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A Energia em Portugal A perspectiva de quem a utiliza

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A Energia em PortugalA perspectiva de quem a utiliza

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Índice

Índice

SECÇÃO I

1. Introdução 42. Conclusões gerais do estudo 53. Metodologia e abordagem 74. Caracterização da amostra 8

SECÇÃO II

5. Utilização e gestão racional da energia 126. Energia, ambiente e desenvolvimento sustentável 247. O sector da energia na perspectiva do consumidor doméstico 31

SECÇÃO III

8. Sector Eléctrico 359. Sector do Gás 3910. Sector dos Derivados Líquidos do Petróleo (DLP) 4711. Liberalização dos mercados 53

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Secção I - Introdução

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A Associação Portuguesa da Energia (APE) éuma entidade privada de utilidade pública,sem fins lucrativos, que se dedica à promoçãodo debate e divulgação de questõesrelacionadas com a variedade dos planos emque se desenvolve o sector energético.

Cumprindo os seus objectivos de recolha edisseminação de informação relativa ao sector,a Associação, verificando que não se realizavaem Portugal há vários anos nenhum estudorelativo aos conhecimentos, hábitos deutilização e percepção da energia pelosconsumidores, decidiu lançar o Estudo “AEnergia em Portugal”, cujos resultados agorase apresentam.

Inspirado num estudo de mercado efectuadoem 1991 pela APE, este projecto foi,inicialmente, estruturado para abranger apenaso levantamento do ponto de situação do sectordo ponto de vista do consumidor e aferir oconhecimento sobre a área da energia juntodo público em geral.

Contudo, após a efectivação da parceria paraa sua realização com o associado Deloitte, ecom o avanço da preparação do trabalho decampo, surgiu a possibilidade de alargar oâmbito ao sector empresarial, por forma a

conseguir determinar quais as preocupaçõesdas empresas nacionais com o factor energiae quais as práticas seguidas para a suarentabilização, bem como adaptar oquestionário técnico, por forma a obter umaperspectiva quantificada dos resultados.

A Assembleia Geral da APE aprovou areformulação do projecto e os Associados,através da concessão de patrocínios, permitirama sua concretização nesta versão mais alargada.

Assim, os objectivos específicos do estudoforam divididos em dois grandes grupos,referentes ao “Público em Geral” e aos“Consumidores Empresariais”, subdivididosem empresas industriais e empresas decomércio e de serviços.

No que se refere ao público em geral,pretende-se aferir o conhecimento dapopulação relativamente às diversas fontes deenergia, sua percepção dos impactos daevolução tecnológica e visão do futuro, bemcomo determinar a importância da energia nadistribuição dos rendimentos dos agregadosfamiliares.

Já para os consumidores empresariais, paraalém do peso do factor energia nas actividades,

pretendem-se identificar os factores críticosde sucesso, avaliar os níveis de satisfação,segurança e serviço, identificar os impactosda liberalização dos mercados - que já é realpara os grandes consumidores - e determinarperspectivas de evolução.

A realização deste Estudo, na sua versão maisabrangente, permite caracterizar o panoramaenergético nacional do lado do consumidor,possibilitando o diagnóstico das áreas em quea formação e informação deverão serreforçadas. Com a sua actualização periódica,a cada três anos, vão aferir-se as evoluçõesregistadas através de análises comparativas,tornando-o um indicador das acçõesdesenvolvidas para colmatar as carênciasencontradas.

A APE está convicta que este estudo constituiráum importante instrumento de avaliação egestão para as empresas do sector energético,permitindo-lhes avaliar e ajustar as suas políticase actuações junto dos clientes finais.

Por fim, só temos de agradecer, mais uma vez,aos Associados da APE que, com a suadisponibilidade, contribuíram para a melhoriado conhecimento da relação dos portuguesescom a energia.

1. IntroduçãoEstudo “A Energia em Portugal”

José PenedosPresidente da Associação Portuguesade Energia

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2. Conclusões gerais do estudo

Secção I - Conclusões gerais do estudo

Na última década, o sector da energia emPortugal deparou-se com diversos desafios,decorrentes não só da alteração do seuenquadramento interno (normativo e defuncionamento – liberalização dos mercados),e da diversificação das origens de energia,mas igualmente derivados da globalização dosmercados, do aumento de preçosinternacionais e dos compromissos assumidosao nível ambiental, entre outros aspectos quealteraram o mercado da energia em Portugal,face ao que se verificava no início da últimadécada do século XX.

Face às mudanças verificadas, qual é aperspectiva que o consumidor tem do mercadoda energia em Portugal e quais os seuscomportamentos?

Assim, com o objectivo de analisar o mercadoda energia em Portugal e as consequênciasda evolução verificada, realizou-se uminquérito, junto de 2001 consumidoresdomésticos e 398 consumidores empresariais,que abrange a utilização e gestão da energia,os impactos ambientais, as perspectivas deevolução dos sectores e a liberalização dosmercados, de forma a determinarem-se oscomportamentos dos consumidores bem comoa sua visão deste mercado.

Os resultados obtidos, baseados na amostrade inquiridos, permitem retirar um conjuntode conclusões relevantes para descodificar omercado da energia em Portugal, baseado noscomportamentos e nas opiniões daqueles quediariamente utilizam energia.

Utilização e gestão racionalda energia

Ao nível da utilização da energia eléctrica pelosconsumidores domésticos verifica-se que estaé consumida pela quase totalidade dosinquiridos e os Derivados Líquidos de Petróleo(DLP) por cerca de 80%. Cerca de 44% dosinquiridos consome gás de botija e 41% gásnatural. Neste último caso, é de referir o

reduzido consumo nas regiões do Algarve,Alentejo e Litoral Norte, devendo-se, noentanto, ter em consideração a distribuiçãoda rede de gás natural em Portugal.

Considerando o conjuntos das três energias(electricidade, gás e DPL), a maioria dosinquiridos gasta mensalmente entre ¤130 e¤215, com gastos entre os ¤31 e ¤60 para aelectricidade, ¤15 a ¤30 para o gás e¤76 a ¤125 em combustíveis.

Considerando o contexto empresarial, oconsumo dos tipos de energia em análise érelativamente semelhante, verificando-se maiorconsumo de DLP nas indústrias e menorconsumo de gás na maior parte das empresasinquiridas (apenas 23% consome gás naturale 12% gás de botija). Os consumos de energia,na maioria das empresas inquiridas (50%),representam até 12,5% dos custos totais.

De um modo geral, a maioria dosconsumidores domésticos expressa hábitos depoupança de energia frequentes, afirmandonão realizar mais acções visando a poupança,por falta de informação, falta de hábito oumesmo falta de cuidado. A vasta maioriaconcorda com a implementação de acçõespara poupança de energia.

Nas empresas, a maioria significativa dasinquiridas não implementa programas degestão de energia (11% possui este tipo deprograma), verificando-se maior esforço nosector industrial (com 21% de empresas apossuírem programa de gestão de energia) emaior predominância de programas de gestãode energia nas empresas da região Norte. Dasempresas que possuem programa de gestãode energia, o grande objectivo é a reduçãode custos.

Energia e Ambiente

A maioria dos consumidores domésticosexpressam a aposta em energias renováveis,sendo que 53% estariam dispostos a suportaraumentos de preço, derivado do reforço da

capacidade de produção de energia eléctricaatravés de fontes de energia renováveis. Desteuniverso, cerca de 54%, não suportaria umcusto adicional superior a 5%. A propensãoa pagar mais pela aposta em energiasrenováveis é significativamente superior noAlentejo e Algarve e menor no Litoral Centro,face à média.

Os tipos de centrais de energia renovável aapostar mais citados pelos inquiridos são ascentrais eólicas, seguidas das solares e dashidroeléctricas. De novo, a aposta em energiarenovável é mais sentida na zona sul do país,ao contrário da região norte, onde se observauma menor propensão para apostar neste tipode centrais.

Cerca de 60% das empresas temconhecimento de compromissos assumidospor Portugal para a redução de emissõespoluentes, mas apenas 34% está disposta apagar mais para aumentar a aposta emenergias renováveis, sendo que destas, cercade 90% não pagaria mais que 10% face aopreço actual da energia.

Sectores

ElectricidadeA maioria dos inquiridos domésticos (68%)contrata a tarifa simples, sendo que destes,40% não vê vantagem na mudança e maisde 50% justifica essa opção pela falta deinformação ou pelo facto de não conheceroutras tarifas.

Quer os consumidores domésticos, quer asempresas, expressam satisfação global com oseu actual fornecedor de energia eléctrica,mas referem a possibilidade de melhoria aonível das variáveis “Preocupação com oAmbiente”, “Transmissão de InformaçãoRelativa a Métodos de Poupança de Energia”e principalmente ao nível do “Preço” (dimensãoem que cerca de 80% dos inquiridos dasamostras afirma estar pouco ou nadasatisfeito).

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Secção I - Conclusões gerais do estudo

Gás NaturalDo total de consumidores domésticosinquiridos que não utilizam gás natural (cercade 60%), a maior parte não dispõe de redede gás natural na sua área de residência e,caso existisse rede, 63% afirma que instalariagás natural.

Os níveis de satisfação global dos inquiridoscom o seu fornecedor são bastante positivos,sendo inclusive superiores aos registados naelectricidade. No entanto, o factor “Preço”continua a ser o de maior insatisfação, quernos consumidores domésticos, quer nasempresas. Neste caso, verifica-se que o sectorindustrial (face ao sector de coméricio &serviços) expressa maior descontentamentocom o “Preço”, mas apresenta maiores níveisde satisfação nas restantes variáveis deavaliação.

Cerca de metade dos consumidores domésticosinquiridos afirma que o gás natural é o melhortipo de fornecimento de gás, quer na variável“Preço”, quer nas variáveis mais qualitativas.Esta opinião é reforçada quando se considerasomente os utilizadores de gás natural. Poroutro lado, os não utilizadores têm uma opiniãomais equilibrada entre os tipos de fornecimentode gás, denotando-se uma avaliaçãoligeiramente superior do gás engarrafado edo gás natural face ao gás propano canalizado.

No caso das empresas, a utilização de gásnatural não está tão disseminada como nocaso dos consumidores domésticos. Destaca-se a maior utilização no sector industrial e naregião de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e menornas regiões sul.

A menor abertura das empresas à instalaçãode gás natural confirma-se nas empresaslocalizadas em áreas onde não existe rede deabastecimento, com apenas 31% a afirmar queestaria disposta a instalar, caso existisse rede.

Derivados Líquidos de Petróleo (DLP)Considerando o universo de inquiridosdomésticos que utilizam DLP verifica-se queos factores mais importantes na escolha doposto de combustível são a “Localização” eo “Preço”.

Cerca de 61% dos inquiridos possui cartão depontos, mas destes, a maioria (68%) afirmainfluenciar pouco ou nada a escolha da marcado posto de combustível no momento doabastecimento. No entanto, 49% dosconsumidores domésticos comparam preçospreviamente ao abastecimento, sendo queessa comparação condiciona muito outotalmente 60% desses consumidores, naescolha do posto de combustível.

Tal como nos sectores da electricidade e dogás, os inquiridos mostram-se satisfeitos como seu actual fornecedor de DLP nas váriasdimensões em análise, à excepção do “Preço”,onde 82% dos inquiridos refere estar poucoou nada satisfeito. No caso das empresas,cerca de 75% afirma estar descontente como “Preço”, sendo de destacar também ainsatisfação com o fornecedor em termos de“Preocupação Ambiental” (54% de nãosatisfeitos).

Liberalização dos Mercados

Do total de consumidores domésticosinquiridos, verifica-se que a maioria temconhecimento da liberalização do sectoreléctrico, não acontecendo o mesmorelativamente ao gás, em que mais de metadedesconhece o processo de liberalização emcurso e do facto deste permitir, no futuro,a liberdade de escolha de fornecedor.Adicionalmente verifica-se que a maioria dosinquiridos (65%) não expressa conhecimentodo processo em curso de constituição do MIBEL(Mercado Ibérico de Electicidade).

Em ambos os sectores, cerca de 60% dosinquiridos apresenta, como consequências daliberalização (efectivas ou previstas), adiminuição de “Preço” e o aumento na“Qualidade de Serviço”.

Também, quer no sector eléctrico, quer nosector do gás, mais de metade dos indivíduosmostra-se receptivo a uma eventual mudançade fornecedor, principalmente nas regiões doPorto e Interior Centro e nos grupos etáriosmais jovens, sendo o “Preço”, a “Qualidadede Serviço” e a “Fiabilidade” (no caso do gásnatural) identificados como factoresfundamentais que influenciam a decisão.

A maioria das empresas (87%) nunca mudoude fornecedor de energia, justificando estadecisão pela falta de informação. As empresasque já mudaram identificam a diminuição docusto de energia como principal benefício.

De igual forma, a maioria das empresas (71%)afirma que gostaria de ter um fornecedorúnico de electricidade e de gás natural,apresentando como principais vantagens adiminuição do preço de energia e a melhoriadas condições contratuais.

A maioria dos inquiridos (consumidoresdomésticos e empresas) considera que os seuscongéneres europeus têm acesso a energiamais barata, suportando esta opinião nainformação veiculada pelos meios decomunicação social.

Em relação à liberalização ocorrida no sectordos DLP (Derivados Líquidos de Petróleo), amaioria dos inquiridos (75%) refere que aliberalização do sector provocou o aumentodos preços e do número de empresasfornecedoras, referindo que genericamentese mantiveram as restantes variáveis,principalmente ao nível qualitativo.

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3. Metodologia e abordagem

Objectivo

O presente documento apresenta o estudo“A Energia em Portugal”, realizado com oobjectivo principal de caracterizar o sector daenergia em Portugal, na perspectiva dosclientes domésticos e empresariais (comércio& serviços e indústria).

Amostra

Cliente domésticoA distribuição da amostra base do estudo teveem consideração a representatividade dasregiões e das cidades dessas regiões com maiordensidade populacional, sendo proporcionalà distribuição da população portuguesa pelasregiões de Portugal Continental e das RegiõesAutónomas dos Açores e da Madeira. Assim,a distribuição geográfica não é completamentealeatória, tendo-se constituído uma amostracom 2001 indivíduos, residentes em PortugalContinental e Regiões Autónomas, de ambosos sexos e com idade até aos 65 anos,responsáveis pelas decisões acerca da energiae pelo pagamento das contas relativas aosgastos com energias do lar.

As entrevistas foram realizadas dentro dascidades e arredores, tendo em consideraçãoa densidade populacional. Dentro daslocalidades seleccionadas foi utilizado oprocesso aleatório de selecção de lares atravésdo método “random route”.

Cliente empresarialA amostra base do estudo é composta por398 empresas de Portugal Continental,estratificada por quotas de região e por tipode empresa (comércio & serviços e indústria),segundo o consumo energético.

As entrevistas foram realizadas junto dosquadros superiores responsáveis pelas decisõessobre a energia nas empresas, de acordo coma amostra constituída para o efeito,assegurando-se a confidencialidade dos dados

e da identidade do entrevistado e da respectivaempresa.

Modalidade do estudo

Estudo realizado com base em questionárioelaborado especificamente para o efeito, tendosido utilizada uma metodologia quantitativa.

Questionário

Questionário estruturado de aplicação face aface, com uma duração aproximada de 30 a45 minutos.

Trabalho de campo

A recolha de informação decorreu entreNovembro de 2005 e Fevereiro de 2006,realizado pela empresa de estudos de mercadoMOTIVAÇÃO.

Classes socioeconómicas

As classes socioeconómicas constituídasrespeitam as indicações da ESOMAR (EuropeanSociety for Opinion and Marketing Research),resultando, a classe socioeconómica doentrevistado, da combinação do tipo deocupação (desde patrão a trabalhador manual)e do nível de habilitações académicas (desdeuniversitário até analfabeto).

Desta combinação resultam cinco classessocioeconómicas classificadas de A a D, sendoa classe A a que corresponde a um nível maiselevado de ocupação/ habilitações, e a classeD a que corresponde a um nível mais baixode ocupação/ habilitações.

Formas de cálculo

Nas questões relativas à satisfação,receptividade e frequência de determinadoaspecto, as respostas foram estruturadas em

escalas de 1 a 4 (1 – Nada Satisfeito/ Receptivo/Frequente; 2 – Pouco Satisfeito/ Receptivo/Frequente; 3 – Satisfeito/ Receptivo/ Frequente;4 – Muito Satisfeito/ Receptivo/ Frequente).

Nas questões relativas à concordância sobredeterminado aspecto, as respostas foramestruturadas em escala de 1 a 5 (1 – Discordototalmente; 2 – Discordo um pouco; 3 – Nãoconcordo nem discordo; 4 – Concordo umpouco; 5 – Concordo totalmente).

Em ambos os casos, as médias das respostassão calculadas multiplicando o número derespostas dos inquiridos em cada uma dascategorias da escala (excluindo as respostas“Não sabe”/ “Não responde”) pela escalarespectiva (1 a 4 ou a 5), dividindo o resultadopelo total de indivíduos que responderam àquestão.

Estrutura do relatório

O relatório elaborado, para apresentação dosresultados do estudo, é estruturado em trêssecções:• Secção I – inclui as conclusões gerais do

estudo, a metodologia utilizada e acaracterização da amostra dos consumidoresparticipantes;

• Secção II – descrição de aspectos globaisrelativamente à energia em Portugal, comosejam a utilização de energia, o tema doambiente e a percepção do sector da energiaem Portugal pelo consumidor doméstico;

• Secção III – a última secção é reservada àcaracterização dos sectores energéticos emPortugal (sector eléctrico, sector do gás esector dos derivados líquidos de petróleo –– DLP) e análise do tema da liberalizaçãodos mercados.

Secção I - Metodologia e abordagem

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4. Caracterização da amostra

4.1 Cliente doméstico

No estudo participaram 2001 consumidores, responsáveis pelas decisõesrelacionadas com a utilização das energias e pelos encargos como consumo de energias no agregado familiar.

Na distribuição da amostra por região, idade, habilitações, dimensãoe rendimento do agregado e classe socioeconómica, destaca-se oseguinte:• Região – cerca de 30% reside na área da Grande Lisboa, 19% no

Grande Porto e 17% no Litoral Centro;• Grupo etário – a maioria dos inquiridos tem entre 26 e 50 anos

(cerca de 56%);• Habilitações – a maioria possui habilitações iguais ou superiores

a ensino secundário complementar (50%), destacando-seadicionalmente o facto de 24% possuir habilitações iguais ouinferiores ao ensino primário completo;

• Agregado familiar – a maioria dos agregados familiares (64%) sãoconstituídos por três ou menos indivíduos. Os agregados familiaressuperiores a 5 indivíduos representam 11% da amostra;

• Rendimento líquido do agregado familiar – para a maioria dosinquiridos (52%), o rendimento mensal do seu agregado familiarvaria entre os ¤500 e os ¤2.000. Verifica-se, no entanto, umapercentagem significativa de inquiridos que “Não sabem” ou “Nãorespondem” (26%);

• Classe socioeconómica – cerca de 27% dos inquiridos pertenceà classe social C1. As restantes classes socioeconómicas representamaproximadamente 20%, com excepção da classe A com 7% dosinquiridos.

