a sustentabilidade na perspectiva do administrador

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  • 7/25/2019 A Sustentabilidade Na Perspectiva Do Administrador

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    rea Temtica: Gesto Socioambiental

    A SUSTENTABILIDADE NA PERSPECTIVA DO ADMINISTRADOR

    Resumo: Este estudo busca analisar de que forma os bacharis em Administrao percebem otema Sustentabilidade. Para tal, fez-se uma pesquisa com 75 indivduos graduados emAdministrao em faculdades e universidades dos trs estados da regio sul do Brasil. Oinstrumento utilizado foi questionrio eletrnico, disponibilizado via link online. Estecompreendeu 17 perguntas, sendo oito delas relativas ao perfil dos respondentes e as demaiscom os questionamentos em relao sustentabilidade. Observou-se que pouco mais de umtero dos Administradores consultados esto totalmente sensibilizados quanto relevncia dotema sustentabilidade. A maioria dos pesquisados atribui grande importncia s aes para

    preservao do meio ambiente e quase a totalidade dos respondentes adota cotidianamenteprticas sustentveis. O consumo consciente tambm est presente na vida dosAdministradores, mas a coerncia de todas estas prticas e preocupaes ecolgicas fica um

    pouco deturpada quando considerado que quase 80% da amostra sempre utiliza veculo parase locomover, ao invs de transporte pblico ou bicicleta.

    Abstract:This study aims to examine how the bachelors in Business Administration realizethe theme Sustainability. To this end, we carried out a research with 75 graduates in BusinessAdministration at colleges and universities in the 3 states of southern Brazil. The instrumentused was electronic survey, available via online link. This comprised 17 questions, eight ofthem related to the profile of respondents and the other asking about sustainability. Researchshowed that just over one-third of the bachelors surveyed are fully aware of the relevance ofsustainabilitys relevance. The majority of respondents attaches great importance to actions

    preserving the environment and almost all of them routinely adopts sustainable practices. Theconscious consumption is also present in the graduateslives, but the consistency of all these

    practices and environmental concerns is a bit misleading when considering that almost 80% ofthe sample always uses vehicle to get around, rather than public transport or bicycle.

    Palavras-chave: Sustentabilidade, Administrador, Desenvolvimento Sustentvel.

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    INTRODUO

    O autor Makower (2009, p. 253) expressa que os valores sociais moldam a forma como aspessoas veem o mundo, expressam seus ideais e influenciam at mesmo os comportamentosde consumo. Portanto, as aes que praticamos no dia a dia, o volume de consumo e o modocomo consumimos, assim como a forma com que contribumos positiva ou negativamente

    para a preservao do meio ambiente e a reduo das desigualdades sociais esto diretamenteatrelados importncia que atribumos aos requisitos que constituem a sustentabilidade. Oresultado disso a escassez de recursos que, aliada necessidade de melhorar a qualidade devida das pessoas, suscita questes a serem debatidas e diferentes percepes a seremconfrontadas.

    natural que, enquanto seres humanos, busquemos incessantemente meios de satisfazermosnossas necessidades. Porm, eventualmente esquecemos que a atividade de consumo apenasum meio de adquirir coisas para vivermos melhor e acabamos tratando-a como um fim em si

    prpria, em que compramos o que no precisamos e cada vez geramos mais lixo, degradamosmais o meio ambiente e auxiliamos a intensificar a extino dos recursos naturais, reiniciandoum crculo vicioso, pautado pelo incremento da j referida escassez.

    Se como indivduos agimos desta maneira, nas empresas a conduta no diferente.Considerando que as firmas podem ser vistas como um conjunto de recursos (PENROSE,1958, p. 133), e que as pessoas fazem parte deste conjunto (sendo, possivelmente, o principalcomponente), no difcil imaginar que o pensamento econmico predomine e a ateno aquestes sociais e ambientais seja relevada a segundo plano. A esta lgica se contrape asustentabilidade.

    Para que se confira a devida considerao empresarial a respeito do tema, fundamental que

    os gestores das organizaes estejam preparados para entender e colocar em prtica modelosde gesto sustentveis, enfrentando as potenciais adversidades que se oponham a eles. Asuniversidades e suas escolas de administrao e negcios so, em uma perspectiva

    pedaggica, as responsveis pela formao e qualificao destes indivduos para a assunode cargos de liderana e gerncia. Mundialmente, estas escolas esto intensificando seusesforos para atender s questes e resolver os problemas relacionados com a sustentabilidade(PORTER; CORDOBA, 2009).

