a paixão de cristo, por thomas adams

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Livros fantásticos para a sua edificação espiritual, com a ajuda de Emerson Eduardo Rodrigues

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  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    Traduzido do original em Ingls

    The Passion Of Christ

    By Thomas Adams

    Via: ChapelLibrary.org Copyright 2013 Chapel Library

    Traduo e Capa por Camila Almeida

    Reviso por William Teixeira

    1 Edio: Maio de 2015

    Salvo indicao em contrrio, as citaes bblicas usadas nesta traduo so da verso Almeida

    Corrigida Fiel | ACF Copyright 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bblica Trinitariana do Brasil.

    Traduzido e publicado em Portugus pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida permis-

    so de Chapel Library (ChapelLibrary.org), um ministrio de Mount Zion Bible Church, sob a licena

    Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

    Voc est autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

    desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que tambm no altere o seu contedo

    ne m o utilize para quaisquer fins comerciais.

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    A Paixo de Cristo Por Thomas Adams

    [Cristo] se entregou a si mesmo por ns,

    em oferta e sacrifcio a Deus, em cheiro suave. (Efsios 5:2)

    Esta ltima parte do versculo um claro e vvido crucifixo, talhado pela mo do mais primo-

    roso escultor, no para maravilhar nossas aparncias corporais com um pedao de madei-

    ra, cobre ou pedra, minuciosamente gravado para o aumento de uma devoo carnal; mas

    para apresentar ao olho de nossa conscincia a penosa paixo e graciosa compaixo de

    nosso Salvador Jesus Cristo, que entregou a si mesmo por ns. Este crucifixo apresenta

    ao olho de nossa conscincia sete considerveis circunstncias. Os pontos esto para o

    nosso sermo como o caminho de Betnia para Jerusalm, aquele que entrega, o que en-

    trega, o que entregue, entregue a quem, para quem, por quem, a maneira da entrega, e

    o efeito da ddiva.

    I. QUEM: A Pessoa que entrega Cristo. A qualidade de Sua Pessoa altamente recomenda

    o Seu superabundante amor por ns.

    A. Ascenso: Ns ascenderemos a esta considerao por quatro degraus ou nveis e des-

    ceremos por quatro outros. Em ambos, indo acima e a abaixo, ns perceberemos o admi-

    rvel amor do Doador.

    1. Ns O consideraremos como um homem: Eis aqui o homem (Joo 19:5), disse Pilatos.

    Ns podemos permanecer e nos admirar em Seu mais baixo degrau que um homem possa

    entregar a si mesmo por outro homem. Porque apenas algum morrer por um justo

    (Romanos 5:7). Mas este Homem deu a Si mesmo por homens injustos, para morrer no

    uma comum, mas uma penosa morte, expondo a Si mesmo ira de Deus e tirania de

    homens e demnios. Deveria apiedar os nossos coraes por ver um pobre animal mudo

    to aterrorizado; quanto mais o Homem, a imagem de Deus!

    2. O segundo grau de Sua entrega, um homem inocente. Pilatos poderia dizer: Eis que,

    examinando-o... nenhuma culpa... acho neste homem; no, nem mesmo Herodes. No,

    nem o Diabo, que poderia ter tido certo contentamento com uma tal vantagem. Assim, a es-

    posa de Pilatos enviou ao seu marido a palavra: No entres na questo desse justo (Ma-

    teus 27:19). Assim, a Pessoa no apenas um homem, mas tambm um homem justo que

    entregou a Si mesmo para suportar tais horrores por ns. Se ns nos apiedamos da morte

    de malfeitores, como deveria ser a nossa compaixo para com um inocente!

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    3. No terceiro degrau, Ele no apenas um homem e um bom homem, mas tambm um

    grande homem, um descendente da realeza dos antigos patriarcas e reis de Jud. Pilatos

    escrevera Seu ttulo, e dele disse: O que escrevi, escrevi, e no o alterou. E qual era aque-

    le? Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus (Joo 19:19). Agora, como a pessoa, assim a

    paixo: quanto mais nobre doador, mais excelente a ddiva. Aquele to grande Rei sofreria

    tal desprezo e descrdito a serem lanados sobre Ele, quando a menor parte de Sua des-

    graa teria sido muito para um homem de condio inferior; aquele homem, um bom ho-

    mem, um grande homem, sofreu tal calnia, tal calamidade, por nossa causa aqui h um

    incomparvel, um inefvel amor.

    4. Isto o suficiente, mas no tudo. Ainda h um maior degrau a subir. este: Ele era

    mais do que um homem, no apenas o maior dos homens, sim, maior do que todos os

    homens. Ele era mais do que o Filho do homem; Ele era o prprio Filho de Deus. Como o

    centurio reconheceu: Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus (Marcos 15:39).

    Aqui esto todos os quatro degraus para cima: um homem, um homem inocente, um

    homem principesco, e ainda mais do que um homem, o prprio Deus.

    Salomo foi um grande rei, mas aqui est Algum maior do que Salomo. Salomo foi

    Christus Domini, mas aqui est Christus Dominus. Aquele era o ungido do Senhor, mas

    este o Senhor, Ele mesmo, ungido. E aqui todas as lnguas silenciam, e a admirao sela

    cada lbio. Este um profundo som fora do alcance. Voc pode, talvez, sonolentamente

    ouvir isto e ser afetado friamente pelo mesmo, mas, deixe-me lhe dizer: principados e potes-

    tades, anjos e serafins, ficam maravilhados diante disto.

    B. Descida: Ns vemos a ascenso. Deveremos ns trazer a baixo novamente esta consi-

    derao por tantos degraus?

    1. Considerem-nO, Deus todo-poderoso, tomando sobre Si a natureza humana. Este o

    primeiro degrau de descida. E o Verbo se fez carne, e habitou entre ns (Joo 1:14). E

    Deus enviou seu Filho, nascido de mulher (Glatas 4:4). Isto foi feito por revestir-se de

    nossa natureza, no por retirar a Sua prpria. A Humanidade unida Divindade, mas a

    Divindade no desassociada de si mesma. Ele tanto Deus quanto homem, ainda assim,

    apenas um Cristo: um, no por confuso de substncia, mas por unidade de Pessoa. Agora,

    nisto este eterno Deus tornou-se homem, Ele sofreu mais do que um homem pode sofrer,

    seja vivendo ou morrendo. Que o homem pudesse ter se tornado em um animal, em um

    verme, em p, em nada, no to grande depreciao quanto que o Deus glorioso pudesse

    se tornar em homem. Ele no teve por usurpao ser igual a Deus... fazendo-se semelhan-

    te aos homens (Filipenses 2:6-7). Ele herdou mais excelente nome do que os anjos, por

    tornar-se menor do que os anjos (Hebreus 1:4). Mesmo o resplendor da glria de Deus

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    assume nEle a baixeza de nossa natureza; e Aquele que estabeleceu os fundamentos da

    terra e fez o mundo est agora no mundo feito por Ele mesmo. Este o primeiro degrau de

    descida.

