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    A entrevista em avaliao psicolgica setembro/2014

    ISSN 2179-5568Revista Especialize On-line IPOG - GoiniaEdio Especial n 008 Vol.01/2014 set/2014

    A entrevista em avaliao psicolgica

    Seille Garcia Santos [email protected]

    Avaliao Psicolgica

    Instituto de Ps-Graduao e GraduaoIPOG

    Goinia - GO

    Resumo

    A entrevista em avaliao psicolgica pode ser entendida como um processo de coleta deinformaes sobre a pessoa em avaliao, para que seja possvel fazer algum tipo deentendimento a respeito dela. uma ferramenta importante para o trabalho do psiclogo,

    sendo que nenhuma outra capaz de ter o seu alcance nem a sua versatilidade. Existemdiferentes tipos de entrevistas aplicadas a vrias finalidades, nos diversos contextos emque pode atuar o psiclogo; esto includas entre elas o diagnstico, a seleo de pessoal,a interveno psicoterpica, a devolutiva, a de encaminhamento e tambm as entrevistasque tem como propsito a coleta de dados para pesquisa. Os resultados exitosos daentrevista dependem, na maior parte, da habilidade de entrevistador do psiclogo. Este

    precisa desenvolver conhecimentos especficos sobre diferentes disciplinas pertinentes a

    sua rea de atuao. Entre elas incluem-se Psicopatologia, Psicologia doDesenvolvimento, Negcios, Competncias funcionais, Psicologia da Sade, PsicologiaForense, entre outras. A entrevista, consequentemente, pode tanto servir etapa inicial daavaliao psicolgica, definindo os passos seguintes, quanto devoluo, ao final daavaliao psicolgica, garantindo os esclarecimentos dos resultados obtidos.

    Palavras-chave: Entrevista. Finalidades da entrevista. Avaliao Psicolgica.

    1. Introduo

    A entrevista a tcnica mais utilizada para a obteno de informaes a respeito de umapessoa em qualquer situao em que exista um indivduo buscando saber algo sobre outro,esclarecer comportamentos, elucidar intenes, ideias ou atitudes de algum, sejamespecficas ou genricas. uma ferramenta poderosa disposio dos psiclogos1, de valorinestimvel e, sem dvida, a mais indispensvel de todas as que possam ser colocadas aoseu alcance.Muitas so as finalidades ou objetivos para a utilizao de uma entrevista pelo psiclogo,assim como existem diferentes tipos ou modelos de entrevista, de acordo com o que amotiva. Entretanto, em todos os formatos que adquire e se utilizada de modo adequado,

    1Neste texto o termo psiclogo(s) refere-se a psiclogo(s) e psicloga(s).

    mailto:[email protected]:[email protected]
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    permite acessar ampla e profundamente o entrevistado, conhecer suas particularidades, suamaneira de se relacionar com os outros, como e o que pensa a respeito de determinadosassuntos, sua histria pregressa, seus planos futuros, tambm o que o incomoda eatrapalha, numa diversidade de contextos e situaes.De fato necessrio preparo ao psiclogo. Para utilizar-se da entrevista como ferramentade avaliao psicolgica, o profissional da Psicologia precisa ter diferentes conhecimentosque variam de acordo com o propsito da entrevista e o contexto em que ocorre. Se for

    para psicodiagnstico, por exemplo, obrigatoriamente o psiclogo precisar conhecerpsicopatologia, critrios diagnsticos, manuais de transtornos mentais e de classificao dedoenas, alm de Psicologia do Desenvolvimento. J na avaliao psicolgica para a

    seleo de pessoal, ser necessrio ao psiclogo conhecer a descrio do cargo, suascompetncias, as necessidades da empresa, e os mtodos especficos de entrevistaaplicados neste contexto, entre outras informaes que permitam a formulao de questesque abarquem o que se necessita entender sobre o candidato que se inscreve no processoseletivo. O psiclogo, portanto, precisar de diferentes informaes para utilizar aentrevista como uma tcnica nica e insubstituvel de coleta de informaes acerca de uma

    pessoa, permitindo-lhe executar em grau de excelncia a sua tarefa de conhecer seuentrevistado. E, muito alm desses conhecimentos, precisar usar de recursos relacionais,de capacidade de comunicao e empatia para ouvir o que o outro tem para dizer, sem

