a inserção do tema da educação em ciências em espaços não formais na formação de...

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  • 7/24/2019 A Insero Do Tema Da Educao Em Cincias Em Espaos No Formais Na Formao de Professores de Cincias

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    P R M M2011

    P I L

    PREMIADO: Prof. Dr. Bruno Andrade Pinto MonteiroDepartamento de Qumica/Universidade Federal de Lavras

    A INERO DO EMA DA EDCAO EM CINCIA EM EPAONO FORMAI NA FORMAO DE PROFEORE DE CINCIA E QMICA

    1. O

    1.1 As sinaliaes do campo de pesquisa em educao

    O campo de ao da escola, ou seja, na sua forma institucional tradicional e oficial vemsendo alvo de inmeros questionamentos e reflees a respeito do seu histrico papelde centralidade na promoo da educao e do letramento da sociedade. Asconseqncias decorrentes do processo de desenvolvimento cientfico e tecnolgico, aolongo dos ltimos anos, vm imprimindo nas sociedades modernas, diversificadaspossibilidades de organiao social e tambm, novas formas de lidar com oconhecimento e a informao, num conteto gerador de epectativas em relao aofuturo e ao mesmo tempo, transformador do presente.Quando nos dirigimos ao cenrio da Educao em Cincias e dialogamos com seu campode pesquisa, percebemos vrios relatos que reiteram a constatao de uma ampliao

    das possibilidades e oportunidades de espaos potenciais para o ensino dosconhecimentos relativos ao campo das Cincias Naturais e Eatas. Vrios autores, aolongo dos ltimos anos, (GRIFFIN, J. 1997; HONEYMAN, 1998; GOUVA et al, 2001;QUEIROZ et al, 2002, 2003; FALK, 2004; GUISASOLA et al, 2007; GRUZMAN e SIQUEIRA,2007), sinaliam que no cabe eclusivamente escola o papel de promover a Educaoem Cincias e o letramento cientifico da sociedade. Em outros termos, Vera Candautambm fa referncia importncia do reconhecimento, nos tempos atuais, de novosespaos educativos, novas prticas sociais e de mltiplas formas de se relacionar com oconhecimento. Segundo esta autora, um dos desafios do momento ampliar,reconhecer e favorecer distintos locus, ecossistemas educacionais, diferentes espaosde produo da informao e do conhecimento, de criao e reconhecimento deidentidades, prticas culturais e sociais. De carter presencial e/ou virtual. De educaosistemtica e assistemtica. Onde diversas linguagens so trabalhadas e pluralidades desujeitos interagem, seja de modo planejado ou com carter mais livre e espontneo.(CANDAU, 2010). J Gruman e Siqueira (2007) destacam que atualmente a prpriaconcepo de educao est sendo ampliada no sentido do reconhecimento daimportncia dos espaos no formais na promoo do letramento cultural e cientficoda sociedade.Nesse sentido, no estamos deiando de reconhecer o papel fundamental e essencial daescola como principal instituio responsvel pela educao do cidado. O nossoesforo o de demonstrar que a educao em cincias pode ser favorecida, por meio de

    aes que sejam desenvolvidas no mbito da articulao entre os espaos formais, aeemplo da escola e dos espaos no formais, tais como Museus, Museus de Histria

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    Natural, Centros de Cincias, Centros Tecnolgicos, entre outros lugares eequipamentos culturais. Desse modo, assumimos que os Museus de Cincias, Centrosde Cincias e Tecnologia e demais espaos de divulgao e populariao da Cincia(MCCT) representam espaos clssicos de educao no formal, uma ve que nelesocorre a construo de saberes, estimulada por situaes inditas e essencialmenteintencionais que so apresentadas nas eposies e atividades propostas na ampliao

    do conhecimento sobre o mundo e sobre as relaes nas quais os indivduos tomamparte (GOHN 2006).Desse modo, cabe recuperar a idia de Honeman (1998), que localia os espaoseducativos formais e no formais numa perspectiva que os concebem como recursosintegrantes de uma infraestrutura cientifica e, ao mesmo tempo, estratgica para odesenvolvimento de uma nao, uma ve que, a nosso ver, potencialia aspossibilidades de letramento cientfico e tecnolgico dos cidados, melhora a percepopblica da cincia, e tambm, viabilia a ampliao do capital social e cultural de todosos sujeitos envolvidos no processo educativo. De acordo com Candau (2000 apudMARANDINO, 2003), esta epanso de espaos que se constri pela articulao de

    vrios tipos de ambientes educativos, configura diferentes ecossistemas educativosque constituem novos lugares onde se torna possvel novas possibilidades paraconstruo conhecimentos em meio ao reconhecimento de mltiplas identidades eprticas culturais. (MARANDINO, 2003). Nestes ecossistemas educativos podemosconsiderar a importncia do reconhecimento da dimenso patrimonial material eimaterial da educao, considerando que a construo dos saberes se d por meio daaquisio dos bens culturais e da compreenso da eistncia de disputas simblicas quevisam estabelecer a permanncia de determinados bens e discursos, assim como,eliminao de outros bens e o silenciamento de outros discursos.Atualmente indiscutvel a importncia dos MCCT para a populariao e para o

    fortalecimento do Ensino de Cincias. Suas particularidades e potencialidades lhegarantem uma diversidade de possibilidades tanto do ponto de vista da DivulgaoCientfica, quanto da Educao em Cincias. As conseqncias da ampliao do papeldos MCCT refletemse no conceito de educao, tradicionalmente voltado durantemuito tempo, para os processos de ensino aprendiagem, eclusivamenteempreendidos nas unidades escolares, para a transposio dos muros da escola sealargando para os espaos da casa, do trabalho, do laer etc. (GOHN, 1999, apudGOUVEIA et al, 2001).Ao tocarmos nestas questes, que demonstram o enorme potencial dos MCCT, no quedi respeito eplorao irrestrita de mltiplas linguagens, percebese que estes

    espaos favorecem diversificados tipos de aprendiagens, que articulam diferentespossibilidades eperienciais ao mesmo tempo em que abordam os mais variadoscontedos, ao contrario do que tradicionalmente possvel de se promover no campodo ensino formal. Nesse sentido, reiteramos o alto potencial para construo derelaes entre os espaos formais e no formais de ensino, com objetivo de enriqueceras aes educativas empreendidas no mbito da esfera de atuao da escola. Oargumento em favor da construo dessas relaes se apia no fato de que a escolapode, por meio do relacionamento com os MCCT, diversificar suas aes e assimcontribuir para que seus estudantes percebam a Cincia como fruto de um processocultural de construo e manuteno de saberes. Na viso de Martins & Alcntara

    (2000), a escola, por meio de aes em conjunto com os MCCT pode, entre outrosargumentos, melhorar a percepo dos seus estudantes sobre implicaes e impactossociais do conhecimento cientfico, uma ve que eiste nesses espaos, uma maior

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    fleibilidade para se adaptar aos temas em franco debate na sociedade e aos interessesregionais e locais.Quando, todavia, se observa o conteto das prticas educativas, empreendidas nombito das relaes entre escolas e MCCT, no raro constatar a eistncia de diversasformas de relacionamento que variam entre atividades de cunho ilustrativo, a eemplodas visitas escolares, at a realiao de abordagens didticas planejadas por meio de

    interesses e objetivos comuns entre instituies. De qualquer modo, o argumento quebuscamos construir advoga em favor de um tipo de relacionamento que, sejaabrangente e que ultrapasse a dimenso da visita ilustrativa como um fim em si mesma,para uma interveno que potencialie a insero cultural e social dos atoresenvolvidos. A conseqncia preeminente desta viso nos interpe o grande desafio devislumbrar a questo das relaes possveis entre escolas e MCCT, como pauta docenrio de formao inicial e continuada de professores de cincias. Alguns estudos, jsinaliaram a necessidade de se preparar os professores para utiliao dos MCCT comoum recurso pedaggico numa perspectiva que etrapola a mera visitao ilustrativa aosacervos destas instituies. Segundo Gouva et al (2001), um aspecto de etrema

    relevncia o fato de os professores ainda entenderem a relao museuescola comosuplementar, enfatiando a utiliao do museu como um instrumento para atender sdemandas da escola, no sentido de fornecer escola os elementos nela ausentes.Aliteratura da rea de pesquisa em Educao em Cincias vem apontando, que aconstituio das relaes, parcerias e colaboraes entre o conteto escolar formal e osMCCT um aspecto que deve ser levando em conta nas iniciativas que buscampromover inovaes e agregar novas prticas no conteto da formao inicial deprofessores. A colaborao entre escolas e MCCT j pode ser vista como uma estratgiafavorvel para melhoria do letramento cientfico, por parte do pblico escolar. Entre osargumentos que reafirmam tal ponto de vista, destacase a viso de que os MCCT

    oferecem ambientes facilitadores da aprendiagem, uma ve que conjugam de mltiplaslinguagens capaes de aguar o interesse pela informao de forma mais profunda, doque no ambiente escolar, ora centrado no modelo livresco e epositivooral doconhecimento.A partir dos argumentos apresentados que por sua ve, testemunham o incio de umprocesso de inovao formativa, que se inaugura por meio da insero do tema daeducao no formal no conteto da licenciatura em qumica, construmos a propostade uma interveno didtica que colocar em pauta o referido tema num momentosingular da formao de um grupo futuros professores, ou seja, no ltimo semestre docurso de no momento de finaliao dos estgios supervisionados. Desse modo,

    acreditamos que esta interveno possa fornecer contributos que favoream futurasreflees sobre este tema, que vem ganhando espao na rea de pesquisa em Educaoem Cincias.

    1.2 O curso de Licenciatura da Universidade Federal de LavrasA Universidade Federal de Lavras mantm o curso de Licenciatura em Qumica alocado

    junto ao Departamento de Qumica, com as modalidades de Licenciatura desde 2003.No segundo semestre de 2009, o curso passou a oferecer a modalidade bacharelado.Entretanto, importante salientar que, para obter o ttulo de bacharel, o aluno devecursar primeiramente a licenciatura, e somente depois de cumprir disciplinas especficas

    (Qumica Orgnica III, Qumica Ambiental e Estgio em Pesquisa) da nova modalidade,poder obter o ttulo de Bacharel. Atualmente, o curso oferece 50 vagassemestralmente, sendo que 60% delas esto destinadas ao processo de admisso por

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    meio do Sistema de Seleo Unificada (SiSU/MEC) e 40% ao Processo de AvaliaoSeriada, gerido pela prpria universidade. Atualmente, o Departamento de Qumicapossui em seu quadro funcional 25 professores, sendo 22 doutores e 2 mestres. Essesprofessores atuam nas mais variadas linhas de pesquisa, como Qumica Ambiental,Qumica Orgnica, Bioqumica, Qumica Inorgnica, Qumica Computacional e Ensino deQumica. O curso de Licenciatura em Qumica formou 104 professores at o segundo

    semestre de 2009. Outro fato, que no perodo de 2003 at o ano de 2009 ocorreram94 casos de evases, relacionados s desistncias; mudanas de curso dentro dainstituio; transferncias para outras instituies e matrculas desligadas porabandono. Este nmero muito elevado, quando comparado com o total deprofissionais formados no mesmo perodo.

