a pátria para cristo - edição 249

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Junta de Missões Nacionais

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Page 1: A Pátria Para Cristo - Edição 249
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A

ÍNDICE

EDITORIAL

Cartas e e-mails... ................................................. 4

Retrospectiva Missões em retrospectiva .................................. 5

Palavra aos Promotores Agenda 2010 ..................................................... 9

Artigo Igrejas multiplicadoras .................................. 10

Clubinho Missionário Ano novo, vida nova, casa nova ..................... 12

Gente que faz missões Por amor às ribeirinhas ................................. 14

A evangelização da nossa pátria é o um dos maiores desafios que nós, batistas brasileiros, temos. Evangelizar e discipular cada pessoa em solo brasileiro é, sem dúvida nenhuma, uma missão extrema-mente desafiadora e requer muita determinação e compromisso com o objetivo missionário do reino de Deus. Amar, buscar, compartilhar o evangelho e discipular cada indivíduo que habita em nosso país são ações imperiosas na vida diária de todos os crentes e de todas as igrejas. O Senhor Jesus nos deu a missão e devemos cumpri-la. Sob nenhuma justificativa podemos deixar de abençoar cada família neste país com o evangelho da graça de Deus. Como se diz no jargão militar: “missão dada, missão cumprida”. É preciso aproveitar bem cada oportunidade nos nossos relacionamentos e, também, criar estrategicamente oportunidades para demonstrar a grandeza e a bênção da mensagem do evangelho do Senhor Jesus. Entretanto não podemos nos limitar a evangelizar sem dar continuidade ao processo de discipulado. Este ponto é fundamental na salvação de vidas, pois o processo de evangelização deve compreender obrigatoriamente o discipulado do novo convertido.

Este ano o tema da Convenção Batista Brasileira está focado na evangelização. Realmente uma bênção de tema. Em Missões Nacio-nais já iniciamos o ano com projetos estratégicos de evangelização sendo implementados. No dia 03 de janeiro, em Vitória, ES iniciamos o Transradical Urbano. Um projeto maravilhoso e desafiador que visa alcançar vidas em áreas com certa complexidade social; também re-alizaremos durante a 90ª assembleia da Convenção Batista Brasileira cruzadas evangelísticas em todas as igrejas e congregações do estado de Mato Grosso; ao longo do ano teremos diversos projetos de evan-

Especial Plantando igreja na Cracolândia ..............16

Norte a Sul Notícias do campo ......................................18

PAM Brasil Seu investimento transforma vidas ...........21

Relatório Financeiro Prestando contas ........................................23

gelização, clínicas, seminários e a implantação da visão de igreja multiplicadora. Será preciso muita oração, dependência do Espírito, unidade de foco e envolvimento de todos no trabalho de evangeliza-ção. Você não pode ficar fora desta grande obra. A sua igreja precisa priorizar a obra missionária e direcionar todos os ministérios para o desafio de fazer o maior número de discípulos até a volta do Senhor Jesus.

Nesta mesma ênfase evangelizadora, necessitamos iniciar novas igrejas em diversos bairros e cidades do Brasil. Igrejas multiplicadoras que invoquem, proclamem e exaltem o nome do Senhor Jesus Cristo. Nosso desafio para 2010 é alcançar duzentas novas localidades es-tratégicas onde iniciaremos igrejas multiplicadoras que abençoarão futuramente outras cidades e bairros com a plantação de novas fren-tes missionárias. Seria um grande avanço na evangelização do país se cada igreja batista em 2010 iniciasse a plantação de uma nova igreja. O potencial evangelizador se multiplicaria exponencialmente e milhões seriam alcançados com a Palavra de Deus. Em Missões Na-cionais estamos à disposição dos irmãos para os auxiliar naquilo que for necessário num projeto de plantação de igreja multiplicadora. Se sua igreja deseja iniciar uma nova frente missionária este ano, entre em contato conosco pelo email [email protected] ou pelo telefone (21) 2107-1818 – Gerência de Missões.

É preciso avançar. Não podemos retroceder. Há milhões que perecerão para sempre se não agirmos rápido e corajosamente na evangelização do nosso querido solo verde e amarelo. Não podemos falhar. Temos que nos envolver diretamente nesta grande obra, pois Cristo está voltando em breve.

Pr Fernando BrandãoDiretor executivo de Missões Nacionais

O Aperfeiçoamento dos Santos na Obra da Evangelização

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Uma publicação da Junta de Missões Nacionaisda Convenção Batista Brasileira

Ano LXIII nº 249Janeiro a Abril/2010

Direção ExecutivaPr. Fernando Brandão

Gerência Executiva de Planejamento e EstratégiaPr. Davidson Freitas

RedaçãoJornalista Responsável

Marize Gomes Garcia – DRT 41.487/RJAssistente – Tiago Pinheiro Monteiro

RevisãoAdalberto Alves de Sousa

ArteOliverartelucas

Nossa Missão: Conquistar a Pátria para Cristo.

Nossa Visão: Ser uma agência missionária dinâmica e criativa, com excelência na gestão missionária, voltada para servir às

igrejas da CBB no cumprimento da sua missão.

Endereço da Sede:Rua Gonzaga Bastos, 300 – Vila Isabel

20541-000 – Rio de Janeiro – RJTelefax: (21) 2107-1818

CARTAS E E-MAILS

Sou leitor da revista A Pátria para Cristo, há mais de 35 anos. Muito antes de ser missionário da JMN, já lia suas matérias. Ajudou-me muito em minha chamada para missões. Parabéns à redação.

Pr. Jair da CruzMissionário em Parnaíba-PI

Estou muito feliz em ver tudo o que DEUS faz através da vida de todos vocês.....Adriana de Souza Ramos

Primeira Igreja Batista do Camargo Novo

Louvo a Deus por este trabalho grandioso que vocês de Missões Nacionais estão reali-zando. A Igreja Batista Boas-Novas de Aquidauana, MS, agradece pelos materiais recebi-dos. Parabéns! A cada ano a Junta me surpreende. Fiquem firmes nas promessas porque o nosso Deus, que provê tudo, está no controle.

Eleni de Oliveira Oshiro

Este canal é uma benção total... Que Deus possa os abençoar sempre e que através desse canal almas sejam ganhas pra JESUS... amém!

Mara Rúbia, usuária do canal TV Missões Nacionais, no You Tube

Este espaço é dedicado aos nossos leitores. Faça contato conosco, opinando sobre a revista, sugerindo temas para matérias ou compartilhando experiências missioná-rias e de vida cristã. Escreva-nos para [email protected] . O contato com nosso leitor é extremamente importante para nós.

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Missões emRETROSPECTIVA

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RETROSPECTIVA

DDefinitivamente, 2009 foi um ano intenso para Missões Nacionais. Ano em que sonhos tornaram-se realidade. Ano de grandes investimentos e, ao mesmo tempo, solidez administrativa. Tudo isso porque tivemos o apoio de parceiros que compreendem a urgência da transformação de um Brasil que carece, ao mesmo tempo, de mudanças sociais e espirituais.

