resseguro online no brasil e no mundo pellon & associados

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Fevereiro 2014 Edição 37 R I O D E J A N E I R O S Ã O P A U L O VITÓRIA RECIFE BRASÍLIA RESSEGURO Online Sergio Barroso de Mello Fundador e Membro do Conselho [email protected] Luís Felipe Pellon Fundador e Presidente do Conselho [email protected] Boletim do Escritório Pellon & Associados No Brasil e no Mundo

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Apresenta-se material de apoio para conhecimento e pesquisa pelos alunos do Curso de Ciências Atuariais da UFF. Trata-se de material de apoio que não substitui os materiais e ensinamentos repassados em sala de aula.

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Fevereiro 2014 Edição 37

R I O D E J A N E I R O S Ã O P A U L O V I T Ó R I A R E C I F E B R A S Í L I A

RESSEGURO

Online

Sergio Barroso de Mello

Fundador e Membro do Conselho

[email protected]

Luís Felipe Pellon

Fundador e Presidente do Conselho

[email protected]

Boletim do Escritório Pellon & Associados

No Brasil e no Mundo

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Obrigações do Ressegurador

Entrevista Margo Black - Swiss Re

Catástrofes Mundiais

Agenda | eventos

Clipping

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Page 3: Resseguro online no brasil e no mundo   pellon & associados

*Mello, Sergio Ruy Barroso. Contrato de resseguro.484p. Rio de Janeiro: Funenseg, 2011.

Obrigações do Ressegurador

Contrato de Resseguro

EXTENSÃO DA OBRIGAÇÃO DO

RESSEGURADOR

em todas as apólices que se adaptem ao do ressegurado. Um pleno equivale, portan-

âmbito de aplicação do tratado, até o limite to, à retenção da companhia ressegurada.

estabelecido, evitando-se assim uma parti- Logo, se a soma segurada ou a perda máxi-

A indenização de resseguro estará limitada cipação excessiva em riscos de grande quan- ma estimada, ou melhor, o valor do interes-

não apenas ao “dano” sofrido pelo segura- tidade. Esse limite máximo constitui a soma se, não supera o pleno de retenção do resse-

dor-ressegurado, mas também ao sistema ressegurada. gurado, não será ressegurável. Caso contrá-

eleito e aos limites estabelecidos para a rio, se o supera, aplicar-se-á ao tratado de

cobertura no contrato. Esses sistemas par- Nas coberturas de excedente, o ressegura- excedente.

tem da determinação da obrigação do resse- dor se obriga a indenizar ao segurador a

gurador, seja em proporção à obrigação do dívida gerada em seu patrimônio pelos O fato de se estabelecer uma retenção não

ressegurado ou independentemente desta. sinistros eventualmente produzidos na desvirtua o caráter de acordo a pro rata das

totalidade ou parte dos riscos cobertos, coberturas de excedente. Esses contratos

Nos contratos cota-parte, em que ressegu- cujas somas seguradas ou perdas máximas “distribuem” proporcionalmente, segundo

rador e ressegurado assumem cotas especí- prováveis (abreviatura inglesa: PML – proba- percentuais fixados, tanto as somas segura-

ficas dos efeitos do risco, o ressegurador ble maximum loss) excedam dos limites das como as perdas máximas prováveis.

cobre o ressegurado, em um determinado predeterminados. Esse sistema parte do Mesmo no caso de a proporção variar

percentual, pela responsabilidade que lhe pleno de conservação, ou seja, a soma que segundo cada risco segurado, uma vez que

gerem os sinistros produzidos em todos os representa a parte do risco originariamente se calcula a retenção e a parte a ressegurar, a

riscos compreendidos na delimitação pactu- segurado ou a perda máxima provável do participação proporcional no risco passa a

ada, sem levar em consideração a soma mesmo que o ressegurado poderá garantir ser fixa, participando o ressegurador nessa

segurada. É frequente estabelecer um limite com a sua própria cobertura. A ressegurada proporção em todas as reclamações e prê-

máximo para as obrigações do ressegurador, se mede por meio de múltiplos ou submúlti- mios correspondentes ao negócio ressegu-

o qual participará no percentual acordado plos do pleno de retenção ou conservação rado.

Sergio Barroso de Melo*

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No caso de ocorrer um sinistro total – sem- nizações a ele correspondentes por conta de Nas demais coberturas, a contribuição do

pre que o valor da soma segurada ou a perda outros resseguros eventualmente contrata- ressegurador aos mencionados gastos

máxima possível supere o pleno de retenção dos, e ao montante líquido das indenizações dependerá dos termos do contrato.

do ressegurado – as participações do resse- deverão ser somados os gastos suportados

gurado e do ressegurador se distribuem de pelo ressegurado para a tramitação do expe- Geralmente, nas coberturas proporcionais,

modo que coincidam, respectivamente, diente em questão, assim como os gastos estabelece-se o pagamento por parte do

com o pleno de retenção e o excedente. Mas judiciais. Por outro lado, são normalmente ressegurador de uma comissão ao ressegu-

se o sinistro é parcial, estabelece-se uma estabelecidos limites máximos à responsabi- rado para compensar-lhe os gastos exigidos

distribuição proporcional à distribuição lidade do ressegurador, expressos na pela aquisição e pela gestão dos negócios

pactuada em relação à soma segurada ou às mesma moeda da franquia, de tal forma ressegurados. Essa comissão pode estender-

perdas máximas possíveis. que, se o sinistro em questão supera não se também aos gastos de gestão e liquidação

apenas a capacidade de retenção do resse- dos sinistros. No entanto, se na determina-

Nos seguros de excesso de dano, o ressegu- gurado mas também a capacidade fixada no ção do percentual a ser utilizado para o

rador se obriga a indenizar o ressegurado contrato de resseguro, o excesso reverterá cálculo da mencionada comissão somente

pelo excesso de dano experimentado como ao ressegurado. se levam em conta os gastos de aquisição e

consequência de sinistros ou de um acúmu- gestão de riscos, há de pactuar-se, nesse

lo de sinistros derivados de um mesmo Por último, nas coberturas stop-loss o resse- caso, de forma independente, que na inde-

evento (resseguro de acúmulos), sempre gurador se obriga a indenizar o ressegurado nização de resseguro se inclua a participação

que ditas perdas superem a quantia prefixa- pela perda que lhe advenha do conjunto dos também proporcional do ressegurador nos

da. O conceito relevante nesses contratos sinistros do exercício (ou de um conjunto gastos produzidos ao ressegurado pela liqui-

não é o risco, mas o sinistro, cobrindo o deles), superando uma cifra determinada. dação dos sinistros (gastos de salvamento,

ressegurador os danos cuja reparação supe- Quando falamos de “perda”, referimo-nos diminuição das consequências do sinistro,

re um determinado valor. Esses contratos àquela verificada quando a sinistralidade do regulação e apuração dos danos, custos

não começam a produzir efeitos em relação período referente ao contrato supera o judiciais, etc.).

à operação de seguro, no que tange exclusi- recebimento de prêmios puros ou de riscos

vamente à cobertura ressegurativa, até que recebidos pelos ramos compreendidos pelo No tocante aos conceitos a compor a indeni-

sejam produzidas reclamações dos danos. O mesmo. Assim, o ressegurador responsabili- zação de resseguro, tema relevante é o rela-

pleno de conservação nesses últimos não se za-se por qualquer perda sofrida pelo resse- tivo aos juros moratórios impostos ao segu-

refere às somas seguradas nem às estimati- gurado se a sinistralidade anual supera o rador-ressegurado e que deverão ser a ele

vas de perda, mas às perdas efetivas, ao percentual acordado. É comum serem esta- indenizados na quantia correspondente à

dano, de modo que se ditas perdas são infe- belecidos limites à responsabilidade do participação do ressegurador. Realmente,

riores ao pleno ou à franquia do ressegurado ressegurador, tanto mediante a fixação de trata-se de uma matéria a ser regulada no

o ressegurador não se verá obrigado a inde- percentuais máximos, complementados contrato, especialmente se o contrato con-

nizá-lo; já se os danos superarem o pleno, também por quantias máximas, pelos quais tém uma cláusula de controle das liquida-

haverá de indenizá-lo pelo excesso. as perdas adicionais reverterão sobre o ções dos sinistros segurados pelo ressegura-

ressegurado, como obrigando o ressegura- dor e, para as hipóteses em que não se haja