    Torna-se relevante, portanto, averiguar o que os bacharis em Administrao entendem porsustentabilidade e seus conceitos perifricos, se eles consideram este tema importante e se

    praticam aes sustentveis em seu cotidiano. O estudo aqui tratado tem por inteno

    investigar como estes bacharisque sero aqui denominados Administradores - percebem asustentabilidade, especialmente a dimenso ambiental do referido tema. Para isso, as sees aseguir apresentam, em ordem, o referencial terico utilizado para fundamentar a pesquisa e osconsequentes entendimentos provenientes dela, a metodologia de pesquisa, os resultadosobtidos, a anlise destes resultados e, por fim, as consideraes finais da pesquisa.

    REVISO BIBLIOGRFICA

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    Da sustentabilidade ao desenvolvimento sustentvel

    A noo econmica de sustentabilidade, como adjetivo de desenvolvimento, descende dacompreenso emergente, ao longo do sculo XX, de que o padro de produo e consumoem expanso no mundo, sobretudo no ltimo quarto desse sculo, no tem possibilidade de

    perdurar (NASCIMENTO, 2011). Freeman e Soete (2008) destacam a importncia de sepensar as polticas voltadas ao desenvolvimento, mais precisamente as de cincia etecnologia, enfatizando um enfoque sistmico, que privilegie a sustentabilidade.

    As origens das discusses sobre Sustentabilidade remontam dcada de 1950, quando ahumanidade passou a perceber os impactos ambientais decorrentes da poluio nuclear. Coma Conferncia de Estocolmo, em 1972, os pases desenvolvidos e aqueles emdesenvolvimentoento nominados de terceiro mundo passaram a discutir a preocupao

    com o meio ambiente. Enquanto os primeiros desejavam manter sua qualidade de vida, osdemais atribuam ao seu baixo crescimento o motivo da degradao ambiental. Os pases deterceiro mundo concluram ento que, necessariamente, para que houvesse a soluo dos

    problemas ambientais, precisaria haver uma forma de erradicar a pobreza, agregando aodebate a dimenso da responsabilidade social (NASCIMENTO, 2010).

    Isto posto, introduz-se a dimenso social ao binmio desenvolvimento e meio ambiente apartir do documento Only One Earth, produzido pela ONU. Logo em seguida, a crise dopetrleo tambm lanou luzes sobre a descarbonizao da economia, ao fazer com que ospases desenvolvidos tivessem de buscar novas fontes energticas, ao invs daquelasemissoras de gases de efeito estufa. Ainda na dcada de 1970, a partir da tomada deconscincia em relao aos danos ambientais, comearam a surgir as primeiras agnciasgovernamentais voltadas ao assunto (NASCIMENTO, 2010).

    ento que, em 1987, a Comisso Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento(CMMAD), com vistas a estimular os esforos para a preservao do meio ambiente -conciliando a preocupao ambiental com o crescimento econmico - at ento aindaescassos, lana o relatrio Our Common Future - Nosso Futuro Comum, em portugus(NASCIMENTO, 2010). Este salienta que preciso haver uma harmonia entre seres humanose natureza, sendo que o crescimento econmico por si s no pode ser consideradodesenvolvimento. Para que isso acontea, preciso que haja tambm uma melhora daqualidade de vida das pessoas e das sociedades. Tal documento um marco, pois concebeu otermo Desenvolvimento Sustentvel (NASCIMENTO; LEMOS; MELLO, 2008).

    O relatrio Nosso Futuro Comum, tambm conhecido como Relatrio Brudtland, conceituaDesenvolvimento Sustentvel como aquele que atende s necessidades do presente semcomprometer a possibilidade de as geraes futuras atenderem a suas prprias necessidades

    (CMMAD, 1991, p. 46). Nascimento, Lemos e Mello (2008, p. 61) expem que odesenvolvimento sustentvel est apoiado em um trip constitudo das dimenses econmica,social e ambiental. Para os autores, o papel do indivduo central na valorizao, manutenoe desenvolvimento do capital natural, de modo que nosso modo de vida atual deve estaralicerado na gerao de renda, e no na destruio de ativos (p. 63).

