a importância da liderança e da gestão participativa nas organizações

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“A importância da liderança e da Gestão Participativa nas organizações”. EDMÊ BARBOSA COSTA HILDENAR LOPES LUÍS ANDRÉ SILVA FERREIRA RAPHAELA CHRISTINA ARAÚJO RENATA CHRISTINA ARAÚJO* RESUMO Aborda-se neste artigo o papel fundamental do líder no âmbito organizacional, bem como a postura deste perante os colaboradores. O estudo ressalta a preocupação da Gestão de Pessoas com os colaboradores, suas aspirações, necessidades, bem estar e motivação. Comenta-se: a administração participativa, a motivação da força de trabalho, a aprendizagem, a percepção, a comunicação, a importância dos recursos humanos, o clima e a cultura da organização. Objetiva-se com este trabalho ampliar os conhecimentos sobre o nível do indivíduo e as interações deste com as outras pessoas, bem como tecer considerações sobre as posturas de liderança e a correlação entre a gestão participativa e a atuação do líder no ambiente organizacional, fazendo-se necessária a compreensão do processo de comunicação interpessoal, da aprendizagem individual e coletiva e também do modus de gestão que pode incidir no clima e na cultura empresarial .A pesquisa foi elaborada de forma simples, porém compreende pontos fundamentais do tema abordado, a mesma foi baseada em estudo bibliográfico. Palavras-chave: Motivação. Colaboradores. Comunicação. Indivíduo. Clima. Participação.

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Page 1: A importância da liderança e da Gestão Participativa nas organizações

“A importância da liderança e da Gestão Participativa nas organizações”.

EDMÊ BARBOSA COSTA

HILDENAR LOPES

LUÍS ANDRÉ SILVA FERREIRA

RAPHAELA CHRISTINA ARAÚJO

RENATA CHRISTINA ARAÚJO*

RESUMO

Aborda-se neste artigo o papel fundamental do líder no âmbito organizacional, bem como a postura deste perante os colaboradores. O estudo ressalta a preocupação da Gestão de Pessoas com os colaboradores, suas aspirações, necessidades, bem estar e motivação. Comenta-se: a administração participativa, a motivação da força de trabalho, a aprendizagem, a percepção, a comunicação, a importância dos recursos humanos, o clima e a cultura da organização. Objetiva-se com este trabalho ampliar os conhecimentos sobre o nível do indivíduo e as interações deste com as outras pessoas, bem como tecer considerações sobre as posturas de liderança e a correlação entre a gestão participativa e a atuação do líder no ambiente organizacional, fazendo-se necessária a compreensão do processo de comunicação interpessoal, da aprendizagem individual e coletiva e também do modus de gestão que pode incidir no clima e na cultura empresarial .A pesquisa foi elaborada de forma simples, porém compreende pontos fundamentais do tema abordado, a mesma foi baseada em estudo bibliográfico.

Palavras-chave: Motivação. Colaboradores. Comunicação. Indivíduo. Clima. Participação.

*Alunos do 5º período de 2009, dos cursos de: ADHP e ADHT e TU da sala 130, do turno noturno da Faculdade Atenas Maranhense – FAMA.

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1 INTRODUÇÃO

O estudo focaliza a relação do líder com o ambiente organizacional, sua

contribuição para a produtividade dos colaboradores e seu empenho em satisfazer

os indivíduos de forma justa e motivadora. A compreensão do comportamento das

pessoas e dos grupos dentro da organização e o direcionamento desses indivíduos

à percepção das suas potencialidades, são tarefas que fazem do gestor um líder de

visão, que objetiva o sucesso da instituição e o bem estar dos liderados.

A administração participativa é abordada e correlacionada com: a postura

do líder, a mudança gradual da cultura organizacional, o impacto positivo no clima, a

motivação dos colaboradores e a preparação interna da organização para a

competição no mercado.

