a literatura e as outras artes

8/6/2019 A literatura e as outras artes

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INSTITUTO DE LETRAS E LINGUÍSTICA

MESTRADO EM TEORIA LITERÁRIA

Literatura e Artes

Docente: Prof.ª. Drª. Betina Ribeiro Rodrigues da CunhaDiscentes: Juliane Emiliano

Tatiele da Cunha Freitas



Literatura e Artes - Jean-Michel

Glikson

Literatura e teoria da arteLiteratura e teoria da arte

A) A literatura a as

artes tem princípios comuns?



Poesia e a música: Procedem por via do símbolo ou da harmoniaum ato de conhecimento, aproximando assim da filosofia

X A República: SócratesSócrates confessa que Homero exerce sobre eleum ³encanto mágico´. (pág. 263)

Poesia e a música: Procedem por via do símbolo ou da harmoniaum ato de conhecimento, aproximando assim da filosofia

X A República: SócratesSócrates confessa que Homero exerce sobre eleum ³encanto mágico´. (pág. 263)



b) Século XIX: estéticas e filosofias?

Estética de HegelEstética de Hegel

³A arte no seu mais alto destino é e permanece para nós umpassado´

1ª Parte - Simbolismo

Mito do Narciso

Mitate no KinkoPartenon



2º Parte ± Classicismo



3ª Parte ± Romantismo

Eugène delacroix

Beethoven Castro Alves



C) A literatura está igualmente implicada nas reflexões

sobre a experiência estética.

Genesis Michelangelo

Nascimento de Vênus



A noção de estilo pode ser aplicada a arte e aliteratura?

O Nascimento da Tragédia de Nietzsche

Dionísio é espírito da música que envolve o ladoirracional, da embriaguez, da paixão.

Apolo é o texto dramático,

o pensamento lucido, do equilíbrio.



A) Artes sob a égide da música.

Lessing - Laokoon (1766)

Poesia ± O elemento desta é o tempo, a vocação da poesiae narrar acontecimentos sucessivos, os poetas se entregamas descrições, mas estas ligadas a ações.

Pintura ± O elemento desta é o espaço, a representação deobjetos fora da duração.



Richard Wagner

Tristan and Isolde

Der Ring des NibelungenGötterdämmerung



b) A multiplicidade das relações que os escritores tecem

com as artes.

Aloysius Bertrand ³F antaisies à la manière de Callot´ , subtítulo deGaspard de la Nuit



Franz Schmitt-Von Mühlenfels



Imposição da concepção norte-americana no cenário internacional;

C. Brown: Estudo da literatura que envolve diferentes meios deexpressão;

A ciência comparada da literatura se aproximaria, ao comparar duas artes, à ciência geral da cultura.

Sempre e quandonão se comparem

obras não-literárias



Iluminação recíproca das artes (Wesstein) ± relação entre as artes;

A) Comparação histór ico-estilística: Comparar estilos de duasépocas históricas.

ProblemaProblema Caça de analogias.

Ex: Jensen: ³Algo como o comentário de Mace ou a pinturade teto realizada por Rubens em Whitehall pode haver sugerido a Dryden a imagem visual da oitava, mas consideroque a pintura de teto de Pozzo, ou talvez o ³Grande JuízoFinal´ de Rubens ± ainda que Dryden nunca os tenha visto-como exemplos melhores para a explicação do poema´ (Pág.173)



Todavia, o método pode ter valor heurístico.

Ex: Drost E struturas do maneirismo na literatura e nas artes

plásticas:

1º - Tenta caracterizar o maneirismo como estilo de época;

2º - Analisa a delimitação do período como um problema;

3º - Nas análises concretas dos dramas de Giusti e nascomparações com obras plásticas maneiristas põe finalmente em

evidencia que uma das características de Giusti é o princípio da³descentralização´;

4º - A excursão de Drost pela história da arte possibilita aredescoberta da obra de Giusti.



ConclusãoConclusão::

O método aplicado seriamente pode demonstrar característicasestruturais exatamente definidas;

A fórmula originaria de Walzel deveria se reservar a este campoespecífico das relações entre as artes.

