rotulagem e informaÇÃo nutricional

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Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus Medianeira Disciplina: Fundamentos de Nutrição Profa. Rosana Aparecida da Silva Buzanello ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

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Page 1: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Câmpus Medianeira

Disciplina: Fundamentos de Nutrição

Profa. Rosana Aparecida da Silva Buzanello

ROTULAGEM E

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Page 2: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Rotulagem:

“Inscrição, legenda, imagem ou toda matéria descritiva ou gráfica,

escrita, impressa, estampada, gravada em relevo ou litografada ou

colocada sobre a embalagem do alimento.”

INTRODUÇÃO

As normas de rotulagem são denominadas de “normas horizontais”.

A legislação em vigor regulamenta a Rotulagem de Alimentos

Embalados, folhetos e qualquer tipo de material de propaganda ou

promocional.

Rotulagem nutricional

Page 3: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Legislações envolvidas

Resolução RDC nº 259/02 que se refere à Rotulagem de Alimentos

Embalados e Resolução RDC nº 123/04, que altera o subitem 3.3. (Anexo)

da Resolução RDC nº 259, de 20/09/2002.

Resoluções RDC nº 359/03 e 360/03, referentes às Porções de Alimentos

Embalados Destinadas à Rotulagem Nutricional e à Rotulagem

Nutricional, respectivamente, e complementada pela Resolução – RDC nº

163, de 17/08/2006.

Instrução Normativa nº 22, de 24/11/2005 – Regulamento Técnico para

Rotulagem de Produto de Origem Animal Embalado (MAPA).

INTRODUÇÃO

Rotulagem nutricional

Page 4: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Entende-se por rotulagem nutricional toda a descrição destinada a

informar ao consumidor sobre as propriedades nutricionais de um

alimento.

A rotulagem nutricional compreende:

declaração do valor energético e dos nutrientes;

declaração de propriedades nutricionais (informação nutricional

complementar - Portaria nº 54/ 2012, da SVS/MS).

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Rotulagem nutricional

Page 5: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Esta resolução não se aplica para:

bebidas alcoólicas e água mineral natural e demais águas para consumo (esta

última segue a Portaria nº 470, de 24 de novembro de 1999, das Minas e

Energia);

aos alimentos cuja superfície visível para rotulagem seja menor ou igual a 10

cm2. Neste caso o rótulo deve conter uma chamada impressa “PARA INFORMAÇÃO

NUTRICIONAL:” especificando o número de telefone ou endereço completo da empresa

completando a frase. (Em ambos os casos pode ser informado também o endereço

eletrônico da empresa não se aplica para alimentos para fins especiais ou que apresentem

declarações de propriedades nutricionais);

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Rotulagem nutricional

Page 6: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Esta resolução não se aplica para:

aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia; especiarias; vinagres; sal;

café; erva-mate; chá e outras ervas sem adição de outros ingredientes; aos

alimentos preparados e embalados em restaurantes e estabelecimentos

comerciais, prontos para o consumo; produtos fracionados nos pontos de

venda a varejo, comercializados como pré-medidos; frutas, vegetais e carnes in

natura, refrigerados e congelados.

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Rotulagem nutricional

Page 7: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Rotulagem nutricional

Page 8: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Porção de g ou mL (medida caseira)

Quantidade por porção % VD (1)

Valor energético kcal ou kJ %

Carboidratos g %

Proteínas g %

Gorduras totais g %

Gorduras saturadas g %

Gordura trans g

Fibra alimentar mg %

Sódio mg %

Forma de apresentação:

Page 9: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Forma de apresentação:

Opcionalmente, podem ser declarados outros nutrientes.

As vitaminas e minerais devem ser declarados sempre e quando estiverem

presentes em quantidade igual ou superior a 5% da IDR por porção

indicada no rótulo.

