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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ARTIGO CIENTÍFICO 1 A Terceirização da Atividade na Administração Pública Federal Maria de Fátima Nogueira da Silvamadefatima. [email protected]UFF/ICHS Antônio José de Paula Junior [email protected] UFF/ICHS Resumo A terceirização vem sendo utilizada há décadas na Administração Pública no Brasil e tem suas raízes no Decreto-Lei n° 200/67. Esta questão causou muitas controvérsias em relação à legislação vigente sobre o assunto. Com o objetivo de avaliar a terceirização de serviços empregados pela Administração Pública Federal, o presente trabalho foi realizado por meio de levantamento bibliográfico e aplicação de questionário, coletando dados com funcionários e servidores públicos da Universidade Federal Fluminense. Buscou-se analisar a relação dos contratos utilizados pela administração Pública Federal com a legislação atual. Os resultados indicaram que a terceirização da administração pública vem enfrentando desafios, principalmente da ordem de compreensão e limites, apontando a necessidade da reestruturação das Leis neste setor. Palavras-chave: Terceirização. Administração Pública. Servidor Público.

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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A Terceirização da Atividade na Administração Pública Federal

Maria de Fátima Nogueira da Silva–madefatima. [email protected]– UFF/ICHS

Antônio José de Paula Junior –[email protected] – UFF/ICHS

Resumo

A terceirização vem sendo utilizada há décadas na Administração Pública no Brasil e tem

suas raízes no Decreto-Lei n° 200/67. Esta questão causou muitas controvérsias em

relação à legislação vigente sobre o assunto. Com o objetivo de avaliar a terceirização de

serviços empregados pela Administração Pública Federal, o presente trabalho foi

realizado por meio de levantamento bibliográfico e aplicação de questionário, coletando

dados com funcionários e servidores públicos da Universidade Federal Fluminense.

Buscou-se analisar a relação dos contratos utilizados pela administração Pública Federal

com a legislação atual. Os resultados indicaram que a terceirização da administração

pública vem enfrentando desafios, principalmente da ordem de compreensão e limites,

apontando a necessidade da reestruturação das Leis neste setor.

Palavras-chave: Terceirização. Administração Pública. Servidor Público.

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1 - Introdução

A terceirização de atividades na Administração Pública está avançando no país,

mudando as relações trabalhistas e consequentemente, causando discussões e

questionamentos acerca do assunto. Os principais questionamentos estão associados às

relações trabalhistas estabelecidas entre a administração pública e a empresa contratada

para o fornecimento da mão de obra, ou seja, a contratação do trabalho terceirizado. Uma

das principais discussões criadas a partir da terceirização envolve a possibilidade de

fraudes nos contratos e a desobrigação da realização do concurso público.

Na última década, a terceirização vem sendo empregada nas organizações e

instituições, onde a contratação é realizada via prestação de serviços, executados por

empresas especializadas, desde que não seja a atividade-fim. A descentralização de

serviços da atividade-meio da administração pública Federal é feita por uma empresa

terceirizada, que os executará como sua atividade tal conforme estabelecido no Decreto-

Lei nº 2.271/97, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (BRASIL, 1997).

No Brasil, o Decreto-lei n° 200/67 dispõe sobre a Reforma Administrativa

Federal, onde é citada a execução de atividades descentralizadas. As terceirizações na

Administração Pública têm suas raízes neste decreto que dispõe sobre prestações de

serviços indiretos (BRASIL, 1967).

No entanto, de acordo com a Legislação que trata do assunto, o primeiro artigo do

Decreto-Lei n° 2.271/97 trata sobre terceirização no âmbito da Administração Pública

Federal direta, autárquica, e fundacional, e diz que poderão ter como objeto de execução

indireta, algumas atividades, entre elas, materiais, acessórias, instrumentais ou

complementares aos assuntos que constituem área de competência legal do órgão ou

entidade. O primeiro parágrafo do Decreto-lei ainda descreve quais as atividades que

podem ser objeto de execução indireta, são elas: atividades de conservação, limpeza,

segurança, vigilância, transportes, informática copeiragem, recepção, reprografia,

telecomunicações e manutenção de prédios, equipamentos e instalações (BRASIL, 1997).