Em todos os níveis e cargos a liderança é fator principal para o

desenvolvimento das atividades e nas tomadas de decisões, independente da

função ou profissão do indivíduo, como fator sine-qua-non a liderança se caracteriza

pela forma como são conduzidos os ideais das organizações ou dos grupos de

trabalho.

O trabalho tem importância fundamental para o ambiente acadêmico, pois

permite a utilização eficiente do raciocínio, fomenta a utilização da bagagem

intelectual, do poder de análise e compreensão da temática abordada.

A pesquisa tem por objetivo ampliar os conhecimentos sobre a gestão de

pessoas, liderança, práticas administrativas, sócio-organizacionais, analíticas.

Ressaltando-se o compromisso do corpo gerencial com o indivíduo, a cultura, o

clima, e principalmente com a motivação e satisfação do indivíduo.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

A principal engrenagem das organizações são as pessoas, com o

trabalho cooperado é possível alcançar grandes objetivos, mas, muitos gerentes e

líderes acabam esquecendo dessa realidade. As qualidades de um indivíduo podem

se apresentar de acordo determinadas situações no ambiente de trabalho, que não

exatamente requerem dele uma atitude de liderado ou subordinado, essas

qualidades podem servir nas tomadas de decisões independendo do cargo que este

profissional se enquadra, não é a sua função específica que delimita seu campo de

atuação profissional.

Segundo Maximiano (1995, p.363):

A mais importante e duradoura base da autoridade é o próprio indivíduo – suas qualidades intrínsecas, que independem do cargo ocupado. Esta é a liderança propriamente dita, a autoridade que tem como motivo a própria pessoa e fundamenta-se na “devoção afetiva e pessoal dos seguidores’’, e se identifica com o carisma.

A liderança é uma questão de postura e não de cargo. O indivíduo

interage com os grupos e seu carisma e posturas fazem dele líder, o cargo que o

indivíduo ocupa muitas vezes não o faz líder no ambiente de trabalho. Sendo

carismático o profissional adquire respeito e admiração e passa a despontar na

organização como um líder que vê nas relações de trabalho coletivas algo que não

seja totalmente formal e burocrático.

“A diferença de uma liderança para o serviço se faz sentir no modelo

escolhido pelo tipo de líder que deseja ser. A origem e base da verdadeira liderança

residem no comprometimento pelas necessidades dos demais, materializada por

ações de valorização do ser humano”. (MATOS 2004, p.40).

O ser humano valorizado produz em maior e escala e tem suas

aspirações e sentimentos satisfeitos, a figura do líder desponta nessa relação de

estímulo e compreensão dos colaboradores, fazendo a interação da organização

com o indivíduo a partir da gestão de pessoas aplicada pela liderança.

Amorim (2006, p.2) discorre sobre o papel das pessoas nas organizações:

As organizações buscam pessoas que colaborem com suas atividades, que tenham um perfil flexível ou talvez mais que isso, e buscam, mesmo que inconscientemente um ser “mutante” ou “camaleão”. Um ser que hora esqueça seus

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valores pessoais para incorporar os valores organizacionais, hora seja um verdadeiro guru, que crie visões de futuro as quais devem propiciar a manutenção da organização pelo maior período possível, além de seu crescimento e perpetuação.

Compreende-se que as organizações necessitam de pessoas de visão

que saibam resolver situações de forma ampla e principalmente que incorporem a

missão da empresa nas suas atitudes enquanto profissional. A liderança constitui

fator de grande apoio nas tomadas de decisões pois, a forma como são conduzidas

as pessoas e as tarefas, influenciam no desempenho e no produto das

organizações, portanto o líder é mais que uma presença autoritária ou flexiva é o

condutor da missão e dos resultados a serem alcançados dentro de uma instituição.

Sobre percepção do líder no ambiente de trabalho Minicucci (1992, p.179)

afirma:

Quando o líder é capaz de perceber a situação, entender os seus seguidores, compreendê-los, diz-se que tem sensitividade percepcional; ou, ainda, situacional ou social. [...] quando for capaz de entender a situação, os seguidores, ou de compreender as barreiras de comunicação, de descobrir as metas desejadas, ele estabelecerá o que se chama mapa psicológico do grupo.

