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A INFLUÊNCIA DA TROCA ELETRÔNICA DE INFORMAÇÕES NA GESTÃO LOGÍSTICA: ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DO EDI EM UMA TRANSPORTADORA CLAUDIANE FERNANDES DA SILVA (CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO FIC) ROSÂNGELA VENÂNCIO NUNES (CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO FIC/FATE) CHARLES WASHINGTON COSTA DE ASSIS (FATE) GREYCIANE PASSOS DOS SANTOS (UFC) Resumo A Tecnologia da Informação aliada à Logística é imprescindível para que as empresas alcancem posição de destaque no mercado competitivo no que se refere ao atendimento das necessidades dos clientes de forma rápida, customizada e econômica, tornando-se uma coligação essencial para a continuidade do negócio. No intuito de eliminar barreiras na comunicação, reduzir gastos e flexibilizar meios de serviços, surge o Intercâmbio Eletrônico de Dados (Eletronic Data Interchange - EDI), uma ferramenta de gerenciamento de dados capaz de possibilitar a integração dinâmica entre os agentes da cadeia de suprimento dentro da empresa e nas interrelações da empresa com seus fornecedores e clientes. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é analisar a influência da troca eletrônica de informações na gestão logística por meio da utilização do EDI em uma transportadora. A pesquisa realizada caracteriza-se por ser bibliográfica, visando à análise do sistema logístico e seus componentes, sistema de informação e EDI, bem como analisa, de forma prática, a influência que o EDI possui na Gestão Logística de Transporte, na integração das informações, na otimização dos fluxos, no serviço ao cliente e na tomada de decisão. Palavras-chaves: Tecnologia da Informação; Logística; EDI; Transportadora. 20, 21 e 22 de junho de 2013 ISSN 1984-9354

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A INFLUÊNCIA DA TROCA

ELETRÔNICA DE INFORMAÇÕES NA

GESTÃO LOGÍSTICA: ANÁLISE DA

UTILIZAÇÃO DO EDI EM UMA

TRANSPORTADORA

CLAUDIANE FERNANDES DA SILVA

(CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO FIC)

ROSÂNGELA VENÂNCIO NUNES

(CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO FIC/FATE)

CHARLES WASHINGTON COSTA DE ASSIS

(FATE)

GREYCIANE PASSOS DOS SANTOS

(UFC)

Resumo A Tecnologia da Informação aliada à Logística é imprescindível para

que as empresas alcancem posição de destaque no mercado

competitivo no que se refere ao atendimento das necessidades dos

clientes de forma rápida, customizada e econômica, tornando-se uma

coligação essencial para a continuidade do negócio. No intuito de

eliminar barreiras na comunicação, reduzir gastos e flexibilizar meios

de serviços, surge o Intercâmbio Eletrônico de Dados (Eletronic Data

Interchange - EDI), uma ferramenta de gerenciamento de dados capaz

de possibilitar a integração dinâmica entre os agentes da cadeia de

suprimento dentro da empresa e nas interrelações da empresa com

seus fornecedores e clientes. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é

analisar a influência da troca eletrônica de informações na gestão

logística por meio da utilização do EDI em uma transportadora. A

pesquisa realizada caracteriza-se por ser bibliográfica, visando à

análise do sistema logístico e seus componentes, sistema de informação

e EDI, bem como analisa, de forma prática, a influência que o EDI

possui na Gestão Logística de Transporte, na integração das

informações, na otimização dos fluxos, no serviço ao cliente e na

tomada de decisão.

Palavras-chaves: Tecnologia da Informação; Logística; EDI;

Transportadora.

20, 21 e 22 de junho de 2013

ISSN 1984-9354

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IX CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 20, 21 e 22 de junho de 2013

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1 Introdução

O desenvolvimento acelerado e a utilização do conhecimento nas organizações estão

associados à palavra “mudança”. Não é possível falar sobre essa transição, que determina

novos valores, sem levar ao pensamento a necessidade de abandonar antigos paradigmas.

Vivemos no mundo das transformações, onde a Era Industrial perdeu espaço para o

dinamismo da informação e da tecnologia.

No atual cenário competitivo, as informações rápidas e precisas são fundamentais para

eficácia de sistemas logísticos. Diante dessas exigências que englobam vários fatores, as

empresas sentem a necessidade de atualização constante a fim de sobreviver e crescer no

mercado em que atuam.

A troca rápida de informações é indispensável para que a empresa passe a ganhar

eficiência. Assim, este estudo busca responder à seguinte indagação: “Qual a influência que a

troca eletrônica de informações, por meio do EDI, exerce na gestão logística de uma

transportadora?”. Assim, o objetivo desse artigo é analisar como a influência da troca

eletrônica de informações interfere na gestão logística, realizando um estudo de caso para

verificar as aplicações da utilização do EDI em uma transportadora. Do objetivo geral

apresentado, têm-se os seguintes objetivos específicos: conceituar e identificar o sistema

logístico bem como as atividades logísticas; discorrer sobre sistema de informação e

tecnologia da informação, ressaltando o EDI; identificar os benefícios alcançados bem como

as dificuldades e barreiras na implantação do EDI; investigar a influência que o EDI exerce

sobre a gestão logística na atividade de transporte, na integração de informações, na

otimização de fluxos, no serviço ao cliente e na tomada de decisão em uma transportadora.

No que se refere aos aspectos metodológicos aplicados para realização da pesquisa,

utilizou-se primeiramente uma pesquisa bibliográfica sobre os temas: Logística, Sistemas de

Informação e Sistemas de Informação Logística em livros, artigos, teses e dissertações. Em

seguida, abordaram-se de forma aplicada os assuntos analisados até então de forma teórica,

por meio da realização de um estudo de caso em uma transportadora.