Nessa modalidade (excesso de dano), o do a ser, por sua vez, corressegurador de previsto nada a respeito, deverá determinar

conceito relevante para determinar a res- uma porção do excesso de sinistralidade. a intenção das partes em atenção à existên-

ponsabilidade do ressegurador é o de perda cia de cláusulas como seguir as ações, “pa-

líquida final, assumindo este, dentro dos Nas coberturas de excesso de dano, a inde- gar na forma em que tenha sido pago”ou

limites pactuados, aquela parte que exceda nização do ressegurador cobre não apenas o similares. Não obstante, o critério geral

da franquia ou da prioridade assumida pelo dano estritamente ocasionado a ele pelo pressupõe a boa-fé e o profissionalismo do

ressegurado. A perda líquida definitiva com- ressegurado, em função do nascimento de ressegurado quanto à gestão e à liquidação

preende todas as perdas ocasionadas ao uma dívida, como consequência de sua do sinistro e a consequente contribuição

segurador pelo pagamento final e efetivo de obrigação de indenizar, mas ainda os gastos proporcional do ressegurador aos gastos

indenizações como consequência dos segu- ocasionados pela liquidação do sinistro e, incorridos nessa tarefa de regulação do

ros ou resseguros contratados, uma vez em certos casos, os gastos da determinação sinistro. Ainda quando na maioria dos casos

deduzidas todas as recuperações e as inde- final da indenização (custos judiciais, etc.). a apreciação da justificação dos gastos seja

4 RESSEGURO Online

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complicada, devem excluir-se os gastos liquidação ou falência do ressegurado, uma naturalmente o princípio indenitário. Isso

desnecessários, inoportunos ou despropor- vez ocorridos os sinistros. O segurado possu- acontece no Brasil, com fundamento no 2cionais. idor de um crédito contra seu segurador artigo 100, alínea “b” , do Decreto-Lei nº

liquidado cobrará tão somente uma parte 73/1966. Por essa última norma, conside-

Em relação à extensão da responsabilidade (pro rata) do mesmo, correspondente à ra-se que o fato de o ressegurador pagar

do ressegurador e, ainda quando é discutida diferença entre o passivo e o ativo do segu- integralmente sua prestação à massa da

a vigência do princípio indenizatório no rador. Questão controvertida é se o ressegu- quebra não contribui para a melhora subs-

contrato de resseguro, este será plenamen- rador está obrigado a pagar a seu ressegura- tancial da situação dos segurados cujas

te aplicável na determinação da quantia da do em proporção ao que este haja satisfeito apólices foram resseguradas, porque pelo

obrigação do ressegurador nas seguintes em moeda concursal a seus segurados, próprio efeito da liquidação extrajudicial, o

situações: aplicando-se estritamente o princípio inde- segurado, possuidor de um risco contem-

nizatório, ou se pagará integralmente a plado por um contrato ou tratado de resse-

·exercício da ação sub-rogatória pelo indenização devida à massa ativa da liqui- guro, suportará o rebaixamento de seu

segurador pela qual o segurado é substi- danda, sem levar em consideração o destino crédito igual àquele suportado por qual-

tuído no uso das ações ou direitos por da indenização ressecuritária estabelecido quer outro segurado. Essa é a razão pela

este possuídos contra os terceiros causa- no contrato de resseguro. Trata-se de deter- qual a soma paga pelo ressegurador contri-

dores do sinistro. Nesse caso, a quantida- minar se, em caso de tão somente um segu- buiria para melhorar os créditos de todos

de recuperada pelo ressegurado em rado receber, por exemplo, parte de seu os credores, indistintamente.

relação ao que pagou ou está obrigado a crédito, o ressegurador pode considerar que

pagar, por dita via da indenização, há de o risco por ele assumido será coberto Esse setor doutrinal defende, enfim, que no

ser descontada da indenização de resse- somente por uma soma correspondente à caso de pagamento integral por parte do

guro ou, se o ressegurador já indenizou quantidade que tenha recebido do segura- ressegurador se produziria um enriqueci-

ou adiantou, deverá ser devolvida com dor, se não tivesse sido liquidado. mento do segurador, lucrando este com um

seus correspondentes juros e correção ganho. Se, devido à quebra do segurador, a

monetária; e Há um setor da doutrina internacional indenização se reduz e esta unicamente 1especializada, minoritário , que defende satisfaz, com efeitos liberatórios, um percen-

·liquidação dos danos mediante o siste- ser o ressegurador somente obrigado a tual da mesma, sua responsabilidade se

ma de abandono. O ressegurado aban- participar na proporção das somas efetiva- concretizará apenas em dito percentual e a

donatário não pode transferir a coisa mente pagas por seu ressegurado. responsabilidade do ressegurador não pode-

abandonada ao ressegurador para exigir- rá ser maior que a de seu ressegurado.

lhe a totalidade da indenização, em virtu- O argumento principal se fundamenta no

de da independência de ambos os con- fato de que, geralmente, o pagamento da A partir dessa perspectiva, é indiferente ser

tratos de seguro e resseguro. No contrato indenização por parte do segurador se concebido o resseguro como um contrato de

de seguro, o que se abandona é a coisa produz com anterioridade ao pagamento indenização com o objetivo de cobrir o paga-

segurada, e esta não é o objeto do resse- da indenização de resseguro, pois o valor mento efetuado pelo segurador ou para

guro, mas do patrimônio do ressegurado. desta se calcula segundo a soma liquidada cobrir a responsabilidade deste último. Ainda

Evidentemente, não pode ser abandona- por razão do contrato de seguro. Todavia, assim, com relação ao privilégio, alguns estu-

da coisa distinta daquela que foi segura- esse método é apenas um dos que são diosos defendem a compatibilidade da

da. A solução adequada passa pela avali- utilizados para determinar o valor da inde- extensão da “quitação” com a dívida do

ação crítica do valor da indenização de nização de resseguro, mas não é o único ressegurador, por conta de que “la ley no dice

resseguro, do valor da coisa abandonada nem exclui a possibilidade de ser determi- precisamente que aquel privilegio se refiera

ou da quantidade que o ressegurado haja nada a quantia respectiva, previamente ao al crédito en moneda plena y no al crédito en 3recuperado mediante a sua venda. pagamento por parte do segurador. Ainda moneda de quiebra” . Obviamente, Brunetti

assim, alega-se como princípio fundamen- não leva em consideração a impossibilidade

A hipótese em que o alcance do princípio tal de resseguro a impossibilidade de o de a insolvência criar parâmetros para a

indenizatório tem sido mais discutido é o ressegurador suportar dano superior ao responsabilidade do segurador em relação

momento no qual ocorre a declaração de suportado pelo ressegurado, invocando-se ao seu segurado e ao seu ressegurador.

RESSEGURO Online 5

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A posição contrária, na qual se defende a to de seguro. Além disso, não se reduz da

obrigação de pagamento integral, é a manti- indenização securitária a parte do resseguro, 4da pela maioria da doutrina , em atenção à porque o segurador é o único responsável

consideração do resseguro como um contra- pelo valor total da indenização devida ao

to de indenização da responsabilidade con- segurado, mesmo sendo declarada a sua

tratual do ressegurado. quebra. Logo, se por qualquer motivo, o

ressegurador receber a tempo mais prêmios,

Esse posicionamento se justifica, até porque deverá imputá-los aos créditos que os seus

a quebra do ressegurado não pode eximir o credores têm para com ele. O objetivo da

ressegurador de pagar por inteiro a indeniza- celebração de um contrato de resseguro é a

ção devida, não se derivando para este van- obtenção de fundos, para poder fazer frente

tagem alguma da insolvência de seu ressegu- às eventuais indenizações. Esse objetivo não

rado. Afinal, contrato de resseguro é um seria alcançado em se admitindo que o res-

contrato de seguro pelo qual, em compensa- segurador satisfaça somente de forma parci-

ção ao prêmio cobrado, o ressegurador se al sua prestação.

obriga a pagar ao ressegurado, total ou parci-

almente, a soma devida pelo segurador em Se relacionarmos o momento do nascimento

decorrência da verificação do sinistro previs- e a exigibilidade da obrigação do ressegura-

to no contrato de seguro. É um contrato dor com a sua extensão, ficará evidente que

vinculado, de forma imediata, ao dano sofri- as circunstâncias motivadoras de seu nasci-

do pelo segurador, mas condicionado, medi- mento e de permissão de sua exigência não

atamente, ao dano sofrido pelo segurado, variam como consequência da insolvência do

Esse é o momento no qual, caso não tenha refletindo-se isso no reconhecimento do ressegurado. Atende-se ao momento do

sido até então exigível a liquidação da privilégio especial dos segurados. surgimento da obrigação do ressegurador

empresa, o segurado torna-se de imediato para determinar o âmbito de sua responsabi-

credor da indenização frente à massa liqui-A autonomia dos contratos de seguro e res- lidade, efetuando-se o pagamento ao segu-

danda, inscrevendo-se e habilitando-se em seguro impede que possam ser extintas as rador ou à massa liquidanda, em um

sua totalidade, ao mesmo tempo em que obrigações apenas pela liberação parcial das momento posterior, não influente na medida

vence e se inscreve no rol de ativos da massa responsabilidades deles derivadas. Afinal, o de sua obrigação. Uma vez acordada a liqui-

liquidanda o crédito devido pelo ressegura-ressegurador recebe prêmios calculados na dação definitiva, tornando-se assim a dívida

dor, o que é feito pelo liquidante indepen-proporção do importe da eventual indeniza- do ressegurado certa, líquida e exigível, o

dente das operações da massa passiva. ção a satisfazer em caso de realização do ressegurador deve pagar o montante total de

risco. Se o ressegurador paga somente um sua indenização, independentemente de o

Ou seja, os créditos se cobram integralmente percentual da mesma, produz-se um enri- ressegurado ter pagado ao segurado, em

e as dívidas se pagam segundo a lei de “que-quecimento injusto da porção de prêmios vista do estado de insolvência e da diminui-

bras”, respeitando-se as prioridades, prefe-correspondentes à parte da indenização não ção de seu ativo pelo passivo acumulado,

rências e privilégios legais.paga por conta da quebra de seu resse- não lhe permitindo fazer frente à totalidade

gurado. de sua prestação.