Foi nesse ano que iniciamos a construção de um novo Lar para crianças, totalmente “do zero”; elaboramos estratégias que beneficiarão igrejas que queiram atuar de maneira contextualizada em regiões de vulnerabilidade social; e inauguramos uma comunidade terapêutica que atuará na reabilitação de mulheres dependentes químicas. Com essas e tantas outras realizações, não deixamos de enviar missionários aos campos.

Fazendo uma retrospectiva desse ano, nos resta a certeza de que voamos alto e de que poderemos ir além com sua companhia e na dependência de Deus. Ainda é tempo de avançar!

Trans BlumenauNo início de janeiro, uma força-tarefa, composta por vo-

luntários e missionários, foi organizada para assistir a popu-lação atingida pelas chuvas que arrasaram Blumenau, em Santa Catarina. A ação, que ficou conhecida como Minitrans Blumenau, foi a primeira mobilização evangelístico-social

Voluntários da Minitrans ajudam a descarregar caminhão com donativos

feita em tempos de calamidade pública. Mais de 30 pessoas atuaram na distribuição de donativos enviados pelos batistas de todo o Brasil. Mais de 300 famílias foram assistidas e 233 vidas aceitaram a Cristo.

SOS NordesteMissões Nacionais também coordenou uma campanha

de ajuda à população desabrigada pelas chuvas que afeta-ram alguns estados do Nordeste. A campanha contou com o apoio de igrejas, convenções, colégios batistas e volun-tários de todo o Brasil, resultando no envio de 1.120 cestas básicas e 500 filtros de água, distribuídos nos estados do Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte e Ceará.

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Missionários surdos Em março, os

primeiros missio-nários surdos de Missões Nacionais chegavam aos campos. São eles: Josivaldo e Valde-lina Beda (Morro do Chapéu, BA), Flávio e Patrícia Xavier dos Santos (Arapiraca, AL), Luís Antônio dos

Passos (Florianópolis, SC) e Esdras dos Santos Paixão (Ita-baiana, SE).

Para apoiar o trabalho dos obreiros, o Ministério com Surdos levou dezenas de voluntários aos campos por meio do projeto Alcance Surdos. Em alguns casos, o projeto aconteceu antes da chegada dos missionários com o objetivo de abrir caminho para a plantação da frente batista.

Primeiros missionários surdos de Missões Nacionais

Casas do novo Lar foram construídas com o apoio de voluntários

“Não queria mais ser promotora que fala de missões e promove

eventos. Queria ser uma promotora que faz missões”

Geni Silva, da 1ª IB Jardim Alcântara

Viagem com promotoresNo feriado da Semana Santa, 43 promotores de Missões

Nacionais do RJ partiram para Guarulhos, SP, em apoio ao casal David e Bárbara de Araújo, que iniciava uma frente missionária na cidade. A viagem, organizada pelos gerentes regionais do RJ, pastor Cleber e Cláudia Souza, deu um novo ânimo àqueles que têm a responsabilidade de empolgar suas igrejas.

Início das obras no novo F. F. SorenEm junho co-

meçavam os pre-parativos para a construção do novo Lar Batis-ta F. F. Soren, em Palmas, TO. O terreno de 4 hec-tares estava sendo preparado para a primeira etapa das obras: a cons-trução do muro, quatro casas para as crianças e uma casa para o diretor da instituição. Igrejas da região e profissionais voluntá-rios suaram a camisa em mutirões para o cumprimento dos prazos a fim de que as crianças possam ser transferidas de Itacajá até o início do próximo ano letivo.

Desde o início, as obras contaram com a coordenação dos missionários voluntários Cláudio Márcio e Rosemeire Rodri-gues, que deixaram o Rio de Janeiro para acompanhar todo o processo de perto. A gestão do casal trouxe celeridade à obra e grande economia na aquisição de material de construção e contratação de profissionais.

Dentista CidadãoO programa Dentista Cidadão passou por uma fase de am-

pliação em sua rede de unidades. Com a formação de novas parcerias, o DC chegou à Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Em Mogi das Cruzes, SP, a unidade implantada na Igreja Batista Betel celebrava no dia 7 de junho os primeiros frutos, com o batismo de quatro pessoas.

Estão em fase de implantação mais 15 frentes, que em breve funcionarão em Barreiras, BA; Complexo da Maré, RJ; 1ª IB de Teresina,PI; São José dos Campos, SP; Brás, SP; 1ª IB em Su-zano, SP; Parque União, RJ; Barra da Estiva,BA; Mucugê, BA; Saquarema, RJ; Ibicoara, BA; Rocha Miranda, RJ; Magé, RJ; Vila Isabel, RJ e em Campos dos Goytacazes, RJ.

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Radical Cracolândia

O projeto Radi-cal Brasil, que há algum tempo estava paralisado, retornou em 2009 com toda a força, tendo como desafio um alvo ou-sado: levar Cristo aos usuários e traficantes de drogas da região

paulista conhecida como Cracolândia. Um grupo de 13 voluntários se candidatou para a missão e, em julho, já estava frente a frente com o mal que aprisiona centenas de vidas no centro de São Paulo. O projeto perdurou até dezembro, mas, em 2010, outra turma de radicais dará continuidade a esse trabalho.

Operações Jesus Transforma Em 2009 as Trans alcançaram os seguintes estados: Ala-

goas, Piauí, Tocantins, Maranhão, Sergipe, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Mais de 3 mil voluntários participaram das ações evangelísticas. Como resultado dessa megaoperação, mais de 12 mil pes-soas receberam Cristo como Senhor de suas vidas e cerca de 11.100 foram assistidas socialmente.

Vida alcançada pelo evangelho através dos radicais

Acampamento de PromotoresPromotores da Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro, São Pau-

lo e Espírito Santo foram impactados com a realização de acampamentos que, anualmente, preparam o caminho para a Campanha de Missões Nacionais.

Congressos Desperta pelo BrasilO Desperta pelo Brasil foi de vital importância para

o crescimento do ardor missionário no Brasil. Esse ano, foram realizados 16 eventos, com presença média de 800 pessoas. Os estados contemplados foram: Amapá, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro (3), Espírito Santo, São Paulo (2), Bahia (2), Goiás, Minas Gerais, Paraná, Amazonas e Maranhão. A exposição de mensagens de-safiadoras e oficinas diversas aqueceram o coração de muitos que se sentiam chamados por Deus para levar o evangelho ao Brasil.

Por Ti, Darei Minha VidaEm setembro, começava a campanha de Missões Nacionais,

lembrando aos batistas brasileiros que era hora de se posiciona-rem diante do clamor da Pátria e da ordenança do Ide. Com o material enviado pela JMN, igrejas realizaram cultos especiais, foram edificadas com a visita de missionários e houve as que postaram na internet vídeos das programações promovidas, como sugerido na campanha Vamos Invadir o You Tube.

