a importÂncia da prÁtica pedagÓgica no estagio curricular

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pratica de ensino

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  • Artigo referente a disciplina de Formao Docente do Curso de Pedagogia Acadmicas do curso de Pedagogia do Centro Universitrio Franciscano Professora Orientadora Curso de Pedagogia do Centro Universitrio Franciscano

    A IMPORTNCIA DA PRTICA PEDAGGICA NO ESTAGIO CURRICULAR

    PARA A FORMAO INICIAL DE PROFESSORES

    Hivi de J.S. Koppe;

    Jssica Machado Pereira;

    Lauriane Machado dos Reis;

    Maira Niekelle Garcia;

    Greice Scremin

    RESUMO: Este trabalho tem o objetivo de apresentar o estado da arte de produes cientficas publicadas nos anais da Associao Nacional de Ps Graduao e Pesquisa em Educao (ANPED), especificamente as que pertencem ao GT 08, Formao de professores, no perodo de 2011 a 2013. Os temas considerados relevantes foram os relacionados problematizao dos estgios e da formao inicial de professores. A pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo Estado da Arte. Este artigo evidencia a importncia da realizao de estudos sobre a prtica pedaggica no estgio curricular, para a formao dos professores, assim como desvendar quais so as inquietudes dos professores em formao quanto s prticas de estgio. Desse modo compreende-se a importncia dos estgios na formao inicial, pois proporciona a interlocuo entre a teoria e prtica, e possibilita um olhar critico acerca do fazer pedaggico.

    Palavras-chave: Formao inicial de professores. Estgio Curricular. Prtica

    pedaggica.

    1 INTRODUO

    Transitando pela formao inicial do professor, nota-se que o estgio

    curricular dos cursos de licenciatura est presente em nossa realidade, ao longo dos

    anos passou por diferentes concepes de formao, e atualmente o perodo de

    estgio mostra-se um momento crucial da formao docente.

    Assim, as parcerias entre Instituio de Educao Superior (IES) e de

  • Educao Bsica, no que diz respeito realizao do estgio curricular, so

    extremamente positivas, pois proporcionam trocas coletivas provenientes da

    interao, produtos de desenvolvimento pessoal e intelectual, que facilita a

    potencializao da renovao pedaggica e constri um espao formativo.

    Desse modo, a pesquisa realizada surgiu teve como base o seguinte

    questionamento: Quais as produes cientficas realizadas, no perodo de 2011 a

    2013 nos eventos da ANPED, que envolvem temticas referentes formao inicial

    de professores e a prtica do estgio curricular dos cursos de licenciatura?

    Assim, este trabalho tem por objetivo apresentar o estado da arte de

    produes cientficas publicadas nos anais da Associao Nacional de Ps

    Graduao e Pesquisa em Educao (ANPED), especificamente as que pertencem

    ao GT 08, Formao de professores, no perodo de 2011 a 2013.

    A ANPED uma associao sem fins lucrativos que consagra programas de

    ps graduao, professores e estudantes vinculados a estes programas e demais

    pesquisadores na rea. Tem por finalidade o desenvolvimento da cincia, da

    educao e da cultura, dentro dos princpios da participao democrtica, da

    liberdade e da justia social.

    Diante do exposto, o presente trabalho justifica-se pela relevncia da

    discusso dos fatores formativos iniciais do futuro docente, trazendo a prtica

    experiencial como base necessria para a construo do ser professor. Essas

    experincias fornecem subsdios para a articulao dos saberes cientficos e

    pedaggicos abordados na graduao, com os saberes provenientes da prtica,

    promovendo a discusso dos fatores primordiais para a formao inicial do

    pedagogo. Este artigo est organizado em trs sees, alm desta introduo e das

    consideraes finais.

    2 FORMAO INICIAL DE PROFESSORES

    A formao inicial indispensvel para o exerccio da profisso docente, ela

    decisiva, determinante que contribuir futuramente nas praticas pedaggicas da

    realidade educacional em que esse futuro professor estar inserido. Na formao

    inicial o professor compartilha saberes, conquistas, desafios, acertos e desacertos.

