702_pispasep e cofins regime cumulativo – 2012 – procedimento

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PIS/PASEP E COFINS: REGIME CUMULATIVO – 2012 – PROCEDIMENTO SUMÁRIO: 1. Regime Cumulativo 1.1. Empresas sujeitas ao Pis e Cofins Sobre o Faturamento no Regime Cumulativo 1.2. Empresas/Formas/Receitas que Permanecem no Regime Cumulativo 1.3. Faturamento no Regime Cumulativo 1.3.1. Não Inclusão das Outras Receitas no Regime Cumulativo 1.3.2. Lei 11.941 de 2009 1.3.3. Lei 9.718 de 1998 1.4. Exclusões da Receita Bruta 1.4.1. Regime de Caixa para Lucro Presumido 1.4.2. Isenções 1.4.3. Tratamento para as Variações Cambiais Ativas e Passivas 1.5. Veículos Usados (Lei 9.716/98) 1.6. Construção Por Empreitada 1.7. Alíquota/Forma/Prazo/Código - Regime Cumulativo (Lei 11.933/2009) 1.8. Pis e Cofins Retidos na Fonte 1.8.1. Espécies de Retenções 1.9. Prescrição 1.10. Quadros Das Receitas 1.10.1. Receita Bruta Mensal no Regime Cumulativo 1.10.2 Receitas Não Tributadas no Regime Cumulativo 1.11. Esquema De Cálculo – Visão Global 1.12. DACON – Regime Cumulativo 1.13. PIS sobre a Folha de Salários 1.13.1. Base de Cálculo do PIS Folha de Salários 1.13.2. Alíquota do PIS folha de salários 1.13.3. Medida Provisória 2.158-35/2001 1.13.4. SRFB - Perguntas e Respostas 1. Regime Cumulativo A contribuição para o PIS foi criada pela Lei Complementar 07 de 7 de setembro de 1970, o PASEP foi criado pela Lei Complementar 08 de 03 de dezembro de 1970 e a COFINS foi criada pela Lei Complementar 70 de 30 de dezembro de 1991. Estas legislações sofreram diversas alterações ao longo do tempo, estando atualmente reguladas nas Leis 9.701/1998, 9.715/1998, 9.718/1998. A partir da competência fevereiro de 1999, na esteira das alterações foi editada a MP 1.807, e que atualmente tem o número 2.158- 35/2001 (última Medida Provisória publicada com este número), com regras específicas para o cálculo das contribuições. Alterações foram procedidas por meio das Leis 10.637/2002 (Pis Não Cumulativo), 10.833/2003 (Cofins Não Cumulativo), 10.865/2004 (Pis/Cofins Importação) e 10.931/2004 (RET – Regime Especial de Tributação para as incorporações imobiliárias), e os tratamentos 1

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PIS/PASEP E COFINS: REGIME CUMULATIVO – 2012 – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO:1. Regime Cumulativo 1.1. Empresas sujeitas ao Pis e Cofins Sobre o Faturamento no Regime Cumulativo 1.2. Empresas/Formas/Receitas que Permanecem no Regime Cumulativo 1.3. Faturamento no Regime Cumulativo 1.3.1. Não Inclusão das Outras Receitas no Regime Cumulativo 1.3.2. Lei 11.941 de 2009 1.3.3. Lei 9.718 de 1998 1.4. Exclusões da Receita Bruta 1.4.1. Regime de Caixa para Lucro Presumido 1.4.2. Isenções 1.4.3. Tratamento para as Variações Cambiais Ativas e Passivas 1.5. Veículos Usados (Lei 9.716/98) 1.6. Construção Por Empreitada 1.7. Alíquota/Forma/Prazo/Código - Regime Cumulativo (Lei 11.933/2009) 1.8. Pis e Cofins Retidos na Fonte 1.8.1. Espécies de Retenções 1.9. Prescrição 1.10. Quadros Das Receitas 1.10.1. Receita Bruta Mensal no Regime Cumulativo 1.10.2 Receitas Não Tributadas no Regime Cumulativo 1.11. Esquema De Cálculo – Visão Global 1.12. DACON – Regime Cumulativo 1.13. PIS sobre a Folha de Salários 1.13.1. Base de Cálculo do PIS Folha de Salários 1.13.2. Alíquota do PIS folha de salários 1.13.3. Medida Provisória 2.158-35/2001 1.13.4. SRFB - Perguntas e Respostas 1. Regime CumulativoA contribuição para o PIS foi criada pela Lei Complementar 07 de 7 de setembro de 1970, o PASEP foi criado pela Lei Complementar 08 de 03 de dezembro de 1970 e a COFINS foi criada pela Lei Complementar 70 de 30 de dezembro de 1991.Estas legislações sofreram diversas alterações ao longo do tempo, estando atualmente reguladas nas Leis 9.701/1998, 9.715/1998, 9.718/1998. A partir da competência fevereiro de 1999, na esteira das alterações foi editada a MP 1.807, e que atualmente tem o número 2.158-35/2001 (última Medida Provisória publicada com este número), com regras específicas para o cálculo das contribuições.Alterações foram procedidas por meio das Leis 10.637/2002 (Pis Não Cumulativo), 10.833/2003 (Cofins Não Cumulativo), 10.865/2004 (Pis/Cofins Importação) e 10.931/2004 (RET – Regime Especial de Tributação para as incorporações imobiliárias), e os tratamentos diferenciados para alguns produtos, conforme Leis 9.718/1998 (combustíveis), 10.147/2000 (medicamentos e perfumarias), 10.485/2002 (veículos, autopeças e pneus), 10.548/2002, 10.560/2002, 10.925/2004 (agropecuária), 12.058/2009 (bovinos) e 12.350/2010 (frangos e suínos), além de outras alterações importantes, tais como as incluídas nas Leis 10.209/2001, 10.276/2001, 10.676/2003, 10.684/2003, 10.996/2004 (zona franca de Manaus e área de livre comércio), 11.033/2004, 11.051/2004, 11.096/2005, 11.116/2005, 11.484/2007, 11.488/2007, 12.546/2011, 12.431/2011, 12.649/2012, 12.693/2012 e 12.715/2012. Observar também os Regimes Especiais criados para algumas atividades e para alguns produtos ou serviços.O Regime Cumulativo é caracterizado pela incidência de Pis/Pasep e Cofins a cada operação de venda. Dessa forma, a venda de um produto será tributada pelo importador ou fabricante pela venda, e também será tributada no distribuidor pela revenda, e também será

