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CONHECENDO AS EMPRESAS

Quais seriam os segredos para o bomdesempenho de um assis-

tente administrativo? Certamente, muitos. Você também vai

“colecionar” os segredos que descobrirá ao longo de sua carreira!

Nesta Unidade, conheceremos alguns desses segredos ao come-

çar a estudar de forma mais profunda questões de caráter téc-

nico relativas ao trabalho do assistente administrativo.

Oprimeiropassoé saber umpoucomais sobre ofuncionamen-

to e a organização das empresas. Então vamos começar.

Caracterização da empresa

No Caderno 1, você estudou questões mais abrangentes li-

gadas à área da administração, tal como as relativas ao mer-

cado de trabalho, ao próprio desenvolvimento de diferentes

teorias que organizam o trabalho em indústrias e empresas,

e também estudou como a economia e seus diferentes setores

são organizados.

Daqui para a frente, o nosso foco passa a ser mais interno, no

que diz respeito ao conhecimento e funcionamento das empresas.

Uma primeira divisão importante que você precisa conhecer diz

respeito à classificação do porte das empresas. Veremos duas

possibilidades de classificação: uma de acordo com o fatura-

mento anual da empresa e outra de acordo com onúmero de

funcionários que ela possui.

Veja as tabelas a seguir.

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10 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Tabela 1 – Classificação quanto ao faturamento

Classificação Receita operacional bruta anual

Microempresa Menor ou igual a R$ 2,4 milhões

Pequena empresa

Maiorque R$ 2,4 milhões e menor ou iguala

R$ 16 milhões

Média empresa

Maior que R$ 16 milhões e menor ou igual a

R$ 90 milhões

Média-grande empresa

Maior que R$ 90 milhões e menor ou iguala

R$ 300 milhões

Grande empresa Maior que R$ 300 milhões

Banco nacional dE dEsEnvolviMEnto EconÔMico E social (BndEs).

Porte de empresa. disponível em: <http://www.bndes.gov.br/siteBndEs/bndes/bndes_pt/

institucional/apoio_Financeiro/porte.html>. acesso em: 26 mar. 2015.

Tabela 2 – Classificação quanto ao número de funcionários

Classificação InDÚStria Comércio e serviços

Microempresa até 19 empregados até 9 empregados

Pequena empresa 20 a 99 empregados 10 a 49 empregados

Média empresa 100 a 499 empregados 50 a 99 empregados

Grande empresa Mais de 500 empregados Mais de 100 empregados

Fonte: sERviÇo BRasilEiRo dE aPoio Às MicRo E PEQUEnas EMPREsas (sEBRaE)

(org.). anuário do trabalho na micro e pequena empresa: 2012. 5. ed. Brasília: dieese, 2012.

disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sebrae/Portal%20sebrae/anexos/anuario%20do%20

trabalho%20na%20Micro%20e%20Pequena%20Empresa_2012.pdf>. acesso em: 26 mar. 2015.

Outroimportanteaspectodaformaçãodasempresas quevocê precisaconhecerdiz

respeitoasuaorganização jurídica. Emrelação aesseaspecto, as empresaspodem

ser divididas em quatro tipos, conforme mostra o quadro a seguir.

Tipo de organização jurídica Descrição

Privadas

Pertencema uma pessoa ou a um grupo e atuam no

sentido de produzir riqueza e gerar lucro, que é

distribuídoentre os sóciosparaseuusoparticular. Um

supermercado,porexemplo,investeumapartedo

lucro na manutenção de suaestruturae a outraparte

vai para os donos e os seus sócios.

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ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 11

Tipo de organização jurídica Descrição

PÚblicas

Foram criadas por lei específica e com capital

exclusivamente pÚblico para prestar serviços à

comunidade. Podem ser municipais, quando ligadas à

prefeitura; estaduais, quando pertencem ao governo

do Estado; ou federais, que pertencem e trabalham

para o governo do País. Embora não possam ser

deficitárias, tais empresas não têm por objetivo o

lucro, mas sim cumprir aquilo que é estabelecido pelo

poder municipal, estadual ou federal. Exemplo: [...]

caixa Econômica Federal e as companhias estaduais

de água e esgoto.

autarquias

Em alguns casos, as empresas pÚblicas podem se

organizar de forma muito especial. as autarquias, por

exemplo, são entidades estatais autônomas, com

patrimônio e receita próprios, criadas por lei para

executar, de forma descentralizada, atividades típicas

da administração pÚblica. as autarquias são isentas de

tributação. Exemplos: o inss, as universidades

federais e o Banco central do Brasil.

Empresas de economia mista

criadas pelo governo com a participação de capital

privado, para a realização de empreendimentos ou

ações de interesse social. Por esse motivo, o lucro

obtido pela atividade de uma empresa de economia

mista deverá ser investido em ações que beneficiem o

setor. Um exemplo é a Petrobras, que é a maior

empresa brasileira de economia mista. criada

originalmente para explorar o petróleo no subsolo

brasileiro, acabou se transformando em uma empresa

de energia, lidando também com gás natural, fontes

de energia alternativa etc. Uma parte dela é pÚblica e a

outra pertence a acionistas.

sERviÇo nacional dE aPREndiZaGEM coMERcial (sEnac). Práticas administrativas

em escritório. Rio de Janeiro: senac nacional, 2010. p. 45-6.

Para finalizar esse assunto, vamos descrever quais são os principais tributos e im-

postos que toda empresa deve pagar, e que um assistente administrativo precisa

conhecer.

São três as esferas de tributaçãocom as quaisas empresasdevemlidar: federal, es-

tadual e municipal.

Page 6: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

12 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Em relação à tributação federal, existem três possibilidades, mostradas no quadro

a seguir.

Tipo de opção tributária

Descrição

simples nacional

Éumregimeespecialdetributaçãoparamicroepequenasempresasque

permite realizar o pagamento unificado de tributos, com tratamento jurídico

simplificadoe diferenciado. as condiçõesgerais de opçãosãobaseadasno

faturamentoanual,excluindoasdeduçõeslegais,sendodeatéR$ 360.000,00

(trezentos e sessenta mil reais) para Microempresa, excluindo as vedações.[...]

lucro real

Base de cálculo do imposto sobre a renda apurada segundo registros

contábeis e fiscais efetuados sistematicamente, de acordo comas leis

comerciais e fiscais. lucro real é o lucro líquido do período de apuração

ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou

autorizadas pela legislação fiscal. [...]

asempresas quesãoobrigadas a tributar pelo lucro real sãoaquelas que:

tenham receita total, no ano-calendário anterior,superior ao limitede

R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais); suasatividades sejam

de instituições financeiras em geral; que tiverem rendimentos oriundos do

exterior; sejam autorizadas a usufruir de benefícios fiscais relativos à isenção

ou redução do imposto; e que tenham efetuado pagamento mensal

determinado sobre a base de cálculo estimada.

lucro presumido

olucropresumidoéumaformadetributaçãoparadeterminaçãodabasede

cálculo do imposto de Renda e da [contribuição social sobre o lucro líquido] –

csll das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas à apuração do lucro

real.nestecasodolucropresumido,oiRPJ[impostodeRendadePessoas

Jurídicas] e a csll são devidos trimestralmente.

Rosa, lucilene Faria. tributação: cartilha. Brasília: sebrae, 2012. p. 7-9. disponível em:

<http://www.sebraesp.com.br/arquivos_site/biblioteca/guias_cartilhas/na_medida_

tributacao.pdf>. acesso em: 26 mar. 2015.

No âmbito estadual, encontra-se a tributação sobre operaçõescomerciais, obrigan-

doasempresas que realizamesse tipo deatividadeaopagamentodo Imposto sobre

Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).

Por fim, no âmbito municipal, o principal imposto a ser recolhido é o Imposto

sobre Serviços (ISS).

Organização: estrutura e funcionamento organizacional

Para compreender esse assunto, vamos iniciar aprendendo o próprio conceito de or-

ganização. Quando falamos de organização, não estamos apenas nos referindo a uma

Page 7: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 13

empresa. O termo organização, tal como utilizado na Ad-

ministração, vai além disso. Portanto, é importante que

você conheça e compreenda a definição do termo dada

pelasteoriasdaAdministração. Vejaaseguiruma delas.

Uma organização é uma combinação de esforços

individuais que tem por finalidade realizar propósitos

coletivos. Por meio de uma organização torna-se

possível perseguir e alcançar objetivos que seriam

inatingíveis para uma pessoa. Uma grande empresa

ou umapequena oficina, um laboratórioou o corpo

de bombeiros, um hospital ou uma escola são todos

exemplos de organizações.

Fonte: MaXiMiano, antônio césar amaru. introdução

à administração. 8. ed. são Paulo: atlas, 2011.

Já emrelaçãoaoconceitodeestrutura organizacional,

pode-se definir organização como sendo o conjunto das

relações estabelecidas pelos indivíduos e pelas diferen-

tes áreas que formam o todo de uma empresa.

É importante que você, comoassistenteadministrativo,

conheçabema estrutura organizacionalda empresa em

que atua, para que possa lidar com as suas diferentes

áreas e, principalmente, porque é essa estrutura que de-

fine a organização de uma empresa.

Portanto, podemos dizer que a estrutura organizacio-

nal é fundamental para o funcionamento de qualquer

empresa, e dela depende, em grande medida, a forma

como são organizadas, desenvolvidas e coordenadas

as atividades cotidianas da empresa. Em termos de

Você sabia? É comum que as empresas

definam e transmitam,

tanto para seus funcioná-

rios quanto para seus

clientes e mercado em

geral, sua missão, visão e

valores. Esse conjunto de

informações sobre a em-

presa representa sua iden-

tidade organizacional.

Por missão, entende-se

uma breve definição do

queaempresa é, qual sua

razão de existir, em ter-

mos de definição da sua

atividade principal e do

papel da organização na

sociedade.

Já a visão é algo que se

aproxima dameta do que

a empresa pretende ser,

ou seja, algo que a em-

presa ainda não é, mas

tem por objetivo concre-

tizar. Nesse sentido, dife-

re da missão, que é algo

que a empresa já faz, en-

quanto a visãoéalgo que

empresa e funcionários

almejam alcançar.

Porfim, osvaloressãoos

princípios que orientam

as ações e práticas da em-

presa e seus funcionários,

individual e coletivamen-

te. Representam, portan-

to, a própria ética da

empresa.

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14 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

atividades;

comparação, pode-se dizer que a estrutura organizacional é a espinha dorsal de

toda empresa.

Vejaosbenefíciosquea empresapossivelmenteteráse possuir umaestrutura organi-

zacional bem definida:

• facilidade na identificação das tarefas necessárias;

• maior organização das funções e suas respectivas responsabilidades;

• mreaciuorrspoos,ssbiebmilicdoamdeoduemforanmecbeiernatoecpornojpuínctioodeoms soetuivsaedmoprrpegaraadoasrienafloizrmaçaãçoõdesase

• atiuvxoíslieosntiapcuolamdpoast.ibilização entreasações realizadaseaconcretizaçãodos obje-

Segundoosconceitosda Administração, existemdoistiposdeestrutura organiza-

cional: a formal e a informal.

organização formal

É aquela representada pelo organograma da empresa, que geralmente apresenta suas

divisões formais, apontando as posições existentes e suas respectivas responsabili-

dades. Veja a seguir um exemplo.

Reparequeas linhas do organograma informam como está construída ahierarquiada

empresae tambémrepresentamcomoacontecea comunicaçãoentresetores, cargose

14 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

PRESIDENTE

Secretária Executiva

Diretoria de Marketing Diretoria de Produção Diretoria Financeira

e Comercial e Logística e de Contabilidade

Diretoria de Recursos

Humanos

Assistente Administrativo Assistente deVendas Supervisor

Auxiliar de Faturamento

Menor Aprendiz

Assistente Administrativo

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ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 15

funções. Éimportantepercebertambém queas posiçõesqueestão na parte superior do

organograma indicam as de maior responsabilidade e autonomia.

No exemplo dado, observa-se que o cargo máximo na hierarquia da empresa é o

do presidente, que ocupa o primeiro nível do organograma e estabelece comuni-

cação direta com as diretorias da empresa. No caso do exemplo, são: diretorias de

Marketing e Comercial, de Produção e Logística, Financeira e de Contabilidade e

de Recursos Humanos. O presidente mantém comunicação direta também com

quem ocupa o cargo de secretária executiva.

Já dentro de cada diretoria, como o traçado das linhas indica, são os diretores que

mantêm comunicação com os funcionários que ocupam os cargos e as funções

existentes na respectiva diretoria.

Outro elemento dessa estrutura organizacional formal são os manuais de procedi-

mentos, que muitas empresasdisponibilizamparaorientaçãodeseusempregados.

Nesses manuais, os funcionários da empresa encontram as definições sobre políticas,

normas e procedimentos adotados pela organização.

Porum lado, asempresaselaboramessasdefiniçõespara que sirvam como orienta-

çãopara a própria organização; por outro, osfuncionários devem conhecê-las para

orientar suas ações de forma alinhada aos conceitos e à cultura da empresa.

organização informal

Já a estrutura organizacional informal de uma empresa se caracteriza por ser o

conjunto das relações que surgem das interações entre seus funcionários, de forma

mais espontânea e não tão formal como aquela delineada nos organogramas, mas

que é dada pela própria organização do trabalho, como acontece, por exemplo, nas

pequenas empresas.

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16 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Ao realizar uma leitura, é importante

grifar no texto as passagens que considerar importantes, pois isso o ajudará a compreendê-lo melhor

agora, e quando quiser relembrá-lo bastará olhar os destaques que fez quando estudou.

Em primeiro lugar: leia o texto inteiro tentando responder à seguinte questão: Do que trata o texto?

Em seguida, volte ao início e grife as informações que julgar essenciais para a sua compreensão. O objetivo de grifar é destacar as ideias que o ajudarão a perceber o que é essencial

para a compreensão do assunto. Utilize essa forma de estudar para

auxiliá-lo na realização dasatividades.

Existe uma técnica chamada “5s”, que é uma metodolo-

gia japonesa comumente utilizada em empresas, inclusi-

ve no Brasil, com o objetivo de auxiliar na simplificação

dos processos e na otimização de recursos e do tempo.

veja o que cada “s” representa em português:

• senso de utilização – sugere que se mantenham ao

alcance apenas materiais essenciais na realização de

suaatividade; os demaisdevem ser guardados;

• senso de organização – sugere que se mantenha

uma organização que facilite a utilização dos mate-

riais, evitando assim movimentos desnecessários;

• senso de limpeza – sugere que as empresas e os

espaços de trabalho estejam sempre limpos, facili-

tando assim os dois “s” anteriores;

• senso de padronização – sugere que o trabalho rea-

lizadoou o serviço prestado sigasempre as mesmas

condições de apresentação, evitando muita variabi-

lidade. imagine se o gosto do bolo de uma padaria

variassede acordocomoturno de confeiteirosque

nelatrabalham? Porissoéimportante estar atento

à padronização utilizada na produção;

• senso de autodisciplina – sugere que se esteja sem-

pre atento e alerta ao cumprimento das orientações

anteriores.

Fonte: sERviÇo BRasilEiRo dE aPoio Às MicRo E

PEQUEnas EMPREsas (sEBRaE). d-olho na Qualidade:

5s para os pequenos negócios. disponível em:

<http://www.sebrae.com.br/sites/Portalsebrae/

artigos/d%E2%80%93olho-na-Qualidade:-5s-para-os-

pequenos-neg%c3%B3cios>. acesso em: 26 mar. 2015.

Page 11: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 17

Cultura organizacional

Porfim, vamos falar do que se entende na Administração por cultura organizacio-

nal. Antes, realize a atividade proposta.

atividade 1

Compreensão de texto

1. Leia o texto a seguir.

O que é cultura organizacional?

o que significa cultura organizacional? talvez você não conheça o real

sentido do termo, mas, seguramente, é capaz de reconhecê-lo quan-

do está inserido dentro dele.[...]

todas as empresas, independentemente do tamanho, do segmento

em que atuame dos bens ou serviços queproduzem, possuem cul-

tura organizacional, formalmente instituída ounão.

aliás, as empresas são bem mais do que isso. Elaspossuem perso-

nalidade própria e podem ser rígidas ou flexíveis, apoiadoras ou hos-

tis, inovadoras ou conservadoras, de culturafraca ou culturaforte.

assim, cultura organizacional é um sistema de valores compartilhados

pelos seus membros, em todos os níveis, que diferencia uma organi-

zação das demais.

Em Última análise, trata-se de um conjunto de características-chave

que a organização valoriza, compartilha e utiliza para atingir seus

objetivos e adquirir a imortalidade.

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18 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

deacordocompesquisadoresdoassunto, existemsete características

básicas que, em conjunto, capturam a essência da cultura de uma

organização:

Inovação e assunção de riscos: o grau em que os funcionários são

estimulados a inovar e assumirriscos.

Atenção aos detalhes: o grau em que se espera que os funcionários

demonstrem precisão, análise e atenção aos detalhes.

Orientação para os resultados: o grau em que os dirigentes focam

mais os resultados do que astécnicas e os processos empregados

para seu alcance.

Orientação para as pessoas: o grau em que as decisões dos diri-

gentes levam em consideração o efeito dos resultados sobre as pes-

soas dentro da organização.

Orientação para as equipes: o grau em que as atividades de traba-

lho são mais organizadas em termos de equipes do que de indivíduos.

Agressividade: o grau em que as pessoas são competitivas e agres-

sivas em vez de dóceis e acomodadas.

Estabilidade: o grau em que as atividades organizacionais enfatizam

a manutenção do status quo em contraste com o crescimento.

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ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 19

com base nesse conjunto, pode-se dizer que a cultura organizacio-

nal onde você está inserido é representada pela forma como os

colaboradores em geral percebem as características da cultura da

empresa. [...]

Por queéimportante entenderaculturaorganizacional? aceitarmelhor

a sua existência, compreender os seus meandros, entender como ela

é criada, sustentada e aprendida pode melhorar a sua capacidade de

sobrevivência na empresa, além de ajudá-lo a explicar e prever o com-

portamento dos colegas no trabalho.

sea empresaondevocêtrabalhapossuivaloresessenciaisbemdefinidos

e amplamente compartilhados, maior oimpacto positivo das lideranças

sobreocomportamentodosfuncionáriose, portanto, menorarotativi-

dade. issoé o que se pode chamar de culturaorganizacionalforte.

Por outro lado, quando os valores essenciais estão equivocados e se

chocam com os valores adotados pela maioria, menor o grau de com-

prometimentocomeles emaioraprobabilidadede aempresa sumir

domapaem umaouduasgerações.issoéoquesepodechamarde

cultura organizacional fraca.

a questão da escolha e da permanência em qualquer uma delas

depende exclusivamente de você. de minha parte, penso que você

nunca deve trabalhar para uma empresa dotada de valores que

não condizem com os seus [...].

Essaescolha serádecisiva para atingir ou reduziro grau desatis-

fação que você tanto almeja no trabalho.

[...]

MEndEs, Jerônimo. oqueécultura organizacional? disponível em:

<http://www.jeronimomendes.com.br/o-que-e-cultura-organizacional>.

acesso em: 26 mar. 2015.

2. Tendo em vista o texto lido, responda às seguintesquestões:

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ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 21

a) O que é cultura organizacional? Responda com as suas palavras.

b) Quantas e quais são as características que definem a cultura de uma organização?

c) Segundo o texto, é importante que todo trabalhador conheça a cultura da empre-

sa ondetrabalha. Quaissãoaspassagens dotexto que justificam essaafirmação?

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3. Reúna-se em grupo e discuta com os colegas sobre as experiências de trabalho

que vocês já tiveram, procurando refletir sobre a cultura organizacional dessas

empresas. Tentemlistaressascaracterísticas, arelaçãoeasimplicações que esse

tipo decultura teve como desenvolvimento doseu trabalho. Compartilhem suas

respostas com os demais grupos.

atividade 2 o que já aprendi sobre empresas

Tendo em vista o que estudou nesta Unidade, responda às seguintes questões:

1. Quais são as formas de classificação de uma empresa em relação ao seu porte?

2. E em relação ao tipo jurídico, como as empresas podem se organizar?

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3. Escrevacomassuaspalavrasoqueentendeporestru-

tura organizacional.

Toda empresa, geralmente, possui dois tipos de nome: a razão social e

o nome fantasia. Razão social é o nome oficial de uma

empresa, como aparece em seu contrato social como pessoa jurídica,

constando em todos os seus documentos.

Já o nome fantasia é aquele pelo qual uma empresa é popularmente conhecida, e pode (ou não) ser

diferente da razão social. Faça uma pequena pesquisa no

laboratório de informática: escolha o nome de uma grande marca

comercial, por exemplo, e procure saber sua razão social.

Provavelmente, será diferente do seu nome fantasia, aquele que você está

habituado a ver nas lojas e propagandas.

4. Com a ajuda do monitor, forme um grupo com qua-

tro ou cinco colegas para realizar uma pesquisano

laboratório de informática. Cada grupo vai escolher

uma empresa e pesquisar informações sobre ela, de

acordo com o que estudou nesta Unidade. Segue um

roteiro de tópicos que podem nortear sua pesquisa.

• Setor da economia em que a empresa se encontra.

• Razão social e nome fantasia daempresa.

• Porte da empresa.

• Estrutura organizacional formal.

• Cultura organizacional. Ao final, organizem um texto com as informações cole- tadas e apresentem para os demais grupos.

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ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 23

Un Idade 8

PRINCIPAIS ROTINAS DO SETOR COMERCIAL

Nesta Unidade, vamos conhecerum pouco mais sobre os seto-

res de marketing e comercial, espaços privilegiados de atuação

do assistente administrativo, quer dentro de grandes e médias

empresas, que geralmente possuem uma área dedicada a essa

função, quer em estabelecimentos menores, que também adotam

práticas administrativas de planejamento, organização e con-

trole de suas atividades.

Veja aseguir algumas das principais rotinas administrativas

relativas a esse setor. É importante saber que esse trabalho

de apoio administrativo dependerá muito do tipo de empre-

sa na qual se trabalha, seja indústria, comércio ou prestação

de serviços (por exemplo, um açougue ou um consultório

médico).

Funções do marketing

O marketing se configura como um elemento fundamental

dentro do setor comercial, sendo, portanto, muito importante

na sua formação como assistente administrativo conhecer alguns

de seus aspectos básicos, complementando assim sua aprendi-

zagem sobre algumas práticas do setor de comércio.

Para iniciar esse assunto, é preciso antes saber o que é marketing.

No Dicionário Aulete, encontramos as seguintes definições:

• conjunto de técnicas de comercialização de

produtos ou serviços, envolvendo pesquisas de

mercado, adequação e promoção junto aos con-

sumidores etc.; MERcadoloGia

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24 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Mercado-alvo

• Publicidade feita para favorecer a venda de um

produto ou serviço, ou para influenciar o pÚblico

favoravelmente em relação a uma ideia, pessoa,

empresa etc.

© dicionário aulete. <www.aulete.com.br>

Existemváriasaçõesde marketing, porém todas elasvi-

sam não só à formação de uma clientela fiel, mas também

a obtenção de lucro, pois sem isso o comércio não sub-

siste. Écomessafinalidade que váriosestudiosos realizam

pesquisas e experimentos e, dependendo de seu resultado,

eles são publicados e seguidos, tal qual o “composto de

marketing” (marketing mix, em inglês), desenvolvido por

Neil H. Borden em 1949.

A teoria de Borden, que consistia em combinaruma

variação de elementos para atingir os objetivos de

marketing, foi aperfeiçoada por Edmund Jerome

McCarthy (1928-), professor da Universidade Esta-

dual de Michigan (EUA), que a resumiu em quatro

grupos, sendo conhecida atualmente como Pilares do

Marketing ou “os 4 P do marketing”, que são: produto,

preço, promoção e praça (ou ponto de venda).

Produto

Preço Promoção

Praça

(Ponto de venda)

Neil H. Borden viveu de

1895 a 1980, e sua carrei-

ra foi dedicada ao ensino

e à pesquisa de publicida-

de na Harvard Business

school (Escola de negó-

cios da Universidade de

Harvard), nos Estados

Unidos da américa (EUa).

Ele publicou vários estu-

dos sobre o papel econô-

mico da publicidade e sua

maior contribuição nesse

sentido foi o desenvolvi-

mento e a articulação do

conceito de composto de

marketing, que serviu de

base para muitos outros

estudos e até hoje sobre-

vive em ações e compor-

tamentos de estudiosos

do assunto.

da

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eneve

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ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 23

Cada um desses “pilares” apresenta determinadas características e envolve algumas

atividades, tais como: • pderocdountsou–mdoeofiundideocnoomdéricciioo”ná(©rioDcicoimonoá“ricooAisualoetue.o<bwjewtowp.arouldeutez.icdooms.cbor>m),opboedme

ser de diferentes formatos, tamanhos e serventias. Costuma ser de determinada

marca e possuir especificações próprias. Vem vedado em embalagens variadas,

tanto em relação ao material com que são produzidas como em formato e tama-

nho. Normalmente, osprodutospossuemgarantiaeprazo devalidade. Entende-

-se também como “produto” a prestação de um serviço, como os realizados em

uma agência bancária, em uma clínica médica etc.; • p“qreuçaont–iaéeosticpuusltaodoaupaorava aoqrudiosiçpãrodduetuom, saenmdeorcdaedfoinriadounsoerdviciçioon”á(©rioDcicoimonoáa-

rio Aulete. <www.aulete.com.br>).

Normalmente, o preço é acompanhado do prazo para seu pagamento, isto é,

pagamento à vista ou a prazo, que, nesse último caso, apresenta o número de

prestaçõeseformasdefinanciamentopossíveis. Podetambém viracompanhado

dapromessadedescontos, decorrentesdealgumapromoção ou condicionadosa

formas e prazos de pagamento; • parvoemnodçaãodeéporo“cdountjousnotoudseertévciçnoicsa,sa,omeesdtidmausleareoaliinztaeçrõeessedesotineandvaoslvaiimnceenntotivdaer

vendedores e consumidores” (© Dicionário Aulete. <www.aulete.com.br>).

A promoção costuma vir acompanhada de propagandas ou publicidades de deter-

minados produtos ou resulta de pesquisas de marketing; • p(©raDçaic–iodneáfriinoidAaucleotme.o<ow“wcwon.ajuunletoted.ceosme.tborr>es),céocmomerpcioasitsadpeeluoms laocciadisaddee”dis-

tribuição das mercadorias, bem como do seu armazenamento.

O principal objetivo do marketing é criar um relacionamento favorável com o

cliente, promover a venda e, com isso, gerar lucro para a empresa.

Desse modo, o que se pretende alcançar é o mercado-alvo, conformado pela arti-

culação entre “os 4 P do marketing”: o produto adequado às exigências dos clientes,

o preço a ser pago no mercado, a promoção para o escoamento dos produtos e a

praça em que a atividade comercial se realizará. Por isso, é importante para a

empresa identificar esse mercado-alvo, descobrindo e tentando satisfazer suas

necessidades.

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 25

Page 20: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

atividade 1 analisando um ponto de venda

Em um pequeno grupo com três ou quatro colegas, conversem sobre as lojas

que costumam frequentar. Levantem, para cada item a seguir, duas caracterís-

ticas que as tornam locais agradáveis, inspirando o desejo de retornar a elas.

1. Sua decoração.

2. Facilidades presentes no local.

3. Localização dos produtos.

4. Atendimento dos funcionários.

Vamos agora conhecer alguns tipos de marketing conforme classificados atualmente.

Tipo de marketing Descrição

institucional

trabalha para fortalecer a imagem da empresa ou organização junto

aos consumidores.[...]oobjetivoédivulgara organizaçãopromovendo

eventos que reforcemsuacredibilidadee suamarca, causandouma

impressão positiva.

Page 21: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

26 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Tipo de marketing Descrição

de comunicação

visa melhorar a imagem institucional da empresa divulgando o que ela

faz de relevante para a sociedade. costuma contratar jornalistas,

assessores de imprensa ou profissionais de relações pÚblicas para fazer

o contato com a mídia e interagir com a comunidade.

Estratégico

Procuradefinirosobjetivoseasmetasdaorganizaçãoeamelhor

maneira de alcançá-los. Para isso, estabelece ações de curto, médio e

longoprazos.o marketingestratégicoéocontráriodo marketing

pontual, em quea empresaapenasreage ao queacontece.

ambiental

É voltado para atividades de conservação e preservação do meio

ambiente. Pode ser uma ação direta da própria empresa, que ajuda,

por exemplo, a conservar os parques pÚblicos perto de sua sede, ou

pode incluir o financiamento de entidades e organizações não

governamentais que atuam na área ambiental.

cultural

incluidesdeopatrocínioe oapoioa peças, filmese shows atéo

financiamentoda publicação de livrose da montagem de exposições

deartes visuais.Quemtrabalhacommarketingculturaldeveconhecer

as leis de incentivo à cultura, que permitem o abatimento dos

investimentos no imposto de Renda.

Esportivo

abrangedesdeo patrocínio de um atleta ou clubeaté o financiamento

de instalaçõesesportivasou oapoioaprogramascomunitáriosnesse

setor.

Filantrópico

Procuraunira imagem da organização ou empresaa um trabalho de

carátersocial. Participar de campanhas de caridade, contribuirpara

instituições que cuidam de pessoas carentes, menores abandonados,

doentes e moradores de rua são as ações mais comuns. também

pode incluirdoarumpercentual da renda da empresaa umaentidade

filantrópica.Exemplo:umacadeiadelanchonetesquedestinao

faturamento da venda de um determinadosanduíche durante um dia

por anoa instituições quecuidam de crianças comcâncer.

social

não apenas faz doações, mas também procura vincular a empresa a

campanhas de melhoria da qualidade de vida, cidadania, saÚde,

educação etc.

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 27

Page 22: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

28 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Tipo de marketing Descrição

de serviço

Procura oferecer todo um conjunto de itens que tornem seu produto

maisatraente. É o caso da lojaque, além de venderroupas, oferece

tambémumespaçoparaseusclientesficaremà vontade, ondeeles

podemdescansar,tomarumcaféeesperarempoltronasconfortáveis

enquanto a vendedora embrulha suas compras.

de diferenciação

a empresa destaca e divulga suas características para se diferenciar de

suasconcorrentes.Um restaurantecariocacomumabelavistaparaa

Baíade Guanabara,por exemplo,fazquestãode incluiressavistaem

todaasuadivulgação,desdeocartãodevisitasatéas toalhasde

mesa.assimelecomunicaqueédiferentedeumoutrorestaurante

que não ofereça a mesma paisagem.

de relacionamento

a empresa, a instituição ou o profissionalprocuraconhecer de perto

seusclientes,dando-lhesumtratamentoquerevelagentilezae

intimidade. É o caso, por exemplo, de umacabeleireiraquetelefona

para dar parabéns a umacliente no dia do seuaniversário.

de nicho

Procurainvestigarondeestão os pontosqueaindanãoforam

convenientementeexploradoseatuadiretamentesobreeles.

de massa

ao contrário do marketing de nicho, procura atingir todos os

segmentosdeconsumidoresrecorrendoa meiosdecomunicaçãode

massa, como jornais e canais de tv, divulgando sua mensagem para

populações inteiras.

direto

dispensaos intermediáriose ofereceseusprodutosdiretamente ao

consumidor. tem tido um grande desenvolvimento com a venda por

catálogo, mala direta, telemarketing e vendaeletrônica.

Endomarketing

Éfeitodentro da própriaempresa, procurandoeliminarproblemas,

aprimorar qualidades e motivar os funcionários.

Político

Pode reunir qualquer um dos tipos apresentados até aqui, com o fim

de fortalecer a imagem pÚblica de candidatos, partidos políticos ou

governos, principalmente em períodos de campanha eleitoral.

sERviÇo nacional dE aPREndiZaGEM coMERcial (sEnac). Práticas administrativas

em escritório. Rio de Janeiro: senac nacional, 2010. p. 80-2.

Page 23: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 29

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atividade 2 identifiCando os tipos de marketing

Observeasimagensaseguireclassifique-asemrelaçãoao tipo de marketing, justi-

ficando sua resposta.

ilust

raçõe

s: ©

Hu

dso

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ala

san

s

Page 24: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

30 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Funções de compras

O setor de compras cuida de tarefas essenciais a toda a empresa, que dizem respei-

to aos produtos dos quais necessita para realizar a prestação de um serviço, como

também à compra de todo o material necessário para o consumo interno do esta-

belecimento.

Oassistenteadministrativodá apoio àsprincipaisfunçõesdecomprasdaempresa,

auxiliando, por exemplo, na identificação dos materiais que devem ser adquiridos

e na organização dos documentos necessários às compras.

Algumas etapas são importantes para a realização dessas atividades, como você verá

a seguir, mas éimportante saber que variaçõesnessesprocedimentospodemacon-

tecer, dependendo das escolhas de organização de cada empresa.

• verificar a necessidade de comprar produtos solicitados pelos vendedores ou materiais requisitados

pelos vários setores e departamentos.

• Fazerumplanejamentodascompras, reunindoasrequisiçõesvindasdosdiferentesdepartamentos.

consultar o cadastro de fornecedores para identificar quais empresas fornecem os produtos solicitados.

depois, é preciso comparar preços, condições de pagamento e prazos de entrega. Escolhida a melhor

opção (muitas vezes depois de consultar os funcionários ou o gerente), o encarregado faz um pedido de

compra.

• ao receber as mercadorias que pediu, oresponsável pela compra deve verificar se os itens relacionados

conferem comopedido. se tudoestivercerto,recebea notafiscal econfirmaacompra destacando o

aceite [...]. aí ele deve assinar eescrever adata, confirmando que aceitou amercadoria entregue. a

partir daí, o fornecedor emitirá aduplicata ea fatura para que a empresa possa pagar a compra que

realizou.

• a mercadoria entregue deve ser guardada no lugar apropriado (estoque), antes de ser enviada ao seu

destino final. Essa entrada no estoque é feita por meio de uma ficha de controle de materiais, na qual se

devem relacionar as quantidades de produtos e as suas principais características.

• Quando o produto estiver disponível, o setor de material comunica à área que o solicitou. À medida que

vai sendo entregue ao solicitante, o setor de material vai dando baixa no estoque. o solicitante, por sua

vez, deve preencher um documento confirmando que recebeu o produto. cabe ainda ao setor de mate-

rial analisar perdas por estocagem, manejo e prazos de validade. Para isso, ele deve elaborar um registro

das perdas de materiais e do controle dos prazos de validade dos produtos.

• Quando se trata da compra dos chamados bens imobilizados (máquinas, móveis, veículos etc.), estes

devem ser indicados pelo setor de patrimônio.

sERviÇo nacional dE aPREndiZaGEM coMERcial (sEnac).

Práticas administrativas em escritório. Rio de Janeiro: senac nacional, 2010. p. 71-2.

Conheça agora alguns dos documentos utilizados nas transações de compras, tal

como citado no quadro anterior.

Page 25: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 31

RECEBEMOS OS PRODUTOS/SERVIÇOS CONSTANTES NA NF INDICADA AO LADO

DATA DE RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR

NF-e

Nº: 271 SÉRIE: 1

Giga Equipamentos e Suprimentos p/ Informática ME.

Fone: (11) 5557-8555 Rua do Grafite nº 02 - Loja 2B - São Paulo/SP - CEP 02555-140

DANFE Documento auxiliar da

Nota Fiscal Eletrônica

Saída: 1

CONTROLE DO FISCO

Entrada: 2

Nº: 502

1

FL 1

SÉRIE: 1

NATUREZA DA OPERAÇÃO

Venda de equipamentos e suprimentos para informática

INSCRIÇÃO ESTADUAL INSCR. EST. DO SUBST. TRIBUTÁRIO CNPJ CHAVE DE ACESSO DA NF E CONSULTA NO SITE WWW.NFEFAZENDA.GOV.BR

123.325.564.789 32.858.475/0001-85 0116546485497865456524646615441111153454004546

DATA DA EMISSÃO

23/02/2015

DATA SAÍDA / ENTRADA

23/02/2015

HORA DA SAÍDA

13:25:43

FATURA

NÚMERO DATA VENC. VALOR

052171 25/03/2015 R$ 720,00

CÁLCULO DO ISSQN INSCRIÇÃO MUNICIPAL VALOR TOTAL DOS SERVIÇOS BASE DE CÁLCULO DO ISSQN VALOR DO ISSQN

DADOS ADICIONAIS

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

NF-e com informações e valores fictícios

RESERVADO AO FISCO

DESTINATÁRIO / REMETENTE

CÁLCULO DO IMPOSTO

TRANSPORTADOR / VOLUMES TRANSPORTADOS

DADOS DO PRODUTO / SERVIÇO

• Nota fiscal (NF) – principal documento de comprovação de uma transação co-

mercial ou prestação de serviços. Nela devem constar os principais dados da

empresa, como razão social, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), en-

dereço e inscrição estadual e/ou municipal. Além desses dados, devem também

ser registradas na NF informações do produto ou serviço, tais como sua descrição,

valor e data de realização. Serve ainda como documento-base para fiscalização

do governo e arrecadação de tributos e impostos. Atualmente, a empresa pode

optar ainda pela emissão da nota fiscal eletrônica.

NOME (RAZÃO SOCIAL)

Jucleide da Cunha

CNPJ / CPF

318.852.758-99

ENDEREÇO

Rua das Cachoeiras nº 752

BAIRRO / DISTRITO

Vila Tupira

CEP

05862-012

MUNICÍPIO

São Paulo

FONE / FAX

(11) 7758-8897

U.F.

SP

INSCRIÇÃO ESTADUAL

BASE DE CÁLCULO DO ICMS

R$ 720,00 VALOR DO ICMS

R$ 0,00 BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO

R$ 0,00 VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO

R$ 0,00 VALOR TOTALDOS PRODUTOS

R$ 720,00

VALOR DO FRETE

R$ 0,00

VALOR DO SEGURO

R$ 0,00

DESCONTO

R$ 0,00

OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS

R$ 0,00

VALOR DO IPI

R$ 0,00

VALOR TOTAL DA NOTA

R$ 720,00

RAZÃO SOCIAL

Transportadora Vaivém

FRETE POR CONTA

1 - EMITENTE 1 2 - DESTINATÁRIO

CÓDIGO ANTT

012345

PLACA DO VEÍCULO

DED 2310

U.F.

SP

CNPJ / CPF

75.453.858/0001-45

ENDEREÇO

Rua das Encomendas, 745 - São Paulo/SP

MUNICÍPIO

São Paulo

U.F.

SP

INSCRIÇÃO ESTADUAL

658974517548

QUANTIDADE

1

ESPÉCIE

Caixa

MARCA NÚMERO

1

PESO BRUTO

180 kg

PESO LÍQUIDO

180 kg

CÓD. PROD.

DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS

NCM/SH

CST

CFOP

UN.

QUANT.

VL. UNITÁRIO

VL. TOTAL

V. CÁLC. ICMS

VL. ICMS

VL. IPI ALÍQUOTA

ICMS IPI

015247 Geladeira Branca Cx 1 R$ 720,00 R$ 720,00

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an

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Page 26: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

32 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Giga Equipamentos e Suprimentos p/ Informática ME.

Fone: (11) 5557-8555

Rua do Grafite nº 02 - Loja 2B - São Paulo/SP - CEP 02555-140

CF/DF: 55.452.850/002-44 – CNPJ: 65.405.858/0001-78 AIDF AUTORIZADA PARA ME OU EPP OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL

NOTA FISCAL DE VENDA

AO CONSUMIDOR

Modelo 002 Série D

129 1ª Via – Destinatário

2ª Via – Contabilidade

3ª Via – Fixa no Talão

Data limite

para emissão

27/06/2015

PROCON: 151

Data da Emissão 18 / 02 / 15 Valor R$ 49,90

Nome: Joseildo

Endereço: Rua do Oito nº 15

CNPJ/CPF: 587.569.858-86 Fone: (11) 7224-4555 O ICMS está incluído no preço das mercadorias.

As informações abaixo deverão ser preenchidas somente a pedido do consumidor (Dados relativos ao consumidor ou usuário final).

Código Quant. Discriminação Preço Un. Preço Total

23547 1 Teclado sem fio R$ 49,90 R$ 49,90

TOTAL R$ R$ 49,90 Gráfica Impressão. CNPJ: 85.455.785/0001-78 – CF/DF: 98.457.789/454-01

10 BL 50x3 – 50x3 – 001 a 500 – AIDF 2-454-58585/4780

• Requisiçãodemateriais –formulárioquedeveserpreenchidoparaquese conhe-

çam os produtos que serão comprados. Nele constam dados como data, número

do pedido para futuros controles, descrição do produto, quantidade, valor etc.

© d

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nti

Page 27: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 33

REQUISIÇÃO DEMATERIAL 00325 Data 18/02/15

Código 12.455

Serviço Material deescritório Seção Administração

Quant.

Unid.

Descrição VALOR

Unitário Total

12 Caneta esferográfica azul R$ 1,00 R$ 12,00

3 Pacote de 500 folhas de Papel sulfite R$ 15,00 R$ 45,00

TOTAL R$ 16,00 R$ 57,00

Observações:

Solicitado por: Autorizado por: Recebido

18 / 02 / 15

Execução

19 / 02 / 15

Controle de Estoque

19 / 02 / 15

• Pedido (ouordem) decompra – documento quecomprovaa realizaçãodopedido

de compra. Nele constam informações sobre os produtos e sobre a transação

comercial realizada, como prazo de entrega, preços, formas de pagamento etc.

Construtora Mais Obras

Ordem de Compra

Nº: 34 Cot.: 15 Data: 17/04/2015 Pág.: 15

Obra: Condomínio Viver

CEI:

Resp. confirmação: Oscar Vieira

Gerou O.C.: Oscar Vieira

Faturar para: Construtora Mais Obras

Av. Engenheiro Luiz da Cunha nº 277

São Paulo/SP CEP 02126-400

Fax:

Fone:

(11) 2146-0637

(11) 2146-0635

CNPJ (MF): 25.828.401/0001-45 Insc. Estadual: ISENTO Insc. Municipal: Contato: Oscar Vieira

Fornecedor: Materiais de Construção Oleiro

Av. Ferraz da Pinha nº 25

São Paulo/SP CEP 01415-102

Fax:

Fone:

(11) 0800-3437

(11) 0800-3434

CNPJ (MF): 61.357.630/0001-17 Insc. Estadual: ISENTO Insc. Municipal: Contato: Juliana

Condições de Pagamento: à vista Endereço de Pagamento: o mesmo

Condições de Entrega: Cliente retira Endereço de Entrega: o mesmo

Item Código Descrição Un. Marca Qtde. Preço Unit. % ICMS ICMS % IPI IPI Total

1 01527 Telha Romana m² Oplex 300 R$ 75,00 0,00 0,00 0,00 0,00 R$ 22.500,00

Aprovação:

Diretoria

Total IPI R$ 0,00

Total ICMS R$ 0,00

Total R$ 22.500,00

Desconto R$ 0,00

Dept. Compras

Total Líquido R$ 22.500,00

Observações Gerais: Informações e valores fictícios

Observações da Empresa:

Observações do Fornecedor:

ilustr

açõ

es:©

da

nie

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neventi

Page 28: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

34 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

• Fatura – outro documento que comprova a transação comercial, mas que é uti-

lizado apenas em vendas a prazo. Nele constam basicamente os mesmos dados

da nota fiscal, que serve como base para seu preenchimento.

FATURA Nº 000512 DATA: 08/03/2015

DESTINATÁRIO:

Celso Penha Junior

Rua da Bica nº 45 - AP 42 - São Paulo/SP

CEP 03682-030 CPF: 547.859.654-76

Rua do Grafite nº 02 - Loja 2B - São Paulo/SP

CEP 02555-140 - Fone: (11) 5557-8555

CNPJ: 65.405.858/0001-78

Qtd. Descrição das mercadorias Preço Unit. Preço TOTAL

04 Memória Xinliston 4 GB - DDR3 - 9-9-9-9 182,00 728,00

01 Processador QUAD-CORE 7700UK 760,00 760,00

01 Memória Flash - 120 GB 232,00 232,00

01 Placa Mãe G5V32-SLI 354,00 354,00

01 Gabinete Preto Black Piano 170,00 170,00

01 Fonte 400W 258,00 258,00

01 Conjunto Teclado e Mouse NewClick 98,00 98,00

TOTAL DA FATURA 2 600,00

Forma de pagamento: 30 / 45 / 60

Transportador / Volumes transportados

Transportadora Vaivém - Rua das Encomendas, 745 - São Paulo

CNPJ: 75.453.858/0001-45 - IE: 658.974.517.548

Peso bruto: 7 kg Peso líquido: 7 kg Volume: 1 caixa

Observações:

Fatura com dados e valores fictícios

© d

an

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nti

Page 29: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 35

Sacado JOSIMAR ELETRICISTA

RUA PIRATININGA Nº 524 BL 2

02525-001 SÃO PAULO SP Sacador / Avalista:

Ficha de Compensação

Autenticação Mecânica

• Duplicata – documento basicamente igual à fatura; sua importância se dá pois é

esse o documento utilizado como prova de existência de uma dívida a ser paga.