    Nesta perspectiva, de formao, o professor passa a (re) pensar sua trajetria

    pessoal e profissional, e acreditar que pode mudar e aprender com a mesma,

    guiando os passos e atitudes com relao s aes e o caminho que o educador

  • deve seguir. Imbernn (2001) afirma que:

    A formao ter como base uma reflexo dos sujeitos sobre sua prtica docente, e modo a permitir que examinem suas teorias implcitas, seus esquemas de funcionamento, suas atitudes etc., realizando um processo constante de auto avaliao que oriente seu trabalho. A orientao para esse processo de reflexo exige uma proposta crtica da interveno educativa, uma anlise de prtica do ponto de vista dos pressupostos ideolgicos e comportamentais subjacentes (p.48-49).

    A formao de professores necessria e fundamental para que a mudana

    acontea, necessrio que a prtica pedaggica da escola esteja ligada ao

    processo continuo de aprendizado do educador, nessa perspectiva, entendemos que

    o processo formativo do professor constitui-se de uma formao inicial e de uma

    formao continuada permanente, que se refere aprendizagem mediante aes da

    instituio ou outros espaos formativos, as quais deveriam ter um papel decisivo na

    promoo do conhecimento profissional e os demais aspectos da profisso docente.

    Para Rosemberg (2002) utiliza-se a expresso formao continuada porque

    se considera a atividade profissional como algo que se refaz continuamente, por

    meio de processos educacionais formais e informais variados, cujo desenvolvimento

    consiste em auxiliar qualquer tipo de profissional a participar ativamente do mundo

    que o cerca, incorporando tal vivncia ao conjunto de saberes de sua profisso.

    Nesse contexto, a formao inicial do professor fornecer as bases para que

    ele possa construir conhecimento pedaggico e tornando-se objeto de reflexo e

    discusso, a formao inicial surge como uma proposta essencial para o

    desencadeamento de mudanas na prtica.

    Para Tardif (2002), a questo saber no pode estar separada das outras

    dimenses do ensino, nem do estudo do trabalho docente. O saber dos professores

    um saber social, pois ele partilhado por um grupo de agentes, sua posse e

    utilizao repousam sobre todo o sistema que vem garantir a sua legitimidade e

    orientar sua definio e utilizao, seus objetos so prticas sociais. Alm disso, os

    saberes a serem ensinados e o saber-ensinar evoluem com o tempo e as

    mudanas sociais e, por ltimo, porque ele um processo em construo ao longo

    de uma carreira profissional.

    De acordo com Massabni (2011), para formar professores e entender seus

    conflitos, temos que compreender o que se passa com a profisso docente, pois as

    dificuldades de ser professor hoje em dia podem gerar inseguranas e frustraes.

    Entre os desafio, est o crescimento do nmero de alunos e de sua heterogeneidade

  • de sociocultural, a demanda por educao de qualidade, por conta desses

    desafios que a profisso de professores vem sofrendo profundas transformaes.

    Tardif (2007) afirma que os saberes docentes no se reduzem a uma funo

    de transmisso dos conhecimentos j constitudos, sua prtica integra diferentes

    saberes, com os quais o corpo docente mantm diferentes relaes. Pode- se definir

    o saber docente como um saber plural, formado pelo amlgama, mais ou menos

    coerente, de saberes oriundos da formao profissional e de saberes disciplinares,

    curriculares e experienciais.

    No plano institucional, a articulao entre essas cincias e a prtica docente

    se estabelece, concretamente, atravs da formao inicial ou continuada dos

    professores. Com efeito, sobre tudo no decorrer de sua formao que os

    professores entram em contato com as cincias da educao.

    Os saberes pedaggicos apresentam-se como doutrinas ou concepes

    provenientes de reflexes sobre pratica educativa no sentido amplo do termo,

    reflexes racionais normativas que conduzem a sistemas mais ou menos coerentes

    de representaes e de orientaes da atividade educativa.

