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José Cícero Dinato * Leandro Soeiro Nunes ** Ricardo Smidt *** Técnicas cirúrgicas para regeneração óssea viabilizando a instalação de implantes * Doutor em Implantodontia – UFSC Mestre em Prótese Dentária – UNESP-SJC Professor Adjunto da Disciplina de Clínica Integrada – UFRGS ** Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial – ULBRA-Canoas Mestrando em Cirurgia Bucomaxilofacial – USC-Baurú *** Doutor em Cirurgia Bucomaxilofacial – PUC-RS Mestre em Cirurgia Bucomaxilofacial – PUC-RS Coordenador do Curso de Especialização de Cirurgia Bucomaxilofacial – ULBRA-Canoas 14 Parece indiscutível, atualmente, que a indicação de implantes osseointegra- dos na reabilitação do paciente com perda dentária parcial ou total se apresenta como uma excelente alternativa. Porém, esta opção pode ser a melhor ou a pior escolha para o paciente, dependendo dos cuidados no planejamento do caso. Sabe- se que colocar implantes onde não existe estrutura óssea adequada é totalmente inviável, da mesma forma que não é possível generalizar indiscriminadamente o uso de enxertos ósseos. Observa-se, nos últimos anos, um crescente interesse dos profissionais da odontologia, bem como dos pacientes e da indústria pelos implan- tes, como uma forma fácil e rápida de lucro. Não é possível, porém, que se perca a essência da boa prática no consultório, isto é, o máximo cuidado e respeito com o paciente e a atenta consideração de suas condições clínicas. O paciente acredita no profissional e deposita nele todas as suas expectativas para um bom resultado,

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Page 1: Técnicas cirúrgicas para regeneração óssea viabilizando a ... · feito, diversas técnicas cirúrgicas para regeneração ... do seio maxilar, a regeneração óssea guiada,

José Cícero Dinato*

Leandro Soeiro Nunes**

Ricardo Smidt***

Técnicas cirúrgicas para regeneração

óssea viabilizando a instalação de

implantes

* Doutor em Implantodontia – UFSCMestre em Prótese Dentária – UNESP-SJCProfessor Adjunto da Disciplina de Clínica Integrada – UFRGS

** Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial – ULBRA-CanoasMestrando em Cirurgia Bucomaxilofacial – USC-Baurú

*** Doutor em Cirurgia Bucomaxilofacial – PUC-RSMestre em Cirurgia Bucomaxilofacial – PUC-RSCoordenador do Curso de Especialização de Cirurgia Bucomaxilofacial – ULBRA-Canoas

14Parece indiscutível, atualmente, que a indicação de implantes osseointegra-

dos na reabilitação do paciente com perda dentária parcial ou total se apresenta como uma excelente alternativa. Porém, esta opção pode ser a melhor ou a pior escolha para o paciente, dependendo dos cuidados no planejamento do caso. Sabe-se que colocar implantes onde não existe estrutura óssea adequada é totalmente inviável, da mesma forma que não é possível generalizar indiscriminadamente o uso de enxertos ósseos. Observa-se, nos últimos anos, um crescente interesse dos profissionais da odontologia, bem como dos pacientes e da indústria pelos implan-tes, como uma forma fácil e rápida de lucro. Não é possível, porém, que se perca a essência da boa prática no consultório, isto é, o máximo cuidado e respeito com o paciente e a atenta consideração de suas condições clínicas. O paciente acredita no profissional e deposita nele todas as suas expectativas para um bom resultado,

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pagando o tratamento, muitas vezes, com grandes dificuldades na busca de uma melhor qualidade de vida e segurança no convívio social e profissio-nal. Merece nosso respeito e a ética profissional devida, portanto.

Um bom planejamento resulta em um ótimo resultado, seja na implantodontia, Odontologia e na vida de um modo geral. É necessário buscar o máximo de informações antes de iniciarmos qual-quer procedimento e um protocolo básico de tra-balho deve ser estabelecido. Aqui, não há atalhos de facilidade, e um bom planejamento é condição sine qua non para um tratamento minimamente aceitável. No planejamento com implantes os-seointegrados, deve-se seguir a clássica rotina: história médica e odontológica, exame clínico, modelos de estudo, enceramento diagnóstico, diagnóstico por imagem e avaliação da relação osso alveolar remanescente e reabilitação protéti-ca. Dessa forma, devemos assegurar a saúde bucal do paciente tratando cáries, doenças periodontais, lesões apicais e disfunções articulares antes de iniciarmos qualquer procedimento cirúrgico en-volvendo implantes, a partir deste cuidado inicial, podemos planejar a posição, inclinação e quanti-dade de implantes a serem utilizados. A visualiza-ção tridimensional do dente a ser reabilitado é um fator determinante para o sucesso com implantes, pois a simples ancoragem de uma fixação no osso não determina, muitas vezes, sucesso, e pode até ser causa de um grande fracasso.

A razão desta argumentação inicial é alertar para a forma leviana e pouco séria com que al-guns profissionais vêm tratando esta especialidade que, sem dúvidas, mudou a Odontologia e a vida das pessoas que se beneficiaram da boa técnica. O objetivo deste capítulo é o de elaborar uma revisão da literatura, associada com a experiência clínica de quase vinte anos na osseointegração, buscando soluções cirúrgicas menos invasivas e indicando enxertos ósseos nos casos em que o osso primário não permita uma solução satisfatória.

A quantidade e a qualidade do osso cortical e esponjoso são fundamentais para a estabilidade dos implantes no processo alveolar. Os enxertos ósseos são indicados, de modo geral, nos casos em que é necessário repor o tecido ósseo perdi-do e/ou aumentar a estrutura óssea para futura colocação de implantes osseointegrados e a reabi-litação protética. Tanto a incorporação do enxerto quanto a integração dos implantes são eventos cicatriciais complexos e devem resultar em um

contato direto entre o implante e o enxerto ósseo remodelado (Suba et al., 2006).

Estudos têm demonstrado que a reabsorção do osso alveolar que ocorre após a extração den-tária resulta em um estreitamento e encurtamento do osso residual. Este fato pode causar defeitos nos tecidos moles e duros, especialmente se esta extração for resultado de uma doença periodontal crônica ou trauma severo (Luczyszyn et al., 2005). A utilização de implantes dentários é dificultada em pacientes com grandes defeitos alveolares e volume ósseo insuficiente.

Alterações ósseas maxilares e mandibulares requerem adequadas reconstruções estéticas e funcionais, com capacidade de suportar as cargas mastigatórias, proporcionar retenção suficiente e correto posicionamento do implante. Pré-requisitos para aumentar a previsibilidade dos procedimentos de enxerto incluem topografia ós-sea existente, meticulosa preservação da biologia do processo cicatricial e a qualidade do material de enxerto ósseo (Artzi et al., 2000). A qualidade do osso neoformado é especialmente importante quando este for preparado para ancorar implantes dentários (Suba et al., 2006). A previsibilidade dos procedimentos com implantes e a sua manuten-ção a longo prazo em função, estão diretamente relacionadas com a qualidade e a quantidade de tecido ósseo disponível para a colocação dos im-plantes (Aghaloo e Moy, 2007).

Enxertos de osso autógeno são considerados o “padrão ouro” em termos de potencial osteogêni-co, mas eles apresentam algumas desvantagens, tais como limitada disponibilidade, morbidade da área doadora, tendência à reabsorção parcial (Wang, 2003; Valentini, 1997; Valentini, 1998). A introdu-ção de novos materiais de enxertos, bem como a variedade de dimensões e formas de apresentação destes materiais tem proporcionado alternativas aos enxertos autógenos. Diversos estudos experi-mentais em animais têm sido realizados com o objetivo de avaliar histológica e histomorfometrica-mente o comportamento de biomateriais.

Dependendo do tamanho e localização do de-feito, diversas técnicas cirúrgicas para regeneração óssea viabilizando a instalação de implantes têm sido descritas na literatura. De acordo com Aghaloo e Moy (2007), as variações em relação aos índices de sucessos dos enxertos estão associadas à contí-nua evolução das micro-superfícies dos implantes e macro-estruturas dos biomateriais, confirmando que a escolha do tratamento adequado é um pro-

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cesso muito difícil e complexo. O levantamento do seio maxilar, a regeneração óssea guiada, os enxertos livres onlay/veener, a preservação de alvéolos após a extração e a distração osteogênica são as técnicas que apresentam maior documenta-ção e relatos de casos na literatura.

