comerciais...

A empresa pode se ver pressionada a alterar sua política de compras, dependendo...

do equilíbrio entre o poder de barganha da empresa compradora e da

fornecedora;

da necessidade de fluxo de caixa;

das questões que afetam o preço da mercadoria.

Política de compras...

Considera o nível do estoque de segurança.

Estimativa dos impostos incidentes sobre as compras...

Dependendo da política fiscal, as regras tributárias – fato gerador, base de cálculo e

alíquota – podem ser alteradas.

Esforço de venda...

Relaciona-se com veículo de divulgação, quantidade de vendedores, sistema de

remuneração dos vendedores – salário fixo e comissão.

Se as vendas não se desenvolverem conforme o previsto, a empresa se verá forçada a

alterar seus esforços de venda.

Esforço administrativo…

Relaciona-se com quantidade de funcionários administrativos, sistema de remuneração

– salário fixo e pacote de remuneração variável, como participação nos lucros.

Caso o nível de atividade esteja muito diferente do previsto, provavelmente, a empresa

precisará alterar seu esforço de venda.

Encargos incidentes sobre a folha de pagamento – comercial e administrativa…

Dependendo da política social e da regra previdenciária – fato gerador, base de cálculo

e alíquota –, podem ser alterados.

Estimativa da alíquota do imposto de renda…

Dependendo da política fiscal, as regras tributárias – fato gerador, base de cálculo e

alíquota – podem ser alteradas.

Política de investimentos…

Relaciona-se com imobilizados a serem adquiridos e respectivos – vida útil, valor residual,

gastos com manutenção, impostos sobre a propriedade, como IPTU e IPVA, por exemplo.

Em função da capacidade instalada e da necessidade de fluxo de caixa, a política de

investimentos pode ser alterada.

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Política de financiamento…

Relaciona-se com a parcela do patrimônio que será financiada por terceiros com dívidas

onerosas, o prazo de pagamento das dívidas onerosas, o custo da dívida – juros, inflação.

Em função da situação macroeconômica – taxa de emprego, disponibilidade de

capitais –, a inflação e o custo da dívida podem sofrer alterações significativas que

forcem a empresa a rever sua estratégia de endividamento, além de questões

relacionadas ao fluxo de caixa.

1.9.1.3 INTERDEPENDÊNCIA

Pouco importa se as variáveis são endógenas ou exógenas à entidade... As premissas orçamentárias

são necessárias.

Aparentemente, as variáveis exógenas são mais vulneráveis a alterações, porém essa constatação

não é uma verdade absoluta.

1.9.1.4 HIATO TEMPORAL

O orçamento é elaborado em um momento anterior à execução.

Durante o hiato temporal existente entre o planejamento e sua execução, o estado da natureza

das variáveis endógenas e exógenas pode sofrer alterações.

Durante o planejamento orçamentário – em T0 –, portanto, é necessário estabelecer

algumas premissas.

Quando da execução e do controle – em T11111 e posteriormente –, é necessário identificar as causas

das variações entre o que havia sido planejado e o que foi executado.

1.10 ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO

Há interdependência entre o comportamento das variáveis endógenas e exógenas.

O que é preciso resolver depois de estabelecermos as premissas?

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Utilizaremos o estudo de caso de uma entidade comercial fictícia, a Cia.

Comercial de Gramado...

A decisão que o gestor enfrenta na elaboração orçamentária após estabelecer as premissas diz

respeito a por onde começar a orçamentação...

...pelas vendas?

...pela produção?

...pelas compras?

...pela capacidade instalada do imobilizado?

Muitos livros de orçamento estabelecem que o processo orçamentário deve começar pela projeção

das vendas.

Entretanto, o orçamento deve começar a ser elaborado pelo fator restritivo que a

entidade considera mais significativo para o período futuro cujas projeções serão

elaboradas.

1.11 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

1.12 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 2 – MECÂNICA ORÇAMENTÁRIAUNIDADE 2 – MECÂNICA ORÇAMENTÁRIAUNIDADE 2 – MECÂNICA ORÇAMENTÁRIAUNIDADE 2 – MECÂNICA ORÇAMENTÁRIAUNIDADE 2 – MECÂNICA ORÇAMENTÁRIA

2.1 ESTUDO DE CASO

Visando facilitar a compreensão da mecânica de elaboração do orçamento e das demonstrações

contábeis projetadas, tomaremos como base um exemplo.

2.1.1 CAPITAL SOCIAL

A Cia. Comercial de Gramado será constituída em janeiro de 20X1, com o capital social de R$ 15.000,00 –

integralizado, em dinheiro, da seguinte forma...

R$ 9.000,00 em janeiro;

R$ 6.000,00 em março.

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2.1.2 PRODUTO E PREÇO

Vejamos alguns dados referentes aos preços de compra e venda, e aos impostos...

estimativa para a compra – a unidade da barrinha de chocolate ao leite de 100 g a

R$ 1,00;

estimativa para a revenda – cada barrinha de chocolate revendida a R$ 5,00;

imposto – haverá imposto na compra e na venda das barrinhas equivalente a 18%

do preço de aquisição e de venda.

2.1.3 PAGAMENTO AOS FORNECEDORES

É esperado um prazo de pagamento aos fornecedores do chocolate, em média, de 30 dias a

contar da data de aquisição.

2.1.4 ESTOQUE

Em função dos riscos relativos à entrega dos chocolates por parte dos fornecedores, a Cia. Comercial

de Gramado pretende manter estoque de segurança equivalente a 5% do volume que espera

vender no período imediatamente subsequente.

2.1.5 RECEBIMENTO DE CLIENTES

Ao vender os chocolates, a Cia. Comercial de Gramado precisará conceder a seus clientes a opção

de pagarem...

à vista, em dinheiro – a entidade não pretende aceitar cheque;

com cartão de crédito – cujo prazo para realização financeira é de aproximadamente

30 dias, contados da data da transação.

Sobre as vendas com cartão de crédito, a Cia. Comercial de Gramado sofrerá o abatimento de 5%

sobre o valor da fatura, em decorrência da taxa cobrada pela administradora do cartão de crédito.

2.1.6 META DE VENDAS

Janeiro/20X1…A direção da Cia. Comercial de Gramado estima que, já no primeiro mês defuncionamento – janeiro de 20X1 –, conseguirá vender 100 unidades de barrinhas.

Fevereiro/20X1…Para fevereiro, a meta é vender 200 unidades.

A empresa pretende trabalhar, inicialmente, com um único produto,

o chocolate.

A entidade estima que metade das vendas mensais seja efetuada no cartão

de crédito e a outra metade, à vista.

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4040404040

A empresa é tributada pelo imposto de renda, IR, com base no lucro real

trimestral, à alíquota de 15% sobre o lucro.

Março/20X1…Para março, a meta é ainda mais otimista, isto é, vender 400 unidades.

Abril-junho/20X1…Para os meses de maio a junho de 20X1, a meta é vender 500 unidades por mês.

Julho-dezembro/20X1…

Para os meses de julho a dezembro de 20X1, a meta é vender 800 unidades por mês.

Janeiro/20X2…

Em janeiro de 20X2, o volume estimado de vendas será de 900 unidades.

2.1.7 GASTOS ADMINISTRATIVOS E COMERCIAIS

Entre os gastos administrativos e comerciais, a estimativa é gastar...

R$ 150,00 por mês, entre janeiro e abril de 20X1; R$ 300,00 por mês, entre maio e dezembro de 20X1, com o desembolso no

respectivo mês.

Adicionalmente, a empresa pagará comissão aos vendedores na razão de 1% da receitade vendas.

Todas essas despesas serão efetivamente pagas dentro do mês de ocorrência do evento

econômico.

2.1.8 TRIBUTAÇÃO

A comercialização do chocolate – tanto a compra quanto a venda – será tributada em 18% sobre

a receita.

Os impostos sobre a receita serão pagos no mês subsequente ao fato gerador, compensando-se

com os impostos incidentes sobre as compras de mercadorias.

2.1.9 IMPOSTO DE RENDA

Cada trimestre é um período fiscal independente, e o lucro fiscal – lucro real – acumulado no

trimestre é a base de cálculo do IR.

Havendo prejuízo fiscal – base de cálculo negativa – acumulado no trimestre, não

haverá o pagamento de imposto.

Esse crédito poderá ser compensado – abatido – nos trimestres subsequentes – em,

no máximo, 30% de seu montante, a partir do trimestre em que a entidade voltar a

apurar lucro fiscal, limitado a 30% do montante do lucro fiscal apurado no trimestre.

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4141414141

A sistemática é apurar o lucro fiscal e deduzir dos mesmos 30% do saldo o prejuízo

fiscal, acumulado nos trimestres anteriores obtendo-se a base para fins da tributação

no trimestre pelo IR.

O imposto sobre o lucro será pago a cada trimestre, no mês imediatamente subsequente ao do

encerramento do trimestre.

2.1.10 DIVIDENDOS

Somente haverá pagamento de dividendos se não houver prejuízo acumulado ou se o lucro do

período for suficiente para cobrir prejuízo acumulado – caso exista.

Nessa situação, os 20% relativos a dividendos deverão incidir sobre a parcela de lucro

líquido que supere o saldo de prejuízo acumulado.

2.1.11 EMPRÉSTIMO

No início de fevereiro de 20X1, a direção da Cia. Comercial de Gramado espera obter um

empréstimo no valor de R$ 20.000,00, a ser pago...

...em 40 parcelas mensais...

...a partir de abril de 20X1...

...com parcelas no valor de R$ 500,00 de amortização – SAC.

Durante todo o período do financiamento, a Cia. Comercial de Gramado deverá pagar juros mensais

equivalentes a 1% do montante da dívida ao final do mês anterior – isto é, R$ 200,00 por mês no

mês de abril.

2.1.12 MÓVEIS, UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS

Ainda em janeiro, a empresa adquirirá móveis e utensílios no valor total de R$ 8.000,00, sendo o

pagamento...

20% à vista;

40% em 30 dias;

40% em 60 dias.

Os sócios da Cia. Comercial de Gramado pretendem receber dividendos

mensais de 20% do lucro mensal, pagos dentro do mês de apuração.

Os juros serão pagos mensalmente, a partir de abril de 20X1.

Administração Financeira de Longo PrazoM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

4242424242

plano de vendas/custo de barras de chocolate ao leite 100gperíodo unidades preço($/unid) receita($) custo($/unid) CMV($)jan/X1 100 5,00 500,00 0,82 82,00fev/X1 200 5,00 1.000,00 0,82 164,00mar/X1 400 5,00 2.000,00 0,82 328,00abr/X1 500 5,00 2.500,00 0,82 410,00mai/X1 500 5,00 2.500,00 0,82 410,00jun/X1 500 5,00 2.500,00 0,82 410,00jul/X1 800 5,00 4.000,00 0,82 656,00ago/X1 800 5,00 4.000,00 0,82 656,00set/X1 800 5,00 4.000,00 0,82 656,00out/X1 800 5,00 4.000,00 0,82 656,00nov/X1 800 5,00 4.000,00 0,82 656,00dez/X1 800 5,00 4.000,00 0,82 656,00

mês decompetência

20X1 7.000 5,00 35.000,00 0,82 5.740,00

É esperado que esses móveis e utensílios...

tenham vida útil de tenham vida útil de tenham vida útil de 10 anos;

tenham valor residual nulo;

não demandem qualquer gasto de manutenção ao longo do período.

Em março de 20X1, a direção da Cia. Comercial de Gramado pretende adquirir um veículo

por R$ 18.000,00, à vista.

O veículo servirá para a entrega das mercadorias aos consumidores da entidade.

É esperado que...