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    Sustentabilidade no ensino de administrao

    essencial que para haver a possibilidade de construo de uma sociedade e um futurosustentvel para esta, formemos gestores competentes, conscientes e atentos a este respeito.Uma abordagem transversal da sustentabilidade j pregada pelas universidades, porm,ainda h resistncia. As instituies de ensino superior continuam sendo moldadas einfluenciadas por normas culturais que defendem o individualismo, o industrialismo e omilitarismo, por exemplo, e ignoram os valores ecolgicos (KURUCZ; COLBERT;MARCUS, 2013).

    Guerreiro Ramos j expunha que a educao formal, em seus moldes atuais, alvo de crticas,pois no estimula a criatividade e o desenvolvimento da sensitividade dos estudantes,orientando-os a se transformarem em indivduos detentores de emprego no sistema de

    mercado (1989, p. 145). Nesta mesma linha segue o entendimento do Ministrio do MeioAmbiente (2015a), quando se refere educao ambiental:

    [...] o modelo de educao vigente nas escolas e universidades responde a posturasderivadas do paradigma positivista e da pedagogia tecnicista que postulam umsistema de ensino fragmentado em disciplinas, o que se constitui um empecilho paraa implementao de modelos de educao ambiental integrados e interdisciplinares.

    Educao Ambiental um tema correlato sustentabilidade, mas tem conotao diferente deeducao para a sustentabilidade. De acordo com o Ministrio do Meio Ambiente (2015b), aConferncia Internacional de Tbilisi, realizada em 1977, apontou que educao ambiental:

    [...] um processo de reconhecimento de valores e clarificaes de conceitos,objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relaoao meio, para entender e apreciar as inter-relaes entre os seres humanos, suasculturas e seus meios biofsicos. A educao ambiental tambm est relacionadacom a prtica das tomadas de decises e a tica que conduzem para a melhora daqualidade de vida.

    Enquanto isso, educao para a sustentabilidade significa uma abordagem mais holstica, quesupera as fronteiras da educao ambiental para incluir a inter-relao e os impactos entre asesferas social, ambiental e econmica, habilitando uma discusso menos reducionista e maistransversal (LIMA, 2003).

    Kurucz, Colbert e Marcus (2013), fazem uma construo dos relacionamentos entreeconomia, sociedade e meio ambiente (facetas do trip da sustentabilidade) ao longo do

    tempo, partindo da viso da teoria econmica clssica (Figura 1). Nesta, as trs referidasdimenses so tratadas como independentes. Abordagens gerenciais mais recentesreconhecem a interdependncia entre os elementos, mas tratam, em um primeiro momento, omeio ambiente como submisso economia e sociedade.

    O resultado da evoluo destas abordagens o desenvolvimento de uma educao gerencialsobre a sustentabilidade em que o meio ambiente, a sociedade e a economia estoentrelaados. Este ltimo modelo com certeza tem sua importncia, contudo, aindanegligencia as diferentes realidades ecolgicas e dificulta, consequentemente, uma concepoholstica do chamado trip da sustentabilidade. Em uma perspectiva ecolgica, maisavanada, as facetas deste trip so crculos concntricos, em que a economia est inserida nasociedade e a sociedade est inserida no meio ambiente.

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    Figura 1 - A Construo Social de Relaes Fsicas no Gerenciamento da Educao

    Fonte: Kurucz, Colbert e Marcus (2013).

    O interesse em discutir a educao para a sustentabilidade tem aumentado, exprimem Porter eCordoba (2009). De acordo com os autores, crescente o nmero de estudos que se ocupamde refletir, compreender e desenvolver o assunto. Eles propem uma abordagem sistmica de

    educao para a sustentabilidade como forma de ajudar os estudantes a entenderem que soparte de um sistema com entidades muito maiores, que transcendem o locus acadmico,provendo ferramentas para que os mesmos compreendam a complexidade e as tenses dasquestes relacionadas sustentabilidade, desenvolvam e implementem solues.

    MTODO

    Metodologicamente, o presente estudo pode ser considerado exploratrio e descritivo, emrelao aos fins, e bibliogrfico. Os dados foram coletados atravs de questionriosemiestruturado (contendo perguntas abertas e fechadas) disponibilizado online, atravs daferramenta Google Docs, aos respondentes entre os dias 24 de junho e 07 de julho de 2015. Oinstrumento de pesquisa contou com 17 perguntas, sendo oito obrigatrias e relacionadas ao

    perfil dos respondentes, e as demais sobre o tema sustentabilidade. Destas ltimas, apenasuma questo era obrigatria; duas perguntas eram abertas e as outras cinco, por conseguinte,fechadas.