Para efeitos patrimoniais, a quebra do segu-

rador é simplesmente uma circunstância de A responsabilidade do ressegurador não De qualquer modo, é conveniente vermos

fato, e não de direito, capaz de permitir a experimenta modificação alguma pela insol- como, pela simples aplicação dos princípios 5 extinção de suas obrigações em moeda con-vência de seu ressegurado , sendo indiferen- da quebra, se chega à idêntica solução. O

cursal, mas não atribui direitos ao ressegura-te o pagamento, parcial ou total eventual- nascimento da dívida do segurador frente a

dor por ser uma condição pessoal da liqui-mente feito pelo segurador a seu segurado. seu segurado determina o pagamento da

danda. O ressegurador não goza de exceção O objeto do resseguro não é o valor efetiva- dívida do ressegurador frente a seu ressegu-

alguma oponível frente ao ressegurado ou mente pago pelo ressegurado, mas a sua rado. Ambas nascem e se definem anterior-

frente a terceiros, apoiando-se na liquidação obrigação de pagamento inserida no contra- mente à declaração da quebra do segurador.

6 RESSEGURO Online

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concursal de sua contraparte, circunstância

esta da qual não pode derivar nenhum bene-

fício. Precisamente por constituir a quebra

uma condição pessoal do ressegurado,

estranho às circunstâncias objetivas das

operações de seguro, não se deve admitir a

redução da obrigação de indenizar do resse-

gurador, na mesma proporção daquela

verificada pelo ressegurado, alegando o

princípio de seguir a sorte.

Em todo caso, a insolvência do ressegurado

formará parte da denominada fortuna

comercial, mas não da fortuna técnica refe-

rida no mencionado princípio. Até porque, a

esta última deverão ser reconduzidas todas

as condições e circunstâncias de caráter

objetivo relativas à operação de seguro,

fazendo abstração da pessoa do segurador;

por sua vez, a fortuna comercial deverá ser

considerada em relação a todo o aspecto

subjetivo do negócio, justamente aquele

capaz de afetar a pessoa do segurador. Afi-

nal, não se pode perder de vista que o resse-

gurador se obriga a reparar a dívida nascida

no patrimônio do ressegurado. Evidente-

mente, a dívida nasce íntegra em dito patri-

mônio, sendo uma questão distinta a manei-

ra ou a proporção de sua satisfação, devido

ao procedimento concursal.

Como princípio geral, o ressegurador tem

obrigação de pagar integralmente a indeni-

zação de resseguro, mesmo admitindo um

pagamento proporcional ao efetuado pelo

ressegurado, no caso de ser esta a intenção

das partes, expressa claramente no contrato

ou “tratado” de resseguro, mediante a esti-

pulação de uma “cláusula de reembolso”.

Não admitir essa exceção levaria à nulidade

dessas cláusulas, consequência esta que

entraria em absoluto confronto com o prin-

cípio constitucional da autonomia da vonta-

de a presidir necessariamente esse tipo de

contrato.

refe

rên

cia

s

RESSEGURO Online 7

1 Cf. BRUNETTI A., op. cit., p. 351; LACORT, A. Cuestiones de derecho mercantil: las

relaciones entre asegurador y reaseguradores. El artículo 400 del C. de C. Madri: RDP, p.

169; SOUSSELIER, R. Les engagements du réassureur en cas de faillité de la cédante. Paris:

RGAT, 1958, p. 236 a 2472“Art 100. Dentro de 90 (noventa) dias da cassação para funcionamento, a SUSEP

levantará o balanço do ativo e do passivo da Sociedade Seguradora liquidanda e

organizará:

a) ...

b) a lista dos credores por dívida de indenização de sinistro, capital garantidor de

reservas técnicas ou restituição de prêmios, com a indicação das respectivas

importâncias.”3Cf. BRUNETTI, Derecho marítimo privado. t. III (Las obligaciones), op. cit., 1951, p.

3524 Cf., entre outros, URÍA. Reaseguro, quiebra y compensación (Consideraciones acerca de la

posición del reasegurador-vida en la quiebra de la entidad cedente). Madri: RDM, n. 30,

1950, p. 389; BROSETA PONT, M., op. cit., p. 40 e 185; DE ANGULO RODRÍGUEZ, L. Régimen

de liquidación de las cuentas de siniestros y provisiones técnicas al término del reaseguro.

Transcendencia en los seguros de responsabilidad civil. In: AA.VV. Estudios sobre el

aseguramiento de la responsabilidad en la grand empresa, p. 540, ob., cit.; idem, La

desnaturalización del reaseguro tradicional. Anais da Real Academia Sevilhana de

Legislação e Jurisprudência, v. I., 1994-1996, p. 237e 238; EHRENBERG, V, op. cit., p. 150-

155; SÁNCHEZ CALERO, Fernando. Artículo 78. Posición jurídica Del asegurado y deberes

del asegurador-reasegurado. In: AA.VV. Ley de Contrato de Seguro. Madri: Aranzadi, 2001,

p. 1.417 5O art. 1.930 do Código Civil italiano regula expressamente essa questão, estabelecendo

que “in caso di liquidazione coatta amministrativa del riassicurato, il riassicuratore deve

pagar integralmente l'indemnità dovuta al riassicurato, salva la compensazione com i

premi e gli altri crediti” (Cf. a respeito, DE GREGÓRIO, Le obbligazioni del riassicuratore nel

fallimento del riassicurato. Roma: Giuffrè, 1993, p. 157; CRISAFULLI e BUSCEMI. Sulla

genesi dell'art. 1.929 Cod. Civ. In tema di riassicurazione, Milão, Giuffrè, 1987, p. 461; cf.

ainda o que diz CAPOTOSTI, s.v. Assicurazione; VI) Riassicurazione. Enciclopedia giuridica

italiana. Roma, 1988, p. 3, e seguintes; SALANDRA, I caratteri giuridici del contratto di

riassicurazione e la giurisprudenza della Cassazione. Roma, in Assicurazioni, I, 1986, p. 318;

VIVANTE, Degli obblighi del riassicurate nel caso di fallimento e di successivo concordato

dell'assicuratore. Milão: Foro it., 1925, p. 470; BONELLI, L'obbligo del riassicuratore nel

fallimento dell'assicuratore, RDC, Roma, 1925, I, p. 257, e seguintes; BUTTARO,

Riassicurazione, Milão, Dir. XL, 1989, p. 389). No mesmo sentido, e para outros

ordenamentos, vide DE MORI. Le contrat de réassurance. Roma: Societés des Nations,

1936, p. 190; HAGOPIAN, M. La réassurance. In: AA.VV. Traité de Droit des assurances.

Enterprises et organismes d'assurance, Paris, 1981, p. 668; D'ASSIER DE BOISREDON. Les

engagements du réassureur en cas de faillite de la cédante. Paris: RGAT, n. 3, 1960, p. 137 a

153; HERRMANSDORFER. Technick und Bedeutung der Ruckversicherung. Munique, 1927,

p. 286; BRUCK, Das Privatversicherungsrecht, Berlin, 1930, p. 717; MAC GILLIVRAY, Mac

Gillivray & Parkinton on Insurance Law: relating to all risks other than marine. 8. ed.

Londres: E. Lloyd, 1988, p. 971a 972. Esses autores afirmam que “when a insurer reinsures

a proportion of the risk and subsequently becomes bankrupt or goes into liquidation, the

liability of the reinsurer is to pay the specified proportion of the amount which the original

insurer became liable to pay, not of the amount they actually pay as a dividend.”

