a regeneração

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Do movimento militar à situação política A Regeneração 1 2012 /10 /31

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A Regeneração. Do movimento militar à situação política. Dificuldades de estabilização do liberalismo em Portugal. Dificuldades económico-financeiras de Portugal na primeira metade do século XIX. Desorgani-zação do tecido produtivo com as invasões francesas (1807-1811). - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: A  Regeneração

1

Do movimento militar à situação

política

A Regeneração

2012 /10 /31

Page 2: A  Regeneração

2012 /10 /31

2

Dificuldades de estabilização do liberalismo em Portugal

As mudanças estruturais impostas

Os confrontos em torno do modelo

de texto constitucional a

seguir

As dificuldades económico-financeiras

Page 3: A  Regeneração

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Dificuldades económico-financeiras de Portugal na primeira metade do século XIX

Desorgani-zação do

tecido produtivo

com as invasões francesas

(1807-1811)

Endivida-mento

interno e externo do

Estado

Desfasamen-to em

relação às alterações tecnológic

a da Revolução Industrial

Fim do Pacto

Colonial (1808)

Independên-cia do Brasil (1822)

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Dificuldades de estabilização do liberalismo em Portugal

As mudanças estruturais impostas

Os confrontos em torno do modelo

de texto constitucional a

seguir

As dificuldades económico-financeiras

A falta de organizações

politico-ideológicas

estáveis

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Qual o sentido histórico da designação “Regeneração”?

• Desencadeado no Porto, em Abril de 1851;• Chefiado pelo marechal duque de Saldanha;• Obtém adesões noutras cidades do país;• Força a rainha a demitir o governo constituído.

Pronunciamento militar

• Objectivo – a “regeneração” nacional, considerada indispensável à sobrevivência da situação liberal

Nova situação política, gerada pelo triunfo do pronunciamento.

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Origem do movimento da Regeneração

Grupo civil, que se propõe estudar

os meios de conduzir o pais a uma

via de conciliação política e de

desenvolvimento.

Descontentamento de alguns

sectores militares a que o

Marechal Saldanha se propõe dar

uma intervenção activa.

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7

Reinados abrangidos pela Regeneração

D. Maria II - … (1851 –

1853)

D. Pedro V - (1853 – 1861)

D. Luís – (1861 - …)

Regência de D. Fernando

– (1853 – 1855)

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Uma visão do país

“Portugal (…) país de povoações que não se comunicam, de habitantes que não convivem, de produtos que não circulam, de manufacturas que se não transportam e até de riquezas e de maravilhas que se não conhecem”

Fontes Pereira de Melo . Preâmbulo do Decreto de 30 de Agosto de 1852

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99

“Regener

ar” o país. Para

isso é necessári

o …

Garantir a

estabilida-de

política

Sanear as

finanças públicas

Desenvol-ver infra estrutura

s – conunica-

ções

Estimular o

investimen-to

privado

A filosofia económico-política da

Regeneração

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10

Linhas de força da intervenção estatal, visando a “regeneração” do País

Promover clima de

estabilidade política

- Forças políticas estáveis;

- Rotativismo

- Acto Adicional à Carta

Constitucional (1852)

- Partido Regenera-

dor;- Partido Histórico

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Alterações introduzidas pelo Acto Adicional de 1852

Maior competência das Cortes• São chamadas

obrigatoriamente a ratificar os tratados celebrados com o estrangeiro.

• Criação de Comissões de Inquérito para se pronunciarem sobre decisões políticas do Executivo.

Simplificação e maior abertura dos processos• A eleição dos

deputados passa a ser directa.

• Para se ser deputado é necessário ter, em alternativa 400$00 ou “um título literário”

Maior rigor• “ O deputado que

depois da eleição aceitar mercê honorífica, emprego retribuído, ou comissão subsidiada (…) perde o lugar de deputado”

Abolição da pena de morte para os crimes políticos.

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Alguns aspectos da Carta que o Acto Adicional de 1852 não altera

• Poder Legislativo - Cortes• Poder Executivo – Governo• Poder Judicial – Tribunais• Poder Moderador - Coroa

Quartipartição dos poderes

• Câmara dos Deputados – eleição por sufrágio censitário

• Câmara dos Pares – nomeação régia – sem número fixo de membros

Assembleia legislativa bicamaral

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Linhas de força da intervenção estatal, visando a “regeneração” do País

Promover clima de

estabilidade política

Saneamento prévio das finanças públicas

Acto Adicional à Carta

Constitucional - 1852

- Forças política estáveis;

- Rotativismo

“Reconversão” da dívida pública

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Situação financeira do Estado Português em 1851

Receitas ordinárias

Despesas ordinárias

Dívida interna

Dívida externa

Encargos com juros

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

45000

50000

6 0008 000

38 827

46 913

3 491

Orçamento do Estado

Encargos com a dívida pública

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Da dívida flutuante à dívida fundada

“Com um espírito novo a Regeneração (…) capitalizou

num fundo de 4% todos os encargos por pagar (…). E

como afirmação de princípio suprimiu a amortização.