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tributada no comerciante varejista pela nova operação de venda, e assim, até que o produto seja consumido. Assim, considera-se a tributação de forma CUMULATIVA, a cada operação.

Lei 9.718, de 27 de novembro de 1998 Art. 1º Esta Lei aplica-se no âmbito da legislação tributária federal, relativamente às contribuições para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, de que tratam o art. 239 da Constituição e a Lei Complementar nº 70, de 30 de dezembro de 1991, ao Imposto sobre a Renda e ao Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativos a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF.

COMPARAÇÃO ENTRE A INCIDÊNCIA CUMULATIVA E NÃO-CUMULATIVAA partir da competência dezembro de 2002 para o PIS e fevereiro de 2004 para a COFINS, é preciso que se faça uma separação entre o critério de incidência cumulativa e incidência não-cumulativa.Quadro comparativo

INCIDÊNCIA CUMULATIVA INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVAPIS = Alíquota de 0,65 % PIS = Alíquota de 1,65 %COFINS = Alíquota de 3% COFINS = Alíquota de 7,6%Não poderá utilizar créditos Permitida a utilização de créditosAplica-se a pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido ou arbitrado. Não se aplica as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real, exceto nos casos específicos previsto em lei.

Só se aplica às pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real.

Como pode ser observado no quadro acima, qualquer pessoa jurídica não tributada pelo lucro real, está fora da sujeição ao regime do PIS/PASEP e da COFINS não-cumulativo. Entretanto, há hipóteses em que, mesmo a pessoa jurídica sendo tributada pelo lucro real, permanecerá sujeita às regras anteriores em função da sua atividade, ou ainda, há casos em que a nova legislação aplicar-se-á (para as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real) apenas em relação à receita de venda de determinados produtos ou mercadorias. 1.1. Empresas sujeitas ao Pis e Cofins Sobre o Faturamento no Regime CumulativoSão contribuintes de Pis e Cofins sobre o faturamento:- as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do imposto de renda (inciso III do art. 150, do Decreto 3.000, de 1999 – RIR/99);- as entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência, em relação às operações praticadas durante o período em que perdurar os procedimentos para a realização de seu ativo e pagamento do passivo.

Lei 9.718, de 27 de novembro de 1998DA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP E COFINSArt. 2º As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS, devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado, serão calculadas com base no seu faturamento, observadas a legislação vigente e as alterações introduzidas por esta Lei.

1.2. Empresas/Formas/Receitas que Permanecem no Regime CumulativoPermanecem sujeitas às normas da legislação para o PIS e a COFINS no Regime Cumulativo (Lei 9.715/98; Lei 9.718/98; MP 2.158-35/2001), vigentes anteriormente às Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, não se lhes aplicando as regras da Não-Cumulatividade mesmo que tributem com base no lucro real:I - as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei 9.718, de 1998, e na Lei 7.102, de 1983;- Bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de

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títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas- securitização de créditos imobiliários, financeiros e agrícolas- operadoras de planos de assistência à saúde– segurança para estabelecimentos financeiros; empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores.

II - as pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro Presumido ou Arbitrado;III - as pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES (PGDAS);IV - as pessoas jurídicas Imunes a impostos;V - os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais e municipais, e as fundações autorizadas por lei, referidas no art. 61 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição;VI - as Sociedades Cooperativas, exceto as de produção agropecuária, sem prejuízo das deduções de que trata o art. 15 da Medida Provisória 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, e o art. 17 da Lei 10.684, de 30 de maio de 2003, não lhes aplicando as disposições do § 7º do art. 3º das Leis 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e as de consumo;VII - as Receitas decorrentes das operações:a) sujeitas à Substituição Tributária do PIS e da COFINS;Os fabricantes e os importadores de cigarros estão sujeitos ao recolhimento dessas contribuições, na condição de contribuintes e substitutos dos comerciantes varejistas e atacadistas desse produto.Os fabricantes e os importadores de veículos autopropulsados descritos nos códigos 8432.30 Semeadores e 87.11 Motocicletas da TIPI estão obrigados a cobrar e a recolher a Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins, na condição de contribuintes substitutos, em relação às vendas feitas a comerciantes varejistas desses produtos.

b) referidas no art. 5º da Lei 9.716, de 26 de novembro de 1998 (veículos usados);Pessoas jurídicas que tenham como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores, e que poderão equiparar, para efeitos tributários, como operação de consignação, as operações de venda de veículos usados, adquiridos para revenda, bem assim dos recebidos como parte do preço da venda de veículos novos ou usados.

