a voz do trabalhador n° 27 jul-2012

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INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE CAXIAS N º 27 l JULHO/2012 Um bilhão e 257 milhões de reais. Este é o valor que Humberto Coutinho (HC) recebeu dos cofres públicos de janeiro/2005 a junho/2012. É tanto dinheiro que os tra- balhadores nem conseguem saber o que é possível ser feito com este valor. Para se ter uma ideia, com este valor é possível se cons- truir setenta e seis mil casas populares ou pagar dois milhões de trabalhado- res com salário mínimo ou, ainda, comprar cinquenta e nove mil car- ros populares. Poderíamos fazer algumas per- guntas ingênuas: por que com tan- tos recursos a saúde de Caxias está matando mais que salvando vidas? A educação está sem estrutura de trabalho e de aprendizagem? As condições de vida da maioria da população cada dia estão mais miseráveis? A violência, em virtude da miséria vivida por grande parte da população, está che- gando a índices alarmantes no município? Não podemos e não devemos ter postura ingênua diante de tal situação. Afinal, todos os que sofrem com esta situação, ainda têm que suportar o fato de constatar, todos os dias, que a miséria de suas vidas é a garan- tia do luxo e do esbanjamento de riqueza da vida dos grupos que se alternam no po- der em Caxias. Ao longo desses 7 anos e meio do Gover- no HC, assistimos a um festival de desvios de recursos, cujas práticas vieram a tona em vários momentos, especialmente no relató- rio da auditoria realizada pelo TCU - Tribu- nal de Contas da União em 2010. Cada pro- cesso de aplicação de recursos, analisado, constatou-se irregularidades. Alguns deles foi desvio total. Os Coutinhos receberam tanto dinheiro que usaram parte para “emudecer” a socie- dade. A Justiça, com raras exceções, deixan- do de lado sua tradicional condi- ção de cega, assumiu, literalmente, duas outras, a de muda e surda, o que, na prática, a faz enxergar muito bem a forma de defender os interesses dos poderosos, que tam- bém são os seus. O Ministério Público “não existe”. Criado para defender os interesses da sociedade, constitui- se numa farsa, numa existência “virtual”, um verdadeiro faz de contas. Vende a ilusão de que defende a sociedade, mas, na prática, utiliza-se da abstração da Continua na página 02 1 bilhão e 257 milhões de reais Foi o valor recebido nos 7,5 anos pelo Governo dos Coutinho: rios de dinheiro público, que destino será que teve? A VOZ DO TRAB.indd 1 29/07/2012 21:05:34

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InformatIvo do SIndIcato doS trabalhadoreS PúblIcoS munIcIPaIS de caxIaS nº 27 l julho/2012

um bilhão e 257 milhões de reais. Este é o valor que Humberto Coutinho (HC) recebeu dos cofres públicos de janeiro/2005 a junho/2012. É tanto dinheiro que os tra-balhadores nem conseguem saber o que é possível ser feito com este valor. Para se ter uma ideia, com este valor é possível se cons-truir setenta e seis mil casas populares ou pagar dois milhões de trabalhado-res com salário mínimo ou, ainda, comprar cinquenta e nove mil car-ros populares.

Poderíamos fazer algumas per-guntas ingênuas: por que com tan-tos recursos a saúde de Caxias está matando mais que salvando vidas? A educação está sem estrutura de trabalho e de aprendizagem? As condições de vida da maioria da população cada dia estão mais miseráveis? A violência, em virtude da miséria vivida por grande parte da população, está che-gando a índices alarmantes no município?

Não podemos e não devemos ter postura ingênua diante de tal situação. Afinal, todos os que sofrem com esta situação, ainda têm que suportar o fato de constatar, todos os dias, que a miséria de suas vidas é a garan-tia do luxo e do esbanjamento de riqueza da vida dos grupos que se alternam no po-der em caxias.