Rotulagem nutricional

Page 10: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Cálculos:

Valor energético

Carboidratos (exceto polióis) – 4,0 kcal/g – 17 kJ/g

Proteínas – 4,0 kcal/g – 17 kJ/g

Gordura – 9,0 kcal/g – 37 kJ/g

Álcool (etanol) – 7,0 kcal/g – 29 kJ/g

Ácidos orgânicos - 3,0 kcal/g – 13 kJ/g

Polióis - 2,4 kcal/g – 10 kJ/g

Polidextrose – 1,0 kcal/g – 4 kJ/g

Rotulagem nutricional

Page 11: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Base de cálculo da %VD, passando a empregar para o valor energético

2000 kcal ou 8400 kJ e para os nutrientes:

Carboidratos: 300 g;

Proteína: 75 g;

Gorduras totais: 55 g;

Gorduras saturadas: 22 g;

Gordura trans: VD não estabelecidos.

Colesterol: 300 mg

Fibra alimentar: 25 g;

Sódio: 2400 mg.

Vitaminas e minerais: anexo

RDC 360/2003.

Rotulagem nutricional

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Page 12: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Rotulagem nutricional

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Page 13: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Rotulagem nutricional

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Page 14: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Rotulagem nutricional

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Page 15: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

%VD

Carboidratos

300 g ----100%

10,4 g----X

X = 3%

Valor calórico

Carboidratos

1 g ----4 Kcal

10,4 g----X

X = 41,6 Kcal

Rotulagem nutricional

Page 16: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Rotulagem nutricional

Page 17: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Modelos:

Rotulagem nutricional

Page 18: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Modelos:

Linear

Rotulagem nutricional

Page 19: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Declaração simplificada

Quando o alimento apresentar quantidades insignificantes de nutrientes,

segundo critérios.

“Não contém

quantidade significativa

de ......(valor energético

e ou nome(s) do(s)

nutriente(s))”

Rotulagem nutricional

Page 20: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Declaração simplificada

Exemplo:

Rotulagem nutricional

Page 21: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Obtenção dos dados:

Análises de composição centesimal (Disciplina de Análise de Alimentos);

Tabelas de Composição (Faculdade de Ciências Farmacêuticas - FCF/USP e a

Núcleo de Estudos e Pesquisa em Alimentação - NEPA/UNICAMP - TACO);

Tolerância de 20% (mais ou menos) nos valores constantes na

informação nutricional.

Rotulagem nutricional

Page 22: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Tabela Brasileira de Composição de alimentos (TBCA)

Rotulagem nutricional

http://www.tbca.net.br/

Page 23: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Tabela Brasileira de Composição de alimentos (TBCA)

Rotulagem nutricional

Page 24: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Tabela Brasileira de Composição de alimentos (TBCA)

Rotulagem nutricional

Page 25: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Tabela Brasileira de Composição de alimentos (TBCA)

Rotulagem nutricional

Page 26: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Tabela Brasileira de Composição de alimentos (TBCA)

Rotulagem nutricional

Page 27: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Rotulagem nutricional

Tabela Brasileira de Composição de alimentos (TBCA)

Page 28: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Rotulagem nutricional

Tabela Brasileira de Composição de alimentos (TBCA)

Page 29: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Rotulagem nutricional

Tabela Brasileira de Composição de alimentos (TBCA)

Page 30: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Exemplo de cálculo do valor energético e %VD:

Lista de todos o ingredientes do produto.

Definição da porção da medida caseira para o cálculo da informação

nutricional.

Exemplo:

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Rotulagem nutricional

o Receita de um bolo: suficiente para a

produção de 4250 g.

Page 31: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Rotulagem nutricional

Farinha

1000 g farinha --- 4250 g bolo

X g farinha -------- 60 g bolo

X = 14,12 g de farinha

Açúcar

800 g açúcar --- 4250 g bolo

X g açúcar -------- 60 g bolo

X = 11,26 g de açúcar

Exemplo de cálculo do valor energético e %VD (continuação):

Isto deve ser feito para cada ingrediente.