    2. O segundo degrau o conduz ainda mais baixo. Ele feito homem; mas que homem?

    Deixem-nO ser o monarca universal do mundo e ter a fidelidade e reverncia devidas a Ele

    por todos os reis e imperadores como Seus vice-reis. Deixem-nO andar com coroas e

    cetros, e deixem prncipes comparecem em Sua corte, e desta foram haveria alguma majes-

    tade que podia, minimamente, ser rendida ao Filho de Deus. No semelhante contedo:

    [Ele] tomou [sobre Si] a forma de servo (Filipenses 2:7). Ele nos instrui a humildade por

    Seu prprio exemplo. Bem como o Filho do homem no veio para ser servido, mas para

    servir (Mateus 20:28). , Israel, mas me deste trabalho com os teus pecados (Isaas

    43:24). Ele entregou a Si mesmo como um servo, no como um mestre. Aquele que o

    Filho de Deus feito servo do homem. Orgulhosamente cego e cegamente miservel ho-

    mem, que tu possas ter tal servo como o Filho do teu Criador. Este o segundo degrau de

    descida.

    3. Isto ainda no baixo o suficiente. Mas eu sou verme, e no homem (Salmos 22:6),

    disse o Salmista sobre Sua Pessoa, sim, a vergonha dos homens e desprezado do povo.

    Ele chamado de o Rei da Glria: levantai-vos, entradas eternas, e entrar o Rei da

    Glria (Salmos 24:7). Mas Isaas diz: Era desprezado, e o mais rejeitado entre os ho-

    mens... era desprezado, e no fizemos dele caso algum (Isaas 53:3). Oh! a piedade de

    Deus que aqueles dois pudessem vir to prximos conjuntamente: o Rei da glria e o des-

    prezado dos homens a mais nobre majestade, a mais amorvel humildade. Assim diz o

    apstolo: [Cristo] esvaziou-se a si mesmo (Filipenses 2:7). Ele que merece toda a honra

    como apropriadamente devida, e, contudo, Ele fez a Si mesmo no de pouca, mas de

    nenhuma reputao.

    Aqui havia desalento; sim, aqui havia rejeio. Deixem-nO ser colocado em Seu pobre ber-

    o, os Belemitas O rejeitaram, a manjedoura deve servir, no havia nenhum quarto para

    Ele na hospedaria. Sim: Veio para o que era seu, e os seus no o receberam (Joo 1:11).

    Todo o Israel mui hostil para com Ele; Ele se apraz em voar para o Egito por proteo.

    Veio Ele a Jerusalm, a qual Ele honrou com Sua presena, instruiu com Seus sermes,

    maravilhou com Seus milagres, molhou e orvalhou com Suas lgrimas? Ele O rejeitaram!

    quis eu... tu no quiseste (Mateus 23:37). Veio Ele Sua parentela? Eles O ridicularizaram

    e difamaram, como se eles estivessem com vergonha de Sua aliana. Veio Ele aos Seus

    discpulos? Eles tornaram para trs, e j no andavam com ele (Joo 6:66). Permanece-

    ro ainda os Seus discpulos com Ele? Ento eles dizem: Senhor, para quem iremos ns?

    Tu tens as palavras da vida eterna (Joo 6:68). Ainda assim, por fim, um O traiu, outro O

    negou, todos O abandonaram! E Jesus deixado sozinho em meio aos Seus inimigos. Po-

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    de a malcia ainda adicionar algum agravante a mais Sua depreciao? Sim, eles O cruci-

    ficaram com os malfeitores; a qualidade de Sua companhia feita para aumento de Sua

    desonra. Em meio aos ladres, como se fosse o prncipe dos ladres, disse Lutero, Ele que

    no teve por usurpao ser igual ao [santssimo] Deus, feito igual a ladres e assas-

    sinos; sim, como se fosse, um capito dentre eles. Este o terceiro degrau.

    4. Mas ns devemos ir ainda mais baixo. Contemplem agora o mais baixo degrau e a maior

    rejeio. O Senhor me afligiu, no dia do furor da sua ira (Lamentaes 1:12). Todavia, ao

    Senhor agradou mo-lO, fazendo-o enfermar (Isaas 53:10). Nenhum fardo parece pesado

    quando os consolos de Deus ajudam a carreg-lO. Quando Deus d consolo, a vergonha

    produz e opera apenas ataques inteis. Mas agora, por rejeio de tudo anterior, o Pai vira

    as Suas costas para Ele como um estranho; o Pai O fere como a um inimigo. Jesus brada:

    Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Salmos 22:1). Como pode o sol e es-

    trelas, cu e terra, permanecerem enquanto o seu Criador assim queixa-se! O degrau ante-

    rior era profundo; Ele foi crucificado com inquos, contado entre os mpios. Mesmo os la-

    dres tiveram uma morte melhor do que a dEle. Ns no encontramos zombaria, nem insul-

    tos, nem provocaes, nem ofensas contra eles. Eles no tinham nada sobre si seno a

    dor; Ele teve tanto o desprezo quanto o tormento tambm. Se desprezo e escrnio podem

    maltratar a Sua boa alma, Ele dever t-lO s em estrondos de artilharia atirados contra Ele.

    Mesmo o mais vil inimigo admitir isto; judeus, soldados, perseguidores, sim, padecentes

    malfeitores, no poupam escarnecer dEle. Seu sangue no pode satisfaz-los sem sua

    reprovao. Os discpulos so apenas homens fracos, os judeus apenas cruis persegui-

    dores, os demnios apenas inimigos maliciosos; todos estes fazem apenas o seu tipo. Mas

    o mais baixo degrau que Deus O abandonou; e em Seus sentimentos, Ele esquecido

    do Altssimo. Pesem todas estas circunstncias, e vocs verdadeiramente contemplaro a

    Pessoa que deu a Si mesmo por ns.

    II. O QUE. Ns chegamos ao. Dar o argumento de uma disposio livre. [Eu] dou

    a minha vida... Ningum ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a

    dar, e poder para tornar a tom-la (Joo 10:17-18). Aquele que d a Sua vida para ns de-

    siste de Sua prpria vida por ns. Ele no vende, coloca, deixa ou empresta, mas d. Ele

    foi oferecido por que Ele desejou ser oferecido... Ele veio voluntria e rapidamente;

    nenhuma resistncia humana poderia impedi-lO. Nem os cmoros de nossas menores

    enfermidades, nem as montanhas de nossas mais grosseiras iniquidades, poderiam parar

    a Sua misericordiosa marcha em nossa direo.

    Ele deu a Sua vida; quem poderia priv-lO disto? Para todas as foras armadas do sumo

    sacerdote Ele oferece apenas um confronto verbal: Eu Sou (Joo 18:5-6), e elas se retiram

    e recuam; Sua prpria respirao dispersou a todos eles. Ele poderia to facilmente ter

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    ordenado que fogo descesse do cu para consumi-los ou vapores da terra para sufoc-los;

    Ele que controla demnios poderia facilmente ter dominado os homens. Mais do que doze

    legies de anjos estavam Sua volta, e cada anjo habilitado a derrotar... homens. Ele d a

    Seus inimigos a permisso para tom-lO, sim, poder para mat-lO; de Si mesmo este

    poder que O apreende. Mesmo enquanto Ele permanece desprezado diante de Pilatos, Ele

    ainda lhe diz: Nenhum poder terias contra mim, se de cima no te fosse dado (Joo 19:11).