...o veículo tenha vida útil de 5 anos.

...ao final do período de 5 anos, o veículo tenha valor residual de R$ 3.000,00.

...o veículo demande gastos mensais relativos ao uso, no montante de R$ 50,00.

...os gastos mensais relativos ao uso do veículo adquirido tenham início já a partir de

março de 20X1.

2.2 DESENVOLVIMENTO DO ORÇAMENTO

Podemos agrupar as informações de vendas e seus respectivos custos no quadro seguinte...

Temos agora todas as informações sobre as transações que ocorrerão nesse

primeiro ano!

É esperado um retorno a uma taxa de 10% ao ano.

Administração Financeira de Longo Prazo M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

4343434343

Vale lembrar que...

valor do custo ($/unid.) = preço de compra x (1 - @ICMS) = R$ 1,00 x (1 - 0,18) =valor do custo ($/unid.) = preço de compra x (1 - @ICMS) = R$ 1,00 x (1 - 0,18) =valor do custo ($/unid.) = preço de compra x (1 - @ICMS) = R$ 1,00 x (1 - 0,18) =valor do custo ($/unid.) = preço de compra x (1 - @ICMS) = R$ 1,00 x (1 - 0,18) =valor do custo ($/unid.) = preço de compra x (1 - @ICMS) = R$ 1,00 x (1 - 0,18) =

R$ 0,82R$ 0,82R$ 0,82R$ 0,82R$ 0,82

2.2.1 PLANILHA DE COBRANÇA

Conhecendo o plano de vendas e a política de recebimento – 50% à vista e 50% com o prazo de

30 dias –, podemos estimar os valores que serão cobrados dos clientes em cada mês. Vejamos...

mês

do

even

tofi

nan

ceir

o

meses

jan

/X

1fe

v/

X1

mar/

X1

ab

r/

X1

mai/

X1

jun

/X

1ju

l/X

1ag

o/

X1

set/

X1

ou

t/X

1n

ov/

X1

dez/

X1

jan

/X

1250

250

fev/

X1

500

500

mar/

X1

1.0

00

1.0

00

ab

r/

X1

1.2

50

1.2

50

mai/

X1

1.2

50

1.2

50

jun

/X

11.2

50

1.2

50

jul/

X1

2.0

00

2.0

00

ag

o/

X1

2.0

00

2.0

00

set/

X1

2.0

00

2.0

00

ou

t/X

12.0

00

2.0

00

no

v/

X1

2.0

00

2.0

00

dez/

X1

2.0

00

mês

de

co

mp

etê

ncia

so

mató

rio

250

750

1.5

00

2.2

50

2.5

00

2.5

00

3.2

50

4.0

00

4.0

00

4.0

00

4.0

00

4.0

00

Administração Financeira de Longo PrazoM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

4444444444

2.2.2 DUPLICATAS A RECEBER E IMPOSTOS SOBRE VENDAS

Com o valor da taxa de venda pelo cartão, já podemos estimar o comportamento da conta

clientes – duplicatas a receber – e dos impostos devidos – 18%...

iten

sja

n/

X1

fev/

X1

mar/

X1

ab

r/X

1m

ai/

X1

jun

/X

1ju

l/X

1ag

o/

X1

set/

X1

ou

t/X

1n

ov/

X1

dez/

X1

sald

oin

icia

l-

250,0

0500,0

01.0

00,0

01.2

50,0

01.2

50,0

01.2

50,0

02.0

00,0

02.0

00,0

02.0

00,0

02.0

00,0

02.0

00,0

0

receit

a500,0

01.0

00,0

02.0

00,0

02.5

00,0

02.5

00,0

02.5

00,0

04.0

00,0

04.0

00,0

04.0

00,0

04.0

00,0

04.0

00,0

04.0

00,0

0

co

bra

nça

(250,0

0)

(750,0

0)

(1.5

00,0

0)

(2.2

50,0

0)

(2.2

50,0

0)

(2.2

50,0

0)

(3.2

50,0

0)

(4.0

00,0

0)

(4.0

00,0

0)

(4.0

00,0

0)

(4.0

00,0

0)

(4.0

00,0

0)

sald

ofi

nal

250,0

0500,0

01.0

00,0

01.2

50,0

01.2

50,0

01.2

50,0

02.0

00,0

02.0

00,0

02.0

00,0

02.0

00,0

02.0

00,0

02.0

00,0

0

imp

osto

so

bre

ven

das

90,0

0180,0

0360,0

0450,0

0450,0

0450,0

0720,0

0720,0

0720,0

0720,0

0720,0

0720,0

0

Administração Financeira de Longo Prazo M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

4545454545

2.2.3 DESPESAS DE VENDAS

É possível estimar as despesas comerciais de comissão de vendedores, das vendas mensais e da

taxa de administração do cartão de crédito a partir das informações prestadas...

iten

sja

n/

X1

fev/

X1

mar/

X1

ab

r/X

1m

ai/

X1

jun

/X

1ju

l/X

1ag

o/

X1

set/

X1

ou

t/X

1n

ov/

X1

dez/

X1

receit

a500

1000

2000

2500

2500

2500

4000

4000

4000

4000

4000

4000

co

mis

são

so

bre

ven

das

5,0

010,0

020,0

025

25,0

025,0

040,0

040,0

040,0

040,0

040,0

040,0

0

ven

das

ap

razo

receb

ida

no

mês

250

500

1000

1250

1250

1250

2000

2000

2000

2000

2000

2000

taxa

de

cart

ão

12,5

025,0

050,0

062,5

062,5

062,5

0100,0

0100,0

0100,0

0100,0

0100,0

0100,0

0

so

mató

rio

das

desp

esas

de

ven

das

vari

áveis

17,5

035,0

070,0

087,5

087,5

087,5

0140,0

0140,0

0140,0

0140,0

0140,0

0140,0

0

Administração Financeira de Longo PrazoM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

4646464646

2.2.4 ESTOQUE

Conhecendo a quantidade que a empresa pretende vender – plano de vendas – e a política de

estocagem, é possível estimar o comportamento das compras e da conta estoques, em termos de

quantidade – volume – e de valores – $.

pla

nil

ha

de

esto

qu

es

-ch

oco

late

ao

leit

e1

00

g–

vo

lum

e

iten

sja

n/

X1

fev/

X1

mar/

X1

ab

r/X

1m

ai/

X1

jun

/X

1ju

l/X

1ag

o/

X1

set/

X1

ou

t/X

1n

ov/

X1

dez/

X1

sald

oin

icia

l-

10

20

25

25

25

40

40

40

40

40

40

co

mp

ras

liq

.110

210

405

500

500

515

800

800

800

800

800

805

CM

V(1

00)

(200)

(400)

(500)

(500)

(500)

(800)

(800)

(800)

(800)

(800)

(800)

sald

ofi

nal

10

20

25

25

25

40

40

40

40

40

40

45

pla

nilh

ad

eesto

qu

es

–ch

oco

late

ao

leit

e1

00

g-

$

iten

sja

n/

X1

fev/

X1

mar/

X1

ab

r/X

1m

ai/

X1

jun

/X

1ju

l/X

1ag

o/

X1

set/

X1

ou

t/X

1n

ov/

X1

dez/

X1

sald

oin

icia

l-

8,2

016,4

020,5

020,5

020,5

032,8

032,8

032,8

032,8

032,8

032,8

0

co

mp

ras

liq

.90,2

0172,2

0332,1

0410,0

0410,0

0422,3

0656,0

0656,0

0656,0

0656,0

0656,0

0660,1

0

CM

V(8

2,0

0)

(164,0

0)

(328,0

0)

(410,0

0)

(410,0

0)

(410,0

0)

(656,0

0)

(656,0

0)

(656,0

0)

(656,0

0)

(656,0

0)

(656,0

0)

sald

ofi

nal

8,2

016,4

020,5

020,5

020,5

032,8

032,8

032,8

032,8

032,8

032,8

036,9

0

Administração Financeira de Longo Prazo M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

4747474747

2.2.5 IMPOSTOS A RECUPERAR

Os valores de impostos a recuperar são apresentados tal qual no caso de clientes...

iten

sja

n/

X1

fev/

X1

mar/

X1

ab

r/X

1m

ai/

X1

jun

/X

1ju

l/X

1ag

o/

X1

set/

X1

ou

t/X

1n

ov/

X1

dez/

X1

co

mp

ras

90,2

0172,2

0332,1

0410,0

0410,0

0422,3

0656,0

0656,0

0656,0

0656,0

0656,0

0660,1

0

imp

osto

sa

recu

pera

r19,8

037,8

072,9

090,0

090,0

092,7

0144,0

0144,0

0144,0

0144,0

0144,0

0144,9

0

Administração Financeira de Longo PrazoM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

4848484848

2.2.6 PAGAMENTO DOS FORNECEDORES

Conhecendo os valores das compras e dos impostos a recuperar, e a política de pagamento afornecedores – 30 dias de prazo –, é possível estimar os valores que deverão ser pagos aos

fornecedores de chocolate, em cada mês...

mês

do

even

tofi

nan

ceir

o

meses

jan

/X

1fe

v/

X1

mar/

X1

ab

r/X

1m

ai/

X1

jun

/X

1ju

l/X

1ag

o/

X1

set/

X1

ou

t/X

1n

ov/

X1

dez/

X1

jan

02

(2

0X

-1)

jan

/X

1110

fev/

X1

210

mar/

X1

405

ab

r/X

1500

mai/

X1

500

jun

/X

1515

jul/

X1

800

ag

o/

X1

800

set/

X1

800

ou

t/X

1800

no

v/

X1

800

dez/

X1

805

mês

de

co

mp

etê

ncia

so

mató

rio

-110

210

405

500

500

515

800

800

800

800

800

805

Administração Financeira de Longo Prazo M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

4949494949

O valor do desembolso de fornecedores do mês corrente corresponde ao valor das compras do

mês anterior acrescido do valor dos impostos a recuperar sobre as mesmas...

...em fevereiro, R$ 90,20 + R$ 19,80 = R$ 110,00...

...ou, simplesmente, à quantidade adquirida vezes o preço da compra...

...em fevereiro, 110 unid. x R$ 1,00/unid. = R$ 110,00.

2.2.7 PLANILHAS DE CONTAS A PAGAR

Tal qual a planilha de recebimento de clientes, cada linha da planilha de exigibilidades corresponde

ao mês de competência e cada coluna corresponde ao período do evento financeiro – exigibilidade,

pagamento.

As compras de janeiro de 20X1 – primeira linha – serão pagas, integralmente, em fevereiro de

20X1. Afinal, a política de pagamentos é obter, em média, 30 dias para pagamento, a contar da

data de aquisição.

Administração Financeira de Longo PrazoM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5050505050

Dessa forma, é possível estimar o comportamento da conta fornecedores a pagar...

iten

sja

n/

X1

fev/

X1

mar/

X1

ab

r/X

1m

ai/

X1

jun

/X

1ju

l/X

1ag

o/

X1

set/

X1

ou

t/X

1n

ov/

X1

dez/

X1

sald

o

inic

ial

110,0

0210,0

0405,0

0500,0

0500,0

0515,0

0800,0

0800,0

0800,0

0800,0

0800,0

0

co

mp

ras

110,0

0210,0

0405,0

0500,0

0500,0

0515,0

0800,0

0800,0

0800,0

0800,0

0800,0

0805,0

0

CM

V(1

10,0

0)

(210,0

0)

(405,0

0)(5

00,0

0)(5

00,0

0)(5

15,0

0)(8

00,0

0)(8

00,0

0)(8

00,0

0)(8

00,0

0)(8

00,0

0)

sald

o

fin

al

110,0

0210,0

0405,0

0500,0

0500,0

0515,0

0800,0

0800,0

0800,0

0800,0

0800,0

0805,0

0

Administração Financeira de Longo Prazo M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5151515151

2.2.8 IMPOSTOS A RECOLHER

Combinando os dados de impostos a recuperar das compras e sobre as vendas, montamos a

estrutura de compensação dos impostos.