Nele consta a assinatura do cliente e, por isso, é usado como prova perante a

justiça, emcasosdenecessidadedecomprovaçãodeefetuaçãodeumatransação

comercial.

Damaceno Papelaria ME.

Rua das Amácias nº 25

Vila Jureia - São Paulo -SP

CNPJ (MF): 51.858.421/0001-99 CCM: 22.455-2 Mun.: São Paulo - SP

DATA DA EMISSÃO: 25/02/2015

DUPLICATA

NF FATURA Nº NF FATF/Duplicata - Valor Duplicata Nº de Ordem Vencimento PARA USO DA

INSTITUIÇÃO FINANCEIRA

758545

R$ 742,00

457817-P

25/03/2015

DESCONTO DE % SOBRE ATÉ CONDIÇÕES ESPECIAIS

NOME DO SACADO: Editora Juraci Ltda. REP:M

ENDEREÇO: Rua das Folhas nº 171 - Vila Eleonilda

CEP 52451-001 MUNICÍPIO: São Paulo ESTADO: SP

PRAÇA DE PAGAMENTO: São Paulo 100

CNPJ/CPF (MF): 25.855.455/0001-77 Insc. Estadual:ISENTO

Valor por (Setecentos e Quarenta e Dois Reais) x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-

extenso x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-

Reconhecemos a exatidão desta Duplicata de Venda Mercantil na importância acima, que pagaremos à

Damaceno Papelaria ME. ou a sua ordem na praça e vencimentos indicados.

Em 25 / 02/15 (Data do aceite)

NÃO SENDO PAGA NO VENCIMENTO,

COBRAR JUROS DE MORA E

DESPESAS FINANCEIRAS, NÃO

CONCEDER DESCONTOS MESMO

CONDICIONALMENTE

Juraci Assinatura

• Boleto bancário – atualmente, em função da informatização das empresas, é o

documento de cobrança mais utilizado. Nele constam as informações necessárias

para a realização do pagamento, tais como valor, dados da empresa, prazo de

vencimento etc.

BlueBank 171-0 12450.12457 45127.478567 00001.451245 2 45100000008000 Local de Pagamento

PAGÁVEL EM QUALQUER BANCO ATÉ O VENCIMENTO Vencimento

25/03/2015

Cedente

MATERIAIS ELÉTRICOS NAKASA

Agência / Código Cedente

5132-4/0017171-3

Data Emissão

23/02/2015

Número Documento

100450007894612

Espécie Documento

DS

Aceite

N

Data Processamento Nosso Número

700005201127491-9

Uso do Banco Carteira

17-020

Espécie Moeda

R$

Quantidade Moeda Valor Moeda ( = ) Valor do Documento

560,00

Texto de Responsabilidade do cedente

MULTA DE R$ 5,70 APÓS 25/03/2015

JUROS DE R$ 0,50 AO DIA

INFORMAÇÕES E VALORES FICTÍCIOS

( – ) Desconto

( – ) Outras Deduções / Abatimento

( + ) Mora / Multa

( + ) Outros Acréscimos

( = ) Valor Cobrado

Da

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ce

no

Pa

pela

ria M

E.

Da

ma

ce

no

A

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mite

nte

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Page 30: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

36 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

• Cadastro de fornecedores – esse tipo de documento é organizado e arquivado com

o objetivo de manter atualizadas e disponíveis as principais informações dos

fornecedores da empresa. Atualmente, a maioria das empresas organiza esses

cadastros de forma eletrônica, por meio de programas específicos ou mesmo de

editores de texto ou planilhas.

19

atividade 3 simulando a rotina de um ComérCio

Vamos agora colocar em prática um pouco daquilo que aprendemos até aqui. A

ideia é simular uma situação de necessidade de compra de mercadorias para que

você possa trabalhar com as rotinas descritas anteriormente. Para tanto, vamos

eleger como estabelecimento comercial um açougue.

Cadastro de Fornecedores Sair X

Novo Alterar Cancelar Salvar Excluir Pesquisar

Código 032

Nome

Gráfica Panda

Endereço

Rua Pantanal nº 478

Cidade

São Paulo

CEP

25400-000

CNPJ

81 838.402/0001-95

IE

358.921.516.398

Compl.

BL 2

UF SP

Tel.

11 7457-0001

site

www.graficapanda.com

e-mail

[email protected]

Salvar

ilustr

açõ

es:©

da

nie

l Be

neventi

ARQUIVO PÁGINA INICIAL INSERIR LAYOUT DA PÁGINA FÓRMULAS DADOS REVISÃO EXIBIÇÃO

Recortar

Copiar Colar Pincel de Formatação

Área de Transferência

Calibri

N

11 A A

A

Fonte

Quebrar Texto Automaticamente

Mesclar e Centralizar

Alinhamento

Gera

% 000

Número

,0 ,00

,00 ,0

A18

Papelaria Criativa

C D E F G H A B

1 Empresa Contato Segmento Telefone 1 Telefone 2 Celular

13 Juca Móveis Carlos Movéis p/ escritório (11) 3333-4574 (11) 99100-5555

14 Papelaria Timbinha Jucleide Materiais p/ escritório (11) 7833-4577 (11) 99997-2222

15 Água na Fonte Mauro Água mineral (11) 5433-4701 (11) 5433-4700 (11) 94577-1112

16 Gráfica Maria Celso Impressões (11) 6764-2543 (11) 7884-0002

17 Alpha Elevadores João Manutenção Elevadores (11) 3337-0000 (11) 3337-0001 (11) 95554-0022

18 Papelaria Criativa Gisleide Materiais p/ escritório (11) 5472-3255 (11) 93333-5455

Page 31: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 37

NOTA FISCAL DE VENDA

AO CONSUMIDOR

Modelo 002 Série D

Giga Equipamentos e Suprimentos p/ Informática ME.

Fone: (11) 5557-8555

Rua do Grafite nº 02 - Loja 2B - São Paulo/SP - CEP 02555-140

CF/DF: 55.452.850/002-44 – CNPJ: 65.405.858/0001-78 AIDF AUTORIZADA PARA ME OU EPP OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL

129 1ª Via – Destinatário 2ª Via – Contabilidade

3ª Via – Fixa no Talão

Data limite

para emissão 27/06/2015

Data da Emissão / / PROCON: 151

Valor

Nome:

Endereço:

CNPJ/CPF: Fone: O ICMS está incluído no preço das mercadorias.

As informações abaixo deverão ser preenchidas somente a pedido do consumidor (Dados relativos ao consumidor ou usuário final).

Gráfica Impressão. CNPJ: 85.455.785/0001-78 – CF/DF: 98.457.789/454-01

10 BL 50x3 – 50x3 – 001 a 500 – AIDF 2-454-58585/4780

Com a ajuda do monitor, forme um grupo com oscolegas. Vocêsvão realizar todas

as etapas previstas para a realização das compras necessárias para o funcionamento

do estabelecimento. O desenvolvimento de cada etapa deve ser acompanhado do

preenchimento dos respectivos documentos disponíveis nas próximas páginas.

Código Quant. Discriminação Preço Un. Preço Total

TOTAL R$

© d

an

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en

eve

nti

Page 32: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

38 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

REQUISIÇÃO DE MATERIAL 00325 Data

Seção Serviço

Observações:

Solicitado por: Autorizado por: Recebido Execução Controle de Estoque

/ / / / / /

Código 12.455

Observações Gerais:

Observações da Empresa:

Observações do Fornecedor:

Quant.

Unid.

Descrição VALOR

Unitário Total

TOTAL

Construtora Mais Obras

Ordem de Compra

Nº: Cot.: Data:

Pág.:

Obra:

CEI:

Resp. confirmação:

Gerou O.C.:

Faturar para:

CNPJ (MF):

Insc. Estadual:

Insc. Municipal:

Fax:

Fone:

Contato:

Fornecedor:

CNPJ (MF)

Insc. Estadual:

Insc. Municipal:

Fax:

Fone:

Contato:

Condições de Pagamento: Endereço de Pagamento:

Condições de Entrega: Endereço de Entrega:

Item Código Descrição Un. Marca Qtde. Preço Unit. % ICMS ICMS % IPI IPI Total

Aprovação:

Diretoria

Total IPI

Total ICMS

Total

Desconto

Dept. Compras

Total Líquido

ilustr

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Page 33: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 39

FATURA Nº

DESTINATÁRIO:

DATA:

Rua do Grafite nº 02 - Loja 2B - São Paulo/SP

CEP 02555-140 - Fone: (11) 5557-8555

CNPJ: 65.405.858/0001-78

Qtd. Descrição das mercadorias Preço Unit. Preço TOTAL

TOTAL DA FATURA

Forma de pagamento:

Transportador / Volumes transportados

Peso bruto:

Observações:

Peso líquido: Volume:

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Page 34: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

40 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Damaceno Papelaria ME.

Rua das Amácias nº 25

Vila Jureia - São Paulo - SP

CNPJ (MF): 51.858.421/0001-99 DUPLICATA CCM: 22.455-2 Mun.: São Paulo - SP

DATA DA EMISSÃO:

Reconhecemos a exatidão desta Duplicata de Venda Mercantil na importância acima, que pagaremos à

Damaceno Papelaria ME. ou a sua ordem na praça e vencimentos indicados.

Em / / (Data do aceite)

NÃO SENDO PAGA NO VENCIMENTO,

COBRAR JUROS DE MORA E

DESPESAS FINANCEIRAS, NÃO CONCEDER DESCONTOS MESMO

CONDICIONALMENTE

Assinatura

Cadastro de Fornecedores Sair X

Novo Alterar Cancelar Salvar Excluir Pesquisar

Código

Nome Tel.

Endereço Compl. site

Cidade e-mail

UF

CEP

CNPJ

IE

Salvar

NF FATURA Nº NF FATF/Duplicata - Valor Duplicata nº de Ordem Vencimento PARA USO DA

INSTITUIÇÃO FINANCEIRA

DESCONTO DE % SOBRE ATÉ CONDIÇÕES ESPECIAIS

NOME DO SACADO: REP:M

ENDEREÇO:

CEP: MUNICÍPIO: ESTADO: SP

PRAÇA DE PAGAMENTO:

CNPJ/CPF (MF): Insc. Estadual:

Valor por

extenso

Funções de vendas

É igualmente importante que você conheça as funções relacionadas às vendas da

empresa. Nessesetor, o assistente administrativo dá apoio às principais funçõesde

vendas da empresa, que podem envolver atividades de atendimento aos clientes e

identificação de suas necessidades, auxiliandoassimnoprocessodevendadopro-

duto ou serviço oferecido pela empresa.

ilustr

açõ

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Pa

pe

lari

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E.

Assin

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mitente

Page 35: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 41

Nesse contexto, o assistente poderá trabalhar realizando funções como lidar com

os pedidos feitos pelos clientes; fazer a manutenção dos cadastros dos clientes, fa-

cilitando assim o processo de venda e de futuras negociações; e ainda cuidar do

serviço de pós-venda, fornecendo, tanto para a própria empresa como para os

clientes, informações sobre a situação dospedidosdevenda, incluindo dadossobre

sua entrega.

O departamento de vendas de uma empresa geralmente trabalha de forma conjun-

ta com o de marketing, resultando assim em um processo de venda de maior qua-

lidade para o cliente e também para a organização da própria empresa.

Veja no quadro a seguir os principais tipos de vendas e algumas de suas características.

Tipo de venda Características

serviço completo ou venda direta tradicional

acompraéintermediadaporvendedores,quequasesempre

trabalham com comissões. o cliente pode ter acesso direto à

mercadoria,masdevenecessariamentepassarporumfuncionário

paraefetuara venda. É muitousadopelosetor de varejoe por lojas

de vestuário, de eletrodomésticos e de móveis.

autosserviço

Muitopraticadopelossupermercados,é um dos quemaistêm

crescido no comércio brasileiro. o consumidortem acessolivre às

mercadoriaseatodasasinformaçõesde queprecisar,semo auxílio

direto do vendedor. depois de escolhero que quer, é só passar no

caixa e efetuar o pagamento.

autosseleção

É parecidacomo autosserviço, à medida que dá livre acessodo

consumidoràs mercadorias,mashátambémvendedoresquedão

assistênciaao cliente.Muitoadotadaem lojasde departamentose

em redes deconfecções.

venda de porta em porta

ovendedorvaiàcasaou aotrabalhodoclienteoferecerseus

produtos. É uma das modalidades maisdifundidas no mundo.[...]

comércio eletrônico

o consumidorconsulta os sites disponíveis, escolhe o que quer,

combinaa forma de pagar edepoisnegociaaentrega. asvendas

online nãoparam de crescer no Brasil, principalmente em épocas

festivas como dia das Mães, dia da criança e natal.

sERviÇo nacional dE aPREndiZaGEM coMERcial (sEnac).

Práticas administrativas em escritório. Rio de Janeiro: senac nacional, 2010. p. 76-7.

Page 36: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

42 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Alguns conhecimentos sobre rotinas de estoque

O controle deestoqueéumadasprincipaisrotinasadministrativasdesempenhadas

por um trabalhador administrativo em uma empresa. Portanto, é importante você

conhecer um pouco mais esse assunto.

Uma das técnicas mais comuns empregadas nos estoques é a chamada curva ABC

– um método declassificaçãode itens doestoque. Ele foi desenvolvido baseadonos

estudos feitos por Vilfredo Pareto (1848-1923) sobre distribuição de renda, que

concluíram que aproximadamente 20% da população controlava grande parcela da

riqueza, cercade 80%. Com basenessaanálise, foi elaboradoochamado princípio

de Pareto, queafirma que80% dasconsequências são geradaspor 20% dascausas.

A técnica leva em consideração o fato de que estoques são formados por itens que

possuem diferentes valores de custo; logo, são utilizados em diferentes volumes; e

têm diferentes graus de importância para a produção.

Com frequência, em média, 70% a 80% do valor dos materiais estocados corres-

pondea cercade 20% dos itens, que são osdemaior valor, sendo classificadoscomo

A; os classificados como B correspondem a 15% a 20% do valor do estoque; e os

considerados como C, a uma cifra em torno de 5%.

Fontes: salGado, tarcísio tito. logística: práticas, técnicas e processos de melhorias.

são Paulo: senac, 2013; vaGo, Fernando Rodrigues Moreira et al. a importância do

gerenciamento de estoque por meio da ferramenta curva aBc. sociais e Humanas, santa

Maria, v. 26, n. 3, set.-dez. 2013.

Observe o gráfico a seguir.

% Valor do

consumo

anual

% Número de itens

C

B

A

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iel B

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eve

nti

Page 37: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 43

Nele, você pode identificar os itens classificados como:

• A, que são os itens de maior valor ou relevância;

• B, que correspondemaos itens deimportânciaintermediária;

• C, que representamositensdebaixarelevâncianosestoques.

Para obter essas informações, é preciso realizar um cálculo muito simples: de posse

do valor unitário de cada item estocado, multiplica-se esse valor pela quantidade

consumida ou vendida em uma medida de tempo que, em geral, é o de um semes-

tre ou de um ano, dependendo da velocidade em que, na história da empresa, se

dão as variações na demanda.

atividade 4

a Curva abC da minha Cozinha

Vocêfaráessaatividadeno laboratório deinformática, poisassimpoderáconhecer

ou ampliar seus conhecimentos sobre a construção de planilhas eletrônicas.

1. Imagine a seguinte situação: você dispõe de dinheiro (capital de giro) e uma

despensa com enormes prateleiras e geladeiras (armazém, almoxarifado, depósito)

comcapacidadeparaestocarosprodutosque consomeregularmentenaprepara-

çãodesuasrefeições, emquantidadessuficientesparaseis meses deconsumo.

2. Anote, ao lado de cada um dos produtos, a quantidade de unidades que vai

utilizar em seis meses (calcule 26 semanas), além dos custos unitário e total de

cada produto. Complete a tabela com os demais produtos em unidades e custos,

conforme o exemplo a seguir.

Produto Unidades Custo unitário (R$) Custo total (R$)

arroz 20 kg (4 sacos) 8,25 33,00

Macarrão 12 kg (24 pacotes) 2,89 69,36

Molho de tomate 8,3 kg (26 sachês) 1,13 29,38

carne moída 12 kg 14,59 175,08

Frango 32,5 kg (13 unidades) 13,60 176,80

Óleo 9 ℓ 2,69 24,21

Page 38: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

44 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Produto Unidades Custo unitário (R$) Custo total (R$)

sal 2 kg 2,27 4,54

total

3. Lembre-se de calcular o custo total. Para isso, multiplique as unidades de cada

produto pelo seu custo unitário.

4. Agora, crie uma nova tabela, incluindo uma coluna para a posição de cada item,

que, dessa vez, você vai relacionarem ordem decrescente de custo total da aquisição

(nessecaso, começaremos pelo frango; em segundolugar, acarne moídaeassim

por diante). Inclua também uma nova coluna para a proporção, em porcentagem,

que cadaitem representa no valorglobaldascompras, e outra em que você soma-

rá essas porcentagens, uma a uma, totalizando a cada operação.

Note que os números entre parênteses podem se modificar à medida que você for

preenchendo o restante da tabela. Desse modo:

Item Produto Unidades

consumidas Custo

unitário (R$) Custo

total (R$) Participação

(%) %

acumulada

1. Frango 13 13,60 176,80 (34,51) (34,51)

2. carne moída

12

14,59

175,08

(34,17)

(68,68)

3. Macarrão 15 2,89 43,35 (13,54) (82,22)

4. arroz 4 8,25 33,00 (6,44) (88,66)

5.

6.

7.

8.

9.

10.

Page 39: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 45

ilust

raçõe

s: d

anie

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en

eve

nti

Para calcular as porcentagens (%), pegue o valor do qual quer saber qual é a porcentagem corresponden-

te e divida-o pelo valor total (que corresponde a 100%) movendo a vírgula duas casas à direita – ou crian-

do uma vírgula, se já não houver, duas casas à direita. na planilha eletrônica, a fórmula utilizada ficará da

seguinte maneira: porcentagem = valor/total. veja o exemplo a seguir.

imagine que você terá um desconto de R$ 90,00 na compra de uma geladeira de R$ 870,00 reais. nesse

caso, qual é a porcentagem do desconto? veja como a fórmula ficaria na planilha eletrônica:

após inserir a fórmula, o resultado será dado em nÚmero decimal, igual a 0,103448. Para transformá-lo

em porcentagem, você tem algumas opções. a primeira é clicar no símbolo “%” na planilha, e o progra-

ma calculará automaticamente, apresentando o resultado de 10%. ou, ainda, você pode multiplicar esse

valor por 100, e será apresentado o resultado 10,3448, que seria 10,3448%.

outro exemplo: carne moída: 175,08 5,1237 (512,37 com a vírgula já movida) = 34,17.

se usar calculadoras de mão, para calcular novas porcentagens sobre um mesmo total depois de ter

feito aprimeira conta, basta digitaronovovaloracalcularedaro total, poisaoperação se repete auto-

maticamente.

Em nossas tabelas, procuramos uniformizar as unidades de medida (kg, ℓ) usando

valores médios por tipo de embalagem em que o produto é vendido, apenas para dar

uma visão mais uniforme do consumo; os cálculos, porém, estão feitos por unidade

(quilo,litro,sachê,sacoetc.).Mas,considerandoarealizaçãodaatividade,vocêpode-

rámantê-las,se quiser,sem convertê-laspara unidades iguais para todosos produtos.

Nasempresas, asmatérias-primaseoutrosinsumosnormalmentesãocomputados

em unidades simples ou unidades de medida de peso, de volume, de quantidade

por embalagem etc.

A1 =90/870

C D E A B

1 =90/870

2

3

4

5

ARQUIVO PÁGINA INICIAL INSERIR LAYOUT DA PÁGINA FÓRMULAS DADOS REVISÃO EXIBIÇÃO

Recortar

Copiar Colar

Pincel de Formatação

Área de Transferência

Calibri

11

A A

Quebrar Texto Automaticamente

Geral

N I S A

Mesclar e Centralizar % 000 ,0

,00 ,00 ,0

Fonte Alinhamento Número Estilo de Porcentagem (Ctrl + Shift + %)

A1 =90/870 Formatar como uma porcentagem.

C D E F G H I

N A B J K L M

1 0,103448

2

3

4

5

6

7

8

Page 40: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

46 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

5. Agora, classifique os itens segundo a curva ABC:

a) Quais são A?

b) Quaissão B?

c) Quais são C?

Na segunda tabela, os itens de 1 a 3 seriam classificados ou categorizados como A,

uma vez que a soma dos três atinge mais de 80% do valor do estoque. O produto

6 faria parte dos produtos da categoria B, pois a participação de seu custo no total

da despensa é bem mais baixo. O item sal seria da categoria C, com participação

bem baixa no valor total da compra.

O processamento das informações de estoque

Existem vários programas de computador, os chamados softwares, que foram criados

para controlar e integrar diferentes processos que ocorrem dentro das empresas,

facilitando o gerenciamento deles.

Page 41: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 47

Outros são desenvolvidos para objetivos mais específicos, sendo chamados de

softwares especialistas. Elespodemestardisponíveisno mercado ou vira ser espe-

cialmentedesenvolvidosparaumcliente, porumaempresadetecnologiada infor-

mação (TI), tendoem vistaumaáreade trabalho daempresa quenecessite dealgum

programa particular para atender a peculiaridades de seu funcionamento.

São diversos os programas destinados à gestão de estoques. Um sistema especialis-

ta voltado ao gerenciamento de um armazém, por exemplo, possui inúmeras funções

inter-relacionadas.

A abrangência dos programas é bastante extensa, permitindo registro e processa-

mentodetodasasoperações, bemcomodosprocedimentos envolvidos,inclusive o

rastreamento das mercadorias a partir do momento em que são recebidas na em-

presa até sua saída nos veículos que farão as entregas.

Além disso, esses programas possibilitam controle e precisão inventariais (de quan-

tidade de itens presentes no estoque) bastante altos. Por essa razão, eles são muito

utilizadosnão somente em indústrias, mas tambémnoscentrosdedistribuição, em

atacadistas, varejistas e operadores logísticos, que são empresas prestadoras de ser-

viços especializadas em armazenamento e distribuição.

Com tais programas, é possível efetuar inventários por produto ou por grupo de

produtos. Esses inventários costumam ser feitos com regularidade para que se tenha

o controle doestoque da formamaisprecisapossível, umavez que podemocorrer:

• danos e avarias em mercadorias manuseadas no depósito;

• furtos;

• edrurtooss;de lançamento dos dados de notas fiscais nas entradas e/ou saídas dos pro-

• erros de identificação ou classificação de produtos;

• expiração da validade;

• nmãeorrceaadloizraiaçsãodedveolalvniçdaams epnotrodsaonuorsegniostmroosmdoenstdoadosrdeceenboitmasefnitsoc;ais, nocasode

• oeustaríodsapsrdoeblpermoadsuqtouseffraezqeumenctoemeqnuteeuampraecsoenmtepaenrrhoasmdeivnetorssoism. ples de entradas

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 47

Page 42: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

48 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

É comum, dependendo do tipo de negócio e porte da

empresa, que se façam contagens físicas das mercado-

rias para confrontação com os dados numéricos, regis-

trados nos programas dos computadores ou em fichas

anotadas manualmente.

atividade 5

programas espeCializados

1. Em dupla, no laboratório de informática, pesquisem

nos sites de busca alguns programas especializados

em gestão de estoque.

2. Registrem as características de cada um deles e elejam

qual lhes pareceu o mais completo para uso diário.

Para conhecer mais sobre esse e outros assuntos ligados à área de

estoque, acesse o material relativo ao Arco Ocupacional Administração, no qual você encontrará os cadernos e vídeos da ocupação de almoxarife

e estoquista. Disponíveis em:

<http://www.viarapida.sp.gov.br>. Acesso em: 26 mar. 2015.

3. Apresentem suas conclusões ao restante daturma.

Page 43: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 49

Un Idade 9

POR DENTRO DO SETOR

FINANCEIRO

Toda empresa, seja de pequeno, médio ou grande porte, preci-

sa lidar comagestãofinanceirade seu negócio, o que torna esse

setor vital para qualquer organização.

Com base em dados e informações financeiras é possível avaliar

o desempenho interno da empresa e planejar suas atividades

futuras.

A tendência é que as empresas de maior porte possuam um

setor financeiro que desenvolva especificamente essas atividades,

enquanto nas empresas de menor porte essa gestão pode ser

desenvolvida pelos próprios proprietários do negócio.

De qualquer maneira, trata-se de um setor privilegiado para o

trabalho do assistente administrativo. Por isso, é importante

que você conheça um pouco mais sobre a organização especí-

fica desse setor e das atividades nele realizadas.

Basicamente, a principal função do setor financeiro é lidar com

a movimentação – entradae saída – dosrecursosfinanceirosda

empresa. Essa tarefa, nada simples, é fundamental para o bom

funcionamento de toda a organização.

Geralmente, o departamento financeiro exerce diferentes funções

complementares, por exemplo: planejamento financeiro, aqui-

sição e controle de recursos e distribuição de recursos.

Veja no quadro a seguir a descrição de cada uma dessas funções.

Page 44: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

50 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Função Descrição

Planejamento

o planejamento no departamento financeiro tem como objetivo, de modo

geral,fazercomqueasmetasestabelecidaspeladireçãodeumaempresa

sejamalcançadas.Paraqueissoaconteça,éprecisodefinir:comorealizar

asações necessárias,quandoelasprecisarãoserexecutadas,porquem

serão feitas e quanto isso vai custar.

[...]cabe ao departamentofinanceiroanalisara viabilidade de um projeto

ou de um investimentoespecífico.issoporque,às vezes,tem-sea

intenção de se realizarumaatividade e, apósestudoe análise,

verifica-se que é impossível realizá-la por muitas razões, dentre elas a

questão financeira. Um projeto pode ser muito bom, mas, se o

montante de recursos necessários ao seu empreendimento for

superior àcapacidade financeira daempresa, esseprojeto deveser

descartado. [...]

aquisição e controle de recursos

Qualquerempresa, sejagrande e commuitas filiais ou mesmo uma

unidadede menorporte, realizarotineiramenteoperaçõesque visam

mantero seunegócio em dia. sãopagamentos de contas, impostos,

compras de mercadoriase produtosetc. ou seja, sãogastosdiários

necessários para o negócio funcionar. [...]

cabeàadministraçãofinanceiranãodeixarquefaltemrecursos paraas

atividades rotineiras.

Masumaorganizaçãonãopodesecontentarempensarsomentenoagora.

Elaprecisaterumavisãotambém de longoprazo. Portanto, o processode

aquisiçãoecontrolede recursosdeveconsideraraquestão do tempo. se

umaempresapretendeampliarsuasinstalações,elaprecisadestinarparte

dos seusrecursos do diaa diaparaviabilizaressaintenção.

distribuição de recursos

[...]

todos os departamentos de uma empresa necessitam de recursos.

sendoassim,para que odepartamentocomercialpossa vender,é

necessáriotermercadoriasno estoque. Mas, para que elasestejamno

estoque,éprecisocomprá-las.E,paraqueascomprassejamefetuadas,

é preciso pagar por elas.

além disso, não se pode esquecer que em cada departamento da

empresahápessoasqueprecisamfazeroseutrabalhodireito,damaneira

correta e obedecendo aos prazos estabelecidos. se isso não ocorrer,

prejuízospodemsurgir.nessecaso,muitasvezeséprecisorealizar

treinamentoseelaborarregrasclarasparaquenãohajaconfusãoentreos

setores ou departamentossobrearesponsabilidadede cadaum.

sERviÇo nacional dE aPREndiZaGEM coMERcial (sEnac). Práticas administrativas

em escritório. Rio de Janeiro: senac nacional, 2010. p. 53-5.

Page 45: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 51

Agora que você conheceu um pouco mais sobre a orga-

nização e as funções do setor financeiro de uma empre-

sa, vamos apresentar a seguir algumas rotinas básicas que

você, como assistente administrativo, poderá exercer se

for trabalhar nesse setor.

Algumas rotinas do setor financeiro

A primeira atividade realizada pelo financeiro de uma

empresa que vamos conhecer é a rotina de contas a pagar

e contas a receber.

Trata-se de uma atividade realizada em todo tipo de em-

presa e fundamental para sua organização.

Por contas apagar, compreendem-se todosos pagamentos

que a empresa deve efetuar costumeiramente, seja diária,

mensal ou anualmente.

São exemplos desse tipo de conta os pagamentos reali-

zadosafornecedores, empregados e funcionários; compra

de suprimentos; pagamento de impostosetc.

Assim, é importante que hajaumrigoroso controlee orga-

nizaçãodessascontas,para auxiliar no processo degestão

daempresa,quedeveadministrarosvaloresdospagamen-

tos, bem como as respectivas datas de vencimento.

Para que isso aconteça, é fundamental o setor financeiro ter

canais de comunicação com todos os demais setores que

compõemaempresa, quedeverãotrabalhar de formacon-

juntacoma equipe de finanças, transmitindoas informações

necessárias.

Além disso, é tambémimportante que o setor desenvol-

vapráticasdecadastramentoeagendamento, possibili-

tando o controle das contas e dos pagamentos a serem

realizados, a fim de evitar que exista qualquer tipo de

atraso, o que implicaria prejuízo para a empresa, por

causa do pagamento de juros e multas.

Funções do Contas a Pagar: • fixar políticas de pagamentos;

• controlar adiantamentos a fornecedores;

• controlar abatimentos e devoluções de mercadorias;

• controlar e liberar pagamentos a fornecedores.

silva, Edson cordeiro da. como administrar o fluxo de caixa das

empresas: guia prático e objetivo de apoio aos executivos. são Paulo:

atlas, 2005. p. 24.

Page 46: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

52 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Além do uso constante de

ferramentas de edição de texto e produção de planilhas, existem atualmente diversos programas especialmente elaborados para auxiliar no controle da gestão financeira das empresas. Se

possível, e com o auxílio do monitor, faça uma pesquisa na internet para

conhecer alguns deles.

Porfim, deve-se obter a autorização da própria empresa

e concretizar o pagamento da conta.

Já o processo de contas a receber, oposto ao de contas a

pagar, diz respeito atodosospagamentos que devem ser

realizadosparaaempresa, incluindotodososseussetores.

Refere-se, portanto, ao montante de vendas efetuado

pelaempresa, seja de seus produtos oude seus serviços,

que também temde ser controladopelo setor financeiro

de forma integrada aos demais setores que compõem a

empresa.

Além disso, o assistente administrativo deve conhecer as

políticas de crédito praticadas pela empresa, que o aju-

darão na compreensão dessa atividade.

A organização de relatórios sobre esses pagamentos e

recebimentosdaempresa também é uma prática impor-

tante, mas que pode variar de acordo com cada lugar.

Outro procedimento importante está ligado aos dois

descritosanteriormente. Trata-se da conciliaçãobancária:

comparação entre o controle interno realizado pelo setor

financeiro da empresa e as contas bancárias.

Esse controle deve ser feito diariamente em função das

transações efetuadas, possibilitando assim uma checagem

das informações e a localização de possíveis inconsistências.

Uma checagem fundamental a ser executada, aliada às

anteriores, diz respeito aos saldos do controle interno e

bancário, que têm de ser equivalentes.

Todos esses procedimentos são importantes e devemser

realizados constantemente, pois, caso seja encontrado

algum erro,é possívelcorrigi-lo, minimizandoassimos

prejuízos para a saúde financeira da empresa.

Page 47: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 53

Vamosfalaragora sobre outro importante aspectodagestãofinanceiradequalquer

empresa: o fluxo de caixa.

Segundo o Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, o fluxo

de caixa tem o seguinte objetivo e funções:

Prover informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos

(dinheiro à mão, conta-corrente bancária e aplicações de sobra de

caixa) de uma empresa, ocorridos durante um determinado período.

destina-se a controlar as alterações ocorridas durante o exercício, no

saldo de caixa e equivalentes de caixa.

indicaaorigem de todoodinheiroque entrou no caixa em determina-

do período,bemcomooresultadodo seufluxofinanceiro,permitindo

ao administrador melhorar o planejamento financeiro das empresas.

PEPPE, Paulo cesar Raimundo. demonstração de fluxo de caixa: roteiro.

são Paulo: cRcsP, ago. 2012. Palestra. disponível em:

<http://www.crcsp.org.br/apostilas/demonstracao_fluxo_caixa_peppe_0608.pdf>.

acesso em: 26 mar. 2015.

Portanto, o fluxo de caixa, ao controlar as entradas e saídas dos recursos financeiros,

deve ser entendido como uma importante ferramenta na gestão financeira das

empresas. É também com base nele que os gestores têm apossibilidade de realizar

com maior segurança suas tomadas de decisão e seu planejamento estratégico.

atividade 1

montagem do fluxo de Caixa

1. Leia a reportagem a seguir.

Page 48: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

54 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Como administrar as saídas do fluxo de caixa?

Respondido por antonio Paulo terassovich, especialista em crédito

os administradores financeiros devem ter bem formalizado o proces-

sode estruturação do fluxo de caixada empresa. Esta tarefa não pode

ser esquecida em hipótese alguma. as empresas até podem viver alguns

períodos sem lucro, mas não sobrevivem longos períodos sem caixa.

de formasimplificada, ofluxo de caixaébasicamenteconstituído de

duaspartes: entradas esaídas. Hoje o assuntoé voltadopara as saídas

de caixa. na linguagemfinanceiraexistemquatroitens onde podem

seralocadas as saídas: aumento de qualquerativo, comocompraspara

manter o estoque adequado ou umamáquina nova; redução de um

passivo, como o pagamento de uma conta de luz, água, ou mesmo

fornecedores; prejuízo líquido, quando as depreciações não forem su-

periores a este valor; e pagamento de dividendos ou recompra de ações.

Para o caso das pequenas empresas, o foco deve ser nos dois primei-

ros itens e analisar as saídas sob os aspectos do comportamento

desses valores, que podem ser divididos em dois grandes grupos:

custos fixos e variáveis.

os custos fixos são aqueles que existem mesmo que a empresa não

venda nada. Eles costumam ser mensais e incidem constantemente.

Já os custos variáveis são aqueles que flutuam para cima ou para

baixo de acordo com o volume de vendas da empresa ou alguma

decisão de aumento de estoques, por exemplo.

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Page 49: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 55

seu porte, o setor em que atua etc.

Para cada um deles otratamento deve ser diferenciado, pois os pri-

meiros, os fixos, o administrador deve ter um levantamentoe perio-

dicamente controlar suas variações. o segundo tipo, os variáveis,

devem ser coletados a partir das estimativas de produção evendas da

organização e normalmente variam todos os meses.

tenha uma planilha com esses dados e monitore, analise e corrija os

nÚmeros a cada semana, pelo menos.

tERassovicH, antonio Paulo. como administrar as saídas do fluxo de caixa?

Exame, 27 fev. 2012. disponível em: <http://exame.abril.com.br/pme/noticias/

como-administrar-as-saidas-do-fluxo-de-caixa>. acesso em: 26 mar. 2015.

2. Junte-se a três ou quatro colegas. Tendo em vista o que estudaram sobre o setor

financeiro das empresas e a partir do que leram na reportagem, elaborem um

fluxo de caixa de acordo com as orientações a seguir. • Oelagbrourpaodod.eVveorcáêcsrdieavr eurmãoa termaçparreosapefircfitlícdiaaepmarpareasqau, caol mo filnufxoormdeaçcõaeixsasosbereá

• Pfianraanmceoinratasraocoflnutxeocedreãocaeimxap, rvaozcoêssddiefevreernãtoesp.rePvoerreqxueemapslom: oavcimomenptraaçõde

determinada quantidade de mercadoria ou matéria-prima tem vencimento

em 30 dias; outra, em 45 dias. Por outro lado, algumas vendas feitas na loja

ou empresa foram pagas à vista; outras, a prazo, com diferentes datas de

pagamento etc. • Dcoemveorãfolchoansdtearpaaignadma neontfolu, xluozd,eácgauiax,aaalsudgeusepleestacs. fixas mensais da empresa,

• Adepclainxialh, amaasseégiumirppoordtaenráteseqruuetcilaidza garucpoomcoreiexseumapplroópparria aplcarniailçhãao,dinosfelruixno-

do os dados necessários.

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 55

Page 50: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 59

Data

Dia da semana

/ /

Segunda-feira

/ /

Terça-feira

/ /

Quarta-feira

/ /

Quinta-feira

/ /

Sexta-feira

/ /

Sábado

/ /

Domingo

/ /

Segunda-feira

Saldo do caixa – R$ 52,00 R$ 89,00 R$ 116,00 R$ 123,00 R$ 134,00 R$ 126,00 R$ 62,00

RECEBIMENTOS R$ 60,00 R$ 45,00 R$ 35,00 R$ 35,00 R$ 55,00 R$ 80,00 R$ 80,00

Previsão de recebimento vendas R$ 20,00 R$ 45,00 R$ 35,00 R$ 35,00 R$ 55,00 R$ 80,00 R$ 80,00

Outros recebimentos R$ 40,00

PAGAMENTOS R$ 8,00 R$ 8,00 R$ 8,00 R$ 28,00 R$ 44,00 R$ 88,00 R$ 44,00

Retiradas dos sócios R$ 80,00

Vale-transporte R$ 8,00 R$ 8,00 R$ 8,00 R$ 8,00 R$ 8,00 R$ 8,00

Telefone

Fornecedor 1 R$ 20,00 R$ 36,00

Fornecedor 2

Fornecedor 3

Outros fornecedores R$ 40,00

Aluguéis R$ 4,00

Serviços contábeis

Empréstimos

Juros

Folha de pagamento

Outros pagamentos

Saldo do Dia R$ 52,00 R$ 37,00 R$ 27,00 R$ 7,00 R$ 11,00 - R$ 8,00 R$ 36,00

Fonte: sERviÇo BRasilEiRo dE aPoio Às MicRo E PEQUEnas EMPREsas (sEBRaE).

Fluxo de caixa. disponível em: <http://gestaoportal.sebrae.com.br/customizado/uasf/gestao-

financeira/ferramentas-de-apoio/0%20Fluxo%20de%20caixa.pdf>. acesso em: 7 abr. 2015.

• Acaoixfaincarli,avdo pêasrfaasruãoa eumparesxap.oÉsifçuãnodpaamraenotarleqstuaentaeadparetsuernmtaçdão fdlouxflouxdoe

seja precedida de uma discussão sobre a importância de realizar uma boa

gestão financeira, que poderá ser mediada pelo monitor.

Algumas rotinas da contabilidade

O mercado de trabalho na área contábil está em plena ascensão, visto que o grande

avanço econômico mundial necessita de informações precisas, rápidas e constantes.

Todasasatividadesempresariaispassarama ser controladaseregistradaspelacon-

tabilidade, tornando essa área essencial à economia e ao controle do patrimônio,

além de ser o melhor meio de comunicação entre os investidores de capital e as

empresas, pois é por intermédio dela que se consegue ter uma visão precisa do pa-

trimônio empresarial e do retorno sobre os investimentos.

Paraacompanharessaexigênciadegerenciamentoda situação contábildas empre-

sas, existem os escritórios de contabilidade, que atendem os estabelecimentos que

nãopossuem, em seu quadro, postosde trabalho comfuncionárioshabilitadospara

exercer as funções relacionadas a esse setor.

Assim, para finalizar esta Unidade, vamos tratar de algumas rotinas básicas ligadas

ao setor de contabilidade de uma empresa, ampliando dessa maneira os conheci-

mentos que vão construir sua formação como assistente administrativo.

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Page 51: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

56 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Escrituração

Nas empresas existem livrosespecíficos para registrar

tudo o que acontece em seu dia a dia e que está ligado

à gestão de seu patrimônio, isto é, que provoca alterações

nele.

O patrimônio varia constantemente a partir das ocorrên-

cias diárias, como compras, pagamentos, recebimentos

etc.,eseuregistrocontábilpossibilitaoacompanhamento

de sua oscilação.

São chamados fatos administrativos os eventos que

ocorrem na empresa modificando o seu patrimônio e,

justamente por esse motivo, precisam ser registrados

noslivrosdeescrituração. Essesfatospodemseragru-

pados em três tipos diferentes:

1. Fatos permutativos, qualitativos ou compensativos –

aqueles que não alteram o patrimônio líquido da

empresa; apenas evidenciam trocas entre o ativo e o

passivo.

2. Fatos modificativos ou quantitativos– surgemquan-

do o patrimônio líquido sofre alguma alteração.

3. Fatos mistos – quando ocorrem, ao mesmo tempo, as

duas situações citadas anteriormente.

Diferentemente dos fatos administrativos, existem os atos

administrativos, que correspondem aos eventos que acon-

tecem na empresa, mas não afetam o seu patrimônio,

como a contratação de funcionários ou a efetivação de

contratos de seguro.

Podemos supor então que, como não representam alte-

ração no patrimônio, não precisam ser lançados nos

livros deescrituração. Poréménecessárioanalisarcada

um dos eventos individualmente, pois alguns deles po-

dem representar compromissos que, no futuro, vão

acarretar modificações. Por exemplo: promessa de bens

como garantia de dívidas, hipoteca de imóveis, emissão

Patrimônio líquido: For-

mado pelo capital inicial dos

proprietários juntamente

comolucro obtido noperío-

do que é incorporado ao

capital da empresa. É impor-

tante ficar claro que o “lucro”

nãoinvestido, isto é, aquele

retirado pelos proprietários

a título de “salário”, entra em

obrigações, ou seja, no pas-

sivo exigível.

Ativo: conjunto de bens e

direitos. deve ser mensurável

e gerar benefícios econômi-

cos momentâneos (ativo cir-

culante) ou futuros (ativo não

circulante).

Passivo: conjunto de obri-

gações e deveres momentâ-

neos (passivo circulante) ou

futuros (passivo não circulan-

te). o passivo é formado pe-

las obrigações que podem ser

reclamadas por terceiros,

tanto no presente (obrigações

acurto prazo) comono futu-

ro (obrigações a longo prazo).

Page 52: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 59

Livro Diário Contábil

DATA DOC. CÓD.

HISTÓRICO

DESCRIÇÃO

CÓDIGO CONTA

Folha nº 001

VALOR

DÉBITO CRÉDITO CONTABILIZADO

de títulos de cobrança bancária, fianças ou avais a favor de terceiros etc. Dessa

forma, sua contabilização é feita, atualmente, utilizando algumas provisões para

fazerfrenteaessaspossíveisobrigaçõesfuturas, comoavaisegarantias, conforme

orientações dadas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (no CPC 25 – Pro-

visões, Passivo Contingente e Ativo Contingente), documento que regulamenta

essas questões conforme determinação das agências reguladoras brasileiras.

Esse registro, também chamado de “lançamento”, precisa ser feito em ordem cro-

nológica e especificar a natureza de cada operação. Deve ser efetuado no Livro

Diário, sendo imprescindível que esteja de acordo com os princípios da Contabili-

dade – Código Comercial brasileiro: Lei federal no 556/1850 – e siga as normas

tributárias legais – Regulamento do Imposto de Renda (RIR): Decreto federal no

3.000, de 1999.

Sempre que surge a necessidade de uma nova tomada de decisão na empresa, esses

livros são consultados, daí a importância deestarem constantementeatualizados e

com sua contabilidade impecável.

Aquantidadede livros e também os tipos que serãoutilizadospelaempresadepen-

dem não só de seu ramo de atividade, mas também de seu porte.

Eles podem ser classificados quanto à sua utilidade em principais, que são os usados

para o registro de todos os fatos administrativos: Livro Diário e Livro Razão;

e auxiliares, aqueles nos quais são registrados eventos específicos e que futuramente

servirão de base para o preenchimento do Livro Diário: Livro Caixa, Registro de

Duplicatas, Livro de Contas-correntes etc.

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Page 53: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

58 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Quanto à natureza dos registros, eles podem ser classificados em cronológicos, quan-

do seguem a ordem dos acontecimentos; e sistemáticos, quando são usadosparare-

gistrar eventos similares.

Levando em conta a finalidade dos livros contábeis, eles se classificam em obrigató-

rios, quando são exigidos pela legislação comercial, tributária e societária, sendo que

as leis queos exigemvariamdeacordocomoâmbitofederal, estadual ou municipal

onde se encontramasempresas; e facultativos, que são usadospelasempresaspara

auxiliara contabilização, mas não são exigidos por lei: Livrode Contas-correntes,

Livro de Controle de Contas etc.

Livro Utilidade Natureza Finalidade

livro diário Principal cronológico obrigatório

livro Razão Principal sistemático obrigatório

livro caixa auxiliar sistemático Facultativo

livro de contas- -correntes

auxiliar

sistemático

Facultativo

livro de Registro de duplicatas

auxiliar

sistemático

obrigatório

lalur [livro de apuração do lucro Real]

auxiliar

sistemático

obrigatório

RiBEiRo, osni Moura. contabilidade geral fácil. 9. ed. são Paulo: saraiva, 2013. p. 81.