    Sua prpria fora O conduz, no os Seus adversrios. Ele poderia ter sido libertado, mas

    Ele no quis... A perda de Sua vida era necessria, ainda que tambm voluntria; desta

    forma Ele entregou o esprito. Apesar de todo o mundo, Ele poderia ter mantido a Sua alma

    junto ao Seu corpo, mas Ele no quis... O homem no poderia retirar o Seu esprito;

    portanto, Ele o entregou... Ele voluntariamente sofreu a morte; do contrrio, Ele no teria

    sido to bem afetado como mrtir comum. Mas Ele orou por trs vezes: passa de mim este

    clice... Mas... Ele voluntariamente submeteu a Si mesmo a beber deste clice: Pai... no

    seja, porm, o que eu quero, mas o que tu queres... Assim, Cristo, pela fora de Sua vonta-

    de natural, temeu a morte; mas pela Sua razo, percebendo que o corte, a ferida e a crucifi-

    cao da Cabea traria sade para todo o corpo de Sua Igreja, e que ou Ele deveria sangrar

    sobre a cruz ou todos ns deveramos queimar no inferno contemplem agora Ele volun-

    tria e alegremente entregando a Si mesmo em oferta e sacrifcio a Deus por ns.

    Mas foi uma mera morte temporal que nosso Salvador temeu? No. Ele viu a intensa ira de

    Seu Pai e desta forma temeu. Muitos homens resolutos no tm nem um pouco de receio;

    diversos mrtires suportaram surpreendentes tormentos com magnanimidade. Mas agora,

    quando Aquele que lhes deu fora estremece diante da morte, deveramos dizer que Ele

    foi um covarde? Ai de mim, aquilo que teria oprimido o homem no poderia faz-lO estreme-

    cer; aquilo que Ele temeu, nenhum homem mortal, seno Ele mesmo j sentiu; ainda assim,

    Ele temeu.

    O desespero de muitos milhares de homens no era suficiente para que Ele temesse. Ele

    viu aquilo que ningum viu: a ira de um Deus infinito! Ele perfeitamente percebeu a causa

    do medo: nosso pecado e tormento. Ele viu o fundo do clice: quo amarga e turva era

    cada gota deste recipiente. Ele verdadeiramente compreendeu o fardo que ns pensamos

    ser leve; os homens no temem o inferno porque eles no o conhecem. Se eles pudessem

    ver atravs das portas abertas de horrores insuportveis daquele abismo, o termo e o medo

    surgiriam como uma malria atravs de seus ossos. Este insuportvel peso Ele viu: que a

    esponja de vingana deveria ser esremida sobre Ele, e Ele deveria absolver tal ira at a

    ltima e menor gota. Cada talento de nossas iniquidades deveria ser colocado sobre ele,

    at mesmo, como se aperta um carro cheio de feixes (Ams 2:13). E com toda esta pres-

    so, Ele deveria montar em Sua carruagem de morte na cruz e ali suport-la at que

    o apaziguado Deus ceda a uma concluso: Est consumado (Joo 19:30).

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    O filsofo poderia dizer que um homem sbio, mas miservel mais infeliz do que um tolo

    que miservel porque aquele compreende a sua misria. Da mesma forma, as dores de

    nosso Salvador foram agravadas pela plenitude de Seu conhecimento. No maravilha,

    ento, Se Ele pudesse justamente tomar as palavras que saram da boca de Davi: Enquan-

    to sofro os teus terrores, estou perturbado (Salmos 88:15). Este pensamento extraiu dEle

    aquelas gotas de sangue (Lucas 22:44). Seus olhos tinham anteriormente chorado por nos-

    sos delitos; todo o Seu corpo agora chora no um leve orvalho, mas Ele transpira slidas

    gotas de sangue. Os espinhos, aoites e cravos derramaram o sangue dEle, mas no com

    to dolorosamente quanto este suor. A violncia exterior extraiu aquelas; estas, o extremo

    de Seu pensamento perturbado. Aqui, ento, est a Sua causa de medo: Ele viu nossa

    destruio eterna, caso se Ele no sofresse. Ele viu os horrores que Ele deveria sofrer para

    nos resgatar, por isso aqueles gemidos, lgrimas, choros e suor contudo Seu amor

    superou tudo. Por natureza, Ele poderia ter evitado voluntariamente este clice. Por causa

    do amor para conosco, Ele tomou-o com uma mo disposta. Assim Ele props, assim Ele

    realizou. E agora para testemunhar o Seu amor, diz o meu texto, ele Se entregou volun-

    tariamente.

    III. POR QUEM.

    A. Quem no . Esta a terceira circunstncia, a ddiva: Ele mesmo. No um anjo, pois,

    um anjo no pode suficientemente mediar entre uma natureza imortal ofendida e uma natu-

    reza mortal corrompida. Os anjos gloriosos so benditos, mas finitos e limitados e, portanto,

    inbeis para esta expiao. Eles no podem to sensilvemente compadecer-se das nossas

    fraquezas (Hebreus 4:15), como Aquele que estava em nossa prpria natureza, em tudo

    tentado como ns somos, mas sem pecado.

    Nem santos, pois eles no tm mais leo do que necessrio s suas prprias lmpadas:

    eles tm o suficiente para si mesmos, e no de si mesmos ou seja tudo que eles tem

    vem de Cristo, mas no h nada de sobra. Insensatos clamam: Dai-nos do vosso azeite.

    Os santos respodem: No seja caso que nos falte a ns e a vs, ide antes aos que o ven-

    dem, e comprai-o para vs (Mateus 25:9). Eles no poderiam ser uma propiciao pelo

    pecado, pois eram eles mesmos culpados de pecado e por natureza passveis de condena-

    o. Miserveis idlatras, que creditam esta honra a eles contra as vontades deles; como

    eles abominariam tal glria sacrlega!

    Nem os ricos do mundo: No com coisas corruptveis, como prata ou ouro (1 Pedro 1:18).

    Fossem as riquezas do velho mundo reunidas s riquezas do novo mundo; estivessem to-

    dos os veios minerais da terra esvaziados de seus metais puros, este pagamento no seria

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    vlido para com Deus o custo para redimir almas muito maior. Aqueles que confiam

    na sua fazenda, e se gloriam na multido das suas riquezas, nenhum deles de modo algum

    pode remir a seu irmo, ou dar a Deus o resgate dele (Salmos 49:7)...

