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    DELEGADO DA POLCIA CIVIL DA BAHIADireito Penal

    Geovane Moraes

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    QUESTES

    01. ( ) Na cidade de Rio Branco AC, Caio,brasileiro, atirou em Joo, que, ferido, fugiuem seu veculo para um pas vizinho, ondemorreu em decorrncia dos ferimentosproduzido pelo projtil. O pai de Joo,Mrio, brasileiro, revoltado com a morte dofilho, decidiu matar a famlia de Caio, quemorava em outro pas. Mrio, entosabendo que a esposa de Caio e seu filhorecm-nascido estavam internados em umamaternidade, sufocou-os com umtravesseiro. Ao encontrar seus familiares

    mortos, Caio atirou em Mrio, matando-o, eresolveu suicidar-se, tendo, para isso,contado com a ajuda de uma enfermeira,que lhe administrou veneno. Com base nasituao hipottica apresentada, Mriopraticou o crime de homicdio qualificadocontra a esposa de Caio e o de infanticdiocontra o recm-nascido.

    02. ( ) Aps ter cincia da gravidez de suanamorada Silmara, Nicanor convence agestante a abortar, orientando-a a procuraruma clnica clandestina. Durante oprocedimento abortivo, praticado pelomdico Horcio, Silmara sofre grave leso,decorrente da impercia do profissional,perdendo, pois, sua capacidadereprodutiva. Nesse contexto, considerandoque a interveno cirrgica no erajustificada pelo risco de morte para agestante ou em virtude de estupro prvio,Silmara, Nicanor e Horcio respondero,

    respectivamente, pelos crimes deconsentimento para o aborto (artigo 124, 2parte, CP); consentimento para o aborto(artigo 124, 2 parte, CP); e abortoprovocado por terceiro com consentimentoespecialmente agravado (artigo 126 c/cartigo 127, ambos do CP).

    03, ( ) Osvaldo, desejando matar, disparouseu revlver contra Arnaldo, que, em razodo susto, desmaiou. Osvaldo, acreditando

    piamente que Arnaldo estava morto,colocou-o em uma cova rasa que j haviacavado, enterrando-o, vindo a vtima a

    efetivamente morrer, em face da asfixia.Nesse contexto, Osvaldo praticou homicdiosimples.

    04. ( ) Uma mulher grvida, prestes a dar luz, chorava compulsivamente na antessalade cirurgia da maternidade quando umaenfermeira, condoda com a situao,perguntou o motivo daquele choro. Amulher respondeu-lhe que a gravidez eraespria e que tinha sido abandonada pelafamlia. Aps dar luz, sob a influncia doestado puerperal, a referida mulher matou oprprio filho, com o auxlio da citada

    enfermeira. As duas sufocaram o neonatocom almofadas e foram detidas emflagrante. A mulher e a enfermeira deveroser autuadas pelo crime de infanticdio; aprimeira na qualidade de autora e a segundana qualidade de coautora, visto que oestado puerperal consiste em umaelementar normativa e se estende a todosos agentes.

    05. ( ) M.R.A. encontra-se ingerindo bebidaalcolica num bar, enquanto joga domincom o amigo R.F.B. Ambos se desentendemacerca da partida, entrando em luta corporalaps R.F.B. lanar contra M.R.A. o resto depinga que havia em seu copo. M.R.A. deixao local em direo ao seu veculo,estacionado nas imediaes, retornandocerca de 15 minutos aps, desta feitaarmado com uma pistola .40, com a qualdispara duas vezes, a curta distncia e comnimo homicida, acertando o brao de

    C.S.P., que por ali passava, e o ombro deR.F.B., transfixando-o. Com o impacto dodisparo, R.F.B. lanado ao cho,chocando a cabea violentamente. R.F.B.morre no local, enquanto C.S.P. socorrida,recuperando-se dias aps. M.R.A. presoem flagrante. M.R.A. dever responder pelaprtica de dois homicdios um consumadoe um tentado em concurso formal perfeito,bem como pelo porte no autorizado dearma de fogo de calibre permitido.

    06. ( ) Na situao de roubo, se ocorrerhomicdio e subtrao consumados, h

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    latrocnio consumado e, se ocorrerhomicdio e subtrao tentados, hlatrocnio tentado. Nessas hipteses, o

    entendimento pacfico. Entretanto, nocaso de homicdio consumado e subtraotentada, h diversas correntes doutrinrias.Para o Supremo Tribunal Federal, Smula610, h, homicdio consumado em concursoformal com tentativa de furto.

    07. ( ) Lia, grvida de 8 meses, pediu aomdico que a atendera no hospital, ondechegara em trabalho de parto, queinterrompesse a gravidez, pois ela no

    queria ter mais filhos. O mdico, ento,matou o beb durante o procedimentocirrgico para realizao do parto. O maridode Lia, Augusto, sob a influncia de violentaemoo, matou-a quando recebeu a notciade que o beb havia morrido. Depois dematar a esposa, Augusto, decidido acometer suicdio, pediu a Cludio, seuamigo, que lhe emprestasse sua arma defogo para que pudesse se matar. Semcoragem para cometer o suicdio, Augustopediu a ajuda de sua me, Severina, que,embora concordasse com o ato do filho,no teve coragem de apertar o gatilho.Augusto, ento, incentivado pela me,atirou contra si. O tiro, entretanto,ocasionou apenas um ferimento leve emseu ombro. Desesperado, Augusto recorreunovamente a seu amigo Cludio, a quemimplorou auxlio. Muito a contragosto,Cludio matou Augusto.Considerando asituao hipottica acima, Augusto temdireito ao reconhecimento da figura do

    homicdio privilegiado, pois estava sob ainfluncia de violenta emoo.

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    Geovane Moraes

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    GABARITO

    01. E02. C

    03. C

    04. C

    05. E

    06. E

    07. E