Page 32: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Rotulagem nutricional

Exemplo de cálculo do valor energético e %VD (continuação):

Teremos esta tabela!

Page 33: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Rotulagem nutricional

Exemplo de cálculo do valor energético e %VD (continuação):

Consultar na TACO ou TBCA o conteúdo de nutrientes de cada um dos

ingredientes da receita.

Exemplo:

Teor de carboidratos:

o Farinha de trigo: 77,7 g de carboidratos em 100 g de farinha (77,7%).

o 100 g de farinha = 77,7 g de carboidrato

o 14,117 g de farinha = x de carboidrato

o x = 10,96 g carboidrato da farinha.

O cálculo deve ser feito

para cada ingrediente dobolo.

Page 34: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Rotulagem nutricional

Exemplo de cálculo do valor energético e %VD (continuação):

Repita o mesmo cálculo para

todos os ingredientes.

Page 35: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Rotulagem nutricional

Exemplo de cálculo do valor energético e %VD (continuação):

Agora sabemos que a nossa

porção de 60 g de bolo contém

23,08 g de carboidratos.

Esse é o valor que será

colocado na tabela nutricional.

Repita o mesmo cálculo para

todos os nutrientes.

Page 36: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Rotulagem nutricional

Exemplo de cálculo do valor energético e %VD (continuação):

Page 37: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Rotulagem nutricional

Exemplo de cálculo do valor energético e %VD (continuação):

Page 38: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Rotulagem nutricional

Exemplo de cálculo do valor energético e %VD (continuação):

O que está faltando?

O cálculo das % dos Valores Diários recomendados!

Page 39: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Rotulagem nutricional

Exemplo de cálculo do valor energético e %VD (continuação):

Cálculo da % dos valores diários recomendados:

Sabemos que a porção do bolo tem 23,08 g de carboidrato.

Como o Valor Diário recomendado é de 300 g, uma porção de bolo equivale a

7,67%, ou arredondando, 8% do VD.

O mesmo deve ser feito para os demais nutrientes.

Page 40: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Rotulagem nutricional

Gorduras trans: valores diários não estabelecidos

Page 41: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 360/03Regulamento Técnico sobre Rotulagem

Nutricional de Alimentos Embalados (ANVISA)

Rotulagem nutricional

Exemplo de cálculo do valor energético e %VD (continuação):

Page 42: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 269/05Regulamento Técnico sobre Ingestão Diária

Recomendada (IDR) para proteína, vitaminas e

minerais (ANVISA)

Estabelece os valores de Ingestão Diária Recomendada (IDR) de

proteína, vitaminas e minerais para três grupos de indivíduos: adultos,

lactentes e crianças, e gestantes e lactantes.

Esta deve ser usada para informação nutricional complementar.

Rotulagem nutricional

Page 43: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 269/05Regulamento Técnico sobre Ingestão Diária

Recomendada (IDR) para proteína, vitaminas e

minerais (ANVISA)

Rotulagem nutricional

Page 44: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

OUTRAS LEGISLAÇÕES

Rotulagem nutricional

Page 45: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Rotulagem nutricional

Page 46: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Alimentos transgênicos

Definição:

Um ser vivo se torna transgênico ou geneticamente modificado quando,

por meio da engenharia genética, recebe genes de outra espécie.

Assim, o ser vivo cujo código genético foi modificado, passará a ter novas

características específicas que não possuía antes.

Este processo é feito em laboratórios e essa técnica pode ser aplicada em

qualquer ser vivo.

Page 47: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Alimentos transgênicos

Histórico:

1992: a insulina produzida por uma bactéria geneticamente modificada,

primeiro produto derivado de um organismo transgênico, chegou ao

mercado.

1990: as primeiras plantas transgênicas começaram a ser comercializadas

na China (iniciou com uma linhagem de tabaco que continha um gene que

auxiliava no controle de pragas – não mais comercializado).

1995: EUA → aprovação dos transgênicos na agricultura para a cultura da

soja.

