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ISSN 2176-1396

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO PRÁTICA COTIDIANA NA

ESCOLA, COM VISTAS À PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

Josefa Adriana Cavalcante Ferro de Souza1- UNEAL

Maria Luiza Maciel Ferreira2 - EEDA

Grupo de Trabalho - Educação e Meio Ambiente

Agência Financiadora: Universidade Estadual de Alagoas

Resumo

A Educação Ambiental tem sido tema de muitos debates, dada a necessidade de formar

cidadãos conscientes do seu papel perante o trato com o Meio Ambiente. Por isso, os

ambientes escolares têm seu papel fundamental, considerando a escola como responsável pelo

processo de formação e troca de saberes de cada indivíduo e da sociedade. Nessa perspectiva,

a universidade tem um papel primordial na produção e disseminação de conhecimentos, sendo

os educadores os principais agentes desse processo. Partindo desse princípio e da necessidade

de atender ao proposto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais e pela Legislação que

regulamenta o ensino, como também percebendo que a Educação Ambiental, na maioria dos

casos, resume-se a um projeto pontual desenvolvido na Semana de Meio Ambiente,

apresenta-se o presente relato oriundo do Projeto de Extensão Universitária desenvolvido na

Escola Municipal José de Medeiros Tavares, situada no povoado Pé Leve no município de

Limoeiro de Anadia/AL. O objetivo central foi sensibilizar a comunidade escolar para a

necessidade de conservação e preservação do meio ambiente no referido município através do

fortalecimento da Educação Ambiental. Para tal efetivação foi necessário apoiar-se em bases

bibliográficas, realização de oficinas para os discentes e dia de campo. Perante o trabalho

executado obteve-se o despertar do interesse da comunidade escolar em conhecer e preservar

o meio ambiente, bem como para a reutilização de materiais, antes descartados, a exemplo dos

pneus que se transformaram em puffs. Assim, o projeto contribuiu para a sensibilização dos

docentes e discentes no tocante a relevância de patrimônios naturais importantes como a

Reserva do Tamanduá, antes desconhecida, e responsável pelo abastecimento da sede do

município. As oficinas e o dia de campo despertaram um novo olhar para o meio ambiente

com base na Educação Ambiental teorizada na escola e vivenciada no campo.

Palavras-chave: Meio Ambiente. Educação Ambiental. Reutilização.

1 Professora do Curso de Geografia da UNEAL/ Campus III e Coordenadora do referido Projeto de Extensão

Universitária. Profª da Educação Básica do Estado de Alagoas. [email protected]

2 Mestranda em Linguística pela Universidade Federal de Alagoas –UFAL. Professora da Educação Básica no

município de Palmeira dos Índios/AL. [email protected]

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Introdução

A necessidade de formar uma geração de jovens e adultos conscientes da importância

da preservação e conservação do meio ambiente se faz necessário, principalmente diante das

dificuldades enfrentadas pela sociedade contemporânea. Esse é um fato, observado frente aos

impactos ambientais provocados pelas ações antrópicas e mediante o uso exacerbado dos

recursos naturais para satisfazer aos anseios de consumo do modo de vida atual. Nesse

sentido, torna-se relevante o fortalecimento da Educação Ambiental no âmbito escolar, pois é

na escola que se aprende a ser cidadão.

Diante deste contexto ambiental vale ressaltar que no Brasil segundo Martinez (2009)

apenas na primeira metade do século XX é que vem a discutir sobre os impactos, a principio,

relacionado com a cana-de-açúcar. Para (SANTOS, E.,2009), a estes impactos não é dado à

atenção merecida e não são frutos da dinâmica da natureza. Segundo Castro et al (2009)

discorre que os efeitos da crise ambiental já são sentidos na vida cotidiana dos seres humanos.

Cunha (2007), discuti intensamente sobre as causas dos impactos ambienteis provocados

pelas ações antrópicas.

Percebe-se que após observações e discussões sobre impactos ambientais, foi

necessário à busca de mecanismos mais sólidos para a efetivação de ações que venham a

mitigar os impactos e despertar uma consciência ambiental, para tal o caminho a trilhar seria

pela educação. Neste sentido, através da Lei 9.795/99, que foi instituída a Política Nacional de

Educação Ambiental, em seu Art.2º menciona que: A educação ambiental é um componente

essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em

todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.