A pesquisa é classificada como qualitativa e de nível descritivo, pois os fatos foram

observados, registrados, analisados e interpretados sem a interferência do pesquisador.

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Andrade (2007, p.114) destaca que na pesquisa descritiva “os fatos são observados,

registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles”.

O presente artigo encontra-se estruturado inicialmente a partir do referencial teórico

que aborda o Sistema Logístico; Sistemas de Informação e Tecnologia da Informação;

Sistema de Informação Logística e suas aplicabilidades; e Eletronic Data Interchange (EDI).

Em seguida, apresenta-se um estudo de caso, onde se demonstram a implantação, as

vantagens e desvantagens do EDI no contexto de transportadora e, por fim, as devidas

conclusões da pesquisa.

2 O Sistema Logístico e as Atividades Logísticas

Para Ferraes Neto (2000), a Logística pode ser entendida como a gestão de fluxos. O

sistema logístico é composto pelos fluxos físico, das informações e financeiro. A partir disso,

observa-se que a Logística existe para satisfazer as necessidades do cliente e ajudar a criar

valor ao menor custo possível por meio da gestão de um sistema que envolve a gestão de

materiais (fluxo físico), de informações (fluxo virtual) e de recursos financeiros (gestão de

prazos do fluxo de dinheiro).

É oportuno comentar que no sistema logístico os três fluxos acontecem de forma direta

e reversa. Estes fluxos funcionam de forma interdependente, de modo que a gestão de um

influencia de forma direta o desempenho dos outros dois fluxos.

Segundo Ferraes Neto (2000), durante muito tempo a importância do fluxo de

informação foi subestimada, pois as empresas possuíam recursos financeiros abundantes e

baratos, não se preocupavam com a gestão da informação e preferiam formar grandes

estoques para se proteger de incertezas e erros de previsões.

Quando os produtos certos são colocados nos locais certos, no momento certo e nas

condições desejadas, o que, segundo Ballou (2006), é a meta do profissional de logística, um

terceiro fluxo é favorecido: o financeiro. Ou seja, conforme Ferraes Neto (2000), o financeiro

é aquele fluxo que faz com que os valores pagos pelos clientes retornem aos elos da cadeia.

Assim, ao se obter maior acerto na realização do fluxo físico, o volume de vendas, o giro de

estoques e a disponibilidade de produtos ao cliente serão majorados. Estes fatores permitem

aumentar o valor da receita e o lucro no período.

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São necessárias muitas atividades logísticas para se atender os objetivos acima. Vale

salientar que estas atividades dividem-se em atividades primárias e de apoio, em que as

atividades primárias são: Transportes (movimentar produtos e insumos), Manutenção de

Estoques (ter o menor nível de estoque possível sem prejudicar o nível de serviço ao cliente) e

Processamento de Pedidos (nível de serviço ofertado ao cliente).

As atividades de apoio são: Armazenagem (administrar espaço para manter os

materiais estocados), Manuseio de Materiais (movimentação de produtos no local da

armazenagem), Embalagem de Proteção (proteção dos produtos e mercadorias) e várias outras

que, juntas, fazem toda diferença no desempenho de um processo logístico independente da

organização.

Um dos fatores mais relevantes ao desenvolvimento dos processos administrativos é a

aplicação de Tecnologia de Informação, proporcionando um grande aumento de eficiência.

Tais sistemas abrangem todas as ferramentas que a tecnologia disponibiliza para o controle e

gerenciamento do fluxo de informação de uma organização.

3 Sistemas de Informação e Tecnologia da Informação

A Tecnologia da Informação e os Sistemas de Informação têm contribuído para

grandes transformações em nossa sociedade, pois encurtam distâncias e permitem que

máquinas assumam e executem com competência tarefas que até certo tempo atrás exigiam

muito esforço e tempo humano.

O impacto de sua utilização no modo de vida das pessoas, na forma como as empresas

trabalham e relacionam-se uma com as outras e no mundo, de forma geral, tem sido tão

marcante que podemos considerar que estamos vivendo a “Era da Informação”.

Tecnologia da Informação é um componente do Sistema de Informação como

informação, ferramentas, políticas de trabalho e recursos humanos. Spinola et al. (1998, p.98)

afirmam que a Tecnologia da Informação reúne as contribuições da Tecnologia e da

Administração, estabelecendo, assim, uma estratégia integrada, permitindo projetar e

instalar sistemas de informação e as coerentes mudanças organizacionais, ou ainda,

pode ser definida como a adequada utilização de ferramentas de informática,

comunicação e automação, juntamente com as técnicas de organização e gestão, alinhadas

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com a estratégia de negócios, com o objetivo de aumentar a competitividade da empresa

(CRUZ, 2000, p. 48).

A Tecnologia da Informação trata-se, portanto, de uma fonte de melhoria de

produtividade e competitividade, pois aumenta a capacidade e a velocidade das informações,

diminuindo seu custo.

Na década de 1980, com a relação entre a evolução da Logística e do desenvolvimento

da Informática, surgiam os primeiros comentários referentes à introdução do Eletronic Data

Interchange (Intercâmbio Eletrônico de Dados), mais conhecido pela sigla EDI. Uma

ferramenta com foco em agilizar operações e implementar processos ao menor custo possível.