REGISTRO DE DUPLICATAS

FATURA ORIGINÁRIA

Nº DE DATA

ORDEM DA EMISSÃO DA EXPEDIÇÃO

VALOR

R$

IMPORT.

IMPOSTO PAGO R$

COMPRADOR DUPLICATAS

DATA

DATA PROTESTO A ORDEM

Nº DE OBSERVAÇÕES

NOME ENDEREÇO ORDEM DE EMISSÃO DE EXPEDIÇÃO DATA OFÍCIO DE PAGAMENTO DE BAIXA PR

AZ

O

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Page 54: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 59

venda realizada;

livros principais

O Livro Diário é obrigatório pela legislação tributária e também pelo Código Co-

mercial brasileiro. Está presente em todas as empresas, e seu registro deve ser feito

diariamente, pelo método das partidas dobradas.

o método das partidas dobradas foi criado pelo frei luca Pacioli (c. 1445-1517), com o objetivo de mostrar

as alterações ocorridas no patrimônio em determinado período, mantendo sempre um equilíbrio entre

os recursos (ativo) e sua aplicação (passivo).

Para demonstrar esse equilíbrio, registram-se sempre as operações, apontando a origem do recurso e

em que ele foi aplicado. assim, o mesmo valor é lançado sempre duas vezes, um de cada lado da planilha,

pois a cada gasto corresponde um bem ou direito.

Esse método consiste, essencialmente, no princípio de que, a cada débito feito em uma ou mais contas,

corresponde um crédito equivalente em uma ou mais contas. não existe débito sem crédito correspon-

dente, de tal forma que a soma dos débitos é igual à soma dos créditos.

Por exemplo: se o valor de um carro é 15 mil reais, ele vai entrar no balanço da seguinte forma:

ativo (R$)

• Carro = 15 000,00

Passivo (R$)

• Pagamento do carro = 15000,00

nesse caso, o ativo ficou igual ao passivo, o que significa que o balanço está equilibrado.

Épor meio desse método que as empresas oupessoas podem acompanhar, detalhadamente, a aplicação

de seus recursos, o que possibilita um melhor planejamento.

Para que sua escrituração seja confiável, os lançamentos devemseguir uma ordem

cronológica, eexistemalguns itens essenciaisnaformadeefetuaroregistro, obser-

vando a seguinte ordem: local e data em que ocorreu o fato; conta a ser debitada;

conta a ser creditada; histórico do acontecimento; valor.

Na hora de efetuar o registro, a primeira coisa a fazer, após identificar local e data

da ocorrência, é analisar os elementos envolvidos nas operações, isto é, para cada

fato administrativo sempre ocorre uma troca: • seemepnrtersaadtienrháedireoeenmtrceagiaxrap, aorutesedseesteruataesdteoquumeapvaernaduamdecmlieenrtceadeomrifauànvçãisotad,aa

• smeáeqnutirnaauomu ebqeumipaemernatzoã,osadieo udminahecioromdperacapiaxra ouusobadnaceomcoprreessap, ocnodmeontuemaoa

pagamento da compra desse bem, e assim por diante.

60 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Page 55: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

Depois, observe, para cada um dos elementos que com-

põem o fato administrativo, em qual tipo de conta ocor-

reráodébitoeemqualaconteceráocrédito. Tendoesses

dados em mãos, fica mais fácil proceder ao registro no

Livro Diário.

Para ficar mais claro, veja o registro, no Livro Diário,

dasoperaçõesocorridasnaempresa M, no mês dejanei-

ro de 2000. • NBaondcioa X5,. depósito da quantia de R$ 23 000,00 no

• Nfaodod,idaa1l2o,jacKom, nporavadleoradlgeuRn$s 5p8ro0d,0u0to, csodnefoarlmexnaortia-

fiscal, série A, no 3.245.

Data Título da conta /

Histórico Débito Crédito

05/01/2000

Bancos c/movimento

23 000,00

a caixa

23 000,00

depósito no Banco X

12/01/2000

Estoque de material de consumo

580,00

a caixa

580,00

nota fiscal, série a, no 3.245, da loja K

É essencial que toda a movimentação contábil da em-

presa seja registrada em primeiro lugar nesse livro, de

forma clara, em nosso idioma, com valores em moeda

nacional. Lembre-se de que esse registro não pode, em

nenhuma hipótese, apresentar rasuras, borrões ou es-

paços em branco.

Atualmente, com o aumento do uso do processamento eletrônico de dados, o Livro diário e todas as

outras escriturações contábeis estão sendo substituídos por formulários contínuos. As folhas do Livro Diário são numeradas automaticamente e, ao final do período contábil, devem

ser impressas e encadernadas, juntamente com os termos de abertura e de encerramento.

No entanto, até há pouco tempo, esse livro necessitava, por força de lei, ser

impresso em tipografias, conter folhas numeradas sequencialmente e

possuir espaço próprio para a abertura e o encerramento do livro.

Depois de concluído esse procedimento, precisava ser

autenticado no Registro do Comércio.

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 61

Page 56: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

62 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Arquivo Relatórios Adicionais Utilitários Ajuda

0

1/50 100%

LIVRO DIÁRIO ,0

,00 Nome: Oracle Com. de Equip. Eletrônicos ME.

CNPJ: 41.585.457/0001-75

Folha: 1

03/02/2015 3.0.2.0.01.00015 (0012) 7.7.3.0.01.00024 (0214) 032 PG. MECÂNICA R$ 850,00 R$ 850,00

Livro Diário - 01/02/2015 a 31/03/2015 X

Livro Diário X

O uso da preposição a antes da indicação da conta credora tem origem no raciocí-

nio de que qualquer débito ocorrido corresponde a créditos, mas, atualmente, a

maior parte dos sistemas contábeis suprimiu esse uso, o que não impede logicamen-

te que o local onde você venha a trabalhar mantenha essa prática.

As folhas desse livro são numeradas e ele deve conter um termo de abertura e um

de encerramento, assinados pelo responsável da empresa e pelo contador, a todo

final de período. Nessa ocasião, o livro precisa ser autenticado na Junta Comercial

da sede da empresa, não podendo sofrer atraso superior a 180 dias, segundo o

Regulamento do Imposto de Renda (Decreto federal no 3.000/1999), o Código

Comercial (Lei federal no 556/1850) e o Código Civil (Lei federal no 10.406/2002).

A imagem a seguir mostra um modelo de Livro Diário adotado atualmente.

DATA

CONTA DE DÉBITO

CONTA DE CRÉDITO

LANÇAMENTO

HISTÓRICO

VALOR DE DÉBITO

VALOR DE CRÉDITO

01/02/2015 3.0.2.0.01.00015 (0012) 7.7.3.0.01.00024 (0214) 032 PG. POSTO DE GASOLINA R$ 750,00 R$ 750,00

01/02/2015 3.0.2.0.01.00015 (0012) 7.7.3.0.01.00024 (0214) 032 PG. IPTU 02/10 R$ 350,00 R$ 350,00

02/02/2015 3.0.2.0.01.00015 (0012) 7.7.3.0.01.00024 (0214) 032 PG. FORNECEDOR DE MEMÓRIAS R$ 1 200,00 R$ 1 200,00

02/02/2015 3.0.2.0.01.00015 (0012) 7.7.3.0.01.00024 (0214) 032 PG. FORNECEDOR DE PLACAS DE VIDEO R$ 2 700,00 R$ 2 700,00

02/02/2015 3.0.2.0.01.00015 (0012) 7.7.3.0.01.00024 (0214) 032 PG. PAPELARIA ALTA R$ 50,00 R$ 50,00

O Livro Razão, também obrigatório pelas normas contábeis, é útil para a contabili-

dade da empresa, uma vez que seu registro se dá por meio de contas individualizadas,

o que permite um controle mais frequente de cada uma dessas contas.

Cada lançamento registrado no Livro Diário é transcrito para esse livro, porém

emcontas individuais, comocaixa, estoque, equipamentos etc., apresentando-se

em cada uma delas o detalhamento da movimentação ocorrida no caixa da

empresa, isto é, os débitos, os créditos e o saldo final das operações feitas em

determinada conta.

A escrituração manuscrita desse livro deve conter algumas informações primordiais,

por exemplo: nomedaconta; datadolançamento com indicação dedia, mês eano;

histórico de lançamento, ou seja, o detalhamento do fato administrativo; débito, isto

é, quanto foi debitado da conta; crédito, em que é indicado o valor que foi credita-

do na conta; saldo, que representa a diferença entre o débito e o crédito.

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ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 63

LIVRO RAZÃO

Conta-caixa

Fábrica de Serras Jabur Ltda.

CNPJ: 75.253.125/0001-44

HAVER A CAIX DEVE

01

Data

Histórico Débito

(Entradas)

Crédito (Saídas)

Saldo

27/02/2015

Ref. à implantação do

capital disponibilizado

pela união societária

R$ 350.000,00

R$ 350.000,00

16/03/2015

Ref. à aquisição de

máquinas e equipamentos

R$ 180.000,00

R$ 170.000,00

23/04/2015

Ref. à aquisição de

móveis de escritório

R$ 80.000,00

R$ 90.000,00

OLivroRazãocostumaapresentarumaformamaissimplesderegistro,utilizandopara

issoum gráfico ou conta em T,também chamada de razonete. Emborasejainteressan-

te que o assistente administrativo conheça esse procedimento, é importante saber que

não ésuafunçãorealizá-lo,mas sim dos responsáveispela contabilidadedaempresa.

livros auxiliares

O Livro Caixa serve para o registro de todo e qualquer fato administrativo que

envolvadinheiro na empresa. Ele é facultativo, mas de grande utilidade, principal-

mente quando se quer acompanhar detalhadamente o movimento financeiro da

organização. Poresse motivo, na maior parte das empresas, o preenchimento desse

livro fica acargo datesouraria, queéodepartamento responsável pelo recebimento

e pagamento de cada uma das despesas ocorridas no período.

É importante ressaltar, porém, que no caso de empresa que seja optante pelo Simples

Nacional, que você viu na Unidade 7,esse livro é obrigatório perante o fisco e deve

observar as exigências e formalidades constantes na Lei complementar no 123, de

14 de dezembro de 2006.

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64 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

LIVRO CAIXA

Torres Empreendimento Ltda. Nome do Banco: Banco CredBank S/A

Banco: 171 Código da agência: 015

Valor do mês anterior:

Valor do dia anterior:

Período: 01/03/2015 a 05/03/2015

Data de emissão: 05/03/2015

Hora: 17:59:41

R$ 5.000,00

R$ 0,00

04/03/2015 9,00 4551 Compra de 01 computador p/ expedição R$ 2.500,00

Total do dia Total de Débito: R$ 0,00 Total de Crédito: R$ 2.500,00 Saldo: R$ 5.400,00

Os intocáveis (The Untouchables, direção de Brian de Palma, 1987) é um drama policial estadunidense,

baseado no livro de mesmo nome, publicado em 1957. O filme, estrelado

por Kevin Costner (o agente do governo Eliot Ness) e Robert De Niro (líder de gangue Al Capone), segue o relato autobiográfico de Ness e seus esforços para conduzir Capone à

justiça, durante a Lei Seca nos EUA. Mostra o trabalho da contabilidade e como a descoberta de seus livros caixa levou à queda de seu império.

Normalmenteo livro possuias seguintes colunas: data,

seguindo a ordem cronológicados acontecimentos; his-

tórico, que especifica cada um dos fatos administrativos;

parcelas, que indicam os valores de débito ou crédito,

quando parcelados; débito, que representa as entradas de

dinheiro; e crédito, no qual se registram as saídas de

dinheiro.

O movimento começa sempre com o saldo de débito do

dia anterior e finaliza com o saldo final devedor, que é o

mesmo que aparecerá no início do dia seguinte, poden-

do ser diário ou mensal.

Esse livro serve debaseparaaelaboraçãodo Livro Diá-

rio e, posteriormente, do Livro Razão, sendo que tudo

queélançadonele, obrigatoriamente, deveaparecernos

outros dois, e o saldo apurado no Livro Caixa deve

corresponder ao saldo da conta caixa do Livro Razão.

DATA LANÇAMENTO CÓD. EVENTO L. ORIGEM OBSERVAÇÃO DÉBITO CRÉDITO

02/03/2015 2,00 1254 Internet R$ 50,00

02/03/2015 4,00 1475 Aluguel R$ 750,00

02/03/2015 8,00 3221 Prestação de serviços R$ 1.800,00

Total do dia Total de Débito: R$ 1.800,00 Total de Crédito: R$ 800,00 Saldo: R$ 6.000,00

03/03/2015 8,00 3221 Prestação de serviços R$ 1.400,00

03/03/2015 7,00 4578 Venda de mercadorias R$ 700,00

03/03/2015 6,00

Total do dia Total d

7665

e Débito: R$

IPTU (Parcela 02/10)

2.100,00 Total de Crédito: R$ 200,00

Saldo: R$ 7.900,00

R$ 200,00

05/03/2015 8,00 3221 Prestação de serviços R$ 4.500,00

05/03/2015 3,00 4578 Folha de Pagamento R$ 8.000,00

Total do dia Total de Débito: R$ 4.500,00 Total de Crédito: R$ 8.000,00 Saldo: R$ 1.900,00

TOTAL DE DÉBITO: R$ 8.400,00 TOTAL DE CRÉDITO: R$ 11.500,00 SALDO: R$ 1.900,00

Como no caso dos outros livros, esse também costuma, atualmente, ser feito por

meio de programas computadorizados.

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Page 59: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 65

Quebrar Texto Au

23

22

SALDO FINAL 21

TOTAL DO MÊS 20

19

18

17

16

15

14

13

12

11

10

9

8

7

6

5

4

3

Saldo Saída Entrada Detalhes Descrição Data 2

MOVIMENTO DO CAIXA

1

B A

H

G

F

E

D C

A22

Alinhamento

Mesclar e Centra

Fonte

A A

A

Calibri

N I

Pincel de Formatação

Área de Transferência

Colar

Recortar

Copiar

INSERIR LAYOUT DA PÁGINA FÓRMULAS DADOS REVISÃO E PÁGINA INICIAL ARQUIVO

11

O Livro de Contas-correntes também é facultativo, porém bastante usado nas

micro e pequenas empresas.

Nele são registradas, em ordem cronológica, todas as operações comerciais entre a

empresaeseusclientes ou fornecedores. Dessa forma, por intermédiodelepodemos

acompanharosdireitoseas obrigações daempresa, o que facilita seu cumprimento.

Também como os anteriores, pode ser preenchido à mão ou no computador.

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01

DATA

DÉBITO CRÉDITO

SALDO

DATA

DÉBITO CRÉDITO

SALDO

Page 60: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

66 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

MOVIMENTAÇÃO CONTA RESUMO

CONTA

BlueBank

DESCRIÇÃO

X

Conta-corrente / Ag. 777 - C/C 01574-8

DATA DESCRIÇÃO TRANS DESTINO VALOR R$ QUIT REF PARC SALDO

05/03/15 qui

06/03/15 sex

09/03/15 seg

09/03/15 seg

09/03/15 seg

10/03/15 ter

11/03/15 qua

12/03/15 qui

condomínio

saque

luz

financiamento apartamento

internet

gasolina

sofá

prestação de serviços

desp

para

desp

desp

desp

desp

desp

rec

casa R$ 550,00

diversos R$ 80,00

01/06

R$ 2 000,00

R$ 1 920,00

casa R$ 56,00 R$ 1 864,00

casa R$ 2 000,00 - R$ 136,00

casa R$ 79,00 - R$ 215,00

carro R$ 120,00 - R$ 335,00

casa R$ 500,00 - R$ 835,00

honorários R$ 3 500,00 R$ 2 665,00

13/03/15 sex ju ros limite desp juros R$ 45,00 R$ 2 620,00

atividade 2 retomando alguns ConCeitos de esCrituração

Junte-se a três ou quatro colegas. Nas questões 1 e 2, discutam cada uma delas

antesdeapontaraalternativacorreta. Emseguida, elaboremasrespostasdasques-

tões 3, 4 e 5.

1. Atos administrativos são aqueles que:

a) provocam alteração no patrimônio da empresa;

b) não alteram o patrimônio, apesar de poderem acontecer no dia a dia da empresa.

2. Seumeventoocorridonaempresanãoprovocaralteraçãonopatrimôniolíquido,

mas evidenciarmodificaçõesentreoativoeopassivo, eledeveserconsiderado:

a) um fato modificativo;

b) um ato administrativo;

c) um fato permutativo.

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Page 61: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 67

3. Listem pelo menos três itens essenciais na escrituração do Livro Diário.

4. Levando em conta a classificação dos livros contábeis, preencham o quadro a

seguir.

Livros

Classificação quanto a

Utilidade: principal e

auxiliar

Natureza: cronológico e sistemático

Finalidade: obrigatório e facultativo

livro diário

livro de contas-correntes

livro de Registro de duplicatas

livro caixa

livro Razão

5. Efetuemolançamento, no exemplo depáginade Livro Diárioa seguir, dosfatos

administrativos aqui indicados:

a) venda, à vista, de uma lancha, da marca NoMar, no valor de R$ 135000,00,

conforme recibo;

b) compra, à vista, de um computador da marca BCD, conforme nota fiscal no 341,

no valor de R$ 2000,00;

c) pagamento, emcheque, efetuadoà Transportadora Levatudo, referente aofrete

de uma lancha, no valor de R$ 750,00.

Page 62: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

68 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Livro Diário Contábil Folha nº 001

DATA

DOC. HISTÓRICO CÓDIGO CONTA VALOR

CONTABILIZADO CÓD. DESCRIÇÃO DÉBITO CRÉDITO

Para conhecer mais sobre esse e outros assuntos ligados à área de contabilidade,

acesse o material relativo ao Arco Ocupacional Administração, no qual você encon-

trará cadernose vídeos daocupação deauxiliar decontabilidade. Disponíveisem:

<http://www.viarapida.sp.gov.br>. Acesso em: 26 mar. 2015.

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Page 63: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 69

Un Idade 10

PRINCIPAIS ROTINAS DO SETOR DE RECURSOS HUMANOS

Vamos agora tratar das principais rotinas que o assistente ad-

ministrativo precisa saber para trabalhar no setor de recursos

humanos, conhecido como RH, de uma empresa. Para tanto,

vamos a princípio entender um pouco mais sobre as funções

que se espera que o RH desempenhe.

Como o próprio nome diz, esse é o setor responsável por lidar

com todas as questões que dizem respeito às pessoas, aos fun-

cionários de uma empresa, desde sua contratação, passando pela

suaintegraçãocomaculturadaempresa,preocupação comsua

formação contínua, questões relativas a cargos e salários, até um

eventual processo de demissão. Todas essas são atividades e

responsabilidades do setor de recursoshumanos.

Grandes empresas costumam ter um setor de RH muito bem

estruturado, com profissionais especializados; já empresas

menores podem ter as atividades desse setor realizadas pelo

mesmo trabalhador que atua em outras práticas administra-

tivas, como controle de estoque ou setor decompras.

De uma forma ou de outra, todas as empresas que trabalham

com funcionários precisam adotar os procedimentos de RH;

portanto, para você que está buscando se aperfeiçoar nessa área,

tais informações são relevantes.

Sabendo que essa é a área da empresa que lida especificamente

com questões referentes à contratação dos funcionários, bem como

o pagamento de seus salários e benefícios, vamos estudar mais

sobre essas questões, de acordo com a legislação brasileira.

Page 64: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

70 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

As características do emprego na atualidade: o emprego formal

Este conteúdo é importante não apenas porque você

pretende se qualificar para a ocupação de assistente ad-

ministrativo, mas também por tratar de uma questão

muitopresentena vidacotidianadamaioriadaspessoas,

seja para quem estáàprocuradoprimeiro emprego, seja

para quem está à procura de outro trabalho, seja para

aqueles que querem aprender uma nova ocupação e mu-

dar de emprego.

Um dos assuntos mais importantes no mundo do traba-

lho diz respeito ao tipo de contrato a que cada um é

submetido. E a forma de contratação de cada trabalhador

afeta diretamente a vida pessoal dele.

O emprego formal é aquele que possui registro em car-

teira profissional ou na Carteira de Trabalho e Previ-

dência Social (CTPS). Nela, a empresa deve sempre

anotar, nas páginas próprias para o “Contrato de traba-

lho”, o nome da empresa, o número do CNPJ, o ende-

reço da empresa, a espécie de estabelecimento (comércio,

indústria etc.), o cargo para o qual o trabalhador está

sendo contratado, o código da sua ocupação na Classi-

ficação Brasileira de Ocupações (CBO), a data de admis-

são, o número do registro, assim como o número da

folha ou ficha do Livro de Registro de Empregados, e a

remuneração do trabalhador.

O conjunto das informações anteriormente citadas (nome

da empresa, número do CNPJ, endereço da empresa,

espécie de estabelecimento etc.) precisa constar obriga-

toriamente na Carteirade Trabalho, poisessas informa-

ções compõem o registro do emprego para o qual o

trabalhador está sendo contratado e, principalmente,

porque só assim seus direitos serão assegurados.

A remuneração especificada na Carteira de Trabalho é

o que chamamos salário bruto, ou seja, é o total do

Você sabia? Carteira de trabalho e

Previdência social, ex-

pedida pelo Ministério do

Trabalho e Emprego, é

o documento obrigatório

para que os cidadãos pos-

sam ser empregados re-

gistrados. O emprego

formal é conhecido popu-

larmente como “trabalho

com carteiraassinada”.

Fonte: SÃO PAULO (Estado). Se-

cretaria de Desenvolvimento Eco-

nômico, Ciência e Tecnologia

(Sdect). Educação de Jovens e Adul-

tos (EJA) – Mundo do Trabalho.

Geografia, História e Trabalho: 6º

ano/1º termo do Ensino Fundamen-

tal. São Paulo: Sdect, 2011.

Page 65: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 71

salário pago pelo empregador, sem contar os descontos obrigatórios que deverão

ser aplicados. Poucas pessoas realmente sabem o que são esses descontos e para

que eles servem, mas é muito importante conhecê-los, pois eles têm tudo a ver

com os direitos conquistados pelos trabalhadores e também com os nossos deve-

res como cidadãos.

Um dos descontos principais é o do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). É

com a reserva criada com esse dinheiro que o governo paga as aposentadorias, auxílios-

-doença e outras formas de auxílio ao trabalhador. Ou seja, é uma contribuição exi-

gida pelogoverno, mas que deve retornarem benefíciospara o própriotrabalhador.

Além desse desconto para o INSS, outros descontos comuns são o do Imposto de

Renda e o do seguro-saúde. Algumas empresas pagam parte do custo mensal desse

seguro, ficando a outra parte por conta do funcionário.

Podemser descontadasdo salário, ainda, algumastaxasreferentesa benefícios que

a empresa ofereça, como vale-alimentação, vale-refeição etc. Embora sejam ofereci-

dos pelo empregador como benefícios, é comum que o funcionário contribua com

uma parte, que é descontada de seu salário.

Veja aseguir, natabeladedescontosdo Imposto de Rendaeda Previdência Social,

os dois principais descontos realizados nossalários.

Tabela 1 – Descontos do Imposto de Renda sobre o salário bruto

Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Fí-

sica a partir do exercício de 2015, ano-calendário de 2014.

Base de cálculo mensal (em R$)

Alíquota % Parcelaa deduzir do

imposto (em R$)

até 1 787,77 – –

de 1 787,78 até 2679,29 7,5 134,08

de 2 679,30 até 3 572,43 15,0 335,03

de 3 572,44 até 4463,81 22,5 602,96

acima de 4463,81 27,5 826,15

Fonte: BRasil. Receita Federal. alíquotas do imposto sobre a Renda Retido na Fonte –

a partir do exercício de 2012. disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/

contribFont2012a2015.htm>. acesso em: 26 mar. 2015.

Page 66: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

72 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Tabela 2 – Descontos do INSS sobre o salário bruto (jan. 2014)

Salário (em R$) Desconto

até 1 317,07 8%

de 1 317,08 até 2 195,12 9%

de 2 195,13 até 4390,24 11%

Fonte: BRasil. Ministério da Previdência social. Formas de contribuição: empregado.

disponível em: <http://www.previdencia.gov.br/inicial-central-de-servicos-ao-segurado-formas-

de-contribuicao-empregado>. acesso em: 26 mar. 2015.

Exemplo:

• salário bruto (salário que consta no contrato de trabalho) mensal = R$ 750,00;

• dpeasracoonstoqudeogINanShSa=mRa$té60R,$001(3e1q7u,0iv7a)l;ente a 8% de R$ 750,00, desconto-padrão

• Imposto de Renda = isento, pois o salário é inferior a R$ 1787,78;

• salário líquido = R$ 690,00 mensais.

Fonte: sÃo PaUlo (Estado). secretaria de desenvolvimento Econômico, ciência e tecnologia (sdect). Educação de Jovens e adultos (EJa) – Mundo do trabalho. Geografia, História e trabalho:

6o ano/1o termo do Ensino Fundamental. são Paulo: sdect, 2011.

atividade 1 Comparando diferentes faixas salariais

Agora, veja como são os descontos para um trabalhador que tem o salário bruto de

R$ 4000,00:

• salário bruto = R$ 4000,00;

• desconto do INSS = R$ 440,00 (equivalente a 11% de R$ 4000,00, desconto-

-padrão para os que ganham entre R$ 2 195,13 e R$ 4 390,24); • IqmuepgoastnohdaemReenntrdeaR=$R2$61798,3,907e(Req$u3iv5a7l2e,n4t3e –a d1e5%R$–3d5e6sc0o,0n0to–-pqauderéãoopsaláaroios

bruto menos o desconto já aplicado do INSS –, menos ainda R$ 335,03 – que é

o valor-padrão a ser deduzido do imposto para essa faixa salarial);

• salário líquido = R$ 3361,03.

72 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Page 67: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

1932 1936 1939 1943 1949

Compare esse exemplo com o exemplo apresentado no texto anterior. Quais dife-

renças e semelhanças você vê entre os descontos aplicados no primeiro caso e os

descontos aplicados neste último? Você acha que essas diferenças e semelhanças são

boas ouruins? Quemémaisafetadopelosdescontos? Reflitaarespeitoeanotesuas

conclusões.

Os direitos têm história

Os direitos vinculados ao trabalho têm uma longa história, especialmente na Eu-

ropa, onde alguns países foram os primeiros a reconhecê-los.

É importante lembrar que, no Brasil, a conquista dos direitos vinculados ao traba-

lho só aconteceu no século XX (20).

Observe a linha do tempo que indica a criação de pilares importantes do direito do

trabalhador brasileiro.

• AregCiasrtrteaivramdeaTlgraubmalahsoinexfoisrtmiaaiçnõfoersmsoablmreenotsetrdaebsdaleh1a8d9o1r.eNs.eFlao,iossóeemmpr1e9g3a2dqoruees,

por meio do Decreto federal no 21.175, esse documento foi instituído e com ele

vários direitos foram garantidos aos trabalhadores.

Instituição do salário mínimo

Criação da Justiça do Trabalho

Consolidação das Leis do Trabalho

Instituição do descanso

semanal r o emunerad

© L

uís

Dávila

Page 68: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 73

estabelecido pela lei.

a Consolidação da Leis do Trabalho (CLT), que uniu em uma única lei toda a

do valor correspondente a 8% do salário de cada trabalhador;

são para que a jornada legal seja limitada a 40 horas semanais;

até 90 dias, de acordo com o tempo de serviço na empresa;

avos) do salário mensal do trabalhador. Aqui também o cálculo é semelhante.

• AdocBonraqsuilisatagadroasnatliáardioe mquíeninmenoh, eum1a9s3sa6l,asriigandiofirceocuepba vaatloodroms eonsstraalbinaflheraidoorraeos

• Em 1o de maio de 1943, foi promulgada, pelo então presidente Getúlio Vargas,

legislação trabalhista do País.

• Ocupdersacçaãnosodsaefmadaingaal creamusuandearapdeoloptravbiaalheom. lei o direito ao trabalhador da re-

Atualmente, os principais direitos trabalhistas ou previdenciários do trabalhador são:

• jFoerdneardaal dsem19a8n8a.lEdsesetrtaebmalaheos:tá44sehnodroasa,tucaolnmfoenrmteeddeebfaitnididoa, ppoeilsahCáofnosrtietupirçeãso-

• FpeulnoddoedpeósGitaoramnetinasadlofeTietomppeolodeemSeprrveigçaodo(Fr,GnTaSC):aicxriaadEocoenmôm19ic6a6,Féefdoermraal,do

• férias remuneradas de 30 dias: com o valor do salário normal acrescido de 1/3

desfséerivaasloser.ráPodre eRx$em1 p2l0o0:,s0e0;o salário é de R$ 900,00, o salário a receber no mês

• 13o salário: gratificação anual, cujo valor mensal corresponde a 1/12 (um doze

Se o salário é de R$ 900,00 e o empregado trabalhou de janeiro a dezembro, o

13o salário será o pagamento de outros R$ 900,00. Mas, no primeiro ano na

empresa, o 13o salário será proporcional aos meses trabalhados: se foi contrata-

do em julho, receberá como 13o salário R$ 450,00; • alhvoiscoo-mprédvuiroaçeãmocdaes,ondoemdeínmimissoã,o3:0cdoimasu,npiocdadenoddoe,rpeeslcaisãnoodveascorengtrraso, dcheetrgaabraa-

• aridaidcoioenxaeirscsearlsaeriuatirsapboarlhpoereimcucloosnidiaçdõeees periignosasalusber/oiduandoec:isveamspàrseaqúudeeo, ealsestaelma-

direito a receber mensalmente um percentual adicionado ao salário. Esse percen-

tual varia conforme a classificação do grau de risco ao qual o trabalhador é ex-

posto: no caso de insalubridade, por exemplo, 10% para nível baixo, 20% para

médio e até 40% para alto. Para saber se seu trabalho é considerado insalubre,

pesquise o artigo 189 da CLT no site do Ministério do Trabalho e Emprego.

Disponível em: <http://www.mte.gov.br>. Acesso em: 26 mar. 2015;

74 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

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auxílio-doença;

previstos atualmente 120 dias;

• a0d5ihc0io0n. Salenuoptuagrnaompeangtoo épaferaitoaqduaesleguqiuneterefaolrimzaam: asheuortar,abqaulehonoernmtraelm22ehn0te0 e

é computada como 60 minutos, passa a ter 52 minutos e 30 segundos, sofrendo

assim uma redução de 7 minutos e 30 segundos, o que equivale a 12,5% da hora

regular. Seu valor será 20% maior que aquele pago pela hora diurna; • etestdaebitlriadbaadlehdoe, eleptreergáogpaorarnatciiadednetemdeptrreagboalphor: s1e2omtreasbeaslhaapdóosrosotférremr aincoidedno-

• egsetsatabçilãiod,aadceredseceidmapdregmoapisarcainacmoumlheeseresmapcóassoopdaergtoe;sptaaçrãaoli,caepnóçsaa-mcoantefrinrmidadçeãosãdoa

• dciiospneanl dsaei4m0o%tivsoabdrae(osetmotajul sdtaasccaounstar)i:bduáiçaõoetsrqabuaelahaedmoprroesdaireefietotuaorueacoebFeGr TadSi;-

• direito ao pagamento de horas extras no valor estipulado pela lei;

• ampuolsheenrteasd;oria por tempo de contribuição: 35 anos para homens e 30 anos para

• appoessesnotadionrciappaozr pinavraliedxeezrcpeerrmoatrnaebnatelh, ose; mpre que a perícia médica considerar

• fsoergduerom-idteidsoemsepmrejguost:aqcuaaunsdao, eoletrtaebmaldhiarediotor faorreccoenbterraatatédsoepisomr peessessodaejausrsídisitcêane-

ciafinanceirapagapelogovernofederal. Ovalorvariaconformeafaixasalarial.

atividade2 1o

de maio

1. Organizem-se em grupo de quatro ou cinco pessoas e, no laboratório de infor-

mática e com a ajuda do monitor, façam uma pesquisa sobre o 1o de Maio, com

base no roteiro a seguir.

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 75

Page 70: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

• Por que esse dia é comemorado?

• Olemquberaadcoo?nteceu na história para que esse dia fosse

• Como o 1o de Maio é comemorado na suacidade?

• O que vocês acham dessa comemoração?

• Ccoonmqouoisstdaidroeist?os sociais relacionadosao trabalhoforam

2. Emumafolhaavulsa, escrevamumtexto sobrea pes-

quisa que fizeram e levem para discutir com os demais

grupos. Fonte: sÃo PaUlo (Estado). secretaria de

desenvolvimento Econômico, ciência e tecnologia (sdect).

Educação de Jovens e adultos (EJa) – Mundo do trabalho.

Geografia, História e trabalho: 6o ano/1o termo do Ensino

Fundamental. são Paulo: sdect, 2011.

Existe uma grande diferença entre

rH e departamento de pessoal. Enquanto o primeiro é a área da

empresa dedicada a lidar com todas as questões que envolvem o bem- -estar e o crescimento profissional dos funcionários, o segundo cuida

exclusivamente dosaspectos jurídicos e legais da relação trabalhista entre

empregador e empregados.

Atividades e documentação do setor de Recursos Humanos (RH)

O objetivo deste tópico éapresentar avocê as principais

práticas e atividades realizadas pelo setor de Recursos

Humanos. Vamos começar falando sobre as rotinas de

admissão e demissão de funcionários.

Cabe ao RH conduzir todo o processo de seleção dos

funcionários de uma empresa, mesmo que com o apoio

deprofissionais de outrasáreas. Essa seleção é feita por

meio de técnicas específicas que buscam selecionar os

candidatos mais qualificados para cada vaga.

Após a seleção do candidato, é função do RH realizar o

procedimento de integração dos novos funcionários

à empresa. Esse processo se inicia com toda a tramitação

relativa à documentação necessária para a admissão.

O primeiro passo é solicitar a realização do exame mé-

dico admissional e depois a entrega da documentação

necessária. Vejaa seguir quais são os documentos obri-

gatórios para a admissão.

76 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Page 71: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 77

• carteira de trabalho e Previdência social, para que sejam feitas as

devidas anotações.

• certificado Militar, para provar quitação com o serviço militar (para

pessoas maiores de 18 anos do sexo masculino).

• certidão de casamento e de nascimento, para verificação de dados,

concessão do salário-família e abatimento dos dependentes, para

efeito de desconto de imposto de Renda.

• declaração de dependentes para fins de imposto de Renda na fonte.

• atestado Médico admissional, que é obrigatório, devendo ser pago

pelo empregador, que é responsável pela guarda do comprovante

do custeio de todos os exames ou consultas realizados pelo em-

pregado (artigo 168 da clt).

• declaração rejeitando ou requerendo o vale-transporte.

• outrosdocumentos/informações, taiscomocédula de identidade, cPF

(cadastro de Pessoas Físicas), cartão do [Programa de integração social]

(Pis)/[Programa de Formação do Patrimônio do servidor PÚblico] (Pasep),

comprovantedeendereçoedeescolaridadeefotografiasparaoprontuário.

depois de receber essa documentação, o empregador ou a empresa

empregadora passam a ter de exercer as suas obrigações, que são as

seguintes:

• anotar na ctPs a data de admissão, a remuneração e as condições

especiais, se houver.

• Preencher a ficha de salário-família.

• incluir a admissão no caged (cadastro Geral de Empregados e de-

sempregados), o que pode ser feito pela internet, no site <http://www.

mte.gov.br>. [acesso em: 26 mar. 2015.]

Page 72: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

78 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Demonstrativo de Pagamento

Empresa: Aquiles Com. Ltda.

Endereço: Rua Doze nº 8

CNPJ: 55.452.125/0001-55

Crédito em: 05/03/2015

Referência: Fevereiro/2015 (Folha)

Nome: Gilmar Pereira Coelho

CTPS: 154257

Função: Auxiliar de Escritório

Banco/Agência/Conta: 171/8520/0021450

Série: 00124

Matrícula: 001574

CPF: 478.859.789-84

Salário nominal:R$ 1.500,00

Centro de Custo: 001257 - Contabilidade

Admissão: 10/07/2007 Dep. IR: Dep. Sal. Família:

Total Bruto:

Total de Descontos:

Líquido a Receber:

R$ 1.750,00

R$ 1.037,50

R$ 712,50

(+)

(–)

(=)

Base FGTS: R$ 1.750,00

Base IRRF Folha:

Base INSS:

Valor FGTS: R$ 140,00

• atéo dia 7 do mês subsequenteao mês dereferência das informações,

a empresa deverá postar no correio um impresso por meio do qual

presta informação sobre o movimento de pessoal.

• Efetuar o cadastro no Pis/Pasep caso o empregado não possua um

nÚmero de matrícula.

• devolver ao empregado sua ctPs em 48 horas, contra recibo.

sERviÇo nacional dE aPREndiZaGEM coMERcial (sEnac). Práticas

administrativas em escritório. Rio de Janeiro: senac nacional, 2010. p. 105-6.

Mensalmente, também é de responsabilidade desse setor fazer o controle da folha

depagamentode todosos funcionáriosdaempresa. Nessedocumentodevemcons-

tar todas as informações relativas aos salários e descontos realizados em cima do

salário bruto, que podem ser vários, tais como: Imposto de Renda, plano de saúde,

descontosde benefíciose todos osencargossociaise tributos devidos, como INSS

e FGTS.

Também devem constar da folha de pagamento informações relativas ao mês tra-

balhado de cada funcionário, como faltas, licenças, atrasos ou qualquer outro re-

gistro que se faça necessário.

Veja a seguir os detalhes de um demonstrativo de pagamento.

Código Descrição Referência Valores (+/–)

101

Salário

30.0

R$ 1.500,00

(+)

106 Hora Extra 5.0 R$ 250,00 (+)

106 Adiantamento 40.0 R$ 600,00 (–)

401 INSS 11.0 R$ 192,50 (–)

411 Seguro de Vida 0.0 R$ 15,00 (–)

424 Refeição 20.0 R$ 80,00 (–)

483 Assistência Médica 0.0 R$ 150,00 (–)

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Page 73: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 79

SUPERINTENDÊNCIA CENTRAL DE ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL

DEMONSTRATIVO DE PAGAMENTO

FOLHA:1/1 INF. CONTROLE: 000152

RECIBO

Pagamento Salário

Empregador(a):

Empregado(a):

Período: / / a / / .

Salário Contratual: R$

Descontos Efetuados:

Vale-transporte: R$

Contribuição Previdenciária (INSS): R$

Adiantamentos: R$

Total: R$

Recebi a quantia líquida de R$ (

), referente ao salário que

me é devido pelos serviços prestados em razão do contrato de trabalho.

Local: Data: / / .

Assinatura do(a) Empregado(a)

Observação: preencher na parte de anotações gerais da CTPS do empregado

Apósarealizaçãodopagamentodo salário, oempregadordevefornecerao empre-

gado um recibo desse pagamento, também conhecido como contracheque.

MATR. / DV

001562

NOME

Jolimar da Cunha Neto

CNPJ DEPEND.

IR SF

0 0

MÊS / ANO

01/2015

BANCO AGÊNCIA CONTA CPF PIS/PASEP

453

8715

01874-3

478.342.176-86

12548756873

Nº ADMISSÃO / CARGO SÍMBOLO SITUAÇÃO

FUNCIONAL QUINQUÊNIO

0035 - Motorista de caminhão

MTC-35

Efetivado

ADM

0

MAG

3

ADM. TR.

DESCRIÇÃO DESCONTOS

NÃO EFETUADOS PARCELA VANTAGENS

DESCONTOS EFETUADOS

1

SALÁRIOS

2.500,00

275,00

54,83

2

3

INSS

IRFF S/SALÁRIO

ilustr

açõ

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80 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Para orientar o preenchimento dessa folha de pagamento, bem como realizar o

controle cotidiano de entrada e saída dos funcionários, é obrigatório que toda em-

presa com mais de dez funcionários possua uma folha de ponto, que pode ser ma-

nual ou eletrônica. Veja a seguir.

FOLHA DE PONTO Empregador Mês / Ano:

Nome: EDITORA TALENTOS LTDA. CNPJ: 21.383.545/0001-88 JANEIRO / 2015

Endereço: RUA DO LIVRAMENTO Nº 112

Empregado Nome: CARLOS DIAS CPF: 329.458.458-86

Função: EDITOR CPTS (nº e série): 45878 254-SP

Dia Dia da

Semana Entrada Almoço Saída

Hora extra

Assinatura empregador

Assinatura trabalhador

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

atividade 3 preenChendo a folha de pagamento

Nesta atividade, você é convidado a preencher uma folha de pagamento fictícia para

que possa exercitar o conteúdo que aprendeu sobre esse assunto tão importante na

prática diária das atividades do assistenteadministrativo.

As empresas podem usar programas específicos para o cálculo da folha de pagamen-

to, mas para realizar esta atividade será utilizada uma planilha eletrônica.

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ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 81

Com a ajuda do monitor, forme um grupo com três ou quatro colegas. No labora-

tório de informática, escolham uma ocupação de uma empresa fictícia para fazer o

cálculo. Para tanto, podem pesquisar um organograma qualquer que possa indicar

alguns cargos da empresa, tais como gerente, analista, secretária e o próprio assis-

tente administrativo.

Em seguida, incluam na planilha todas as informações que aprenderam nesta Uni-

dadeparafazeremo devido cálculo, simulando ovalor dosaláriobrutoe inserindo

os descontos devidos para chegar ao salário líquido que o trabalhador receberá.

Ao final, vocês deverão apresentar suas conclusões para os demais grupos, podendo

imprimir a folha de pagamento calculada para realizar essa apresentação.

Outras rotinas do RH

Casohajanecessidadederealizarademissãodealgumfuncionário, essa também é

uma atividade prevista na rotina do RH ou departamento de pessoal de uma em-

presa. A ação de finalizar um contrato de trabalho, do ponto de vista legal, deno-

mina-se homologação.

Nesse caso, é necessária a seguinte documentação:

Documentação necessária

termo de Rescisão de contrato de trabalho

carteira de trabalho e Previdência social

livro ou Ficha de Registro de Empregados

notificação de demissão

Extrato para fins rescisórios da conta vinculada do empregado no FGts

Guia de recolhimento rescisório do FGts e da contribuição social

comunicado da dispensa

Page 76: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

82 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Documentação necessária

atestado de saÚde ocupacional demissional ou periódico

documento que comprove a legitimidade do representante da empresa

carta de preposto e instrumento de mandato

Prova bancária de quitação quando o pagamento for efetuado antes da assistência

nÚmero de registro ou cópia do instrumento coletivo de trabalho aplicável

Fonte: BRasil. Ministério do trabalho e Emprego. instrução normativa sRt no 15, de 14 de

julho de 2010. disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/8a7c812d308E216601309Ec4

7E180B22/in_20100714_15.pdf>. acesso em: 26 mar. 2015.

Demais ações do RH e gestão de pessoas

Outra função da área de recursos humanos de uma empresa é lidar com

a questão dos cargos e dos salários. Isso não significa apenas definir quais são os

cargos, quantidades de funcionários necessários e salários praticados, para que assim

a empresa possa desenvolver seu trabalho da forma e com a qualidade que deseja.

Quandofalamosemdesenvolvimentodeplanodecargosesalários, trata-se detodo

um planejamento efetuado nessa área para que se possa construir uma prática de

gestão de pessoas que seja duplamente relevante. Em outras palavras, que traga

benefícios e aumento na qualidade tanto do trabalho realizado quanto da trajetória

pessoal de cada trabalhador, que pode assim almejar, por meio dos seus esforços,

dedicaçãoeconhecimentos, aconquistadenovasposiçõesno desenvolvimento de

sua trajetória profissional dentro da empresa.

Oferecer uma política de planos e cargos transparente e que seja interessante para

todos é função que deve ser considerada fundamental pela área de recursos humanos.

Veja a seguir um exemplo de quadro de cargos e de salários.

Page 77: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 83

Exemplo de estrutura de Cargos e Salários

classe cargos salário médio (R$)

1 auxiliar de serviços Gerais 892,49

auxiliar de Produção 997,03

2 Recepcionista 1 201,29

auxiliar administrativo i 937,14

operador de Máquina industrial 750,42

3 Recepcionista bilíngue 1 726,24

auxiliar administrativo ii 1 372,52

operador de Máquina Pesada 1 251,71

Eletricista 1 485,15

4 operador de Máquina Usinagem 1 730,46

Eletricista ii 1 841,97

almoxarife i 1 313,26

5 Eletricista iii 2 323,53

almoxarife ii 1 491,76

6 almoxarife iii 1 966,62

técnico de segurança do trabalho i 2 445,04

7 técnico de segurança do trabalho ii 3 059,00

8 analista de Recursos Humanos JÚnior 3 637,08

técnico segurança do trabalho iii 3 092,51

Fonte: aQUi tEM RH. dados sobre cargos e salários.

disponível em: <http://www.aquitemrh.com.br/salarios.php>. acesso em: 26 mar. 2015.