    perder de vista os objetivos que provocaram a situao de entrevista.Assim, considera-se a entrevista como um instrumento que ocupa lugar privilegiado nasmos do psiclogo, mesmo que nem sempre receba essa distino. Por este motivo, faz-senecessrio estudar extensivamente o que j se tem de informao sobre essa tcnica eampliar cada vez mais os estudos sobre as entrevistas, aprimorando e desenvolvendomodelos e procedimentos. Com base nesta premissa, este texto objetiva discutir algunsaspectos sobre a entrevista entendida como recurso inigualvel de investigao psicolgica

    para os psiclogos, rever sua finalidade, seus tipos, seus usos, contextos de aplicao,alcances e limitaes de sua utilizao, instigando novos estudos. Na sequncia, abordaralguns aspectos sobre as competncias obrigatrias ao psiclogo no planejamento econduo de entrevistas exitosas, finalizando com algumas consideraes ticas.

    2. A entrevista no contexto da avaliao psicolgica

    O termo entrevista origina-se da juno de entre + vista (do verbo ver), adaptao dofrancs entrevuee do ingls interview, que conforme Ferreira (2004) significa um colquioque se estabelece entre duas ou mais pessoas com o objetivo de obter certosesclarecimentos. Ainda pode ser entendida como um encontro combinado entre duas ou

    mais pessoas para elucidar atos, ideias e planos sobre um dos participantes.

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    Consequentemente compreende-se a entrevista como um processo que se estabelece noencontro de uma ou mais pessoas para entender algo de pelo menos uma delas.Por avaliao psicolgica entende-se uma srie de procedimentos que tm por objetivomedir fenmenos ou processos psicolgicos. Refere-se, seguindo o pensamento de Alchierie Cruz (2003), ao modo de conhecer os processos psicolgicos, que podem utilizar-se tantode procedimentos que visam diagnstico e prognstico quanto de outros que examinam ascondies psicolgicas, verificando estrutura e dinmica de funcionamento, competncias,habilidades, inteligncia, entre outros. Nesse caso, observe-se que a avaliao psicolgicaest respaldada pela construo cientfica da disciplina, como procedimento terico etecnicamente organizado em torno de instrumentos de testagem e avaliao, para responder

    a demandas especficas, circunscritas a quem solicitou e em determinado espao temporal,no mais apenas pela dicotomia psicotcnico/psicodiagnstico,.Alm disso, para que uma avaliao psicolgica seja realizada de forma adequada e bemsucedida, o psiclogo precisa ir alm dos conhecimentos essenciais da Psicologia(Psicopatologia, Psicologia do Desenvolvimento e da Personalidade, entre outras), sernecessrio conhecer as tcnicas de investigao psicolgica (nelas incluem-se asentrevistas, observaes, dinmicas de grupo e testes psicolgicos) e dispor deconhecimento em psicometria. Cada instrumento de avaliao deve obedecer suascondies de aplicao, devendo sempre ser adequadas aos objetivos da demanda, ao que

    se pretende avaliar e entender (CASULLO, 1999; ANASTASI; URBINA, 2000;PASQUALI, 2005).A entrevista na avaliao psicolgica recebe diversas definies, de acordo com a baseterica que a acolhe, propsito e abrangncia. Uma definio que parece dar conta deexplic-la baseada na proposta de Tavares (2000) que explica ser a entrevista umconjunto de tcnicas de investigao - um processo - que ocorre num tempo delimitado, dirigida pelo psiclogo que se utiliza dos conhecimentos que tem, estabelecendo umarelao profissional com o entrevistado, com o objetivo claro de descrever e avaliaraspectos pessoais, relacionais ou contextuais, para ao final tomar algum tipo de decisoque pode incluir recomendaes, orientaes, diagnstico, encaminhamento, contrataode servios, desligamento ou qualquer tipo de interveno que beneficie o entrevistado.Entende-se ainda que a entrevista, enquanto uma tcnica e um processo, no precisa estarrestrita a um nico encontro, a um nico momento exclusivo (LEITO; RAMOS, 2004). O

    psiclogo necessita e tem o direito de refletir a respeito dos dados coletados a primeiravista, precisa planejar os passos seguintes e dar continuidade ao processo de entrevista e,quando for o caso, incluir outros instrumentos, o que consiste em formatar a avaliao

    psicolgica.Observe-se que assim a entrevista posiciona-se de acordo com a sua magnitude e grau deimportncia na avaliao psicolgica, por ser a tcnica que permite o levantamento

    preliminar de informaes sobre uma pessoa, recurso que permite, inclusive, definir a srie

