a rotulagem ambiental aplicada às embalagens

8/8/2019 A Rotulagem Ambiental Aplicada s Embalagens

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Produzido por CEMPRE - Compromisso Empresarial para Reciclagem eABRE - Associao Brasileira de Embalagem, 2008.


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As Normas ISO 14000 4

A Rotulagem Ambiental 5Rotulagem Tipo I NBR ISO 14024 5Rotulagem Tipo II NBR ISO 14021 5Rotulagem Tipo III ISO 14025 6O Desenvolvimento da Auto-Declarao (Tipo II) no Brasil Simbologia para embalagens plsticas 7Simbologia para embalagens de papel, papelcartoe papelo ondulado 7

Bons exemplos com as auto-declaraes 10

Aplicao da simbologia para embalagens plsticas 10Aplicao da simbologia para embalagens de alumnio 11Aplicao da simbologia para embalagens de ao 12Aplicao da simbologia para embalagens longa-vida epapelcarto 13Campanha anti-littering 13Resduo reciclvel 14

Aplicao da simbologia para embalagens de vidro 14Outros exemplos consagrados 15Declaraes ajustadas Norma NBR ISO 14021 19

Programas de Selo Verde e demais 19smbolos independentes

Consideraes fnais 20

Sumrio


6/246 Rotulagem Ambiental Aplicada s Embalagens

As Normas ISO 14000

O British Standards Institution iniciou a criao de norma sobre SGA Sistema de Gesto Ambiental, no nal dos anos 1980s, resultando napublicao da BS 7750 em 1992. Seguindo o exemplo desse rgo,em vrios pases oram criadas normas para o mesmo m, gerando restries aocomrcio internacional. A ISO entra em cena. Em 1992 criou um grupo de assessoriadenominadoStrategic Advisory Group on the Environment (SAGE) para estudar asquestes decorrentes da diversidade crescente de normas ambientais e seus impactossobre o comrcio internacional. O SAGE recomendou a criao de um comit espec-

co para a elaborao de normas sobre gesto ambiental, o Comit Tcnico 207 (TC207). Em 1996 so editadas as primeiras normas sobre gesto ambiental a cargo doSubcomit 1 (SC1): a ISO 14001 e 14004, ambas sobre SGA. Desde ento outras orameditadas sobre outros tpicos da gesto, tais como, auditoria ambiental, rotulagemambiental, avaliao do ciclo do produto etc. Essas normas, que em abril de 2004totalizavam 25, ormam um sistema de normas de acordo com um ciclo PDCA ampli-ado, como mostra a Figura 1. O ncleo desse ciclo a ISO 14.001 (o crculo verde naFigura 1), uma norma tambm concebida como um ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act ).

Todas as normas da gesto tm como base o ciclo PDCA, criado na dcada de 1930por Walter A. Stewart para e eito da gesto da qualidade, e que passou a ser utilizadopara outros propsitos tornando-se uma espcie de modelo padro de gesto paraimplementar qualquer melhoria de modo sistemtico e contnuo. As normas citadasna Figura 1 so autnomas, podendo ser implementadas de modo isolado.

Figura 1


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A Rotulagem Ambiental

A comunicao a chave para a mudana de comportamento na sociedade moderna

em direo ao desenvolvimento sustentvel e o setor produtivo tem dado impor-tantes contribuies atravs dos mais variados mecanismos. Um exemplo a rotu-

lagem ambiental de produtos que se consolidou em diversos pases atravs dasauto-declaraes ,muitas j ajustadas aos padres internacionais da ISO. Atenta necessidade de normalizar a rela-o entre produtos e consumidores ou relaes B2B (Business to Business), a ISO criou a srie denormas 14020. No escopo da ISO, os tipos de rotulagem ambiental so trs, a saber:

Rotulagem Tipo I Programas de Selo Verde Rotulagem Tipo II Auto-Declaraes Ambientais Rotulagem Tipo III Inclui avaliaes de Ciclo de Vida

Rotulagem Tipo I NBR ISO 14024Esta Norma estabelece os princpios e procedimentos para o desenvolvimento de programas

de rotulagem ambiental, incluindo a seleo de categorias de produtos, critrios ambientais dosprodutos e caractersticas uncionais dos produtos, e para avaliar e demonstrar sua con ormidade.Esta Norma tambm estabelece os procedimentos de certi cao para a concesso do rtulo.

Rotulagem Tipo II NBR ISO 14021Esta Norma especi ca os requisitos para auto-declaraes ambientais, incluindo textos, sm-

bolos e gr cos, no que se re ere aos produtos. Ela descreve, ainda, termos selecionados usadoscomumente em declaraes ambientais e ornece quali caes para seu uso. Esta Norma tambmdescreve uma metodologia de avaliao e veri cao geral para auto-declaraes ambientais emtodos espec cos de avaliao e veri cao para as declaraes selecionadas nesta Norma.