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RESSEGURO ONLINE: Qual a sua avaliação RESSEGURO ONLINE: A um ano da Swiss RESSEGURO ONLINE: Quais desafios a

após os primeiros 5 anos de mercado de Re ter virado ressegurador local, qual é o Swiss Re enfrenta no Brasil?

resseguro aberto no Brasil? seu balanço?

O Brasil é, sem dúvida,

A abertura do mercado Esse primeiro ano foi um país muito competitivo no momento

de resseguro propiciou a introdução da realmente muito bom. É empolgante, devido a uma maior oferta de capacidade,

concorrência e de novos produtos no mas também é bastante desafiador. e isso exerce pressão sobre as tarifas. No

mercado brasileiro. Em decorrência disso, Uma das maiores dificuldades foi atrair a Brasil, as tarifas de propriedade sofreram

a curva de aprendizagem das seguradoras equipe certa. Contamos atualmente muita pressão, o que agora também está

brasileiras tem sido íngreme com o resse- com cerca de 48 colaboradores, mas começando a ocorrer nos seguros de

guro verificado nos últimos anos. Do temos recebido um apoio fantástico do garantia.

ponto de vista das resseguradoras interna- grupo Swiss Re.

cionais, a aprendizagem consistiu na adap- RESSEGURO ONLINE: Quais são a linhas

tação e aplicação de suas próprias diretri- Não apenas estamos recebendo recursos de negocio que se apresentam como mais

zes e abordagens globais de subscrição. e investimentos, mas também desenvol- promissórias?

Na minha opinião, o mercado agora deve- vemos um plano estratégico para merca-

ria começar a se acalmar e dar espaço dos de alto crescimento. De forma geral, a Eu diria que há cresci-

para uma maior sofisticação, com as segu- recepção no mercado tem sido extrema- mento em todas as linhas de negócio.

radoras usando cada vez mais coberturas mente positiva. Acredito que essa é uma Talvez a única linha que se encontre um

do tipo excesso de danos e excesso de demonstração do real comprometimento pouco mais afetada pela situação interna-

sinistralidade, bem como a aceitação de que a Swiss Re está mostrando para com o cional é a marítima, mas os setores de

sublimites nos acordos. mercado brasileiro. propriedade, garantias de engenharia,

MARGO BLACK: MARGO BLACK:

MARGO BLACK:

MARGO BLACK:

Entrevista

Mercado Ressegurador

8 RESSEGURO Online

Head de Resseguros para América Latina Sul

e Presidente da Swiss Re Brasil Resseguros

Margo Black

Page 9: Resseguro online no brasil e no mundo   pellon & associados

vida e saúde estão todos apresentando RESSEGURO ONLINE: Que esta fazendo a riscos è a precificação dos riscos, fatos que

um crescimento em termos de uma maior Swiss Re em matéria de cobertura de contribui para incentivar medidas preven-

demanda. catástrofes naturais e enchentes? tivas, ajudando a aumentar a conscientiza-

ção do risco.

RESSEGURO ONLINE; Que novidades esta Como a economia brasi-

trazendo a Swiss Re com respeito a novos leira continua expandindo e a urbanização A Swiss Re está preparada para oferecer

produtos/serviços? avança, a necessidade de soluções efica- avaliação de riscos e soluções de financia-

zes para os riscos aumenta. Estamos tra- mento para o resseguro, as empresas de

Continuamos trabalhan- balhando em varias ferramentas de ges- grande porte e o setor público.

do em soluções inovadoras em matéria de tão de riscos de inundação, incluindo estu-

seguro de vida. Por exemplo, oferecemos dos de mapeamento e avaliação desse RESSEGURO ONLINE: Estão pensando

apoio à concepção e execução de todos os tipo de risco no Brasil e modelos próprios. lançar algum estudo especifico sobre o

processos de telessubscrição (uma forma Brasil?

de subscrever apólices de Vida através de As inundações no Brasil representam um

entrevistas telefônicas feitas por médicos risco crescente à população, à infraestru- Em setembro lançamos

e enfermeiras especializados substituindo- tura e aos negócios. As inundações fluviais um estudo sobre a defasagem na prote-

se a clássica Declaração de Saúde). Tam- e as enchentes repentinas com desliza- ção das famílias com respeito ao seguro de

bém estamos em conversas sobre Solu- mentos de terra têm sido um risco presen- vida. Agora estamos trabalhando em uma

ções de Resseguro de Vida Estruturadas, te em toda a história do Brasil Embora as pesquisa sobre as percepções dos consu-

que são soluções destinadas a empresas catástrofes naturais não fossem conside- midores de seguros de Vida e Saúde no

que procuram por uma gestão eficiente de radas uma grande ameaça no passado, o Brasil. Ela será lançada no primeiro trimes-

seu capital. Estas soluções proporcionam rápido desenvolvimento socioeconômico, tre de 2014.

capital de uma maneira rentável e flexível, com maior concentração da população e

assegurando que a empresa possa manter das atividades econômicas em áreas urba-

a posição de solvência regulatória em nas aumentou significativamente o impac-

ótimo nível e aumentar sua taxa de renta- to e as consequentes perdas econômicas

bilidade na carteira de seguros de vida em na última década.

vigor.

Com base em vasta experiência no campo

Além disso, temos uma unidade relativa- dos riscos de catástrofes naturais, a Swiss

mente nova que oferece soluções de segu- Re oferece minuciosas avaliações de risco,

ro ao setor público, para proteger a propri- por exemplo: mapeamento de zonas de

edade e a infraestrutura estatal. Segundo risco em (sistema de informações

as estatísticas do nosso estudo sigma, sobre desastres naturais) e a ferramenta

estima-se que se forem consideradas para subscritores Flood, bem como um

todas as perdas como consequência das leque abrangente de soluções, tradiciona-

catástrofes naturais no mundo durante os is e inovadoras no âmbito de financiamen-

últimos 30 anos, o seguro foi capaz de to de desastres. Isto inclui a transferência

ajudar em aproximadamente 13%. Ou da responsabilidade financeira pelos cus-

seja, a lacuna entre as perdas econômicas tos de medidas emergenciais e de recons-

e as perdas asseguradas é significativa, e trução de do orçamento público e do setor

como indústria há muito a ser feito neste privado para os mercados de capitais. Um

sentido. benefício adicional do financiamento de

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CatNet

www.swissre.com

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RESSEGURO Online 9

Page 10: Resseguro online no brasil e no mundo   pellon & associados

10

Nesse mês de fevereiro, o site CMO.com - patrocinado pela empresa de

tecnologia Adobe, e especializado em divulgar notícias e estratégias de

marketing digital para os profissionais dessa área – apresentou a palestra “Are

you ready for your future customers?”.

Ver..http://www.cmo.com/content/cmo-com/home/slide-

shows/slide_show_future_customers.html

No texto, são divulgadas nove recomendações sobre como as empresas devem

se comportar com relação a uma nova geração de consumidores –

especificamente, os pertencentes à geração Z, nascidos a partir do final da

década de 90.

Abaixo, tabela com um resumo.

Naturalmente, essas dicas também são interessantes para o

setor de seguros.

Número Recomendação Comentários

1 Seja Flexível (“Get Flexible”)

· Os membros da Geração Z são itinerantes em suas preferências. A organização tem que ser flexível e rápida nesse sentido. Esteja atento às tendências.

2 Utilize tecnologia móvel (“Be mobile”)

· Essa tecnologia, que já é bastante utilizada nos dias atuais, tende a crescer ainda mais, com a chegada de uma nova geração ao mercado consumidor.

3 Foco na abordagem visual (“Focus on the visual”)

· Para obter a atenção da nova geração, os olhos têm um papel fundamental. As marcas de sucesso serão aquelas que conseguirem melhores imagens e vídeos para promover os seus produtos.

4

Seja objetivo (“Get to the point”)

·

Crie a sua mensagem de forma clara e objetiva. Pelo acúmulo de informação disponível, a procura pela relevância será maior do que nunca.

5

Cuidado com as propagandas (“Stop advertising”)

·

Pela tecnologia, essa nova geração tem a capacidade de evitar as propagandas tradicionais. Em termos comparativos, a troca de experiências em uma rede social terá uma força crescente.

6

Contrate pessoas dessa nova geração (“Hire them”)

·

Traga pessoas com ideias diferenciadas para enriquecer a sua equipe, se você desejar vend er algo para essa nova geração.

7

Dê importância à diversidade (“Integrate diversity”)

·

Tomando como base os EUA, essa é a geração com maior diversidade cultural da história. No Brasil, existe algo análogo, com o crescimento das classes C e D nos úl timos anos. Leve isso em conta nas estratégias.