    Utilizou-se como referncia para a construo do instrumento de pesquisa os questionrios doInstituto ADVB de Responsabilidade Socioambiental (IRES, 2014) e da Diretoria deSustentabilidade Ambiental da Universidade Federal de Uberlndia (DIRSU, 2011), e o teste

    do Instituto Akatu sobre consumo consciente (AKATU, 2015).

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    APRESENTAO DE RESULTADOS

    Esta seo ir apresentar e discutir os resultados obtidos na pesquisa supracitada.

    Primeiramente, ser caracterizada a amostra a que se teve acesso para que, em seguida, sefaam os relatos pertinentes relativos aos dados coletados. Devido a fins didticos e paramelhor fluidez do texto, a expresso bacharis em Administrao e suas variaes ser aquiintercalada com o termo Administradores e derivados deste, mesmo que legalmente,

    segundo o Conselho Regional de Administrao do Rio Grande do Sul (2015) Administradorseja apenas o bacharel em Administrao registrado no respectivo Conselho Regional deAdministrao (CRA/UF). Como veremos, pelo fato de o registro no ser obrigatrio, nemtodos os graduados em Administrao optam por filiarem-se ao CRA/UF.

    A amostra consultada foi composta por 75 bacharis em Administrao, formados emfaculdades e universidades dos trs estados da regio Sul do Brasil (Rio Grande do Sul, SantaCatarina e Paran). Dentre as profisses exercidas por estes profissionais, temos professoresuniversitrios, consultores empresariais, estudantes, economiria, supervisores de vendas,auxiliar de depsito, bancrio, financiria, controller, servidores pblicos, gerentesadministrativos e de servios, analista de suprimentos, locutora de rdio, assistente dedepartamento de pessoal, empresrios e gestores de empresas.

    Este perfil diversificado de atuao dos Administradores deixa claro as possibilidades que agraduao em Administrao abre a seus bacharis. O grfico 1, a seguir, mostra adistribuio dos participantes da pesquisa em relao ao sexo. Percebe-se que os homensrepresentam 57,3% da amostra e as mulheres, 42,7%.

    Grfico 1Distribuio dos respondentes por sexo

    Fonte: Questionrios preenchido por bacharis em Administrao graduados por faculdades euniversidades da regio Sul do Brasil entre junho e julho de 2015.

    Enquanto isso, a faixa etria dos indivduos variou entre 21 e 57 anos. Mais da metade dosrespondentes, 42 pessoas, tm at 30 anos. Os demais 33 tm entre 31 e 57 anos. Desta somade 75 respondentes, a maioria (36%) tem como grau mximo de instruo a especializao.Em seguida, a graduao aparece como o ltimo nvel de instruo atingido por 34,66% dosrespondentes e o mestrado o ttulo obtido por 28% do total. Apenas uma pessoa,

    representando 1,33% do total possui doutorado (grfico 2). Esta predominncia de indivduoscom grau de especializao pode refletir o fato de que a simples graduao em Administrao,dada sua multidisciplinaridade e quantidade de graduandos a nvel nacional anualmente, no

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    suficiente para configurar um diferencial profissional, demandando aos graduados nesta reaque busquem aperfeioamento em um campo especfico desta cincia social.

    Grfico 2Grau de instruo

    Fonte: Questionrios preenchido por bacharis em Administrao graduados por faculdades euniversidades da regio Sul do Brasil entre junho e julho de 2015.

    Tendo em vista que quase a totalidade dos sujeitos consultados finalizou a graduao entre osanos de 2001 e 2014 (uma pessoa graduou-se em 1986 e outra em 1998) e posto que muitosdeclararam exercer cargos de gerncia e liderana em suas respectivas reas profissionais,supe-se que grande parte dos entrevistados j tenha relativa experincia de gesto e que, defato exercendo a Administrao especialmente nas reas privativas de atuao doAdministrador estejam, ento, registrados nos respectivos CRAs. Contudo, os dadoscoletados sugerem o contrrio. Menos da metade dos bacharis pesquisados, 44%, possuemcarteira de identidade profissional, contra 56% dos respondentes que afirmam no estaremfiliados junto ao Conselho Regional de Administrao de seu Estado.