    Nem por sangue de bodes e bezerros (Hebreus 9). Ai! Aqueles sacrifcios da Lei eram ape-

    nas demonstraes embotadas, as meras figuras desta oblao, misticamente apresentan-

    do sua f no Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Joo 1:29). Este Cordeiro

    foi prefigurado nos sacrifcios da Lei e agora apresentado nas ordenanas do Evangelho,

    tendo sido morto, de fato, desde o princpio do mundo. Quem tinha o poder de nos beneficiar

    antes que Ele fosse Ele mesmo um ser humano? Nenhuns destes serviriam.

    Quem entregou a Ele ento? Ele mesmo, Aquele que era tanto Deus quanto homem; que

    assim participando de ambas as naturezas, nossa mortalidade e imortalidade de Deus, Ele

    pode ser um perfeito mediador. Ele esteve entre os homens mortais e o Deus imortal, mortal

    como os homens e justo como Deus. Como homem Ele sofreu, como Deus Ele satisfez;

    como Deus e homem Ele salvou. Ele entregou a Si mesmo: Ele mesmo totalmente e Ele

    mesmo somente.

    B. Ele mesmo totalmente: Ele mesmo todo, toda a Sua Pessoa, alma e corpo, Divindade e

    humanidade. Embora a Divindade no pudesse sofrer, ainda assim em relao unio pes-

    soal das duas naturezas em um Cristo, a Sua prpria paixo atribuda de alguma maneira

    Divindade. Por isso, chamado de sangue de Deus (Atos 20:28) e o Senhor da glria

    dito ser crucificado (1 Corntios 2:8). Uma distino escolar nos ajuda a entender isso.

    Ele entregou todo o Cristo, embora no tudo de Cristo; como Deus apenas Ele no poderia,

    e como homem apenas Ele tambm no poderia fazer esta satisfao por ns. A Deidade

    impassvel; ainda assim, seria impossvel, sem esta Deidade, que a grande obra de nossa

    salvao fosse realizada. Se algum perguntar como a humanidade sofreria sem violncia

    Divindade, mesmo estando unidas em uma nica Pessoa, permita-o compreender isto

    atravs de uma comparao familiar. Os raios de sol brilham sobre uma rvore, o machado

    corta a rvore, e ainda assim no pode ferir os raios do sol. Desta forma, a Divindade ainda

    permanece ilesa, apesar de o machado da morte ter cortado a humanidade. Seu corpo

    sofreu ambos, o sofrimento e a espada; Sua alma sofreu tristeza, e no a espada; Sua

    Deidade no sofreu nem tristeza, nem a espada. A Divindade estava na Pessoa aflita, ainda

    que no em dor.

    C. Ele mesmo somente. Ele entregou a Si mesmo somente, sem companheiro ou consolador.

    1. Sem um companheiro que pudesse compartilhar ou a Sua glria ou os nossos agradeci-

    mentos, ambos pelos quais Ele justamente zeloso. Os sofrimentos de nosso Salvador

    no necessitam de ajuda... No, o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo

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    o pecado (1 Joo 1:7) Seu sangue e Seu somente. , bendito Salvador, cada gota de

    Teu sangue capaz de resgatar um mundo crente.

    E ento? Ser preciso a ajuda de homens? Como seria Cristo, o Salvador perfeito, se qual-

    quer ato de nossa redeno fosse deixado para o desempenho de um santo ou de um anjo?

    No, as nossas almas perecero caso o sangue de Jesus no possa salv-las. E seja qual

    for o erro espirituoso que possa disputar pelos mritos dos santos, a conscincia angustiada

    brada: Cristo, e ningum seno Cristo!... Cristo, e Cristo somente; Jesus, e apenas Jesus;

    misericrdia, misericrdia, perdo, consolo, por causa de nosso Salvador!. E em nenhum

    outro h salvao, porque tambm debaixo do cu nenhum outro nome h, dado entre os

    homens, pelo qual devamos ser salvos (Atos 4:12).

    2. Sem um consolador. Ele estava to longe de ter um co-participante de Sua paixo que

    Ele no tinha ningum por compaixo de alguma maneira pudesse aliviar Suas dores. A

    compaixo apenas um pobre consolo da calamidade, ainda assim, mesmo aquela estava

    ausente. No vos comove isto a todos vs que passais pelo caminho? (Lamentaes

    1:12). to doloroso o sofrimento para Cristo, e no nada para voc? a sua piedade

    um assunto no merecedor de sua recompensa? O homem naturalmente deseja e espera

    a facilidade; se ele no pode ser liberto, ainda ele deseja ser compadecido. Compadecei-

    vos de mim, amigos meus, compadecei-vos de mim, porque a mo de Deus me tocou (J

    19:21). Cristo poderia ter feito aquele pedido de J, mas em vo; no havia ningum para

    consol-lO, ningum para se compadecer dEle. Isto ainda uma pequena mistura de refri-

    grio, a saber, se outros forem comovidos com um senso de nossa misria; em seus cora-

    es, e eles nos desejarem nosso bem e nos pudessem dar algum consolo. Mas Cristo no

    teve em Seus mais pesarosos sofrimentos ningum que Lhe servisse de consolador.

    Os mrtires lutaram corajosamente sob o estandarte de Cristo, porque Ele estava com eles

    para confort-los. Mas quando Ele sofreu, nenhum alvio foi permitido. Os mais cruis tor-

    mentos encontram algum alvio no suporte de amigos e consolos. Cristo, depois de Seu

    singular combate com o Diabo no deserto, teve anjos para assisti-lO. Em Sua agonia no

    jardim, um anjo foi enviado para confort-lO. Mas quando Ele veio para o principal ato da

    nossa redeno, nenhum anjo foi visto. Nenhum daqueles espritos gloriosos pde olhar

    desde as janelas do Cu para dar-Lhe qualquer alvio. E se eles desejassem consol-lO,

    eles no poderiam, quem pode levantar se o Senhor lanar para baixo? Que cirurgio pode

    sarar os ossos que o Senhor tem quebrado? Embora a Sua me e outros amigos

    estivessem perto, vendo, suspirando, chorando, Ai! O que fizeram aquelas lgrimas, seno

    aumentar o Seu sofrimento?

    De quem ento Ele deve esperar consolo? Dos Seus apstolos? Ai! Eles fugiram. Recear

    o seu prprio perigo abafou a sua compaixo quanto Sua misria. Ele poderia dizer como

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    J: todos vs sois consoladores molestos (J 16:2). De quem, ento? Os judeus eram

    Seus inimigos, e rivalizavam com os demnios em impiedade. No, mesmo o Pai est irado,

    e Aquele que uma vez disse: Este o meu Filho amado, em quem me comprazo (Mateus

    3:17), agora est furioso. Ele esconde o Seu rosto de Cristo, mas coloca Sua pesada mo

    sobre Ele e O esbofeteia com angstia. Assim, Cristo entregou a Si mesmo, e somente a

    Si mesmo, pela nossa redeno.