Diante desta nova concepção, a administração pública teve que se adaptar às

novas mudanças para atender os anseios dos cidadãos com eficiência e economicidade,

proporcionando assim, diminuição dos gastos públicos, aumento da qualidade e

otimização da máquina administrativa. Desse modo, a descentralização de serviços das

atividades denominadas “atividades-meio” na administração pública federal, pode ser

realizada por uma empresa terceirizada, contratada para execução da atividade, em

acordo com o que se encontra estabelecida no Decreto-Lei nº 2.271/97, conforme a Lei de

Responsabilidade Fiscal (BRASIL, 1997).

Atualmente, a administração pública vem estabelecendo cada vez mais os

contratos terceirizados com as empresas, sejam elas prestadoras de serviços, fornecedoras

de bens, serviços ou mão de obra. Com esta relação, a administração pública pode reduzir

ou até mesmo suprimir a participação do Estado em atividades não-essenciais.

Com a regulamentação desse processo, as obrigações dos órgãos públicos vão

desde a escolha da empresa prestadora de serviço à fiscalização destas quanto ao

cumprimento da lei trabalhista. De acordo com Carvalho Neto (1997) a terceirização no

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Brasil está acompanhando a tendência internacional, e esta terceirização encontra-se

associada a diversos fatores, entre eles: o aumento do surgimento de micro e pequenas

empresas; à diminuição dos custos; o “enxugamento” de estruturas organizacionais,

ocasionando demissões, menores salários, perdas de benefícios e vantagens salariais

através de constantes acordos coletivos sindicais, além da precarização das condições de

trabalho, segurança e principalmente dos vínculos empregatícios.

Segundo DI PIETRO (2007, p.323) a terceirização é um fato preocupante, são

feitas por vias ilegais e inconstitucionais. As contratações vêm sendo feita como objeto o

próprio fornecimento de mão-de-obra, e não para prestação de serviço. É inadmissível

posto que a Administração deva observância à regra do concurso público. Surgiu mais

uma restrição, agora de ordem contábil. É que tanto o art. 18, § 1º, como o art. 72 da (Lei

de Responsabilidade Fiscal) LRF, trazem normas que fixam limites às despesas da

Administração Pública com contratos de terceirização de mão-de-obra e com serviços de

terceiros, respectivamente, controlando as terceirizações através de normas sobre finanças

públicas. Mesmo após mais de 30 anos de edição do Decreto-lei assinalado, a utilização

das terceirizações na Administração Pública ainda vem apresentando problemas,

inclusive da ordem de sua compreensão e limites. Os sucessos totais e parciais são

decorrentes da formatação em que a Terceirização foi e está sendo implementada nas

empresas.

A temática abordada neste artigo trata da relação do administrador público e a

terceirização, e sua influência na Administração Pública Federal. A finalidade deste

estudo é colaborar com o poder público, quanto ao uso da terceirização no setor público

Federal, e incentivar na tomada de decisão dos administradores ao contratar uma empresa

terceirizada, para que possam ter uma gestão orçamentária e financeira responsável com

eficiência.

Neste contexto, o presente estudo tem por objetivo debater a problemática

substanciada em alguns questionamentos tais como: quais são os limites e consequências

da (Lei de Responsabilidade fiscal) LRF no setor público e atuação do Administrador

Público na Gestão de Pessoal Em sequência foram analisadas o ordenamento jurídico

para tentar compreender o que se entende por terceirização nos serviços públicos.

Diante das demandas e questionamentos, torna-se necessário a realização de estudos

acerca da terceirização na Administração Pública Federal, seus aspectos e consequências.

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2 - Referencial Teórico

2.1 Objetivos da Lei de Responsabilidade Fiscal

De acordo com o caput do 1° artigo a síntese do seu objetivo principal “normas de

finanças, voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal”, o que representa ações mais

planejadas e transparentes, equilíbrio entre receita e despesa “contas primárias”, com

prevenção de riscos e correção de desvios, incluindo renúncia de receita e geração de

despesas com pessoal, seguridade, dívida, operações de crédito, concessão de garantia e

inscrição de restos a pagar, prevenindo assim o endividamento (operação de crédito),

maior problema macroeconômico.