    O professor ideal algum que deve conhecer sua matria, sua disciplina e

    seu programa, alm de possuir certos conhecimentos relativos s cincias da

    educao e pedagogia e desenvolver um saber prtico baseado em sua

    experincia cotidiana com os alunos.

    Essas mltiplas articulaes entre a prtica docente e os saberes fazem dos

    professores um grupo social e profissional cuja existncia depende, em grande

    parte, de sua capacidade de dominar, integrar e mobilizar tais saberes enquanto

    condies para sua prtica.

    2.1 A articulao entre teoria e prtica: estgio curricular e prtica pedaggica

    No h indissociabilidade entre teoria e prtica, pois toda teoria so

    construdas nos cursos de formao, cedo ou tarde sero integradas a prtica, mas

    se esta no analisada e repensada os resultados no permitiro uma formao

    continuada. Os estgios supervisionados daro a oportunidade de o aluno

    desenvolver o habito de olhar sua prtica criticamente. Falando desta preocupao

    com a formao do professor para a prtica, Pimenta (2002) acrescenta:

    O exerccio de qualquer profisso prtico nesse sentido, na medida em que se trata de fazer algo ou ao. A profisso do professor tambm

  • prtica. E se o curso tem por funo preparar o futuro profissional para praticar, adequado que tenha a preocupao com a prtica. Como no possvel que o curso assuma o lugar da prtica profissional (que o aluno exercer quando for profissional), o seu alcance ser to-somente possibilitar uma noo da prtica, tomando-a como preocupao sistemtica no currculo do curso (p.28).

    O estgio necessrio como elemento formador para o professor, sendo a

    teoria indissocivel da prtica, que variam conforme a formao e o entendimento

    histrico-social do professor. Para que essa prtica seja efetivamente alcanada

    com xito, necessrio propor objetivos para o ensino que se pretende alcanar,

    estabelecendo finalidades, para interveno da realidade que se deseja transformar,

    bem como a didtica que envolve a construo de alternativas para a interveno

    nesta prtica, Pimenta ( 2002), referente a didtica e sua contribuio na formao

    dos professores tambm afirma:

    A didtica entendida como rea do conhecimento que tem por especificidade o estudo do processo de ensino-aprendizagem (teoria do ensino-aprendizagem), contribui com as demais na formao de professores. Enquanto disciplina do processo de ensino-aprendizagem. Objetivando preparar os professores para a atividade sistemtica de ensinar em uma dada situao histrico-social, inserindo-se nela para transform-la a partir das necessidades a identificadas de direcion-las para o projeto de humanizao, (p.120).

    O estgio no oposto teoria, assim compreender a didtica que envolve a

    construo do ensino aprendizagem, se faz necessria na medida em que o

    professor precisa de subsdios que o ajudem a interpretar a vida real, que enfrentar

    em sua pratica, desta forma a preparao para essa atividade prtica, necessita da

    atividade terica, para chegar antecipao ideal de uma realidade, requer que se

    parta do conhecimento (terico-prtico) da realidade que j existe (PIMENTA, 2002,

    p.183).

    Toda realidade tem uma histria-social que influencia a sociedade envolvida

    na prtica do professor, desta forma esta realidade necessita ser conhecida,

    estudada, isto a atividade terica que possibilita conhecer a realidade (a prtica

    objetiva), tornando-se essa realidade como objeto de conhecimento, como

    referncia, para, a seguir, estabelecer-se idealmente a realidade que se quer

    (PIMENTA, 2002, p.183). A mesma autora afirma acerca da realidade vivenciada na

    prtica do professor:

    O curso de preparao deve estudar teoricamente a realidade (prtica objetiva) existente que, por sua vez, prxis, os professores dando aula, procedendo ao processo de ensino-aprendizagem nas escolas existentes (nas diferentes escolas), exercendo algum tipo de prxis (repetitiva,

  • burocrtica, transformadora, criadora etc), porque tambm eles tambm eles foram preparados (teoricamente) para esse exerccio (PIMENTA, 2002, p.184).