    Caracterizada esta frao da populao de administradores, faz-se a primeira e central pergunta deste artigo: o que os administradores entendem por Sustentabilidade? Estequestionamento foi feito abertamente, sendo o primeiro dos nove relativos a percepo e

    prticas dos indivduos pesquisados. Por se tratar de uma pergunta aberta, as respostas foramdivididas em quatro categorias para proporcionar maior efetividade na anlise. Cabe salientarera de carter obrigatrio a resposta a esta pergunta. O primeiro grupo constituiu-se daquelas

    pessoas que responderam ao questionamento mencionando a definio de desenvolvimentosustentvel ou aproximando-se do conceito de todas as trs dimenses do trip da

    sustentabilidade. Estas foram consideradas sensibilizadas sobre o assunto.A segunda categorizao reuniu as respostas que mencionaram ao menos duas das variveisda sustentabilidade. Rotulou-se os indivduos pertencentes a este grupo como parcialmentesensibilizados sobre o tema sustentabilidade. O terceiro e quarto agrupamentos consideraramaquelas respostas que mencionaram apenas uma das dimenses ou econmica ou social ouambientale as que sequer chegaram prximas a um entendimento sobre o tema em questo,respectivamente. Aos indivduos do penltimo grupo, atribuiu-se a denominao poucosensibilizados, enquanto que os do ltimo foram considerados no sensibilizados.

    Foram 30 respostas na primeira categoria, o que corresponde a mais de um tero do total derespostas. Frases definindo a sustentabilidade como sendo composta por trs principais eixos

    - ambiental (aes como gerenciamento de resduos), social (p.ex., interferncias para reduoda pobreza) e econmico (como equilbrio na distribuio de riquezas) e at mesmo fazendo

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    Doutorado Especializao Graduao Mestrado

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    uma diferenciao entre sustentabilidade e desenvolvimento sustentvel foram alocadas aoconjunto em questo. O exemplo a seguir (uma das respostas obtidas) ilustra esta situao:

    Diferente do desenvolvimento sustentvel, que algo mais amplo, que est relacionado

    diretamente com grandes transformaes no modo de produo e consumo da nossasociedade, acredito que a sustentabilidade est mais atrelada com prticas pr-ambiente, pr-

    pessoas e pr-economia. Nesse sentido, vejo a sustentabilidade como um sistema que possuidiferentes dimenses, que so comumente distribudas em dimenso ambiental, dimensosocial e dimenso econmica. Por isso, entendo que colocar "sustentabilidade econmica" ou"sustentabilidade ambiental" no faz sentido, uma vez que a sustentabilidade mais do queisso - estaramos falando da dimenso econmica e da dimenso ambiental, nestes casos.Precisamos compreender o que significa este conceito e o que significam estas dimenses,

    para evitar confuses de definies. A sustentabilidade no s gesto ambiental, comomuitos querem acreditar. muito mais do que separar lixo e fazer xixi no banho; luta,

    presso, transformao.

    Partindo desta anlise, 40% dos entrevistados podem ser considerados sensibilizados emrelao ao tema sustentabilidade. Enquanto isso, os indivduos parcialmente sensibilizados

    perfazem pouco mais de 8% dentre os respondentes. Em suas respostas, estes mencionaram aomenos duas das dimenses tratadas pela sustentabilidade. A sustentabilidade definida a partirde proposies tais como aes que visam preservar a continuidade da nossa espcie, que

    englobam todo o nosso ser, financeiro, ambiente, sade, natureza e algoque produzimos eque possa gerar rendas sem prejudicar o meio ambiente mesmo tirando sua renda dele

    exemplifica o entendimento destas pessoas, que acabaram negligenciando uma dasdimenses, notadamente a dimenso social.

    O terceiro grupo de respostas, pertinente queles que evidenciaram apenas uma dimenso em

    seus discursos, corresponde ao conjunto composto por 28% dos entrevistados. A maioriadestes ressaltou o nico pilar como sendo o ambiental. Demonstra-se isto com as seguintessentenas: utilizar de maneira adequada e equilibrada os recursos que a naturezadisponibiliza ao homem e seria tudo o que pode ser feito sem agredir a natureza. Estes soos pouco sensibilizados quanto noo de sustentabilidade.