Smbolos para identi caode produtos Reciclveis

Smbolos para identi ca-o de produtos recicla-dos o valor % indica ocontedo reciclado



Rotulagem Tipo III ISO 14025Esta Norma ainda est sendo elaborada no mbito da ISO. Ela tem alto

grau de complexidade devido incluso da erramentaAvaliao do Ciclo de Vida. A percepo de que ainda h um longo caminho a ser percorrido paraque este tipo de rotulagem ganhe o mercado, visto que a erramenta de ACV ainda no est de nitivamente consolidada do ponto de vista tcnico.

O Desenvolvimento da Auto-Declarao(Tipo II) no Brasil

As auto-declaraes tm ganhado destaque no cenrio brasileiro paraembalagens em geral, consolidando-se como a melhor inter ace com oconsumidor. Embora nem todos os smbolos estejam normalizados, grandeparte j est consolidado. Os smbolos abaixo so amplamente reconheci-dos pelo consumidor e devem ser ruto de Norma Tcnica para o mercadonacional.

Alumnio Reciclvel

Longa Vida Reciclvel

Ao Reciclvel

Lixo Comum (anti-littering)

Vidro Reciclvel

Embalagem Reciclvel



Simbologia para embalagens de papel, papelcarto epapelo ondulado

Para papel, papelcarto e papelo ondulado, os smbolos da NBR ISO14021 (Tipo II) tm sido seguidos pela maioria das empresas. importanteressaltar que o setor de papel infuenciou diretamente estas normas du-rante sua elaborao. Os smbolos Tipo II da ISO oram inspirados na sim-bologia utilizada pelo setor, especialmente nos Estados Unidos. Como noBrasil o aspecto social relacionado coleta seletiva, atravs da insero doscatadores de materiais reciclveis no processo ator determinante, estessmbolos tornaram-se erramentas indispensveis no auxlio s atividadesdesses verdadeiros agentes ambientais. Os smbolos so muito importantesnas etapas de coleta seletiva e triagem.

Simbologia para embalagens plsticasPara plsticos, a simbologia mais utilizada segue a Norma NBR 13230 da

ABNT. Esta est baseada em critrios internacionais. Ela muito importantepara orientar os programas de coleta seletiva, especialmente catadores esucateiros.



Auto-declaraesauxiliam na

educao ambientale nas etapas de

coleta seletivae triagem de

materiais reciclveis


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Aplicao da simbologia para embalagens de alumnioO consumidor j identi ca esta simbologia com clareza. Ela til tambm

na di erenciao em relao s embalagens de ao, auxiliando a etapa de tria-gem e encaminhamento s indstrias recicladoras.



Aplicao da simbologia para embalagens de aoA simbologia para embalagens de ao j est consolidada no mercado e o

consumidor a identi ca com clareza. Ela tambm undamental na etapa detriagem (di erenciao em relao s embalagens de alumnio) e encaminha-mento s indstrias recicladoras.



Aplicao da simbologia para embalagens longa-vida e papelcartoA simbologia para as embalagens longa-vida e papelcarto est presente nos produtos envasad

nessas embalagens.

Campanha anti-littering

Vrios produtos contm declaraes voltadas a campanhasanti-littering , ou seja, que chamam a ateno para anecessidade de se direcionar a embalagem ps-consumo para o destino adequado, a lata do lixo. Estas campaso especialmente importantes para produtos consumidos em trnsito.



Resduo reciclvelFrente evoluo do processo de educao ambiental do consumidor e dos

programas de coleta seletiva e reciclagem, a ABRE Associao Brasileira de Em-balagem, prope uma nova simbologia que deve ser utilizada em conjunto comaquela que identi ca cada material. Trata-se do smbolo Resduo Reciclvel que

traz ao consumidor a mensagem de que aquela embalagem deve ser descartadaseletivamente, em programa de coleta seletiva.

Aplicao da simbologia para embalagens de vidro



Outros exemplos consagradosAlguns produtos so identi cados com smbolos adaptados por empresas e/

ou associaes setoriais. Abaixo so apresentados exemplos deste tipo de decla-rao que ganham adeso do consumidor atento s questes ambientais.



Declaraes ajustadas Norma NBR ISO 14021 (Tipo II)A seguir so apresentados alguns exemplos de declaraes no mercado

brasileiro per eitamente ajustadas Norma ISO 14021, que j oi traduzidapara o portugus e publicada como norma NBR. Em alguns casos nota-sepequena variao no design dos pictogramas que precisam ser ajustados masque no comprometem o objetivo da comunicao.



