a crise terminal dos anos 60 do século xix e a janeirinha. o regime dos pequenos partidos a...
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A crise terminal dos anos 60 do século XIX e a
Janeirinha. O regime dos pequenos partidos
A Regeneração
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1851 / 1871 – Os Governos em Portugal
Períodos Cronológicos
- Maio de 1851 / Janeiro de 1868
- Janeiro de 1868 / Setembro
de 1871
Número de Governos
6 Governos
6 Governos
1ª fase do Rotativismo
Regime dos pequenos partidos
Como explicar a
alteração do
modelo político
do primeiro
para o segundo
período? Como se processou essa mudança?
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COMO EXPLICAR A ALTERAÇÃO DO MODELO POLÍTICO DO PRIMEIRO PARA O SEGUNDO PERÍODO?
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Gráfico comparado da tonelagem de matéria-prima e maquinaria importada para a indústria em 1861 e 1867
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Ano de 1861Ano de 1867
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Encargos da dívida pública (em contos de reis)
1851/52
1852/53
1855-56
1861/62
1867/68
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
Encargos da dívida pública (em contos de reis)
Anos Económicos
Contos de Réis
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1867 – a conjuntura económica nacional ( Glória - Vasco Pulido Valente - 2012 – pág. 284 e seguintes)
Por causa de uma longa seca o ano agrícola de 1867 fora
um dos piores do século. Perderam-se quase totalmente as
colheitas de cereais no Alentejo, no Ribatejo, nas Beiras, e
em Trás-os-Montes. Mesmo a colheita de milho falhou em
todo o norte, com excepção de certas áreas do Minho. Por
outro lado, as vindimas, do Douro a Trás-os-Montes, da
Estremadura ao Ribatejo e ao Alentejo ficaram abaixo das
previsões mais pessimistas. O que a seca poupou, destruiu
o oídio, que alastrava por Portugal inteiro. Hortas, olivais e
pomares eram igualmente um espectáculo
“desgraçadíssimo”
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As cidades naturalmente não escaparam. As exportações diminuíram.
A de vinho do Porto, por exemplo, baixou 50% entre Janeiro e
Outubro. A indústria têxtil quase parou. A quantidade de fretes e
passageiros nos caminhos-de-ferro estacionou o que nunca antes
sucedera. A isto juntava-se o crédito caro, com a taxa de juro a
oscilar pelos 8% e a dificuldade crescente do desconto de letras,
provocado pelos problemas internos, a crise financeira no Brasil e os
rumores de uma crise internacional , que abalara a banca de Paris. O
entesouramento da moeda metálica, sintoma clássico de falta de
confiança, reforçava a paralisia dos negócios.
(continuação)
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(continuação)
As fábricas e oficinas que não faliram logo, ou reduziram os
salários, ou despediram pessoal, ou as duas coisas. Em Outubro,
altura tradicional de renovar os contratos de arrendamento, os
senhorios, coagidos pela inflação, exigiram aumentos
substanciais, que levaram milhares de famílias ao despejo. A
miséria urbana, que habitualmente não preocupava ou afligia
ninguém, era agora tão visível que até os jornais a comentavam.
Um órgão circunspecto da opinião radical achou mesmo
necessário condenar “a mania dos suicídios” e revelou que subira
“a procura de cabeças de fósforo”, um “veneno económico”
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O governo não conseguira dominar o deficit ou consolidar a dívida.
(…) Para equilibrar o orçamento Fontes tomou medidas que seriam
a sua perda.
(…) Um esforço para disciplinar as confusas finanças dos
municípios e limitar a sua tendência para contrair dívidas, que o
Estado central depois pagava.
(…) Extinguiam-se quatro distritos: Portalegre, Santarém, Leiria e
Braga. [e depois mais três - Viana do Castelo, Aveiro e Guarda] - E
estabelecia-se um critério geral: não haveria municípios com menos
de 3000 fogos (…) o que implicava a supressão de 178 dos 302
existentes. Suprimiam-se quase 1000 freguesias, em cerca de
3000.
(continuação)
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(continuação)
No orçamento de 1867-1868, Fontes resolveu ir às do cabo:
partindo do razoável pressuposto de que esperar o equilíbrio
da fazenda pública só da redução das despesas era “uma
utopia” que nenhum “espírito prático aceitava”, avançou com
uma reforma fiscal para aumentar as receitas.
O orçamento de 1867-1868 extinguia os impostos municipais
sobre certos géneros (…) e substituía todos eles por um
imposto único de consumo, que passava a constituir receita
exclusiva do Estado. (…)
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(continuação)
O novo imposto incidia sobre todos os géneros vendidos ao
público e não destinados ao estrangeiro. Mas não se aplicava
aos géneros vendidos por grosso para exportação ou revenda.
In Glória - Vasco Pulido Valente - 2012 –
pág. 284 e seguintes
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Esquematização das ideias do texto sobre a crise
Crise económica
•Agudizada no sector agrícola;
•Estendendo-se a todos os outros;
Crise financeira
•No sector do Estado;
•No sector privado.
•Agravada pela conjuntura internacional.
Medidas no sector da administração local
• Diminuição do número de distritos e autarquias;
•Reduz despesa e aumenta o centralismo
Medidas fiscais
•Imposto sobre o consumo;
•Agravamento das condições de vida
Repercussões sociais e políticas
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Os partidos políticos pré-existentes
Alterações políticas face à Fusão – fragmentação do espectro partidário e secundarização dos antigos partidos
Avilistas (apoiantes do
então Conde de Ávila)
Penicheiros (grupo liderado pelo Conde de
Peniche, Marquês de Angeja
reunindo boa parte da aristocracia
agrária)
Reformistas (liderados pelo Bispo de Viseu, Alves Martins. Constituem-se
como partido em 1870)
Constituintes(grupo liderado
pelo jurisconsulto José Dias Ferreira ,
composto sobretudo por
burguesia mercantil e industrial)
Partido Histórico
(debilitado por cisões internas)
Partido Regenerador (conserva coesão
interna)
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COMO SE PROCESSOU A MUDANÇA PARA O REGIME DE PEQUENOS PARTIDOS?