    IV. PARA QUEM: Para Deus, e esta a quarta circunstncia. A quem Ele deve oferecer es-

    te sacrifcio de expiao, seno para Aquele que foi ofendido? e este Deus: Contra ti,

    contra ti somente pequei, e fiz o que mal tua vista (Salmos 51:4). Pai, pequei contra o

    cu e perante ti (Lucas 15:21). Todos os pecados so cometidos contra Ele. Sua Justia

    est descontente e deve ser satisfeita. Com o que e com quem Deus est irado? com

    pecados e conosco, conosco pelo pecado. Em Sua justa ira, Ele deve ferir mas a quem?

    Em Cristo no h pecado. Ora, Deus deve fazer como Ans ou Ananias? Se falei mal,

    disse Cristo, d testemunho do mal; e, se bem, por que me feres? (Joo 18:23). Ou como

    Paulo a Ananias: Deus te ferir, parede branqueada; tu ests aqui assentado para julgar-

    me conforme a lei, e contra a lei me mandas ferir? (Atos 23:3). Semelhantemente, Abrao

    suplicou a Deus: No faria justia o Juiz de toda a terra? (Gnesis 18:25) especialmente

    justia ao Seu Filho, quele Filho que O glorificou na terra e a Quem Ele tem agora glorifi-

    cado no Cu. Ns devemos buscar a resposta a partir da profecia de Daniel: ser cortado

    o Messias, mas no para si mesmo (Daniel 9:26). No para Si mesmo? Para quem, ento?

    Para a soluo disto, devemos passar para o quinto ponto; e ns encontraremos...

    V. PARA QUEM: Para ns. Ele tomou sobre Si mesmo a nossa pessoa. Ele tornou-se fiador

    por ns. E, contemple! Agora, a conduta da justia pode proceder contra Ele! Aquele que

    se tornou um fiador e tomar sobre Si a dvida dever ser capaz de pag-la. Assim, este

    Cordeiro inocente deve ser feito um sacrifcio. quele que no conheceu pecado, o fez

    pecado por ns; para que nele fssemos feitos justia de Deus (2 Corntios 5:21). Sete

    vezes, em trs versculos, a promessa de Isaas apregoa isto: ns, nossos, nos (Isaas

    53:4-6). Ns todos ramos enfermos, gravemente enfermos; cada pecado era uma doena

    mortal. Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, disse o profeta. Ele foi o nosso mdico

    um grande mdico. Todo o mundo estava enfermo de morte e, portanto, precisava de

    um poderoso mdico. Ento, Ele foi, e Ele tomou uma estranha conduta para nossa cura,

    a qual no foi dando-nos remdio, mas tomando o nosso remdio por ns. Outros pacientes

    tomam a poro prescrita; mas nosso Mdico bebeu a poro Ele mesmo, e assim, nos

    recuperou.

    Ele que no tinha motivo para sofrer por Ele mesmo, sofreu por mim. , Senhor Jesus, Tu

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    sofreste no as Tuas prprias, mas as minhas feridas. To monstruosos eram os nossos

    pecados que a mo da justia eterna estava pronta a nos atacar com um golpe mortal.

    Cristo, em Sua prpria Pessoa se ps de p entre o golpe e ns e suportou por um tempo,

    o que poderia ter nos abatido para sempre. Ns fizemos mau uso da imortalidade que

    tnhamos para nossa morte; Cristo usou a mortalidade que Ele tinha para nossa vida. Ele

    nos amou, ainda que ns ramos Seus completos inimigos. Aqui, ento, foi o amor sem

    limites, alm da imitao. Inefvel misericrdia, diz Bernardo: que o Rei da glria eterna

    entregaria a Si mesmo para ser crucificado por um to pobre miservel, sim, um verme; e

    ainda mais, no um verme amvel, no um verme vivo; pois ns tanto odivamos a Ele e

    sobre Ele, quanto estvamos mortos em delitos e pecados... O sacrifcio de Cristo foi mui

    docemente temperado: tanto sangue foi derramado pelo o campons no campo quanto pela

    prncipe na corte. O chamado da salvao geral: os que dentre vs temem a Deus, a vs

    vos enviada a palavra desta salvao (veja Atos 13:26). Como no h iseno da maior

    misria, assim no h iseno da mnima misericrdia. Aquele que no crer e se arrepender

    ser condenado, seja ele to rico; aquele que cr e se arrepende, seja ele to pobre, ser

    salvo.

    Este ponto do crucifixo, para ns, exige mais pontual meditao. Tudo o que deixamos no

    dito, no devemos ocultar disto. Pois, de fato, isto faz o texto familiar a ns, mesmo dentro

    de nossas conscincias, e fala efetivamente a todos ns: a mim que falo e a vocs que ou-

    vem, com esta aplicao do profeta: Tu s este homem (2 Samuel 12:7). Ns somos aque-

    les por causa de quem nosso bendito Salvador foi crucificado. Por ns, Ele suportou as do-

    res atrozes; por ns, para que nunca possamos prov-las. Portanto, ns dizemos com a-

    quele Pai da Igreja: Deixem-nO ser fixado sobre todo o vosso corao, Aquele que por vs

    foi fixado na cruz.

    A. As finalidades pelas quais Cristo morreu na cruz. Ns devemos considerar os usos que

    fazemos disto pelas finalidades para as quais Cristo o realizou. Isto serve para salvar, para

    nos comover, e para nos mortificar.

    1. Para nos salvar: Este era o Seu propsito e realizao: tudo o que Ele fez, tudo o que

    Ele sofreu, foi para nos redimir. Pelas suas pisaduras fomos sarados (Isaas 53:5). Pelo

    Seu suor, ns somos refrigerados; por Seus sofrimentos, ns somos alegrados; por Sua

    morte, ns somos salvos. Pois, ainda naquele dia, o qual era para Ele o dia mais difcil que

    jamais um homem suportou, foi para ns o tempo aceitvel, eis aqui agora o dia da salva-

    o (2 Corntios 6:2). O dia foi mal em relao aos nossos pecados e Seus sofrimentos;

    mas, afinal, em relaao ao que Ele pagou e o que Ele comprou, foi um dia bom, o melhor

    dia, um dia de alegria e jbilo.

    Mas se esta salvao operada para ns, ela deve ser aplicada a ns, sim, para cada um

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    de ns. Por que alguns recebem mais benefcio por Sua paixo do que outros, no culpa

    dAquele que foi submetido a isto, mas daqueles que no se comprometem a aplic-la s

    suas prprias conscincias. No devemos apenas acreditar na letra deste texto; mas deixe

    que cada um tome um punhado deste feixe e coloque-o em seu prprio seio, transformado

    o para ns em para mim. Como Paulo: vida que agora vivo na carne, vivo-a pela f do Filho

    de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Bendita f, que no plural,

    ns, coloca na alma o singular, mim. Cada um rebelde, culpado e condenado pela Lei su-

    prema; a morte espera para nos prender e a condenao para nos receber. O que devemos

    fazer, seno orar, suplicar, implorar, clamar, at que possamos obter o nosso perdo selado

    no sangue de Jesus Cristo e cada um encontrar um seguro testemunho em sua prpria al-

    ma de que Cristo se entregou por mim.