No que tange a transparência, o princípio da publicidade atua para levar

conhecimento e participação da sociedade através de mecanismos de

participação popular referido no art. 48, parágrafo único, com a disponibilidade

das contas do exercício para apreciação dos cidadãos, assim como relatórios de

gestão fiscal e execução orçamentária com livre acesso ao cidadão. Em

consonância com a transparência está o controle para assegurar que a

administração atue em consonância com os princípios que lhe são impostos

pelo ordenamento jurídico, como os da legalidade, moralidade, finalidade

pública, publicidade, motivação, impessoalidade; em determinadas

circunstâncias, abrange também o chamado controle do mérito e que diz

respeito aos aspectos discricionários da atuação administrativa. (PIETRO, 2011

p. 575).

A Lei Responsabilidade Fiscal (LRF) Lei Complementar nº 101, aprovada em 4

de maio de 2000, teve sua origem na CF/88. De acordo com Matias Pereira (2003, p.

184), a (Lei de Responsabilidade Fiscal) LRF é uma lei que busca transparência e

equilíbrio das contas públicas, foi criada com o objetivo de definir normas de finanças

públicas orientadas para as responsabilidades na gestão fiscal.

A problemática do trabalho está em observar se o administrador está dentro da lei

de responsabilidade Fiscal (LRF) na Administração Pública. E se a (Lei de

Responsabilidade Fiscal) LRF está contextualizada com a prática das terceirizações de

nas prestações de serviços no Brasil, o fato de a (Lei de Responsabilidade Fiscal) LRF ter

fixado limites para essas despesas, naturalmente evidência ponto de merecer limites.

2.2 A Terceirização no Setor Público

No Brasil, a Terceirização vem sendo utilizada como ferramenta administrativa há

várias décadas. Atualmente é disciplinada pela Lei 8.666/93 (lei de licitações e contratos

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da Administração Pública). Constitui-se numa das formas pela qual o Estado busca

parceria com o setor privado para a realização de suas atividades. Por meio dela,

atividades de apoio ou meramente instrumentais à prestação do serviço público são

repassadas para empresas privadas especializadas, a fim de que o ente público possa

melhor desempenhar suas competências institucionais (BRASIL, 1993). A Terceirização, a despeito do uso recorrente em algumas esferas nacionais, por

muitas décadas, foi também em 1993, através da Lei 8.745, de 1993, que se regulamentou

ou se legalizou a adoção do contrato por tempo determinado na administração pública,

sem requisito de concurso público. Sua adoção foi uma forma de atenuar situações

excepcionais e temporárias, tais como calamidade pública, professores substitutos,

combate a surtos endêmicos, recenseamento, entre outros fatores. A regulamentação legal da terceirização no setor público teve início com o

Decreto-Lei nº 200 de 1967, que estimulou a descentralização das atividades

administrativas para a órbita privada. Conforme o § 1º do art. 1º do decreto nº 2.271/97.

Esse decreto cita as atividades que são terceirizadas como: conservação, limpeza,

segurança, vigilância, transportes, informática, copeiras, recepção, reprografia,

telecomunicações e manutenção de prédios, equipamentos e instalações, contratados no

âmbito da (Consolidação das Leis Trabalhistas) CLT (BRASIL, 1997). . No contrato,

precisa constar uma metodologia de serviço, incorporando materiais, mão de obra,

equipamentos e treinamento, caracterizando um caráter de prestação de serviço

terceirizado e descartando a suspeita de utilização somente de mão de obra da empresa, o

que é contra a lei. De acordo com uma pesquisa apresentada pela Cebrasse no relatório

2007/2008, sobre serviços terceirizados, se as empresas que já realizam esse tipo de

contrato tivessem que implantar a terceirização em outras atividades, elas seriam em:

limpeza e conservação (35%), manutenção mecânica e elétrica (34%), manutenção

predial (33%), transporte interno (32%), vigilância e segurança (31%) e nos setores

jurídico e de auditoria (30%). Nessa seqüencia, incluem-se ainda controle de estoque,

paisagismo, administração de restaurantes, expedição, recursos humanos e outros mais de

uma lista total de 29 atividades. Após a implantação da terceirização, 34% das 2.850

empresas avaliadas responderam que os custos reduziram em 20%, assim como 61% das

empresas tiveram aumento de qualidade.