8

Forme uma relação pessoal com o seu cliente (“Be human”)

·

Não caia na tentação de automatizar todos os seus processos. Se possível, use as redes sociais para investir nas relações sociais. Invista em pessoas que saibam oferecer uma grande experiência ao seu cliente.

Seja sincero (“Get real”)

·

Seja transparente diante do consumidor. Essa nova geração vai exigir autenticidade. Convide-a para adicionar a sua voz a seus canais, ao invés de tentar interromper ou impor a sua vontade. Se necessário, admita que a empresa cometeu erros. Como citado no artigo, "Se a empresa já fez o seu trabalho de base, esta geração vai defender a sua imagem."

Seguros | Resseguros

Contribuição:

www.ratingdeseguros.com.br

Francisco Galiza

http://twitter.com/ratingdeseguros

Estratégia Consumidores

do Futuro

para

RESSEGURO Online

Page 11: Resseguro online no brasil e no mundo   pellon & associados

Escola Nacional de Seguros cia / Dias 19 a 21 - Stand no 6º SUPER- Executiva - Sala da Presidência / Dia 09 -

VENDAS - Divulgação do DPVAT e da Homenagem Dia dos Pais.

19 de março importância do Corretor de Seguros.

Os Desafios do Agronegócio: Subscrição SETEMBRO: Dia 11 - Reunião da Diretoria

de Riscos e Sustentabilidade - Palestran- ABRIL: Dia 09 - Reunião da Diretoria Executiva - Sala da Presidência / Dia 18 - V

te: Bruno Kelly - Corretor de seguros, Executiva - Sala da Presidência / Dia 10 - EMSEG - Encontro do Mercado de Seguros

especialista em Gestão de Riscos e Palestra "A arte de negociar" - Palestrante: / Dia 19 - V EMSEG - Encontro do Mercado

professor da Escola Nacional de Seguros Bernardo Wolak / Dia 24 - 2ª Reunião com de Seguros.

e Especialistas técnicos da BBMapfre. Corretores de Seguros.

Local:Hotel Bahamas: Rua João Cândido OUTUBRO: Dia 02 - Reunião da Diretoria

Câmara, 750 - Centro - Dourados - MS - MAIO: Dia 08 - Reunião da Diretoria Executiva - Sala da Presidência / Dia 05 -

Informações:www.funenseg.org.br, ou Executiva - Sala da Presidência / Dia 10 - Campanha de Valorização do Corretor

Unidade Regional Paraná da Escola, pelos Homenagem Dia das Mães / Dia 22 - de Seguros / Dia 23 - Palestra "Uma nova

tele-fones (41) 3264-9614 / 3262-0305 / Palestra "Desbravando novas oportunida- abordagem na comercialização de

3263-3106 (Fonte: Funenseg) des" - Palestrante: Andresa Pugliesi / Dia seguro e previdência" - Palestrante:

29 - Lançamento 1º Prêmio SINCOR-SE Sérgio Rangel.

Para este ano, o SINCOR-SE preparou de Jornalismo.

uma agenda bastante diversificada e com NOVEMBRO: Dia 13 - Reunião da Diretoria

várias novidades para comemorar os 25 JUNHO: Dia 12 - Reunião da Diretoria Executiva - Sala da Presidência / Dia 20 -

anos de fundação da entidade. Serão Executiva - Sala da Presidência / Dia 14 - Palestra: "Marketing de relacionamento

realizadas várias palestras durante o ano, Apoio ao "Forró Segura Nóis" - Clube de em seguros" - Palestrante: Rodrigo Maia /

em parceria com a Escola Nacional de Seguros de Sergipe. Dia 27 - Entrega do Prêmio SINCOR-SE

Seguros. Confira a agenda do SINCOR-SE: de Jornalismo e Festa de 25 anos.

JULHO: Dia 10 - Reunião da Diretoria

MARÇO: Dia 08 - Homenagem Dia Executiva - Sala da Presidência. DEZEMBRO: Dia 11 - Reunião da Diretoria

Internacional da Mulher / Dia 13 - Reunião Executiva - Sala da Presidência / Dia 13 –

da Diretoria Executiva - Sala da Presidên- AGOSTO: Dia 08 - Reunião da Diretoria Encerramento. (Fonte:Sindseg SP)

RESSEGURO Online 11

Agenda | Eventos

Anote

Page 12: Resseguro online no brasil e no mundo   pellon & associados

DIREITO PROCESSUAL CIVIL E

INTERNACIONAL PRIVADO.

HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA

ESTRANGEIRA QUE DETERMINE A

SUBMISSÃO DE CONFLITO À

ARBITRAGEM.

sito em julgado do julgamento brasileiro, sob favor do Tribunal Arbitral. De outro modo, a

invocação da soberania nacional, não se se- negação de homologação de sentença arbi-

gue, porque se está diante de clara compe- tral proferida há tempos em Estado estran-

tência concorrente. geiro sob o fundamento de ocorrência da

anulação da cláusula arbitral por sentença

Ademais, o ingresso do pedido de arbitra- proferida no Brasil significaria a abertura de

gem anteriormente a todas as várias ocor- largo caminho para a procrastinação da arbi-

Pode ser homologada no Brasil a sentença ju- rências judiciais deve pesar em prol da op- tragem avençada por parte de contratantes

dicial de estado estrangeiro que, consideran- ção pela homologação da sentença estran- nacionais no exterior.

do válida cláusula compromissória constante geira que prestigia a opção voluntária das

de contrato firmado sob a expressa regência partes pela arbitragem. O Juízo arbitral é que Atente-se que, para bloquear tal arbitragem,

da lei estrangeira, determine – em face do an- era competente, no início de tudo, para exa- bastaria ao contratante brasileiro, após o pe-

terior pedido de arbitragem realizado por minar a cláusula arbitral devido ao princípio dido de instauração da arbitragem no exteri-

uma das partes – a submissão à justiça arbi- Kompetenz-Kompetenz, e foi isso que a sen- or, ingressar com processo anulatório da cláu-

tral de conflito existente entre os contratan- tença estrangeira assegurou. sula arbitral no Brasil para, invocando peculi-

tes, ainda que decisão proferida por juízo es- aridades da legislação brasileira, como as es-

tatal brasileiro tenha, em momento posteri- Esse princípio, que remonta à voluntarieda- peciais exigências nacionais da cláusula de

or ao trânsito em julgado da sentença a ser de da opção arbitral e realça a autonomia adesão (sobretudo diante do Código de

homologada, reconhecido a nulidade da cláu- contratual, revela o poder do árbitro para Defesa do Consumidor, com inversão de

sula com fundamento em exigências formais analisar e decidir sobre sua própria compe- ônus de prova e outros consectários do direi-

típicas da legislação brasileira pertinentes ao tência, no que tange à validade e eficácia do to consumerista nacional), paralisar a arbi-

contrato de adesão. pacto arbitral, que lhe outorgou a referida tragem e judicializar toda a matéria contra a

função julgadora. Assim, o tribunal arbitral jurisdição estatal no Brasil. Cabe ressaltar

É necessário ressaltar que estamos diante de tem competência para decidir sobre a vali- que não há empecilho no julgamento brasi-

um caso típico de competência concorrente. dade da cláusula compromissória, ou seja, leiro à homologação porque fundados o jul-

Assim, a primeira decisão que transita em jul- sobre sua própria competência. A propósito, gamento estrangeiro e o nacional em moti-

gado prejudica a outra. É da essência do sis- o Protocolo de Genebra de 24/9/1923, subs- vos técnico-jurídicos diversos, ou seja, o pri-

tema que, se transitar em julgado primeiro a crito e ratificado com reservas pelo Brasil em meiro, na validade da cláusula arbitral ante

sentença estrangeira, fica prejudicada a bra- 5/2/1932, estabelece a prioridade do Juízo os termos da legislação estrangeira, para con-

sileira e vice-versa. Assim, a aparente exclu- Arbitral sobre a Jurisdição Estatal, estabele- trato celebrado no estrangeiro, sem a consi-

são da sentença estrangeira pelo fato do trân- cendo uma presunção de competência em deração de restrições existentes no sistema

Clipping

12 RESSEGURO Online

Page 13: Resseguro online no brasil e no mundo   pellon & associados

jurídico brasileiro, e o segundo fundado em lizada pela Fenacor no mês de fevereiro, atin-

exigências formais de cláusula em contrato ge 97,7 e indica pessimismo. No entanto, con-

de adesão, típicas da legislação nacional. forme ressalta Francisco Galiza, coordenador

Inexiste, assim, impedimento à homologa- técnico do estudo, “o valor foi fortemente in-

ção das sentenças estrangeiras em virtude fluenciado pelo pessimismo das ressegura-

de coisa julgada nacional posterior. Pois, ajui- doras, sobretudo no que se refere à evolução

zado o pedido de arbitragem, no Brasil ou no futura das taxas de rentabilidade dessas com-

exterior, ao juízo arbitral competia julgar to- panhias”, explica. O ICSS é resultado da aferi-

das as matérias suscitadas pelas partes, in- ção das expectativas entre as seguradoras

clusive a invalidade da cláusula arbitral, não (ICES), as corretoras (ICGC) e as ressegurado-

se autorizando a prematura judicialização pe- ras (ICER). Nesta primeira amostragem, os

rante a atividade jurisdicional estatal. corretores indicaram otimismo.

