a evolução do agronegócio brasileiro no cenário atual

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  • 5/10/2018 A Evoluo do Agronegcio Brasileiro no Cenrio Atual

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    29 de agoslo de 2008, as 20h02rrin

    A Evolucao do Agro neg 6cio B rasile iro n o CenarioAtualPorJoaquim Carlos t.eurence

    Joaquim Carlos LourencoResumo

    Este estudo teve por objetivo mostrar como se deu a evotucao do Agroneg6ciobrasileiro,identificando a sua situacao no cenarlo mundial. Para isso, utilizou-se de diferentesabordagens que demonstram a evoluCao hlstorlca, passando pelo ponto onde houve um maiorimpulso ate chegar a posicao de destaque que a 0 de ser uma das maiores potencies mundiaisdo Agronegocio. Mesmo assim, 0 setor apresenta muitos problemas e desafios que arneacamsua permanencla entre os maiores na atividade. Contudo, as perspectivas do Agronegocio saobastante prom issoras, ja que ele apresenta muitas vantagens dos pontos de vista natural eeconOmico, podendo 0 pais explorar melhor suas potencialidades.Palavras-Chave: Agronegocio. Desafios. Resultados.

    INTRODUCAO

    a cenario atual aponta que 0 Brasil sera 0maior pais agricola do mundo em dezanos. Nestecaso, 0 aqroneqoclo brasileiro a uma atividade prospera, segura e rent8vel. Com um climadiversificado, chuvas regulares, energia solar abundante e quase 13% de toda a agua docedisponivel no planeta, 0 Brasil tem 388 milhoes de hectares de terras aqrlcultavels farteis e dealta produtividade, dos quais 90 milhoes ainda nao foram explorados.Todos esses fatores fazem do pais um lugar de vocacao natural para a aqropecuaria e todos osnegocios relacionados a suas cadeias produtivas. a aqronsqoclo a, hoje, a principallocomotivada economia brasileira e responde por um em cada tres reais gerados no pais.a Brasil situa-se, no contexto mundial atual, como celeiro mundial em termos de aqroneqocio, apais possui 22% das terras agricult8veis do mundo, alem de elevada tecnologia utilizada nocampo, dados estes que fazem do aqroneqoclo brasileiro um setor modemo, eficiente ecompetitivo no cenario intemacional.Todo esse cenarlo brasileiro atual do aqroneqoclo enquadra-se em uma evolucao que remontaao seculo XVI. Com isso, faz-se mister ressaltar seus antecedentes histOricos ata 0 cenarioatual. aartigo teve como objetivo geral identificar 0 cenario atual do agronegocio brasileiro, pormeio de uma pesquisa biblioqrafica, e como objetivos especificos mostrar a sua evolucao, osseus problemas e os seus desafios.REVISAO I DISCUSSAO

    Adefinicao correta de aqroneqoclo a muito mais antiga do que se imagina e incorpora qualquertipo de empresa rural. Em 1957, Davis e Goldberg, dois pesquisadores americanosreconheceram que nao seria mais adequado analisar a economia nos moldes tradicionais, comsetores isolados que fabricavam insumos, processavam os produtos e os comercializavam.Neste caso, 0 aqroneqoclo foi, entao, definido como 0 conjunto de empresas que produzeminsumos agricolas, as propriedades rurais, as empresas de processamento e toda adlstrlbulcao,