Tendo a Educação como base que está presente em todas as sociedades humanas tem

como função a conservação da cultura por meio da transmissão de sua herança cultural

destinada aos jovens. Dessa forma, a educação é o veículo para a efetivação da aplicabilidade

da educação ambiental, a qual tem como objetivo mobilizar a sociedade para que desenvolva

atitudes, hábitos e comportamentos que venham a garantir um futuro ‘ecologicamente

equilibrado’. A concretude deste objetivo depende necessariamente, da forma como são

desenvolvidas as diferentes etapas de trabalho em educação ambiental: a sensibilização, a

informação, o envolvimento e a ação.

Nesta perspectiva foi desenvolvido o projeto de extensão para os alunos da Educação

Infantil ao 3º ano do Ensino Fundamental I, tendo como foco a preservação das áreas de

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nascentes e o reuso de resíduos sólidos, cujo objetivo foi sensibilizar a comunidade escolar

para a necessidade de conservação e preservação dos recursos naturais, através do

fortalecimento da Educação Ambiental na rede municipal de ensino.

Metodologia

O projeto de extensão3 foi desenvolvido no período de abril de 2013 a maio de 2014,

na Escola Municipal José de Medeiros Tavares, localizada no Povoado Pé Leve, município de

Limoeiro de Anadia/AL. O Povoado Pé Leve é o maior do município de Limoeiro de Anadia.

Este município localiza-se na Região Central do estado de Alagoas, limitando-se ao norte com

os municípios de Coité do Nóia e Taquarana, ao sul com Junqueiro, a leste com Anadia e

Campo Alegre e a oeste com Arapiraca. Com uma área de 315,7km², sua população, segundo

o Censo Demográfico de 2010 (IBGE, 2010) é de 26.992 habitantes. Destes, 24.746

habitantes residentes na zona.

A escola supracitada contava, no período da intervenção, com aproximadamente 180

alunos matriculados em 11 turmas da Educação Infantil ao 3º ano do Ensino Fundamental I,

distribuída nos turnos matutino e vespertino, porém, deste universo foram selecionadas cinco

turmas, sendo duas da Educação Infantil e três do Ensino Fundamental I ( 1º ao 3º - matutino).

A escolha da mesma ocorreu durante visitas ao município para execução de

recuperação de algumas nascentes que abastecem comunidades rurais e urbanas. Durante

reuniões com o Prefeito municipal e a Secretaria de Educação e de Meio Ambiente percebeu-

se a necessidade de um projeto de intervenção que ultrapassasse as fronteiras de uma ação

pontual, haja vista o diagnóstico de que a população carece compreender a necessidade do

meio em que vive. Desse modo, o grupo compreendeu a Educação Ambiental como um

caminho viável nesse processo. Por se tratar de um projeto piloto, optou-se, inicialmente, por

uma escola que atendesse aos anos iniciais do Ensino Fundamental I.

Outro elemento, que foi considerado importante nessa escolha, foi a compreensão do

grupo executor da necessidade de formar, desde cedo, cidadãos com conhecimento ambiental

do local onde vivem, para, a partir daí compreender melhor o mundo em que está inserido e

contribuir para construção de um mundo melhor. Os procedimentos metodológicos do projeto

foram realizados conforme as seguintes etapas:

3 Para a execução do projeto foi imprescindível à participação dos docentes e discentes do curso de Geografia da

Universidade Estadual de Alagoas- UNEAL, os quais integram o Grupo de Pesquisa e Extensão em Geografia e

Meio Ambiente comprometidos com o fortalecimento do indispensável tripé Ensino, Pesquisa, e Extensão vem

se dedicando as atividades em diversas frentes.

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1ª etapa: apresentação do projeto de extensão universitária “A educação ambiental

como prática cotidiana na escola, com vistas à preservação do meio ambiente” para a direção,

coordenação e professores da escola, momento de integração e discussão sobre o projeto e sua

aplicabilidade do mesmo, bem como acordos foram firmados na parceria, a exemplo do

transporte, aquisição de material reciclável que seriam usados nas oficinas (Figura 01).

Figura 01: Apresentação do projeto.

Fonte: Souza, 2013.

2ª etapa: Nesta etapa o contato com os alunos (Figura 02) em sala de aula, foi

fundamental, para conhecer o grupo e os mesmos saberem qual a proposta de trabalho, assim

foram explicadas as atividades a serem desenvolvidas e ao mesmo tempo houve uma troca de

interesses, os discentes ficaram curiosos e ansiosos para iniciar as oficinas. Assim, este

primeiro encontro com os discentes percebeu-se a necessidade por algo novo.

Figura 02: Contato com os alunos.

Fonte: Souza, 2013.