Gráfico 4.1.2Distribuição dos clientes domésticos por grupo etário

18 a 25 anos 26 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos

51 a 60 anos Mais de 60

22%

11%

21%

12%

12%

22%

Gráfico 4.1.1Distribuição dos clientes domésticos por região

Madeira

Grande Lisboa

Litoral Centro

Alentejo

Grande Porto

Interior Norte

3%

30%

17%

7%

19%

3%

9%

Algarve 2%

5%

Açores 5%

Litoral Norte

Interior Centro

Base: 2001 Indivíduos

Base: 2001 Indivíduos

Secção I - Caracterização da amostra

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Gráfico 4.1.4Distribuição dos clientes domésticos por dimensão do agregado familiar

2 ou menos 3 4 5 ou mais

30%

34%

25%

11%

Gráfico 4.1.3Distribuição dos clientes domésticos por habilitações

Não responde

Ensino secundáriocomplementar

Ensino secundário unificado

Curso médio

Ensino primário completo

Sabe ler e escrever/ instruçãoprimária completa

4%

22%

16%

9%

21%

2%

1%

Universitário 24%

1%

Não sabe ler nem escrever

Ensino básico preparatório

Base: 2001 Indivíduos

Gráfico 4.1.6Distribuição dos clientes domésticos por classe socioeconómica

Classe A Classe B Classe C1 Classe C2

Classe D Indeterminada

22%

7%

22%

2%

20%

27%

Gráfico 4.1.5Distribuição dos clientes domésticos por rendimento líquidodo agregado familiar

Mais de 5000¤

Entre 3501 e 5000¤

NS/ NR

Entre 1001 e 2000¤

Entre 500 e 1000¤

26%

1%

3%

10%

24%

28%

8%Menos de 500¤

Entre 2001 e 3500¤

Base: 2001 Indivíduos

¤

Base: 2001 Indivíduos Base: 2001 Indivíduos

Secção I - Caracterização da amostra

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4.2 Cliente empresarial

No estudo participaram 398 empresas de Portugal Continental,distribuídas pelo sector de comércio & serviços (284) e sector industrial(114).

Caracterizando a amostra por região, número de colaboradores efacturação, destaca-se o seguinte:• Região – a maioria das empresas pertencem à região de Lisboa e

Vale do Tejo (38%) e região Norte (32%). Face ao total, destaca-sea predominância de empresas industriais na região Norte e Centroe de empresas de comércio & serviços na região de Lisboa e Vale doTejo;

• Número de trabalhadores – a maioria significativa das empresasque constituem a amostra (82%) tem menos de 50 colaboradores;

• Facturação – Cerca de 40% da amostra factura anualmente menosde ¤250.000.

Gráfico 4.2.2Distribuição dos clientes empresariais por região e sector de actividade

Indústria (114)

Comércio & Serviços (284) 3%

Total (398) 32 17 38

24 14 45

8 5

10 7

49 24 22

23

Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo

Alentejo Algarve

Base: 398 Empresas

Gráfico 4.2.1Distribuição dos clientes empresariais por região de Portugal Continental

38%

8%

5%

32%

17%

Base: 398 Empresas

Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo

Alentejo Algarve

Secção I - Caracterização da amostra

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Gráfico 4.2.3Distribuição dos clientes empresariais por número de colaboradores

Menos de 50 Entre 50 e 100 Entre 100 e 250

Entre 250 e 1000 Mais de 1000

6%4%

7%

82%

1%

Base: 398 Empresas

Gráfico 4.2.4Distribuição dos clientes empresariais por facturação anual (’000 Euros)

Até 250 Entre 251 e 1000 Entre 1000 e 2000

Entre 2000 e 4000 Entre 4000 e 6000 Entre 6000 e 10000

Mais de 10000 NS/ NR

7%

9%

10%

40%

19%

Base: 398 Empresas

8%

4%

3%

Secção I - Caracterização da amostra

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5. Utilização e gestão racionalda energia

5.1 Caracterização do consumoenergético e das utilizaçõesde energia

Cliente doméstico

Formas de energia utilizadasAnalisando as formas de energia utilizadasregularmente pelos inquiridos, observa-se quepraticamente a totalidade (99%) utilizaelectricidade e 79% utilizam gasolina ougasóleo. Destaca-se adicionalmente o facto de,ao nível do gás, o de garrafa ser utilizado por44% e o gás natural por 41% dos inquiridos.

Por outro lado, destaca-se a reduzida utilizaçãoregular do carvão, do GPL e de painéis solares,sendo que os mesmos, em conjunto, sãoutilizados regularmente por cerca de 5% dosinquiridos.

Analisando a utilização regular das diferentesformas de energia por região, verificam-sealgumas situações a destacar:• Gasolina/ gasóleo – face à média nacional,

destaca-se a menor utilização na região daMadeira;

• Gás em garrafa – destaca-se a maiorutilização no Litoral Norte, Algarve, Madeirae Açores, por oposição à menor utilizaçãono Litoral Centro;

• Gás Natural – salienta-se a significativamentemenor utilização no Litoral Norte, Alentejoe Algarve, a ausência de consumo nas RegiõesAutónomas e a maior utilização no LitoralCentro (dever-se-á ter em consideração adistribuição geográfica da rede deabastecimento de gás natural);

• Gás propano canalizado – destaca-se asua maior utilização no Alentejo e menor noGrande Porto e Açores;

• Lenha – destaca-se a sua maior utilizaçãonas regiões Norte e Centro (Interior e Litoral)e menor no Algarve e Madeira.

Detalhando a análise da utilização pelosinquiridos das diferentes formas de energia porclasse socioeconómica, destaca-se o seguinte:• Gasolina/ gasóleo – a utilização de gasolina/

gasóleo é superior nas classes socio-económicas mais altas e menor na classe D;

• Gás em Garrafa – verificam-se utilizaçõessuperiores nas classes socioeconómicas maisbaixas;

• Gás Natural – a utilização de gás naturalaumenta nas classes socioeconómicas maiselevadas, em particular na classe B;

• Lenha – a utilização de lenha aumenta nasclasses socioeconómicas mais elevadas, emparticular na classe A.

Utilizações da energiaA energia é utilizada pelos inquiridos em diversosequipamentos presentes no lar, destacando-seo frigorífico, a televisão, o telefone/ telemóvele o fogão, com mais de 98% dos inquiridos aexpressar a sua utilização regular.

De entre os equipamentos menos utilizadosdestacam-se os equipamentos de climatização,nomeadamente o ar condicionado (5% dosinquiridos refere a sua utilização regular),o aquecimento central (10%) e o termo--acumulador (12%).

A esmagadora maioria dos inquiridos, queutilizam um determinado equipamento,possuem um equipamento de cada tipo (referidosempre por mais de 85% da amostra), comexcepção de televisões, telefones/ telemóveis,automóveis e aquecedores de ar. No caso dostelefones/ telemóveis, cerca de 56% dosagregados familiares possuem 3 ou maisequipamentos no lar; cerca de 73% possuemmais que uma televisão; cerca de 40% dosagregados familiares tem mais do que umautomóvel e 36% referem possuir mais queum aquecedor de ar.

No universo de inquiridos que possuemautomóvel, a maioria utiliza a gasolina comocombustível (65%), sendo o GPL utilizadosomente por 1% dos inquiridos.

Gastos mensais com energiaA maioria significativa dos agregados familiaresdos inquiridos incorre em gastos mensais coma energia eléctrica e com gás entre ¤15 e ¤60mensais, para cada um dos tipos de energia(energia eléctrica – 82%; gás – 75%).

No entanto, no caso da energia eléctrica, 45%do total de agregados incorrem em custos entre

¤31 e ¤60 mensais; enquanto que, no caso dogás, 48% do total de agregados incorre emcustos entre ¤15 e ¤30.

Relativamente aos combustíveis, os escalões deconsumo são mais díspares, sendo que 52%dos inquiridos têm gastos mensais comcombustíveis entre ¤50 e ¤200, destacando--se, com cerca de 20% dos inquiridos,o escalão de consumo entre ¤76 e ¤125.Relativamente a esta questão dever-se-á ter emconsideração o facto de cerca de 29% dosinquiridos “Não sabe” ou “Não responde”.

Detalhando a análise dos consumos dosagregados familiares por região, de acordo coma moda, destaca-se o seguinte:• Energia eléctrica – o escalão de consumo

mais frequente no Litoral Norte, Madeirae Açores, é menor face à moda nacional;

• Gás – o escalão de consumo mais frequenteno Algarve e no Interior Norte é superior faceà moda nacional;

• Combustíveis – o escalão de consumo maisfrequente no Interior Centro, Alentejo,Madeira e Açores é menor face à modanacional.

Detalhando a análise dos gastos mensais comenergia, de acordo com a dimensão doagregado, observa-se uma relação directa entreos gastos mensais, com as diferentes formasde energia, e a dimensão do agregado familiar.Verifica-se a redução do número deconsumidores nos escalões mais baixos deconsumo, à medida que aumenta a dimensãodo agregado. No entanto, a relação verificadaé mais pronunciada no caso da energia eléctrica,face ao gás natural e aos combustíveis.

A comparação, entre os gastos mensais comenergia expressos e o nível de utilização dosequipamentos no lar, indicia que a percepçãodo consumo de energia e dos custos associadosdos consumidores domésticos poder-se-àencontrar desajustada da realidade, emparticular no caso da electricidade e do gás,dado o nível de utilização de equipamentosreferenciado pelos consumidores.

Secção II - Utilização e gestão racional da energia

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13

Gráfico 5.1.1Formas de energia utilizadas com regularidade

NS/ NR

Outros (1)

Gás propano canalizado

Gás em garrafa (botija)

Gasolina/ Gasóleo

0%

5%

15%

41%

44%

79%

99%Electricidade

Gás natural

(1) Inclui Carvão, GPL automóvel e Painéis solares

Base: 2001 Indivíduos

Lenha 14%

Tabela 5.1.1Formas de energia utilizadas com regularidade por região

Elec

tric

idad

e

Gas

olin

a/ G

asó

leo

Gás

em

gar

rafa

(bo

tija

)

Gás

nat

ura

l

Gás

pro

pan

oca

nal

izad

o

Len

ha

Total

Litoral Norte

Interior Norte

Grande Porto

Litoral Centro

Interior Centro

Grande Lisboa

Alentejo

Algarve

Madeira

Açores

Base: 2001 Indivíduos

99 % 79% 44 % 41% 15% 14%

100% 85% 73% 14% 15% 26%

100% 84% 46% 46% 11% 39%

100% 85% 40% 44% 4% 12%

100% 80% 21% 64% 18% 18%

100% 84% 35% 53% 21% 28%

99% 74% 36% 50% 17% 8%

100% 84% 56% 19% 24% 11%

100% 86% 65% 16% 18% 4%

100% 61% 82% 0% 19% 5%

98% 81% 93% 0% 8% 13%

Tabela 5.1.2Formas de energia utilizadas com regularidade por classe socioeconómica

Elec

tric

idad

e

Gas

olin

a/ G

asó

leo

Gás

em

gar

rafa

(bo

tija

)

Gás

nat

ura

l

Gás

pro

pan

oca

nal

izad

o

Len

ha

Total

Classe A

Classe B

Classe C1

Classe C2

Classe D

Base: 2001 Indivíduos

99 % 79% 44% 41% 15% 14%

99% 93% 32% 46% 21% 22%

100% 90% 30% 53% 16% 17%

99% 84% 39% 43% 18% 14%

100% 75% 52% 38% 13% 14%

100% 62% 59% 30% 10% 10%

Gráfico 5.1.2Número de equipamentos por agregado I - Utilização elevada (%)(percentagem de utilização)

Telefone/ Telemóvel (99%)

Televisão (99%)

Frigorifico (99%)

1 2 3 4 ou mais

Base: 2001 Indivíduos

3

97

27 40 21 12

16 28 29 27

4

96

1

96

1

99

100

4

96

Fogão/ Placa (98%)

Aspirador (99%)

Microndas (84%)

Máquina delavar roupa (97%)

Ferro de engomar (97%)

3

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14

Gráfico 5.1.3Número de equipamentos por agregado II - Utilização média alta (%)(percentagem de utilização)

Forno (79%)

Automóvel (81%)

Esquentador (83%)

1 2 3 4 ou mais

Base: 2001 Indivíduos

Secador do cabelo (78%)

DVD (66%)

Computador (65%)

Impressora (52%)

Arca congeladora (45%)

93

99

1

60 32 7

1

98

2

95

4 1

93 6

1

86 10

13

1

6

97

3

Gráfico 5.1.5Distribuição por tipo de combustível do automóvel

GPL Gasolina Gasóleo

34%

1%

Base: 1622 Indivíduos que possuem automóvel (1621 automóveis)

65%

27,3%

Gráfico 5.1.6Gastos mensais com electricidade e gás

Entre de 31 e 60¤

Entre de 15 e 30¤

Menos de 15¤

Electricidade Gás

Base: 2001 Indivíduos

Entre de 61 e 100¤

NS/ NR

Mais de 180¤

Entre de 101 e 180¤

2,4%

12,4%

48,1%

5,4%

0,1%

0,0%

1,0%

0,4%

8,6%

3,1%

37,4%

44,9%

8,7%

Gráfico 5.1.4Número de equipamentos por agregado III - Utilização média baixae baixa (%) (percentagem de utilização)

Aquecedores de ar (37%)

Video Gravador (43%)

Máquina lavar loiça (45%)

Base: 2001 Indivíduos

Secador de roupa (20%)

Termo acumulador (12%)

Aquecimento central (10%)

Ar condicionado (5%)

94 5

100

64 24 10

99

95

95 5

86 6 6

2

1

14

2

1 2 3 4 ou mais

Secção II - Utilização e gestão racional da energia

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15

31-60¤ 15-30¤ 76-125¤

15-30¤ 15-30¤ 76-125¤

31-60¤ 31-60¤ 76-125¤

31-60¤ 15-30¤ 76-125¤

31-60¤ 15-30¤ 76-125¤

31-60¤ 15-30¤ 50-125¤

31-60¤ 15-30¤ 76-125¤

31-60¤ 15-30¤ 50-75¤

31-60¤ 31-60¤ 31-60¤

15-30¤ 15-30¤ 50-75¤

15-30¤ 15-30¤ 50-75¤

Tabela 5.1.3Gastos mensais com energia por região (moda)

Elec

tric

idad

e

Co

mb

ust

ível

Moda Nacional

Litoral Norte

Interior Norte

Grande Porto

Litoral Centro

Interior Centro

Grande Lisboa

Alentejo

Algarve

Madeira

Açores

Base: 2001 Indivíduos

Gás

34 5

Gráfico 5.1.8Gastos mensais com electricidade por dimensão do agregado (%)

4

3

2 ou menos

Menos 15¤ Entre 15 e 30¤ Entre 31 e 60¤

Mais de 60¤ NS/ NR

Base: 2001 Indivíduos

27 40 47 8

27 55 12

475 ou mais

496 6

539

1

1

5

22 25 6

Gráfico 5.1.7Gastos mensais com combustiveis

Mais de 450¤

Entre 201 e 300¤

Entre 76 e 125¤

Entre 50 e 75¤

29,2%

5,5%

12,9%

19,9%

17,9%

12,6%Menos de 50¤

Entre 126 e 200¤

Base: 2001 Indivíduos

Entre 301 e 450¤ 1,0%

NS/ NR

1,0%

Gráfico 5.1.9Gastos mensais com gás por dimensão do agregado (%)

4

3

2 ou menos

Base: 2001 Indivíduos

5 ou mais

1

21 51 17 10

2

10 51 29 8

7 45 34 5

5 39 12 7

9

37

Menos 15¤ Entre 15 e 30¤ Entre 31 e 60¤

Mais de 60¤ NS/ NR

Secção II - Utilização e gestão racional da energia

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A biomassa é utilizada por 11% das empresas industriais, apresentandoníveis de consumo próximos do GPL e ultrapassando largamente oconsumo de carvão e de energia solar. De salientar que estas 4 formasde energia são pouco utilizadas no sector de comércio & serviços (7%das empresas inquiridas do sector).

Aprofundando a análise das formas de energia utilizadas, de acordocom a região da empresa inquirida, destaca-se o seguinte face à médianacional:• DLP – menor utilização na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e

maior nas regiões Centro e Alentejo;• Gás natural – menor utilização no Alentejo e significativamente

menor no Algarve, em oposição à maior utilização na região LVT(dever-se-á ter em consideração a distribuição geográfica da redede abastecimento de gás natural em Portugal);

• Gás de garrafa – menor utilização no Centro e em LVT,verificando-se a situação inversa no Alentejo e Algarve;

• GPL – ausência de utilização nas regiões do Algarve e do Alentejo(dever-se-á ter em consideração a dimensão da amostra respectiva).

Custos com energia

Analisando o peso do custo com a energia, na totalidade dos custosdas empresas inquiridas, verifica-se que o consumo de energia, deacordo com 50% dos inquiridos, representa até 12,5% dos custostotais da empresa, sendo que para 20% das empresas representa entre12,5% e 25%.

Relativamente à evolução dos custos da energia sobre os custos totaisda empresa face ao ano anterior (2004), cerca de 25% das empresasinquiridas referem que essa proporção aumentou entre 1% e 10%.Destaca-se adicionalmente o facto de 10% das empresas inquiridasconsiderarem que esse aumento se cifrou entre 11% e 20%. Noentanto, dever-se-á ter em consideração que a maioria das empresas“Não Sabe” ou “Não Responde” (cerca de 60% das empresasinquiridas).

Relação com entidades relevantes do sector

Analisando a satisfação das empresas com a actuação das entidadesdo sector energético, globalmente, as empresas encontram-se “NadaSatisfeitas” ou “Pouco Satisfeitas”, sendo particularmente críticas coma Administração Pública, com média de 1.76 numa escala de 1 a 4 (1– “Nada satisfeito” a 4 – “Muito satisfeito”). Relativamente às restantes,as entidades reguladoras apresentam uma média de 1.92 e somenteas agências e as associações do sector de actividade ultrapassam amédia de 2.00, apresentando médias de 2.14 e 2.24, respectivamente.

16

Gráfico 5.1.10Gastos mensais com combustíveis por dimensão do agregado (%)

4

3

2 ou menos

Base: 2001 Indivíduos

5 ou mais

Menos de 50¤ Entre 50 e 75¤ Entre 76 e 125¤

Entre 126 e 200¤ Mais de 200¤ NS/ NR

20 23 23 14 8 12

16 22 25 16 8 13

9 21 27 18 9 16

12 18 18 18 1717

Cliente empresarial

Formas de energia utilizadas

A totalidade das empresas inquiridas consome energia eléctrica,principalmente para “Utilizações gerais” e “Aquecimento/ Arrefecimentodo Ambiente”. No entanto, no caso das empresas industriais, a energiaeléctrica é igualmente utilizada de forma intensa no “Processoprodutivo”.

De igual forma, os derivados líquidos de petróleo (DLP) apresentamutilizações elevadas, sendo utilizados por 95% das empresas industriaise 74% das empresas de comércio & serviços (principalmente ao nívelde “Transporte”), embora, na indústria, os DLP tenham utilização maisdiversificada (destacando-se a sua utilização por 19% das empresasinquiridas, consumidoras de DLP, no “Processo produtivo”).

Relativamente ao gás, 23% das empresas inquiridas consomem gásnatural, 12% gás em garrafa e 6% utilizam GPL. Observa-se que oconsumo de gás natural encontra-se maioritariamente associado aactividades de “Cozinha”, embora assuma igualmente papel importanteno “Aquecimento/ Arrefecimento” (no sector de comércio & serviçose nas actividades administrativas do sector industrial). Analisando asua utilização nas actividades principais da empresa, no sector industrial,destaca-se a utilização do gás natural no “Processo produtivo” por65% do total da amostra respectiva.

Secção II - Utilização e gestão racional da energia

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17

Tabela 5.1.4Utilização de energia em comércio & serviços(nº empresas)

Aq

uec

imen

to/

Arr

efec

imen

to d

oam

bie

nte

Uti

lizaç

ões

ger

ais

Tran

spo

rtes

Co

zin

ha

Eléctrica (283)

DLP (209)

Gás natural (60)

Nota: Foram analisados os três principais tipos de energia utilizada.

82% 100% 1% 27%

3% 2% 98% 0%

22% 3% 0% 78%

Tabela 5.1.5Utilização de energia na indústria nas actividades administrativas(nº empresas)

Aq

uec

imen

to/

Arr

efec

imen

to d

oam

bie

nte

Uti

lizaç

ões

ger

ais

Tran

spo

rtes

Co

zin

ha

Eléctrica (114)

DLP (97)

Gás natural (19)

Nota: Foram analisados os três principais tipos de energia utilizada.

89% 100% 2% 30%

5% 0% 100% 0%

32% 5% 0% 84%

Tabela 5.1.6Utilização de energia na indústria nas actividades principais(nº empresas)

Aq

uec

imen

to/

Arr

efec

imen

to d

oam

bie

nte

Uti

lizaç

ões

ger

ais

Tran

spo

rtes

Co

zin

ha

Eléctrica (111)

DLP (88)

Gás natural (31)

Nota: Foram analisados os três principais tipos de energia utilizada.