Transradical UrbanoCom o objetivo de capacitar igrejas no trabalho de

evangelização em áreas de risco social, Missões Nacio-nais lançou o Transradical Urbano, projeto que une con-ceitos das Operações Jesus Transforma e Radical Brasil. Com aulas teóricas e práticas, os participantes são orien-tados nas áreas de evangelização de grupos específicos e plantação de igrejas. A primeira edição teve início neste mês de janeiro em Vitória/ES.

“São ações como essa que vão nos dar oportunidade de superar este imenso desafio

que é fazer com que estas pessoas tenham a chance de reencontrar

o seu caminho de vida” Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo

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Voluntários da Tenda da Esperança 2009

Tenda da EsperançaNo mês de outubro, 320 voluntários estiveram em Be-

lém do Pará para a realização de mais uma Tenda da Esperança. A ação alcançou moradores e romeiros parti-cipantes do Círio de Nazaré. Com uma programação in-tensa dentro e fora da Tenda, nos bairros da periferia de Belém, 850 pessoas tomaram decisão por Cristo, além de 983 atendimentos sociais.

Comunidades TerapêuticasO trabalho de Missões Nacionais na reabilitação de depen-

dentes químicos também foi ampliado em 2009. O projeto Reviver, que desde 2002 funcionava em sede alugada, adqui-riu uma nova sede, também em Muriaé, MG. Aguardada há sete anos, a mudança veio como resposta de oração e envolvi-mento de parceiros do projeto. Com o novo imóvel, o Reviver possuirá capacidade para atender quase o dobro de residentes assistidos atualmente.

Em novembro, outro centro de atendimento a usuários de drogas abriu suas portas, dessa vez, atendendo exclusivamen-te mulheres. A Comunidade Terapêutica Élcia Barreto Soares nasceu da doação de um imóvel em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. A casa, que passa a atender mulheres com idade acima de 16 anos, conta com a atuação das missioná-rias Airtes Silva e Rosangela das Dores, além da coordenação do diretor do Reviver, pastor Fernando Arêde.

“Costumo brincar, dizendo que é loucura de Deus. Após

15 anos de ministério comecei a sentir uma chamada de

Deus para o Brasil”Pr. Manoel Ramos

Expansão missionáriaEm 2009, Missões Nacionais apresentou à denominação

164 missionários. Só nesse ano, seis turmas foram aprova-das. Como resultado dos investimentos feitos em 2009, o Evangelho está batendo na porta de lares de todos os esta-dos do Nordeste, Sudeste e Sul; no Norte, os estados contem-plados foram Amapá, Amazonas, Pará e Tocantins.

Última turma apresentada em 2009

O trabalho com etnias também teve seus avanços. Nos últimos meses foram nomeados dois casais que têm como meta a evangelização de japoneses e africanos. O casal Alexandre Katayama e Alécia Nomura, que vive no sul do país, é sansei (neto de japoneses) e anunciará as Boas-Novas a japoneses e descendentes que vivem na cidade pa-ranaense de Assaí, onde 80% de sua população é japonesa. Pastor Manoel e Irene Ramos, africanos de Cabo Verde, seguirão para Santo André, em São Paulo, onde atuarão na plantação de uma igreja focada na evangelização de afrodescendentes.

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PALAVRA AOS PROMOTORES

Agenda 2010Programe sua participação e ajude-nos a divulgar eventos

estratégicos de Missões Nacionais

Neste novo ano, queremos que você nos acompanhe em mais uma jornada de programações que o(a) conduzirá ao aprofundamento de sua consciência missionária. Isso porque você, que é Promotor de Missões, sabe mais do que ninguém a real necessidade de ter o Corpo de Cristo envolvido, integrado e amando ações que possam expandir o evangelho no Brasil.

Abaixo estão os eventos que fazem parte do primeiro se-mestre de nossa agenda anual. Entre estes há projetos missio-nários, cursos de capacitação e ações de grande importância. Por isso, ajude-nos a divulgá-los a fim de que nossas igrejas possam, por meio da efetiva participação ou intercessão, ser um agente de conquista da Pátria para Cristo.

ceiras, trabalho especializado na obra de construção ou doando itens para mobiliar as novas casas. Visite a loja virtual de Missões Nacionais e escolha um presente para a casa nova. Compartilhe com sua igreja, parentes e amigos e abençoe nossas crianças.

Além destes eventos, continuamos trabalhando com afinco para terminar as obras da nova sede do Lar Ba-tista F. F. Soren, na Grande Palmas/TO, para transferir as crianças e adolescentes antes do início do ano letivo. Você pode nos ajudar em oração, com doações finan-

Congresso de Plantação de Igrejas São Paulo - 5/4/2010 a 7/4/2010 Recife, PE - 8/4/2010 a 10/4/2010

O QUE É? Programação que dará enfoque aos desafios e estratégias para o surgimento de igrejas relevantes e contextualizadas.

Congresso de EtniasSão Paulo - 30/4/2010 a 2/5/2010

O QUE É? O congresso apresenta informações sobre os povos étnicos, bem como as ações de Missões Nacionais junto a esses.

Projeto Alcance Surdos Ceará - 11/4/2010 a 25/4/2010 Pará - 13/6/2010 a 27/6/2010

O QUE É? O Projeto Alcance Surdos oferece a oportunidade a voluntários de levar o evangelho aos campos carentes do trabalho com surdos. A ação evangelística se dá por meio de recenseamento de casas, realização de estudos bíblicos, cultos nas escolas e praças, atividades para crianças, entre outras.

Congresso Desperta pelo BrasilBrasília, DF - 28/5/2010 a 29/5/2010

O QUE É? O congresso Desperta pelo Brasil nasceu com o objetivo de incentivar a realização da obra missionária, seja interce-dendo, ajudando financeiramente ou indo aos campos. As programações contam com testemunhos missionários, momentos de louvor, consagração de vidas, oficinas com enfoque na obra missionária e apresentação dos desafios da nação.

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a 2000, percebemos que o número de evangélicos praticamente do-brou em cada década, mas o número de pessoas sem Cristo, que era de 88.320.117 em 1970, passou para 143.632.240 em 2000. Segundo as projeções do Ministério de Apoio com Informação, em outubro de 2009 teríamos 25,4 % de evangélicos no Brasil, isto é, 49.890.090 de salvos, contra 146.527.587 de perdidos.

Em 1907 a Convenção Batista Brasileira assumiu a respon-sabilidade da Conquista da Pátria para Cristo e 102 anos depois, dados da CBB out/2009, somos 1.274.552 de membros em 7.661 igrejas, 4.204 congregações, representando 0,64% da população brasileira. Se continuarmos no ritmo de evangelização das últi-mas décadas o ideal da salvação dos brasileiros não passará de um sonho e o cumprimento da Missão estará comprometido.