Ao longo desses 7 anos e meio do Gover-no HC, assistimos a um festival de desvios de recursos, cujas práticas vieram a tona em vários momentos, especialmente no relató-rio da auditoria realizada pelo TCU - Tribu-

nal de Contas da União em 2010. Cada pro-cesso de aplicação de recursos, analisado, constatou-se irregularidades. Alguns deles foi desvio total.

os coutinhos receberam tanto dinheiro que usaram parte para “emudecer” a socie-dade. a justiça, com raras exceções, deixan-

do de lado sua tradicional condi-ção de cega, assumiu, literalmente, duas outras, a de muda e surda, o que, na prática, a faz enxergar muito bem a forma de defender os interesses dos poderosos, que tam-bém são os seus.

o ministério Público “não existe”. Criado para defender os interesses da sociedade, constitui-se numa farsa, numa existência

“virtual”, um verdadeiro faz de contas. Vende a ilusão de que defende a sociedade, mas, na prática, utiliza-se da abstração da

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1 bilhão e 257 milhões de reais Foi o valor recebido nos 7,5 anos pelo Governo dos Coutinho:

rios de dinheiro público, que destino será que teve?

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2 Informativo SINTRAP

A soma do FPM e demais receitas federais, excluindo o FUNDEB, de jan/2005 a jun/2012, atinge R$ 405.717.411,08 (quatrocentos e cinco milhões, setecentos e dezessete mil, quatrocen-tos e onze reais).

Se HC fugisse à regra da corrupção, com todo este dinheiro era possível garantir qualidade e efetividade aos serviços nas áreas da infraestru-tura (saneamento, limpeza etc.), projetos pro-dutivos que possibilitassem geração de renda, projetos que potencializassem a produção dos pequenos produtores rurais.

Se fugisse à regra da corrupção, pagaria sa-lários decentes aos trabalhadores da administra-ção, saúde, enfim, a todos, com exceção dos tra-balhadores da educação, que já têm no FUNDEB as condições para saírem dos salários miseráveis que estão submetidos. Pois dinheiro para todas estas ações tem. E até sobra.

Mas HC assumiu a prefeitura justamente para abocanhar sua parcela na continuidade da regra burguesa e oligárquica de fazer política: atingir o poder e usá-lo para aumentar o enriquecimento próprio e o do seu grupo, à custa da miséria da maioria da população.

hc nadando em dInheIro ea maIorIa do Povo na mISÉrIa

chegamos a oito anos de domina-ção da oligarquia coutinho em caxias e com perspectiva de continuidade por mais quatro, haja vista o circo e alvoro-ço que se cria em torno do candidato do prefeito, seu sobrinho.

A força, o fôlego desse grupo político, vem de onde? Se aumentarmos a potência da lanterna e lançarmos luz nas relações de poder estaduais e federais, as respostas são reveladas, já que em Caxias a situação é bastante clara: Humberto Coutinho, com as montanhas de recursos federais recebidos, conseguiu ampliar ainda mais o leque de apoios que recebeu em 2004 para derrotar os Marinhos. A forma como HC conseguiu esta façanha é vista a olho nu. O Luxo e o esbanjamento dos membros dos grupos e famílias aliadas, tudo oriundo de recursos públicos, é escancarado.

a fonte real desse poder vem de fora, vem de São luís e de brasília.

A Oligarquia Coutinho, gestada na po-lítica da Oligarquia Sarney, “rompeu” com esta ao enfrentar os Marinhos em 2004, no plano local. Ao apoiar Jackson e Flávio Dino em 2006, cujas campanhas receberam de HC amplo financiamento (com os recur-sos públicos da prefeitura de Caxias, por certo), rompeu também no plano estadual.

Jackson Lago e Flávio Dino, foram elei-tos em 2006 com uma grande derrama de dinheiro público, comandada pelo então Governador José Reinaldo, um filhote da oligarquia que acabara de romper com ela, mantendo a mesma prática. um dos instru-mentos desta farra foi hc, que recebia os

recursos do estado e repassava, junto com recursos próprios de caxias, para as cam-panhas de jackson, flávio dino e cleide coutinho.