A percepção é importante para o processo de liderança, pois é o ponto de

partida para o entendimento do indivíduo, de suas aspirações, necessidades e

desejos. Saber qual conduta usar com cada indivíduo faz do líder um sábio, pois ele

passa a dominar o mapa psicológico do grupo que lidera.

“Não basta que o administrador saiba desempenhar bem suas funções

nos tipos de comunicação; não basta saber planejar, implantar, operar, avaliar, é

preciso que saiba também estimular, coordenar e controlar, entendendo as pessoas

e suas peculiaridades individuais e grupais”. (LAKATOS 1997, p.153).

Entende-se que na relação de trabalho os indivíduos devem ser

entendidos de forma isolada e coletiva, inseridos no processo produtivo e de

liderança e coordenados de forma a atingir os objetivos grupais e organizacionais.

Segundo Drucker (1997, p.89):

Quando refletimos sobre o tipo de liderança bem sucedida em nosso mundo cada vez mais caótico, destacamos não apenas as pessoas que ocupam cargos tradicionais de liderança, mas também aquelas em toda organização capazes de tomar

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decisões dignas de um diretor-presidente [...]. Todos precisam manifestar liderança.

Em organizações que as atividades são conduzidas de forma coletiva ou

individual, deve-se incutir nos profissionais um perfil de liderança, que sobremaneira,

facilitará as ações destes, pois, se cada profissional, sendo ou não de nível

hierárquico superior agir como um líder em diversas situações as tarefas serão

desenvolvidas de forma mais ágil e eficiente, pois o planejamento deixa de ser

prioridade do nível estratégico e passa a integrar o quadro de ações do nível

operacional. Dessa forma a liderança se manifesta de uma forma coletiva em

situações que necessitam de decisões de vários níveis organizacionais ou do grupo

de trabalho.

A liderança é fator fundamental na organização, não importando a

posição que o indivíduo ocupa. O líder que valoriza as potencialidades de seus

colaboradores leva a empresa a um grau de eficiência maior. O direcionamento dos

liderados à execução das tarefas que mais se adequam a seus perfis é de

responsabilidade de um líder que tem compromisso com a missão da organização e

com os objetivos da mesma.

Drucker (1997, p.225) discorre sobre o trabalho em equipe:

Embora alguns funcionários brilhantes prefiram trabalhar sozinhos, acreditamos que os ‘’cavaleiros solitários’’ terão oportunidades limitadas na organização do futuro [...]. Oferecer aos funcionários a oportunidade de trabalhar em equipe aumenta em muito o poder de recrutamento de uma organização quanto à oferta de um trabalho agradável e um desenvolvimento acelerado.

Aprender a trabalhar em grupo se torna cada vez prioritário, a

aprendizagem do trabalho coletivo aumenta o desenvolvimento individual do ser

humano e a produtividade da empresa, estreita o relacionamento entre as pessoas e

possibilita aceleração nas tarefas desempenhadas pelos indivíduos.

Sobre aprendizagem individual Wheeler apud Angeloni (2002, p.82)

explicita:

O grande desafio para as organizações é compreender o que significa aprendizagem, como ela ocorre no individuo e como se processa a transferência dessa aprendizagem individual para a organizacional, afim de poder gerenciar e alavancar esse processo, direcionando-o para as estratégias e criando uma cultura organizacional que a favoreça.

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A aprendizagem individual é o começo de um ciclo que culmina na

aprendizagem organizacional e tem o ápice no favorecimento das estruturas de

trabalho como um todo. O indivíduo utiliza a percepção dos dados e processa os

mesmos afim de gerar ações, são utilizados também nesse ciclo os modelos

mentais individuais. A aprendizagem organizacional por sua vez é a continuação da

individual acrescida da captura dos conhecimentos dos membros do grupo.