A plantação de igrejas multiplicadoras é a estratégia mais eficiente de evangelização Conquistar a Pátria para Cristo é uma meta que só será alcan-

çada se conseguirmos “evangelizar e discipular cada pessoa em solo brasileiro”. E para isso a plantação de igrejas é a estratégia mais eficiente. Segundo Lidório, no livro Plantando Igrejas, “a evangelização de um povo, cidade ou bairro, seria plenamente

Igrejas multiplicadoras

Pr. Washington realiza batismo e ceia em Barbalha/CE

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ARTIGO

OO presente texto não pretende ser a última palavra sobre este assunto, mas, sim, alimentar uma reflexão que culmine em ati-tudes que nos impulsionem a abraçar o ideal da Conquista da Pátria para Cristo como uma tarefa inadiável desta geração.

A Bíblia é a base para que as igrejas sejam multiplicadoras

Na Bíblia vemos que o propósito original do Criador para o homem é que este tenha a vida eterna. Após o pecado, Deus tomou a iniciativa de buscar o homem: “Onde estás?” (Gn 3), objetivando resgatá-lo, deixando o rastro de uma missão uni-versal, que é mais evidente a partir do chamado de Abraão: “e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3b). Para realizar este propósito, o Pai enviou seu Filho ao mun-do com a missão de “buscar e salvar o perdido” (Lc 19.10). O Filho edificou sua igreja e a comissionou para cumprir a missão: “Ide por todo mundo, e pregai o evangelho a toda criatura”; “fazei discípulos de todas as nações”.

A igreja, edificada para adentrar as portas do inferno, teve o início da sua história marcado com o Pentecostes, que propor-cionou de uma só vez a evangelização de 16 nacionalidades, um crescimento de 120 para 3 mil, depois para mais de cinco mil pessoas, etc. Seus membros, em meio à perseguição, saíram “por toda parte anunciando a palavra” (At 8.4), resultando, pelo au-xílio do Espírito Santo, em multiplicação e envio de missionários ao mundo (At 13.1ss), gerando igrejas multiplicadoras, como em Tessalônica (1Ts 1.7,8), um referencial para os nossos dias.

A necessidade de igrejas multiplicadoras para cumprir a Missão

A responsabilidade que a igreja tem de evangelizar o mundo exige que ela tenha em sua essência o DNA de multiplicação.

Analisando o crescimento da igreja evangélica brasileira de 1970

Pr. Francisco Washington de Oliveira *

A melhor estratégia para cumprir a grande comissão

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atingida apenas por meio do plantio de igrejas locais bíblicas, vivas, autossustentáveis, autogovernáveis e missionárias”.

Diante disso, é urgente a necessidade de um despertamen-to das nossas igrejas, congregações, pastores e líderes para um movimento intencional e organizado de plantação de igrejas multiplicadoras, objetivando a evangelização da Pátria e o cumprimento da Missão que o Senhor confiou à sua igreja.

Para um movimento de plantação de igrejas multiplicadoras

1. É preciso quebrar o paradigma de que a quantidade vai comprometer a qualidade.

A ideia de multiplicação rápida de igrejas não pode esbarrar no medo de se comprometer a qualidade, pois a boa semente do evangelho, quando semeada em boa terra, dá frutos a 30, 60 e 100 por um. “Se a igreja local não segue evangelizando e discipulando, dentro de um certo espaço de tempo ela poderá eventualmente morrer” (Lidório). Para sobrevivência e cum-primento da missão a igreja deve multiplicar-se. Como “ovelha gera ovelha”, igreja deve gerar igrejas. Jesus espera que seus se-guidores, como varas na videira, deem muito fruto, bons frutos e fruto que permaneça. A visão da igreja saudável focará “toda criatura”, “todas as nações” e “até os confins da terra”.

2. É preciso ver a Missão da Igreja como a Missão de Deus.

A igreja tem uma missão somente porque Deus tem uma missão no mundo. De modo que o teólogo, o pastor de igreja, o missionário ou líder plantador de igrejas, bem como os líderes de agências missionárias, todos trabalham em função de a igreja cumprir a Missão de Deus em Cristo: “buscar e salvar o perdido”.

A Missão de Deus é a espinha dorsal da Bíblia, a razão da vinda de Jesus, a razão de ser de missões e a razão para plantar-mos igrejas multiplicadoras.

O divórcio entre teologia e missiologia, segundo Lidório, tem produzido “pastores sem sonhos, missionários desprepa-rados e teólogos cujo conhecimento poderia ser grandemente usado para as necessidades diárias de uma igreja que está com as mãos no arado, mas por vezes não sabe onde seguir”.

Segundo Lidório “a Missiologia dirige os teólogos para o plano redentivo de Deus e os ajuda a ler as Escrituras sob o pressuposto de que há um propósito para a existência da igreja.” Para Bos-ch, em Missão transformadora “A teologia, se entendida correta-

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mente, não tem outra razão de existir senão a de acompanhar criticamente a missio Dei. A missão deveria ser o tema de toda a teologia”. “Teologia e Missiologia, indisputavelmente, devem caminhar de mãos dadas para a glória de Deus, a fidelidade às Escrituras, a evangelização dos perdidos” (Lidório).

3. É preciso cooperação dos líderes como peças-chave no processo.

Pastores, mestres etc., são chamados, capacitados e empossados na liderança da igreja “tendo em vista o aperfeiçoamento dos san-tos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cris-to...” (Ef 4.12). Os recursos humanos, materiais, financeiros etc. da igreja pertencem ao Senhor da igreja e devem servir aos propósitos do reino. O surgimento de um movimento de plantação de igrejas multiplicadoras está diretamente condicionado à atuação de uma liderança consciente da missão da igreja, da importância do seu papel como formador de liderança capacitadora e como orientador dos recursos para atender às prioridades da missão.

4. É preciso dependência do Espírito Santo.O Espírito Santo é quem convence o pecador, quem opera

o novo nascimento, quem guia o crente a fazer a vontade de Deus e até o impede de agir. Ele transforma circunstâncias ad-versas em oportunidade para evangelização e chama pessoas estratégicas do seio da igreja para ministérios específicos. Os recursos humanos para a plantação de igrejas multiplicadoras estão dentro da igreja que deve, sob a direção do Espírito Santo, identificar, capacitar, comissionar e enviar seus vocacionados aos campos carentes do evangelho, sustentá-los dignamente e acompanhá-los como parceiros de uma mesma missão. O segredo do sucesso na vida cristã e na obra missionária é ser cheio do Espírito Santo (At 1.8b; 4.31; 9.31).

Conclusão Que o Senhor nos faça como odres novos capazes de receber

o vinho novo do evangelho, cheios de amor e compaixão pelos perdidos, fé nas promessas do Senhor da igreja, disposição para prosseguir confiante, consciência da missão, sentimento de co-operação, obediência incondicional ao Senhor e uma atitude de servo para juntos plantarmos muitas igrejas multiplicadoras e assim avançarmos para a conquista da Pátria para Cristo.