Osso autógeno e biomateriais

A formação óssea em enxertos ocorre via três mecanismos de deposição óssea (Zerbo et al., 2001):

1. Osteogênese, no qual o enxerto contém osteoblastos viáveis ou células precursoras-osteogênicas que estabelecem novos centros de formação óssea.

2. Osteoindução, no qual o enxerto induz a transformação de células precursoras (mesen-quimais indiferenciadas) do hospedeiro em matriz óssea, produzindo osteoblastos.

3. Osteocondução, no qual o enxerto atua como um arcabouço para deposição de novo osso pelo tecido ósseo vivo adjacente. A matriz é reabsorvida e substituída por osso neoformado.

Os enxertos autógenos são aqueles removidos de uma área doadora do próprio paciente. Enxer-tos de osso autógeno são considerados o “padrão ouro” em termos de potencial osteogênico. As vantagens deste tipo de enxerto são a possibilidade de transplantar células vivas, ausência de rejeição e de transmissão de doenças infecto-contagiosas. A manutenção da viabilidade celular depende de diversos fatores, tais como mínimo trauma cirúr-gico na remoção do enxerto, armazenamento em meio que mantenha a viabilidade celular até sua implantação e adequado leito receptor (Nary Fi-lho e Ilg, 2001). As áreas doadoras intra-orais mais utilizadas são o ramo mandibular e a sínfise. Estas regiões fornecem quantidade limitada de osso e estão indicadas para o tratamento de defeitos localizados. Em defeitos ósseos maiores, freqüen-temente se utilizam áreas doadoras extra-orais, tais como crista ilíaca, costela, calota craniana e tíbia. As desvantagens do enxerto autógeno in-cluem limitada disponibilidade óssea, necessidade de abordar uma área doadora, maior morbidade cirúrgica, tendência à reabsorção parcial, descon-forto pós-operatório, possibilidade de defeito apa-rente e risco de parestesia pós-operatória.

Estes fatos estimularam as buscas por substi-tutos que pudessem ser utilizados em técnicas de regeneração óssea. O osso é um tecido dinâmico que sofre remodelamento contínuo (Davies, 1996) e as interações biológicas que ocorrem na interface osso/biomaterial são importantes para o sucesso clínico a longo prazo (Orsini et al., 2005).

Os biomateriais, segundo a Conferência de Consenso em Biomateriais para aplicações clínicas de 1982, podem ser descritos como: ‘Toda subs-tância (com exceção de drogas) ou combinação de substâncias, de origem sintética ou natural, que durante um período de tempo indeterminado é empregado como um todo ou parte integrante de um sistema para tratamento, ampliação ou substituição de quaisquer tecidos, órgãos ou fun-ções corporais” (Williams, 1987). Isto significa que são enquadrados nesta categoria, de modo geral, todos os materiais empregados na medicina, odontologia, medicina veterinária e farmacologia, além daqueles que entram na forma de implan-tes em contato direto com o tecido do corpo. As propriedades desejáveis dos biomateriais, quando utilizados em procedimentos de regeneração ós-sea associado à colocação de implantes, sujeitos a cargas estáticas e dinâmicas são (Lemons, 2004; Artzi, 2004):

• Biocompatibilidade.• Condutividadee/ouindutividadenacicatriza-

ção da região cirúrgica.• Homeostasiadostecidosperiimplantares.• Completaausênciadeantigenicidade.• O material deve servir como um arcabouço

para crescimento capilar (tecidual). • Substituiçãoportecidoósseoneoformado.

Os eventos que ocorrem após a implantação de biomateriais incluem dois componentes: a re-posta do hospedeiro ao biomaterial e o compor-tamento do material no sítio hospedeiro (Nanci, 1999; Puleo, 1999). Os materiais de enxertia servem tanto como suporte mecânico quanto como matriz osteocondutiva ou osteoindutiva para regeneração tecidual (Artzi et al., 2004). Os tipos de materiais não-autógenos mais utilizados são alógenos, xenógenos e aloplásticos, por vezes associados a fatores de crescimento.

Enxertos alógenos são aqueles retirados de indivíduos da mesma espécie, normalmente pro-venientes de um banco de tecidos. Permitem o transplante da matriz inorgânica e/ou orgânica,

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dependendo do tipo de tratamento prévio uti-lizado. O enxerto fresco-congelado é o tipo de aloenxerto mais utilizado. Com o congelamento a antigenicidade diminui, mas ainda permanece o potencial de transmissão de doenças (Nary filho e Ilg, 2001).

Enxertos xenógenos são aqueles provenientes de indivíduos de diferentes espécies. O osso bovi-no é bastante utilizado e tem apresentado resulta-dos satisfatórios na correção de defeitos alveolares (Klinge et al.,1992;Hislopet al., 1993; Jensen et al., 1996; Schou et al., 2003), bem como em repa-ros periimplantares (Dies et al., 1996; Berghlund e Lindhe, 1997). Também tem sido utilizado em técnicasdepreservaçãoalveolar(Hämmerleet al., 1998; Artzi et al., 2000; Artzi et al., 2001), sendo considerado um dos materiais não autógenos preferidos para procedimentos de levantamento de seio maxilar (Smiler et al., 1992; Piattelli et al., 1999; Maiorana et al., 2003). Bio-Oss® (Geistlich Pharma AG, Wohlhusen, Suíça) é uma hidroxiapa-tita bovina desproteinizada, esterilizada com 75 a 80% de porosidade e tamanhos dos cristais com aproximadamente 10 μm na forma de grânulos corticais; possui uma porosidade natural e não-antigênica, segundo o fabricante, com partículas de 0,25 a 1 mm. Este material é quimicamente e fisicamente similar ao osso humano, e tem sido relatada alta osteocondutividade e reabsorção extremamente lenta (Valentini et al., 1997; Piat-telli et al., 1999). A grande quantidade de poros interligados facilita a angiogênese e a migração de osteoblastos (Orsini et al., 2005).

Um estudo prévio em cães demonstrou que implantes colocados em defeitos preenchidos 3 meses antes com Bio-Oss resultaram na mesma magnitude de osseointegração (44%) do que im-plantes colocados em osso primário (46%) (Ber-glundh e Lindhe, 1997). Da mesma maneira, um implante inserido após aumento do seio maxilar com Bio-Oss demonstrou osseointegração compa-rável no processo alveolar residual (63%) com a porção aumentada (73%) (Valentini et al., 1998). Estes estudos sugerem que a osseointegração pode ser estabelecida quando implantes são colocados em locais enxertados com Bio-Oss.

Implantes aloplásticos são materiais não bio-lógicos, como metais, cerâmicas e polímeros. Estes não podem ser classificados como enxertos, pois um enxerto refere-se a células ou tecido transplan-tado ou implantado numa parte do corpo. No en-tanto, muitos materiais aloplásticos são utilizados

como substitutos ósseos, implantados no tecido ósseo e absorvidos e substituídos por tecido novo. São enxertos no sentido gramático de inserir, introduzir, acrescentar, mas não são enxertos no sentido médico/odontológico.

As biocerâmicas são os biomateriais com maior biocompatibilidade devido à sua composi-ção química, apresentando-se como monolitos de alta resistência à degradação em condições adver-sas (como a alumina [Al

2O3] e a zircônia [ZrO2]), ou como grânulos não-absorvíveis ou absorvíveis, comoahidroxiapatita (HA) eo fosfato tricálcico(TCP), atuando como suporte para o crescimento ósseo ou sendo solubilizados e substituídos por tecido ósseo neoformado. Nos últimos anos, as biocerâmicas de fosfato de cálcio vêm recebendo um destaque significativo por parte da comuni-dade científica, visto que apresentam composição similar aos tecidos duros (Coelho et al., 2005).