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    de procedimentos que em continuidade integraro a avaliao psicolgica como um todo.Obviamente que a entrevista no se limita a este procedimento inicial, pois durante todo oprocesso de avaliao psicolgica poder haver a aplicao de etapas e tcnicas deentrevista de acordo com o objetivo ou finalidade que originou a entrevista em si.

    A finalidade da entrevista

    A entrevista, na prtica do psiclogo, baseou-se inicialmente no modelo mdico, para aospoucos tornar-se menos voltada para desvendar sintomas de possveis psicopatologias e

    sim, esclarecer e permitir entender comportamentos, habilidades, pensamentos, formas deplanejar e de se organizar, maneiras de solucionar problemas e de se relacionar com outraspessoas, entre outras caractersticas que uma pessoa possa apresentar, em diferentescircunstncias e contextos. Assim, entende-se que a entrevista, como ferramenta detrabalho do psiclogo, est a servio de algum fim, ou seja, ela se destina a servir deinstrumento para descobrir algo sobre um indivduo, em funo de alguma necessidade,algum objetivo que se pretende atingir. assim, portanto, que a depender do tipo de trabalho que o psiclogo estejadesenvolvendo, nas diversas reas de atuao em que pode utilizar-se deste tipo de

    ferramenta, que determinada finalidade ser atribuda entrevista. Para tornar este textoum tanto mais didtico, seguem algumas finalidades dadas s entrevistas, provavelmente asmais usuais e com as quais os psiclogos se deparam em seu trabalho cotidiano:

    a) Entrevista Diagnstica: Neste tipo de entrevista o objetivo estabelecer o diagnstico dopaciente ou cliente, as indicaes de tratamento mais adequadas, de acordo com apsicopatologia que se apresenta e, possivelmente, o prognstico luz das informaesobtidas e em consonncia com os referenciais tericos que o sustentam. Neste sentido,lembram Cunha (2000) e Tavares (2000) que a entrevista que tem por objetivo odiagnstico, dever ter sempre como finalidade maior a descrio das informaes queforam coletadas e a avaliao para oferecer alguma forma de retorno ao entrevistado.Tavares (2000) faz uma importante reflexo frisando a necessidade de no se perder devista o objetivo da entrevista: cita que um psiclogo de abordagem psicodinmica

    proceder de modo diferente de um comportamental, entretanto se a finalidade daentrevista objetiva o diagnstico o que se buscar ser descrever e avaliar o queocorre com aquele indivduo e no contemplar aspectos de base terica de cadaabordagem. Enfatiza o autor que os meios de se obter as informaes podero serdiferentes, de acordo com cada abordagem, contudo o resultado ou retorno da entrevista

    para o paciente dever conduzir ao mesmo ponto.

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    Leva-se em considerao que as entrevistas que visam o diagnstico devem ser focadas emdescrever e avaliar sintomas, a histria do indivduo (neste caso se utiliza a anamnesecomo tcnica de entrevista), as dificuldades que enfrenta, suas perdas e seus prejuzos, ascondies em que vive, sem perder de vista os critrios diagnsticos das diferentes

    psicopatologias. O psiclogo pode utilizar-se de diferentes tipos de entrevistas como apoioao diagnstico, item que ser apresentado mais adiante neste texto, e, alm disso, no deve

    privar-se da utilizao de outros instrumentos psicolgicos e de medida como suporte aodiagnstico diferencial, incluem-se as observaes do comportamento, provas, checklistsetestes psicolgicos (ALCHIERI; CRUZ, 2003; BATISTA, 2010; CUNHA, 2000; CUNHA;

    NUNES, 2010; PASQUALI, 2010).

