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MARCELO DA ROCHA CARVALHO PROFESSOR E SUPERVISOR DO CURSO DE MEDICINA COMPORTAMENTAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO [email protected] A intervenção psicológica pela Ginástica Laboral

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MARCELO DA ROCHA CARVALHOPROFESSOR E SUPERVISOR DO CURSO DE MEDICINA

COMPORTAMENTAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

[email protected]

A intervenção psicológica pela

Ginástica Laboral

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A Psicologia no ambiente de Trabalho

Embora atualmente a Psicologia desfrute de uma reputação de efetividade, ainda gasta-se muitos recursos no tratamento de transtornos psicológicos e poucos em prevenção.

Não há formas de prevenção em operação na sociedade atual, no que se refere a serviços psicológicos.

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Recursos Humanos

Para Chiavenato (1996), as empresas são fundamentalmente constituídas de inteligência, algo que apenas as pessoas possuem, e o capital somente será bem aplicado quando for inteligentemente investido e administrado. Para tanto, a administração de recursos humanos torna-se prioritária em relação à administração do capital ou a qualquer outro recurso empresarial, como máquinas, equipamentos, instalações, clientes, etc. As empresas bem-sucedidas se deram conta disso e voltaram-se para seus funcionários como os elementos alavancadores de resultados dentro da organização, descobrindo que todo investimento em pessoas, quando bem feito, provoca retornos garantidos à empresa. Chiavenato lembra que o investimento gradativo no aperfeiçoamento e treinamento de pessoal é o principal desafio de Recursos Humanos (RH).

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Psicopatologia

A maioria das classificações atuais de distúrbios segue o modelo tradicional, em medicina, que separa as doenças em unidades delimitadas, ou seja, categorias distintas(abordagem categorial).

O outro modelo(dimensional), procedente sobretudo da psicologia e usando metodologia estatística, concebe os distúrbios de personalidade como variantes extremas de traços que existem normalmente na população e que se distribuem de maneira contínua.

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Os DSM’s

O perigo de se diagnosticar demais.

O poder dos rótulos de diagnóstico.

A confusão entre transtornos mentais graves com problemas normais.

A ilusão da objetividade.

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Exemplifiando

Fazendo analogia com a classificação das cores, a abordagem categorial as classifica como: vermelha, verde, amarela, azul e assim por diante. Já o modelo dimensional as divide de acordo com o comprimento e intensidade da onda de luz.

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Treino de Controle do Stress

“A psicoterapia do stress proposta por Lipp(1984) e Lipp e Malagris (1995), conhecida como “Treino de Controle do Stress”(TCS) difere da psicoterapia usual, independentemente da abordagem, em especial porque ela focaliza métodos de manejo das tensões e de suas causas. Não pretende deter-se em outros aspectos disfuncionais presentes, para cuja a resolução a psicoterapia usual é recomendada. Trata-se, na essência, de um método com forte base educacional em que mudanças de hábitos de vida potencialmente facilitadores do desenvolvimento do stress, são privilegiadas. O TCS é breve e seus efeitos são comprovadamente mantidos por meio de uma prevenção a recaída.”(Lipp e Malagris, In.: Rangé, 2001)

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Componentes do Treino de Controle do Stress

1. Avaliação do nível e da sintomatologia do stress.2. Avaliação de estressores externos e

autoproduzidos.3. Treino comportamental-cognitivo inclui:

• Mudança do estilo cognitivo;• Redução da excitabilidade emocional;• Redução da excitabilidade física;• Treino de assertividade e afetividade;• Treino em resolução de problemas;• Autocontrole da ansiedade;• Manejo da hostilidade e irritabilidade;• Administração do tempo.• Redução do Padrão Tipo A do comportamento.