Os fosfatos tricálcicos (tricalcium phosphate – TCP) vêm sendo amplamente aceitos pela sua bio-compatibilidade, absorção favorável e osteocondu-tividade (Lu et al., 2004; Somanathan e Simunek, 2006). Os fosfatos tricálcicos estão disponíveis em duas formas, α-TCP o qual é produzido em altas temperaturas (acima de 1125°C) e o β-TCP que é produzido em temperaturas abaixo de 1125°C (Dorozhkin e Epple, 2002). Dentre eles, destaca-se o β-tricálcio fosfato (β-TCP – Cerasorb®, Curasan, Kleinstheim, Alemanha) por ser extremamente biocompatível, estável termodinamicamente e atuar como um mantedor de espaço e arcabouço para crescimentoósseono seu interior (Horch et al., 2006). A diferença entre as fases α e β-TCP diz respeito apenas à estrutura cristalina, sendo mantida sua composição química, o que confere maior solubilidade à fase α-TCP.

Os polímeros são os materiais com o módulo de elasticidade mais próximo do osso (Lemons e Bidez, 2001). No entanto, características como baixa resistência à fadiga (cargas cíclicas), baixa resistência à fluência, baixo limite elástico e alta dutibilidade impedem sua utilização de manei-ra mais ampla como biomaterial (Schackelford, 2000). Atualmente tem sido utilizados biopo-límeros para recobrimentos bioabsorvíveis de superfícies, visando à liberação gradual de drogas e compostos biológicos como, por exemplo, fa-tores de crescimento (Kohn, 2004). Os principais polímeros absorvíveis utilizados comercialmente são o poli(ácido lático), poli(ácido glicólico) e a poli(dioxanona).

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Os fatores de crescimento, incluindo a pro-teína óssea morfogenética (BMP), são osteoindu-tores controladores de substâncias que iniciam o desenvolvimento de tecidos, órgãos e sistemas pela indução de células indiferenciadas à conver-são fenotípica. A vantagem da utilização das BMPs para promover a formação óssea constitui-se na possibilidade deste evento ocorrer na ausência de células osteoprogenitoras. Das nove BMPs relata-das na literatura, oito delas (BMPs 2 a 9) estão relacionadas umas às outras e são classificadas como pertencentes à superfamília do fator de crescimento beta transformador TGF-ß. A utiliza-ção de carreadores para as BMPs se faz necessário, visto que a adição isolada deste material ao local operatório não permite que esta atue o tempo su-ficiente para induzir a osteogênese durante um pe-ríodo adequado (King et al., 1998; Koempel et al., 1998). Segundo Lourenço (2002), o compósito carbonato de cálcio-colágeno combinado a BMP pode ter grande utilidade em fenestrações ocor-ridas durante a inserção de implantes, associada ou não ao osso autógeno proveniente das perfu-rações, evitando a formação de tecido conjuntivo nas roscas expostas, maximizando a superfície de contato osso-implante.

Até o presente momento não existem rela-tos na literatura de um material ideal. Apesar de existirem diferenças entre os princípios físicos utilizados, todas as técnicas visam aperfeiçoar o binômio osteocondução/osteoindução, propor-cionando melhorias na ancoragem da interface osso/biomaterial a curto, médio e longo prazo (Coelho, 2002).

Levantamento de seio maxilar

A reabilitação da maxila posterior edêntula com implantes é um desafio para o cirurgião, de-vido ao volume ósseo insuficiente produzido pela atrofia da crista e do rebordo alveolar e ainda pela pneumatização do seio maxilar. Além disso, nessa região pode ser muito difícil de obter estabilidade primária, devido à ausência de uma quantidade adequada de osso cortical e pela pobre estrutura do osso esponjoso (Scarano et al., 2006). Em pacientes edêntulos, as perdas ósseas verticais e horizontais do processo alveolar dificultam, e muitas vezes inviabilizam, a utilização de próteses totais convencionais e a colocação de implantes (Cawood&Howell,1988).

Tatum, em um encontro de implantodontia em Birmingham, Alabama, em 1977 propôs o procedimento cirúrgico de levantamento de seio maxilar, ou seja, o preenchimento parcial desta cavidade com osso autógeno com o objetivo de aumentar a dimensão óssea vertical na região lateral da maxila para possibilitar a colocação de implantes dentários. A primeira publicação desta técnica com resultados em longo prazo foi feita por Boyne e James (1980). Desde então, muitos autores publicaram alterações na técnica cirúrgica e quanto ao material utilizado.

O consenso da conferência de enxerto de seio maxilar de 1996 (Jensen et al., 1998) relatou 90% de sucesso de 2997 implantes em função por pelo menos 3 anos, em 1007 enxertos em seio maxilar, compilados a partir de 38 cirurgiões por mais de 10 anos. Aghaloo e Moy (2007) realizaram uma revi-são sistemática na literatura desde 1980 até 2005, sobre procedimentos de enxertos e concluíram que o levantamento de seio é um procedimento pre-visível, bem documentado e os índices de sucesso dos implantes colocados no osso enxertado, inde-pendente do material utilizado, são similares ou melhores do que no osso não enxertado.

Os relatos na literatura descrevem a utilização de diversos materiais de enxertos durante o levan-tamento do seio maxilar, incluindo enxerto autó-geno em bloco ou particulado, enxerto alógeno particulado (DFDBA), hidroxiapatita bovina, ma-teriais aloplásticos e fatores de crescimento. Com o objetivo de diminuição da morbidade cirúrgica e procedimentos menos invasivos, atualmente, tem-se pesquisado amplamente a utilização de substitutos ósseos, que possibilitem neoformação óssea com resultados satisfatórios quando utili-zados especificamente em levantamento de seios maxilares. O assoalho do seio maxilar parece servir idealmente para o uso de vários substitutos ósseos, devido ao seu alto potencial osteoregene-rativo (Suba et al., 2006).

Velich et al. (2004) apresentaram 810 casos de levantamento de seios maxilares realizados com osso autógeno e diversos biomateriais. Não houve diferença estatística relativa à perda de implantes associados aos diversos materiais testados. Estudo semelhante foi realizado por Scarano et al., em 2006, comparando diferentes materiais utilizados em levantamentos de seios maxilares: osso autó-geno, osso alógeno fresco-congelado mineralizado e desmineralizado, carbonato de cálcio, osso bo-vino inorgânico, polímeros sintéticos, sulfato de

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cálcio, e hidroxiapatita, observando biocompati-bilidade de todos os biomateriais e favorecimento da formação óssea.

O período recomendado para consolidação do enxerto, prévio à colocação dos implantes, é de 6 a 8 meses. No entanto, quando se tem mais de 5 mm de altura óssea disponível e o osso permite boa estabilidade do implante, os implantes podem ser colocados simultaneamente com o enxerto, o que não aumenta o tempo de tratamento.

Embora o índice de complicações significan-tes com este tipo de técnica seja baixo, podem ocorrer: infecções, sangramento, formação cística, reabsorção do enxerto, rompimento da membra-na, invasão de tecidos moles, sinusite e deiscência desutura(McAllistereHaghighat,2007).

Após a incisão sobre a crista alveolar, eleva-se um retalho de espessura total para expor a crista alveolar e a parede lateral do seio maxilar. A osteo-tomia é realizada com uma peça de mão, em baixa rotação (800RPM), com broca esférica diamantada e irrigação abundante. Confecciona-se uma janela na parede lateral do seio, a qual é rotada para o interior e para superior do seio maxilar. As dimen-sões da osteotomia dependem principalmente da área protética a ser reabilitada e da presença de dentes adjacentes. A elevação da membrana é reali-zada com curetas de diferentes formatos até tornar-

se completamente descolada da parede inferior e lateral do seio. Os materiais de enxerto são então cuidadosamente introduzidos na cavidade sinusal, especialmente nas porções anteriores e coronais posteriores (Figuras 1 a 18).

Uma técnica menos invasiva de levantamento do seio maxilar pode ser realizada quando há per-das unitárias e uma reabsorção vertical moderada, isto é, quando se tem entre 5 e 10 mm de rema-nescente ósseo. A elevação é feita com o uso de osteótomos específicos e o enxerto é introduzido através da osteotomia realizada. A colocação do implante pode ser feita no mesmo ato cirúrgico.

l Fig. 2

Cortes tomográfico transversais pré-operatórios.

l Fig. 1

Radiografia panorâmica pré-operatória.

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l Fig. 3

Cortes tomográfico transversais pré-operatórios.

l Fig. 6

Preenchimento de parte do seio ma-xilar com enxerto ósseo autógeno.

l Fig. 4

Osteotomia da parede lateral do seio maxilar.

l Fig. 5

Descolamento da membrana de revestimento do seio maxilar.