3ª etapa: Distribuição das oficinas por turma, as quais foram selecionadas de acordo

com o nível da oficina, sempre mostrando a relevância de preservar o meio ambiente, em

especial, o seu espaço. Neste sentido as oficinas foram assim distribuídas:

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a) Educação Infantil – 2 turmas - ficaram com a oficina de música e produção, a

partir da música sobre a temática “Lixo” os alunos conversaram um pouco sobre o tema e a

letra da música e depois desenvolveram a produção de texto utilizando-se de uma linguagem

não verbal (Figura 03).

Figura 03: Produção de texto.

Fonte: Medeiros Neta, 2013

b) O 1º ano do Ensino Fundamental I, ficou com a oficina percepção ambiental, onde

foram a campo, visitar a Reserva do Tamanduá que está próxima à comunidade onde a escola

está localizada, nesta reserva estão inseridas várias nascentes que abastecem o município.

Nesta oficina foi trabalhando a percepção ambiental, a partir dos sentidos (Figura 04 e 05), os

alunos tiveram a oportunidade de conhecer a mata, a beleza que existente, tiveram a primeira

oportunidade de um contato intimo com a natureza.

Figura 04: Ouvindo o som da mata. Figura 05: Observando uma nascente.

Fonte: Silva, 2014 Fonte: Silva, 2014.

Após o contato com o meio ambiente, as informações recebidas, muitos

questionamentos sobre o local, os alunos foram convidados a desenvolveram uma atividade in

loco, com base em suas percepções, transferiram para o papel o que eles observaram e o que

mais chamou a atenção em relação ao ambiente visitado (Figura 06).

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Figura 06: Atividade in loco

Fonte: Silva, 2014.

c) A turma do 2º ano – desenvolveu a oficina com pneus para a confecção de puffs, os

quais seriam utilizados no corredor: decoração e assento. Os alunos pintaram os pneus e

auxiliaram na montagem dos mesmos.

Figura 07: Pintura dos pneus.

Fonte: Medeiros Neta, 2014.

Com os pneus pintados montaram também uma jardineira, que seria mais um artefato

de decoração para a escola, tornando-a mais alegre. De forma prática a reutilização de um

material que seria descartado em qualquer lugar, gerando impacto ambiental, passou a fazer

parte da escola (Figura 08).

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Figura08: Montagem da jardineira.

Fonte: Medeiros Neta, 2014.

d) Os alunos do 3º ano – ficaram responsáveis pela confecção de portas- treco, para

organizarem seus lápis em sala de aula (Figura 09) e uma horta vertical (Figura 10), cujo

trabalho foi voltado para a inserção na escola de uma alimentação saudável, a oficina foi

realizada com garrafas pet.

Figura 09: Portas- treco Figura10: Horta vertical.

Fonte: Medeiros Neta, 2014. Fonte: Medeiros Neta, 2014.

Resultados e Discussões

A metodologia aplicada trouxe resultados preocupantes, no tocante a temática em

discussão “Educação Ambiental”, foi notória a percepção da ausência de uma prática

pedagógica contínua sobre o referido tema, acontecendo apenas em momentos pontuais.

Outras observações importantes foram: o distanciamento entre docentes e discentes, a

indisciplina dos alunos, fator este que dificultou a execução das atividades propostas, a

carência afetiva das crianças, o tratamento autoritário dos docentes para com os discentes, que

era utilizada como forma de manter a ordem e o controle na sala de aula.

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Estas constatações mostram que o processo formativo dos docentes ainda não é capaz

de fornecer ferramentas que tornem o processo ensino-aprendizagem significativo e

prazeroso. Nesse sentido, a escola não pareceu ser um ambiente atraente para as crianças.

As oficinas foram realizadas em duas etapas: a primeira onde todo processo foi

iniciado e a segunda a conclusão das etapas das atividades. A turma que trabalhou com a

música “O Lixo”, de Deusamar Santos, fez uma reflexão sobre a letra e como cada um

poderia contribuiu para manter o ambiente limpo, dando destino correto ao lixo.

A oficina de “Percepção Ambiental” que aconteceu durante a visita a Reserva do

Tamanduá propôs-se a prática da percepção ambiental com a finalidade de exercitar os

sentidos, o respeito à natureza, observar o entorno sem retirar nada do local, ouvir o barulho

na mata, o canto dos pássaros, o cair da água, sentir o cheiro do ambiente. Durante a prática

percebeu-se que a atividade era desconhecida pelos participantes tanto docentes como

discente, a qual trouxe excelente resultado, para ambos e, especialmente às crianças, que pela

primeira vez tiveram esta experiência, vislumbrado nos olhares e pedidos para ficar no local,

voltar outras vezes.

Após o momento de percepção ambiental as crianças foram orientadas para uma

atividade de produção de texto com uso da linguagem não verbal, sendo imediata a resposta

do que foi observado e apreendido naquele momento da oficina.