    1.3 A proposta da disciplina: Espaos no Formais de Educao em CinciasA presente proposta de interveno referese ao desenvolvimento de um conjunto deatividades divididas em quatro etapas, realiadas junto a um grupo formandos dalicenciatura em qumica, da Universidade Federal de Lavras matriculados na disciplina

    denominada Espaos no Formais de Educao em Cincias, no primeiro semestre de2011. Esta disciplina, de forma inovadora e pioneira no Brasil, incorporou em suaementa contedo sobre educao em cincias em espaos no formais, contando comuma carga horria semanal de 04 horas/aula e desenvolvida em concomitncia com oEstgio Supervisionado IV. (PLANEJAMENTO DO CURSO: ANEXO I)Durante a etapa inicial do curso, denominada: Etapa 01 fundamentao econceituao: educao em cincias em espaos no formais, os alunos participaramde vrios estudos dirigidos sobre artigos de referncia, previamente selecionados ecategoriados de acordo com os perfis e lugares sociais de atuao profissional dos seusrespectivos autores. Foram produidas resenhas sobre a maior parte dos tetos em

    questo.Nesta segunda etapa do estudo, denominada: Etapa02 Atividades de Produo Tetuale Visitas aos MCCT, as atividades consistiram basicamente na realiao de visitas aosMCCT, produo de notas de campo e debates sobre as eperincias vivenciadas. Osmateriais produidos consistiram em relatrios e anotaes produidas pelos alunosaps as visitas que foram realiadas em MCCT, localiados em Belo Horionte (ESPAOTIM UFMG e MUSEU DE ARTES E OFCIOS). Antes da realiao das visitas o grupo foiinformado que cada aluno deveria produir, individualmente, uma nota de campo comanotaes sobre as vivncias nos espaos citados. Ficou sugerido que eles deveriam seconcentrar em: descrever suas principais impresses gerais sobre o MCCT; destacar o

    que mais chamou sua ateno; destacar aspectos do MCCT que podem ser recursospedaggicos potenciais; estabelecer relaes com idias epostas nos tetos e comoelas se materialiam na narrativa dos MCCT; classificar os museus/ centros de cinciasde acordo com o critrio: primeira, segunda e terceira gerao; demonstrar se aslinguagens utiliadas em museus interferem na relao que os pblicos estabelecemcom ele e; anotaes gerais.Esta terceira atividade, denominada: Etapa 03 Atividades de Produo Tetual eConstruo de Planejamentos de Aes Educativas, consistiu em promover,individualmente, construo de planejamentos de ensino com seqncias didticas/unidades temticas de qumica/cincias que inclussem espaos no formais, tais como:

    os Museus, Centros de Cincia e Tecnologia e Museus de Histria Natural. (EXEMPLOSDE PLANEJAMENTOS: ANEXO III). Foi trabalhado com o grupo o que estvamosconsiderando como uma seqncia didtica/ unidades temticas e ficou convencionado

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    que tal documento se constitua numa srie de atividades e/ou conjunto de aulasplanejadas e orientadas com o objetivo de promover aprendiagens especficas erelativas a um conjunto de contedos. Foram ressaltadas tambm, que os respectivosplanejamentos poderiam versar sobre temas livres constantes na grade curricular dequmica/cincias da educao bsica. Alm disso, os planejamentos deveriamapresentar aspectos gerais, tais como: objetivos, justificativas, fundamentao,

    metodologias, recursos e mecanismos avaliativos. Os respectivos planejamentos foramapresentados em classe para todo o grupo. Nas apresentaes, todo o grupo podiacontribuir com a ampliao das discusses sobre a proposta apresentada, bem como,apresentar sugestes e crticas a referida proposta. Todas as apresentaes foramfilmadas e transcritas. A quarta etapa, denominada: Etapa 04: Projetos Educativos dosEstgios consistiu na palestra proferida por uma eperiente professora do EnsinoMdio pblico e nas apresentaes dos Projetos Educativos, desenvolvidos peloslicenciandos durante a realiao dos seus estgios nas escolas de Lavras e regio. Apso cumprimento de todas as etapas foi realiado uma reunio para o preenchimento deuma ficha de autoavaliao e avaliao da disciplina. Nesta reunio tambm foi

    realiada uma avaliao oral de todo o processo com o grupo presente.

    2. J

    De forma abreviada, reiteramos as seguintes justificativas para a presente proposta:a) O campo de pesquisa em Educao em Cincias e os pesquisadores em

    Ensino de Qumica no Brasil vm sinaliando a importncia em inserir napauta de formao inicial de professores reflees sobre o tema dos espaosno formais no ensino (ROSSI & FERREIRA, 2008; GUISASOLA & MORENTIN,2010);

    b)

    Espaos no formais de ensino como os MCCT, so tidos como potenciaisfavorecedores da aprendiagem e da interatividade entre os visitantes;

    c) Eistem barreiras simblicas e materiais que afastam os professores dasredes sociais de pertencimento que circulam ao redor dos equipamentosculturais (BOURDIEU, 1982).

    d) O modelo predominante de utiliao dos MCCT, como recurso didtico porparte dos professores, consiste na visitao ilustrativa dos acervos(KPTCKE, 2003);

    Nesse sentido, os objetivos da interveno didtica, concentramse em:

    a)

    Introduir a questo: da educao em cincias em espaos no formais,por meio de uma estratgia didtica, a ser implantada numa disciplina degraduao em licenciatura em qumica;

    b) Promover no transcorrer da disciplina, por parte dos licenciandos, ocontato com os discursos constitutivos desta rea temtica, assim comooportunilos vivncias concretas em MCCT, localiados em BeloHorionte;

    c) Estimular produo de tetos, planejamentos e relatrios concernentes aconstruo de propostas colaborativas entre escolas e MCCT;

    d) Inaugurar uma refleo sobre o tema em questo, no mbito da formao

    inicial de professores de qumica;

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    3. C

    Os contedos curriculares abordados foram os seguintes:a) A Educao formal, no formal, informal, escolar e no escolar: em busca de

    uma conceituao;

    b)

    Introduo ao tema da Educao em Cincias em Espaos no Formais: osDiscursos dos Educadores de Museus, Divulgadores em Cincias e dosProfessores e Educadores em Cincias;

    c) Introduo a narrativa museogrfica e aspectos da comunicao e dalinguagem em museus e centros de cincias;

    d) Parcerias e Aes colaborativas entre Escolas e Museus, Centros de Cincia eTecnologia;

    e) Possibilidades de abordagem de contedos curriculares de Qumica eCincias na interface EscolasMCCT.

    4.

    I

    Os procedimentos metodolgicos adotados para o desenvolvimento da disciplinabuscaram incorporar diversos tipos de atividades, de forma a valoriar uma diversidadede competncias e habilidades dos licenciandos.

    a) Estudos dirigidos em classe (leitura de tetos de referncia e debatesestimulados por questes instigadoras);

    b) Levantamento de Projetos Educativos em ebsites de instituies nacionaise internacionais;

    c) Sadas de campo para conhecimento dos MCCT;

    d)

    Construo de planejamentos educativos de interveno didtica naEducao Bsica, co conteto da articulao entre espaos formais e noformais de ensino;

    e) Realiao de seminrios para apresentao e discusso sobre osplanejamentos elaborados;

    f) Produo de uma variada tipologia de tetos (resenhas, relatrios, notas decampo, planejamentos didticos, apresentaes, projetos e avaliaes).

    g) Produo de vrios tipos de registros das atividades (anotaes, fotografiase filmagens);

    h) Construo de Projetos Educativos relativos ao Estgio Supervisionado;

    5. A

    O mecanismo de avaliao, assim como, o procedimentos metodolgico buscouvaloriar a pluralidade de percepes e a riquea das vises manifestadas pelos alunossobre o tema central da disciplina, construdas ao longo de todo o processo. Abaioseguem os trabalhos que serviro como objeto de avaliao e seus respectivos pesos namdia final do curso:

    a) Notas de Campo sobre as visitas aos MCCT (20 pontos); (EXEMPLOS: ANEXO IV).b) Planejamentos de Ensino (impresso) Planejamentos (40 pontos); (EXEMPLOS:

    ANEXO III).c) Autoavaliao (10 pontos);

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    d) Conceito do professor (presena e participao nas aulas, resenhas,pontualidade e assiduidade (10 pontos);

    e) Nota do Estgio (20 pontos);

    6. A

    As contribuies geradas pela presente interveno, a partir das vivnciasproporcionadas pela disciplina de Espaos no Formais de Educao em Cincias,fieramnos crer que realmente o tema da educao no formal pode ser inserido noconteto da formao inicial de professores de cincias e mais precisamente, naformao de professores de qumica. Esta iniciativa configura um espao formativodiferenciado, pois os licenciandos podem eperimentar a possibilidade de pensar sobreoutros contetos, alm do espao escolar e dessa forma, ampliarem a esfera de atuaoescolar. Nesse sentido, a tradicional imagem de oposio entre as prticas educativasformais e no formais poder ser repensada lu de uma nova perspectiva que busquepotencialiar as parcerias e aes colaborativas entre essas duas instncias educativas,

    assim como afirmam Pereira e seus colaboradores a respeito do papel importante dafigura do professor neste processo de estreitamento de relaes. Entendemos que osprofessores podem se preparar para desenvolvimento de aes educativas e paraeplorar, em parceria com a equipe educativa do museu, as atividades a seremdesenvolvidas, a eplorao do acervo e das eposies, bem como as diversas formasde uso do ambiente e das interaes disposio. (PEREIRA et al 2007)J em relao aos museus e aos MCCT podemos reconhecer que estas instituiestambm precisam se esforar no sentido de promoverem uma aproimao comcomunidade escolar, de forma aberta e disponvel para construo de pautas deinteresses comuns. Ao mesmo tempo em que estas instituies devem se abrir para o

    dilogo preciso, que ambas mantenham suas identidades epistemologicamenteconstrudas ao longo dos anos, de forma que os museus ou os MCCT, no sejamescolariados e tambm que as escolas no sejam musealiadas, pelos protocolospredefinidos nos setores educativos das instituies no formais.Uma avaliao sobre os planejamentos didticos, cuja produo pelos licenciandos foi omote do curso, nos permitiu interpretar que as indicaes mais recorrentes, observadasnos contedos dos tetos produidos pelos licenciandos, foram s colocaes sobre osMCCT, como espaos para realiao de visitas escolares. Mesmo assim, constatamosque o sentido atribudo as visitas escolares consistiu num modelo de utiliao dosMCCT, presente na maioria dos planejamentos, que ultrapassou os limites de uma mera

    visitao ilustrativa, pois as propostas apresentadas incluram trs momentos bsicos deinterveno do professor na interface de articulao entre escolas e MCCT: um primeiromomento de prvisita (onde o professor fa uma espcie de preparao prvia dosalunos apresentando os contedos que tm relaes com as eposies), um segundomomento, que consiste na visita ao MCCT, e um terceiro momento, psvisita (onde oprofessor retoma os contedos abordados e tenta recuperar e aproveitar aseperincias vividas pelos alunos nos espaos no formais).Quanto aos momentos posteriores s visitas os licenciandos apresentaram umavariedade de possibilidades para retomada dos contedos em suas propostas. Esteresultado foi bastante significante, pois por meio da literatura observamos alguns

    resultados de pesquisas onde os professores no retomavam as eperinciasvivenciadas nos MCCT de forma proveitosa com seus alunos. Este fato, nos fe energara pertinncia em se incluir este debate no cenrio de formao inicial, na idia de que