Identificamos, dessa forma, o montante – a diferença – a ser provisionado para pagamento – ou

de crédito – em cada mês, que será recolhido ou compensado no mês posterior.

iten

sja

n/

X1

fev/

X1

mar/

X1

ab

r/X

1m

ai/

X1

jun

/X

1ju

l/X

1ag

o/

X1

set/

X1

ou

t/X

1n

ov/

X1

dez/

X1

imp

osto

so

bre

ven

da

90,0

0180,0

0360,0

0450,0

0450,0

0450,0

0720,0

0720,0

0720,0

0720,0

0720,0

0720,0

0

imp

osto

so

bre

co

mp

ra

(19,8

0)

(37,8

0)

(72,9

0)

(90,0

0)

(90,0

0)

(92,7

0)

(144,0

0)(1

44,0

0)(1

44,0

0)(1

44,0

0)(1

44,0

0)(1

44,0

0)

sald

o

fin

al

70,2

0142,2

0287,1

0360,0

0360,0

0357,3

0576,0

0576,0

0576,0

0576,0

0576,0

0575,1

0

Administração Financeira de Longo PrazoM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5252525252

2.2.9 RECOLHIMENTO POSTERIOR

No caso da Cia. Comercial de Gramado, haverá valores a serem provisionados para o recolhimento

posterior, conforme disposto na tabela a seguir...

mês

do

even

tofi

nan

ceir

o

meses

jan

/X

1fe

v/

X1

mar/

X1

ab

r/

X1

mai/

X1

jun

/X

1ju

l/X

1ag

o/

X1

set/

X1

ou

t/X

1n

ov/

X1

dez/

X1

jan

/X

170,2

0

fev/

X1

142,2

0

mar/

X1

287,1

0

ab

r/

X1

360,0

0

mai/

X1

360,0

0

jun

/X

1357,3

0

jul/

X1

576,0

0

ag

o/

X1

576,0

0

set/

X1

576,0

0

ou

t/X

1576,0

0

no

v/

X1

576,0

0

dez/

X1

mês

de

co

mp

etê

ncia

so

mató

rio

-70,2

0142,2

0287,1

0360,0

0360,0

0357,3

0576,0

0576,0

0576,0

0576,0

0576,0

0

Administração Financeira de Longo Prazo M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5353535353

Acabamos de identificar todo o orçamento de compras e de vendas da empresa, ou seja, de suas

atividades operacionais, incluindo o de impostos relativos a essas transações.

Cabe ainda identificar os orçamentos de capital, tanto os de investimentos como os de

financiamentos.

Todos esses dados, em conjunto, subsidiarão a construção das demonstrações

projetadas.

2.2.10 PLANILHA DE CONTROLE PERMANENTE – MÓVEIS E UTENSÍLIOS

Foram duas as aquisições de imobilizados ou permanente – móveis e veículo.

Quanto aos móveis, serão adquiridos com pagamentos em parcelas, a partir de janeiro.

planilha de desmbolso pela aquisição dos móveis

meses jan/X1 fev/X1 mar/X1

jan/X1 1.600,00

fev/X1 3.200,00

mar/X1 3.200,00

somatório1.600,003.200,00 3.200,00

planilha de controle permanente – movéis

itens jan/X1 fev/X1 mar/X1 abr/X1 mai/X1 jun/X1 jul/X1 ago/X1 set/X1 out/X1 nov/X1 dez/X1

saldo

inic.- 8.000,00 8.000,00 8.000,008.000,008.000,008.000,008.000,008.000,008.000,008.000,008.000,00

aquisição8.000,00

vendas

saldo p/

deprec.8.000,008.000,00 8.000,00 8.000,008.000,008.000,008.000,008.000,008.000,008.000,008.000,008.000,00

deprec.

mensal66,67 66,67 66,67 66,67 66,67 66,67 66,67 66,67 66,67 66,67 66,67 66,67

dep.

acumul.66,67 133,33 200,00 266,67 333,33 400,00 466,67 533,33 600,00 666,67 733,37 800,00

Administração Financeira de Longo PrazoM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5454545454

2.2.11 PLANILHA DE CONTROLE PERMANENTE – VEÍCULO

O veículo será adquirido em março de 20X1, em um único desembolso. Depois, compete apenas

o controle do próprio e veículo de sua depreciação, conforme esse quadro...

A partir da aquisição do veículo, haverá uma despesa fixa mensal com a manutenção

da ordem de R$ 50,00 – o que é somado às despesas de vendas, uma vez que o veículo

é usado na área de vendas. Portanto, em março, as despesas de vendas são R$ 70,00 +

R$ 50,00 = R$ 120,00.

planilha de controle permanente – veículositens jan/X1fev/X1 mar/X1 abr/X1 mai/X1 jun/X1 jul/X1 ago/X1 set/X1 out/X1 nov/X1 dez/X1

saldo inicial - - - 18.000,00aquisição - - 18.000,00vendas - -saldo p/depreciação

- - 18.000,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00

depreciaçãomensal

- - 250,00 250,00 250,00 250,00 250,00 250,00 250,00 250,00 250,00 250,00

depreciaçãoacumulada

- - 250,00 500,00 750,00 1.000,00 1.250,00 1.500,00 1.750,00 2.000,00 2.250,00 2.500,00

18.000,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00

fluxo de desmbolso pela aquisição do veículo

meses jan/X1 fev/X1 mar/X1

jan/X1

fev/X1

mar/X1 18.000,00

somatório 18.000,00

Administração Financeira de Longo Prazo M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5555555555

2.2.12 CONTROLE DE EMPRÉSTIMOS

Por fim, temos o controle do financiamento obtido e as previsões de desembolsos referentes ao

mesmo, em função da amortização prevista e dos juros que incidirão sobre o saldo devedor.

Para o exemplo em questão, foi separado o valor total dos empréstimos em suas parcelas de curto

e de longo prazos – considerando o ano de 20X1 como o exercício-base.

Para delimitar o curto prazo, ele foi considerado composto por 12 primeiros meses...

R$ 20.000,00 / 40 meses x 12 meses = R$ 6.000,00, sempre.

A partir do 13º mês, tem início o longo prazo – que é a diferença entre o valor total e a parcela de

curto prazo...

R$ 20.000,00R$ 20.000,00R$ 20.000,00R$ 20.000,00R$ 20.000,00 – R$ 6.000,00R$ 6.000,00R$ 6.000,00R$ 6.000,00R$ 6.000,00 = R$ 14.000,00R$ 14.000,00R$ 14.000,00R$ 14.000,00R$ 14.000,00

Essa diferença terá seu montante reduzido à razão de R$ 500,00 por mês, conforme o avançar do

tempo e a parcela do 13º mês se tornar curto prazo.

2.3 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

itens jan/X1 fev/X1 mar/X1 abr/X1 mai/X1 jun/X1 jul/X1 ago/X1 set/X1 out/X1 nov/X1 dez/X1

saldo

devedor

líquido

inicial

- 20.000,0020.000,0020.000,0019.500,0019.000,0018.500,0018.000,00 17.500,0017.000,0016.500,0016.000,00

amortização - -

juros - -

desembolso - -

saldo

devedor

final

- 20.000,0020.000,0019.500,0019.000,0018.500,0018.000,0017.500,00 17.000,0016.500,0016.000,0015.500,00

saldo

devedor

final PC

6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00

saldo

devedor

final ELP

- 14.000,0014.000,0013.500,0013.000,0012.500,0012.000,0011.500,00011.000,0010.500,0010.000,009.500,00

Administração Financeira de Longo PrazoM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5656565656

2.4 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 3 – DEMONSTRUNIDADE 3 – DEMONSTRUNIDADE 3 – DEMONSTRUNIDADE 3 – DEMONSTRUNIDADE 3 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PRAÇÕES CONTÁBEIS PRAÇÕES CONTÁBEIS PRAÇÕES CONTÁBEIS PRAÇÕES CONTÁBEIS PROJETOJETOJETOJETOJETADASADASADASADASADAS

3.1 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Após o estabelecimento das premissas orçamentárias e o processamento dessas premissas no

orçamento desenvolvido, é possível elaborar as demonstrações contábeis...

demonstração do resultado do exercício;

demonstração dos fluxos de caixa;

balanço patrimonial.

Aproveitando o caso da Cia. Comercial de Gramado, podemos esclarecer esses três tipos de

demonstração contábil.

3.2 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS PROJETADA PARA FINS SOCIETÁRIOS E FISCAIS

Com todos os controles e as apurações, podemos estimar o resultado da Cia. Comercial de Gramado

necessário para sabermos qual é o montante de imposto de renda e de dividendos a serem

distribuídos mensalmente.

Administração Financeira de Longo Prazo M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5757575757

Dessa forma, temos a projeção da demonstração de resultados mensal...

A partir do mês de março, houve incremento de R$ 50,00 nas despesas de vendas, decorrente

dos gastos mensais do veículo adquirido no referido mês para ser utilizado na entrega de

mercadorias aos consumidores.

Na última coluna – 20X1 –, é apresentada a projeção anual da demonstração do resultado.

DR

E(ab

so

rção

)ja

n/

X1

fev/

X1

mar/

X1

ab

r/X

1m

ai/

X1

jun

/X

1ju

l/X

1ag

o/

X1

set/

X1

ou

t/X

1n

ov/

X1

dez/

X1

20

X1

receita

bru

ta

-im

posto

sobre

vendas

500,0

0

(90,0

0)

1.0

00,0

0

(180,0

0)

2.0

00,0

0

(360,0

0)

2.5

00,0

0

(450,0

0)

2.5

00,0

0

(450,0

0)

2.5

00,0

0

(450,0

0)

4.0

00,0

0

(720,0

0)

4.0

00,0

0

(720,0

0)

4.0

00,0

0

(720,0

0)

4.0

00,0

0

(720,0

0)

4.0

00,0

0

(720,0

0)

4.0

00,0

0

(720,0

0)

35.0

00,0

0

(6.3

00,0

0)

=re

ceita

líquid

a

-custo

sde

merc

adorias

vendid

as

410,0

0

(82,0

0)

820,0

0

(164,0

0)

1640,0

0

(328,0

0)

2.0

50,0

0

(410,0

0)

2.0

50,0

0

(410,0

0)

2.0

50,0

0

(410,0

0)

3.2

80,0

0

(656,0

0)

3.2

80,0

0

(656,0

0)

3.2

80,0

0

(656,0

0)

3.2

80,0

0

(656,0

0)

3.2

80,0

0

(656,0

0)

3.2

80,0

0

(656,0

0)

28.7

00,0

0

(5.7

40,0

0)

=lu

cro

bru

to

-despesas

de

vendas

-despesas

adm

inis

trativas

-despesas

financeiras

-depre

cia

ção

328,0

0

(17,5

0)

(150,0

0)

-

(66,6

7)

656,0

0

(35,0

0)

(150,0

0)

-

(66,6

7)

1.3

12,0

0

(120,0

0)

(150,0

0)

-

(316,6

7)

1.6

40,0

0

(137,5

0)

(150,0

0)

(200,0

0)

(316,6

7)

1.6

40,0

0

(137,5

0)

(300,0

0)

(195,0

0)

(316,6

7)

1.6

40,0

0

(137,5

0)

(300,0

0)

(190,0

0)

(316,6

7)

2.6

24,0

0

(190,0

0)

(300,0

0)

(185,0

0)

(316,6

7)

2.6

24,0

0

(190,0

0)

(300,0

0)

(180,0

0)

(316,6

7)

2.6

24,0

0

(190,0

0)

(300,0

0)

(175,0

0)

(316,6

7)

2.6

24,0

0

(190,0

0)

(300,0

0)

(170,0

0)

(316,6

7)

2.6

24,0

0

(190,0

0)

(300,0

0)

(16,0

0)

(316,6

7)

2.6

24,0

0

(190,0

0)

(300,0

0)

(160,0

0)

(316,6

7)

22.9

60,0

0

(1.7

25,0

0)

(3.0

00,0

0)

(1620,0

0)

(3.3

00,0

0)

resultado

ante

sdo

IR

-IR

(LAIR

)

93,8

3404,3

3725,3

3

(183,5

3)

835,8

3690,8

3695,8

3

(333,3

8)

1.6

32,3

31.6

37,3

31.6

42,3

3

(736,8

0)

1.6

47,3

31.6

52,3

31.6

57,3

3

(743,5

5)

13.3

15,0

0

(1.9

97,2

5)

=lu

cro

líquid

o93,8

3404,3

3541,8

1835,8

3690,8

3362,4

61.6

32,3

31637,3

3905,5

31.6

47,3

31.6

52,3

3913,7

811.3

17,7

5

Administração Financeira de Longo PrazoM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5858585858

3.2.1 REGIME CONTÁBIL DE COMPETÊNCIA

O regime contábil de competência considera todas as transações de resultados que ocorreram

no período...