* Coordenador Regional de Missões da JMN no Ceará

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GENTE QUE FAZ MISSÕES

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O título desta matéria refere-se a uma iniciativa que nasceu como um sonho pessoal e ampliou-se, tornando-se um projeto e envolvendo pessoas de diferentes estados, reunidas em Belém do Pará por ocasião da Tenda da Espe-rança de Missões Nacionais, em outu-bro passado.

Priscyla Proença, estudante de me-dicina, acompanhou o atendimento de uma menina, vítima de escalpelamen-to, na Santa Casa de Misericórdia do Pará e, no fim da consulta, conversan-do com a menina, ouviu dela que seu maior sonho era ganhar uma peruca. “Isso partiu meu coração”. Assim sen-tiu o desejo de deixar seu cabelo crescer para poder doá-lo para confecção de perucas. A ideia foi compartilhada com outras jovens da organização Jovens Cristãs em Ação da 1ª IB do Pará, presi-dida por Paula de Oliveira, que também resolveram deixar seus cabelos crescer com o mesmo objetivo.

Durante a Tenda da Esperança, vo-luntárias ouviram falar do problema e da iniciativa das irmãs paraenses. Foi o bastante para voluntárias doarem seus cabelos ali mesmo, durante o projeto. Inicialmente foram quatro: Janaína Trindade e Hortência Silva (PB), Taís

Flora (ES) e Juliana Pimentel (RJ), mas por ocasião da conclusão do proje-to já eram 30 as doadoras. Janaína, que sempre recebeu elogios pelos cabelos e sentia-se bem por isso, abriu mão deles. “Meninas sem cabelo não têm autoes-tima e poder doar meus cabelos para essas meninas traz um sentimento de muita alegria, pois entendi claramente que ‘Por Ti, darei minha vida’ significa até mesmo isso. Desejo que as meninas sintam-se amadas por Deus e, se meus cabelos servirem para isso, ficarei feliz e doarei muitas outras vezes.”

Voltando para seus estados, tanto do-adoras quanto voluntários do projeto da JMN, que conheceram o drama das escal-peladas, começaram a mobilizar novas doadoras em suas igrejas, entre amigos e parentes, utilizando-se de vídeos na in-ternet e das redes sociais para divulgar. Na primeira quinzena de dezembro, as doações já somavam mais de 150 cabe-los. As doações estão sendo enviadas por Correio para a sede da Primeira Igreja Batista do Pará e também levadas pesso-almente, como foi o caso de Rossi Dan-nillce de Sousa Araújo, conhecida como Nill. Tendo participado da Tenda, não doou seus cabelos por estarem curtos, mas voltou para o Piauí com o desafio de

conseguir 5 voluntárias, o que foi feito no culto em que compartilhou as experiên-cias das escalpeladas. Mas não parou por aí, mobilizou outras igrejas e, no início de dezembro, Nill esteve em Belém entre-gando 72 cabelos para o projeto. “Estou maravilhada com o projeto, sei o quanto um cabelo é importante na vida de uma mulher, mas... fui ali, não somente le-var cabelos, mas levar uma esperança, JESUS CRISTO. Entre as doadoras, sua prima Amanda Rutyele, de 9 anos, toca-da pelo vídeo a que assistira, decidiu doar seus cabelos e registrou sua justificativa: “Senti no meu coração que as crianças e adultos merecem muito e também por causa do toque do Senhor, que me cha-mou para ser uma voluntária”.

O projeto tem como objetivo não ape-nas doar perucas, mas ofertar serviço de atendimento psicológico gratuito, cur-sos de artes e musicalização às vítimas e acompanhantes, visando amenizar o sofrimento das internas no Espaço Aco-lher da Fundação Santa Casa de Miseri-córdia do Pará. É nesse local que as es-calpeladas ficam hospedadas, com uma acompanhante, durante o tratamento que pode durar de 6 a 8 meses. Doações também chegam a Belém vindas de Brasília, Rio de Janeiro, Espírito Santo,

Por amor às ribeirinhasMarize Gomes Garcia

As primeiras doadoras da Tenda

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Paraíba, entre outros. Todos locais que tiveram representantes no projeto Tenda da Esperança e que, tomados de compai-xão pelas “meninas de turbantes”, como são conhecidas, disseminaram informa-ções, levantando doações. Em meio a todo este envolvimento, houve casos de profissionais que se recusaram a cortar belos cabelos em favor da estética e em detrimento de amenizar a dor do outro, mesmo conhecendo a nobre causa.

Não bastasse o impacto do acidente e suas consequências físicas, as escalpe-ladas enfrentam outra forte dor. A dor do abandono e do preconceito. Além de serem tidas pela comunidade como amaldiçoadas e castigadas por Deus, muitas são abandonadas por seus fami-liares nos hospitais. Maria Trindade Go-mes, vice-presidente da Associação das Mulheres Vítimas de Escalpelamento do Amapá, afirma: “A família abandona a gente. Eu fui abandonada no hospital. E as pessoas não têm consideração, o pre-conceito é muito grande. Aonde a gente chega, eles dizem ‘só porque não tem cabelo, quer ter prioridade’”. Também no Amapá, embora não haja estatística oficial sobre estes acidentes, estima-se que haja mais de 1,4 mil casos.

No dia 23 de dezembro, a JCA da 1ª IB do Pará esteve no espaço Acolher para entrega das seis primeiras perucas resultantes da força do amor de Cristo, que tem unido tantas vidas de diferen-tes locais para atender a necessidade do próximo. Se impedir os acidentes não está em nossas mãos, louvamos a Deus pela vida de cada voluntário que levou este desafio a seus estados e tem ameni-zado a dor destas meninas. No Youtube, procure: “Por amor às ribeirinhas” e conheça mais sobre o projeto e como você pode ajudar.

O perigo que vem do principal meio de transporte

Apesar do capítulo 3º da Lei 9.537/97, que dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário em águas sob jurisdição nacional, afirmar que “Cabe à autoridade marítima promover a implementação e a execução desta Lei, com o propósito de assegurar a salvaguarda da vida humana e a segurança da navegação, no mar aberto e hidrovias interiores, e a prevenção da poluição ambiental por parte de embarcações, plataformas ou suas instalações de apoio”, mensalmente toma-se conhecimento de duas vítimas de escalpelamento em acidentes de bar-cos no Pará. A nova lei de junho de 2009 altera a Lei no 9.537, de 11 de dezembro de 1997, para tornar obrigatório o uso de proteção no motor, eixo e partes móveis das embarcações, no entanto, como em diferentes campos, a existência de legislação não resolve o problema.

Segundo o cirurgião da Santa Casa de Misericórdia Cláudio Brito, que preside a ONG deno-minada “Sarapó”, destinada às vítimas de escalpelamento, que visa tratar as marcas dos escal-pelamentos e estabelecer meios de prevenir futuras tragédias, estima-se que haja mais de 100 mil pequenas embarcações navegando pelos rios da Amazônia, e a maioria deles não possui nenhum tipo de proteção para este tipo de acidente, caracterizando uma tendência dramática de manutenção, ou até aumento dos índices registrados de vítimas por escalpelamento na região Amazônica. A população ribeirinha, que se utiliza destas embarcações como principal meio de transporte, circula nos barcos e, no caso das mulheres, com cabelos compridos, soltos ou até mes-mo presos em “rabos de cavalo”, incluindo crianças, são quase a totalidade das vítimas. Também há casos de homens que perderam a genitália ao serem puxados pelas calças ou pelos shorts.