Outro aspecto importante da atuação do RH e que vem cada vez mais ganhando

espaçoe importância paraobom desenvolvimento do trabalho dosfuncionáriosde

uma empresa diz respeito à formação dessa força de trabalho.

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ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 85

Muitas empresas estão, cada vez mais, investindo em cursos e treinamentos para seus

funcionários, possibilitando assim que eles possam aperfeiçoar seus conhecimentos

e trazer ainda mais qualidade para o desenvolvimento do trabalho cotidiano.

Algumas organizações fornecem auxílios no pagamento de cursos, totais ou parciais,

tais comocursodeidiomas ou especializações(atémesmo depós-graduação). Isso

porque as empresas vêm compreendendo a importância de seus funcionários estarem

sempre acompanhando e se atualizando em relação ao avanço das tecnologias, da

pesquisa, da ciência e do conhecimento.

atividade 4

por dentro das prátiCas de reCursos humanos

Vamosagorareveralguns importantes aprendizados que vocêobtevenesta Unida-

de. Para tanto, responda às questões a seguir.

1. Quais são os principais direitos garantidos em lei para o trabalhador brasileiro?

2. Vamossupor quevocê esteja trabalhando comoassistenteadministrativono RH

de uma empresa e dois novos funcionários foram admitidos. Detalhe quais os

procedimentos que vocêprecisaráfazerparaoficializaroprocessodeadmissão

desses funcionários.

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84 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

3. Alémdessesprocedimentoslegaisassociadosàadmissãodessesdoisfuncionários,

em quais outras atividades o RH poderáauxiliá-los?

4. Leia o seguinte depoimento:

Há 11 anos, eu entrei nesta empresa trabalhando como office boy.

naquela época, não tinha ainda nem o Fundamental completo. a

empresa me incentivou a voltar à escola e finalizar meus estudos e

depois que concluí o Ensino Médio comecei a trabalhar na área de

estoque da empresa como assistente. Fui atrás de alguns cursos bá-

sicos na área e, graças a esses novos conhecimentos e ao meu esfor-

ço no dia a dia de trabalho, subi de cargo e atualmente sou analista

de estoque. Minha intenção é continuar estudando, pois sei que a

empresa apoia seus funcionários, eles nos dão uma bolsa de 50% do

valor do curso. afinal, são poucos os que conhecem esse setor como

eu! (silas, 29 anos)

Agora, responda: Qual é a relação entre esse depoimento e o setor de RH da em-

presa em que Silas trabalha? Justifique suaresposta.

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ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 87

atividade 5 uma pausa para reflexão

1. Leia e, se possível, também ouça a letra da música Pecadocapital, do músico e

compositor brasileiro Paulinho da Viola.

Pecado capital

dinheiro na mão évendaval

É vendaval!

na vida de um sonhador

de um sonhador

Quanta gente aí se engana

E cai da cama

comtoda ailusão que sonhou

E a grandeza se desfaz

Quando a solidão é mais

alguém já falou

Mas é preciso viver

Eviver nãoébrincadeiranão

Quando o jeito é se virar

cada um trata desi

irmão desconhece irmão

E aí dinheirona mão évendaval

dinheiro na mão é solução

E solidão

© By artes da viola (Moleque)

2. Agora, em dupla, discutam a mensagem da canção e respondam:

Page 81: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

86 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

a) Vocêsacham que a letra da música expressa, de alguma forma, um certo tipo de

crítica? Se sim, o que está sendo criticado?

b) O quevocês acham quea música querdizer comasexpressões“Dinheirona mão

é solução/E solidão”?

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ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 89

c) Quaisrelaçõespodemserestabelecidasentreamensagemdamúsicaeosistema

capitalista no qual vivemos?

d) E com o universo das empresas, é possível estabelecer alguma relação?

3. Organizem uma apresentação da reflexão que fizeram sobre a música. Pode ser

em forma de peça de teatro, apresentação musical ou cartaz.

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88 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Un Idade 11

O ASSISTENTE

ADMINISTRATIVO NAS

EMPRESAS DO SETOR

DE TRANSPORTES

Esta Unidadeé dedicada ao estudo das informações e dos proce-

dimentos específicos que um assistente administrativo precisa co-

nhecer ao trabalhar em uma empresa ligada ao setor de transportes.

O modal rodoviário é o mais utilizado para o transporte de

cargas em nosso país; segundo os dados da Agência Nacional

de Transportes Terrestres (ANTT) de 2014, esse modal foi

responsável pelo transporte de aproximadamente 61% do to-

tal das cargas transportadasem território brasileiro.

Paradarcontadessemontantede transportes realizados, em 13

de abril de 2015, esse setor contava com os seguintes registros

formais feitos pelo Registro Nacional de Transportadores Ro-

doviários de Cargas (RNTRC) na ANTT:

• 868 957 Transportadores Autônomos de Cargas (TAC);

• 174 311 Empresas de Transportes de Cargas (ETC);

• 415 para Cooperativas de Transportes de Cargas (CTC).

Fontes: aGÊncia nacional dE tRansPoRtEs tERREstREs (antt). Registro nacional do transportador Rodoviário de cargas

(RntRc). RntRc em nÚmeros. disponível em: <http://appweb2.antt.

gov.br/rntrc_numeros/rntrc_transportadorFrotaveiculo.asp>.

acesso em: 13 abr. 2015.

conFEdERaÇÃo nacional do tRansPoRtE (cnt). Boletim

estatístico. disponível em: <http://www.cnt.org.br/Paginas/Boletins_

detalhes.aspx?b=3>. acesso em: 26 mar. 2015.

Pode-se dizer que a organização de empresas no ramo de trans-

portes de cargas no Brasil éalgo recente. Do pontodevista formal,

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90 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

foi apenas em 1963, com o Decreto federal no 51.727, que se criou, no Departamento

Nacional de Estradas e Rodagens (DNER), o Registro das Empresas de Transporte

Rodoviário de Carga e dos Veículos Autônomos de Carga.

Esse decreto, que regulamentava a existência das empresas de transporte no País,

vigorou até 1983, quando foi sancionada a Lei federal no 7.092, criando o Registro

Nacional de Transportes Rodoviários de Bens.

Nova alteração jurídica aconteceu em 2007, pela Lei federal no 11.442, que passou

a instituir a seguinte divisão:

i. transportador autônomo de cargas (tac): pessoa física que tenha

no transporte rodoviáriode cargasasuaatividadeprofissional;

ii. Empresa de transporte Rodoviário de cargas (Etc): pessoa jurí-

dicaconstituída por qualquerformaprevista em leiquetenha no

transporte rodoviário de cargas a sua atividade principal.

BRasil. lei nº 11.442, de 5 de janeiro de 2007. disponível em: <http://www.planalto.gov.br/

ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11442.htm>. acesso em: 26 mar. 2015.

Vamos a seguir aprofundar nossos conhecimentos sobre essesetoreasempresas que

trabalham nesse ramo, informações essas que complementam o conteúdo de formação

do assistente administrativo que tenha interesseem trabalhar naárea de transportes.

Especificidades da organização e das práticas de uma empresa de transportes

Agora você vai conhecer mais a fundo o funcionamento e a organização das em-

presas de transporte.

As empresas desse setor, geralmente, possuem a seguinte estrutura organizacional:

administração, manutenção e operação.

Aáreadeadministração desenvolve as atividadesrelacionadasa planejamento, or-

ganização e controle das operações da empresa, envolvendo as atividades dos setores

de compras, financeiro, RH, jurídico, tecnologia da informação etc.

A área de manutenção, por sua vez, é dedicada aos cuidados necessários com a

frota de veículos que a empresa possui, atividade central para o bom desempenho

do transporte das cargas e da segurança dos seus trabalhadores.

A área operacional é a responsável pelo planejamento e execução da prestação do

serviço de transporte e movimentação das mercadorias.

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ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 91

Veja o organograma a seguir, que define essas áreas e suas responsabilidades.

ADMINISTRAÇÃO

• Recursos Humanos

• Jurídico

• Contabilidade

• Tesouraria

• Finanças

• Suprimento/Compras

• Tecnologia da

informação

MANUTENÇÃO

• Mecânica

• Funilaria

• Pintura

• Eletricidade

• Borracharia

• Tapeçaria

• Limpeza

• Socorro mecânico

• Almoxarifado

OPERAÇÃO

• Transporte

• Central de controle

operacional

• Escala

• Programação

• Movimento

• Planejamento

CLIENTE

Fonte: sERviÇo social do tRansPoRtE (sEst); sERviÇo nacional dE

aPREndiZaGEM do tRansPoRtE (sEnat). curso de formação básica para assistente

administrativo no transporte rodoviário de cargas, 2011.

Principais órgãos de regulação e fiscalização do transporte rodoviário

A seguir, serão apresentados os principais órgãos de regulação e fiscalização do

modal rodoviáriono Brasil. Observecomatençãoasatribuiçõesdecadaumdeles.

agência nacional de transportes terrestres (antt)

A ANTT é o principal órgão do governo federal que regula o transporte terrestre

(rodoviário e ferroviário) no território brasileiro.

Aagência, vinculadaao Ministério dos Transportes, foicriada em 2001e temcomo

principalfunção ser um“órgãoreguladordaatividadedeexploraçãodainfraestru-

tura ferroviáriaerodoviáriafederaledaatividadedeprestaçãode serviços de trans-

porte terrestre”.

BRasil. decreto nº 4.130, de 13 de fevereiro de 2002. disponível em: <http://www.planalto.gov.

br/ccivil_03/decreto/2002/d4130.htm>. acesso em: 26 mar. 2015.

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Page 86: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

92 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

É atribuição desse órgão realizar a habilitação dos trans-

portadores, que podem ser transportadores autônomos,

empresas de transporte de cargas ou cooperativas. Assim,

cabe à ANTT a responsabilidade de conceder aesses

trabalhadores e/ou empresas o RNTRC, que possibilita

e autoriza a realização do transporte de cargas no terri-

tório brasileiro.

Outra importante atribuição desse órgão é sua função

reguladora das ações das empresas transportadoras, como,

por exemplo,realizar o monitoramento dospreçoscobra-

dos pelos serviços detransporte.

departamento nacional de infraestrutura de transportes (dnit)

O DNIT, também uma instituição federal, uma autarquia

ligada ao Ministério dos Transportes, foi criado em 2001

e substituiu o DNER, que foi extinto.

Veja a descrição das funções do DNIT:

a autarquiatem por objetivoimplementar a política

deinfraestrutura dosistema Federal deviação, com-

preendendo sua operação, manutenção, restauração

ou reposição, adequação de capacidade e ampliação

mediante construção de novasviaseterminais. os

recursos para a execução das obras são da União.

ou seja, o órgão é gestor e executor, sob a jurisdição

do Ministério dos transportes, das vias navegáveis,

ferrovias e rodovias federais, instalações de vias de

transbordo e de interface intermodal e instalações

portuárias fluviais e lacustres.

Você sabia? Os demais modais de

transporte também pos-

suem órgãos fiscalizado-

res. O transporte aéreo,

por exemplo, é regulado

pela Agência Nacional de

Aviação Civil (Anac), vin-

culada à Secretaria de

Aviação Civil da Presi-

dência da República. Já o

transporte marítimo é

regulado pela Agência

Nacional de Transportes

Aquaviários (Antaq), vin-

culada ao Ministério dos

Transportes.

Page 87: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 93

além disso, o dnit é o órgão da União competente para exercer as

atribuições elencadas no art. 21 do código de trânsito Brasileiro: nas

rodoviasfederais, ele é responsávelpela aplicação de multas por exces-

so de peso e/ou de velocidade, por meio dos postos de pesagem e

das lombadas eletrônicas.

dEPaRtaMEnto nacional dE inFRaEstRUtURa dE tRansPoRtE

(dnit). apresentação. disponível em: <http://www.dnit.gov.br/acesso-a-

informacao/insitucional>. acesso em: 26 mar. 2015.

Polícia Rodoviária Federal (PRF)

Aprincipalatividadeda Polícia Rodoviária Federalérealizarafiscalizaçãodasro-

dovias e estradas federais observando e fazendo cumprir nas estradas e rodovias o

Código Brasileiro de Trânsito (CBT), além da importante função de prestação de

serviço àsvítimasdeacidentesedeoutrasocorrências que aconteçamnasrodovias

federais.

Ministério da agricultura, Pecuária e abastecimento (Mapa) e agência nacional de vigilância sanitária (anvisa)

O Mapa é o Ministério do governo federal responsável pelas ações e implementações

de políticas públicas relativas ao setor de agricultura, pecuária e abastecimento.

Já a Anvisa, vinculada ao Ministério da Saúde, atua na área de alimentos e medi-

camentos: coordena, supervisiona e controla as atividades de registro, informações

e inspeção, controle de riscos e estabelecimento de normas e padrões. O objetivo é

garantir as ações de vigilância sanitária de alimentos, bebidas, águas envasadas, seus

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94 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

insumos, suas embalagens, aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia, limi-

tes de contaminantes e resíduos de medicamentos veterinários.

As duas instituições compartilham as ações anteriormente citadas e também com os

Estados e municípios, que integram o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.

Assim, os dois órgãos são importantes para o transporte rodoviário de cargas, pois

são também responsáveis pelo estabelecimento de normas e pela fiscalização do

transporte de produtosagropecuários (Mapa) edealimentos, medicamentos, agro-

tóxicos etc. (Anvisa).

A regulamentação do setor de transportes no Brasil é feita por meio da Lei federal

no 11.442, de 5 de janeiro de 2007, que dispõe sobre o transporte coletivo rodoviá-

rio de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, conforme segue:

art. 1o. Esta lei dispõe sobre o transporte Rodoviário de cargas – tRc realizado em vias pÚblicas, no

território nacional, por conta de terceiros e mediante remuneração, os mecanismos de sua operação e a

responsabilidade do transportador.

§ 1o. no caso de transporte de produtos perigosos, será observado exclusivamente o disposto em lei fe-

deral, considerando-se as competências estabelecidas nos arts. 22 e 24 da lei no 10.233, de 5 de junho

de 2001. (incluído pela lei no 12.667, de 2012)

§ 2o (vEtado). (incluído pela lei no 12.667, de 2012)

art. 2o. a atividade econômica de que trata o art. 1o desta lei é de natureza comercial, exercida por pessoa

física ou jurídica em regime de livre concorrência, e depende de prévia inscrição do interessado em sua

exploração no Registro nacional de transportadores Rodoviários de cargas – RntRc da agência nacio-

nal de transportes terrestres – antt [...]

BRasil. lei no 11.442, de 5 de janeiro de 2007. disponível em: <http://www.planalto.gov.

br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11442.htm>. acesso em: 26 mar. 2015.

Existe uma legislação específica para o transporte de cargas perigosas, ou seja,

para o transporte dos considerados “produtos perigosos”. O governo federal san-

cionou, em 1988, o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos

Perigosos (Decreto no 96.044), ao qual foram adicionadas posteriormente algumas

instruções complementares por meio das Resoluções no 420, de 12 de fevereiro

de 2004, no 701, de 25 de agosto de 2004, e no 1.644, de 26 de setembro de 2006

da ANTT.

Váriosprodutospossuem orótulodeperigoso, sendo classificadosemnovecatego-

rias e simbolizados como segue:

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96 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

1 2 2 2 3

RADIOATIVO CONTEÚDO ATIVIDADE

7

RADIOATIVO CONTEÚDO ATIVIDADE

7

RADIOATIVO CONTEÚDO ATIVIDADE

7

CLASSE DE RISCO E RÓTULOS

1 Explosivo 2 Gases 3 Líquidos inflamáveis

4 Sólidos inflamáveis, substâncias sujeitas à combustão espontânea,

substâncias que em contato com água emitem gases inflamáveis

5 Substâncias oxidantes

e peróxidos orgânicos

6 Substâncias tóxicas

e substâncias infectantes

7 Materiais radioativos

8 Substâncias corrosivas 9 Substâncias e artigos perigosos diversos

Fontes: aGÊncia nacional dE tRansPoRtEs tERREstREs (antt). cartilha sobre o

transporte de produtos perigosos no Mercosul. 2012. disponível em: <http://www.antt.gov.br/

index.php/content/view/13101/cartilhas.html>. acesso em: 26 mar. 2015; . Resolução

no 420, de 12 de fevereiro de 2004. disponível em: <http://www.antt.gov.br/index.php/content/

view/1420/Resolucao_420.html>. acesso em: 22 abr. 2015.

9 8

6 6 5.2 5.1

PERIGOSO

QUANDO

MOLHADO

4

SÓLIDO

INFLAMÁVEL

4

COMBUSTÃO

ESPONTÂNEA

4

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ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 95

documentação do transporte de carga

Outra questão que envolve o transporte de carga diz respeito a sua documentação.

Por isso, vamos estudar quais são os documentos essenciais para que o transporte

seja feito com segurança. Falaremos de três tipos de documentos: os do motorista,

os relativos ao veículo (caminhão) e à carga transportada.

Vamos então conhecer quais são os documentos solicitados para cada um desses

casos,e que juntoscompõem adocumentaçãoobrigatoriamenteexigida, habilitan-

do o transportador para realizar seu trabalho de forma adequada.

Documentos do motorista

O motorista deve sempre estar de posse e apresentar quando solicitado apenas um

documento: a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). As categorias que habilitam

o motorista a dirigir veículos próprios para o transporte de carga são C, D ou E.

O motorista deve se lembrar de portar com ele a CNH original, pois nenhum tipo

decópiaserá aceito. Além disso, éimportante estar atento paraa datade vencimen-

to do documento, para evitar problemas. Atualmente, a CNH apresenta foto de

identificação do motorista e também informações como RG e CPF, sendo, portan-

to, aceita como documento de identificação válido em todo o território nacional.

O novo modelo da CNH (à esquerda), com mais de 20 itens de segurança, substituirá gradualmente o modelo emitido até 2015 (à direita).

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98 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

utilizadoransportadoresnos

casosRoddooviáriostransportdeeCemarquegas

CERTIFICADO DE REGISTRO NACIONAL DE TRANSPORTADORES RODOVIÁRIOS DE CARGAS CRNTRC Nº 12345678

CATEGORIA: (TAC, ETC ou CTC)

(RAZÃO SOCIAL / NOME DO AUTÔNOMO) (NOME FANTASIA) (CNPJ/CPF)

Cadastrado em: 00/00/0000 Válido até: 00/00/0000

Lei nº 10.233/2001 - Lei nº 11.442/2007 - Resolução ANTT nº 3056/2009

Documentação do veículo

Osveículosutilizadosparaotransporterodoviáriodecargasprecisamapresentara

seguinte documentação:

• CtoedrteifVicaedícoudloe R(CeRgiLstVro)e–Lidcoecnucimamenetno-

que comprovaque o veículo está em dia

com o pagamento de todas as taxas,

impostos e multas que são devidas.

Nesse caso, também só é aceito o do-

cumento original.

• C(CeRrtNifiTcRadCo)d–eesRtegdiosctruomNenactoiodneavledseerT

o frete é cobrado.

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ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 97

NOTA FISCAL Nº 001.457

X SAÍDA ENTRADA

Rua da Castanha, 277

São Paulo - SP

CEP 03742-019

SAC (11) 0800-2323233

1ª VIA

NATUREZA DA OPERAÇÃO CFOP INSC. ESTADUAL DO SUBST TRIBUTÁRIO

CNPJ

22.123.456/0001-99

INSCRIÇÃO ESTADUAL

DESTINATÁRIO/ REMETENTE

Venda 5.405 235.469.874.578

DESTINATÁRIO/REMETENTE

DATA LIMITE

PARA EMISSÃO

00.00.00

FATURA

DADOS DO PRODUTO

CÁLCULO DO IMPOSTO

BASE DE CALCULO DO ICMS VALOR DO ICMS

64,00 0,00 VALOR DO FRETE VALOR DO SEGURO

BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTIT.

0,00 OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS

VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO

0,00 VALOR TOTAL DO IPI

VALOR TOTAL PRODUTOS

64,00 VALOR TOTAL DANOTA

0,00 64,00

TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS

NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ/CPF

Transportadora Vaivém ENDEREÇO

Rua das Encomendas, 745

1 EMITENTE

2 DESTINATÁRIO 1 DAN 2302

QUANTIDADE

1

ESPÉCIE MARCA NÚMERO

SP 75.453.858/0001-45 INSCRIÇÃO ESTADUAL

8.974.517.548 PESO BRUTO PESO LÍQUIDO

DADOS ADICIONAIS

Nota Fiscal com dados e valores fictícios RESERVADO AO FISCO Nº DE CONTROLE

DO FORMULÁRIO

DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR

RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO

DATA DO RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR

NOTA FISCAL

Nº 001.457

UF

SP 65

MUNICÍPIO

São Paulo

Documentação da carga

A carga a ser transportada necessita de uma série de documentos que regularizam

sua movimentação, que serão apresentados a seguir de acordo com o tipo de carga

transportada: produtos não perigosos e produtos perigosos. Transporte de produtos não perigosos

• NdaomtaeFrcisacdaolrdiea TquraendsepvoertaecdoamMpaenrchaád-loaridau–radnotceutmodeonototreamjeittoidpoeprceolorrfiodron,eacteédsoer

entregue ao seu comprador. Mercadorias transportadas sem a respectiva nota

fiscal estão sujeitas a apreensão.

NOME/RAZÃO SOCIAL

Joselito Pintor

CNPJ/CPF

413.809.989-75

DATA DA EMISSÃO

15/02/2015 ENDEREÇO

Rua Belas Artes, 357 AP 42

BAIRRO/DISTRITO

Vila Jurema

CEP

01536-002

DATA SAÍDA/ENTRADA

15/02/2015 MUNICÍPIO

Monte Alto

FONE/FAX

(19) 91234-5678

UF

SP

INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA

12:54:03

CÓDIGO

PRODUTO

DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS

CF

SIT.

TRIB.

UNID.

QUANTIDADE

VALOR

UNITÁRIO

VALOR

TOTAL

ALÍQUOTAS

VALOR DO IPI

ICMS IPI

001448

747545

Cx. lápis de cor aquarelável 48c.

Pincel 15 mm p/ aquarela

1

1

009

007

Unid

Unid

1

1

57,00

7,00

57,00

7,00

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Page 93: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

100 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

DACTE MODAL

Documento Auxiliar do Conhecimento RODOVIÁRIO

de Transporte Eletrônico

Transportadora Vaivém

Rua das Encomendas, 745

CEP 71458-020

TEL (11) 8400-0001

CNPJ 75.453.858/0001-45

MODELO SEDE NÚMERO F1 DATAE HORA DE EMISSÃO

40 1 578 1/2 15/02/2015 09:31:24

CONTROLE DO FISCO

Chave de acesso para consulta de autenticidade no portal da nfe.fazenda.gov.br

4512 2001 4574 1420 0159 5500 1002 5842 4512 6585 9810

TIPO DO CT-e TIPO DO SERVIÇO TOMADOR DO SERVIÇO FORMA DE PAGAMENTO DE PROTOCOLO

14526478478950

INSC. SUFRAMA DO DESTINATÁRIO

CT-E NORMAL NORMAL DESTINATÁRIO PAGO

CFOP - NATUREZA DA OPERAÇÃO

6352

ORIGEM DA PRESTAÇÃO

SÃO PAULO/SP

DESTINO DA PRESTAÇÃO

MONTE ALTO/SP

REMETENTE AQUARELA MATERIAIS ARTÍSTICOS

ENDEREÇO RUA DA CASTANHA, 277

DESTINATÁRIO JOSELITO PINTOR

ENDEREÇO RUA BELAS ARTES, 357 AP 42

MUNICÍPIO SÃO PAULO/SP CEP 03742-019

CNPJ/CPF 22.123.456/0001-99 INSC. ESTADUAL 235469874578

PAÍS BRASIL FONE 0800-2323233

MUNICÍPIO

CNPJ/CPF

PAÍS

MONTE ALTO/SP CEP 01536-002

413.809.989-75

BRASIL

INSC. ESTADUAL ISENTO

FONE (19) 91234-5678

EXPEDIDOR

ENDEREÇO

RECEBEDOR

ENDEREÇO

MUNICÍPIO

CNPJ/CPF

PAÍS

CEP

INSC. ESTADUAL

FONE

MUNICÍPIO

CNPJ/CPF

PAÍS

CEP

INSC. ESTADUAL

FONE

TOMADOR DO SERVIÇO JOSELITO PINTOR

ENDEREÇO RUA BELAS ARTES, 357 AP 42 CEP 01536-002

CNPJ/CPF 413.809.989-75 INSC. ESTADUAL ISENTO FONE (19) 91234-5678

PRODUTO PREDOMINANTE OUTRAS CARACTERÍSTICAS DA CARGA VALOR TOTAL DA MERCADORIA

MATERIAL ARTÍSTICO R$ 64,00

QNT./UN. MEDIDA QNT./UN. MEDIDA QNT./UN. MEDIDA QNT./UN. MEDIDA NOME DA SEGURADORA VIAGEM SEGURA

RESPONSÁVEL DA AVERBAÇÃO

REMETENTE

COMPONENTES DO VALOR DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO

SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA

00 - TRIBUTAÇÃO NORMAL DO ICMS

INFORMAÇÕES RELATIVAS AO IMPOSTO

BASE DE CÁLCULO ALIQ.ICMS

R$ 8,00 R$ 0,00

VALOR ICMS % RED. BC. CALC.

R$ 0,00 R$ 0,00

ICMS ST

R$ 0,00

DOCUMENTOS ORIGINÁRIOS

TP. DOC CNPJ/CPF EMITENTE SÉRIE/ DOCUMENTO TP. DOC CNPJ/CPF EMITENTE SÉRIE/ DOCUMENTO

OBSERVAÇÕES

DACTE com dados e valores fictícios

INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS DO MODAL RODOVIÁRIO - CARGA FRACIONADA

DECLARO QUE RECEBI OS VOLUMES DESTE CONHECIMENTO EM PERFEITO ESTADO PELO QUE DOU POR CUMPRIDO O PRESENTE CONTRATO DE TRANSPORTE

NOME CHEGADA DATA/HORA

RG SAÍDA DATA/HORA

ASSINATURA/CARIMBO

DA APÓLICE

74587

• Ca roenahliezcaiçmãeondtodtreaTnrsapnosrpteodrteecEalregtraôsn, ipcoois(CcoTm-ep):rouvtaroa dconcutrmateançtãooodborisgeartvóirçio epainra-

dica que acargatransportadaestásob sua responsabilidadeatéa entrega. Desde 1o

de agosto de 2013, o preenchimento desse documento deixou de ser manual – an-

tigo Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga (CTRC) – e passou a ser

obrigatório o uso do modelo eletrônico. Contudo, mesmo no modelo eletrônico,

existe uma via que deve ser impressa para acompanhar a prestação de serviço do

transporte de cargas, que échamada de Documento Auxiliar do Conhecimentode

Transporte Eletrônico (Dacte).

FRETE-PESO R$ 5,00

VALOR FRETE R$ 3,00

SEC/CAT R$ 0,00

DESPACHO R$ 0,00

PEDÁGIO R$ 0,00

OUTROS R$ 0,00

TAXAS R$ 0,00 VALOR TOTAL DO SERVIÇO

R$ 8,00

VALOR A RECEBER

R$ 8,00

RNTRC DAEMPRESA

0457845121456

LOTAÇÃO

NÃO

DATA PREVISTA DE ENTREGA

17/02/2015

ESSE CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ATENDE A LEGISLAÇÃO DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO EM VIGOR

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Page 94: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 99

ORDEM DE COLETA DE CARGA (AUTENTICAÇÃO)

Nº 000.0002 Série-Subsérie Via 1

Emitente: Transportadora Vaivém

Endereço: Rua das Encomendas, 745 - São Paulo/SP

Remetente: Aquarela Materiais Artísticos

Endereço: Rua da Castanha, 277 - São Paulo/SP

CNPJ: 75.453.858/0001-45 Insc. Estadual: 658.974.517.548 CNPJ: 22.123.456/0001-99 Insc. Estadual: 235.469.874.578

DESCRIÇÃO DA CARGA A SER COLETADA

Local

Rua da Castanha, 277 - São Paulo/SP

Data

15/02/2015

Ass. do recebedor

Nome, endereço e inscrição estadual e nº CNPJ/CPF (MF) do impressor; nº da AIDF, data e quantidade de

impressão; nº de ordem do 1º e do último documento impresso e sua série e subsérie.

• Oporrdte qudeeeCxeocleuttaadoesCeravrigçao–deécuomledtaodceumcaerngtaosuntoileiznaddeorepçeoladoemrepmreteandte,ttreanndso-

o objetivo defazeracoberturadotransporterealizadoentre oendereço doreme-

tente até a transportadora, onde será feita a emissão do CT-e.

Quantidade ou volume Espécie do volume ou mercadoria

Nº e Data Doc. Fiscal

1 Pacote de papelão Nº 001.457 - 15/02/2015

• Mnaadnai,fneostsoedrveiCçaordgeat–radnoscpuomrteenitnotuertimlizuandicoiappaleneainstneoretrsatandspuoalr.teSdeeucuasrogtaafmrabcéiom-

é obrigatório.

Endereço Rua das Encomendas, 745 - São Paulo/SP

CNPJ 75.453.858/0001-45 Insc. Estadual 658.974.517.548

DADOS DO VEÍCULO

Marca Volvo Placa DAN 2302 Local São Paulo UF SP

Motorista Gesuino Coletor

RG 45.478.472-X UF SP CNH 02379564502

MANIFESTO DE CARGA

Nº 000875 Série 358

Local São Paulo

Data 15 / 02 / 2015

CONHECIMENTO NOTA FISCAL

VALOR DA MERCADORIA

REMETENTE

DESTINATÁRIO

Número Série Número Série

0500043 033 001.457 002 R$ 64,00 AQUARELA MAT. ARTÍSTICOS JOSELITO PINTOR

OBSERVAÇÕES:

Manifesto de carga com dados e valores fictícios Recebi os volumes constantes deste manifesto

, de de

Assinatura

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Page 95: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

100 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

(Inmetro) ou por órgãos credenciados.

cífico: Movimentação e Operações de Produtos Perigosos, o MOPP.

Transporte de produtos perigosos

Em função da periculosidade que envolve o transporte desse tipo de carga, além dos itens

obrigatórios elencados anteriormente, paratransportar produtos perigosos, o motorista

deveportar uma série de outrasdocumentações. Vejaaseguira listagem de todaselas. • CpearritgeoirsaasN. PacairoanoabltdereeHssaabaiulittoarçiãzoa,çcãoom, oacuotnodruiztoarçdãeovpearráareoatlriaznasrpuomrtceudresoceasrgpae-s

• Dtaorcinufmoermntoaçfõisecsasl odboreproodnuútmo etraonOspNoUrta(dnoúm– nereosseaspdoeciufmiceandtoaçpãeol,adOevrgeraãnoizcaoçnãso-

das Nações Unidas), classe ou subclasse, nome apropriado para o embarque e a

quantidade total do produto. • CseerrteixfipceadoiddoepcealpoacInitsatçitãuotodoNvaecíciounloaleddeosMeeqturioplaomgiean,toQsu–aleisdsaedceeretifTiceacdnooldoegviea

• Fseigchuaindtesemineforgrmênacçiõaeese:nidvenlotipfeicpaaçrãaotrdaonsepxopretdei–deosrsoeuddoocufamberinctaondtevdeocpornotdeurtaos

que forneceu as instruções sobre o produto transportado; identificação do pro-

duto ou grupo de produtos a que as instruções se aplicam; natureza dos riscos

apresentados pelo produto; medidas a serem adotadas em caso de emergência.

• Kit de emergência e equipamento de proteção individual(EPI).

• Rtraóntuslpoodrteardiosceos–ecuornetsépmecatsivinofsoírmmbaoçlõoe. s referentes à classe de risco do produto

• Ltriacnesnpçoarstaedsop,escãioainse(cqeusasnádrioanselicceesnsçáarisod)e–aalgduenpseónrdgeãrodsoepsproedcíuftiocoqsu,eceosmtáosoeInndso-

tituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama),

Inmetro, Vigilância Sanitária, Ministério da Defesa etc.

Custos do transporte de cargas

Ao realizar um transporte ou frete, é necessário conhecer todos os custos (fixos e

variáveis) envolvidos no trabalho.

Doisfatoressãoprimordiaisparapensarnessescustos:distânciae tempo.Parao trans-

porte rodoviário de cargas, essas são as primeiras informações que o motorista ou

transportador precisa conhecer para poder realizar o cálculo de seus custos. É claro que,

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 101

Page 96: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

quanto mais distante e maior o tempo gasto para trans-

portar a carga, maior será o custo desse transporte. No

entanto, a distância é considerada fator preponderante na

definição dos custos, ficandoo tempo em segundo lugar.

As despesasnotransporte também podem ser divididas

em fixas e variáveis. Observe algumas delas:

Despesas fixas Despesas variáveis

seguro do veículo combustível

licenciamento e imposto sobre Propriedade de veículos automotores (iPva)

Pagamento de pedágios

Pagamentoda prestaçãode financiamentoou empréstimo do veículo

Pneus e óleo

salários,encargosebenefíciosdemotoristase ajudantes

demaisdespesascommanutençãodoveículo

O Conhecimento de Transporte

Eletrônico (CT-e) é o documento mais importante para a comprovação da contratação do transportador pelo embarcador. Para conhecer outras informações fundamentais sobre o transporte de cargas, você pode

acessar o material da ocupação de motorista de carga, do Arco

Ocupacional Transporte, no site do Programa Via Rápida Emprego.

Disponível em: <http://www.viarapida.sp.gov.br/>.

Acesso em: 26 mar. 2015.

Assim, é possível observar que os custos variáveis são

aquelesrelacionadosàdistânciapercorridaparaareali-

zaçãodotransporte/frete. Jáoscustosfixossãodetermi-

nados independentemente da distância percorrida, ou

seja, não variam sendo a distância maior ou menor.

custos do frete

Vamos agora conhecer os principais conceitos envolvidos na

negociação de um frete. Primeiro, vamos ver as definições

de cadaum dosagentesenvolvidosnessetipode serviço.

• Transportador – refere-se ao sujeito responsável por

realizar o transporte contratado pelo embarcador,

podendo ele ser um trabalhador autônomo ou uma

empresa de transporte, que receberá o frete como re-

muneração pelo trabalho realizado.

• Embarcador – essa denominação refere-se à empresa

que necessita contratar algum tipo de transporte para

realizar a entrega das mercadorias e dos produtos co-

mercializados a seus clientes, sendo a responsável pelo

pagamento do frete.

102 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

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ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 103

A composição da tarifa a ser cobrada pelo serviço de transporte depende de cinco

fatores: frete-peso, frete-valor, taxas, Gerenciamento de Riscos (Gris) e pedágio. Veja

do que se trata cada um desses itens no quadro a seguir.

Frete-peso

[...]parcelada tarifaquetemporfinalidaderemuneraro transporte do bem entre os pontos de origem e de destino. inclui tantocustosdiretos quantocustos indiretos: custos operacionais do veículo, despesas administrativas e de terminais,[custos de gerenciamento de riscos], custos de capitaletaxa de lucrooperacional.asomadestes constituio total do custooperacional, que éespecíficopara cadatransportadoraeparacadatipode serviçorealizado.

Frete-valor (ou ad valorem)

[...]é fundamentalparao equilíbrioentre custose receitas. Proporcionalaovalordamercadoriatransportada,tem comofinalidaderesguardaro transportador dos riscosde acidentes e avarias envolvidos em sua atividade. tais riscos sãoproporcionaisaotempoqueobemficaempoderda empresa durantea operação de transporte [...]

Generalidades [taxas]

[...] destinam-se a remunerar os serviços adicionais necessários à prestação dos serviços. são cobradas apenas quando os serviços correspondentes são efetivamente prestados. [Em alguns casos, variam com o peso transportado.]

Gris

Gerenciamento de Riscos é representado por um percentual(%)sobreovalorda nota Fiscal[...][etem como] finalidade cobrir os custos específicos decorrentes das medidas de combate ao roubo de cargas, notadamente as de prevenção de risco[...], redução de risco [...]e transferência de riscos [...],além dos custos de mão de obra aplicada a essas atividades.

Pedágio

[Em rodovias sujeitas a pedágio, a lei federal] no 10.209 tornou obrigatório o fornecimento de vale-pedágio ao carreteiro e o repasse desta despesa ao embarcador. [...]

associaÇÃo nacional do tRansPoRtE dE caRGas E loGÍstica (ntc &

loGÍstica). Manual de cálculo de custos e formação de preços do transporte rodoviário de

cargas. 2014. disponível em: <http://www.portalntc.org.br/media/images/publicacoes/manual-

de-calculo-e-formacao-de-precos-rodoviario-2014/index.html>. acesso em: 26 mar. 2015.

Outro importante aspecto que deve ser do conhecimento do assistente administra-

tivo interessado em trabalhar em uma empresa de transportes diz respeito aos tri-

butos que esse serviço deve pagar.

Além do ICMS e do ISS, impostos já estudados na Unidade 7, são específicos do

serviço de transportes de carga o pagamento:

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forme o pedido de compra e a mercadoria entregue;

• do IPVA, pago pela empresa que possui frota de veículos própria;

• dbuatCo opnagtroibnuaiçcãoomdperaIdnetecrovmenbçuãsotínvoeiDs –omumíndioosEpcroincimpaicisoc(uCsitdoes)a, qsuereeémucmontsri-

derados na realização de um serviço de transporte.

Entrega e verificação de mercadorias

Nosprocessostradicionais, em que a mercadoria chegaeéarmazenadaparaposte-

rior utilização, a descarga é a etapa em que se faz a verificação e o controle da

mercadoria, especialmente a:

• supervisão da qualidade, quantidade, inexistência de danos ou avarias;

• conmfoerdêonscidaadoserxeafteidreãnotedsaànqoutaanfitsidcade e aroeltaiçpãoodaeopsroimduptoosstoads qeupiriedçooss,,cboenm-

• sriufpicearçvãisoã,ocodme o,ntroacsacsaoradcetpeerírsetcicívaesidso, dsopsropdrauztosqdueevtaalmidbadéme, dnaecteemsspitearmatudreavdee-

conservação e de transporte etc.

Etapas da verificação

verificação simples

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Inicialmente se costuma proceder a uma verificação simples, chamada “cega”, em

que se conferemapenasasquantidadesdascaixas ouembalagens entreguescomas

constantes na nota fiscal de entrega e do Manifesto de Carga, verificando assim se

os documentos estão de acordo com o pedido de compra de materiais.

conferência das embalagens recebidas

É importante que o motorista que fez o transporte da carga, e que é responsável por

ela, faça, após descarregar o caminhão, a conferência quantitativa da carga trans-

portada. Para tanto, pode-se preencher um formulário, como o do modelo a seguir,

para realizar o registro das informações.

CONFERÊNCIA DE QUANTIDADE

Fornecedor Nota Fiscal Nº Data

Código Material Quantidade contada

Observações:

Nome do conferente Assinatura Data

/ /

Posteriormente, as embalagens ou caixas são abertas para que se proceda a uma

verificaçãomaisdetalhada damercadoriaentregue– oque, dependendo daprática

adotadanaempresa e/ou dosvolumesrecebidos, pode ser feito poramostragem, ou

seja, apenas parte das embalagens são abertas para a conferência.

Existem produtos que demandam uma análise mais detalhada de sua qualidade

ou características e, nesses casos, são separadas amostras para serem analisadas

por técnicos ou por laboratórios de controle de qualidade. Dependendo do

produto, da empresa ou do fornecedor, essa inspeção pode ocorrer antes mesmo

da descarga, de modo a evitar o trabalho da recarga, caso o produto não seja

aprovado.

Um exemplo é o teste de impureza, em que é checada a proporção departículas

estranhas em algumas amostras do produto escolhidas ao acaso (aleatoriamente)

em pontos diferentes da carga.

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106 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Finalizandoesse processo, ao se constatar que a carga transportada e entregueestá

deacordocomoestabelecidocomercialmente, ou seja, quea cargaentregueestáde

acordo com os padrões de qualidade, higiene e quantidade que foram solicitados,

realiza-se o procedimento conhecido como regularização da carga. Esse passo final

é da maior importância, pois dele depende a liberação do pagamento pelo trabalho

executado pelo motorista de carga.

Coleta de mercadorias

O segundo tipo de procedimento a ser realizado pelo motorista de carga no con-

texto de um armazém ou terminal de cargas é o de coleta de mercadorias. Esse

processo refere-se à retirada, à saída das mercadorias do armazém e ao respectivo

carregamento dos caminhões que vão transportá-las.

É, portanto, o processo inverso do que você acabou de estudar.

Esse procedimento começa dentro do armazém ou do depósito de onde as merca-

dorias serão coletadas. Em muitas empresas, existem esteiras rolantes que auxiliam

otrânsitodosprodutosnessaetapaecolaboramparaminimizardanosno manuseio,

ao mesmo tempo que facilitam o trabalho dos operadores, conduzindo os volumes

emdireçãodasrespectivas docasparaaoperaçãodecarga ou controlando automa-

ticamente os produtos que são encaminhados para aseparação.

A etapa da separação é feita tanto tendo como ponto de partida um pedido indivi-

dual quanto a partir de um produto para vários pedidos, conjuntamente.

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No primeiro caso, toma-se o pedido em mãos e se procede à separação de todos os

seus itens; no segundo caso, toma-se um produto e ele é separado para todos os pe-

didos. É como se você fosse ao supermercado realizar compras para duas famílias:

você pode pegar um carrinho e apanhar todos os produtos da lista e, depois, pegar

outro carrinho e percorrer novamente todo o supermercado recolhendo eventualmen-

te vários produtos iguais; ou pegar um carrinho e recolher os produtos das duas

compras deumaúnicaveze, sendonecessário, pegaroutrocarrinhopara completar

as compras. Aescolhaporuma ou outraopçãoprovavelmente decorrerá da varieda-

de de produtos de cada compra – se são muitos ou poucos produtos iguais – ou da

quantidade de itens de cada uma.

Feita a separação, os produtos são embalados, não necessariamente apenas

quando enviados para fora da empresa – há produtos que devem estar perfei-

tamente embalados, mesmo em pequenas movimentações dentro da própria

empresa –, sendo então encaminhados à expedição.

Aetapa seguinte consistenaconferênciaenocarregamentodacarga, para que esta

possa então ser transportada ao cliente que asolicitou.

Os paletes são estrados quadrados, de madeira ou plástico. Sobre eles, podem ser

acomodadas eempilhadas embalagens, caixas, fardos etc., permitindo padronizar

os volumes que serão transportados juntocom o própriopalete e facilitando a orga-

nização das mercadorias.

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108 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Elespodem ser acessadospordois lados (duasentradas)

ou pelos quatro lados (quatro entradas), sendo de uso

contínuo ou descartáveis (one way), de uma ou duas faces

(só a parte de cima é lisa ou tanto a de cima quanto a de

baixo são lisas) e mais ou menos reforçados, com a ca-

pacidade de aguentar diferentes pesos.

Palete de dois lados.

Palete de quatro lados.

Orientações para a realização dos

procedimentos tanto de carga quanto de descarga de materiais

em armazéns: • organizar, semprequepossível, as unidadesde carga paletizadas;

• reduzir amovimentação manual das cargas;

• não empilhar as mercadorias e os produtos diretamente no

piso do armazém; • observar o peso máximo de 20 kg para o transporte manual de cargas; • observar sempre as condiçõesdos

equipamentos de movimentação utilizados nesses armazéns, atentando

ainda para que esses mesmos equipamentos sejam sempre utilizados

seguindo as normas técnicas estabelecidas, para que não haja

nenhum tipo de acidente ou prejuízo; • enquanto estiver em operação

dentro de um armazém, o trabalhador deve ficar sempre atento às suas ações e às dos demais que estão

trabalhando ao redor, evitando assim riscos de acidentes.

Palete plástico termoformado.

Palete de uma face não reversível.

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Procedimentos internos da empresa

Para finalizar, você vai conhecer os procedimentos que devem ser realizados

internamente na empresa para que todo o processo de transporte de cargas e

mercadorias, descrito anteriormente, possa acontecer. É fundamental que o as-

sistente administrativo conheça todas essas rotinas e as respectivas atividades

que as acompanham.