4 Eletronic Data Interchange - EDI

Segundo Bowersox e Closs (2001), o EDI é um meio de intercâmbio de

documentos e informações entre empresas, de computador para computador, em formatos-

padrão. A capacitação proporcionada por esta tecnologia é a comunicação eletrônica entre

organizações.

De acordo com Mendes et al. (1997), o EDI é o intercâmbio de informação entre

parceiros autônomos que se associam, computador a computador, de todo o tipo de

documentos comerciais formatados, segundo padrões ou normas. Este processo é, ao

mesmo tempo, técnico e organizacional, uma vez que consiste na transformação de dados

estruturados entre empresas através de meios eletrônicos e protocolos que obedecem

mensagens normalizadas e estabelecidas por organismos internacionais.

Nas últimas décadas a ferramenta EDI tem apresentado grandes crescimentos, devido

à redução em custos como hardware, software e telecomunicações, levando em consideração

a utilização da Internet, que permite um meio alternativo para o envio das mensagens.

Atualmente, o EDI tem sido utilizado como uma ferramenta estratégica pelas

empresas, principalmente na relação cliente-fornecedor, podendo ser definido como o

movimento eletrônico de informações entre o comprador e o vendedor com o propósito de

facilitar uma transação de negócios (SILVEIRA, 1997).

Por meio do exposto, conclui-se que as técnicas de EDI auxiliam e melhoram a

comunicação entre parceiros sejam eles comerciantes, fornecedores e clientes, eliminando

qualquer dificuldade que possa restringir a forma de fazer negócio uns com os outros.

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O EDI auxilia na formação de relacionamentos sem fronteiras, onde se permite que

documentos estruturados sejam trocados entre aplicações de software com o objetivo de

processar uma transação de negócio.

Além de servir de meio de troca de transações eletrônicas, o EDI prevê segurança,

recuperação de informações, registro de erros, serviços de auditoria e serviços de apoio aos

clientes (NOVAES, 2001, p.81).

Uma característica relevante é que o retorno dos investimentos está relacionado com a

quantidade de transações que são efetuadas por este meio, havendo necessidade de volume

razoável de transações efetuadas via EDI (BUENO, 2002, p. 5).

Segundo a EAN Brasil (2003), atualmente, o EDI divide-se em duas categorias: o EDI

puro ou tradicional, que compõe as mensagens padronizadas e utiliza os serviços da VAN ou

Rede de Valor Agregado, que provêm o meio para o transporte. É um cenário em que há

vários tipos de mensagens sendo trocadas pelas partes (parceiros comerciais). A segunda

categoria é a Web EDI, que integra as empresas menores ao sistema, em que o formulário

com os dados da mensagem é acessível através da Internet. Esse serviço também é suportado

pelas VAN's.

Desta forma, observa-se que os benefícios desta ferramenta advêm principalmente da

economia de custo e de tempo, pela eliminação de qualquer retrabalho devido à interferência

humana.

4.1 Benefícios Alcançados com o Uso do EDI

Segundo Porto et al. (2000a), o EDI oferece algumas vantagens, cujos impactos

costumam ser maiores do ponto de vista estratégico em detrimento do operacional. Os

benefícios tangíveis do EDI advêm da economia de custo e de tempo pela eliminação de

redigitação, diminuição de ocorrência e erros, criação de conhecimento de recebimento de

dados etc. O EDI, quando utilizado de forma adequada, pode proporcionar vários benefícios

na realização das operações logísticas. Dentre as quais, destacam-se as áreas de transporte,

estoque, serviço ao cliente e finalmente sua utilização no gerenciamento na cadeia de

suprimentos (FERREIRA, 2003).

Chopra e Meindl (2003), Lambert et al. (1998) e Gallina (2001) afirmam que o EDI e

outros meios eletrônicos de comunicação podem ser utilizados para reduzir significativamente

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o lead time associado à emissão de pedido e à transferência de informações, reduzindo assim,

o seu ciclo, diminuindo os custos associados ao atendimento e, consequentemente,

melhorando o serviço ao cliente Essa tecnologia melhora a eficiência operacional da

organização. A seguir, apresenta-se no quadro 1 uma síntese dos benefícios que o EDI

proporciona às empresa, com base nos trabalhos da EAN Brasil (1995), Pizysiemig Filho

(1997), Hill (1989), Lummus (1997), Tsai et al. (1994), Martinez et al. (1997), Porto et al.

(2000a), Agra (1996).

Quadro 1 – Vantagens do EDI.

Fonte: Pesquisa direta (2012)

Com base no quadro 1, se percebe que o EDI, se for bem utilizado, traz diversos

benefícios às empresas, como por exemplo a adição de valor ao negócio, melhorias na área de

operações e logística, melhorias nos controles, otimização dos fluxos e melhoria na tomada de

decisões. No entanto, vale salientar que em meio a tantos benefícios também existem

dificuldades e barreiras a serem vencidas.

4.2 Dificuldades e Barreiras na Implantação do EDI

BENEFÍCIOS

RESULTADOS

Adição de Valor ao Negócio

Negociação mais eficiente, desenvolvendo parcerias estratégicas entre

cliente e fornecedores.

Melhorias nas Áreas de

Operações e Logística

Possibilita melhor sincronia entre clientes e fornecedores, garantindo, do

lado do cliente, o recebimento de produtos no tempo requerido.

Melhoria nos Controles

Garante uma maior confiabilidade no processamento das informações.

Otimização dos Fluxos

Elimina a troca de documentos comerciais em papel, contribuindo assim

para uma melhor administração e planejamento estratégico.

Intensificação da Vantagem de

Tempo

Reduz do tempo de correção dos erros das transações, conferindo maior

qualidade às informações trocadas, o que permite tomar os processos

empresariais mais eficientes.