Essas transações são consideradas independentemente de seus efeitos no caixa terem

ocorrido.

Dessa forma, podemos realizar a estimativa de desembolsos para pagamentos de

dividendos e do imposto de renda.

3.2.2 DESEMBOLSO DE DIVIDENDOS

Para os fins de cálculos de desembolsos, consideramos o saldo acumulado ao final de cada mês,

já com o efeito do resultado do período...

A base para distribuição de lucros – dividendos – e de incidência de

impostos sobre a renda é o lucro apurado pelo regime contábil de competência.

meses jan/X1 fev/X1 mar/X1 abr/X1 mai/X1 jun/X1 jul/X1 ago/X1 set/X1 out/X1 nov/X1 dez/X1

saldoinicial

- 75,07 398,53 831,98 1.500,652.053,312.343,283.649,154.959,015.683,447.001,318.323,17

resultado 93,83 404,33 541,81 835,83 690,83 362,46 1.632,331.637,33 905,53 1.647,331.652,33 913,78

sld.acumulado

93,83 479,40 940,34 1.667,812.191,482.415,773.975,615.286,485.864,557.330,778.653,649.236,96

dividendos (18,77) (80,87) (108,36) (167,17) (138,17) (72,49) (326,47) (327,47) (181,11) (329,47) (330,47) (182,76)

sld. acum.após div.

75,07 398,53 831,98 1.500,652.053,312.343,283.649,154.959,015.683,447.001,318.323,179.054,20

Administração Financeira de Longo Prazo M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

5959595959

3.2.3 IMPOSTO DE RENDA

No caso do imposto de renda, a base de cálculo é apurada trimestralmente – conforme descrito

nas premissas –, e ele é recolhido no mês subsequente ao trimestre de apuração...

3.2.4 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO PROJETADA

Podemos adaptar a demonstração de resultado projetada para fins de análises gerenciais.

Para tanto, mesclamos conceitos de contabilidade gerencial – método variável decusteio – e de administração financeira – resultados parciais.

meses

jan

/X

1fe

v/

X1

mar/

X1

ab

r/X

1m

ai/

X1

jun

/X

1ju

l/X

1ag

o/

X1

set/

X1

ou

t/X

1n

ov/

X1

dez/

X1

jan

/X

2

sald

oan

teri

or

--

--

LA

IR

men

sal

93,8

3404,3

3725,3

3835,8

3690,8

3695,8

31.6

32,3

31.6

37,3

31.6

42,3

31.6

47,3

31.6

52,3

31.6

57,3

3

LA

IR

trim

estr

al

1.2

23,5

02.2

22,5

04.9

12,0

04.9

57,0

0

ap

roveit

am

en

to

cré

dit

o-

--

--

base

de

cálc

ulo

1.2

23,5

02.2

22,5

04.9

12,0

04.9

57,0

0

pre

vis

ão

IR

trim

estr

al

183,5

0333,3

8736,8

0743,5

5

receit

as/

desp

esas

IR

mês

14,0

860,6

5108,8

0125,3

8103,6

3104,3

8171,4

0171,9

2172,4

5247,1

0247,8

5248,6

0

receit

as/

desp

esas

IR

trim

estr

al

183,5

3333,3

8736,8

0743,5

5

reco

n./

recu

p.

do

cré

dit

oIR

-2.0

00

2.0

00

-

IR

are

co

lher

183,5

3333,3

8736,8

02.0

00

743,5

5

Administração Financeira de Longo PrazoM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

6060606060

Vejamos a DRE projetada, pelo custeio variável...

DR

E(v

ari

áve

l)ja

n/

X1

fev/

X1

ma

r/X

1a

br/

X1

ma

i/X

1ju

n/

X1

jul/

X1

ag

o/

X1

set/

X1

ou

t/X

1no

v/X

1d

ez/

X1

20

X1

rece

itabr

uta

-im

post

oso

bre

vend

a-

cust

osde

vend

asva

riáv

eis

-de

spes

asde

vend

asva

riáv

eis

500,

00(9

0,00

)(8

2,00

)(1

7,50

)

1.00

0,00

(180

,00)

(164

,00)

(35,

00)

2.00

0,0

0(3

60,0

0)(3

28,0

0)(7

0,00

)

2.50

0,00

(450

,00)

(410

,00)

(87,

50)

2.50

0,00

(450

,00)

(410

,00)

(87,

50)

2.50

0,00

(450

,00

)(4

10,0

0)

(87,

50)

4.00

0,00

(720

,00)

(656

,00)

(140

,00)

4.00

0,00

(720

,00)

(656

,00)

(140

,00)

4.00

0,00

(720

,00

)(6

56,0

0)

(140

,00)

4.00

0,00

(720

,00)

(656

,00)

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2.48

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00)

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2.13

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134,

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16,6

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,00)

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,75

Administração Financeira de Longo Prazo M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

6161616161

Observe que as despesas de vendas foram segregadas em variáveis variáveis variáveis variáveis variáveis – comissão de vendedores

mais taxa de administração de cartão de crédito – e fixas fixas fixas fixas fixas – gastos de operação do veículo

utilizado pela área de vendas, R$ 50,00 por mês a partir de março.

3.3 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PROJETADA

Com as informações dos quadros de controles e da DRE projetada, podemos desenvolver a

demonstração dos fluxos de caixa projetada – DFC projetada.

A DFC projetada contempla os efeitos financeiros de todas as transações da Cia.

Comercial de Gramado.

Com a DFC projetada, podemos avaliar as decisões da gestão e seu impacto em relação

ao caixa, complementando a informação produzida pela DRE projetada – de cunho

econômico.

Administração Financeira de Longo PrazoM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

6262626262

dem

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0)

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0)

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0)

(300,0

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0)

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0)

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0)

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5

Administração Financeira de Longo Prazo M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

6363636363

Em uma análise inicial – especialmente, das atividades operacionais –, verificamos que a

empresa apura...

fluxo de caixa operacional líquido positivo na DFC projetada;

lucro líquido na DRE projetada.

Em todos os meses, o fluxo de caixa operacional é suficiente para arcar com a amortização do

principal – pagamento da dívida bancária. Portanto, há baixa probabilidade de a empresa necessitar

de novos aportes de capital por parte dos sócios ou de terceiros.

Por fim, elaboramos a projeção do balanço patrimonial, que indicará a posição financeira

da empresa em cada mês e ao final do período de 20X1.

3.4 BALANÇO PATRIMONIAL PROJETADO

O balanço patrimonial projetado é obtido, facilmente, a partir de todos os saldos finais

dos quadros de apuração e controle das respectivas contas patrimoniais, além dos

valores de resultado oriundos da DRE projetada.

É necessário atenção ao desenvolver os quadros e ao verificar se estão consistentes com as

práticas, a lógica ou o comportamento estimado.

Administração Financeira de Longo PrazoM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

6464646464

Chegamos ao final de todo o processo de elaboração do orçamento e de suas demonstrações

contábeis projetadas. O balanço patrimonial orçado pode então ser visto como...

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01.9

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01.9

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Administração Financeira de Longo Prazo M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 22222

6565656565

3.5 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

3.6 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 4 – CENÁRIOS CULUNIDADE 4 – CENÁRIOS CULUNIDADE 4 – CENÁRIOS CULUNIDADE 4 – CENÁRIOS CULUNIDADE 4 – CENÁRIOS CULTURTURTURTURTURAISAISAISAISAIS

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, acesse os

cenários culturais no ambiente on-line.

Administração Financeira de Longo Prazo M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

6767676767

MÓDULO 3 – AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO FINANCEIRO

APRESENTAÇÃO

Neste módulo, vamos discutir e entender como os métodos de avaliação de investimentos e dedesempenho econômico-financeiro são úteis à avaliação de planos orçamentários. Portanto,

começaremos com uma breve revisão dos principais métodos de avaliação.

Na sequência, discutiremos e entenderemos outros dois métodos de avaliação – o fluxo de caixalíquido da empresa, em uma leitura financeira, e o valor econômico agregado, em uma leitura

econômica.

Posteriormente, aplicaremos todos esses métodos à avaliação do orçamento projetado, utilizandoo orçamento hipotético da Cia. Comercial de Gramado.

UNIDADE 1 – INDICADORES FINANCEIROSUNIDADE 1 – INDICADORES FINANCEIROSUNIDADE 1 – INDICADORES FINANCEIROSUNIDADE 1 – INDICADORES FINANCEIROSUNIDADE 1 – INDICADORES FINANCEIROS

1.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

São métodos de avaliação de investimentos e de desempenho econômico-financeiro...

pay-back; valor presente líquido;

taxa interna de retorno; ponto de equilíbrio;

grau de alavancagem operacional; grau de alavancagem financeira;

indicadores de liquidez; indicadores de endividamento;

indicadores de lucratividade; indicadores de rentabilidade.

Esses indicadores são úteis para uma análise do orçamento e das demonstrações

contábeis projetadas.

1.2 PAY-BACK

O objetivo do pay-back é identificar a partir de que momento – data – o projeto recupera o capital

investido.

Para tanto, é necessário...

...descontar os fluxos dos períodos futuros, um a um, a valor presente...

...subtrair esses fluxos do capital investido na data zero, até que seu saldo se torne

positivo.

Administração Financeira de Longo PrazoM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

6868686868

Quanto mais rápido ficar positivo o valor do capital investido descontado dos fluxos

futuros – um a um – a valor presente, melhor.

Quanto menor o ‘pay-back’, melhor.

1.3 VALOR PRESENTE LÍQUIDO – VPL

O objetivo do método valor presente líquido – VPL – é identificar, entre duas ou mais

alternativas de investimento, qual é a mais interessante.

Para tanto, é necessário...

...descontar todos os fluxos futuros a valor presente...

...subtrair desse valor presente esperado – dos fluxos futuros – o valor presente do

investimento – capital inicial.

Quanto mais positiva for a diferença entre o valor presente esperado e o valor do investimento,

mais interessante é esse investimento...

Quanto maior o VPL, melhor.

Sob a ótica financeira, esse método não possui limitações relevantes.

