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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO EF. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR TERRA RICA - PARANÁ 2010

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

TERRA RICA - PARANÁ

2010

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

1. APRESENTAÇÃO

As mudanças na forma de ensinar é uma necessidade premente diante da

atual realidade educacional brasileira. A busca pela identidade, cooperação,

solidariedade, justiça e cidadania, são exterioridade essenciais à concepção do

educando enquanto ser em incremento no planeta, agente da própria biografia e da

história do mundo. Esta proposta ajustando-se aos novos tempos e expectativas

educacionais porvindouras se alicia num artifício pedagógico de ensinar/aprender

que propõe um incremento fecundo, transformador, socializador, político, cientifico e

contínuo, reverenciando as querelas, os apegos éticos universais, e a religiosidade.

Diante do exposto, a presente proposta ambiciona-se alcançar os objetivos,

conteúdos, metodologia e avaliação a que se propõe. Dessa maneira apresenta-se

estruturada e sistematizada de modo a orientar o trabalho, o ato educativo dos

docentes nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História,

Geografia, Arte, Educação Física e Língua Estrangeira Moderna, como subsidio na

formação do aluno enquanto cidadão crítico e participativo na sociedade.

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

2. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

2.1 Escola Estadual Monteiro Lobato – EF.

Código: 0039-6

2.2 Município: Terra Rica

Código: 2750

2.3 Dependência Administrativa: Estadual

2.4 N.R.E.: Paranavaí

Código: 22

2.5 Entidade Mantenedora: SEED

2.6 Ato de Autorização de Funcionamento da Escola

Resolução nº 2867/81 - DOE 29/12/1981

2.7 Ato de Reconhecimento da Escola:

Resolução nº 5014/85 - DOE 19/11/1985

2.8 Renovação de Reconhecimento do Curso

Resolução 21/18/2007 - DOE 14/06/2007

2.9 Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar nº 104/2008.

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3. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

3.1 – Níveis e Modalidades de Ensino

( x ) Ensino Fundamental – 5ª/8ª séries

3.2 – Quadro Geral de Pessoal

Nº de Turmas: 04

Nº de Alunos: 118

Nº de Professores: 09

Nº de Pedagogos: 01

Nº de Funcionários: Administrativos: 01 Serviços Gerais: 03

Nº de Diretores: 01

3.3 – Turnos de Funcionamento:

( ) Manhã (x) Tarde ( ) Noite

3.4 – Ambientes Pedagógicos:

( ) Salas de Recursos ( ) Salas de Apoio

( ) Sala Multimídia ( x ) Laboratório de Informática

( ) Laboratório de Ciências ( ) Biblioteca

( ) Auditório ( ) Classe Especial

( ) CELEM ( ) Outros:

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

3.5 – Organização do Tempo Escolar:

( x ) série ( ) multisseriado ( ) módulos ( ) ciclos

( ) Outros: _____________________________________________

3.6 – Organização Curricular

( x ) Disciplina ( ) Bloco de Disciplinas

( ) Área de Conhecimento ( ) Módulos

( ) Competências e Habilidades ( ) Eixo Integrador

( ) Tema Gerador ( ) Projetos

3.7 – Como são ofertados os estudos sobre o Paraná:

( ) projetos ( x ) Interdisciplinarmente ( ) Disciplinas específicas

3.8 – Avaliação: Formas de Registro

( ) Parecer descritivo ( ) conceito ou menções ( x ) notas

3.9 – Periodicidade da Avaliação

( ) bimestral ( x ) trimestral ( ) semestral

3.10 – Intervenções Pedagógicas

( x ) Recuperação de estudos ( ) Sala de Recursos

( ) Sala de Apoio ( ) Interprete

( ) Atendimento Individualizado ( ) Professor de Apoio Permanente

( ) Monitoria ( )Outros: ___________________

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

3.11 – Estratégias para articulação escola/família/comunidade:

Reuniões de acompanhamento:

( ) mensal ( ) bimestral ( x ) trimestral ( ) semestral

( ) grupo de Estudos para pais ( x ) festividades

( x) Atendimento individualizado ( x ) Palestras

( ) Outros: _____________________

3.12 – Instâncias Colegiadas:

( x ) Grêmio Estudantil ( x ) APMF

( x ) Conselho escolar ( x ) Conselho de Classe

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

4. NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO

4.1 – Ensino Fundamental: Características

A Lei nº 11.274/06 diz que “O ensino fundamental obrigatório, com

duração de nove anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos seis anos de

idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão”.

A carga horária de estudos ofertada atende ao que preconiza a LDB

9394/06: 800 horas com 200 dias letivos.

O ensino fundamental tem como finalidade o desenvolvimento da

capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da

escrita e do cálculo; a compreensão do ambiente natural e social, do sistema

político, da tecnologia, das artes, da tecnologia e dos valores em que se

fundamentam a sociedade; o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem,

tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes

e valores; o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. (LDB 9394/96,

art. 32)

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5. MATRIZ CURRICULAR

MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR DE 5ª S 8ª SÉRIE

NRE: PARANAVAÍ MUNICÍPIO: TERRA RICA

ESTABELECIMENTO: ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL 5ª A 8ª SÉRIE TURNO: DIURNO

ANO DE IMPLEMENTAÇÃO: 2006 – SIMULTÃNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BASE NACIONAL

COMUM

5ª série 6ª série 7ª série 8ª série

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 3 3

Educação Física 3 3 3 3

Ensino Religioso* 1 1 0 0

Geografia 3 3 4 3

História 3 3 4 3

Língua Portuguesa 4 4 4 4

Matemática 4 4 4 4

SUBTOTAL 23 23 23 23

PARTE

DIVERSIFICADA

Língua Estrangeira 2 2 2 2

SUBTOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25

*Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas.

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6. CURRÍCULO DAS DISCIPLINAS

ARTE

a) Apresentação

A arte é um campo por excelência que possibilita a valorização da

diversidade, a construção das identidades e o trabalho com a interculturalidade. A

arte nos permite várias leituras do mundo (imagens, sons, movimentos, palavras) e,

portanto, um olhar múltiplo para as situações que nos rodeiam.

No entanto, ao pensarmos o papel da educação, mais especificamente, do

ensino de arte em função da diversidade existente em nosso país, seria interessante

pensarmos em problematizar, criticar e recriar a diversidade cultural em vez de

simplesmente adicionar, ilustrar e atenuar as diferenças em sala de aula.

O grande desafio que se estabelece hoje não mais reside em somente

aceitar a respeitar o outro, o trabalho do outro, a cultura do outro, mas,

principalmente, em saber trabalhar, tecer e recriar com o outro. Ou seja, o desafio do

professor de Arte hoje está em dialogar com a diferença a fim de construir, modificar

e transformar a sociedade em um lugar mais justo e mais digno de se viver.

O caráter da aula de Arte deve permitir o desenvolvimento da

sensibilidade do aluno para perceber o mundo que o cerca, pois a arte é a

expressão do sentimento humano. Vivemos numa época em que só tem valor o que

é útil, o que representa lucro comercial; o “ser” humano é cada vez mais

desvalorizado cultivar o “belo”, a expressão de sentimento, atualmente, beira o

“cafona”. Assim, a aula de arte não deve ser vista como formadora de futuros

artistas, mas como espaço privilegiado de formação de seres que inventam,

renovam, refletem sobre a existência, enfim, deve privilegiar a formação de seres

capazes de pensar a condição humana para transformá-la. Dessa forma o

conhecimento dessa disciplina deve ser valorizado e compreendido como produção

histórica dos homens, permitindo um diálogo com as diversas áreas do

conhecimento.

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A disciplina de Arte objetiva em seu percurso estimular o aluno a

humanizar-se como cidadão inteligente, sensível, estético, reflexivo, criativo e

responsável; que compreenda o valor do trabalho coletivo e individual; que seja

capaz de compreender a cultura na vida dos grupos com ética e respeito pela

diversidade; que esteja plenamente envolvido nas produções artísticas individuais

e/ou coletivas com ênfase nas linguagens da arte (música, artes visuais, dança e

teatro) com seus diferentes instrumentos de ordem material; que possam

compreender as manifestações socioculturais como parte integrante da construção

histórica dos homens. Desse modo apresentam-se os seguintes conteúdos

estruturantes:

A) Elementos formais: Estão relacionados à estrutura. É a matéria prima

para produção e conhecimento em Arte. Esses elementos são utilizados

para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em cada uma

delas.

B) Composição: É o processo de organização e desdobramento dos

elementos formais que constituem uma produção artística.

C) Movimentos e períodos: O conteúdo estruturante “movimentos e

períodos” se caracteriza pelo histórico relacionado do conhecimento em

Arte. Este conteúdo revela aspectos sociais, culturais e econômicos

presentes numa composição artística e explicitam uma relação interna e

externa de um movimento artístico em suas especificidades, gêneros,

estilos e correntes artísticas. Correspondem ao imaginário social e

representam uma determinada consciência social.

É imprescindível que os objetivos direcionem uma busca por

conhecimentos que contribuam para a crítica às condições sociais, políticas e

econômicas presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e direcionem a

compreensão da produção científica, a reflexão filosófica, a criação artística, nos

contextos em que elas se constituem. Dessa forma, serão contemplados:

• Formação dos seres que inventam, renovam e refletem sobre a

existência, enfim, deve privilegiar a formação de seres capazes de

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

pensar a condição humana;

• Respeitar e valorizar a diversidade cultural;

• Permitir o desenvolvimento da sensibilidade do aluno para perceber o

mundo que o cerca e interagir com este;

• Possibilitar ao aluno, tomando como referência o seu olhar e o seu

conhecimento, o domínio de diferentes formas de interpretação do

significado dos objetos.

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b) Conteúdos Por Série / Ano.

5º série/6º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

ÁREA: MÚSICA

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura Duração Timbre

Intensidade Densidade

Ritmo Melodia

Escalas: diatônica Pentatônica Cromática

Improvisação

Greco-Romana Oriental

Ocidental Africana

ÁREA: ARTES VISUAIS

Ponto Linha

Textura Forma

Superfície Volume

Cor Luz

Bidimensional Figurativa

Geométrica, simetria Técnicas: Pintura,

Escultura, Arquitetura.

Gêneros: cenas da mitologia.

Arte Greco-Romana Arte Africana Arte Oriental

Arte Pré-Histórica

ÁREA: TEATRO

Personagem: expressões corporais,

vocais, gestuais e

faciais Ação

Espaço

Enredo, roteiro. Espaço Cênico,

Adereços Técnicas: jogos Teatrais, teatro Indireto e direto, Improvisação, Manipulação,

Máscara... Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.

Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento

ÁREA: DANÇA

Movimento Corporal Tempo Espaço

Kinesfera Eixo

Ponto de Apoio Movimentos articulares

Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento

Formação Níveis (alto, médio e baixo)

Deslocamento (direto e indireto)

Dimensões (pequeno e grande)

Técnica: Improvisação Gênero: Circular

Pré-história

Greco-Romana Renascimento Dança Clássica

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

6ª série/7º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

ÁREA: MÚSICA

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura Duração Timbre

Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Escalas

Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico.

Técnicas: vocal, instrumental e mista.

Improvisação.

Música popular e étnica

(ocidental e oriental).

ÁREA: ARTES VISUAIS

Ponto Linha

Textura Forma

Superfície Volume

Cor Luz

Proporção Tridimensional Figura e fundo

Abstrata Perspectiva

Técnicas: Pintura, escultura, modelagem e gravura.

Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta.

Arte Indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense

Renascimento Barroco

ÁREA: TEATRO

Personagem: expressões corporais,

vocais, gestuais e

faciais Ação

Espaço

Representação, Leitura dramática,

Cenografia. Técnicas: jogos teatrais, mímica,

improvisação, formas animadas... Gêneros:

Rua e arena, Caracterização.

Comédia dell’ arte

Teatro Popular Brasileiro e Paranaense

Teatro Africano

ÁREA: DANÇA

Movimento Corporal Tempo Espaço

Ponto de Apoio Rotação

Coreografia Salto e queda

Peso (leve e pesado) Fluxo (livre,

interrompido e conduzido)

Lento, rápido e moderado

Niveis (alto, médio e baixo)

Formação Direção

Gênero: Folclórica, popular e étnica

Dança Popular Brasileira

Paranaense Africana Indígena

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

7ª série/8º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

ÁREA: MÚSICA

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura Duração Timbre

Intensidade Densidade

Ritmo Melodia

Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal,

instrumental e mista

Indústria Cultural Eletrônica Minimalista

Rap, Rock, Tecno

ÁREA: ARTES VISUAIS

Linha Forma Textura

Superfície Volume

Cor Luz

Semelhanças Contrastes

Ritmo Visual Estilização

Deformação Técnicas: desenho,

fotografia, audiovisual e mista...

Indústria Cultural Arte no Séc. XX

Arte Contemporânea

ÁREA: TEATRO

Personagem: expressões corporais,

vocais, gestuais e

faciais Ação

Espaço

Representação no Cinema e Mídias Texto dramático

Maquiagem Sonoplastia

Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra,

adaptação cênica...

Indústria Cultural Realismo

Expressionismo Cinema Novo

ÁREA: DANÇA

Movimento Corporal Tempo Espaço

Giro Rolamento

Saltos Aceleração e

desaceleração Direções (frente, atrás, direita e

esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia

Gênero: Indústria Cultural e espetáculo

Hip Hop Musicais

Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

8ª série/9º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

ÁREA: MÚSICA

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura Duração Timbre

Intensidade Densidade

Ritmo Melodia

Harmonia Técnicas: vocal,

instrumental e mista

Gêneros: popular, folclórico e étnico.

Música Engajada Música Popular

Brasileira. Música

Contemporânea

ÁREA: ARTES VISUAIS

Linha Forma Textura

Superfície Volume

Cor Luz

Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo Visual

Técnica: Pintura, grafitte,

performance... Gêneros: Paisagem

urbana, cenas do cotidiano...

Realismo Vanguardas

Muralismo e Arte Latino-Americana

Hip Hop

ÁREA: TEATRO

Personagem: expressões corporais,

vocais, gestuais e

faciais Ação

Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais,

direção, ensaio, Teatro-Fórum...

Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação

Figurino

Teatro Engajado Teatro do Oprimido

Teatro Pobre Teatro do Absurdo

Vanguardas

ÁREA: DANÇA

Movimento Corporal Tempo Espaço

Kinesfera Ponto de Apoio

Peso Fluxo

Quedas Saltos Giros

Rolamentos Extensão (perto e

longe) Coreografia

Deslocamento Gênero: Performance

e moderna

Vanguardas Dança Moderna

Dança Contemporânea

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

c) Metodologia

O encaminhamento metodológico priorizará o conhecimento, as práticas e

a fruição artística de modo que estejam presentes em todos os momentos

pedagógicos. A organização pedagógica contemplará três momentos:

a) Teorizar – fundamentar o aluno sobre a obra artística de modo que

possa desenvolver um trabalho artístico para formar conceitos

artísticos.

É importante considerar a origem cultural e o grupo social dos alunos,

portanto há que se considerar os conhecimentos originários da

comunidade local. A contextualização dos conteúdos facilita a

compreensão da obra artística e a arte como um campo do

conhecimento humano produto da criação e do trabalho historicamente

acumulado.

b) Sentir e perceber – as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à

obra de arte. Os alunos terão a oportunidade de apreciarem e

apropriarem dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão

estética. Os sentidos serão aguçados por meio das obras artísticas

como: música, teatro, dança e artes visuais. O professor possibilitará o

acesso e mediará a apropriação dos conhecimentos, de modo que os

alunos irão se apropriando e evoluindo em suas interpretações

artísticas.

Ao analisar uma obra espera-se que o aluno perceba que no processo

de composição o artista reflete sua visão de mundo, a ideologia, o

momento histórico, além de outras determinações sociais.

c) Trabalho artístico - trata-se da prática criativa, o exercício com os

elementos que compõe uma obra de arte.

O docente ao iniciar um conteúdo, pode partir por qualquer um dos

momentos citados ou pelos três simultaneamente. O importante é que

seja possibilitado ao aluno a vivência de cada um deles. O momento

de criação onde o aluno utilizará sua imaginação (interiorização,

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familiarização com os processos artísticos e humanização dos

sentidos).

O encaminhamento do ensino de Arte será da seguinte maneira conforme

as áreas abaixo:

Artes Visuais: Ao dar início a cada conteúdo o docente fará o

levantamento dos conhecimentos prévios da turma, visando o antes, o hoje e o

depois, para que os mesmos identifiquem, investiguem e organizem informações

sobre a arte na história e também possa construir conhecimentos através de

trabalhos em grupo. Por isso é importante enfocar a realidade do aluno e seu

entorno. Nas artes visuais será utilizada a leitura de imagens, utilizando-se da

história da arte, que auxiliará os alunos no desenvolvimento dos processos criativos

de pensar e produzir arte exercitando a comunicação e a expressão estabelecendo

a produção artística, considerando artistas, produções artísticas e bens culturais da

região e outras produções de caráter universal. O aluno deve ser motivado à leitura

da obra de arte, entendendo que ela reflete o modo do artista perceber o mundo. O

trabalho deve ser focado numa perspectiva histórica crítica, o que permite o olhar

sobre a realidade humano-social instigando as possibilidades de transformação da

mesma. Para tanto o decente questiona o aluno preparando previamente os

elementos que julga importante para que se obtenha uma percepção mais

apropriada.