Page 48: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Alimentos transgênicos

Histórico:

No Brasil, as plantas transgênicas chegaram em 1998, quando a CTNBio –

Conselho de Informações sobre Biotecnologia – aprovou o plantio de uma

soja tolerante a herbicidas.

Desde então, outros 129 produtos geneticamente modificados (GM) foram

modificados.

Entre eles estão plantas, vacinas, microrganismos, medicamentos e até

insetos.

Page 49: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Alimentos transgênicos

Aplicações

Agricultura: abóbora, alfafa, algodão, berinjela, beterraba, cana-de-açúcar, canola,

feijão, mamão, milho e soja são exemplos.

Soja, milho, algodão e canola compõem 99% de toda a área plantada com

transgênicos no mundo.

Alimentação: bactérias, leveduras e fungos transgênicos atuam diretamente nos

processos de fermentação, preservação e formação de sabor e aromas de bebidas

e comidas.

Por exemplo: queijos, pães, cerveja, vinho e adoçantes.

soja ROUNDUP READYMONSANTO

Page 50: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Alimentos transgênicos

Fonte: https://cib.org.br/transgenicos/

Page 51: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Alimentos transgênicos

Aplicações

Saúde: diversas vacinas, medicamentos, kits de diagnóstico, terapias e

tratamentos são desenvolvidos por meio da transgenia.

A insulina usada por seres humanos no tratamento de diabetes é produto de um

microrganismo transgênico (uma das primeiras aplicações na área da saúde).

Indústria química: microrganismos transgênicos produzem enzimas que

contribuem na degradação de gordura e são usadas, por exemplo, na composição

de detergentes e sabões em pó.

Indústria têxtil: para que tecidos resistam a condições de lavagem, também são

usadas enzimas produzidas por microrganismos transgênicos.

Page 52: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Portaria nº 2658/03Portaria nº 2658, de 22 de dezembro de 2003,

Ministério da Justiça - Regulamento para o emprego

do símbolo transgênico.

Rotulagem nutricional

Page 53: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Lei nº 10.674/03 Lei nº 10.674, de 16 de maio de 2003.

Obriga que os produtos alimentares comercializados informem sobre a

presença de glúten, como medida preventiva e de controle de doença

celíaca.

Rotulagem nutricional

Contém glúten

ou não contém

glúten.

Lei nº 10.674/03

Obriga que os produtos alimentares comercializados informem sobre a

presença de glúten, como medida preventiva e de controle de doença

celíaca.

Page 54: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 54,

de 12 de novembro de 2012 - Dispõe sobre o

Regulamento Técnico sobre Informação

Nutricional Complementar.

Rotulagem nutricional

RDC nº 54/12

Informação Nutricional Complementar (Declarações de Propriedades

Nutricionais):

é qualquer representação que afirme, sugira ou implique que um

alimento possui propriedades nutricionais particulares, especialmente,

mas não somente, em relação ao seu valor energético e/ou ao seu

conteúdo de proteínas, gorduras, carboidratos e fibra alimentar, assim

como ao seu conteúdo de vitaminas e minerais.

Page 55: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 54,

de 12 de novembro de 2012 - Dispõe sobre o

Regulamento Técnico sobre Informação

Nutricional Complementar.

Rotulagem nutricional

RDC nº 54/12

Dois tipos de Informação Nutricional Complementar (INC):

1) INC de conteúdo absoluto: descreve a ausência ou a presença (baixa ou

elevada quantidade) de determinados nutrientes ou valor energético

presentes no alimento.

Exemplos: não contém açúcares, sem gorduras trans, baixo em calorias,

fonte de cálcio, alto teor de fibras e rico em ferro.

Page 56: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 54,

de 12 de novembro de 2012 - Dispõe sobre o

Regulamento Técnico sobre Informação

Nutricional Complementar.

Rotulagem nutricional

RDC nº 54/12

Dois tipos de Informação Nutricional Complementar (INC):

2) A INC relativa ou de conteúdo comparativo: compara o nível de um ou

mais nutrientes ou valor energético presentes no alimento em relação ao

nível encontrado no alimento de referência.