Tomada de Decisão

Possibilita aos executivos tomarem decisões rápidas, permitindo assim

reagirem prontamente às ameaças e às oportunidades do mercado.

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A implantação do EDI não acontece de forma contínua, pelo seu próprio caráter

inovador costuma oferecer alguns obstáculos. Primeiramente, como ocorre na grande maioria

das implementações, por ser algo novo, os funcionários sentem-se limitados por não terem

ainda informações o suficiente sobre o uso da ferramenta.

Complementando, Tsai et al. (1994) afirmam que as dificuldades são devido às

barreiras culturais, problemas de conscientização da alta administração sobre a utilização

do EDI, a falta de pessoal qualificado para as operações demandando emprego do EDI,

bem como a falta de serviços de apoio dos fornecedores de tecnologia de informação.

Quadro 2 – Dificuldades na Implantação do EDI.

Fonte: Adaptado de Silva (2009).

A ferramenta requer uma estrutura adequada da empresa devido a toda padronização

exigida na implementação do EDI, pois caso contrário isso criará uma incompatibilidade com

os sistemas existentes e com as interfaces com o consumidor. Vale ressaltar que o uso do EDI

com múltiplos consumidores pode acarretar a perda ou atraso de documentos durante a

transmissão, uma vez que cada consumidor tem diferentes tipos de requisições (PORTO et al.,

2000a).

Podem ocorrer erros por parte dos parceiros, causando o chamado “efeito dominó” ou

falhas de segurança do sistema, comprometendo a integridade dos sistemas de outros

parceiros, bem como riscos de interconexão nas redes de trabalho, registros inadequados e

alterações introduzidas nas mensagens (PORTO et al., 2000a). Ocorrem também restrições

por parte da Legislação Governamental e dificuldade de acesso aos fornecedores

DIFICULDADES NO EDI

RESULTADOS

Necessidade de Padronização

Porque exige da empresa estrutura adequada, pois caso contrário criará

incompatibilidade com os outros sistemas envolvidos.

Altos Custos de Implementação

Devido aos softwares adquiridos e investimento no quesito tecnológico.

Treinamentos Extras para os

Funcionários

.

Tempo e valor gasto para treinamentos.

Resistência às Mudanças

Devido às barreiras culturais.

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internacionais (MARCOVITCH, 1997). Assim, o êxito na utilização do EDI está associado à

consistência da sua aplicação com as estratégias tecnológicas e de negócios da empresa; para

tanto, torna-se necessário que seus usuários passem a aceitá-lo e comprometam-se com os

resultados a serem atingidos, buscando, além do domínio de sua aplicação, um claro

entendimento dos seus objetivos.

5 A Influência da Troca Eletrônica de Informações na Gestão Logística

Quando as tecnologias EDI e Internet são utilizadas de forma adequada, há maior

probabilidade de oportunidades de melhoria de desempenho nas operações logísticas.

Segundo Lambert et al. (1998), as tecnologias impactam vários aspectos da empresa,

com destaque para a logística, principalmente em transporte, armazenagem, processamento de

pedidos, gestão de estoques, afetando significativamente as áreas de suprimentos /compras e

distribuição.

O uso de tecnologias de informação e telecomunicação (TI) impacta a eficiência do

sistema logístico, pois agiliza seu fluxo de informação e oferece capacidade de resposta ao seu

fluxo físico. O fluxo físico representa a movimentação e armazenagem de produtos, desde

matérias-primas, insumos ou materiais componentes até produtos acabados, desde o

fornecedor até o consumidor final.

A agilidade na troca de informação com o uso da ferramenta EDI e da Internet

possibilita visibilidade no fluxo logístico, podendo permitir a redução nos níveis de estoque,

sem comprometer o atendimento à demanda.

Segundo a EAN Brasil (2003), o EDI permite às empresas melhor gestão e controle da

produção, utilizando reposição contínua conforme as necessidades.

A eficiente utilização dos recursos de bens para atender à demanda exige

planejamento, programação e controle de uma gama de atividades logísticas. A gestão destas

atividades varia de empresa para empresa, dependendo da estrutura organizacional em

particular e da importância destas atividades para suas operações (GALLINA, 2001).

A troca eletrônica de dados torna o fluxo físico prático e agrega valor aos processos

logísticos. No transporte possibilita uma movimentação de materiais de forma ágil e segura.

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Segundo Zardo et al. (1996), para o setor de transporte ou empresas

transportadoras, que normalmente são os responsáveis pela movimentação de mercadorias, o

EDI é usado para agilizar as transações comerciais e processos burocráticos, gerando um

diferencial competitivo de alto valor, uma vez que permite reduzir tempos ociosos, ou seja,

tempos em que não se está transportando devido à realização de tarefas de apoio como a

carga, descarga e emissão de documentos.

O sistema de informação no processo de armazenagem refere-se à tecnologia aplicada

para o gerenciamento operação, ou seja, operar com sistemas de TI que melhor se modelar

para a atividade desenvolvida, primando por eficiência em controles de recebimento e

expedição, localização de itens. A armazenagem possui ainda um aspecto de elevada

consideração que é a capacidade de causar impacto direto nos custos do negócio como um

todo.

Quanto ao processamento de pedidos é esta a atividade que a empresa mais faz com

uso da Internet. O EDI reduz o tempo de processamento dos pedidos e consequentemente o

custo desse processamento, aumentando a produtividade dos funcionários nesta atividade.