    O conhecimento da realidade requer uma observao direta, atravs das

    vivncias das situaes reais, em sala de aula e escolas. Assim o professor comea

    a conhecer esta realidade em que iro intervir, por meio das pesquisas, informaes,

    dos estudos tericos, e histricos desta realidade, Pimenta (2002). Este profissional

    em formao necessita dos estgios para ajudar na concretizao dos seus estudos,

    neste momento que poder vivenciar e relacionar com a realidade os conceitos

    tericos que adquiriu no decorrer do curso de formao superior. Possibilitando o

    repensar de suas teorias e propostas de educao.

    Os estgios necessitam promover condies para que o professor em

    formao possa discutir e aprender com sua prpria atuao, desta forma o registro

    deve ser dirio e detalhado, de modo que ele possa investigar suas aes. no

    estgio que o futuro professor ter a oportunidade de observar outro profissional em

    pleno desenvolvimento de suas atividades, onde ponderaro o modo de ensino com

    relao as interaes entre alunos e professores, o modo de ensino, indisciplina,

    detectando problema e atravs de seus estudos poder propor sugestes para

    san-los bem como coloc-las em prtica (CARVALHO, 2012).

    A autora tambm acrescenta que necessrio problematizar as aes

    docentes para que as observaes possam, a partir de referenciais tericos, serem

    significativas para os futuros professores ou para os professores em servio,

    levando-os a refletir sobre a relao to complexa entre o ato de ensinar de um

    professor e a aprendizagem de seus alunos (p.13). Mas a critica deve haver se

    houver uma discusso e analise em conjunta, bem como uma proposta de mudana.

    As habilidades de ensinar no se criam somente atravs das teorias, elas

    necessitam tambm da prtica, desta forma o professor estagirio teria como

    recurso, a anlise de suas prprias aulas para esta aprendizagem. Segundo

    Carvalho (2012) seria interessante e bastante proveitoso que as aulas ministradas

    pelos estagirios pudessem ser gravadas, desta forma eles poderiam se observar

    em ao e de modo que possa realizar uma analise critica sobre suas aes. Este

    tipo de registro seria muito mais detalhado para possvel analise, no somente do

    modo de ensino, mas tambm do aproveitamento das aluas por parte dos alunos.

  • 3 METODOLOGIA

    A abordagem utilizada no trabalho qualitativa que, de acordo com Ludke,

    Andr (1986), tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o

    pesquisador como seu principal instrumento. A pesquisa supe o contato direto e

    prolongado do pesquisador com o ambiente e a situao que est sendo

    investigada.

    O tipo de pesquisa utilizada no presente trabalho do tipo denominado

    estado da arte ou estado do conhecimento, autores como Romanowski e Ens

    (2006), definem este tipo de pesquisa como uma contribuio importante na

    constituio do campo terico de uma rea de conhecimento, pois procuram

    identificar os aportes significativos da construo da teoria e prtica pedaggica,

    apontar as restries sobre o campo em que se move a pesquisa, as suas lacunas

    de disseminao, identificar experincias inovadoras investigadas que apontem

    alternativas de soluo para os problemas da prtica e reconhecer as contribuies

    da pesquisa na constituio de propostas na rea focalizada.

    Assim a abrangncia desses estudos aponta caminhos que vm sendo

    tomados e aspectos que so abordados em detrimento de outros. A realizao

    destas pesquisas possibilita contribuir com a organizao e anlise na definio de

    um campo, uma rea, alm de indicar possveis contribuies da pesquisa para com

    as rupturas sociais. A anlise do campo investigativo fundamental neste tempo de

    intensas mudanas associadas aos avanos crescentes da cincia e da tecnologia

    (ROMANOWSKI; ENS, 2006).