VIII - as receitas decorrentes de prestação de serviços de telecomunicações;IX - as receitas decorrentes de venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens; (Redação dada pela Lei 10.865, de 2004)X - as receitas submetidas ao regime especial de tributação previsto no art. 47 da Lei 10.637, de 2002 (MAE);Pessoa jurídica integrante do Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE), instituído pela Lei 10.433, de 24 de abril de 2002, que poderá optar por regime especial de tributação.

XI - as receitas relativas a Contratos firmados anteriormente a 31 de outubro de 2003:a) com prazo superior a 1 ano, de administradoras de planos de consórcios de bens móveis e imóveis, regularmente autorizadas a funcionar pelo Banco Central;b) com prazo superior a 1 ano, de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços;c) de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços contratados com pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou suas subsidiárias, bem como os contratos posteriormente firmados decorrentes de propostas apresentadas, em processo licitatório, até aquela data (Instrução Normativa SRF 658, de 4 de julho de 2006);XII - as receitas decorrentes de prestação de serviços de Transporte Coletivo Rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de Passageiros;Ato Declaratório Interpretativo RFB 27, de 7 de outubro de 2008Dispõe sobre o regime de apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) em relação às receitas decorrentes de prestação de serviços de transporte coletivo de passageiros de que trata o inciso XII do art. 10 da Lei 10.833, de 29 de dezembro de 2003.

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A SECRETÁRIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 224 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF 95, de 30 de abril de 2007, tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 10 e no inciso V do art. 15 da Lei 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e o que consta do Processo 10168.003438/2008-56,declara:Art. 1º As receitas decorrentes da prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros, inclusive na modalidade de fretamento ou para fins turísticos, submetem-se ao regime de apuração cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).Art. 2º Fica revogado o Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 23, de 11 de fevereiro de 2008.

XIII - as receitas decorrentes de Serviços:a) prestados por hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de fisioterapia e de fonoaudiologia, e laboratório de anatomia patológica, citológica ou de análises clínicas;b) de diálise, raios X, radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de sangue;XIV - as receitas decorrentes de prestação de serviços de Educação Infantil, Ensinos Fundamental e Médio e Educação Superior.XV - as receitas decorrentes de vendas de mercadorias realizadas pelas pessoas jurídicas referidas no art. 15 do Decreto-Lei 1.455, de 7 de abril de 1976;Lojas francas para venda de mercadoria nacional ou estrangeira a passageiros de viagens internacionais, saindo do País ou em trânsito, contra pagamento em cheque de viagem ou moeda estrangeira conversível, na zona primária de porto ou aeroporto.

XVI - as receitas decorrentes de prestação de serviço de Transporte Coletivo de Passageiros, efetuado por empresas regulares de Linhas Aéreas Domésticas, e as decorrentes da prestação de serviço de transporte de pessoas por empresas de táxi aéreo;XVII - as receitas auferidas por pessoas jurídicas, decorrentes da edição de periódicos e de informações neles contidas, que sejam relativas aos assinantes dos serviços públicos de telefonia;XVIII – as receitas decorrentes de prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola inscritas no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB);XIX – as receitas decorrentes de prestação de serviços das empresas de call center, telemarketing, telecobrança e de teleatendimento em geral;XX - as receitas decorrentes da Execução por Administração, Empreitada ou Subempreitada de Obras de Construção Civil, até 31 de dezembro de 2015; ( Lei 12.375, de 30 de dezembro de 2010)XXI – as receitas auferidas por Parques Temáticos, e as decorrentes de serviços de Hotelaria e de Organização de Feiras e Eventos, conforme definido em ato conjunto dos Ministérios da Fazenda e do Turismo;XXII - as receitas decorrentes da prestação de Serviços Postais e Telegráficos prestados pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos;XXIII - as receitas decorrentes de prestação de serviços públicos de Concessionárias operadoras de rodovias;XXIV - as receitas decorrentes da prestação de serviços das Agências de Viagem e de viagens e turismo;XXV - as receitas auferidas por empresas de Serviços de Informática, decorrentes das atividades de desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso, bem como de análise, programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou atualização de software, compreendidas ainda como softwares as páginas eletrônicas;O disposto neste item não alcança a comercialização, licenciamento ou cessão de direito de uso de software importado.XXVI - as receitas relativas às atividades de Revenda de Imóveis, Desmembramento ou Loteamento de Terrenos, Incorporação imobiliária e construção de prédio destinado à venda, quando decorrentes de contratos de longo prazo firmados antes de 31 de outubro de 2003.XXVII – as receitas decorrentes de operações de comercialização de pedra britada, de areia para construção civil e de areia de brita. (Incluído pela Lei 12.693, de 2012) (Lei 12.715, de 2012) VIDE LEGISLAÇÃO ABAIXO

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Lei 12.693/2012 (25.07.2012)(...)Art. 6o O art. 8o da Lei 10.637, de 30 de dezembro de 2002, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso XII: “Art. 8o ....................................................................................................................................................................... XII – as receitas decorrentes de operações de comercialização de pedra britada, de areia para construção civil e de areia de brita.” (NR)

Redação No PlanaltoLei 12.637/2002Art. 8o Permanecem sujeitas às normas da legislação da contribuição para o PIS/Pasep, vigentes anteriormente a esta Lei, não se lhes aplicando as disposições dos arts. 1o a 6o: Produção de efeito(...)XII – as receitas decorrentes de operações de comercialização de pedra britada, de areia para construção civil e de areia de brita. (Incluído pela Lei 12.693, de 2012) (Vide Lei 12.715, de 2012) CONSIDERAR ESTE TEXTO, MANTENDO A ALTERAÇÃORedação Na Receita FederalXII - (VETADO). (Redação dada pela Lei 12.715, de 17 de setembro de 2012)