Esta articulação garantiu a HC uma rica fonte de recursos, estaduais via Governo Jackson e federais via Flávio Dino, que ga-rante a torneira aberta até hoje, para a fe-licidade geral do Grupo HC, e miséria do povo.

A ruptura de HC com a oligarquia Sar-ney é relativa. Os laços com o Senador Lo-bão, inclusive apoiando a Deputada Nice Lobão em 2010, mantém a união. Se as fon-tes estaduais de recursos secaram, com a ascensão de Roseana, o laço com Lobão é um reforço a HC na canalização de recur-sos no plano nacional, além de erguer uma enorme barreira à atuação do Judiciário para apuração de suas falcatruas, tanto no T.R.E. quanto no TCE.

Assim, a continuidade do céu de bri-gadeiro para HC está garantida. Pois nas próximas eleições estaduais, qualquer um que for eleito, Lobão ou Flávio Dino, HC estará dentro do Governo no dia seguinte, ampliando assim mais ainda a sua fonte.

O que pode ocorrer para jogar areia nessa farra? Somente um acontecimento de grandes proporções no terreno ma-terial (na Economia), ou um acidente na política nacional. Mas isto dependerá da próxima crise do capital, e de como a peri-férica economia brasileira se comportará, assim como dependerá também o seu frá-gil e dominado movimento operário, em sua maioria.

O VOO OLIGÁRQUICO DE HUMBERTO COUTINHO

lei para legitimar e defender os interesses do governo municipal, e, por conseguinte, os seus também.

a câmara de vereadores, que deveria fiscalizar a aplicação e denunciar os desvios dos recursos públicos do Governo Munici-pal, tornou-se um centro de negociatas, na calada da noite, para o rateamento do di-nheiro público. A Câmara, juntamente, com o Ministério Público e a Justiça, ignoram as comprovações de desvios verificadas pelo TCU em 2010, ao que tudo indica, porque correm o risco de serem atingidos também. A Câmara, com certeza.

A imprensa, parte dela está tão degene-rada, que mais parece uma secretaria de marketing dos Coutinhos.

Os trabalhadores parecem tão anestesia-dos - pela investida marqueteira do “pagar salários em dia”, como se isso fosse favor e não dever do prefeito - que não percebem que o salário, ainda que pago em dia, não atende suas necessidades básicas por ter sido rebaixado ao longo dos dois mandatos de HC, e que a jornada de trabalho a que estão submetidos cada vez mais se torna exausti-va, provocando mais doenças e às vezes até a morte precoce.

Mas este silenciar da sociedade custou muito pouco aos Coutinhos. o certo é que, os rios de dinheiro que chegaram a caxias serviram basicamente para o enriqueci-mento do Grupo político dominante, pro-vocando o aumento da pobreza dos que trabalham.

Pior ainda é constatar que parte deste di-nheiro será usada para a eleição de Leonar-do Coutinho e de sua bancada de vereado-res, para que seja garantida a continuidade do grupo e apadrinhados. É isto que estará em jogo nestas eleições, o prosseguimento do assalto aos recursos públicos para fortale-cer o patrimônio, a riqueza, o luxo, e o esban-jamento de uma pequena minoria, por um lado, e a miséria da maioria da população, por outro.

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3 Informativo SINTRAP

EDUCAÇÃO DA ERA COUTINHO:8 ANOS DE MASSACRE AO PROFESSORO FUNDEB de 2005 a 2012 teve

um crescimento de 286% nos va-lores recebidos (R$ 18.440.211,51 em 2005 para aproximadamente R$ 71.185.846,22 em 2012). Destinado à melhoria da educação, com base na valorização do salá-rio do professor, obrigando o administrador a aplicar no mínimo 60% (veja bem, no mí-nimo) no gasto com salário de quem está na sala de aula, este princípio da Lei e da Consti-tuição é ignorado pelos Couti-nhos. Basta fazer as contas.

Os salários dos professores ficaram longe de acompanhar o crescimento dos recursos. enquanto os recursos varia-ram 286% no período, os salários dos trabalhadores da educação cresceram apenas 146%. Com isso os professores acumulam uma perda de 140% nos seus salários, correspondente a R$ 461,62.