    Um exemplo de entrevista diagnstica a entrevista ldica. Proposta por Aberastury(1982) a tcnica se utiliza de brinquedos, entendendo que este oferece possibilidadesldicas projetivas s crianas, e que o material proveniente do que exposto pela crianaserve perfeitamente ao diagnstico. A entrevista ldica consiste em oferecer criana aoportunidade de brincar, como quiser, com todos os materiais ldicos da sala, deixando-lheclaro que o objetivo conhec-la melhor, explica Werlang (2000).Outro aspecto que merece destaque quando se aborda a entrevista com finalidadediagnstica o fato de ocorrerem desdobramentos do objetivo inicial e serem necessriasoutras entrevistas, com diferentes finalidades. Incluem-se: a entrevista devolutiva e a de

    encaminhamento.

    b) Entrevista Devolutiva: A entrevista de devoluo pode ser empregada em diferentescontextos de trabalho do psiclogo. Na avaliao psicolgica para diagnstico, a entrevistadevolutiva tem por finalidade comunicar ao indivduo qual foi o resultado da sua avaliao,qual o seu diagnstico. Isso pode ocorrer ao final da entrevista diagnstica ou em horriodestacado para essa tarefa, no h uma regra pr-estabelecida, especialmente quando aavaliao psicolgica foi extensa e incluiu vrios encontros e outros instrumentos alm daentrevista propriamente dita. No caso da entrevista devolutiva em seleo de pessoal importante que os candidatos saibam quais resultados obtiveram, especialmente nos casosde no estarem aptos para o preenchimento da vaga. Muitas pessoas podem desenvolverfantasias a respeito de no serem aprovadas em funo de alguma dificuldade psicolgica,receber uma devoluo significa dar-lhes a chance de saberem o que ocorreu, expressarseus pensamentos e sentimentos, e at procurar ajuda, se for o caso.Outro exemplo de entrevista devolutiva aquela que ocorre na comunicao dos resultadosaos participantes de pesquisas cientficas. um contexto de emprego da entrevistadevolutiva novo na realidade brasileira, que vem merecendo a ateno de pesquisadores

    pela importncia que vem tomando no sentido das questes ticas envolvidas, dos cuidadoscom os participantes de pesquisas em avaliao psicolgica e do direito que esses

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    participantes tm de receberem seus resultados se eles quiserem (NUNES; NORONHA;AMBIEL, 2012).O principal objetivo da entrevista devolutiva o de ajudar a pessoa a entender os seusresultados, e para tanto, possvel incluir diferentes estratgias que transcendem acomunicao dos dados apenas. A depender do propsito da entrevista devolutiva pode sernecessrio mais que um encontro, solicitar a presena do grupo de apoio do entrevistado,ou at providenciar o encaminhamento para atendimento psicoterpico ou para outros

    profissionais da sade, se necessrio. Ateno especial deve ser dada s entrevistasdevolutivas das avaliaes psicolgicas de crianas e adolescentes, momento em que seusinteresses so representados pelos seus responsveis, o que significa dizer que os

    resultados amealhados so discutidos diretamente com seus cuidadores, o que tambmocorre no caso de pessoas incapazes de responder por si mesmas.

    c) Entrevista de Encaminhamento: Este tipo de entrevista bastante utilizado em contextosclnicos, hospitalares e escolares. Tem por finalidade, como o prprio nome diz,encaminhar o indivduo para instituies e/ou profissionais que possam dar continuidadeao seu atendimento, ao seu tratamento ou mesmo ao processo de avaliao psicolgica. Aentrevista de encaminhamento pode ser uma decorrncia da entrevista diagnstica, porexemplo, o encaminhamento para psicoterapia; da no adequao do tipo de atendimento

    psicoterpico que o psiclogo sabe fazer psicopatologia que o paciente apresenta, outroexemplo, ou seja, o psicoterapeuta ir encaminhar para um colega em condies de

    prosseguir com o paciente, redirecionando o tratamento de acordo com a necessidade.Entretanto tambm existem aquelas entrevistas de encaminhamento que decorrem de uma

    breve entrevista inicial, que funciona como uma triagem com a finalidade apenas avaliar ademanda do indivduo para que se possa propor o seguimento do atendimento. bastantecomum que isso ocorra, conforme Tavares (2000), em servios de sade pblica. Aentrevista de triagem e encaminhamento servir especialmente para avaliar a gravidade dacrise, se necessrio encaminhar para avaliao psiquitrica imediatamente, para qual

    profissional encaminhar e assim por diante.