    Dessa forma para proceder com a pesquisa foi delimitado a pesquisa em

    publicaes cientficas da ANPED, nos ltimos trs anos, ou seja, de 2011 a 2013,

    especificamente os referentes ao GT 08 Formao de professores. Utilizando

    como triagem as trs palavras-chave: formao inicial de professores, estgio

    curricular e prtica pedaggica, foram selecionados dois artigos que abrangem a

    temtica proposta desta pesquisa. Como resultados desse processo de anlise so

    apresentados algumas consideraes e percepes pertinentes ao contexto desses

    trabalhos.

    4 RESULTADOS E DISCUSSES

    Os resultados das anlises desta pesquisa esto apresentados aps os

    quadros que resumem os artigos selecionados. Assim, o quadro 1 refere-se ao

  • artigo Tecendo relaes entre teses e aes desenvolvidas por professores

    supervisores de estgio curricular.

    Quadro 1: Resumo do artigo 1: Tecendo relaes entre teses e aes desenvolvidas por professores supervisores de estgio curricular.

    TECENDO RELAES ENTRE TESES E AES DESENVOLVIDAS POR PROFESSORES

    SUPERVISORES DE ESTGIO CURRICULAR.

    Ano: 2013 ANPED

    PROBLEMA OBJETIVOS METODOLOGIA CONCLUSES Quais as concepes de estgio que orientam as prticas exercidas?

    Analisar as aes desenvolvidas pelos professores da escola bsica, enquanto supervisores do estgio curricular.

    Pesquisa realizada com 429 participantes, entre eles gestores de escola bsica, alunos-estagirios e professores orientadores de estgio.

    As consideraes apontadas pelo estudo indicam a complexidade do tema, seus temas e algumas perspectivas. Um conhecimento pautado na vivencia profissional em diferentes espaos em que se possa articular saberes de diversas ordens pode produzir uma nova forma de ser e de pensar. Isso leva a crer que h um campo frtil para se desenvolver e ampliar o dilogo interinstitucional necessrio.

    A pesquisa dessa autora constituiu-se de anlises de relatos, com abordagem

    qualitativa, o qual teve como sujeitos da pesquisa alunos estagirios, professores

    orientadores e gestores de escola bsica. Esta pesquisa refere-se preocupao

    com os processos formativos do professor, especificamente no que se refere ao

    estgio curricular.

    As discusses da autora apontam para a ausncia de um projeto pedaggico

    consiste das IES, para uma formao de professores e tambm a ausncia de uma

    poltica nacional neste campo. A pesquisa evidencia a necessidade de medidas

    interinstitucionais para que a realizao do estgio se torne uma ao constituinte de

    um processo de formao inicial que se traduza em preparao profissional

    adequada aos desafios do mundo do trabalho.

    Pimenta e Lima (2009) apontam que o estgio para os alunos que esto em

    fase de formao inicial e que ainda no exercem o magistrio antes de tudo um

  • estgio de boas vindas de novos companheiros de profisso. O estgio um retrato

    vivo da prtica docente, por isso a importncia de tomar o campo da formao de

    professores como objeto de estudo, devendo ser contemplados nos espaos de

    reflexo dos cursos de formao e dos estgios dos futuros docentes.

    No quadro 2, h o resumo do segundo artigo analisado, intitulado

    Interventoria: uma proposta para o acompanhamento de estagirios.

    Quadro 2: Resumo do artigo 2: Interventoria: uma proposta para o acompanhamento de estagirios.

    INTERVENTORIA: UMA PROPOSTA PARA O ACOMPANHAMENTO DE ESTAGIRIOS

    Ano: 2013

    PROBLEMA OBJETIVOS METODOLOGIA CONCLUSES Como professores supervisores de universidade, professores de escola e a prpria superviso de estgio podem trabalhar numa perspectiva de interao, ressignificando os seus papis no desenvolvimento do estgio?