52% 100% 3% 6% 90% 7%

8% 6% 86% 7% 19% 1%

26% 6% 0% 39% 65% 35%

Ger

ação

de

vap

or

Equ

ipam

ento

s d

opr

oces

so p

rodu

tivo

80%74%

95%

100%100%100%

23%21%

29%

Gráfico 5.1.11Formas de energia utilizadas

Derivados líquidosdo petróleo (t)

Eléctrica (KWh)

Total (398) Comércio & Serviços (284)

Indústria (114)

Base: 398 Empresas

Gás natural (m3)

Biomassa (t)

GPL (t)

Gás de garrafa12%

10%15%

6%3%

14%

3%0%

11%

3%1%

8%

3%3%

1%

1%0%1%

Outra

Cartvão

Solar (Kcal)

Secção II - Utilização e gestão racional da energia

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18

Tabela 5.1.7Formas de energia utilizadas por região

Tota

l

No

rte

Cen

tro

Lisb

oa

e V

ale

do

Tej

o

Ale

nte

jo

Alg

arve

Eléctrica

DLP

Gás natural

Gás de garrafa

GPL

Biomassa

Outra

Carvão

Solar

Base: 398 Empresas

100% 100% 100% 99% 100% 100%

80% 88% 93% 65% 94% 71%

23% 21% 21% 31% 16% 5%

12% 18% 6% 5% 22% 19%

6% 10% 7% 5% 3% 0%

3% 7% 3% 1% 0% 0%

3% 6% 3% 1% 3% 0%

3% 2% 1% 4% 0% 0%

1% 0% 0% 1% 0% 5%

Gráfico 5.1.12Peso do custo total de energia face aos custos totais da empresa

NS/ NR

25 a 37,5%

12,5 a 25%

17%

3%

7%

20%

0 a 12,5%

37,5 a 50%

Base: 398 Empresas

Mais de 50%

50%

3%

Gráfico 5.1.14Satisfação com a actuação das entidades intervenientes no sector

Média (1)

2,24

2,14

1,92

1,76

Base: 398 Empresas

13%

16%

24%

32%

Entidadesreguladoras

Associações/ agênciasdo sector da energia

Associações domesmo sector

Administraçãopública

(1) 1 - Nada Satisfeito; 2 - Pouco Satisfeito; 3 - Satisfeito; 4 - Muito Satisfeito.(ver ‘Metodologia e abordagem’)Apresentada percentagem de inquiridos com respostas nas duas primeiras posiçõesda escala apresentada (3 e 4).

Gráfico 5.1.13Evolução dos custos com energia face aos custos totaisda empresa 2005 vs 2004 (%)

1 a 10% 11 a 20% 21 a 30% Mais de 30%

NS/ NR

Base: 398 Empresas

581025

2

3 4

Secção II - Utilização e gestão racional da energia

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5.2 Racionalização na utilização e gestão da energia

Cliente doméstico

De acordo com a amostra total, observa-seque a maioria significativa dos consumidoresdomésticos inquiridos refere a prática frequentede hábitos de poupança de energia.

Os inquiridos referem hábitos associados àcorrecta utilização dos equipamentosdomésticos, à racionalização da utilização dasluzes e da água quente (indicado pelosinquiridos como hábito “Frequente” ou “MuitoFrequente” por percentagens superiores a90% do total dos inquiridos, apurando-semédias superiores a 3.40). Destaca-seadicionalmente o facto da utilização detransportes públicos ser referida por 36% dosinquiridos, como hábito “Frequente” ou“Muito Frequente” (média de 2.22), sendo oúnico hábito de poupança de energia nãoreferido, pela maioria dos inquiridos, nas duasprimeiras posições da escala respectiva.

Analisando os dados obtidos, na perspectivada região, verificam-se comportamentosdíspares face à média nacional, com particulardestaque para:• Menor prática de hábitos de poupança de

energia na utilização das máquinas de loiçae roupa no Norte (Litoral e Interior);

• Maior racionalidade na utilização das luzes

no Interior Norte e Açores, e situaçãocontrária no Litoral Norte e Alentejo;

• A gestão mais racional da água aquecidana Madeira, verificando-se a situação inversano Litoral Norte e Algarve;

• A menor prática de hábitos de poupançana utilização de equipamentos declimatização na Madeira;

• A menor prática de hábitos de poupançade energia relacionados com a tomada debanho, no Algarve e nos Açores;

• A utilização mais racional do frigorífico (naperspectiva de poupança de energia) noInterior Norte e na Madeira, por oposiçãoà região do Algarve;

• A maior consideração do consumo deenergia dos electrodomésticos, no momentoda compra, no Interior Norte e menor nosAçores;

• Maior cuidado com os electrodomésticosem stand-by no Litoral Norte e Madeira;

• A utilização de transportes públicos nasregiões do Grande Porto e Lisboa, face àmenor utilização nas restantes regiões(dever-se-á ter em consideração o grau dedesenvolvimento das redes de transportespúblicos de cada região).

Aprofundando a análise, de acordo com aclasse socioeconómica dos inquiridos,destaca-se o seguinte:• Classes socioeconómicas A e B –

expressam médias de hábitos de poupançade energia próximos da média nacional,com excepção da tomada de banho e dautilização de transportes públicos, onde é

referida menor frequência de hábitos depoupança; por contrapartida é expressamaior preocupação com o consumo deenergia dos electrodomésticos, no momentoda compra;

• Classes socioeconómicas C1 e C2 – oscomportamentos expressos pelos inquiridosaproximam-se da média nacional;

• Classe socioeconómica D – globalmente,face à média, são referidos hábitos depoupança de energia semelhantes ouligeiramente mais frequentes, destacando-se a racionalização na tomada de banho ea maior utilização de transportes públicos.

Relativamente aos motivos subjacentes aofacto de não existir maior poupança de energiaem Portugal, são indicados principalmente a“Falta de cuidado”, a “Falta de hábito” e“Falta de informação” (cada um dos motivosreferidos por mais de 20% dos inquiridos).

Com o intuito de aumentar a poupança deenergia, a esmagadora maioria dos inquiridosconcorda com a implementação de umconjunto diverso de acções (como sejam a“Construção de habitações energeticamenteeficientes” ou a “Produção de equipamentosmais eficientes”), apresentando médiassuperiores a 4 (numa escala de 1 - Discordototalmente a 5 - Concordo totalmente), comexcepção da implementação de “Tarifas quepenalizem o desperdício e excesso deconsumo”, embora com uma taxa deconcordância de 74% e média global de 3.94.

Secção II - Utilização e gestão racional da energia

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Gráfico 5.2.1Frequência de hábitos de poupança de energia

(1) 1 - Nada Frequente; 2 - Pouco Frequente; 3 - Frequente; 4 - Muito Frequente (ver“Metodologia e abordagem”).Apresentada percentagem de inquiridos com respostas nas duas primeiras posiçõesda escala apresentada (3 e 4).

Média (1)

3,61

3,57

3,44

3,43

3,14

3,10

2,92

Base: 2001 Indivíduos

81%

91%

93%

94%

70%

78%

79%

Utilizar água quente sóquando necessário

Apagar luzes quando nãosão necessárias

Utilizar máquinas da loiça/roupa quando cheias

Ter aquecimento ligadoapenas quando está gente

em casa

Tomar banho maisrapidamente

Abrir o frigorífico apenasnº de vezes necessárias

Adquirir electrodomésticosque consumam menos

energia

2,6860%Não ter electrodomésticos

em stand-by

2,2236%Viajar de transportes

públicos

Tabela 5.2.1Frequência de hábitos de poupança de energia por região (média 1 - 4)

Uti

lizar

máq

uin

a d

a lo

iça

ed

a ro

up

a q

uan

do

ch

eias

Total

Litoral Norte

Interior Norte

Grande Porto

Litoral Centro

Interior Centro

Grande Lisboa

Alentejo

Algarve

Madeira

Açores

Base: 2001 Indivíduos

3,61 3,57 3,44 3,43 3,14 3,10 2,92 2,68 2,22

3,40 3,33 3,27 3,42 3,12 3,02 2,93 2,92 1,69

3,42 3,74 3,42 3,37 3,07 3,30 3,24 2,68 1,91

3,70 3,56 3,45 3,39 3,05 3,04 3,04 2,57 2,47

3,73 3,66 3,53 3,57 3,23 3,23 2,88 2,62 2,13

3,56 3,52 3,37 3,50 3,05 3,03 2,96 2,67 1,70

3,63 3,56 3,46 3,38 3,26 3,06 2,88 2,68 2,55

3,58 3,44 3,39 3,56 3,02 3,08 2,93 2,66 1,81

3,47 3,67 3,24 3,46 2,92 2,82 2,75 2,84 1,73

3,48 3,61 3,60 2,89 3,22 3,34 2,98 3,01 2,32

3,58 3,74 3,43 3,52 2,68 3,18 2,53 2,48 1,65

Ap

agar

luze

s q

uan

do

não

são

nec

essá

rias

Uti

lizar

ág

ua

qu

ente

qu

and

o n

eces

sári

o

Ter

aqu

ec. l

igad

os

apen

asq

uan

do

est

á al

gu

ém e

m c

asa

Tom

ar b

anh

o m

ais

rap

idam

ente

Ab

rir

o f

ríg

orí

fico

ap

enas

o n

ºd

e ve

zes

nec

essá

rias

Ad

qu

irir

ele

ctro

do

més

tico

sq

ue

con

sum

am m

eno

s en

erg

ia

Não

ter

ele

ctro

do

més

tico

sem

sta

nd

-by

Via

jar

de

tran

spo

rtes

blic

os

Tabela 5.2.2Frequência de hábitos de poupança de energia por classe socioeconómica(média 1-4)

Uti

lizar

máq

uin

a d

a lo

iça

ed

a ro

up

a q

uan

do

ch

eias

Total

Classe A

Classe B

Classe C1

Classe C2

Classe D

Base: 2001 Indivíduos

Ap

agar

luze

s q

uan

do

não

são

nec

essá

rias

Uti

lizar

ág

ua

qu

ente

qu

and

o n

eces

sári

o

Ter

aqu

ecim

ento

lig

ado

s ap

enas

qu

and

o e

stá

alg

uém

em

cas

a

Tom

ar b

anh

o m

ais

rap

idam

ente

Ab

rir

o f

ríg

orí

fico

ap

enas

o n

º d

e ve

zes

nec

essá

rias

Ad

qu

irir

ele

ctro

do

més

tico

sq

ue

con

sum

am m

eno

s en

erg

ia

Não

ter

ele

ctro

do

més

tico

sem

sta

nd

-by

Via

jar

de

tran

spo

rtes

blic

os

3,61 3,57 3,44 3,43 3,14 3,10 2,92 2,68 2,22

3,66 3,52 3,36 3,49 2,91 3,08 3,13 2,78 1,88

3,68 3,63 3,43 3,47 3,11 3,01 2,98 2,77 2,05

3,59 3,55 3,43 3,46 3,12 3,11 2,98 2,64 2,22

3,60 3,54 3,41 3,38 3,13 3,10 2,79 2,56 2,25

3,59 3,59 3,54 3,37 3,27 3,18 2,83 2,72 2,45

Secção II - Utilização e gestão racional da energia

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21

Gráfico 5.2.2Motivos para não haver mais poupança de energia em Portugal

Falta de civismo

Não se lembrarem do custo

Falta de informação

Falta de hábito

2%

12%

16%

24%

29%

34%Falta de cuidado

Falta de consciênciaambiental

Base: 2001 Indivíduos

Comodismo 6%

Não haver contrapartida

4%

4%Outras

5%NS/ NR

Gráfico 5.2.3Concordância com acções para promoção de poupança de energia

(1) 1 - Discordo totalmente; 2 - Discordo um pouco; 3 - Não concordo nem discordo;4 - Concordo um pouco; 5 - Concordo totalmente (ver “Metodologia e abordagem”).Apresentada percentagem de inquiridos com respostas nas duas primeiras posiçõesda escala apresentada (4 e 5).

Média (1)

4,82

4,77

4,74

4,73

4,71

4,25

3,94

Base: 2001 Indivíduos

95%

95%

96%

97%

74%

83%

94%

Campanhas de sensibilizaçãopública

Obrigar os fabricantes deequipamentos a produzir

equipamentos maiseficientes

Construção de habitaçõesenergeticamente eficientes

Manutenção de viaturas eequipamentos para

minimizar custos

Colocar painéis solares nasnovas construções

Limitar a utilização deautomóveis em

determinadas áreas dacidade

Tarifas que penalizem odesperdício/ excesso de

consumo

Cliente empresarial

Globalmente, as empresas não implementam programas de gestão deenergia. Este facto constata-se dado somente 11% das empresasinquiridas referir desenvolver programas nesse âmbito. Os compor-tamentos são diferentes por sector: no sector industrial, 21% dasempresas referem desenvolver programas de gestão de energia;enquanto que no comércio & serviços essa percentagem descepara 7%.

Considerando a dimensão região, verifica-se que, adicionalmente aocomportamento diferenciado por sector, existem diferenças entreregiões, ao nível da implementação de programas de gestão de energia,face à média nacional, destacando-se:• Região Norte – é a região onde existem mais empresas inquiridas

com programa de gestão de energia implementados (19%),destacando-se em particular o sector industrial, onde 32% dasempresas respectivas, desenvolvem programas no âmbito emreferência;

• Alentejo – verificam-se maiores percentagens de empresas inquiridascom programa de gestão de energia, quer no sector industrial, querno sector de comércio & serviços.

No universo de empresas inquiridas que possuem um programa degestão de energia, observa-se que o principal objectivo, inerente à suaimplementação, é reduzir a factura de energia (referido por 92% dasempresas respectivas como “Primeiro objectivo”). Destaca-seadicionalmente o facto do “Segundo objectivo” mais referido ser aredução da dependência energética e o facto de 27% das empresasrespectivas referir, como “terceiro objectivo”, o aumento da visibilidadeda gestão da energia na empresa.

Adicionalmente, verifica-se que somente 9% das empresas inquiridasrealiza benchmarking com empresas do mesmo sector de actividade,relativamente às questões da gestão de energia, nomeadamente aonível de indicadores de eficiência energética.

Ao nível de acções concretas para atingir os objectivos energéticosestabelecidos, 18% dos inquiridos do sector de comércio & serviçose 42% na indústria, referem encontrar-se em processo de implementaçãode medidas. Os principais objectivos energéticos referidos são “Reduziro consumo de electricidade”, a “Poupança de energia” e“Reduzir/ Controle de custos”.

Detalhando os dados relativos à implementação de medidas paraalcance dos objectivos energéticos, por região, observa-se que é naregião Norte onde se verifica, face à média nacional, maiorimplementação de medidas (em ambos os sectores), por oposição aoAlgarve onde a implementação de medidas é menor (em ambos ossectores). Adicionalmente verifica-se que são as empresas com facturaçãosuperior a 250 mil Euros que mais expressam implementar medidaspara alcance dos objectivos energéticos.

Secção II - Utilização e gestão racional da energia

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22

Gráfico 5.2.5Objectivos pretendidos com o programa de gestão de energia (%)

Aumentar visib. da gestãoenerg. da companhia 3%

Diminuir a facturaenergética

92 4

56

1º Objectivo 2º Objectivo 3º Objectivo Não refere

Base: Empresas que possuem programas de gestão de energia (45)

71

78

86

Diminuir dependênciaenergética do país

Apoiar os objectivosenergéticos nacionais

Aumentar a segurança

Cooperar com instituiçõesGovernamentais

para a gestão energética.

4

2

22 27 49

1527

2

1613

1111

7 7

Gráfico 5.2.6Realização de benchmarking com empresasdo mesmo sector de actividade

Sim Não NS/ NR

86%

5%

Base: 398 Empresas

9%

Tabela 5.2.3Desenvolvimento de programas de gestão de energia por região

Total (398)

Total

Norte

Centro

LVT

Alentejo

Algarve

Base: 398 Empresas

11% 88% 1% 7% 92% 1% 21% 78% 1%

19% 81% 0% 9% 91% 0% 32% 68% 0%

6% 94% 0% 5% 95% 0% 7% 93% 0%

7% 92% 1% 6% 94% 0% 12% 84% 4%

16% 81% 3% 14% 83% 3% 33% 67% 0%

5% 95% 0% 5% 95% 0% 0% 100% 0%

Sim Não NS/ NR Sim Não NS/ NR Sim Não NS/ NR

Com. & Serv. (284) Indústria (284)

Gráfico 5.2.4Desenvolvimento de programas de gestão de energia (%)

Indústria (114)

Comércio & Serviços (284)

Total (398) 11,3 88,2

92,3

78,1

0,9

Sim Não NS/ NR

0,5

0,4

7,4

21,0

Base: 398 Empresas

Secção II - Utilização e gestão racional da energia

No âmbito da gestão de energia, 13% das empresas inquiridas afirmamplanear substituir as actuais fontes de energia, sendo que, desseuniverso, 50% dos inquiridos pretende substituir a electricidade.

Adicionalmente, a dimensão cogeração foi analisada junto das empresasindustriais, verificando-se que menos de 3% dos inquiridos dispõemdesse tipo de instalações.

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23

Gráfico 5.2.7Implementação de medidas para atingir objectivos energéticos

Indústria (114)

Comércio & Serviços (284)

Total (398) 25,1 74,6

81,3

57,9

Sim Não NS/ NR

0,4

18,3

42,1

0,3

Base: 398 Empresas

Gráfico 5.2.8Objectivos energéticos (%)

Reduzir o consumode gás natural

Diminuir a poluição

Reduzir custos/Controle de custos

Poupança de energia

1

6

10

24

27

45Reduzir consumo deelectricidade

Reduzir custos decombustiveis

Base: 398 Empresas

Reduzir consumos de vapor 3

Melhorar a qualidadede energia

3

2NS/ NR

Gráfico 5.2.9Planeamento de acções de substituição de energia

Sim

Não

NS/ NR

74,1%

Base: 398 Empresas

12,8%

13,1%

Fontes de energiaa substituir

50%

29%

15%

15%

Electricidade

DLP

GPL

Outras/ NS/ NR

Gráfico 5.2.10Existência de instalações de cogeração (Indústria)

Sim Não

97,4%

Base: 114 Empresas

2,6%

Secção II - Utilização e gestão racional da energia

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24

6. Energia, ambientee desenvolvimento sustentável

Cliente domésticoAo nível do impacto ambiental, a maioria dos inquiridos considera agasolina/ gasóleo (referido por 74%) e o carvão (67%) como as formasde energia mais poluentes.

Neste enquadramento, verifica-se que a maioria dos inquiridos identificaa energia eólica, solar, do mar e as barragens como energias renováveis.A percentagem de inquiridos que refere o gás, petróleo, urânio ecarvão como energias renováveis, para cada uma destas formas deenergia, não ultrapassa os 10%.

A identificação das formas de energia renováveis pelos inquiridos,analisado por região, apresenta as seguintes particularidades:• Algarve – globalmente verificam-se resultados superiores aos valores

nacionais, com excepção das barragens;• Açores – salienta-se a percentagem superior de inquiridos (face aos

valores nacionais) que identificam a energia geotérmica e biomassacomo renováveis (dever-se-á ter em consideração as origens deenergia eléctrica na Região Autónoma dos Açores).

Como principais vantagens da aposta em energias renováveis sãoreferidas, pela maioria dos inquiridos, o facto de “Serem menospoluentes” (expresso por 85% no Top 3 de vantagens e por 55%como a “Principal Vantagem”) e de “Serem fontes inesgotáveis”(expresso por 71% no Top 3 de vantagens e por 36% como a “Segundavantagem”). O facto de “Serem recursos naturais” completa o Top 3das vantagens indicadas (referido por 58% no Top 3 de vantagens epor 31% com a “Segunda vantagem”). Estas são as únicas razõesreferidas por mais que 50% dos inquiridos.

Destaca-se adicionalmente o facto da significativa maioria dos inquiridosnão referir a “Redução da dependência energética do país” comouma das 3 principais vantagens associadas às energias renováveis (nãomencionado no Top 3 por 77%), bem como o facto de “Serem recursosnacionais” (84%).