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    os futuros professores j tero eercitado outras possibilidades de inovao das prticasde ensinoaprendiagem.Como se pode verificar pela avaliao dos planejamentos, vrios espaos educativosforam apresentados como etensores do espao tradicional da escola. Isto, a nosso verconstitui um grande eerccio de deslocamento do lugar sala de aula para outrosespaos possveis de trabalho. No conteto da formao inicial salientamos que esta

    constitui, no mbito nacional uma iniciativa pioneira, no sentido de promover estarefleo no interior de um curso de licenciatura, sobretudo, num curso de licenciaturaem qumica.No plano da interveno didtica, a estratgia desenvolvida pela disciplina permitiu aosalunos vivenciarem a questo das colaboraes entre espaos formais e no formais, epensarem sobre uma possvel articulao entre Escolas e MCCT. Numa primeiraperspectiva, os alunos tiveram acesso aos MCCT e podese dier que de alguma forma,tiveram uma eperincia de interao sistemtica: visitaram vrios museus, relataram,leram e debateram sobre o assunto. Numa segunda perspectiva, as vivnciaspermitiram conceber a escola como espao de crtica e produo, porque essas visitas

    foram objetos de discusses, crticas, e reflees lu dos tetos que eles leram antes. Edepois, os alunos elaboraram um planejamento didtico, ou seja, reconstruram seusdiscursos tentando, de alguma forma alcanar os objetivos propostos. Em princpio, aatividade envolveria uma crtica no no sentido de criticar, mas, refleo sobre, deposicionamento, frente a alguma coisa ou uma nova proposta didtica. Em outraspalavras, a atividades buscaram promover estranhamentos e atitudes frente a uma novasituao. Isto a nosso ver constituiu um espao de intensa produo tetual e discursiva.

    7. O

    a)

    Todos os alunos assinaram um termo de autoriao para utiliao das imagense demais informaes para fins de pesquisa e participao em eventos, concursose premiaes.

    b)Os dados obtidos e a dinmica da interveno proposta foram objeto de umatese de doutoramento desenvolvida pelo proponente do curso, intitulada: Aescolaborativas entre museus centros de cincias e tecnologia e a sala de aula: seupapel na formao de professores de cincias e qumica.

    O A: Eemplos de apresentao de planejamento, de Projeto de Estgio,fichas de autoavaliao e avaliao da disciplina.

    8.

    R

    BOURDIEU, P.; PASSERON, J. C. A reproduo. Elementos para uma teoria do sistema deensino. 2a.ed., Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1982.

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    FALK, J. The directors cut: Toard an improved understanding of learning frommuseums. Science Education, 88, S83S96. 2004.

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    GOUVA, G; VALENTE, M.E.; CAZELLI, S. e MARANDINO, M. Redes Cotidianas deConhecimentos e os Museus de Cincias. Parcerias Estratgicas, Braslia, 11, p. 169 174, 2001.

    GOHN, M. G.. Educao noformal, participao da sociedade civil e estruturascolegiadas nas escolas. Ensaio: aval. pol. pbl. Educ, Rio de Janeiro, v.14, n.50, p. 27 38,

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    GRUZMAN, C; SIQUEIRA, V. H. F. O papel educacional do Museu de Cincias: desafios etransformaes conceituais. Rev. Elect. de Ens. de las Cincias. v. 6, n. 2, p. 402423,2007.

    GRIFFIN, J.; SYMINGTON, D. Moving from taskoriented to learningoriented strategieson school ecursions to museums. Science Education vol. 81, p. 763779, 1997.

    GUISASOLA, J.; MORENTIN, M; Qu papel tienen las visitas escolares a los museos deciencias en el aprendiaje de las ciencias? Barcelona. Revista de la investigacin

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    HONEYMAN, B. Nonformal and formal learning interactions: ne directions forscientific and tecnological literac. Connect, UNESCO international science, tecnolog &environmental education nesletter, v. XXIII, no. 1, 1998.

    KPTCKE, L. S. Parceria Museu Escola como eperincia Social e Espao de Afirmao doSujeito. In: GUARACIRA G.; MARTHA M. ; MARIA CHRISTINA L. (Org.). Educao e Museu:A construo Social do Carter Educativo dos Museus de Cincia. 1 ed. So Paulo:

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    tomo, pp. 1, 2008.

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    A I

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRASGQI 129: Espaos no formais de educao em cinciasPRG 134: Estgio Supervisionado IV

    Horrio: Tera feira 14:00h e 15:00h Quarta feira 14:00h e 15:00h PV201Turmas: 13A e 13B.

    PLANEJAMENTO 2011/1

    E 01: Fundamentao e conceituao: educao em cincias em espaos noformais

    22 ter: Apresentao da Disciplina e informes gerais

    23 qua: Reunio de planejamento dos estgios

    01 ter: Reunio de planejamento de projetos02 qua: Reunio de planejamento de projetos08 feriado09 recesso15 ter: Estudo dirigido do artigo 0116 qua: Atividades de Estgio/Projetos22 ter: Estudo dirigido do artigo 02

    23 qua: Atividades de Estgio/Projetos29 ter: Visita ao Museu de Histria Natural da UFLA30 qua: Reunio de orientao de projetos

    05 ter: Estudo dirigido do artigo 0306 qua: Reunio de planejamento e apresentao do RCE12 ter: Estudo dirigido do artigo 0413 qua: Atividades de Estgio/Projetos19 ter: Estudo dirigido do artigo 05

    20 qua: Atividades de Estgio/Projetos26 ter: Estudo dirigido do artigo 0627 qua: Reunio de orientao de projetos

    E 02: Atividades de Produo Tetual e Visitas aos MCCT

    E 03: Atividades de Produo Tetual e Construo de Planejamentos de AesEducativas

    03 ter: Estudo dirigido do teto 0604 qua: Atividades de Estgio/Projetos

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    10 ter: Seminrios de Espaos no Formais de Educao em Cincias (grupos: JulianaBrito e Amanda Santos/ William e Tauana/ Lucas e Larissa).11 qua: Aula no Lab. de informtica: Levantamento de Projetos Educativos emMCCT(PV606).17 ter: Seminrios de Espaos no Formais de Educao em Cincias (grupos: Bianca eLvia/ Amanda e Aline/ Carol e Andressa).

    18 qua: Atividades de Estgio/Projetos21: Atividade de campo em BH.24 ter: Semana Acadmica25 qua: Semana Acadmica31 ter: Seminrios de Espaos no Formais de Educao em Cincias (grupos: Deise ePricila/ Ana Cludia e Betnia/ Stefane e Carina).

    01 qua: Seminrios de Espaos no Formais de Educao em Cincias (grupos: JulianaArriel, Lais e Vernica/ Richard e Josu).

    07 ter: Apresentao dos Projetos Educativos (grupos: Firmino Costa/ Richard/ Cinira deCarvalho)

    E 04: Projetos Educativos dos Estgios

    08 qua: Palestra da Profa. Maria Soraia Avelar (Escola Estadual Benjamim Guimares Bom Sucesso/MG)14 ter: Apresentao dos Projetos Educativos (grupos: CEDET/ Dora Matarao, FirminoCosta (Larissa)).15 qua: Apresentao dos Projetos Educativos (grupos: Andressa/ Carina, Stefane e

    Vernica/ Ana Claudia.21 ter: curinga22 qua: Entrega final dos RCEs e cadernos de estgio28 ter: Prova Substitutiva e autoavaliao e avaliao da disciplina29 qua: Encerramento

    Reunio de orientao de projetos: Encontros da turma com o professor para realiaode planejamentos e gesto dos projetos escolares.Atividades de Estgio/ Projetos: Encontros entre os grupos para realiao/

    planejamento das etapas dos projetos.Estudos Dirigidos: Debates e discusses sobre os materiais de referncia selecionadospelo professor. Cada aluno ser responsvel por produir uma sntese/ resenha do tetoque ser trabalhado, juntamente com algumas questes instigadoras para fomentar odebate em classe.Seminrios: Cada aluno ter um tempo de 25 minutos para realiar sua apresentao edever entregar ao professor a ficha de avaliao de seminrio devidamente preenchidae o respectivo planejamento de ensino impresso. Os alunos construiro planejamentosde ensino e/ou seqncias didticas para abordagem de contedos cientficos doprograma curricular escolar, que levem em conta articulaes entre a escola e os MCCT.

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    Os planejamentos de ensino e/ou seqncias didticas devem incluir: Objetivos; Justificativa (fundamentada nas discusses tericas realiadas anteriormente); Situar a unidade temtica e o planejamento proposto no conteto de um

    planejamento curricular real (srie, contedos de referncia, orientaescurriculares para a abordagem do contedo etc);

    Metodologia de trabalho didtico; Recursos Avaliao

    Reunio de apresentao do RCE: Encontros da turma com o professor para entrega dosrelatrios e demais documentos de estgio.Obs: A Participao nas aulas, as leituras e a posse do material selecionado tero grandepeso nas avaliaes.REFERENCIAIS DE APOIO

    Artigo 01: KRASILCHIK, M. Reformas e Realidade: o caso do ensino de Cincias. SoPaulo em Perspectiva, v. 14, n. 1, 2000, p. 8593. (EM ANEXO). Artigo 02: GASPAR, A. A educao formal e a educao informal em cincias. In: LuisaMassarani, Ildeu de Castro Moreira e Fatima Brito. (Org.). Cincia e pblico: caminhosda divulgao cientfica no Brasil. 1 ed. Rio de Janeiro: Casa da Cincia Centro Culturalde Cincia e Tecnologia/UFRJ, 2002. (EM ANEXO).Artigo 03: CAZELLI, Sibele; QUEIROZ, G. R. P. C. ; ALVES, Ftima ; FALCO, Douglas ;VALENTE, Maria Esther ; GOUVA, Guaracira ; COLINVAUX, Dominique. TendnciasPedaggicas das Eposies de Um Museu de Cincia. In: Vanessa F. Guimares e Gilson

    Antunes da Silva. (Org.). Implantao de Centros e Museus de Cincia. 1 ed. RIO DEJANEIRO: UFRJ, PROGRAMA DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAO EMCINCIA, 2002, v. 1, p. 208218. (EM ANEXO).

