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Page 1: A Norma Juridica2 - FONAI-MEC || Associa????o Nacional dos ...fonai-mec.com.br/novoforum/documentos/artigo1320328604.pdf · “A norma jurídica e uma estrutura proposicional enunciativa

A NORMA JURÍDICA

Finalidade do Direito:

� disciplinar condutas humanas em sociedade;

� os preceitos jurídicos devem buscar a realização da justiça.

�A norma jurídica deve ser entendida como a expressão formal do Direito cujo

objetivo e orientar a construção do mesmo considerando os valores da justiça (sem

esquecer das relações desta com a segurança e o bem comum).

�A norma visa conciliar o individual com o social, promovendo a coexistência através

da própria normatividade.

Segundo Paulino Jacques

“O conjunto das normas jurídicas denomina-se ordenamento jurídico.

Há ou haverá normas para todas as condutas. Não existe relação humana

possível que não possa ser enquadrada pelo Direito”.

Para o Prof. Miguel Reale, por outro lado, a norma jurídica deve ser considerada como

sendo o próprio elemento nuclear do Direito.

“A norma jurídica e uma estrutura proposicional enunciativa de uma

forma de organização ou de conduta, a qual deve ser seguida de maneira

objetiva e obrigatória”.

Segundo Hermes de Lima

“Sob o ponto de vista objetivo, trata-se de uma norma imperativa,

bilateral e coercitiva, emanada pelo órgão competente, destinada a dirigir a

conduta dos indivíduos ou estabelecer a ordem de convivência social, cuja

inobservância acarretara a aplicação da sanção pelos órgãos do poder

publico”.

Ainda segundo Machado Pauperio

“A ordem jurídica simplesmente expressa-se através de normas, que tem

sempre a forma imperativa e que se podem decompor em ordens ou proibições

(...). As normas jurídicas, por efeito, são regras que impõem o comportamento

adequado à consecução da ordem e da segurança na sociedade”.

� A norma jurídica não existiria sem o seu substrato, que corresponde a sua essência e

ao seu conteúdo. Este último se encontra influenciado diretamente pelo contexto

sóciopolítico e pelo conhecimento humano. A norma jurídica e constituída de uma

estrutura externa e outra interna.

� A estrutura externa da norma corresponde ao seu revestimento, que pode ser em

forma de lei (norma jurídica escrita que tem origem na autoridade) ou de costume

(norma jurídica não escrita que surge de forma difusa na sociedade).

� A estrutura interna se encontra intimamente associada à denominada endonorma (ou

seja, o preceito do dispositivo normativo ou, em outras palavras, o interesse protegido e,

portanto, exatamente aquilo que a norma contém) e a convencionalmente chamada

perinorma (descrição do injusto ou ilícito e conseqüente sanção a ser aplicada).

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Segundo Hans Kelsen

“as normas jurídicas são produzidas pelos órgãos da comunidade aos

quais a ordem jurídica confere competência para a produção normativa.

Resultam, pois, em ultima analise, de uma função criadora do Direito,

exercida pela autoridade jurídica. Por esta razão, não são as normas

jurídicas reputadas verdadeiras ou falsas, mas, dito de maneira mais

técnica, validas ou invalidas, prestando-se como verdadeiros esquemas de

interpretação da conduta humana”.

� E justa a distinção entre a proposição jurídica e a norma jurídica, que se expressa

na diferença que existe entre a função do conhecimento jurídico e a função da

autoridade jurídica que e representada pelos órgãos da comunidade jurídica.

� A condição do juiz: deve ser conhecedor do Direito em sua plenitude, mas o que de

fato caracteriza o seu agir e o seu atuar e a essência da criação de normas individuais –

rigorosamente respaldadas na correta interpretação dos dispositivos legais em sentido

amplo – para a objetiva solução dos conflitos que lhe são apresentados.

� A condição do legislador: deve conhecer o sistema normativo, especialmente a

Constituição, mas de diferente do juiz, o que caracteriza sua função e essencialmente a

produção normativa e não propriamente os ensinamentos de interpretação, que

possa dar a respeito da Constituição, como no caso dos magistrados.

RESULTADO: tanto o legislador quanto o juiz são autoridades da comunidade

jurídica, incumbidas de produzir normas que são predominantemente gerais, no

primeiro caso, e predominantemente individuais, no segundo caso, ou, como desejam

alguns, normas abstratas e normas concretas, respectivamente.