Percebe-se então, a importância da troca eletrônica de dados no processamento de

pedidos em uma empresa. Quanto mais rápido os pedidos chegam ao departamento de

produção, mais produtos são fabricados de acordo com as especificações dos clientes, e as

empresas podem, assim, através do EDI, atender mais rapidamente as mudanças e exigências

de seus consumidores (FERREIRA, 2003).

Segundo Hutt et al. (2001), há mais facilidades para conhecer as necessidades dos

recursos e gerenciar os processos logísticos entre os elos da cadeia de suprimentos.

Lambert et al. (1998) afirmam que essas tecnologias causam impacto em vários

aspectos da empresa, destacando a logística como a que sofre impacto significativo.

Por isso, o EDI, quando utilizado de forma adequada, pode proporcionar vários

benefícios na realização das operações logísticas. Dentre as áreas da logística nas quais são

observados maiores benefícios, destacam-se as áreas de transporte, estoque, serviço ao cliente

e finalmente sua utilização no gerenciamento na cadeia de suprimentos (FERREIRA, 2004).

Na gestão de estoque o foco é automação, pois o uso de equipamentos e softwares

(impressoras de barras, scanners, computadores e programas de controle), tem sido primordial

para que empresas consigam atingir resultados positivos, tornando-se cada vez mais

competitivas no mercado nacional e mundial.

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A gestão de estoque suscita importantes ganhos como a eficiência, redução de falhas e

custos, rapidez, confiabilidade e capacidade de rastreabilidade, além de melhoria do serviço

ao cliente proporcionando aos mesmos, disponibilidade de produto e acesso à informações

sobre pedidos pendentes, exatidão das faturas, menores níveis de estoque de segurança e seus

custos correspondentes.

Nesse sentido, as tecnologias existentes, em particular o EDI, possibilitam o

gerenciamento dos sistemas logísticos em tempo real, ou próximo do real. Assim, é possível

enxergar sistematicamente o fluxo logístico e, ao fazer isso, pode-se reduzir

consideravelmente o estoque (FEREIRA, 2003).

Gallina (2001) afirma que o EDI é capaz de reduzir o tempo e o custo de

processamento de pedidos, consequentemente.

O EDI é essencial também para que a cadeia de suprimentos atue de forma otimizada e

integrada. Através da interligação entre empresas e do fluxo de informações entre seus

sistemas de gestão é possível que o balanceamento de todas as relações

cliente/fornecedor sejam atingidas, uma vez que cada elo só compra, manufatura e vende

aquilo que os elos anteriores e posteriores necessitam. Dessa forma, as perdas são reduzidas

e os custos minimizados até o cliente final (FERREIRA, 2003).

A partir do exposto, se compreende que o EDI possibilita melhorias em três situações:

empresas, fornecedores e cliente final. Além disso, essa ferramenta pode ser um forte

incentivo para a mudança baseada em novas formas de gestão de cadeia de suprimentos.

6 Metodologia

O desenvolvimento do presente trabalho obedeceu a uma série de passos

metodológicos que vai desde o planejamento, passando pela coleta de informações, até a

realização de um estudo de caso, com base numa entrevista não estruturada.

A pesquisa foi desenvolvida primeiramente com fundamentação teórica, ou seja, um

levantamento bibliográfico envolvendo diversas fontes de pesquisas, como artigos, revistas,

livros e dissertações com o objetivo de se aprofundar no assunto que está sendo exposto.

A parte bibliográfica enfatizou o conceito de EDI, mencionando os benefícios, as

barreiras, os resultados alcançados com a ferramenta e a influência do EDI na gestão logística

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e em seguida um estudo de caso em caráter descritivo, procurando identificar no interior de

uma transportadora os impactos causados pela implantação e utilização do EDI na logística.

O estudo de caso foi feito por um colaborador da própria empresa com base numa

entrevista não estruturada. Analisou-se de forma prática a influência que o EDI teve na Gestão

Logística de Transporte, na integração das informações, na otimização dos fluxos, no serviço

ao cliente e na tomada de decisão. A opção por estas atividades partiu do contato direto com o

processo logístico de distribuição.

No estudo de caso apresentam-se às mudanças ocorridas nas atividades operacionais

de uma transportadora após a utilização do EDI, quais os motivos que levaram a empresa a

usá-la e quais foram as contribuições da utilização desta ferramenta na logística da empresa.

Observou-se se houve no setor de transporte uma redução dos tempos ociosos das

transações comerciais referentes à carga e descarga, emissão de documentos, entre outros.

Analisou-se, também, se houve redução de erros, burocracia e melhorias referentes à

ordenação, envio e recebimento das informações, com a eliminação da troca de documentos

em papel, sempre observando o resultado após a adesão ao intercâmbio eletrônico.

7 Estudo de Caso

A Empresa analisada pertence ao grupo BMS Logística Ltda e Elbert Participações

Ltda. iniciou suas atividades em 2001, com menos de 15 colaboradores e apenas um

caminhão toco, na cidade de Fortaleza, estado do Ceará. Considerada uma empresa

promissora e com grande credibilidade junto ao seu cliente. Fundada com o intuito de atender

exclusivamente à Honda, a empresa atua no segmento de transporte, logística e distribuição de

motocicletas, peças, motores, permitindo assim que o cliente possa se concentrar nas suas

atividades-fim. Para tanto, conta com infraestrutura, equipamentos e profissionais capacitados

na área de logística, manuseando os materiais conforme requisitos definidos pelo cliente,

adequando-se às necessidades e peculiaridades de cada serviço.