    Artigo 04: VANPRAET, M. A Educao no Museu, Divulgar saberes verdadeiros comcoisas falsas. Educao e Museu A construo social do carter educativo dosmuseus de cincia Guaracira Gouva, Martha Marandino e Maria Cristina Leal (orgs.),Rio de Janeiro, Access Editora, 2003. (XEROX).

    Artigo 05: LINS DE BARROS, H. G. P. Quatro Cantos de Origem. Pesrpicilum, RJ, v. 6, n. 1,p. 5774, 1992. 04. (XEROX). Artigo 06: PEREIRA, Junia Sales ; SIMAN, L. M. C. ; COSTA, C. M. ; NASCIMENTO, S. S.Repertrio de prticas educativas em museus. (parte 01, 02, 03. pgs 11 71). . Escola eMuseu: dilogos e prticas. 1. ed. Belo Horionte: Secretaria de Estado daCultura/Superintendncia de Museus/Cefor, 2007. v. 1. 128 p. (DISPONVEL NABIBLIOTECA)

    Cincia & Educao: .fc.unesp.br/pos/revista/

    Investigaes em Ensino de Cincias: .if.ufrgs.br/public/ensino/revista.htm Ensaio Pesquisa em Educao em Cincias: .fae.ufmg.br/ensaio/

    Cincia e Ensino: .fae.unicamp.br/gepce/publicacoesgepCE.html

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    Revista Brasileira de Pesquisa em Educao em Cincias :.fc.unesp.br/abrapec/revista.htm

    Cadernos de Sade Pblica: .ensp.fiocru.br/csp/inde.html

    Interface Comunicao, Sade e Educao:.scielo.br/revistas/icse/pedboard.htm

    Trabalho, Educao e Sade.: .revista.epsjv.fiocru.br/

    Revista Brasileira de Educao: .anped.org.br/revbraseduc.htm

    Cadernos de Pesquisa :.scielo.br/scielo.php/script_sci_serial/lng_pt/pid_01001574/nrm_iso

    Educao e Sociedade:.scielo.br/scielo.php/script_sci_serial/lng_pt/pid_01017330/nrm_iso

    Educao e Realidade: .ufrgs.br/faced/setores/revista/

    Revista Enseana de las Ciencias: .blues.uab.es/revensciencias/castella/cap.htm

    International Journal of Science Education:.tandf.co.uk/journals/tf/09500693.html

    Science Education: 3.interscience.ile.com/cgibin/jhome/32122

    Qumica Nova: http://quimicanova.sbq.org.br/

    Qumica Nova na Escola: http://sbqensino.foco.fae.ufmg.br/qnesc

    Caderno Brasileiro de Ensino de Fsica: http://.fsc.ufsc.br/ccef/

    Caderno Catarinense de Ensino de Fsica:http://.fsc.ufsc.br/ccef/port/cad/p_cad.html

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    A II

    E P D

    E 1

    PETRLEO: UNIO DA EDUCAO NOFORMAL E INTERDISCIPLINARIDADEAline Marques MesquitaAmanda Soares Giroto

    A LDB de 1996 (LDB 9394/96), com o objetivo de definir a base da educao no Brasil,aponta para alguns novos caminhos em termos educacionais, principalmente para oEnsino Mdio. Sendo assim, o conhecimento a ser trabalhado no Ensino Mdio aquele

    que todo indivduo deveria ter em sua formao bsica. Nessa perspectiva, ele deveriaperceber a estreita relao do modo de vida com a Qumica. Entre os contedosdesenvolvidos no terceiro ano do E.M. est, geralmente, a Qumica Orgnica. Nestecontedo h alguns conceitos fundamentais para entender muitas coisas do cotidiano(Oliveira, 2006).

    A qumica orgnica eerce grande participao no nosso cotidiano, estudando a imensamaioria dos compostos de carbono. Grande parte dos compostos produidos em nossocorpo orgnica. No apenas em ns, como tambm em todos os seres vivos, sejameles vegetais ou animais. Hoje, a Qumica Orgnica se tornou etremamente importante

    para a vida dos seres humanos, transformandoos em dependentes de sua produo eevolues tecnolgicas.

    A LDB/96, considera o ensino mdio a ltima e complementar etapa da educaobsica. Nessa etapa podese contar com uma maior maturidade do aluno, na qual osobjetivos educacionais podem passar a ter maior ambio formativa, tanto em termosda naturea das informaes tratadas, dos procedimentos e atitudes envolvidas, comoem termos das habilidades, competncias e dos valores desenvolvidos. Os PCNs nosmostra que epandindose a sistematiao das propriedades gerais da matria, aqumica da nfase as transformaes geradoras de novos materiais (SILVA).

    Considerando que as aulas no nvel mdio ainda so ministradas de formatradicionalmente terica, este trabalho realiase com intuito de buscar uma melhoraplicao dos contedos de qumica orgnica, dando aos estudantes a oportunidade dereconhecla no meio em que vive, pois no cotidiano que devese visualiar o queestudase em sala de aula.

    O objetivo unir teoria e prtica atravs do conhecimento dos processos de etrao depetrleo. O planejamento tem como objetivo especfico levar um grupo de alunos paraestudar a Refinaria Gabriel Passos, com a inteno de contribuir e estimular os estudos

    desses alunos e despertar o praer pela pesquisa. Os contedos tm associao com ocurrculo escolar dos alunos, e so apresentados de forma epositiva e prtica.

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    A escolha da Refinaria Gabriel Passos como espao noformal, deuse pelo depoimentotranscrito abaio, uma ve que no foram encontradas informaes precisas sobreatividades de visita empresa.

    Ao chegarmos, primeiramente, passamos pela linha do tempo, uma espcie de museucom o objetivo de resgatar a memria da empresa. Logo aps, seguimos para oauditrio, onde nos foram passados pequenos vdeos contendo instrues de seguranae ensinando como proceder em caso de emergncia durante a permanncia dentro daempresa. Foi apresentada tambm uma palestra sobre a empresa, contendo dadossobre a histria e a realidade atual da refinaria. Aps assistirmos a palestra, seguimospara a regio onde ocorre o refino do petrleo. Conhecemos as reas de destilaoatmosfrica e destilao vcuo, de craqueamento e de recuperao de gases, alm dasunidades de tratamento de derivados, que possuem a funo de remover impureas ecolocar os produtos acabados dentro das especificaes determinadas, como as de

    recuperao de enofre, que so capaes de produir at 90 toneladas dirias deenofre puro, transformando assim, gases altamente poluentes em matria prima dealto valor comercial.

    O PETRLEO E OS HIDROCARBONETOS NA COMPREENSO DECONCEITOS TERICOS DA QUMICA ORGNICA

    O Petrleo um produto da transformao da matria orgnica (encontrada no fundodos mares ou em terra) que passou por modificaes ao longo de milhares de anos. Onome dado a essa espcie deriva do latim: petra = pedra, oleum = leo e, como o

    prprio nome j di, um lquido oleoso (denso e de cor escura), etrado da pedra.

    um dos recursos naturais dos quais a nossa sociedade dependente. Isto no se deveapenas ao uso do petrleo como combustvel fssil, mas tambm devido aos inmerosmateriais que so produidos a partir dessa matriaprima. Devido sua influncia naeconomia, o petrleo um assunto em evidncia na televiso e nos jornais.

    Composio qumicado Petrleo: esta matria composta por produtos nitrogenados e

    sulfurados (derivados do nitrognio e enofre), oignio e matria orgnicadecomposta. considerado uma mistura de hidrocarbonetos porque seus derivadospossuem de 1 a 38 carbonos em suas cadeias estruturais, como tambm hidrognio.

    Jaidas de Petrleo: o leo fica impregnado s rochas sedimentares (rochas porosasformadas por calcrio e areia) e estas o absorvem transportandoo para o interior dacrosta terrestre. As jaidas (poos de petrleo) so formadas porque algumas rochas soimpermeveis, sendo assim, o leo se acumula formandopoos de petrleo.Etrao de Petrleo: primeiro preciso localilo, o que difcil porque se encontraem locais subterrneos. Aps a etapa de localiao hora de perfurar o poo, e para

    retirar o petrleo depende da quantidade de gs presente: se for em grande quantidadeo leo epelido soinho em rao da presso eercida sobre o mesmo, agora se nohouver presso alguma preciso recorrer s bombas de etrao.

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    Utiliaes do Petrleo: sua utiliao mais conhecida como combustvel deautomveis, mas tambm usado na obteno de plsticos, fibras artificiais e atmedicamentos.

    O petrleo, aps ser etrado da naturea, transportado para as refinarias e comea aser fracionado atravs de aquecimento em tanques apropriados dando origem a vrios

    subprodutos, esse processo denominado de destilao fracionada.

    Os derivados do petrleo so hidrocarbonetos (compostos por tomos de carbono ehidrognio), sendo os mais leves formados por pequenas molculas, como, poreemplo, o etano (C2H6), e os mais pesados contendo at 70 tomos de carbono. Adestilao acontece justamente por essa diferena de tamanho das molculas, quantomenor a molcula de hidrocarboneto, menor a sua densidade e temperatura deevaporao.

    Atravs do quadro abaio possvel ter uma idia do que o destilamento do petrleo,

    e como os diferentes subprodutos vo sendo obtidos a partir do aumento detemperatura:

    Gs de petrleo: d origem ao gs de coinha.

    Gasolina: usada como combustvel de motores automotivos.Querosene: combustvel prprio para avies.Diesel: o combustvel de nibus, caminhes, tratores.Lubrificante: aplicado em mquinas e peas para aumentar a vida til dessesequipamentos.leo: tambm chamado de leo combustvel, ele o responsvel pela movimentaode navios.Asfalto: este o ltimo produto a ser fracionado, e apresenta aspecto denso, usado napavimentao de ruas e estradas

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    1 O PETRLEO (histrico, origem, formao, composio, tipos, ocorrncia, etrao)2 O PETRLEO NO BRASIL (descoberta de petrleo no Brasil, reas produtoras,eplorao e produo no Brasil, tipos de poos e plataformas)

    3 O PETRLEO NO MUNDO (grandes produtores, eportadores, importadores,consumo de petrleo no mundo, tecnologia utiliada, impacto ambiental, conflitosrelacionados)4 INDSTRIA PETROQUMICA E OS DERIVADOS DO PETRLEO (processos de separaodos componentes, fraes do petrleo, obteno dos derivados, utiliao do petrleo)5 GS NATURAL (composio, obteno, consumo e produo do gs natural,gasoduto BrasilBolvia). As apresentaes orais seguiram o mesmo padro, pormalguns painis se destacaram pela criatividade na abordagem do subtema.

    Reconhecer estruturalmente e nomear funes como: hidrocarbonetos, lcoois,fenis, teres, aldedos, cetonas, cidos carbolicos,steres, amidas, aminas enitrocompostos.