Programas de Selo Verde e demais smbolosindependentes

Num programa de Rotulagem Tipo I outorga-se um selo ambiental a produ-tos que satis azem um conjunto de requisitos pr-determinados. Dessa or-

ma, o selo identi ca produtos que so determinados como pre erveis doponto de vista ambiental, dentro de uma determinada categoria de produto espec ca,com base em consideraes super ciais do ciclo de vida. Programas de Selo Verde notm tido xito em diversas partes do planeta, inclusive no Brasil, devido principalmenteaos seguintes atores:

1. Impossibilidade de estabelecer-se critrios objetivos e cientifcamente de ensveis

que identifquem produtos melhores do ponto de vista ambiental em uma dada ca-

tegoria no h mtodo cient co que permita a integrao dos variados e complexos

aspectos das questes ambientais para a totalidade de uma categoria de produtosou que reconcilie os julgamentos muitas vezes confitantes das partes interessadasno estabelecimento dos critrios. Em conseqncia, as entidades certi cadoras nopodem avaliar de orma objetiva os aspectos ambientais dos di erentes produtos. Porexemplo, um produto pode ter um baixo consumo de energia, mas uma emisso deresduos slidos relativamente grande. Outro pode gerar pouco resduo slido, mascausar uma maior poluio da gua, e assim por diante;2. Os Selos Verdes constituem uma barreira inovao, tanto com relao ao meio am-

biente como com relao ao melhor desempenho dos produtos os critrios somentepodem ser calcados no conhecimento existente, quer dos produtos, quer das tec-nologias e das questes ambientais. Os programas de selagem ambiental codi cama sabedoria convencional e estabelecem ronteiras arti ciais que desencorajam os

abricantes a explorar oportunidades no contempladas pelos critrios de selagemambiental;3. Os Selos Verdes treinam os consumidores a procurar smbolos, e no os in ormam a

respeito dos aspectos ambientais especfcos dos produtos que compram os progra-mas no encorajam os consumidores a se in ormar a respeito das caractersticas dosprodutos nem sobre a enorme complexidade das questes ambientais, e tampouco arespeito do que podem azer, como indivduos, para melhorar seus hbitos de uso edisposio nal dos produtos;4. Os Selos Verdes criam barreiras comerciais porque seus critrios contemplam so-

mente as prioridades nacionais ou regionais, e no as que tem relevncia internacional

a maioria das partes interessadas vive no pas ou regio em que o programa aplicado. Por essa razo, o desenvolvimento dos critrios contempla polticas am-bientais, caractersticas dos produtos, dados ambientais, gesto da disposio dos

resduos e recursos de in ra-estrutura do pas ou da regio. Em conseqncia, oscritrios no refetem a diversidade global das questes e prticas ambientais, etendem a potencialmente estimular a discriminao contra produtos de ora do pasou da regio;



Consideraes fnais

No Brasil, a tendncia a de utilizao cada vezmais ampla das auto-declaraes ambientais,buscando o erecer in ormaes precisas, re

levantes e de cil entendimento para o consumidor, seja eleo consumidor nal ou mesmo na relao B2B (Business toBusiness ). No h relatos de programas de selo verde quetenham ganhado relevncia em cenrios nacionais ou mesmoregionais (ex: Mercosul) exceto no caso do setor de papel ecelulose e suas forestas de replantio. O Brasil j traduziu asnormas da srie ISO 14020 e trabalha na con eco da NormaISO 14025.

O consumidor brasileiro atento s questes ambientais jest amiliarizado com as auto-declaraes em vigor, bemcomo com programas de coleta seletiva tanto em nvel gover-namental como por parte de cooperativas e/ou associaes decatadores que atuam tanto na coleta quanto na triagem dosreciclveis. No entanto, h muito o qu azer no sentido da

harmonizao das declaraes. Muitas empresas ainda no seadequaram aos padres descritos neste documento. E mesmoalgumas empresas ainda no harmonizaram as declaraespara di erentes produtos por elas comercializados.

Cabe ao Conselho de Metrologia, Normalizao e Quali-dade Industrial CONMETRO, em articulao com os diversossegmentos da sociedade, representados no Comit Brasileirode Avaliao da Con ormidade CBAC, estabelecer a estrutura

de avaliao da con ormidade no mbito do SBAC SistemaBrasileiro de Avaliao da Con ormidade, para a rea de meioambiente, segundo os padres das normas ISO Srie 14000,de acordo com Resoluo CONMETRO no. 3 de 04/09/1995.

Para mais in ormaes consulte:www.cempre.org.br .

Acesse www.abre.org.br para download dasimbologia de reciclagem.


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