Apesar das vantagens, a aposta em energias renováveis implicaaumentos dos custos de produção. A maioria dos inquiridos (53,5%)estaria disposto a pagar mais pela energia eléctrica para aumentar aaposta nas energias renováveis. No entanto, dos que respondemafirmativamente, a maioria destes (54%) estaria disponível a suportarum aumento máximo de 5% do custo da energia.

Analisando as respostas por classe socioeconómica e idade, verifica-se maior predisposição para assumir o agravamento do preço daenergia nas classes mais elevadas e na população mais jovem. Nasclasses socioeconómicas A e B, mais de 70% dos inquiridos, e noescalão etário entre os 18 e 25 anos, 67% dos inquiridos respectivos,expressam predisposição para assumirem aumento do preço da energiaeléctrica, no cenário de aumento da aposta nas energias renováveis.

Analisando a disponibilidade para assumir o aumento do preço daenergia eléctrica, decorrente da aposta em energia renováveis, porregião face à média nacional, verificam-se comportamentos díspares.No Alentejo e Algarve verifica-se maior predisposição dos inquiridos,verificando-se o inverso na região do Litoral (Norte e Centro) e nosAçores, onde existem mais inquiridos a assumirem aumentos de preçode até 5%, considerando o universo de inquiridos que estariamdispostos a suportar o aumento do preço.

Secção II - Energia, ambiente e desenvolvimento sustentável

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25

Gráfico 6.1Formas de energia consideradas mais poluentespelos consumidores domésticos

Gás em garrafa(botija)

Lenha

Carvão

6%

9%

27%

67%

74%Gasolina/ Gasóleo

GPL automóvel

Base: 2001 Indivíduos

Tabela 6.1Fontes de energia consideradas renováveispelos consumidores domésticos por região

Total

Litoral Norte

Interior Norte

Grande Porto

Litoral Centro

Interior Centro

Grande Lisboa

Alentejo

Algarve

Madeira

Açores

Nota: 2001 Indivíduos

Car

vão

Bio

mas

sa

Geo

térm

ica

Gás

Mar

Sola

r

Urâ

nio

Eólic

a

Ág

ua

(Bar

rag

ens)

Petr

óle

o

83% 69% 54% 52% 29% 25% 8% 6% 6% 5%

81% 66% 56% 68% 21% 17% 6% 12% 9% 7%

84% 68% 63% 61% 25% 21% 9% 19% 9% 2%

81% 67% 59% 57% 30% 28% 10% 4% 8% 7%

82% 69% 51% 46% 32% 24% 10% 5% 5% 4%

83% 56% 46% 46% 27% 30% 7% 4% 5% 7%

83% 72% 47% 47% 29% 19% 8% 4% 5% 5%

81% 74% 44% 50% 27% 32% 5% 6% 0% 5%

98% 90% 55% 45% 37% 41% 6% 2% 0% 6%

84% 78% 71% 62% 22% 27% 5% 4% 4% 3%

77% 57% 68% 47% 50% 45% 5% 8% 2% 6%

Gráfico 6.2Fontes de energia consideradas renováveispelos consumidores domésticos

Carvão

Biomassa

Geotérmica

Gás

Mar

Solar

8%

25%

29%

52%

54%

69%

83%

Urânio 6%

5%

Eólica

Água (Barragens)

Base: 2001 Indivíduos

6%Petróleo

Gráfico 6.3Três principais vantagens das energias renováveisde acordo com os consumidores domésticos (%)

Serem recursos naturais

Serem fontes inesgotáveis

Serem menos poluentes

1ª vantagem 2ª vantagem 3ª vantagem

Não refere

Base: 2001 Indivíduos

55

24 36 11 29

10 17 31 42

64

77

2

4

Facilidade de obteressas fontes de energia

Serem recursos nacionais

Diminuírem a dependênciaenergética do país

3

21 9 15

5 14 17

6 14

8410

Secção II - Energia, ambiente e desenvolvimento sustentável

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Gráfico 6.4Predisposição para suportar aumento do preçodecorrente de aposta em energias renováveis

Sim

Não

Não se aplica

53,5%

40,5%

Base: 2001 Indivíduos

10%

Incremento do preçodisposto a suportar6%

54%

29%

1 a 5%

6 a 10%

11 a 20%

Mais de 21%

NS/ NR

6% 1%

26

Tabela 6.2Predisposição para suportar aumento do preço por classesocioeconómica e idade

Sim

Não

NS/

NR

Total

Classe A

Classe B

Classe C1

Classe C2

Classe D

18 a 25 anos

26 a 30 anos

31 a 40 anos

41 a 50 anos

51 a 60 anos

Mais de 60 anos

Base: 2001 Indivíduos

53% 41% 6%

79% 20% 1%

74% 21% 6%

54% 40% 6%

46% 47% 6%

33% 60% 7%

67% 29% 4%

59% 36% 5%

60% 35% 5%

52% 40% 8%

49% 46% 5%

33% 59% 8%

Tabela 6.3Incremento do preço predisposto a suportar por região

1 a

5%

Total

Litoral Norte

Interior Norte

Grande Porto

Litoral Centro

Interior Centro

Grande Lisboa

Alentejo

Algarve

Madeira

Açores

Base: 1070 Indivíduos dispostos a suportar aumento do preço por apostaem energias renováveis

54% 29% 10% 6% 0%

78% 13% 4% 1% 4%

61% 20% 13% 6% 0%

45% 33% 12% 10% 0%

67% 25% 5% 3% 0%

51% 23% 18% 8% 0%

47% 33% 13% 7% 0%

37% 53% 10% 0% 0%

33% 43% 17% 7% 0%

64% 21% 2% 13% 0%

74% 17% 7% 2% 0%

6 a

10%

11 a

20%

Mai

s d

e 21

%

NS/

NR

Cliente empresarialA maioria das empresas inquiridas identifica a gasolina/ gasóleo comoa forma de energia mais poluente (referido por 54% do total daamostra e pela quase totalidade como uma das 4 mais poluentes). Asegunda forma de energia mais poluente para as empresas inquiridasé o carvão (referido por 38% dos inquiridos como a mais poluente epor 92% como uma das 4 formas de energia mais poluentes).

Cerca de 1/3 das empresas inquiridas expressa que estaria disposta apagar mais pela energia consumida, de forma a aumentar a apostaem energias renováveis, sendo aceites aumentos de preço da energiainferiores a 10% (referido por cerca de 90% das empresas inquiridas),embora a maioria (52%) estaria disposta a pagar um acréscimo, deaté mais 5%, face ao preço actual da energia eléctrica. No entanto,verificam-se comportamentos diferenciados por sectores, dado que amaioria das empresas industriais (57%) não estaria disposta a suportaro aumento do preço inerente à maior aposta em energias renováveis,enquanto que no sector de comércio & serviços nessa situaçãoencontram-se 47% das empresas respectivas.

A maioria das empresas inquiridas (60,6%) tem conhecimento docompromisso assumido por Portugal, com vista à redução de emissõespoluentes. Especificamente no sector industrial, 36,6% das empresas

Secção II - Energia, ambiente e desenvolvimento sustentável

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27

inquiridas, que referiram ter conhecimento de algum compromisso,identificaram o protocolo de Quioto como aquele assumido porPortugal.

Cerca de 75% das empresas não se encontra a desenvolver quaisqueriniciativas específicas no âmbito do desenvolvimento sustentável. Das79 empresas que se encontram a desenvolver iniciativas neste âmbito,as principais são o “Tratamento de resíduos”, a “Separação dos lixospara reciclar” e o “Tratamento de águas”.

Neste enquadramento, o principal objectivo expresso pelas empresas,relativamente às iniciativas actualmente em curso, relaciona-se coma “Redução da poluição”.

As empresas, que não concretizam iniciativas enquadráveis no âmbitodo desenvolvimento sustentável, indicam a “Falta de informação”como principal motivo subjacente a esse facto (referido por 31% dasempresas inquiridas respectivas).

Adicionalmente, cerca de 30% das empresas não tenciona desenvolveracções nesse sentido. No entanto, 17% das empresas inquiridaspretendem obter informações sobre o tema e 14% pretende optimizaras iniciativas em desenvolvimento.

Relativamente às medidas que deveriam ser implementadas, no âmbitodo desenvolvimento sustentável, os inquiridos referem como prioritáriasa divulgação e a sensibilização para a poupança, a promoção das energiasrenováveis e os apoios na substituição de equipamentos poluentes.

Gráfico 6.5Formas de energias consideradas mais poluentespelos consumidores empresariais

Lenha

Carvão

Petróleo/ Gasolina

1ª 2ª 3ª 4ª Não refere

Base: 398 Empresas

54

38 35 11

18 28 42

43

46

2

5

GPL automóvel

Gás natural

Gás em garrafa

2

5 17 30

11 16

8210

23 20

2 1

8 8

4 18 32

2

8

25

Gráfico 6.6Predisposição para suportar aumento do preçodecorrente de aposta em energias renováveis

Sim

Não

NS/ NR

34%

50%

Base: 398 Empresas

Incremento do preçodisposto a suportar

16%

52%38%

Até 5%5 a 10%Mais de 20%NS/ NR

8% 2%

Gráfico 6.7Predisposição para suportar aumento do preço decorrentede aposta em energias renováveis (comércio & serviços)

Sim Não NS/ NR

47%

15%

38%

Base: 284 Empresas

Secção II - Energia, ambiente e desenvolvimento sustentável

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28

Gráfico 6.8Predisposição para suportar aumento do preço decorrentede aposta em energias renováveis (indústria)

Sim Não NS/ NR

57%

18%

25%

Base: 114 Empresas

Gráfico 6.9Conhecimento de compromisso de reduçãode emissões poluentes

31,7%60,6%

Base: 398 Empresas

7,8%

Gráfico 6.10Identificação de compromissos de reduçãode emissões poluentes (indústria)

Protocolo de Quioto Aposta nas energias renováveis

Outras NS/ NR

42,7%36,6%

12,2%8,5%

Base: Empresas que tiveram conhecimento de algum compromisso assumidopor Portugal no âmbito da redução de emissões poluentes (82)

Sim Não NS/ NR

Gráfico 6.11Desenvolvimento de iniciativas relacionadas comdesenvolvimento sustentável

75%

Base: 398 Empresas

5%

20%

Sim Não NS/ NR

Secção II - Energia, ambiente e desenvolvimento sustentável

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29

Gráfico 6.12Iniciativas desenvolvidas no âmbito do desenvolvimento sustentável

Colocação de filtros/ sistemasde despoiramento

Adquirir equipamentosmenos poluentes

Vender resíduos a preçomais baixo

Tratamento de águas atravésde uma mini-ETAR

Separação do lixopara reciclar

9%

9%

9%

13%

14%

32%

37%

Compra de carros menospoluentes/ reduzir

consumo de combustível4%

Tratamento de resíduosem áreas certificadas

Economizar o consumoenergético

4%Apostar na energiaeólica/ solar

Base: Empresas que se encontram a desenvolver iniciativas no âmbitodo “Desenvolvimento Sustentável” (79)

Gráfico 6.13Objectivos pretendidos com as iniciativas desenvolvidas no âmbitodo desenvolvimento sustentável

Baixar os custos/Aumentar lucro

Reciclagem

9%

29%

70%Redução da poluição/ Não

poluir o ambiente

Diminuir o consumode energia

Base: Empresas que se encontram a desenvolver iniciativas no âmbitodo “Desenvolvimento Sustentável” (79)

16%

NS/ NR 4%

Diminuir o consumo da água 3%

Secção II - Energia, ambiente e desenvolvimento sustentável

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Gráfico 6.14Motivos para não desenvolver iniciativas no âmbitodo desenvolvimento sustentável

A empresa não temdimensão suficiente

Não existem apoios nestesentido

Não existe obrigatoriedadenesse sentido

Gostaria de realizariniciativas mas não tem

margem para tal

Não rentável desenvolveriniciativas

7%

8%

31%

Aumenta os custos 6%

Falta de informação

Não é necessário nesta área

6%Actividade pouco poluente

Base: Empresas que não estão a desenvolver iniciativas no âmbitodo “Desenvolvimento Sustentável” (319)

16%NS/ NR

9%

9%

8%

7%

16%

Gráfico 6.15Actuação futura no âmbito do desenvolvimento sustentável

NS/ NR

Estar atento à evolução dosector

Optimizar as iniciativasexistentes

Pesquisar informação relativaa possíveis acções a tomar

20%

4%

7%

14%

17%

30%Não desenvolver qualquer

acção nesse sentido

Começar a implementarmedidas a curto/ médio

prazo

Base: 398 Empresas

Gráfico 6.16Principais medidas a implementar no âmbitodo desenvolvimento sustentável

Promover as energiasrenováveis

Apoiar a mudança deequipamentos poluentes

Divulgar informação parasensibilizar poupança

1ª 2ª 3ª Não refere

Base: 398 Empresas

3

10

Aumentar as penalizaçõesface ao incumprimento de

normas

Estimular a eficiênciaenergética

Definir níveis máximosde emissões por indústria

42

18

21

7

5

13 13 32

24 22 36

14 25 40

18 14 61

12 8 75

11 76

3

7 7 83Implementar medidasde gestão de procura

de energias

30

Secção II - Energia, ambiente e desenvolvimento sustentável

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31

7. O sector da energiana perspectiva do consumidor doméstico

Origem e utilização da energiaAnalisando a percepção dos clientes domésticos inquiridos relativamenteà dependência energética portuguesa, verifica-se que 22% dos inquiridosconsidera que, das formas de energia utilizadas, Portugal importa maisde 3/4 da energia consumida, embora 31% do total de inquiridosconsidere que Portugal importa entre 51% e 75% da energia utilizada.Adicionalmente destaca-se o facto de 24% do total da amostraconsiderar que Portugal importa menos de metade da energia utilizada.No entanto, dever-se-á ter em consideração que 23% dos inquiridos“Não sabe” ou “Não responde” acerca da percentagem de energiaque Portugal adquire ao exterior.

Relativamente à origem, 38% dos inquiridos domésticos consideraque a principal origem da energia utilizada em Portugal são as barragens,seguida do petróleo (26%) e do gás (24%). Estas são consideradascomo as três principais fontes de energia em Portugal, pela largamaioria dos inquiridos (referidas por mais de 70% dos inquiridos noTop 3). Adicionalmente, 27% dos inquiridos menciona a energia eólica,14% o carvão e 12% a energia solar, no Top 3 das principais fontesde energia. As restantes formas de energia são mencionadasresidualmente pelos inquiridos, sendo que no total não são referidaspor mais do que 5% dos inquiridos.

De forma global destaca-se o facto de entre 20% a 30% dos inquiridosnão referirem as barragens, o gás e o petróleo no Top 3 das principaisfontes de energia em Portugal.

Ao nível das utilizações da energia, as consideradas mais importantespara o bem-estar do agregado familiar são a utilização na“Alimentação”, “Higiene pessoal” e “Iluminação e aquecimento”,referidas no Top 3 de utilização, por mais de 45% dos inquiridos.

Considerando a perspectiva de facilidade de utilização, as energiasreferidas como mais fáceis de utilizar são a electricidade (consideradapor 83% dos inquiridos) e o gás natural (45%), destacando-se estasformas das restantes, dado a terceira forma de energia referida, gás emgarrafa, ser mencionada por 21% dos inquiridos. A lenha é consideradaa forma de energia com menor facilidade de utilização, de acordo comos inquiridos.

Gráfico 7.1Percepção da % de energia adquirida ao estrangeiro

0% 1% a 25% 26% a 50% 51% a 75%

76% a 100% NS/ NR

22%

5%

23%

2%

17%

31%

Base: 2001 Indivíduos

Secção II - O sector da energia na perspectiva do consumidor doméstico

No que respeita à segurança na utilização, a grande maioria cita aelectricidade como a mais segura (76%). Como segunda fonte maissegura, encontra-se a energia solar referida por 46% dos inquiridos,destacando-se de seguida o gás natural (referida por 27% dos inquiridos).As restantes formas de energia são referidas por menos de 10% dosinquiridos, sendo o gás em garrafa considerado pelos inquiridos comoa forma de energia menos segura.

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Gráfico 7.2Percepção das fontes de energia mais utilizadas (%)

Eólica

Gás

Barragens

Mais usada 2ª mais usada 3ª mais usada Não refere

Base: 2001 Indivíduos

Carvão

Marés

Solar

Biomassa

1 2

38

24

98

26

5

85

4

94

97

98

22 20 20

29 23 24

25 19 30

12 10 73

85

22

1 2

1 1

1 1

2

6 88

3

Geotérmica

Nuclear

Petróleo

32

Gráfico 7.3Utilizações de energia consideradas mais importantes (%)

Aquecimento

Higiene Pessoal

Alimentação

1ª mais importante 2ª mais importante 3ª mais importante

Não refere

Base: 2001 Indivíduos

Tarefas domésticas

Refrigeração

25

26

15

19

77

6

32 17 26

26 16 32

9 22 54

10 11 60

74

22

8 84

Iluminação

12

Gráfico 7.4Formas de energia consideradas mais facilmente utilizáveis

Painéis solares

Gás propano canalizado

Lenha

Gás de garrafa (botija)

Gás natural

6%

8%

14%

17%

21%

83%Electricidade

Gasolina/ Gasóleo

Base: 2001 Indivíduos

45%

Secção II - O sector da energia na perspectiva do consumidor doméstico

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33

Gráfico 7.5Formas de energia consideradas mais seguras

Gás propano canalizado

Gás natural

8%

9%

9%

27%

76%Electricidade

Base: 2001 Indivíduos

46%Painéis solares

Gás de garrafa (botija)

Lenha Gráfico 7.6Tipo de centrais a apostar para reforçar capacidadede produção de energia eléctrica

Centrais nucleares

Centrais hidroeléctricas

Centrais com painéis solares

12%

22%

47%

55%

71%Centrais eólicas

Centrais a gás natural

Base: 2001 Indivíduos

Perspectivas de evolução da energia eléctricaOs inquiridos consideram maioritariamente que Portugal, para reforçara capacidade de produção de energia eléctrica, deve apostar emenergias renováveis. Esta situação verifica-se pelo facto de 71% dosinquiridos referirem as centrais eólicas, 55% as centrais de painéissolares e 47% as centrais hidroeléctricas, como a opção para reforçara capacidade de produção de energia eléctrica. Adicionalmentedestaca-se o facto de 22% dos inquiridos apostarem nas centrais degás natural e 12% em centrais nucleares.

Analisando as respostas dos inquiridos relativamente à aposta parareforçar a capacidade de produção de energia eléctrica, por região,as principais discrepâncias, face à média nacional, por tipo de central,são as seguintes:• Eólicas – significativamente menor aposta na Madeira, sendo o

Algarve a região onde existem mais inquiridos a referir o reforço dascentrais produtoras eólicas;

• Painéis solares – preferência inferior na região Norte (Litoral eInterior) e superior no Algarve e no Alentejo;

• Hidroeléctricas – semelhante aos painéis solares, com menor apostano Norte e maior no Sul;

• Gás Natural – menor aposta na região Norte (Litoral e Interior),sendo a Madeira a região com mais referências para reforço dascentrais a gás natural;

• Nucleares – aposta ligeiramente superior na Grande Lisboa e apostareduzida na região Norte (Litoral e Interior);

• Carvão – maior aposta por parte dos inquiridos na região do InteriorNorte.

A nível global, constata-se menor aposta em centrais de energia

renovável na região Norte (principalmente no Interior).