Dança: O trabalho será realizado por meio da experimentação do

movimento, improvisações em composições coreográficas e processos de criação

(trabalho artístico). O conteúdo deve ser significativo para o aluno e há que se

compreender a dança como fruto de expressão que envolve os aspectos sociais,

culturais e históricos. O ponto de partida para o trabalho deste conteúdo será o

contexto social e cultural, o repertório de dança dos alunos, seus conhecimentos,

escolhas de ritmos e estilos. É preciso ainda estar atento a alguns aspectos na

realização da dança como a questão do gênero, as necessidades especiais motoras,

religião e etc.

Música: O professor deve trabalhar a música de forma contextualizada

abordando as características específicas, as influências regionais. É preciso que o

aluno perceba que a música é formada por som e ritmo e varia em gênero e estilo.

Para compreendê-la torna-se necessário ouvir os sons com concentração, o que

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possibilitará identificar os elementos formadores, as variações e as maneiras como

os sons são distribuídos e organizados. O professor deve oportunizar aos alunos a

compreensão dos elementos formais de som: intensidade, altura, timbre, densidade

e duração; desse modo é salutar que se desenvolva os três momentos na

organização pedagógica: o sentir e perceber, o trabalho artístico e a teorização.

Teatro: Deve ser trabalhado de forma que os alunos possam criar,

socializar, memorizar e coordenar as atividades afins. É preciso que nesta área

também se oportunize os três momentos: teorizar, sentir e perceber e a realização

do trabalho artístico, ou seja, a criação, a imaginação aflorada. O trabalho deve ter

como ponto de partida atividades que envolvam exercícios de relaxamento,

aquecimento além da vivência com os elementos formais do teatro: personagem –

expressão vocal, gestual, corporal e facial; na composição desenvolver os trabalhos

com jogos teatrais, improvisações e transposição do texto literário para texto

dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos e outros exercícios

cênicos que possam resultar num trabalho artístico. Há que se considerar a

importância da teorização com a discussão sobre os momentos e períodos artísticos

da história do Teatro. Dessa forma a análise das diferentes formas de representação

como televisão, cinema é fundamental. O teatro não deve ser trabalhado na escola

somente como atividade espontânea ou de espetáculo comemorativo. O professor

desenvolverá o trabalho de modo que o aluno compreenda que as encenações

estão presentes desde os primórdios da humanidade. O trabalho poderá ser

realizado tomando como ponto de partida: uma obra da literatura dramática

universal, da literatura brasileira ou da oralidade (contos, lendas, cantigas

populares), letra de música, recorte de jornal, fotografia ou pintura que contenham

temas com situações relevantes, poderá ainda incentivar o processo de construção

da personagem, o enredo e etc. O professor trabalhará a formação da plateia de

modo que os alunos valorizem, compreendam e respeitem as obras teatrais como

parte integrante dos bens culturais. É preciso sempre levar em consideração a faixa

etária e a realidade dos alunos ao se trabalhar o teatro. Para a dramatização na

escola será mais evidenciado o processo de aprendizagem do que a finalização, a

montagem de uma peça; caso se evidencie a finalização da montagem ela poderá

ser exposta na escola como fruto de um trabalho realizado coletivamente.

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

d) Avaliação

De acordo com a LDB nº 9.394/96 em seu art. 24, inciso V a avaliação é

“continua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de

eventuais provas finais”. A Deliberação 07/99 – CEE em seu capítulo I; art. 8º almeja

o “desenvolvimento formativo e cultural do aluno” devendo “levar em consideração a

capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades

realizadas.

A concepção da avaliação para a disciplina de Arte proposta nas Diretrizes

Curriculares é diagnóstica e processual. A avaliação processual deve incluir formas

de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a

autoavaliação dos alunos. Assim, a avaliação em Arte supera o papel de mero

instrumento de medição da apreensão de conteúdos e busca propiciar

aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Ao ser processual e não

estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos discute as dificuldades e

progressos de cada um a partir da própria produção, de modo que leve em conta a

sistematização dos conhecimentos para compreensão mais efetiva da realidade. A

fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo são necessários vários

instrumentos de verificação como:

• Trabalhos artísticos individuais e em grupo;

• Pesquisas bibliográficas e de campo;

• Debates em forma de seminários e simpósios;

• Provas teóricas e práticas;

• Registros em forma de relatórios, gráficos, portfólios, audiovisual e

outros.

Deve-se levar em consideração a capacidade individual, o desempenho

do aluno e sua participação em todas as atividades propostas.

Assim, a avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de

medição da apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente

significativas para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros

comparativos entre os alunos discute dificuldades e progressos de cada um a partir

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

da própria produção, de modo que leva em conta a sistematização dos

conhecimentos para compreensão mais efetiva da realidade.

O método de avaliação proposta nas Diretrizes inclui observação e registro

do processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidas na

apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno

soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas

discussões em grupo. O aluno também deve elaborar seus registros de forma

sistematizada.

O professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os

alunos já conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento

musical, dançar, desenhar ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e

habilidades dos alunos para uma ou mais áreas da arte também devem ser

detectadas e reconhecidas pelo professor.

Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre

os colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se como referencia para o professor propor

abordagens diferenciadas,

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual ou do grupo, são

necessários vários instrumentos de verificação tais como:

• Trabalhos artísticos individuais e em grupo;

• Pesquisas bibliográficas e de campo;

• Debates em forma de seminários e simpósios;

• Provas teóricas e práticas;

• Registros em forma de relatórios, gráficos, portfólios, audiovisual e

outros.

Por meio desses instrumentos, será feito o diagnóstico necessário para o

planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando

as seguintes expectativas de aprendizagem:

• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e

sua relação com a sociedade contemporânea;

• A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua

realidade singular e social;

• Apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas

diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e

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consumo.

e) Bibliografia

HADDAD, Denise Akel; MORBRIN, Dulce Gonçalves. Arte de fazer Arte. Editora

Saraiva, 2001.

CALABIA, Carla Paula Brondi; MARTINS, Raquel Vale. Arte, História Produção.

São Paulo, Editora FTD S/A, 1997.

BRIOSCHI, Gabriela. Arte Hoje. São Paulo, Editora FTD S/A, 2003.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado da

Educação. Curitiba, 2008.

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CIÊNCIAS

a) Apresentação

A influência cada vez maior da Ciência e da tecnologia em nossas vidas e

a rapidez com que surgem as inovações nesses campos vem despertando um

intenso debate acerca do ensino de Ciências.

A poluição, a destruição dos ecossistemas e a perda da biodiversidade, os

danos causados pelo fumo, pelo álcool e por outros tóxicos, a necessidade de uma

nutrição equilibrada são alguns dos inúmeros problemas que afetam nossas vidas.

Para que essas questões sejam adequadamente compreendidas, são necessários

alguns conhecimentos de Ciências. Além disso, espera-se que todos estejam bem

informados para que, como membros de uma sociedade democrática possam

participar de forma esclarecida de decisões que interferem em toda a coletividade.

Por isso, o ensino de Ciências vem ganhando importância cada vez maior na

atualidade.

O ensino de Ciências constitui, portanto, um meio importante de preparar

o estudante para enfrentar os desafios que surgem em uma sociedade preocupada

em integrar, mais e mais, as descobertas científicas ao bem estar dos indivíduos.

Por isso, todos os estudantes, quaisquer que sejam suas aspirações, seus

interesses e suas atividades futuras, devem ter a oportunidade de adquirir

conhecimento básico das ciências naturais que lhes permitam não só compreender

e acompanhar as rápidas transformações tecnológicas como também participar de

forma esclarecida e responsável de decisões que dizem respeito a toda sociedade.

A Ciência está relacionada e integrada aos processos que constituem a

história da sociedade humana, bem como ao acervo de conhecimentos,

continuamente confirmados, retificados e também ao modo de pensar, de chegar a

conclusões coerentes a partir de premissas, de questionar preconceitos, de

estimular o equilíbrio entre novas ideias e as já estabelecidas.

Cabe a Ciência desenvolver o espírito científico através da observação e

da experimentação, oportunizando ao aluno a aquisição de uma série de hábitos,

habilidades e atitudes que contribuam para a formação de um individuo consciente

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do valor das ciências, na melhoria das condições de vida do homem, bem como o

uso da tecnologia para suprir as necessidades humanas, distinguindo usos corretos

e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e do homem.

Tendo a disciplina de Ciências como objeto de estudo o conhecimento

científico que resulta da investigação da natureza, cabe ao ser humano interpretar

racionalmente os fenômenos observados na natureza, resultantes das relações

entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, força, movimento,

campo, energia e vida.

Compreendendo assim, a natureza como um todo dinâmico e o ser

humano, em sociedade, como agente de transformação do mundo em que vive,

identificando as relações de interdependência entre todos os seres vivos, inclusive

nossa espécie e os demais elementos do ambiente, avaliando como o equilíbrio

dessas relações é importante para a continuidade da vida em nosso planeta.

Os conhecimentos adquiridos devem ser aplicados de forma responsável,

de modo que contribuam para a melhoria das condições gerais de toda a sociedade.

Dessa forma, o ensino de Ciências deixa de ser encarado como mera

transmissão de conceitos científicos, para ser compreendido como processo de

formação de conceitos científicos, possibilitando a superação das concepções

alternativas dos estudantes e o enriquecimento de sua cultura científica (LOPES,

1999). Espera-se uma superação do que o estudante já possui de conhecimentos

alternativos, rompendo com obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições

de estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, de saber utilizar

uma linguagem que permita comunicar-se com outro e que possa fazer da

aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.

A aprendizagem significativa no ensino de Ciências, implica no

entendimento de que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando

lhes atribui significados. Isso põe o processo de construção de significados como

elemento central do processo de ensino-aprendizagem.

Quando o estudante relaciona uma noção a ser aprendida com um

conceito já presente na sua estrutura cognitiva, ele incorpora “a substância do novo

conhecimento das novas idéias” e a esse processo denomina-se substantividade

(MOREIRA, 1999, p. 77).

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Sendo assim a Ciência é uma construção humana coletiva da qual

participam a imaginação, a intuição e a emoção. Como toda a construção humana, o

conhecimento científico está em permanente transformação. Os conteúdos

estruturantes devem-se fundamentar nas inter-relações dos conhecimentos

científicos das diferentes ciências de referências – Biologia, Física, Química,

Geologia, Astronomia, entre outras.

Propõe-se, então, que o ensino de ciências aconteça por integração conceitual e

que estabeleça relações entre os conceitos científicos escolares de diferentes

conteúdos estruturantes da disciplina (relações conceituais); entre eles e os

conteúdos estruturantes das outras disciplinas do Ensino Fundamental (relações

interdisciplinares); entre os conteúdos científicos escolares e o processo de

produção do conhecimento científico (relações contextuais).

As afirmações científicas são provisórias e nunca podem ser aceitas como

completas e definitivas e sim em constantes mudanças, daí a importância do

desenvolvimento dos seguintes conteúdos estruturantes que organizam os

conteúdos básicos e os específicos:

1 - ASTRONOMIA

A astronomia é uma das ciências de referencia para os conhecimentos sobre

a dinâmica dos corpos celestes.

Através de uma abordagem histórica traz as discussões sobre os modelos

geocêntrico e heliocêntrico e os métodos e instrumentos científicos, conceitos e

modelos explicativos que envolvem tais discussões.

Os fenômenos celestes são de grande importância e interesse aos

estudantes, porque por meio deles buscam-se explicações para acontecimentos

regulares da realidade, como o movimento do Sol, as fases da lua, as estações do

ano, as viagens espaciais, entre outros.

Esse conteúdo também possibilita estudos e discussões sobre a origem e

evolução do Universo.

2 - MATÉRIA

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O conteúdo estruturante Matéria propõe a abordagem de conteúdos que

privilegiam o estudo da constituição e propriedade dos corpos, permitindo o

entendimento não somente sobre as coisas perceptíveis, visíveis, mas indo além

daquilo que vemos, sentimos ou tocamos.

Através do conhecimento desse conteúdo, torna-se possível desenvolver

estudos sobre a conservação da matéria na natureza, despertando assim a

consciência sobre a importância da preservação do meio ambiente para a

manutenção da vida na Terra.

3 - SISTEMAS BIOLÓGICOS

O conteúdo estruturante Sistema Biológicos, aborda a constituição dos

organismos, seu funcionamento, componentes celulares e sistemas que constituem

os diferentes grupos de seres vivos.

Neste conteúdo abordam-se conteúdos básicos indispensáveis para o

entendimento do organismo como um sistema integrado, a fim de compreender o

funcionamento de cada sistema e das relações que formam o conjunto de que

integram o organismo vivo.

4 - ENERGIA

Neste conteúdo estruturante aborda-se o conceito de energia, bem como

suas formas de conversão, transmissão e conservação.

Busca-se compreender o conceito de energia em suas várias ocorrências

como por exemplo: energia nuclear, energia térmica, energia mecânica, energia

elétrica, energia luminosa,energia sonora.

Estudando-se energia e compreendendo seu conceito é possível prevenir ou

amenizar problemas ambientais relacionados à geração de energia, sua distribuição,

consumo e desperdicio.

5 – BIODIVERSIDADE

Esse conteúdo estruturante visa a compreensão do conceito de

biodiversidade e demais conceitos relacionados.

Espera-se que através desse conteúdo o aluno entenda o complexo sistema

que envolve a diversidade de espécies com o ambiente ao qual se adaptaram,

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viveram e ainda vivem e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm

sofrido transformações.

À medida que se amplia o conhecimento sobre a Biodiversidade, mais se tem

consciência da importância da preservação e dos cuidados para se manter o

equilíbrio ecológico dentro do ambiente em que vivemos.

b) Conteúdos por Série/Ano

5ª Série/6º ano

CONTEU DOS ESTRUTURANTES

Astronomia Matéria Sistema Biológicos

Energia Biodiversidade

CONTEU DOS BASICOS

-Universo -Sistema Solar -Movimentos terrestres -Movimentos celestes - Astros

-Constituição da Matéria

-Níveis de Organização Celular

-Formas de Energia -Conversão de Energia -Transmissão de Energia

-Organização dos Seres Vivos -Ecossistema -Evolução dos Seres Vivos

CONTEU DOS ESPECÍFI COS

-ocorrências astronômicas como fenômeno da natureza. -modelos científicos que explicam a origem e evolução do universo. -teorias do geocentrismo e heliocentrismo. -movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do sistema solar.

-Constituição e propriedades da matéria, suas transformações como fenômenos da natureza. -Constituição do planeta Terra, no que se refere à atmosfera e crosta , manto,núcleo,solo, rochas e minerais. -fundamentos teóricos da composição da água presente no planeta Terra.

-Constituição dos sistemas orgânicos fisiológicos como um todo integrado. -Características gerais dos seres vivos. -Teoria celular. -Níveis de organização celular:organismo, sistemas, órgãos, tecidos,células. -Conceitos de seres vivos unicelulares, pluricelulares, procariontes, eucariontes, autótrofos e heterótrofos.

-Conceito de energia. -Conversão de uma forma de energia em outra. -Conceito de transmissão de energia. -Energia mecânica, térmica, luminosa, nuclear, irradiação, convecção e condução.

-Diversidade das espécies e sua classificação. -Distinção entre ecossistema, comunidade e população. -Extinção das espécies. -Conceito de biosfera.

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6ª série/7º ano

CONTEU DOS ESTRUTU RANTES

Astronomia Matéria Sistema Biológicos

Energia Biodiversidade

CONTEU DOS BASICOS

-Movimentos terrestres -Movimentos celestes - Astros

-Constituição da Matéria

-Célula. -Morfologia e fisiologia dos seres vivos.

-Formas de energia. -transmissão de energia.

-Origem da vida. -Organização dos seres vivos. -sistemática.

CONTEU DOS ESPECÍFI COS

- Composição físico-química do Sol. -Noites e dias. -Eclipses do sol e da lua. -Estações do ano. -constelações.

-Constituição do planeta Terra primitivo antes do surgimento da vida. -Constituição da atmosfera terrestre primitiva. -Constituição dos componentes essenciais ao surgimento da vida. -Fundamentos da estrutura química das celulas.

- Constituição da célula. -Diferenças entre os tipos celulares. -Fenômenos da fotossíntese e dos processos de conversão de energia das células. -Relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais.

-Conceito de energia luminosa e sua importância para os seres vivos. -Fundamentos da luz, as cores, radiação ultravioleta e infravermelha. -Conceito de calor como energia térmica e suas relações com os sistemas endotérmicos e exotérmicos.

-Conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações com os seres vivos. -O ecossistema e os processos evolutivos. -Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas e filogenia. -Interações e sucessões ecológicas. Cadeia e teia alimentar. -Seres autótrofos e heterótrofos. -Eras geológicas. Teorias a respeito da origem da vida. -Geração espontânea e biogênese.

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7ª série/8º ano

CONTEU DOS ESTRUTU RANTES

Astronomia Matéria Sistema Biológicos

Energia Biodiversidade

CONTEU DOS BASICOS

-Origem e Evolução do Universo

-Constituição da Matéria

-Célula, Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos.

-Formas de Energia

Evolução dos Seres Vivos.

CONTEU DOS ESPECÍFI COS

-Teorias sobre a origem e a evolução do universo. -Relações entre as teorias e sua evolução histórica. -Teorias que consideram o universo inflacionário. -Teorias que consideram o universo cíclico.

-Conceito de matéria e sua constituição. -Modelos atômicos. -Átomos. -Elementos químicos. -Substancias químicas. -Ligações químicas. -Reações químicas. -Leis de conservação da massa. -Compostos orgânicos e as relações destes com a constituição dos seres vivos.