De acordo com a (Consolidação das Leis do trabalho) CLT e a Justiça do

Trabalho julgava, tendo em conta os princípios gerais desse ramo do Direito, entre os

quais a observância dos requisitos da relação de trabalho. Não tardou para que o

contratado viesse a pleitear a relação de emprego diretamente com o tomador dos

serviços alegando direitos por causa de uma brecha criada pela (Consolidação das Leis do

trabalho) CLT. O que desfigura o caráter da terceirização na administração pública, cujo

objetivo era enxugar a máquina administrativa, principalmente no que se refere à folha de

pagamento. Para resolução desse problema, a Constituição Federal de 1988 cria a

categoria de servidor público, cuja contratação obedece à obrigatoriedade de participação

e aprovação em concurso público, resolvendo a questão de criação de vínculo

empregatício por parte do empregado terceirizado (BRASIL, 1988). Nota-se que, as exceções detalhadas em lei (art.37 inciso IX da C.F./88) abrem

brechas para contratação de mão de obra terceirizada, mesmo em funções exclusivas de

cargos públicos, como nos casos de cargos em extinção ou aumento de demanda em

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alguns tipos de serviços, em caráter temporário, onde o objetivo não é mais só a redução

da folha de pagamento, mas, a agilidade, flexibilidade e competitividade.

Sendo assim, a Súmula nº 331 de 17 de dezembro de 1993, do Tribunal Superior do

Trabalho descrita na íntegra abaixo, vem normatizar as questões trabalhistas em relação à

contratação de mão de obra terceirizada.

Súmula nº 331 de 17 de dezembro de 1993, do Tribunal Superior do Trabalho:

I – A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo

empregatício diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho

Temporário (Lei “nº 6.019, de 07-01-74)”.

II – A contratação irregular de trabalhador, através de empresa interposta, não gera

vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública Direta, Indireta ou

Fundacional (art. 37, II da Constituição da República).

III – Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de

vigilância (Lei nº 7102, de 20-06-83), de conservação e limpeza, bem como a de serviços

especializados ligados a atividade-meio do tomador, desde que inexistentes a

pessoalidade e a subordinação direta.

IV – O inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do empregador implica a

responsabilidade subsidiária do tomador de serviços quanto àquelas obrigações, desde

que este tenha participado da relação processual e conste também do título executivo

judicial.

Observa-se que, a prática da terceirização permite que se burlem duas normas da

Constituição Federal, tanto na parte da exigência de concurso público, como nos limites

da despesa com pessoal, cujas sanções estão previstas na Emenda Constitucional n°19.

Contratando mão de obra de empresas terceirizadas, a comprovação de gastos recai sobre

outro item do orçamento e não na despesa com pessoal.

2.3 Limitações

A Lei de Responsabilidade Fiscal vem justamente para impedir essa burla, quando

insere um dispositivo onde a mão de obra terceirizada, com o objetivo de substituir o

servidor público, é considerada como despesa com pessoal, limitada pela constituição. Acrescenta-se ainda à questão das terceirizações na Administração Pública, os

limites contábeis impostos pela Lei Complementar nº 101/00 à sua utilização. No âmbito

do setor público, além de observar essa limitação, a terceirização deve ocorrer por meio

de contrato administrativo precedido de licitação, nos termos do art. 37, XXI da

Constituição da República e da Lei 8.666/1993. Para escolha da empresa e obtenção de

menor preço, abre-se licitação a fim de estudar detalhadamente cada possibilidade. Segundo Olivo (2010, p.119) “a licitação é o procedimento administrativo

mediante o qual a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para

contrato de seu interesse.” A Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, estabelece que a

modalidade de licitação estipule o procedimento utilizado podendo ser por tomada de

preço, convite ou pregão sendo estas isentas de concurso público. De acordo com Olivo

(2010, p. 124) “é importante destacarmos ainda, que para a modalidade pregão,

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presencial ou eletrônico, tratar de aquisição de serviço comum, não sendo prevista a

possibilidade de contratação de obras ou serviços complexos, o único tipo admitido é o de

menor preço.” Nesta etapa, é importante verificar se os funcionários que exercerão os ofícios

delimitados se têm todos os direitos trabalhistas respeitados. Observa-se que a

terceirização possui alguns aspectos positivos: a modernização da administração

empresarial, com a redução de custos, aumento da produtividade e com a criação de

novos métodos de gerenciamento da atividade produtiva. Mas também possui alguns

negativos: a redução dos direitos globais dos trabalhadores, tais como a promoção,

salários, fixação na empresa e vantagens decorrentes de convenções e acordos coletivos.