Lei 12.715/2012 (18.09.2012)Art. 59. Os arts. 8o e 29 da Lei no 10.637, de 30 de dezembro de 2002, passam a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 8o ........................................................................ ............................................................................................. XII – (VETADO)." (NR) "Art. 29. ....................................................................... ............................................................................................. VETOInciso XII do art. 8º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, alterado pelo art. 59 do projeto de lei de conversão “XII - as receitas decorrentes de operações de comercialização de pedra britada, de areia para construção civil e de areia de brita.” Razão do vetoAPENAS DERRUBOU O TEXTO DA ALTERAÇÃO UMA VEZ QUE É O MESMO DA ORIGEM MAS O INCISO NÃO FOI REVOGADO NEM VETADO E SIM A ALTERAÇÃO “A matéria já foi devidamente disciplinada pela Lei no 12.693, de 24 de julho de 2012, que incluiu dispositivo idêntico na Lei no 10.637, de 30 de dezembro de 2002.”

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PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO 18, DE 2012Altera a alíquota das contribuições previdenciárias sobre a folha de salários devidas pelas empresas que especifica, institui o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores, o Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para Implantação de Redes de Telecomunicações, o Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional, o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica, o Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência, restabelece o Programa Um Computador por Aluno, altera o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores, instituído pela Lei nº 11.484, de 31 de maio de 2007, e dá outras providências.O CONGRESSO NACIONAL decreta:Art. 1º Fica instituído o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON), com a finalidade de captar e canalizar recursos para a prevenção e o combate ao câncer.(...)Art. 59. Os arts. 8º e 29 da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, passam a vigorar com a seguinte alteração:“Art. 8º .........................................................................................................................................................XII – as receitas decorrentes de operações de comercialização de pedra britada, de areia para construção civil e de areia de brita” (NR)“Art. 29. ...........................................................................................................................................................§ 3º Para fins do disposto no inciso II do § 1º, considera-se pessoa jurídica preponderantemente exportadora aquela cuja receita bruta decorrente de exportação para o exterior, no ano-calendário imediatamente anterior ao da aquisição, tenha sido superior a cinquenta por cento de sua receita bruta total de venda de bens e serviços no mesmo período, após excluídos os impostos e contribuições incidentes sobre a venda....................................................................................” (NR)1.3. Faturamento no Regime CumulativoO PIS e a COFINS tem como base de cálculo o Valor do Faturamento (considerado a Receita de Venda de Bens e Serviços prevista no Objeto Social), ajustado conforme a legislação (Lei 9.718, de 1998, art. 3º) pelas exclusões previstas, tais como:a) as Receitas Tributadas à Alíquota Zero;b) as Receitas Tributadas à Alíquota Zero – Revenda de Produtos Sujeitos à Tributação Monofásica;

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c) as Receita de Vendas de Bens do Ativo Não Circulante Investimento, Imobilizado e Intangível;d) as Receita Sem Incidência da Contribuição – Exportação;e) as Receitas Isentas e Demais Receitas Sem Incidência da Contribuição;f) as Receitas com Suspensão;g) as Receitas de Revenda Decorrente de Operações Sujeitas à Substituição Tributária; eh) as Receitas Tributadas pelo RET – Patrimônio de Afetação.

Lei 9.718, de 27 de novembro de 1998 (...)Art. 3º O faturamento a que se refere o artigo anterior corresponde à receita bruta da pessoa jurídica. (Vide art. 15 da Medida Provisória 2.158-35, de 2001)1.3.1. Não Inclusão das Outras Receitas no Regime CumulativoA partir de 28 de maio de 2009 as OUTRAS RECEITAS (consideradas aquelas que não fazem parte do conceito de receita bruta, ou seja, as receitas que não estão previstas no objeto social) NÃO deverão ser somadas na base de cálculo de incidência da PIS e COFINS no REGIME CUMULATIVO.A revogação do § 1o do art. 3o da Lei 9.718/98 determinada pelo art. 79, XII, da Lei 11.941/2009, suprimiu estas outras receitas ao retirar da base de cálculo esta previsão de tributação no Pis e Cofins.ObservaçãoOutras Receitas no REGIME NÃO-CUMULATIVOAs outras receitas, para os efeitos de cálculo de Pis e Cofins no Regime Não-Cumulativo, continuam sendo parte integrante da base de cálculo tributável, com exceção das Receita Financeiras.1.3.2. Lei 11.941 de 2009Lei 11.941 de 27 de Maio de 2009O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:(...)Art. 79. Ficam revogados:(...)XII – o § 1o do art. 3o da Lei no 9.718, de 27 de novembro de 1998;1.3.3. Lei 9.718 de 1998Lei 9.718, de 27 de novembro de 1998 - DOU de 28/11/98Art. 1º Esta Lei aplica-se no âmbito da legislação tributária federal, relativamente às contribuições para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, de que tratam o art. 239 da Constituição e a Lei Complementar nº 70, de 30 de dezembro de 1991, ao Imposto sobre a Renda e ao Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativos a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF.CAPÍTULO IDA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP E COFINSArt. 2º As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS, devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado, serão calculadas com base no seu faturamento, observadas a legislação vigente e as alterações introduzidas por esta Lei. (art. 15 da MP 2.158-35, de 2001)Art. 3º O faturamento a que se refere o artigo anterior corresponde à receita bruta da pessoa jurídica. (art. 15 da MP 2.158-35, de 2001)§ 1º Entende-se por receita bruta a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas.(Revogado pela Lei 11.941, de 27 de maio de 2009)§ 2º Para fins de determinação da base de cálculo das contribuições a que se refere o art. 2º, excluem-se da receita bruta:

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I - as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos, o Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI e o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário;II - as reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita; (Redação dada pela MP 2.158-35, de 2001)III - os valores que, computados como receita, tenham sido transferidos para outra pessoa jurídica, observadas normas regulamentadoras expedidas pelo Poder Executivo; (Revogado pela MP 2.158-35, de 2001)IV - a receita decorrente da venda de bens do ativo permanente.V - a receita decorrente da transferência onerosa a outros contribuintes do ICMS de créditos de ICMS originados de operações de exportação, conforme o disposto no inciso II do § 1o do art. 25 da Lei Complementar 87, de 13 de setembro de 1996. (Redação dada pela Lei 11.945, de 4 de junho de 2009)1.4. Exclusões da Receita BrutaPoderão ser excluídas da base de cálculo os seguintes valores: (Lei 9.718, de 1998, art. 3º, § 2º, com alterações da MP 2.158-35/2001; IN SRF 247, de 2002, art. 23):a) as vendas canceladas e devoluções de vendasb) os descontos incondicionais concedidos, se tiverem sido incluídos na receita;b) o IPI;c) o ICMS retido pelo vendedor dos bens ou prestador de serviços na condição de substituto tributário;d) as reversões de provisões operacionais e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas receitas;e) os ganhos com equivalência patrimonial;f) os lucros e dividendos de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, lançados como receita, inclusive derivados de empreendimentos objeto de SCP;1.4.1. Regime de Caixa para Lucro PresumidoNo lucro presumido há a possibilidade de opção pela tributação pelo regime de caixa. Esta opção abrange não só o PIS/PASEP e a COFINS, mas também o Imposto de Renda Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (MP 2.158-35, art. 20 e IN SRF 247/2002).Medida Provisória 2.158-35, de 24 de agosto de 2001(...)Art. 20. As pessoas jurídicas submetidas ao regime de tributação com base no lucro presumido somente poderão adotar o regime de caixa, para fins da incidência da contribuição para o PIS/PASEP e COFINS, na hipótese de adotar o mesmo critério em relação ao imposto de renda das pessoas jurídicas e da CSLL.1.4.2. IsençõesEm relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de fevereiro de 1999, são isentos do PIS/PASEP e da COFINS as receitas (MP 2.158-35/2011 art. 14):a) dos recursos recebidos a título de repasse, oriundos do orçamento geral da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, pelas empresas públicas e sociedades de economia mista;b) da exportação de mercadorias para o exterior;c) dos serviços prestados a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cujo pagamento represente o ingresso de divisas;d) do fornecimento de mercadorias ou serviços para uso ou consumo de bordo em embarcações e aeronaves em tráfego internacional, quando o pagamento for efetuado em

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moeda conversível, observando-se que, a partir de 10/12/2002, este dispositivo não se aplica à hipótese de fornecimento de querosene de aviação;e) do transporte internacional de cargas ou passageiros;f) auferidos pelos estaleiros navais brasileiros nas atividades de construção, conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações pré-registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro – REB, instituído pela Lei 9.432, de 08 de janeiro de 1997;g) de fretes de mercadorias transportadas entre o País e o exterior pelas embarcações registradas no REB, de que trata o art. 11 da Lei 9.532-97;h) de vendas realizadas pelo produtor-vendedor às empresas comerciais exportadoras nos termos do Decreto-Lei 1.242, de 29 de novembro de 1972, e alterações posteriores, desde que destinadas ao fim específico de exportação para o exterior;i) de venda de materiais e prestação de serviços a Itaipu Binacional (AD SRF 74/99)j) vendas efetuadas à empresa estabelecida na Amazônia Ocidental ou em área de livre comércio e à empresa estabelecida em zona de processamento de exportação;l) venda de querosene de aviação por pessoa jurídica não enquadrada na condição de importadora ou produtora. m) de vendas, com fim específico de exportação para o exterior, a empresas exportadoras registradas na Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.Medida Provisória 2.158-35, de 24 de agosto de 2001(...)Art. 14 Em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de fevereiro de 1999, são isentas da COFINS as receitas:I - dos recursos recebidos a título de repasse, oriundos do Orçamento Geral da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, pelas empresas públicas e sociedades de economia mista;II - da exportação de mercadorias para o exterior;III - dos serviços prestados a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas;IV - do fornecimento de mercadorias ou serviços para uso ou consumo de bordo em embarcações e aeronaves em tráfego internacional, quando o pagamento for efetuado em moeda conversível;V - do transporte internacional de cargas ou passageiros;VI - auferidas pelos estaleiros navais brasileiros nas atividades de construção, conservação modernização, conversão e reparo de embarcações pré-registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro - REB, instituído pela Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997;VII - de frete de mercadorias transportadas entre o País e o exterior pelas embarcações registradas no REB, de que trata o art. 11 da Lei nº 9.432, de 1997;VIII - de vendas realizadas pelo produtor-vendedor às empresas comerciais exportadoras nos termos do Decreto-Lei nº 1.248, de 29 de novembro de 1972, e alterações posteriores, desde que destinadas ao fim específico de exportação para o exterior;IX - de vendas, com fim específico de exportação para o exterior, a empresas exportadoras registradas na Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;X - relativas às atividades próprias das entidades a que se refere o art. 13.§ 1º São isentas da contribuição para o PIS/PASEP as receitas referidas nos incisos I a IX do caput.§ 2º As isenções previstas no caput e no § 1º não alcançam as receitas de vendas efetuadas:I - a empresa estabelecida na Amazônia Ocidental ou em área de livre comércio;II - a empresa estabelecida em zona de processamento de exportação; (Revogado pela Lei no 11.508, de 20 de julho de 2007)III - a estabelecimento industrial, para industrialização de produtos destinados à exportação, ao amparo do art. 3º da Lei nº 8.402, de 8 de janeiro de 1992.