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    No Brasil, 0 termo e usado quando se refere a um tipo especial de producao agricola,caracterizada pela agricultura em grande escala, baseada no plantio ou na crlacao de rebanhose em grandes extensOes de terra. Estes neg6cios, via de regra, se fundamentam na propriedadelafifundiaria bem como na prafica de arrendamentos. Este tipo de producao agricola tarnbern echam ada de agribusiness ou agrobusiness. (WIKIPEDIA, 2007).o conceito de aqronepoclo implica, entao, na ldeia de cadeia produtiva, com seus elosentrelayados e sua lnterdependencla. Aagricultura moderna, mesmo a familiar, extrapolou oslim ites fTsicos da propriedade. Depende cada vez mais de insumos adquiridos fora da fazenda esua declsao de 0que, quanto e de que como produzir, esta fortemente relacionado ao mercadoconsumidor, existindo diferentes agentes no processo produtivo, inclusive 0agricultor, em umapermanente neqoclacao de quantidades e precos.Desta forma, Davis e Goldberg (1957) definem 0 aqroneqoclo como sendo a soma total dasoperacees de producao e dlsfrlbulcao de suprimentos agricolas; das operacees de producao nafazenda; do armazenamento, processamento e distr ibuicao dos produtos agricolas e itensproduzidos a partir deles. Este conceito procura abarcar todos os vinculos intersetoriais do setoragricola, deslocando 0 centro de analise de dentro para fora da fazenda, substituindo a analiseparcial dos estudos sobre economia agricola pela analise sistemlca da agricultura.No Brasil, essa abordagem sistem ica foi utilizada explicitamente por Araujo, Wedekin e Pinazza(1990), com a finalidade de levantar as dimensOes baslcas do agribusiness brasileiro. Estesautores concluiram que 0 agribusiness brasileiro representava 46% dos gastos relativos aoconsumo das familias, 0 que correspondia ao equivalente a 32% do PIB brasileiro em 1980.Entao, 0 aqroneqoclo e toda relacao comercial envolvendo produtos agricolas.H ISTO RICO E EVO LUCA o DO A GRO NEO OCIO B RA SILEIRO

    Ahlstoria eccnernlca brasileira, com suas lrnpllcaeoes sociais, politicas e culturais, tem fortesraizes junto ao aqroneqoclo. Foi a explorayao de uma madeira, 0 pau Brasil, que deu nomedefinitivo ao nosso Pais. Aocupacao do territ6rio brasileiro, iniciada durante 0 seculo XVI eapoiada na doacao de terras por intermedio de sesmarias, monocultura da cana-de-acucar e noregime escravocrata, foi responsavel pela expansao do laflfundlo, Antes da expansao destesistema monocultor, ja havia se instalado no pais, como primeira atividade economtca, aextrayao do pau-brasil.Aextinyao do pau-brasil coincidiu com 0 inicio da lrnplantacao da lavoura canavieira, que duranteesse periodo serviu de base e sustentacao para a economia. 0processo de colonlzacao ecrescimento esta ligado a varios ciclos agroindustriais, como a cana-ds-acucar, com grandedesenvolvimento no Nordeste; a borracha da exnberancia a regiao arnaznnlca, transformandoManaus numa rnetropole mundial, no inicio do seculo, logo depois, 0 cafe torna-se a maisim portante fonte de poupanca interna e 0 principal financiador do processo de lndustrlallzacao:mais recentemente, a soja ganha destaque como principal commodity brasileira de exoortacao,(RENAl, 2007).Da poupanca da agricultura se instalam aqrolndustrlas, como a do vinho e dos movsls, da carnebovina, de suinos eaves. 0 progresso do Sui do Brasil tambern esta ligado ao agroneg6cio. Apecuarla domina os pampas; a explcracao da madeira nas serras e a agricultura sedesenvolvem com a partlclpacao das varlas etnias que compOem 0 mosaico populacional daregiao.Em sintese, fica evidente que, a partir da decada de 1930, com maior intensidade na de 1960 atea de 1980,0 produtor rural passou, gradativamente, a ser um especialista, envolvido quaseexclusivamente com as operacees de cultivo e crlacao de animais; porsua vez, as funcees dearmazenar, processar e distribuir produtos aqropecuarios, bem como as de suprir insumos efatores de producao, foram transferidas para orqanizacoes produtivas e de services nacionaise/ou internacionais fora da fazenda, impulsionando, com isso, ainda mais a industria de baseagricola. (ViLARINHO, 2006).o agroneg6cio brasileiro pas sou por um grande impulso entre as decadas de 1970 e 1990, como desenvolvimento da Ciencia e Tecnologia, proporcionando 0 dominic de regiOes antes