2.4 Gestão de Pessoas no Setor Público e a Terceirização

Visando o objetivo da gestão de pessoas que é o desenvolvimento e crescimento

da organização e consequentemente valorização das pessoas, técnicas têm sido utilizadas

na busca desses resultados, políticas de tomada de decisão, ações planejadas, constante

capacitação, práticas que aumentam o comprometimento com a participação.

Conforme Chiavenato: O contexto de Gestão de Pessoas é formado por pessoas e organizações. Boa

parte da vida das pessoas é passada dentro da organização, que, por sua vez,

dependem das pessoas para atingir seus objetivos. Se por um lado, as pessoas

dependem das organizações para sua subsistência e sucesso pessoal, as

empresas jamais existiriam se não fossem as pessoas, que lhes dão vida,

dinâmica, impulso, criatividade e racionalidade (CHIAVENATO, 1999, p. 4

apud MARTINS, 2010 p.4).

Existem as entidades que não estão sujeitas à regulamentação mercantil e fiscal

regular, beneficiam-se de privilégio do Estado contratadas de forma direta sem licitação

como as Organizações não governamentais (ONGs), Organizações da sociedade civil de

interesse público (Oscips), Cooperativas de trabalho, apesar de existir entidades sérias,

mas muito se tem visto em termos de desvirtuamento dessas ferramentas sociais, que

tentam burlar as limitações da terceirização.

No que se refere à terceirização, a (Lei de Responsabilidade Fiscal) LRF vem

acrescentar uma restrição a mais no âmbito contábil, essas restrições se fazem no controle

observado na LRF art. 18 §1°, aos contatos de terceirização de mão de obra e art. 72 aos

serviços de terceiros, também limita norma de contabilidade pública. Nota-se que no amplo espectro da terceirização, assume relevância capital a

participação do órgão de recursos humanos na gestão de recursos sem subordinação

direta ao tomador de serviços. Comentado por Jorge Ulisses Jacoby Fernandes,

Procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Distrito Federal “Ao

contrário do que ocorria no passado, quando o órgão de pessoal se traduzia como

mantenedor da folha de pagamento, hoje o agente de recursos humanos é verdadeiro

gerenciador de conflitos interpessoais, e não há desafio maior do que buscar o

estreitamento dos vínculos entre o órgão e o pessoal da empresa da atividade terceirizada.

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Aos órgãos que descumpriram a finalidade da terceirização, e descentralizando

serviços característicos de suas atividades próprias do quadro, o Tribunal de Contas da

União – TCU determinou a substituição dos servidores terceirizados por outros aprovados

em concurso público. O motivo por tamanha incidência de irregularidades quanto aos

terceirizados se deve pelo fato que a dependência das parcerias se tornou tão intensa que

o cumprimento exato e total da lei poderia provocar uma interrupção no funcionamento

do Estado. Assim sendo, a única solução encontrada foi à negociação que resultou em

uma meta anual de trocas por funcionários concursados. Por fim, expor que tais atitudes,

segundo o Decreto nº 2.271/97, aplicável à administração direta, autárquica e

fundacional, a terceirização é legítima desde que não implique a execução de atividades

inerentes aos quadros próprios dessas entidades.

3-- Metodologia

Para o desenvolvimento do artigo, foram empregadas duas metodologias, o

embasamento teórico, mediante levantamento bibliográfico, conforme descrito por Silva

e Menezes (2001), e o estudo quantitativo. Através do estudo quantitativo foi feito uma abordagem do problema, onde a

principal preocupação foi o estudo e análise empírica do ambiente natural, legislação do

tema, analisando a terceirização no setor Público Federal.

O desenvolvimento do estudo quantitativo foi realizado no mês de outubro a

novembro de 2016, através de pesquisa direcionada aos servidores e funcionários

públicos da Educação Publica Federal da Universidade Federal Fluminense campus Vila,

situado na Avenida dos Trabalhadores, n° 420, Vila Santa Cecília, em Volta Redonda –

RJ. O quantitativo de funcionários nesta unidade de ensino superior é de 46 servidores

públicos e 51 terceirizados no total de 97 trabalhadores. A coleta de dados foi feita por meio da aplicação de um questionário com seis

perguntas fechadas do tipo múltipla escolha.