Analisando os resultados da aposta para reforço da capacidade deprodução de energia eléctrica, por classe socioeconómica, destaca-seo facto de, nas classes mais baixas, ser menor a aposta em energiasrenováveis (eólica e painéis solares) e nuclear, e o facto das classesmais altas reforçarem, face à média, a aposta na energia nuclear e emalgumas energias renováveis

Secção II - O sector da energia na perspectiva do consumidor doméstico

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Tabela 7.2Tipo de centrais a apostar para reforçar a capacidade de produção deenergia eléctrica por classe socioeconómica

Total

Classe A

Classe B

Classe C1

Classe C2

Classe D

Base: 2001 Indivíduos

71% 55% 47% 22% 12% 1%

80% 65% 48% 15% 21% 1%

86% 65% 46% 14% 15% 1%

76% 55% 46% 23% 13% 1%

65% 56% 49% 27% 10% 1%

56% 44% 47% 26% 8% 3%

Cen

trai

s eó

licas

Cen

trai

s co

mp

ain

éis

sola

res

Cen

trai

sh

idro

eléc

tric

as

Cen

trai

sa

gás

nat

ura

l

Cen

trai

s n

ucl

eare

s

Cen

trai

s a

carv

ãoTabela 7.1Tipo de centrais a apostar para reforçar a capacidade de produção deenergia eléctrica por região

Total

Litoral Norte

Interior Norte

Grande Porto

Litoral Centro

Interior Centro

Grande Lisboa

Alentejo

Algarve

Madeira

Açores

Base: 2001 Indivíduos

71% 55% 47% 22% 12% 1%

63% 40% 39% 8% 4% 1%

61% 33% 33% 14% 5% 7%

66% 64% 52% 18% 14% 2%

75% 48% 43% 27% 13% 1%

65% 53% 50% 19% 9% 1%

81% 57% 46% 25% 16% 2%

74% 69% 53% 32% 10% 2%

88% 82% 57% 24% 14% 2%

42% 60% 48% 38% 10% 2%

60% 55% 56% 21% 7% 0%

Cen

trai

s eó

licas

Cen

trai

s co

mp

ain

éis

sola

res

Cen

trai

sh

idro

eléc

tric

as

Cen

trai

sa

gás

nat

ura

l

Cen

trai

s n

ucl

eare

s

Cen

trai

s a

carv

ão

34

Secção II - O sector da energia na perspectiva do consumidor doméstico

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8. Sector eléctrico

Cliente DomésticoA maioria dos inquiridos (68%) contratam com o seu fornecedor deenergia eléctrica a tarifa simples e 15.5% contrata a tarifa bi-horária.A tarifa tri-horária e a tarifa social têm reduzida expressão no universototal de inquiridos (em conjunto representam cerca de 3%). Destaca-se adicionalmente o facto de cerca de 13% dos inquiridos “Não sabe”ou “Não responde” relativamente à tarifa de energia eléctrica contratada.

Analisando a tarifa contratada por região, destaca-se o seguinte, faceà média nacional:• Tarifa simples: maior contratação na região Litoral Norte e nas

Regiões Autónomas da Madeira e Açores;• Tarifa bi-horária: maior contratação na região do Grande Porto e

no Interior Norte e a significativamente menor contratação destatarifa nas Regiões Autónomas;

• Tarifa social: é nas regiões do Interior Centro e dos Açores ondemais se contrata esta tarifa.

De acordo com os inquiridos que possuem contratada tarifa simples,as principais razões, subjacentes a essa opção, são o facto de nãoconsiderarem vantajoso a mudança de tarifa (indicado por cerca de40% dos inquiridos respectivos) e a falta de informação (cerca de37%). Destaca-se adicionalmente o facto de cerca de 15% dosindivíduos, que possuem tarifa simples contratada, referirem odesconhecimento da existência de tarifas diferentes da simples.

Analisando os dados relativamente à tarifa contratada e os gastosmensais do agregado familiar com energia eléctrica, verifica-se que amaioria dos indivíduos com tarifa bi-horária expressa consumos nointervalo ¤31 a ¤60. Este escalão é igualmente o mais referido no casoda tarifa simples (45% dos inquiridos), mas o escalão ¤15 a ¤30 assumemaior preponderância relativa, face à tarifa bi-horária, dado ser referidopor 41% dos inquiridos.

Destaca-se igualmente o facto de, no caso dos inquiridos teremcontratado tarifa tri-horária, a maior parte destes referem gastar entre¤15 a ¤30, enquanto que nas restantes tarifas, o escalão com maiornúmero de ocorrências é o de ¤31 a ¤60.

A esmagadora maioria dos inquiridos revela estar “Satisfeito” ou“Muito Satisfeito” com o seu actual fornecedor de electricidade, nasdimensões de “Segurança de Rede”, “Fiabilidade da Rede” e “Condiçõesde Pagamento”, sendo referidas sempre por mais de 85% dos inquiridosnas duas primeiras posições da escala utilizada, apurando-se médiasde 2.98, 2.96 e 2.88, respectivamente. Destaca-se adicionalmente ofacto da maioria dos inquiridos estar “Satisfeito” ou “Muito Satisfeito”com o “Serviço de Apoio ao Cliente”, com a “Precisão das Estimativasde Consumo” e com a “Informação Sobre Métodos de Poupança”,bem como com a “Preocupação Ambiental”, verificando-se referências,nas duas primeiras posições da escala utilizada, superiores a 50% dosinquiridos, com médias de 2.82, 2.56, 2.47 e 2.64, respectivamente.

Por contraposição verifica-se baixa satisfação ao nível das tarifaspraticadas, dado somente 24% do total da amostra se mostrar“Satisfeito” ou “Muito Satisfeito” com seu fornecedor actual deelectricidade, relativamente ao preço.

Gráfico 8.1Tarifa eléctrica contratada

Tarifa Simples Tarifa Bi-Horária Tarifa Tri-Horária

Tarifa Social NS/ NR

Base: 2001 Indivíduos

0,8%2,5%

15,5%

13,2%

68,0%

35

Secção III - Sector eléctrico

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36

Tabela 8.1Tarifa eléctrica contrada por região

Tari

fa S

imp

les

Total

Litoral Norte

Interior Norte

GrandePorto

Litoral Centro

Interior Centro

Grande Lisboa

Alentejo

Algarve

Madeira

Açores

Base: 2001 Indivíduos

68% 15% 1% 3% 13%

84% 12% 0% 2% 3%

72% 26% 0% 0% 2%

60% 32% 1% 3% 4%

61% 22% 1% 5% 10%

62% 13% 1% 1% 24%

68% 10% 1% 3% 18%

73% 10% 2% 2% 15%

61% 8% 0% 2% 29%

85% 4% 0% 4% 7%

78% 5% 1% 5% 11%

Tari

fa B

i-H

orá

ria

Tari

fa T

ri-H

orá

ria

Tari

fa S

oci

al

NS/

NR

Gráfico 8.2Motivo para não contratar tarifa eléctrica diferente da simples

Desconhecia outras tarifas

Falta de informação

5,7%

15,2%

37,1%

39,6%Não vê vantagem namudança

Implica custos

6,2%

2,6%

3,5%Falta de tempo/ comodismo

Já pediu/ vai pedir mudança

Outras/ Não sabe

Base: Nº de inquiridos que possuem contratada tarifa simples (1360)

Gráfico 8.3Tarifa eléctrica contratada vs. gastos mensais (%)

Tarifa Tri-Horária

Tarifa Bi-Horária

Tarifa Simples 41 45

21 53

8 5

21 4

44 31 25

Menos de 15¤ Entre 15 e 30¤ Entre 31 e 60 ¤ Mais de 60¤

NS/ NR

2

1

Gráfico 8.4Satisfação com o fornecedor de electricidade

Condições de pagamento

Fiabilidade da rede

72%

85%

89%

91%Segurança da rede

Serviço de apoio ao cliente

(1) 1 - Nada Satisfeito; 2 - Pouco Satisfeito; 3 - Satisfeito; 4 - Muito Satisfeito (ver“Metodologia e Abordagem”).Apresentada percentagem de inquiridos com respostas nas duas primeiras posiçõesda escala apresentada (3 e 4).

24%

52%

55%

62%Precisão das estimativas

de consumo

Informação relativa amétodos de poupança de

energia

Preocupação ambiental

Preço da electricidade

Média (1)

2,98

2,96

2,88

2,82

2,56

2,47

2,64

1,89

Base: 2001 Indivíduos

Secção III - Sector eléctrico

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37

Cliente empresarialO principal fornecedor de energia eléctrica, das empresas inquiridas,é a EDP (90% dos inquiridos). No entanto, no sector de comércio &serviços, a EDP assegura o fornecimento a 95% das empresas inquiridas,enquanto que na indústria fornece 77%. Neste último sector,destaca-se adicionalmente o facto da EDP Corporate fornecer 8% dosinquiridos e as empresas Sodesa, Endesa e Iberdrola fornecerem, cadauma, 3% das empresas inquiridas do sector industrial.

A maioria das empresas inquiridas expressa estar “Muito Satisfeito”ou “Satisfeito” com o seu actual fornecedor de electricidade, ao nívelda “Segurança da Rede”, das “Condições de Pagamento”, da“Fiabilidade da Rede” e com o “Serviço de Apoio ao Cliente”,representando, numa escala de 1 - Nada satisfeito a 4 - Muito satisfeito,médias de 2.95, 2.88, 2.81 e 2.74, respectivamente, sendo referidasessas dimensões na duas primeiras posições da escala por mais de70% das empresas inquiridas.

Por outro lado, a maioria dos inquiridos expressa estar “Nada Satisfeito”ou “Pouco Satisfeito” com o “Preço da Electricidade”, com a“Informação Prestada Relativamente a Métodos de Poupança deEnergia” e com a “Preocupação Ambiental”, representando, médiasde 1.95, 2.12 e 2.31, respectivamente, sendo referidas essas dimensões,nas duas primeiras posições da escala, por menos de 35% das empresasinquiridas.

Analisando o grau de satisfação das empresas inquiridas por sector,a diferença mais significativa verifica-se ao nível da “PreocupaçãoAmbiental” e da “Precisão das Estimativas”, onde as empresas dosector industrial expressam maior grau de satisfação, com o seufornecedor de energia eléctrica, que as suas congéneres do sector decomércio & serviços.

Analisando o grau de satisfação das empresas inquiridas, relativamenteao seu fornecedor de energia eléctrica, para cada uma das dimensõesde análise, por região, face à média global, destacam-se as seguintesdivergências regionais:• Centro – é expresso um menor nível de satisfação relativamente à

“Fiabilidade da rede” (2.66) e verifica-se um maior grau de satisfaçãorelativamente ao “Preço da electricidade” (2.11);

• Algarve – é expresso um menor grau de satisfação relativamenteà “Segurança da rede” (2.76) e à “Fiabilidade da rede” (2.60),verificando-se um maior grau de satisfação nas dimensões“Informação relativa a métodos de poupança de energia” (2.35)e “Preço da electricidade” (2.10).

Gráfico 8.5Fornecedor de energia eléctrica (%)

Indústria (114)

Comércio & Serviços (284) 3%

Total (398) 90 8

95 4

77 18 5

EDP Outros NS/ NR

Base: 398 Empresas

2

1

Gráfico 8.6Fornecedor de energia eléctrica (indústria)

EDP ENDESA SODESA

UNION FENOSA IBERDROLA EDP Corporate

NS/ NR

Base: 114 Empresas

2%3%

4%

77,0%

8%

3%

3%

Secção III - Sector eléctrico

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38

Tabela 8.2Satisfação com o fornecedor de energia eléctrica por sector

Segurança da rede

Condições/ modalidades de pagamento

Fiabilidade da rede

Serviço de apoio ao cliente

Precisão das estimativas de consumo

Preocupação ambiental

Informação relativa a métodosde poupança de energia

Preço da electricidade

Base: 398 Empresas

2,95 2,93 3,01

2,88 2,86 2,93

2,81 2,84 2,74

2,74 2,72 2,79

2,53 2,47 2,71

2,31 2,26 2,84

2,12 2,14 2,06

1,95 1,94 1,95

Tota

l

Com

érci

o &

serv

iços

Ind

úst

ria

Tabela 8.3Satisfação com o fornecedor de energia eléctrica por região

Segurança da rede

Condições/ modalidades de pagamento

Fiabilidade da rede

Serviço de apoio ao cliente

Precisão das estimativas de consumo

Preocupação ambiental

Informação relativa a métodosde poupança de energia

Preço da electricidade

Base: 398 Empresas no total

2,95 3,02 2,91 2,95 2,90 2,76

2,88 2,86 2,88 2,89 2,90 2,89

2,81 2,86 2,66 2,87 2,81 2,60

2,74 2,82 2,62 2,75 2,66 2,72

2,53 2,50 2,62 2,50 2,61 2,63

2,31 2,34 2,40 2,22 2,46 2,21

2,12 2,00 2,09 2,17 2,21 2,35

1,95 1,90 2,11 1,87 2,06 2,10

Tota

l

No

rte

Cen

tro

Lisb

oa

e V

ale

do

Tej

o

Ale

nte

jo

Alg

arve

Gráfico 8.7Satisfação com o fornecedor de energia eléctrica

Fiabilidade da rede

70%

79%

82%

87%Segurança da rede

Serviço de apoio ao cliente

(1) 1 - Nada Satisfeito; 2 - Pouco Satisfeito; 3 - Satisfeito; 4 - Muito Satisfeito (ver“Metodologia e Abordagem”).Apresentada percentagem de inquiridos com respostas nas duas primeiras posiçõesda escala apresentada (3 e 4).

23%

31%

33%

55%Precisão das estimativas

de consumo

Preço da electricidade

Média (1)

2,95

2,88

2,81

2,74

2,53

2,31

2,12

1,95

Base: 398 Empresas

Condições/ modalidades depagamento

Preocupação ambiental

Informação relativa amétodos de poupança de

energia

Secção III - Sector eléctrico

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39

Cliente domésticoDo total de inquiridos, 4% refere não utilizar gás no lar. Analisandoo tipo de gás utilizado pelos consumidores domésticos da totalidadeda amostra, verifica-se que, a percentagem de indivíduos que utilizagás engarrafado e gás natural é relativamente semelhante (42,4% e41,5%, respectivamente), sendo que 15% dos lares utilizam gáspropano canalizado. Destaca-se adicionalmente o facto de 51 dosinquiridos utilizarem mais que uma forma de gás na sua habitação.

Do total de inquiridos, que referem não utilizar gás natural em casa(1.171 indivíduos), constata-se que 62.6% não dispõe de rede deabastecimento de gás natural na sua área de residência. Desses, 63.3%referem que instalariam gás natural, caso existisse rede de abastecimento.

Dos inquiridos que dispõem de rede de abastecimento de gás natural,na sua área de residência, mas que não o utilizam (438 indivíduos),as principais razões apontadas para essa opção residem no facto deexpressarem que “Os moradores do prédio não concordam” (referidopor 17% dos inquiridos respectivos), bem como no facto de “Os custosde instalação (serem) muito elevados” (17%), de considerarem os“Preços de consumo pouco atractivos” (14%) e de terem “Dúvidasrelativamente à segurança” (14%). Adicionalmente destaca-se o factode 12% referir, como razão, a “Falta de informação”.

Analisando o tipo de gás utilizado, face aos gastos mensais com estetipo de energia, verifica-se que independentemente da origem defornecimento de gás, a maioria dos inquiridos gasta mensalmenteentre ¤15 e ¤30.

A maioria dos inquiridos, que possuem instalações de gás natural,expressa estar “Satisfeita” ou “Muito Satisfeita” com o seu fornecedorde gás natural, em todas as dimensões de análise, verificando níveisde satisfação mais elevados nas dimensões “Fiabilidade da Rede”,“Segurança no Abastecimento”, “Serviço de Instalação”, “Serviço deApoio ao Cliente” e “Informação Disponibilizada”, sendo referidasnuma das duas primeiras posições da escala (“Satisfeito” e ”MuitoSatisfeito”) sempre por mais de 75% do universo restrito respectivo.Denota-se menor satisfação (apesar das referências nas duas primeirasposições da escala superior a 50% do universo respectivo de inquiridos),ao nível da “Preocupação Ambiental” e, em particular, do “Preço doGás Natural” (é a única dimensão que, em termos médios, apresentavalores abaixo de 2.50 (numa escala de 1 – Nada satisfeito a 4 – Muitosatisfeito).

Comparando os diferentes tipos de fornecimento de gás, ao nível dasdimensões “Preço”, “Transporte”, “Instalação”, “Segurança” e“Disponibilidade”, verifica-se que globalmente o gás naturaldestaca-se dos restantes tipos de fornecimento de gás, sendo eleitocomo o melhor por mais de metade dos inquiridos, em todas asvertentes de análise, excepto relativamente à dimensão “Preço” (referidocomo o melhor dos 3 tipos de fornecimento por 45% do universototal da amostra).

Realizando análise semelhante, mas restringindo a resposta aos inquiridosque utilizam gás natural, verifica-se que este assume-se como o melhortipo de fornecimento de gás para mais que 3/4 dos inquiridos respectivos(percentagens superiores a 80%), com excepção do “Preço”, emboraseja referido como o melhor tipo de fornecimento de gás, face aosrestantes, por 74%.

Por outro lado, restringindo as respostas aos inquiridos que não utilizamgás natural, verifica-se uma distribuição mais equitativa pelos 3 tiposde fornecimento de gás, assumindo o gás engarrafado a posição demelhor tipo de fornecimento de gás, pela maioria relativa destesinquiridos, nas dimensões “Preço”, “Instalação” e “Disponibilidade”;enquanto que o gás natural é assumido como o melhor tipo de gásnas dimensões “Transporte” e “Segurança”.

9. Sector do gás

Gráfico 9.1Tipo de fornecimento de gás utilizado no lar

Gás propano canalizado

4,1%

14,5%

41,5%

42,4%Gás engarrafado (botija)

Não usa gás

Base: 2001 Indivíduos

Gás natural

Secção III - Sector do gás

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Gráfico 9.2Existência de rede de gás natural na área de residênciae predisposição para instalar

Sim

Não

62,6%

37,4%

Base: Indivíduos que não utilizam gás natural (1171)

36,7%

Instalaria gás naturalse existisse rede?

63,3%

Sim

Não

Gráfico 9.3Razões para não possuir contrato com operador degás natural, dispondo de rede de abastecimento na área de residência

Base: Indivíduos que não utilizam gás natural, mas que dispõem de rede de abastecimentona área de residência (438)

Os preços de consumo sãopouco atractivos

13,5%

13,9%

16,7%

17,1%Os moradores do prédio nãoconcordam

Dúvidas relativas à segurançadas instalações

6,4%

6,8%

8,9%

12,3%Falta de informação

Problemas no processode instalação

Os custos de instalação sãomuito elevados

Não quer/ não precisa

O prédio não podeter gás natural

Gráfico 9.4Tipo de gás utilizado vs. gastos mensais (%)

Gás engarrafado (botija)

Gás propano canalizado

Gás natural

Base: 2001 Indivíduos

8

Menos de 15¤ Entre 15 e 30¤ Entre 31 e 60 ¤ Mais de 60¤

NS/ NR

56

16 29

23

4284911

8 627

3

50

Gráfico 9.5Satisfação com o fornecedor de gás natural

Serviço de instalação

77,1%

86,3%

92,3%

96,3%Fiabilidade da rede

Informação disponibilizada

54,9%

67,2%

76,3%Serviço de apoio ao cliente

Segurança no abastecimento

Preocupação ambiental

Preço do gás natural

(1) 1 - Nada Satisfeito; 2 - Pouco Satisfeito; 3 - Satisfeito; 4 - Muito Satisfeito(ver “Metodologia e Abordagem”).Apresentada percentagem de inquiridos com respostas nas duas primeiras posiçõesda escala apresentada (3 e 4).

Base: Indivíduos que utilizam gás natural (830)

3,01

2,95

2,81

2,92

2,89

2,49

Média (1)

3,05

Secção III - Sector do gás

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Gráfico 9.6Tipo de gás que oferece melhores condições (%)

Instalação

Transporte

Preço 13 45 19

60 6

16 25

Gás engarrafado (botija) Gás propano canalizado

Gás natural NS/ NR

Base: 2001 Indivíduos

854188Segurança 18 10

8521723Disponibilidade

24 951

1915

23

Gráfico 9.7Tipo de gás que oferece melhores condiçõespor utilizadores de gás natural (%)

Instalação

Transporte

Preço 74 15

91

16 25

Base: Indivíduos que utilizam gás natural (830)

3

2

8858Segurança 7

5867Disponibilidade

9 584

4

8

3

2

2

5

3

Gráfico 9.8Tipo de gás que oferece melhores condiçõespor não utilizadores de gás natural (%)

Instalação

Transporte

Preço 24 21

39

26

Base: Indivíduos que não utilizam gás natural (1171)

8338Segurança 12

102834Disponibilidade

34 1227

23

34

27

21

830

29

28

Cliente empresarial

Gás NaturalDo universo total de empresas inquiridas, 22% utilizam gás natural.No entanto, verifica-se que essa percentagem é superior no sectorindustrial (28% das empresas inquiridas do sector), face ao comércio& serviços (20%).