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Maria da Fonte revisitada – Dezembro de 1867
Vitorino - Viva a Maria da Fonte - YouTube2 - Atalho.lnk
Viva a Maria da Fonte com as pistolas na mão, para matar os Cabrais, que são falsos à Nação.
Eia avante, portugueses, eia avante não temer. Pela Santa Liberdade triunfar ou perecer, triunfar ou perecer.
Viva a Maria da Fonte a cavalo e sem cair, com as pistolas à cinta, a tocar a reunir.
Eia avante, portugueses, eia avante não temer. Pela Santa Liberdade triunfar ou perecer, triunfar ou perecer.
Lá raiou a liberdade, que a Nação há-de aditar; glória ao Minho que primeiro o seu grito fez soar.
Eia avante, portugueses, eia avante não temer. Pela Santa Liberdade triunfar ou perecer, triunfar ou perecer.
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Maria da Fonte revisitada (outra versão)
Viva a Maria da Fonte a cavalo sem cair, com a corneta na boca, toca a reunir.
Eia avante, portugueses, eia avante sem temer, pela pátria lusitana triunfar ou perecer, triunfar ou perecer.
Viva o conde, viva a condessa, viva a família condal; tens aqui quem te forneça o melhor material.
Eia avante, portugueses, eia avante sem temer, pela pátria lusitana triunfar ou perecer, triunfar ou perecer.
Viva o rei, viva a rainha, viva a família real; viva a Casa de Bragança, viva el-rei de Portugal.
Eia avante, portugueses, eia avante sem temer, pela pátria lusitana triunfar ou perecer, triunfar ou perecer.
Hino da Maria da Fonte (3).rv
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A Janeirinha
Tinha como objectivoDerrubar o Governo
Trazer para o plano governativo as novas
correntes políticas
Desencadeado por …
Agremiações comerciais Camadas populares
Eclodiu em várias cidades do País
Lisboa Porto; Braga
Movimento de agitação social e contestação política…
1 de Janeiro de 1868 … … até 4 do mesmo mês
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FUNCIONAMENTO DA NOVA SITUAÇÃO POLÍTICA
O regime dos pequenos partidos
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Governos e políticas pós Janeirinha – 1º Governo
•Nomeação – Janeiro de 1868
•Eleições – Março de 1868
•Demissão – Julho de 1868
Limites cronológicos
•Conde de Ávila
•Avilistas
Presidente do Conselho / Grupo político no poder
•Revogação das alterações administrativas e fiscais do anterior governo
•Redução das despesas do Estado
Estratégias adoptadas
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Governos e políticas pós Janeirinha – 2º Governo
•Nomeação – Julho de 1868
•Eleições – Abril de 1869
•Demissão – Agosto de 1869
Limites cronológicos
•Sá da Bandeira
•Reformistas e partido Histórico
Presidente do Conselho / Grupo político no poder
•Redução das despesas administrativas
•Extinção de vários órgãos do Estado
•Congelamento de vencimentos
Estratégias adoptadas
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O desencadear da questão sobre a união ibérica - 1869
• Uma revolução depõe a rainha Isabel II de Espanha e encarrega o general Prim encontrar um novo monarca para o país.
1868
• A coroa espanhola é proposta a D. Fernando de Saxe Coburgo, que a recusará.
1869
• A coroa espanhola é proposta ao próprio rei de Portugal, D. Luís, que também a recusará.
1869
O debate da
questão dividiu a
sociedade portugues
a
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Governos e políticas pós Janeirinha – 3º Governo
•Nomeação – Agosto de 1869
•Eleições – Março de 1870
•Queda– Maio de 1870
Limites cronológicos
•Duque de Loulé
•Partido Histórico
Presidente do Conselho / Grupo político no poder
•Redução das despesas do Estado
Estratégias adoptadas
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Governos e políticas pós Janeirinha – 4º Governo - ditadura
•Golpe militar – Maio de 1870
•Dissolução das Cortes - ditadura
•Demissão – Agosto de 1870
Limites cronológicos
•Duque de Saldanha
•Saldanhistas e algum apoio do partido Regenerador
Presidente do Conselho / Grupo político no poder
•Redução das despesas do Estado
•Criado o Ministério da Instrução Pública
•Proclamação da neutralidade de Portugal na Guerra Franco-Prussiana
Estratégias adoptadas
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Governos e políticas pós Janeirinha – 5º Governo
•Nomeação – Agosto de 1870
•Eleições – Setembro de 1870
•Demissão – Outubro de 1870
Limites cronológicos
•Sá da Bandeira
•Avilistas, Partido Reformista e Partido Histórico
Presidente do Conselho / Grupo político no poder
•Redução das despesas do Estado
Estratégias adoptadas
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Governos e políticas pós Janeirinha – 6º Governo
•Nomeação – Outubro de 1870
•Eleições – Julho de 1871
•Demissão – Setembro de 1871
Limites cronológicos
•Marquês de Ávila
•Avilistas , e Partido Histórico. O Partido Reformista e os Constitucionalistas apoiaram-no mas só temporariamente
Presidente do Conselho / Grupo político no poder
•Redução das despesas do Estado
Estratégias adoptadas