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l Fig. 7

Imagem tomográfica de controle após cirurgia de enxerto ósseo.

l Fig. 8

Implantes Replace Select (Nobel Biocare – Suécia) colocados na região enxer-tada do lado esquerdo.

l Fig. 9

Imagem radiográfica panorâmica após colocação dos implantes.

l Fig. 10

Vista oclusal das plataformas dos implantes Replace Select (Nobel Biocare – Suécia) após cirurgia de segunda fase.

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l Fig. 11

Vista oclusal do posicionamento dos implantes Replace Select (Nobel Bio-care – Suécia).

l Fig. 13

Matriz em cera dos pilares e prótese parcial fixa no modelo de trabalho.

l Fig. 12

Vista oclusal do aspecto clínico do posicionamento dos implantes.

l Fig. 14

Planejamento virtual dos pilares Procera (Nobel Biocare – Suécia).

l Fig. 15

Prova dos pilares de zircônia sobre os implantes e casquetes em óxido de alumínio sobre os retentores protéti-cos produzidos pelo Sistema Procera.

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l Fig.16

Aplicação da cerâmica NobelRondo Alumina no incisivo central superior direito sobre casquete de Alumina no modelo de trabalho. Observe o ence-ramento dos dentes vizinhos facilitando a estética final.

l Fig. 17

Aspecto final da cerâmica aplicada sobre estrutura de zircônia.

l Fig. 18

Aspecto clínico da reabilitação protética na região anterior.

Regeneração óssea guiada

A regeneração óssea guiada baseia-se na cria-ção de um espaço segregado para a invasão de vasos sanguíneos e células osteoprogenitoras, pro-tegendo a reparação óssea contra o crescimento de tecidos não osteogênicos que possuem velocidade de migração maior que as células osteogênicas. Trata-se de uma técnica na qual se utilizam meios físicos, como por exemplo, uma membrana, para impedir que outros tecidos, principalmente tecido conjuntivo, interfiram na osteogênese. O princípio de selamento físico de um local anatômico para melhorar o reparo de um certo tipo de tecido e direcionar a regeneração tecidual já é descrita des-de o final dos anos 50 (Hurley et al., 1959). Os conceitos de selamento anatômico para proteger o coágulo e barreira para impedir a invasão dos teci-dos adjacentes foram empregados na periodontia

para permitir a regeneração de todo o aparato de suporte do dente, sendo batizado de Regeneração Tecidual Guiada (RTG) por Nyman et al. (1982).

Gottlow et al. (1984) cobriram raízes de ma-cacos com membranas de acordo com a técnica de RTG e observaram que onde havia espaço su-ficiente entre a membrana e as raízes, se formou uma quantidade considerável de osso. Com isso, concluíram que os princípios sugeridos para a regeneração periodontal poderiam ser utilizados para a técnica que posteriormente seria conhecida como Regeneração Óssea Guiada (ROG).

A utilização de barreiras físicas com o objetivo de regeneração de defeitos ósseos foi relatada por Dahlin et al. (1988) em um estudo animal. Os autores realizaram perfurações bilaterais em man-díbulas de ratos e protegeram com membranas os

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defeitos de um lado (teste) enquanto o outro lado cicatrizou normalmente (controle). Depois de 6 semanas, no lado em que foi utilizado membrana, o defeito estava praticamente preenchido por osso, ao passo que no outro lado havia grande quantida-de de tecido mole ocupando o centro do defeito.

A eficácia da terapia de ROG tanto na recons-trução do osso alveolar prévia a colocação de im-plantes quanto ao redor de superfícies de implan-tes expostos no momento da colocação, tem sido bem documentada na literatura. Diferentes técni-cas e materiais, incluindo membranas reabsorví-veis e não-reabsorvíveis utilizadas sozinhas ou em conjunto com enxertos autógenos, alógenos, alo-plásticos, têm sido utilizados em procedimentos de ROG com resultados encorajadores (Mellonig & Nevins, 1995; von Arx & Kurt, 1998).

Membranas reabsorvíveis e não reabsorvíveis

As membranas devem possuir características que conduzam requisitos biológicos, mecânicos e de uso clínico para servirem como barreira contra a invasão celular indesejável. Um dos materiais de membrana mais pesquisados e utilizados em proce-dimentos de ROG é constituído por uma estrutura especificamente formada por politetrafluoretileno expandido (e-PTFE) (Buser et al., 1990, Mellonig & Nevins 1995). A molécula fluorcarbono, poli-tetrafluoretileno (base química componente do e-PTFE), não pode ser quebrada quimicamente, em condições fisiológicas (Silva et al., 2005). Este material é bio-inerte e não reabsorvível, e não pro-voca nenhuma reação tecidual quando implantado no corpo (Barboza e Caúla, 2002). No entanto, a utilização de membranas de ePTFE tem algumas desvantagens, tais como: difícil manuseio e fixação da membrana hidrofóbica; necessidade de incisão e descolamento de retalho; necessidade de remoção num segundo ato cirúrgico; risco de deiscência de sutura com exposição da membrana e subseqüente infecção local. A reação inflamatória da área, após exposição da membrana, pode levar à necessidade de remoção precoce da mesma. Vários autores têm relatado uma redução na quantidade de osso regenerado nessas situações (Becker et al., 1994[b], Jovanovic et al., 1992).

Com o objetivo de eliminar a necessidade de um segundo tempo cirúrgico para a remoção da membrana, tem sido intensa a investigação para

desenvolvimento de membranas absorvíveis. As membranas reabsorvíveis devem ter as seguintes características: excluir efetivamente o epitélio gengival e o tecido conjuntivo, permitindo a repo-pulação seletiva; ser totalmente reabsorvida sem causar efeitos adversos no processo de cicatriza-ção. A taxa de degradação in vivo das membranas reabsorvíveis é determinada por uma série de fato-res tais como peso molecular, composição quími-ca, características físicas e de superfície, espessura e porosidade, e reposta tecidual do hospedeiro (Barboza e Caúla, 2002).

Diversas membranas reabsorvíveis foram tes-tadas em relação à eficácia e segurança, entre elas pode-se citar as membranas de colágeno, osso liofilizado, ácido poliglicólico, ácido polilático, sulfato de cálcio e matriz dérmica acelular. A maioria das membranas reabsorvíveis são de colá-geno tipo I ou tipo III e, até o presente momento, todas estas membranas tem necessidade de fecha-mento por primeira intenção (Moses et al., 2005; Tawil et al., 2001). Infecções não ocorrem tão fre-qüentemente com este tipo de membrana, como ocorrem com as membranas e-PTFE. Entretanto, a degradação da membrana pode ocorrer após a exposição, pois a integridade do colágeno degrada rapidamente, levando a diminuição da função de barreira e menor regeneração ou preenchimento ósseo. Moses et al. (2005) relataram significante perda óssea quando membranas reabsorvíveis foram expostas.

Uma alternativa para as membranas citadas anteriormente é uma membrana de politetrafluoreti-leno de alta densidade (d-PTFE) (Cytoplast Regentex GBR-200 ou TXT-200; Osteogenics Biomedical, Lubbock, TX). Este material foi originalmente de-senvolvido em 1993 e o seu uso em regenerações teciduais e ósseas tem sido documentado com sucesso (Becker et al., 1994[b]). Esta membrana não reabsorvível de d-PTFE apresenta porosidade de 0,2 μm. Estas características eliminam a colo-nização bacteriana, protegem o material enxerta-do e/ou implante e o fechamento primário não é necessário. Portanto esta membrana pode ser exposta a cavidade oral sem riscos de possíveis complicações (Barber et al., 2007). Como não é necessário fechamento primário sobre a mem-brana de d-PTFE, a possibilidade de preservação de papilas, o tratamento de grandes defeitos e a preservação do volume de mucosa queratinizada são as vantagens significantes deste material sobre as membranas de e-PTFE e reabsorvíveis.

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Materiais de preenchimento em ROG

Conforme o princípio biológico da ROG, é imprescindível a manutenção de espaço para impedir que os tecidos conjuntivos e epiteliais, que se formam mais rapidamente, venham a al-cançar precocemente as áreas onde o objetivo é a formação de novo osso (Figuras 19 a 25). Muitas vezes a membrana isoladamente não é capaz de manter este espaço e a associação de materiais de preenchimento é benéfica e impede o colapso da membrana.