-Mecanismos celulares e sua estrutura. -Funções celulares. -Estrutura e funcionamento dos tecidos. -Fundamentos teóricos que descrevem o Sistema Digestório. -Fundamentos teóricos que descrevem o Sistema Cardiovascular. -Fundamentos teóricos que descrevem o Sistema Respiratório. -Fundamentos teóricos que descrevem o sistema Excretor e Urinário.

-Fundamentos da energia química e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento. -Relação dos fundamentos da energia química com a célula (ATP e ADP). -Fundamento da energia mecânica e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento.

-Teorias evolutivas.

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8ª série/9º ano

CONTEU DOS ESTRUTU RANTES

Astronomia Matéria Sistema Biológicos

Energia Biodiversidade

CONTEU DOS BASICOS

-Astros e Gravitação Universal

-Propriedades da Matéria

-Morfologia e fisiologia dos Seres Vivos. -Mecanismos de Herança Genética.

-Formas de Energia. -Conservação de Energia.

-Interações Ecológicas.

CONTEU DOS ESPECÍFI COS

-Fundamentos de classificação cosmológica( galáxias, planetas, asteroides, meteoros, meteoritos, entre outros). -Leis de Kepler para as órbitas dos planetas. -Leis de Newton (Gravitação Universal). -Fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés.

-Propriedades da matéria: compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor, textura e odor. -Massa. -Volume. -Densidade.

-Fundamentos teóricos que descrevem o sistema nervoso. -Fundamentos teóricos que descrevem o sistema sensorial. -Fundamentos teóricos que descrevem o sistema reprodutor. -Fundamentos teóricos que descrevem o sistema endócrino. -Fundamentos teóricos que descrevem o sistema locomotor.

-Sistemas conversores de energia. -Fontes de energia e sua relação com a lei de conservação. -Relações entre sistemas conservativos. -Conceitos de movimentos, deslocamento,velocidade, aceleração, trabalho e potência.

- Fundamentos teóricos que descrevem os ciclos biogeoquímicos (ciclos da água, carbono, nitrogênio, oxigênio, etc) -Relações interespecíficas (predação, parasitismo, protocooperação, inquilinismo, comensalismo, mutualismo e herbivoria). -Relações intraespecíficas (competição, canibalismo, colônia e sociedade).

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c) Metodologia

O estudo de Ciências deve orientar-se por uma abordagem crítica, que

considere a prática social do sujeito histórico, priorizando na escola os conteúdos

historicamente construídos. Os meios metodológicos, sempre que possível, devem

estar relacionados com os acontecimentos do dia-a-dia.

É essencial também considerar o desenvolvimento cognitivo dos

estudantes relacionando às suas experiências, sua idade, sua identidade cultural e

social e os diferentes significados e valores que a Ciência pode ter para eles, para

que a aprendizagem seja significativa.

No ensino de Ciências, alguns aspectos são considerados essenciais

tanto para a formação do professor quanto para a atividade pedagógica. Dentre eles

destacam-se: a história da Ciência, a divulgação científica e atividade experimental.

Tais aspectos não se dissociam em campos isolados, mas, relacionam-se e

complementam-se na prática pedagógica.

É necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos

em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas do

conhecimento físico, químico e biológico, mas visando uma abordagem integradora.

Tais conteúdos podem ser entendidos a partir da mediação didática

estabelecida pelo professor de Ciências, fazendo uso de estratégias que procurem

estabelecer relações interdisciplinares e contextuais, envolvendo dessa forma,

conceitos de outras disciplinas e questões tecnológicas, sociais, culturais, éticas e

políticas.

No âmbito de relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho

docente, será previsto a abordagem da Cultura e História Afro-Brasileira (Lei

10.639/03), História e Cultura dos Povos Indígenas (Lei 11.645/08), Educação

Ambiental (Lei 9.795/99), Sexualidade Humana e Prevenção ao Uso Indevido de

Drogas.

O professor, como responsável pela mediação entre o conhecimento

científico escolar representado por conceitos e modelos e as concepções

alternativas dos estudantes, deve utilizar encaminhamentos metodológicos e

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recursos diversos, planejados com antecedência, para assegurar a interatividade no

processo ensino-aprendizagem e a construção de conceitos de forma significativa

pelos estudantes. É importante que o professor tenha autonomia para fazer uso de

diversas abordagens, de modo que o processo ensino-aprendizagem em Ciências

resulte de uma rede de interações sociais entre estudantes, professores e o

conhecimento científico escolar selecionado para o trabalho em um ano letivo.

Nesse sentido, algumas possibilidades são: as observações; o trabalho de

campo; os jogos de simulação; visitas à industrias e fazendas; projetos; produção de

textos; palestras; debates; seminários; aulas práticas; pesquisas; feiras de ciências;

montagens de painéis e murais.

O processo ensino-aprendizagem pode ser melhor articulado com o uso

de recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como:

livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras revistas em quadrinhos,

música, quadro de giz, mapas ( geográficos, sistemas biológicos, entre outros),

globo, modelos didáticos ( torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento

embrionário, entre outros), microscópio, lupa, televisor, computador, DVD,

retroprojetor, organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas,

gráficos, tabelas, infográficos, entre outros.

Diante de todas essas considerações propõem-se alguns elementos da

prática pedagógica a serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a

abordagem problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a

pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a a observação, a atividade

experimental, os recursos instrucionais e o lúdico entre outros.

d) Avaliação

A avaliação é um elemento do processo ensino/aprendizagem e, de

acordo com a LDB, deve ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do

estudante, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A avaliação

informa ao professor o que foi aprendido pelo estudante, informa ao estudante quais

são seus avanços, suas dificuldades e possibilidades, encaminha o professor para a

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reflexão sobre a eficácia de sua prática educativa e, desse modo orienta o ajuste de

sua intervenção pedagógica para que o estudante aprenda.

Para essa tarefa, o professor deve utilizar os mais variados instrumentos,

com a condição de que eles sejam bem elaborados e adequados às suas

finalidades, sem subterfúgios, sem enganos, sem complicações desnecessárias,

sem armadilhas, preparando assim avaliações intencionais e bem planejadas. Esse

processo de avaliação requer instrumentos e estratégias que:

• ofereçam desafios, situações problemas a serem resolvidas;

• sejam contextualizadas, coerentes com as expectativas de

ensino/aprendizagem

• possibilitem a identificação de conhecimentos do aluno e as estratégias

por ele empregadas

• possibilitem que o aluno reflita, elabore hipóteses, expresse seu

pensamento;

• permitam que o aluno aprenda com o erro;

• exponham, com clareza, o que se pretende;

• revelem claramente, o que e como se pretende avaliar.

Dessa forma, os instrumentos bem planejados e elaborados com certos

requisitos da Ciência, coletarão verdadeiramente os dados da aprendizagem dos

educandos, o que garantirá, por sua vez, um juízo qualitativo correto sobre a

aprendizagem dos educandos e sua reorientação, caso seja necessário, bem como

a recuperação dos conteúdos que não foram assimilados.

Em Ciências são muitos os instrumentos de avaliação possíveis tais como:

� projeto de pesquisa bibliográfica;

� atividade de leitura compreensiva de textos;

� produção de texto;

� palestra/apresentação oral;

� atividades experimentais;

� projeto de pesquisa de campo;

� relatório;

� seminário;

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� debate;

� atividades a partir de recursos audiovisuais;

� trabalho em grupo;

� questões discursivas;

� questões objetivas.

Avaliar no ensino de Ciências significa intervir no processo

ensino/aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos

conteúdos científicos escolares e do objeto do estudo de Ciências, visando uma

aprendizagem realmente significativa para sua vida.

e) Bibliografia

FAVALLI, Leonel Delvai; PESSÔA, Karina Alessandra; ANGELO, Elisangela

Andrade. Ciências – Coleção Projeto Radix. São Paulo: Scipione, 2009.

FIGUEIREDO, Maria Teresinha; CONDEIXA, Maria Cecília Guedes. Ciências –

Coleção Atitude e Conhecimento. 1 ed. - São Paulo: FTD, 2009.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado da

Educação. Curitiba, 2008.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

a) Apresentação

Para que se compreenda o momento atual de Educação Física é

necessário considerar a corporalidade e suas origens no contexto brasileiro,

abordando as principais influências que marcam e caracterizam esta disciplina e os

novos rumos que estão se delineando. Sendo assim, a Educação Física, na

perspectiva de disciplina articuladora, não pode ser entendida somente como prática

dos movimentos, pois ela por si só não garante efetivamente a sistematização do

conhecimento. A ginástica, o esporte, a dança, os jogos, as brincadeiras e

brinquedos e o conhecimento do corpo, não podem ser pensados unicamente em si;

são antes de tudo componentes da cultura humana, da cultura corporal, e assim

devem ser dimensionadas levando-se em conta a multiplicidade de experiências

manifestadas pelo corpo os quais permeiam estas praticas, ou seja, manifestam-se

expressões de alegria, raiva, dor, violência, preconceito, sexualidade dentre outras

que tem sentido amplo no corpo e são historicamente produzidos. De forma alguma,

isto quer dizer que se deva implementar somente aulas teóricas de Educação Física.

A reflexão, organização e registro do professor e dos alunos são elementos

fundamentais para estabelecimento da relação teórica e prática no ensino desta

disciplina.

É fundamental que a disciplina de Educação Física proporcione aos

alunos um reconhecimento consciente da expressividade corporal que possibilite

uma autoestima corporal e autonomia que direciona para limites e possibilidades de

expressão dos indivíduos. Onde o aluno deve ser construído e não manipulado,

desenvolvido e não atrofiado nas ações e movimentos, desenvolvendo assim

grandezas físicas, psíquicas e emocionais fundamentais para formação do cidadão.

Tendo para isso os seguintes elementos articuladores para a educação básica:

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Dança

É uma das formas mais primitivas de representação da cultura de diversos

povos. A dança também atende a interesses da economia capitalista, porque se

vincula aos modismos do mercado.

A dança será abordada nas aulas de Educação Física, em sua dimensão

cultural, social e histórica, de modo à ressignificar valores, sentidos e códigos

sociais.

Como linguagem social, a dança permite a transmissão de sentimentos e

expressão de afetividade nas esferas do trabalho, da religiosidade, dos costumes, e

podem ser marcadas singularmente pela criação de gestos que caracterizam um

sujeito.

Nas situações em que houver oportunidade de teorizar a dança, o

professor poderá aprofundar com os alunos uma consciência crítica e reflexiva sobre

este significante.

Esporte

Como conteúdo da Educação Física, o esporte deve propiciar uma leitura

do fenômeno esportivo para compreensão de sua complexidade social, histórica e

política. Busca-se que o aluno tenha um entendimento crítico das manifestações

esportivas, as quais devem ser tratadas de forma ampla; isto é, desde sua condição

técnica, tática, seus elementos básicos, até o sentido da competição esportiva, a

expressão social e histórica e sua significação cultural como fenômeno de massa.

O ensino da Educação Física é mais do que prática esportiva e

transmissão de habilidades e técnicas, portanto, deve incluir uma reflexão crítica nas

aulas; na prática esportiva, é preciso combater signos sociais que expressam

preconceito racial e/ou étnico, discriminação entre gêneros, violência moral

decorrente da singularidade entre o grupo. Assim o esporte, como conteúdo da

Educação Física, deve estar acessível em igualdade de condições para todos os

alunos.

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O esporte na escola pode contemplar os princípios da competição, mas

principalmente deve ser pensado para a coletividade, conforme as necessidades de

toda a turma, sejam elas de divertimento, de prazer e de recriação.

Ginástica

A ginástica busca promover, por meio dos exercícios físicos a saúde do

corpo e hábitos saudáveis, a fim de torná-lo forte e útil.

Na escola desenvolvem-se técnicas que padronizam os movimentos, que

ensinam o aluno como adquirir forças, armazenar e economizar energias; que

educam o corpo, sobretudo a serviço da produção.

A ginástica como conteúdo da Educação Física, permite diversas

possibilidades de movimentos corporais nas aulas, sejam elas: ginásticas artísticas,

ginásticas rítmicas, ginástica geral, ginástica localizada, hidroginástica, antiginástica,

ginástica aeróbica e suas variantes.

Propõe-se que a ginástica e suas modernas variações sejam

desmistificadas para que se atendam às demandas da realidade escolar. Por meio

da ginástica, o professor poderá organizar a aula de forma que alunos se

movimentem, descubram e reconheçam as possibilidades e limites do próprio corpo.

Trata-se de um processo pedagógico que propicia à interação, o conhecimento, a

partilha de experiências, a reflexão, para uma visão crítica que implique diversas

possibilidades de significação e representação.

Das práticas corporais da ginástica, podem emergir questões importantes.

Entre elas, destacam-se: a crítica à lógica do sacrifício e do sofrimento – não

somente físico -; o excesso de exercícios que aumentam o risco de lesões graves e

a possível degradação do corpo o uso de meios artificiais, como anabolizantes que

aceleram a almejada performance corporal, devendo-se discutir com os alunos os

danos que o uso dessas substâncias causam no organismo.

Jogos e brincadeiras

Como conteúdos, os jogos e as brincadeiras devem ser abordados

conforme a realidade regional e cultural do grupo. Recomenda-se como ponto de

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partida, levantar dados e valorizar manifestações peculiares ao grupo, que

expressem características de seu ambiente cultural.

Os jogos e brincadeiras comportam regras, mas deixam um espaço de

autonomia para que sejam adaptados, conforme os interesses dos participantes.

Torna-se importante, então, que os alunos auxiliem na reconstrução dessas regras,

segundo as necessidades e desafios estabelecidos.

Brincar torna o aluno capaz de estabelecer conexões entre o imaginário e

o simbólico.

Lutas

A proposta é de valorizar a origem das lutas como produção cultural e

considerar suas representações históricas e simbólicas.

Tanto as lutas ocidentais como as orientais surgiram de necessidades

sociais, em um dado contexto histórico, influenciadas por fatores econômicos,

políticos e culturais.

Espera-se que o professor oriente o processo pedagógico de modo a

contribuir para que os alunos desenvolvam um senso critico tal que as lutas possam

ser revestidas de um valor simbólico voltado ao respeito pela integridade física, e

que não despertem no aluno o sentido de violência em suas relações sociais.

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b) Conteúdos por Série/Ano

5ª séries/6º ano

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Esporte Coletivos

• Futsal: historia do esporte, fundamentos básicos (passe, recepção e domínio de bola, condução, drible, finta e chute), sistemas defensivos e ofensivos, prática de jogo com regras oficiais e modificadas.

• Basquete: história do esporte, fundamentos básicos (manejo de corpo e de bola, dribles, passes, arremessos e rebotes), sistemas ofensivos e defensivos do esporte, prática de jogo com as regras oficiais e modificadas.

• Handebol: história do esporte, fundamentos básicos (recepção baixa, média e alta, arremessos, fintas, progressão com a bola), sistema defensivo e ofensivo, prática de jogo com regras oficiais e modificadas.

• Voleibol: história do esporte, fundamentos básicos (recepção, toque, manchete, saque por baixo, rodízio), sistemas defensivos e ofensivos, prática de jogo com regras oficiais e modificadas.

Individual • Atletismo: história do esporte, arremessos, saltos e corrida (aeróbica – 5 min. e anaeróbica)

Jogos e brincadeiras

Jogos cooperativos, recreativos e predesportivos

• Corrente, futmão, gol móvel, basquete quicado e pega-pega em grupo, pique dos pernetas, queimada, voleibol gigante.

Jogos de tabuleiros Xadrez

• Movimentação das peças, xeque, xeque mate, sistemas táticos básicos de jogo, prática de jogo com regras oficiais.

Ginásticas Ginástica de

condicionamento físico

• Ginástica localizada aeróbica, corretiva e alongamento.

Dança Dança criativa

• Elementos de movimentos (tempo, espaço), improvisação e expressão corporal, improvisação de passos e montagem de coreografias e história da dança.

Lutas

Lutas que mantém a distância

• Historia e origem das lutas: karatê, boxe, muay thai e taekwondo

Capoeira • Historia e origem da capoeira (regional)

Saúde

Temas referentes a

saúde

• Nutrição e saúde. • Alimentação saudável e controle de peso.

Exame

biométrico • Altura e peso corporal.

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

6ª série/7º ano

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Esporte Coletivos

• Futsal • Basquete • Handebol • Voleibol

Individual • Atletismo

Jogos e

brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares

• Bets, peteca, queimada, pega-pega.

Brincadeiras e cantigas de roda

• Escravo de Jô.

Jogos de estafeta • Corrida de bastão e passe a bola. Jogos de tabuleiro • Dama, trilha e xadrez.

Ginásticas Ginástica de

condicionamento físico

• Importância da ginástica para o ser humano, ginástica localizada e aeróbica, corretiva e alongamento.

Dança

Dança criativa

• Elementos de movimentos (tempo, espaço), qualidade de movimento, atividade de expressão corporal e importância da dança para o ser humano.

Danças folclóricas • Quadrilha e balainho.

Dança de rua • Hip hop e street dance.

Lutas Lutas de aproximação

• Judô, luta olímpica, jiu-jitsu e sumo – conhecimento teórico.

Capoeira • Jogos recreativos – luta da galinha. • Expressão cultural – imitando os animais.

Saúde

Noções básicas

• Exame biométrico. • Por uma vida mais saudável (obesidade). • Atividades físicas e saúde. • Desvios da coluna vertebral. • Nutrição e atividades físicas.