    Identificar na literatura as vrias nomeaes e tipos de acompanhamento de estgios no Brasil e em outros pases e apresentar os possveis elementos que caracterizam uma proposta de acompanhamento de estgio que segue uma perspectiva de interao.

    Pesquisa qualitativa, utilizando fontes documentais, bibliogrficas, bem como pesquisa de campo e anlise de contedo.

    O acompanhamento de estagirios vem sendo nomeado de diversas formas assim como sua realizao. Pensar a formao de professores deve partir do envolvimento e do interesse dos docentes a escola e da universidade. necessrio que estes atuem de forma consciente e que tenha mobilizao da prpria classe para apontar as melhores condies e maneiras que um professor deve ser formado, podendo a universidade buscar tais elementos para compor a formao inicial de professores.

    As contribuies dessa pesquisa so significativas no que tangem as

    discusses sobre o acompanhamento de estagirios e os diversos modos de fazer,

    assim como as reflexes acerca dessa proposta de acompanhamento de estudantes

    enquanto possibilidade formativa para estagirios e professores supervisores.

    A luta por um estgio melhor vincula-se luta pela melhoria dos cursos de

    formao de professores, pela valorizao do magistrio e por uma escola bsica

    mais democrtica (PIMENTA; LIMA, 2009).

    Ainda h a necessidade de os professores investigarem a prpria atividade

    pedaggica, sendo que estudar a sala de aula como espao de conhecimento

  • compartilhado vem se tornando uma necessidade pedaggica indispensvel para a

    compreenso dos processos de ensinar e de aprender (PIMENTA; LIMA, 2009).

    5 CONSIDERAES FINAIS

    A partir das anlises dos artigos possvel destacar a necessidade das

    discusses sobre a formao de professores, especificamente no mbito dos

    estgios curriculares. O momento da realizao do estgio de licenciatura

    proporciona subsdios para a sua formao enquanto educador, a articulao entre

    teoria e prtica uma das caractersticas desse momento.

    Durante o perodo de formao do professor, debatido incansavelmente a

    indissociabilidade entre teoria e prtica, dessa maneira o estgio torna-se

    fundamental para a explorao desse conceito. Pois por meio da experincia, da

    vivncia do estagirio em sala de aula, que ele ir refletir sobre as concepes

    tericas abordadas na graduao e a efetiva prtica de sua profisso.

    Portanto os estgios dos cursos de licenciatura tm o desafio de proporcionar

    este momento de formao inicial do professor, como uma etapa fundamental para a

    constituio do ser professor, pois a teoria e prtica so elementos inseparveis e

    indispensveis desse processo.

    REFERENCIAS

    CARVALHO, Ana Maria Pessoa. Os estgios nos cursos de licenciatura. So Paulo: Cengage Learning, 2012. IMBERNN, F. Formao docente e profissional: formar-se para a mudana e a incerteza. So Paulo: Cortez, 2001. LUDKE, M.; ANDR, M.E.D.A. Pesquisa em Educao. Abordagens qualitativas. So Paulo: EPU, 1996.

    MASSABNI, Vnia G. . Os conflitos de licenciandos e o desenvolvimento profissional docente. Educao e Pesquisa. [online]. 2011, vol. 37, n.4, pp. 793-808, ISSN 1517-9702. PIMENTA, S.G.; LIMA, M.S. Estgio e docncia. 4. ed. So Paulo: Cortez, 2009. PIMENTA, Selma Garrido. O estgio na formao de professores: unidade teoria e prtica. 5. ed. So Paulo: Cortez, 2002. ROMANOWSKI, J. P.; ENS, R. T. As pesquisas denominadas do tipo estado da

  • arte em educao. Revista Dilogo Educacional, vol 6, n.19, sep 2006, p. 37-50. ROSEMBERG, Dulcinia Sarmento. O processo de formao continuada de professores universitrios: do instituinte ao institudo. Rio de Janeiro: Wak, 2002. TARDIF, Maurice. Saberes Docentes e Formao Profissional. Petrpolis (RJ): Vozes, 2002.