Observando a diferença de valor e o montante envolvido fica claro a forma de hc acumular dinheiro para pagar abonos e pousar de bonzinho para a categoria. essa economia é tirada do próprio salário dos professores, ao longo do ano, que ficam com um sa-lário de miséria e que ainda serve de marketing para o Governo que tira mais uma onda (de bom pagador) ao cumprir sua obrigação de pagar os sa-lários em dia.

Outro modo de diminuir custos com pagamento de professor é a super-lotação da sala de aula. Com esta prática HC, por meio da ação de seu capataz, sua secretária marionete, Silvia Carva-lho, submete professores a salas de au-las impossíveis de se ministrar aulas. Quando o professor sai, no final de uma jornada de 4 horas, está exausto físico e

psicologicamente, em um grau de stress insuportável, comprometendo todas as outras ações que precisa realizar fora do trabalho. Quanto aos alunos fica preju-dicada a sua aprendizagem.

Ano FPM FUNDEB 2012 28.640.761,17 35.592.923,13 2011 52.699.885,64 63.478.933,06 2010 44.239.910,87 43.107.132,41 2009 41.520.586,19 43.279.550,83 2008 45.316.575,79 38.265.960,87 2007 34.577.654,50 30.915.089,07 2006 31.171.038,60 18.424.179,45 2005 28.050.007,98 18.440.211,51 TOTAL 306.216.420,74 290.742.866,12

8 ANOS DE MASSACRE DE HC AOS ALUNOSCOM GOROROBA DE MERENDA ESCOLARDesde o primeiro mandato do

prefeito Humberto Coutinho que o SINTRAP faz inúmeras denún-cias sobre a péssima qualidade da merenda escolar que chega às escolas de Caxias. Durante todo o seu mandato não houve nenhuma alteração a não ser no sentido de piorar ou desaparecer o que já era ruim.

Mas o governo insiste em di-vulgar que a merenda escolar de Caxias é de qualidade. Foi o que se pode acompanhar no jornal de campanha para eleger seu sobri-nho, onde mente dizendo “Caxias não pode parar com a merenda es-colar de qualidade”.

mas, este ano pode-se mais uma vez comprovar o quanto esta informação é falsa. desde o início do ano letivo o que se presencia nas escolas é uma continuidade dos anos anteriores: falta de me-renda, merenda insuficiente e com baixo valor nutritivo. Quando há pão, falta suco; quando há suco,

falta pão; quase sempre falta tudo; raramente chegam frutas.

A indignação dos pais é visível, alguns tentam levar os filhos mais cedo para casa, mas a direção de algumas escolas cumpre inteira-mente as ordens da Secretaria de Educação, de só liberar os alunos quando encerrar o horário das au-las. Os pais ainda reclamam que não tem condições financeiras para comprar lanche todos os dias e la-mentam ver os filhos ter que assis-tir aula com fome.

Para mascarar a responsabilida-de pela falta da merenda nas esco-las, a Secretaria de Educação alega que as famílias recebem benefício do governo federal e que, por isso, são obrigados a colocar o lanche na mochila dos filhos. Ora, sabe-se que a maioria dessas famílias so-brevive apenas com este beneficio para o sustento, muitas vezes, fa-mílias numerosas.

Se os alunos votassem, diriam: nunca mais Coutinho.

Fechando este circuito, tem a pro-dutividade, que hoje toma conta de todo o serviço público, precarizando as condições de trabalho e aumentan-do a exploração sobre os trabalhado-res. Na educação, ao trabalhar com as tais metas, este mecanismo age tanto sobre a jornada de trabalho quanto como instrumento de controle, além de uma eficaz ação política para a des-mobilização da organização dos traba-lhadores.

Qualquer semelhança com o gestor Hum-berto Coutinho não é mera coincidência.