Distúrbios alimentares

• Bulimia. • Anorexia • Vigorexia.

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40

ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

7ª série/8º ano

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Esporte Coletivos

• Futsal • Basquete • Handebol • Voleibol

Individual • Atletismo

Jogos e

brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares

• Bets, peteca, queimada, pega-pega, duro e mole.

Brincadeiras e cantigas de roda

• Escravo de Jô.

Jogos de salão • Dominó. Jogos de tabuleiro • Dama, trilha e xadrez.

Ginásticas Ginástica de

condicionamento físico

• Importância da ginástica para o ser humano, ginástica localizada e aeróbica, corretiva e alongamento.

Dança Dança criativa

• Elementos de movimentos (tempo, espaço), qualidade de movimento, improvisação, atividade de expressão corporal e importância da dança para o ser humano.

Danças folclóricas • Quadrilha.

Lutas

Lutas que mantém a distância

• Karatê, boxe, muay thai, taekwondo – conhecimento teórico.

Capoeira • Jogos recreativos – a capoeira como luta

marcial brasileira (regional e angola). Lutas com

instrumento mediador • Esgrima e kendô – conhecimento teórico.

Saúde Noções básicas

• Exame biométrico. • Transtornos alimentares • Qualidades físicas • Frequência cardíaca e faixa pessoal de

treinamento • Ansiedades, stress e depressão • Caminhadas • Sistema esquelético • Condicionamento físico • Lesão no esporte

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41

ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

8ª série/9º ano

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Esporte Coletivos

• Futsal • Basquete • Handebol • Voleibol

Individual • Atletismo

Jogos e

brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares

• Bets, peteca, queimada.

Brincadeiras e cantigas de roda

• Escravo de Jô.

Jogos de tabuleiro • Dama, trilha e xadrez.

Jogos cooperativos • Corrente, dono da rua, dono da quadra, cara

careta.

Ginásticas

Ginástica de condicionamento

físico

• Alongamento, ginástica aeróbica, ginástica localizada, pelar corda.

Ginástica rítmica • Corda, arco, bastão

Dança Dança criativa

• Elementos de movimentos (tempo, espaço), qualidade de movimento, improvisação, atividade de expressão corporal.

Danças folclóricas • Quadrilha.

Lutas Capoeira • Regional e angola.

Saúde Noções básicas

• Exame biométrico. • Índice de massa corporal • Importância de uma boa alimentação • Hábitos saudáveis e higiene • Primeiros socorros.

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

c) Metodologia

A Educação Física, enquanto ciência prioriza o movimento humano,

sobrepondo a formação humana do aluno em amplas dimensões. Partindo deste

pressuposto, os conteúdos serão trabalhados através de: exposições orais,

trabalhos individuais, duplas, pequenos e grandes grupos com e sem elementos,

demonstrações práticas, jogos inter-classes, campeonatos, filmes, apostilas,

transparências, pesquisas, tendo a preocupação de ressaltar o conhecimento e seu

significado na sociedade, oportunizando ao aluno o crescimento no contexto social e

desenvolvendo a expressividade corporal, permitindo ao aluno a exploração motora,

as descobertas em sua realização, vivendo através das atividades propostas,

momentos que lhe deem condições de criar novos caminhos a partir das

experiências vivenciadas elaborando novas formas de movimento, podendo assim,

atingir níveis mais elevados em seu conhecimento. Propondo para isso os

problemas sociais contemporâneos, assim como a diversidade étnico-cultural, que

serão abordados de forma contextualizada, articulados ao objetivo de estudo desta

disciplina.

d) Avaliação

A avaliação estará a serviço da aprendizagem de todos os alunos e será

formativa, contínua, participativa, descentralizada e fomentadora da compreensão

do ser humano em sua totalidade, representando um instrumento de diagnose e

realimentação, ponto de partida para uma ação voltada para a cidadania. Assim a

avaliação estará em sintonia direta com os principais, conteúdos e objetivos que

expressem por sua vez, uma concepção de Educação Física numa perspectiva

contextualizada, visando fornecer informações que permitam compreender melhor

cada aluno e entendê-lo nas suas relações. Portanto a avaliação será processada

pelo professor levando-se em conta o comprometimento e envolvimento do aluno

nas atividades práticas e teóricas da disciplina.

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

e) Bibliografia

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado da

Educação. Curitiba, 2008.

BREGOLATO, Roseli Aparecida. Textos de Educação Física para a Sala de Aula.

Cascavel, ASSOESTE, 1994.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno do Ensino fundamental, 7,

Educação Física. Curitiba, 1994

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

ENSINO RELIGIOSO

a) Apresentação

A disciplina “ENSINO RELIGIOSO” pretende contribuir para o

reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas advindas da

elaboração cultural dos povos (Artigo 5º, inciso VI da Constituição Brasileira), bem

como, possibilitar o acesso às diferentes fontes da cultura, sobre o fenômeno

religioso.

Considerando que o conhecimento religioso insere-se como patrimônio da

humanidade, o Ensino Religioso, em seu currículo, visa propiciar aos educandos a

oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem

em relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de tal

forma que tenham a amplitude da própria cultura em que se insere.

Essa compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural

religiosa, em suas relações éticas e sociais diante da sociedade, fomentando

medidas de repúdio a toda e qualquer forma de preconceito e discriminação, e o

reconhecimento de que, todos nós somos portadores de singularidade.

Os conteúdos estruturantes de Ensino Religioso são as referências

basilares para a compreensão do objeto de estudo do Ensino Religioso (O Sagrado),

bem como, apresentam-se como orientadores para a definição dos conteúdos

escolares.

Os conteúdos estruturantes propostos são:

• A paisagem religiosa – refere-se à materialidade fenomênica do

sagrado, a qual é apreendida através dos sentidos.

• Universo simbólico Religioso - é apreensão conceitual através da

razão pela qual concebe-se o sagrado pelos seus predicados e se

reconhece a sua lógica simbólica. Entende-se como sistema simbólico e

projeção cultural.

• Texto Sagrado – refere-se à tradição e à natureza do sagrado

enquanto fenômeno. Nesse sentido é reconhecido através das Escrituras

Sagradas, das Tradições Orais Sagradas e dos Mitos.

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

Os Textos Sagrados são uma referência importante para a disciplina de

Ensino Religioso, pois permitem identificar como a tradição e a

manifestação atribuem às práticas religiosas o caráter sagrado e em que

medida orientam ou estão presentes nos ritos, nas festas, na organização

das religiões, nas explicações da vida e da morte.

b) Conteúdos por Série/Ano

5ª série/6º ano

Organizações Religiosas

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos de modo institucionalizados. Serão tratadas como conteúdos, sob a ênfase das principais características, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado. Poderão ser destacados:

• Os fundadores e/ou lideres religiosos – o professor enfatizará as implicações da relação que eles estabeleçam com o sagrado, quanto a sua visão de mundo, atitudes, produções escritas, posições político-ideológica, etc. Entre os exemplos de organizações religiosas mundiais e regionais e seus respectivos lideres estão: o budismo (Sidarta Gautama), o Cristianismo (Cristo), o confucionismo (Confúncio), o espiritismo (Allan Kardec), taoismo (Lao Tsé);

• As estruturas hierárquicas.

Lugares sagrados

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais, destacam-se:

• Lugares na natureza – rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc. • Lugares construídos – templos, cidades sagradas, sinagogas,

mesquitas, cemitérios, catacumbas, criptas e os mausoléus. Para as culturas indígenas e aborígenes, por exemplo, os rios , montanhas, campos, etc., são extensões das divindades e, por essa razão, são sagrados.

Textos Sagrados orais ou escritos

São ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas religiosas, expressos na literatura oral e escrita, como em cantos, narrativas, poemas, orações, pinturas rupestres, tatuagens, histórias da origem de cada povo contada pelos mais velhos, escritas cuneiformes, hieróglifos egípcios, etc. Entre eles, destacam os textos grafados tal como o dos Vedas, o Velho e o Novo Testamento, o Torá, o Al Corão e também os textos sagrados das tradições orais das culturas africana e indígena.

Símbolos Religiosos

São linguagens que expressam sentidos, comunicam e exercem papel relevante para a vida imaginativa e para a constituição das diferentes religiões no mundo. O símbolo pode ser uma palavra, um som, um gesto, um ritual, um sonho, uma obra de arte, uma notação a matemática, cores, textos e outros que podem ser trabalhados conforme os seguintes aspectos:

• dos ritos; • dos mitos; • do cotidiano.

Entre os exemplos a serem apontados, estão a arquitetura religiosa, os mantras, os paramentos, os objetos, etc.

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

6º série/7º ano

Temporalidade sagrada

O que diferencia o tempo Sagrado do tempo profano é a falta de homogeneidade e continuidade. Enquanto o homem, em sua vida profana experimenta a passagem do tempo em que, basicamente, um momento é igual ao outro, na vida religiosa o homem experimenta momentos diferentes. Os momentos das atividades ordinárias como o trabalho, a alimentação e o estudo. Nos ritos, nas festas, nas orações, o homem experimenta um momento especial que pode ser sempre recuperado em outra ocasião. Por essa razão, os ritos são periódicos. O tempo profano, por sua vez, não pode nunca ser recuperado. Ele dá lugar ao presente em que está. Pode ser trabalhado o evento da criação nas diversas tradições religiosas, os calendários e seus tempos sagrados (nascimento do líder religioso, passagem do ano, datas de rituais, festas, dias da semana, calendários religiosos). Podemos citar o Natal (Cristão), KumbaMela (hinduísmo), Losar (passagem do ano tibetano) e outros.

Festas Religiosas

São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos períodos ou datas importantes. Entre eles destacam-se:

• peregrinações; • festas familiares; • festas nos templos; • datas comemorativas.

Entre os exemplos estão Festa do Dente Sagrado (Budista), Ramadã (Islâmica), Kuarups (indígena) Festa de Iemanjá (afro-brasileira), Pessach (judaica), Natal (cristã).

Ritos

São celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um conjunto de rituais. Os ritos são um dos itens responsáveis pela construção dos espaços sagrados. Dentre as celebrações dos rituais nem todos possuem a mesma função. Destacam-se:

• os ritos de passagem; • os mortuários; • os propiciatórios, entre outros.

Entre os exemplos estão a dança (Xire), o candomblé, o kiki (kaingang, ritual fúnebre), a Via Sacra, o festejo indígena da colheita, etc.

Vida e Morte

As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado podem ser trabalhadas sob as seguintes interpretações: o sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas, a reencarnação, além da morte, ancestralidade, espíritos dos antepassados que se tornam presentes, ressurreição, cada cultura/organização religiosas encara a questão da morte e a maneira como lidam com o culto aos mortos, finados e dias especiais para tal relação.

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

c) Metodologia

O encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso

pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão este trabalho. Os

conteúdos deverão ser trabalhados considerando os alunos como participantes

ativos do processo, valorizando o conhecimento prévio no momento da introdução

dos mesmos. Através de exposição oral, leituras, interpretação de textos, trabalho

individual ou em grupo, com diálogos e cooperação, entre todos, poesias, figuras,

cartazes e desenhos referentes aos conteúdos. As práticas pedagógicas

desenvolvidas pelo professor poderão fomentar a respeito das diversas

manifestações religiosas mais comuns, que já fazem pare do universo cultural da

comunidade escolar, contribuindo assim, com o alargamento da compreensão e do

conhecimento respeito da diversidade religiosa e dos múltiplos significados do

sagrado.

Os conteúdos apresentados contemplam as diversas manifestações do

sagrado, entendidos, como integrantes do patrimônio cultural que poderão ser

enriquecidos pelo professor, desde que contribuam para a construção, a reflexão e a

socialização do conhecimento religioso, proporcionado assim, conhecimento que

favoreça a formação integral dos educandos, o respeito e o convívio com o diferente.

A linguagem a ser utilizada nas aulas é a pedagógica e não a religiosa,

referente a cada expressão do sagrado, adequada ao universo escolar.

O professor deverá estabelecer uma relação pedagógica com os

conhecimentos que compõem o universo sagrado das manifestações religiosas,

como construção histórico-social, agregando-se ao patrimônio cultural da

humanidade.

A construção e a socialização do conhecimento religioso é subsidiado por

meio de esclarecimento do professor, do compartilhar de experiências entre os

alunos, da pesquisa em diversas fontes, leitura e interpretação de textos, análise de

fotos, ilustrações e objetos simbólicos, confecção de cartazes, álbuns, acesso a

filmes, entre outros.

Convém esclarecer que os conteúdos a serem ministrados nas aulas de

Ensino Religioso não têm o compromisso de legitimar uma manifestação do sagrado

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

em detrimento de outra, uma vez que a escola não é um espaço de doutrinação,

evangelização, de expressão de ritos, símbolos, campanhas e celebrações.

Os problemas sociais contemporâneos, assim como a diversidade étnico-

cultural serão abordados de forma contextualizada, articulado ao objeto de estudo

desta disciplina.

d) Avaliação

A avaliação não se constitui objeto de aprovação, não tendo registro de

notas. Serão avaliados, levando em conta o conhecimento anterior dos alunos,

sendo processual, progressiva e permanente, significa dizer que o que se busca

com a avaliação é identificar em que medida os conteúdos possam ser referências

para uma melhor cooperação, integração e compreensão das manifestações do

sagrado pelos alunos.

Dentre as orientações metodológicas para a disciplina, faz-se necessário

destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados, uma vez que este

componente curricular não tem a mesma orientação das disciplinas no que se refere

a atribuição de notas e/ou conceitos, ou seja, a disciplina de Ensino Religioso não se

constitui como um objeto de promoção ou retenção, bem como não terá registro de

notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica pelo caráter facultativo

da matrícula.

Mesmo assim ela não deixa de ser um dos componentes do processo

educativo, pois cabe ao professor, através de questionamentos, trabalhos em

grupos, apresentações, elaboração de textos, permitir ao aluno expressar com

liberdade a sua opção, de formular seus próprios conceitos, elementos estes que

venham contribuir no estabelecimento das relações democráticas e humanizadoras

entre os educandos e o seu contexto social.

Nesta perspectiva, o professor de Ensino Religioso, obterá também

indicativos importantes para sua autoavaliação, que orientará a continuidade do

trabalho ou a reorganização dos mesmos, bem como permitam a escola, ao aluno,

aos pais ou responsáveis, identificarem os progressos obtidos com e na disciplina.

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

e) Bibliografia

AQUINO, Felipe; Sabedoria em Parábolas. 2ª edição, Lorena/SP: Cleófalas, 2001.

CARNIATO, Maria Inês; Coleção Ensino Religioso Fundamental. São Paulo:

Paulinas, 2005.

________ Diálogo – Revista de Ensino Religioso. São Paulo. Paulinas.

________ Caderno de Valores Humanos

________ Proposta Pedagógica do Ensino Religioso. Assintec, 2005.

________ Caderno Pedagógico: A pessoa: O Encontro consigo mesma. Assintec.

________ Pedagogia de Projetos Interdisciplinares. Editora Rideel.

________ Caderno de Atividades, Educação Religiosa: Assintec, 1995.

OLIVEIRA, Ivani de. História para Encantar. 2ª edição, São Paulo: Paulinas, 2003.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado da

Educação. Curitiba, 2008.

PEREZ, Esclarin Antônio; Educar para Humanizar. São Paulo: Paulinas, 2006.

________ Cartilha: Diversidade Religiosa e Direitos Humanos. Assembléia

Legislativa do Estado do Paraná, 2005.

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

GEOGRAFIA

a) Apresentação

Desde os primórdios da Terra, o homem e a natureza tiveram uma relação

socioespacial como forma de sobrevivência e perpetuação da espécie humana.

Por vários séculos esta relação ocorreu de forma passiva, onde as

transformações acarretadas pelo homem eram absorvidas pela natureza.

Com o advento da Revolução Industrial essa relação passou a ser mais

ativa, pois a necessidade voraz de aquisição de riqueza fez com que essa natureza

passasse a ser cada vez mais explorada e, não mais conseguisse se recompor na

mesma intensidade.

Acreditava-se, no entanto, que com o desenvolvimento cientifico e

tecnológico, o homem conseguisse recuperar a natureza e ao mesmo tempo elevar

as condições de vida e bem-estar da humanidade. Essa crença foi destruída pelo

panorama de um mundo em que as desigualdades, tanto entre as camadas da

população quanto entre os países ou continentes, tornam-se cada vez mais

profundas.

No limiar do século XXI, a Geografia aparece como uma importante

ferramenta de análise, conscientização e, principalmente, de alerta contra os abusos

cometidos na natureza, ainda mais intenso e tendo na Globalização da economia e

na mundialização da cultura, dois novos integrantes ao já imenso rol de participantes

desse processo destrutivo.

Em decorrência dessa globalização, as fronteiras, pouco a pouco foram

perdendo sua importância econômica e as pessoas passaram a ter suas vidas

afetadas por atos e fatos ocorridos no âmbito global. Nesse mundo, cresce a

complexidade das relações, entre os homens, entre o homem e a natureza ou entre

Estado-Nação.

De acordo com as Diretrizes Curriculares do Paraná, o Espaço Geográfico

é o objeto de estudo da Geografia e deve ser “entendido como o espaço produzido e

apropriado pela sociedade” (LEFEBVRE, 1974), composto pela inter-relação entre

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e sistemas de ações – relações

sociais, culturais, políticos e econômicos” (SANTOS, 1996).