    d) Entrevista de Interveno Psicoterpica: Este tipo de entrevista sempre concernente aotipo de abordagem ou referencial terico que abraa o psiclogo e que ser empregada parao atendimento ao paciente, tem por finalidade ajudar o paciente em suas necessidades, nasmudanas que deseja/consegue fazer em seus comportamentos. Um exemplo deste tipo deentrevista a motivacional, inspirada nas abordagens comportamental, centrada na pessoae sistmica, utiliza-se da persuaso ao invs do confronto, dando suporte aos pacientes paraenfrentarem suas dificuldades, especialmente de comportamento aditivo. , segundoOliveira (2000), um tipo de entrevista que combina o mtodo mais estruturado/diretivo e

    menos estruturado/no diretivo (sero descritos mais adiante neste texto), ajudando o

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    paciente durante os encontros a trabalhar a ambivalncia e a processar as mudanascomportamentais necessrias.

    e) Entrevista de Avaliao de Pessoal: A seleo de pessoas uma das reas dasorganizaes que vem recebendo statusde rea estratgica, tanto quanto a reteno dosmelhores colaboradores e outras reas que ditam a manuteno dos negcios em mercadoto competitivo quanto o o da atualidade, globalizado e absolutamente dinmico(HAME; PRAHALAD, 1994; HARRIS, 1989). por este motivo que selecionar osmelhores profissionais tem sido matria de grande discusso entre os profissionais deGesto de Pessoas e entre eles incluem-se os psiclogos. A avaliao psicolgica neste

    segmento vem avanando a passos largos e novas ferramentas de avaliao vm sendodesenvolvidas, sempre com o objetivo de obter informaes a respeito dos candidatos, como mximo de preciso possvel, com o menor tempo e custo praticvel.A entrevista , portanto, uma das ferramentas que ganhou novos ares e importnciafundamental no campo da avaliao psicolgica nas organizaes, no sentido de apoiar asdecises na avaliao de pessoal, segundo Almeida (2004), seja durante o processoseletivo, durante o acompanhamento do profissional no exerccio de suas atividades, naavaliao de potencial e de desempenho, para encaminhamento, ou outros tipos que sejamaplicveis a este campo de atuao dos psiclogos. Vrios formatos de entrevistas foram

    criadas e vm sendo consolidadas ao longo do tempo para atender a essa demanda e entreelas destacam-se algumas mais estruturadas e outras com pouca ou quase nenhumaestrutura, como: a entrevista de uma s questo, aquelas com perguntas abertas, outras comindagaes focadas em um assunto, as roteirizadas, as baseadas em situaes ou emcomportamentos (CAMPION; PALMER; CAMPION, 1997).Tradicionalmente, as entrevistas para avaliao de pessoal eram e ainda podem ser feitasde forma desestruturada, com questes abertas, por vezes baseadas na descrio dasatividades do cargo ou na requisio do gestor que solicitava o preenchimento da vaga, porexemplo. Em geral, a partir desse tipo de entrevista explica Garcia-Santos (2008), oscritrios de excluso de candidatos dos processos seletivos tornam-se frgeis e desprovidosde objetividade no que se refere aos comportamentos necessrios para execuo dorepertrio de tarefas exigidos para ocupao da vaga de trabalho. Alm disso, oentrevistador fica fadado sua subjetividade e suas impresses, como enfatizam Arajo ePilati (2008), nas concluses que chega diante de um emaranhado de informaescoletadas ao longo do dilogo que foi estabelecido; sem esquecer que o entrevistado, emgeral, est sob forte presso emocional.Um tipo de entrevista aplicada s organizaes que faz o contraponto tradicional e ssuas derivadas a entrevista comportamental. Este modelo de entrevista surgiu nosEstados Unidos como uma ferramenta de avaliao psicolgica que pretendia facilitar a

    compreenso dos comportamentos das pessoas frente s situaes vivenciadas no trabalho.

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    devendo o psiclogo proporcionar ao entrevistado as orientaes e encaminhamentosnecessrios, conforme explicam Nunes, Noronha e Ambiel, (2012).

    Tipos de entrevista e sua aplicao

    Os tipos de entrevista referem-se ao seu aspecto formal ou sua estrutura. Entende-se quetoda entrevista, como processo de se capturar informaes sobre algum, uma pesquisa.Por este motivo a proposta de Gil (1999) de classificao das entrevistas de acordo comseu aspecto estrutural, pode ser aplicada para o que se pretende explicar neste item.