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Componentes do Treino de Controle do Stress

4. Mudança de estilo de vida com relação a:• Atividade física;• Nutrição;• Relaxamento.

5. Plano de prevenção a recaída.6. Seguimento para incentivar a adesão ao

tratamento.(Lipp e Malagris, In.: Rangé, 2001)

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Correlação com a TCC

Lipp e Malagris(1995) descrevem detalhadamente o TCS de Lipp(1984) e enfatizam que o TCS, baseado em princípios cognitivos-comportamentais, tem como objetivo gerar alterações no estilo de vida a fim de que o indivíduo possa obter sucesso nas diversas áreas de atuação. (Lipp e Malagris, In.: Rangé, 2001)

O TCS foi elaborado com base no treino de inoculação stress, de Meichenbaum(1985) e Terapia Racional-Emotiva Comportamental de Ellis(1973) e pesquisas nacionais. (Lipp e Malagris, In.: Rangé, 2001)

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Correlação com a Técnica de Resolução de Problemas

Seus objetivos são, segundo Hawton e col.(1997):

1) Ajudar pacientes a identificar os problemas como causas da disforia;

2) Ajudá-lo a reconhecer os recursos que possuem para abordar suas dificuldades;

3) Ensinar-lhes um método sistemático de superar problemas atuais;

4) Incrementar seu senso de controle sobre os problemas;

5) Oferecer-lhes um método para lidar com problemas futuros.

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Codo, 2004

A busca de fatores de risco caracteriza uma abordagem epidemiológica, segundo a OMS(Kalino, 1987), um fator de risco é “toda característica determinável de uma pessoa ou grupo de pessoas que se sabe estar associado a um risco anormal de aparecimento ou evolução de um processo patológico”. (Rouquayrol, 1988)

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A dúvida real...

Em síntese: qual a probabilidade de que este trabalho, ou desta característica do trabalho, tem de instalar esta ou aquela psicopatologia? (Codo, 2004)

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Quais são os fatores de risco?

Todos aqueles que são importantes para construção da personalidade e da identidade, ou ainda a interação entre elas. (Codo, 2004)

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É relevante saber...

Trabalhos são diferentes na probabilidade de provocar psicopatologias. (Codo, 2004)

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Perdendo um foco importante

Uma decorrência dessa mudança é que as doenças relacionados ao trabalho, a partir deste momento, passam a ser consideradas como doenças do trabalho e não mais como doenças do trabalhador.

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Aspectos gerais

“O presenteísmo é primo(de primeiro grau) do absenteísmo” – Health Promotion Practitioner.

Segundo George Pfeiffer: “Com o presenteísmo, as pessoas estão fisicamente presentes, mas devido aos conflitos do trabalho e/ou da vida, ou mesmo por problemas de saúde, não estão completamente engajados em seus trabalhos”.

Ou seja, estar de corpo presente, mas não de corpo e alma.

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Stress e o presenteísmo

“Vamos dizer que uma pessoa está passando por uma difícil separação com seu cônjuge. Estas pessoas não estarão aptas em separar o stress emocional e mental para trás quando vão ao trabalho, e sua distração compete com sua habilidade de se concentrar em suas atividades.” Pfeiffer, George.

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6 formas de combater o PRESENTEÍSMO

1. Encorajar os empregados para o auto-gerenciamento: aumentado informações sobre qualidade de vida e controle do stress.

2. Treinar os empregados em técnicas de resolução criativa dos problemas, aliados aos esforços de auto-gerenciamento.

3. Criar um grupo de capital humano.

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6 formas de combater o PRESENTEÍSMO

4. Identificar os custos à organização com a saúde precária e baixa produtividade do empregado.

5. Avaliar o que o empregado está fazendo agora para promover saúde e decisões assertivas no trabalho.(promover treinamentos, fornecer recursos)

6. Modificar um ambiente tóxico de trabalho.

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Alienação: uma conseqüência

Essa mudança implica, de um lado, positivamente, assumindo a relação existente entre condições de trabalho e adoecimento. Permite a concretização de toda um série de pesquisas e ações, principalmente no que se refere às normas de segurança e higiene do trabalho, favorecendo a prevenção e o controle de alguns destes problemas. Por outro lado, ao colocar o problema no trabalho, afasta o sujeito da ação, ou seja, retira o indivíduo do foco. O problema passa a ser tratado coletivamente, alienando o sujeito do processo de adoecimento.

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Prevenção

A prevenção passa a ser trabalhada não mais pela ótica da preservação da saúde, mas da evitação do acidente do trabalho, do infortúnio.

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O Ginástica Laboral e a saúde do trabalho

O treinamento tem a capacidade de “empoderar” o indivíduo para sua vida, sua saúde e sua competências para viver.

Inverte os aspectos alienantes da noção saúde-trabalho, posicionando ativamente o indivíduo.

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Treinar adequadamente é...