    Comparar as propriedades fsicas e qumicas dos compostos orgnicos.

    Classificar e escrever estruturas de compostos orgnicos e nomelas usando anomenclatura oficial (IUPAC).

    Equacionar as principais reaes envolvendo compostos orgnicos: adio,substituio, eliminao, idoreduo, saponificao e polimeriao.

    Relacionar energia e quantidade de matria envolvidas numa reao de

    combusto. Identificar polmeros naturais e sintticos.

    Identificar ismeros estruturais planos e espaciais.

    Reconhecer que os ismeros podem apresentar diferentes propriedades fsicas equmicas.

    Reconhecer os principais usos e aplicaes industriais das substncias orgnicas.

    Analisar aspectos relativos ao petrleo e derivados.

    Oliveira, S. R.; Quadros, A. L. A qumica orgnica no ensino mdio: anlise daapropriao de conhecimentos pelos alunos. 1 Seminrio de Especialiao eGraduao do CECIMIG, 2006.

    Silva, J. V. K.; Calvacante, V.; Nbrega, J. A. Cotidianiao do ensino de qumica orgnicano ensino mdio. Universidade Estadual da Paraba. Departamento de Qumica. Centrode Cincias e Tecnologia.

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    VISITA A USINA NUCLEAR ESPAOS NO FORMAIS DE EDUCAOAmanda dos Santos AugustoJuliana Ferreira de Brito

    Ao abordar contedos de Qumica no ensino fundamental e mdio, percebese quemuitas vees o que ensinado em sala de aula no tem relao com o cotidiano doaluno, nem com o que desenvolvido como pesquisas em universidades ou centros depesquisas (Munford & Lima, 2007). Essa falta de relao entre o ensino e o cotidiano facom que fique cada ve mais difcil manter o interesse dos alunos.

    A motivao do aluno pode surgir quando o assunto trabalhado desperta o seu

    interesse. Assim, ele ver na aprendiagem a satisfao de sua necessidade deconhecimento (Ricardo, 2003). possvel que, ao trabalhar situaes do dia a dia emsala de aula, buscando o conhecimento cientfico para eplicar estas situaes, o alunoseja mais capa de relacionar o conhecimento qumico com sua vida. Dessa maneira,entendese que a contetualiao do ensino tem relao com a motivao do aluno,por dar sentido quilo que ele aprende, faendo com que ele associe o que est sendoensinado com sua eperincia cotidiana (Medeiros & Lobato, 2010).

    Os espaos no formais, onde possvel praticar a educao no formal, definida porGohm (1999) como forma de educao onde eiste a inteno de determinados sujeitos

    em criar ou buscar certos objetivos fora da instituio escolar, pode contribuir paratraer ao aluno a contetualiao necessria de alguns temas da qumica,principalmente aquelas utiliadas amplamente no cotidiano.

    Segundo Vasconcelos e Souto (2003), ao se ensinar cincias, importante no privilegiarapenas a memoriao, mas promover situaes que possibilitem a formao de umabagagem cognitiva no aluno. Isso ocorre atravs da compreenso de fatos e conceitosfundamentais, de forma gradual. Espaos noformais, onde se procura transmitir, aopblico estudantil contedos de cincias, podem favorecer a aquisio de tal bagagemcognitiva.

    O proposto planejamento visa facilitar o aprendiado dos alunos na unidade de ligaesqumicas, por meio de contedos complementares que podem ser conciliados comespaos no formais de educao, como neste caso, visita tcnica a usina nuclear, poreemplo.

    Segundo o CBC de Minas Gerais, o estudo das ligaes qumicas, havendo tempo, importante de ser aprofundado. Pois tratase de uma teoria poderosa que os qumicosrecorrem com freqncia para preverem propriedades dos materiais, reatividade eenergia envolvida numa transformao. Contudo, eiste um relativo consenso entre os

    educadores qumicos de que esse um assunto compleo e, portanto, difcil de seensinar e de se aprender. Um dos grandes problemas no ensino de ligaes que, nosabendo faer escolhas do que especificamente ensinar, os professores acabam

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    fornecendo uma viso simplificada e esquemtica das ligaes. Diante disso, osestudantes costumam se ver em dificuldade para analisar situaes que no seenquadram nas meras classificaes.

    Para sanar est questo, o CBC sugere alguns contedos complementares para o estudodas ligaes qumicas para o 2 ano do ensino mdio, entre eles o tpico de outros

    fenmenos fsicos e qumicos: radioatividade; elementos radioativos, istopos mais empregados; minrios radioativos; produo de energia nuclear; aplicaes da radioatividade.

    A unidade temtica das ligaes qumicas segundo o CBC encontrada no tema 3Padres de Comportamento entre as Substncias, dentro do subtema 3; os subtemasesto apresentados a seguir:

    SubTema 1 Previsibilidade de Propriedades Fsicas e Qumicas a partir doEntendimento da Tabela Peridica.

    SubTema 2 O Comportamento cido ou Bsico de Substncias.

    SubTema 3 A Energia Envolvida nas Reaes Qumicas.

    SubTema 4 Propriedades Coligativas.

    Dentro do subtema 3 so apresentados pelo CBC os tpicos e as habilidadesrelacionadas, como mostrado na tabela abaio:

    Tabela 1: Tpicos e habilidades de energia envolvidas nas reaes qumicas.

    Como a questo das usinas nucleares um tema interdisciplinar, ser sugerido queoutros professores tambm participem ativamente da visita e das discusses e trabalhosque sero propostos. Os professores de fsica e biologia so os mais indicados paraaderirem visita e discutirem em suas aulas o tema.

    A fim de arrecadar o dinheiro necessrio para a viajem (caso a escola no disponhadeste dinheiro) a escola far um projeto de reciclagem de latinhas entre as turmas queiro viajem. O aluno que trouer para a escola mais latinhas ganhar um premio, a ser

    definido, e um ponto na disciplina de qumica.

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    Antes da viajem ser realiada, ser discutido com os alunos, dentro das aulas dequmica, a questo da energia gerada por meio de reaes qumicas, sero mostradaspor meio de eperimentos reaes que geram e que consomem energia, e apresentadoaos alunos outras reaes que tem a capacidade de gerar elevadas quantidades deenergia, como por eemplo as reaes nucleares. Para tanto, partimos do principio queos alunos j tm conhecimento sobre tomos, istopos e modelos atmicos. Ser

    eibido um filme sobre a descoberta da radioatividade espontnea por Antoine HenriBecquerel, Pierre Curie e Marie Curie, em 1903 que ganhou o prmio Nobel emQumica.

    Aps a visita ser realiada uma discusso em sala de aula sobre o que os alunosacharam da usina nuclear, o que eles pensam sobre essa forma de gerao de energia,quais as vantagens e os problemas que as usinas nucleares podem apresentar, se elesconhecem outros lugares no mundo que utiliam essas usinas como fonte de energiaeltrica, e a questo do acidente que ocorreu no Japo na cidade de Fukushima, serapresentado aos alunos uma reviso sobre o funcionamento das usinas nucleares e

    sobre este tipo de gerao de energia no mundo.

    Anlise da visita ser feita no apenas pela participao da discusso em sala de aula,mas tambm por um trabalho que os alunos iro desenvolver sobre todos os aspectosque foram discutidos na sala de aula, j citados acima, e na visita da usina.

    CBC Minas Gerais. Disponvel em: http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/minicursos/quimica/cap_cbc.htm. Acessado em 05/05/2011.

    Gohm, M. G. Educao noformal e cultura poltica. Impactos sobre o associativismo doterceiro setor. So Paulo, Corte. 1999

    Medeiros, M.A.; Lobato, A. C. Contetualiando a abordagem de radiaes no ensino deQumica. Rev. Ensaio, Belo Horionte, v.12, n.03, p.6584, setde. 2010.

    Munford, D.; Lima, M. E. C. C. Ensinar cincias por investigao: em qu estamos deacordo? Rev. Ensaio, Belo Horionte, v. 9, n. 1, jul. 2007.

    Ricardo, E.C. Implementao dos PCN em sala de aula: dificuldades e possibilidades.Fsica na Escola. So Paulo, v. 4, n. 1, 2003, p. 811.

    Vasconcelos, S.D. & Souto, E. O livro didtico de cincias no ensino fundamental proposta de critrios para anlise do contedo oolgico. Cincia & Educao, v. 9, p.93104, 2003.

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    E 3

    ESPAOS NO FORMAIS PARA O ENSINO DE CINCIASAna Carolina Corte LemosAndressa Alvarenga Silva

    Espaos no formais de Ensino so aqueles buscados pelas pessoas para a obteno deconhecimentos, mas que no so no espao escolar como, por eemplo, oolgicos,museus, centros de cincias empresas (alimentcias, tratamento de resduos) e jardinsbotnicos, dentre outros. J o espao formal considerado como um lugar que dependede salas de aula, laboratrio, biblioteca, quadras, ou seja, um espao escolar. De acordocom Jacobucci (2008), apesar da definio de que espao formal de Educao a escola,o espao em si no remete fundamentao terica e caractersticas metodolgicasque embasam um determinado tipo de ensino.

    Em um espao no formal, o aprendiado acontece de maneira natural, pois a todotempo h estmulos que ajudam ao aluno assimilar o contedo. Ao mesmo tempo emque os alunos esto vendo a produo de um alimento, por eemplo, eles podem sentiro cheiro, ver sua preparao e muitas vees at mesmo tocar nos produtos.Na escola os professores seguem uma rotina, que muitas vees ditada pelo livrodidtico. Isso pode tornar os contedos desinteressantes para os alunos. Livros eapostilas traem o contedo compartimentado, o que torna ainda mais complicado oentendimento. No espao formal (escola), faltam estmulos pra que os alunos consigamrealiar associaes do contedo, portanto, os professores devem diferenciar as

    atividades, a fim de estimular os alunos de formas mais variadas.

    As visitas a locais de ensino no formal so muito importantes para os alunos e devemser bem pensadas pelo professor. Seguindo um roteiro possvel que os alunosaproveitem ao mimo o que estes lugares tm a oferecer.

    Este trabalho tem o objetivo de utiliar o espao industrial alimentcio, para promover oensino e divulgao de conceitos qumicos, partindo de como a utiliao da indstriaalimentcia pode vim a contribui para o ensino da qumica no ensino mdio.

    O espao escolhido foi proposital, pois um contedo que est presente no diaadia detodos. A luta do homem a luta pela sobrevivncia e o alimento uma dasnecessidades bsicas para que sobreviva. Primeiro ele aproveita o que a Terra oferece:fruto, vegetais, caa e pesca, em seguida, observa a naturea, tenta imitla buscandoconservar os alimentos.

    Todos os alimentos contm nutrientes, mas diferentes alimentos contm distintasquantidades e tipos de nutrientes. Abaio alguns nutrientes necessrios a vida humana:

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    Tabela 1: Macronutrientes necessrios ao ser humano.