Mantendo a mesma linha de raciocino, o autor faz ainda o seguinte

apontamento:

O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo a natureza era selvagem, formada por objetos naturais, que ao longo da história vão sendo substituídos por objetos técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina. (SANTOS, 1996 P. 71)

Vale destacar que é no espaço geográfico que as atividades humanas e

as manifestações da natureza se realizam.

Segundo Andrade (1992, p. 18), cabe a Geografia:

“... estudar as relações entre a sociedade e a natureza,analisar a forma como a sociedade atua,criticando os métodos utilizados e indicando as técnicas e as formas sociais que melhor mantenham o equilíbrio biológico e o bem estar social. Ela é a ciência eminentemente política, no sentido aristotélico do termo, devendo indica caminhos a sociedade, nas formas de utilização da natureza. daí admitiu que a Geografia fosse eminentemente uma ciência social da sociedade”.

Inseridos nesse contexto, os conceitos de paisagem, região, território,

lugar, sociedade e natureza devem receber uma atenção especial, pois eles

compõem o pensamento e ultrapassam a condição de conceitos básicos da

Geografia, de modo que se tornam categoria de análise do espaço geográfico.

Portanto, entender as transformações ocorridas nesse espaço, bem como,

sua organização é fundamental para a construção de um cidadão consciente e

crítico em relação a essas questões.

Portanto, para a formação de um aluno consciente das relações

socioespaciais de seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro

conceitual das abordagens críticas dessa disciplina; para tanto é necessário à

análise dos conflitos e contradições sociais, econômicas, culturais e políticas que

constituem um determinado espaço.

Considerando que o objeto de estudo/ensino é o espaço geográfico e da

concepção teórica assumida, a Geografia, assim como as demais disciplinas,

necessitava de elementos norteadores para o desenvolvimento dos conteúdos, para

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

que os mesmos não fossem trabalhados de forma fragmentada. Para que isso não

ocorresse foram estabelecidos os Conteúdos Estruturantes.

Entende-se por Conteúdos Estruturantes, os conhecimentos de grande

amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina

escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e

ensino. São, portanto, dimensões geográficas da realidade a partir das quais os

conteúdos específicos devem ser abordados.

Os Conteúdos Estruturantes são, portanto, os eixos necessários para a

organização e a abordagem dos conteúdos específicos que o professor registrará

em seu Plano de Trabalho Docente.

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

b) Conteúdos por Série/Ano

5ª série/6º ano

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdos Específicos

Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico.

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

• Ambientes naturais e produzidos;

• As sociedades organizam e produzem o espaço;

• As diferentes maneiras de morar;

• Os ambientes em que vivemos;

• Sociedade tecnológica e natureza; Dimensão Política do Espaço

Geográfico

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

• A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos;

• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

• Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;

• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

• Comunidades tradicionais e a teoria Gaia;

• Os ambientes do campo e a produção agrícola do município;

• A produção industrial do Brasil;

• Os ambientes das cidades brasileiras;

• Setores econômicos;

• Cidadania.

Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço

Geográfico

Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

6ª série/ 7º Ano

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdos Específicos

Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização;

• A circulação de mão de obra, das mercadorias e das informações.

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;

• As diversas regionalizações do espaço brasileiro;

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores estatísticos;

• Movimentos migratórios e suas motivações.

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

• Formação territorial e organização do espaço brasileiro;

• A dinâmica da natureza no território brasileiro;

• Patrimônio ambiental brasileiro e os impactos ambientais;

• População e movimentos migratórios no Brasil;

• O espaço rural e a modernização da agricultura brasileira;

• O crescimento das cidades brasileiras e a urbanização;

• O complexo regional brasileiro;

• A circulação e os transportes.

Dimensão Política do Espaço Geográfico

Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço

Geográfico

Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

7ª série / 8º Ano

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdos Específicos

Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano;

• O comércio e suas implicações socioespacial;

• A circulação da mão de obra, do capital das mercadorias e das informações;

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado;

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico.

• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos;

• Os movimentos migratórios e suas motivações;

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

• Circulação mundial de pessoas e a migrações;

• A formação da Terra;

• A geografia das águas;

• As paisagens naturais da América.

Dimensão Política do Espaço Geográfico

Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço

Geográfico

Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

8ª série / 9º Ano

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdos Específicos

Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

• A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;

• A distribuição das

atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização do espaço geográfico;

• O espaço em rede:

produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.

• As diversas regionalizações

do espaço geográfico; • A nova ordem mundial, os

territórios supranacionais e o papel do Estado;

• A formação, mobilidade das

fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

• A evolução demográfica da

população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos;

• As manifestações

socioespaciais da diversidade cultural;

• Os movimentos migratórios

mundiais e suas motivações.

• O comércio mundial e as

implicações socioespaciais; • A dinâmica da natureza e a

sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

• A geografia do poder;

• Geopolítica dos recursos naturais;

• Os circuitos mundiais;

• Diversidade cultural e conflitos regionais.

Dimensão Política do Espaço Geográfico

Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço

Geográfico

Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

c) Metodologia

Os conteúdos de Geografia devem ser trabalhados de maneira crítica,

dinâmica e devem estar interligados à realidade que cerca o aluno e também a

distante, para possibilitar a apropriação e construção dos conceitos fundamentais da

disciplina e também compreender o processo de produção e transformação que

ocorre no espaço geográfico.

Essa apropriação e construção dos conceitos se dará através da

intervenção intencional do professor, por meio de um planejamento que relacione o

desenvolvimento dos conteúdos com a avaliação. Para que isso ocorra deve-se

levar em consideração o conhecimento espacial do aluno relacionando-o com o

conhecimento científico de modo a superar o senso comum.

Com intuito de instigar a aquisição do conhecimento, a introdução de um

conteúdo deve ser feita através da proposição de uma situação problema

provocativa que oportunize aos alunos o desenvolvimento do raciocinio, da reflexão

e da crítica.

A contextualização do conteúdo é uma prioridade para o ensino da

geografia, pois oportuniza ao aluno a construção do conhecimento de maneira mais

abrangente. Porém, contextualizar, não significa apenas relacioná-lo à realidade

presenciada pelo aluno, mas, principalmente, situá-lo historicamente, politicamente,

socialmente, economicamente, culturalmente, em situações concretas, nas mais

diversas escalas geográficas. Desse modo contextualizar implica em,

[...] explicações para entender a realidade estudada exigem um vaivém constante entre os diversos niveis (escalas) de análise, em que se cruzam as interpretações que decorrem do local ou do regional, considerando em sua totalidade, e os niveis nacional e internacional. (CALLAI, 2003 P.61).

Por ser um disciplina abrangente, a Geografia pode e deve estabelecer

relações interdisciplinares dos conteúdos, mas tomando cuidado para não perder a

sua especificidade.

Para que o aluno passe a compreender o espaço geográfico, os conceitos

e as relações socioespaciais nas diversas escalas geográficas, algumas práticas

pedagógicas tornam-se importantes instrumentos para o professor:

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

1. Aula de campo – importante instrumento na análise de um determinada

área (urbana ou rural). Durante o percurso, sugere-se alguns passos a

serem seguidos, tais como: obervação sistemática orientada; descrição,

seleção, ordenação e organização de informações; registro de

informações de forma criativa (croquis, maquetes, desenho, produção de

texto, fotos, figuras, etc.) (SCHAFFER, 2003). Existe ainda a possibilidade

de desenvolver múltlipas atividades práticas, tais como: consultas

bibliográficas (livros e periódicos), análise de fotos antigas, interpretação

de mapas, entrevistas com moradores, elaboração de maquetes, murais,

etc. (NIDELCOFF, 1986).

2. Recursos áudio visuais – deverão ser utilizados como instrumentos de

problematização dos conteúdos de Geografia. Filmes, trechos de filmes,

programas de reportagem e imagens em geral (fotografias, slides,

charges, ilustrações) podem e devem ser utilizados como forma de levar o

aluno a questionar de maneira critica a veracidade do que está sendo

mostrado, e não apenas como complemento daquilo que o professor

explicou ou tem a intenção de explicar.

3. Cartografia – será utilizada para a leitura e interpretação do espaço

geográfico, como se fossem textos, passíveis de interpretação,

problematização e análise crítica, deixando de lado a visão de que a

cartografia serve apenas para a localização e descrição dos fenômenos

espaciais. O trabalho com mapas deve ser iniciado com as representações

dos alunos, ou seja, trabalhos que envolvam a representação da sala de

aula, da escola, da casa, do caminho de casa até a escola, por meio da

utilização de símbolos, (cores, figuras, formas, entre outros), familiarizando

o aluno com o mundo da representação e da linguagem cartográfica. Aos

poucos os horizontes representados vão sendo ampliados para o bairro, o

município, até atingir a escala global.

4. Literatura – as obras literárias contribuem no ensino da Geografia a partir

do momento em que mostra a sociedade em determinado momento

histórico, facilitando a comparação com outros momento e com a

atualidade, além de facilitar a interdisciplinariedade. As obras de arte

mostram particulidades que não são possíveis em outros recursos.

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

Portanto, para que a compreensão do conteúdos e a aprendizagem crítica

ocorra, o professor deve permitir um processo de aprendizagem de maneira

dialogada, possibilitando o questionamento e a participação do aluno, culminado na

formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e

crítica.

Compreender as desigualdades sociais e espaciais é uma das grandes tarefas dos geógrafos educadores para que a nossa ciência instrumentlize as pessoas a uma leitura mais crítica e menos ingênua do mundo, que desemboque numa maior participação política dos cidadãos a fim de que possamos ajudar a construir um espaço mais justo e um homem mais solidário [...] (KAERCHER, 2003 P.174).

Ainda, em consonância com a Lei estadual Nº: 10.639/03, que torna

obrigatório o desenvolvimento da temática de História e cultura afro-brasileira e

africana, o professor pode, pela flexibilidade da disciplina, trabalhar nas diferentes

séries, de maneira contextualizada, relacionando o tema aos conteúdos

estruturantes. Como prática pedagógica, o professor pode-se utilizar de textos,

imagens, mapas, maquetes e fotos que subsidiarão os conteúdos específicos. Como

sugestão para o desenvolvimento dessa temática relacionados aos conteúdos

especificos, podemos citar: a configuração espacial do continente africano, a

composição e a distribuição da população brasileira e afro-descendente, a

miscigenação e a movimentação dos povos, a contribuição cultural do negro na

formação do povo brasileiro, etc.

Por meio desse encaminhamento metodológico, o professor encaminha o

processo de ensino de maneira que os alunos possam desenvolver suas

capacidades de análise do espaço geográfico bem como elaborar os conceitos

dessa disciplina de maneira cada vez mais rica e complexa.

d) Avaliação

De acordo com a LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, formativa, diagnóstica e processual deve ser a avalição do processo de

ensino-aprendizagem.

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A avalição deve ser um instrumento que sirva tanto para acompanhar a

aprendizagem dos alunos, como para direcionar o trabalho do professor sobre o

fazer padagógico. Nessa perspectiva,

A avaliação deixa de ser um momento terminal do processo educativo (como hoje é concebido) para se transformar na busca incessante de compreensão das dificuldades do educando e na dinamização de novas oportunidades de conhecimento (HOFFMANN, 1993 p. 21)

Assim o processo de avaliação deve estar articulado com os conteúdos

estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias

espaço/tempo, a relação sociedade-natureza e as relações de poder, contemplando

a escala local e global e vice-versa.

Para contemplar essa articulção, o professor se valerá de técnicas e

instrumentos que mostrem as várias formas de expressão dos alunos, como:

• interpretação e produção de textos;

• interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

• relatórios de aulas de campo;

• apresentação e discussão de temas em seminários;

• construção, representação e análise do espaço através de

maquetes;

• expressão corporal e artística.

A diversificação de técnicas e instrumentos avaliativos se deve aos

diferentes ritmos de aprendizagem dos alunos, identificando as dificuldades e

possiblitando a intervenção pedagógica a todo o tempo.

Portanto, a avaliação em Geografia é muito mais do que a definição de um

conceito ou nota, ela possibilitará ao aluno avaliar a realidade socioespacial em que

vive e fazer as transformações necessárias.

Por tudo que foi exposto, destaca-se ainda, que a proposta avaliativa deve

estar bem clara para os alunos, ou seja, é necessário que eles saibam como serão

avaliados em cada atividade proposta. Além disso, a avaliação deve ser um

processo não-linear de construções e reconstruções, assentadas na interação e na

relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo – professor e aluno.

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e) Bilbiografia ANDRADE, 1992 p.18 – Disponível em: http://tusgeo.blogspot.com/2009/03/olapessoal.html - Acessado em 19/08/2010.

CALAI, H.C. O Ensino de Geografia: recortes espaciais para análise. In CASTROGIOVANNI, A. C. et all (org). Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre; ed. da UFRGS/AGB, 2003.

HAESBAERT, R. Morte e Vida da Região: antigos paradigmas e novas perspectivas da Geografia Regional. In: SPOSITO, E. (Org.). Produção do Espaço e Redefinições Regionais: a construção de uma temática. Presidente Prudente: UNESP, FCT, GASPER, 2005.

HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Educação e realidade, 1993. KAERCHER, N. A. Desafios e utopias no ensino de geografia. In CASTROGIOVANNI, A. C. (org.) Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: Ed. UFRS, 1999.

NIDELCOFF, M. T. A escola e a compreensão da realidade: ensaios sobre a metodologia das Ciências Sociais. São Paulo: Brasiliense, 1986.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba, 2008. SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.

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HISTÓRIA

a) Apresentação

O ensino de História na Educação Básica tem por objeto de estudo as

ações e relações humanas no tempo, tendo como finalidade:

• Desenvolver a formação do pensamento histórico;

• Contribuição à emancipação dos sujeitos;

• Aquisição da capacidade de análise da relação passada/presente;

• Apreensão da pluralidade de memória e não somente da memória

nacional, europeia, elite e masculina;

• Superar preconceitos, estereótipos;

• Identificar as permanências, mudanças e rupturas e buscar entender os

mecanismos que as constituíram.

Na Educação Básica busca-se despertar reflexões a respeito de aspectos

políticos, econômicos, culturais, sociais e das relações entre o ensino da disciplina e

a produção do conhecimento histórico.

De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, na

concepção de História, as verdades prontas e definitivas não têm lugar, porque o

trabalho pedagógico na disciplina deve dialogar com várias vertentes tanto quanto

recuar o ensino de História marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Para isso os

fundamentos teóricos metodológicos seguem as correntes da Nova História, Nova

História Cultural e a Nova Esquerda Inglesa.

A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às

ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como, a respectiva

significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações.

As relações humanas determinam os limites e as possibilidades das ações

dos sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as

estruturas sócio-históricas. Mesmo condicionados, as ações dos sujeitos permitem

espaços para escolhas e projetos de futuro. A investigação histórica voltada para a

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descoberta das relações humanas busca compreender e interpretar os sentidos que

os sujeitos atribuem à s suas ações.

A organização do currículo para o ensino de História tem como referência

os Conteúdos Estruturantes, entendidos como conhecimentos que aproximam e

organizam os campos da História e seus objetos. Os Conteúdos Estruturantes:

reações de trabalho, relações de poder e relações culturais, podem ser identificados

no processo histórico da constituição da disciplina e no referencial teórico que

sustenta a investigação histórica em uma nova racionalidade não linear e temática.

Os Conteúdos Estruturantes são intercambiantes, ou seja, embora em

determinado momento o professor dê mais ênfase a um tipo de ação e relação

humana, as demais estão presentes também.

O referencial teórico da disciplina é a História temática porque: reconhece

a impossibilidade de trabalhar toda a História da humanidade; possibilita o trabalho

com diferentes sujeitos, contextos e espaços temporais; dá sentido a aulas de

História fugindo assim da simples memorização dos conteúdos.

Os Conteúdos Estruturantes identificam o organizam os campos de estudo

da disciplina. São considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de

estudo e ensino. Constituem-se como a própria materialidade do pensamento

histórico. Deles derivam os conteúdos básicos/temas históricos e específicos que

compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino/aprendizagem no cotidiano

da escola, e devem ser trabalhados de forma articulada entre si.

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b) Conteúdos por Série/Ano

5ª Série/6º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

RELAÇÕES DE

TRABALHO RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS

CONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDO ESPECÍFICO

1) A experiência humana no tempo: a memória local e memória da

humanidade; o tempo (as temporalidades e as

periodizações); o processo histórico (as relações humanas

no tempo).

• Os diferentes sujeitos: sua cultura e suas histórias;

• O trabalho do historiador; • O tempo e a História (temporalidade,

periodização e os processos históricos); • As origens do ser humano e sua

evolução; • O surgimento da humanidade na África e

a diversidade cultural; • A Pré-história e seus períodos.

2) Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo: as gerações e

etnias.

• Colonizadores portugueses e suas culturas na América e no território paranaense;

• O povoamento da América; • O ser humano chega ao Brasil; • As sociedades matriarcais e patriarcais

nas diversas sociedades.

3) A cultura local e a cultura comum: mitos, lendas, festas,

religiosidades, etc.

• Os povos indígenas e suas culturas na história do Paraná: xetas, kaigangs, xoklengs e tupi-guarani;

• As manifestações populares no Paraná; • Pinturas, os sambaquis no Paraná; • A produção artística e científica

paranaense.

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6ª Série/7º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

RELAÇÕES DE TRABALHO

RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS

CONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDO ESPECÍFICO

1) As relações de propriedade: a propriedade coletiva, a propriedade pública, a propriedade privada; a terra.