Etapa Descrição

Processo de coleta

É uma das etapas maisimportantes dentro de umatransportadora. Umacoleta bem-feita é essencialparaobomatendimento ao cliente.

solicitação de coleta

Éoregistrodo atendimentoao clienteepermiteorecolhimentode dados essenciais para que a coleta propriamente dita possa ser realizada. a equipe de coleta deve, assim que receber a solicitação, confirmar se há alguma irregularidade ou necessidade de equipamento suplementar paraefetuá-la.

identificação da Mercadoria

Paraqueamercadoriapossaserrastreadaédeextremaimportância que seja realizada a identificação das mercadorias.

conferência da nota Fiscal

Éfundamentalaconferênciadaquantidadedevolumes,verificando assimse a quantidadecoletadaestá de acordocom os dizeres da nota fiscal.

cliente Pessoa Física

Épermitidooenviode mercadorias de Pessoa Jurídica(PJ)para Pessoa Física(PF)comnotafiscal, desde que não sejammuitos volumes ou que caracterizem comércio.

declaração de conteÚdo e valor

Faz-se necessário para resguardar o transporte de objetos particulares de pessoas não obrigadas à emissão de nota fiscal, conforme legislação de cada Unidade Federal (UF), sendo imprescindível ser preenchido e assinado pelo remetente de próprio punho.

o valor máximo aceito é de R$ 500,00 por declaração. Esta declaração, feita pelo declarante, não poderá omitir o valor da mercadoria. caso a mercadoria tenha valor nominal superior ao estabelecido ela não poderá ser transportada.

UFsquepermitemotransporte de objetos por meiodestadeclaração: sP e PR.

UFsque não aceitamestadeclaraçãoeportantoénecessárioanota FiscalavulsaadquiridanasecretariadaFazendadoEstadopara acobertar os objetosparaotransporte: MG, Rs, sc, Go, dF e Ms.

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110 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Etapa Descrição

tipos de Mercadorias

noato da coleta, deveráserverificadoseotipo de mercadoriapoderá sertransportado, levando em consideraçãoo seguinte:

• Mercadoria deve ser compatível com a operação.

• Mercadorianãodeveconter nenhum tipo de restriçãoparao transporte.

• Mercadoriadeveestardentro dos padrõespredeterminados.

• Éproibidootransportede ProdutosPerigososrelacionadosna tabela da onU, a não serquetodas as exigênciasestejam de acordo para o transporte deste tipo de mercadoria.

• Éprecisoverificarseamercadoriaasertransportadapossuialgum valor sentimental, como antiguidades, por exemplo.

• É de fundamentalimportânciaverificarnão se tratar de mercadoria consideradailegal.Eseafirmativa,otransportedeveserrecusado.

• É proibido o transporte de mercadoria incompatível com a operação,por não permitirema presençadeoutros produtos, não permitiremoempilhamentoouquetenhamaltoriscodeavariar outras mercadorias etc.

termo de Responsabilidade

documento que isenta a empresa de responsabilidade de indenizaçõespelaperdatotalouparcialdamercadoriaentregueparao despacho, seporventurasofrerduranteotransporteavaria em razão de suanatureza.

como exemplo destes tipos de mercadorias, podemos citar:

• Vidros ou peças com vidros

• Farol

• Geladeira

• Instrumentos musicais

• Peças de granito

• Chapas de inox

• Mercadorias com mais de 6 (seis) metros

• Mercadorias de difícilmanuseio

Processo de Entrega

a entregaé a etapa final do trabalho de umatransportadora e é o processoquecontribuidiretamenteparaa fidelizaçãode clientes.

110 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

Page 105: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

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Etapa Descrição

comprovante de Entrega

o comprovante de entrega é o registro de que todo o trabalho de uma transportadora foi realizado por completo e de acordo com o combinado,por isso,eleéonossodocumentomaisimportante.

nestecomprovantede entregadevemconstarosseguintesdadosde quem efetivamente recebeu a mercadoria:

• PessoaFísica– data, assinatura,hora, nomelegívele nº do RG.

• PessoaJurídica– data,carimbodaempresa,nomelegível, assinatura e hora.

Roteirização

de uma maneira bem simples, é a forma de programar as entregas e coletasdentro de umadeterminadaregião ou área, partindo da base operacional da empresa e retornando a mesma, sendo que o motoristatenhacondições de realizaras operaçõesdentro do tempo previsto e com a menor quilometragem possível.

as empresas transportadoras, geralmente, contam com um profissionalquepossuibonsconhecimentosdacidadequantoa bairroseruasetrabalhamcomaajudade guias de ruasimpressos ou eletrônicos,efazemuso doscódigosdeendereçamentopostal(cEP).

Plano de viagem

trata-se de ficha onde constam as orientações de percurso para o motorista, locais onde poderápernoitar, comomantercontatocoma empresasobreaviagem,telefonesdeemergência,quaisasentregas deverão ser realizadas e prioridades.

tipos de Frete

a Pagar– pelodestinatário: significaquea transportadora ainda não recebeu o pagamento pelo serviço prestado.

Pago – pelo cliente: significa que a transportadora já recebeu.

À vista: pago peloremetente no ato da entrega da mercadoria na transportadora.

Geralmentesãoutilizadasasseguintessiglasparaidentificaro tipo de frete:

ciF– Fretea pagar no remetente. FoB–

Freteapagarnodestinatário.

Prestação de contas

Parafechamentodaprestaçãodecontastodososdocumentos, cheques, dinheiro, ctRcs, que ficaram para resolução de problemas ou que precisarão ser reprogramados, devem ser entregues para que sejafeitaaconferênciaetomadasasdevidasprovidênciaspara finalização desteprocesso.

Rastreamento e Monitoramento

todos os veículos utilizados pela empresa devem ser rastreados e monitorados por umacentralde Monitoramentoatravés de sistemas satelitais,etodaequipeenvolvidanesteprocedimentodeveser treinada econstantemente atualizada.

sERviÇo social do tRansPoRtE (sEst); sERviÇo nacional dE aPREndiZaGEM

do tRansPoRtE (sEnat). curso de formação básica para assistente administrativo no

transporte rodoviário de cargas, 2011. p. 71-4.

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112 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

atividade 1 revendo o que aprendi sobre o setor de transportes

Para reforçar o aprendizado relativo ao trabalho do assistente administrativo nas

empresas de transporte, responda às seguintesquestões:

1. Quais são as principais áreas que compõem uma empresa de transportes? Rela-

cione asprincipais responsabilidades de cada uma delas.

2. Quais são os principais órgãos de regulação e fiscalização do transporte rodoviário?

3. Identifique os principais documentos relacionados ao transporte de cargas não

perigosas.

112 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

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4. Quaissãoas principais etapas que aempresadetransportesdeveseguirnapres-

tação do serviço de transporte de uma carga?

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Un Idade 12

REVENDO SEUS CONHECIMENTO S

Estamos chegando ao fim deste curso.

É hora de rever aquilo que você aprendeu nesse tempo no qual

se dedicou à formação básica na ocupação de assistente admi-

nistrativo.

É importante que você consiga identificar o que sabe em relação

a essa ocupação e que se sinta preparado para buscar uma vaga

no mercado de trabalho em uma empresa ou em algum dos

outros espaços nos quais os conhecimentos desse profissional

são requisitados.

Vamos, então, retomar o que você aprendeu.

atividade 1

revisite seus ConheCimentos

Na Unidade 2, você refletiu sobre o que sabia inicialmente a

respeitodas atividadesqueoassistenteadministrativo realiza,

indicando o que sabia ou não fazer. Agora, vai pensar novamen-

te sobre esse assunto e listar o que aprendeu no curso.

Essa será a base tanto para você fazer seu currículo e entrar no

mercado de trabalho como para identificar lacunas e buscar

novas formas de aprimoramento na ocupação.

Se você quiser, consulte o site da Classificação Brasileira de Ocupa-

ções(CBO)(disponívelem:<http://www.mtecbo.gov.br>;acesso

em: 26 mar. 2015)para verificar, mais uma vez, oque se esperade

um trabalhador nessa ocupação.

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Page 111: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 117

O que já sabia fazer O que aprendi no curso O que ainda preciso aprimorar/aprender

O importante é não ficar parado

Analisando a última coluna do quadro da Atividade 1, há conhecimentos que você

considera necessário aprimorar ou adquirir? Sim? Isso é normal, e esse fato não deve

desanimá-lo. Partedosconhecimentos sobrea ocupaçãovocê aprenderána prática,

com a experiência. Outra parte você vai adquirir de outras maneiras.

Assim, planeje o que fará para dar sequência a seu aprendizado e ampliar seus co-

nhecimentos:

• vai voltar a estudar;

• vai procurar um novo curso nessa área;

• vai ler revistas ou livros especializados;

• vai pesquisar mais informações sobre as práticas administrativa na internet.

Só você poderá escolher o que fazer. Não há regras sobre o que é certo ou errado

nessa hora. O importante é não deixar o tempo passar, para não perder o ânimo, e

se programar para realizar as atividades escolhidas de forma organizada.

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116 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

O planejamento é um instrumento que deve ser revisto

de tempos em tempos, para não se tornar ultrapassado.

Ações e prazos podem, e devem, ser sempre atualizados.

Nãoadiantaprevermuitasaçõesdifíceis deexecutar. A

chance de você desanimar nesse caso é muito grande.

atividade 2

planeje seus próximos aprendizados

Para fazer seu planejamento, utilize o quadro a seguir.

O que fazer? Por quê? Como? Quando?

A preparação para o mercado de trabalho

Além de aprimorar seus aprendizados, você deve prepa-

rar-se para obter um lugar no mercado de trabalho.

Paraajudarnaprocurado emprego, é importante deixar

seus documentos em ordem.

Paraisso, oprimeiropassoéorganizaroscomprovantes

de tudo o que você sabe fazer ou já fez que esteja ligado

ao trabalho de assistente administrativo.

A indicação (o famoso “boca a boca”)

é uma das formas pelas quais as pessoas mais conseguem

emprego ou se tornam conhecidas pelo seu trabalho.

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ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 119

dos trabalhos que você produziu neste curso;

Depois, coloque-os de forma organizada – assim como

uma cópia de seus documentos pessoais – em uma pas-

ta, que servirá para sua apresentação nos locais em que

você vai procurar emprego. Conhecida como portfólio, essa pasta deve conter:

• comprovação de sua escolaridade formal – diplomas;

• certificados de cursos que você fez, incluindo este;

• creogmisptrroosviançfãoormdeaissu,adseecxlaprearçiõêenscoiausfdoetotrsa, binaclhluoi,ncdoomaos

• cartas de recomendação;

• documentos pessoais.

Além do portfólio, você tem de fazer um currículo. Nele

você vai elaborar um resumo de tudo o que já fez, o que

sabe e o que pretende fazer.

Em português, é melhor usar o termo currículo, em vez

de curriculum ou curriculum vitae.

Antigamente, os currículos eram extensos, e todas as

informações constantes dele eram muito detalhadas.

Algumas pessoasatéinventavamdadospara tornarseu

currículo mais interessante.

Hoje, os currículos são curtos e objetivos. Vão direto ao

assuntoe,depreferência, ressaltamossabereseaspráti-

cas relacionados à ocupação ou ao cargo que a pessoa

pretende exercer.

Para tornar sua apresentação mais adequada, os dados

que sempre devem constar do currículosão:

a) Nome.

b) Dadospessoais(incluaapenasseuendereçocompletoe

idade; não precisa colocar estado civil, filhos etc. – essas

informações só devem aparecer se forem importantes

para o cargo ou função que vocêtem intenção de ocupar).

Você sabia? A palavra currículo vem

do latim, língua que deu

origem ao português e a

outros idiomas, como o

espanhol, o francês e o

italiano. A expressão cur-

riculum vitae, traduzida

do latim, quer dizer “car-

reira de vida”.

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118 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

c) Objetivo, ou seja, a vaga em que você está interessado.

d) Seus saberes e práticas mais adequados ao trabalhopretendido.

e) Históricoprofissional, isto é, os trabalhos que já teve. Se vocênão teve emprego

formal, escreva: “Principais experiências”. Siga a ordem cronológica inversa:

comece pelo mais atual e siga em ordem até o mais antigo.

f) Escolaridadeecursos, lembrandoque, nesse item, valequalquercursoquevocê

tenha frequentado – de idiomas, computação, oficinas de qualificação profissio-

nal relacionadas a suas áreas de interesse etc.

g) Trabalhos voluntários, passatempos e áreas de interesse.

h) Data (o dia da elaboração do currículo).

i) Assinatura.

atividade 3 Como fazer um CurríCulo

1. Com base nas informações anteriores, elabore uma primeira versão de seu cur-

rículo.

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ass iste nte ad min istrat ivo 2 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão 119

2. Troqueideias com os colegas e o monitor, verificando se há alguma mudança a

fazer.

3. Agora, no laboratório de informática, digite e formate seu currículo no compu-

tador, deixando-o apresentável para que seja enviado a possíveis empregadores.

Última etapa

A última etapa a enfrentar é a entrevista ou seleção para o emprego que você pre-

tende.

Ao procurar um escritório, por exemplo, é provável que tenha de fazer uma entre-

vista, na qual vai relatar sua vida e sua experiência profissional.

Dependendo do tamanho e das características da empresa, a entrevista vai ser mais

ou menos formal e ter uma ou mais etapas. Em empresas maiores, o clima costuma

ser mais formal, e o processo de seleção, mais demorado. De qualquer forma, não se

intimide na entrevista. Procure mostrar o que sabe com tranquilidade. Veja alguns princípios que poderão ajudá-lo:

• Itrnafboarlmhaem-senaenlateestsco. bre a empresa: onde é, como se organiza, quantas pessoas

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120 A R C o OC U PA C I O N A L A d m i ni s tr A ç ão ass iste nte ad m in istrat ivo 2

tudes e seu jeito de ser.

queira parecer mais do que é. Seja honesto em dizer

• Ccehrecgaudees1e5mmprienuutmosp. ouco antes da hora marcada,

• Leve seu currículo e seu portfólio.

• Dmeasciagru.e seu celular e jogue fora balas ou gomas de

• Mantenha-se calmo.

• Emxinpiosntrhaaçãcome fcallaeretazma obéqmueusmabpeofuazceorsnoabáreresaudaseatdi-

• Mostre-seconfiantecomrelaçãoaoquesabe, asnão

quenãosabearespeitodealgoquelhesejaperguntado.

• Seja simpático, mas não fale mais do que o necessário.

• Enavsitceoinmtimumidapert.oCudme mprãimose.nteo entrevistadorape-

Boa sorte!

Há ocasiões em que as coisas não dão certo de primeira. Nesse caso,

não desanime. Mantenha a confiança e procure outras oportunidades.

Se quiser saber mais sobre como se apresentar para um trabalho e como

fazer seu currículo, consulte o Caderno do Trabalhador 1 – ConteÚdos Gerais, no site do

Programa Via Rápida Emprego. Disponível em: <http://www.viarapida. sp.gov.br>. Acesso em: 26 mar. 201

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Técnico em Administração

Empreendedorismo

Inconfidentes

2014

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2

EMPREENDEDORISMO

“ O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século XXI

mais do que a revolução industrial foi para o século XX.”

Jeffry Timmons, 1990

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3

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4

Algumas invenções e conquistas do século XX

1903: Avião motorizado

1915: Teoria geral da relatividade de Einstein

1923: Aparelho televisor 1928: Penicilina

1937: Nylon

1943: Computador

1945: Bomba atômica

1947: Descoberta da estrutura do DNA abre caminho para a engenharia genética

1957: Sputnik, o primeiro satélite 1958: Laser

1961: O homem vai ao espaço

1967: Transplante de coração

1969: O homem chega à lua; início da Internet, Boeing 747

1970: Microprocessador 1989: Word wide Web

1993: Clonagem de embriões humanos

1997: Primeiro animal clonado: a ovelha Dolly

2000: Seqüenciamento do genoma humano

Empreendedorismo

O Empreendedorismo é a capacidade de agir para tornar real seus sonhos e fazer com que seus

sonhos, visões e projetos se tornem realidade. É utilizar a própria capacidade de combinar recursos

produtivos – capital, matéria prima e trabalho – para realizar obras, fabricar produtos e prestar serviços

destinados a satisfazer necessidade de pessoas.

O cientista americano Thomas Alva Edison pode ser tomado como um

exemplo clássico de empreendedor. Muitos dos produtos por ele criados foram o

início de indústrias (não no sentido de fábricas, mas de setores de negócios)

importantes para o século XX, sendo ainda importantes hoje em dia. A lâmpada

elétrica originou a indústria da iluminação pública e doméstica; a invenção do

fonógrafo possibilitou o surgimento da indústria fonográfica e o cinematógrafo,

como você já deve ter adivinhado, possibilitou a introdução do cinema como

entretenimento.

O Empreendedorismo é a força que existe por trás da inovação e do crescimento sustentável na

maioria das economias prósperas. Através dele, novas idéias e abordagens, tecnologias avançadas,

ferramentas para incremento da produtividade e produtos de alto valor agregado são continuamente

introduzido nos negócios e nos mercados, contribuindo fortemente para a permanência da mudança na

sociedade.

O empreendedorismo gera um auto grau de realização pessoal, esse é

mais um fator para se estimular o empreendedorismo.

O mundo tem passado por várias transformações em curtos períodos de tempo, principalmente

no século XX, quando foi criada a maioria das invenções que revolucionaram o estilo de vida das

pessoas. Geralmente essas invenções são frutos de inovação, de algo inédito ou de uma nova visão de

como utilizar coisas já existentes, mas que ninguém anteriormente ousou olhar de outra maneira.

Page 123: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

5

Por trás dessas invenções, existem pessoas ou equipes de pessoas com características especiais,

que são visionárias, que questionam, que arriscam, que querem algo diferente, que fazem acontecer,

que empreendem. Os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular,

apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas

e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado. Uma vez os empreendedores estão

revolucionando o mundo, seu comportamento e o próprio processo empreendedor devem ser estudados

e entendidos.

Alguns conceitos administrativos predominaram em determinados períodos do século XX, em

virtude de contextos sócio-políticos, culturais, de desenvolvimento tecnológico, de desenvolvimento e

consolidação do capitalismo, entre outros.

O papel do empreendedor foi sempre fundamental na sociedade. Então, por que o ensino do

empreendedorismo está se intensificando agora? O que é diferente do passado? Ora, o que é diferente

é que o avanço tecnológico tem sido de tal ordem que requer um número muito maior de

empreendedores. A economia e os meios de produção e serviços também se sofisticaram, de forma que

hoje existe a necessidade de se formalizar conhecimentos, que eram apenas obtidos empiricamente no

passado. Portanto, a ênfase em empreendedorismo surge muito mais como conseqüência das

mudanças tecnológicas e sua rapidez, e não apenas como um modismo. A competição na economia

também força novos empresários a adotar paradigmas diferentes.

Paradigma é a palavra utilizada para designar uma maneira de pensar ou agir

num determinado contexto ou época. Ou seja, é um modelo ou padrão seguido

pela maioria das pessoas. O termo também se refere a uma escola ou linha de

pensamento científico ou filosófico. Um exemplo para uma melhor

compreensão pode ser dado na física. Até o início do século XX o paradigma

existente era a física newtoniana (do físico britânico Isaac Newton [1642-

1727]). Com a publicação dos trabalhos de Albert Einstein (1879-1955) nos

primeiros anos do século XX, esse paradigma mudou – houve uma ruptura ou

quebra do paradigma anterior.

Por isso, o momento atual pode ser chamado de a era do empreendedorismo, pois são os

empreendedores que estão eliminando barreiras comerciais e culturais, encurtando distâncias,

globalizando e renovando os conceitos econômicos, criando novas relações de trabalho e novos

empregos, quebrando paradigmas e gerando riqueza para a sociedade.

Paradigmas

A percepção é o processo pelo qual a pessoa organiza, interpreta e traduz as informações que

vem através dos órgãos dos sentidos. A percepção é a base da compreensão do comportamento porque

é por meio do processo perceptivo que as pessoas constroem a sua própria realidade. É com base no

que é percebido que elas raciocinam, tomam decisões e agem.

Nossa percepção do mundo à nossa volta é amplamente guiada por nosso conhecimento

estruturado sobre o mundo, e sobre as coisas e pessoas que encontramos nele. Essas estruturas de

conhecimento, tipicamente chamadas de paradigmas (ou esquemas) e metáforas dominantes, nos

ajudam a identificar coisas (categorias) e a determinar o que elas significam e como nós devemos

responder a elas.

“Paradigma é a forma como você percebe o mundo. No entanto, ele está para você da mesma forma

como a água está para o peixe. O peixe não sabe que está dentro dela até que o tirem para fora.”

Adam Smith

Com essa frase, o economista inglês do século XVIII nos convida a pensar fora da caixa, isto é, a

percorrer os caminhos nunca dantes trilhados e a olhar o mundo sempre com novos olhos.

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6

Henry Ford se achou um gênio de marketing lançando uma campanha

massificada de padronização da cor preta.

Motivo real: Secagem mais rápida.

Willian Durant, pequeno empresário, lançou a flexibilidade de opção de

cores. Buscou também um mecânico suíço, Louis Chevrolet. Desta

associação nasce a General Motors.

Paradigmas nos Negócios

Em 1979, os suíços detinham 90% do faturamento do mercado de relógio do mundo. Um dia,

um técnico de uma das maiores empresas fabricantes de relógio na suíça apresentou a seu chefe um

novo modelo que ele tinha inventado: o relógio eletrônico a quartz. O chefe olhou para o protótipo e

disse: “Isto não é relógio; não tem corda, nem molas, nem rubis”.

Os japoneses e norte-americanos tomaram conta do mercado, lançando o relógio eletrônico. Os

90% que os suíços detinham ficaram reduzidos a 15%. Em apenas três anos, 50 mil funcionários

perderam o emprego na indústria relojoeira suíça.

Paradoxo: Quem descobriu o relógio eletrônico a quartzo foi um suíço. O problema é que quando o

paradigma muda, o conhecimento anterior vai à zero. Toda aquela tecnologia aprendida durante anos

de confecção de relógio mecânico não serviria muito para a produção dos novos relógios.

Resolução visual

O que você vê na figura A? Quantas bolas pretas você consegue enxergar na figura B

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7

Razões do Empreendedorismo

O empreendedorismo busca a auto-realização de quem utiliza este método de trabalho,

estimulando o desenvolvimento como um todo e o desenvolvimento local, apoiando a pequena

empresa, ampliando a base tecnológica, criando empregos, evitando armadilhas no mercado que está

incidindo. Com isso em mente, é preciso reorientar o ensino brasileiro para a velocidade nas

mudanças, novas tendências internacionais, adaptando-se ao novo mercado, com ética e cidadania.

Segue abaixo um quadro mostrando as diferenças entre os diversos atores no contexto

do empreendedorismo:

Partes envolvidas

Características Gerente Empreendedor Intraempreendedor

Motivação Poder Liberdade de ação, Auto-

motivação

Liberdade de ação e

recompensa Organizacional

Actividades Delega a sua autoridade Arregaça as mangas,

Colabora com os outros Delega mas colabora

Competência Administração, Política Negócios, Gerência e

Política

Empreendedor com mais

habilidade Política

Interesses Acontecimentos

internos da empresa Tecnologia e mercado

Dentro e fora da empresa,

mercado

Erros Evitar erros Aprendizagem com erros Erros são evitados, mas

aprende-se com eles

Decisões Interage do assunto para

depois delegar

Visão e decisão própria,

Acção versus Discussão Fundamentação

Sistema Burocracia o satisfaz Se o sistema não o satisfaz,

constrói o seu

Acomoda-se ou provoca curto-

circuito

Relações Hierarquia Negociação Hierarquia "amiga

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A Revolução do Empreendedorismo

Empreendedorismo segundo alguns autores

Mas, afinal qual é a melhor definição para empreendedorismo? Muitas são as definições, mas

talvez uma das mais antigas e que talvez melhor reflita o espírito empreendedor seja a de Joseph

Shumpeter(1942):

“O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos

produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos

recursos e materiais.”

Essa definição moderna de empreendedorismo foi cunhada pelo economista de origem austro-húngara

Joseph Schumpeter (1883-1950) em seu livro de 1942 Capitalismo, Socialismo e Democracia, no qual

expunha a sua teoria da Destruição Criativa ou Destruição Criadora.

Para Schumpeter, toda inovação introduzida no mercado é entendida como um

ato empreendedor, realizada por um empresário empreendedor na busca de lucro,

entendido pelo autor não só como a remuneração do capital investido, mas daquilo

que ele descrevia como lucro extraordinário, isto é, um lucro acima da média do

mercado que facilitaria novos investimentos produtivos e alimentaria a economia.

Como veremos adiante, a inovação era central ao pensamento de Schumpeter e

é fundamental para o empreendedorismo.

Outra contribuição importante de Schumpeter é o conceito de destruição

criadora, na qual a economia é sacudida cada vez que uma inovação radical é

introduzida, com o declínio dos detentores de tecnologias e processos antigos e a

ascensão dos inovadores, até que estes sejam, por sua vez, suplantados pelos novos

inovadores do momento. Para um melhor entendimento do conceito, basta pensar o

que aconteceu com a Europa do século XVI com as Grandes Navegações. Dois

países pequenos e inovadores introduziram novos tipos e navio e dispositivos

tecnológicos de navegação como a bússola, que permitiam a navegação longe da

costa e deslocaram o fluxo de riqueza das rotas mediterrâneas, dominadas pelas

repúblicas italianas de Veneza e Gênova, para as rotas atlânticas das Américas,

África e Índia, causando o declínio do poderio veneziano e genovês. Olhando para o

presente, analise o impacto da internet nos negócios e, extrapolando o raciocínio para

o futuro, pense no impacto gerado por uma exploração espacial bensucedida na

economia global.

[Veja uma discussão mais aprofundada sobre Schumpeter e destruição criadora na plataforma da

disciplina.]

Kirzne (1973) colocar a referência completa ao final tem uma abordagem diferente. Para esse

autor, o empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em

um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente. Porém, ambos

são enfáticos em afirmar que o empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendo um

indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu

conhecimento aumenta.

Page 127: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

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De acordo com Shumpeter, o empreendedor é mais conhecido como aquele que cria novos

negócios, mas pode também inovar dentro de negócios já existentes; ou seja, é possível ser

empreendedor dentro de empresas já constituídas.

Então o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar

sobre ela, assumindo riscos calculados. Em qualquer definição de empreendedorismo encontram-se,

pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao empreendedor:

1. iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz.

2. utiliza os recursos disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente

social e econômico onde vive. 3. aceita assumir os riscos e a possibilidade de fracassar.

O processo empreendedor envolve todas as funções, atividades e ações associadas com a

criação de novas empresas. Em primeiro lugar, o empreendedorismo envolve o processo de criação de

algo novo, de valor. Em segundo, o empreendedorismo requer a devoção, o comprometimento de

tempo e o esforço necessário para fazer a empresa crescer. E em terceiro, o empreendedorismo requer

ousadia, que se assumam riscos calculados, que se tomem decisões críticas e que não se desanime com

as falhas e erros.

Observe que empreender é correr um risco calculado na busca de resultados

almejados. O risco, embora exista, é calculado pelo empreendedor, que buscará

informação, de modo a diminuí-lo ao mínimo tolerável para a obtenção dos resultados

desejados.

O empreendedor revolucionário é aquele que cria novos mercados, ou seja, o

indivíduo que cria algo único, como foi o caso de Steve Jobs, criador da Apple e da revolução dos

computadores pessoais. É interessante notar que Bill Gates, criador da Microsoft, e do sistema

operacional Windows pouco teria a fazer sem que houvesse computadores para o seu sistema. O

próprio sistema Windows foi alvo de processos de cópia por parte da Apple durante anos, sob a

alegação de que os ícones de pastas, documentos, etc eram parte do sistema operacional dos

computadores Apple.

Você pode assistir ao filme “Piratas do Vale do Silício” para ter uma ideia de como essa revolução

começou. Assistindo ao filme, observe também os paradigmas existentes.

BURKE, Martyn. Piratas do Vale do Silício. Estados Unidos, 1999. 95min.

Os dois exemplos acima servem para definir o conceito de inovação radical – a criação de algo

inexistente anteriormente, e da inovação incremental, na qual se adiciona algo a uma coisa

previamente existente. A fronteira entre a inovação radical e a incremental pode ficar meio confusa,

quando se considera que ciência e tecnologia existem geralmente sobre bases existentes anteriormente.

A inovação de Steve Jobs foi diminuir o tamanho dos computadores existentes, que podiam

ocupar um andar inteiro de um edifício para um conjunto que cabia em uma escrivaninha. Essa

diminuição é que possibilitou um maior acesso ao uso dos computadores e a revolução que se seguiu.

No entanto, a maioria dos empreendedores cria negócios em mercados já existentes, não

deixando de ser bem-sucedidos por isso.

Conceitos/significados de empreendedorismo/empreendedor

✓ Dicionário Aurélio: Empreender – 1. Propor-se, tentar (ação, empresa laboriosa e

difícil). 2. Pôr em execução.

✓ Definição via Web site http://www.priberam.com – v.tr.: tentar, experimentar, decidir-

se a fazer alguma coisa; resolver; pôr em execução; v. int.: cismar, sentir apreensões.

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✓ “É o indivíduo capaz de identificar oprtunidade em seu ambiente atual, mesmo em

meio a crises”. (Kirner, 1973)

Curiosidade: Para aqueles que gostam de ficção científica, o nome

Enterprise, dado à nave interplanetária da série de tv e dos filmes Jornada nas

Estrelas, refere-se ao substantivo/verbo empreendimento/empreender na língua

inglesa. De fato, lançar-se ao espaço em busca de outros planetas e povos é um

empreendimento e tanto, não é mesmo?

Conceitos e definições

Empreendedorismo é um “fenômeno cultural, expressão dos hábitos, práticas e valores das pessoas”.

Os empresários de sucessos são influenciados por empreendedores de seu círculo de relações

(família, amigos) ou por líderes ou figuras importantes, tomados como “modelos”.

Como informado acima, o empreendedorismo é um fenômeno cultural, ou seja, é fruto dos

hábitos, práticas e valores das pessoas. Existem famílias mais empreendedoras do que outras, assim

como cidades, regiões, países. Na verdade aprende-se a ser empreendedor pela convivência com

outros empreendedores em um clima em que ser dono do próprio nariz, ter um negócio é considerado

algo muito positivo.

Consideramos três níveis de relações, o primário, o secundário e o terciário:

Nível Primário: Familiares e conhecidos, ligações em torno de mais de uma atividade (é a principal

fonte de formação de empreendedores).

Nível Secundário: Ligações em torno de determinada atividade, redes de ligações.

Nível Terciário: Cursos, livros, viagens, feiras e congressos.

É comum ouvirmos que um empresário nasce feito, como um artista. Ambas as

afirmações estão erradas. Um músico ou pintor se forma a custa de muito esforço e

exercícios constantes. O mesmo pode ser dito sobre um empreendedor. Há métodos e

técnicas que podem ser aprendidos e praticados.

O que é ser EMPREENDEDOR?

Inovador do ambiente

Conceito: Empreendedor é aquele que utiliza sua imaginação e sua capacidade de fixar metas para

seus desenvolvimentos com a finalidade de alcançar suas visões.

“Alguns homens vêem as coisas como são, e perguntam: “Por quê?”. Eu sonho com as coisas

que nunca existiram e pergunto: “Por que não?””

Bernard Shaw

Quaisquer que sejam as fontes de informação sempre encontraremos a figura

do empreendedor relacionada a alguém:

➢ Inovador

➢ Inquieto

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Globalização

➢ Criativo

➢ Planejador

➢ Sempre de olho no futuro

➢ O empreendedor tem um “modelo”, uma pessoa que o influencia.

➢ Tem iniciativa, autonomia, autoconfiança, otimismo, necessidade de

realização.

➢ Tem perseverança e tenacidade

➢ O fracasso é considerado um resultado como outro qualquer. Ele aprende

com os resultados negativos, com os próprios erros. ➢ Tem grande energia. É um trabalhado incansável.

➢ É apaixonado pelo que faz

Diferença entre Empresário e Empreendedor

Empresário: Condição jurídica da pessoa que foi ao órgão público e registrou uma

empresa no seu nome.

Empreendedor: É a expressão de um conjunto de comportamentos, que potencializa a

condição deste empresário, direcionando-o com mais eficiência rumo aos seus

objetivos.

Exemplos de Empreendedor:

➢ Indivíduo que cria uma empresa, qualquer que seja ela;

➢ Pessoa que compra uma empresa e introduz inovações, assumindo riscos, seja na forma de

administrar, vender, fabricar, distribuir, seja na forma de fazer propaganda dos seus produtos

e/ou serviços, agregando novos valores;

➢ Empregado que introduz inovações em uma organização, provocando o surgimento de valores

adicionais (também conhecido como intraempreendedor).

➢ Contudo, não se considera empreendedor uma pessoa que, por exemplo, adquira uma empresa

e não introduza nenhuma inovação (quer na forma de vender, de produzir, quer na maneira

de tratar os clientes), mas somente gerencia o negócio.

Ser empreendedor no meio Corporativo e Profissional

De ordem Empresarial De ordem pessoal

Aumenta a competição

Page 130: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

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Acirrada Dura, forte. Vivemos uma “guerra”

Crescente Cada dia que passa, a competição aumenta, surgem novos competidores no

mercado. Acompetição hoje não é mais local, masglobal.

Indicador de desempenho da capacidade proativa constante de buscar um trabalho melhor, tanto no

aspecto quantitativo (remuneração), como qualitativo (satisfação pessoal e qualidade de vida)!!

A tendência do atual mercado de trabalho é exigir pessoas flexíveis, de respostas rápidas,

autônomas e empreendedoras, em detrimento das “obedientes e disciplinadas”.

O profissional passivo, que limita-se a receber e cumprir ordens é um personagem com os dias

contados. Em seu lugar, está surgindo o empreendedor interno – aquele que busca uma visão diferente

dos fatos e age, em vez de ficar observando e esperando as coisas acontecerem. Criativo, crítico,

perspicaz, e audacioso, permite-se arriscar e assumir novos desafios. Ele não espera por oportunidades

nem lamenta-se por não ter dito uma chance. Age e conduz a sua vida profissional. O

intraempreendedor é a nova demanda de um mercado em constante mutação.

Alguns mitos sobre Empreendedor e Empreendedorismo

MITO 1: Empreendedores não são feitos, nascem.

O empreendedor é feito através da acumulação das habilidades, experiências e contatos em um período

de anos.

MITO 2: Qualquer um pode começar um negócio

Realidade: A parte mais fácil é começar. Difícil é sobreviver. Talvez somente 1 entre 10 a 20 novas

empresas que sobrevivem 5 anos ou mais, conseguem obter ganhos de capital.

MITO 3: Empreendedores são jogadores

Realidade: Empreendedores de sucesso assumem riscos calculados, minimizam riscos, tentam

influenciar a sorte.

MITO 4: Empreendedores são os seus próprios chefes e completamente independentes.

Realidade: Não são independentes eles servem a muitos outros “chefes” como: sócios, investidores,

clientes, fornecedores, empregados).

MITO 5: Empreendedores experimentam grande estresse e pagam alto preço.

Realidade: É verdade, mas não mais que em outras profissões.

MITO 6: O dinheiro é o mais importante ingrediente para começar o negócio.

Realidade: O dinheiro é o fator menos importante.

MITO 7: Se um empreendedor tem capital inicial suficiente, não pode perder a chance.

Realidade: Muito dinheiro cria euforia e a síndrome de criança estragada.

Características dos empreendedores de sucessos

Page 131: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

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1. São visionários

Eles têm a visão de como será o futuro para seu negócio e sua vida e, o mais importante: eles têm a

habilidade de implementar seus sonhos.

2. Sabem tomar decisões

Eles não se sentem inseguros, sabem tomar as decisões corretas na hora certa, principalmente nos

momentos de adversidade, sendo isso um fator chave para o seu sucesso. E mais: além de tomar

decisões, programam suas ações rapidamente.

3. São indivíduos que fazem a diferença

Os empreendedores transformam algo de difícil definição, uma idéia abstrata, em algo concreto, que

funciona, transformando o que é possível em realidade. Sabem agregar valor aos serviços e produtos

que colocam no mercado.

4. Sabem explorar ao máximo as oportunidades

Para a maioria das pessoas, as boas idéias são geradas daquilo que todos conseguem ver, mas não

identificaram algo prático para transformá-las em oportunidade, por meio de dados e informações.

Conforme vimos anteriormente, tanto Schumpeter (1942) quanto Kirzener (1973) são enfáticos em

afirmar que o empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendo um indivíduo curioso

e atento a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta.

5. São determinados e dinâmicos

Eles implementam suas ações com total comprometimento. Atropelam as adversidades, ultrapassando

os obstáculos, com uma vontade impar de fazer acontecer. Mantêm-se sempre dinâmicos e cultivam

um certo inconformismo diante da rotina.

6. São dedicados

Eles de dedicam 24 hors por dia, 7 dias por semana, ao seu negócio. Comprometem o relacionamento

com amigos, com a família, e até mesmo com a própria saúde. São trabalhadores exemplares

encontrando energia para continuar, mesmo quando encontram problemas pela frente. São incansáveis

e loucos pelo trabalho.

7. São otimistas e apaixonados pelo que fazem

Eles adoram o trabalho que realizam. E é esse amor ao que fazem o principal combustível que os

mantém cada vez mais animados e autodeterminados, tornando-os os melhores vendedores de seus

produtos e serviços, pois sabem, como ninguém, como fazê-lo.

O otimismo faz com que sempre enxerguem o sucesso, em vez do fracasso.

8. São Independentes e constroem o próprio destino

Eles querem estar à frente das mudanças e ser donos do próprio destino. Querem ser independentes,

em vez de empregados; querem criar algo novo e determinar os próprios passos, abrir os próprios

caminhos, ser o próprio patrão e gerar empregos.

Page 132: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

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9. Ficam ricos

Ficar rico não é o principal objetivo dos empreendedores. Eles acreditam que o dinheiro é

consequencia do sucesso dos negócios.

10. São líderes e formadores de equipes

Os empreendedores possuem um senso de liderença incomum.

São respeitados e adorados por seus funcionários, pois sabem valorizá-los, estimulá-los e recompensá-

los, formando um time em torno de si. Sabem que para obter êxito e sucesso, dependem de uma equipe

de profissionais competentes. Sabem ainda recrutar as melhores cabeças para assessorá-los nos

campos onde não detém o melhor conhecimento.

11. São bem relacionados (networking)

Os empreendedores sabem construir uma rede de contatos que os auxilia no ambiente externo da

empresa, junto a clientes, fornecedores e entidades de classe.

12. São organizados

Os empreendedores sabem obter e alocar os recursos materiais, humanos, tecnológicos e financeiros,

de forma racional, procurando o melhor desempenho para o negócio.

13. Planejam, Planejam e Planejam

Os empreendedores de sucesso planejam cada passo de ser negócio, desde o primeiro rascunho do

plano de negócios, até a apresentação do plano a investidores, definição das estratégias de marketing

do negócio, sempre tendo como base a forte visão de negócio que possuem.

14. Assumem riscos calculados

Talvez essa seja a característica mais conhecida dos empreendedores. Mas o verdadeiro empreendedor

é aquele que assume riscos calculados e sabe gerenciar o risco, avaliando as reais chances de sucesso.

Assumir riscos tem relação com desafios. E para o empreendedor, quanto maior o desafio, mais

estimulante será a jornada empreendedora. Assim como um praticante de esportes radicais, um

empreendedor não assume riscos desnecessários. O objetivo é superar barreiras e não cometer suicídio.

15. Criam valor para a sociedade

Os empreendedores utilizam seu capital intelectual para criar valor para a sociedade, com a geração de

empregos, dinamizando a economia e inovando, sempre usando sua criatividade em busca de soluções

para melhorar a vida das pessoas.

16. Persistência

➢ Age diante de um obstáculo;

➢ Age repetidamente ou muda de estratégia a fim de enfrentar um desafio ou superar um

obstáculo;

➢ Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário para atingir metas e objetivos.

A persistência é uma das características do empreendedor. Todo negócio tem seus momentos

difíceis. Mas é preciso persistir e buscar superação.

Você sabe a diferença entre persistência e teimosia?

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Descreva abaixo sua impressão sobre cada um desses termos:

10. Independência e autoconfiança

➢ Busca autonomia em relação a normas e controles de outros;

➢ Mantém seu ponto de vista, mesmo diante da oposição ou de resultados inicialmente desanimadores;

➢ Expressa confiança na sua própria capacidade de complementar uma tarefa difícil ou de

enfrentar um desafio.

Um empreendedor é sempre auto-determinado, sabe tomar decisões com segurança. Faz

questão de ser seu próprio patrão e dono do seu nariz; acredita em si e na capacidade de realizar

sonhos e projetos. Tem a humildade para perguntar, pesquisar, ouvir e refletir sobre sugestões dadas,

principalmente pelos mais experientes. Todo o empreendimento é um desejo concretizado por alguém

que confiou no próprio potencial.

Será que você tem esses comportamentos?

Necessidades do Empreendedor

Para que o empreendedor sinta-se e mantenha-se feliz em suas atividades, deve

considerar que existem necessidades que influenciam seu comportamento. São elas:

Aprovação

Ser reconhecido pela conquista de um padrão de

vida melhor;

Ter o respeito de todos.

Independência Ditar seu próprio ritmo de trabalho;

Fazer o que satisfazer.

Realização

Transformar idéias em oportunidades;

Provar seu talento.

Segurança

Calcular bem os riscos ao tomar decisões.

Antecipar dificuldades e se prevenir.

Sempre ter uma reserva para enfrentar acidentes

de percurso

Auto-realização Aproveitar ao máximo o próprio potencial.

Transformar, construir, realizar, utilizando suas

capacidades.

Principais Conhecimentos Necessários

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1. Conhecimento dos aspectos técnicos relacionados com o negócio

Pergunte... • Qual é o seu negócio?

• Você quer produzir?

• Você quer oferecer um serviço?

O seu negócio é produção? Estude o processo de produzir alguma coisa.

O seu negócio é oferta de serviço? Estude tudo sobre o serviço que você ofertará.

2. Experiência Técnica

• Conheça a fundo o produto e/ou serviço que pretende oferecer ao mercado.

• Como é o processo de produção?

• Como é a qualidade que este produto deve ter?

• Como se organiza e controla a produção.

• É importante conhecer o que você pretende produzir.

3. Experiência Comercial

Conheça as diversas áreas que envolvem a comercialização de seu produto e/ou serviços, como:

• Distribuição

• Vendas

• Publicidade

• Pesquisa de mercado e

• Definição de novos produtos e/ou serviços

Se lhe faltar experiência nessa área, tenha alguém de confiança que possa lhe assessorar.

4. Escolaridade

Ter um nível mínimo de escolaridade facilita seu acesso e compreensão no mundo dos negócios,

enriquecendo sua experiência prática.

5. Experiência em empresas

Trabalhar em organizações é ter a oportunidade de conhecer o funcionamento de várias áreas e suas

finalidades, ampliando sua visão organizacional. Esse conhecimento é um grande diferencial para

abertura do próprio negócio ou uma oportunidade de trabalho.

6. Formação complementar

Refere-se à aquisição de informações ou o aprimoramento dos conhecimentos que já possui. Isto pode

partir de um interesse particular ou de uma necessidade gerada pelo próprio negócio.

Principais Habilidades

Existem inúmeras habilidades as quais representam à facilidade de uso da capacidade.

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Seguem abaixo algumas delas:

• Habilidade de identificação de novas oportunidades

Habilidade de perceber o que os outros não percebem e de visualizar muito mais longe que os

demais.

• Habilidade de valorização de oportunidades e pensamento criativo

Habilidade de atribuir valor àquilo que se apresenta como uma oportunidade.

• Habilidade de comunicação persuasiva/negociação

Habilidade de convencer os outros a respeito da pertinência de uma idéia.

• Habilidade de aquisição de informações

Habilidade de coletar, reunir e agrupar informações.

• Habilidade de resolução de problemas

Habilidade para utilizar sistematicamente operações mentais, a fim de, encontrar respostas, para

enfrentar os desafios e superar os obstáculos.

Empreendedorismo ao longo do tempo

A palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e significa aquele que assume

riscos e começa algo novo. Antes de partir para definições mais utilizadas e aceitas, é importante fazer

uma análise histórica do desenvolvimento da teoria do empreendedorismo (Hisrish, 1986).

Antiguidade

Não há registros históricos ou arqueológicos de empreendedores individuais na Antiguidade, mas

sabe-se que o comércio tinha papel importante, mesmo nas comunidades neolíticas. Dentre as ruínas

mais antigas de aglomerações humanas estão as localizadas na atual Síria, na região de al-Jerf al-

Ahmar. O vilarejo neolítico datando de mais de 11 mil anos foi construído no entroncamento de rotas

de comércio já existentes, levando os cientistas a presumir que o comércio date de época anterior.

Você pode ver abaixo uma foto das ruínas de al-Jerf al-Ahmar. É interessante saber que muitas das

edificações tinham armazéns anexos ou subterrâneos:

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are needed to see this picture.