Em um estudo em cães, Schliephake & Kracht (1997) falharam em demonstrar aumento signi-ficante do contato entre osso-implante após rege-neração óssea vertical utilizando uma membrana reabsorvível, e sugeriram que este tipo de mem-brana sozinha não preenche completamente os requisitos para manutenção de espaço adequado sobre os implantes. Quando osso autógeno ou alógeno desmineralizado fresco-congelado foram utilizados sob uma membrana não-reabsorvível reforçada para aumento alveolar vertical, os resul-tados tanto clínicos quanto histológicos demons-traram efeitos benéficos (Simion et al., 1998).

l Fig. 19

Vista vestibular de perfuração palatina para colocação de implantes em maxila com pouca espessura.

l Fig. 21

Recobrimento dos implantes com osso autógeno associado ao beta-fosfato tricálcico Cerasorb® (Curasan, Alemanha).

l Fig. 20

Vista vestibular de implantes instalados com fenestração por vestibular.

l Fig. 22

Recobrimento dos implantes com osso autógeno associado ao beta-fosfato tricálcico Cerasorb® (Curasan, Alemanha).

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Embora o uso de enxertos de osso autógeno cobertos por membranas seja considerado o pa-drão ouro para efetiva regeneração óssea, devido à biocompatibilidade e uma regeneração mais rápida do tecido duro perdido, alguns estudos e relatos de casos clínicos têm demonstrado que resultados compatíveis podem ser obtidos quando se utiliza

materiais de enxerto não autógenos, cobertos por uma membrana adequada (Figuras 26 a 34). Além disso, os índices de sucesso a longo prazo dos im-plantes colocados em osso regenerado utilizando ambas as técnicas (autógeno e não autógeno) são comparáveis àqueles relatados para implantes colo-cados em osso não enxertado (Fugazzotto, 2003).

l Fig. 23

Adaptação de membrana de colágeno Ossix (Colbar Lifescience).

l Fig. 24

Adaptação de membrana de colágeno Ossix (Colbar Lifescience).

l Fig. 25

Sutura com Vicryl (Johnson&Johnson-Ethicon, Somerville, NJ) recobrindo enxerto ósseo e membrana Ossix (Colbar Lifescience).

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l Fig. 26

Aspecto clínico inicial.

l Fig. 27

Retirada das próteses e exposição das raízes dos dentes anteriores.

l Fig. 28

Exodontias das raízes e colocação de implantes com fenestração vestibular.

l Fig. 30

Adaptação de membrana de colá-geno Ossix (Colbar LifeScience).

l Fig. 29

Recobrimento do implante por vestibular com osso autógeno associado a hidroxiapatita bovina desproteinizada Bio-Oss® (Geistlich Pharma AG, Wohlhusen, Suíça).

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l Fig. 31

Munhões de transferência parafusados nos pilares após sutura com Vicryl (Johnson&Johnson-Ethicon, Somerville, NJ).

l Fig. 32

Munhões de transferência parafusados nos pilares após sutura com Vicryl (Johnson&Johnson-Ethicon, Somerville, NJ).

l Fig. 33

Aspecto clínico após colocação da prótese parcial fixa provisória com função imediata.

l Fig. 34

Harmonia estética uma semana após colocação da prótese parcial fixa provisória.

Enxertos aposicionais

A reconstrução do processo alveolar através de enxertos ósseos aposicionais tem como objeti-vos: melhorar a quantidade de tecido ósseo para colocação de implantes, possibilitar um correto posicionamento tridimensional e adequar contor-nos em regiões estéticas.

Quanto à constituição morfológica, para atingir-mos estes objetivos, devemos utilizar blocos córtico-esponjosos. Para obtenção destes blocos podemos recorrer a áreas doadoras intrabucais mandibulares, ramo e mento, ou áreas doadoras extrabucais onde a crista ilíaca aparece com mais destaque na literatura. A escolha por uma ou outra área depende da quanti-dade de tecido ósseo necessário (Figuras 35 a 52).

O aumento horizontal de uma deficiência do osso alveolar pode ser realizado simultaneamente

com a colocação do implante, ou em um mo-mento cirúrgico anterior à inserção do implante. Os principais critérios a serem considerados na escolha do procedimento são se o volume ósseo residual permite o correto posicionamento do implante, se a densidade óssea permite alcançar estabilidade primária e a morfologia do defeito ósseo (von Arx et al., 2006).

Em avaliação histomorfométrica comparando implantes instalados em enxertos interposicionais e aposicionais os autores relatam que a instalação dos implantes após integração dos enxertos pareceu ser o fator mais importante na taxa de sucesso do que as técnicas comparadas. Uma possível explicação para este fato é a melhor vascularização encontrada neste momento (Sjöström et al., 2006).

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l Fig. 35

Paciente com linha de sorriso alta. Observe o mal planejamento reabilitador.

l Fig. 36

Vista vestibular de raiz do dente 12 e implante mal posicionado na região do 11.

l Fig. 37

Vista vestibular pré-operatória a exodontia do 12 e retirada de implante da região do 11.

l Fig. 39

Vista vestibular com 90 dias de pós-operatório.

l Fig. 38

Aparelho ortodôntico provisório.

l Fig. 40

Aspecto trans-operatório após descolamento do retalho. Observe a grande perda óssea vertical e horizontal.

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l Fig. 41

Vista oclusal do descolamento do retalho total vestibular e palatino eviden-ciando perda óssea.

l Fig. 42

Perfurações na cortical do leito receptor para aumentar aporte sanguíneo ao enxerto.

l Fig. 43

Regularização do leito receptor.

l Fig. 45

Aspecto do lado cortical do enxerto.

l Fig. 44

Retirada de bloco córtico-medular da região de ramo mandibular.

l Fig. 46

Aspecto do lado medular do enxerto.

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l Fig. 47

Vista vestibular de enxerto em bloco estabilizado por dois parafusos de 1,7 mm de diâmetro (Leibinger-Stryker).

l Fig. 49

Vista vestibular do retalho estabilizado por suturas sem tensão.

l Fig. 51

Prótese parcial fixa adesiva provisória.

l Fig. 48

Vista oclusal de enxerto estabilizado por dois parafusos de 1,7 mm de diâme-tro (Leibinger-Stryker). Observe a adaptação do enxerto na área receptora.

l Fig. 50

Vista oclusal do retalho estabilizado por suturas com Vicryl (Johnson&Johnson-Ethicon, Somerville, NJ).

l Fig. 52

Melhora na estética após cirurgia reconstrutiva.

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Em um estudo clínico com acompanhamento de 3 anos usando exames radiográficos e medidas de freqüências de ressonância para avaliar 25 pa-cientes reabilitados com próteses suportadas sobre 192 implantes colocados em locais previamente enxertados, Sjöström et al. em 2007, concluíram que áreas receptoras com altos índices de reab-sorção podem alterar significativamente as taxas de sucesso.

A manutenção do contorno vestibular obtido foi avaliado através de modelos escaniados por um período de 5 anos onde houve uma redução significativa no primeiro ano. Depois um com-portamento estável nos 4 anos seguintes apre-sentando variações individuais (Jemt, Lekholm, 2005).

Em um recente estudo clínico comparativo, Maiorana et al. (2005) demonstraram os efeitos positivos da cobertura de enxertos em bloco com partículas de Bio-Oss. Eles relataram reabsorção de somente 9,3% dos locais tratados com esta técnica, ao passo que nos locais em que não foi utilizado cobertura do enxerto, a reabsorção apre-sentada foi de 18,3%. No estudo de von Arx et al. (2006) também foi realizado um enxerto particu-lado de Bio-Oss para cobrir o bloco ósseo. O local enxertado foi ainda protegido por uma membrana de colágeno (Bio-Guide, Geistlicg, AG, Wolhusen, Suíça). Todos os locais onde houve exposição da membrana, cicatrizaram por segunda intenção e espontânea re-epitelização. A reabsorção superfi-cial ou perda óssea foi de 0,36 mm equivalente a 7,2% da espessura inicial do bloco ósseo utiliza-do. A conclusão dos autores foi de que a técnica

utilizada apresentou sucesso e previsibilidade para aumento ósseo horizontal.