    Seguindo o pensamento do autor, as entrevistas podem ser classificadas em: entrevistaestruturada, semiestruturada, e no estruturada. Outras possveis nomenclaturas utilizadas

    para discutir os tipos de entrevista so: entrevista aberta ou no diretiva (a mesma que ano estruturada), entrevista diretiva ou fechada (ou estruturada), e a entrevistasemiestruturada que tambm conhecida com semidiretiva ou semiaberta.Para entender melhor cada tipo, seguem algumas descries acerca de cada um deles:

    a) Entrevista no estruturada: Este tipo de entrevista considerado de tipo aberto, comnenhuma estrutura ou uma estrutura mnima em que se deixa para o entrevistado a deciso

    de como ir expor as informaes, como ir construir uma fala sobre o que est sendotratado. Diferencia-se de uma simples conversa porque tem uma finalidade definida,destinam-se a algum propsito bastante claro para as partes. Aplica-se a diferentescontextos, entretanto por se constituir de uma forma no roteirizada de coletar dados, adepender da finalidade da entrevista, corre-se o risco de serem coletadas inmerasinformaes e utilizar-se de muito tempo, sem necessariamente serem atingidos osobjetivos propostos.A entrevista no estruturada o tipo de entrevista que se destina a situaes especficas,como por exemplo, quando se pretende que a pessoa descreva minuciosamente um eventoe o entrevistador apenas faz uma colocao no sentido de solicitar a ela que fale sobre oque lhe ocorreu. Alguns autores concordam que quando se pretende esclarecer umasituao, desenvolver um conceito, saber mais sobre atitudes e comportamentos,trabalhando com uma amplitude de informaes, a entrevista no estruturada o tipo ideal,

    j que a delimitao do campo de resposta, praticamente nula, podendo ir o entrevistadona direo que quiser (GIL, 1999; MATTOS, 2005).Alguns cuidados importantes no uso deste tipo de entrevista recaem sobre: 1)

    possibilidade/necessidade de ser gravada, como garantia de acesso real aos dados colhidos,sem perda de informaes que podem ocorrer quando o entrevistador intenta anotar todo ocontedo expresso verbalmente; 2) aspectos ticos e de sigilo com o material produzido,

    assunto que ser discutido mais adiante neste texto; 3) outro ponto de nfase mais terica

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    o fato de entrevista aberta no significar questo aberta, pois algumas questes abertas sotambm utilizadas nos roteiros das entrevistas estruturadas, por exemplo; 4) e como ltimoponto de ateno, o treinamento necessrio ao entrevistador.

    b) Entrevista semiestruturada: A entrevista semiestruturada, conforme Manzini (2003) eTrivios (1987), tem um foco principal definido e a partir dessa focalizao que umroteiro construdo, com questes bsicas e/ou principais que so complementadas poroutras questes que surgem ao longo da entrevista, permitindo ao entrevistador fazeremergir informaes de forma mais livre e as respostas ficam mais espontneas, semestarem condicionadas a algum tipo de padro ou alternativas. um tipo de entrevista que

    pode ser aplicada para diferentes finalidades. Para Trivios (1987, p. 146) a entrevistasemiestruturada favorece ...no s a descrio dos fenmenos, mas tambm suaexplicao e a compreenso de sua totalidade.

    c) Entrevista Estruturada: Este tipo de entrevista bastante utilizado nas diferentes reas deatuao do psiclogo. A entrevista denominada de estruturada, como o prprio nome diz,

    por desenvolver-se a partir de uma estrutura previamente definida, ou seja, h um roteirofixo de perguntas ou um questionrio, cuja ordem e redao permanecem exatamenteiguais em cada aplicao, segundo Lakatos e Marconi (1996).