Você pode ver mais informações a respeito no site

em espanhol www.diplomatie.gouv.fr/es/.../siria-jerf-

el-ahmar/

Há muitos outros sítios arqueológicos com

evidências de atividades comerciais. Pesquise, por

Page 136: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

18

exemplo, os sítios de Göbekli Tepe e Çatalhöyük na Turquia.

Os arqueólogos modernos concordam que a escrita cuneiforme surgida na Mesopotâmia foi criada

inicialmente para registrar transações comerciais. Há diversas tabuletas de cerâmica com anotações de

mercadorias, suas quantidades e preços assim como há registros de impostos e doações aos templos

religiosos. A literatura foi um uso posterior da escrita.

Bem mais tarde, a Fenícia foi um conjunto de cidades-estado da Antiguidade que floresceu com o

comércio no mar Mediterrâneo. Uma de suas colônias mais famosas foi a cidade de Cartago, na costa

da atual Tunísia, uma potência comercial por cerca de 3 mil anos, atacada e destruída pelos romanos,

que buscavam o domínio das rotas comerciais do Mediterrâneo.

Roma costuma ser lembrada por seu poder militar, mas as bases que sustentavam o império eram

comerciais.

Idade Média e Renascimento

Na Idade Média, o termo empreendedor foi utilizado para definir aquele que gerenciava

grandes projetos de produção ou comércio. Nas vilas e cidades havia o sistema das Corporações de

Ofício, no qual profissionais das artes e ofícios, como marceneiros, pedreiros ou artistas, serviam um

período de aprendizagem na oficina de um mestre, até que pudessem provar para outros mestres

experientes serem capazes de exercer seu ofício por conta própria, tornando-se mestres também e

podendo aceitar aprendizes. O sistema era rígido e um mestre em um ofício – o de marceneiro, por

exemplo –, não podia atuar em outra área fora da marcenaria. Se precisasse de puxadores de ferro, por

exemplo, tinha que adquiri-los de um mestre ferreiro.

Esses empreendedores costumavam estabelecer-se com uma licença do nobre que governava a

vila ou cidade, devendo-lhe impostos. Vale observar que o conceito de nação não era ainda

estabelecido. Regiões como a França, a Itália e a Alemanha eram aglomerados de principados,

ducados, condados e baronatos unidos pelo sistema feudal a um rei, geralmente não muito poderoso.

No caso da França, por exemplo, os duques da Borgonha (região entre a França e a atual Bélgica)

foram durante anos mais ricos e poderosos que o rei, fazendo, inclusive, alianças com os inimigos do

rei, no caso a Inglaterra, durante a guerra dos cem anos.

A Borgonha era uma grande produtora de vinhos e tecidos finos, exportando-os para toda a

Europa, sem se importar com os interesses do rei. Produtores e comerciantes da Borgonha

funcionavam sob o regime das Corporações de Ofício, pagando impostos ao duque.

A Itália era um caso interessante, na medida em que sequer havia um rei. Cada cidade-estado

dominava uma pequena região, constituindo-se em principado, ducado ou até república, como nos

casos de Gênova e Veneza. Essas repúblicas eram governadas por comerciantes ricos e banqueiros,

que atuavam como capitalistas para comerciantes aventureiros, que cruzavam o Mediterrâneo em

busca de comércio e riquezas. Os riscos eram grandes e as perdas também. Veja o caso de Marco Polo

e seu pai e seu tio, exploradores de uma rota comercial terrestre até a atual China.

A respeito dos riscos, vale ler a peça famosa de William Shakespeare, O Mercador de Veneza,

uma história rica em aventura, temperada com vingança. Para quem não quiser ler (uma perda e tanto),

há um excelente filme recente com o ator Al Pacino, no papel de Shylok.

Livro: http://livros.universia.com.br/2012/10/17/baixe-gratis-o-livro-o-mercador-de-veneza-de-

william-shakespeare/

Filme: RADFORD, Michael. O Mercador de Veneza. Estados Unidos, 2004. 2h18min.

Durante a Idade Média, mais especificamente durante as Cruzadas, os cavaleiros

Templários, um grupo de religiosos guerreiros, dedicados à proteção dos peregrinos que

viajavam à Terra Santa, tornaram-se os primeiros banqueiros. Um viajante podia

depositar uma soma numa igreja dos templários em sua cidade e resgatar pequenas

somas ao longo da viagem, ou a soma total ao final dela, junto a outro grupo de

cavaleiros, mediante um documento assinado que ficou conhecido como carta de

câmbio ou letra de câmbio. A atividade de banqueiros disseminou-se entre outras

camadas sociais, depois que o rei Filipe o Belo da França, grande devedor da Ordem,

destruiu os Templários em 1314.

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As Grandes Navegações

Situadas historicamente no final do Renascimento, as chamadas Grandes Navegações Ibéricas

sustentavam-se sobre importantes inovações tecnológicas.

Vimos acima que durante séculos o comércio entre a Europa, o norte da África e o Oriente

Próximo se dava pelo mar Mediterrâneo. Arriscar-se além de seus limites era geralmente desastroso.

Os portugueses foram os introdutores da nau, um barco de bojo largo, construído para longas viagens

através do oceano Atlântico. A nau substituiu diversos modelos de barcos estreitos, como as galeras,

usadas para as curtas viagens mediterrâneas. Suas formas largas e fundo achatado resistiam melhor às

muitas tempestades de alto mar. As outras inovações foram o astrolábio e a bússola, adaptadas de

modelos existentes desenvolvidos pelos árabes. Ambos os instrumentos permitiam a navegação sem a

dependência da posição do sol ou das estrelas.

Inovações introduzidas por portugueses e espanhóis produziram o galeão, uma nau mais leve,

estreita e ágil, armada em guerra, isto é, transportando canhões, que permitiram a defesa das frotas

com as riquezas de além mar. Entretanto, mais para o final do século XVI, os ingleses criaram um

galeão ainda mais rápido, tornando-os uma potência marítima até o século XX.

Século XVII

Richard Cantillon, importante escritor e economista do século XVII, é considerado por muitos

como um dos criadores do termo empreendedorismo, tendo sido um dos primeiros a diferenciar o

empreendedor – aquele que assumia riscos – do capitalista – aquele que fornecia o capital.

O sistema das Corporações de Ofícios prevaleceu até a Revolução Francesa, no final do século

XVIII e o início da Revolução Industrial, ocorrido mais ou menos na mesma época.

No século XVII o conceito de nação se fortaleceu, com a figura do rei tendo mais poder e

concedendo alvarás e permissões especiais para a fabricação de produtos e de seu comércio.

Especiarias do Oriente e das Américas, madeiras nobres, sedas e produtos finos eram alvo

dessas concessões e explorados por companhias de empreendedores como a Companhia das Índias

Ocidentais, fundada por comerciantes holandeses, que chegaram a conquistar partes de Pernambuco e

do Maranhão da corôa portuguesa.

Houve três Companhias das Índias Orientais diferentes, fundadas por comerciantes franceses,

ingleses e holandeses, estabelecendo-se nas colônias recém descobertas, explorando-as

comercialmente.

Nesse contexto, vale lembrar o papel importante do corso, uma concessão

oficial dada por um governo a capitães de navios para atacar a marinha mercante de

países inimigos. Os ingleses Walter Raleigh e Francis Drake foram corsários

famosos, atacando os navios espanhóis cheios de ouro e outras preciosidades

coloniais. René Duguay-Trouin foi um corsário francês que, dentre outras façanhas,

atacou a cidade do Rio de Janeiro, exigindo um resgate para a sua retirada. Há

registros históricos evidenciando que Duguay-Trouin contou com o financiamento

de capitalistas franceses para o seu empreendimento, cabendo-lhe como almirante de

uma frota de 17 navios, 1/5 do butim.

Corsários eram diferentes de piratas, que não tinham a permissão de governo

algum e predavam navios de qualquer nação.

O destino de piratas ou corsários, quando capturados, costumava ser a forca.

Outra curiosidade desse período foi o nascimento da indústria de seguros.

Capitalistas e empreendedores ingleses juntaram-se para criar um fundo coletivo que

indenizasse possíveis perdas no comércio ultramarino.

Século XVIII

Nesse século o capitalista e o empreendedor foram definitivamente diferenciados,

provavelmente devido ao início da industrialização que ocorria no mundo.

Page 138: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

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O século XVIII iniciou-se sob o absolutismo, terminando na Revolução Francesa que, embora

ocorrendo na França, espalhou seus ideais de Igualdade, Fraternidade e Liberdade por toda a Europa

e por muitas de suas colônias.

A Revolução Industrial foi bastante mais pacífica e foi produzida por uma série de inovações,

sendo uma das mais importantes a automação dos teares, as máquinas usadas para a manufatura de

tecidos, realizada pelo francês Joseph Marie Jacquard (1752-1834). O uso de cartões de papelão

perfurado permitia a repetição rápida de padrões em tecidos. Até hoje o nome Jacquard é sinônimo de

um tipo de tecido com padrões em relevo.

A inovação de Jacquard – o cartão perfurado – inspirou a criação das primeiras máquinas de

calcular e dos primeiros computadores.

Outra inovação importante foi o uso do vapor como força motriz, isto é, como força para

colocar máquinas em movimento. Os ingleses Thomas Newcomen (1664-1729) e Thomas Watt (1736-

1819) foram os primeiros a utilizar o vapor para mover motores e máquinas. Aperfeiçoamentos

introduzidos por Richard Trevithick (1771-1833) permitiram o uso do vapor sob pressão para

movimentar máquinas, inaugurando a era do transporte a vapor, com trens e navios movidos assim.

Inicialmente o carvão de madeira foi usado como combustível, mas logo descobriu-se que o

carvão mineral atuava melhor e minas foram cavadas por toda a Europa para dar energia para a nova

era.

Rapidamente fábricas com máquinas a vapor surgiram, produzindo de tecidos a cerâmicas,

linhas férreas cobriram a Inglaterra e o resto da Europa e navios a vapor cruzavam os mares a

velocidades muito maiores que as das naus e galeões.

Até o final do século XIX a Inglaterra tornou-se a maior potência marítima e a maior potência

industrial do mundo, estabelecendo um império que se estendia até a Índia, tomada aos portugueses no

início do século XVIII.

Séculos XIX e XX

No final do século XIX e início do século XX, os empreendedores foram frequentemente

confundidos com os gerentes ou administradores, sendo analisados meramente de um ponto de vista

econômico, como aqueles que organizam a empresa, pagam os empregados, planejam, dirigem e

controlam as ações desenvolvidas na organização, mas sempre a serviço do capitalista.

Aqui cabe uma breve análise das diferenças e similaridades entre administradores e

empreendedores. Todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para obter o

sucesso, no entanto, nem todo bom administrador é um empreendedor. O empreendedor tem algo

mais, algumas características e atitudes que o diferenciam do administrador tradicional.

O cientista americano Thomas Edison foi um exemplo interessante que misturava o cientista e

o empreendedor. Com o auxílio de capitalistas, em 1889, Edison fundou a General Electric, empresa

que existe até hoje.

Seu laboratório em Menlo Park, no estado americano de Nova Jérsei, criado em 1876, é tido até

hoje como um exemplo de Parque Tecnológico. Edison patenteou mais de 400 inventos.

Empreendedorismo no Brasil

Durante o período colonial era proibido estabelecer indústrias no país. Havia umas poucas

manufaturas comandadas por artesãos em moldes medievais. A confecção de móveis floresceu no

Brasil, com muitas peças mais ricas e detalhadas do que suas congêneres produzidas em Portugal. O

estado de Minas Gerais era um dos centros produtores e seus museus e arquivos ainda guardam

exemplares dessa arte. Uma das metas dos inconfidentes mineiros era a independência e a liberdade

para que nativos do Brasil pudessem empreender livremente.

Page 139: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

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As primeiras indústrias foram estabelecidas no Brasil com a chegada da Família Real

portuguesa em 1808. D. João VI estabeleceu uma fábrica de pólvora no Rio de Janeiro e permitiu a

criação de outras pequenas indústrias.

Um exemplo de empreendedor brasileiro no século XIX é Irineu Evangelista de Souza, o barão

e depois visconde de Mauá. Mauá foi um banqueiro, um industrial arrojado e um grande

empreendedor na área de ferrovias, muitas vezes com o apoio de financistas ingleses.

O visconde teve também diversos fracassos empresarias sem, no entanto, se deixar abater.

Veja o filme: REZENDE, Sérgio. Mauá – o Imperador e o Rei. Cor, 135 min. Brasil, 1999.

Já no século XX, o movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na

década de 1990, quando entidades como SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas

Empresas) e Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas. Antes disso,

praticamente não se falava em empreendedorismo e em criação de pequenas empresas. Os ambientes

político e econômico do país não eram propícios, e o empreendedor praticamente não encontrava

informações para auxiliá-lo na jornada empreendedora. O SEBRAE é um dos órgãos mais conhecidos

dos pequenos empresários brasileiros, que buscam junto a essa entidade todo suporte de que precisam

para iniciar sua empresa, bem como consultorias para resolver pequenos problemas pontuais de seu

negócio. O histórico da Softex pode ser confundido com o histórico do empreendedorismo no Brasil

na década de 1990. A entidade foi criada com o intuito de levar as empresas de software do país ao

mercado externo, por meio de várias ações que proporcionavam ao empresário de informática a

capacitação em gestão e tecnologia.

Foi com os programas criados no âmbito da Softex em todo país, junto a incubadoras de

empresas e a universidade/cursos de ciências da computação/informática, que o tema

empreendedorismo começou a despertar na sociedade brasileira. Até então, palavras como plano de

negócios (business plan) eram praticamente desconhecidos e até ridicularizadas pelos pequenos

empresários.

O Brasil entrou nesse milênio com todo potencial para desenvolver um dos maiores programas

de ensino de empreendedorismo do mundo, comparável apenas com os Estados Unidos, onde mais de

1.100 escolas ensinam empreendedorismo. As ações recentes sobre empreendedorismo desenvolvidas

no Brasil começam a apontar para essa direção. Seguem alguns exemplos de trabalhos:

1. Os programas Softex e Genesis (Geração de Novas Empresas de Software, informação e

Serviços), que apóiam atividades de empreendedorismo em software, estimulando o ensino da

disciplina em universidade e a geração de novas empresas de software.

2. Ações voltadas à capacitação do empreendedor, como os programas EMPRETEC e Jovem

Empreendedor do SEBRAE. E ainda o programa Brasil Empreendedor, do Governo Federal, dirigido a

capacitação de mais de 1 milhão de empreendedores em todo pais e destinando recursos financeiros a

esses empreendedores, totalizando um investimento de oito bilhões de reais.

3. O enorme crescimento do movimento de incubadoras de empresas no Brasil. Dados da

ANPROTEC (associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias

Avançadas) mostram que em 2000, havia mais de 135 incubadoras de empresas no país, sem

considerar as incubadoras de empresa de internet, totalizando mais de 1.100 empresas incubadas, que

geram mais de 5.200 empregos diretos.

No Brasil, algumas iniciativas já começam a acontecer, destacando-se concursos destinados a

estudantes de engenharia, ciências da computação, administração e também negócios de internet.

• Concurso do Instituto E-cobra para plano de negócios de empresas de internet. A primeira

versão do concurso teve mais de 10.000 inscritos e recebeu mais de 700 planos de negócios.

• Concurso Engenheiro Empreendedor, da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina.

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• Concurso nacional de plano de negócios para estudantes de administração, promovido pela

FENEAD – Federação Nacional de Estudantes de Administração.

Vários outros incentivos ao desenvolvimento de plano de negócios é feito no Brasil. O Governo

Federal juntamente com o Sebrae visa esse apoio e incentivo com vários projetos um deles é o

programa prêmio técnico empreendedor, para alunos de cursos técnicos e tecnológicos.

No relatório executivo da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o Brasil aparece como o país

que possui a melhor relação entre o número de habitantes adultos que começam um novo negócio e o

total dessa população:

Brasil: 1 em cada 8 adultos

Estados Unidos: 1 em cada 10 adultos

Austrália: 1 em cada 12 adultos

Alemanha: 1 em cada 25 adultos

Reino Unido: 1 em cada 33 adultos

Finlândia e na Suécia: 1 em cada 50 adultos

Irlanda e Japão: 1 em cada 100 adultos

Dados do SEBRAE apontam, entretanto, que um grande porcentual desses empreendedores

empreende por necessidade e não por vocação. O empreendedor por necessidade é aquele que

empreende por falta de outras perspectivas de emprego. Suas atividades vão desde a venda de balas e

doces na rua ou em um cômodo de sua residência até a abertura de um negócio mais estruturado. A

taxa de fracasso entre esses empreendedores costuma ser alta, dado que se lançam em seus negócios

com pouco preparo e informação.

Para leitura:

“Com as atuais mudanças na Economia e nas Relações Trabalhistas, que fazem com que o

emprego, com carteira assinada, torne-se cada vez mais instável e escasso, mais pessoas têm

“surfado” na onda empreendedora e estão abrindo seus próprios negócios”.

Você já leu algum artigo que começasse da forma descrita acima? Eu já, muitos...

Existe uma confusão reinante em nossa sociedade entre o que é ser empreendedor e o que é

ser empresário. Empreendedor, para muitos (muitas vezes pessoas importantes e formadores de

opinião) é simplesmente aquela pessoa que abre um negócio.

Para nós, este é o empresário. O empreendedor é muito mais do que isso, mas, muitas vezes,

nem precisa ser isso...

Empreendedorismo está intimamente ligado a uma realização pessoal e profissional. O

empreendedor não precisa abrir seu próprio negócio... Ele pode participar do negócio de outrem,

mas de uma forma pró-ativa e, antes de tudo, deve sentir-se realizado por assim proceder.

Estudiosos do comportamento humano afirmam que o homem não vive no mundo que o

cerca, mas sim em uma representação deste mundo, por ele criada a partir da percepção e

processamento daquilo que está à sua volta.

Essa “realidade virtual” é criada através da utilização de uma combinação de percentuais

dos cinco sentidos conhecidos (visão, audição, olfato, paladar e tato), de uma forma singular para

cada indivíduo, quase uma impressão digital.

Aliado a esses cinco sentidos, existe dentro de nós, um sexto, muitas vezes adormecido, que

quando despertado faz com que nos tornemos cientes de nossos sonhos e das oportunidades a nossa

volta e que nos compele à realização pessoal e profissional. Esse sexto sentido tem um nome:

Empreendedorismo.

Page 141: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

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Por isso, diante da eterna discussão se o empreendedor já nasce feito ou pode ser formado, a

nossa posição é a seguinte:

“O Empreendedorismo, nosso sexto sentido, existe dentro de cada um de nós, nasce conosco,

só precisa ser resgatado”.

Como resgatar essa capacidade de ser empreendedor? Esta é a proposta deste curso.

Para isso ser possível, é preciso antes de tudo retirar o gesso, a camisa de força que é colocada em nós, desde pequenos, pelo sistema educacional e pela sociedade.

Importante: Fazer a dinâmica teste sua criatividade, do livro Empreendedorismo Transformando ideias em Negócios –

José Carlos Assis Dornelas, pág. 45

Está disponível em algum lugar?

Leitura:

Orientação empreendedora como diferencial para as organizações

Seria interessante ter as referências e o texto completo, com o nome do autor.

Quanto aos termos orientação empreendedora e o gerenciamento empreendedor, eles são

utilizados para caracterizar uma organização empreendedora, ou seja, uma organização que possui

uma postura empreendedora. De acordo com Guth e Ginsberg (1990), o tópico de organização

empreendedora envolve dois tipos de fenômenos e os processos circundantes: o surgimento de novos

negócios dentro de organizações existentes; e a transformação de organizações através de renovação

de idéias chaves dentro nas quais ela foi construída.

Segundo Stevenson e Jarillo (1990), o gerenciamento empreendedor reflete os processos

organizacionais, métodos a estilos que uma firma utiliza para atuar de forma empreendedora. Covin e

Slevin (1991) afirmam que organizações com postura empreendedora são aquelas onde um particular

padrão comportamental ocorre periodicamente. Este padrão invade todos os níveis organizacionais e

reflete uma filosofia estratégica global em efetivas práticas gerenciais.

Miller (1983) aponta para o fato de que existem algumas dimensões que caracterizam uma

orientação empreendedora. Para ele, uma firma empreendedora empenha-se em produtos/mercados

inovadores, empreende com algum risco e atua de forma proativa. Assim, ele utiliza as dimensões

inovação, correr riscos e proatividade para caracterizar e testar empreendedorismo. Por outro lado,

uma firma não empreendedora é aquela que inova muito pouco, é altamente aversa a riscos, e imita as

mudanças de seus competidores ao invés de ser proativa em suas ações.

Zahra e Covin (1995), afirmam que esta definição de Miller é construída com base no trabalho

de Schumpeter, de 1934, e é consistente com estudos mais recentes como o de Guth e Ginsberg

(1990), assim como tem influenciado outras pesquisas sobre organizações empreendedoras. Lumpkin e

Dess (1996) também apontam para um grande número de pesquisas que têm adotado uma abordagem

baseada nessa conceitualização original de Miller.

A partir dos estudos de Miller (1983), Lumpkin e Dess (1996) acrescentam mais duas

dimensões para caracterizar e distinguir o processo empreendedor: agressividade competitiva e a

tendência para ação independente e autônoma. Assim, para Lumpkin e Dess (1996), cinco dimensões

têm sido usadas como chaves para caracterizar e distinguir o processo empreendedor: autonomia,

inovação, correr riscos, proatividade e agressividade competitiva.

Estas dimensões podem estar presentes quando a empresa se empenha em novo negócio,

entretanto novos negócios bem sucedidos também podem acontecer com apenas algumas destas

dimensões. O quanto cada uma dessas dimensões é útil para predizer a natureza e o sucesso de um

empreendimento pode ser contingente a fatores externos, como o ambiente de negócios, por exemplo,

ou a fatores internos ou ainda a características de fundadores ou gerentes (Lumpkin e Dess, 1996). Isso

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corrobora os estudos de Miller (1983), que apontam para o fato de que o empreendedorismo é

integralmente relacionado a variáveis de ambiente, estrutura, estratégia e personalidade do líder, e que

este relacionamento varia sistematicamente e logicamente de um tipo de organização para outro.

Zahra e Covin (1995), apontam para o fato de que organizações empreendedoras têm um

impacto positivo nas medidas de performance financeira. Segundo os autores, estes efeitos na

performance tendem a ser modestos ao longo dos primeiros anos e crescem ao longo do tempo,

sugerindo que um comportamento empreendedor pode, de fato, contribuir para o progresso da

performance financeira da organização a longo prazo.

Bernardi (2003) afirma que empresas empreendedoras, com alta capacidade competitiva,

centram suas atenções no cliente, nas percepções de valor e utilidade, bem como nas formas sistêmicas

adequadas a cumprir bem seu papel no ambiente. De acordo com Freitas (1993), para uma empresa ser

sempre competitiva deve ser capaz de reagir rapidamente aos eventos para atingir os objetivos fixados

a curto termo, bem como antecipar e evoluir em harmonia com seu ambiente, para garantir a

perenidade a longo prazo.

Para Chagas e Freitas (2001), a empresa empreendedora é aquela que consegue olhar além do

usual, possuindo habilidade de assumir a direção dos processos de transformação e o mudança de

direção de seus recursos. Lesca (apud Freitas, 1993) apontam para uma empresa ideal, com as

seguintes características: - Rentável a curto prazo e viável a longo prazo;

- Possui uma identidade clara, sabendo o que é, o que quer vir a ser, e como agir;

- É comunicante e participativa, vigilante e previdente;

- É capaz de adaptação à mudança e de aprendizagem inovadora;

- É capaz de esforços para aperfeiçoamento de seus membros;

- É capaz de mobilizar energia e inteligência para atingir seus objetivos.

No ambiente organizacional de rápida mudança e inovação, as organizações precisam aprender

a sobreviver e prosperar, e só poderão fazer isso se aprenderem a ser empreendedoras.

Plano de Negócios

Quando se fala em empreendedorismo, remete-se naturalmente ao termo plano de negócios. O

plano de negócios é parte fundamental do processo empreendedor. Empreendedores precisam saber

planejar suas ações e delinear as estratégias da empresa a ser criada ou em crescimento.

A principal utilização do plano de negócios é a de prover uma ferramenta de gestão para o

planejamento e desenvolvimento inicial de uma empresa.

Plano de negócios (do inglês Business Plan), também chamado "plano

empresarial", é um documento que especifica, em linguagem escrita, um negócio que se quer iniciar ou que já está iniciado.

Geralmente é escrito por empreendedores, quando há intenção de se

iniciar um negócio, mas também pode ser utilizado como ferramenta de

marketing interno e gestão. Pode ser uma representação do modelo de negócios a ser seguido. Reúne informações tabulares e escritas de como o negócio é ou

deverá ser. A principal utilização do plano de negócios é a de prover uma ferramenta

de gestão para o planejamento e desenvolvimento inicial de uma empresa. De acordo com o pensamento moderno, o plano de negócio é um

documento vivo, no sentido de que deve ser constantemente atualizado para que

seja útil na consecução dos objetivos dos empreendedores e de seus sócios.

O plano de negócios também é utilizado para comunicar o conteúdo a investidores de risco, que podem se decidir a aplicar recursos no

empreendimento.

Page 143: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

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Para E. Bolson, plano de negócio "é uma obra de planejamento dinâmico que descreve um empreendimento, projeta estratégias operacionais e de inserção no

mercado e prevê os resultados financeiros". Segundo o mesmo autor, a estratégia de inserção no mercado talvez seja a tarefa mais importante e crucial

do planejamento de novos negócios. O plano de negócios é um documento escrito que tem o objetivo de estruturar as principais idéias e

opções que o empreendedor analisará para decidir quanto à viabilidade da empresa a ser criada.

Também é utilizado para a solicitação de empréstimos e financiamento junto a instituições financeiras,

bem como para expansão de sua empresa.

Uma dica importante sobre a elaboração de um plano de negócios é encará-lo como

uma importantíssima peça de marketing. Para o empreendedor e seus liderados é um

norte, uma meta a ser alcançada. Deve, portanto, ser inspiradora e capaz de,

efetivamente, apontar rumos a serem tomados. Para investidores, sejam capitalistas ou

bancos de investimento, a peça deve ser capaz de motivá-los a acreditar e investir no

projeto.

O objetivo de escrever um Plano de Negócios

Em princípio, espera-se que uma empresa seja capaz de gerar lucro. Ter um plano bem

estruturado é um caminho para a consecução desse objetivo. De fato, uma pesquisa realizada com ex-

alunos de administração da Harvard Busines School, nos Estados Unidos, concluiu que o plano de

negócios aumenta em 60% a probabilidade de sucesso dos negócios. É óbvio que sempre haverá

pessoas de sorte, com sucesso nos negócios, sem plano, e também aquelas que ganham na loteria. Mas

serão casos mais isolados. Através do plano é possível:

• Entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio.

• Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas.

• Monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessário.

• Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae, investidores,

capitalistas de risco etc.

• Identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a empresa.

• Estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o público externo

(fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associações, etc)

O que o Plano de negócios mostra

➢ Ele mostra todos os detalhes do empreendimento

➢ Quem são os empreendedores

➢ Qual é o produto, quais e quantos são os clientes

➢ Quem são os concorrentes

➢ Qual o processo tecnológico de produção e venda

➢ Qual a estrutura de gerenciamento

➢ Quais são as projeções financeiras para fluxo de caixa, receitas, despesas, custos e lucros.

➢ Identifica as oportunidades e ameaças.

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➢ Procura avaliar as diversas influências ambientais incidentes sobre o seu novo negócio,

podendo assim, minimizar o seu risco.

➢ Fornece informação financeira detalhada que mostra como seu negócio terá sucesso na busca

do lucro.

O Plano de Negócios é um instrumento de diminuição de riscos. Ao fazer o

Plano de Negócios, o empreendedor estuda a viabilidade de um projeto ou produto sob

todos os aspectos.

Estrutura do Plano de Negócios

Não existe uma estrutura rígida e específica para se escrever um plano de negócios, pois cada

negócio tem particularidades e semelhanças, sendo impossível definir um modelo padrão de plano de

negócios que seja universal e aplicado a qualquer negócio. Uma empresa de serviços é diferente de

uma empresa que fabrica produtos ou bens de consumo, por exemplo. Porém, qualquer plano de

negócios deve possuir um mínimo de seções as quais proporcionarão um entendimento completo do

negócio. Estas seções são organizadas de forma a manter uma seqüência lógica que permita a qualquer

leitor do plano entender como a empresa é organizada, seus sócios e suas qualificações, seus objetivos,

seus produtos e serviços, seu mercado, sua estratégia de marketing e sua situação financeira.

1. Capa. A capa, apesar de não parecer, é uma das partes mais importantes do plano de

negócios, pois é a primeira parte que é visualizada por quem lê o plano de negócios, devendo portanto

ser feita de maneira limpa e com as informações necessárias e pertinentes.

2. Sumário. O sumário deve conter o título de cada seção do plano de negócios e a página

respectiva onde se encontra, bem como os principais assuntos relacionados em cada seção. Isto facilita

ao leitor do plano de negócios encontrar rapidamente o que lhe interessa.

3. Sumário Executivo. O Sumário Executivo é a principal seção do plano de negócios. O

Sumário Executivo fará o leitor decidir se continuará ou não a ler o plano de negócios. Portanto, deve

ser escrito com muita atenção e revisado várias vezes, além de conter uma síntese das principais

informações que constam no plano de negócios. O sumário executivo deve ser a última seção a ser

escrita, pois depende de todas as outras seções do plano para ser elaborada. Ele precisa ser uma peça

vendedora!

4. Análise Estratégica. Nesta seção são definidos os rumos da empresa, sua visão e missão,

sua situação atual, as potencialidades e ameaças externas, suas forças e fraquezas, seus objetivos e

metas de negócio. Esta seção é na verdade a base para o desenvolvimento e a implantação das demais

ações descritas no plano.

5. Descrição da Empresa. Nesta seção deve-se descrever a empresa, seu histórico,

crescimento, faturamento dos últimos anos, sua razão social, impostos, estrutura organizacional e

legal, localização, parecerias, certificações de qualidade, serviços terceirizados, etc.

6. Produtos e Serviços. Esta seção do plano de negócios é destinada aos produtos e serviços da

empresa: como são produzidos, quais os recursos utilizados, ciclo de vida, os fatores tecnológicos

Page 145: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

27

envolvidos, o processo de pesquisa e desenvolvimento, os principais clientes atuais, se a empresa têm

marca e/ou patente de algum produto.

7. Plano Operacional. Esta seção deve apresentar as ações que a empresa está planejando em

seu sistema produtivo e o processo de produção, indicando o impacto que estas ações terão em seus

parâmetros de avaliação de produção.

8. Plano de Recursos Humanos. Aqui devem ser apresentados os planos de desenvolvimento

e treinamento de pessoal da empresa. Devem ser indicadas as metas de treinamento associadas às

ações do Plano Operacional, as metas de treinamento estratégico, de longo prazo e não associadas

diretamente às ações.

9. Análise do Mercado. Na seção de análise de mercado, o autor do plano de negócios deve

mostrar que os executivos da empresa conhecem muito bem o mercado consumidor do seu

produto/serviço (por meio de pesquisa de mercado): as características do consumidor e sua

localização, análise da concorrência, sua participação de mercado e a dos principais concorrentes.

Embora possa parecer estranho, esta deve ser a primeira parte a ser pensada e escrita. Uma

empresa pode sobreviver sem produtos, mas não pode sobreviver sem mercado (clientes). Entender

quem são e quantos são os clientes é o primeiro passo para saber se um projeto de negócio é viável ou

não.

10. Estratégias de Marketing. Deve-se mostrar como a empresa pretende colocar seu

produto/serviço no mercado e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar a

demanda. Deve abordar seus métodos de comercialização, diferenciais do produto/serviço para o

cliente, política de preços, principais clientes, canais de distribuição e estratégia de

promoção/comunicação e publicidade. Nesta seção deve-se focar o composto de marketing: produto,

preço, praça e propaganda.

11. Plano Financeiro. A seção de finanças deve apresentar em números todas as ações

planejadas para a empresa e as comprovações, através de projeções futuras (quanto necessita de

capital, quando e com que propósito) de sucesso do negócio. Deve conter demonstrativos de fluxo de

caixa com horizonte de, pelo menos, três anos; balanço patrimonial; análise do ponto de equilíbrio;

necessidades de investimentos; demonstrativos de resultados; análise de indicadores financeiros do

negócio, como faturamento previsto, margem prevista, prazo de retorno sobre o investimento, etc.

A análise apresentada deve ser realista. É costume desenharem-se cenários, com uma visão

otimista, uma realista ou conservadora e uma pessimista, caso fatores adversos externos apareçam.

Lembre-se que investidores são especialistas em finanças, buscando sempre o retorno de seu

investimento. Projeções irrealistas são facilmente detectáveis.

12. Anexos. Esta seção deve conter informações adicionais julgadas relevantes para o melhor

entendimento do plano de negócios. Por isso, não tem um limite de páginas ou exigências a serem

seguidas. A única informação que não se pode esquecer de incluir é a relação dos currículos dos sócios

e dirigentes da empresa. Pode-se anexar informações como fotos de produtos, plantas da localização,

roteiros e resultados completos das pesquisas de mercado que foram realizadas, material de divulgação

do negócio, folders, catálogos, contrato social da empresa, etc.

Atualmente encontram-se no mercado através de livros e também pela internet vários modelos

de Plano de Negócios, estruturas e programas que auxiliam o empreendedor a elaborar um Plano de

Negócios. O SEBRAE oferece em seu site um programa dinâmico e de fácil manuseio, basta o

empreendedor acessar o site e se cadastrar para pode usufruir deste software. Outro software também

muito conhecido e recomendado por muitos é o Make Money.

Page 146: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

28

Leitura: Incubadoras de Empresas

Seria interessante ter as referências e o texto completo, com o nome do autor.

Desde o surgimento do primeiro parque tecnológico que se tem notícia, no final da década de 1940,

em Palo Alto, na Califórnia, caracterizado pelo estreito relacionamento com a Universidade de Stanford

(Broadhurst, 1988), e que serviu de modelo para outros países desenvolverem os seus pólos tecnológicos

(Torkomian, 1992), conceitos como capital de risco, empreendedorismo e incubadoras de empresas são

considerados condições básicas para o desenvolvimento econômico regional, pela transferência de

tecnologia (Gibb, 1992; Spolidoro, 1999; Dornelas et al., 2000). É importante notar que a participação dos

governos no incentivo às empresas de base tecnológica tem sido fundamental, assim como no caso dos

parques e pólos tecnológicos, direcionando os esforços de pesquisa para setores considerados prioritários,

como ocorreu nos Estados Unidos (Medeiros et al., 1992), Japão, França, Canadá, Alemanha, Itália,

Inglaterra e, mais recentemente, em países em desenvolvimento como Israel (Khavul et al., 1998), China e

México (Lalkaka & Bishop, 1996).

No Brasil, os primeiros pólos tecnológicos foram criados a partir de 1984, por meio de convênios

do CNPq com instituição localizadas em São Carlos–SP, Joinvile-SC, Campina Grande-PB, Manaus-AM e

Santa Maria-RS, com o intuito de criar empresas de base tecnológica nessas regiões (Medeiros et al., 1992;

Torkomian, 1992). Essas experiências iniciais motivaram o surgimento de parques e pólos tecnológicos em

outras regiões do Brasil, que atualmente possui dezenas dessas iniciativas. Com a criação dos pólos e

parques tecnológicos, o surgimento do conceito de incubadora de empresas de base tecnológica foi natural,

já que para abrigar as iniciativas empreendedoras havia a necessidade de se construir espaços que

proporcionassem um perfeito desenvolvimento desses negócios inovadores e acelerassem sua

consolidação.

As incubadoras de empresas são entidades sem fins lucrativos destinadas a amparar o estágio

inicial de empresas nascentes que se enquadram em determinadas áreas de negócios. Uma incubadora de

empresas pode ser definida como um ambiente flexível e encorajador no qual são oferecidas facilidades

para o surgimento e o crescimento de novos empreendimentos (ANPROTEC, 1998). Além de assessoria na

gestão técnica e empresarial da organização, a incubadora oferece a possibilidade de serviços

compartilhados como laboratórios, telefones, internet, fax, telex, copiadoras, correio, luz, água, segurança,

aluguel de área física e outros. Assim, uma incubadora de empresas é um mecanismo – mantido por

entidades governamentais, universidades, grupos comunitários etc. – de aceleração do desenvolvimento de

empreendimentos (incubados ou associados), por meio de um regime de negócios, serviços e suporte

técnico compartilhado, além de orientação prática e profissional. A empresa incubada não encontrará fora

da incubadora as facilidades existentes dentro dela, a preços tão competitivos e de forma tão integrada. Por

isso, a taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas em geral, e a procura por vagas em incubadoras,

por parte das empresas nascentes, vem aumentando no país.

Mas o principal objetivo de uma incubadora de empresas deve ser a produção de empresas de

sucesso, em constante desenvolvimento, financeiramente viáveis e competitivas em seu mercado, mesmo

após deixarem a incubadora, geralmente em um prazo de três a quatro anos. Ou seja, todo empreendedor e

sua empresa passam por um processo de seleção para serem admitidos em uma incubadora, devendo

apresentar, entre outros documentos, um plano de negócios de seu empreendimento.

O número de incubadoras de empresas tem crescido rapidamente nos últimos anos, tanto no

exterior, como no Brasil. Nos Estados Unidos, até o início da década de 1980, havia apenas cerca de dez

incubadoras. Esse número cresceu rapidamente na década seguinte e, em 1997, já havia mais de quinhentas

incubadoras naquele país. Em 1999, o número de incubadoras nos Estados Unidos era superior a

oitocentos. No Brasil, mais recentemente, vem ocorrendo algo semelhante. A primeira incubadora de

empresas do país foi criada em São Carlos-SP, em 1984, e está vinculada à Fundação Parque de Alta

Tecnologia de São Carlos, entidade mantenedora da incubadora. Desse período até os dias atuais, o número

de incubadoras de empresas no país aumentou consideravelmente. Atualmente, principalmente no estado

de São Paulo, cria-se, em média, uma incubadora de empresas por mês. É importante ressaltar que essas

incubadoras são de caráter bastante eclético: tecnológicas (que abrigam empresas de base

tecnológica, por exemplo, software, eletrônica, biotecnologia, etc), convencionais ou tradicional (que

abrigam empresas industriais e de serviços onde a tecnologia não é o fim, mas pode ser utilizada no

processo de produção do bem ou serviço, por exemplo, vestuário, calçados, etc), e mistas (que

Page 147: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

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abrigam ambos os tipos de empresas). Há também as incubadoras criativas, que abrigam empresas

das chamadas indústrias criativas, como produtoras cinematográficas e teatrais, empresas de design

e de moda, empresas de efeitos especiais para filmes e jogos, etc.

Em todo o país, o número de incubadoras de empresas já é superior a 135 (ANPROTEC, 2000),

sendo o Brasil o país que experimenta a maior taxa de crescimento em todo o mundo. No estado de São

Paulo existem cerca de 40 incubadoras de empresas, correspondendo a esse explosivo crescimento do

número de incubadoras no país, nos últimos três anos, deve-se ao fato de o SEBRAE nacional e estaduais

terem financiado grande parcela dessas incubadoras nascentes, com renovação anual dos convênios

firmados.

Para saber se existe uma incubadora em sua região, acesse o site da ANPROTEC, entidade que

representa o movimento de incubadoras no Brasil, WWW.anprotec.org.br, que contém uma relação dos

parques tecnológicos e das incubadoras de empresas a eles associadas. Outra alternativa são os Sebrae

estaduais, as prefeituras municipais, as universidades, que também apóiam o movimento e podem

encaminhar os empreendedores interessados.

Uma incubadora de empresas é uma forma interessante de se tentar diminuir

o índice de mortalidade das MPE no Brasil que é altíssimo: mais da metade da micro,

pequenas e médias empresas, (56%), fecha as portas até o terceiro ano de vida, segundo dados do Sebrae. Uma incubadora de empresas busca oferecer as

pequenas empresas apoio estratégico durante os primeiros anos de existência.

Localização das Incubadoras (dados ANPROTEC)

Na versão online de nosso curso nós teremos uma maior ênfase na parte prática,

tendo como base conceitual maior o trabalho de Bill Aulet. Segundo este

trabalho, há 24 passos estruturados para se estabelecer um empreendimento de

sucesso. Juntamente com esse passo-a-passo, teremos uma amarração com o

plano de negócios. Esperamos que, ao final da disciplina, você seja capaz de

definir um empreendimento, estabelecer a sequência dos passos para pô-lo em

prática e produzir um documento escrito com essas informações.

Bom proveito!

Page 148: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

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Page 149: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

Operador de Caixa

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Unidade1

A Importância do Profissional de Operador de Caixa

Figura1: Operador de caixa e cliente.

Fonte: http://vagasdeempregobh.com/vaga-de-operador-de-caixa-supermercado/. Acesso em 22/09/2014.

Objetivos da Aprendizagem: O profissional de operador de caixa desempenha vá-

rias funções como: cálculos, recebimentos e registros de diversos tipos de paga-

mento de valores, verifica documentos e assinaturas, executa transações financei-

ras e se ocupa do fechamento do caixa. Porém, uma das suas principais atividades

é o atendimento ao cliente que precisa ser feito com simpatia e educação, tanto

com clientes, quanto com colegas de trabalho. Assim, o profissional Operador de

Caixa é responsável pelo fechamento do ciclo de vendas na empresa, ou seja, pela

fidelização e encantamento dos clientes, auxiliando o cliente a escolher a melhor

forma de pagamento, fornecendo informações sobre os produtos ou serviços e

finalizando o atendimento com a maior atenção e dedicação necessária, com o ob-

jetivo de conquistar o cliente e fazer com ele retorne à empresa. Portanto, neste

módulo você aprenderá sobre as necessidades dos clientes, aspectos de vendas e

uma introdução ao marketing em geral. Vamos lá?

Page 150: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

Pronatec

11

Unidade 2 Marketing e Vendas

Figura2: Marketing

Fonte: http://www.smartmkt.com.br/blog/dicas-de-marketing-para-sua-empresa/ .Acesso em 22/09/2014.

O marketing é muito importante para as pessoas e para as empresas. Por isso é

importante que você conheça como as empresas podem utilizar o marketing para

promover seus produtos e serviços. No âmbito pessoal você verá que pode utilizar

os princípios do marketing para promover sua imagem profissional no ambiente de

trabalho. Vamos conhecer um pouco então do Marketing?

2.1 Conceituando Marketing

As pessoas pensam em Marketing apenas como vendas e propaganda. Pelo fato de

estarem expostas todos os dias aos comerciais de televisão, anúncios de jornais,

mala-direta e telemarketing ativo, as pessoas tendem a pensar que o marketing se

resume somente aos processos de vendas e propagandas. Porém além de abranger

todos os processos de divulgação citados acima, o marketing preocupa-se em satis-

fazer as necessidades do cliente (SANTOS 2002).

Então existem várias formas de conceituar o marketing, certo? Um desses concei-

tos está abaixo:

O marketing é toda atividade de um negócio que leva o produto ou serviço até o

consumidor final (SANTOS, 2002, p.1).

A palavra marketing é de origem inglesa e para melhor entendermos o seu proces-

so, começaremos com os conceitos de: necessidades; desejos; demandas; produto;

valor; satisfação; qualidade; troca; transações; relacionamentos e mercados (SAN-

TOS, 2002. ). O marketing está relacionado a vários aspectos como necessidades,

desejos, valor, demanda entre outros. Veremos agora cada um para você conhecer

melhor, ok?

Necessidades

O conceito relacionado ao marketing é o das necessidades humanas; então saber

tudo sobre os clientes é fundamental para o sucesso das empresas e do marketing,

o exemplo de alguns casos abaixo que demonstram como são utilizadas as ferra-

mentas do marketing para conhecer os clientes (SANTOS, 2002).

A Coca-Cola sabe que são colocados 3,3 cubos de gelos no copo de seus clientes,

que são vistos 69 dos seus comerciais ao ano, e a preferência é para as latas bem

geladas.

Cada cidadão nos Estados Unidos gasta 20 dólares por ano com flores.

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Operador de Caixa

12

Assim a maioria das empresas que se utilizam do marketing obtém respostas para

todas as situações que envolvem seus clientes. Essas informações são de suma

importância para elaborarem as suas estratégias de marketing, com o objetivo de

alcançar cada vez mais seus clientes e fidelizar os já alcançados.

Assim é importante para você futuro profissional Operador de Caixa conhecer seus

clientes, e utilizar desse conhecimento para aprimorar seu atendimento, ofere-

cendo produtos e serviços que satisfaçam cada vez mais as necessidades e desejos

dos seus clientes!

Dessa forma quando os clientes satisfazem suas necessidades, outra necessidade

surge em um ciclo interminável, assim uma das formas para satisfazer as necessi-

dades são os desejos. Vamos conhecê-lo!