Háprincípiosbásicosquedevemserseguidospara o sucesso da incorporação do enxerto em blo-co à área receptora. Primeiramente, a preparação do leito receptor, acesso cirúrgico proporcionando uma boa visibilidade, descolamento cuidadoso do retalho mucoperiostal tanto por vestibular como por palatino ou lingual. Cuidadosa regularização da área receptora retirando irregularidades ósseas e com isto permitindo uma boa adaptação dos blocos córtico-esponjosos. Estes princípios devem preservar o aporte sanguíneo tanto por via perios-tal como por via trabecular.

Em segundo, a escultura do bloco ósseo para adaptação na anatomia do leito receptor e sua fixação a fim de evitar micromovimentos, usar parafusos auto-rosqueantes e com cabeça de baixo perfil. Antes de fixarmos o bloco ósseo devemos realizar perfurações no leito receptor para aumen-tarmos a vascularização, assim como, forrarmos a região com osso particulado para garantirmos um maior contato entre o enxerto e o osso alveolar. É importante também arredondarmos as bordas do bloco ósseo e preenchermos as bordas com osso particulado, evitando a crescimento de tecido con-juntivo nesta região.

Em terceiro lugar, o fechamento sem tensão da ferida cirúrgica, é crítico impedir deiscências, pois estas são as principais causas de complicações pós-operatórias. Finalmente cuidados protéticos relacionados ao uso de uma prótese que não deve apoiar sobre o enxerto durante o reparo dos teci-dos moles e do enxerto (Figuras 53 a 76).

l Fig. 53

Aspecto clínico inicial da paciente em oclusão.

l Fig. 54

Prótese parcial fixa metalo-cerâmica com retentores nos caninos e pônticos nos incisivos.

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l Fig. 55

Vista vestibular de região anterior da maxila com ausência dos dentes 12, 11, 21 e 22.

l Fig. 57

Aspecto clínico frontal da paciente.

l Fig. 59

Vista vestibular da reabsorção óssea horizontal após descolamento do reta-lho total vestibular e palatino.

l Fig. 56

Vista oclusal de região anterior da maxila com ausência dos dentes 12, 11, 21 e 22. Note a concavidade vestibular em decorrência de reabsorção óssea.

l Fig. 58

Aspecto clínico em perfil da paciente.

l Fig. 60

Vista vestibular dos enxertos em blocos fixados com parafusos de 1,7 mm de diâmetro (Leibinger-Stryker) e preenchimento dos espaços com osso particulado.

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l Fig. 61

Vista oclusal dos enxertos em blocos fixados e preenchimento dos espaços com osso particulado retirado do ramo da mandíbula.

l Fig. 63

Colocação de implante Repalce Select (Nobel Biocare-Suécia) na região do dente 12.

l Fig. 62

Vista oclusal após rebatimento do retalho: 6 meses após realização dos enxertos.

l Fig. 64

Colocação de implante Repalce Select (Nobel Biocare-Suécia) na região do dente 22.

l Fig. 65

Vista oclusal dos implantes Repalce Select (Nobel Biocare-Suécia) colocados com os vér-tices dos triângulos internos para vestibular.

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l Fig. 66

Prova dos pilares de zircônia fabricados pelo Sistema Procera.

l Fig. 68

Estrutura da prótese parcial fixa de zircônia e casquetes de zircônia nos caninos.

l Fig. 70

Vista vestibular da prova da estrutura de zircônia sobre os pilares também em zircônia e caninos.

l Fig. 67

Recorte no modelo de trabalho para permitir o escaneamento dos pilares de zircônia para confecção da estrutura protética. O escaneamento deve ser feito utilizando o escaner Procera Forte.

l Fig. 69

Aspecto clínico dos pilares Procera de zircônia.

l Fig. 71

Vista oclusal da prova da estrutura de zircônia sobre os pilares também em zircônia e caninos.

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l Fig. 72

Coroas unitárias com casquete procera de zircônia e cerâmica NobelRondo zircônia.

l Fig. 74

Aspecto clínico final com os caninos individualizados e uma prótese parcial fixa sobre implantes na região dos incisivos laterais.

l Fig. 76

Harmonia estética com vista frontal.

l Fig. 73

Prótese parcial fixa de zircônia Sistema Procera e cerâmica NobelRondo zircônia.

l Fig. 75

Harmonia estética com vista lateral.

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A cicatrização alveolar após uma extração é caracterizada por reabsorção localizada do osso alveolar, produzindo diminuição do volume ós-seo, deformação no contorno ósseo e, conseqüen-temente, dificultando a colocação de implantes no local ideal (Artzi et al., 2000). Uma análise radiográfica realizada por Schropp et al. (2003) demonstrou que a formação óssea no interior do alvéolo ocorre simultaneamente à perda de altura da crista alveolar. A maioria das alterações ocorre nos primeiros 4 meses de cicatrização. Segundo Johnson (1963), uma redução de 5 a 7 mm no sentido vestíbulo-lingual, representando 50% da medida inicial, ocorre num período de 6 a 12 meses. Uma redução de 2 a 4 mm no sentido ver-tical acompanha as alterações horizontais (Iasella, 2003).

Com o aumento do uso de implantes os-seointegrados, mais ênfase tem se dado para a preservação do rebordo alveolar a fim de facilitar a colocação dos implantes e melhorar o resultado da reabilitação protética (McAllister e Haghighat,2007). Geralmente, a fim de preservar a altura e espessura do osso alveolar para futura instalação de implantes, são realizados procedimentos de regeneração tecidual guiada (RTG), com utilização de membranas, associadas ou não, a materiais de preenchimento (Dies et al., 1996; Artzi et al., 2000). Outras técnicas como enxertos de osso autógeno, preenchimento do alvéolo com subs-titutos ósseos e colocação imediata de implantes também têm sido utilizadas para este propósito.

De acordo com Sottonsanti (1993), a pre-servação do alvéolo após a extração, previne o colapso do mesmo, diminuindo a perda de tecido duro e mole, reduzindo o número de intervenções cirúrgicas e oferecendo ótima estética com grande previsibilidade. A utilização de biomateriais no alvéolo, recobertos por membranas ou simples-mente pela rotação do retalho e fechamento por primeira intenção, imediatamente após a extração tem sido proposta para minimizar a redução do volume alveolar.

Uma análise histomorfométrica realizada por Artzi et al. em 2000, após o preenchimento de alvéolos pós-extração com Bio-Oss, demonstrou que tanto o osso quanto o tecido conjuntivo re-modelaram de maneira similar ao alvéolo natural,

não enxertado, indicando que a hidroxiapatita bovina porosa desmineralizada não é um material indutivo. Todavia, como apresentado neste estu-do, a osteocondutividade ficou evidente, baseada na promoção de crescimento ósseo e íntima in-tegração com o osso neoformado. Portanto, uma total incorporação do tecido ósseo formado e das partículas do enxerto foi alcançada.

Entretanto, em alguns casos, o enxerto em alvéolos no momento da extração pode não ser benéfico. Estudos em animais em humanos de-monstraram que alvéolos com paredes ósseas intactas são capazes de se regenerar somente com a presença do coágulo no seu interior (McAllister eHaghighat,2007).

O enxerto de matriz dérmica acelular (Allo-derm, LifeCell Corporation, The Woodlands, TX) tem sido utilizado em cirurgias plásticas periodontais para aumento da faixa de tecido ceratinizado, para recobrimentos radiculares, para manipulação de deformidades de tecidos moles e associada com implantes imediatos. A matriz dérmica acelular é obtida a partir de bancos de tecidos, onde ela é processada com o objetivo de remover a epiderme e todas as células da derme, o material resultante é uma matriz dérmica ace-lular com colágeno bundling. O processo remove todas as células que são os componentes necessá-rios para sobrevivência e transmissão de viroses. Adicionalmente, esta remoção de células não deixa componentes que possam causar rejeição ou inflamação que pode resultar quando tecidos não processados são transplantados. E no final, o enxerto é congelado. Esta matriz é hábil para atuar como um arcabouço bioativo para migração de fibroblastos, células epiteliais e endoteliais. Sendo assim, a matriz tem propriedades que conferem um excelente potencial para uso no tratamento de deformidades alveolares (Luczyszyn et al., 2005).