    Por ltimo, a quarta categorizao o extremo oposto da primeira. So aquelas respostasvagas ou que no tm ligao com a sustentabilidade. Exemplos so: sustentabilidade euacho que seria algo sustentvel a longo prazo, aquilo que sustentvel, aquilo que d

    suporte para alguma coisa e a prtica em permitir um equilbrio. So 24% do total daamostra os indivduos que se encaixam nesta delimitao, os quais, portanto, rotulou-se comono sensibilizados do que a sustentabilidade.

    Dado o conjunto total de respostas, pode-se auferir que h muitos administradores quecompreendem holisticamente a sustentabilidade. Entretanto, ainda so muitos os queconsideram apenas uma ou duas das dimenses do triple bottom line,prevalecendo em muitasdas respostas o senso comum, ligando a sustentabilidade quase que unicamente dimensoambiental, negligenciando os aspectos econmico e social do trip. Ainda, foi relativamenteelevado o nmero de respondentes que demonstrou sequer a compreenso bsica do termosustentabilidade, evidenciando a necessidade da tomada de aes visando a preencher tallacuna. Quando perguntados se j ouviram falar no trip da sustentabilidade (ou triple bottomline), 56% responderam que sim, enquanto os demais 44% negaram. Dentre estes ltimos,

    pode haver indivduos que em alguma oportunidade j tiveram contato (lido, escutado ou

    ouvido) com o referido conceito, mas que por algum motivo (no lembraram, noperceberam, no acharam importante, etc.) que no pertinente para os fins desse estudoanalisarmos, no mencionaram. O grfico 3, a seguir, expe esta realidade.

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    Grfico 3 - Conhecimento sobre o trip da sustentabilidade

    Fonte: Questionrios preenchido por bacharis em Administrao graduados por faculdades euniversidades da regio Sul do Brasil entre junho e julho de 2015.

    Outro questionamento feito aos bacharis foi o quanto eles consideram importante as aespara preservao do meio ambiente. Os mesmos deveriam opinar atribuindo, em uma escalade 1 a 5 (1 = nenhuma importncia; 5 = muito importante) o grau de importncia destas, deacordo com suas respectivas percepes. O resultado, exposto no grfico 4, mostra quenenhum dos respondentes considera irrelevantes ou pouco importantes as aes voltadas a

    preservar o meio ambiente. A maioria, 70,7%, as considera muito importantes, enquanto queapenas 8% atribuem mdia importncia para elas.

    Grfico 4 - Importncia das aes para preservao do meio ambiente

    Fonte: Questionrios preenchido por bacharis em Administrao graduados por faculdades euniversidades da regio Sul do Brasil entre junho e julho de 2015.

    Mesmo j havendo elementos que configuram o entendimento dos Administradoresconsultados sobre sustentabilidade, especialmente em relao dimenso ambiental,

    procurou-se saber se de fato eles agem de forma que preconize os preceitos sustentveis. Aprimeira pergunta a esse respeito foi o que estas pessoas fazem em seu dia a dia para preservaro meio ambiente. O grfico 5, a seguir, denota os resultados:

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    Grfico 5Aes cotidianas para preservao do meio ambiente

    Fonte: Questionrios preenchido por bacharis em Administrao graduados por faculdades euniversidades da regio Sul do Brasil entre junho e julho de 2015.

    Sabendo que poderiam escolher mltiplas alternativas, os respondentes, em sua grandemaioria (90,7%), revelaram fechar a torneira para escovar os dentes e evitar deixar lmpadasacesas como as aes que mais praticam cotidianamente. Os que desligam os aparelhoseletrnicos quando no os esto usando e aqueles que separam o lixo so 74,7 e 72% daamostra, respectivamente. Por outro lado, apenas 24% evitam lavar o carro com gua potvel.A boa notcia que a totalidade da amostra revelou praticar ao menos uma ao diria,mesmo que pequena, para preservar os recursos naturais. Alm das opes disponibilizadas,alguns indivduos ainda elencaram, na alternativa outros, demais prticas como, por

    exemplo, reaproveitamento de resduos, reduo de lixo domiciliar, armazenamento de guada chuva e uso de energia solar para aquecimento no banho.