Analisando os valores por região verifica-se que, face à média nacional,existe maior utilização de gás natural na região de Lisboa e Vale doTejo (referido por 30% das empresas da região), menor utilização noAlentejo (16%) e significativamente menor no Algarve (5%).

A análise dos dados deverá considerar que 61% das empresas inquiridas,que não utilizam gás natural, referirem não existir rede de abastecimentode gás natural disponível. Caso se observe particularmente a indústria,verifica-se que 78% das empresas do sector que não utilizam gásnatural, referem não existir rede de abastecimento disponível.

Gás engarrafado (botija) Gás propano canalizado

Gás natural NS/ NR

Gás engarrafado (botija) Gás propano canalizado

Gás natural NS/ NR

Secção III - Sector do gás

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No entanto, 48% das empresas inquiridas, que não dispõem de redede abastecimento de gás natural na sua zona, não se revelam disponíveispara proceder à instalação de gás natural caso existisse, sendo menora abertura nas empresas de comércio & serviços (52% de respostasnegativas), face às empresas industriais (40%).

Analisando a predisposição para proceder à instalação de gás natural,por região, face à média nacional, aquelas onde as empresas mostrammenor abertura à instalação de gás natural (caso existisse rede deabastecimento disponível), são o Centro (com 63% dos inquiridos douniverso respectivo a responder negativamente) e o Algarve (58%).

As empresas que, dispondo de rede de abastecimento de gás naturalna sua zona, optam por não instalar gás natural (194 empresas),referem o facto de ser uma “Forma de energia não utilizada” (62%)como a principal razão subjacente a essa opção.

A esmagadora maioria das empresas que possuem instalações de gásnatural expressa estar “Satisfeita” ou “Muito Satisfeita” com o seufornecedor de gás natural, ao nível da “Fiabilidade da Rede”,“Estabilidade no Abastecimento” e “Segurança no Abastecimento”,representando (numa escala de 1 - Nada satisfeito a 4 - Muito satisfeito)médias de 3.11, 3.05 e 2.99, respectivamente, e sendo referidas, nasduas primeiras posições da escala, por mais de 90% das empresasinquiridas da amostra total e de cada um dos sectores.

Relativamente às “Condições de Pagamento”, ao “Serviço de Apoio aoCliente”, à “Informação Disponibilizada” e à “Preocupação Ambiental”,a maioria dos inquiridos mostra-se “Satisfeita” ou “Muito Satisfeita”,com médias entre 2.66 e 2.83 (numa escala de 1 – Nada Satisfeito a 4– Muito Satisfeito) sendo referidas sempre por mais de 50% das empresasinquiridas, nas duas primeiras posições da escala.Com base na amostra recolhida, a maioria das empresas expressa estar“Nada Satisfeito” ou “Pouco Satisfeito” com o “Preço” do gás natural,que na escala considerada representa uma média de 2.02, sendo referidonas duas primeiras posições da escala, por 31% das empresas inquiridas.

Destacam-se adicionalmente divergências entre sectores, dado o sectorindustrial expressar níveis de satisfação superiores, face ao sector decomércio & serviços, nas dimensões de “Serviço de Apoio ao Cliente”,“Preocupação Ambiental” e “Informação disponibilizada”. Por outrolado, o sector industrial mostra-se mais insatisfeito com a dimensão“Preço”, comparativamente ao sector comércio & serviços.

Analisando os resultados por região, face à média global de satisfaçãocom o fornecedor de gás natural, destaca-se o seguinte:• Norte – é expresso maior grau de satisfação relativamente à

“Preocupação Ambiental”; por outro lado as empresas inquiridasda região referem menor grau de satisfação relativamente ao “Preço”;

• Centro – é expresso maior grau de satisfação relativamente ao“Preço” e “Informação disponibilizada”, face às restantes regiões;

• Lisboa e Vale do Tejo – expresso menor grau de satisfaçãorelativamente ao “Serviço de apoio ao cliente”;

• Alentejo – é expresso maior grau de satisfação relativamente à“Fiabilidade”, à “Estabilidade no Abastecimento” e às “Condições/Modalidades de Pagamento”, sendo por outro lado a região ondeas empresas inquiridas expressam menor grau de satisfaçãorelativamente à “Informação Disponibilizada” (2.40) e à “PreocupaçãoAmbiental” do fornecedor (2.50).

Gráfico 9.9Utilização de gás natural por sector (%)

Indústria (114)

Comércio & Serviços (284)

Total (398)

Base: 398 Empresas

78

Sim Não

72

22

20 80

28

Gráfico 9.10Utilização de gás natural por região (%)

Centro (68)

Norte (125)

Total (398) 78

81

19

Base: 398 Empresas

70LVT (152)

84Alentejo (32)

81

22

19

30

16

955Algarve (21)

Sim Não

Secção III - Sector do gás

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43

Gráfico 9.11Existência de rede de abastecimento de gás natural,caso não utilize, por sector (%)

Indústria (82)

Comércio & Serviços (228)

Total (310)

Base: Empresas que não utilizam gás natural (310)

61

78

27

34 55

10

12

11

12

Gráfico 9.12Instalação de gás natural, caso existisse redede abastecimento, por sector (%)

Indústria (74)

Comércio & Serviços (151)

Total (225)

Base: Empresas que não dispõem de rede de abastecimento de gás natural (225)

48

40

31

29 52

34

21

19

26

Gráfico 9.13Instalação de gás natural, caso existisserede de abastecimento, por região (%)

Centro (41)

Norte (79)

Total (225) 31 48 21

23

20 63 17

Sim Não NS/ NR

Base: Empresas que não dispõem de rede de abastecimento de gás natural (225)

30 49 21

36 28

32 58 10

36

LVT (61)

Alentejo (25)

Algarve (19)

4235

Gráfico 9.14Motivos para não instalar gás natural, havendo rede de abastecimento

Os custos de instalaçãosão muito elevados

Não justifica mudar

4%

5%

9%

62%Forma de energia

não utilizada

Falta de informação

Base: Empresas que não utilizam nem pretendem instalar gás natural (194)

Sim Não NS/ NR

Sim Não NS/ NR

Secção III - Sector do gás

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Gráfico 9.15Satisfação com o fornecedor de gás natural

Segurança no abastecimento

Estabilidadeno abastecimento

75%

94%

97%

99%Fiabilidade

Condições/ modalidadesde pagamento

(1) 1 - Nada Satisfeito; 2 - Pouco Satisfeito; 3 - Satisfeito; 4 - Muito Satisfeito (ver“Metodologia e abordagem”).Apresentada percentagem de inquiridos com respostas nas duas primeiras posiçõesda escala apresentada (3 e 4).

31%

63%

66%

74%Serviço de apoio

ao cliente

Informaçãodisponibilizada

Preocupação ambiental

Preço

Média (1)

3,11

3,05

2,99

2,78

2,83

2,66

2,75

2,02

Base: Empresas que utilizam gás natural (88)

Gráfico 9.16Satisfação com o fornecedor de gás natural por sector

Fiabilidade

Indústria (32) Comércio & Serviços (56)

Apresentada percentagem de inquiridos com respostas nas duas primeiras posiçõesda escala apresentada (3 e 4).Base: Empresas que utilizam gás natural (88)

98%

100%

71%

81%

37,4%

100%

95%

37,4%

97%

93%

48%

88%

63%

94%

61%

75%

38%

19%

Segurança no abastecimento

Estabilidadeno abastecimento

Condições/ modalidadesde pagamento

Serviço de apoio ao cliente

Informaçãodisponibilizada

Preocupação ambiental

Preço

Tabela 9.1Satisfação com o fornecedor de gás natural por região

Tota

l

No

rte

Cen

tro

LVT

Ale

nte

jo

Alg

arve

3,11 3,04 3,15 3,11 3,40 3,00

3,05 3,00 3,08 3,04 3,20 3,00

2,99 3,00 3,00 2,98 3,00 3,00

2,78 2,87 2,85 2,68 3,00 3,00

2,83 2,96 3,00 2,66 3,00 -

2,66 2,71 2,77 2,64 2,40 2,00

2,75 2,95 2,83 2,61 2,50 3,00

2,02 1,79 2,23 2,09 2,00 -

Fiabilidade

Estabilidade noabastecimento

Segurança noabastecimento

Condições/ modalida-des de pagamento

Serviço de apoioao cliente

Informaçãodisponibilizada

Preocupaçãoambiental

Preço

Base: Empresas que utilizam gás natural

Secção III - Sector do gás

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Gás de Petróleo Liquefeito (GPL)Do número total de empresas inquiridas, 6% utilizam Gás de PetróleoLiquefeito (GPL). Analisando os valores por sector, verifica-se que oGPL é utilizado por 13% das empresas industriais, sendosubstancialmente inferior no sector de comércio & serviços (3%).

Das 22 empresas que utilizam GPL, 50% dispõem de rede abastecimentode gás natural na sua zona. Das empresas que consomem GPL e nãoexiste rede de abastecimento de gás natural disponível na sua àrea (asrestantes 11 empresas), 55% estaria disponível para mudar de tipo defornecimento de gás, caso existisse rede de abastecimento.

As principais razões para as empresas, apesar de disporem de rede deabastecimento de gás natural, optarem pela manutenção de GPL, emalternativa ao gás natural, residem em considerarem os custos deconversão dos equipamentos elevados e de utilizarem os dois tipos degás.

Globalmente, as empresas que utilizam GPL referem estar “Satisfeitas”ou “Muito Satisfeitas” com o seu actual fornecedor, sendo referidassempre por mais de 80% das empresas inquiridas consumidoras deGPL, nas duas primeiras posições da escala (”Satisfeito” e “Muitosatisfeito”), com excepção da dimensão “Preocupação ambiental”,que é referida nas duas primeiras posições por 68% das empresas daamostra respectiva.

A excepção, relativamente ao grau de satisfação com o actual fornecedorde GPL, verifica-se ao nível da dimensão “Preço”, onde somente 41%das empresas expressam estar “Satisfeitas” ou “Muito Satisfeitas”,correspondendo (numa escala de 1 - Nada satisfeito a 4 - Muitosatisfeito), a média de 2.18, no universo total das empresas inquiridasconsumidoras de GPL, sendo a média significativamente menor, faceàs restantes dimensões em análise.

Gráfico 9.17Utilização de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL)

Sim Não

94%

6%

Base: 398 Empresas

Gráfico 9.18Utilização de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL) por sector (%)

Indústria (114)

Comércio & Serviços (284) 98

87

Sim Não

Base: 398 Empresas

13

2

Gráfico 9.19Existência de rede de abastecimento de gás natural, caso utilizeGás de Petróleo Liquefeito (GPL)

Sim Não NS/ NR

45%

5%

Base: Empresas que utilizam GPL (22)

50%

Secção III - Sector do gás

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Gráfico 9.20Instalação de gás natural, caso existisse rede de abastecimento

Sim Não NS/ NR

45%

5%

Base: Empresas que utilizam GPL e não dispõem de rede de abastecimento de gásnatural na região (11)

50%

Gráfico 9.21Motivos para utilizar Gás de Petróleo Liquefeito (GPL) face ao gás natural

Não existe condiçõespara instalar

Custos de conversãode equipamento

9%

9%

27%

27%Usa os dois

Preços sãopouco atractivos

18%

9%

9%Questões relacionadascom a eficiência

Falta de informação

NS/ NR

Base: Empresas que utilizam GPL e dispõem de rede de abastecimento de gás naturalna região (11)

Gráfico 9.22Satisfação com o fornecedor de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL)

(1) 1 - Nada Satisfeito; 2 - Pouco Satisfeito; 3 - Satisfeito; 4 - Muito Satisfeito (ver“Metodologia e abordagem”).Apresentada percentagem de inquiridos com respostas nas duas primeiras posiçõesda escala apresentada (3 e 4).

Base: Empresas utilizam GPL (22)

Média (1)

3,09

3,05

3,05

3,00

2,82

2,94

2,18

86%

95%

95%

100%

41%

68%

82%

Estabilidade noabastecimento

Fiabilidade

Segurançano abastecimento

Serviço de apoioao cliente

Condições/ Modalidadesde pagamento

Preocupação ambiental

Preço

Secção III - Sector do gás

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Cliente domésticoDo total do universo de inquiridos, cerca de 81% consomem DerivadosLíquidos do Petróleo (DLP).

De acordo com os inquiridos que utilizam DLP, os factores maisimportantes na escolha do posto de abastecimento de combustívelsão a “Localização do Posto” (referido por 59% dos inquiridos no Top3 de factores mais importantes na escolha do combustível) e o “Preço”(56% no Top 3), com distribuições muito semelhantes ao nível dahierarquia de “Mais Importante”, “Segundo Mais Importante” e“Terceiro Mais Importante”.

Globalmente, o terceiro factor mais importante é o facto de “Ser (ounão) uma marca conhecida” (referido no Top 3 por 27% dos inquiridosrespectivos e por 12% como o factor mais importante). Os cartões defidelização (“Cartões de Desconto” e “Cartões de Pontos”) são referidosno Top 3 por 18% dos inquiridos utilizadores de DLP, como um factorimportante na selecção do posto de abastecimento de combustível.

Destaca-se adicionalmente o facto da esmagadora maioria dos inquiridosnão referir no Top 3 como um dos factores importantes na escolha doposto de abastecimento de combustível (não sendo referido por maisde 90% dos inquiridos), os factores: “Campanhas de Publicidade”,“Possuir Loja de Conveniência”, a “Nacionalidade da Marca”, a“Variedade de Combustíveis” e o “Prestígio da Marca”.

Relativamente aos cartões de fidelização, do conjunto de indivíduosque utilizam DLP, 61% possuem Cartão de Pontos, sendo que, paraa maioria dos inquiridos (68% do total da amostra respectiva), estefacto condiciona “Pouco” ou “Nada” a selecção da marca decombustível para abastecimento.

Relativamente à dimensão “Preço”, 49% dos inquiridos que consomemDLP comparam os preços previamente ao abastecimento, sendo quea comparação realizada condiciona “Muito ou “Totalmente” 60% dosconsumidores respectivos, na escolha da marca do posto de combustível.

A esmagadora maioria dos inquiridos expressa estar “Satisfeita” ou“Muito Satisfeita” com o seu actual fornecedor de DLP ao nível dasdimensões “Desempenho do Combustível”, “Nacionalidade”e “Nº de Postos Existentes”, sendo indicados nas duas primeiras

posições da escala (”Satisfeito” e “Muito satisfeito”) por mais de 90%dos inquiridos consumidores de DLP e apurando-se médias de satisfaçãopróximas de 3.00 (numa escala de 1 – Nada satisfeito a 4 – Muitosatisfeito).

Destaca-se igualmente a maioria significativa dos inquiridos que semostra “Satisfeito” ou “Muito satisfeito” com o seu actual fornecedorde DLP, ao nível da “Inovação”, “Atendimento e Orientação Para oCliente”, com referências, nas duas primeiras posições da escala, pormais de 80% dos inquiridos e médias entre 2.85 e 2.90 (considerandoa escala referida).

Por outro lado, relativamente à dimensão “Preço” verifica-se umamaioria significativa de inquiridos que se mostra “Nada Satisfeita” ou“Pouco Satisfeita” com o fornecedor de DLP, dado somente 18% dosinquiridos referir o “Preço” nas duas primeiras posições da escalarespectiva, destacando-se claramente das restantes dimensões, dadoser a única a apresentar média de satisfação inferior a 2.00.

10. Sector dos derivados líquidos do petróleo (DLP)

Gráfico 10.1Utilização de Derivados Líquidos de Petróleo (DLP)

Sim Não

81,1%

18,9%

Base: 2001 Indivíduos

Secção III - Sector dos derivados líquidos de petróleo (DLP)

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Gráfico 10.2Factores mais importantes na escolhado posto de fornecimento de combustível (%)

Ser uma marca conhecida

Preço

Localização do postode combustível

1º Factor 2º Factor 3º Factor Não refere

Base: Indivíduos que utilizam DLP (1622)

Cartão desconto

Cartão de pontos

Preocupação ambiental

30 19 41

Facilidade de pagamento

Serviços de manutençãoautomóvel e outros

Variedade doscombustíveis

Prestígio da marca

Nacionalidade da marca

Loja de conveniência

Campanhas depublicidade/ marketing

10

30 17 449

737812

8275 6

8275 6

8365 6

874 8

1

5 5

2

88

905 4

1

906

31

934

21

96

31

99

1

Gráfico 10.3Titularidade do cartão de pontos

Sim

Não

Não se aplica

60,5%

35,2%

Base: Indivíduos que utilizam DLP (1622)

32%

Influencia4,3%

8%

36%

Totalmente

Muito

Pouco

Nada

24%

Gráfico 10.4Comparação de preços previamente ao abastecimento de combustível

49,1%

46,6%

Base: Indivíduos que utilizam DLP

28%

Condicionaabastecimento4,3%

17%12%

43%

Sim

Não

Não se aplica

Totalmente

Muito

Pouco

Nada

48

Secção III - Sector dos derivados líquidos de petróleo (DLP)

Page 49: A perspectiva de quem a utiliza - apenergia.pt · 5 2. Conclusões gerais do estudo Secção I - Conclusões gerais do estudo Na última década, o sector da energia em Portugal deparou-se

Cliente empresarialDo número total de empresas inquiridas, 80% utiliza Derivados Líquidosdo Petróleo (DLP). Esta percentagem sobe para 95% quando seconsidera apenas o universo dos inquiridos do sector industrial.

Analisando a utilização de DLP por região das empresas inquiridas,verifica-se que, face à média nacional, existe maior utilização de DLPno Centro e Alentejo. A análise por regiões, mas para cada um dossectores (indústria e comércio & serviços), reforça as conclusões combase na amostra total de inquiridos, para as regiões Norte e Alentejo.

Adicionalmente destaca-se o facto de 39% das empresas de comércio& serviços de Lisboa e Vale do Tejo e 32% no Algarve não utilizaremDLP e a totalidade das empresas industriais do Centro, Alentejo eAlgarve utilizarem DLP.

O principal fornecedor de DLP das empresas inquiridas é a GALP (27%),seguida da BP (10%) e da Repsol (8%), sendo que 38% das empresasinquiridas não têm um fornecedor de DLP em concreto.

49

Gráfico 10.5Satisfação com a marca de abastecimento de combustíveis

(1) 1 - Nada Satisfeito; 2 - Pouco Satisfeito; 3 - Satisfeito; 4 - Muito Satisfeito (ver“Metodologia e abordagem).Apresentada percentagem de inquiridos com respostas nas duas primeiras posiçõesda escala apresentada (3 e 4).

Média (1)

3,02

2,96

2,99

2,90

2,93

2,85

2,68

Base: Indivíduos que utilizam DLP (1622)

87%

90%

91%

95%

70%

82%

86%

Número de postos existentes

Nacionalidade

Desempenhodo combustível

Inovação

Atendimento

Orientaçãopara o cliente

Preocupaçãoambiental

1,7118%Preço de venda

Analisando os resultados por sector, destaca-se o facto de, no sectorindustrial, a GALP ser o fornecedor de 32% das empresas inquiridase a BP ser o segundo com 14%, destacando-se da Repsol (6%). Nosector de comércio & serviços verifica-se que a segunda e terceiraentidade fornecedora apresentam quotas relativamente semelhantes,reduzindo a GALP a sua quota (24%).

Globalmente a maioria das empresas inquiridas refere estar “Satisfeita”ou ”Muito Satisfeita” relativamente ao actual fornecedor de DLP nasdiferentes dimensões de análise, com particular destaque para asdimensões “Garantia de Abastecimento”, “Segurança noAbastecimento”, “Qualidade do Serviço” e “Portfolio de produtos”.Estas dimensões são referidas por mais de 75% das empresas inquiridasnas duas primeiras posições da escala, representando (numa escala de1 - Nada satisfeito a 4 - Muito satisfeito) médias de 3.10, 2.93, 2.84e 2.89, respectivamente.