    2. Isso deve nos comover. Foi tudo isso feito por ns, e no devemos nos comover? No

    vos comove isto... Atendei, e vede, se h dor como a minha dor (Lamentaes 1:12). Toda

    a Sua agonia, Seus brados, lgrimas, gemidos e dores foram por ns. Deve Ele, ento, so-

    frer por ns, e devemos ns no sofrer por ns mesmos? Por ns mesmos, eu digo, no

    tanto por Ele. Permitam que Sua paixo nos mova compaixo, no por Seus sofrimentos

    (Ai! nossa piedade no pode Lhe fazer bem algum), mas por nossos pecados, os quais Lhe

    causaram sofrimentos. Filhas de Jerusalm, no choreis por mim; chorai antes por vs

    mesmas, e por vossos filhos (Lucas 23:28). Por ns mesmos: no por Seus sofrimentos

    que so passados, mas nossos prprios que deveriam ter sido, e (exceto se a nossa f

    coloc-lO em nosso lugar) sero.

    Deve Ele chorar por ns, e ns no lamentaremos? Deve Ele beber to profundamente por

    ns este clice de sofrimento, e ns no devemos brind-lO ? Porventura a ira de Deus faz

    o Filho bradar, e no devem tremer os servos por quem Ele sofreu? Toda criao parece

    sofrer com Cristo sol, terra, pedras, sepulcros apenas o homem, por quem Cristo so-

    freu tudo, no sofre nada. Porventura Sua paixo rasga o vu, despedaa as pedras, fende

    as rochas, sacode a terra, abre as sepulturas e so os nossos coraes mais duros do

    que aquelas criaturas insensveis para que no possam ser comovidos? Porventura o cu

    e a terra, o sol e os elementos, sofrem com Ele, e isto no nada para ns? Ns, miserveis

    homens que somos, ermos os principais culpados deste assassinato de Cristo, enquanto

    Judas, Caifs, Pilatos, os soldados, os judeus, eram todos apenas os acessrios e as cau-

    sas instrumentais. Podemos buscar transferir isto de ns mesmos e derivar este hediondo

    fato para os judeus; mas o executor no quem propriamente matou o homem. Pecados,

    nossos pecados, eram os assassinos! De ns, Ele sofreu; e para ns, Ele sofreu. Renam

    isto em vossos pensamentos e me digam se a Sua paixo no tem motivo para nos comover.

    E ainda assim os nossos coraes esto to endurecidos que ns no conseguimos supor-

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    tar um sermo de uma hora sobre este grande tema. Cristo esteve muitas horas morrendo

    por ns; ns no conseguimos sentar uma hora para ouvir sobre isto! Oh! que ns devera-

    mos encontrar a falha no calor ou frio ao ouvir estes mistrios celestiais, quando Ele supor-

    tou por ns tal calor, tal suor, tal agonia, que atravs de Sua carne e pele, Ele suou gotas

    de sangue. Porventura Ele chorou lgrimas de sangue coagulado por ns, e ns no pode-

    mos chorar lgrimas de gua por ns mesmos? Ai! Como poderamos morrer por Ele, como

    Ele morreu por ns, quando estamos cansados de ouvir o que Ele fez por ns?

    3. Isso deve mortificar-nos. Cristo entregou a Si mesmo morte por nossos pecados para

    que Ele pudesse nos livrar da morte e de nossos pecados. Ele veio no s para destruir o

    Diabo, mas para destruir as obras do diabo (1 Joo 3:8). Nem Ele retira apenas do pecado

    o poder de nos condenar, mas tambm o poder que ele tinha de nos governar e reinar em

    ns (Romanos 6:6, 12). Assim como a morte de Cristo responde justia de Deus por nos-

    sos pecados, assim deve matar em ns a vontade de pecar. Cristo sofreu em todas as

    partes para que em tudo ns possamos ser mortificados. Seus sofrimentos foram to abun-

    dantes que os homens no podem saber o seu nmero, nem os anjos a sua natureza, nem

    os homens nem anjos a sua medida. Sua paixo encontrou um fim; nossas consideraes

    no o conseguem.

    B. Seu sofrimento de todas as formas por ns: em todos os momentos, em todos os lugares,

    em todos os sentidos, em todos os membros, no corpo e alma tambm. Tudo por ns.

    1. Em todos os momentos. Em Sua infncia pela pobreza e pela perseguio de Herodes;

    na fora dos Seus dias pelos poderes da terra, pelos poderes do inferno sim, mesmo

    pelos poderes do Cu. De dia, Ele no tem comida, noite, um travesseiro. Mesmo aquele

    santo perodo da grande Pscoa destinado para a Sua morte. Quando eles matariam o

    cordeiro pascal em ao de graas, eles matam o Cordeiro de Deus com impiedade. Eles

    admiram a sombra, ainda assim condenam a substncia. Tudo por ns, para que todos os

    momentos possam nos render consolo. Assim, o apstolo docemente diz: [Ele] morreu por

    ns, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele (1 Tessaloni-

    censes 5:10).

    2. Em todos os lugares. No bero por aquela raposa (Lucas 13:32), nas ruas pelos maldi-

    zentes, no penhasco por aqueles que O teriam precipitado dali, no templo por aqueles que

    pegaram em pedras para lhe atirarem (Joo 8:59). Na sala do sumo sacerdote pelos gol-

    peadores, no jardim pelos traidores, no caminho, ao carregar a Sua cruz, e por fim, no Cal-

    vrio, um vil e ptrido lugar, em meio aos ossos de malfeitores crucificados. E isso tudo por

    ns para que em todos os lugares, a misericrdia de Deus possa nos proteger.

    3. Em todos os sentidos. Para o seu paladar, eis! Ele sofreu com fel e vinagre um gole

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    amargo para um homem moribundo! Seu tato sentiu mais: os cravos penetrando em Suas

    mos e ps, os lugares mais sensveis dor, sendo as partes mais resistentes do corpo.

    Seus ouvidos so cheios de insultos blasfmos que a multido selvagem proferiu contra

    ele. No Ele, mas Barrabs, clamaram a Pilatos, preferindo um assassino ao invs do Sal-

    vador. Vocs leram os discursos de objeo para a Sua audio (ver Mateus 27:29, 39, 42,

    44, 49)? Em tudo, considerem a blasfmia deles e a Sua pacincia. Para os Seus olhos,

    onde Ele pode direciona-los sem espetculos de dores? A injria de Seus inimigos, de um

    lado, mostrando a sua mais extrema maldade; o choro e lamentao de Sua me, do outro

    lado, cujas lgrimas podiam ferir Seu corao. Se algum sentido fora menos atingido, foi o

    Seu olfato e ainda assim, os ossos putrefatos do Calvrio no poderiam ter cheiro

    agradvel.