As necessidades não são criadas pelos profissionais de marketing pertence à

própria natureza humana, assim quando uma necessidade não é satisfeita,

as pessoas tentam reduzi-la ou procuram um objetivo que a satisfaça, certo?

(SANTOS, 2002).

Agora você aprenderá como o conceito de necessidades é diferente do conceito de

desejos, certo? Isso é muito importante para você conhecer cada vez mais os perfis

dos clientes que fazem compra na empresa que você trabalha, vamos lá?

Desejos

Figura 3: Desejo de compra.Fonte: http://www.fashionbubbles.com/comportamento/o-pensamento-capitalista-o-futuro-do-

consumo-e-o-equilibrio-entre-desejo-e-necessidade-parte-22/. Acesso em 22/09*/2014.

O maior desafio do marketing é atender os desejos das pessoas que se constituem

em necessidades humanas, transformadas pela cultura, mídia, status e caracterís-

ticas individuais (SANTOS, 2002). Podemos conceituar o desejo como sendo:

A forma de satisfazer as necessidades evoluídas das pessoas.

Assim à medida que a sociedade evolui as necessidades evoluem, transformando-se

em desejos. As empresas buscam por meio de seus produtos e serviços suprir tanto

as necessidades como os desejos, ou seja, as demandas dos clientes.

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Pronatec

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Qual a diferença entre necessidades e desejos? Depende do contexto, por

exemplo, uma pessoa que não tem o que vestir, tem a necessidade de qual-

quer peça de roupa, certo? As pessoas que possuem um guarda-roupa cheio

de roupas de vários estilos, ao ver uma vitrine em uma loja outras peças de

roupas, ao comprá-las irão satisfazer seus desejos e não necessidades, certo?

Vamos entender agora como funciona a demanda? Veja e entenda como a deman-

da está relacionada ao conceito de desejos! Vamos lá?

Demanda

As pessoas buscam os produtos e serviços que lhes proporcionem cada vez mais

benefícios, satisfação, de acordo com seus desejos, necessidades e recursos finan-

ceiros. Dessa forma:

Quando os desejos podem ser comprados tornam-se demandas (SANTOS, 2002,

p.16)

Assim a demanda é a disposição de comprar determinada mercadoria ou serviço

por parte dos clientes, certo?

Produto

Figura 4: Carrinho com produtos.

Fonte: http://www.marketingdigital.net.br/index.php/marketing-digital-como-transformar-necessidade-em-oportunidade/. Acesso em

22/09/2014

O conceito de produto envolve aquilo que possa ser oferecido ao mercado para

satisfazer as necessidades ou desejos dos clientes. É importante entendermos que

o conceito de produto envolve os objetos físicos como (mercadorias em geral) e

também aquilo que não é físico, certo? Por exemplo, as prestações de serviços por

outras empresas. Então os produtos podem ser bens físicos, ou tangíveis, que são

aqueles que podemos tocar ou sentir, ou os produtos poder ser bens intangíveis, ou

aquilo que não podemos pegar ou sentir.

Page 153: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

Operador de Caixa

14

Produtos são bens e serviços, onde bens são tangíveis e serviços intangíveis!

Você aprenderá agora como os clientes percebem o valor do produto, certo? Assim,

além do valor financeiro do produto, você pode agregar valor aos produtos quando,

por exemplo, faz um excelente atendimento! Vamos conhecê-lo?

Valor

Ao se decidirem sobre quais bens e serviços irão adquirir os clientes baseia-se nos

valores que os serviços ou bens podem lhe proporcionar, certo? Assim, os clientes

agem sobre o valor percebido. Por exemplo, quando se compra um carro, o cliente

busca comprar comodidade, rapidez e conforto. Dependendo das necessidades ou

desejos, existirão clientes que comprarão um carro, buscando mostrar status, luxo

e poder aquisitivo, certo?

Então é importante que você, futuro profissional Operador de Caixa, saiba agregar

valor aos produtos e serviços oferecidos empresa que você trabalha. Como?

Estando sempre informado sobre as necessidades e desejos dos seus clientes,

conhecendo o produto e serviço com que você trabalha e buscando sempre

satisfazer as necessidades e desejos dos clientes!

Saber agregar valor ao produto é uma das fases que você pode utilizar para suprir

as expectativas do cliente! Quando se alcança isso você gera satisfação no cliente!

E um cliente satisfeito retornará sempre a empresa! Vamos então entender um

pouco sobre satisfação.

Satisfação

Figura 5: Cliente satisfeito.

Fonte: http://www.institutophd.com.br/blog/por-que-as-pesquisas-de-satisfacao-sao-essenciais-para-o-seu-produto/. Acesso em

22/09/2014.

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Pronatec

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A satisfação do cliente está relacionada à superação de suas expectativas de com-

pra, atendimento, de produto ou serviço. Dessa forma, é muito importante que o

cliente esteja satisfeito com o produto ou serviço oferecido pela empresa, pois, o

cliente satisfeito retorna às empresas e consomem cada vez mais! Além de indicar

outros clientes à empresa! Um atendimento eficaz é aquele que começa com o

vendedor e termina com o operador de caixa, em um ciclo de vendas que o cliente

deixa a loja ou empresa ou estabelecimento encantado com o atendimento e sa-

tisfeito com o produto ou serviço adquirido!

E quando se fala em satisfação o primeiro conceito que vem junto é a qualidade!

Qualidade em todos os aspectos: produto, serviço e atendimento. Vamos agora

falar um pouco sobre qualidade.

Qualidade

A qualidade está diretamente relacionada à satisfação dos clientes! A qualidade

pode ser conceituada como a ausência de defeitos nos produtos ou serviços (SAN-

TOS, 2002). Assim a empresa só alcança a qualidade total quando supera as expec-

tativas, necessidades e desejos dos clientes. Vamos entender agora como as pes-

soas efetuam suas trocas em busca da satisfação de seus desejos e necessidades.

Troca

Trocar é barganhar, permutar, sendo considerado o conceito central do marketing

(SANTOS, 2002). A troca ocorre quando as pessoas decidem satisfazer suas necessi-

dades, das quais pelo menos duas partes precisam participar, uma entrando com

o recurso e a outra com o serviço ou bem a ser consumido. Dessa forma, as trocas

criam valor, dando as pessoas possibilidades maiores de consumo, certo? Ao se

efetuar uma troca o passo seguinte é a transação. Conheça agora o seu conceito.

Transações

A transação é uma unidade de medida, que consiste em uma troca de valores

entre duas partes (SANTOS, 2002). São várias as formas de transações como: as

transações monetárias, que envolvem dinheiro. Assim o marketing, ao programar

suas estratégias, busca uma resposta, que se traduz na compra do bem ou serviço.

Essa compra do bem ou serviço se dá por meio de uma transação monetária, certo?

Para se ter constantes transações, um relacionamento saudável com o cliente é

primordial. Entenda agora a importância dos relacionamentos.

Relacionamentos

A empresa e você, futuro profissional Operador de Caixa, deve buscar estabelecer

relacionamentos em longo prazo com seus clientes, distribuidores, comerciantes

e até mesmo os seus fornecedores. Os bons relacionamentos geram constantes lu-

cros à empresa e é uma forma de sempre conhecer as necessidades e desejos dos

clientes! Por meio de um relacionamento saudável, a empresa conhece melhor o

perfil dos seus clientes, ou seja, o mercado onde atua. Veja agora o conceito de

mercados.

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Operador de Caixa

16

Mercados

Figura 6: Nichos de mercado.

Fonte: http://www.finanzzas.com/competencia-de-mercado. Acesso em 22/09/2014.

O mercado era considerado um lugar onde os vendedores trocavam seus bens,

porém, na atualidade, o mercado refere-se a vários grupos de clientes. Assim, em

marketing:

O grupo de compradores reais e potenciais de um produto é o mercado (SANTOS,

2002).

Dessa forma, as empresas e indústrias se especializam em produtos e serviços

diferentes, para constantemente atenderem a demanda dos clientes, em suas ne-

cessidades e desejos.

Até vimos como os conceitos necessidades, desejos, demanda, produto, valor, sa-

tisfação, qualidade, troca, transações, relacionamentos e mercado estão inte-re-

lacionados nas empresas, ou seja, estão relacionadas entre si. Assim é de suma

importância que você, futuro profissional Operador de Caixa, entenda todo esse

processo na área de marketing e como você pode usas essas ferramentas para ter

sucesso em sua profissão!

1. Qual a importância para a empresa e para você, futuro profissional de Opera-

dor de Caixa, conhecer os desejos e necessidades dos clientes?

2. Conceitue marketing e sua importância para as empresas.

3. Qual a importância de um excelente atendimento aos clientes?

4. Porque o Profissional Operador de Caixa é responsável por executar um exce-

lente atendimento?

5. Qual a diferença entre desejos e necessidades?

6. O que são bens tangíveis e intangíveis. Dê exemplos.

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Pronatec

17

TRABALHO EM EQUIPE

1. Em duplas, faça uma pesquisa sobre uma empresa de qualquer ramo e identifi-

que os produtos ou serviços oferecidos ao mercado por essa empresa.

2. Pesquise o atendimento ao cliente nessa empresa e descreva como é feito esse

atendimento.

3. A partir dessa pesquisa, levante questões como:

Se o cliente foi bem atendido nessa empresa, levando em consideração os aspectos

necessidades e desejos.

Não é necessário fazer entrevistas com os clientes. Este trabalho é apenas

um trabalho de observação. Não é necessário citar o nome da empresa. Todas

as informações coletas serão discutidas em sala de aula.

2.2 Introdução ao Marketing Pessoal e Sucesso

Profissional

Figura 7: Marketing pessoal.

Fonte: http://agoraeutenhoetica.blogspot.com.br/. Acesso em 22/09/2014.

Quando utilizamos o conceito de marketing para promovermos nossa imagem pro-

fissional na empresa, estamos executando o marketing pessoal. Então para você,

operador de caixa o marketing pessoal, é muito importante, pois, envolver várias

situações no seu dia a dia. Como por exemplo, cada atitude sua no trabalho reflete

a empresa. Então é muito importante você conhecer o marketing pessoal, não só

para projetar uma boa imagem da empresa para saber respeitar também o colega

de trabalho e manter uma postura adequada no dia a dia do trabalho. Assim, pode

se dizer que:

Toda estratégia que leve a imagem do profissional até o consumidor final, o cliente

recebe o nome de marketing pessoal (SANTOS, 2002).

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Operador de Caixa

18

Assim enquanto o marketing concentra seu foco nas trocas, o marketing pessoal

concentra seu foco na transformação, ou seja, o marketing pessoal por meio da

imagem e características dos profissionais promove as transformações necessárias,

para tornar os colaboradores da empresas, profissionais eficientes. O marketing

pessoal, por exemplo, permite que os profissionais projetem uma boa imagem da

empresa em que trabalham.

Dessa forma, o marketing pessoal busca a valorização das habilidades, conheci-

mento, liderança e imagem das pessoas com a finalidade de promover a empresa e

os produtos ou serviços oferecidos pelo mercado. Quando bem utilizado o marke-

ting pessoal contribui para minimizar os pontos fracos dos produtos ou serviços

ofertados no mercado, fortalecendo seus pontos fortes e aumentando suas chances

de vendas. Assim:

Uma empresa utiliza o Marketing para fazer com que seus produtos sejam conhe-

cidos, apreciados e comprados, no Marketing Pessoal um profissional faz o mesmo,

mas em benefício a sua carreira! (MANSUR,1998).

O OBJETIVO do Marketing Pessoal é o SUCESSO!

Figura 8: Sucesso com marketing pessoal.

Fonte: http://www.virada180.com.br/site/marketing-pessoal.html. Acesso em 22/04/2014.

Uma das consequências de um marketing bem sucedido é o sucesso profissional,

certo? Mas o que fazer para chegar ao Sucesso?

Abaixo algumas sugestões:

• Desenvolver a liderança: a liderança é a capacidade de influenciar outras pes-

soas, ser um formador de opinião;

• Confiança: procurar transmitir confiança aos seus chefes e companheiros de

trabalho, sendo uma referência de que se algo precisa ser bem feito, tem que

ser feito por você.

• Desenvolver maturidade é saber solucionar conflitos sem provocar mais con-

flitos;

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Pronatec

19

• Ser íntegro: executar o seu trabalho sem prejudicar ninguém. Não ser exage-

radamente ambicioso e atropelar quem aparece pela frente.

• Ser um Profissional de destaque: sendo o primeiro a levantar a mão, quando o

chefe precisa de um voluntário para uma tarefa.

• Empatia: colocar-se no lugar do outro e elogiar o trabalho do colega e reco-

nhecer o mérito dos outros;

• Otimista: o pessimismo só atrasa seu desempenho.

• Paciência: esperar o tempo certo para sua promoção, saber escutar o colega

de trabalho sempre!

• Comunicação Clara: é necessário que o profissional saiba se comunicar cla-

ramente, sabendo ouvir e transmitir suas idéias de forma compreensiva. A

comunicação envolve não só a comunicação verbal, mas a comunicação clara

e profissional nos próprios meios que a empresa oferece, como por exemplo, a

comunicação por meios eletrônicos (internet).

• Motivação: a motivação é aquilo que motiva a pessoa para um determinado

comportamento. O profissional deve procurar sempre está motivado de tal

forma que essa motivação influencie seus colegas de trabalho. Por isso, é inte-

ressante sempre ter metas, objetivos, e planos alcançáveis na vida pessoal e

profissional! (CHALMERS, 1996).

• Saber receber feedback: o feedback é o retorno sobre o seu trabalho. Por meio

desse retorno, que geralmente é realizado pelo seu superior, você fica sabendo

o que se espera de você e o que você alcançou e o que poderá melhorar nas

atividades. Então, escute com paciência e procure sempre ser o melhor no que

desempenha!

• Participar na gestão: para se alcançar o sucesso na vida profissional é impor-

tante aproveitar as oportunidades que a empresa oferece! As empresas atuais

possuem uma gestão participativa sobre a qual os colaboradores podem opinar

demonstrando o que acham sobre aquilo que deve ser melhorado no local

de trabalho, e algumas empresas recompensam seus trabalhadores por essas

atitudes!

Numa empresa séria quem tem marketing pessoal sempre recebe atenção da

chefia e apoio dos colegas!

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Operador de Caixa

20

2.3 - Composto de Marketing – 4P (Pês) Introdução ao

Processo de Vendas

Figura 9: Composto de marketing.

Fonte: http://administracaodempe.blogspot.com.br/2012/04/composto-de-marketing-4ps.html. Acesso em 22/09/2014.

Aprenderemos agora sobre o ponto inicial do marketing e marketing pessoal conhe-

cido como os 4p’s que são o produto, a promoção, o ponto de venda e o preço. Os

4p’s serão abaixo serão aplicados na empresa e na vida pessoal (marketing pesso-

al), e engloba todo o processo de vendas! Veja abaixo:

• Produto: conhecer o produto é de suma importância! Como você irá informar o

cliente sobre aquilo que você não conhece? Então domine completamente tudo

sobre o produto! Em relação a você o marketing pessoal ensina que devemos

nos conhecer e buscar detectar pontos fracos e pontos fortes, isso se chama

autoanálise! Então busque transformar seus pontos fracos em pontos fortes!

• Promoção: no marketing a promoção refere-se em divulgar o produto. E no

marketing pessoal a promoção está voltada para o destaque no seu trabalho,

consegue-se isso, por exemplo, por meio de um excelente desempenho de suas

funções!

• Ponto de Venda: no marketing está ligado ao lugar ou ponto de venda-PDV-

que o produto é ofertado, para isso é necessário conhecer profundamente o

público alvo da empresa. No marketing pessoal o ponto de venda está ligado

aos ambientes frequentados por você, ambiente profissional, social e familiar,

assim as pessoas conhecerão o produto com o qual você trabalha, por exemplo,

aumentando suas oportunidades de negociação e sua rede de relacionamento

também!

• Preço: na empresa, o preço deve ser compatível com o produto, suas atribui-

ções e qualidade! Em relação à você, o preço ou remuneração atribuída a você

no mercado de trabalho, deve ser compatível com suas qualificações, habili-

dades e escolaridade, por isso, qualifique-se sempre!!

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Pronatec

21

Os 4p’s do Marketing: produto, praça, preço e promoção!

Assim, em todo o processo de vendas, o marketing e marketing pessoal estão pre-

sentes para facilitar a aceitação do produto ou serviço pelo consumidor ou cliente.

2.4. Ciclo de Vida dos Produtos e Serviços

Figura10: Gráfico com ciclo de vida de produtos e serviços.

Fonte: http://loyaltymakeit.blogspot.com.br/2010/12/programa-de-fidelidade-x-ciclo-de-vida.html. Acesso em 22/09/2014.

As empresas precisam conhecer o ciclo dos produtos/serviços que oferecem aos

seus clientes, já que os estágios dos produtos impactam o histórico de vendas das

empresas. Dessa forma, o ciclo do produto ou serviço estabelece os vários estágios

de um produto ou serviço em relação ao seu histórico de vendas, sendo importante

conhecê-lo para a empresa adequar seus serviços ou produtos, diante das mudan-

ças instáveis que ocorrem no mercado. Esse ciclo de vida dos produtos e serviços

está dividido em:

• Introdução: compreende o estágio inicial, que é o lançamento do produto ou

serviço no mercado;

• Crescimento: geralmente ocorre quando o produto ou serviço recebe uma

aceitação pelo público alvo da empresa.

• Maturidade: nesse estágio o produto já alcançou aceitação dos clientes, e

pode ocorrer até um aumento do seu preço.

• Saturação: quando outras empresas oferecem o mesmo produto ou serviço, e

isso dá início às quedas nas vendas.

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Operador de Caixa

22

• Declínio: forte queda nas vendas, nos lucros e os clientes tendem a desapare-

cer sensivelmente.

Por isso, é importante conhecermos os 4p’s e como o marketing atua, sendo neces-

sário sempre posicionar o produto ou serviço de forma competitiva no mercado.

É importante apresentar e descobrir o que diferencia seu produto ou serviço do

concorrente e sempre deixar os clientes totalmente informados sobre o diferencial

do seu produto ou serviço, certo?

Conhecer o produto ou serviço é um dos maiores diferenciais que podemos

oferecer ao cliente!

Você observou o quanto que o marketing pode ajudá-lo no bom atendimento. Abai-

xo algumas habilidades para realizar um bom atendimento (ROLIM, 2013):

• Capital Intelectual: é conhecimento que possuímos. Quanto mais sabemos,

mais aprimoramos nossas habilidades e mais valioso nos tornarmos ao mercado

e aos nossos clientes. Para desenvolver o capital intelectual sempre participe

de cursos e busque cada vez mais informações (leitura de livros, noticiários e

etc);

• Empatia: compreender como o cliente deseja ser atendido, “colocar-se no lu-

gar do outro”, o que podemos fazer para superar as expectativas dos clientes;

• Disposição em atender: mostrar ao cliente que você tem a missão de atendê

-lo sempre!

• Apresentação Pessoal: ter uma boa apresentação pessoal, ter zelo e cuidado

consigo, ou seja, cuidados básicos com higiene e vestimentas!

• Comunicação: Ouvir as necessidades do cliente e Prestar as informações dese-

jadas de forma correta! Busque sempre aprimoramento em cursos de relacio-

namento interpessoal e oratória!

• Solução de problemas: Ser habituado em resolver problemas sempre e encon-

trar diversas soluções!

• Ética: respeitar o espaço do outro sempre e agir com transparência e honesti-

dade no exercício da profissão!

É importante a você futuro operador de caixa conhecer a lei n° 8.078, de 11 de

setembro de 1990, que se refere aos direitos do consumidor que adquire um bem

ou um serviço. Para efeitos de conhecimento, abaixo alguns trechos da lei

Fonte: http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/codigo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90. Acesso em 17/02/14.

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Pronatec

23

Código de Defesa do Consumidor - Lei 8078/90 | Lei nº 8.078, de 11 de setembro

de 1990

TÍTULO I

Dos Direitos do Consumidor

CAPÍTULO I

Disposições Gerais

Art. 1º O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor,

de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5º, inciso XXXII, 170, in-

ciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias.

Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto

ou serviço como destinatário final.

Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que

indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.

Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou

estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de

produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exporta-

ção, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

§ 1º Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.

§ 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante re-

muneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária,

salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.

CAPÍTULO III

Dos Direitos Básicos do Consumidor

I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas

no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;

II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços,

asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;

III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com

especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e

preço, bem como sobre os riscos que apresentem;

III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com

especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tri-

butos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; (Redação

dada pela Lei nº 12.741, de 2012)

IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coer-

citivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no

fornecimento de produtos e serviços;

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Operador de Caixa

24

V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações despro-

porcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem exces-

sivamente onerosas;

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,

coletivos e difusos;

VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou

reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, asse-

gurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da

prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a

alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de expe-

riências;

IX - (Vetado) ;

X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.

1. Conceitue marketing pessoal e sua importância para empresa, para você e

para os clientes.

2. O que são os 4p’s e como são utilizadas no marketing e marketing pessoal?

3. Cite pelo menos quatro formas de alcançar o sucesso profissional edescreva-as.

4. Descreva o ciclo do produto e serviços.

ATIVIDADES EM EQUIPE

Pesquise o ciclo de vida de algum produto ou serviço e descreva-o em seus está-

gios. Procure trazer a embalagens, informações sobre os seus concorrentes, quan-

do foi lançado pela primeira vez no mercado, enfim tudo sobre o produto ou ser-

viço que você irá apresentar. A apresentação deverá ser feita por todos da equipe.

Bom trabalho!

Para agregar valor ao seu trabalho, faça pesquisas em sites, utilizando a

internet!

No próximo tópico aprenderemos sobre ética profissional e sua importância no

ambiente de trabalho. Vamos lá?

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Pronatec

25

Unidade 3 Ética Profissional

Figura 11: Caminhos éticos.

Fonte: http://www.blogti.microcampsp.com.br/etica-para-profissionais-de-ti-4/. Acesso em 22/09/2014.

Agora você aprenderá como a ética é importante para a construção de uma postura

profissional adequada no ambiente de trabalho. Veja que, por exemplo, a ética

está relacionada às normas e regras da empresa.

Assim, dentre os vários conceitos que existem, a ética profissional está relacio-

nada ao comportamento das pessoas. Nas empresas a ética é de fundamental im-

portância, pois estão ligadas as normas de conduta que a empresa possui e seu

cumprimento ou não pelos trabalhadores. Então é sempre importante, você ao ser

contratado por uma empresa buscar conhecer quais as regras e regulamentos e as

normas de conduta que regem o seu ambiente de trabalho.

Um profissional ético tem maiores oportunidades de se destacar no seu local de

trabalho ganhando confiança da empresa e garantindo sua estabilidade no traba-

lho.

A ética estabelece a fronteira entre o certo e o errado (NASH, 2001).

É importante responder as seguintes perguntas para o reconhecimento das práticas

que não éticas ou antiéticas:

• Isso é certo?

• Isso é justo?

• Estou prejudicando alguém?

• Eu poderia divulgar isso para o público ou para alguém respeitado?

• Eu diria a meu filho para fazer isso?

Devemos procurar ser éticos em todos os aspectos da nossa vida, que englobam

desde a vida pessoal à vida profissional. Você como futuro profissional operador

de caixa, deve prezar pela ética em seus relacionamentos com o cliente e com os

colegas de trabalho. Para ser um excelente profissional você não precisa desfazer

e nem expor a situação do outro colega de trabalho e muito menos a empresa

concorrente. A ética envolve vários conceitos, como a integridade, o caráter, e a

honestidade das pessoas. Lembre-se:

Você enquanto profissional da empresa em que trabalha representa a imagem da

empresa a todo o momento!

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Operador de Caixa

26

Todas as suas atitudes e a maneira como se comporta principalmente em locais

públicos estará vinculado à empresa que trabalha. A partir do que foi exposto sobre

ética, responda a pergunta:

1. Como conseguimos levar a ética para dentro de nossa vida profissional? Discuta

com os colegas de sala, exemplifique uma situação antiética no trabalho e uma

situação considerada ética, escreva a situação nas linhas abaixo.

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Pronatec

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Unidade 5 O Operador de Caixa e suas Múltiplas Funções

Figura 16: Funções de um operador de caixa.

Fonte: http://www.easycompdiadema.com.br/cursos/opcs.html. Acesso em 22/09/2014.

Objetivos da aprendizagem: Neste módulo serão abordadas as funções que exerce

um operador de caixa. Aprenderemos sobre transações financeiras com dinheiro,

cheques, cartões de créditos e débitos, boletos bancários e carnês. E serão abor-

dados ainda os dados que devem ser observados durante o trabalho do operador,

quando necessita solicitar documentos dos clientes na realização das transações.

Veremos também os direitos do cliente e sobre operador de caixa e sua saúde.

Bons estudos!

5.1 Conhecendo o Operador de Caixa

Aqui você aprenderá o quanto é importante a função de operador de caixa nas

empresas e estabelecimentos, por isso é importante que você se qualifique cada

vez mais! Quem nunca precisou de um profissional para realizar o pagamento por

um serviço ou produto que compra? (ROLIM, 2013). Em todos os estabelecimentos,

independente do tamanho, você sempre encontrará o profissional operador de

caixa, que finalizará o atendimento ou um ciclo de venda, executando a transação

financeira e concretizando a compra (ROLIM, 2013). Chamado de operador de

frente de loja ou operador de checkout ou simplesmente “caixa”, esse profissional

possui como atribuições (ROLIM, 2013, p.41; 42):

Realizar a correta conferência e registro de produtos;

• Informar o valor correto ao cliente, indicado no sistema de operação de caixa;

• Receber o pagamento em dinheiro ou título de crédito;

• Conferir os documentos necessários ao recebimento dos títulos de crédito e de

transações diversas;

• Fornecer o cupom fiscal ou nota fiscal ao cliente;

• Fornecer o troco correto ao cliente, nunca oferecer balinhas, chicletes ou ou-

tros itens sem o livre consentimento do cliente;

• Oferecer produtos/informar ao cliente sobre promoções ou novidades;

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Operador de Caixa

28

• Realizar vendas adicionais;

• Controlar os valores de entrada/saída do caixa;

• Manter a sua posição de atendimento – PA- (balcão e equipamentos) organizada

e limpa;

• Cuidar dos equipamentos utilizados durante o seu trabalho, zelando por sua

conservação;

• Verificar os equipamentos e reportar à supervisão caso haja necessidade de

realizar algum conserto;

• Organizar relatórios sobre a atividade, quando solicitado;

• Receber pagamentos de agências concessionárias (água, luz, telefone), bem

como prover recargas de serviços pré-pagos (como, por exemplo, telefone);

• Vender ingressos, bilhetes, passagens e tickets;

• Prestar informações gerais ao público (sobre produtos ou sobre a empresa na

qual é colaborador);

• Auxiliar o cliente na embalagem de produtos, quando não houver embalador e

também na presença do embalador, auxiliar o colega de trabalho para acelerar

o atendimento;

• Auxiliar na reposição de mercadorias quando solicitado.

Como são diversas as atividades desse Profissional Operador de caixa!

Cada empresa possui suas exigências em relação ao profissional operador de

caixa, assim cabe a você futuro Profissional Operador de Caixa, adaptar-se

ao estabelecimento que trabalha! (ROLIM, 2013).

5.2 - Locais de Trabalho

O profissional Operador de caixa possui um amplo campo de atuação, já que todas

as empresas realizam transações financeiras e necessitam desse profissional. Assim

ele pode atuar em (ROLIM, 2013):

• Lojas em geral (comércio, shopping, lojas de departamentos entre outros locais);

• Supermercados;

• Mercadinhos;

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• Hortifrutis;

• Atacarejos;

• Lojas de conveniência;

• Instituições financeiras;

• Farmácias e drogarias;

• Escolas e cursos.

No próximo tópico conheceremos os equipamentos utilizados pelo operador de

caixa! Nossa isso é muito importante para você! Pois se o operador de caixa não

sabe operar os equipamentos, prejudica a empresa, o cliente, todo o processo

de vendas dos produtos e serviços. Muitos clientes não voltam mais às empresas

alegando a demora no atendimento ao caixa. Você deve ser atencioso como todos

esses equipamentos e cauteloso também e ao mesmo tempo eficiente!

5.3 Equipamentos Utilizados pelo Operador de Caixa

Figura 17: Equipamenos de um operador de caixa.

Fonte: http://www.mundodastribos.com/curso-gratuito-de-operador-de-caixa-2012-via-rapida.html. Acesso em 22/09/2014.

O profissional operador de caixa precisa conhecer e saber executar os equipamen-

tos da sua posição de atendimento. “Os equipamentos são interligados entre si e

possuem a função de auxiliar a operação de caixa e fornecer resultados rápidos e

confiáveis” (ROLIM, 2013, p. 43). Cabe, ao operador utilizar os equipamentos de

forma eficaz e evitar os erros humanos, sempre operando com atenção e muita

agilidade (ROLIM, 2013).

(ROLIM, 2013): lembrem-se esses equipamentos, é patrimônio da empresa,

então zele por eles! Está sob sua responsabilidade mantê-los limpos e infor-

mar ao superior quando ocorrer algum problema que indique necessidade

manutenção, certo?

Segundo a autora Rolim (2013), é necessário ainda a você futuro profissional ope-

rador de caixa seguir todas as especificações indicadas pelo fabricante durante

Page 169: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

Operador de Caixa

30

o treinamento na empresa, assim evitará danos aos equipamentos. A posição de

atendimento (PA) deve ser ainda mantida em ordem, evitando o acúmulo de po-

eiras, restos de comidas então evite alimentar-se durante o seu trabalho), evite

a umidade e desorganizações em geral, a ordem é essencial para receber bem o

cliente!

A seguir alguns equipamentos utilizados pelo operador de caixa (ROLIM, 2013):

• Balcão: no balcão são montados todos os equipamentos de utilização na ope-

ração de caixa e é por onde passam todos os produtos comprados, certo? Então

deixe-o sempre limpo para receber seu cliente, tenha em mãos uma flaneli-

nha, espanador e produto de limpeza (adequado para o balcão, geralmente

indicado pelo fabricante), caso venha derramar algum grão, água, açúcar ou

até mesmo a embalagem gelada que sempre molha um pouco o balcão como

de carnes. Deve-se manter sacolas no balcão se o estabelecimento utilizar é

claro, e essas sacolas devem ficar bem organizadas no seu balcão!

• Scanner ou leitor de código de barras: é o equipamento que realiza a leitura

do código de barras, decodificando-o, pois é no código de barras que encon-

tramos as especificações do item ou preço. Esse equipamento pode ser do tipo

“pistola”, que utilizamos com a mão, ou do tipo fixo, acoplado em uma “torre”

no balcão.

• Monitor: é a tela onde acompanhamos os produtos e seus preços! E no monitor

o cliente e o operador de caixa acompanham toda transação.

• Teclado: local no qual são digitadas as opções desejadas no sistema que é rea-

lizada a transação financeira.

• Impressora de cupom fiscal: é uma pequena impressora que serve para, ao fi-

nal da transação financeira, emitir o “relatório de compra” ou o cupom fiscal.

É importante que você operador de caixa seja treinado para repor o rolo de

papel quando este mesmo acabar na impressora!

• Gaveta de dinheiro: é a gaveta que se utiliza para guardar os valores. Essa

gaveta possui várias divisões que são utilizadas para organizar os diferentes

valores, então mantenha-se organizado e correrá o risco de cometer erros!

• TEF: Essa máquina realiza a Transferência Eletrônica de Fundos. É a maquina

que recebe o pagamento por meio de cartões.

• Impressora de cheques: é o equipamento que prepara os cheques para o clien-

te poder assinar!

Os carrinhos e cestinhos, que são utilizados pelos clientes, recebe o nome

equipamentos complementares! Eles devem está sempre nos locais corretos,

limpos e em bom estado! O malote também é um equipamento (bolsa) com-

plementar, utiliza-se dele para transferência de valores da estação de caixa

ao caixa central!

Page 170: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

Pronatec

31

Vamos conhecer agora alguns procedimentos que você futuro Operador de Caixa

executará! Vamos lá?

5.4 Operacionalização – Alguns Procedimentos

Realizados pelo Operador de Caixa

Segundo Rolim (2013), alguns procedimentos realizados pelo operador de caixa

são:

• Rendição: Como qualquer outro profissional, o operador de caixa possui seus

horários de trabalho, então quando ele assume seu turno e deixado pelo o ou- tro colega de trabalho, diz-se que ele está “rendendo” o outro, certo?

• Abertura do sistema: Quando se inicia o sistema informatizado para iniciar

suas atividades!

• Recebimento de fundo de troco: é a quantia que o operador de caixa recebe (moedas ou “miúdos”.) para facilitar seu troco na atividade!

• Sangria: É a retirada dos valores acumulados na gaveta de dinheiro, destinado

ao caixa central ou tesouraria, via malote. No malote também são enviados além dos valores os cupons diversos.

• Devolução, Estorno ou Cancelamento: Quando o cliente desiste de alguns itens

da compra realizada, o operador de caixa deve aceitar a devolução, cancelar o registro e realizar o estorno (devolução da quantia paga pelo cliente). De- pendendo da empresa, essa operação necessita da autorização de um superior como o chefe de operação de caixa ou o gerente.

• Troca: O cliente pode necessitar efetuar alguma troca, então encante o cliente

sempre no seu atendimento e conheça as normas para as trocas no estabele- cimento no qual você irá trabalhar, não se esquecendo dos direitos do cliente perante o código de defesa do consumidor, certo?

• Pesquisa de preços: Caso o cliente necessite pode efetuar a pesquisa de preços na hora antes de efetivar a compra;

• Reposição de produtos: Como o profissional operador de caixa lida diretamen-

te com o cliente, por isso é chamado de profissional de linha de frente, quando souber de algum produto que o estabelecimento não tenha – informação pelo cliente; é sempre importante que você informe à empresa! Outro ponto im- portante é que sempre acumula produtos no caixa – deixados pelos clientes, então recorra ao profissional responsável por repor esses produtos e atenção aos produtos perecíveis, certo?

Aproveite os horários de menor movimento para auxiliar na limpeza de carri-

nhos e cestinhos, da PA, repor produtos, faça o melhor que puder!

Dica de filme para a aula: O homem que copiava!

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Operador de Caixa

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A Pernambucana2 Rosilda está no Guinnnes Book ela é a operadora de caixa

mais rápida do mundo, ela trabalha em um supermercado no Rio de Janeiro.

Ela registra as mercadorias e empacota todos os produtos, tudo isso em 1

minuto e 53 segundos sendo que registrou e empacotou 50 itens, batendo o

recorde que pertencia a uma norte americana!

Atividade em Equipe

1. Faça uma visita a algum estabelecimento e realize uma entrevista com opera-

dor de caixa e com o seu supervisor. Faça as seguintes perguntas ao operador

de caixa (Lembre-se de que você não precisa citar o nome do estabelecimento)

e apresente às respostas a sua turma de curso, ok?

a) Quais são as atividades que você realiza no seu trabalho?

b) Há quanto tempo você trabalha como operador de caixa? Você é feliz com a

profissão?

c) Quais são as situações mais difíceis que acontecem durante o atendimento ao

cliente?

d) O que é importante para realizar um bom atendimento ao cliente?

2. Ainda na mesma visita ao supermercado faça perguntas ao supervisor:

a) Qual a importância do operador de caixa para a empresa?

b) O que o operador de caixa pode fazer para exercer um bom atendimento ao

cliente?

c) Qual o perfil profissional para quem deseja atuar na área de operação de caixa?

d) Aproveite o momento para fazer outras perguntas que você achar interessan-

te, lembre-se de que não precisa gravar essa entrevista, é só você transcrever

as respostas.

Boa Sorte!

1 Fonte: http://www.pcsaudavel.com/operadora-de-caixa-mais-rapida-do-mundo/#axzz2vnKmxHBH. Acesso em 12 de março de 2014.

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Pronatec

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Unidade 7 Operador de Caixa e a Sáude

Para um bom desempenho de suas atividades, é de fundamental importância que

o operador de caixa esteja desfrutando de boa saúde. Nesse módulo destacaremos

alguns pontos sobre o respeito à saúde e indicamos alguns exercícios de ginástica

laboral para o operador de caixa.

Profissão e Saúde

Toda profissão está sujeita aos riscos ocupacionais (ROLIM, 2013), riscos ocupacio-

nais são os problemas que podem ser ocasionados no ser humano, decorrentes da

prática de uma atividade ou ocupação. O operador de caixa como todo profissio-

nal, se expõe a fatores de risco durante o desenvolvimento de suas atividades que

podem desencadear doenças ou não (ROLIM, 2013). Situações como trabalhar em

pé ou sentado durante longos períodos de tempo, manter posturas inadequadas,

estar exposto a ruídos constantes, podem facilitar o aparecimento de doenças no

sistema circulatório ( má circulação sanguínea), problemas nas articulações ( LER-

Lesão por Esforço Repetitivo), problemas na audição ( surdez). O principal respon-

sável pela saúde do profissional é você, então veja abaixo algumas orientações

relacionadas à saúde do operador de caixa:

• Utilize sempre o EPI’s ( Equipamento de Proteção Individual);

• Evite ficar na mesma postura;

• Realize a ginástica laboral;

• Busque manter uma boa qualidade de vida!

7.1. Ergonomia e Nr 17

Ergonomia é uma palavra derivada da junção de duas palavras gregas: Ergon (tra-

balho) e nomos (normas, regras) e significa o estudo da adaptação do trabalho e

seus aspectos relacionados às características dos indivíduos trabalhadores (ROLIM,

2013).

No Brasil existem um conjunto de normas que regulamenta as situações de traba-

lho como a utilização de materiais, condições ambientais, jornada de trabalho,

pausas, folgas e normas de produção (ROLIM, 2013). Esta norma é conhecida por

Norma Regulamentadora, foi estabelecida em 23 de novembro de 1990 pelo Minis-

tério do Trabalho e Previdência Social. Os operadores de caixa possuem a Norma

Regulamentadora que contempla a sua função: NR17.

1. Faça uma pesquisa sobre a NR17 em equipe e apresente alguns trechos sobre a

Norma Regulamentadora. Siga as orientações abaixo:

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Operador de Caixa

34

• Imprima as NR17 e divida-a em trechos, cada equipe deverá ficar responsável

pela apresentação dos trechos divididos pelo professor.

• Faça uma apresentação bem dinâmica, utilizando cartazes, slides, use sua

criatividade!

7.2 Ginástica Laboral

Veja a seguir alguns tipos de exercícios que podem ser praticados por você, opera-

dor de caixa, e que se realizados de forma correta proporcionará a você bem-estar

e qualidade de vida! Aproveite agora, e, com os outros colegas, faça cada um

desses exercícios com ajuda do professor! Vamos lá?

Figura 34: Exercícios de ginástica laboral.

Fonte: http://www.qualityts.com.br/noticias/?p=709. Acesso em 22/09/2014.

SUCESSO E FELICIDADE A VOCÊ FUTURO PROFISISONAL OPERADOR DE CAIXA!!

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Pronatec

35

Referências Bibliográficas

SANTOS, Lígia. Marketing Pessoal e sucesso profissional. Campo Grande: UCDB.

2002, 90 p.

GOMES, José Maria; MATHIAS, Washington Franco. Matemática financeira com +

de 600 exercícios resolvidos e propostos. São Paulo: Atlas, 1981, 486 p.

JUNIOR, Frank Ayres. Matemática Financeira: resumo da teoria: 500 problemas

resolvidos. São Paulo: McGraw-Hill, 1981.

ROLIM, Fabiana. Operador de Caixa – Qualificando a linha de frente. São Paulo,

Viena, 2013. 144 p.

NASH, Laura L. Ética nas empresas. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2001.

240 p.

CHALMERS, Ruy B. Motivação e práticas de vendas: formação da auto-imagem do

vendedor de sucesso. São Paulo: Atlas, 1966. 175 p.

CRESPO, Antônio Arnot. Matemática comercial e financeira fácil. 13. ed. São Pau-

lo: Saraiva, 1999. 238 p.

MATHIAS, Washington Franco; GOMES, José Maria. Matemática Financeira: com +

de 600 exercícios resolvidos e propostos. São Paulo: Atlas, 1977. 486 p.

MANSUR, Maurício; VILELA, Andréa. Marketing pessoal passo a passo. Belo Hori-

zonte: Autêntica, 1998.77p

Page 175: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

iNSTITUTO FEDERAL

Page 176: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

Conhecimentos Bancários Transações Financeiras: Formas de Pagamento

Aqui você aprenderá como ocorrem as transações no dia a dia de um operador de

caixa. Então, você verá o que o operador de caixa poderá utilizar ou receber para

executar essas transações, certo? Vamos lá?

Quando se finaliza uma compra, o cliente realiza o pagamento pelo produto ou ser-

viço que adquiriu (ROLIM, 2013). Assim a transação é uma permuta, que é o mesmo

que troca, ou seja, acontece a permuta de um serviço ou produto, por um valor

que pode ser oferecido em moeda de comum acordo ou título de crédito (ROLIM,

2013, p.55). Dessa forma o cliente pode realizar o pagamento em dinheiro (moeda

corrente adotada no país no qual está localizado o estabelecimento, essa moeda

pode está em forma de cédulas e moedas) ou o cliente pode realizar o pagamento

por meio do título de crédito. O que é título de crédito? Veja abaixo na descrição

de (ROLIM, 2013, p.55):

Título de crédito é qualquer documento que caracteriza um pagamento sem a

utilização do dinheiro, mas que possui total valor comercial. É um documento que

será trocado por dinheiro, logo, este documento simboliza dinheiro. A utilização

de um título de crédito garante ao cliente a formalização da sua aquisição/compra

mesmo sem a utilização concreta do dinheiro.

Assim é considerado título de crédito todo documento considerado como um paga-

mento sem a utilização do dinheiro, certo? Vejamos os exemplos abaixo e conhe-

ceremos cada um (ROLIM, 2013):

• Cheques;

• Promissórias;

• Cartões de débito e crédito;

• Boletos bancários;

• Carnês.

Antes de iniciarmos o estudo sobre cada um desses títulos de crédito, vamos estu-

dar um pouco sobre o dinheiro, ok?

Page 177: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

6.1 Transação Financeira: Dinheiro- Dispositivos de

Verificação ee Segurança do Dinheiro

Figura 19: Segurança do dinheiro.

Fonte: http://ambientalsustentavel.org/2011/por-ambiente-agencia-da-onu-defende-taxar-transacoes-financeiras/.Acesso em

22/09/2014.

O dinheiro é um documento que se usa em transações financeiras, apresentado

em formato de cédulas ou moedas. Há muito tempo era a única ou principal forma

de pagamento por um bem ou um serviço adquirido (ROLIM, 2013). IMAGEM DE DI-

NHEIRO É sempre importante saber informações sobre como identificar dinheiros

falsos, existem dispositivos de segurança que auxiliam na identificação. Você como

profissional de Operador de Caixa não pode ter vergonha em observar se o dinheiro

é verdadeiro. Mesmo quando você receber o dinheiro por parte de outro operador

de caixa (ROLIM, 2013), observe-os, pois se você receber o dinheiro falsificado

deverá ressarcir o valor á empresa!

Assim verificar os valores ao receber é mais do que um ato de proteção, é um ato

de cidadania! (ROLIM, 2013).

6.2. Transações Financeiras/Cheques

O dispositivo de verificação tem como objetivo evitar as tentativas de falsificação

de dinheiro, a própria cédula possui vários dispositivos de segurança que auxiliem

na verificação se a cédula é verdadeira ou falsa (ROLIM, 2013). Assim para se cer-

tificar de que a nota não é falsa, verifique, pelo menos, estes quatro itens:

• Marca d’água;

• Alto-relevo;

• Faixa holográfica;

• Número escondido.

Veja na figura abaixo como identificar notas falsas de real ou dinheiro¹

Page 178: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

Figura 20: Dispositivos de segurança de uma nota de dinheiro pt.1.

Fonte: http://dicascriseeconomica.blogspot.com.br/2010/12/novas-notas-de-real-circulam-desde-o.html. Acesso em 22/09/2014.

Veja abaixo os itens de segurança das novas notas de Real.

Figura 21: Dispositivos de segurança de uma nota de dinheiro pt.2.

Fonte: http://dicascriseeconomica.blogspot.com.br/2010/12/novas-notas-de-real-circulam-desde-o.html. Acesso em 22/09/2014.

Page 179: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

Figura 22: Dispositivos de segurança de uma nota de dinheiro pt.3.

Fonte: http://dicascriseeconomica.blogspot.com.br/2010/12/novas-notas-de-real-circulam-desde-o.html.

Vamos Praticar? Em duplas, elabore uma cédula de dinheiro de um “banco” fic-

tício, demonstrando as normas de segurança para o reconhecimento das cédulas.

Faça no espaço abaixo:

6.2.1 - Título de Crédito: Cheque

Figura 23: Assinando um cheque.