EstimularProtegerCapacitarGerar autocontrole

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Promoção da saúde e QVT

A idéia de QVT baseia-se numa visão integral de pessoas, que é chamado enfoque biopsicossocial. Este enfoque origina-se das idéias lançadas pela medicina psicossomática, que propõe a visão integrada, holística(ou sistêmica), do ser humano.

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Complicadores apontados pela Psicologia a Saúde Mental do Trabalhador

Estresse emocional Perfeccionismo Procrastinação Comportamentos inassertivos Falta de habilidades sociais Presenteísmo Absenteísmo Burn out Indivíduos “workaholics” Indivíduos Tipo A de personalidade Sedentarismo Outros

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“Elementos estressógenos”

Tarefas de responsabilidade.Reações a eventos inesperados.Situações de expectativa e contato com o

novo.

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Mecanismo do Estresse

Resposta física.Resposta psíquica.

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Cérebro Triúnico/MacLean(1973)

CérebroReptílico

Cérebro Mamífero

Cérebro

Neo-mamífero

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Porque entender o Stress?

Se o Stress for bem compreendido e controlado, pode, até certo ponto, ser favorável, pois prepara o organismo para lidar com situações difíceis da vida. Do contrário propicia o adoecimento. A pessoa com níveis altos de estresse não raciocina com clareza, é irritada e com pouca paciência, prejudicando sua tomada de decisões e com baixa resolução de problemas.

(Marilda Novaes Lipp)

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Stress e sua breve história

1926 - Selye nota a "síndrome de simplesmente estar doente"

1936 - Selye conduz experimentos com ratos e descobre que a reação de alarme leva a: O córtex das suprarenais sofre aumento de

tamanho e fica hiperativo. O timo, nódulos linfáticos, baço diminuem em

tamanho. Úlceras aparecem nas paredes do estômago e

intestinos.

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O Stress e sua história

1936 - Selye publica na Revista Nature o primeiro artigo sobre a síndrome do stress e chamou de "alarme” a primeira fase do stress.

1952 - Selye descobriu que o organismo não ficava para sempre em estado de alarme, ou ele morria ou se adaptava. Ele chamou este estagio de "resistência”.

Descobriu também que após um período prolongado em resistência, o organismo não mais consegue resistir. A resistência se quebra e ele cai em exaustão.

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Com definir o Stress excessivo?

O stress passa a ser excessivo quando a pessoa não possui, no momento, ou por déficit no repertório ou por exaustão, recursos psicológicos de enfrentamento adequados.

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Conseqüências do Stress

Devido à ação perfeitamente integrada do stress sobre todo o organismo humano, seus sintomas podem ter uma caracterização somática ou psicológica.

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O Stress pode gerar complicações...

Gastrointestinais, Cardiovasculares, Respiratórias, Músculo-esqueléticas, Psiquiátricas,Dermatológicas e IImunológicas.

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Hormônios e o Stress

A produção e ação dos hormônios corticóides é necessária para que o organismo lide com situações de perigo buscando o reequilíbrio, no entanto, se o stress é muito intenso e/ou prolongado, há excesso de produção destes hormônios, o que pode levar a importantes prejuízos para o organismo como um todo.

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Porque adoecemos com o Stress?

O cortisol regula o metabolismo e a imunidade. Ao longo do tempo ele pode ter ação tóxica.

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Stress e os Transtornos Mentais

O excesso de adrenalina e glicocorticóides pode comprometer o delicado equilíbrio dos neurotransmissores e provocar transtornos psicológicos/psiquiátricos.

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Nível sintomatológico

Para tornar claro o processo de desenvolvimento do stress é necessário considerar que o quadro sintomatológico do stress varia dependendo da fase em que se encontre.

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Fontes de Stress

Externas Internas

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Fase de Alerta

Na fase do alerta considerada a fase positiva do stress, o ser humano se beneficia e ganha energia através da produção da adrenalina, a sobrevivência é preservada e uma sensação de plenitude é freqüentemente alcançada.

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Fase de Alerta: conseqüências

SONO: dificuldade em dormir muito acentuada devido à adrenalina

SEXO: libido alta , muita energia. O sexo ajuda a relaxar.

TRABALHO: grande produtividade e criatividade, pode varar a noite sem dificuldade.

