a arte de elaborar o contrato: melhores práticas na elaboração de contratos de resseguro

15
Melhores Práticas na Elaboração de Contratos de Resseguro Agosto 2013

Upload: escola-nacional-de-seguros

Post on 04-Jul-2015

61 views

Category:

Education


1 download

DESCRIPTION

Seminário A Arte de Elaborar o Contrato: Melhores Práticas na Elaboração de Contratos de Resseguro, apresentado por Antonio Jorge Rodrigues.

TRANSCRIPT

Page 1: A Arte de Elaborar o Contrato: Melhores Práticas na Elaboração de Contratos de Resseguro

Melhores Práticas na Elaboração de Contratos de Resseguro Agosto 2013

Page 2: A Arte de Elaborar o Contrato: Melhores Práticas na Elaboração de Contratos de Resseguro

Sumário

• Conceito: o que é o Contract Certainty

• Conjuntura histórica

• Princípios do Contract Certainty

• Ações para o estabeler o Contract Certainty como prática internacional

• A importância deste conceito?

• Mercado brasileiro e suas normas

• Exemplo: WEM - Willis Excellence Model

Page 3: A Arte de Elaborar o Contrato: Melhores Práticas na Elaboração de Contratos de Resseguro

O que é o Contract Certainty?

• Concordância formal e completa de todos os termos pactuados entre

Segurado e Segurador, ou Ressegurado e Ressegurador, onde todas as

partes assumem suas responsabilidades, com seus respectivos

documentos emitidos logo em seguida;

Conceito

Page 4: A Arte de Elaborar o Contrato: Melhores Práticas na Elaboração de Contratos de Resseguro

Conjuntura histórica

• Alguns acontecimentos históricos como o World Trade Center em 2011 foram

determinantes para o desenvolvimento e melhor entendimento da aplicabilidade do

Contract Certainty;

• Consequências de sinistros vultosos no mercado de seguros criaram preocupação com a

clareza dos clausulados. Houve também a necessidade de se estabelecer um Código de

Conduta no mercado internacional .

• Estas idéias tiveram grandes influências de alguns grupos como:

FSA, antigo orgão regulador de UK, hoje com responsabilidades atribuídas ao FCA

(The Financial Conduct Authority) e PRA (Prudential Regulation Authority). Este

orgão sempre buscou uma transparência nas condições dos contratos, objetivando

acabar com a prática de “negocia agora, explica depois” (deal now, detail later)

IAIS (International Association of Insurance Supervisors) que agiu paralelamente

com associados que atuavam ativamente na discussão do assunto (reguladores e

supervisores de seguro), representando cerca de 180 jurisdições em mais de 130

países

MAS (Monetary Authority of Singapore) que tinha diretrizes que indicavam a

necessidade de sistemas e processos apropriados a fim de evitar disputas legais a

longo prazo.

Page 5: A Arte de Elaborar o Contrato: Melhores Práticas na Elaboração de Contratos de Resseguro

O Contract Certainty é regido e atingido por 7 princípios básicos e recursivos:

Princípio A - No momento de adesão ao Contrato

Expressar claramente e sem ambiguidades todos os termos das coberturas e condições

envolvidas, incluindo subjetividades;

Princípio B - Após aderir ao Contrato

Providenciar toda a documentação regulamentar do Contrato o mais rápido possível;

Princípio C - Demonstração de Performance

A compleição dos princípios A e B devem ser demonstrados claramente;

Princípio D - Alterações Contratuais

Todas as alterações necessárias antes e depois da vigência do Contrato devem ser certas e

documentadas o mais rápido possível;

Princípios do Contract Certainty

Page 6: A Arte de Elaborar o Contrato: Melhores Práticas na Elaboração de Contratos de Resseguro

Princípios E e F (aplicáveis apenas quando houver mais de um Segurador ou

Ressegurador envolvido no Contrato)

No momento de adesão ao Contrato

Concordância entre todas as partes envolvidas quanto à participação final de cada um no

Contrato (incluir uma cláusula de Signing Provisions e Several Liability);

Após aderir ao Contrato

A participação final de cada envolvido no Contrato deve ser informada e/ou providenciada de

forma clara e rápida;

Princípio G – Quando os Princípios não são atingidos/seguidos

Se os princípios acima não forem atingidos ou seguidos, sejam quais forem as circunstâncias,

resolver as exceções o mais rápido possível, de forma clara, transparente e documentada.

Princípios do Contract Certainty (cont.)

Page 7: A Arte de Elaborar o Contrato: Melhores Práticas na Elaboração de Contratos de Resseguro

Ações para estabelecer o Contract Certainty como prática internacional

• Associação do mercado, com a ajuda de brokers de diferentes portes, para

buscar uma unificação, a fim de extinguir os “Bad Slips”;

• A partir de 2007 o MRC (Market Reform Contract) estabeleceu um guia para o

cumprimento das normas do FCA;

• O MRC requer alguns procedimentos e informações padrões nos Slips, desde o

momento da cotação tais como: detalhes do risco, informações adicionais,

detalhes da security, subscription agreement, informações fiscais e regulatórias,

remuneração do broker e demais deduções;

• Este é um acordo de adesão para facilitar o cumprimento das normas das

entidades reguladoras do mercado, onde os mercados se comprometem a

utilizar um simples check-list padrão para seus negócios.

Page 8: A Arte de Elaborar o Contrato: Melhores Práticas na Elaboração de Contratos de Resseguro

Padronização: Documentos padronizados e de acordo com as normas

internacionais vigentes que regulam o mercado;

Transparência: Procedimento utilizado pela maioria dos Resseguradores que

atuam no mercado internacional;

Agilidade: Documentos emitidos dentro de prazos

razoáveis, com a clareza necessária para todas

as partes, cujas condições e principalmente

subjetividades devem ser ressaltadas e acordadas.