    N AProtenas Carnes de todo tipo, aves de granja e peies, feijes, gro de bico, soja,

    amendoim, leite, queijo, iogurte e ovos.

    Carboidratos Arro, milho, trigo e outros cereais, alguns tipos de batatas, inhame e raes

    ricas em amido, e tambm o acar.Lipdios leos, alguns tipos de carnes e derivados, gordura de porco, manteiga,

    margarina, manteiga de garrafa e outros derivados do leite, alguns peies,castanhas e soja.

    A identificao de alguns nutrientes como as protenas e carboidratos eistentes nacomposio de alguns alimentos e a determinao da quantidade de energia fornecida apartir da queima de alguns alimentos podem ser considerados uma das vertentesdentro desta temtica para o desenvolvimento de conceitos qumicos.

    As protenas so estruturas compleas formadas por um grande nmero deaminocidos que se combinam das mais diversas maneiras, atravs das chamadasligaes peptdicas [CONH].

    Quando uma protena interage com um cido, base ou solvente orgnico, pode ocorreruma mudana fundamental na estrutura da protena chamada de desnaturao comperda das caractersticas originais. As protenas do origem ao aparecimento de umacor violeta caracterstica quando so tratadas com uma soluo de sulfato de cobre emmeio alcalino, como mostra a figura abaio. O nome do teste vem do composto biureto,que d uma reao tipicamente positiva. A cor dividida formao de um compleo

    em que o on cobre se coordena a quatro tomos de aoto das ligaes peptdicas. Este um importante teste para a verificao da protena nos alimentos.

    Entre os carboidratos se incluem os amidos, a celulose e os aucares, como a glicose efrutose. Os carboidratos podem ser classificados como monossacardeos, dissacardeose polissacardeos.

    Figura 1: eemplos de monossacardeos

    O amido um polissacardeo que pode ser digerido pelo organismo humano. Estecarboidrato encontrado em gros, sementes, caules, raes etc. de vrias plantas como

    trigo, mandioca, arro e outras. utiliado na alimentao, no preparo de comas parafabricao de papis, tecidos etc.

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    Figura 2: Estrutura do amido

    Pode ser constituda pela amilase, uma cadeia linear de alguns milhares de unidades deglicose, ou pela amilopectina formada por cadeias de glicose, no entanto ramificadas,mas com um milho de unidades de glicose.

    Devido a essas diferenas estruturais, a amilose mais hidrossolvel do que aamilopectina, e essa caracterstica pode ser usada para separar esses dois componentes.A hidrlise do amido pode ser facilmente acompanhada pela reao com iodo, quemuda sucessivamente do aulescuro para o prpura. A amilose reage com o iodo eforma um compleo aulescuro; a amilopectina produ cor aulviolcea.

    Contudo aps algumas definies do que poderia ser trabalhado com os alimentos, tevecomo objetivo utiliar o espao industrial alimentcio.

    No ensino no formal necessria que a escola consiga recursos pedaggicoscomplementares a carncia, estimule o interesse e a motivao para o aprendiado eque relacione o cotidiano dos alunos com a indstria a ser visitada, relacionando oconhecimento e a cincias, para que os alunos consigam obter aspectos positivos comrelao ao ensino no formal, sendo esses apresentados por entusiasmos, interesse pelaaula no formal, dentre outros.

    Este trabalho foi elaborado para ser eecutado com alunos do 3 ano do ensino mdiode qualquer escola. Tendo em vista que ser necessrio 2 aulas para uma pequenaintroduo do assunto sobre alimentos, uma visita guiada a Sadia localiada maisprima (So Paulo) e 4 aulas para discusso e eplicao mais aprofundado sobre os

    alimentos.

    Para a analise dos dados, os alunos tero que faer uma dissertao sobre todo oandamento da vista e apresentar um mapa conceitual sobre o seu aprendiado.

    Dos contedos a serem trabalhados com os alunos sero: grupos funcionais presentesnas estruturas estudadas, identificao de nutrientes como protenas, carboidratos elipdios, eplicao de compleos.

    http://biounemattga.blogspot.com/2009/06/espacosnaoformaisdeensinode.htmlacessado em: 14/05/2010 s 15h.

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    SO PAULO (Estado) Secretaria da Educao. CENP. Oficinas temticas no ensinopblico: formao continuada de professores SE/CENP. So Paulo: FDE, 2007.

    Jacobucci, Daniela Franco Carvalho. CONTRIBUIES DOS ESPAOS NOFORMAIS DEEDUCAO PARA A FORMAO DA CULTURA CIENTFICA. EM EXTENSO, Uberlndia, 56

    V. 7, 2008.

    E 4

    ESPAOS NO FORMAIS DE EDUCAO EM CINCIASAna Cludia FerreiraBethnia Mansur

    Visitar um Centro de Cincias como espao educativo complementar educao formal;ressaltar a importncia dos espaos complementares educao formal como espaosque motivam e favorecem a construo do conhecimento por parte dos visitantes, sejapor meio de aes voluntrias, dirigidas ou por meio de interao entre os visitantes.

    Este Planejamento de Ensino pode ser eecutado em turmas do Ensino Fundamental (apartir de 6 anos, conforme recomendaes do Centro) e Mdio. O maior desafio ser amediao do professor durante a visita ao Centro: para as turmas do EnsinoFundamental, vem a calhar o bom senso na avaliao, pois que esta visita proporcionar

    a introduo Cincia, ao mundo cientfico; no caso das turmas do Ensino Mdio,h de terse o mesmo cuidado ao avaliar a visita, de modo que ela no seja perdida pormeio de questes simplistas, que no estimulem o jovem a eprimirem o que realmentesentiram e aprenderam.

    1. Os Centros de Cincias: espaos educativos complementares educao formal

    Para uma melhor contetualiao do tipo de educao que empregado em um centrode cincias importante conhecer algumas caractersticas bsicas da educao formal enoformal. Os museus interativos de cincia se apresentam como espaos educativos

    complementares educao formal, possibilitando a ampliao e a melhoria doconhecimento cientfico de estudantes, conhecido e utiliado pelas escolas de todos osnveis, apresenta geralmente currculo e metodologias rgidos (Bianconi & Caruso,2005).

    Entretanto, quanto educao noformal, no h uma unanimidade acerca de suasdefinies. Bianconi & Caruso, afirmam que ambientes fora do conteto escolar socomumente chamados de noformais. Falk (2001) caracteria o aprendiado queocorre fora da escola como sendo de livre escolha, free choice learning, definindo otermo como sendo um aprendiado no seqencial, voluntrio, flevel e guiado pelas

    necessidades intrnsecas e interesses do prprio indivduo. Neste tipo de educaotornase necessria uma preocupao especial com o material utiliado, uma ve que ocontato alunoprofessor reduido.

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    A principal caracterstica de um centro de cincias o emprego da educao no formal,uma ve que este tipo de educao, como mencionado, est livre de currculos eestruturas prestabelecidas encontradas no ensino formal, porm o modo como aaprendiagem nos centros de cincias encarada no unanimidade entre ospesquisadores da rea, como podemos constatar nas palavras de Gaspar (1993) e Mint

    (2005).

    A preocupao com a aprendiagem em centros de cincias uma constante [...] todoobjeto ou eperimento eposto pensado e projetado com o objetivo de transmitiralgum tipo de informao ou contedo (Gaspar 1993, p.52).

    Por outro lado, Mint bem mais crtica com relao abordagem utiliada pelosdesigners de eposies e atividades nos museus de cincias;

    mesmo uma ironia que em um mundo que enfrenta uma variedade de questes

    graves, muitas delas calcadas na cincia e na tecnologia, muitos centros de cincia sepreocupem quase que eclusivamente em faer da cincia algo divertido e animado,parques de diverses para a mente. Os mesmos verbos de ao aparecem [...] naspropagandas de marketing Eplore, Imagine, Descubra, Construa, Eperimente, [...]supervaloriando a diverso, corremos o risco de, literalmente, perder a cincia doscentros de cincia [...] (Mint 2005, p.7).As propagandas dos centros de cincias so necessrias para a divulgao das cincias,no necessariamente distorcendoas. Conforme Julio (2004), o principal objetivo dosespaos de educao noformal potencialiar a motivao, interesse e participaodo aluno, buscando um dilogo da cincia com a comunidade.

    A educao cientfica em espaos noformais deve considerar a compreenso dascincias como fator necessrio formao de cidados crticos capaes de atuar demaneira ativa na sociedade e posicionaremse a respeito de questes cientficas etecnolgicas (Sabbatini, 2004).

    Neste conteto, a aproimao dos centros de cincias com a comunidade (e nesta seinserem alunos e professores) se fa muito importante, traendo vantagens a todasociedade e enriquecendo o saber e a cultura de todos.

    2.

    Caractersticas principais dos eperimentos nos Centros de Cincias

    Todos os eperimentos cientficos escolhidos apresentam algum atrativo. Alguns, noentanto, se sobressaem a outros, chamando mais ateno dos visitantes. Segundoestudos feitos por avaliadores de eperimentos ao redor do mundo, estascaractersticas so essenciais para a eficcia da eposio (Perr, 1992), e tm relaocom o comportamento dos visitantes (Chioi & Andreotti, 2001), alm de tratar outrosfatores decisivos na escolha e na confeco destes eperimentos. So eles:

    1. Interatividade: esta caracterstica etremamente importante no eperimento. Um

    eperimento interativo, onde os visitantes realmente pem a mo na massamelhoram a relao do visitante no s com o aparelho, mas tambm com o prpriomuseu. Geralmente pessoas comuns ou mesmo alunos que visitam o museu,

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    atualmente, no tm contato com trabalhos manuais, tm na maioria das veesdificuldade em desempenhar algum papel onde a habilidade manual eigida. Tocar oeperimento, interagir com ele e observar o fenmeno ilustrado, fa o visitante prestarmais ateno ao eperimento, nos processos que faem acontecer o fenmeno.Eperimentar, estimular os cinco sentidos sempre uma sensao interessante e, svees, inesquecvel para o visitante.

    2. Impacto: um eperimento impactante chama ateno do visitante. Aspectos quemeem com a sensao visual, auditiva ou at mesmo fsica do visitante (como belosfenmenos coloridos, surpreendentes como um choque eltrico pequeno, sonoroscomo um instrumento musical feito com materiais simples) aguam a curiosidade e avontade de observar mais de perto eperimentos desse tipo. Este um atrativointrnseco do eperimento que melhora a apresentao do eperimento ou mesmo ainterao deste com o visitante.

    3. Mltiplas ligaes: eperimentos que conseguem ligar diversas reas do

    conhecimento traem consigo diversas formas de questionar. Um eperimento quesuscita diversas questes (no diversas respostas) pode faer o visitante sair daeposio mais curioso acerca do eperimento e do fenmeno que ele ilustra. Isso levao visitante a procurar mais conhecimento, que pode no ser a inteno deste museu.