Pelo contrário, a maioria das empresas inquiridas refere estar “NadaSatisfeita” ou “Pouco Satisfeita” com o seu principal fornecedor deDLP, ao nível das dimensões “Preço” e “Preocupação Ambiental”, commédias de 1.88 e 2.52, destacando-se o facto de somente 25% dasempresas referirem a dimensão “Preço” nas duas primeiras posiçõesda escala (“Satisfeito” ou “Muito satisfeito”)..Analisando os níveis médios de satisfação com o actual fornecedor deDLP, por região, destacam-se as seguintes diferenças, face à médianacional:• Centro – expressa maior satisfação ao nível da “Garantia de

abastecimento”;• Lisboa – expresso menor grau de satisfação relativamente à dimensão

“Atendimento Personalizado”;• Alentejo – é expresso maior grau de satisfação ao nível do “Preço”;• Algarve – expresso menor grau de satisfação ao nível do “Portfolio

de produtos”, “Preço” e ao nível da “Preocupação Ambiental”,enquanto que é expressa maior satisfação relativamente à “Qualidadede Serviço”.

Analisando os 5 aspectos mais valorizados relativamente ao fornecedorde DLP, o principal é o “Preço praticado” (referido no Top 5 por 66%das empresas inquiridas e como o factor mais importante por 46%),embora a “Qualidade de Serviço” seja igualmente um aspectoimportante, sendo, no entanto, referido normalmente como o segundoaspecto mais valorizado (referido no Top 5 por 63% das empresasinquiridas e como segundo factor mais importante por 25%).

Destaca-se adicionalmente o facto de, no “Top 5” dos aspectos maisvalorizados, a maioria significativa das empresas inquiridas não referiremaspectos como “Portfolio de produtos”; “Nacionalidade do fornecedor”e “Leque de Serviços Oferecidos”.

Secção III - Sector dos derivados líquidos de petróleo (DLP)

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50

Gráfico 10.6Utilização de Derivados Líquidos de Petróleo (DLP) (%)

Indústria (114)

Comércio & Serviços (284)

Total (398) 80 20

26

95 5

Sim Não

Base: 398 Empresas

74

Gráfico 10.7Utilização de Derivados Líquidos de Petróleo (DLP) por região (%)

Centro (68)

Norte (125)

Total (398) 80 20

93 7

Sim Não

Base: 398 Empresas

1288

65 35

71 29

694

LVT (152)

Alentejo (32)

Algarve (21)

Gráfico 10.8Utilização de Derivados Líquidos de Petróleo (DLP)por região - Comércio & Serviços (%)

Centro (40)

Norte (69)

Total (284) 74 26

88 13

Sim Não

Base: 284 Empresas

1783

61 39

68 32

793

LVT (127)

Alentejo (29)

Algarve (19)

Gráfico 10.9Utilização de Derivados Líquidos de Petróleo (DLP)por região - Indústria (%)

Centro (28)

Norte (56)

Total (114) 95 5

100

Sim Não

Base: 114 Empresas

595

88 12

100

100

LVT (25)

Alentejo (3)

Algarve (2)

Secção III - Sector dos derivados líquidos de petróleo (DLP)

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51

Gráfico 10.10Fornecedor de Derivados Líquidos de Petróleo (DLP)

Galp BP

Repsol Outros

NS/ NR Vários/ Nenhum em concreto

11%

27%

6%

38%

10%

8%

Base: Empresas que utilizam DLP (317)

Gráfico 10.11Fornecedor de Derivados Líquidos de Petróleo (DLP)(Comércio & Serviços)

10%

24%

48%

9%

9%

Base: Empresas de comércio & serviços que utilizam DLP (209)

Gráfico 10.12Fornecedor de Derivados Líquidos de Petróleo (DLP)(Indústria)

13,9%

32,4%48%

13,9%

5,6%

Base: Empresas industriais que utilizam DLP (108)

Gráfico 10.13Satisfação com o actual fornecedor de DerivadosLíquidos de Petróleo (DLP)

(1) 1 - Nada Satisfeito; 2 - Pouco Satisfeito; 3 - Satisfeito; 4 - Muito Satisfeito (ver“Metodologia e abordagem”).Apresentada percentagem de inquiridos com respostas nas duas primeiras posiçõesda escala apresentada (3 e 4).

Média (1)

3,10

2,93

2,84

2,89

2,80

2,76

2,73

Base: Empresas que utilizam DLP (317)

76%

78%

84%

87%

67%

69%

70%

Qualidadedo serviço

Segurançano abastecimento

Garantiade abastecimento

Portfoliode produtos

Leque de serviços oferecido

Condições/ modalidadesde pagamento

Atendimentopersonalizado

2,8557%Capacidade de resposta asituações de emergência

2,5246%

1,8825%Preço praticado

Preocupaçãoambiental

Galp BP

Repsol Outros

NS/ NR Vários/ Nenhum em concreto

Galp BP

Repsol Outros

Vários/ Nenhum em concreto

Secção III - Sector dos derivados líquidos de petróleo (DLP)

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52

Tabela 10.1Satisfação com o fornecedor de Derivados Líquidos de Petróleo (DLP)por região

Tota

l

No

rte

Cen

tro

LVT

Ale

nte

jo

Alg

arve

Garantia deabastecimento

Segurança noabastecimento

Qualidadedo serviço

Porfoliode produtos

Leque de serviçosoferecido

Condições/ modalida-des de pagamento

Atendimentopersonalizado

Capacidade deresposta a situaçõesde emergência

Preocupaçãoambiental

Preçopraticado

3,10 3,04 3,61 2,94 2,96 3,00

2,93 2,95 2,93 2,92 2,96 2,79

2,84 2,85 2,89 2,75 2,96 3,00

2,89 2,98 2,81 2,88 2,88 2,60

2,80 2,83 2,75 2,79 2,80 2,73

2,76 2,78 2,80 2,72 2,74 2,79

2,73 2,84 2,72 2,55 2,88 2,86

2,85 2,92 2,77 2,75 3,00 3,00

2,52 2,56 2,60 2,47 2,50 2,27

1,88 1,92 2,00 1,75 2,11 1,67

Base: Empresas que utilizam DLP (317)

Gráfico 10.14Aspectos mais valorizados no fornecedorde Derivados Líquidos de Petróleo (DLP) (%)

Garantiade abastecimento

Qualidade do serviço

Preço praticado

1º 2º 3º 4º

5º Não refere

Base: Empresas que utilizam DPL (317)

Segurançano abastecimento

Condições/ Modalidadesde pagamento

Preocupação ambiental

Atendimentopersonalizado

Capacidade deresposta a emergências

Leque de serviçosoferecidos

Nacionalidadedo fornecedor

Portfolio de produtos

2

83

2

884

22

46 3411

10 25 3717 6 5

10 50911 9 11

5213 12 155

5513 8 714

7112 66

2

718 76 6

2

2

71

8075 5

1

3 3 5 4

9 37 8

3

3

3

3 3 3

4 4

Secção III - Sector dos derivados líquidos de petróleo (DLP)

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11. Liberalização dos mercados

11.1Electricidade

Cliente domésticoDa totalidade dos consumidores domésticos inquiridos, verifica-se quea maioria (55%) tem conhecimento da liberalização do sector eléctricoe do facto desta possibilitar a liberdade de escolha de fornecedor.

A maioria dos inquiridos considera que, além da liberdade de escolhado fornecedor, a liberalização do mercado eléctrico terá comoconsequência a diminuição do “Preço da Electricidade” (opinião de66% dos inquiridos) e o aumento do “Número de EmpresasFornecedoras” (referido por 87% dos inquiridos), bem como umamelhoria ao nível das dimensões qualitativas de “Acesso à Informação”(67%), “Serviço ao Cliente” (62%) e “Fiabilidade” (54%).Adicionalmente, ao nível de “Serviços Complementares”, 59% dosinquiridos considera que a liberalização aumentará a oferta a estenível.

Contrariamente à liberalização do mercado de energia eléctrica, amaioria dos inquiridos (65%) não tem conhecimento do MercadoIbérico de Electricidade (MIBEL) e da consequência prevista de entradade novas empresas fornecedoras, decorrente da abertura do mercado.

No contexto da liberalização, verifica-se que 71.5% dos inquiridosrevelam-se “Receptivo” ou ”Muito Receptivo” à mudança de fornecedorde energia eléctrica. A média de receptividade é de 2.73 (numa escalade 1 – Nada Receptivo a 4 – Muito Receptivo).

Analisando os resultados por região, verifica-se maior receptividadeà mudança de fornecedor (face à média nacional) no Interior Centroe no Grande Porto. Por outro lado, destaca-se menor receptividadena Madeira e no Alentejo.

A análise dos resultados por classe socioeconómica revela que areceptividade à mudança de fornecedor diminui nas classessocioeconómicas mais baixas, face à média global, aumentando nasclasses mais altas.

Detalhando a análise dos resultados obtidos, de acordo com a idadedos inquiridos, verifica-se que a maior receptividade à mudança defornecedor de energia eléctrica encontra-se no grupo etário entre os26 e os 40 anos. Destaca-se adicionalmente, face à média, umasignificativa menor receptividade à mudança de fornecedor, no escalãoetário de mais de 60 anos.

Excluindo, da amostra global, os inquiridos que se mostram “NadaReceptivos” à mudança de fornecedor de energia eléctrica,verifica-se que, relativamente aos três factores mais importantes quelevariam à mudança, surge destacado o factor “Preço praticado”(referido por 89% dos inquiridos no Top 3, sendo mesmo o factormais importante para 72% dos inquiridos do universo respectivo),seguido pela “Qualidade do Serviço” (com o maior número dereferências como o segundo factor mais importante (38%), sendoreferido no Top 3 por 62% dos inquiridos).

O terceiro factor mais referido é a “Preocupação Ambiental”,apresentando, no Top 3, o maior número de ocorrências como oterceiro factor mais importante (18% dos inquiridos), sendo referidoglobalmente por 32% dos inquiridos do universo respectivo.

A este nível destaca-se o facto da esmagadora maioria dos inquiridos(com percentagens superiores a 90%) não considerarem no Top 3 defactores mais importantes na mudança de fornecedor, a “Nacionalidadedo Fornecedor”, o “Leque de Serviços Oferecidos” e o “AtendimentoPersonalizado”.

A maioria significativa dos inquiridos (68%) considera que os seuscongéneres europeus têm acesso a energia eléctrica mais barata,suportando essa percepção sobretudo pela informação veiculada pelacomunicação social.

Gráfico 11.1.1Conhecimento da liberalização do sector eléctrico e da liberdadede escolha de fornecedor

Sim Não

45%

Base: 2001 Indivíduos

55%

Secção III - Liberalização dos mercados

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Gráfico 11.1.2Consequências da liberalização do sector eléctrico (%)

Qualidade doserviço ao cliente

Preço da electricidade

Número de empresasfornecedoras

3%

87 8

17 15 66

3

62 4

Aumenta Mantém Diminui

NS/ NR

Base: 2001 Indivíduos

3%

67 27

59

3 3

29 8

54 3 4

2

2

430

4

39

Acesso à informação

Serviços complementares

Fiabilidade

Gráfico 11.1.3Conhecimento do Mercado Ibérico de Electricidade (MIBEL)

Sim Não

65%

Base: 2001 Indivíduos

35%

Gráfico 11.1.4Receptividade à mudança de fornecedor de energia eléctrica

Muito receptivo Receptivo Pouco receptivo

Nada receptivo

15,3%

Base: 2001 Indivíduos

14,3%14,2%

56,2%

Tabela 11.1.1Receptividade à mudança de fornecedor de energia eléctrica por região,classe socioeconómica e grupo etário

Média

Total 2,73

Litoral Norte 2,80Interior Norte 2,77Grande Porto 2,89Litoral Centro 2,78Interior Centro 2,90Grande Lisboa 2,62Alentejo 2,50Algarve 2,76Madeira 2,39Açores 2,62

Escala: 1- Nada Receptivo; 2 - Pouco Receptivo; 3 - Receptivo; 4 - Muito Receptivo(ver 'Metodologia e abordagem')

Base: 2001 Indivíduos

Média

Classe A 2,92Classe B 2,94Classe C1 2,86Classe C2 2,61Classe D 2,44

18 a 25 anos 2,7126 a 30 anos 2,8531 a 40 anos 2,8341 a 50 anos 2,7351 a 60 anos 2,70Mais de 60 anos 2,44

Secção III - Liberalização dos mercados

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55

Gráfico 11.1.6Acesso a energia eléctrica a preços mais baixos nos outros países europeus

Sim Não NS/ NR

5,4%

Base: 2001 Indivíduos

68,2%

26,4%

Gráfico 11.1.5Factores que levariam a mudar de fornecedor de energia eléctrica (%)

Preocupaçãocom o ambiente

Qualidade do serviço

Preço praticado

1º factor 2º factor 3º factor 4º factor

Não refere

Base: Indivíduos que afirmaram estar “Pouco receptivos”, “Receptivos” ou “Muitoreceptivos” à mudança de fornecedor (1717).

Condições/ Modalidadesde pagamento

Capacidade de respostaa situações de emergência

Precisão dasestimativas de consumo

Fiabilidade

Atendimentopersonalizado

Leque de serviçosoferecidos

Nacionalidadedo fornecedor

1

83

72 11

11 38 3713 38

4 501810 68

9 769

11 817

10 82

845 10

916

1

3 92

6 903

6

7

413

1

1

1

2

1

4

Gráfico 11.1.7Fonte de informação que suporta opinião dos outros países europeusterem acesso a energia eléctrica a preços mais baixos

Outras

Ouvi dizer

6%

7%

40%

72%Meios de comunicação social

Familiares no estrang.

6%

6%Impostos mais baixos

Já vivi noutro(s) paísese sei que é verdade

Base: Indivíduos que afirmam que os outros países têm acesso a energia a preços maisbaixos (1365).

1%NS/ NR

Cliente empresarialUma maioria significativa das empresas (87%) nunca mudou defornecedor de energia eléctrica. No entanto, verificam-secomportamentos diferenciados de acordo com o sector dos inquiridos:em comércio & serviços 6% das empresas inquiridas já mudaram defornecedor; na indústria 28% dos inquiridos responderamafirmativamente. Para as empresas inquiridas que já mudaram defornecedor de energia eléctrica, o principal benefício obtido foi a“Diminuição do Custo da Energia” (referido por 96% deste conjuntode empresas inquiridas).

Os inquiridos que não mudaram de fornecedor de energia eléctricareferem maioritariamente a ”Falta de informação”, como a principalrazão para o facto de não terem mudado (referido por 72% dasempresas inquiridas da amostra respectiva).

Considerando-se o universo total de empresas inquiridas, verifica-seque 31% destas estão a ponderar a mudança do fornecedor de energiaeléctrica. Analisando a receptividade à mudança de fornecedor deenergia eléctrica por região, face à média global, destaca-se a maiorintenção de mudança na região de Lisboa e Vale do Tejo, sendo menornas restantes regiões.

Cerca de 70% das empresas inquiridas consideram que os principaisconcorrentes europeus têm acesso a energia eléctrica a preço mais

Secção III - Liberalização dos mercados

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56

Gráfico 11.1.8Mudança passada de fornecedor de energia eléctrica (%)

Indústria (114)

Comércio & Serviços (284)

Total (398)

Sim Não NS/ NR

Base: 398 Empresas

12 87

93

28 72

6

1

1

Gráfico 11.1.9Benefícios obtidos com a mudança de fornecedor de energia eléctrica

Aumento da segurança

Melhoria das condições/modalidades de pagamento

2%

2%

6%

96%Diminuição do

custo de energia

Aumento daqualidade do serviço

Base: Empresas que mudaram de fornecedor de energia eléctrica (48).

Gráfico 11.1.10Motivos para não mudar de fornecedor de energia eléctrica

Custo da energia

Falta de propostas

5%

6%

7%

72%Falta de informação

Está satisfeito com o actual

Base: Empresas que não mudaram de fornecedor de energia eléctrica (350)

3%O baixo consumo

não justifica

Gráfico 11.1.11Ponderação sobre eventual mudança de fornecedorde energia eléctrica (%)

Centro (68)

Norte (125)

Total (398)

Sim Não NS/ NR

Base: 398 Empresas

31 65

66

25 72

39 57

69

14 86

19

LVT (152)

Alentejo (32)

Algarve (21)

4

3

3

4

12

31

competitivo, baseando a sua percepção maioritariamente na informaçãoveiculada pela comunicação social e nos contactos mantidos comparceiros e/ ou fornecedores, sendo estes dois aspectos referidos por65% e 17% das empresas inquiridas, respectivamente.

Secção III - Liberalização dos mercados

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Gráfico 11.1.13Fonte de informação que suporta opinião dos outros países europeusterem acesso a energia eléctrica a preços mais baixos

Viagens a outros países

Contactos com parceiros/fornecedores estrangeiros

7%

10%

17%

65%Maios de comunic. social

Ouviu dizer

6%

7%Sabe que em Espanha é

Conhecimento próprio

Base: Indivíduos que afirmam que os outros países têm acesso a energia a preços maisbaixos (278).

13%Outras/ Não sabe

Gráfico 11.1.12Acesso a energia eléctrica a preços mais baixos nos outros países europeus

Sim Não Não aplicável NS/ NR

2%

Base: 398 Empresas

70%

6%

22%

11.2 Gás Natural

Cliente domésticoDo total dos consumidores domésticos inquiridos verifica-se que amaioria (68%) não tem conhecimento da preparação do processo deliberalização do sector de gás natural e deste permitir, no futuro, aliberdade de escolha de fornecedor.

A maioria dos inquiridos considera que, para além da liberdade deescolha de fornecedor, a liberalização do mercado de gás naturalimplicará o aumento do “Número de Empresas Fornecedoras” (referidopor 88% dos inquiridos) e a diminuição do “Preço do Gás Natural”(66%). Adicionalmente, os inquiridos esperam melhoria ao nível dasdimensões qualitativas/ técnicas de “Acesso à Informação” (67%),“Serviço ao Cliente” (64%) e “Fiabilidade” (57%). Ao nível de “ServiçosComplementares”, 60% dos inquiridos consideram que a liberalizaçãodo sector aumentará a oferta a este nível.

Num contexto futuro de liberalização, verifica-se que cerca de 67%dos inquiridos que consomem gás natural mostram-se “Receptivos”ou ”Muito Receptivos” à mudança de fornecedor de gás natural. Amédia de receptividade é de 2.56 (numa escala de 1 – Nada Receptivoa 4 – Muito Receptivo).

Analisando os dados por região, face à média global, verifica-sesignificativamente maior receptividade no Norte (Litoral e Interior),sendo significativamente menor nas regiões do Algarve e do Alentejo.Detalhando a informação por classe socioeconómica, verifica-se quea receptividade à mudança de fornecedor de gás natural aumentacom o nível socioeconómico dos inquiridos. Analisando a receptividadeà mudança de fornecedor de gás natural, de acordo com a idade dosinquiridos, verifica-se maior receptividade no escalão etário entre os41 e 50 anos.

Excluindo, da amostra global, os inquiridos que se mostram “NadaReceptivos” à mudança de fornecedor, relativamente aos três factoresmais importantes que levariam à mudança, surge destacado o factor“Preço praticado” (referido por 89% dos inquiridos no Top 3, sendomesmo referido por 74% como o factor mais importante), seguidopela “Qualidade do Serviço” (com o maior número de respostas comoo segundo factor mais importante (42%), sendo referido no Top 3 por64% dos inquiridos). O terceiro factor mais referido é a “PreocupaçãoAmbiental”, apresentando o maior número de ocorrências como oterceiro factor mais importante (sendo referido no total por 35% dosinquiridos e por 19% como o factor mais importante).

Secção III - Liberalização dos mercados

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A este nível destaca-se adicionalmente o facto da esmagadora maioriados inquiridos (com percentagens superiores a 85%) não consideraremno Top 3 de factores mais importantes que levariam à mudança defornecedor o “Leque de Produtos Oferecidos”, a “Nacionalidade doFornecedor”, o “Atendimento Personalizado” e o “Método de Leitura”.