Normalmente, os eixos ficam escondidos sob pequenas tábuas de madeira, no assoalho dos barcos, o que não confere real segurança, devido ao apodrecimento natural da madeira e da existência de frestas entre as tábuas que permitem a passagem dos fios de cabelo. Quando as vítimas se abaixam para pegar alguma coisa no chão ou quando as crianças, cansadas, deitam sobre o colo dos acompanhantes, o acidente acontece. Comumente, nas embarcações menores, os passageiros viajam sentados em bancos sobre o eixo. Pode-se encontrar também, em barcos maiores, redes de dormir estendidas até mesmo sobre o motor, bastando um descui-do para que o cabelo ou partes da roupa se enrosquem nas partes mecânicas à mostra e sejam puxados para a região interior do motor.

O grande desafio é eliminar as chances de ocorrência dos acidentes, uma vez que se trata da maior bacia hidrográfica do mundo, 3,8 milhões de Km² da qual abrange os estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Amapá. A capitania dos portos no Pará vem trabalhando a fim de ampliar a fiscalização dessas embarcações. “Em quase todas as embarcações que fiscalizamos e detectamos que não têm o eixo coberto, nós retemos essas embarcações e obrigamos o condutor a proteger as partes descobertas”, afirmou o capitão-de-fragata Ednardo. Contudo muitos donos de barcos não procuram a capitania e navegam com motores descobertos. A solução seria a cobertura total do eixo e do motor por meio da carena-gem metálica devidamente parafusada e sem brechas. No entanto, devido à grande extensão da bacia e à dificuldade de fiscalização, comum também ao desmatamento da Amazônia, os acidentes continuam acontecendo.

Priscyla ressalta que a falta de divulgação também contribui para este cenário. “Na ver-dade, como não tem muita visibilidade na mídia e os acidentes acontecem mais no interior, as pessoas nem sabem que acontecem, mas quando a gente comenta com alguém todos se impressionam. Como o acidente é muito violento, junto com os cabelos e o couro cabeludo, muitas vezes as orelhas, parte da testa e até pálpebras vêm junto.”

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Plantando igreja na

CracolândiaSeis meses se passaram desde a chegada

dos radicais à Cracolândia, no centro da cidade de São Paulo. Em meio a usuários de drogas e traficantes, pregaram o evan-gelho, fazendo Cristo conhecido por meio de estratégias simples, mas eficazes. Lide-rados pelo casal de missionários Humberto e Soraya Machado, o grupo circulou entre becos e favelas da capital, mostrando aos marginalizados que há esperança apesar da obscuridade das circunstâncias que os rodeavam. A tarefa não foi fácil, mas foi o pontapé inicial para que o quadro de morte da Cracolândia, aos poucos, se transforme em traços originais do Autor da Vida.

ESPECIAL

Caminhar lado a lado com a população de rua, demonstrando interesse pela fra-gilidade humana, foi essencial para que o projeto se desenvolvesse. Logo nas primeiras ações, os radicais presentearam com um par de muletas uma moradora de rua – grávida de sete meses e com uma fratura na perna, já que a sua havia sido roubada. “Ela cho-rava muito, e nós, que estávamos ali naquele momento, tínhamos que dar uma solução. Oramos, conversei com ela e pedi que me aguardasse. Voltaríamos com a resposta. Era desafiador... a garota não tinha como sair daquele lugar”, explicou Soraya. Mais tarde, a solução: um novo par de muletas. Daí por

diante a confiança estava estabelecida. Ou-viam-se dos marginalizados comentários do tipo: “Eles são sérios e fazem um excelente trabalho... eles são de Deus!”.

A nova igreja está sendo formada aos poucos, durante o dia e nas madrugadas, por meio de abordagens pessoais a usuários de drogas. Os frutos que surgem precisam de um acompanhamento diário, sendo, em sua maioria, encaminhados para casas de recuperação, onde também recebem o dis-cipulado. No trabalho com marginaliza-dos, não basta retirar as pessoas das ruas. É necessário alcançar o foco do problema. Por isso, foi preciso alargar a tenda, alcan-çando também a Comunidade do Moinho, realizando um trabalho particular no local de onde vem grande parte das drogas que são consumidas na Cracolândia. Paralela-mente ao trabalho espiritual realizado no Moinho, os radicais realizam atendimentos sociais, tais como cortes de cabelo, orienta-ções médicas e atendimento diferenciado às crianças. Como resultado desse período de atuação, algumas famílias já se decidiram por Cristo.

Um dos frutos gerados na Cracolândia é a jovem G. Em julho de 2009, soube da atuação dos radicais e decidiu procurá-los a fim de encontrar libertação. Apesar de tímida, contou que havia deixado a Bahia após algumas desavenças familiares. Che-gando a São Paulo, se virou como pôde

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Radicais também prestam assistência social a marginalizados

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Humberto Sousa Machado nasceu em Salvador, BA, no dia 15 de novembro de 1957. Viveu com os pais no morro do Barro Branco. Com doze anos fugiu de casa, indo parar em São Paulo. Na grande metrópole morou nas ruas e entrou de cabeça no mundo das drogas. Aos 16, foi preso por tráfico de drogas. Foram 15 anos de envolvimento no crime, chegando a ser preso 25 vezes. Em 31 de dezembro de 1984, depois de uma overdose e tentativa de suicídio, teve um encontro com Jesus. Bati-zou-se em 31/12/1987. Em dezembro de 1996 concluiu o curso de Teologia pela Faculdade de Teologia Filadélfia, iniciando seu ministé-rio na Igreja Assembleia de Deus.

Em 21 de abril de 1989 casou-se com So-raia Márcia Oliveira de Assis (21/09/1968). Após sete anos trabalhando com igrejas, criou seu primeiro ministério de evange-lização numa penitenciária, onde batizou

De traficante a obreiro na Cracolândia

cerca de duzentos presos. Depois disso, co-nheceu missões e foi desafiado a trabalhar na Convenção Batista Baiana. No ano de 1990, iniciou a plantação de igreja dentro dos presídios, criando o SOS Presídios. Por intermédio deste projeto, foram plantadas

oito igrejas dentro dos presídios de Salva-dor e batizados cerca de setecentos presos. Pr. Humberto foi então desafiado por Mis-sões Nacionais a assumir a Coordenação do Sistema Penitenciário do Estado do Espírito Santo, onde, durante quatro anos, dirigiu o Instituto de Reabilitação Social (IRS). Plan-tou a primeira Associação de Proteção e As-sistência ao Condenado da América Latina e implantou a evangelização nos presídios no estado do Espírito Santo. Retornando a Sal-vador, em 2001, deixou Missões Nacionais para pastorear a Segunda Igreja Batista em Coaraci, abrindo um centro de recuperação em Teixeira de Freitas, BA.