SEC 854-US, Rel. originário Min. Massami Para 80% dos entrevistados, a economia bra-

Uyeda, Rel. para acórdão Min. Sidnei Beneti, sileira irá melhorar nos próximos seis meses.

julgado em 16/10/2013. Outros 13% crêem na piora; e 7% na melho-

ra. No tocante à rentabilidade do negócio,

40% disseram que irá melhorar, para 33% fi-

cará igual e 27% acreditam na piora. O fatu-

ramento do negócio será melhor para 60% e

igual para 40%. Já o ICES, em seu 16º mês de

Acaba de sair um resumo do faturamento do avaliação, atingiu 100,9, queda em relação

mercado segurador em 2013, obtido com ba- ao mês de janeiro em que atingiu 104,0.

se nos balanços publicados pelas segurado- Ainda assim os executivos das seguradoras

ras no mês de fevereiro e editado pela con- mantêm o otimismo. Para 53% dos executi-

sultoria Siscorp. Segundo o estudo, as ven- vos a economia será igual, 41% pior e 6% me-

das do setor atingiram R$ 198,2 bilhões, cres- lhor. Em janeiro eram 60% que acreditavam

cimento de 12,9% em relação a 2012. Esse to- que seria igual, 31% na piora e 9% na melho-

tal inclui R$ 84,9 bilhões (+18,8%) referentes ra. No quesito rentabilidade, 58% disseram

a seguros gerais; R$ 20,9 bilhões (+9,3%) em que será igual, 30% acreditam na melhora e

saúde vendido pelas seguradoras especiali- 12% que irá piorar.

zadas; R$ 71,2 bilhões (+4,3%) em contribui-

ções para planos de previdência privada aber- Em janeiro, os números eram 56%, 29% e

ta e R$ 20,9 bilhões (+26,4%) em arrecada- 15%. Já no quesito faturamento, 58% acre-

ção de títulos de capitalização. A operação ditam que será mantido, 34% que irá me-

de resseguro foi considerada à parte, com lhorar e 8% na piora, ante os números re-

prêmios de R$ 4,8 bilhões em 2013, alta de gistrados em dezembro – 49%, 42% e 9%. O

36,5% em relação ao ano anterior. Mais deta- ICER apontou ainda que, para 57% dos exe-

lhes no portal da consultoria (www.siscorp- cutivos das resseguradoras, a economia se-

.com.br). Fonte: Sonho Seguro rá igual nos próximos seis meses e pior pa-

ra 43%.

No quesito rentabilidade, 57% disseram

que irá piorar, 29% que será igual e 14%

que será melhor. Já quanto ao faturamento

do negócio, 72% apostam que será igual,

A primeira avaliação do Índice de Confiança e 14% em uma melhora e a mesma propor-

Expectativas do Setor de Seguros (ICSS), rea- ção em uma piora. Fonte: Sonho Seguro

MERCADO SEGURADOR BRASILEIRO

ENCERRA 2013 COM VENDAS DE

R$ 198,32 BILHÕES

ÍNDICE DE CONFIANÇA DO SETOR

DE SEGUROS CHEGA A 97,7, COM

CORRETORES OTIMISTAS E

RESSEGURADORAS PESSIMISTAS

RECURSO ESPECIAL Nº 1.170.057 - MG

(2009/0229974-1)

RELATOR: MINISTRO RICARDO VILLAS

BÔAS CUEVA

RECORRENTE: RURAL SEGURADORA S/A

ADVOGADOS: RENAN KFURI LOPES E

OUTRO(S)

ANDRÉ RODRIGUES CHAVES E OUTRO(S)

RECORRIDO: INSTITUTO DE RESSEGUROS

DO BRASIL IRB

ADVOGADOS: EDUARDO BRAGA TAVARES

PAES E OUTRO(S)

PAULO ANDRÉ ROHRMANN E OUTRO(S)

RECURSO ESPECIAL. CIVIL E PROCESSUAL

CIVIL. ACIDENTE FATAL EM POUSO

FORÇADO DE HELICÓPTERO.

INDENIZAÇÃO PAGA PELA

SEGURADORA. RESSEGURO. COBRANÇA.

PRESCRIÇÃO ÂNUA.

1. A qualificação jurídica do resseguro co-

mo um contrato de seguro decorre do fato

de a resseguradora obrigar-se, mediante o

pagamento de um prêmio, a proteger o pa-

trimônio da seguradora/cedente do risco

substanciado na responsabilidade desta

perante seu segurado. Logo, presentes as

características

principais da relação securitária: interesse,

risco, importância segurada e prêmio.

2. Qualquer pretensão do segurado contra

o segurador, ou deste contra aquele, pres-

creve em um ano (art. 178, § 6º, do Código

Civil/1916 e art. 206, II, do Código Civil atu-

al), regra que alcança o seguro do segura-

dor, isto é, o resseguro.

3. Recurso especial não provido.

STJ

RESSEGURO Online 13

Page 14: Resseguro online no brasil e no mundo   pellon & associados

LEIS ANTICORRUPÇÃO E LAVAGEM DE

DINHEIRO PREVEEM PENAS SEVERAS ÀS

EMPRESAS POR ATOS DE SEUS

REPRESENTANTES

do à pressa, a lei contém muitos “erros técni- sição hierárquica leva à conclusão de que te-

cos”, segundo o advogado. ria o domínio do fato. “O dono de uma segu-

radora cujos gerentes, na busca por atingir

Lei de Lavagem de Dinheiro e o Mensalão - metas e receber bônus, aceitarem novos cli-

Uma das principais mudanças da Lei entes que tragam riscos à empresa poderá

A nova Lei Anticorrupção (Lei 12.846/13), jun- 12.683/12 (Lavagem de Dinheiro) foi acabar ser condenado por ser hierarquicamente su-

tamente com a de Lavagem de Dinheiro (Lei com a previsão de crimes antecedentes. perior e ter o domínio do fato”, explicou o ad-

12.683/12) e mais a Ação Penal 470 (Mensa- Segundo Saavedra, a troca no texto da lei do vogado.

lão) estão tirando o sono de muitos empre- termo “crime” pelo de “infração penal”, am-

sários. Este novo arcabouço legislativo muda pliou a quantidade de operações suspeitas. Mais deveres ao compliance - Na prática,

radicalmente os deveres e a forma de com- Até então, apenas o dinheiro ilícito de terro- Saavedra considera que o entendimento do

pliance nas empresas, prevendo novas res- rismo e tráfico era considerado como crime STF reforça a necessidade do compliance nas

ponsabilidades e graves punições às pessoas de lavagem. Agora é qualquer ilícito ou con- empresas. No setor de seguros, a Circular

jurídicas, seus gestores, empregados e re- travenção penal, como jogo do bicho e sone- Susep 445/12 impõe a adoção de complian-

presentantes. “Trata-se de um novo contex- gação fiscal. “Uma empresa que sofreu pro- ce às seguradoras, resseguradoras, entida-

to que muda a forma como as empresas fazi- cesso de sonegação por ter glosado seu pla- des de previdência complementar etc. Já no

am compliance. É preciso repensar os meca- nejamento tributário, agora também sofrerá caso da lavagem de dinheiro, estas empresas

nismos de compliance e entender que ape- processo por lavagem de dinheiro”, disse. e também os corretores são obrigados a se-

nas cumprir os normativos da Susep não será Outra inovação é que a lei não exige mais guir os normativos da Susep. Na lei anterior

suficiente para evitar as penalizações da lei”, que o acusado tenha conhecimento prévio de Lavagem de Dinheiro, bastava às empre-

alertou o advogado e professor da PUC-RS da lavagem de dinheiro. “Dizer que não sabia sas identificar, cadastrar clientes, prestar in-

Giovani Agostini Saavedra. não vale mais como argumento de defesa formações e comunicar operações suspeitas.

em processo penal por lavagem”, disse.