    4. Simplicidade: eperimentos mais simples e que no traem elementos escondidos nasua confeco (caias pretas) podem ser muito mais envolventes ao visitante, pois elepode ver as partes que o compe e at mesmo criar modelos eplicativos no s sobre ofuncionamento do eperimento, mas tambm sobre a gerao do fenmeno ilustradopor ele.

    5. Desafio: Segundo observaes dos objetos epostos no projeto Arte & Cincia noParque, outra caracterstica que chama ateno do visitante nos espaos a capacidadeque o instrumento tem de gerar questes e desafios a serem resolvidos. Quando ovisitante desafiado, a formulao de hipteses feita por ele acarreta num raciocniolgico e, consequentemente, em um aumento da cultura cientfica aplicada noeperimento em questo.

    Se o visitante no se entretm com o equipamento, ou ele no apresenta caractersticasprprias de prender a ateno do visitante, ele considerado sem impacto.

    Outra questo a anlise do acervo com relao a quais eperimentos utiliar em quaisespaos. Para um espao fechado e fio, como a Estao Cincia, para um espao abertoe fio, como o Espao Cincia ou para um espao aberto e itinerante, como o Arte &Cincia no Parque ou o Cincia Mvel, quais os tipos de eperimentos mais adequados?

    necessrio saber quais caractersticas cada eperimento deve ter para facilitar epotencialiar seu uso nestes espaos de cincia. Estas caractersticas devem consideraro tempo e a freqncia de utiliao do eperimento, sua eposio intempries eoutros fatores importantes, como a praticidade no uso em espaos abertos. No caso de

    museus e centros de cincias fios e que tenham eposies internas, como a EstaoCincia ou o Sabina, o fator surpresa que est presente nos projetos Arte & Cincia noParque ou na Cincia Mvel j no eiste, porque grande parte dos visitantes destes

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    centros j vo at eles com um objetivo prdeterminado, e sabem o que podemencontrar l.

    No entanto, trabalhar com eperimentos demonstrativos nestes espaos tra em si umaquesto importante, que o aprendiado das pessoas que vm a eposio. Umaeposio cientfica, artstica ou cultural deve ou no promover o aprendiado? Como o

    aprendiado deve ser nestes tipos de espaos de Educao noformais? Estas soquestes muito discutidas atualmente nos centros de pesquisa em divulgao cientfica.H quem defenda a posio de que um museu ou centro de cincias no deve sepreocupar com o aprendiado do visitante e que a divulgao cientfica apenas umaferramenta utiliada para aguar a curiosidade do visitante acerca dos fenmenos edispositivos que esto epostos no espao do museu.

    Entretanto h pesquisadores que defendem uma pedagogia de museus, e que ele devesim faer parte da promoo da cultura cientfica do visitante, e isso s pode ser feitoatravs de um aprendiado efetivo, noformal. Geralmente estas questes so

    contempladas na misso adotada pelo espao que abriga ou apresenta estaseposies. Da uma pesquisa preliminar dever ser feita, relacionada com aaprendiagem ou a promoo da cultura cientfica do visitantes desses espaos.

    A cultura cientfica dos visitantes deve ser levada em considerao quando umeperimento que far parte do acervo for escolhido. Da surge outra questoimportante que o quanto aquele eperimento pode ou no ajudar a promovla.Problemas surgem no tocante a como medir essa promoo da cultura ou daalfabetiao cientfica. Para isso, deverseia saber qual era o nvel de cultura cientficado visitante antes da sua entrada no espao ou na eposio e qual o aumento desse

    nvel depois da visita. O que o eperimento em questo ajudou no aumento dessacultura cientfica?

    Por ltimo, um eperimento que projetado para promover o aumento da culturacientfica de um visitante espontneo pode ser utiliado tambm para a mesmapromoo em um grupo de escolas que so visitadas ou que visitam o acervo?

    3. Mtodos de Avaliao

    Quanto avaliao da aprendiagem em centros de cincias, que deve considerar

    caractersticas prprias como, por eemplo, a interatividade entre os visitantes. Ametodologia usada para estudar o pblico da atividade, divide a avaliao do pblico esua interao com o Centro em trs etapas (Studart, Almeida & Valente, 2003):

    1. Avaliao preliminar: Realiada no estgio de planejamento com a atualiao dobanco de dados do Centro. um elemento importante do trabalho, ao mostrar o perfildo visitante.

    2. Avaliao formativa: Realiada no decorrer da visita com a observao das atitudes ecomentrios dos visitantes e logo aps a visita, com a aplicao de questionrios,

    possibilitando atingir um grande nmero de pessoas em um curto espao de tempo.

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    3. Avaliao somativa: Entrevistas semiestruturadas realiadas aps a visita na escolade origem do aluno, onde se verifica o impacto da visita quanto a ganhos cognitivos(aprendiagem de conceitos de astronomia) e afetivos (emoo, motivao em buscarmais sobre cincia). A avaliao somativa busca entrar em detalhes sobre o que oentrevistado respondeu nos questionrios anteriores no condicionando suas respostas,mas estimulandoo a eplicitar suas idias latentes. A avaliao somativa o ponto em

    que o investigador se depara com o investigado colocando em prtica as perguntaspreviamente formuladas, tendo como objetivo a obteno dos dados que interessam investigao (Gil, 1999).

    Um ponto importante na pesquisa a aplicao de uma perguntabase no incio davisitao ao Centro. Tal pergunta feita de forma direta e dissertativa.

    3.1 QuestionriosDois tipos de questionrio so elaborados, sendo um para ser respondido pelosprofessores que acompanham as turmas e outro para os alunosvisitantes. Quanto ao

    professor procurase saber sobre sua formao, sua participao em cursos durante suaformao inicial ou continuada, se j conhecia o Centro a ser visitado. Outro ponto a serpesquisado se o professor buscou desenvolver temas de relacionados em sala de aulaantes ou aps a visita.

    O questionrio elaborado para o alunovisitante composto por trs partes. A primeira,com objetivo de conhecer melhor o aluno e se o mesmo j havia visitado o Centro. Asegunda parte busca saber as impresses do visitante quanto visita, palestrasassistidas e instalaes do Centro. A terceira parte visa avaliar a aprendiagem decontedos cientficos abordados na palestra. Nesta parte, temse o intuito de comparar

    a resposta final com a enunciada antes de o aluno assistir palestras.

    Tran (2006) afirma que h uma dificuldade enorme em incorporar o que foi mostrado navisita ao currculo escolar, pois h grandes falhas na comunicao entre professores eeducadores dos centros de cincias. imprescindvel pensar e refletir mais sobre ospotenciais alm da sala de aula. Se isto for considerado, eiste uma grande chance deque as discusses dos professores com alunos em sala de aula complementem o que foie est sendo aprendido nos centros de cincias.

    Para que isto seja possvel imperativo que haja contato entre os cientistas,divulgadores de cincia, pesquisadores e professores que compartilham do interesse emcomum em ensinar cincia. Os centros de cincias precisam ressaltar as facetas dacincia que so pouco eploradas na escola a de que a cincia relevante para a vida doaluno e que a mesma est sujeita a erros.

    interessante notar que grande parte das observaes s pode ser discutida aps avisita, a partir da utiliao dos instrumentos de avaliao. Durante a visita muitodifcil saber qual nvel de interao est ocorrendo e se a abordagem est sendo ou no

    adequada no sentido de facilitar a aprendiagem do visitante.

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    BIANCONI, M. & CARUSO, F. Educao noformal. Cincia e Cultura. vol.57, n.4, p.2020. Out./De 2005.

    CHIOZZI, G., ANDREOTTI, L., Behavior vs. time: Understanding ho visitors utilie

    FALK, J. FreeChoice Science Education: Ho e learn Science Outside of school.Teachers College, Columbia Universit, 2001.

    GASPAR, A. Museus e centros de cincias Conceituaes e propostas de um referencialterico. Tese (Doutorado na rea de didtica) Faculdade de Educao, Universidade deSo Paulo, So Paulo, 1993.

    GIL, A. Mtodos e tcnicas de Pesquisa Social. Editora Atlas. 5 Ed. So Paulo, 1999.JULIO, G. O sho de fsica Dilogos Cientficos. Dissertao (Mestrado em ensino decincias Modalidade fsica) faculdade de Educao, Universidade de So Paulo, So

    Paulo, 2004.

    MINTZ, A. Cincia, Sociedade e Centros de Cincias. 4 Congresso Mundial de Centrosde cincias, sediado no museu da vida. Rio de janeiro. Disponvel em:. Acesso em 15 de julho de 2005.

    PERRY, D.L. Designing ehibit that motivate. In ASTC Nesletter. p 912. Chicago, USA.Maro, 1992.

    SABBATINI, M. Alfabetiao e cultura cientfica: conceitos convergentes. Cincia eComunicao. V. 1, n. 1, 2004 Revista Digital. Disponvel em:. Acessoem 24 de maro de 2006.

    STUDART, D.; ALMEIDA, A.; VALENTE, M. Pesquisa de pblico em museus:desenvolvimento e perspectivas. In: Gouvea, G.; Marandino, M. & Leal, M. (orgs).Educao e Museu A construo social do carter educativo dos museus de cincias.Rio de Janeiro: Acess Editora, 2003.

    The Milan natural histor museum. Curator, 44, 15365.TRAN, L. Teaching science in museums: the pedagog and goals of museum educators.Science Education, v.91, n.2, p.278297, 2006.

    *** Bibliografia recomendada

    ALBAGLI, S. Divulgao cientfica: informao cientfica para a cidadania? . Ci. Inf.,Braslia, v. 25, n. 3, p. 396404, set./de. 1996

    Chagas, I. Aprendiagem no formal/formal das cincias: Relaes entre museus decincia e escolas. Revista de Educao, 3 (1), 5159. Lisboa. 1993.

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    JUNIOR, P. D. C.; AROCA, S. C.; SILVA, C. C. Educao em centros de cincias: visitasescolares ao observatrio astronmico do CDCC/USP. Investigaes em Ensino deCincias V14(1), pp. 2536, 2009

    PORTO, F. S.; ZIMMERMANN, E. Eposies museolgicas de cincia para motivaraprendiado. Disponvel em < http://.fae.ufmg.br/abrapec/viempec/viempec/CR

    2/p89.pdf> Acessado em: 26/03/2011.

    TEIXEIRA, J. N.; MURAMATSU, M.; FORTES, S. S. Projeto Arte e Cincia no Parque.Instituto de Fsica USP. Disponvel em: Acessado em: 26/03/2011.

    TEIXEIRA, J. N.; STEINICKE, G.; MURAMATSU, M. Construo e avaliao deeperimentos demonstrativos utiliados em centros de cincia e projetos de divulgaocientfica. Laboratrio de ptica do Instituto de Fsica da USP Projeto Arte & Cincia

    no Parque. Disponvel em: < http://.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/viii/ss/resumos/T07101.pdf> Acessado em: 26/03/2011.