    Assim, sofreram todos os Seus sentidos. Aquele gosto que seria deleitoso com o vinho da

    videira que escorre docemente, suprido com vinagre. Ele espera por uvas boas, eis que

    v uvas bravas (Isaas 5:4). Ele espera vinho; Ele recebe vinagre. Aquele cheiro que deve-

    ria ser refrescante como a cheirosa essncia de camas de especiarias; a piedade de Seus

    santos preenchida com o cheiro de iniquidades. Aquelas mos que manejam o cetro dos

    Cus esto fracas para carregar a cana da reprovao e suportar os cravos da morte. Aque-

    les olhos que eram uma chama de fogo (Apocalipse 1:14), em comparao aos quais o

    prprio sol era escurido, devem contemplar os aflitivos objetos de vergonha e tirania. A-

    queles ouvidos, para fruir os elevados coristas do Cu cantarem as suas notas mais doces,

    devem ser fatigados com as provocaes e zombarias de blasfmia.

    Tudo isso por ns! No apenas para satisfazer aqueles pecados em que os nossos sentidos

    se comprometeram, mas para mortificar esses sentidos e preserv-los daqueles pecados;

    para que os nossos olhos possam no mais ser cheios de adultrios nem lanar olhares

    cobiosos sobre os bens de nossos irmos; para que os nossos ouvidos possam no mais

    dar to ampla concesso e boas-vindas a relatos lascivos, os encantamentos de Satans.

    Para que o pecado em todos os nossos sentidos pudesse ser mortificado o veneno esgo-

    tado, o sentido purificado.

    4. Em todos os membros. Olhem para aquele corpo bendito, concebido pelo Esprito Santo

    e nascido de uma virgem pura: todo aoitado, martirizado, torturado, mutilado que luga-

    res voc pode encontrar intactos? Para comear a Sua cabea: aquela cabea, o qual os

    anjos reverenciam, coroada com espinhos. Aquele rosto, que mais formoso do que os

    filhos dos homens (Salmo 45:2), deve ser odiosamente cuspido por judeus imundos. Suas

    mos, que fizeram os cus, so extendidas e presas em uma cruz. Os ps, que pisaram no

    pescoo dos Seus e nossos inimigos, sentem semelhante dor. E a boca deve ser golpeada,

    a qual falou como nunca nenhum homem algum falou (Joo 7:46).

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    Ainda, tudo isso por ns. Sua cabea sangrava pelas inquas imaginaes de nossas cabe-

    as. Sua face foi suja com saliva por que ns cuspimos blasfmias insolentes contra o Cu.

    Seus lbios foram afligidos para que nossos lbios pudessem doravante produzir discursos

    temperados. Seus ps sangraram para que nossos ps no pudessem ser ligeiros para

    derramar sangue. Todos os Seu membros sofreram pelos pecados de todos os nossos

    membros para que nossos membros no possam mais ser servos do pecado, mas para

    servirem justia para santificao (Romanos 6:19). Ele seria sujo com a saliva deles para

    que Ele pudesse nos lavar. Ele estaria com olhos vendados para que Ele tirasse o vu de

    ignorncia de nossos olhos. Ele suportou que a Sua cabea fosse ferida para que Ele

    pudesse renovar sade para todo o corpo.

    Seis vezes, ns lemos que Cristo derramou Seu sangue: 1. Quando Ele foi circuncidado

    aos oito anos de idade, Seu sangue foi derramado. 2. Em Sua agonia no jardim, onde Ele

    suou gotas de sangue. 3. Em Sua flagelao, quando os algozes implacveis tiraram san-

    gue de seus lados sagrados. 4. Quando Ele foi coroado de espinhos, esses espinhos afia-

    dos feriram e atormentaram a bendita cabea e derramou sangue. 5. Em Sua crucificao,

    quando Suas mos e ps foram perfurados, o sangue jorrou. 6. Por fim, aps Sua morte,

    um dos soldados lhe furou o lado com uma lana, e logo saiu sangue e gua (Joo 19:34).

    Todos os Seus membros sangraram, para mostrar que Ele sangrou por todos os Seus mem-

    bros. Nem uma gota deste sangue foi derramado por Ele mesmo, todo este foi derramado

    por ns: por Seus inimigos, perseguidores, crucificadores ns mesmos.

    Mas o que ser de ns, se tudo isso no puder nos mortificar? Como viveremos com Cristo,

    se com Cristo, no morrermos (Romanos 6:8)? mortos para o pecado, mas vivos para a

    justia. Como Eliseu reviveu o filho da sunamita: E subiu cama e deitou-se sobre o meni-

    no, e, pondo a sua boca sobre a boca dele, e os seus olhos sobre os olhos dele, e as suas

    mos sobre as mos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu (2 Reis

    4:34). Desta forma, o Senhor Jesus, para restaurar a ns, que estvamos mortos em nossos

    delitos e pecados, propagou e aplicou toda a Sua paixo a ns: coloca Sua boca de bno

    sobre a nossa boca de blasfmia; Seus olhos de santidade sobre os nossos olhos de concu-

    piscncia, e Suas mos de misericrdia sobre nossas mos de crueldade; e estende a Sua

    graciosa Pessoa sobre os nossos miserveis eus, at que comeamos a ficar aquecidos,

    a recuperar a vida, e o Esprito Santo entra dentro de ns.

    5. Em Sua alma. Tudo isso foi apenas o exterior de Sua paixo. Agora a minha alma est

    perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora (Joo

    12:27). A dor corporal apenas um corpo de dor; a prpria alma do sofrimento o sofri-

    mento da alma. Todas as aflies exteriores foram somente fisgadas em relao quilo que

    a Sua alma sofreu. O esprito do homem suster a sua enfermidade, mas ao esprito abati-

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    do, quem o suportar? (Provrbios 18:14). Ele tinha um corao dentro deste sofrimento

    invisvel, angstia desconhecida. Esta dor provoucou aquele grande clamor, aquelas lgri-

    mas amargas (Hebreus 5:7). Ele havia muitas vezes feito os clamores de compaixo, mas

    de paixo e queixa no at agora. Ele havia chorado lgrimas de piedade, e lgrimas de a-

    mor, mas nunca antes lgrimas de angstia. Quando o Filho de Deus, assim chora, aqui h

    mais do que o corpo angustiado: a alma est agonizante.

    Ainda assim, tudo isso era por ns. Sua alma estava no lugar de nossas almas! O que elas

    teriam sentido se estivessem no lugar da dEle? Tudo foi por ns: a satisfao, o benefcio.

    Por tua embriaguez e queda por bebidas fortes, Ele bebeu vinagre. Por tua imoderada gluto-

    naria, Ele jejuou. Por tua preguia, Ele exercitou a Si mesmo em dores contnuas. Tu dor-

    mes seguro; Teu salvador est, ento, vigiando, observando, orando. Teus braos so a-

    costumados a abraos lascvos; e por isto Ele abraou a rude cruz. Tu enfeitas a ti mesmo

    com trajes orgulhosos; e por isto Ele humilde e modesto. Tu cavalgas em pompa; Ele

    viaja p. Tu descansas em tua cama; Teu Salvador no teve um travesseiro. Tu te fartas,

    e Ele transpira um suor sangrento. Tu enches e insufla a ti mesmo com uma pleurite de im-

    piedade. Contemple a inciso feita na Cabea por ti: Teu Salvador sangra at a morte. Ago-

    ra julgue se esse ponto (por ns) no tem uma aproximada aplicao derivada deste texto

    com nossas prprias conscincias. Visto que Cristo fez tudo isso para ti e para mim, ento

    ore com Agostinho: Senhor, me d um corao para desejar-Te, desejando por buscar-Te,

    buscando para encontrar-Te, encontrando para amar-Te amando, para no mais ofen-

    der-Te.