1.4 TAXA INTERNA DE RETORNO – TIR

O método da taxa interna de retorno – TIR – tem por objetivo identificar à qual taxa o

projeto remunera o capital nele aplicado.

Assim como o VPL, a TIR também parte da lógica de que VP = VP = VP = VP = VP = VF/(1 + i)VF/(1 + i)VF/(1 + i)VF/(1 + i)VF/(1 + i)nnnnn.

Nesse caso, a incógnita é a taxa de juros iiiii.

Quanto maior a TIR, melhor.

Havendo mais de uma alternativa de investimento, devemos comparar a TIR de cada

projeto e escolher pelo que oferecer a maior.

A maior TIR aponta para o projeto que é melhor em seu custo de oportunidade.

A limitação do método pay-back é ignorar os fluxos futuros após a

recuperação do capital inicial.

O cálculo do VPL parte da lógica de que VP = VF/(1 + i)VP = VF/(1 + i)VP = VF/(1 + i)VP = VF/(1 + i)VP = VF/(1 + i)nnnnn.

Administração Financeira de Longo Prazo M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

6969696969

Mais importante do que investir no projeto com maior taxa de retorno – em %%%%% – é

investir no projeto que gera o maior benefício futuro a valor presente – em R$R$R$R$R$.

Em resumo, o que importa, realmente, é o VPL. A TIR é meramente complementar.

1.5 PONTO DE EQUILÍBRIO – PEQ.

O método ponto de equilíbrio – PEq., PEC, PEE ou PEF – tem o objetivo de identificar o nível de

atividade mínimo – em R$R$R$R$R$ ou em unidades – para a empresa operar sem apurar prejuízo.

No ponto de equilíbrio, receitas e gastos – custos e despesas – igualam-se,de forma a

apurar lucro zero. Podemos compreender esse lucro sob três óticas...

Ótica contábil...

Esse lucro é o lucro líquido da DRE, portanto, trata-se do ponto de equilíbrio

contábil...

PEC = GF/MCU, para que o lucro seja zero

Ótica econômica...

Esse lucro anormal – aquele acima do retorno mínimo exigido pelo proprietário

–, portanto, trata-se do ponto de equilíbrio econômico...

PEE = (GF + LAIR)/MCU, para que o lucro líquido seja igual ao retorno mínimo

exigido.

Ótica financeira...

A ótica financeira trbalha com o regime de caixa; as entradas e as saídas de

dinheiro se igualam,portanto, trata-se do ponto de equilíbrio financeiro...

PEF = (GF desembolsável + LAIR _ amortização de dívidas)/MCU

Ao interpretarmos o ponto de equilíbrio, notamos que, quanto menor, melhor. E ainda... quanto

mais distante – isto é, acima – do ponto de equilíbrio a empresa operar, melhor. Essa lógica sugere

o conceito de margem de segurança.

A limitação do método do ponto de equilíbrio é considerar que o preço de venda e o

custo variável unitário permanecem constantes, independentemente do nível de

atividade – volume produzido e vendido, pressupondo ainda a perfeita distinção entre

gastos fixos e variáveis.

A taxa interna de retorno é maior do que a taxa mínima de atratividade – TMA...

...ou seja, TIR > TMA.

Administração Financeira de Longo PrazoM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

7070707070

1.6 MARGEM DE SEGURANÇA – MS

A margem de segurança é, simplesmente...

...a distância – em unidades vendidas ou em percentual de vendas – entre o nível real

de atividade – QR – e o ponto de equilíbrio.

Portanto, MS = (QR - PEq)/QRMS = (QR - PEq)/QRMS = (QR - PEq)/QRMS = (QR - PEq)/QRMS = (QR - PEq)/QR.

Podemos dizer que, quanto maior a MS, melhor.

Suas limitações são as mesmas que o ponto de equilíbrio.

No entanto, adicionamos o fato de que, para novo nível de atividade, temos nova MS.

1.7 GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL – GAO

O método grau de alavancagem operacional – GAO –, assim como a MS, tem como objetivo

identificar o risco operacional da entidade...

Entretanto, a interpretação do GAO é diferente... O GAO mede o impacto que a variação

percentual do volume vendido – nível de atividade – acarreta, em termos percentuais,

no lucro da empresa.

Suas limitações são as mesmas do PEq e da MS.

1.8 GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA – GAF

O grau de alavancagem financeira – GAF – procura identificar o risco financeiro, isto é,

o quanto do lucro é dependente das despesas financeiras.

Em outras palavras, o GAF identifica a importância das despesas financeiras na manutenção do

lucro da entidade.

A empresa pode ter lucro antes das despesas financeiras – genuinamente

operacional –, mas prejuízo antes do imposto de renda – LAIR negativo...

Nesse caso, as despesas financeiras estariam corroendo o resultado das operações.

Quanto menor é o GAO, menor é o risco.

Por outro lado, quanto maior é o GAO, maior é o retorno esperado.

Portanto, GAO = %LL / %QGAO = %LL / %QGAO = %LL / %QGAO = %LL / %QGAO = %LL / %Q.

O método margem de segurança – MS – tem por objetivo identificar o risco

operacional da entidade, isto é, quão sensível é seu lucro a variações no nível de

atividades – volume de vendas.

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7171717171

Podemos dizer que, quanto menor o GAF, melhor, nesse caso, pois indica alto custo das

dívidas contraídas pela empresa, o que corrói o lucro líquido.

O método GAF possui uma limitação... Segundo os modelos adotados por Finanças, a maneira

como tratamos as despesas financeiras pode encobrir detalhes importantes do efeito da

alavancagem – como o imposto de renda.

1.9 LIQUIDEZ CORRENTE – LC

A liquidez corrente é um simples quociente entre ativo circulante e passivo circulante...

LC = AC/PCLC = AC/PCLC = AC/PCLC = AC/PCLC = AC/PC

Podemos dizer que, quanto maior é a liquidez corrente, melhor – a priori.

A liquidez corrente apresenta uma limitação, pois ignora a compatibilização das datas de

vencimento das dívidas com as datas de realização dos recebíveis.

1.10 LIQUIDEZ GERAL – LG

O método da liquidez geral tem como objetivo identificar a capacidade de a empresa honrar

todas as suas dívidas – as que vencem no curto prazo e as que vencem no longo prazo.

A liquidez geral é o simples quociente entre o somatório do ativo circulante com o realizável a

longo prazo em função do somatório do passivo circulante com o exigível a longo prazo...

LG = (AC + RLP)/(PC + ELP)LG = (AC + RLP)/(PC + ELP)LG = (AC + RLP)/(PC + ELP)LG = (AC + RLP)/(PC + ELP)LG = (AC + RLP)/(PC + ELP)

GAF =LAJI

LAIR=

=lucro operacional

LAIR=

=LAIR + despesas financeiras

LAIR=

GAF = 1 +despesas financeiras

LAIR

O método da liquidez corrente tem o objetivo de identificar a capacidade de

a empresa honrar suas dívidas que vencem no curto prazo.

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7272727272

Quanto maior é a liquidez geral, melhor – a priori.

Sua limitação é a mesma da liquidez corrente...

A liquidez geral ignora a compatibilização das datas de vencimento das dívidas com as

datas de realização dos recebíveis.

O agravante é que a liquidez geral leva em consideração todos os realizáveis e todos os exigíveis,

independentemente das datas de maturação dos títulos.

1.11 ENDIVIDAMENTO GERAL – EG

O método do endividamento geral tem como objetivo identificar a parcela do

patrimônio total que é financiada por terceiros.

O endividamento geral é o simples quociente entre o somatório do passivo circulante e o exigível

a longo prazo, em função do ativo total...

EG = (PC + ELP)/ativoEG = (PC + ELP)/ativoEG = (PC + ELP)/ativoEG = (PC + ELP)/ativoEG = (PC + ELP)/ativo

Quanto menor é o endividamento geral, melhor.

A limitação do endividamento geral é ignorar o custo da divida, ou seja, PC + ELP, em relação ao

custo do capital próprio, PL.

1.12 ENDIVIDAMENTO ONEROSO – EO

O método do endividamento oneroso – ou passivo oneroso sobre ativo – procura identificar a

parcela do patrimônio total que é financiada por dívidas onerosas com terceiros.

O método do endividamento oneroso demanda a classificação prévia dos passivos em...

onerosos – ou de financiamento;

não onerosos – ou operacionais ou cíclicos.

O endividamento oneroso é o quociente entre o somatório do passivo circulante oneroso com o

exigível a longo prazo oneroso, em função do ativo total...

EO = POSA = (PCO + ELPO)/ativoEO = POSA = (PCO + ELPO)/ativoEO = POSA = (PCO + ELPO)/ativoEO = POSA = (PCO + ELPO)/ativoEO = POSA = (PCO + ELPO)/ativo

Quanto menor é o endividamento oneroso, melhor.

O método do endividamento oneroso ignora o custo da dívida, ou seja, PCO + ELPO, em relação

ao custo do capital próprio – PL. Seu atenuante, comparando com o EG, é que o EO considera

fontes de recursos onerosos.

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7373737373

1.13 COMPOSIÇÃO DA EXIGIBILIDADES – CE

É o simples quociente do passivo circulante em função do somatório do passivo circulante com o

exigível a longo prazo...

CE = PC/(PC + ELP)CE = PC/(PC + ELP)CE = PC/(PC + ELP)CE = PC/(PC + ELP)CE = PC/(PC + ELP)

Quanto menor é a composição do passivo, melhor.

As limitações da composição do passivo são as mesmas do endividamento geral...

A composição do passivo ignora o custo da divida – PC + ELP – em relação ao custo do

capital próprio – PL.

1.14 COMPOSIÇÃO DO PASSIVO ONEROSO – CPO

O método da composição do passivo oneroso procura identificar a parcela do passivo oneroso que

vence no curto prazo.

Esse método demanda a classificação prévia dos passivos em onerosos – ou de

financiamento – e não onerosos – ou operacionais ou cíclicos.

A composição do passivo oneroso é o quociente do passivo circulante oneroso em

função do somatório do passivo circulante oneroso com o exigível a longo prazo

oneroso...

CPO = PCO/(PCO + ELPO)CPO = PCO/(PCO + ELPO)CPO = PCO/(PCO + ELPO)CPO = PCO/(PCO + ELPO)CPO = PCO/(PCO + ELPO)

As limitações da composição do passivo oneroso são as mesmas do endividamento oneroso – EO

ou POSA...

...ignora o custo da dívida – ou seja, PCO + ELPO – em relação ao custo do capital

próprio – PL...

...comparando com o CE, o CPO só leva em consideração fontes de recursos onerosos.

O método da composição das exigibilidades procura identificar a parcela do

passivo que vence no curto prazo.

Quanto menor é a composição do passivo oneroso, melhor.

Administração Financeira de Longo PrazoM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

7474747474

1.15 MARGEM BRUTA – MB

O método da lucratividade bruta ou margem bruta tem o objetivo de identificar a parcela da

receita que fica com a empresa após deduzir...

os impostos sobre as vendas;

as vendas canceladas;

as devoluções;

os abatimentos...

A lucratividade bruta é o simples quociente entre o lucro bruto e a receita bruta, isto é, MB = LB/MB = LB/MB = LB/MB = LB/MB = LB/

RBRBRBRBRB.

Normalmente, a lucratividade bruta é calculada em função da receita líquida, considerando a

receita líquida no denominador, ou seja, MB = LB/RLMB = LB/RLMB = LB/RLMB = LB/RLMB = LB/RL.

Quanto maior é a margem bruta, melhor.

A limitação da margem bruta é gerar a mesma informação que aquela obtida na

análise vertical da DRE.