Em 2009, aceitou, juntamente com a esposa, o desafio do Radical Brasil na Cra-colândia, SP. Entende que Deus o abençoou no sentido de retornar ao ministério pela Junta de Missões.

Retornando à JMN, pr. Humberto plantará uma igreja contextualizada na Cracolândia

para se alimentar e conseguir abrigo. No crack viu a forma mais barata para fugir dos problemas, mas o que não sabia era que essa viagem custaria nada menos que anos de vida. Contou que tinha uma filha, que era cuidada por uma amiga. Quando dava, fazia uma breve visita para controlar a saudade, mas a tentação das drogas fala-va mais alto, fazendo-a retornar às ruas.

Felizmente, após ser encaminhada para uma casa de recuperação, G encon-trou um novo caminho e, no dia 27 de dezembro de 2009, confirmou sua decisão por Cristo, descendo às águas batismais na Primeira Igreja Batista de São Paulo. A emoção de todos os envolvidos no projeto foi grande e a certeza de se estar no cami-nho certo ainda maior.G, quando deu entrada na casa de recuperação, há seis meses

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NORTE A SUL

Projeto leva evangelho às escolas de Nova Olinda

Crianças do município de Nova Olinda, no Tocantins, estão tendo mais uma oportunidade de conhe-cer o evangelho por meio de ações realizadas em um dos centros edu-cacionais da cidade. A estratégia, conhecida como Jesus na Escola, foi idealizada pela missionária Lídia de Oliveira Dias.

Cerca de 600 crianças, além de pro-fessores e diretores, participaram das atividades propostas no projeto. “Já estamos nesse projeto há dois anos. Hoje, já temos no coral Infanto Juvenil algumas crianças cujos pais ainda não são crentes, mas temos certeza de que esses pais estarão ouvindo a mensa-gem cantada por seus filhos”, afirmou Lidia. Das crianças que fazem parte da atividade, uma foi responsável pela conversão da própria mãe.

Crianças aprendem sobre Jesus através de músicas e brincadeiras

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Primeira residenterecaída, submeteu-se aos cuidados da mais nova casa de reabilitação de Missões Nacionais. O encaminha-mento foi solicitado pela Igreja Ba-tista Nova Aliança, em Vitória, ES.

Reforço terapêuticoO tratamento de usuários de dro-

gas prevê atividades bem específi-cas, mas, por meio de iniciativas voluntárias, as internas estão sen-do beneficiadas com a organização de uma biblioteca e, em breve, cur-sos de artesanato e fabricação de bonecas.

Ato de inauguração da Comunidade Terapêutica Élcia Barreto Soares

Ore pelo trabalho missionário em Nova Olinda. Muitos ainda re-jeitam o evangelho, mas a Palavra

tem sido semeada por meio de es-tratégias ousadas como o projeto Jesus na Escola.

No dia 5 de dezembro, a C o m u n i d a d e Terapêutica Él-cia Barreto Soa-res, em Campos dos Goytacazes, RJ, recebeu sua primeira resi-dente. A jovem, 30 anos, já ha-via passado por outra clínica de recupera-ção. Após uma

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Motivados em apoiar o trabalho so-cial realizado por Missões Nacionais em Barreiras, BA, empresários, profis-sionais especializados em construção civil e até universitários se uniram para contribuir com as obras de melhorias na estrutura do Lar Batista David Gomes, instituição que abriga crianças em situação de risco social.

Entre as mudan-ças já ocorridas no lar, estão a reativa-ção da marcenaria, reforma em uma das casas-lares e a orga-nização da biblio-teca. O apoio veio por intermédio de pessoas como Peter Dresen, da Primeira Igreja Batista da Barra da Tijuca - RJ, que abdicou de seus compromissos profissionais e familiares para reativar a marce-naria da instituição, além de confec-cionar portas de armários de todas as

casas. Peter, que também é músico, garimpou talentos entre as crianças e levou algumas delas a gravar uma canção de Natal, fruto de sua auto-ria. “Muitas das crianças têm vozes

afinadíssimas. Houve uma que me impressionou bastante por conta de sua bela voz e postura”, afirmou.

Desde o ano passado, Peter Dre-sen vem apoiando as crianças do Lar Batista David Gomes. Inicialmente,

Voluntários participam de obras de reforma no Lar Batista David Gomes

começou a divulgar as necessidades da instituição por meio de sua banda, a Litch, que distribuiu, para sorteio em rádios e igrejas, bonecas confec-cionadas pelos internos. Agora, após

conhecer de perto a instituição, con-ta que poderá aju-dar ainda mais. “As pessoas sempre me perguntavam coisas sobre o lar, mas, por nunca haver visitado, não sabia responder. Hoje posso fazer mui-to mais”, comentou.

Outro voluntário, Cleyton da Silva Ma-chado, com seus co-nhecimentos na área de construção civil, está fazendo um

belo trabalho de reforma nas depen-dências do David Gomes. A casa que abriga os internos mais novos foi restaurada e servirá de modelo para as demais. Após a reforma das casas, virá a do bloco administrativo.

Cleyton e esposa entre os represetnantes da JMN, pr. Jeremias Nunes - gerente de recursos estratégicos - e Alice Cirino - gerente executiva de ação social

Alunos xerentes recebem MP3 como lembrança de formatura

A tecnologia está cada vez mais próxima do índio. Em Miracema do Tocantins, os primeiros formandos do colégio indígena Cemix – Centro de Ensino Médio Indígena Xerente, instalado em plena aldeia, recebe-rão como lembrança aparelhos de MP3. A nova ferramenta será uma

aliada na preservação da cultura indígena, já que os xerentes agora poderão gravar os discursos dos an-ciãos.

O br inde, dedicado aos 15 for-mandos, fo i uma ideia do profes-sor de l íngua indígena Si lv ino, que é f ruto do t rabalho de Mis-

sões Nacionais , sendo hoje um dos l íderes da igreja xerente . No Cemix, os alunos já t iveram au-las de informática e terão, com os aparelhos de MP3, mais uma ferramenta de inclusão digi tal e , com cer teza, propagação do evangelho.

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Sudoeste do Paraná celebra batismo de 14 novos crentes

Igreja Batista de Curi-tiba, igreja-mãe dos projetos da região. Ele foi o orador convidado e também ministrou a ceia do Senhor.