Exemplos: reduzido em calorias, reduzido em açúcares, aumentado em

ferro.

Page 57: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 54,

de 12 de novembro de 2012 - Dispõe sobre o

Regulamento Técnico sobre Informação

Nutricional Complementar.

Rotulagem nutricional

RDC nº 54/12

Dois tipos de Informação Nutricional Complementar (INC):

2) A INC relativa ou de conteúdo comparativo

Page 58: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 54,

de 12 de novembro de 2012 - Dispõe sobre o

Regulamento Técnico sobre Informação

Nutricional Complementar.

Rotulagem nutricional

RDC nº 54/12

Page 59: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 26, de 02 de julho de 2015. Dispõe

sobre os requisitos para rotulagem obrigatória

dos principais alimentos que causam alergias

alimentares.

Rotulagem nutricional

RDC nº 26/15

Se aplica para:

Alimentos, incluindo as bebidas, ingredientes, aditivos alimentares e

coadjuvantes de tecnologia embalados na ausência dos consumidores.

Inclusive aqueles destinados exclusivamente ao processamento

industrial e os destinados aos serviços de alimentação.

Page 60: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 26, de 02 de julho de 2015. Dispõe

sobre os requisitos para rotulagem obrigatória

dos principais alimentos que causam alergias

alimentares.

Rotulagem nutricional

RDC nº 26/15

Não se aplica para:

alimentos embalados que sejam preparados ou fracionados em serviços de

alimentação e comercializados no próprio estabelecimento;

alimentos embalados nos pontos de venda a pedido do consumidor;

alimentos comercializados sem embalagens.

Page 61: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 26, de 02 de julho de 2015. Dispõe

sobre os requisitos para rotulagem obrigatória

dos principais alimentos que causam alergias

alimentares.

Rotulagem nutricional

RDC nº 26/15

Alérgeno alimentar:

qualquer proteína, incluindo proteínas modificadas e frações proteicas,

derivada dos principais alimentos que causam alergias alimentares.

Alergias alimentares:

reações adversas reprodutíveis mediadas por mecanismos imunológicos

específicos que ocorrem em indivíduos sensíveis após o consumo de

determinado alimento.

Page 62: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 26, de 02 de julho de 2015. Dispõe

sobre os requisitos para rotulagem obrigatória

dos principais alimentos que causam alergias

alimentares.

Rotulagem nutricional

RDC nº 26/15

Termos utilizados:

Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam

alergias alimentares)“.

"Alérgicos: Contém derivados de (nomes comuns dos alimentos que

causam alergias alimentares)“.

"Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam

alergias alimentares) e derivados", conforme o caso.

Page 63: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 26, de 02 de julho de 2015. Dispõe

sobre os requisitos para rotulagem obrigatória

dos principais alimentos que causam alergias

alimentares.

Rotulagem nutricional

RDC nº 26/15

No caso de não se conseguir garantir a contaminação cruzada:

"Alérgicos: Pode conter (nomes comuns dos alimentos que causam

alergias alimentares)".

Advertências em caixa alta, negrito, cor contrastante no fundo do

rótulo e altura mínima de 2 mm e nunca inferior a letra utilizada na

lista de ingredientes.

Page 64: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 26, de 02 de julho de 2015. Dispõe

sobre os requisitos para rotulagem obrigatória

dos principais alimentos que causam alergias

alimentares.

Rotulagem nutricional

RDC nº 26/15

Page 65: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 26, de 02 de julho de 2015. Dispõe

sobre os requisitos para rotulagem obrigatória

dos principais alimentos que causam alergias

alimentares.

Rotulagem nutricional

RDC nº 26/15

Page 66: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 135, de 8 de fevereiro de 2017- Altera a

Portaria SVS/MS nº 29, de 13 de janeiro de 1998, que

aprova o regulamento técnico referente a alimentos

para fins especiais, para dispor sobre os alimentos

para dietas com restrição de lactose.