    H duas partes principais partes desde crucifixo, ainda a manusear.

    VI. A FORMA: A prxima a forma: uma oferta e sacrifcio. Toda a Sua vida foi uma oferta,

    a Sua morte um sacrifcio. Ele entregou a i mesmo muitas vezes para ns, uma oblao

    eucarstica, mas apenas uma vez em sacrifcio expiatrio. No primeiro, Ele fez por ns tudo

    o que deveramos fazer; no ltimo Ele sofreu por ns tudo o que deveramos sofrer. Levan-

    do ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro (1 Pedro 2:24)... Assim,

    agora na consumao dos sculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo

    sacrifcio de si mesmo (Hebreus 9:26).

    VII. O EFEITO: O ltimo ponto o efeito em um cheiro suave. Aqui est o fruto e eficcia

    de tudo. O Senhor nunca Se agradou com o homem pecaminoso at aqui. Ele nunca fora

    to irado, aqui est a pacificao, em cheiro suave... Ns deveramos morrer, e Tu pagaste

    por isto; ns temos ofendido, e Tu s punido. Uma misericrdia sem par, um favor sem m-

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    rito, um amor sem medida. Portanto, eu concluo o meu sermo, como se ns todos encer-

    rsemos as nossas oraes, com esta nica clusula: Por nosso Senhor Jesus Cristo. ,

    Pai de misericrdia, aceite o nosso sacrifcio de orao e louvor por Seu sacrifcio de dor e

    mrito; ainda por amor de nosso Senhor Jesus Cristo! Amm.

    [Texto originalmente editado por Chapel Library, 2603 West Wright St., Pensacola, Florida 32505,

    USA (www.chapellibrary.org). Edio N 226, Christ Upon The Cross, pginas 25-39].

    ORE PARA QUE O ESPRITO SANTO use este sermo para trazer muitos

    Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

    Sola Scriptura!

    Sola Gratia!

    Sola Fide!

    Solus Christus!

    Soli Deo Gloria!

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    10 Sermes R. M. MCheyne

    Adorao A. W. Pink

    Agonia de Cristo J. Edwards

    Batismo, O John Gill

    Batismo de Crentes por Imerso, Um Distintivo

    Neotestamentrio e Batista William R. Downing

    Bnos do Pacto C. H. Spurgeon

    Biografia de A. W. Pink, Uma Erroll Hulse

    Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

    Doutrina da Eleio

    Cessacionismo, Provando que os Dons Carismticos

    Cessaram Peter Masters

    Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepo da

    Eleio A. W. Pink

    Como Ser uma Mulher de Deus? Paul Washer

    Como Toda a Doutrina da Predestinao corrompida

    pelos Arminianos J. Owen

    Confisso de F Batista de 1689

    Converso John Gill

    Cristo Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs

    Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel

    Defesa do Calvinismo, Uma C. H. Spurgeon

    Deus Salva Quem Ele Quer! J. Edwards

    Discipulado no T empo dos Puritanos, O W. Bevins

    Doutrina da Eleio, A A. W. Pink

    Eleio & Vocao R. M. MCheyne

    Eleio Particular C. H. Spurgeon

    Especial Origem da Instituio da Igreja Evanglica, A

    J. Owen

    Evangelismo Moderno A. W. Pink

    Excelncia de Cristo, A J. Edwards

    Gloriosa Predestinao, A C. H. Spurgeon

    Guia Para a Orao Fervorosa, Um A. W. Pink

    Igrejas do Novo Testamento A. W. Pink

    In Memoriam, a Cano dos Suspiros Susannah

    Spurgeon

    Incomparvel Excelncia e Santidade de Deus, A

    Jeremiah Burroughs

    Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvao

    dos Pecadores, A A. W. Pink

    Jesus! C. H. Spurgeon

    Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon

    Livre Graa, A C. H. Spurgeon

    Marcas de Uma Verdadeira Converso G. Whitefield

    Mito do Livre-Arbtrio, O Walter J. Chantry

    Natureza da Igreja Evanglica, A John Gill

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    Pacto da Graa, O Mike Renihan

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    Plenitude do Mediador, A John Gill

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    Pregao Chocante Paul Washer

    Prerrogativa Real, A C. H. Spurgeon

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    Deus) C. H. Spurgeon

    Soberania da Deus na Salvao dos Homens, A J.

    Edwards

    Sobre a Nossa Converso a Deus e Como Essa Doutrina

    Totalmente Corrompida Pelos Arminianos J. Owen

    Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

    Propsitos de Cristo na Instituio de Sua Igreja J.

    Owen

    Supremacia e o Poder de Deus, A A. W. Pink

    Teologia Pactual e Dispensacionalismo William R.

    Downing

    Tratado Sobre a Orao, Um John Bunyan

    Tratado Sobre o Amor de Deus, Um Bernardo de

    Claraval

    Um Cordo de Prolas Soltas, Uma Jornada Teolgica

    no Batismo de Crentes Fred Malone

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    2 Corntios 4

    1 Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no desfalecemos;

    2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando com astcia nem

    falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos conscincia de todo o homem,

    na presena de Deus, pela manifestao da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho est

    encoberto, para os que se perdem est encoberto. 4 Nos quais o deus deste sculo cegou os

    entendimentos dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz do evangelho da glria

    de Cristo, que a imagem de Deus. 5 Porque no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo

    Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

    que disse que das trevas resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes,

    para iluminao do conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porm,

    este tesouro em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns. 8 Em tudo somos atribulados, mas no angustiados; perplexos, mas no desanimados.

    9 Perseguidos, mas no desamparados; abatidos, mas no destrudos;

    10 Trazendo sempre

    por toda a parte a mortificao do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

    se manifeste tambm nos nossos corpos; 11

    E assim ns, que vivemos, estamos sempre entregues morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste tambm na

    nossa carne mortal. 12

    De maneira que em ns opera a morte, mas em vs a vida. 13

    E temos portanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, por isso falei; ns cremos tambm,

    por isso tambm falamos. 14

    Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitar

    tambm por Jesus, e nos apresentar convosco. 15

    Porque tudo isto por amor de vs, para que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de graas para glria de

    Deus. 16

    Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

    interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

    Porque a nossa leve e momentnea tribulao

    produz para ns um peso eterno de glria mui excelente; 18

    No atentando ns nas coisas que se veem, mas nas que se no veem; porque as que se veem so temporais, e as que se

    no veem so eternas.