CORRUPÇÃO GERAL NOS PROCESSOSLICITATÓRIOS DO GOVERNO HC

Existe uma grande rede de corrupção montada - no Esta-do do Maranhão e em Caxias (conforme denunciou o TCU em seu relatório de 2010) - para fraudar as licitações e desviar os recursos públicos, gerando o enriquecimento dos grupos políticos dominantes, que são empresários ou aliados des-tes, todos “deitados na mesma rede” da corrupção, enquanto a grande maioria da população tem suas condições de vida em-purradas cada vez mais para a miséria.

Com este volume de dinhei-ro, sobretudo o recurso oriun-do do Ministério das Cidades, a infraestrutura de (sanea-mento, pavimentação, limpe-za etc.) de Caxias deveria estar em condições perfeitas. Mas o que se constata todos os dias é o abandono da cidade e das pessoas. Em contrapartida, a riqueza dos donos das em-preiteiras cresce como fogo em mato seco, numa velocidade que causa espanto.

Quer uma explicação para

ÓRGÃO DE ORIGEM VALOR TOTAL DOS CONVÊNIOS

VALOR LIBERADO

Ministério das Cidades 76.054.927,52 67.081.396,81 Ministério do Esporte 5.499.945,80 4.390.034,32 Ministério do Turismo 4.777.500,00 3.708.227,25 Ministério da Saúde 1.637.037,62 1.637.037,62 Secretaria esp. de Políticas para as Mulheres

1.306.594,82 1.104.492,79

Ministério do Desenvolvimento Agrário 2.169.624,01 2.169.624,01 Ministério da Educação 534.637,62 534.637,62 Ministério da Cultura 185.000,00 185.000,00 F N D E 1.423.332,58 1.416.482,58 Ministério do Meio Ambiente 388.181,69 388.181,69 Fundo Nac. de Assist. Social 119.750,00 119.750,00 Ministério da Integração. Nacional 2.000.000,00 2.000.000,00

Ministério da Justiça 476.164,33 476.164,33

Min. da Ciência e Tecnologia 200.000,00 200.000,00

Sec. Esp. Dir. Humanos/PR 15.082,40 15.082,40 TOTAL 96.787.778,39 85.426.111,42

tal enriquecimento? Destes R$ 85.426.111,42 (oitenta e cinco milhões de reais), mais ou me-nos setenta milhões foi alvo de investigação do TCU em 2010. A conclusão do relatório dos au-ditores é categórica em afirmar que em Caxias existe uma rede de corrupção montada para desviar os recursos.

A propósito, uma das empre-sas “vencedoras” da licitação para executar esses convênios - conforme denunciado no re-latório do TCU - é de proprie-dade do irmão do Secretário de Infraestrutura, Vinicius Leitão. Os auditores denunciaram ain-da que o referido empresário estava com mandado de prisão expedido em face de falcatru-as cometidas com recursos do FUNDEB no município de Al-cântara.

Como em rede nada fica de fora, o restante dos milhões, re-ferentes ao esporte, ao turismo, ao desenvolvimento agrário etc., certamente foram “contem-plados” na distribuição para ou-tra parte do grupo.

este valor de 1 bilhão e 257 milhões de reais foi surrupiado pelo Grupo dos coutinhos de você sofrido trabalhador caxien-se. este grupo, como todos os outros de poderosos, é insaciável em sua ação vampiresca de po-der e riqueza. e como você pode perceber pelos dados, o sangue sugado para garantir a opulência dos coutinhos, é o seu.

e agora com estas informações, você trabalhador, acha que ainda pode se enganar com este grupo? lembre-se, que esta oligarquia, é responsável por centenas de

CONHECENDO OS 8 ANOS DE HC, AINDA DÁ PRA SE ENGANAR?

“mortes” causadas pelos desvios dos recursos da saúde; a condena-ção da saúde de milhares de pes-soas por total falta de saneamento básico causado pelos desvios dos recursos do fmP, da infraestru-tura, e outros; pelo “roubo” da educação dos trabalhadores pelo desvio dos recursos da educação, inclusive, da merenda escolar.

esta realidade só pode ser mu-dada pela sua indignação, revol-ta e ruptura com estes vampiros. vote nÃo a todoS oS Po-deroSoS e exPloradoreS, vote nÃo aoS coutInhoS.