A empresa X é gerenciada de acordo com os critérios da norma NBR ISO 9001:2008 e

NBR ISO 14001-2004.te, possui a visão de tornar-se referência para a Honda como a melhor

empresa de Logística e Distribuição de Motocicletas e Peças do Norte e Nordeste e a missão

de facilitar a distribuição e a logística de motocicletas e peças Honda com qualidade e

responsabilidade socioambiental, de forma rentável, eficiência e eficácia operacional,

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atendendo às necessidades dos clientes e acionistas, contribuindo para o desenvolvimento dos

colaboradores e da sociedade.

A Empresa hoje é composta por seis unidades, apresentando em sua matriz a

quantidade de 238 colaboradores. Possui uma frota própria de 100 caminhões e também conta

com o serviço terceirizado para fazer a distribuição no Norte e Nordeste, tendo suas filiais nos

seguintes estados: Amazonas, Rondônia, Pará, Recife, João Pessoa e Ceará.

Por uma exigência do cliente e com o objetivo de aumentar a eficiência nas operações

logísticas, a empresa passou a focar tecnologia e aderiu a troca eletrônica de dados.

7.1 A Logística na Empresa Pesquisada

A empresa atua no segmento de transporte no setor logístico com a distribuição de

motocicletas, peças e motores da marca Honda. São três modalidades logísticas: Transporte

Primário, Transporte Secundário e Transporte de Peças.

No Transporte Primário, que é caracterizado pela saída das mercadorias Honda da

fábrica em Manaus para os PAD´s – Pontos de Apoio e Distribuição, as motos são carregadas

numa balsa SW e seguem em direção ao porto de Belém, embaladas em racks. Chegando ao

porto, inicia-se o descarregamento das balsas e, logo em seguida, o carregamento direto nas

carretas que é executado através de empilhadeiras. Feito o carregamento, a carreta é

direcionada ao PAD Belém e aciona a segunda modalidade denominada secundário.

O Transporte Secundário ocorre quando a distribuição acontece partindo dos PAD’s

para os concessionários, utilizando o modal rodoviário. Ao chegar ao PAD, a mercadoria é

descarregada, conferida e transferida para a carreta que fará a logística, concluindo o processo

secundário.

A última modalidade é o Transporte de Peças, que se responsabiliza pela distribuição

de peças da marca Honda, sejam elas para carro ou moto até os concessionários.

Com o intuito de melhorar o transporte de motocicletas a empresa X desenvolveu dois

projetos, um chamado de Sapoti, que consiste na instalação do Double Deck, que permite

transportar o dobro de mercadoria, composta por elevadores dentro dos caminhões para

agilizar o carregamento e melhorar a performance das frotas, e o projeto Siriguela, que

consiste no sistema de fixação que permite que as motocicletas de vários modelos sejam

transportadas montadas, dando maior agilidade das entregas destas ao cliente final.

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O principal processo logístico da empresa é distribuição, pois o foco é realizar a

entrega nos concessionários dentro do prazo determinado pela Honda. O gargalo que a

empresa apresenta no que diz respeito a controles, operações e fluxo de informações acontece

devido à interferência humana que ainda prevalece em alguns processos da empresa, como

por exemplo, o fluxo alto de papéis e a falha na comunicação referente aos motoristas que

viajam para entregar a mercadoria e o funcionário que aguarda as informações no centro de

distribuição (PAD).

7.2 A TI na Empresa Pesquisada

A equipe de tecnologia conta com quatro profissionais na matriz, uma coordenadora,

um analista e dois assistentes. O grupo possui diretoria e equipe centralizada pela BMS

logística, que se localiza no Estado de São Paulo. No entanto, os processos são executados em

Fortaleza, mas as decisões partem diretamente da BMS.

Atualmente a empresa trabalha com a TOTVS, que é uma empresa multinacional de

software sediada no Brasil. Controladora das marcas Microsiga, Datasul, RM Sistemas, Logo

Center e Midbyte.

A equipe de trabalho da empresa X está sempre se aprimorando, investindo em

processos que possam impactar diretamente na boa utilização de recursos, custos, qualidade,

agilidade. O objetivo maior é se atualizar e aderir às novas tendências.

Com base nesse contexto, a empresa X, impulsionada pelo o próprio cliente, adotou o

EDI, a troca eletrônica de dados. Com esta atitude a empresa atende as exigências do mercado

e reduz custos.

O EDI passou a ser prioridade quando o assunto é credibilidade junto aos clientes e

fornecedores devido à transação que acontece entre equipamentos de forma rápida e segura.

A integração entre os equipamentos acontece por meio de softwares, que inserem de

forma automática as informações no sistema da empresa, são eles DI2S, E-MESSENGER e

AUTOTRAC. O valor investido para aderir à ferramenta EDI não foi divulgado por questões

de sigilo solicitado pela empresa.

7.3 Motivos para Adoção do EDI e o Processo de Implantação

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A empresa atende os padrões internacionais por ser administrada por acionistas

europeus. As empresas que prestavam serviço à Honda necessitavam se atualizarem caso

quisessem prosseguir com a parceria.

Dentro do contexto contemporâneo de relacionamento cliente-fornecedor, a Honda

passou a exigir a comunicação eletrônica de forma eficaz e eficiente. Diante dessas

exigências, procedimentos que até então eram executados via telefone, e-mail, fax e até

mesmo controlados por meio do físico (papel), passaram a aderir o EDI, como ferramenta que

permite esta troca de dados de forma a atender suas necessidades.

O processo de implantação aconteceu no ano de 2003. As carretas da empresa

possuem um sistema de gerenciamento de frota chamado AUTOTRAC. Para acontecer essa

operação do Autotrac Carreta, o cliente utiliza o software Supervisor Web, que é compatível

com todos os produtos Autotrac, reduzindo assim a necessidade de investimentos em

informática.