(…) Amortizar o quê? Para quê? Amortizar, pedindo

emprestado, nós que temos de nos endividar para solver

os encargos anuais ordinários, é agravar as

consequências. (…) Amortizar o quê? A dívida? Não, que

deve ser fundada, permanente, eterna, como caixa de

economias, instrumento de distribuição de riqueza.

Outrora dissera-se ser necessário pagar o que se deve.

Doutrinas fósseis! Um Estado não é um particular.”

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16

De dívida flutuante a dívida fundada

Dívida Flutuan

-te e juros em

dívida

Con-versã

o

Dívida Fundad

a

Vanta-gens

Aliviar encar-

gos estatai

s

Renda estável para os credor

es

Novos empréstimos a

3%

Possibilit

a

Política de

Fomento

Paga-mento fácil dos

encargos

Mais empréstimos

Mais desenvolvime

nto

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Linhas de força da intervenção estatal, visando a “regeneração” do País

Promover clima de

estabilidade política

Saneamento prévio das finanças públicas

Assegurar o investiment

o no fomento material

Acto Adicional à Carta

Constitucional - 1852

- Decisões tanto quanto possível

negociadas

“Reconversão” da dívida pública

Política de obras públicas

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18

Linhas de força da intervenção estatal, visando a “regeneração” do País

Promover clima de

estabilidade política

Saneamento prévio das finanças públicas

Assegurar o investiment

o no fomento material

Desenvolvi-mento do

ensino industrial

Acto Adicional à Carta

Constitucional - 1852

- Decisões tanto quanto possível

negociadas

“Reconversão” da dívida pública

Política de obras públicas

Page 19: A  Regeneração

2012 /10 /31

19

Linhas de força da intervenção estatal, visando a “regeneração” do País

Promover clima de

estabilidade

política Saneamento

prévio das

finanças públicas

Assegurar o

investimento no

fomento material

Desenvolvi-mento do ensino industrial

Fomentar o

desenvolvimento de instituições privadas financeiras

e de investimen

to

Acto Adicional à Carta

Constitucional - 1852

- Decisões tanto quanto possível

negociadas

“Reconversão” da dívida pública

Política de obras públicas

Page 20: A  Regeneração

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20

In Victor Sérgio Quaresma – A Regeneração, economia e sociedade, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1988, pág. 16

“ A Regeneração foi mais uma das tentativas nacionais, em busca da contemporaneidade possível, restando saber se novamente malograda”

Page 21: A  Regeneração

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In Victor Sérgio Quaresma – A Regeneração, economia e sociedade, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1988, pág. 16 (continuação)

“Aspiração do Povo? Pretensão de toda a Nação? Decerto não. Que vontade e que saber possuía um país com uma miséria rural centenária e um analfabetismo imenso, que afastava os homens do progresso? (…) A Regeneração impõe-se no panorama historiográfi co de Portugal como uma empresa de Estado, controlada por um jogo complicado de interesses e de grupos, (…) permitindo a convergência de diferentes sectores nacionais.”

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In Victor Sérgio Quaresma – A Regeneração, economia e sociedade, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1988, pág. 16 (continuação)

“O mito europeu ganhou então [com a Regeneração] forma e força no pensar português. País tradic ionalmente dominado pela memória dos descobrimentos, feito máximo da identidade nacional , a miragem est imulante do desenvolvimento europeu servirá como propulsor cr iat ivo de um novo Portugal , ultramarino s im, mas inquest ionavelmente europeu, modernamente c iv i l izado. Aspiração do Povo? Pretensão de toda a Nação?”

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Uma visão do país

“Portugal (…) país de povoações que não se comunicam, de habitantes que não convivem, de produtos que não circulam, de manufacturas que se não transportam e até de riquezas e de maravilhas que se não conhecem”

Fontes Pereira de Melo . Preâmbulo do Decreto de 30 de Agosto de 1852

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Para “regenerar” o país é necessário

Desenvol-ver infra

estruturas –

conunica-ções

Estimular o

investimen-to

privado no

desenvolvi-mento

da economia

Sanear as finanças

públicas – dívida

pública

Assegurar a

estabilida-de

política

A filosofia económico-política da

Regeneração