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Fase de Alerta: conseqüências

CORPO: tenso, músculos retesados, no início aparece a taquicardia, sudorese, diminuição fome e do sono, mandíbula tensa, respiração mais ofegante do que o normal. No todo, o organismo reage em uma perfeita união entre mente e corpo. A tensão do corpo encontra correspondência na mente.

HUMOR: eufórico. Pode ter grande irritabilidade devido à tensão física e mental experimentada.

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Fase de Resistência

Na segunda fase a da resistência a pessoa automaticamente tenta lidar com os seus estressores de modo a manter sua homeostase interna.

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Fase de Resistência: conseqüências

SONO: normalizado.SEXO: libido começa a baixar, pouca

energia. O sexo não apresenta interesse.TRABALHO: a produtividade e

criatividade voltam ao usual, mas as vezes não consegue ter novas idéias.

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Fase de Resistência: conseqüências

CORPO: cansado, mesmo tendo dormido bem. O esforço de resistir ao stress se manifesta em uma certa sensação de cansaço. A memória começa a falhar. Mesmo não estando com alguma doença ainda o organismo se sente "doente".

HUMOR: cansado, só se preocupa com a fonte de seu stress. Repete o mesmo assunto, se torna tedioso.

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Fase de Quase-Exaustão

Se os fatores estressantes persistirem em freqüência ou intensidade, há uma quebra na resistência da pessoa e ela passa a fase de quase-exaustão .

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Fase de Quase-Exaustão : conseqüências

CORPO: cansado e uma sensação de desgaste aparece. A memória é muito afetada e a pessoa esquece fatos corriqueiros. Doenças começam a surgir. As mulheres apresentam dificuldades na área ginecológica. Todo o organismo se sente mal . Ansiedade passa a ser sentida quase que todo dia.

HUMOR: a vida começa a perder o brilho, não acha graça nas coisas, não quer socializar, não sente vontade de aceitar convites ou fazê-los. Considera tudo muito sem graça e as pessoas tediosas.

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Fase de Quase-Exaustão : conseqüências

SONO: insônia, acorda muito cedo e não consegue voltar a dormir.

SEXO: libido quase desaparece, a energia para sexo está sendo usada na luta contra o stress e a pessoa perde o interesse.

TRABALHO: a produtividade e criatividade caem dramaticamente,consegue somente dar conta da rotina, mas não cria nem tem idéias originais.

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Fase de Exaustão

Nesta fase o processo do adoecimento se inicia e os órgãos que possuírem uma maior vulnerabilidade genética ou adquirida passam a mostrar sinais de deterioração.

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Fase de Exaustão: conseqüências

SONO: dorme pouco, acorda muito cedo, não se sente revigorado pelo sono.

SEXO: libido desaparece quase que completamente.

TRABALHO: não consegue mais trabalhar como normalmente, não produz, não consegue concentrar nem decidir. O trabalho perde o interesse.

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Fase de Exaustão: conseqüências

CORPO: desgastado e cansado. Doenças graves podem ocorrer como depressão, úlceras, pressão alta, diabetes, enfarte, psoríase, etc. Não há mais como resistir ao stress, a batalha foi perdida. A pessoa necessita de ajuda médica e psicológica para se recuperar.

HUMOR: não socializa, foge dos amigos, não vai a festa, perde o senso de humor, fica apático. Muitas pessoas tem vontade de morrer.

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Fase de Exaustão: conseqüências

Não havendo alívio para o stress através ou da remoção dos estressores ou através do uso de estratégias de enfrentamento, o stress atinge a sua fase final.

A Exaustão - onde doenças graves ocorrem nos órgãos mais vulneráveis (aspectos genéticos/familiares).

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Desamparo Aprendido pelo Stress

Senso de incontrolabilidade.Redução da motivação.Negativismo.Catastrofização.Irritação e agressividade.

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Stress Negativo

É o stress em excesso. Ocorre quando a pessoa ultrapassa seus limites e esgota sua capacidade de adaptação. O organismo fica destituído de nutrientes e a energia mental fica reduzida. Produtividade e capacidade de trabalho ficam muito prejudicadas. A qualidade de vida sofre danos . Posteriormente a pessoa pode vir a adoecer.