O questionário foi aplicado a 30 funcionários e servidores da Universidade

supracitada. As perguntas elaboradas no questionário possibilitaram o levantamento de

informações acerca da opinião dos entrevistados sobre a terceirização. Dessa forma,

através dos dados obtidos com o questionário, realizou-se uma análise da relação dos

funcionários com o seu ambiente de trabalho e sua relação com a terceirização do setor

público. Os resultados da pesquisa serão demonstrados a seguir, através de gráficos

comparativos.

4- Resultados

4.1 Resultados da pesquisa

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O questionário foi aplicado a 30 funcionários e servidores públicos da esfera

Federal. Os entrevistados são dos setores de assessoria técnica, funcionários terceirizados,

setor administrativo e corpo docente. É importante ressaltar, que a maior dificuldade

encontrada na pesquisa foi à participação e colaboração dos profissionais em responder o

questionário. Os funcionários e servidores foram responsáveis por responderem o problema da pesquisa. Desta forma com as respostas dos mesmos foi possível ter uma análise da relação

destes com seu ambiente de trabalho, Através das informações obtidas, analisou-se o

quantitativo de entrevistados que opinaram sobre a terceirização, permitindo assim a

elaboração dos gráficos abaixo.

O gráfico 1 apresenta desempenho das instituições públicas com o trabalho

terceirizado. Os resultados obtidos apontam nesta questão, que a maioria aprova o

desempenho da instituição com o trabalha terceirizado, apenas 6,67% considera ruim, a

aprovação se dá pelo somatório das opções Bom e Regular, que somados tem-se 80% de

aprovação. E apenas 13,33%dos entrevistados consideram muito bom o desempenho da

instituição.

Gráfico 1: Desempenho das instituições Públicas com o trabalho terceirizado.

Fonte: Elaborado pelos autores (2017)

O gráfico 2 apresenta a avaliação da terceirização dos serviços públicos. Os

resultados obtidos indicam nesta questão que 33,33% consideram ruim a terceirização.

Ao avaliar os resultados, percebeu-se que a terceirização na Administração Pública é uma

opção, pois o somatório de 60% da avaliação está dividido entre bom e regular, e apenas

6,67% consideram muito bom a terceirização do serviço público.

Gráfico 2: Avaliação da Terceirização dos Serviços Públicos

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Fonte: Elaborado pelos autores (2017)

O gráfico 3 avaliou a terceirização na área de trabalho. Nesta avaliação, através

dos resultados obtidos com o questionário, observou-se que 26,67% das pessoas

consideraram muito bom e regular a terceirização na área de trabalho, e 46,67% dos

entrevistados classificaram como “bom” a terceirização na área de trabalho.

Gráfico 3: Avaliação da Terceirização da Área de trabalho.

Fonte: Elaborado pelos autores. (2017)

O gráfico 4 apresenta o percentual obtido ao questionar os entrevistados sobre a

possibilidade da terceirização ocasionar desequilíbrio nas contas públicas. Os resultados

indicaram que 63% consideram que a terceirização pode provocar desequilíbrio nas

contas públicas e apenas 37% não acreditam nesta possibilidade

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Gráfico 4 – A Terceirização Pode Causar Desequilíbrio Nas Contas Públicas.

Fonte: Elaborado pelos autores (2017)

O gráfico 5 elucida a questão acerca da terceirização e as consequências para a

administração pública. Neste questionamento, os resultados apontaram que 83% dos

entrevistados consideram que não haverá consequências significativas que possam afetar

a administração pública. E apenas 17 % consideram que haverá consequências para a

Administração Pública.

Gráfico 5 – A Terceirização e as Consequências para Administração Pública.

Fonte: Elaborado pelos autores (2017)

O gráfico 6 ilustra o questionamento sobre como os entrevistados visualizam o

futuro do emprego no Brasil com a terceirização. Os resultados demonstraram que nesta

questão, 53,33% dos entrevistados consideram que o futuro do emprego no Brasil com a

terceirização é bom, e que 40% acreditam que será ruim o futuro do emprego com a

terceirização no Brasil e apenas 6,67% consideram muito bom

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Gráfico 6- Como visualiza o futuro do emprego no Brasil com a terceirização.