“A aprendizagem organizacional corresponde, assim, à forma pela qual as

organizações constroem, mantêm, melhoram e organizam o conhecimento e a rotina

em torno de suas atividades e culturas, a fim de utilizar as aptidões e habilidades da

sua força de trabalho de modo cada vez mais eficiente”. (WHEELER apud

ANGELONI 2002, p.82).

Há uma convergência entre as ações individuais e as organizacionais,

essa convergência impulsiona o aprendizado organizacional, retroalimentando a

cadeia de aprendizagem. É uma vantagem competitiva para as organizações a

questão de trabalhar a aprendizagem, pois a mesma possibilita alavancagem do

conhecimento dentro do sistema, esse salto torna o grupo capaz de romper as

barreiras consolidadas ao longo do tempo e tornar-se empreendedor, como uma

microempresa instalada no coração da organização.

Sobre como o líder deve utilizar a comunicação para o alcance dos

objetivos organizacionais Johann (2002, p.12) discorre:

O atingimento do objetivo dependerá não só dos processos mentais e da eliminação das barreiras, mas até da forma como a comunicação deve ser conduzida, conforme o sexo do receptor! Assim, enquanto que os homens são mais diretos, racionais e se impõem mais, (inclusive usando o recurso da voz), as mulheres são mais questionadoras, emotivas, ouvem mais e buscam ser úteis. Explorar essas características aumenta a aceitação da mensagem.

O líder em sua relação direta com o indivíduo ou grupos deve utilizar as

características da sua comunicação, não basta apenas conduzir o aprendizado e

perceber os colaboradores, mas também interagir com estes a partir da

comunicação, bem como observar as interações entre os indivíduos no grupo.

Comunicação é um elemento chave que deve ser considerado quando da

manutenção da liderança.

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“Uma das mais importantes estratégias para a Gestão de Pessoas reside

na intensa comunicação e retroação com os funcionários. O sistema de informação

proporciona a visibilidade adequada para que gerentes de linha e funcionários

possam navegar e trabalhar frente a metas e objetivos mutáveis e complexos”.

(CHIAVENATO 1999, p.404).

Pode-se inferir da assertiva que a comunicação gera a organização um

posicionamento firme perante seus colaboradores e possibilita o entendimento do

que ocorre na relação dos grupos com o trabalho, metas, objetivos e da satisfação

dos indivíduos com a organização.

A comunicação permite ao líder saber o que seus liderados anseiam,

quais são suas dificuldades, seus desejos e qual o grau de participação destes na

organização, tanto no exercício profissional quanto na formulação de idéias e rotinas

de trabalho.

Bateman e Snell (1998), consideram que a empresa deve ser inteligente,

pois:

[...] As organizações inteligentes estão comprometidas com a abertura às novas idéias, com a geração de novos conhecimentos e com a divulgação de informações e conhecimentos. As organizações inteligentes buscam altos níveis de colaboração entre pessoas de diferentes áreas de negócios. Obviamente, uma organização inteligente é mais bem sucedida em melhorias contínuas.

As modernas organizações adotam o modelo participativo de gestão,

esse modo de gerenciar estimula a participação dos colaboradores, incentiva o

indivíduo a pensar e tomar decisões reconhece o papel fundamental do ser humano

no processo de desenvolvimento organizacional, bem como impacta no clima e na

cultura do ambiente de trabalho e motiva os grupos ao exercício profissional.

Sobre o papel das pessoas nesse modelo de gestão. Maximiano (2007,

p.261) afirma:

No modelo participativo predominam a liderança, a disciplina e a autonomia. Nas organizações que adotam o modelo participativo, as pessoas são responsáveis por seu próprio comportamento e desempenho. A disciplina é interior e não imposta de fora, por meio de regulamentos. Quanto maior a autonomia das pessoas e quanto maior as possibilidades de tomarem decisões que afetam seu próprio trabalho, mais participativo será o modelo de administração usado pela organização.