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Stress Positivo

É o stress em sua fase inicial, a do alerta. O organismo produz adrenalina que dá animo, vigor e energia fazendo a pessoa produzir mais e ser mais criativa. Ela pode passar por períodos em que dormir e descansar passa a não ter tanta importância. É a fase da produtividade, como se a pessoa estivesse de alerta. Ninguém consegue ficar em alerta por muito tempo pois o stress se transforma em excessivo quando dura demais.

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Stress Ideal

Quando a pessoa aprende o manejo do stress e gerencia a fase de alerta de modo eficiente alternando entre estar em alerta e sair de alerta. Para quem aprende a fazer isto o “céu é o limite”. O organismo precisa entrar em equilíbrio após uma permanência em alerta para que se recupere . Após a recuperação não há dano em entrar de novo em alerta. Se não há um período de recuperação, então, doenças começam a ocorrer pois o organismo se exaure e o stress fica excessivo. O stress pode se tornar excessivo porque o evento estressor é forte demais ou porque se prolonga por tempo muito longo.

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O Stress e suas Fases

AlertaAlerta

ResistênciaResistênciaQuase ExaustãoQuase Exaustão

ExaustãoExaustão

Curva e fases do StressCurva e fases do Stress

StressStress

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04 Pilares do Controle do Stress

AtividadeFísica

AlimentaçãoEquilibrada

Relaxamento Modificaçãodos Pensamentos

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Um Retrato Bidimensional das Experiências de Expansão e Contração Ativas e Passivas –

Mahoney(1989)

Expansão

Contração

AtivoPassiva

DesamparoApatia

DepressãoDesengajamento

ExploraçãoEsperança

EngajamentoExcitação

VigilânciaPreocupação

AnsiedadeEvitação

ReceptividadeConfiançaPermissão

Prazer

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Mudança: Resposta Humana(Prochaska e Di Clemente)

Nível de Conscientização

Nível de Resposta

Inércia

Indecisão

Rejeição

Adaptação

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Decisional Balance - Weighing the Pros versus Cons for each Stage of Change

Contemplation

Cons

Pros

Pre-Contemp.

Preparation

Action

Maintenance

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As pessoas podem mudar...

1. Quando avançam sobre os estágios melhor do antes de estarem preparadas.

2. Quando aplicam processos que são apropriados ao seu estágio atual(e suas condições) sob os quais tentarão construir suas ações para a mudança.

3. Quando estão em terapia que combina seu estágio de mudança ao contrário de adequar o paciente ao processo psicoterapêutico.

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As pessoas podem mudar...

4. Quando aprendem através de suas recaídas ao invés de se sentirem desmoralizados.

5. Quando entendem a complexidade que existe em mudar ao invés de reduzir tudo a um único processo como: desenvolvimento da consciência, contra controle, força de vontade ou relação terapêutica.

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As pessoas podem mudar...

6. Quando trabalham sobre níveis mais altos que são apropriados para suas mudanças.

7. Quando avançam sobre níveis profundos quando mais progresso é necessário.

8. Quando compreendem sua inabilidade em mudar é geralmente devida a falta de informações sobre os níveis de mudança apropriados ao seu problema.

Page 73: Intervencao psicologica ginastica_laboral_enaf

As pessoas podem mudar...

9. Quando compreendem que a resistência a mudar é frequentemente devido ao desencontro dos estágios entre cliente e terapeuta e/ou dos níveis de mudança.

10. Quando têm melhores mapas e modelos para ajudar a guiá-las a passarem pelos estágios e níveis de mudança

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Resiliência

“Habilidade para lidar com adversidades(…) o desafio que todo humano lida durante a vida” (Dyer and McGuinness, 1996, p. 276)

Mais especificamente, “a capacidade à adaptação efetiva, funcionamento positivo ou competência… a despeito dos altos riscos, estresse crônico ou continuidade prolongada e/ou severo a trauma” (Egeland, Carlson, and Sroufe, 1993, p. 517)

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Resiliência e Senso de Coerência

A Resiliência tem como medida para alguns pesquisadores o SOC(senso de coerência): um construto da resiliência humana, onde na vida pessoal e suas ocorrências diárias o mundo é percebido como compreensível,com sentido próprio e passível de interferência. (Antonovsky, 1996)

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Aspectos Gerais

Lazarus(1973) foi um dos primeiros a estabelecer, a partir de uma posição de prática clínica, os principais tipos de resposta ou dimensões comportamentais que abrangiam as habilidades sociais ou asserção:

1. A capacidade de dizer “NÃO”.2. A capacidade de pedir favores e fazer pedidos.3. A capacidade de expressar sentimentos

positivos e negativos.4. A capacidade de iniciar, manter e terminar

conversações.