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    consideradas "lnospltas" para a aqropecuaria, 1550fezsurgir a oferta de um grande numero deprodutos. 0 pais passou entao a ser considerado como aquele que dominou a "agriculturatropical", chamando a atencao de todos os seus parceiros e competidores em nivel mundial.Atualmente, produtos oriundos do complexo de soja, carnes e derivados de animais, acucar ealcool, madeira (papel, celulose e outros), cafe, cha, fumo, tabaco, alqodao e fibras texteisvegetais, frutas e derivados, hortallcas, cereais e derivados e a borracha natural sao itensimportantes da pauta de exoortacao brasileira. (ViLARINHO, 2006).Aevolucao da cornposlcao do Complexo do Agronegocio confirma que as cadeias doaqroneqoclo adicionam valor as materias-primas agricolas nas quais 0 setor dearmazenamento, processamento e dlstrlbulcao final constituem 0vetor de maior propulsao novalor da producao vend ida ao consumidor, consolidado na forte rede de interliqacao entre aagricultura e a industria.PER SP EC TIVA S PA RA 0 A GR ON EG OC IO B RA SIL EIR O

    f J . s perspectivas sao promissoras. 0 Brasil detem terras abundantes, planas e baratas, comosao os cerrados com uma reserva de 80 rnllhoes de hectares, dis poe de produtores ruraisexperimentes e capazes de transformar essas potencialidades em produtos cornercializaveis edetem um estoque de conhecimentos e tecnologias aqropecuarias, transformadoras derecursos em produtos.Por qualquer !lngulo que se analise 0 mercado, 0 tamanho que 0 Brasil adquiriu no campo doaqroneqoclo e impressionante. Ate 2015, a parflclpaeao nacional no mercado internacional desoja deve crescer dos atuais 36% para 46%. No caso do frango, 0 saito sera de 58% para 66%.Nas areas em que 0 pais ainda tem uma fatia pequena do cornerclo mundial, as evolucoesdevem ser muito maiores. Na suinocultura, por exemplo, de acordo com previsoes dosespecialistas da area, 0 Brasil deve quadruplicar sua partlclpacao, conquistando metade domercado internacional. "Num futuro proximo, a suinocultura sera tao importante para a balancacomercial do pais quanto sao hoje 0 frango e a carne bovina". (NETO, 2007, apud SEIBEL, 2007).o aqroneqocio e 0 maior neqoclo mundial e brasileiro. No mundo, representa a gera~ao de U$6,5 trllhoes/ano e, no Brasil, em torno de R$ 350 bllhoes, ou 26% do PIB (29%, segundo aConfederacao Nacional da Agricultura - CNA). A maior parte deste montante refere-se a neqoclosfora das porteiras, abrangendo 0 suprimento de insumos, 0 beneficiamento/processamento dasrnaterlas-prirnas e a dlstrlbulcao dos produtos.Estes sao pontos que rsforcarn a importancia do aqroneqoclo no Brasil, alem de sua grandecompetitividade, utilizacao de alta tecnologia e gera~ao de empregos e riquezas para 0 pais.IM PO RTA NC IA E CO NO MIC O-S OC IA L D O A GR ON EG OC IO B RA SIL EIR O

    o agroneg6cio e tarnbern importante na gera~ao de renda e riqueza do Pais. No aspecto social,a agricultura e 0 setor econernlco que mais ocupa rnao-de-obra, ao redor de 17 rnllhoes depessoas, que somados a 10 rnllhoes dos demais componentes do aqroneqoclo, representa 27rnllhoes de pessoas, no total. Eo setor que ocupa mais mao-de-obra, tarnbern, em rslacao aovalor de producao: para cada R$ 1 mi lhao, 0 nurnero de ocupados, em 1995, era de 182 para aaqropecuaria, 25 para a extra~ao mineral, 38 para a consfrucao civil.Neste caso, mesmo se reconhecendo os beneficios da fransformacao de uma sociedadeaqraria para uma industrial-urbana, nao se pode esquecer que esta tem capacidade limitada deabsorver mao-de-cora. Principalmente, em regioes menos desenvolvidas, os setores daagricultura, da aqrolndustrlallzacao e de areas correlatas serao importantes para 0 crescimentoda renda e do emprego. (RENAl, 2007).No contexte da recente crise cambial, 0 agroneg6cio tem sido um fator que minimizou osdesequilibrios das contas externas do Brasil, pois a agricultura contribuiu decisivamente para asexportacoes com saldo comercial setorial positivo da ordem de US$ 40,18 bllhoes de dolaresem 2006 e de 49,7 bilhoes em 2007, conforme 0Ouadro l abaixo:

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    Periodo Exportayoes 1mportacoes Saldo2000 US$ 20.610 US$ 5.799 US$ 14.8112001 US$ 23.863 US$ 4.847 US$ 19.0162002 US$ 24.839 US$ 4.492 US$ 20.3472003 US$ 30.639 US$ 4.791 US$ 25.8482004 US$ 39.015 US$ 4.881 US$ 34.1342005 US$ 42.000 US$ 5.000 US$ 37.0002006 US$ 52,04 US$ 11,86 US$ 40,182007 US$ 58,4 US$ 8,7 US$ 49,7Quadro 1 - Balanya comercial do agroneg6cio brasileiro (US$ rnllhoes)Fonte: Ministerio da Agricultura, Pecuaria e Abastecimentoo Quadro 1 mostra 0 superavit do agroneg6cio brasileiro, em que 0 setor tem parflclpacaoimportante para 0 equilibrio das contas brasileiras.DESAROS DO AGRONEGOCIO NO BRASIL

    Segundo indicadores da UNCTAD, a Conferencia das Nayoes Unidas para 0 Cornerclo eDesenvolvimento,o Brasil sera 0 maior pais agricola do mundo em dezanos. Em 2006, asexportacoes cresceram 19,29% em rslacao a 2005, em termos de saldo, a ampllacao em 2007foi de cerca de US$ 58,4 bilhoes, um aumento de 10,8% acima dos US$ 52,04 bilhoes de 2006.Ressalta-se que 0 pais e lider mundial de exportayao de acucar, cafe, suco de laranja e soja.Assumiu tambem a dianteira nos segmentos de carne bovina e frango, depois de ultrapassartradicionais concorrentes, como Estados Unidos e Australia. Essas boas posicoes devemconsolidar-se ainda mais nos pr6ximos anos.Esse montante coloca 0 Brasil entre os lideres mundiais na producao de soja, milho, acucar,cafe, carne bovina e de frango. Mas todos esses bons resultados, assim como as expectativasfuturas, correm series riscos de sofrer um pesado reves se os problemas relacionados a infra-estrutura logistica (0 maior obstaculo para 0 desenvolvimento do agroneg6cio do Brasil) naoforem solucionados.Um dos grandes entraves e a infra-estrutura, em particular a precariedade da malha rodoviariado pais. De acordo com uma das pesquisas mais recentes sobre 0 ass unto, elaborada pelaConfederacao Nacional do Transporte (CNT), dos 84 832 qullornetros avaliados, 37% seencontram em estado pesslrno de conservacao e outros 32% possuem alguma deflclsncla.Em razao desse tipo de problema, regioes com potencial no agroneg6cio, como 0 Nordeste,ainda nao conseguiram deslanchar. 0agroneg6cio e justamente 0 que mais sofre com alnaflclencla dos canais de trans porte, cujas deflclenclas sao responsavels por prejuizocorrespondente a 16% do PIB, segundo estudo do Centro de Estudos de Logistica daUniversidade do Rio de Janeiro.o gargalo logistico envolve praticamente toda a infra-estrutura de trans porte do pais. As ferrovias,embora tenham recebido investimentos com a prlvanzacao, ainda es180 longe de suprir ademanda do setor de agroneg6cio e se consolidar como uma alternativa viavel ao transporterodoviario, Alem da arnpliacao da malha de 30 mil quilornetros de extensao (praticamente igual ado Japao, pais 22 vezes menor que 0 Brasil) e urgente a rnodernlzacao do rnaqulnarlo. Com ostrens e bitolas atuais, a velocidade media das cornposlcoes nao ultrapassa lentos 25 km/h. Pomesmo tempo, deixamos de fazer uso de canais de trans porte de grande potencial, caso dos 42mil qullornefros de hidrovias, em que apenas 10 mil qullornetros sao efetivamente utilizados.Como resultado, sistemas como 0 do Tlets-Parana, com 2,4 mil qullornetros e que consumiuUS$ 2 bilhoes em investimentos publicos em varios governos, escoa apenas 2 rnllhoes detoneladas de carga/ano, apenas 10% de sua capacidade total.No transporte maritimo de cabotagem (outro canal com grande potencial no Brasil) se assisti auma situayao semelhante. Embora a privatizayao tenha contribuido para a modernlzacao dosportos, 0 excesso de mao-ds-obra (que chega a ser de tres a nove vezes superiores aos portoseuropeus e sul-americanos) ainda rnantern os padroes de produtividade baixos. Enquanto 0