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A organização deve buscar soluções e objetivos em conjunto com seus

colaboradores, que em muitos casos conhecem mais os processos e a organização

que seus superiores. Nesse processo de autonomia das pessoas o líder desponta

como um facilitador e impulsionador das equipes. A gestão participativa possibilita

também o surgimento de novas lideranças nos grupos, pois os colaboradores têm

poder de decisão sobre seu trabalho.

O aspecto motivacional da organização tende a ser alavancado, pois a

gestão participativa coloca o indivíduo no centro das decisões, este por sua vez se

sente valorizado, percebe que a sua opinião importa à organização e que os

objetivos pelos quais luta pra cumprir são também formulados com o auxílio dele.

O clima organizacional melhora quando da inserção da gestão

participativa, a liderança deve portanto coordenar e perceber essa mudança positiva,

na qual os indivíduos somam esforços por objetivos comuns.

Num clima organizacional negativo os funcionários não conseguem

alcançar as metas pretendidas pela empresa, entretanto se a organização realiza

mudanças na gestão, nas políticas e procedimentos, os colaboradores podem ser

positivamente influenciados, portanto, podem conduzir de forma responsável as

mudanças que são necessárias no momento. Num ambiente conflituoso não há

possibilidades da empresa alcançar níveis altos de produtividade e competitividade,

pois internamente ela sofre uma deficiência no clima e as pessoas encontram-se

desmotivadas para o exercício de suas profissões.

A motivação e o clima organizacional estão atrelados, colaboradores

motivados contribuem para um clima positivo, bem como a participação na gestão

cria uma atmosfera límpida e estimulante no âmbito organizacional. A cultura da

empresa pode ser modificada com a inserção de novos parâmetros gerenciais e

novas abordagens de gestão de pessoas. A cultura tradicional deve ser revista e

abrir espaço para uma cultura do bem estar aliada a alta produtividade.

Gil (2001, p.221) assevera a importância da participação, motivação e

atitudes da liderança para o clima e a cultura da organização:

Elogios sinceros e demonstrações de apreço - mesmo que muito singelas, como um sorriso ou um sinal de positivo com o polegar – dão às pessoas um senso de vitória, fazendo com que sintam que deram uma contribuição de valor. Recomenda-se, portanto, que os gerentes se apóiem seus empregados mesmo quando erram, apontando-lhes as falhas e indicando

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como melhorar, sem culpá-los ou humilhá-los. À medida que reconhecem neles os pontos fortes, fazendo críticas construtivas, estão contribuindo para que se empenhem em melhorar futuramente.

Atitudes positivas dos líderes para com seus liderados incidem na

motivação e consequentemente no clima organizacional, ao apontar as falhas e

sugerir melhorias o líder molda uma nova postura dentro da gestão empresa,

possibilitando, portanto uma mudança gradual na cultura, isto com a contribuição da

administração participativa.

No que concerne à postura do líder na percepção dos indivíduos,

comunicação, interferência no clima e cultura, motivação da força de trabalho e ciclo

de aprendizagem, pode-se afirmar que ao liderar de forma situacional e tendo por

base os elementos da administração participativa o mesmo pode se destacar na

organização como um colaborador que ajuda no processo de mudança, na aquisição

de um diferencial competitivo no mercado e na formulação de um novo modo de

gestão de pessoas.

Sobre a sabedoria da liderança Minicucci (2005, p.279) afirma:

A sabedoria está em saber quando usar tal e qual método. Seu problema é, pois aprender a variar de técnica de acordo com as diferentes condições e pessoas com as quais se defronta em seu trabalho [...]. A sua sabedoria em aplicar as três armas básicas da liderança – autocrática, democrática, permissiva – determinará seu sucesso pessoal como líder. [...] Saber ser autocrático, democrático ou permissivo de acordo com a situação.

Ao liderar de forma situacional o indivíduo pode alcançar maiores

resultados, esse estilo de liderança se adequa bem ao modelo participativo de

gestão e permite uma maior interação do líder com os grupos sem que predomine a

autocracia, a democracia ou permissividade, mas sim uma alternância entre as três

abordagens.