1.16 MARGEM LÍQUIDA – ML

A lucratividade líquida é o simples quociente entre o lucro líquido e a receita bruta, ou seja, ML =ML =ML =ML =ML =

LL/RBLL/RBLL/RBLL/RBLL/RB.

A lucratividade líquida também pode ser calculada em função da receita líquida, considerando a

receita líquida no denominador, isto é, ML = LL/RLML = LL/RLML = LL/RLML = LL/RLML = LL/RL.

Quanto maior é a lucratividade líquida, melhor.

A limitação da lucratividade líquida é gerar a mesma informação que a análise vertical da DRE.

1.17 RETORNO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO – RPL

O método do retorno do patrimônio líquido procura avaliar à que taxa a empresa

remunera o capital investido pelos proprietários.

E ainda recuperar o custo dos produtos vendidos!

O método da lucratividade líquida ou margem líquida tem o objetivo de

identificar...

...a parcela da receita que fica com a empresa após deduzir todas as despesas.

Administração Financeira de Longo Prazo M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

7575757575

O retorno do patrimônio líquido é o quociente entre o lucro líquido e o patrimônio líquido...

RPL = LL/PLmRPL = LL/PLmRPL = LL/PLmRPL = LL/PLmRPL = LL/PLm

Sendo o PLm a média aritmética simples entre o PL inicial e o PL final...

PLm = (PLi + PLfPLm = (PLi + PLfPLm = (PLi + PLfPLm = (PLi + PLfPLm = (PLi + PLf )/2)/2)/2)/2)/2

Quanto maior é o retorno do patrimônio líquido, melhor – preferencialmente, maior do que o

custo de oportunidade dos proprietários.

O RPL é limitado, pois há diversos argumentos para considerarmos, no denominador, somente o

PLi ou somente o PLf deduzido do LL do próprio período.

Levando em consideração, no denominador, o PLi ou o PLm, é importante atualizar o

PLi, monetariamente, de acordo com a inflação do período.

1.18 RETORNO DO ATIVO – RA

O método do retorno do ativo – RA –, também conhecido rentabilidade do ativo – ROA –, tem o

objetivo de avaliar à que taxa a empresa remunera o capital investido por todos os seus

financiadores de recursos.

O retorno do ativo é o quociente do somatório do lucro líquido com as despesas financeiras

líquidas de imposto de renda e contribuição social, em função do ativo total...

RRRRRA = [(LL + DF * (1 – @IR)] / AA = [(LL + DF * (1 – @IR)] / AA = [(LL + DF * (1 – @IR)] / AA = [(LL + DF * (1 – @IR)] / AA = [(LL + DF * (1 – @IR)] / ATIVTIVTIVTIVTIVOmOmOmOmOm

Sendo o ATIVOm a média aritmética simples entre o ATIVO inicial e o ATIVO final, ou seja,

AAAAATIVTIVTIVTIVTIVOm = (AOm = (AOm = (AOm = (AOm = (ATIVTIVTIVTIVTIVOi + AOi + AOi + AOi + AOi + ATIVTIVTIVTIVTIVOOOOOfffff )/2)/2)/2)/2)/2.

Sendo @IR a alíquota do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro.

Quanto maior é o retorno ativo, melhor.

O método do retorno do ativo é limitado, pois há diversos argumentos para considerarmos, no

denominador, somente o ATIVOi ou somente o ATIVOf deduzido do LL do próprio período.

Levando em consideração, no denominador, o ATIVOi ou o ATIVOm, é importante atualizar o

ATIVOi monetariamente, de acordo com a inflação do período.

Além disso, muitos não somam ao numerador as despesas financeiras líquidas de imposto de

renda e contribuição social, DF * (1 – @IR).

Administração Financeira de Longo PrazoM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

7676767676

O FCL consiste na parcela do FCO líquida dos compromissos alheios à

atividade operacional já assumidos.

1.19 SÍNTESE

Assista, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

1.20 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 2 – UNIDADE 2 – UNIDADE 2 – UNIDADE 2 – UNIDADE 2 – FLFLFLFLFLUXUXUXUXUXO DE CAIXO DE CAIXO DE CAIXO DE CAIXO DE CAIXA LÍQUIDO E A LÍQUIDO E A LÍQUIDO E A LÍQUIDO E A LÍQUIDO E VVVVVALALALALALOR ECOR ECOR ECOR ECOR ECONÔMICONÔMICONÔMICONÔMICONÔMICO AO AO AO AO AGREGADOGREGADOGREGADOGREGADOGREGADO

2.1 PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Uma boa gestão financeira começa com o planejamento financeiro.

Por meio do planejamento financeiro, é possível nos anteciparmos e programarmos, buscando

efetivar algumas estratégias de possíveis investimentos ou de administração da necessidade de

capital de giro da empresa.

A eficiência do planejamento e a gestão financeira podem ser mensuradas pela apuração do

fluxo de caixa líquido da empresa.

2.2 FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO

Fluxo de caixa líquido é a quantidade de fluxo de caixa disponível para distribuição aos

investidores.

O valor de uma empresa está diretamente relacionado a sua habilidade de gerar fluxo de caixa

livre – ou líquido.

Por exemplo...

o pagamento de dividendos exigidos pelos sócios;

os pagamentos decorrentes da aquisição de bens para o imobilizado;

a amortização de dívidas com terceiros;

os empréstimos novos a serem obtidos junto a terceiros.

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7777777777

Algebricamente, portanto, o FCL é...

fluxo de caixa operacional, FCOfluxo de caixa operacional, FCOfluxo de caixa operacional, FCOfluxo de caixa operacional, FCOfluxo de caixa operacional, FCO

(-) dividendos

(-) investimentos em ativo permanente

(-) amortização da dívida

(+) novos empréstimos

(=) fluxo de caixa líquido – FCL ou free cash flow – após decisões estratégicas.

Para se apurar o fluxo de caixa líquido – FCL –, é necessário apurar o fluxo de caixa operacional –

FCO. O FCO refere-se às atividades operacionais que...

consistem no reconhecimento dos ingressos e desembolsos atrelados

exclusivamente às atividades principais do empreendimento, relacionadas à

produção e à entrega de bens e serviços;

normalmente relacionam-se com as transações que constam na DRE.

Alguns exemplos de fluxo de caixa líquido são…

recebimento pela venda de produtos e serviços à vista ou das duplicatas

correspondentes em caso de vendas a prazo – geração de caixa;

pagamentos a fornecedores referentes à compra da matéria-prima para a produção,

bens para revenda – estoque –, serviços prestados por terceiros – consumo de

caixa;

pagamento de despesas administrativas e comerciais, inclusive salários, impostos,

contas de luz, telefone, água... – consumo de caixa.

2.3 INVESTIMENTOS EM ATIVO PERMANENTE

Investimentos em ativo permanente representam...

...os valores desembolsados na compra e na instalação de equipamentos;

...outros ativos fixos, visando a sua manutenção ou a seu crescimento – manutenção

ou ampliação da capacidade instalada.

Podemos comparar o fluxo de caixa livre com a variação do saldo de caixa.

Dessa maneira, obtemos o fluxo de caixa que fica à disposição dos acionistas para fins

de decisões de distribuição – quando positivo e suficiente – ou de novo aporte de

recursos – quando insuficiente.

A diferença se restringe apenas à participação do capital próprio com novas

integralizações ou nas distribuições de dividendos realizadas.

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7878787878

2.4 ALAVANCAGEM FINANCEIRA

A empresa busca gerar lucros para remunerar os capitais, como...

salários para a mão de obra;

honorários para a diretoria;

juros para os financiadores externos;

dividendos para os acionistas.

Desse modo, temos...

O conceito de alavancagem financeira pode ser visto como o efeito da estrutura de

financiamento no lucro dos acionistas.

2.4.1 FONTES DE FINANCIAMENTO

O estudo da alavancagem financeira relaciona as fontes de financiamento – capital próprio versus

capital de terceiros –, procurando medir se a estrutura de capital da empresa está beneficiando

seus acionistas.

A regra geral da alavancagem financeira é...

CD > RACD > RACD > RACD > RACD > RA = os acionistas bancam a diferença com sua parte do lucro ou do próprio

capital.

CD < RACD < RACD < RACD < RACD < RA = os acionistas ganham a diferença, ou seja, RPL > RA.

Há situações em que existem graus de alavancagem financeira – GAFs – desfavoráveis, que

reduzem o retorno final dos acionistas.

Esse fato ocorre porque o custo da dívida – CD – é maior do que o RA.

Nesse caso, devemos evitar o endividamento.

Existindo equivalência entre RA e CD, podemos dizer que a alavancagem é neutra.

Precisamos então analisar outras variáveis para decidir sobre o endividamento, já que,

de acordo com aquela alavancagem, tanto faz.

retorno do ativoretorno do ativoretorno do ativoretorno do ativoretorno do ativo

RA RA RA RA RA = [lucro líquido + despesas financeiras * (1 - @IR)]/ativo total médio

retorno dos capitais de terceiros onerosos ou custo da dívidaretorno dos capitais de terceiros onerosos ou custo da dívidaretorno dos capitais de terceiros onerosos ou custo da dívidaretorno dos capitais de terceiros onerosos ou custo da dívidaretorno dos capitais de terceiros onerosos ou custo da dívida

CDCDCDCDCD = despesas financeiras * (1 - @@@@@IR)/passivo gerador de encargos médio

retorno do PLretorno do PLretorno do PLretorno do PLretorno do PL

RPL RPL RPL RPL RPL = lucro líquido/PL médio

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7979797979

Para subsidiar essa decisão, é necessário verificar se os recursos gerados – fluxo de caixa operacional

ou FCO – são suficientes para o pagamento da dívida.

2.4.2 CONCILIAÇÃO DE TAXAS

Além da conciliação das taxas de captação com as taxas de aplicação, é preciso conciliar o prazo

de amortização dos empréstimos com o prazo de geração de recursos.

Dessa maneira, evitamos deixar a empresa em má situação financeira.

Essa atitude é essencial, haja vista a dificuldade de renovação de empréstimos ou da

obtenção de outros recursos para o pagamento de dívidas.

Além disso, temos de investigar o impacto que uma nova dívida acarretará no custo da dívida –

CD.

Quanto mais alavancada financeiramente, maior risco a empresa expõe seus

financiadores.

Consequentemente, esses financiadores exigirão um retorno maior.

Essa exigência aumentará o CD.

Os juros – pagos ou devidos aos financiadores externos – são reconhecidos contabilmente como

despesas financeiras, que são, tributariamente, despesas dedutíveis da base de cálculo do imposto

de renda.

2.5 CUSTO DO CAPITAL

O custo de capital de terceiros aplicado na entidade é elevado...

Altos níveis de endividamento são ruins...

Essas são duas ideias que necessitam ser avaliadas!

Estudando a alavancagem financeira, percebemos que essa situação só será ruim se os

gestores da entidade tomarem decisões de investimento incorretas...

Decisões incorretas levam a entidade a obter retornos abaixo do custo da dívida.

Por outro lado, o crescente endividamento eleva o que denominamos risco do financiador – sejao acionista ou um terceiro.

Também devemos considerar o efeito do imposto de renda sobre as dívidas...

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8080808080

Dessa forma, o financiador passa a exigir que a entidade o remunere com taxas de

retorno maiores, pois risco e retorno caminham juntos.

2.5.1 CÁLCULO DO CUSTO DO CAPITAL

A ideia de que o custo do capital de terceiros é mais caro está distorcida. O custo de capital maiselevado para a empresa – normalmente – é o do capital próprio.

Os diversos tipos de capitais investidos na empresa – próprio e de terceiros –

apresentam um custo diferente para a entidade.