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    LIGAES QUMICAS: UTILIZAO DE ESPAO NO FORMALBianca Maara SantosLvia Cabral Stiro Lui

    At pouco tempo, a grande questo escolar era somente a aprendiagem de contedos,acreditavase que conhecer era acumular conhecimentos. Atualmente, a questo estcentrada em interpretar e selecionar informaes na busca de solues de problemasou daquilo que temse vontade de aprender. O desafio para o educador coordenar oensino de conceitos e proporcionar um ambiente efetivo de aprendiagem.

    sabido que ensinar cincias mais que promover a fiao dos termos cientficos; privilegiar situaes de aprendiagem que possibilitem ao aluno a formao de sua

    bagagem cognitiva. A construo dessas situaes tarefa rdua para os profissionaispreocupados com o ensino. Essas diferentes formas de ensino so classificadas naliteratura como: educao formal, educao noformal e educao informal. Aeducao formal pode ser resumida como aquela que est presente no ensino escolarinstitucionaliado, cronologicamente gradual e hierarquicamente estruturado, e ainformal como aquela na qual qualquer pessoa adquire e acumula conhecimentos,atravs de eperincia diria em casa, no trabalho e no laer. A educao noformal,porm, definese como qualquer tentativa educacional organiada e sistemtica que,normalmente, se realia fora dos quadros do sistema formal de ensino (BIANCONI &CARUSO, 2005).

    Atualmente, a educao em cincias no pode mais se restringir ao conteto escolar(espao formal de educao). Assim os espaos no formais tm um importante papelna alfabetiao cientfica dos indivduos.

    O termo espao noformal tem sido utiliado atualmente por pesquisadores emEducao, professores de diversas reas do conhecimento e profissionais que trabalhamcom divulgao cientfica para descrever lugares, diferentes da escola, onde possveldesenvolver atividades educativas (JACOBUCCI, 2008). Vrios educadores entendemque as escolas no so os nicos locais onde as pessoas podem aprender conceitos

    cientficos ou sobre a naturea da cincia como uma atividade intelectual,principalmente num pas onde uma grande parte da populao esteve ou est fora dela.Alm disso, a instituio escolar, por si s, no apresenta condies de proporcionar sociedade a (in)formao tcnicocientfica e humanstica necessria leitura domundo. Dessa forma, os espaos no formais, os museus interativos de cincia, parques,eposies, trilhas ecolgicas e outras, se apresentam como um espaoeducativocomplementar educao formal, possibilitando a ampliao e a melhoria doconhecimento cientfico de estudantes, bem como, da populao em geral. (SILVA et.al., 2005).

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    Nesse conteto, o trabalho pretende o desenvolvimento da unidade ligaes qumicascom as contribuies de espaos no formais.

    Turma de primeiro ano do Ensino Mdio, durante o 2 bimestre.

    Primeiramente sero ministradas aulas de acordo com o seguinte esquema:

    Conceito de ligao qumica;

    Ligaes inicas e covalentes;

    Configurao eletrnica e eltrons de valncia.

    Essas aulas tero durao de 4 a 6 horas/aula dependendo do desenvolvimento daturma. Em seguida numa prima aula ser apresentado aos alunos um vdeo com umaviso geral de todo o contedo ministrado. Ao final da apresentao do vdeo, duasaulas sero ministradas introduindo o conceito de reaes qumicas e alguns eemplosde reaes que ocorrem na naturea.Em seguida ser proposto uma visita a um local de etrao de calcrio localiado nomunicpio de IjaciMG, com o objetivo de focar na formao do calcrio eemplificandoo contedo ministrado como ligaes e reaes qumicas que ocorrem na naturea.

    Com a visita os alunos devero desenvolver um dirio de campo nos quais asobservaes sero utiliadas na elaborao de um relatrio contendo um resumo docontedo ministrado e as reaes qumicas que envolvem a formao do calcrio. Orelatrio ser utiliado como mtodo de avaliao pelo professor.

    Devido proimidade do local da visita de campo cidade de LavrasMG ser fretadoum nibus sob responsabilidade da escola e o custo da viagem ser dividido pelos

    prprios alunos j que o custo acessvel a todos.

    SILVA, R. C.; PERSECHINI, P.M.; MASUDA,M.;KUTEMBACH, E. Interao museu decinciasuniversidade: contribuies para o ensino noformal de cincias. Cienc. Cult.vol.57 no.4 So Paulo Oct./Dec. 2005.

    BIANCONI , M.L.; CARUSO, F. Apresentao educao noformal. Cienc. Cult. vol.57no.4 So Paulo Oct./Dec. 2005.

    JACOBUCCI, D.F.C. Contribuies dos espaos noformais de educao para a Formaoda cultura cientfica. Em Etenso, Uberlndia, Vol. 7, 2008.

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    APRENDIZAGEM PELA DIVERSO

    Juliana ArrielLas de Oliveira FerreiraVernica Maria Lima

    De acordo com Apple (1982), o currculo, entendido como aquilo que se prope ensinar,deve ter dentro da sua proposta, os meios de como viabiliar o aprendiado. Caso issono ocorra, o currculo deia de ser uma proposta pedaggica para se tornar mais umprocesso burocrtico encerrado dentro de deenas de folhas de planejamentos

    pedaggicos feitos mecanicamente nas escolas: o que ensinar, por que ensinar e comoensinar, so questionamentos inseparveis numa proposta curricular efetiva.

    Segundo Gohm e Colle (1999,2002), a educao, enquanto forma de ensinoaprendiagem, adquirida ao longo da vida dos cidados e, pode ser dividida em trsdiferentes formas: educao escolar formal desenvolvida nas escolas; educaoinformal, transmitida pelos pais, no convvio com amigos, em clubes, teatros, leituras eoutros, ou seja, aquela que decorre de processos naturais e espontneos; e educaonoformal, que ocorre quando eiste a inteno de determinados sujeitos em criar oubuscar determinados objetivos fora da instituio escolar. Assim, a educao noformal

    pode ser definida como a que proporciona a aprendiagem de contedos daescolariao formal em espaos como museus, centros de cincias, ou qualquer outroem que as atividades sejam desenvolvidas de forma bem direcionada, com um objetivodefinido (GOHM, 1999).

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    Os museus e centros de cincias estimulam a curiosidade dos visitantes. Esses espaosoferecem a oportunidade de suprir, ao menos em parte, algumas das carncias daescola como a falta de laboratrios, recursos audiovisuais, entre outros, conhecidos porestimular o aprendiado. importante, no entanto, uma anlise mais profunda dessesespaos e dos contedos neles presentes para um melhor aproveitamento escolar.Segundo Vasconcelos e Souto (2003), ao se ensinar cincias, importante no privilegiar

    apenas a memoriao, mas promover situaes que possibilitem a formao de umabagagem cognitiva no aluno. Isso ocorre atravs da compreenso de fatos e conceitosfundamentais, de forma gradual. Espaos noformais, onde se procura transmitir, aopblico estudantil contedos de cincias, podem favorecer a aquisio de tal bagagemcognitiva.

    As aulas formais se baseiam, na maior parte das vees, nos contedos curricularespropostos em livros didticos. Segundo os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN),editados pelo MEC em 1998, atravs da disciplina cincias podese estimular umapostura crtica que permita avaliar como a sociedade intervm na naturea. Atualmente,

    sabemos que esse tipo de postura essencial, por eemplo, para diminuir a degradaoacelerada do meio ambiente, para se ter uma nova realidade com incluso social erespeito ao ser humano e ao meio em que est inserido. De qualquer forma, nopodemos esquecer que os livros didticos constituem um recurso de fundamentalimportncia, podendo at ser o nico material de apoio didtico no ensino bsico(VASCONCELOS E SOUTO, 2003).

    Os espaos no formais atuam no somente como geradores de conhecimento para oaluno, mais tambm para o prprio corpo docente, ampliando assim as possibilidadesde aperfeioar as aulas de Cincias. Atuam tambm como uma formao continuada,

    levando a refleo de paradigmas errneos sobre Cincias, adquiridos na formao deprofessores.

    Ao se analisar o currculo e suas implicaes sciopolticas e educacionais soimportantes no s serem analisados os aspectos de fundamentao terica ouconteudista, mas, sobretudo, como ele realmente nortear a formao desejada noprocesso educacional. Contudo, ao se discutir o currculo, eventualmente, omitido asoportunidades de aprendiado fora do ambiente escolar. Nesse caso, a escola no deveser considerada como detentora do poder absoluto do saber, mas um questionador egerador deste. Esta deve ainda eercer o papel de estimular a busca de conhecimento

    fora de seu conteto.

    A educao eerce um papel fundamental na preparao do educando a aprender aaprender a respeitar a vida, o homem, a naturea; a aprender a ser humano, tico,sensvel s necessidades; a aprender a conviver com as diversidades do mundo; eaprender a viver em harmonia consigo e com o outro. Para isto, necessrio faer dasala de aula um espao de discusso e refleo criando condies para umacompreenso crtica sobre a realidade da vida.

    Este planejamento ter como finalidade faer com que o aluno do ensino mdio seconscientie com algumas questes ambientais e desenvolva seu raciocnio a partir de

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    situaes cotidianas, como a visita a um parque de diverses, envolvendo a disciplina deQumica. O trabalho visa a integrao do aluno em um ambiente no formal deaprendiagem.

    Sero trabalhadas atividades que sugerem o desenvolvimento cognitivo paradeterminados contedos propostos, sempre visando o desenvolvimento da curiosidade

    e o gosto de aprender.

    Ao se buscar novas alternativas pedaggicas para a melhoria da qualidade de ensino, lembrar da importncia de se propor uma nova forma de educar alunos na psmodernidade, aproimando o que se ensina na sala de aula com o mundo globaliadotal como ele nos dias atuais, tornando o aprendiado mais significativo, criativo einteressante.

    Promover o conhecimento unindo o laer ao aprender, desenvolvendo a capacidade dequestionamento e de investigao, faendoos interessarse pelas realidades do mundo.Alm disso, visa favorecer uma postura refleiva, de conscientiao, despertando uminteresse para uma anlise e sntese da leitura realiada do mundo. Tratar daspropriedades das substncias e questes ambientais: a importncia da reciclagem delio, o problema da gua e saneamento bsico, principalmente, de uma formaconstrutiva, alertando os alunos dos impactos que suas aes cotidianas podem gerar eneste caso em especial estimular a adoo de novos valores e atitudes em relao aolio, coleta seletiva e reciclagem de materiais.

    Alunos do Ensino Mdio.

    Qumica.

    - Visita ao parque de diverses (no caso o escolhido foi o HOPI HARI*)- Sala de Informtica com acesso INTERNET

    -

    Biblioteca (Jornais regionais, livros e revistas)- Laboratrio de Qumica* HOPI HARI Este parque possui trabalho monitorado em diversas reas, inclusiveQumica, Matemtica, Artes, Biologia e Lngua Portuguesa, tratando a questo da coletaseletiva de lio e o processo de reciclagem de materiais e tratamento de gua, que uma prtica comum dentro do parque. O parque oferece Workshops aos professores epara a data de vis