a filosofia e as empresas

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A Filosofia e as Empresas

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FILOSOFIA E ORGANIZAES Livro: Ivon Pesquex

FILOSOFIA E ORGANIZAESLivro: Ivon PesquexPrimeiro aspecto - inscrito no prprio esprito do capitalismo (Weber: a tica protestante e o espirto do capitalismo) Segundo aspecto - consequncia da rotulao do ensino das cincias em Masters e MBAs, a ponto de criar o jogo/diverso social. Cincias organizacionais - lugar especfico das disciplinas das cincias humanas. Constatao - marginalizao da disciplina economiaObjetivo - mostrar relao entre os discursos milenares da filosofia e o moderno estilo empresarial.Pressuposto - constatao da no auto-suficincia das empresas, e a filosofia, ao confrontar-se com elas, pode encontrar material de reflexo, sobre a atividade humana e, por que no, sobre sua prtica. Da: os empresrios podem criar suas prprias prticas e enriquecer suas reflexes, ao colocarem-se em perspectiva filosficanica certeza - crise da humanidade. Triunfo do princpio prtico e a abertura das instituies responsveis por categorizar o mercado resultaram um um duplo efeito:desaparecimento progressivo do que destinado formao dos indivduos;normalizao dos contedos pedaggicos (generalizao que leva formao de clones) Como - a partir da idia de empresa, provocando uma ressignificao da idia de firma, tentado juntar seus prprios mtodos, relacionando-os sempre s categorias econmicas. Da:cincias organizacionais copiam conceitos de outras disciplinas e os empobrece. Desde 1980 - categorias clssicas de pesquisa perdem fora (fundamental, aplicada e pesquisa e desenvolvimento). Causa- momento em que os recursos empresariais se tornam objeto de pesquisa. Consequncias - muito alm das fronteiras das cincias organizacionais. Sendo a empresa - cruzamento de fluxos econmicos, fundo de pesquisa mobilizados pelas prprias empresas, pelos organismos que as une e outros que tm alguma relao com elas.Contribuies - no disponveis a outras disciplinas.Exceo - empresas como objeto de estudo por outras disciplinas. Exemplo - categoria de cultura (conceito tomado da antropologia para a atividade das empresa sem mexer na sua estrutura).Resultado - constituio de uma rea nebulosa entre ensino e pesquisa (abertura de cursos superiores voltados para o mercado).Outras consequncias - altrusmo colocado em questo.Como: temas mercadolgicos e do princpio prtico so apresentados universidade e legitimados.Desenvolvimento da pesquisa em administrao - smbolo da expanso das cincias organizacionais como disciplina e como prtica social. Exemplo - profissionalizao do sistema americano na implementao de MBAs e sua hipostasia ideolgica.Diante deste quadro - filosofia pode contribuir para a formao dos empresrios.Dois grandes projetos e uma ilustrao:a filosofia como referncia (principalmente diante da fraqueza do quadro conceitual das cincias organizacionais);a filosofia como mtodo (sobretudo diante da importncia da abordagem psicossociolgica) com o exemplo da maiutica).

A FILOSOFIA COMO REFERNCIAFilosofia - referncia diante da fraqueza conceitual das cincias organizacionais. Referncias filosficas - permite esclarecer a atuao especfica dos princpios gerais ligados aos mtodos de administrao que d corpo aos valores de uma entidade.Trata-se de - alcanar o fundamental, ou seja, os elementos que permitem entender a maneira de pensar.A FILOSOFIA COMO MTODOFilosofia em alta: preocupao com a humanidade e; quanto ao que diz respeito empresa, a poderosa ascenso de uma perspectiva tica por meio da tica dos negcios.Nestes dois temas - conjuntos empresariais confrontados com a filosofia.Bouveresse - poder da mdia acentua e manifesta a tendncia de nossa sociedade em substituir a realidade pela representao,a importncia do real pela sua imagem ( a quantidade de efeito, pelo efeito da quantidade).Empresa - um destes lugares que legitimam o efeito da quantidade. Bouveresse - crtica proposta da filosofia contempornea.Diante dos anseios por respostas s grandes questes - filosofia contempornea s oferece consideraes e anlises tcnicas.Opinio do autor - filosofia disciplina rigorosa que no dve ser evocada como pretexto para qualificar prticas externas e internas da organizao, uma vez que ela questiona profundamente. O que a filosofia deve dizer aos empresrios - lembrar os conceitos de responsabilidade, recorrente nas empresas.Dois tipos de crticas:aquela que v no privilgio concedido filosofia um fenmeno passageiro, simples expresso de uma crise mais profunda ligada ao declinio das ideologias, dos grandes sistemas ou das grandes narrativas filosficas e religiosas. aquela que v, na filosofia, um pretexto dos empresarios, especilamente para o que est relacionado s perspectivas ticas, como maneira de legitimar o uso do poder, melhorar a imagem e ter o respeito dos empregados.EM QUE A FILOSOFIA PODE CONTRIBUIR PARA AS CINCIAS ORGANIZACIONAISCondio para a contribuio da filosofia para a formao dos empresrios ter resultado, dois grandes preceitos devem ser ultrapassados:na realidade empresarial existem somente as expectativas econmicas, porque no h valores ticos de fato;2 - a filosofia um universo totalmente terico, subjetivo e abstrato, o que para uns so caractersticas de sua importncia e para outros, justificativa de sua desqualificao. Argumentaes:um, clssico, que evita o obstculo da erudio ao abordar princpios filosficos fundamentais e relacion-los com o cotidiano empresarial.

outro, mais original, que podemos qualifcar, de acordo com Plato e Scrates. caso - empresrio representante no filosfico da empresa ( aposta que a leitura de alguns grandes filosfos possibilta a descoberta ou redescoberta do sentido de certas prticas do seu dia-a-dia).caso- maitica - originada a partir dos temas em um contexto de pesquisa-prtica, ou o prprio tema, capaz de modificar as opinies dos membros do grupo.Exemplos para esclarecer a maiutica :o dinheiro - empresa e dinheiro (conceitos sempre ligados). Importante refletir sobre as funes sociais e simblicas do dinheiro. Refletir sobre o dinheiro , refletir sobre a confiana.o esforo dos homens - a vida empresarial se caracteriza pelo carter primrio do trabalho (motivao). Dimenso maior pela questes: a troco de que trabalhamos? Pela necessidade humana de se dedicar a alguma atividade ou por uma nova necessidade , a das empresas , para quem nos esforamos e entregamos a vida?

a morte - sociedade tradicional importncia central morte. Empresa contribui com a idia da negao da morte. o desejo - a empresa local da negao da fantasia (matria fundamental da racionalidade prtica) enquanto o consumo o local da expresso do desejo. Qual ponto de vista deve ser adotado sobre o status do desejo hoje em dia?a angstia - a legtima concepo da angstia est na individualizao e na psicologizao do tema. Isto suficiente? ou seja, trabalhar em alguma empresa suficiente para eliminar a angstia?Ao entender a filosofia como uma das contribuies para a formao dos empresrios, mostra-se que os conceitos tm a dizer em um mundo em que, mais do que qualquer outro lugar, a teoria se distingue da prtica, levando em conta o desaparecimento do lugar reservado s humanidades, tal demonstrao relembra a importncia da filosofia. CONCLUSO