    Alm do que estas pessoas j fazem visando atenuar seu impacto ambiental, questionou-se seelas intencionavam adotar outras aes/prticas. Em caso de resposta afirmativa, um outroquestionamento era feito em sequncia: por que elas ento no adotavam estas outras aes,isto , quais eram as dificuldades que impediam a nova postura. Primeiramente, o ndice derespondentes que revelaram a inteno de praticar novas aes sustentveis corresponde a57,33%. Destes, 20,93% disseram que gostariam de separar o lixo seco do lixo orgnico,13,95% de utilizar fontes renovveis de energia, 11,63% de adotar prticas de consumosustentvel e conscientizar as pessoas com as quais convive e 9,3% de reaproveitar a gua dachuva.

    Quando perguntados sobre as dificuldades para colocar em prtica estas aes, falta de tempoe falta de conhecimento foram as principais justificativas, conforme mostrado no grfico 6.

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    Grfico 6 - Dificuldades para a adoo de aes

    Fonte: Questionrios preenchido por bacharis em Administrao graduados por faculdades euniversidades da regio Sul do Brasil entre junho e julho de 2015.

    As demais justificativas apontadas pelos Administradores, contidas na opo outros, parano adotarem demais prticas sustentveis foram principalmente dificuldades financeiras(possivelmente para investir em energias renovveis, na maioria dos casos) e o fato de nohaver coleta seletiva onde moram.

    Quando questionados sobre quem teria maior responsabilidade para resolver os problemasambientais, a maioria dos bacharis apontou a sociedade (66,2%). Poucos atriburam estaresponsabilidade ao governo e s empresas 6,8% e 2,7%, respectivamente. Aqueles queresponderam outros em sua maioria apontaram a necessidade de mudana de cultura e de

    melhorias na educao dos cidados do pas, o que pode remeter tanto sociedade quanto aogoverno. Os nmeros recm referenciados esto evidenciados no grfico 7.

    Grfico 7Quem o principal responsvel pela soluo dos problemas ambientais

    Fonte: Questionrios preenchido por bacharis em Administrao graduados por faculdades euniversidades da regio Sul do Brasil entre junho e julho de 2015.

    Em relao ao consumo consciente, foram feitas afirmaes para que os Administradoresexpusessem seus hbitos. Estes podiam apontar mais de um item, caso necessrio. A frase que

    precedia cada uma das afirmaes era em relao ao consumo consciente, voc.... Os

    resultados so apresentados pelo grfico 8, a seguir.

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    Grfico 8Consumo consciente

    Fonte: Questionrios preenchido por bacharis em Administrao graduados por faculdades euniversidades da regio Sul do Brasil entre junho e julho de 2015.

    A maior parte dos respondentes (72%) afirmou que planeja suas compras, de modo a

    comprar menos e melhor. Logo em seguida, a afirmao reflete sobre os seus valores,avaliando constantemente os princpios que guiam suas escolhas e seus hbitos de consumo

    foi corroborada por 66,7% dos respondentes. A terceira afirmativa, reutiliza produtos eembalagens, de modo a consertar, transformar ou reutilizar produtos com defeitos foiselecionada por 60% das pessoas que responderam pesquisa.

    Em seguida s trs afirmaes recm mencionadas como as mais citadas, vieram usa ocrdito conscientemente, de modo a pagar adequadamente as prestaes (53,3%), consome

    apenas o necessrio, de modo a refletir sobre as suas reais necessidades (50,7%), conhece evaloriza as prticas de Responsabilidade Social das Empresas, identificando no s o preo ea qualidade (44%),avalia os impactos de seu consumo, de modo a levar em considerao omeio ambiente e a sociedade em suas escolhas (32%), contribui para a melhoria de produtose servios, adotando uma postura ativa (29,3%), no compra produtos piratas oucontrabandeados, de modo a gerar mais empregos e combater o crime organizado e aviolncia (28%), divulga o Consumo Consciente, sendo um militante da causa(13,3%) ecobra de polticos, exigindo de partidos, candidatos e governantes propostas e aes queviabilizem e aprofundem a prtica do consumo consciente (10,7%). 5,3% dos indivduosrelataram no adotar prticas de consumo consciente.