B) Comparação temática:

Muito menos problemática;

Científico da literatura é guiado por um interesse primariamentehistórico-cultural.



ProblemaProblema Esse interesse histórico-cultural impede uma orientação maisespecífica à literatura.

Ex: Stammler Relações entre literatura e artes plásticas eramotivado pelo conhecimento da unidade cultural desta época.


SeSe foremforem feitosfeitos osos esforçosesforços dede sese levar levar emem contaconta todostodos osos

fenômenosfenômenos artísticosartísticos queque vemvem aoao caso,caso, seriaseria possívelpossível aproximar aproximar--seseàà metameta dede manifestar manifestar todatoda aa riquezariqueza culturalcultural européiaeuropéia sobresobre aa basebasedada pesquisapesquisa dede umum tematema individualindividual (pág(pág.. 174174))



C) O f enômeno dos ³talentos duplos´: Comparar Comparar diferentesdiferentes³meios³meios dede expressão´expressão´ artísticaartística pertencentespertencentes aa umum mesmomesmo artistaartista..

WaissWaiss SimbioseSimbiose dasdas artesartes:: ³é³é dificilmentedificilmente compreensívelcompreensível porqueporque asasinvestigaçõesinvestigações dada convivênciaconvivência dasdas artesartes nãonão começamcomeçam nana uniãounião

pessoalpessoal nono criador,criador, nono devenir devenir dada obraobra dede artearte..

ProblemaProblema Pode haver disputa na interpretação dos detalhes:

Ex: Enquanto Wais afirma que os desenhos de Thackeray formam³um traçado de linha hipocritamente correto e pequeno-burguês´,

sendo um equivalente perfeito da configuração poética, Wellek tinhauma opinião contrária ao afirmar: ³a caricatura afetadamentesorridente de Becky Sharp (de Thackeray) dificilmente tem algo a ver com o caráter complexo da novela.´



Apesar de tantas ³vaguedades´, Hagstrum consegue, medianteuma probabilidade acumulada, uma mudança da quantidade àqualidade, ou seja, a poesia de Pope não está vinculada nas

representações de imagens da pintura da época, mas pelas obras-primas da pintura italiana dos séculos XVI e XVII;

Haveria, então, no caso, explicar exatamente o que, e quanto dosdetalhes ou da composição inteira ou do sentido originário da obra

foi transposto ou convertido para o literário.



Campo das formas mistas Campo mais proveitoso de todo oâmbito limítrofe da ciência comparada da literatura a ópera(incluindo a opereta e o musical); a oratória; a canção artística; oballet; o cinema, o emblema e a história em imagens (inclusive oscartoons);

Muito ilustrativa é ³a situação da investigação da interpretação dacanção artística´:

Th. Georgiades (1967): em seu importante livro sobre Schubertlimitou o tratamento da parte literária nos lieder de Schubert a

umas observações mais ou menos sobre a métrica, anos maistarde o musicólogo A. Feil (1975): Conduz a uma revalorização literária dos

poemas utilizados por Schubert em dois ciclos de Lieder.



A crítica aqui se refere basicamente ao fato de que um musicólogoque não seja formado científico-literariamente, não está habilitadopara analisar os textos utilizados;

O mesmo acontece com a ópera quando se tem que agregar qualidade ao libreto;

K.G Just: O libreto da ópera há de ser considerado como uma

dimensão literária desconhecida;




Mostrar ao comparatista iniciante, especialmente com relação àópera, o quão proveitoso pode ser a ocupação com um campomarginal da sua matéria.



GLIKSOHN Jean-Michel. Literaturas e artes In: Pierre. CHEVREL, Yves. (org.)Compêndio de Literatura Comparada. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,

2004, p. 263 a 282.

MÜHLENFELS, Frans S. La literatura y las otras artes. In: SCHMELING,Manfred.(org.) Teoría y práctica de la literatura comparada. Barcelona:Editorial Alfa. 1984, p 169 a 193

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