Para avaliar o custo de capital da empresa, é necessário ponderarmos o custo do capital de cada

um – terceiros e proprietários – em relação a seu volume de participação na estrutura de

financiamento.

O custo de capital de terceiros será denominado de CD, e o custo de capital próprio, de CPL.

P é o montante de passivos onerosos da entidade.

PL o montante de capital próprio.

Para obtermos o custo médio ponderado de capital – CMPC – da entidade, basta aplicar a seguinte

equação...

A obtenção do CD é possível a partir das demonstrações contábeis – a relação entre os passivos

onerosos do BP e das despesas financeiras na DRE.

Já a obtenção do custo de capital próprio – CPL – não é tão simples... Existem modelos

específicos para apurar o valor aproximado desse custo. Vamos então considerar um

CPL já estabelecido.

Lembre-se...

Antes de somar, precisamos multiplicar e dividir, salvo se a operação de soma

estiver dentro dos parênteses.

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2.6 ECONOMIC VALUE ADDED

O Economic Value Added – modelo EVA – é uma marca registrada da Stern Stewart Inc.

O EVA é uma medida de criação de valor identificada por meio do desempenho operacional da

própria empresa.

O EVA considera as informações contábeis da empresa como base de mensuração de seu

desempenho, portanto, evidencia se ela agrega ou não valor aos donos da empresa.

Em outras palavras, o EVA demonstra se o lucro líquido que a empresa obtém é suficiente para

compensar o custo do capital – ou custo de oportunidade – dos donos em relação ao investimento

realizado.

2.6.1 EXEMPLO

Vejamos um exemplo de aplicação do EVA...

Determinada empresa possui um acionista que exige retorno de 25,02% sobre o

capital por ele aplicado e que contribui com o imposto de renda na alíquota de 25%

sobre o LAIR.

No início do período, a empresa apurou o seguinte balanço patrimonial...

BPBPBPBPBP,,,,, no início do p no início do p no início do p no início do p no início do períoeríoeríoeríoeríodododododo

Consideramos o encargo financeiro de 30% por período sobre os empréstimos, a ser

desembolsado no início do período seguinte, em conjunto com o imposto de renda.

O resultado e o balanço final são indicados, respectivamente, nas demonstrações a

seguir...

DRE, no final do períodoDRE, no final do períodoDRE, no final do períodoDRE, no final do períodoDRE, no final do período

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8282828282

BPBPBPBPBP,,,,, no final do p no final do p no final do p no final do p no final do períoeríoeríoeríoeríodododododo

Podemos observar que o lucro agora sofre a incidência do imposto de renda.

É necessário o uso desse artifício porque as despesas financeiras têm o efeito de reduzir o

imposto – por reduzirem a base de seu cálculo –, e essa redução deve ser computada como

devida aos passivos.

2.6.1.1 REMODELAGEM DA DRE

Para analisarmos o exemplo, devemos remodelar a DRE, a fim de tornar possível...

a verificação do lucro gerado pelos ativos – denominado lucro operacional líquido

– LOL;

a economia de imposto de renda gerada pelas despesas financeiras – EIR.

demonstração de resultado no final do períododemonstração de resultado no final do períododemonstração de resultado no final do períododemonstração de resultado no final do períododemonstração de resultado no final do período

2.6.1.2 ANÁLISE DOS INVESTIMENTOS

Analisando em função dos valores investidos no início do período, temos...

Que tal analisarmos esses valores?

DF líq.

passivo inicialR$4.500,00

R$20.000,00

recalculando o RARARARARA = = RA = = 24,38% (*)lucro operacional liq.

ativo inicial

R$9.750,00

R$40.000,00

= = RPL = = 26,25% (*) recalculando o RPL RPL RPL RPL RPL lucro líquido

(retorno sobre o PL) PL inicial

R$5.250,00

R$20.000,00

custo da dívida custo da dívida custo da dívida custo da dívida custo da dívida = CD = = = 22,5% (*)

R$ 40.000,00

(R$ 27.000,00)

R$ 13.000,00

(R$ 3.250,00)

R$ 9.750,00

(R$ 6.000,00)

R$ 1.500,00

(R$ 4.500,00)R$ 5.250,00

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8383838383

Tendo essas informações e considerando custo do PL – CPL – de 25,02% , identificamos que o

custo médio ponderado do capital – ou CMPC – da identidade é...

P + PL (inicial) = investimento total = R$40.000

2.6.2 CUSTO MÉDIO PONDERADO

O percentual encontrado de custo médio ponderado – CMPC – representa a remuneração mínima

exigida pelos financiadores – acionistas e credores – da entidade.

O CMPC corresponde ao retorno mínimo que os ativos da entidade devem gerar para

se tornarem economicamente atrativos.

Se uma entidade apresenta um RA maior do que o CMPC, está agregando valor ao empreendimento.

Essa empresa demonstra sua capacidade de remunerar investimentos e melhorar a

avaliação de seu valor de mercado – valor de suas ações.

Consequentemente, a entidade aumenta o valor do patrimônio dos acionistas e

proprietários – sua riqueza.

2.6.2.1 VALOR AGREGADO

Se uma entidade apresenta um RA maior do que o CMPC, está agregando valor aos acionistas ou

destruindo valor?

Considerando o CPLCPLCPLCPLCPL = 25,02%= 25,02%= 25,02%= 25,02%= 25,02% e o RPLRPLRPLRPLRPL = 26,25%= 26,25%= 26,25%= 26,25%= 26,25%, essa entidade está agregando valor para o

acionista em um montante de R$ 246,00R$ 246,00R$ 246,00R$ 246,00R$ 246,00.

26,25%26,25%26,25%26,25%26,25% - 25,02%25,02%25,02%25,02%25,02% = retorno residual de 1,23%1,23%1,23%1,23%1,23%

O percentual de 1,23%, aplicado sobre o capital investido pelo acionista – ou seja, R$ 20.000,00R$ 20.000,00R$ 20.000,00R$ 20.000,00R$ 20.000,00 –,

gera o lucro residual – ou valor agregado – de R$ 246,00R$ 246,00R$ 246,00R$ 246,00R$ 246,00.

CMPCCMPCCMPCCMPCCMPC = x CD% + x CPL% = 0,5 x 22,5% + 0,5 x 25,02% = 23,76%23,76%23,76%23,76%23,76%PL

invest. total

P

invest. totalCMPC 23,76%

Esse é o conceito de EVA!

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8484848484

O valor de R$ 246,00 pode ser reconciliado descontando-se do lucro operacional líquido a despesa

financeira líquida da economia tributária e o lucro líquido exigido pelo acionista, conforme a

seguir...

lucro operacional líquido = R$9.750,00

(-) remuneração do capital de terceiros (CD) = (DF - EIR) = (R$4.500,00)

(-) remuneração líquida do capital próprio (CPL) = (CPL x PL) = (R$ 5.004,00)

EVA (valor econômico agregado) = R$246,00R$246,00R$246,00R$246,00R$246,00

Ou calculado diretamente pela seguinte fórmula...

EVA = LOL - CMPC x investimento total = R$9.750,00 - 23,76% x R$40.000,00

EVA = R$9.750,00 - R$9.504,00 = R$246,00R$246,00R$246,00R$246,00R$246,00

Podemos verificar que...

o investimento total é a soma dos montantes de capitais de terceiros e próprio, que

precisam ser remunerados – portanto, não é o mesmo valor do ativo total utilizado

em alguns cálculos;

o CPL é maior do que o CD em R$ 504,00 R$ 5.004,00 – R$ 4,500,00 – demonstrando

que, nesse caso, o senso comum não se aplica.

2.6.2.2 VALOR DA EMPRESA

Podemos proceder a avaliação do valor da empresa – VE – a partir de sua capacidade de geração

de recursos – lucro operacional líquido ou LOL.

Consideramos que, caso o lucro operacional se perpetue – seja para sempre –, o valor da empresa

pode ser obtido pela razão entre o LOL e o CMPC.

Desse modo, o valor de compra da empresa seria dado por...

Nesse caso, percebemos que a empresa tem um valor maior do que o registrado contabilmente

– ativo inicial...

Normalmente, isso é considerado em casos de aquisições.

Esse fato levaria os donos da empresa a terem um ganho ou um valor agregado total em relação

ao investimento líquido inicial, VE – passivo – PLVE – passivo – PLVE – passivo – PLVE – passivo – PLVE – passivo – PL, ou a seu patrimônio líquido, de R$ 1.035,35 R$ 1.035,35 R$ 1.035,35 R$ 1.035,35 R$ 1.035,35 ou

seja, R$ 41.035,35 – R$ 20.000,00 – R$ 20.000,00.

2.7 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

VE = LOL = 9.750 = R$ 41,035,35

CMPC 0,2376

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8585858585

2.8 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 3 – APLICAÇÃO DE INDICADORESUNIDADE 3 – APLICAÇÃO DE INDICADORESUNIDADE 3 – APLICAÇÃO DE INDICADORESUNIDADE 3 – APLICAÇÃO DE INDICADORESUNIDADE 3 – APLICAÇÃO DE INDICADORES

3.1 PLANILHA DE APOIO

Vamos apurar e analisar os indicadores da empresa Cia. Comercial de Gramado, com uma visão

geral, isto é, média ou anual, ou de alguns meses de cada indicador.

Acessando o link na base da tela no ambiente on-line, teremos acesso à planilha de apoio

Indicadores, com todos os dados e também poderemos rever esse estudo de caso.

3.2 VIABILIDADE DO INVESTIMENTO

Pelo pay-back, vemos que o retorno do investimento se daria em 1,15 ano.

O projeto terá sua maturação nos primeiros meses após o prazo utilizado no orçamento.

O prazo utilizado é de 12 meses – aproximadamente, 1 ano e 2 meses –, afinal...

1,15 ano x 12 meses/ano = 13,8 meses

...arredondando para cima chegamos a 14 meses ou 1 ano e 2 meses.

Quanto à TIR, devido ao fluxo de caixa negativo do mês de março, de 20 x 1, seu cálculo não é

possível.

3.3 ANÁLISE DO VPL

A fim de validar se o projeto é ou não viável, utilizamos a análise do valor presente líquido – VPL.

A análise do VPL demonstrou que o investimento poderá gerar um ganho de R$ 13.084,70 além

do investimento inicial – o que é considerável para o caso.

A primeira análise que obtemos é com base nos indicadores de

viabilidade do investimento, uma vez que estamos falando de uma projeção

de um empreendimento.

pay-back

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8686868686

Essa análise será feita por meio dos pontos de equilíbrio contábil e econômico, que permitem

analisar o processo de geração de lucro da empresa.

Ao analisarmos o ponto de equilíbrio contábil – PEC –, vemos que ele ficou em uma média de 183

unidades – R$ 914,17, aproximadamente –, ao longo do período.

Esse é um cálculo simples, pois considera apenas o pagamento da estrutura da empresa, sem a

geração de lucros.

É uma medida de esforço máximo, a ser realizado em caso de necessidades.

No ano, podemos identificar os valores, em quantidade e em reais, que a empresa deveria atuar

para não ter prejuízo – principalmente. São eles...

ponto de equilíbrio contábil (unid) = 2.191;

ponto de equilíbrio contábil ($) = R$ 10.955,00.

3.4 PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO

É preciso identificar o ponto em que a empresa Cia. Gramado geraria o lucro mínimo desejado

pelos acionistas – de 10%.

Para tanto, trabalhamos com o conceito de ponto de equilíbrio econômico – PEE.

Desse modo, percebemos o nível adequado de vendas em que a Cia. Gramado deveria trabalhar.

Em termos médios, durante o período, a empresa deveria vender 246 unidades – R$ 1.230,00, em

valores.