• A constituição do mundo urbano e rural; • A propriedade coletiva entre os povos

indígenas, quilombolas, ribeirinhos, ilhéus e faxinais do Paraná;

• A constituição do espaço público da antiguidade na polis grega e na sociedade romana;

• A constituição do latifúndio na América portuguesa e no Brasil imperial e republicano;

• A reforma agrária no Brasil e assentamentos; • A reforma agrária na antiguidade Greco-

romana; • A propriedade coletiva nas sociedades pré-

colombianas.

2) A constituição histórica do mundo do campo e o mundo da cidade.

• As primeiras cidades brasileiras: formação das vilas e das Câmaras municipais;

• As cidades africanas e pré-colombianas; • As cidades na Antiguidade oriental e nas

sociedades clássicas; • O engenho colonial; • A conquista do sertão; • A ruralização do Império Romano e a transição

para o feudalismo europeu.

3) As relações entre o campo e a cidade.

• As cidades mineradoras; • As cidades e o tropeirismo no Paraná; • As feira medievais e as rotas de comércio

oriente/ocidente; • Os cercamentos na Inglaterra moderna e o

início da industrialização na Europa.

4) Conflitos, resistências e produção cultural campo cidade.

• A relação entre senhores e escravos; • As cidades e as doenças; • A peste negra e as revoltas camponesas; • O MST e outros movimentos pela terra; • As resistências no campo e nas cidades na

América Latina; • Os movimentos culturais rurais e urbanos no

Brasil republicano nos séculos XIX, XX e XXI; • As manifestações culturais na América.

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7ª Série/8º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

RELAÇÕES DE

TRABALHO RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS

CONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDO ESPECÍFICO

1) História das relações da

humanidade com o trabalho

• O trabalho nas sociedades primitivas, indígenas e na antiguidade oriental e clássica;

• A sociedade patriarcal, escravocrata e a desvalorização do trabalho no Brasil colônia e Império;

• O trabalho e a vida cotidiana nas colônias espanhola: a Mita.

2) O trabalho e a vida em

sociedade

• A busca pela cidadania no Brasil império; • As três ordens do imaginário feudal; • As corporações de ofício; • O nascimento das fábricas e a vida

cultural ao redor.

3) O trabalho e as contradições da modernidade.

• As corporações de ofício; • O movimento das fábricas; • A produção e a organização social

capitalista; • Latifúndios no Paraná e no Brasil; • As sociedades oligárquicas latifundiárias; • A vida cotidiana das classes

trabalhadoras no campo e as contradições da modernização.

4) Os trabalhadores e as conquistas de direitos

• O movimento sufragista feminino; • A discriminação racial e linguística; (o

caipira no contexto do capital); • Declaração dos direitos do homem e do

cidadão; • Movimentos sociais e emancipacionistas; • A constituição dos primeiros sindicatos

de trabalhadores; • A consciência negra e o combate ao

racismo; • Os homens e as mulheres e os

homossexuais no mundo contemporâneo – Paraná e Brasil.

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8ª Série/9º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

RELAÇÕES DE

TRABALHO RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS

CONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDO ESPECÍFICO

1) A constituição das instituições sociais, instituições econômicas, instituições políticas, instituições religiosas, instituições culturais e as instituições civis.

• A formação dos cacicados nas sociedades indígenas do Brasil;

• A Igreja Católica e as reduções jesuíticas na América portuguesa, a instituição da Igreja no império romano;

• As irmandades católicas e as religiões afro-brasileiras na América portuguesa;

• A formação dos sindicatos na Europa e no Brasil, as guildas e as corporações de ofício na Europa medieval;

• O surgimento das empresas transnacionais e instituições internacionais (ONU, FMI, OMC, OPEP, FIFA, OLIMPIADAS);

2) A formação do Estado: as monarquias, a República (aristocracia, a ditadura e a democracia) e os poderes do Estado.

• As relações entre o poder local e o governo geral na América portuguesa;

• O surgimento da monarquia nas sociedades da antiguidade na Crescente Fértil;

• A formação do Estado-nação brasileiro; • As constituições do Brasil imperial e republicano; • O Estado Absolutista europeu; • A instituição da República no Brasil: as ditaduras

e as democracias; • Os poderes do Estado brasileiro: Executivo,

Legislativo e Judiciário; • A constituição a República no Ocidente; • A formação dos Estados Nacionais pelo mundo,

nos séculos XIX ao século XXI: as ditaduras e as democracias;

• A constituição dos Estados socialistas e dos Estados de Bem-estar social (liberalismo).

3) Sujeitos, guerras e revoluções: os movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos; as revoltas e revoluções sociais, políticas, econômicas, culturais e religiosas; guerras locais e mundiais.

• As revoltas do Brasil colônia; • As revoluções modernas; • Revoltas sociais e guerras do Brasil Império; • Movimento abolicionista; • Movimento republicano no Brasil: anarquista,

comunista e tenentista; • As guerras mundiais e o Brasil nas guerras

mundiais; • As revoluções socialistas no século XX; • Os movimentos pela redemocratização no Brasil.

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c) Metodologia

Os conteúdos da disciplina deverão ser trabalhados de acordo com o que

propõe as Diretrizes Curriculares da Educação Básica: que os conteúdos temáticos

priorizem as histórias locais e do Brasil, estabelecendo-se relações e comparações

com a história mundial.

O trabalho pedagógico com os Conteúdos Estruturantes, básicos e

específicos tem como finalidade a formação do pensamento histórico dos

estudantes. Isso se dá quando professor e aluno utilizam em sala de aula e nas

pesquisas escolares, os métodos de investigação histórica articulados pelas

narrativas históricas desses sujeitos. Assim, os alunos perceberão que a História

está narrada em diferentes fontes (livros, cinema, canções, palestras, relatos de

memória, etc.), sendo que os historiadores se utilizam destas fontes para

construírem suas narrativas históricas.

Nesse sentido, o trabalho pedagógico com os conteúdos históricos deve

ser fundamentados em vários autores e suas respectivas interpretações, seja por

meio dos manuais didáticos disponíveis ou por meio de textos historiográficos

referenciais. Espera-se que, ao concluir a educação Básica, o aluno entenda que

não existe uma verdade histórica única, e sim que verdades são produzidas a partir

de evidencias que organizam diferentes problematizações fundamentadas em fontes

diversas, promovendo a consciência da necessidade de uma contextualização

social, política e cultural em cada momento histórico.

Para o aluno compreender como se dá a construção do conhecimento

histórico, o professor deve organizar seu trabalho pedagógico por meio:

• do trabalho com vestígios e fontes históricas diversas;

• da fundamentação na historiografia;

• da problematização do conteúdo.

Essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas

produzidas pelos sujeitos.

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d) Avaliação

A avaliação no ensino da História deve favorecer a busca da coerência

entre a concepção da História defendida e as práticas avaliativas que integram o

processo de ensino-aprendizagem. A avaliação deve estar a serviço da

aprendizagem de todos os alunos, permeando o conjunto das ações pedagógicas e

não como elemento externo a este processo.

A avaliação deve ser compreendida como fenômeno compartilhado,

contínuo, processual e diversificado, o que propicia uma análise crítica das práticas

que podem ser retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos. Cabe ao

professor planejar situações diferenciadas de avaliação, oferecendo diferentes

critérios e instrumentos.

Cabe ao professor planejar e propor encaminhamentos que visem a

superação das dificuldades a partir da avaliação diagnóstica, de diálogo entre alunos

e professor, envolvendo questões relativas aos critérios adotados, observando as

necessidades e avanços alcançados pelos alunos e retomando o conteúdo sempre

que necessário.

Após a avaliação diagnóstica, o professor e seus alunos poderão revisitar

as práticas desenvolvidas até então, de modo que identifiquem lacunas no processo

pedagógico. Essa ação permitirá ao professor planejar e propor outros

encaminhamentos para a superação das dificuldades constatadas.

Deseja-se que, ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos

tenham condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as

relações de poder, neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em

que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria História.

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

e) Bibliografia

MONTELLATO, Cabrini – Catelli. História Temática. Editora Scipione, 2001.

ORDONEZ, Marlene e QUEVEDO, Júlio. História. Coleção Horizontes, Editora

IBEP.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba, 2008.

VALENTINI, Lucy R.; VILELA, Maria Célia; ORDONEZ, Marlene. Cultura e

Sociedade. Editora IBEP, 1999.

VICENTIN. Claudino e PILETTI, Nelson. História e Vida. Editora Ática, 2005.

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LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

a) Apresentação

O Estado de Direito garante a todos os cidadãos a igualdade perante as

leis, porém há um descompasso entre o que a lei propõe e a realidade vivida pela

sociedade; e é na escola que o aluno, principalmente o da escola pública, deve

encontrar espaço para as práticas de linguagem que lhe possibilitem interagir no seu

entorno, nas mais diferentes circunstâncias de uso da língua, em instâncias públicas

e privadas, para que possa assumir uma postura de cidadão ativo crítico na

sociedade brasileira.

Assim, a proficiência no uso da Língua Portuguesa é um instrumento

legítimo de luta e de posicionamento, através do qual o estudante pode interagir

numa sociedade democrática como a nossa, mas que está repleta de conflitos e

tensões.

Portanto, o domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno

modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade;

permitirá também a leitura dos textos que circulam socialmente, identificando os

objetivos o que está dito ou pressuposto, instrumentalizando-o para assumir-se

como sujeito que interage através da palavra, com autonomia.

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c) Conteúdos por Série/Ano

5ª série/6º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries. *Vide relação dos gêneros ao final deste documento. LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade; • Argumentos do texto; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Léxico; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade; • Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros; • Relacione o tema com o contexto atual; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto. ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

LEITURA Espera-se que o aluno: • Identifique o tema; • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Identifique a ideia principal do texto. ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse as ideias com clareza; • Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: − às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); − à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, etc.

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travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA • Contexto de produção; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Argumentatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Divisão do texto em parágrafos; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

• Acompanhe a produção do texto; • Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/ das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de aventura, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a uma aventura, etc.); • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros; • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade; • Compreenda argumentos no discurso do outro; • Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc; • Respeite os turnos de fala.

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6ª série/7º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries. *Vide relação dos gêneros ao final deste documento LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Informações explícitas e implícitas; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Repetição proposital de palavras; • Léxico; • Ambiguidade; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o léxico; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões sobre: tema e intenções; • Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas,e outros; • Relacione o tema com o contexto atual, com as diferentes possibilidades de sentido (ambiguidade) e com outros textos; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto. ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; • Acompanhe a produção do texto;

LEITURA Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto. ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc.

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das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA • Contexto de produção; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Semântica.

• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de enigma, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a um mistério, etc.); • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros. • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente suas ideias com clareza; • Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.

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7ª série/8º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries. LEITURA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Discurso ideológico presente no texto;; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto;

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia ; • Proporcione análises para estabelecer a referência textual; • Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Relacione o tema com o contexto atual; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigue o entendimento/ reflexão das palavras em sentido figurado; • Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero;

LEITURA Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros. ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse ideias com clareza;

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• Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Semântica: • - operadores argumentativos; - polissemia; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência; • Processo de formação de palavras; • Vícios de linguagem; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia. ORALIDADE

• Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas. ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia; • Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhe a produção do texto; • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;figuras de linguagem no texto; • Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Conduza a utilização adequada das partículas conectivas; • Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o

• Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente argumentos; • Organize a sequência da fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou

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• Conteúdo temático ; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; • Semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

gênero (por exemplo: se for uma crônica, verificar se a temática está relacionada ao cotidiano, se há relações estabelecidas entre os personagens, o local, o tempo em que a história acontece, etc.); • Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto; • Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • • Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.; • Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos; • Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

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8ª série/9º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries. *Vide relação dos gêneros ao final deste documento LEITURA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Discurso ideológico presente no texto;; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto;

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia ; • Proporcione análises para estabelecer a referência textual; • Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Relacione o tema com o contexto atual; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigue o entendimento/ reflexão das palavras em sentido figurado; • Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; • Incentive a percepção dos recursos utilizados para

LEITURA Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros. ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

• Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Semântica: • - operadores argumentativos; - polissemia; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência; • Processo de formação de palavras; • Vícios de linguagem; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia.

determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas. ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia; • Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhe a produção do texto; • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;figuras de linguagem no texto; • Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Conduza a utilização adequada das partículas conectivas; • Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma crônica, verificar se a

propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente argumentos; • Organize a sequência da fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

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ORALIDADE • Conteúdo temático ; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; • Semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

temática está relacionada ao cotidiano, se há relações estabelecidas entre os personagens, o local, o tempo em que a história acontece, etc.); • Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto; • Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.; • Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos; • Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

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*TABELA DE GÊNEROS CONFORME AS ESFERAS DE CIRCULAÇÃO

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO COTIDIANA Adivinhas

Álbum de Família Anedotas Bilhetes Cantigas de Roda Carta Pessoal Cartão Cartão Postal Causos Comunicado Convites Curriculum Vitae

Diário Exposição Oral Fotos Músicas Parlendas Piadas Provérbios Quadrinhas Receitas Relatos de Experiências Vividas Trava-Línguas

LITERÁRIA / ARTÍSTICA Autobiografia Biografias Contos Contos de Fadas Contos de Fadas Contemporâneos Crônicas de Ficção Escultura Fábulas Fábulas Contemporâneas Haicai Histórias em Quadrinhos Lendas Literatura de Cordel Memórias

Letras de Músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de Ficção Científica Narrativas de Humor Narrativas de Terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Paródias Pinturas Poemas Romances Tankas Textos Dramáticos

ESCOLAR Ata Cartazes Debate Regrado Diálogo/Discussão Argumentativa Exposição Oral Júri Simulado Mapas Palestra Pesquisas

Relato Histórico Relatório Relatos de Experiências Científicas Resenha Resumo Seminário Texto Argumentativo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias

IMPRENSA Agenda Cultural Anúncio de Emprego Artigo de Opinião Caricatura Carta ao Leitor Carta do Leitor Cartum Charge Classificados Crônica Jornalística Editorial Entrevista (oral e escrita)

Fotos Horóscopo Infográfico Manchete Mapas Mesa Redonda Notícia Reportagens Resenha Crítica Sinopses de Filmes Tiras

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PUBLICITÁRIA Anúncio Caricatura Cartazes Comercial para TV E-mail Folder Fotos Slogan

Músicas Paródia Placas Publicidade Comercial Publicidade Institucional Publicidade Oficial Texto Político

POLÍTICA Abaixo-Assinado Assembleia Carta de Emprego Carta de Reclamação Carta de Solicitação Debate

Debate Regrado Discurso Político “de Palanque” Fórum Manifesto Mesa Redonda Panfleto

JURÍDICA Boletim de Ocorrência Constituição Brasileira Contrato Declaração de Direitos Depoimentos Discurso de Acusação Discurso de Defesa

Estatutos Leis Ofício Procuração Regimentos Regulamentos Requerimentos

PRODUÇÃO E CONSUMO Bulas Manual Técnico Placas

Regras de Jogo Rótulos/Embalagens

MIDIÁTICA Blog Chat Desenho Animado E-mail Entrevista Filmes Fotoblog Home Page

Reality Show Talk Show Telejornal Telenovelas Torpedos Vídeo Clip Vídeo Conferência

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d) Metodologia

No dia-a-dia da maioria das pessoas, a fala é a prática discursiva mais

utilizada; assim, as atividades orais devem oferecer condições ao aluno de falar com

fluência em situações formais, adequando a linguagem e usando recursos

expressivos, praticando e aprendendo a convivência democrática que supõe o falar

e ouvir.

Na prática da oralidade, as Diretrizes reconhecem as variantes linguísticas

como legítimas, pois são expressões de grupos sociais historicamente

marginalizados em relação à centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder

da fala culta.

O trabalho com a oralidade deve ser planejado e desenvolvido de forma

que permita ao aluno conhecer e usar também a variedade linguística padrão e

entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais.

As possibilidades de trabalho com os gêneros orais são diversas e

apontam diferentes caminhos, como apresentação de temas variados, depoimentos,

dramatização, debates, seminários, e outros que possibilitem o desenvolvimento da

argumentação.

O exercício da escrita deve levar em conta a relação entre o uso e o

aprendizado da língua, pois o texto é um instrumento de interação social e os

gêneros discursivos são construções coletivas.

O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito,

com seus elementos significativos, que substituem os da fala.

As atividades de escrita devem ser realizadas de modo interlocutivo,

relacionando a mensagem às circunstâncias de sua produção; devem ser muito

similares ao que se escreve fora da escola, para que sejam textos de gêneros que

tenham uma função social determinada, conforme as praticadas na sociedade.

A prática da escrita requer que tanto o professor quanto o aluno planejem

o que será produzido, ampliando as leituras sobre a temática proposta, lendo vários

textos do gênero solicitado, delimitando o tema, definindo o objetivo e a intenção do

texto a ser produzido, prevendo possíveis interlocutores, pensando sobre a situação

em que o texto irá circular, organizando as ideias.

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Depois de planejado, o aluno escreverá a primeira versão sobre a

proposta apresentada, levando em conta a temática, o gênero e o interlocutor,

relacionando argumentos e ideias.

A última etapa da produção escrita é a revisão do texto, momento em que

o aluno irá refletir sobre o que escreveu e reescrever o texto fazendo as devidas

correções. Essa atividade pode ser feita de forma individual, em pares ou em

grupos.

Finalmente, a produção final pode ser exposta para a turma ou escola

através de mural, de coletâneas publicadas em jornal, entre outros oportunizando a

socialização da experiência da produção textual.