    Neste tipo de entrevista no h a possibilidade de questes serem alteradas durante a suaaplicao, ela permanece invarivel para todas as pessoas que forem responder a ela.

    bastante utilizada em processos seletivos e pesquisas cientficas, ou em outras situaes emque se queira fazer um levantamento de informaes sobre as pessoas de modo bastanteobjetivo e mais rpido que as outras modalidades. So bastante comuns, neste tipo deentrevista, as perguntas com possibilidades de respostas bipolares ou dicotmicas. Estetipo de entrevista, tambm facilita o tratamento estatstico e quantitativo dos dados, adepender da finalidade da entrevista.Entende-se que no h um tipo de entrevista melhor que o outro, mas preciso esclarecerque um tipo ser mais adequado que outro de acordo com a finalidade da entrevista, com olevantamento de informaes que se pretende fazer, ou seja, qual o objetivo, aonde se querchegar com a tcnica. Sendo assim, a escolha do tipo de entrevista deve ser realizada apso esclarecimento do propsito da entrevista. Alm disso, preciso observar que oentrevistador precisa conhecer cada tipo e sua aplicao, justamente para que possa fazer amelhor escolha de acordo com a sua necessidade.

    Alcances e limitaes

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    Diferentes trabalhos vm discutindo as limitaes, vantagens e cuidados que os psiclogose os profissionais de outras disciplinas devem ter ao se utilizar da entrevista comoprocedimento para coleta de dados, entre eles destacam-se Garcia-Santos (2008), Nunes,Noronha e Ambiel (2012), Manzini (2003) e Trivios (1987). O que tem se mostradocomum e consenso entre os autores , especialmente, o preparo/treinamento doentrevistador, ressaltando-se que algumas limitaes das entrevistas se devem a influnciado entrevistador na resposta do entrevistado. Incluem-se nesta discusso Brenner (1985),Dias (1997), Manzini e Simo (2001) que sugerem poder haver interferncia doentrevistador tambm no processo de raciocnio e memria do entrevistado.Entretanto, parece no restar dvidas de ser a entrevista, como enfatizou Tavares (2000)

    um dos instrumentos de coleta de informaes mais poderosos de que dispem ospsiclogos. Alm disso, a maior vantagem descrita a versatilidade de sua aplicao emdiferentes contextos de atuao dos psiclogos, sendo possvel adequ-la, sem perder suasqualidades, a diferentes finalidades e tipos, de acordo com a necessidade em foco.Pensando assim alguns cuidados merecem destaque para que a entrevista alcance seusobjetivos e, efetivamente, fornea as informaes que interessam aos psiclogos.Conforme Scheeffer (1977) as principais recomendaes ao psiclogo incluem:a) criar um clima favorvel realizao da entrevista;

    b) estabelecer o rapport: ele deve ser entendido como parte obrigatria do processo;

    c) adequar instalaes fsicas, incluindo acomodaes, iluminao e temperatura: devemser cuidadosamente preparadas para receber o entrevistado;d) iniciar a entrevista propriamente dita somente quando perceber que o entrevistado est omais vontade possvel;e) preparar-se prvia e efetivamente para a entrevista que ir realizar independente dotipo que ser aplicadasem perder de vista a finalidade, o propsito da entrevista;f) tomar todos os cuidados para no transformar a entrevista em mera conversa.Outras orientaes, seguindo o pensamento da autora levam em considerao aspectos noto formais, mas outros que dizem respeito s posturas a serem adotadas pelo psiclogodurante a entrevista, como por exemplo: ouvir o que o entrevistado tem a dizer, sem

    julgamentos; aguardar seus silncios; aproveitar interjeies para esclarecer algumadvida; de modo algum interromper o fluxo do pensamento do entrevistado; e, olharatentamente para o entrevistado. Com base nesse posicionamento, pondera-se que aadequao do psiclogo garantir o resultado de cada entrevista por ele realizada.

    Competncias do psiclogo: algumas consideraes ticas

    No resta dvida que os procedimentos que envolvem uma entrevista no campo da

    avaliao psicolgica so complexos e especficos. Tem-se, portanto, diversos aspectos

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    crticos que influenciam ao mesmo tempo em que ditam as regras no que tange competncia do psiclogo. Conforme Bleger, (1998), Lodi (1998), Oliveira (2000),Rabaglio (2005) e Tavares (2000), as entrevistas que envolvem conhecimento psicolgicoexigem treinamento especializado e os seus resultados dependem da experincia e dahabilidade do entrevistador, que necessita dominar uma diversidade de conhecimentos.Alguns temas abordados nas entrevistas so delicados e podem impor barreiras

    aproximao necessria entre o psiclogo e o entrevistado, um exemplo desse tipo desituao so as entrevistas de disputa de guarda, como explicam Lago e Bandeira (2008).