A dificuldade de cobrir totalmente a mem-brana durante a preservação alveolar e a possível exposição durante a cicatrização pode alterar a formação óssea. A possibilidade de utilizar o Allo-derm como membrana, deixando a porção central exposta pode simplificar o processo regenerativo, especialmente devido aos problemas associados com manipulação de retalhos e cobertura total da membrana (Figuras 77 a 86).

Preservação de alvéolo após extração

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l Fig. 77

Reabsorção externa dos incisivos centrais. Vista vestibular.

l Fig. 79

Sindesmotomia utilizando periótomo.

l Fig. 81

Preenchimento do alvéolo com osso raspado do corpo da mandíbula.

l Fig. 78

Recessão gengival nos incisivos centrais. Observa-se cavidade na cervical do incisivo central superior direito.

l Fig. 80

Desgaste do remanescente radicular anquilosado com broca tronco cônica refrigerada com soro fisiológico.

l Fig. 82

Vista vestibular após preenchimento dos alvéolos com osso autógeno.

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l Fig. 83

Cobertura do enxerto com Alloderm (LifeCell Corporation, The Woodlands, TX) e sutura sem tensão com Vicryl (Johnson&Johnson-Ethicon, Somerville, NJ). Vista vestibular.

l Fig. 85

Prótese fixa adesiva provisória por um período de três meses.

l Fig. 84

Cobertura do enxerto com Alloderm (LifeCell Corporation, The Woodlands, TX) e sutura sem tensão com Vicryl (Johnson&Johnson-Ethicon, Somerville, NJ). Vista oclusal.

l Fig. 86

Estética temporária sem contatos oclusais.

Implantes imediatos

A fim de preservar a arquitetura alveolar, tem sido proposta a colocação de implantes imediata-mente após a extração dentária. Conforme Schropp et al. (2003a), no caso de fraturas radiculares, insu-cessos endodônticos, cáries extensas e dentes com doença periodontal, a extração e colocação ime-diata de implantes é um procedimento com alta previsibilidade e altos índices de sucesso (Figuras 87 a 96).DeacordocomHammerleet al. (2004) este procedimento apresenta como vantagens a

redução do tempo de tratamento, redução do nú-mero de intervenções cirúrgicas, manutenção da estética gengival e permite uma excelente avaliação da condição óssea existente. No entanto, as desvan-tagens associadas a esta técnica incluem a potencial falta de tecido para sutura, possível dificuldade de se obter ancoragem e ótimo posicionamento devi-do à morfologia do alvéolo, a técnica sensível e a necessidade, muitas vezes, de novas intervenções cirúrgicas (Dinato e Nunes, 2006).

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l Fig. 88

Exodontia com auxílio de periótomo.

l Fig. 89

Avulsão dentária com fórceps.

l Fig. 90

Perfuração com broca de 2 mm de diâmetro para colocação imediata de implante após exodontia.

l Fig. 87

Vista clínica frontal de um paciente que apresenta reabsorção radicular no dente 11.

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l Fig. 91

Perfuração com broca de 4,3 mm de diâmetro para colocação imediata de implante após exodontia.

l Fig. 93

Pilar Easy Abutment aparafusado com 35 N/cm no implante.

l Fig. 95

Vista frontal da linha de sorriso do paciente após ortodontia e cimentação da coroa Procera Alumina.

l Fig. 92

Implante Replace Select de 16 mm de comprimento (Nobel Biocare – Suécia).

l Fig. 94

Aspecto clínico da prótese provisória: 1 semana pós-operatório. Faceta do dente natural utilizada como provisório.

l Fig. 96

Harmonia estética final após ortodontia e cimentação da coroa Procera Alumina.

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Defeitos ósseos nas paredes do alvéolo po-dem prejudicar a estabilidade e manutenção da estética periimplantar. Os espaços existentes en-tre a superfície do implante e o osso alveolar ne-cessitam serem preenchidos, para que se obtenha bons resultados. Estudos têm demonstrado que, em espaços menores ou iguais a 2 mm, ocorre a cicatrização óssea espontânea. Em espaços maio-res que 2 mm, técnicas utilizando membranas e enxertos ósseos tem sido eficientes na regene-ração óssea e conseqüente osseointegração. O preenchimento do espaço entre o implante e as paredes do alvéolo pode ser realizado com osso raspado, coletado da perfuração e/ou biomate-

riais. O implante imediato associado a um pilar permanente de titânio ou zircônia pode ser um recurso com importante previsibilidade estética (Figuras 97 a 132).

Diversos autores (Becker et al., 1998; Lang et al., 1994; Goldstein et al., 2002) demonstraram que os defeitos alveolares associados à colocação imediata de implantes, cicatrizaram com signi-ficante formação óssea, independente do pro-tocolo utilizado (com ou sem carga imediata) e datécnicaderegeneraçãoutilizada.HämmerleeLang (2001) relataram reduções de até 97% dos defeitos alveolares, utilizando membranas e en-xertos ósseos associado a implantes imediatos.

l Fig. 97

Aspecto clínico inicial da reabilitação dos incisivos centrais superiores em oclusão.

l Fig. 98

Vista aproximada das coroas de jaquetas de porcelana nos incisivos centrais superiores.

l Fig. 99

Radiografia periapical dos incisivos centrais superiores. Observe a diferen-ça na adaptação das coroas dos incisi-vos devido a fratura radicular.

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l Fig. 102

Perfuração do modelo de estudo com broca de 2 mm de diâmetro do Sistema Replace Select Tapered (Nobel Biocare – Suécia).

l Fig. 100

Modelos de estudos montados em articulador sem a coroa do incisivo cen-tral superior direito.

l Fig. 103

Emergência da broca coincidindo com a região de cíngulo do incisivo central superior direito.

l Fig. 101

Vista oclusal do modelo de estudo.

l Fig. 104

Vista palatina do modelo de estudo com a broca de 2 mm de diâmetro indicando a direção de perfuração.

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l Fig. 107

Posicionamento apical da réplica do implante a 3 mm da margem gengival.

l Fig. 105

Perfuração do modelo de estudo com broca de 3,5 mm de diâmetro do Sistema Replace Select Tapered (Nobel Biocare – Suécia).

l Fig. 108

Vista incisal do posicionamento da réplica do implante Replace Select Tape-red com vértice do triângulo para vestibular.

l Fig. 106

Perfuração do modelo de estudo com broca de 4-3 mm de diâmetro do Sistema Replace Select Tapered.

l Fig. 109

Vista palatina do posicionamento da réplica do implante Replace Select Tapered com vértice do triângulo para vestibular.

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l Fig. 110

Vista vestibular da matriz em cera do pilar sobre componente provisório.

l Fig. 113

Prova no modelo de gesso do pilar Procera zircônia.

l Fig. 111

Vista incisal da matriz em cera do pilar sobre componente provisório.

l Fig. 114

Cilindro de titânio posicionado no pino de trabalho em laboratório de 2 mm de diâmetro.

l Fig. 115

Guia cirúrgico em resina acrílica reproduzindo a posição do análogo do implante no modelo de gesso.

l Fig. 112

Visualização virtual do pilar no programa Procera.

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l Fig. 120

Perfuração através do guia cirúrgico com braça de 2 mm de diâmetro.

l Fig. 118

Aspecto clínico após exodontia do incisivo central superior direito.

l Fig. 116

Adaptação de uma faceta confeccionada com o Sistema 3M ESPE Sinfony no pilar Procera zircônia. Vista palatina.

l Fig. 121

Munhão de transferência parafusado no implante Replace Select Tapered.

l Fig. 119

Guia cirúrgico posicionado.

l Fig. 117

Adaptação de uma faceta confeccionada com o Sistema 3M ESPE Sinfony no pilar Procera zircônia. Vista incisal.

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l Fig. 126

Vista vestibular da coroa de jaqueta em resina 3M ESPE Sinfony.

l Fig. 124

Posicionamento da faceta confeccionada com o Sistema 3M ESPE Sinfony no pilar Procera zircônia. Vista incisal.

l Fig. 122

Modelo de trabalho obtido após colocação e transferência da posição do implante.

l Fig. 127

Vista incisal da coroa provisória de resina 3M ESPE Sinfony sem contato com o antagonista.

l Fig. 125

Aplicação da resina 3M ESPE Sinfony para confecção da coroa de jaqueta provisória.

l Fig. 123

Posicionamento da faceta confeccionada com o Sistema 3M ESPE Sinfony no pilar Procera zircônia. Vista palatina.