Ele apresentou o Seminário “Compliance, Com a nova lei, surgiram novos deveres, co-

Nova Lei Anticorrupção e Lavagem de O Mensalão não teve apenas efeitos políti- mo adotar políticas, procedimentos e con-

Dinheiro – o que é preciso estar atento”, dia cos no país, mas também consequências aos troles internos, compatíveis com o porte e

19 de fevereiro, no auditório do Sindicato negócios das empresas. No julgamento da volume de operações. Na visão de Saavedra,

das Seguradoras de São Paulo (Sindseg-SP). Ação Penal 470 (Mensalão), o Supremo cabe ao compliance adotar sistemas de con-

O evento foi promovido pelo Grupo Nacional Tribunal Federal (STF) mudou seu entendi- troles para a concretização desses deveres.

de Trabalho de Direito Econômico e Seguro mento sobre a condenação por lavagem de Segundo ele, adotar “políticas” significa que

da Associação Internacional de Direito de dinheiro, que agora pode ocorrer mesmo a empresa deverá ter um documento que in-

Seguro (AIDA), sob a coordenação da advo- que o acusado tenha simplesmente ocultado dique sua política de compliance, com os

gada Angélica Carlini, que, segundo divulga- o produto do crime que cometeu, sem ne- princípios, objetivos e as ações em que se pa-

do na ocasião, sucederá Marcio Malfatti na cessariamente ter dissimulado sua origem e utará. Já os “procedimentos” indicam a ne-

presidência da entidade a partir de abril. inserido o dinheiro ilegal na economia. cessidade de controles para a avaliação da

Saavedra explicou que não foi o apelo popu- Também mudou a interpretação do STF para política da empresa, além de mecanismos

lar das manifestações de junho de 2013 que dolo eventual, que não necessita mais que o para receber denuncia de problemas inter-

fez aprovar a nova Lei Anticorrupção. acusado saiba da origem do dinheiro para nos vinculados a lavagem e corrupção; para

Segundo ele, não é recente a preocupação ser incriminando, bastando não cumprir os processar as informações; critérios claros pa-

do país em estabelecer mecanismos de res- seus deveres legais para assumir esse risco. ra punir, para proteger o informante e, se for

ponsabilização de pessoas jurídicas e diri- o caso, denunciar aos órgãos competentes.

gentes por atos de corrupção e lavagem de di- Mas, a interpretação mais polêmica do STF Saavedra chamou a atenção para o artigo 11

nheiro. Desde 2007, organismos internacio- em relação ao Mensalão foi a aplicação da te- da lei, o qual estabelece o dever de comuni-

nais, como GAFI o OCDE, já haviam recomen- oria do domínio do fato. Significa que quem car ao Conselho de Controle de Atividades

dado ao país a adoção dessas práticas. As ma- comanda um crime praticado por subordina- Financeiras (COAF) a ocorrência de opera-

nifestações populares apenas ajudaram a dos pode ser condenado sem provas concre- ções suspeitas e – uma novidade – “a não

acelerar o processo de aprovação. Mas, devi- tas de seu efetivo envolvimento, pois sua po- ocorrência”. O advogado considerou uma

14 RESSEGURO Online

Page 15: Resseguro online no brasil e no mundo   pellon & associados

“abstração” a posição do STF sobre a omis-

são no cumprimento das regras de compli-

ance, que, pelo novo entendimento, será su-

ficiente para levar a condenações por lava-

gem de dinheiro e por crimes contra o siste-

ma financeiro nacional, como gestão fraudu-

lenta. “O executivo de seguradora que não

cumprir seu dever de cuidado em relação a

riscos de lavagem de dinheiro estabelecidos

nas regras de compliance da Susep poderá

ser condenado criminalmente”, enfatizou.

Saavedra revelou que, atualmente, vários ad-

vogados que conhece estão enfrentando

processos por violarem deveres de compli-

ance.

Nova Lei Anticorrupção - Além de estabele-

tores, agentes, oficinas, reguladores e – com tem aproximadamente 11 mil órgãos públi-cer a responsabilidade objetiva das pessoas

uma excrescência da lei – os representantes cos no Brasil que terão poderes para fiscali-jurídicas, a nova lei define a responsabilida-

de seguros”, disse a advogada Angélica zar. Outra preocupação sua é com os acor-de solidária entre sociedades controladoras,

Carlini. Para Saavedra, a relação das segura- dos de leniência, que pela quantidade de ór-controladas, coligadas ou consorciadas. Para

doras com esses representantes se tornou gãos, em vez de combater a corrupção, pode-Saavedra, trata-se da “privatização da fiscali-

complexa. “Um dos maiores desafios será de- rá promovê-la. Para o advogado, uma das pe-zação do Estado”, em que a empresa, além

senvolver instrumentos jurídicos adequados nas mais severas está no artigo 19, que pre-de executar sua atividade fim, também é res-

para essa relação. É um sério problema para vê o perdimento de bens, suspensão e inter-ponsável por criar sistemas para ajudar o

a área de compliance”, afirmou. “Já sabía- dição das atividades de empresas, além de Estado a fiscalizar crimes de corrupção.

mos que tínhamos um problema. Mas preci- dissolução compulsória. “O Estado pode in-Conforme o artigo 3º, “a responsabilização

sávamos ouvir isso de alguém de fora da tervir na economia dessa forma?”, questio-da pessoa jurídica não exclui a responsabili-

área”, disse Angélica Carlini. Prosseguindo nou.Preparados para o compliance - O presi-dade individual de seus dirigentes ou admi-

com analise da Lei Anticorrupção, Saavedra dente da Comissão de Controles Internos da nistradores ou de qualquer pessoa natural,

tachou de “inconstitucional” o artigo 5º, que CNseg, Assizio Oliveira, tranquilizou o mer-autora, coautora ou partícipe do ato ilícito”.

considera ilícito “dificultar atividade de in- cado de seguros. “Há dez estamos nos pre-

vestigação ou fiscalização de órgãos, entida- parando para montar o melhor compliance Considerando que “subsiste a responsabili-

des ou agentes públicos, ou intervir em sua que podemos ter”, disse. Ele reconheceu dade da pessoa jurídica na hipótese de alte-

atuação”. A seu ver, faltou definir os limites que a Lei Anticorrupção traz preocupação ração contratual, transformação, fusão ou ci-

de “dificultar”. adicional para a relação da seguradora com são societária”, então o advogado sugere um

o Poder Público, na medida em que é bas-due diligence anticorrupção antes de qual-

Ele criticou também a multa de até 20%, esta- tante restritiva e amplia as penalidades às quer operação desse porte. No caso de em-

belecida como sanção administrativa, e a pu- pessoas físicas, aos dirigentes e até os gesto-presas com capital aberto, ele prevê uma ca-

blicação da decisão condenatória no res de nível médio, admitindo a possibilida-deia de responsabilização sem fim. A res-

Cadastro Nacional de Empresas Punidas de de ser necessário reorganizar a atividade, ponsabilização das empresas por atos de

(CNEP), que cria o “rol dos culpados”. estruturar novo desenho organizacional e au-“pessoa natural”, conforme a lei, traz para as

mentar a importância da área de complian-seguradoras nova preocupação com aqueles

A lei também define no artigo 11 que a auto- ce. “Mas tudo com muita calma, sem de-que representam seu nome, de corretores a

ridade máxima de cada órgão ou entidade sespero, porque, na verdade, o compliance prestadores de serviços. “Preocupa-me a

pública poderá celebrar acordo de leniência já está em andamento e resta-nos apenas compreensão do mercado de seguros sobre

com pessoas jurídicas. Por seus cálculos, exis- adequá-lo”, disse. Fonte: Segsa nova forma de relacionamento com corre-

RESSEGURO Online 15

Page 16: Resseguro online no brasil e no mundo   pellon & associados

SUSEP DISPONIBILIZA BASE DE DADOS

PARA MONITORAR OPERAÇÃO DE

RESSEGURADORAS LOCAIS

Essa estrutura será exigida a partir do primei-

ro trimestre de 2015.

A Superintendência de Seguros Privados (Su-

sep) disponibilizou, na última segunda-feira

(24/2), o formato final da base de dados que

será utilizada no monitoramento das opera-

ções dos resseguradores locais. Essa estrutu-

ra foi discutida na Subcomissão de Resseguro

da Comissão Atuarial, que contou com parti-

cipantes da autarquia e do mercado de segu-

ros e resseguros.