    Nesse sentido, a capacidade de relacionamento interpessoal, a habilidade do psiclogo emconduzir o processo de entrevista facilitar o acesso s informaes, assim como a ateno

    aos detalhes, a antecipao de situaes mais complicadas e a dedicao ao estudo etreinamento dessas competncias, aplicadas sempre de acordo com a finalidade daentrevista.Parte-se do princpio que o maior beneficiado dos resultados da entrevista seja o prprioentrevistado, entretanto, adverte Tavares (2000) que em no raros casos o psiclogo

    precisa lidar com interesses de terceiros, s vezes divergentes. So considerados terceirosoperadores da justia, empregadores, agentes de seguro, entre outros, que muitas vezestrazem a baila conflitos de interesses e aspectos ticos so demandados por este tipo dedificuldade. A orientao mais precisa que se pode fazer, nesse sentido, de o psiclogo

    ter a clareza de quem o seu cliente, quais interesses esto em jogo, quais as demandas, eo que eticamente adequado e o que no . No h dvida que o tema merece ateno ecautela em sua tratativa.Com base nessa assertiva, parece importante lembrar que as entrevistas devem respeitartodos os pressupostos ticos de sigilo e cuidado com o material produzido em cada etapaat a finalizao do processo, garantindo ao entrevistado que o procedimento no lhecausar qualquer dano, conforme o proposto no Cdigo de tica Profissional do Psiclogo.Assim como obrigatrio esclarecer ao entrevistado todos os passos do processo quevivenciar, dando-lhe o direito de questionar sobre suas dvidas e interromper qualqueratividade no tempo em que desejar. sempre necessrio que o Termo de ConsentimentoLivre e Esclarecido seja assinado antes do incio da entrevista e da avaliao psicolgicacomo um todo.

    3. Consideraes Finais

    A ttulo de fechamento conclui-se que a entrevista a tcnica mais utilizada para aobteno de informaes a respeito de uma pessoa. Nas mos dos psiclogos pode serconsiderada uma ferramenta sem igual e de precioso valor. Existem diferentes finalidades

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    para a utilizao das entrevistas pelo psiclogo: para fazer diagnstico, encaminhamentos,devolues, seleo de pessoal e at mesmo pesquisas.As entrevistas podem ser aplicadas nos diferentes contextos de atuao do psiclogo. O

    bom resultado da entrevista estar sempre relacionado s competncias do psiclogo comoentrevistador, suas habilidades relacionais e capacidade de abordagem. Considera-se queos psiclogos precisam desenvolver diferentes conhecimentos, incluindo o entendimentode quem so os seus clientes, para utilizar-se das entrevistas como ferramenta de apoio nasavaliaes psicolgica que conduz, no trabalho que executa.Dada a importncia das entrevistas na atuao dos psiclogos, cada vez mais, tem-se dadoateno nos cursos de formao s diferentes modalidades de entrevistas e ao

    aprimoramento das tcnicas de acordo com a sua finalidade. Essa perspectiva deixa paratrs a exclusividade das entrevistas semiprontas, mais tradicionais ou estruturadas, para darlugar a entrevistas bem elaboradas, como tcnica de acesso s informaes, como porexemplo, a entrevista comportamental. Entrevistas deste tipo instigam o entrevistando emavaliao a discorrer sobre diferentes assuntos com foco preciso, gerando esclarecimentose auxiliando o psiclogo a entender aquilo de que necessita para executar a avaliao

    psicolgica.Por esse motivo, faz-se necessrio deixar claro que independente do tipo de entrevista queest sendo utilizada, o psiclogo no pode perder de vista os seus objetivos, pois so eles

    que definiro o planejamento da entrevista, as estratgias de coleta de informaes a seremutilizadas e quais os limites de cada tcnica de entrevista escolhida. A entrevista umatcnica amplamente adaptvel, sua flexibilidade em atender a diferentes demandas permiteque seja uma tcnica de busca de esclarecimentos, mas tambm de confronto e teste delimites. Por essa caracterstica, a entrevista destaca-se e inclui inmeras possibilidadescomo nenhuma outra tcnica de avaliao psicolgica ao dispor dos psiclogos.

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