Essa forma de trabalho orientará não só a produção de textos

significativos, mas incentivará também a prática da leitura e a autoavaliação.

Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas

sociais, verbais e não-verbais. A leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo,

que deve levar o aluno a atitudes críticas, percebendo as vozes presentes no texto e

tomando atitudes responsivas diante delas.

O professor deve dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua

leitura, percebendo o que está implícito e depreendendo as reais intenções que cada

texto traz, posicionando-se diante do que lê.

As atividades de leitura devem ser planejadas de acordo com o texto que

se quer trabalhar, variando as estratégias de acordo com os gêneros, a finalidade

pretendida com a leitura e o suporte.

Durante as atividades de interpretação e compreensão de um texto o

professor deve analisar os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos

linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores

envolvidos, dos gêneros e suas esferas, do suporte em que foi publicado, de outros

textos ( intertextualidade).

Os textos que circulam na esfera literária permitem maior liberdade de

interpretação, porém só são aceitas as leituras que o texto permite, através da

análise contextualizada da obra, no momento de sua produção e de sua recepção.

As Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa sugerem como

encaminhamento metodológico para o trabalho com a Literatura o método

Recepcional, das professoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar, o

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qual atribui ao leitor o papel de sujeito ativo no processo de leitura, proporcionando

debates e reflexões sobre a obra lida, possibilitando aos alunos a ampliação de seus

horizontes de expectativas.

O trabalho com esse método divide-se em cinco etapas:

• determinação do horizonte de expectativas do leitor;

• atendimento ao horizonte de expectativas;

• ruptura do horizonte de expectativas;

• questionamento do horizonte de expectativas;

• ampliação do horizonte de expectativas.

Os textos literários propiciam uma prática diferenciada com o Conteúdo

estruturante da Língua Portuguesa (o Discurso como Prática Social) e constituem

forte influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.

Uma prática didática complementar às práticas de leitura, oralidade e

escrita é a análise linguística, a qual abre espaço para as atividades de reflexão dos

recursos linguísticos e seus efeitos de sentido nos textos.

Para isso é necessário que o professor selecione o gênero que se

pretende trabalhar, discuta sobre o conteúdo temático e o contexto de

produção/circulação e prepare atividades para análise das marcas linguística-

enunciativas como:

Oralidade:

- variedade linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso;

-procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação;

-diferenças entre a fala formal e informal, uso de conectivos (coesão e

coerência do texto).

Leitura:

-particularidades do registro do texto (formal e informal);

-a repetição de palavras e o efeito produzido;

-o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento;

-léxico;

-progressão referencial no texto;

-os discursos direto, indireto e indireto livre.

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Escrita:

Na reescrita do texto ou de partes do texto o professor pode selecionar as

atividades que reflitam e analisem os aspectos textuais, estruturais, normativos,

discursivos, os recursos gráficos, a pontuação, entre outros. Pode ainda explorar as

categorias gramaticais, porém dando ênfase à função que elas desempenham para

os sentidos do texto.

Os problemas sociais contemporâneos, assim como a diversidade étnico-

cultural serão abordados de forma contextualizada, articulados ao objeto de estudo

desta disciplina ( Lei 11.645/08).

Os recursos tecnológicos disponíveis na escola, tais como o Portal Dia-a-

Dia Educação, a TV Paulo freire, OAC, Folhas, TV Multimídia e Laboratório de

|Informática serão utilizados no trabalho desenvolvido com os alunos durante o

processo ensino/aprendizagem.

e) Avaliação

É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o

processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

O aluno será avaliado através da observação diária e de instrumentos

variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo.

A avaliação formativa é o melhor caminho para garantir a aprendizagem

de todos os alunos, pois dá ênfase ao aprender. Considera-se que os alunos

possuam ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e

diagnóstica aponta as dificuldades, possibilitando assim que a intervenção

pedagógica aconteça a todo o tempo.

A avaliação precisa ser analisada sob novos parâmetros, precisa dar ao

professor e o aluno pistas concretas do caminho que está sendo trilhado para se

apropriar, efetivamente, das atividades verbais – a fala, a leitura e a escrita.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada considerando-se a

participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra

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ao expor suas ideias a fluência da sua fala, o seu desembaraço e a argumentação

que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e, de modo especial, a sua

capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações.

Quanto à leitura, o professor pode propor aos alunos questões abertas,

discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar as estratégias que

eles empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu

posicionamento diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a

partir do texto.

Em relação à escrita, é preciso ver os textos de alunos como uma fase do

processo de produção, nunca como um produto final. É preciso haver clareza na

proposta de produção textual, os parâmetros em relação ao que se vai avaliar

devem estar bem definidos para o professor e para o aluno.

Além disso, o aluno precisa estar em contextos reais de interação

comunicativa, para que os critérios de avaliação que tomam como base as

condições de produção tenham alguma validade.

Os elementos lingüísticos utilizados nas produções dos alunos precisam

ser avaliados em seus aspectos discursivos textuais verificando a adequação à

proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto

exigido, a elaboração de argumentos consistentes,a coesão,a coerência textual e a

organização do parágrafos, em uma prática reflexiva e contextualizada, que

possibilite a eles a compreensão desses elementos no interior do texto. Uma vez

entendidos, os alunos podem utilizá-los em outras operações lingüísticas (de

reestrutura do texto, inclusive).

Diante do exposto, considera-se que o trabalho com a língua oral e

escrita, supõe um processo de formação inicial e continuada que possibilita ao

professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática na condição de

sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerce para sua ação pedagógica e

que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário aprofundamento

teórico.

Tal prática requer um professor que, em primeiro lugar, compreenda as

concepções de linguagem que assume a língua enquanto interação, enquanto

discurso; um professor que tenha os necessários conhecimentos sobre o sistema de

escrita, para orientar com segurança os alunos no processo de aprendizagem desse

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sistema; um professor que respeite as diferenças e promova uma ação pedagógica

de qualidade para todos os alunos, desmistificando padrões preestabelecidos e

conceitos tradicionalmente aceitos.

f) Bibliografia

BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. De

Michael Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma

perspectiva enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese de

Doutorado em Linguística Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo, São Paulo, 2001.

CEREJA, Willian Roberto, MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português Linguagens.

Editora Atual, 2002.

GERALDI, João Wanderley. O Texto na Sala de Aula. São Paulo: Ática, 1997.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba, 2008.

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MATEMÁTICA

a) Apresentação

A Matemática é uma ciência que provém da construção humana ao longo

de sua história. Seus conceitos e abstrações surgiram da necessidade do homem

resolver situações-problemas, normalmente relacionados com outras áreas do

conhecimento. À vezes, na busca de solução para uma situação real, passa por

despercebido o uso desses conceitos matemáticos, porém estão presentes. Afinal, a

matemática não é apenas uma disciplina, mas sim uma forma de pensar ao alcance

de todos, independente do meio social que esteja inserido. Ela é parte integrante de

nossas raízes, por isso, todos são capazes de aprender matemática.

O ensino da Matemática, como todo ensino, contribui ou não para as

transformações sociais não apenas através da socialização (em si mesma) do

conteúdo matemático, mas através da dimensão política que é intrínseca a essa

socialização.

Através do conhecimento matemático o homem quantifica, geometriza,

mede e organiza informações. Assim sendo, é impossível não reconhecer o valor

educativo desta ciência como indispensável para resolução de diversas situações do

cotidiano (e passar além dele), desde uma simples compra de supermercado até o

mais complexo projeto de desenvolvimento econômico.

Destarte, o ensino da Matemática deve propiciar aos educandos

articulações que contribuam com o desenvolvimento de habilidades de

compreensão, apreciação, comparação, planejamento de ações e projeções de

soluções problema que requeiram iniciativa e criatividade, ou seja, estudo de

processos que investigam como o estudante compreende e se apropria da própria

Matemática, “conhecida como um conjunto de resultados, procedimentos,

algoritmos, etc.”

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NÚMEROS E ÁLGEBRA

Estudar números e álgebras tendo como meta primordial no campo da

aritmética a resolução de problemas, a investigação de situações concretas

relacionadas ao conceito de quantidades e a busca de meios que viabilizem a

compreensão de ferramentas necessárias para a resolução de algoritmos de modo

que a sistematização seja conduzida por meio de uma abordagem significativa e,

para isso é necessário que o eixo de conteúdos tenha uma estreita relação com a

história da Matemática.

É importante enfatizar que a Álgebra é um conteúdo que perpassa por

todas as séries e está diretamente vinculada a Aritmética. A Álgebra é a Ciência que

generaliza as questões relativas aos números e a sua finalidade é procurar métodos

eficazes de analisar e resolver todos os tipos de problemas quantitativos capazes de

serem expressos em problemas algébricos, os quais necessitam como suporte as

leis das operações aritméticas e algébricas que serão a chave para o bom

entendimento dessa ciência.

Portanto, o objetivo é fazer com que o estudante compreenda e se

aproprie da própria Matemática, concebida como um conjunto de resultados,

métodos, procedimentos, algorítimos, etc.

GRANDEZAS E MEDIDAS

É imprescindível ao ser humano saber manusear e trabalhar com valores

mensuráveis na sociedade atual. É fundamental que essas noções de medidas

sejam consideradas, e que sejam propostas atividades que possibilitem a

compreensão de que medir é essencialmente comparar a unidade que está sendo

usada, com a grandeza a ser medida.

Consequentemente o aluno deverá adquirir habilidades específicas para:

medir e comparar medidas, calcular, construir e consultar tabelas, traçar e interpretar

gráficos, utilizar e interpretar corretamente a simbologia e a terminologia

matemáticas.

GEOMETRIAS

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A todo momento se trabalha com a Geometria, seja através de situações

que lembram noções de espaço e forma dos objetos. A Geometria é a ciência que

tem por objetivo analisar, organizar e sistematizar o conhecimento espacial e plano.

As representações geométricas estão a nossa volta em forma de gráficos, figuras

planas e espaciais.

O aluno deverá estabelecer relações entre as figuras espaciais e suas

representações planas, realizando a observação das figuras sob diferentes pontos

de vista, construindo e interpretando suas representações.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

O Tratamento da Informação tem real importância pois fornece ao aluno

condições de realizar leituras críticas dos fatos, interpretar informações expressas

por meio de tabelas, gráficos, dados percentuais, indicadores e conhecimento das

possibilidades e chances de ocorrência de eventos. Isso se revela necessário,

devido ao momento histórico caracterizado pela facilidade e rapidez no acesso das

informações, por isso faz-se necessário o desenvolvimento do espírito crítico, a

capacidade de analisar e tomar decisões em tantas situações da vida em sociedade.

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b) Conteúdos por Série/Ano

5ª Série ou 6º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

NÚMEROS E ÁLGEBRA

GRANDEZAS E MEDIDAS GEOMETRIAS

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS

-Sistema de numeração. -Números naturais. -Múltiplos e divisores. -Potenciação e radiciação. -Números fracionários. -Números decimais.

-Medidas de comprimento. -Medidas de massa. -Medidas de área. -Medidas de volume. -Medidas de tempo. -Medidas de ângulos. -Sistema monetário.

-Geometria plana. -Geometria espacial.

-Dados, tabelas e gráficos. -Porcentagem.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

-Números naturais: operações (adição, subtração, multiplicação e divisão) e resolução de problemas. -Leitura, escrita e comparação de números naturais. -Potenciação de números naturais. -Raiz quadrada de números naturais. -Regras de divisibilidade. -Números primos. -Decomposição em fatores primos. -Mínimo Múltiplo Comum. -Divisores. -Máximo Divisor Comum.

-Unidades de medidas de comprimento. -Sistema métrico decimal. -Transformações de unidades de medida. -Massa de um corpo. -Área do retângulo. -Área do quadrado. -Volume do paralelepípedo. -Medidas de capacidade. -Medidas de tempo. -situações problemas com medidas de tempo. -Medidas de ângulos. -Tipos de ângulos.

-Ponto, reta, plano, semi reta e segmento de reta. -Polígonos regulares. -Corpos redondos. -Círculo e circunferência. -Sólidos geométricos.

-Construção de tabelas. -Construção de gráficos de barras. -Interpretação e leitura de gráficos. -Média aritmética. -Porcentagem.

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6ª série ou 7º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

NÚMEROS E ÁLGEBRA GRANDEZAS E MEDIDAS GEOMETRIAS

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

CONTEÚDOS

BÁSICOS

-Números inteiros. -Números racionais. -Equação e Inequação do 1º grau. -Razão e proporção. -Regra de três simples.

-Medidas de temperatura. -Medidas de ângulos.

-Geometria plana. -Geometria Espacial. -Geometrias não euclidianas.

-Pesquisa Estatística. -Média Aritmética. -Moda e mediana. -Juros simples.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

-Números positivos e negativos. -Representação geométrica dos números inteiros. -Operações com números inteiros(adição, subtração,multiplicação e divisão). -Operações com números racionais(adição, subtração,multiplicação e divisão). -Propriedades da adição e subtração. -Propriedades da multiplicação e divisão. -Propriedades da Potenciação. -Resolução de situações-problemas. -Equação e inequação do 1º grau. -Razões inversas. -Aplicações de razões . -Propriedade fundamental das proporções. -Aplicação das proporções. -Grandezas diretamente e inversamente proporcionais. -Problemas de regra de três simples.

-Unidades de medidas de temperatura. -Medida de um ângulo. -Relação entre medidas de ângulos.

-Construção de polígonos regulares. -Representação de figuras geométricas espaciais.

-Construção, leitura e interpretação de gráficos de barras, segmentos e de setores. -Média aritmética. -Moda e mediana. -Juros simples.

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7ª série ou 8º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

NÚMEROS E ÁLGEBRA

GRANDEZAS E MEDIDAS GEOMETRIAS

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS

-Números Racionais e Irracionais -Sistemas de Equações do 1 grau -Potências -Monômios e Polinômios -Produtos Notáveis

-Medidas de Comprimento -Medidas de Área -Medidas de Volume -Medidas de ângulos

-Geometria Plana -Geometria Espacial -Geometria Analítica -Geometrias não Euclidianas

-Gráfico e Informação -População e Amostra

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

-Raiz quadrada exata e aproximada de números racionais; -Operações com números irracionais; -O número π; -Propriedades da potenciação; -Notação científica; Resolução de situações problemas envolvendo sistema de equações do 1º grau; Operações com monômios e polinômios; -Operações com produtos notáveis

-Comprimento da circunferência -Área da circunferência -Perímetro de polígonos -Área de polígonos -Calculo de área e volume de poliedros -Ângulos formados por paralelas e transversais

-Semelhanças de triângulos; -Soma dos ângulos internos de triângulos e polígonos regulares; -Retas paralelas no plano; -Sistema de coordenadas cartesianas; -Os fractais;

-Interpretação de diferentes tipos de gráficos; -Levantamento de dados amostrais

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8ª série ou 9º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

NÚMEROS E ÁLGEBRA

GRANDEZAS E MEDIDAS GEOMETRIAS

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS

-Números reais -Propriedades dos radicais -Equação do 2º grau -Teorema de Pitágoras -Equações Irracionais -Equações Biquadradas -Regra de três Composta

-Relações Métricas no Triângulo Retângulo -Trigonometria no Triângulo Retângulo

-Geometria plana -Geometria espacial -Geometria analítica -Geometria não euclidiana

-Noções de análise combinatória -Noções de probabilidade -Estatística -Juros compostos

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

-Operações com radicais -Identificação e resolução de equação do 2º grau -Soma e produto das raízes da equação do 2º grau -Identificação e Resolução de Função afim e quadrática -Demonstração e resolução de situações problemas envolvendo Teorema de Pitágoras -Resolução de equações irracionais -Resolução de equações biquadradas

-Calculo das medidas dos lados de um triângulo através das relações métricas do triangulo retângulo -Situações problemas envolvendo o Teorema de Pitágoras

-Semelhança de polígonos -Aplicação do Teorema de Tales em situações problemas -Noções básicas de geometrias projetivas

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c) Metodologia

Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos

estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e

formulação de ideias.

Aprende-se matemática não somente por sua beleza ou pela consistência

de suas teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e,

por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.

É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para

que o estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e

apropriação de linguagem adequada para escrever e interpretar fenômenos

matemáticos e de outras áreas do conhecimento.

A simples resolução de exercícios, o treino de técnicas de cálculos e a

memorização de fórmulas e processos não são suficientes para atingir as finalidades

do ensino da Matemática. Aprender Matemática é fazer Matemática. É por meio de

atividades matemáticas intencionais, das experiências que vivem, que qualquer

pessoa adquire conhecimento.

Sob essa ótica, verifica-se a importância da prática pedagógica do

profissional responsável pela educação matemática, estar fundamentada em

metodologias alternativas para que os conhecimentos apropriados pelo aluno, ocorra

de forma significativa e permanente.

Os conteúdos devem ser abordados por meio de tendências

metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente. Tais

tendências serão destacadas a seguir:

A resolução de problemas, através da preposição de situações

investigativas, estimulam o pensamento e possibilitam as relações entre conteúdos

matemáticos e representação de ideias.

A História da Matemática, mediante um processo de transposição

didática e juntamente com outros recursos didáticos e metodológicos, pode oferecer

uma importante contribuição ao processo de ensino e aprendizagem em

Matemática, já que conceitos abordados em conexão com sua história constituem-se

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veículos de informação cultural, sociológica e antropológica de grande valor

formativo.