No ano, os totais, em volume e em reais, são...

ponto de equilíbrio econômico (unid) = 2.724;

ponto de equilíbrio econômico ($) = R$ 13.620,00.

Como está a situação da Cia. Comercial de Gramado?

Observamos o comportamento das margens de segurança contábil e econômica...

Há uma margem de segurança – considerando o PEC –, mas, nesse caso, sabemos

apenas que a empresa não está atuando com prejuízos no período anual.

Quanto ao aspecto operacional, em termos da necessidade de volume de

venda, precisamos analisar a relação custo-volume-lucro.

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8787878787

3.5 MARGEM DE SEGURANÇA

Ao observarmos a margem de segurança pelo PEE, temos uma visão ampliada de como está a

folga da empresa.

Durante todo o período, a empresa apresentou, a cada mês, uma margem de segurança suficiente

para possíveis problemas de queda nas venda – isto é, em média, 380 unidades...

margem de segurança (PEC) = 4.809 unidades;

margem de segurança (PEE) = 4.276 unidades.

A situação de risco operacional também pode ser vista pelo grau de alavancagem operacional –

GAO – da empresa.

3.5.1 ALTERAÇÃO DA ALAVANCAGEM

Vamos nos ater aos GAO de abril e julho...

Risco operacional...

Houve uma alteração da alavancagem da empresa significativa – mais do que o

dobro –, devido à mudança do nível de atividades da mesma para um patamar maior

de vendas.

Nesse novo patamar, a cada 1% de aumento das vendas em julho de X1, temos um

efeito favorável de um aumento de 5,84% no lucro da empresa.

O contrário, entretanto, também é verdadeiro. Por isso, falamos em risco operacional.

Em caso de quedas das receitas de vendas, a estrutura fixa tende a permanecer e gerar

dificuldades financeiras para a empresa.

Risco financeiro...

Quanto ao risco financeiro, medido pelo grau de alavancagem financeira – GAF –,

observamos que a empresa tem, no mês de abril de 20X1, um GAF elevado – qual seja,

2,81.

O GAF elevado é decorrente do início dos pagamentos mensais dos juros e das

amortizações da dívida.

O GAO indica o risco considerando a estrutura de gastos fixos da empresa...

Se houver uma queda do nível de vendas, afetará sua lucratividade.

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8888888888

Fora esse momento, a estrutura financeira da empresa está equilibrada e dentro dos

projetos dos donos, se considerarmos a estrutura de capitais adotada.

3.6 ÍNDICES DE ANÁLISE

Os índices de análise de demonstrações contábeis auxiliam a ter uma visão geral da tendência daempresa.

Endividamento com capital de terceiros...

Continuando a análise do ponto de vista financeiro, percebemos que a empresa adota

uma política de baixo endividamento com capital de terceiros.

A empresa se vale de seus próprios recursos.

Em média, a empresa manteve uma relação capital próprio dividido pelo capital de

terceiros de 51% durante o período.

O endividamento foi realizado de maneira atender ao projeto de investimentos e

retornos da empresa, com uma parte no longo prazo.

Indicadores de liquidez...

Os indicadores de liquidez demonstram a boa situação de equilíbrio financeiro da

empresa, que possui um capital de giro – capital circulante líquido – para sustentar

suas necessidades em termos de estoques e de crédito aos clientes.

Aliada a esse quadro está a capacidade de geração de recursos próprios de

autofinanciamento.

Essa capacidade advém da lucratividade da empresa, que, em termos líquidos – margem

líquida, manteve uma média de 38% – o que é um ótimo nível para muitos setores do

mercado.

3.7 RENTABILIDADE

Na planilha, há apenas a informação da rentabilidade do mês e a rentabilidade anual da

empresa.

A rentabilidade anual pode ser entendida como a soma de todas as rentabilidades...

O cálculo realizado, no entanto, foi outro, pois considerou a média entre o início e o fim

do período apenas, e não a média de todos os meses.

A rentabilidade do negócio está excelente se considerarmos o que era a

expectativa dos donos.

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8989898989

Com retornos de patrimônio liquido e de ativos de 68% e 162%, respectivamente, podemos dizer

que o projeto da empresa está muito bem definido.

Esse projeto dependerá muito do esforço de gestão para concretizá-lo, fora efeitos externos e

exógenos à gestão.

No caso da Cia. Comercial de Gramado, verificamos que não há dependência de capitais de terceiros,

visto que os aportes de capitais próprios e a geração própria de recursos – FCO na DFC – foram

suficientes para sustentar o investimento total.

Vale lembrar que essa análise é mais para termos uma percepção da tendência, e não

de uma posição exata da empresa.

3.8 PLANEJAMENTO FINANCEIRO

O planejamento financeiro é imprescindível para uma empresa. A Cia.Comercial de Gramado não

foge à regra.

Quando observamos o comportamento de sua geração de caixa, identificamos que a empresa

conseguiu gerar fluxo de caixa operacional suficiente para manter suas decisões de investimentos,

exceto nos três primeiros meses.

Nesse período, foi necessária a obtenção de recursos de terceiros para financiar a aquisição de

imobilizados.

3.9 AGREGAÇÃO DE VALOR

Para calcularmos a agregação de valor – EVA – da empresa, devemos nos lembrar que

é necessário conhecer o custo de oportunidade dos donos ou o retorno mínimo que

eles exigem.

Consideramos que esse retorno tenha sido de 10%10%10%10%10% a.a. – ou seja, de 0,83%0,83%0,83%0,83%0,83% a.m. – sobre o

investimento.

Esse também é o retorno desejado pelos donos da Cia. Comercial de Gramado para o investimento

que eles fizeram – ou seja, o capital próprio da empresa.

planejamento financeiro jan/X1 fev/X1 mar/X1 20X1

fluxo de caixa operacional (FCO na DFC) 95,00 397,30 902,80 14.804,50

(-) dividendos (18,77) (80,87) (108,36) (2.263,55)

(-) investimentos em ativos permanentes (1.600,00) (3.200,00) (21.200,00) (26.000,00)

(-) amortização de dívidas - - - (4.500,00)

(+) novos empréstimos - 20.000,00 - 20.000,00

(=) fluxo de caixa livre FCL (1.523,77) 17.116,43 (20.405,56) 2.040,95

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9090909090

Analisamos então o EVA a partir da formação do lucro operacional líquido – LOL – e o impacto do

custo da dívida ou dos passivos onerosos, representado pela despesa financeira líquida.

Esses são os componentes principais do lucro líquido ajustado.

De maneira geral, a empresa apresentou lucro em todo o período.

3.9.1 CUSTOS DE CAPITAIS

Os custos de capitais e o retorno do ativo são calculados, para o período anual, a partir

das médias anuais de passivos e de patrimônio líquido, sobre os quais se aplicou o

custo de cada capital respectivamente.

O custo do capital próprio – CPL – foi de 10% a.a, enquanto o custo do passivo, CD, em função da

média anual do passivo, foi de 8,37% – ou seja, R$ 1.377,00/R$16.458,33.

Considerando o total médio de passivo e de patrimônio líquido, foi obtido um investimento total

anual médio de R$ 30.458,33.

Esse total serviu de base para a mensuração do retorno do investimento e para a ponderação e a

identificação do custo médio ponderado de capital – CMPC.

O CMPC anual da Cia. Comercial de Gramado foi de 9,1174%, contra um retorno de

investimento anual, calculado por RA_LOL/investimento total médio, de 41,6791%, ou seja,

R$ 12.694,75/R$ 30.458,33.

A empresa conseguiu agregar valor ou obter um EVA positivo.

Na sequência ao cálculo do EVA, precisamos determinar os custos de capitais

e o retorno do ativo.

EVA agregação de valor 20X1

LAJIR (lucro antes de juros e IR) 14.935,00

(-) imposto de renda sobre LAJIR (2.240,25)

crédito de IR -

débito de IR (2.240,25)

LOL (lucro operacional líquido) 12.694,75

despesas financeiras (1.620,00)

(-) economia de IR 243,00

DFL (despesas financeiraslíquidas) (1.377,00)

lucro líquido 11.317,75

Administração Financeira de Longo Prazo M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

9191919191

3.9.2 EVA POSITIVO

Observemos na planilha que, no mês de janeiro de 20X1, a empresa conseguiu alcançar um EVA

de R$ 4,76, positivo, que foi baixo.

Fora isso, a empresa conseguiu bons montantes de EVA, perfazendo um total anual de R$ 9.917,75.

3.10 VALOR ECONÔMICO

O valor da empresa em si não tem muito a ver, diretamente, com os valores de EVA que ela

produziu...

Se considerarmos que haverá uma perpetuidade do LOL da empresa,

podemos estimar seu valor econômico em...

VE (valor da empresa) = LOL/CMPC = R$ 12.694,75/0,091174VE (valor da empresa) = LOL/CMPC = R$ 12.694,75/0,091174VE (valor da empresa) = LOL/CMPC = R$ 12.694,75/0,091174VE (valor da empresa) = LOL/CMPC = R$ 12.694,75/0,091174VE (valor da empresa) = LOL/CMPC = R$ 12.694,75/0,091174

139.236,92139.236,92139.236,92139.236,92139.236,92

Administração Financeira de Longo PrazoM Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 33333

9292929292

O valor da empresa tem a ver com a tendência de seu EVA.

Quando analisamos o processo de geração de EVA, o ideal é avaliar sua tendência. Esta

é capaz de indicar se a empresa está e continuará agregando valor.

3.11 GRÁFICO DO EVA

Vejamos o gráfico do EVA da Cia. Comercial de Gramado...

A partir do mês de julho de 20X1, no entanto, não vemos essa tendência, uma vez que a empresa

atinge um patamar fixo de volume de vendas.

Dessa forma, para o próximo período, é fundamental que esse volume aumente ou

que haja uma atuação para reduções de seus gastos.

3.12 SÍNTESE

Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

3.13 EXERCÍCIO

Acesse, no ambiente on-line, o exercício desta unidade.

UNIDADE 4 – CENÁRIOS CULUNIDADE 4 – CENÁRIOS CULUNIDADE 4 – CENÁRIOS CULUNIDADE 4 – CENÁRIOS CULUNIDADE 4 – CENÁRIOS CULTURTURTURTURTURAISAISAISAISAIS

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, acesse os

cenários culturais no ambiente on-line.

A linha de tendência da empresa indica uma projeção de crescimento, se

considerarmos o período como um todo.

Administração Financeira de Longo Prazo M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O M Ó D U L O 44444

9393939393

MÓDULO 4 – ENCERRAMENTO

APRESENTAÇÃO

Na unidade 1 deste módulo, você encontrará algumas divertidas opções para testar seus

conhecimentos sobre o conteúdo desenvolvido em toda a disciplina, a fim de se preparar para

seu exame final. São elas...

caça-palavras;

palavras cruzadas;

forca;

criptograma.

A estrutura desses jogos é bem conhecida por todos. Você poderá escolher o jogo de sua preferência

ou jogar todos eles... A opção é sua! Em cada um deles, você encontrará perguntas – acompanhadas

de gabaritos e comentários – por meio das quais você poderá se autoavaliar.

Já na unidade 2, é hora de falarmos sério! Sabemos que o novo – e a disciplina que você terminou

de cursar enquadra-se em uma modalidade de ensino muito nova para todos nós, brasileiros –

tem de estar sujeito a críticas... sugestões... redefinições. Por estarmos cientes desse processo,

contamos com cada um de vocês para nos ajudar a avaliar nosso trabalho.

Finalmente, como é indicado ao final deste módulo, este é o momento de nos prepararmos para

a avaliação final da disciplina, que será feita presencialmente.

Então? Preparado?