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4 Informativo SINTRAP

O blog do jornalista Roberto Kenard revelou hoje qual o juiz in-vestigado pela Corregedoria-Geral

Sidarta Gautama é o juiz “envolvido”com agiotagem, revela Kenard…

BLOGS denunciam o verdadeiro motivo das nossas crianças ficarem sem meranda escolar.

Sab, 23/06/12 por Marco D’Eça às 16:00h de Justiça por envolvimento com o agiota Gláucio Alencar Pontes, apontado como mandante do as-sassinato do jornalista Décio Sá.

De acordo com o jornalista, tra-ta-se de Sidarta Gautama, lotado na comarca de Caxias. Roberto Kenard conversou com fontes do próprio Tribunal de Justiça, que confirma-ram a ligação entre o dois.

(...) De fato, as ligações entre Sidarta

Gautama e Gláucio Pontes são co-nhecidas no meio jurídico. O juiz seria uma das fontes de recursos captadas por Gláucio para seus empréstimos no interior.

Agiota foi ouvido quinta-feira passada pelo corregedor-geral de Justiça, desembargador Cleones Cunha. O processo administrativo corre em segredo de justiça...Fonte: http://www.marcoaureliodeca.com.br

Por causa da ação do juiz e suas ligações, o empresário Gláucio Alencar prestou depoi-mento na última semana no Fó-rum de Justiça, onde relatou seu grau de amizade e de negócios com o juiz, que deve ser investi-gado também pelo CNJ”.

Fonte: www.luiscardoso.com.br

“Um juiz está sendo investi-gado pela prática não permitida no país. Ele tem ligações com empresas que fornecem produ-tos para merenda escolar em duas cidades da região dos Co-cais, sendo que na maior delas os negócios foram feitos direta-mente pelo prefeito e pela espo-sa deputada. (grifos nossos).

É muita grana que o Gover-no HC recebe para a Saúde, entre as maiores verbas que o Município recebe esta é a maior, mas contraditoriamente não vemos a cor desse dinhei-rão todo quando precisamos de cuidados médicos e vamos aos Postos ou ao Hospital Geral, é

RECURSOS REPASADOS PARA A SAÚDENO PERÍODO DE JAN/2005 A JUN/2012

O bicho vai pegar: Juízes e parentes dedesembargadores do Maranhão na agiotagem

(Blog do Luís Cardodo, em 25/06/2012)

uma calamidade, em contra-partida a Fundação Coutinho vai de vento em popa, coin-cidentemente nestes 7,5 anos de mandado de HC cresceu tanto a Fundação que tomou o quarteirão todo. Veja maté-ria abaixo o descalabro que é a Saúde Pública em Caxias.

O risco de contrair doenças ao buscar cura nos Hospitais de Caxias é grande para os pacientes e para os próprios atendentes de enfermagem. Esses profissionais realizam os atendimentos quase sem-pre sem o uso de luvas. Esta história foi contada por quem acompanhou um parente no Hospital Geral.

Os pacientes estão expostos a inúmeros focos de sujeira. Os banheiros não oferecem a mí-nima condição de uso, além do enorme mau cheiro que exala dos sanitários, as torneiras es-tão quebradas, a água das pias escorrem para dentro de baldes, a corda que aciona a descarga foi improvisada pelo escalpe do soro e a limpeza não ocorre com frequência, outro absurdo que ocorre é a falta de água. Da janela ao lado da sala de obser-vação a paisagem que se obser-va é o lixo hospitalar espalhado.

QUEM É FORTE QUE SE SEGURE,QUEM NÃO AGUENTA MORRE!

No atendimento de emergên-cia do Hospital Geral quem não aguenta morre! Os pacientes en-frentam longas filas e uma espera de até 9 horas para serem atendi-dos. Há apenas um médico para atender a enorme demanda que chega em busca de atendimen-to. Durante todo esse tempo de espera os funcionários, a maio-ria contratados, para assegurar seus empregos, são obrigados a mentir para os pacientes e con-tornar a situação, inventando desculpas mirabolantes, sendo a maior delas que os médicos estão fazendo cirurgia de urgên-cia de apendicite.