A importância deste conceito

• ABI (Association of British

Insurers);

• BIBA (British Insurance Brokers

Association);

• IIB (Institute of Insurance

Brokers);

• IUA (International Underwriting

Association);

• Lloyd’s;

• LMA (Lloyd’s Market

Association);

• LMBC (London Market Insurance

Brokers Committee).

Page 9: A Arte de Elaborar o Contrato: Melhores Práticas na Elaboração de Contratos de Resseguro

Mercado brasileiro e suas normas

Mercado de Seguro

Contrato de adesão: padronização dos documentos, onde a característica de

consumerista do Segurado e sua hipossuficiência objetiva indicada pela legislação

brasileira requer maior cautela para que todas as negociações paralelas sejam muito

claras;

Mercado de Resseguro

Contrato paritário: as partes (Seguradora e Ressegurador) negociam todos os

termos do Contrato, analisando e sugerindo condições e subjetividades a serem

incluídas no mesmo.

Consequências frente ao Contract Certainty

Considerando a aleatoriedade existente nos contratos de seguro e resseguro,

dependente de um evento futuro e incerto, sua forma de negociação distinta, bem

como diferentes partes envolvidas e princípios protetivos legais, é de suma

importância o controle e o máximo de padronização possível e clareza nos contratos

em virtude do seu alcance.

Page 10: A Arte de Elaborar o Contrato: Melhores Práticas na Elaboração de Contratos de Resseguro

Órgão regulador: SUSEP (Superintendencia de Seguros Privados) inicialmente com a prerrogativa

de fiscalizador dos normativos instituídos pelo CNSP (Conselho Nacional dos Seguros Privados)

para o mercado de Seguro através do Decreto Lei nº 73/1966. A partir da entrada em vigor da Lei

Complementar 126/2007 as atividades de Resseguro até então reguladas pelo IRB Brasil Re foram

migradas também para a SUSEP;

CNSP 168 de 2007

a) Artigos 33 a 36 – obrigatoriedade de cláusulas que regem a relação entre as partes no caso

liquidação da cedente, bem como diretrizes quando da intermediação via broker – resultante da

LC 126 de 2007;

b) Artigo 37 – prazo de 270 dias (do início de vigência) para a formalização contratual, mais itens

necessários como data de aceite, data da proposta, início da cobertura, local de referência;

c) Artigo 39 – previsão de participação dos Resseguradores em caso de sinistro;

d) Artigo 40 – diretrizes de cancelamento, coberturas e exclusões e período.

Diferentemente de outros países e entidades reguladoras, as normas brasileiras não só indicam os

itens a serem mencionados como também o teor de alguns deles, como cláusula de insolvência,

intermediação, etc.

Mercado brasileiro e suas normas

Page 11: A Arte de Elaborar o Contrato: Melhores Práticas na Elaboração de Contratos de Resseguro

Exemplo – WEM (Willis Excellence Model)

O WEM – Willis Excellence Model visa dar suporte ao gerenciamento de riscos

com o objetivo de minimizar a exposição a erros e omissões e lidar com o

crescente ambiente regulamentar nos países em que a Willis atua. Esse

ambiente exige que a Willis tenha um sistema para comprovar que TODOS os

seus processos e controles são apropriados e aderentes para o gerenciamento

dos riscos que enfrenta (Circular 363/445 SUSEP);

Todos os passos devem ser seguidos para garantir conformidade com as

normas (internas, legais e regulamentórias) por razões legais e éticas;

O WEM consiste de uma série de etapas e controles internos, que devem ser

não somente seguidos como devidamente documentados.

Page 12: A Arte de Elaborar o Contrato: Melhores Práticas na Elaboração de Contratos de Resseguro

Exemplo – WEM (Willis Excellence Model)

• Placing File Checklist

Documento que deve ser preenchido em tempo real desde o inicio do processo com

evidência de verificação interna (Second Pair of Eyes) em todas as etapas. O seguinte

conteúdo deve estar evidente em todos os negócios:

Cláusulas obrigatórias da Susep;

Evidência de cumprimento das regras de intragupo e de oferta aos resseguradores

locais, admitidos e eventuais;

Esclarecimento da cobrança de impostos;

Evidência de Ordem Firme do cliente;

Condições de Pagamento de Prêmio e Sinistros;

• Terms of Business Agreement / Client Bill Of Rights

Documentos que comunicam aos clientes a cultura e os parâmetros pelos quais somos

guiados. Deve ser enviado ao cliente assim que possível no máximo até a cotação.

Page 13: A Arte de Elaborar o Contrato: Melhores Práticas na Elaboração de Contratos de Resseguro

Exemplo – WEM (Willis Excellence Model)

• Documentação Contratual

SLIP e Wording conforme regras do Market Reform Contract (MRC);

Cumprimento do procedimento interno relacionado a documentos traduzidos;

Controle de assinatura da documentação contratual pelas partes;

• Marketing Sheet

Preenchimento obrigatório para verificar que a aproximação aos mercados está cumprindo as

regras da SUSEP e o Market Security da empresa;

• Templates de Cotação e Confirmação de Cobertura

Evidência formal de concordância do cliente por meio de ordem firme e aceite das

subjetividades;

Page 14: A Arte de Elaborar o Contrato: Melhores Práticas na Elaboração de Contratos de Resseguro

Anexo

Placing File

Checklist

Page 15: A Arte de Elaborar o Contrato: Melhores Práticas na Elaboração de Contratos de Resseguro

Willis Brasil Resseguros

Av.Presidente Wilson, 231 – conj.604

Rio de Janeiro – RJ

Tel.: 21 2122-6790

www.willis.com.br