A maioria dos inquiridos (57%) considera que os seus congénereseuropeus têm acesso a gás natural a preços mais baixos, suportandoessa percepção na informação veiculada pela comunicação social(factor referido por 71% dos inquiridos que consideram o preço dogás natural mais caro em Portugal).

Gráfico 11.2.2Consequências da liberalização prevista do sector do gás natural (%)

Qualidade doserviço ao cliente

Preço do gás natural

Número de empresasfornecedoras 88 8

64 31

Aumenta Mantém Diminui NS/ NR

Base: 2001 Indivíduos

67 28

31

57 36

60

Acesso à informação

Serviços complementares

Fiabilidade

16

5

6

3

3

6615 3

2

2

2

3

2

2

Gráfico 11.2.1Conhecimento da liberalização prevista do sector do gás natural econsequente liberdade de escolha de fornecedor

Sim Não

68%

32%

Base: 2001 Indivíduos

Gráfico 11.2.3Receptividade à mudança de fornecedor de gás natural

Nada receptivo Pouco receptivo Receptivo

Muito receptivo NS/ NR

20,5%

58,3%

9,0%

11,9%

Base: Indivíduos que utilizam gás natural (830)

0,3%

Secção III - Liberalização dos mercados

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59

Tabela 11.2.1Receptividade à mudança de fornecedor de gás natural por região, classesocioeconómica e grupo etário

Média

Total 2,56

Litoral Norte 2,81Interior Norte 2,92Grande Porto 2,57Litoral Centro 2,60Interior Centro 2,52Grande Lisboa 2,50Alentejo 2,15Algarve 2,38Madeira -Açores -

Escala: 1- Nada Receptivo; 2 - Pouco Receptivo; 3 - Receptivo; 4 - Muito Receptivo(ver 'Metodologia e abordagem')

Base: Indivíduos que utilizam gás natural (830).

Média

Classe A 2,77Classe B 2,75Classe C1 2,63Classe C2 2,37Classe D 2,30

18 a 25 anos 2,5626 a 30 anos 2,5531 a 40 anos 2,6641 a 50 anos 2,7151 a 60 anos 2,53Mais de 60 anos 2,51

Gráfico 11.2.5Acesso a gás natural a preços mais baixos nos outros países europeus

Sim Não NS/ NR

39,3%

56,9%

Base: 2001 Indivíduos

3,8%

Gráfico 11.2.6Fonte de informação que suporta opinião dos outros países europeusterem acesso a gás natural a preços mais baixos

NS/ NR

Outras

Impostos mais baixos

Ouvi dizer

2%

5%

5%

7%

40%

71%Meios de comunicação social

Já vivi noutro(s) países e seique é verdade

Base: Indivíduos que afirmam que os outros países têm acesso a gás natural a preçosmais baixos (1138)

Familiares no estrangeiro 4%

Gráfico 11.2.4Factores que levariam a mudar de fornecedor de gás natural (%)

Preocupação como ambiente

Qualidade do serviço

Preço praticado

1º Factor 2º Factor 3º Factor Não refere

Base: Indivíduos que afirmaram estar “Pouco receptivos”, “Receptivos” ou “Muitoreceptivos” à mudança de fornecedor (658)

Capacidade de resposta asituações de emergência

Fiabilidade

Condições/ modalidadesde pagamento

74 11

5 6 6 83

105 83

5 13 81

4 12 65

10 1242 36

1

4 11

19

4 5 89

3 7 89

3 5 91

5 93

1

1

1

1 1

Método de leiturado contador

Atendimentopersonalizado

Nacionalidadedo fornecedor

Leque de serviçosoferecidos

Secção III - Liberalização dos mercados

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60

Cliente empresarialApós a conclusão do processo de liberalização do sector, as actuaisempresas consumidoras de gás natural consideram que o factor maisimportante na avaliação da possível mudança de fornecedor será o“Preço” (sendo referido por 97% dos inquiridos respectivos no Top3 e como o factor mais importante por 82%).

Como outros factores relevantes a destacar encontram-se a “Fiabilidade”(sendo referido por 53% dos inquiridos respectivos no Top 3 e comosegundo factor mais importante por 37%), a “Segurança” (referidopor 37% no Top 3 e por 16% como o terceiro factor mais importante)e o “Serviço de Apoio ao Cliente” (referido por 32% no Top 3 e por20% como terceiro factor mais importante).

Adicionalmente, destaca-se o facto de não serem referidos, no Top 3,por mais de 80% das empresas inquiridas, factores como “Modalidade/Condições de Pagamento”, “Serviços Oferecidos” e “Tipo de Contrato”.

Analisando a informação de acordo com o sector da empresa inquirida(comércio & serviços e indústria), os resultados são semelhantes, emborase deva destacar a maior sensibilidade face ao “Preço” e menor aonível de “Fiabilidade”, no sector comércio & serviços; bem como amaior importância relativa dada aos factores “Fiabilidade”, “Serviçode Apoio ao Cliente” e “Segurança” e a menor do factor “Preço”, nosector industrial.

Cerca de 43% das empresas, que consomem gás natural, consideramque os seus concorrentes a nível europeu têm acesso a gás natural apreços mais baixos. Contudo, dever-se-á ter em consideração quecerca de 49% da amostra em referência “Não Sabe” ou “NãoResponde” relativamente a esta questão.

A percepção, daqueles que consideram que os seus concorrenteseuropeus têm acesso a gás natural mais barato, é maioritariamentesuportada na informação vinculada nos meios de comunicação social(referido por 42% das empresas inquiridas).

Gráfico 11.2.7Factores mais importantes a considerar numa eventual mudança defornecedor de gás natural

Segurança

Fiabilidade

Preço

1º Factor 2º Factor 3º Factor Não refere

Base: Empresas que utilizam gás natural (88)

Serviço de apoio ao cliente

Preocupação ambiental

Tipo de contrato

82 12 3 3

6 37 10 47

7 14 16 63

10 20 68

7 14 79

10 10 80

3 14 83

3 8 89

2

Serviços oferecidos

Modalidades/ condiçõesde pagamento

Secção III - Liberalização dos mercados

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Gráfico 11.2.8Factores mais importantes a considerar numa eventual mudança defornecedor de gás natural (Comércio & Serviços)

Segurança

Fiabilidade

Preço

1º Factor 2º Factor 3º Factor Não refere

Base: Empresas de Comércio & Serviços que utilizam gás natural (56)

Serviço de apoio ao cliente

Preocupação ambiental

Tipo de contrato

87 11

5 29 11 55

4 14 14 68

13 14 71

7 16 77

14 16 70

5 18 77

5 7 88

2

Serviços oferecidos

Modalidades/ condiçõesde pagamento

2

Gráfico 11.2.9Factores mais importantes a considerar numa eventual mudança defornecedor de gás natural (Indústria)

Segurança

Fiabilidade

Preço

1º Factor 2º Factor 3º Factor Não refere

Base: Empresas de Indústria que utilizam gás natural (32)

Serviço de apoio ao cliente

Preocupação ambiental

Tipo de contrato

72 13 9 6

6 53 9 31

13 13 19 56

3 6 28 63

6 9 84

3 97

6 94

9 91

Serviços oferecidos

Gráfico 11.2.10Acesso a gás natural a preços mais baixos nos outros países

Sim Não Não NS/ NR

43%

Base: Empresas que utilizam gás natural (88)

49%

3%5%

Secção III - Liberalização dos mercados

Modalidades/ condições depagamento

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Gráfico 11.2.11Fonte de informação que suporta opinião dos outros países europeusterem acesso a gás natural a preços mais baixos

Outras/ Não sabe

Conhecimento próprio

Contactos com parceiros/fornecedores estrangeiros

Ouviu dizer

16%

11%

11%

11%

13%

42%Meios de comunicação social

Viagens a outros países

Base: Empresas que utilizam gás natural e que afirmam que os outros países têmacesso a gás natural a preços mais baixos (38)

Grupo Nacional informa 8%

Gráfico 11.3.1Conhecimento da possibilidade de um fornecedor único de electricidadee gás natural

Sim Não

21,8%

Base: 2001 Indivíduos

78,2%

11.3 Electricidade e Gás Natural

Cliente domésticoA grande maioria dos inquiridos (78%) não expressou conhecimentodo facto de, com o processo de liberalização dos mercados de energia,poder vir a ser possível surgirem entidades fornecedoras, em simultâneo,de electricidade e gás, possibilitando assim ao consumidor seleccionarum único fornecedor.

A principal vantagem, referida como expectável do facto de contratarum fornecedor único de electricidade e gás natural, é a “Diminuiçãodo preço” (referida como a principal vantagem por 62% da amostrae no Top 3 por 81% do universo total de inquiridos).

Como segunda principal vantagem é referida, por 26% do total deinquiridos, a “Melhoria das Condições Contratuais” (sendo referidano Top 3, por 56% do total de inquiridos). A terceira principal vantagem,é a existência de “Factura Única/ Maior Facilidade de Pagamento”(referida como a terceira vantagem mais importante por 21% dosinquiridos e no Top 3 por 46% dos inquiridos).

Destaca-se adicionalmente o facto de não serem referidas, pela maioriados inquiridos (com percentagens superiores a 60%), no Top 3 dasprincipais vantagens expectáveis da contratação de um fornecedorúnico de electricidade e gás natural, as dimensões “Maior Detalhe naInformação Disponibilizada” e a “Diminuição da Poluição Associadaao Consumo de Energia”.

Gráfico 11.3.2Vantagens de um fornecedor único de elecricidade e gás natural (%)

Factura única/ maiorfacilidade de pagamento

Melhoria dascondições contratuais

Diminuição dopreço da energia

1ª Vantagem 2ª Vantagem 3ª Vantagem Não refere

Base: 2001 Indivíduos

Melhoria doserviço ao cliente

Diminuição da poluiçãoassociada ao consumo de

energia

Maior detalhe na informaçãodisponibilizada ao

consumidor final

62 12 7 19

13 26 17 44

9 17 21 53

7 22 15 56

4 14 16 66

3 10 86

1

Secção III - Liberalização dos mercados

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Gráfico 11.3.3Conhecimento da possibilidade de escolha de um só fornecedor deelectricidade e gás natural

Sim Não NS/ NR

39,4%

Base: 398 Empresas

60,1%

0,5%

Base: 398 Empresas

Gráfico 11.3.4Vantagens de fornecedor único de electricidade e gás natural

1º Vantagem 2º Vantagem 3º Vantagem Não refere

66 11 5 18

9 32 12 47

3 14 21 62

9 11 15 65

11 12 76

3 11 84

5 8 86

2

Maior facilidadede pagamento

1

2

1

Melhoria doserviço ao cliente

Melhoria dascondições contratuais

Diminuição dopreço da energia

Factura única

Diminuição da poluição

Maior detalhe nainformação disponibilizada

Cliente empresarialA maioria das empresas inquiridas (60%) não mostrou conhecimentode, com o processo de liberalização dos mercados de energia, podervir a ser possível seleccionar um único fornecedor de electricidade egás natural.

A principal vantagem referida como expectável de um fornecedorúnico de electricidade e gás natural é a “Diminuição do preço” (referidacomo a principal vantagem por 66% da amostra e no Top 3 por 82%das empresas inquiridas). Como segunda principal vantagem é referida,por 32% das empresas inquiridas, a “Melhoria das CondiçõesContratuais” (sendo referida no Top 3 por 53% dos inquiridos). Comoterceira principal vantagem surge a “Melhoria do Serviço ao Cliente”(referida como terceira vantagem por 21% dos inquiridos e no Top 3por 38% dos inquiridos). Adicionalmente, destaca-se o facto da“Factura Única” ser referida no Top 3 por 35% dos inquiridos, e comoa terceira vantagem por 15% dos inquiridos.

A este nível, destaca-se adicionalmente o facto de, no Top 3 dasprincipais vantagens expectáveis, não serem referidas pela maioriasignificativa das empresas inquiridas (com percentagens superiores a80%), as dimensões “Maior detalhe na informação disponibilizada”e “Maior facilidade de pagamento”.

Considerando o enquadramento de fornecedor simultâneo deelectricidade e gás natural, verifica-se que cerca de 71% das empresasinquiridas afirmam que gostariam de ter uma única entidade fornecedorapara as duas formas de energia.

Adicionalmente, 34% das empresas inquiridas referem que, para alémde electricidade e de gás natural, gostariam que o fornecedor oferecesseigualmente água, sendo referidos outros serviços (embora compercentagens inferiores), destacando-se combustíveis, telefone fixo,internet e televisão por cabo, referidos sempre por mais de 10% dosinquiridos.

Secção III - Liberalização dos mercados

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Gráfico 11.3.5Disposição para contratar fornecedor único para electricidade e gásnatural

Sim Não NS/ NR

71%

Base: 398 Empresas

26%

3%

Gráfico 11.3.6Produtos/ serviços a fornecer em conjunto com electricidade e gás natural

Assistência em casa

Acesso à internet

Combustíveis

Nenhum

7%

19%

20%

22%

30%

34%Água

Telefone fixo

Base: 398 Empresas

Televisão por cabo 12%

Produtos de seguros

Produtos bancários

Apoio ao cliente

NS/ NR

5%

4%

0,3%

10%

11.4 Derivados Líquidos do Petróleo (DLP)

Cliente domésticoUma maioria dos inquiridos (75%) refere que a liberalização do sectordos Derivados Líquidos de Petróleo (DLP) implicou o aumento do“Preço”, bem como o aumento do “Número de Empresas Fornecedoras”(68%). Ao nível das restantes dimensões (como sejam “Qualidade deServiços ao Cliente”, “Garantia de Abastecimento” e “Grau deTransparência do Sector”), a maioria considera que a liberalização nãoteve impacto. Destaca-se, igualmente, o facto de 38% dos inquiridosconsiderar que a liberalização teve como consequência o aumento de“Serviços Complementares” oferecidos e 13 % considerar que diminuiuo “Grau de Transparência do Sector”.

A maioria significativa dos inquiridos (83%) considera que nos restantespaíses europeus o preço dos DLP é menor. A maioria destes inquiridos(cerca de 82%) baseia essa percepção na informação veiculada pelacomunicação social.

Gráfico 11.4.1Consequências da liberalização do mercado dos Derivados Líquidosde Petróleo (DLP) (%)

Preço 3%

Número de empresas 68

6

Aumenta Mantém Diminui NS/ NR

Base: 2001 Indíviduos

71

48

52

Qualidade do serviçoao cliente

Acesso à informação

Serviços complementares

Grau de transp. do sector

7

75 12 8

5925

26

38

19

54Garantia de abastecimento 32

21 4

5

10

58 5 11

113

13 16

3 12

64

Secção III - Liberalização dos mercados

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Gráfico 11.4.3Fonte de informação que suporta opinião dos outros paíseseuropeus terem acesso a DLP a preços mais baixos

Outras/ Não sabe

Já vivi noutro(s) países

Viagens a outros países/familiares no estrangeiro

Ouviu dizer

6,2%

7,1%

13,9%

40,6%

81,9%Meios decomunicação social

Sabe que em Espanha é

Base: Indivíduos que afirmam que os outros países têm acesso a DLPa preços mais baixos (1652)

Impostos mais baixos 3,2%

1,2%

Gráfico 11.4.2Acesso a Derivados Líquidos de Petróleo (DLP)a preços mais baixos nos outros países europeus

Sim Não NS/ NR

83%

Base: 2001 Indivíduos

13%

4%

Cliente empresarialA maioria das empresas inquiridas (74%) refere que a liberalização dosector dos Derivados Líquidos de Petróleo (DLP) resultou num aumentodo “Preço”. Adicionalmente, 45% das empresas inquiridas referemque a liberalização do mercado de DLP provocou o aumento do“Número de Empresas Fornecedoras”.

De igual forma, a maioria das empresas refere que se mantiveram osníveis de “Fiabilidade”, “Precisão do Método de Leitura” e “Qualidadedo Serviço Prestado”. Em relação às dimensões “ServiçosComplementares e “Acesso à Informação”, mais de 80% refere queo nível ou se manteve ou aumentou.

No que respeita à fidelidade das empresas inquiridas face ao seu actualfornecedor de DLP, verifica-se que a maioria (cerca de 81%) nãopondera a mudança de fornecedor.

Relativamente aos preços dos DLP nos restantes países europeus, amaioria das empresas inquiridas (71%) considera que os seus congénerestêm acesso a DLP a preços mais baixos, fundamentando essa percepçãoprincipalmente na informação veiculada pela comunicação social(referido por 65% das empresas inquiridas).

Gráfico 11.4.4Consequências da liberalização do mercado de DLP (%)

45 25 16 14

74 11 7 8

21 62 9 8

29 53 6 12

30 51 17

19 69 10

10 64 3 23

7 93

Qualidade do serviço ao cliente

Preço

Número de empresas

Aumenta Mantém Diminui NS/ NR

Base: 398 Empresas

Acesso à informação

Serviços complementares

Fiabilidade

Precisão do mét. de leitura

Confirmar a existênciade proteccionismo

2

2

65

Secção III - Liberalização dos mercados

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66

Gráfico 11.4.5Ponderação sobre eventual mudança de fornecedorde Derivados Líquidos de Petróleo (DLP)

Sim Não NS/ NR

4,7%

Base: 398 Empresas que utilizam DLP (317)

80,8%

14,5%

Gráfico 11.4.6Acesso a Derivados Líquidos de Petróleo (DLP) a preços mais baixosnos outros países europeus

Sim Não Não aplicável NS/ NR

71%

Base: 398 Empresas

7%

20%

2%

Gráfico 11.4.7Fonte de informação que suporta opinião dos outros países europeusterem acesso a Derivados Líquidos de Petróleo (DLP) a preços mais baixos

Outras/ Não sabe

Conhecimento próprio

Viagens a outros países

Sabe que em Espanha é

10%

7%

7%

13%

20%

65%Meios de comunic. social

Contactos com parceiros/fornecedores estrangeiros

Base: Empresas que afirmam que os outros países têm acesso a DLP a preços maisbaixos (278)

Ouviu dizer 6%

Secção III - Liberalização dos mercados

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Introdução

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Uma vez terminado o estudo “A Energia em Portugal”, a AssociaçãoPortuguesa de Energia (APE) e a Deloitte agradecem a todos oselementos que aceitaram contribuir para o projecto, nomeadamenteDra. Júlia Boucinha, Dr. Dias Leonardo e Eng. Soares da Mota,bem como a todos os utilizadores de energia, particulares eempresas, que colaboraram na fase de inquérito, base do presenteestudo.

A APE e a Deloitte agradecem igualmente a todos os patrocinadoresque contribuíram para viabilizar este estudo e melhorar oconhecimento do sector da energia em Portugal.

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A expressão Deloitte refere-se a uma ou várias sociedades que operam ao abrigo de um acordo com a Deloitte Touche Tohmatsu, uma Swiss Verein, bem como às suas respectivasrepresentadas e afiliadas. Deloitte Touche Tohmatsu é uma organização mundial de sociedades dedicadas à prestação de serviços profissionais de excelência, concentradas no serviçoao cliente sob uma estratégia global, aplicada localmente em quase 150 países. Com acesso a um capital intelectual de aproximadamente 135.000 pessoas no mundo, a Deloitte prestaserviços em quatro áreas profissionais - auditoria, impostos, consultoria e assessoria financeira - e a mais de metade das maiores empresas mundiais, assim como às maiores empresasnacionais, instituições públicas, clientes locais importantes e companhias de sucesso, com rápidas taxas de crescimento global. Os serviços não são prestados pela Deloitte Touche TohmatsuVerein e, por razões regulamentares entre outras, algumas das sociedades não prestam serviços em todas as áreas.

Como Swiss Verein (associação), nem a Deloitte Touche Tohmatsu nem qualquer das suas sociedades membro assumem qualquer responsabilidade isolada ou solidária pelos actos ouomissões de qualquer das outras sociedades membro. Cada uma das sociedades membro é uma entidade legal e separada que opera sob a marca “Deloitte”, “Deloitte & Touche”,“Deloitte Touche Tohmatsu” ou outros nomes relacionados.

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