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Instrução Normativa RFB 1.152 de 10 de maio de 2011 DOU de 11.5.2011Dispõe sobre a suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e a não incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) na exportação de mercadorias.O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 261 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 125, de 4 de março de 2009, e tendo em vista o disposto no art. 111 do Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966, no Decreto-Lei nº 1.248, de 29 de novembro de 1972, no art. 39 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, nos incisos I e III do art. 5º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, nos incisos I e III do art. 6º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e no art. 341, no inciso III do art. 343, no art. 346 e no inciso I do art. 603 do Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010, resolve:Art. 1º Esta Instrução Normativa disciplina os procedimentos inerentes à suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e à não incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) na exportação de mercadorias.Art. 2º Os produtos destinados à exportação poderão sair do estabelecimento industrial com suspensão do IPI quando:I - adquiridos por Empresa Comercial Exportadora (ECE), com o fim específico de exportação; eII - remetidos a recintos alfandegados ou a outros locais onde se processe o despacho aduaneiro de exportação.Art. 3º A Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins não incidirão sobre as receitas decorrentes das operações de:I - exportação de mercadorias para o exterior; eII - vendas a ECE com o fim específico de exportação.Art. 4º Consideram-se adquiridos com o fim específico de exportação as mercadorias ou produtos remetidos, por conta e ordem da ECE, diretamente do estabelecimento da pessoa jurídica para:I - embarque de exportação ou para recintos alfandegados; ouII - embarque de exportação ou para depósito em entreposto sob regime aduaneiro extraordinário de exportação, no caso de ECE de que trata o Decreto-Lei nº 1.248, de 29 de novembro de 1972.Parágrafo único. O depósito de que trata o inciso II deverá observar as condições estabelecidas em legislação específica.Art. 5º Somente será permitido o transbordo, a baldeação, o descarregamento ou o armazenamento dos produtos:I - em recintos alfandegados, no caso das operações de que tratam o inciso I do art. 2º e o inciso II do art. 3º;II - em recintos alfandegados ou em outros locais onde se processe o despacho aduaneiro de exportação, inclusive em Recintos Especiais para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex), na hipótese das operações de que tratam o inciso II do art. 2º e o inciso I do art. 3º; eIII - em depósito sob regime aduaneiro extraordinário de exportação, no caso do inciso II do art. 4º.§ 1º Desde que os produtos destinados à exportação estejam perfeitamente identificados e separados, será permitido o transporte, no mesmo veículo, de outras mercadorias ou produtos nacionais ou nacionalizados.§ 2º No que se refere às mercadorias ou aos produtos nacionais ou nacionalizados mencionados no § 1º, quando destinados ao mercado interno, admite-se seu carregamento, transbordo, baldeação e descarregamento, inclusive fora dos recintos, locais e depósitos mencionados no caput.§ 3º Na hipótese de produtos comercializados a granel, a identificação e separação de que trata o § 1º serão verificadas apenas pela sua qualidade e quantidade, conforme constar de documento fiscal.

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Art. 6º No caso de impossibilidade de realização das operações de transbordo, baldeação, descarregamento ou armazenamento nos locais referidos no caput do art. 5º por motivo que não possa ser atribuído à ECE ou ao estabelecimento industrial, o titular da unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) com jurisdição sobre o local das operações poderá autorizar que sejam realizadas em local indicado pela ECE ou pelo estabelecimento industrial.§ 1º No local indicado pela ECE ou pelo estabelecimento industrial as operações poderão ocorrer por:I - despacho de exportação; ouII - prazo determinado, compatível com a operação.§ 2º O pedido para realização das operações de que trata este artigo deverá ser formalizado pelo representante legal da ECE ou do estabelecimento industrial, junto à unidade da RFB referida no caput, mediante a apresentação das seguintes informações:I - identificação da ECE ou do estabelecimento industrial (nome e CNPJ);II - endereço completo do local das operações;III - justificativa do pedido;IV - tipos de operações; eV - data/período das operações.§ 3º Por ocasião da realização das operações, deverão ser apresentadas à unidade da RFB referida no caput, para juntada ao pedido citado no § 2º, a relação de:I - notas fiscais referentes às operações, inclusive as de entrada, no caso de exportação feita por conta e ordem de ECE; eII - veículos de entrada e saída com a respectiva identificação.§ 4º O local indicado deverá oferecer condições adequadas para a realização das operações.§ 5º O deferimento da solicitação não impede que no mesmo local sejam realizadas operações indicadas por outras empresas em quaisquer das modalidades previstas no § 1º.§ 6º A Coordenação-Geral de Administração Aduaneira poderá estabelecer outros procedimento considerados necessários à aplicação deste artigo.Art. 7º O descumprimento do art. 5º acarretará a cobrança dos impostos e contribuições devidos, bem como a imposição das penalidades cabíveis, não se aplicando a pena de perdimento aos produtos e aos veículos que os transportarem.Parágrafo único. Aplica-se a pena de perdimento aos produtos do Capítulo 22 e aos cigarros do Código 2402.20.00 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi), aprovada pelo Decreto nº 6.006, de 28 de dezembro de 2006, destinados à exportação, por descumprimento do disposto nos arts. 4º e 5º.Art. 8º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.Art. 9º Fica revogada a Instrução Normativa RFB nº 1.094, de 6 de dezembro de 2010.CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO

MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA 323 de 11 de Setembro de 2008ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins EMENTA: COMPRA E VENDA REALIZADA NO EXTERIOR. INCIDÊNCIA. A receita decorrente de operação back to back, isto é, a compra e venda de produtos estrangeiros, realizada no exterior por empresa estabelecida no Brasil, sem que a mercadoria transite fisicamente pelo território brasileiro, não caracteriza operação de exportação e, por conseguinte, não está abrangida pela não-incidência da Cofins prevista no art. 6º da Lei nº 10.833, de 2003. BASE DE CÁLCULO. A base de cálculo da Cofins é o faturamento que corresponde o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil. Sendo assim, a base de cálculo da Cofins na operação back to back corresponde ao valor da fatura comercial emitida para o adquirente de fato (pessoa jurídica domiciliada no exterior).1.4.3. Tratamento para as Variações Cambiais Ativas e Passivas

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Desde o dia 1º de janeiro de 2.000, as Variações Cambiais dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da Taxa de Câmbio, serão consideradas, para efeito de determinação da base de cálculo do Imposto de Renda, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, da contribuição para o PIS/PASEP e COFINS, bem assim da determinação do Lucro da Exploração, quando da liquidação da correspondente operação.A empresa poderá exercer a opção de considerar as Variações Cambiais na determinação da base de cálculo de todos os tributos e contribuições, segundo o regime de competência.Esta opção aplicar-se-á a todo o ano-calendário abrangerá obrigatoriamente os tributos federais (Pis, Cofins, CSLL e IRPJ).LEGISLAÇÃODecreto 3.000/99 – Regulamento do Imposto de Renda(...)Art. 375 - Na determinação do lucro operacional deverão ser incluídas, de acordo com o regime de competência, as contrapartidas das variações monetárias, em função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis, por disposição legal ou contratual, dos direitos de crédito do contribuinte, assim como os ganhos cambiais e monetários realizados no pagamento de obrigações (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 18, Lei nº 9.249, de 1995, art. 8º).Parágrafo único. As variações monetárias de que trata este artigo serão consideradas, para efeito da legislação do imposto, como receitas ou despesas financeiras, conforme o caso (Lei nº 9.718, de 1998, art. 9º).Art. 376 - A variação do valor do Bônus do Tesouro Nacional, com cláusula de opção de resgate pela correção cambial a que se refere a Lei nº 7.777, de 1989, será computada na determinação do lucro real com base no seu valor reajustado ou, se maior, segundo a taxa cambial do dólar norte-americano em vigor na data de encerramento de cada período de apuração.Art. 377 - Na determinação do lucro operacional poderão ser deduzidas as contrapartidas de variações monetárias de obrigações e perdas cambiais e monetárias na realização de créditos, observado o disposto no parágrafo único do art. 375. (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 18, parágrafo único, Lei nº 9.249, de 1995, art. 8º).Art. 378 - Compreendem-se nas disposições dos arts. 375 e 377 as variações monetárias apuradas mediante: I - compra ou venda de moeda ou valores expressos em moeda estrangeira, desde que efetuada de acordo com a legislação sobre câmbio; II - conversão do crédito ou da obrigação para moeda nacional, ou novação dessa obrigação, ou sua extinção, total ou parcial, em virtude de capitalização, dação em pagamento, compensação, ou qualquer outro modo, desde que observadas as condições fixadas pelo Banco Central do Brasil; III - atualização dos créditos ou obrigações em moeda estrangeira, registrada em qualquer data e determinada no encerramento do período de apuração em função da taxa vigente.Lei 9.249 de 26 de dezembro de 1995(...)Art. 8º - Permanecem em vigor as normas aplicáveis às contrapartidas de variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte em função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual.Medida Provisória 2.158-35 de 24 de agosto de 2001(...)Art. 30 - A partir de 1º de janeiro de 2000, as variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio, serão consideradas, para efeito de determinação da base de cálculo do imposto de renda, da contribuição social sobre o lucro líquido, da contribuição para o PIS/PASEP e COFINS, bem assim da determinação do lucro da exploração, quando da liquidação da correspondente operação.§ 1º. À opção da pessoa jurídica, as variações monetárias poderão ser consideradas na determinação da base de cálculo de todos os tributos e contribuições referidos no caput deste artigo, segundo o regime de competência.

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§ 2º. A opção prevista no § 1º aplicar-se-á a todo o ano-calendário.§ 3º. No caso de alteração do critério de reconhecimento das variações monetárias, em anos-calendário subseqüentes, para efeito de determinação da base de cálculo dos tributos e das contribuições, serão observadas as normas expedidas pela Secretaria da Receita Federal.

Instrução Normativa RFB 1.079, de 3 de Novembro de 2010DOU de 04.11.2010

Dispõe sobre o tratamento tributário aplicável às variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte em função da taxa de câmbio.O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 261 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF 125, de 4 de março de 2009, e tendo em vista o disposto no art. 30 da Medida Provisória 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, resolve:

Art. 1º O tratamento tributário aplicável às variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio, obedecerá o disposto nesta Instrução Normativa.

CAPÍTULO IDO REGIME DE CAIXA

Art. 2º As variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio, serão consideradas, para efeito de determinação da base de cálculo do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), bem como da determinação do lucro da exploração, quando da liquidação da correspondente operação, segundo o regime de caixa.