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O que há de concordância entre os pesquisadores sobre as HS?

1. Fazer elogios.2. Aceitar elogios.3. Fazer pedidos.4. Expressar amor, agrado e afeto.5. Iniciar e manter conversações.6. Defender os próprios direitos.7. Recusar pedidos.8. Expressar opiniões pessoais, inclusive

desacordo.9. Expressar incômodo, desagrado ou enfado

justificados.10. Pedir mudança de conduta do outro.11. Desculpar-se ou admitir ignorância.12. Enfrentar críticas.

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Caballo(2003)

Embora esses tenham sido os tipos de respostas mais aceitos, foram propostos outros como: Independência. Resistência as frustrações. Respostas a um intercâmbio. Dar e receber feedback. Realização de entrevista para emprego. Dar reforço ao outro ao manter conversação e Regular a entrada e saída nos grupos sociais.

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Salter(1949)

Expressão verbal. Expressão facial das emoções. O emprego deliberado da primeira

pessoa para falar. Estar de acordo quando se recebe

atenção, cortesias ou elogios Expressar desacordo. Improvisação e atuação espontânea.

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Psychotherapy by Reciprocal Inhibition

WOLPE(1958) utiliza pela primeira vez o termo de COMPORTAMENTO ASSERTIVO, que logo chegaria a ser sinônimo de Habilidade Social.

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Comportamento Assertivo

Mas por muito tempo o comportamento assertivo implicou em dimensões que se referem a defesa dos direitos e a expressão de sentimentos negativa.

LAZARUS(1966) e LAZARUS e WOLPE(1966) falam sobre o treino assertivo.

ALBERTI e EMMONS(1970): Your Perfect Rigth, que fala de assertividade.

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Contribuições seguras

ENSAIO COMPORTAMENTAL.PSICODRAMA(MORENO).Terapia do Papel Fixo, Kelly(1955).TREC.

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Uma definição

O comportamento socialmente habilidoso é esse conjunto de comportamentos emitidos por um indivíduo em um contexto interpessoal que expressa sentimentos, atitudes, desejos, opiniões ou direitos desse indivíduo, de um modo adequado à situação, respeitando esses comportamentos nos demais, e que geralmente resolve os problemas imediatos da situações enquanto minimiza a probabilidade de futuros problemas.(CABALLO, 1986)

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O poder social...

“Cada expressão de uma pessoa elicia algum tipo de resposta no outro participante, o inevitavelmente cria uma contingência específica de reforçamento que tem um efeito específico no comportamento imediatamente anterior.”(Bandura, 1979)

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Empoderamento em questão

O empoderamento vem de três formas principais:

a) Empoderamento individual, no qual é dado ao empregado autoridade com responsabilidade

b) Empoderamento de equipes, no qual equipes são formadas para resolver problemas, incrementar processos ou levar a cabo um desafio.

c) Equipes de trabalhos auto dirigidas, onde os empregados são organizados em equipes, tendo treinador/facilitador no lugar de supervisores.

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Muito [email protected]

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Bibliografia

Bandura, Albert e col. – TEORIA SOCIAL COGNITIVA: Conceitos básicos, Artmed, 2008.

Barlow, David (Org.) – “MANUAL CLÍNICO DOS TRANSTORNOS PSICOLÓGICOS”, Artes Médicas, 1999;

Beck, A. e col – “TERAPIA COGNITIVA DA DEPRESSÃO”, Artes Médicas, 1979/1997;

Benevides Pereira, Ana Maria – BURNOUT :QUANDO O TRABALHO AMEAÇA O BEM – ESTAR DO TRABALHADOR. Casa do Psicólogo, São Paulo, 2002.

Burka, J. e Yuen, L. – PROCRASTINAÇÃO : POR QUE ADIAMOS AS DECISÕES? Nobel, São Paulo, 1991.

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Bibliografia

Caballo, V. – MANUAL DE TÉCNICAS DE TERAPIA E MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO. Ed. Santos, 1996.

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