9ºano: cidades, critérios de definição e formas de expansão

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ORIGEM E CRESCIMENTO

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ORIGEM E CRESCIMENTO

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Critérios de definição de cidade

Há vários critérios de definição de cidade

1. Critério numérico – uma cidade é um aglomerado populacional fortemente concentrado

1. ABSOLUTO - Valor variável de país para país:

1. Dinamarca: 250 habitantes; França: 2 000 habitantes; Espanha: 10 000 habitantes

2. RELATIVO – aglomerado populacional de elevada densidade populacional

1. Cidade do Porto: 5 702,9 hab/km²; cidade de Paris: 20 980 hab/km²

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Normalmente, as cidades são aglomerados populacionais com elevadas densidades populacionais.Contudo, há exceções. Existem algumas aldeias, por exemplo, na Ásia do Sul e do Sudeste que apresentam densidades populacionais mais elevadas do que muitas cidades.Logo, o critério numérico não é suficiente.

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Critérios de definição de cidade

2. Critério funcional – uma cidade desempenha um conjunto de funções – funções urbanas - que procuram satisfazer as necessidades de quem nela vive e de quem a ela recorre.

1. Funções urbanas: f. administrativa, f. residencial, f. comercial, f. industrial, f. religiosa, f. cultural, f. turística, etc.

Contudo, nem todas as cidades oferecem todas estas funções. E há vilas que são funcionalmente mais completas do que algumas pequenas cidades.

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Função comercial Função religiosa Função turística

Função administrativa Função cultural Função industrial

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Critérios de definição de cidade

3. Critério legal – critério estabelecido através de legislação aprovada por um órgão oficial. Em Portugal, é a Assembleia da República.

Lei nº 11/82 - «Uma vila só pode ser elevada à categoria de cidade quando conte com um número de eleitores superior a 8 000, em aglomerado populacional contínuo, e possua, pelo menos, metade dos seguintes equipamentos coletivos: instalações hospitalares com serviço de permanência; farmácias; corporação de bombeiros; casa de espetáculos e centro cultural; museu e biblioteca; instalações de hotelaria; estabelecimento de ensino preparatório e secundário; estabelecimento de ensino pré-primário e infantários»

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Critério mais recente em Portugal – Tipologia de Áreas urbanas para fins estatísticos

Nesta tipologia são considerados três níveis de áreas designadas por:

� Áreas predominantemente urbanas (APU)

� Áreas medianamente urbanas (AMU)

� Áreas predominantemente rurais (APR).

Tal como o critério legal – Lei nº11/82 – esta tipologia assenta num critério misto que liga valores numéricos a funções urbanas.

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Fatores que conduziram ao surgimento de cidades

�Primeiras cidades nasceram entre 3 500 e 3000 a. C., nos vales dos rios Nilo, no Egito e Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia.

�O que eram? Centros administrativos

que se concentravam à volta de um templo ou de um palácio

�Principais funções: administração, comércio e artesanato.

Reconstituição de um templo sumério

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Cidades da Grécia Antiga

Grécia, berço da democracia, é o exemplo de um império cujas cidades apresentavam formas arquitetónicas que traduziam uma sociedade estruturada. Com o aumento demográfico e a expansão geográfica desenvolveram-se sistemas de governo responsáveis pelo desempenho de funções, tais como, construção de estruturas – muralhas, templos religiosos ou centros de lazer -organização do comércio, criação de leis e da defesa das cidades contra ataques inimigos, por exemplo.

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Cidades medievais

Com o fim do Imperio Romano do Ocidente e as invasões bárbaras, os europeus passaram a refugiar-se sob a proteção dos feudos. Com a fim do Feudalismo, com o aumento demográfico, as populações extravasaram as muralhas e localizaram-se nas terras em redor das muralhas.

As cidades eram locais com pouca população que se dedicava a atividades como o comércio, o artesanato. Continuavam a exercer a defesa e a administração. Eram frequentes as realizações de feiras onde se operavam as trocas comerciais. À medida que as monarquias readquiriam o seu poder central e se intensificavam as viagens entre o ocidente e o oriente, as trocas diversificavam-se e maior era a variedade dos produtos comerciados. Tornava-se evidente a diferenciação de classes e, portanto, o tipo de artigos vendidos e adquiridos.

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Cidades industriais (séculos XVIII/XIX)

Com descoberta de uma nova fonte de energia, com a acumulação de capital e a criação de novas técnicas, a partir de meados do século XVIII, na Inglaterra surge uma nova revolução – a Revolução Industrial. Primeiro de um modo lento, mais tarde de um modo acelerado, o mundo nunca mais voltou a ser o mesmo.

As cidades industriais tornam-se lugares insalubres que cativam um número cada vez maior de rurais que alimentam o êxodo rural. Desenvolvendo novas formas de produção, a indústria produz cada vez mais, em série e em cadeia.

Com a poluição galopante e o incremento dos transportes, as cidades vão iniciar um processo de crescimento em direção às áreas envolventes.

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As cidades de hoje nos países desenvolvidos

Nos países desenvolvidos podemos encontrar modelos de cidades diferentes. No caso destas imagens da cidade de Bruxelas vemos que existem edifícios antigos, habitações com poucos andares mas, nos arredores mais recentes, surgem construções modernas idênticas às que existem em qualquer cidade europeia.