    Por fim, a ltima questo levantada foi relacionada aos meios de locomoo utilizados pelosAdministradores. Veculo, transporte pblico, bicicleta e a p foram levados emconsiderao. Perguntou-se com que frequncia a pessoa se locomove pelo meio referido.Utilizou-se a medida escalar nunca, raramente, s vezes, quase sempre e sempre paraavaliao. A grande maioria (77%) dos indivduos utiliza veculo quase sempre ou sempre

    para locomoo diria. Enquanto isso, poucos utilizam transporte pblico em seu dia a dia:71,6% dos bacharis em administrao nunca ou raramente utilizam transporte pblico.Tambm so muito poucos os que se locomovem por meio de bicicleta: 75,7% nunca autilizam. Por outro lado, aqueles que nunca ou raramente se locomovem a p perfazem umtotal de 29,7% da amostra. Os que quase sempre ou sempre tem este como seu principal meio

    para se locomover respondem a 24,4% dos respondentes. Os que responderam que se

    locomovem a p s vezes so a maioria: 45,9%.

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    CONCLUSO

    O presente estudo buscou analisar de que forma os bacharis em Administrao percebem o

    tema Sustentabilidade. Para tal, fez-se uma pesquisa com 75 indivduos graduados emAdministrao em faculdades e universidades dos trs estados da regio sul do Brasil. Oinstrumento utilizado foi questionrio eletrnico, disponibilizado via link online. Estecompreendeu 17 perguntas, sendo oito delas relativas ao perfil dos respondentes e as demaiscom os questionamentos em relao sustentabilidade. Depreendeu-se dos dados coletadosque pouco mais de um tero dos bacharis entrevistados tm plena conscincia do que se trataa sustentabilidade. A lacuna de entendimento dos demais dois teros um potencial ponto demelhoria a ser trabalhado, especialmente se considerarmos que 44% da amostra desconhece oque o trip da sustentabilidade.

    Um ponto positivo a ser salientado o fato de 82% dos respondentes terem atribudo alto graude importncia para as aes de preservao do meio ambiente. Isto demonstra a conscinciados Administradores em relao ao tema e denota certo comprometimento dos mesmos com oassunto. A coerncia deste comprometimento se reflete nos 90,7% de respondentes querevelaram adotar ao menos uma prtica cotidianamesmo que bsicapara preservar o meioambiente.

    Consultou-se, em seguida, se havia alguma outra ao sustentvel que os indivduospesquisados gostariam de adotar e, caso respondessem afirmativamente, por que no a(s)adotava(m). Entre aqueles que responderam pergunta, 57,33% disseram que sim, gostariamde adotar uma nova prtica. Destes, 53,8% justificaram as dificuldades afirmando que lhesfalta tempo. A maioria dos bacharis pesquisados (66,2%) tambm atribui sociedade o papelde principal agente responsvel pela resoluo dos problemas ambientais, ndice similar

    daqueles que planejam suas compras, de modo a comprar menos e melhor (72%),contribuindo para o consumo consciente. Em contrapartida, 77% das pessoas entrevistadassempre se locomovem por meio de veculos, em detrimento ao transporte pblico, com

    bicicleta e a p, aumentando os impactos negativos no meio ambiente.

    necessrio ponderar que este trabalho no tem a pretenso de usar a amostra aqui estudadapara generalizaes, mesmo porque se esta fosse a inteno, um nmero maior de indivduosdeveria ser consultado e o recorte da amostra melhor delineado. O estudo em questo optou

    por uma viso geral da interao Sustentabilidade-Administrador, como forma de estimular adiscusso sobre a preparao acadmica, o entendimento e a coerncia na prtica dos

    bacharis em Administrao, lderes ou futuros lderes regionais, nacionais ou globais em um

    mundo cada vez mais consciente e desejoso por modos de vida e solues sustentveis.Sugere-se que estudos posteriores estratifiquem a amostra de acordo com o maior grau deinstruo obtido pelos bacharis (graduao, especializao, mestrado, doutorado, ps-doutorado). Assim, poder-se- descobrir a relao existente (ou inexistente) entre o grau deinstruo e a percepo de Sustentabilidade. Outras formas de estratificao tambm podemser vlidas, tais como por estado ou instituio em que cursou a graduao, por exemplo.Pode-se ainda cruzar os dados obtidos, de forma a descobrir potenciais correlaes entre asvariveis (por exemplo, sexo e comportamento de consumo, idade e entendimento desustentabilidade, etc.).

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