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l Fig. 131

Estética imediata com coroa de resina 3M ESPE Sinfony.

l Fig. 132

Avaliação oclusal e estética uma semana após extração e colocação imediata do implante e provisório.

l Fig. 129

Pilar Procera zircônia parafusado e apertado com 35 N/cm.

l Fig. 130

Ajuste da coroa de jaqueta provisória não permitindo contatos oclusais.

l Fig. 128

Pilar Procera zircônia empacotado e auto-clavado antes do aparafusamento em boca. Fundamental para adesão celular.

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Distração osteogênica

A distração osteogênica é um método de alongamento do tecido ósseo pela modulação do calo ósseo (Souza Pinto et al., 2001). Consiste na formação de osso e a proliferação de tecidos moles mediante a distração e estiramento do osso preexistente. Esta técnica vem sendo empregada amplamente na cirurgia ortopédica e durante os anos 70, começou-se a aplicar a distração óssea aos ossos faciais com a finalidade de solucionar problemas de hipoplasia dos maxilares, onde as técnicas cirúrgicas clássicas não obtinham bons resultados (Snyder, 1973; García García, 2003).

A reconstrução do esqueleto e aumento ósseo através da distração osteogênica, sem a necessida-de de enxerto, baseia-se na capacidade intrínseca de alguns tecidos vivos crescerem quando sub-metidos a tensão provocada por tração lenta e continua (Ilizarov, 1989). A distração alveolar está limitada fundamentalmente pela disponibilidade de uma quantidade mínima de osso no rebordo alveolar que permita realizar a osteotomia neces-sária para a técnica e a colocação do distrator. Pequenos defeitos alveolares, um ou dois dentes, estão associados a altos índices de complicações quando tratados com esta técnica.

O protocolo preconizado por Ilizarov (1989) consistia de apenas uma corticotomia óssea, pre-servando o osso medular e a vascularização oriun-da do endósteo. Somente após os estudos de Ko-jimoto et al. (1988) e Delloye et al. (1990), onde foi demonstrado que a nutrição do calo ósseo inicial para a tração osteogênica provém principal-mente do periósteo, possibilitou-se a realização da osteotomia completa do osso medular.

A preservação do periósteo é considerada muito crítica para otimizar o potencial osteogê-nico do osso progenitor. O osso esponjoso com sua medula e demais componentes possui grande potencial osteogênico para a cicatrização, sendo a presença de margens adequadas de osso contíguo aos dentes adjacentes, importante para a indução do tecido ósseo (Guerrero et al., 2001).

Os problemas técnicos e complicações ci-rúrgicas mais comuns deste procedimento são a dificuldade cirúrgica para preparar o segmento ósseo do rebordo alveolar sem desprendê-lo do periósteo, o controle do vetor da distração e a aparição de interferências oclusais no dispositivo empregado para distração.

De um modo geral, os princípios e etapas da distração são mantidos nos protocolos estabeleci-dos pelos diversos autores. As fases da distração consistem em:

• Osteotomias.• Períododelatência.• Distração.• Estabilização.

A técnica consiste em realizar uma osteoto-mia segmentaria, mantendo os tecidos moles ade-ridos por causa da vascularização. As osteotomias se realizam sob irrigação abundante para impedir aquecimento excessivo e necrose celular. O pe-ríodo de latência é aquele compreendido desde a intervenção cirúrgica para realizar a osteotomia até que se comece a distração. A fase da distração consiste na ativação do dispositivo que realizará a separação gradual da porção óssea osteotomizada. Geralmente essa separação é de 1 mm/dia, ainda que em alguns casos se pode reduzir para 0,5 mm/dia. Um ritmo superior a 2 mm/dia está associado a um aumento na formação de tecido conjuntivo e uma diminuição na formação de osso. A fase de estabilização permite a regeneração óssea no espaço criado. Nesse período, a estabilidade do distrator é fator crucial para a formação óssea. A duração dessa fase depende do comprimento total da distração e da idade do paciente.

Conclusões A indicação de enxertos ósseos é uma prática

comum na implantodontia contemporânea, em-bora a possibilidade de cirurgias livre de enxertos deve ser sempre considerada.

Várias técnicas cirúrgicas reconstrutivas são relatadas na literatura, bem como a utilização de biomateriais, com o objetivo de se conseguir um volume alveolar adequado para o melhor posicio-namento do implante em relação a reabilitação protética. Embora a utilização do osso autógeno seja a melhor alternativa nos enxertos ósseos, dife-rentes biomateriais vêm sendo utilizados isolada-mente, associados ao osso triturado ou recobrindo a região enxertada, com finalidade reconstrutiva e de manutenção do novo volume ósseo.

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Em reconstruções de atrofias ósseas severas, muitas vezes é necessária a utilização não apenas de uma técnica cirúrgica, e sim o uso e a integra-ção de várias técnicas combinadas, como levanta-mento de seio maxilar, enxertos aposicionais e a regeneração óssea guiada. Devemos indicar, para cada caso, os recursos técnicos necessários para alcançar o melhor resultado (Figuras 133 a 150).

Dentre as técnicas relatadas, o levantamento de seio maxilar vem demonstrando ser a opção com maior previsibilidade, embora a regeneração óssea guiada, os enxertos aposicionais, a preservação de

alvéolos após a extração e a distração osteogênica sejam técnicas que apresentam extensa documenta-ção científica e relatos de casos na literatura.

A indicação de uma cirurgia, com ou sem enxerto, é uma decisão única e exclusiva dos pro-fissionais que irão reabilitar o paciente. Porém, a melhor opção é aquela que indicaríamos a nós mesmos, medindo os riscos, vantagens e a relação custo-benefício do tratamento. Com essa cons-ciência, bom senso e responsabilidade, espera-se melhores resultados e menores índices de insuces-so na reabilitação com enxertos.

l Fig. 133

Vista oclusal do padrão de reabsorção óssea da maxila.

l Fig. 134

Vista vestibular do padrão de reabsorção óssea da maxila com maior perda óssea no sentido horizontal do que no sentido vertical.

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l Fig. 135

Vista vestibular da perda óssea horizontal da maxila após elevação do retalho.

l Fig. 137

Cavidade óssea anexa ao seio maxilar esquerdo após curetagem da membrana de revestimento.

l Fig. 138

Acesso cirúrgico para retirada de enxerto da crista ilíaca.

l Fig. 136

Descolamento da membrana de cavidade anexa ao seio maxilar lado direito.

l Fig. 139

Bloco ósseo retirado do ilíaco.

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l Fig. 140

Preenchimento de cavidade óssea na maxila lado esquerdo com enxerto ósseo autógeno particulado.

l Fig. 142

Preenchimento de cavidade óssea na maxila lado direito com enxerto ósseo autógeno particulado.

l Fig. 144

Perfuração do enxerto ósseo em bloco na região anterior para estabilização com parafusos.

l Fig. 141

Bloco de enxerto estabilizado com parafusos de 1,7 mm de diâmetro (Leibinger-Stryker) sobre osso particulado no lado esquerdo.

l Fig. 143

Bloco de enxerto estabilizado com parafusos de 1,7 mm de diâmetro (Leibinger-Stryker) sobre osso particulado no lado direito.

l Fig. 145

Fixação de enxerto em bloco na região anterior com parafusos de 1,7 mm de diâmetro (Leibinger-Stryker).

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l Fig. 150

Vista oclusal da estabilização do retalho com suturas.

l Fig. 146

Bloco de enxerto estabilizado com parafusos de 1,7 mm de diâmetro (Leibinger-Stryker) sobre osso particulado.

l Fig. 148

Blocos de enxertos estabilizados na região anterior da maxila com parafusos de 1,7 mm de diâmetro (Leibinger-Stryker).

l Fig. 147

Regularização das bordas de enxerto ósseo em bloco com broca diamantada e irrigação com soro fisiológico.

l Fig. 149

Preenchimento dos espaços entre os blocos com osso particulado.

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