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    indice internacional de rnovirnentacao e de 40 contelneresrhora, nos portos brasileiros essamedia e de 27. E um dos motivos pelos quais todos os anos camlnhoes formam filas de ate 150quilOmetros de extensao para descarregar suas cargas no porto de Paranagua (PR).Consciente de que sozinho nao conseguira reverter esse quadro, 0 Governo Federal ja busca 0apoio da iniciativa privada. Por meio do plano de Parceria Publlco-Prlvada, pretende investir R$13,68 bilhoes em 23 projetos de reformas em rodovias, ferrovias, portos e canais de irrigar,:ao ate2007.E preciso destacar tarnbem que, alem dos recursos, a iniciativa privada ainda tem muito acontribuir para 0 desenvolvimento da infra-estrutura do pais, incentivando a crlacao de p610sintermodais de transporte (integrar,:ao entre os sistemas rodoviario, ferroviario, marit imo, fluvial eaereo) para reducao de custos e aumento do nivel de services.Um exemplo do potencial desses p610s e representado por um estudo do GEIPOT (EmpresaBrasileira de Planejamento em Trans portes , ligada ao Ministerio dos Transportes). Ja em 2000,a empresa alertava que 0 melhor aproveitamento e a utilizar,:ao racional dos canais de trans porteseriam capazes de economizar em cerca de US$ 75 mllhoes os custos anuais de escoamentode graos.Para ilustrar 0 que se esta falando, basta destacar que um unico com boio na hidrovia RioMadeira tem capacidade para 18 mil toneladas de graos, substituindo 600 carretas de 30toneladas nos eixos Culaba (MT) I Santos (SP) e Culaba (MT) IParanagua (PR). Essa reducaodos custos de transporte contribuiria diretamente para reduzir os custos de nossos produtos,tornando-os mais competitivos no mercado internacional. 1550sem falar na economia decombustivel e de fretes, na reducao do trafeqo e no desgaste das rodovias.Outro obstaeulo serio ao desenvolvimento pleno do agroneg6cio esta relacionado ao sistematributario. Com uma economia aberta ao exterior, isto e com possibilidade de exportar e importarqualquer produto do agroneg6cio, a carga tributaria deveria ser compativel com ados nossoscompetidores.Como os concorrentes brasileiros, inclusive no Mercosul, tem impostos baixos, fica dificil aoprodutor do Brasil competir nos mercados externos; vezes ha que perde 0 pr6prio mercadointerno porque os produtos importados chegam mais baratos.Nao ha como 0 produtor rural e a aqrolndusfria serem competitivos com governos vorazes emcriar novos impostos e aumentar os atuais, com mecanismos complexos de arrecadacao, 0 queaumenta os custos de producao, A reform a tributaria e urgente, com dirninuicao da carga eslmpllflcacao dos procedimentos na tributacao, alern das medidas de controle sanltario quetarnbern estao na relacao de assuntos importantes que wm sendo negligenciados pelogoverno.o potencial de prejuizos que isso pode acarretar aos produtores ja foi demonstrado nos ulfirnosanos. Por causa do surgimento de focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sui e no Parana,mais de 50 paises impuseram embargo a carne bovina desses Estados, que estao entre osmaiores produtores nacionais.Alem do embargo a carne bovina, 0 agroneg6cio brasileiro sofreu com 0 surto de gripe aviarla,que prejudicou as exportar,:oes mesmo de paises que nao registraram casas da dosnca (como 0Brasil).Como se W, os obstaculos para 0 crescimento do agroneg6cio brasileiro sao imensos, mas assotucoes tam bern existem e precisam ser colocadas em pratlca, 0 que se espera, e que tanto 0Governo nas esferas Federal, Estadual e Municipal, quanto a iniciativa privada, mantenha a suadetsrminacao em modernizar a infra-estrutura brasi leira e resolva os problemas domesticospara que 0 pais se torne a potencla do agroneg6cio do futuro.CONCLusAo