O supervisor Web é a plataforma de operação onde a empresa tem acesso às

funcionalidades de todos os produtos Autotrac, tais como: envio e recebimento de mensagens,

localização dos veículos através de mapas digitalizados, envio de comandos e recebimento de

alerta dos veículos através de mapas gerenciais e diversas outras funcionalidades que

permitem ao transportador o completo gerenciamento da frota.

Dentre as funcionalidades do sistema, a que mais chama atenção, por estar diretamente

ligada ao processo de transações eletrônicas, é o envio das mensagens, onde o próprio

motorista aciona botões na carreta para informar que a entrega foi feita no concessionário,

independente de onde ele esteja.

A informação passa por outro software chamado Log Center que é o responsável pela

integração das informações via Autotrac para o sistema da empresa.

Numa parceria com o prestador de serviço indicado pelo próprio cliente, a Data

Interchange Center-DI2S, fez com que a empresa X aderisse a transferência de mensagens e a

transformação dos dados de maneira eletrônica, permitindo assim o envio e a recepção de

arquivos em qualquer formato (EDI - Email - Flat File - XML) para qualquer destino (PC -

Mainframe - FAX - WAP - Postal) e a qualquer hora.

Hoje a empresa dispõe desse prestador de serviço DI2S, onde o mesmo através de um

software de comunicação denominado e - Messenger permite a troca de informações

eletrônicas (EDI) entre a empresa e o seu respectivo cliente, transferindo informações de txt.

para um tipo de layout específico. Para que se entenda o processo, segue o passo a passo:

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O processo se inicia com o recebimento do arquivo chamado NOTFIS, no sistema da

empresa. O mesmo traz consigo a numeração e todas as informações contidas na nota fiscal

do cliente. Com a importação desse arquivo eletrônico no sistema, o passo seguinte é a

emissão do CTRC ou Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga, que acontece de

forma automática.

Em seguida, a nota fiscal, a mercadoria e o CTRC são direcionados para entrega no

concessionário. O cliente exige nesse processo um prazo de D+1, ou seja, o transportador tem

no máximo um dia após a entrega para enviar o arquivo dentro do prazo.

Só após a entrega inicia o processo do EDI. Lembrando que a informação de entrega

foi transferida para o sistema da empresa pelo motorista dentro da própria carreta,

independente de onde ele esteja. Com as informações disponíveis, o operador acessa o sistema

e inicia a geração do arquivo chamado de CONEMB, selecionando o número da viagem.

De acordo com o layout dos arquivos as informações contidas no CONEMB são:

CNPJ, Inscrição Estadual, endereço completo do remetente e do destinatário, valor da

mercadoria, alíquota de ISS e ICMS, tipo de frete, número do conhecimento, da nota fiscal,

quantidade de notas, peso, volume, modal de transporte, data de entrega da mercadoria,

quantidade total de conhecimentos, hora da emissão e é concluído com uma numeração

chamado de terminador, que apresenta o valor total referente a todos os conhecimentos que

fazem parte do arquivo.

Com o arquivo gerado, o passo seguinte é o envio direto para o DI2S, que só acontece

através do e - Messenger durante dois segundos no máximo. O arquivo ao ser transferido é

gravado no diretório configurado como saída no sistema correspondente no e - Messenger. Os

que são enviados com sucesso são movidos para o diretório de “Enviados”.

Quanto ao recebimento, nenhuma ação é necessária para receber o arquivo de EDI. A

cada conexão do e – Messenger haverá uma autenticação e uma busca por arquivos

disponíveis na rede. Então os arquivos são recebidos no diretório de entrada. Uma cópia é

recebida no diretório de “Recebidos”, como backup e assim o processo é concluído, de forma

simples e ágil, permitindo que em dois segundos o arquivo já esteja disponível no

equipamento do cliente, evitando assim interferência humana e a utilização em demasia de

papéis. Financeiramente falando, o transportador paga a DI2S por cada caractere apresentado

dentro de um arquivo de conhecimento (CONEMB) e a Honda (cliente) paga ao transportador

pelo serviço prestado.

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A empresa trabalha com o EDI não somente voltado para os conhecimentos, para

entrega propriamente dita, mas para todo o faturamento também é feito através de

informações enviadas eletronicamente, que facilitam o processo e agregam credibilidade às

informações.

7.4 Benefícios e dificuldades com a utilização do EDI e a sua influência na

Gestão Logística

A utilização do EDI na empresa X está ligada diretamente ao setor de logística e

operação. Todo o processo, desde o recebimento das notas fiscais, acontece por meio da troca

eletrônica de dados. Abaixo o quadro apresenta a relação entre a gestão logística e a

influência que o EDI representa nessas atividades.

O quadro 3 enfatiza a importância da utilização das transações eletrônicas nas

atividades logísticas, priorizando a certeza de que o EDI trouxe ganhos para as organizações

dentro dos quesitos mencionados acima, com foco na segurança e precisão das informações e

na satisfação do cliente.

ITEM DA GESTÃO

LOGÍSTICA

INFLUÊNCIA DO EDI

Transporte

Possibilita melhor planejamento de entrega de produtos, eliminando a

necessidade de fretes adicionais. A empresa sabe em tempo real as

informações sobre o momento exato em que os produtos estão sendo entregues

aos clientes. Através dos softwares utilizados não existem mais falhas na

comunicação entre os motoristas e os funcionários nos PAD’s.