É crucial para o clima organizacional sintonizar o funcionário com a

empresa, fazendo deste um membro ativo nas decisões e planos, para que ele sinta

a importância que possui na organização. Essa iniciativa da gestão de pessoas fará

com que os colaboradores motivem-se mais, a partir de um modelo de gestão

participativa pode-se influenciar o clima organizacional. A figura do líder é fator sine-

qua-non nessa sintonia funcionário versus empresa.

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A organização deve investir na satisfação de seus funcionários a partir do

grupo das “necessidades superiores” que é composto pelas necessidades sociais,

de estima e de auto-realização. Para a empresa é importante que as pessoas se

sintam bem consigo mesmas e com os outros, pois a partir desse sentimento de

bem-estar elas são mais capazes de enfrentar as jornadas de trabalho e solucionar

os problemas que surgirem. O resultado de funcionários felizes e satisfeitos é a alta

produção, o que por sua vez acarreta o lucro e a posição favorável da empresa no

mercado.

.

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3 CONCLUSÃO

Concluí-se que a liderança quando bem utilizada torna-se fator de

sucesso organizacional. A figura do líder é de suma importância para o ambiente de

trabalho, sendo que este deve estar atento aos elementos que incidem na eficiência

do sistema do qual faz parte. Portanto, perceber, estimular, controlar e motivar são

armas inerentes a um líder eficaz engajado na causa da empresa. A gestão

participativa serve de apoio à gestão de pessoas, produtividade e quando

coordenada eficazmente pelos líderes traz resultados fantásticos à organização. Os

impactos mais visíveis são no clima, na cultura, na motivação dos indivíduos e no

modus de gestão.

O indivíduo satisfeito e participativo se sente valorizado e passa a integrar

o grupo das pessoas auto-motivadas, que possui espírito de liderança e aspecto

empreendedor, que se comunica com facilidade e entende as mensagens com

clareza, que aprende e repassa aprendizagem e, sobretudo que veste a camisa das

da organização por se sentir parte atuante da grande engrenagem que é o sistema

empresa.

O estudo foi enriquecedor, proporcionou uma visão holística do tema

abordado e levantou questões importantes, que agregam valor à graduação. Pode-

se observar e compreender as peculiaridades de cada subtema abordado. A análise

das fontes de pesquisa, dos textos de diversos autores, proporcionou um

embasamento teórico rico, que possibilitou a construção do desenvolvimento do

artigo.

Utilizou-se, para subsidiar e desenvolver a pesquisa materiais

direcionados à temática abordada, sempre objetivando repassar as idéias de

maneira clara e verdadeira, pois o trabalho acadêmico requer embasamento, dado a

complexidade do tema escolhido. Pudemos observar de uma forma holística os

subtemas e desenvolver este trabalho da forma mais elaborada e eficiente possível.

Page 12: A importância da liderança e da Gestão Participativa nas organizações

REFERÊNCIAS

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CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 1999.

DRUCKER, Peter F. Organização do futuro: Como preparar hoje as empresas de amanhã. São Paulo, Futura, 1997.

GIL, Antônio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001.

JOHANN, Maria Elisabeth Pupe. Aspectos comportamentais da gestão de pessoas. Rio de Janeiro: FGV Management, 2002.

LAKATOS, Eva Maria. Sociologia da Administração. São Paulo: Atlas, 1997.

MATOS, Josimar Sionti Arrais de. O Simbolismo da mesa redonda: a palavra liderança vincula-se ao conceito de liderar para servir. Ensino Superior, São Paulo, ano 7, n.73, .p. 40, out. 2004.

MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 1995.

MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas, 2007.

MINICUCCI, Agostinho. Relações Humanas: psicologia das relações interpessoais. São Paulo: Atlas, 1995.

MINICUCCI, Agostinho. Psicologia aplicada à administração. São Paulo: Atlas, 2005.