Segundo a missio-nária Valdira Oláh, de Planalto, esta já é a segunda vez que os obreiros se reúnem

para a realização de batismos. A prá-tica serve para estreitar a comunhão entre os colegas de ministério, incen-tivando-os a continuarem avançando contra as trevas.

um de Ampere, dois de Capanema, quatro de Planalto e sete de Santo Antônio do Sudoeste. Cerca de 150 pessoas estavam presentes, entre elas, o pastor Antônio Lopes, da Primeira

Celebrando os frutos do trabalho missionário no sudoeste do Paraná, obreiros que atuam na região se reu-niram no dia 21 de novembro para batizarem 14 novos crentes, sendo

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Batismos no Sudoeste do Paraná

Instituto Batista de Carolina apresenta resultados de projetos pedagógicos

Desde o segundo semestre de 2009, o Instituto Batista de Carolina (IBC), MA, vem desenvolvendo atividades que têm despertado habili-dades especiais em crianças, adolescen-tes, jovens e até adul-tos. A apresentação desses projetos acon-teceu no dia 28 de no-vembro, quando pais e convidados consta-tavam o resultado das aulas de balé, instru-mentos musicais, xadrez, esportes, teatro, canto e Língua Brasileira de Sinais (Libras).

LHERME PORTILHO que conquistaram Medalhas de Prata na XII Olimpíada Brasi-leira de Astronomia e Astronáutica, entre 85.000 participantes de todo o Brasil.

O IBC informa que no ano de 2010 continuará desenvol-vendo estas e outras atividades, inclusi-ve abrindo espaço à comunidade com turma de Violão Bá-sico, à noite. Haverá

também a Escolinha de Futsal e Vô-lei, Coral Infantil, Flauta Doce e a Biblioteca Solidária Informatizada.

Apresentação das alunas de Ballet do IBC

Na ocasião, também houve espaço para a entrega do Certificado e meda-lhas aos alunos IVANA BRINGEL E GUI-

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PRESTAÇÃO DE CONTAS

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Gráficos financeiros e contábeis

Fonte: Sistema Corporativo – Módulo Financeiro Fonte: Sistema Corporativo – Módulo Financeiro

Fonte: Sistema Corporativo – Módulo Financeiro

Fonte: Sistema Corporativo – Módulo Financeiro Fonte: Sistema Corporativo – Módulo Financeiro

É com muita gratidão a Deus que apresentamos os relatórios financeiros e contábeis de Missões Nacionais do exercício outubro de 2008 a setembro de 2009.

Nosso expressivo louvor a Deus pelo espírito missionário que inunda o coração do povo batista brasileiro transbordando em amor por missões e se materializando em suas ofertas, seus vocacionados, seus missionários voluntários nas TRANS e na Tenda da Esperança e na rede de intercessores. Todos esses abençoados “ingredientes” têm como resultado a certeza de que estamos avançando e tomando o território das mãos do inimigo para que Jesus Cristo reine supremo em nossa Pátria.

Antonio Lopes FilhoGerente Executivo de Administração e Finanças

Principais Receitas

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NOTAS EXPLICATIVAS AO BALANÇO ENCERRADO EM 30/09/2009 Ativoa) Clientes – Neste grupo estão contabilizados os valores a receber de vendas efetuadas pela livraria, nas modalidades cartão de crédito, boleto bancário,

cheques pré-datados, cooperativa para missionários e funcionários, cheques devolvidos em cobrança e depósitos a compensar;b) Adiantamentos – conjunto composto pelas contas de adiantamentos de férias, a fornecedores, décimo terceiro salário, viagens, despesas operacionais,

promoção, eventos e projetos especiais. c) Valores a Receber – Empréstimo concedido ao Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, com recursos do fundo patrimonial constituído da venda

de propriedades aplicados em CDBs. d) Estoques – São avaliados ao custo médio de aquisição. Levantado inventário em 30/09/2009 pela contagem física;e) Realizável em Longo Prazo – Representado por créditos a receber do Conselho de Planejamento da CBB. f) Ativo Imobilizado – Como resultado do projeto de levantamento e legalização do patrimônio foram atualizados valores com base em laudos de avaliação,

certidões das prefeituras municipais e/ou valores venais constantes das guias de IPTU. As depreciações foram efetuadas e calculadas pelo método linear, com base em taxas que levam em consideração a vida útil econômica dos bens, segundo parâmetros estabelecidos pela legislação tributária.

Passivog) Circulante – Compõem este grupo, salários a pagar, os encargos sociais e impostos do mês de setembro, recolhidos no mês de outubro, bem como, as

provisões para 13 salário e férias e o FGTM – Fundo de Garantia por Tempo Ministerial devido aos missionários, cujo valor correspondente encontra-se devidamente aplicado no ativo circulante em CDBs;

h) Arrendamento mercantil – Constam dessas contas as operações de “leasing” para veículos, copiadora Xerox e computadores DELL.

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Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2009.

Aos Administradores e Conselheiros daJUNTA DE MISSÕES NACIONAIS DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA

1. Examinamos o balanço patrimonial da JUNTA DE MISSÕES NACIONAIS DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA em 30 de setembro de 2009 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos relativas ao exercício social compreendido entre 01 de outubro de 2008 e 30 de setembro de 2009, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria que requerem que o exame seja realizado com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações contábeis em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos, b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos regis-tros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

3. A Entidade encontra-se em fase de implementação de um controle patrimonial de bens atualizado, o que permitirá melhor aferição das depreciações respectivas.

4. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis mencionadas no parágrafo 1º, considerado o exposto no parágrafo anterior, representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da JUNTA DE MISSÕES NACIONAIS DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA em 30 de setembro de 2009 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações dos recursos, relativas ao exercício social compreendido entre 01 de outubro de 2008 e 30 de setembro de 2009, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Parecer dos Auditores Independentes

Antonio Lopes FilhoContador CRC RJ 18398-8

CPF 054.704.207-87

Fernando Macedo BrandãoDiretor Executivo

CPF 665.689.356-20

i) Provisões para Riscos Fiscais – Refere-se ao provisionamento do IPTU 2008 cujo valor faz parte de ação em andamento para depósito em juízo, visando o direito de isenção legal em virtude do título de filantropia;

j) Contas de Compensação – Coberturas dos seguros contratados. k) Patrimônio Social e Gratuidades – Missões Nacionais possui título satisfatório de todos os ativos de que é proprietária. O superávit do exercício tem

a destinação única de reinvestimento na instituição e seus projetos missionários e sociais. Os dirigentes não são remunerados nem têm concessão de vantagens ou benefícios indiretos. Foram investidos acima de 20% (vinte por cento) da receita bruta, em gratuidade e projetos de cunho social à comunidade. A instituição não utilizou o benefício de isenção da cota patronal de previdência social, o qual seria no valor de R$357.323,66 (trezentos e cinqüenta e sete mil, trezentos e vinte e três reais e sessenta e seis centavos), estando esse valor preservado em recursos disponíveis por recomendação jurídica dos advogados, aguardando reconhecimento processual administrativo e/ou judicial em virtude do trânsito em julgado do processo com o INSS que reconhece a filantropia da instituição. Para realizar as despesas com gratuidades, Missões Nacionais mantém sua estrutura com receitas originadas de doações, oferecendo à população carente, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, de acordo com sua disponibilidade orçamen-tária, atividades educativas, de esporte e lazer, casas lares, prevenção de doenças e promoção da saúde.

Rio de Janeiro, 30 de setembro de 2009

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