    Portanto, e indiscutivel a importancia do agroneg6cio a economia brasileira e a poslcao que elechegou no cenarlo mundial atual. Por isso, se tornou 0 setor chave para que 0 Brasil se inclua nocornercio mundial. Apesar das grandes vantagens encontradas no agroneg6cio brasileiro e dassuas boas perspectivas futuras, 0 mesmo encontra muitos problemas e desafios a serem

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    superados que dependem, essencialmente, de investimentos tanto publlcos como privados,bem como de rnudancas nas politicas econemlcas internas.Como se W, os obstaculos para 0 crescimento do agroneg6cio brasileiro sao imensos, maspodem ser superados. Segundo Padilha Junior (2004), muito embora 0 potencial de comercio doagroneg6cio brasileiro seja muito grande, ja poderia ser maior do que e atualmente, mesmoassim,o Brasil ocupa lugar de destaque entre os demais paises.Com isso, pode-se perceber que ainda falta muito para que 0 Brasil se torne a maior potsncla doagroneg6cio do mundo, pois e competitivo em algumas cadeias produtivas. Alem do mais, aspoliticas economlcas impedem que 0 rendimento seja maior e os problemas de logistica geramcustos elevados.Contudo, 0 agroneg6cio brasileiro e persistente e, apesar desses obstaculos, ocupa a cada dialugar no cenarlo mundial. Isto implica dizer que as vantagens apresentadas como terrasabundantes, potencial de producao, climas favoravels, imensa disponibilidade de agua doce eenergia renovsvel e sua capacidade empresarial falam mais alto do que qualquer problema,fazendo do agroneg6cio 0 nosso neg6cio.REFERENCIAS

    ARAUJO, N. B.; WEDEKIN,I.; PINAZZA, L . A Complexo agroindustrial: 0 agribusiness brasileiro.Sao Paulo: ~roceres. 1990. 238p.BRASIL - Ministerio da ~ricultura, Pacuaria e Abastecimento (MAPA). Disponivel em: .Acesso em: 06-maio-2007.DAVIS, J. H; GOLDBERG, R. A Aconcept of agribusiness. Boston: Harvard University. 1957. 135p .

    PADILHAJUNIOR, Joao, B.0 Impacto da Reserva Legal Florestal sobre a ~ropecuariaParanaense, em um Ambiente de Risco. Curitiba, 2004. Dissertacao (Doutorado em CienciasFlorestais), Universidade Federal do Parana.RENAl. A Rede Nacional de tnformacoes sobre 0 Investimento. 0Setor de ~roneg6cio no Brasil:Hist6rico e Evolu~ao do ~roneg6cio Brasileiro. Disponivel em: .Acesso em: 29 out.2007.SEIBEL, Felipe. 0novo saito do agroneg6cio. Exame. Disponivel em: . Acesso em: 29 out.2007.VILARINHO, Maria Regina. QuestOes sanitarias eo agroneg6cio brasi leiro. Disponivel em:. Acesso em: 29 out.2007.WIKIPEDIA(2007) www.wikipedia.com.br.Acesso em: 29 out.2007.Joaquim Carlos LourencoBibliografia: Conforme a NBR 6023:2002 da Assoclacac Brasileira de Normas Tecnlcas (ABNT),o texto cientifico publicado em peri6dico elefronico deve ser citado da seguinte forma:LOURENCO, Joaquim Carlos. Aevolu~ao do agroneg6cio brasileiro no cenario atual.

    http://www.administradores.com.br/i nform e-se/artigos/a-evol ucao-do-ag ronegocio-bras ileiro-no-cenario-atual/24824/

    http://www.wikipedia.com.br.acesso/http://www.administradores.com.br/ihttp://www.administradores.com.br/ihttp://www.wikipedia.com.br.acesso/