Fonte: Elaborado pelos autores (2017)

4.2 Análise da Pesquisa

A pesquisa foi realizada no mês de outubro a novembro de 2016 com funcionários

e servidores públicos da Universidade Federal Fluminense – Campos Vila. O quantitativo

de funcionários nesta unidade de ensino superior é de 46 servidores públicos e 51

terceirizados no total de 97 trabalhadores. Foi aplicado questionário com seis perguntas

fechadas, onde os entrevistados deram sua opinião sobre a terceirização nesta instituição.

Dessa forma, foram analisados e interpretados os resultados obtidos, além disso, houve o

apoio de autores e obras que tratam do tema em questão. Os funcionários servidores

foram responsáveis por responderem o problema da pesquisa. Desta forma com as

respostas dos mesmos foi possível ter uma análise da relação destes com seu ambiente de

trabalho, Posteriormente cabe ressaltar como limitadores da pesquisa que esses dados e

interpretações obtidas basearam-se apenas na amostragem selecionada para a realização

da pesquisa sobre a terceirização de atividades na Administração Pública Federal.

Administração Pública Federal tem forte crescimento tanto quanto têm sido

discutidas questões referentes às relações trabalhistas entre a administração pública que

contrata e a empresa contratada para fornecer a mão de obra terceirizada, amparada pela

súmula 331do (Tribunal Superior do Trabalho) TST, porque cria a possibilidade de burla

nos contratos e na obrigação de realizar concurso público.

A finalidade deste estudo é colaborar com o poder público com o uso da

terceirização no setor Público Federal, e incentivar na tomada de decisão dos

administradores ao contratar uma empresa terceirizada, para que possam ter uma gestão

orçamentária e financeira responsável com eficiência e eficácia

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5- Conclusão Os resultados obtidos com a pesquisa, através dos questionamentos apontaram

que as terceirizações têm sido encaradas com crédito. Foi verificado que este crédito

ocorre principalmente, porque a terceirização está sendo empregada de forma compatível

com sua natureza jurídica. Esta constatação é reforçada pelo fato de que, felizmente,

alguns administradores comprometidos com o interesse público, aproveitam para

delimitar imprecisões e adaptações que vêm sofrendo essa atividade e terminam por

atenuar seus propósitos.

Através do levantamento bibliográfico, conclui-se que a terceirização de serviços

públicos é uma das formas de parceria entre o público e o privado para a execução

indireta de atividades estatais. Pôde-se observar que o uso da terceirização revela-se, em

algumas situações, interessante, dado que possibilita que o Poder Público dedique-se as

suas atividades finalísticas, melhorando a qualidade dos serviços prestados à população,

reduzindo os gastos estatais e incentivando o desenvolvimento da iniciativa privada em

relação às funções terceirizadas.

De modo geral, o Estado quando necessita da ajuda de terceiros para a execução

de atividades, que não fazem parte do ornamento da Administração Pública, utiliza-se da

terceirização, que poderá ser dos próprios serviços públicos, por meio de concessão ou

permissão, ou das atividades ligadas aos serviços públicos, através de contratos de

prestação de serviços, onde o objeto é vinculado. No entanto, os resultados das pesquisas

apontam que a terceirização no setor público, necessita de uma reestruturação da lei e

ajustes quanto à Lei da responsabilidade fiscal. No período em que este trabalho estava

em fase de ser concluído, entrou em vigor no dia 11 de Novembro de 2017, nova regras

trabalhistas, onde houve a atualização das leis que regem o trabalho terceirizado,

permitindo a terceirização para qualquer atividade na empresa.

Os resultados do estudo revelaram ainda, a demanda por uma discussão ampla

sobre o tema terceirização, seus aspectos e consequências. Entre as limitações da

pesquisa, cita-se a impossibilidade da realização de uma avaliação completa, com todos

os servidores da Administração Pública Federal, o que dificulta a consolidação dos dados

e restringe a análise da pesquisa.

Com isso, conclui-se que os resultados do estudo possibilitaram trazer à tona as

principais características e questões sobre o tema terceirização. Trata-se de uma iniciativa

para despertar a questão, abrindo novas linhas de pesquisa, novas perspectivas para

estudos futuros.

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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