Integração das

Informações

Reduz os erros e possibilita o envio de mensagens mais precisas, seguras e

com maior rapidez, evitando conflitos na comunicação.

Otimização dos Fluxos

Elimina a transação de documentos em papel com foco numa melhor

administração.

Serviço ao Cliente

Atende a exigência do cliente com credibilidade, precisão e segurança nas

informações.

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Quadro 3 – Influência do EDI na Gestão Logística.

Fonte: Adaptado de Porto et al. (2000a).

O maior desafio de um sistema é atender às regras de negócio e características de cada

cliente que possui uma forma diferente de se relacionar entre si. Com a popularização da

Internet, as aplicações de EDI (Eletronic Data Interchange) tiveram seus custos de

implementação reduzidos significativamente.

O relacionamento com fornecedores e clientes ganhou maior credibilidade e as

transações maior segurança. O EDI tem o poder de reduzir custos e aumentar a produtividade

mediante a transmissão mais rápida de informações.

Um dos fatores primordiais para aderir a troca eletrônica de dados trata-se de

credibilidade e agilidade nas transações. O gestor da empresa preferiu não mencionar valores,

mas deixou claro o quanto conseguiu obter vantagens.

O fluxo de informações via papéis foi substituído por completo por

comunicação eletrônica (EDI);

A iniciativa de aderir softwares com o intuito de automatizar todo o processo

trouxe vantagens competitivas para a organização como redução nos custos gerais (frete,

telefone, impressão);

Eliminação da digitação, diminuição de erros em processamento, fácil

interação com clientes e fornecedores e maior organização;

Maior facilidade de entrega dos serviços a tempo;

Exatidão dos dados e potencialidade rápida da resposta;

Redução do fluxo de papéis; melhoramento do gerenciamento logístico e

segurança das transações; e

Transparência nas informações e os resultados obtidos são indiscutíveis, a

empresa apresentava percentuais de até 70% de atrasos nos envios dos arquivos e hoje o

índice muito menor, um percentual de 2%.

No início o processo de envio dos arquivos de EDI apresentava falhas e inconsistência

nos dados, mas hoje a realidade é bem distinta diante de um acompanhamento diário, semanal

e mensal, onde as análises feitas por um operador apresentam o percentual de atraso referente

ao envio dos arquivos de EDI. Portanto, essas considerações demonstram que o EDI

Tomada de Decisão

Informação rápida e precisa, garantindo segurança aos gestores no momento de

reagirem às ameaças do mercado, que é tão competitivo.

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proporciona melhoria junto aos clientes, principalmente no quesito segurança das

informações, sem falar que leva uma imagem positiva da empresa e ganha valor nesse

ambiente totalmente competitivo. Assim, houve dificuldades no início, mesmo porque era um

processo de implantação que até então não fazia parte da cultura da empresa. As resistências

internas foram alvo na organização. As mudanças na estrutura também tiveram impacto direto

sendo um fator responsável por retardar a adoção do EDI, mas, ainda assim, como o EDI foi

uma exigência do cliente, a empresa X não hesitou em atender, mesmo porque o custo não se

comparava às vantagens que o EDI iria proporcionar. Tudo foi pensando de forma estratégica.

8 Considerações Finais

As tecnologias existentes, em particular o EDI, possibilitam o gerenciamento dos

sistemas logísticos em tempo real, ou próximo do real. Assim, é possível enxergar

sistematicamente o fluxo logístico.

Por meio deste estudo, pôde-se verificar que o EDI cria um relacionamento mais

sólido entre cliente e transportadora. Através de sua utilização, a empresa estudada pôde gerir

melhor a sua logística.

Assim, o estudo responde ao problema proposta, já que se pode observar que a troca

eletrônica de informações, por meio do EDI, exerce uma influência positiva na gestão

logística da transportadora analisada. Dessa forma, todos os objetivos desse artigo foram

atingidos na medida em que o estudo conceituou e identificou o sistema logístico, bem como

as atividades logísticas; discorreu sobre Sistema de Informação e Tecnologia da Informação,

ressaltando o EDI; identificou os benefícios alcançados, bem como as dificuldades e barreiras

na implantação do EDI; investigou a influência que o EDI exerce sobre a gestão logística na

atividade de transporte, na integração de informações, na otimização de fluxos, no serviço ao

cliente e na tomada de decisão na transportadora X.

Ressalta-se também que a hipóteses levantadas de que o EDI seria um tipo de

tecnologia da informação capaz de influenciar as operações das empresas, permitindo

melhorar a gestão logística de uma empresa foi confirmada. E a hipótese de que o EDI

proporcionaria uma significativa economia de recursos ao simplificar os procedimentos de

intercâmbio de dados também foi confirmada.

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Neste artigo, verificou-se a importância do EDI como uma ferramenta que permite

melhorar a coordenação das funções logísticas. Através do estudo de caso, observou-se que o

principal motivo para adoção do EDI foi reduzir o tempo na operação logística de

motocicletas e peças garantindo os cumprimentos dos prazos na entrega e no envio das

informações, tanto de entrega como referente ao faturamento. O EDI hoje faz parte de todo o

processo operacional da empresa, desde o recebimento do arquivo de notas fiscais - NOTFIS,

até o envio das mensagens para o cliente.

Portanto, os resultados do presente estudo afirmam que a empresa está satisfeita com o

EDI, pois, de fato, a ferramenta garantiu a credibilidade junto ao cliente, precisão e segurança

nas informações e, frente aos concorrentes, aumentou a competitividade, saindo de transações

via papéis, fax, telefone para a troca eletrônica de dados.

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