Fonte: http://www.creditoecobranca.com/blog/2009/09/24/mudanca-nas-regras-do-cheque/. Acesso em 22/09/2014.

Por serem títulos de créditos muito utilizados em transações financeiras, é de

suma importância que o operador de caixa tenha entendimento em relação aos

aspectos relacionados aos cheques, e aos dispositivos de segurança para o seu

recebimento. Vamos lá?

O cheque é uma das formas de pagamento caracterizado como título de crédito

que permite a transação financeira sem a presença do dinheiro (ROLIM, 2013).

São documentos produzidos pelos bancos, sendo que a folha de cheque é consi-

derada uma ordem de pagamento à vista, ou seja, a partir do momento no qual o

proprietário emite a folha de cheque a ser preenchida e assinada para realizar um

pagamento, ele está autorizando o banco no qual possui a sua conta, que receba

a folha de cheque e faça a troca por dinheiro, finalizando, portanto, a transação

comercial (ROLIM, 2013).

Page 180: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

As folhas de cheque possuem tamanho padrão e campos de dados comuns a

todos os bancos! (ROLIM, 2013).

Dados Encontrados no Cheque

Na linha superior do cheque encontramos dados como o número do banco, o nú-

mero da agência, o número da conta da pessoa ou empresa, o número da folha de

cheque e espaço para o preenchimento do valor numérico (valor a ser pago). Veja

abaixo (ROLIM, 2013):

• Número do banco: é a numeração de identificação do banco perante o Banco

Central;

• Número da agência: é o número da agência específica na qual está localizada

a conta do cliente;

• Número da conta: é a identificação da conta do cliente naquele banco;

• Número do cheque: é o número da folha específica de cheque em que está

sendo realizada a transação;

• Espaço para o preenchimento do valor numérico: local no qual se coloca o

valor do cheque, escrito em números;

Figura 24: Exemplo de cheque em branco.

Fonte: http://www.osegredo.tv/. Acesso em 22/09/2014.

Observando a imagem acima veja que existem três linhas de igual tamanho, as

duas primeiras linhas são para o preenchimento do valor do cheque escrito por

extenso e a última linha serve para nominar o cheque, ou seja, colocar o nome da

pessoa ou empresa para a qual o cheque está destinado (ROLIM, 2013).

Page 181: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

Figura 25: Exemplo de cheque preenchido.

Imagem disponível em: http://lookfilmes.blogspot.com.br/2011/01/chque-de-pagamento-de-aluguel.html. Acesso em 22/09/2014.

Observando o cheque acima, a terceira linha define duas situações relacionadas ao

cheque (ROLIM, 2013).

• Cheque nominal: é aquele cheque onde colocamos o nome de uma pessoa ou

de uma empresa para o cheque será destinado, desta forma, apenas o sujeito

mencionado naquela última linha é que possui o direito de compensar (trocar

o cheque por dinheiro). Assim esse cheque só pode ser apresentado ao banco

pelo beneficiário indicado no cheque. Porém, é importante saber que mesmo

nominal o cheque pode ser endossado. O endosso consiste em uma transferên-

cia do cheque nominal à outra pessoa determinada pelo beneficiário. Mas cui-

dado! Cheques com escrita “não à ordem” ou “não endossável” não permitem

este tipo de transação.

• Cheque ao portador: Quando o cheque não é nomeado ele torna-se um cheque

ao portador, que significa que qualquer pessoa que estiver portando (carregando)

aquele cheque poderá trocá-lo. Assim, por motivos de segurança, convencionou-se

que o cheque ao portador não possua valor superior a R$100,00 (cem reais).

Na situação de recebimento na operação de caixa a solicitação para nomear o

cheque para a empresa é considerada um dispositivo de segurança, visto que

inibe a troca do cheque por outras pessoas! (ROLIM, 2013).

Dando continuidade, as duas últimas linhas do cheque são reservadas para o espa-

ço, para a data e a linha de assinatura na qual as pessoas assinam, ao lado destas

linhas estão a logomarca do banco e o endereço da agência na qual se situa a

conta e, abaixo, o nome do titular do cheque e a numeração de seus documentos

de identificação.

Sobre o cheque podemos dizer ainda que (ROLIM, 2013):

• Cheque cruzado: é aquele cheque que no seu preenchimento, o cliente pode

utilizar duas linhas transversais e paralelas, indicando o cheque cruzado. Este

procedimento significa que o cheque somente pode ser pago mediante crédito

em conta.

Page 182: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

• Cheque sem fundo: é o cheque que durante o seu preenchimento, é emitido

sem que haja saldo na conta para o seu devido pagamento.

Conheça agora as pessoas envolvidas em uma transação com cheque.

Sujeitos da Transação

Segundo a autora Rolim (2013), quando é realizada uma transação com título de

crédito caracterizamos dois sujeitos: a pessoa que emite o título de crédito e a

pessoa que recebe (física ou jurídica).

Veja a diferença:

Pessoa física: é a pessoa, ou seja, homens e mulheres que possuem o Cadastro de

Pessoa Física (CPF);

Pessoa Jurídica: é a entidade abstrata com existência e responsabilidade jurídi-

cas, como, por exemplo, empresas públicas e privadas, órgãos e associações, etc.

Possuem o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica ( CNPJ).

A pessoa (física ou jurídica) que emite o título de crédito-cheque é chamada de

emissor, emitente ou devedor. A pessoa física ou jurídica que recebe o cheque é

denominada de cedente ou credor, pois é aquele que está concedendo crédito.

Também é considerado o beneficiário. Destaca-se também o sacado, que é o banco

onde está depositando o dinheiro do emitente (ROLIM, 2013). Agora vamos conhe-

cer alguns cuidados que devemos ter ao receber os cheques, vamos lá?

6.2.4 Cuidados para Garantir a Segurança no Recebimento de Che-

ques

Algumas ações devem ser tomadas para garantir a segurança ao receber um che-

que (ROLIM, 2013), veja abaixo:

Cada empresa possui as suas normas para o recebimento de cheques. Então é im-

portante que você conheça as normas da empresa que você irá trabalhar, e adap-

tar-se a elas! Algumas empresas, por exemplo, só recebem cheques previamente

cadastrados de seus clientes!

É importante realizar pesquisas nos serviços de proteção ao crédito. No caso de

cheques consulte o SERASA.

Se tiver dúvidas em relação ao recebimento de um cheque SEMPRE peça auxílio –

ou até mesmo autorização- do supervisor direto!

Solicite os documentos de identificação com foto e ANALISE-OS!

Ao receber o cheque realize a conferência, verificando se a assinatura é seme-

lhante a assinatura do documento de identificação e se os valores estão de acordo

com os valores apontados pelo sistema e se o valor numérico está de acordo com

o valor escrito por extenso;

Page 183: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

Tome sempre cuidado redobrado com cheques previamente assinados, cheques

de terceiros ou que não estejam em bom estado de conservação (amassados ou

amarelados, por exemplo);

NÃO RECEBA CHEQUES RASURADOS!

NÃO PREENCHA OS CHEQUES PELOS CLIENTES!

Você sabe o que é SERASA3?

Serasa significa Centralização de Serviços dos Bancos, e não é uma sigla, sendo uma em-

presa privada brasileira, que faz análises e pesquisas de informações econômico-financeiros

das pessoas, para apoiar decisões de crédito, como empréstimos. Criada pelos bancos, com

o objetivo de centralizar informações, e fazer com que seus custos administrativos diminu-

íssem e diminuir também a margem de erros sobre as informações para emprestar crédito a

pessoas, a Serasa fornece a empresa consultas sobre seus clientes, diretos e indiretos verifi-

cando os indivíduos que constam em seu banco de dados, ou seja, quando uma pessoa deve

algum valor para um estabelecimento comercial, a Serasa então inclui a pessoa nessa lista,

e é possível então pagar para fazer a consulta nesse banco de dados. A Serasa então divulga

os dados aos seus associados, especialmente os bancos e estabelecimentos comerciais, e

caso o nome de um indivíduo seja incluído no banco de dados, apenas após o pagamento da

dívida, o banco pode solicitar a exclusão do nome desse banco de dados.

Vamos às atividades?

Utilizando o modelo abaixo, preencha um cheque de um banco fictício.

Figura 26: Cheque em branco.

Fonte: http://misturaurbana.com/2011/07/o-que-voce-faria-se-te-dessem-um-cheque-em-branco/. Acesso em 22/09/2014

6.3 Título de Crédito: Cartão de Crédito

Um título de crédito bastante aceito pelas empresas e muito utilizado pelos clien-

tes é o cartão de crédito. Por isso devido a grande utilização desse documento nas

transações financeiras, torna-se importante o conhecimento de como recebê-lo 1 Fonte:http://www.significados.com.br/serasa/. Acesso em 16/03/14

Page 184: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

com segurança (ROLIM, 2013). É um documento cedido através de uma empresa

denominada financeira (ou até mesmo um banco) que cede aos seus clientes um

limite de crédito, ou seja, uma quantia é oferecida ao cliente para que ele possa

utilizar (ROLIM, 2013). Dessa forma, ao realizar a compra, o cliente utiliza o cartão

de crédito – que popularmente é conhecido como “dinheiro de plástico”. A finan-

ceira ou o banco realiza então o pagamento a empresa que recebeu este tipo de

título e o cliente paga à empresa que cedeu o cartão.

6.3.1 Dados Presentes no Cartão de Crédito

Para a autora Rolim (2013) os dados encontrados em um cartão de crédito são os

seguintes:

Figura 27: Exemplo de cartão de crédito.

Fonte: http://www.ocenomato.com.br/index.php?idcanal=104. Acesso em 22/09/2014.

• Nome do banco administrador do cartão;

• Número do cartão;

• Data de validade;

• Bandeira;

• Chip de dados;

• Tarja magnética;

• Local para a assinatura do portador;

• Número de segurança.

6.3.2 Sujeitos envolvidos na Transação Financeira

A utilização de cartões oferece segurança e muita comodidade aos clientes. Mais

segurança recebe o estabelecimento, pois, caso o banco ou financeira não aprove

as compras a negativa é enviada na hora e o comerciante não sofre prejuízo (RO-

LIM, 2013).

Page 185: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

Figura 28: Identificadores do cartão de crédito.

Fonte: http://www.cartaodecreditoguia.com.br/onde-fica-o-numero-do-cartao-de-credito. Acesso em 22/09/2014.

Veja abaixo as descrições dos envolvidos neste tipo de transação financeira (RO-

LIM, 2013):

• Portador: é o cliente que realizará o pagamento através do cartão. Pode ser

titular da conta de cartão de crédito ou apenas o portador do cartão adicional.

• Estabelecimento: é a empresa que receberá o pagamento, por um produto ou

serviço, comprado quando se utiliza o cartão;

• Adquirente: é a empresa responsável pela comunicação da transação entre

o estabelecimento e a bandeira. No Brasil, são as empresas como Redecard,

Cielo, Hipercard e Getnet, estas empresas fornecem as máquinas de cartão de

crédito;

• Bandeira: é a empresa responsável pela comunicação da transação entre o

adquirente e o emissor do cartão de crédito. Sendo as maiores bandeiras no

Brasil a Visa, MasterCard e Hipercard;

• Emissor: é a empresa administradora do cartão, uma instituição financeira

que emite o cartão de crédito. Algumas das responsabilidades da administra-

dora são: delimitação do limite de compras, aprovação de transações, emissão

de faturas, serviços de cobrança, serviços diversos referentes ao cartão.

6.3.3 Dispositivos de Segurança ao Receber Cartões

Abaixo alguns passos importantes ao receber cartões durante uma transação fi-

nanceira:

Page 186: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

• Sempre solicite um documento com foto e confira, além de foto, a assinatura

do cliente;

• Verifique a data de validade do cartão;

• Se a empresa solicitar informe na papeleta gerada pela máquina, o telefone e

assinatura do cliente.

Os passos acima são muito importantes, pois, como muito cartões trabalham

apenas com senhas, sendo que nada mais é solicitado, se acontecer algum

uso que não seja realizado pelo titular do cartão, a transação é caracteriza-

da como crime, podendo você operador de caixa e o cliente penalizados por

isso! (ROLIM,2013).

6.3.4 Operacionalização com Cartão de Crédito

São duas as funções realizadas com cartão de crédito (ROLIM, 2013):

Débito: função que permite o pagamento automático, imediato!

Crédito: função que permite ao portador utilizar o cartão com o crédito do emis-

sor, permitindo parcelamentos!

Figura 29: Operando uma máquina de cartão de crédito.

Fonte: http://portalestacaoespacial.com.br/?p=8609. Acesso em 22/09/2014.

Para as duas funções, utilizamos a máquina de cartão de crédito, também conheci-

da por TEF (Transferência Eletrônica de Fundos). São duas as formas de passarmos

o cartão (ROLIM, 2013):

• Através do magneto (tarja magnética localizada na parte de trás do cartão),

assim você irá passar o cartão na máquina ao lado, conforme a figura acima;

• Ou através da leitura do chip, onde se insere o chip na abertura da máquina,

como na figura abaixo.

Page 187: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

Figura 30: Realizando operação com máquina de cartão de crédito.

Fonte: http://blogdocrato.blogspot.com.br/2011_06_01_archive.html. Acesso em 22/09/2014.

Durante a transação financeira envolvendo o cartão de crédito (ROLIM, 2013), o

funcionário do estabelecimento passa o cartão na máquina. Será solicitada função

débito ou crédito. Na função crédito o cliente pode optar por parcelar, a depen-

der da política da empresa, com ou sem juros. Na função débito a transação gera

saque automático. Aprovada a transação, o equipamento emite duas vias de com-

provante: uma via será entregue ao portador e a outra via deverá ficar na empresa

(importante você solicitar a assinatura do portador e verificar se a assinatura con-

fere com o verso do cartão ou de algum outro documento de identificação).

Vamos às atividades?

1. Como o cartão de crédito é conhecido popularmente?

2. Quais são os dados que estão presentes no cartão de crédito?

3. Quais são os dispositivos de segurança para o recebimento de cartões de crédito?

4. Quais são as duas funções realizadas na operação com cartão de crédito?

5. O que significa TEF?

6.4 Título de Crédito: Boleto Bancário e Carnês

Os boletos são muito utilizados no recebimento de pagamentos diversos pelas insti-

tuições financeiras. Caracterizam-se como título de crédito e é importante conhe-

cermos sobre sua utilização para melhor atender ao cliente (ROLIM, 2013). O bole-

to bancário é uma das formas de pagamento bastante conhecidas pela população.

É um documento de cobrança, utilizado como instrumento (guia) de pagamento

de um produto ou serviço prestado. Com esta guia de pagamento, o emissor do

boleto (cedente) pode receber do cliente (sacado) o valor referente ao produto

ou serviço.

Page 188: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

O boleto bancário também pode ser chamado de bloqueto de cobrança, bloqueto

bancário ou boleto de cobrança. Logo abaixo, veremos os principais dados e cam-

pos do boleto bancário.

6.4.1 Principais Dados/Campos do Boleto

O boleto é formado por diversos campos. Cada campo possui um dado, uma infor-

mação referente a transação. Veja a seguir os principais campos do boleto bancário:

• Código do Banco: refere-se à numeração do banco que administra o recebi-

mento daquele boleto bancário;

• Linha digitável: é a representação numérica do código de barras. São os nú-

meros que são utilizados pelo operador de caixa quando o código de barras

está danificado.

• Vencimento: é a última data para o pagamento do boleto bancário sem juros.

Algumas instituições financeiras não recebem boletos como vencimento ultra-

passado.

• Valor do documento: é o valor a ser pago pelo cliente.

• Código de Barras: Representação gráfica de dados numéricos ou alfanuméricos.

• Sacado: Identificação do cliente que irá pagar o boleto bancário ( nome, en-

dereço, etc).

• Data do Documento: é a data em que o boleto foi gerado ou emitido.

• Cedente: dados da empresa titular da conta, responsável pela emissão do

boleto.

Figura 31: Dados do boleto.

Fonte: http://www.macoratti.net/07/10/net_bol.htm. Acesso em 22/09/2014.

Page 189: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

6.4.2. Recebimento de Boletos Bancários e Código de Barras

Ao receber um boleto bancário, o operador de caixa deve verificar se o documento

está dentro do limite do recebimento (ROLIM, 2013). No campo central do boleto

bancário geralmente encontram-se textos referentes à descontos ou acréscimos

que modificarão o valor originalmente expresso. Algumas empresas podem conce-

der descontos aos clientes que realizarem o pagamento do boleto antes da data

de vencimento, ou até mesmo na data-limite. No geral qualquer empresa, pode

cobrar multas e taxas quando o cliente realiza o pagamento após a data de venci-

mento. Cabe ao profissional operador de caixa verificar o texto, realizar os cálcu-

los de desconto ou acréscimo e informar ao cliente o valor final. Para a efetivação

dos cálculos, é importante que o operador de caixa saiba realizar os cálculos com

porcentagens, que já aprendemos no módulo de Introdução à Matemática Finan-

ceira (ROLIM, 2013).

O código de barras está presente em boletos de bancários e produtos em geral

(ROLIM, 2013), são aquelas “listras em preto e branco” que facilitam as transa-

ções comerciais, oferecendo maior agilidade e controle. O código de barras é uma

representação gráfica de dados, quando decodificado por máquina apropriada (o

leitor de código de barras ou scanner), permite verificar um grande e universal

banco de dados, a identificação daquele produto ou documento, retornando os

dados como identificação do produto e preço (ROLIM, 2013).

O Código Nacional de Produtos (código de barras) foi introduzido formalmente no

Brasil em 29 de novembro de 1984, através do decreto n° 90.595 (ROLIM, 2013).

Vamos às atividades?

1. Usando sua criatividade, desenhe no espaço abaixo, um modelo de boleto fic-

tício, com nome um banco preenchendo com as seguintes informações:

• Código do banco: 614;

• Vencimento: 27/10/2013;

• Valor do documento: R$580,00;

• Data do documento: 25/10/2013;

• Cedente: Financeira Finanças.

2. Pesquise em rótulos de produtos, códigos de barras e cole abaixo

6.5 Título de Crédito: Promissória

A promissória é um título de crédito utilizado por pessoas que necessitam de crédi-

to, mas não possuem cheques, utilizada em alguns comércios, deve ser conhecida

pelo operador de caixa no desempenho de suas atividades (ROLIM, 2013). Por ser

um título de crédito aceito em alguns estabelecimentos comerciais, a nota promis-

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sória permite ao cliente realizar compras pré-datadas e até mesmo parceladas. O

seu preenchimento possui campos parecidos com os campos de preenchimento do

cheque e, por ser um documento que pode ser redigido pelo operador de caixa,

requer muita atenção ao seu recebimento (ROLIM, 2013).

O preenchimento da nota promissória resulta em um texto no qual o devedor as-

sume a responsabilidade de efetivar o documento das compras realizadas (ROLIM,

2013), assim a nota promissória é “uma promessa de pagamento”. Para aceitar o

pagamento através de nota promissória depende das normas de recebimento da

empresa, bem como do relacionamento entre credor (estabelecimento ou pessoa

que aceita o pagamento em nota promissória, também chamado de beneficiário ou

tomador) e devedor (também chamado de subscritor). Em alguns casos, é solicita-

da uma terceira parte- o avalista (pessoa que se responsabiliza pelo pagamento

da dívida, caso o devedor não o faça).

A nota promissória também pode ser endossada, ou seja, transferida a outras pes-

soas (ROLIM,2013). Ao assumir uma dívida em nota promissória o emitente com-

promete-se a pagar aquele valor em determinada pré-acordada: é a data de ven-

cimento. Se não for realizado o pagamento a nota promissória pode ser protestada

em cartório, negativando o nome do devedor (o que impossibilita a tomada de

outras linhas e crédito, financiamentos ou crediários), podendo ainda ser acionado

a cobrança judicial (ROLIM, 2013).

6.5.1 Dados Presentes na Nota Promissória

Na folha de nota promissória os seguintes dados:

• A denominação NOTA PROMISSÓRIA;

• O campo n°, no qual colocamos duas informações respectivamente: a ordem

da parcela e a quantidade total e parcelas a serem pagas. (Esta informação é

importante para verificar se o pagamento será dividido, em quantas vezes).

• A data de vencimento – dia no qual o emitente compromete-se a liquidar a

dívida (caso não seja determinada a data, o vencimento será considerado à

vista).

• O valor da nota promissória – este valor é expresso em números e também

escrito por extenso.

• A promessa de pagar o título que está sendo emitido;

• O local do pagamento da dívida (caso este campo não seja preenchido, será

considerado o domicílio do emitente).

• Os dados do beneficiário (nome e CPF ou CNPJ);

• Os dados do emitente (nome, CPF ou CNPJ, endereço, telefone);

• A data e o local nos quais a nota promissória foi preenchida.

• A assinatura do emitente.

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• Caso solicitado, o nome e dados do avalista;

• Assinatura e dados (identidade ou CPF e endereço) e duas testemunhas.

Figura 32: Dados nota promissória.

Fonte: http://www.hugomeira.com.br/nota-promissoria-duplicata-letra-de-cambio/. Acesso em 22/09/2014.

Ao profissional operador de caixa cabe a prestação de auxílio no preenchimento,

bem como orientações ao cliente. Deve, ao receber a nota promissória, verificar

se todos os dados estão preenchidos e se os mesmos estão corretos (ROLIM, 2013).

Lembre-se de que tal qual o cheque, a nota promissória não pode ser rasura-

da, pois pode perde o seu valor e sua utilidade (ROLIM, 2013).

1. Usando o modelo acima de nota promissória, crie uma nota promissória co-

locando os campos obrigatórios em relação a sacado e cedente. Desenhe no

espaço abaixo.

6.6. Comprovantes: Recibos e Notas Fiscais

O cliente possui a necessidade e o direito de documento de comprovação, ou seja,

confirmação de que a transação foi realizada, para tanto é fornecido a ele notas

fiscais e recibos (ROLIM, 2013). O recibo é um documento, emitido em papel, por

pessoas ou empresas, para comprovar o recebimento de pagamento por produ-

tos vendidos ou serviços prestados (ROLIM, 2013). Porém, apesar de servir para

comprovação, o recibo não é documento oficial (não serve como instrumento de

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arrecadação de impostos para o governo), sendo esta a sua maior diferença com a

nota fiscal (ROLIM, 2013).

6.6.1. Dados de Preenchimento dos Recibos

Entre os campos que devem ser preenchidos em um recibo estão:

Número do recibo: número de ordem no talonário ou protocolo;

Valor: quantia recebida expressa em valor numérica e escrita por extenso;

Denominação do pagante: nome da pessoa ou empresa que pagou, precedida de

afirmação de recebimento;

Objeto do pagamento: denominação dos produtos ou serviços comprados;

Localidade e data do pagamento: nome da cidade e data;

Dados do recebedor: nome, assinatura, CPF ou CNPJ, endereço;

Veja a figura abaixo:

Figura 33: Exemplo de recibo

Fonte: http://comofazer.etc.br/modelo-de-recibo-simples-aprenda-aqui-como-fazer/. Acesso em 22/09/2014.

6.7 Nota Fiscal/ Cupom Fiscal

A nota fiscal é um documento de comprovação de venda de produto ou serviço,

significa também a transferência de propriedade sobre um bem ou serviço pres-

tado (ROLIM, 2013). Pode ser emitida a pessoas jurídicas ou físicas ou entre essas

pessoas. A diferença entre nota fiscal e recibo é que a nota fiscal destina-se ao re-

colhimento de impostos (ROLIM, 2013). As empresas ou pessoas que não emitem a

nota fiscal cometem o crime de sonegação fiscal. Os dados presentes na nota fiscal

são os mesmos presentes nos recibos. Como existem diversas notas fiscais, a mais

comum, presente na operação de caixa é o cupom fiscal, emitido pelo equipamen-

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to de emissor de cupom fiscal (ECF). Assim o cupom fiscal apresenta vários dados

como: itens comprados, valor, quantidade, total pago, data e hora da transação,

dados da empresa (nome, CNPJ, inscrição estadual, endereço).

1. Qual a finalidade de recibos e notas fiscais?

2. O que é recibo?

3. Quais são os dados de preenchimento dos recibos?

4. A nota fiscal também comprova transação financeira, logo, qual é a diferença

entre nota fiscal e recibo?

5. Qual a nota fiscal que é muito encontrada em operações de caixa?

Bons estudos!

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Introdução à Matemática Financeira e sua

Importância para o Profissional

Objetivos da Aprendizagem: Neste módulo o aluno terá a oportunidade de ve-

rificar que a Matemática Financeira fornece instrumentos para estudar e avaliar

as formas de aplicação do dinheiro bem como de pagamentos de empréstimos.

Com isso você, aluno, futuro Profissional Operador de caixa, terá a oportunidade

de conhecer alguns conceitos dessa disciplina tão interessante e poderá aplicá-la

nas suas atividades profissionais.Os conceitos abordados contribuirão para você

compreender melhor como funciona a parte de porcentagem e juros no mercado

de trabalho, o que permitirá a você aluno agregar valor à sua futura profissão e

a empresa na qual desempenhará a função de Operador de Caixa. Bons estudos!

4.1. O Contexto das Finanças

Figura 12: Processo de finanças.

Fonte: http://unieducar.org.br/catalogo/curso/disciplinas-para-concursos-financas. Acesso em 22/09/2014.

Antes de iniciarmos o nosso estudo sobre finanças, colocarei aqui para você enten-

der melhor como surgiu às finanças durante o desenvolvimento da sociedade. Isso

será importante, pois você verá que envolver todos os conceitos que já trabalha-

mos até aqui. Vamos lá?

Durante o processo de desenvolvimento das sociedades, o problema de satisfazer

às necessidades das pessoas foi solucionado por meio do processo de troca de um

bem por outro (GOMES; MATHIAS, 1981).

A moeda então surgiu como intermediário para este processo sendo a forma de

acumular valor e gerar riquezas, e o preço passou a ser a medida de valor dos bens

(GOMES; MATHIAS, 1981).

Assim as pessoas poderiam vender seus bens ou comprá-los para consumir no fu-

turo, surgindo a noção de juros. Em outras palavras as pessoas que preferissem

consumir seus bens no futuro, exigiam uma recompensa por isso. Essa recompensa

recebe o nome de juro (GOMES; MATHIAS, 1981). O juro pode ser explicado como:

O custo do crédito ou simplesmente a remuneração pelo capital aplicado

Page 195: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

Antes de iniciarmos o tópico de juros simples, é importante revisarmos alguns con-

ceitos importantes como taxa de juros e forma percentual, você verá que é simples

os cálculos e que na sua empresa utiliza-se muito a prática de juros compostos,

certo? Isso é muito importante para você poder, por exemplo, explicar ao cliente

o porquê do acréscimo de juros em uma venda a prazo parcelada, ok?Vamos lá?

4.2 Taxa de Juros - Juros Simples e Montante.

Juros Compostos e Montante

Figura 13: Taxa de juros.

Fonte: http://www.creditooudebito.com.br/qual-banco-tem-menor-taxa-juros/. Acesso em 22/09/2014.

Os juros são determinados por meio de um coeficiente que se refere a um dado

intervalo de tempo, então quando falamos em 12% por ano, quer dizer que quando

empregamos certo valor a essa taxa, por um ano, vamos obter 12% desse valor

empregado (GOMES; MATHIAS, 1981).

Esse valor a quem nos referimos na Matemática Financeira recebe o nome Capital,

representado pela letra C

As taxas de juros podem ser apresentadas de duas formas (GOMES; MATHIAS, 1981):

• Forma porcentual;

• Forma Unitária.

Na forma porcentual a taxa vêm com o símbolo % que significa por centos do ca-

pital.Vejamos o exemplo abaixo:

Exemplo: Qual o juro que rende um capital de R$1.000 aplicado por 1 ano à taxa

de juros de 10% ao ano? Calcularemos mais adiante.

E na forma unitária a taxa refere-se à unidade do capital e não se apresenta com

o símbolo %. Vejamos o exemplo abaixo:

Exemplo: Qual o juro que rende um capital de R$1.000 aplicado por 1 ano à taxa

de juros de 0,10 ao ano? Calcularemos mais adiante.

Page 196: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

Na forma unitária a taxa já se apresenta transformada, então é importante que

sempre que você for calcular os juros prestar atenção na taxa, se ela apresentar

o símbolo % deverá ser transformada em forma unitária. Para transformar a forma

porcentual em unitária é bem simples é só dividir o valor da taxa que virá acompa-

nhada pelo símbolo % por 100 (CRESPO, 1999). Veja o exemplo abaixo:

Forma Porcentual Transformação Forma Unitária

12% a.a. (a.a. significa ao

ano) 12÷100 0,12 a.a.

6% a.s. (a.s significa ao se-

mestre) 6÷100 0,06 a.s.

1% a.m. (a.m significa ao

mês)

1÷100

0,01 a.m

Nos cálculos de juros sempre utilizaremos a taxa na forma unitária, então,

fique atento!

Juros Simples e Montante

Figura 14: Refém dos juros.

Fonte: http://dilsonramosjc.blogspot.com.br/2012/07/juros-selic-baixam-no-bc-mas-cartoes-de.html. Acesso em 22/09/2014.

Quando apenas o capital produz juros durante toda a sua aplicação, o juro no fim

do prazo recebe o nome de juros simples (JUNIOR, 1981). Nesse regime de juros

simples os juros calculados são sempre sobre o mesmo Capital. Antes de iniciarmos

os nossos cálculos sobre os juros é importante conhecermos alguns conceitos onde:

• J é o juro no período da taxa;

• C é o principal ou capital investido;

• i é a taxa de juros do período; e

• n é o número de períodos.

Page 197: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

Dessa forma os juros simples é representado pela simples fórmula abaixo:

J=C.i.n

O Capital é conhecido como Valor Presente, Valor Atual, Valor Principal ou

Valor Aplicado!

E assim para encontrarmos o valor FINAL DA APLICAÇÃO que é a soma do Capital

mais os juros denominado como MONTANTE, onde:

• M é o montante ou valor futuro;

• C é o capital; e

• J é o juro, utilizaremos a seguinte fórmula:

M = C(1+i.n)

A fórmula acima foi encontrada partindo do pressuposto de que:

M= C + J como J= C.i.n e substituindo a variável J pela sua respectiva fórmula te-

remos a seguinte fórmula de Montante: M= C+ C.i.n (substituímos a variável J), co-

locando a variável C em evidência, pois é comum nesse cálculo temos M= C(1+i.n)

essa é a fórmula que utilizaremos para cálculo do Montante.

O Montante é também conhecido como o VALOR FUTURO!

Retornado ao exemplo anterior: Qual o juro que rende um capital de R$1.000

aplicado por 1 ano à taxa de juros de 0,10 ao ano? Vamos calcular os juros e o

montante aplicando essas fórmulas.

Primeiro passo: Identificar as variáveis:

• J=? é o que se procura;

• C= R$ 1.000;

• n= 1 ano;

• i= 0,10 a.a

Observa-se que nesse caso a taxa de juros está em forma unitária, caso viesse com

o símbolo % precisaríamos dividi-la por 100, certo?

Page 198: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

Assim como J= C.i.n teremos 1000 x 1x 0,10= J=R$100

Como o Montante é o Capital mais os juros e o Capital é igual a R$1000, já dado

no problema temos:

M=C+J 1000+100= M= R$1.100, lembrando que você pode achar o Mon-

tante também utilizando a fórmula M=C(1+i.n) assim:

M= 1000(1+0,10.1)= R$ 1.100, simples não é? Bom o segredo para o bom uso des-

tas fórmulas é lembrar que a taxa de juros i e o período n devem estar na mesma

unidade de tempo. Por exemplo, se em uma questão sobre juros a taxa for i= 6%

ao ano e o período n= 36 meses, antes de colocarmos direto nas fórmulas devemos

colocar o período e a taxa na mesma unidade de tempo, certo? Observe os exem-

plos abaixo:

Exemplo: Para usarmos a taxa de 6% ao ano, temos que transformar o período de

36 meses em períodos de anos, ou seja:

• i = 6% ao ano e n= 36 meses, onde 36 meses são 3 anos, assim a taxa i e o

período n, estão na mesma unidade.

Você pode ainda usar o período de 36 meses e transformar a taxa que foi dada em

ano em meses, certo? Dessa forma:

• n= 36 meses e i = 6% ao ano; se i = 6% ao ano por mês é só dividir por 12, então

encontramos 6÷12= 0,5% por mês (olha o símbolo de % ), para utilizar esse valor

nas fórmulas aprendemos que devemos transformá-lo em valor unitário então

0,5%, quando dividimos por 100 temos: 0,005 por mês, certo?

A taxa de juros i e o período n devem ser referidos na mesma unidade de

tempo!

Abaixo você fará anotações sobre esta aula e logo após fará a bateria de exercí-

cios, para facilitar as respostas

A partir da Fórmula básica para o cálculo de juros simples podemos obter

outros valores, como o valor do capital (C), da taxa (i) e do período de tempo

(n), veja:

Page 199: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

J=C.i.n C= J/i.n e i= J/C.n e n=J/C.i

De modo semelhante podemos achar outros valores a partir da fórmula do

Montante, veja:

M= C(1+i.n) C= M/1+i.n e i=M/C-1/n e n= M/C-1/i

Cuidado! Não se esqueça de que a taxa i e o período n tem que estarem na

mesma unidade de tempo!

Exercícios Juros Simples

1. Uma dívida de R$ 1000,00 que deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo regime

de juros simples e devemos pagá-la em 2 meses. Calcule o valor dos juros.

2. Calcule o montante resultante da aplicação de R$70.000,00 à taxa de 10,5%

a.a. durante 145 dias.

3. Calcular os juros simples produzidos por R$40.000,00, aplicados à taxa de 36%

a.a., durante 125 dias.

4. Qual o capital que aplicado a juros simples de 1,2% a.m. rende R$3.500,00 de

juros em 75 dias?

5. Calcular os juros simples, referente a um capital de R$1.000, aplicado confor-

me as taxas e prazos abaixo:

Taxa de Juros Prazo

a)15% a.a 1 ano

b)17% a.a 4 anos c)21% a.a 5 meses

d)26,8% a.a 30 meses e)30,8%a.a 5 anos e meio

f)38% a.a 4 anos e 8 meses

6. Que montante receberá um aplicador que tenha investido R$5.000, conside-

rando as taxas e os prazos abaixo:

Taxa de Juros Prazo

a)18% a.a 6 meses

b)31,8% a.a 2 anos e 7 meses

c)42% a.a 4 anos e 3 meses

Page 200: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

RESPOSTAS:

1. R$160;

2. R$72.960,42;

3. R$5000,00;

4. R$116.666,67;

5. a) R$150; b)R$680; c) R$87,50; d) R$670,00; e) R$1.694,00; f) R$1.773,33;

6. a) R$5.450; b) R$9.107; c) R$13.925

Juros Compostos e Montante

Analisamos o regime de juros simples caracterizado pelo fato de somente o capital

inicial render juros (GOMES; MATHIAS,1981). A diferença entre os juros simples e

os juros compostos é que os juros compostos retratam melhor a nossa realidade,

e não somente o capital rende juros, mas estes juros são devidos também sobre

os outros juros formados, dizemos que então que os juros são capitalizados, então

temos o nome de juros compostos (GOMES; MATHIAS, 1981).

Exemplo:

Calcular o capital acumulado (montante) de um aplicação de R$ 1.000,00 à taxa de

10 % ao mês, durante 4 meses.

Solução:

Juros Montante

1° mês=0,1 x 1000 = 100 Montante após esse mês = 1100

2° mês: 0,1 x 1100 = 110 Montante após esse mês = 1210

3° mês: 0,1 x 1210=121 Montante após esse mês = 1331 4° mês: 0,1 x 1331 = 133,10 Montante (final) = 1464,10

Podemos escrever que no sistema de juros compostos, o capital C, aplicado à taxa i

ao período, produz juros j e gera um montante M ao final de n períodos, calculados

pela seguinte fórmula:

M = C × (1 + i)n e os juros pela fórmula: J=M-C

Exemplo: Quanto receberá de juros uma pessoa que aplicou R$3.000, a juros

compostos, durante 3 meses, a uma taxa de 1% ao mês?

1° passo Identificar as variáveis:

C=3000;

n=3 meses;

i=1%;

Page 201: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

M = C × (1 + i)n M= 3000 .(1+0,01)3 ( calculado com o auxílio da cal-

culadora);

M=3000. (1,01)3 3000. 1,030301=R$ 3090,90;

J=M-C 3090,90-300= R$90,90 de juros, simples não é?

Exemplo: Calcular a aplicação inicial que, empregada por 1 ano e seis meses, à

taxa de juros compostos de 3% ao trimestre, se torna igual a R$ 477,62?

1° passo Identificar as variáveis:

M = R$ 477,62

i = 3% = 0,03

n = 6 (as capitalizações são trimestrais)

M = C × (1 + i)n

477,62 = C × (1,03)6 ( usar a calculadora)

C =

C = R$ 400,00

Com a mesma fórmula de juros compostos você poderá encontrar outras variáveis:

M = C × (1 + i)n e C= M/ (1 + i)n

Lembrando que trabalharemos com o período n e a taxa i na mesma unidade , ok?

O ano civil ou exato possui 365 dias ou 366 (bissexto) e o ano comercial 360

dias!

Saiba que:

Abreviatura Significado

a.d. ao dia a.m. ao mês a.b. ao bimestre a.t. ao trimestre a.q. ao quadrimestre a.s. ao semestre a.a ao ano

Page 202: CONHECENDO AS EMPRESAS - cursosontime.com.br

Observe que a diferença dos juros simples e compostos é que quem financia

por juros simples, obtém um montante (valor total a pagar) inferior ao que

financia por juros compostos. Compare: Se uma pessoa empresta a outra a

quantia de R$ 2.000,00, a juros simples, pelo prazo de 3 meses, à taxa de 3%

ao mês. Quanto deverá ser pago de juros?

Solução para Juros Simples:

J = c . i. t J = 2.000 x 3 x 0,03 R$ 180,00

Solução para Juros Compostos:

M = 2.000.( 1 + 0,03)³ M = 2.000 . (1,03)³ M = R$ 2.185,45

como J=M-C= R$ 185,45

Exercícios Juros Compostos

1. Calcular o montante de uma aplicação de R$10.000 sob a taxa de 20% a.a e

período de 5 anos?

2. Qual o juro que se obtém de um capital R$ 1.500 aplicado sob a taxa de 10%a.a

e no período de 10 anos?

3. Qual é o montante gerado por um capital de R$ 1.000 aplicado pelo prazo de

12 meses a uma taxa de 1% a.m?

4. Qual é o montante gerado por um capital de R$ 1.000, aplicado pelo prazo de

2 anos uma taxa de 1% a.a?

5. Aplicou-se a juros compostos uma capital de R$ 1.400.000.00, a 4% ao

mês, durante 3 meses. Determine o montante produzido neste período.

6. Qual o capital que se for aplicado juros compostos a 8% ao mês, produz

em 2 meses um montante de R$ 18.915,00 de juros.

7. Aplicação de R$ 5.000,00 a taxa de juros compostos de 20% a.m. irá gerar, após

quatro meses, qual montante?

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8. Considerando um capital de R$ 5.000,00 e que você receba juros compostos de

6% a.a., calcule os juros e o montante depois de decorrido o prazo de um ano.

Respostas

1. R$ 24.883,20

2. R$2.390,61

3. R$1.126,00

4. R$1.020,00

5. R$1.574.809,600

6. R$16.216,56379

7. R$10.368

8. M= R$5.300 e J= R$ 300

4.3 Porcentagem ou Percentagem?

Figura 15: Porcentagens.

Fonte: http://pt.dreamstime.com/photos-images/porcentagem.html. Acesso em 22/09/2014.

Caro aluno, agora que você aprendeu sobre juros, aprenderá sobre porcentagem.

São simples os cálculos e isso é muito importante mesmo para você, por exemplo,

conceder um desconto ao cliente, saber proceder nesses cálculos e explicar esses

cálculos aos clientes que questionam muito isso! Vamos lá?

As duas expressões1 estão corretas e existem na língua portuguesa. Assim sempre

que nos referirmos à proporção de uma grandeza ou quantidade calculada em re-

lação a uma centena, podemos utilizar os substantivos comuns femininos porcenta-

gem ou percentagem. As expressões significam também uma comissão ou taxa de

lucro sendo que a palavra porcentagem é a mais utilizada no português do Brasil.

As porcentagens são apresentadas pelo símbolo %, lembra-se dele? Por exemplo, as

razões centesimais que são frações que apresentam denominadores iguais a 100,

2 Disponível em: http://duvidas.dicio.com.br/porcentagem-ou-percentagem/ . Acessado em 06/03/2014.

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podem ser representadas por este símbolo %. Veja abaixo:

a) ¼ =25/100=0,25=25%

b) 7/100= 7%=0,07;

c) 8/100=8%=0,008;

d) 50/100=50%=0,50= 1/2

e) 7,5/100= 7,5%=0,075;

f) 141,5/100=141,5%=1, 415;

Analisando as situações acima, você pode perceber que o símbolo % representa

centésimos, assim, por exemplo, 15% é uma forma que podemos usar para repre-

sentar 15/100 ou 0,15 (quinze centésimos). Dessa forma quando de diz que uma

pessoa gasta ¼ (um quarto) do seu dinheiro com aluguel é a mesma coisa que dizer

que a pessoa gasta 25% do seu dinheiro com aluguel, certo?

Entender a porcentagem para você, futuro profissional operador de caixa, é im-

portante, pois é uma linguagem muito utilizada pelos clientes! O cliente quer des-

contos, quer saber quanto ganhou de desconto em porcentagem na compra à vista,

quer saber quantos por cento vai pagar a mais na compra a prazo.

Simplificando temos que a razão da forma a/b na qual o denominador b = 100, é chamada taxa de porcentagem ou simplesmente porcentagem ou ainda percentagem, representada pelo símbolo %. Assim o cálculo de 20% de 80, por exemplo, pode ser obtido como o produto ou multiplicação de 20% por 80, isto é: 20%.80 = 20/100.80 = 0,20.80=16.

Então, para indicar um índice de A% por cento, escrevemos A% e para cal- cular A% de um número B, realizamos o produto ou multiplicação:

Produto = A%.B = A/100.B

Vamos exemplificar! Uma loja oferece um desconto de 15% de desconto para pa-

gamento à vista na compra de um automóvel que custa R$80.000,00.Quanto uma

pessoa irá pagar por esse carro, à vista?

Resolução: 15%.80.000, certo? 15/100.80000=0,15.80000=12000

12000 de desconto, certo? Se o carro custa 80000 e o cliente receberá 12000 de

desconto então pagará=80000-12000=68000, simples e fácil!

Outro exemplo: Um fichário tem 25 fichas numeradas, sendo que 52% dessas fichas estão etiquetadas com um número par. Quantas fichas têm a etique- ta com número par? Quantas fichas têm a etiqueta com número ímpar?

Resolução: Vamos Lá! 52%.25=52/100.25=0,52.25=13; então são 13 fichas etiqueta-

das com número par, certo? Se no total temos 25 fichas e 13 são etiquetadas com

o número par, então, 25-13=12 e o que sobrou são fichas etiquetas com o número

ímpar, certo?ou seja 12.

Vamos Praticar?

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Exercícios sobre Porcentagens

1. Na sua primeira ida ao Shopping, você olhou uma calça que custava R$150,00.

Na semana seguinte, você decidiu comprar a calça, mas esta tinha sofrido um au-

mento de 10% do valor anterior. Qual o novo preço da calça?

2. Um vídeo-game pode ser comprado por R$ 300,00 parcelado em 3 vezes, ou à

vista com 20% de desconto. Neste caso, para o pagamento à vista, de quanto é a

economia, em reais?

3. Uma pessoa percorreu 50% do comprimento da ponte. Se a ponte possui 7 quilô-

metros de extensão, quanto falta ser percorrido?

4. Numa promoção, um prato de espaguete estava com 20% de desconto. Qual o

preço pago, se o preço original era de R$ 9,00?

5. Você quer comprar um sapato. Pagando à prazo, o sapato sai por R$ 56,00 á

vista, tem um desconto especial de 10% .

6. Após uma pesquisa de opinião, apurou-se que 20% da população de uma cidade

com 25000 mil habitantes, lê o Jornal A. Quantas pessoas não lêem este jornal,

nesta cidade?

7. Jonas e seus amigos de turma decidiram ir ao cinema assistir ao filme “Lanterna

Verde”. O ingresso para sessão 3D custa R$20,00. Qual o valor que será cobrado a

cada um deles, considerando que todos pagam meiaentrada e, ainda, conseguiram

um desconto extra de 10%, pois organizaram um grupo com 20 pessoas?

Respostas

1. R$165,00;

2. R$240,00;

3. 3,5 km;

4. R$7,20;

5. R$ 50,40;

6. 20000;

7. R$9,00;

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