Rotulagem nutricional

RDC nº 235/17

Alimentos para dietas com restrição de lactose:

alimentos especialmente processados ou elaborados para eliminar ou

reduzir o conteúdo de lactose, tornando-os adequados para a utilização em

dietas de indivíduos com doenças ou condições que requeiram a restrição

de lactose.

Alimentos isentos de lactose:

que contêm quantidade de lactose igual ou menor a 100 mg por 100 g

ou mL do alimento pronto para o consumo.

Page 67: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 135, de 8 de fevereiro de 2017- Altera a

Portaria SVS/MS nº 29, de 13 de janeiro de 1998, que

aprova o regulamento técnico referente a alimentos

para fins especiais, para dispor sobre os alimentos

para dietas com restrição de lactose.

Rotulagem nutricional

RDC nº 235/17

Alimentos para dietas com restrição de lactose:

Baixo teor de lactose.

alimentos para dietas com restrição de lactose que contêm quantidade de

lactose maior que 100 mg por 100 g ou mL e igual ou menor do que 1 g

por 100 g ou mL do alimento pronto para o consumo.

Denominações:

Alimentos isentos de lactose: "isento de lactose", "zero lactose", "0% lactose",

"sem lactose" ou "não contém lactose“.

Baixo teor de lactose: o "baixo teor de lactose" ou "baixo em lactose”.

Page 68: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

RDC nº 135, de 8 de fevereiro de 2017- Altera a

Portaria SVS/MS nº 29, de 13 de janeiro de 1998, que

aprova o regulamento técnico referente a alimentos

para fins especiais, para dispor sobre os alimentos

para dietas com restrição de lactose.

Rotulagem nutricional

RDC nº 235/17

Page 69: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Resolução nº 18, de 30 de abril de 1999. Regulamento

técnico que estabelece as diretrizes básicas para

análise e comprovação de propriedades funcionais e

ou de saúde alegadas em rotulagem de alimentos.

Rotulagem nutricional

RDC nº 18/99

Alegação de propriedade funcional:

é aquela relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não

nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras

funções normais do organismo humano.

Alegação de propriedade de saúde:

é aquela que afirma, sugere ou implica a existência de relação entre o

alimento ou ingrediente com doença ou condição relacionada à saúde.

Page 70: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Rotulagem nutricional

RDC nº 18/99

São aceitas alegações de função ou conteúdo de nutrientes e não

nutrientes que descrevem papel fisiológico do nutriente ou não nutriente no

crescimento, desenvolvimento e funções normais do organismo, mediante

demonstração da eficácia.

Nota: quando as funções já forem plenamente conhecidas pela

comunidade científica não será necessária a demonstração da eficácia ou

análise da mesma para a alegação.

No caso de uma nova propriedade funcional: necessário comprovar

cientificamente a alegação de propriedade funcional ou de saúde e da

segurança do uso.

Resolução nº 18, de 30 de abril de 1999. Regulamento

técnico que estabelece as diretrizes básicas para

análise e comprovação de propriedades funcionais e

ou de saúde alegadas em rotulagem de alimentos.

Page 71: ROTULAGEM E INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Rotulagem nutricional

RDC nº 18/99

As alegações podem fazer referência a manutenção geral da saúde, ao

papel fisiológico dos nutrientes e não nutrientes e a redução do risco

de doenças.

Mas não podem fazer referência a cura ou prevenção de doenças.

Resolução nº 18, de 30 de abril de 1999. Regulamento

técnico que estabelece as diretrizes básicas para

análise e comprovação de propriedades funcionais e

ou de saúde alegadas em rotulagem de alimentos.

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Rotulagem nutricional

RDC nº 18/99Resolução nº 18, de 30 de abril de 1999. Regulamento

técnico que estabelece as diretrizes básicas para

análise e comprovação de propriedades funcionais e

ou de saúde alegadas em rotulagem de alimentos.