Os transportes diversificam-se e nas áreas mais modernas as vias são mais largas e extensas. A mobilidade é fundamental.

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As cidades nos países desenvolvidos da América anglo-saxónica

O chamado Novo Continente, isto é, o continente descoberto pelos europeus e, por isso, de colonização mais recente, apresenta cidades extensas, com vastos periferias e um centro de negócios marcado pela construção em altura, o chamado CBD (Central Business District). Em Portugal, fala-se em Baixa, a área da cidade onde se concentram as principais funções urbanas.

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As cidades em países em vias de desenvolvimento Nesta imagem da cidade de

Caracas, capital da Venezuela, verifica-se um contraste entre a cidade moderna e os enormes arrabaldes de favelas onde habita uma vasta população de fracas condições económicas. Enquanto os países mais desenvolvidos apresentam taxas de urbanização superiores a 70%, nos países em desenvolvimento as cidades ainda são fortes polos atrativos de uma população maioritariamente rural.

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O fenómeno da expansão urbana é antigo e assumiu sempre o mesmo significado: a propagação dos limites físicos da cidade à

custa da ocupação de novos solos. O que tem variado são as causas que motivam o aumento da superfície ocupada pelo espaço urbano.

Hoje, é possível distinguir diferentes formas de expansão.

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Fases de crescimento de uma cidade

Já sabemos que, uma cidade é uma concentração física de pessoas e de edifícios que desempenha funções económicas, sociais e politicas que refletem o contexto sociocultural em que se situam. Com o desenvolvimento dos transportes e, atualmente, das telecomunicações, as cidades proliferam e influenciam o modo de vida das populações que se encontram para além dos limites físicos das cidades.

De uma forma esquemática, como cresce uma cidade?

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Fase centrípeta – fase de concentração de população e funções urbanas

• Fase inicial da cidade. Com o aumento das funções que desempenha exerce forte atração sobre a população rural.

• A criação de indústrias provocou um forte êxodo rural.

• A invenção do comboio facilitou a deslocação do campo para a cidade.

• Para além dos rurais, a cidade atrai também imigrantes à procura de melhor nível de vida.

• As fábricas tornam a cidade insalubre.

Cidade, polo de atração

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Fase centrífuga – fase de expansão em direção aos subúrbios.

• Migração das áreas residenciais da classe alta para as áreas exteriores ao perímetro urbano – fenómeno da suburbanização

• Movimento de expansão facilitado pela proliferação dos meios de transporte (ferroviário e rodoviário)

• Migração das indústrias mais poluentes para a periferia

• Permanência da habitação mais degradada no centro histórico da cidade onde residem os menos abastados e os imigrantes.

• Cidade tende a concentrar cada vez mais o comércio e os serviços – fenómeno da terciarização da cidade

Cidade, polo de repulsão para

algumas funções

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Fatores favoráveis à expansão urbana

• Custo elevado do preço do solo urbano quanto mais próximo do centro da cidade.

• Concentração de funções urbanas raras no centro.

• Dificuldades de estacionamento no centro: ruas estreitas e congestionadas principalmente nas horas de ponta.

• Habitação degradada ou, se nova ou reabilitada, d custo elevado.

• Facilidade de deslocação para a periferia graças aos transportes.

• Habitação mais barata na periferia.

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Cidades satélite

Localizadas nas áreas suburbanas reforças as migrações pendulares entre o centro (onde se concentram os postos de trabalho) e os subúrbios (onde se concentram as áreas residenciais de custo mais moderado)

Cidade da Amadora – salienta-se na imagem um denso conjunto habitacional

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Cidade dormitório

Cidade que surge na periferia urbana. O seu principal desempenho é a função residencial. Frequentemente registam-se problemas sociais. Muitas vezes, também, há falta de infraestruturas coletivas.

Vila d´Este – Vila Nova de Gaia

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Conurbação

É a junção de duas ou mais cidades próximas cujos subúrbios formam um contínuo urbano. Uma das cidades é mais importante do que as outras pelas funções que desempenha, mas os dois ou mais núcleos urbanos são complementares.

.

Vista aérea do Porto, identificam-se mais duas cidades “conurbadas” com a cidade principal: Gaia e Matosinhos.

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Área Metropolitana

Uma área metropolitana é uma conurbação que reúne várias cidades vizinhas. Tal como na conurbação, existe uma cidade que se destaca das restantes, neste caso, a cidade do Porto, designada por Metrópole. O mapa mostra o chamado Grande Porto, uma área fortemente urbanizada constituída por 9 municípios servidos por uma rede de transportes densa.

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Megalópoles

Vastas manchas urbanas que se estendem por longos quilómetros e concentram cidades de categorias elevadas pelas funções que desempenham. No mapa destacam-se três megalópoles em território dos EUA.

1 – Megalópoles Boswash (de Boston a Washington) 2 – Megalópoles Chipitts (de Chicago a Pittsburgh)3 – Megalópoles San-San (de San Francisco a San Diego)

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Outros exemplos de megalópoles, duas asiáticas, na China e no Japão.

Megalópoles da região de São Paulo