Na segunda etapa, desenvolveram-se as atividades práticas com oficinas de reuso de

pneus e garrafas tipo PET. Com os pneus foram confeccionados assentos do tipo puffs para a

área externa da escola e uma jardineira posicionada no pátio. As crianças pintaram os pneus e

plantaram as flores, colaboraram com a montagem dos puffs. Com as garrafas PET foram

confeccionados portas-treco para cada aluno envolvido, com objetivo de acomodar os

pertences escolares como lápis, borrachas, tesouras etc. Além disso, foi montada uma horta

vertical com hortaliças para demonstrar que é possível melhorar a alimentação escolar a partir

de iniciativas dos próprios alunos na escola. Cada aluno envolvido na atividade plantou uma

muda de hortaliça, a atividade chamou atenção para o envolvimento dos mesmos e a

necessidade de personalizar cada muda com a fixação dos nomes nas garrafas, onde cada um

iria cuidar de sua muda.

A proposta foi lançada na esperança de que a comunidade escolar percebesse que a

educação ambiental não deve ser tema de um projeto isolado e sim, que ela faça parte do

cotidiano escolar.

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Para tais atividades recorreu-se aos conhecimentos já existentes, através de uma base

bibliográfica de suporte, dentre elas: Carvalho (2008), que discuti sobre a formação do sujeito

ecológico, (SANTOS, D.,2011), que corroborou com seus estudos sobre as soluções para os

problemas ambientais, com destaque para as oficinas com músicas, (SANTOS, E., 2009), que

discute sobre a Geografia e a Educação Ambiental no cenário contemporâneo, como também

os dados do Ministério da Educação, com embasamento teórico apoiado nos Parâmetros

Curriculares Nacionais.

Após seis meses da intervenção a equipe voltou a escola para observar se o projeto

implantado havia uma continuidade na prática escolar e o resultado foi decepcionante, pois

apesar dos muitos elogios por parte da escola não houve continuidade nas práticas cotidianas

dos conteúdos trabalhados pela equipe de extensão.

Considerações Finais

A partir dos resultados obtidos conclui-se que é necessário maior mobilização

ambiental na prática pedagógica cotidiana, pois no decorrer das oficinas percebeu-se o

entusiasmo, a motivação dos alunos e professores e a expectativa para a realização de novos

projetos. A escola tem que fazer seu papel, de forma contínua e sistemática, não apenas para

atender as solicitações de projetos provenientes de uma data comemorativa, mas trabalhar o

contexto da Educação Ambiental em sua essência.

O projeto também mostrou que os discentes, de forma geral têm apenas uma leve e

restrita concepção do que é meio ambiente, sem ter um conhecimento da relevância do meio

em que vivem. Outro ponto importante observado, ao finalizar as atividades propostas, foi a

carência afetiva dos discentes, a dificuldade de inter-relação entre eles e os demais membros

da comunidade escolar, as atitudes autoritárias para com estes sendo comuns as falas

punitivas como forma de inibir e controlar os alunos.

Portanto, teve-se com este projeto os objetivos alcançados e os resultados obtidos

foram relevantes tanto para a academia quanto para a escola, pois os resultados nortearão as

buscas por soluções eficazes para a melhoria deste contexto, de forma dinâmica, sistemática e

pedagógica, com vistas a uma Educação Ambiental que se preocupe e valorize o meio

ambiente.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei Nº 9.795 de 27 de abril de 1999. Brasília, 1999. Disponível em

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Acesso em: 20 fev. 2014.

______. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: meio ambiente: saúde. 3ª ed. Brasília: SEF, 2001.

CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação ambiental: a formação do sujeito

ecológico. 3ed. São Paulo: Cortez, 2008.

CASTRO, Ronaldo Souza de. et al. Repensando a educação ambiental: um olhar crítico. São Paulo: Cortez, 2009.

CUNHA, Sandra Baptista da.; GUERRA, Antônio José Teixeira. A questão ambiental:

diferentes abordagens. 3ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades Disponível em: http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/home.php. Acesso em: 23 de fev.2014.

MARTÍNEZ ALIER, Juan. O ecologismo dos pobres: conflitos ambientais e linguagens de

valorização. 1ª ed., 1ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2009.

SANTOS, Deusamar. Educação ambiental: subsídio para estudos e pesquisas visando a solução de problemas ambientais. Imperatriz: Ética, 2011.

SANTOS, Elizabeth da Conceição (org.). Geografia e educação ambiental: reflexões

epistemológicas. Manaus: Editora da Universidade Federal do Amazonas, 2009.