A mesma informação é repas-sada para os pacientes interna-dos que ficam o dia inteiro sem receber medicação aguardando a prescrição médica, ou em jejum à espera de cirurgia e são desenga-nados só à noite.

Quando finalmente conseguem

atendimento os pacientes esbar-ram em outro problema: a falta de leitos. O que se presencia são do-entes espalhados pelos corredo-res recebendo medicação, alguns nas poucas macas disponíveis e a maioria sentado ou mesmo em pé segurando o soro. A sala de obser-vação, que deveria receber esses pacientes, possui poucos leitos e está sempre lotada, inclusive por pacientes que estão à espera de ci-rurgia. Esse é outro problema que aflige a população: os que estão à espera de cirurgia são obrigados a esperar dias, e até mesmo, meses por falta de leitos.

Falta tudo no hospital, de um simples bebedouro (pois só há um para todas as enfermarias) a um tomógrafo. Os exames de tomo-grafia são encaminhados para se-rem realizados na Fundação e ao chegar são informados que a má-quina está quebrada, arre égua!! É mesmo de lascar.

CONHEÇA POR DENTRO A SAÚDE DE CAXIAS: ESTÁ UM CAOS!

E tudo isso é apenas uma amostra de como está o fun-cionamento do Hospital Ge-ral, isso sem mencionar os horrores que a população enfrenta diariamente nos Postos de Saúde. Em seu Jornal “marrom” o Prefeito afirma que houve melhorias nos serviços básicos ofere-cidos à população, mas a saúde é um exemplo claro da precariedade desses ser-viços. Essa situação não dá para ser mascarada com fal-sas propagandas divulgadas em seu jornal, pois a popu-lação sente na pele todos os dias o descaso do governo com a saúde.

É Sr. Prefeito pelo visto você realmente deseja pro-mover o extermínio da popu-lação de caxias, quando usa como slogan que “caxias não pode parar” para eleger seu sobrinho.

Jornalista/Design Gráfico: Giovani Castro - Contatos: (86) 8817-6606 / 9973-7039 - E-mail: [email protected]

• Acrísio Mota • Conceição Miranda • Silvana Moura • Francisco Santos • Nazaré Lima • Raimundo Pereira (Ray) • Carla de Nazaré• Suiany Freitas • Sônia Moura • Jesus Santana • Arimatéia Rocha

Chargistas: Lutércio - Contatos: (99) 3521-5327 / 8168-7550E-mail: [email protected]

A propósito, as crianças que já dispõem de poucas condições alimentares em casa, têm na merenda escolar um paliativo à sua fome. Mas até este paliativo lhe é roubado por esses grupos inescrupulosos.

Ano 2005/ 2012

Impostos Municipais (IPTU, ITBI, ISS e IRRF)

Impostos Estaduais/Federais Cotas Partes - (ICMS, ICMS/Des., IPI/Exp.,

ITR e IPVA) TOTAL

TOTAL 35.252.924,11 78.927.551,50 114.180.475,61

RECEITAS TRIBUTÁRIAS REFERENTES AOPERÍODO DE JAN/2005 A JUN/2012

Trata-se de recursos que a popula-ção de Caxias paga diretamente, mas não tem conhecimento dos valores glo-bais que são arrecadados, muito menos da sua destinação.

Se os próprios recursos repassados pelo Governo Federal - que dispõe de uma estrutura mínima de fiscalização - são desviados, imagine o que os Couti-nhos estão fazendo com estes recursos,

dos quais o único fiscal é a servil e ven-dida câmara de vereadores, cujos os 11 integrantes, sem exceção, ao invés de cumprirem suas funções de fisca-lizar as ações do Prefeito, são os seus maiores aliados, e quando ameaçam alguma rebeldia é apenas jogo de cena para “garantir algo a mais nos seus bolsos e cuecas grandes”.Fonte: http://caxias.ma.gov.br/transparencia

E x P

E D I E

N T E

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