As mídias tecnológicas como as calculadoras e o computador, devem

ser considerados parte integrante do ensino-aprendizagem da Matemática. Estes

instrumentos podem ser utilizados sempre que oportuno e possível, pois constituem

um valioso apoio para o aluno e para o professor.

A etno-matemática constitui uma importante fonte metodológica na

medida em que prioriza um ensino que valorize a história dos estudantes através do

reconhecimento e respeito de suas raízes culturais.

A modelagem matemática parte do pressuposto de que o ensino e a

aprendizagem podem ser potencializados quando se problematizam situações do

cotidiano.

Na verdade, a utilização de todo e qualquer recurso ou material didático

deve ser aplicado se a intenção é a produção de conhecimento de qualidade.

É consensual a ideia de que não existe um caminho que possa ser

identificado como único e melhor para o ensino de qualquer disciplina, em particular,

da matemática. No entanto, não se pode deixar de conhecer e aplicar diversas

possibilidades de trabalho em sala de aula, adequando-as aos conteúdos propostos,

para a construção de uma prática pedagógica viável.

Ao ensinar Matemática é necessário que se faça uso da

interdisciplinaridade, envolvendo dessa forma, conceitos de outras disciplinas que

possam enriquecer e complementar o processo de aprendizagem, mostrando assim

que a Matemática está relacionada a muitas outras áreas do conhecimento.

É essencial também considerar o desenvolvimento cognitivo dos

estudantes relacionando às suas experiências, às suas idades, às suas identidades

culturais e sociais e os diferentes significados e valores que a Ciência pode ter para

eles, para que a aprendizagem seja significativa.

O professor, como responsável pela mediação entre o conhecimento

matemático escolar e as concepções alternativas dos estudantes, deve utilizar

encaminhamentos metodológicos e recursos diversos, muito bem planejados para

assegurar a interatividade no processo ensino-aprendizagem e a construção de

conceitos de forma significativa pelos estudantes. É importante que o professor

tenha autonomia para fazer usos de diversas abordagens, de modo que o

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aprendizado em Matemática desenvolva nos alunos valores e atitudes de natureza

diversa, visando a sua formação integral como cidadão.

Os problemas sociais contemporâneos, assim como a diversidade étnico-

cultural serão abordados de forma contextualizada, articulados ao objeto de estudo

desta disciplina.

d) Avaliação

Em Matemática e de acordo com a LDB, entende-se a avaliação como um

meio de aprendizagem que tem como função auxiliar aluno e professor a

identificarem como está ocorrendo a aprendizagem, devendo ser contínua,

cumulativa em relação ao desempenho do estudante, prevalecendo os aspectos

qualitativos sobre os quantitativos. Ela não deve ter caráter de finalização de etapas

mas, sim, dever ser parte integrante do processo ensino-aprendizagem.

A avaliação deve acontecer através de encaminhamentos metodológicos

que abram espaços para a interpretação e discussão, que considerem a relação do

aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão

alcançada por ele.

A avaliação é um elemento do processo de ensino-aprendizagem que

informa ao professor o que foi aprendido pelo estudante e ao estudante quais são

seus avanços, suas dificuldades e possibilidades; encaminha o professor para a

reflexão sobre a eficácia de sua prática educativa e, desse modo, orienta o ajuste de

sua intervenção pedagógica para que o estudante aprenda.

Para que isso aconteça, é preciso que o professor estabeleça critérios de

avaliação claros, sem complicações desnecessárias e que os resultados sirvam para

intervenções no processo ensino-aprendizagem. Assim, a finalidade da avaliação é

proporcionar aos alunos novas oportunidades para aprender e possibilitar ao

professor refletir sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre as

dificuldades de cada aluno.

Dessa forma, instrumentos avaliativos bem planejados, coletarão

verdadeiramente os dados da aprendizagem dos educandos, o que garantirá, por

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sua vez, um juízo qualitativo correto sobre a aprendizagem e sua reorientação, caso

seja necessário, bem como a recuperação dos conteúdos que não foram

assimilados.

No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso de

diferentes instrumentos avaliativos, para diagnosticar as dificuldades dos alunos e

criar oportunidades diversificadas para que possam expressar seus conhecimentos.

Tais oportunidades devem incluir manifestações escritas, orais e de demonstração,

inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais

manipuláveis, computador e calculadora, trabalhos individuais e em grupo,

atividades domiciliares e pesquisas.

As práticas avaliativas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (Buriasco, 2004);

• compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

• elabora um plano que possibilite a solução do problema;

• encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

• analisa a solução do problema;

• Socializa os resultados obtidos.

Avaliar no ensino de Matemática, significa intervir no processo ensino-

aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos

conteúdos matemáticos escolares , visando uma aprendizagem realmente

significativa para sua vida.

e) Bibliografia PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba, 2008.

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA

a) Apresentação

No ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo desta

disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade.

O conhecimento de uma nova língua amplia a capacidade de

comunicação e desperta a consciência de uma realidade plural, contribui no

desenvolvimento do raciocínio lógico ao acionar certos mecanismos cognitivos no

processo de produção de sentidos que envolvem os textos.

Através do estudo da língua estrangeira, o educando terá seus horizontes

ampliados, não só no que se refere ao contato com outras culturas, já impressos no

próprio contexto da língua, como também no fato de compreender melhor a sua

própria língua materna, através do processo cognitivo requerido no estabelecimento

de relações entre estruturas linguísticas da língua-alvo com a língua materna.

O estudo da Língua Inglesa possibilita uma maior interação com o mundo

globalizado que faz uso dessa língua como língua universal no comércio, na moda,

nos esportes, na área tecnológica e cientifica, entre, outros campos da atividade

humana.

Assim, o estudo da língua estrangeira contribui no desenvolvimento de

uma competência linguística que permite ao educando o acesso a vários tipos de

informações, atendendo ao papel de inclusão social, ao mesmo tempo em que

contribui para sua formação geral, enquanto cidadão.

É importante nesse processo, a valorização dos conhecimentos prévios

dos alunos, que mesmo sem notarem, têm contato diário com a cultura estrangeira e

fazem uso de seus vocábulos no dia-a-dia, tendo como conteúdo estruturante,

“Discurso como prática social”.

Assim os alunos desenvolverão percepções relacionadas com a cultura, a

ideologia, o sujeito e a identidade, com clareza, já que a LE atua na construção de

sentidos e na formação de subjetividades pelas representações e visões de mundo

que são reveladas no cotidiano.

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Tal abordagem colabora com a formação básica do cidadão e ajuda a

aprofundar conhecimentos, fornecendo ao educando uma comunicação simples,

mas coerente, no nível da produção e compreensão oral (falar e ouvir) e da

produção escrita (ler e escrever).

Os alunos serão incentivados a integrar-se no mundo atual, caracterizado

pela interdependência entre o avanço tecnológico e o grande intercâmbio entre os

povos, desenvolvendo a consciência do papel das línguas na sociedade, o

reconhecimento da diversidade cultural e assimilando os processos da construção

das identidades transformadoras.

Não sendo a língua fragmentada, mas elemento vivo estruturado pela

leitura, seu estudo estará centrado na diversidade textual e no posicionamento

crítico através dos temas propostos. Também será abordada a “História e Cultura

Afro-Brasileira a Africana”, pautada na Lei 10639/03, bem como outros temas que

contemplam os desafios da sociedade contemporânea, o que permitirá o

enriquecimento dessa abordagem multicultural que permeia o estudo de línguas.

Ao analisar os princípios educacionais fundamentais, identificou-se na

pedagogia crítica o referencial teórico-metodológico pertinente, sendo esta uma

abordagem que valoriza a escola como espaço social, responsável pela apropriação

crítica e histórica do conhecimento, enquanto instrumento de compreensão da

realidade social e de atuação crítica e democrática para a transformação da

realidade.

É necessário levar em conta que o aluno é parte integrante do processo e

deve ser considerado como agente ativo da aprendizagem. Esta colocação remete à

visão de que o ensino não é transmissão de conhecimentos e que a aprendizagem

acontece nas interações sociais. De acordo com esta perspectiva, os alunos

poderão ser envolvidos em tarefas diversificadas que exijam negociação de

significados. Ocasionalmente poderá ser privilegiada uma ou mais das habilidades

linguísticas (ler, falar, ouvir, escrever), embora sejam todas integradas na concepção

de língua adotada.

O estudo da Língua Estrangeira Moderna facilita ao aluno sua participação

nas novas relações comunicativas que se estabelecem, daí a importância de um

trabalho que valorize as relações entre locutor e interlocutor, onde o aluno é sujeito

do processo de aprendizagem.

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Assim, o estudo da língua estrangeira contribui no desenvolvimento de

uma competência lingüística que permite ao educando o acesso a vários tipos de

informações, atendendo ao papel de inclusão social, ao mesmo tempo em que

contribui para sua formação geral, enquanto cidadão.

b) Conteúdos por Série/Ano

5ª série ou 6º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS. Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada série. LEITURA • Identificação do tema; • Intertextualidade; • Intencionalidade; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos; • Recursos estilísticos ( figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão,

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade; • Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Relacione o tema com o contexto atual; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto. ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual

LEITURA Espera-se que o aluno: • Identifique o tema; • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas no texto; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Identifique a ideia principal do texto. ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse as ideias com clareza; • Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: • às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); • à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

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negrito); • Variedade linguística. • Acentuação gráfica; • Ortografia. ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade do texto; • Intertextualidade; • Condições de produção; • Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos; • Recursos estilísticos (figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Ortografia; • Acentuação gráfica. ORALIDADE • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição. • Pronúncia.

a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhe a produção do texto; • Encaminhe e acompanhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõe o gênero; • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, etc.

• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, etc. ORALIDADE • Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna. • Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos, etc.; • Respeite os turnos de fala.

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6ª série ou 7º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS. Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada série. LEITURA • Identificação do tema; • Intertextualidade; • Intencionalidade; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semãnticos; • Recursos estilísticos ( figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Acentuação gráfica; • Ortografia. ESCRITA • Tema do texto ; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade do texto; • Intertextualidade;

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o léxico; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões sobre tema e intenções; • Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto. ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; • Acompanhe a produção do texto; • Acompanhe e encaminhe a

LEITURA Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente em que circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto. ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc. ORALIDADE

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• Condições de produção; • Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semãnticos; • Recursos estilísticos ( figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Ortografia; • Acentuação gráfica. ORALIDADE • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição. • Pronúncia.

reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõe o gênero; • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as Marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, etc.

Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente suas ideias com clareza; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna.

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7ª série/8º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS. Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada série. LEITURA • Identificação do tema; • Intertextualidade; • Intencionalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semãnticos; • Recursos estilísticos( figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Acentuação gráfica; • Ortografia. ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade do texto; • Intertextualidade;

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões e reflexões sobre tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade; • Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Relacione o tema com o contexto atual; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigue a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor.

LEITURA Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto. ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso

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• Condições de produção; • Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); • Vozes sociais presentes no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semãnticos; • Recursos estilísticos ( figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Ortografia; • Acentuação gráfica. ORALIDADE • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Vozes sociais presentes no texto; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; • Adequação da fala ao contexto;

ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; • Acompanhe a produção do texto; • Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de aventura, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a uma aventura, etc.); • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; • Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; • Oriente sobre o contexto

da linguagem formal e informal; • Utilize recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc; • Empregue palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente ideias com clareza; • Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha seus argumentos; • Organize a sequência da fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc., mesmo que em língua materna; • Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos; • Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas,

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social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

reportagem, entre outros.

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8ª série/9º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS. Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada série. LEITURA • Identificação do tema; • Intertextualidade; • Intencionalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semãnticos; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Recursos estilísticos ( figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística. • Acentuação gráfica; • Ortografia. ESCRITA

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; • Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Relacione o tema com o contexto atual; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; • Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de

LEITURA Espera-se do aluno: • Realização de leitura compreensiva do texto; • Localização de informações explícitas e implícitas no texto; • Posicionamento argumentativo; • Ampliação do horizonte de expectativas; • Ampliação do léxico; • Percepção do ambiente no qual circula o gênero; • Identificação da ideia principal do texto; • Análise das intenções do autor; • Identificação do tema; • Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo. ESCRITA Espera-se do aluno: • Expressão de ideias com clareza; • Elaboração de textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

• Tema do texto ; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade do texto; • Intertextualidade; • Condições de produção; • Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); • Vozes sociais presentes no texto; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semãnticos; • Recursos estilísticos( figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Ortografia; • Acentuação gráfica. ORALIDADE • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Vozes sociais presentes no texto; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; • Adequação da fala ao contexto; • Pronúncia.

diferentes gêneros; • Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto. ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; • Acompanhe a produção do texto; • Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõem o gênero; • Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor. • Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas

informal; • Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc.; • Utilização adequada de recursos linguísticas como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc. • Emprego de palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto. ORALIDADE Espera-se do aluno: • Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresentação de ideias com clareza; • Compreensão de argumentos no discurso do outro; • Exposição objetiva de argumentos; • Organização da sequência da fala; • Respeito aos turnos de fala; • Análise dos argumentos apresentados pelos alunos em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna; • Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, filmes, etc. ORALIDADE Espera-se do aluno: • Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

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ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO – EF.

linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

• Apresentação de ideias com clareza; • Compreensão de argumentos no discurso do outro; • Exposição objetiva de argumentos; • Organização da sequência da fala; • Respeito aos turnos de fala; • Análise dos argumentos apresentados pelos alunos em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna; • Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, filmes, etc.

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c) Metodologia

O processo de criação do saber vincula-se a um tratamento metodológico

específico, em que a competência comunicativa sobrepõe-se à competência

lingüística, sem anulá-la. O trabalho com a língua estrangeira em sala de aula

precisa partir do entendimento do papel das línguas na sociedade como mais do que

meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são também

possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo, e

de construir significados.

O texto apresenta-se como um espaço para a discussão de temáticas

fundamentais para o desenvolvimento intelectual, manifestados por um pensar e agir

críticos. É preciso considerar que o trabalho com textos em contexto de uso, isto é,

autênticos, sem uma mudança metodológica, não é capaz de suscitar a consciência

crítica da língua, nem tampouco promover a construção dos significados nas

práticas sócio-culturais.

As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação

primeira com o texto, isto não representa privilegiar a prática da leitura em

detrimento às demais no trabalho em sala de aula, visto que, na interação com o

texto, pode haver uma complexa mistura das linguagens escrita, visual e oral. Assim,

na aula de língua estrangeira será possível fazer discussões orais sobre sua

compreensão, bem como produzir textos orais, escritos e/ou visuais a partir dos

textos lidos, integrando todas as práticas discursivas nesse processo.

O professor, no trabalho com textos, precisa valorizar o conhecimento de

mundo e as experiências dos alunos, por meio de discussões referentes aos temas

abordados, explorando pressupostos e formulando hipóteses. Desse modo, o

professor desempenha um papel fundamental no processo de leitura.

A produção de textos, ainda que restrita a construções de uma frase, a um

parágrafo, a um poema ou uma carta, precisa fazer desta produção uma atividade

menos artificial possível, buscar leitores efetivos dentro e fora da escola, sendo

estes textos produzidos sempre a partir do contato com outros textos.

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Portanto, entende-se que ao tratar os conteúdos de língua estrangeira na

perspectiva do Letramento Crítico, o professor proporcionará ao aluno pertencente a

uma determinada cultura ir ao encontro de outra língua e cultura. Desse encontro,

espera-se que possa surgir a consciência do lugar que se ocupa no mundo,

explorando assim o domínio linguístico que o aluno possa vir a ter.

Para a eficácia desse trabalho far-se-á uso dos recursos disponíveis :

dicionários, vídeos, DVDS, fitas de áudio, Portal Dia-a-Dia Educação, TV Paulo

Freire, OAC, Folhas.

d) Avaliação

Historicamente, a avaliação tem sido um instrumento unilateral e quase

sempre autoritário, de posse exclusiva do professor. A unilateralidade desconsidera

tanto a idéia de processo presente no ato educativo, quanto sua dimensão

relacional. Por ser parte da própria natureza do processo pedagógico, a avaliação

deve, à sua semelhança, ser contínua, permanente e cumulativa.

Defende-se, portanto que, a avaliação da aprendizagem de LE precisa

superar a concepção de mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos,

visto que ela se configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar

discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas

produções, no processo de ensino-aprendizagem.

Nessa perspectiva, caberá ao professor observar a participação ativa dos

alunos, considerando que o engajamento discursivo na sala de aula se realiza por

meio da interação verbal, a partir de textos, e de diferentes formas: entre os alunos e

o professor, entre os alunos e a turma, na interação dos alunos com o material

didático, nas conversas em língua materna e na língua estrangeira estudada.

Serão utilizados diferentes instrumentos de avaliação, definidos de acordo

com os critérios estabelecidos para cada conteúdo. Nessa abordagem, a

recuperação de estudos será disponibilizada para a retomada dos conteúdos

objetivados modificando encaminhamentos metodológicos que assegurem a

aprendizagem e reavaliando através de diferentes instrumentos.

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Embora as considerações citadas evidenciem a avaliação processual, é

também importante considerar na prática pedagógica, avaliações de outra natureza:

diagnóstica e formativa, desde que essas se articulem com os objetivos específicos

e conteúdos definidos nas escolas a partir das concepções e encaminhamentos

metodológicos, respeitando as diferenças individuais e escolares.

e) Bibliografia

AMOS, Eduardo; PASQUALIN, Ernesto; PRESCHER, Elisabeth. Our way. 3ª

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8. PARECER DO NRE