Por meio dessa base de dados, os ressegurado-

res locais remeterão informações analíticas de

prêmios e sinistros, que serão utilizadas pelas di-

versas áreas da Susep em suas atividades de fis-

calização.Similarmente aos quadros estatísticos

das sociedades seguradoras e das entidades de

previdência complementar aberta, os arquivos

de base de dados dos resseguradores locais se-

rão quadros do FIP/SUSEP. Para maiores infor-

mações, acessar o item “Resseguradores Locais

(Anexo - Base de Dados)”, na seção de “Comu-

nicados” da página:

Fonte: SUSEP

http://www.susep.gov.br/menu/informacoes-

ao-mercado/solvencia/provisoes-tecnicas

ELAS SÃO A MAIORIA NO SETOR DE

SEGUROS E AGORA ALMEJAM CARGOS

DE LIDERANÇA

ANTT ESCLARECE SOBRE O SEGURO

OBRIGATÓRIO DE CARGAS

Transportador Rodoviário – Carga (RCTR-C) e Aparecido Mendes Rocha é vice presidente

alerta para não haver confusão com o seguro do Clube Internacional de Seguros de

obrigatório de veiculo automotor de via ter- Transportes – CIST. 10/03/2014 / Fonte: Net-

restre (DPVAT). Marinha

Conforme o Decreto-Lei nº 73/1966 (artigo

20, alínea “m”) e Decreto nº 61.867/1967 (ar-

tigo 10), o seguro de responsabilidade civil do

transportador rodoviário de carga (RCTR-C) é

obrigatório para os transportadores. Este se- No que depender do desejo das securitárias,

guro garante o reembolso das reparações pe- pode até demorar um pouco, mas elas ainda

cuniárias a que o transportador esteja obri- serão maioria também nos cargos de lideran-

gado, por força de lei, por perdas ou danos ca- ça do setor. Este anseio foi apurado em boa

usados a bens e mercadorias de terceiros parte das respostas das entrevistadas que

que lhe tenham sido entregues para trans- participaram da pesquisa “Mulheres no mer-

porte, em função de acidente com o veiculo cado de seguros no Brasil”, realizada pela

transportador. Funenseg, com apoio da Confederação

Nacional das Seguradoras (CNSeg) e da

Em resposta à consulta efetuada sob o proto- Federação Nacional dos Corretores de

colo nº 1702185 de 19.02.2014, a ANTT a fim Seguros (Fenacor) e divulgada no final do ano

de evitar mal entendidos, mencionou que o passado.

Comunicado SUROC/ANTT nº 001/2014 não

teve o condão de converter a obrigatorieda- Conduzida pela diretora da Funenseg Maria

de de contratação de seguro em requisito Helena Monteiro e pelo consultor Francisco

para obtenção do registro no RNTRC. Os G al iz a, a pesquisa revelou que pouco mais de

requisitos para a inscrição continuam sendo uma década foi suficiente para as mulheres

os elencados na Resolução ANTT nº 3.056/ passarem de minoria para maioria no setor

2009. de seguros. Em 2000, elas representavam

49% dos profissionais e em 2012 saltaram pa-

A ANTT enfatizou que a verificação do atendi- ra 57%. Mas essa conquista não veio acom-

mento à obrigação de contratação do seguro panhada de melhor remuneração e tampou-

de responsabilidade civil por parte dos trans- co de maior participação em cargos de lide-

portadores dar-se-á no ato da fiscalização, e rança. Atualmente, os homens ocupam 80%

seguirá o estabelecido na Resolução nº dos cargos de nível executivo e respondem

3.056/2009 (artigo 23, inciso VIII; artigo 32, in- por 69% nas cinco maiores faixas salariais.

cisos I e II; artigo 34, inciso VIII e artigo 39, inci-

so II). Assim, apesar do seguro de responsa- Já nos dez menores níveis, a relação se inver-

bilidade civil do transportador rodoviário ser te (as mulheres são 70%, em relação ao to-

Recentemente a Superintendência de obrigatório, não é necessário a sua compro- tal). A as áreas com maior contingente femi-

Serviços de Transporte Rodoviário e vação para o registro no RNTRC. nino são comercial (61%), técnica (56%) e ad-

Multimodal de Cargas – SUROC, da Agência ministrativo- financeira (53%). A pesquisa

Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), di- Finalizando, destaco que a ausência do regis- também detectou que as mulheres se so-

vulgou o Comunicado SUROC/ANTT nº tro no RNTRC isentará a seguradora de qual- bressaem no indicador do nível médio de es-

001/2014. O Comunicado não traz nenhuma quer responsabilidade ou obrigação relativa colaridade em relação aos homens. Elas são

alteração nas leis aplicáveis ao transporte de ao seguro de RCTR-C em caso de sinistro, 54% dos funcionários com pós-graduação,

cargas, apenas informa sobre a obrigatorie- conforme dispõe o artigo 42, inciso V, da 57% dos com superior completo, 56% dos

dade do seguro de Responsabilidade Civil do Resolução CNSP nº 219/2010. com superior incompleto e 50% dos com o

16 RESSEGURO Online

Page 17: Resseguro online no brasil e no mundo   pellon & associados

nível médio. Porém, em termos relativos, es- CVG-SP, as mulheres tendem a conquistar imagem da mulher está diretamente associa-

sa diferença não é significativa em relação ao mais espaço nos quadros de liderança nas da à proteção e à segurança, da mesma for-

sexo masculino, com equivalência entre os empresas, mas a mudança não ocorrerá do ma que o seguro. Podem-se explorar estas

dois gêneros. dia para a noite. “Devagar, ainda vamos che- questões na mídia, no desenvolvimento de

gar lá”, prevê. Em sua visão, há claros sinais produtos, no atendimento a clientes etc.”,

Potencial feminino - Em relação às mulheres de que as mudanças já começaram. “Antiga- diz. Para Joana Santos, a mulher tem mais

na liderança do mercado, a maior parte das mente, se viam mais mulheres em áreas co- percepção para cuidar das necessidades das

entrevistadas acredita que ao longo do tem- mo a de marketing, por exemplo. Hoje, já se pessoas e dos clientes. “Essa característica,

po houve mais oportunidades nas empresas. veem mulheres subscritoras, tarifando, pre- que ela já aplica em casa com a família, pode

Algumas apontaram a cultura e o tipo de cificando seguros, funções antes predomi- ser agregada ao trabalho”, pondera.

companhia como elementos limitadores pa- nantemente masculinas”, observa.

ra maiores progressos. Uma das entrevista- Para as mulheres que anseiam ocupar posi-

das disse: “Oportunidade há, mas na prática, O presidente do CVG-SP, Dilmo B. Moreira, ções de liderança no setor, Dora Carvalho

há menos mulheres em posição de liderança concorda e admite que o domínio irrestrito sugere que fiquem atentas e se preparem

do que imagino que seja nosso potencial. Há do mundo masculino já não é uma realidade. mais para aproveitar as oportunidades, de-

empresas mais avançadas nesse ponto e ou- “É patente a influência da sensibilidade e monstrando esse propósito. Na mesma li-

tras ainda muito fechadas”. adaptabilidade das mulheres nas relações hu- nha, Joana Santos aconselha as mulheres a

manas, tanto sociais quanto profissionais”, se aplicarem nos estudos. “O mercado de

Dora Carvalho, diretora adjunta do CVG-SP constata. Joana Santos aposta na nova gera- hoje não é o mesmo de cinco anos atrás.

de Relações com o Mercado, lembra que a ção. “Para as jovens profissionais de hoje o Essas mudanças exigem a busca constante

pouca participação feminina em cargos de li- peso da responsabilidade familiar é menor, de atualização, pois, quanto mais conheci-

derança também ocorre em outros merca- possibilitando focar mais em suas carreiras e mento mais se pode contribuir com a em-

dos. “É uma questão sóciocultural”, analisa. concorrer em igualdade de condições com os presa”, diz.

Para ela, a explicação está nos vários papéis homens”, avalia. Dora Carvalho vai além e su-

que a mulher desempenha, acumulando res- gere às profissionais do setor que dividam res- Às empresas de seguros, ela sugere que

ponsabilidades no trabalho e com a família. ponsabilidade com seus parceiros. “Muitas abram mais oportunidades para a contra-

“A rotina exacerbada, com limitações a via- vezes, a culpa é nossa mesmo, porque man- tação de mulheres e que jamais limitem as

gens, estudos etc., tem grande parcela de cul- temos a guarda. A solução é desapegar”, ori- oportunidades com base em gênero. Dora

pa nisso”, diz. Mas, faz questão de frisar que enta. Ambas as diretoras do CVG-SP acredi- Carvalho pede mais atenção das empresas

não duvida da existência de oportunidades tam no enorme potencial feminino no mer- ao seu quadro de colaboradoras, para a va-

no mercado de seguros para a liderança femi- cado de seguros. “Além das características do lorização das características pessoais femi-

nina. Para Joana Barros Salgueiro Santos, di- gênero: sensibilidade, olho no detalhe, de- ninas, e que ofereçam oportunidades dife-

retora adjunta Administrativo Financeiro do dicação, comprometimento, entre outras, a renciadas para elas. Fonte: CVG – SP

RESSEGURO Online 17

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