CAPÍTULO IIDO REGIME DE COMPETÊNCIA

Art. 3º À opção da pessoa jurídica, as variações monetárias poderão ser consideradas na determinação da base de cálculo dos tributos referidos no art. 2º, segundo o regime de competência. § 1º A opção prevista no caput aplicar-se-á, de forma simultânea, a todo o ano-calendário e a todos os tributos referidos no art. 2º.§ 2º A partir do ano-calendário de 2011, o direito de optar pelo regime de competência de que trata o caput somente poderá ser exercido no mês de janeiro ou no mês do início de atividades.Art. 4º A partir do ano-calendário de 2011, a opção pelo regime de competência deverá ser comunicada à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) por intermédio da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) relativa ao mês de adoção do regime.Parágrafo único. Não será admitida DCTF retificadora, fora do prazo de sua entrega, para a comunicação de que trata o caput. Art. 5º Adotada a opção pelo regime de competência, nos termos do art. 3º, o direito de sua alteração para o regime de caixa, no decorrer do ano-calendário, é restrito aos casos em que ocorra elevada oscilação da taxa de câmbio comunicada mediante a edição de Portaria do Ministro de Estado da Fazenda.Parágrafo único. A alteração de que trata o caput deverá ser informada à RFB por intermédio da DCTF relativa ao mês subsequente ao da publicação da Portaria Ministerial que comunicar a oscilação da taxa de câmbio.

CAPÍTULO IIIDOS EFEITOS DA ALTERAÇÃO DO CRITÉRIO DE RECONHECIMENTO DAS VARIAÇÕES

MONETÁRIAS DE UM ANO-CALENDÁRIO PARA OUTROArt. 6º Na hipótese de alteração do critério de reconhecimento das variações monetárias pelo regime de caixa para o critério de reconhecimento das variações monetárias pelo regime de competência, deverão ser computadas na base de cálculo do IRPJ, da CSLL, da Contribuição para o PIS/PASEP e da Cofins, em 31 de dezembro do período de encerramento do ano precedente ao da opção, as variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações incorridas até essa data, inclusive as de períodos anteriores ainda não tributadas.

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Art. 7º Na hipótese de alteração do critério de reconhecimento das variações monetárias pelo regime de competência para o critério de reconhecimento das variações monetárias pelo regime de caixa, no período de apuração em que ocorrer a liquidação da operação, deverão ser computadas na base de cálculo do IRPJ, da CSLL, da Contribuição para o PIS/PASEP e da Cofins as variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações relativas ao período de 1º de janeiro do ano-calendário da opção até a data da liquidação.

CAPÍTULO IVDOS EFEITOS DA ALTERAÇÃO DO CRITÉRIO DE RECONHECIMENTO DAS VARIAÇÕES

MONETÁRIAS NO CURSO DO ANO-CALENDÁRIOArt. 8º Na hipótese de alteração do critério de reconhecimento das variações monetárias pelo regime de competência para o critério de reconhecimento das variações monetárias pelo regime de caixa no decorrer do ano-calendário, prevista no art. 5º, no momento da liquidação da operação, deverão ser computadas na base de cálculo do IRPJ, da CSLL, da Contribuição para o PIS/PASEP e da Cofins as variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações relativas ao período de 1º de janeiro do ano-calendário da alteração da opção até a data da liquidação.Parágrafo único. Ocorrendo a alteração de que trata o caput deverão ser retificadas as DCTF relativas aos meses anteriores do próprio ano-calendário.Art. 9º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.Art. 10. Fica revogado o art. 2º da Instrução Normativa SRF 345, de 28 de julho de 2003.OTACÍLIO DANTAS CARTAXO1.5. Veículos Usados (Lei 9.716/98)Quando constar no objeto social da empresa a atividade de “compra e venda de veículos automotores”, nas operações de venda de veículos usados, adquiridos para revenda, inclusive quando recebidos como parte do pagamento do preço de venda de veículos novos ou usados, na determinação da base de cálculo do PIS e da COFINS poderá ser computada a diferença entre o valor pelo qual o veículo houver sido alienado, constante de nota fiscal de venda, e o seu custo de aquisição, constante de nota fiscal de entrada (Lei 9.716/1998 art. 5º; IN SRF 152/98; Lei 10.637 de 2002, art.8º, inciso VII, alínea c e Lei 10.833 de 2003, art 10º, inciso VII, alínea c).Portanto, serão equiparadas, para efeitos tributários, como operação de consignação, as operações de revenda de veículos usados, bem assim dos recebidos como parte do preço da venda de veículos novos ou usados, desde que os contratantes preencham as condições previstas nos arts. 693 e 694 da Lei 10.406/2002 - Código Civil (contrato de comissão mercantil);Entende-se que a realização de operações em consignação por comissão (contratos de comissão, arts. 693 a 709 - Código Civil Lei 10.406 de 2002), não configuram, para efeitos tributários, atividades de intermediação de negócios.A empresa deverá providenciar Nota Fiscal de Entrada e, quando da venda, de Nota Fiscal de Saída, sujeitando-se ao respectivo regime fiscal aplicável às operações de consignação.Neste caso, para efeitos tributários, a base de cálculo a ser computada será a diferença entre o valor pelo qual o veículo usado houver sido alienado e o seu custo de aquisição, constante da nota fiscal de entrada. Este tratamento será considerado para efeitos do IRPJ, CSLL, PIS e COFINS e SIMPLES, independentemente dos documentos fiscais emitidos.SOLUÇÃO DE CONSULTA 76 de 18 de Outubro de 2011 ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ EMENTA: LUCRO PRESUMIDO. COMPRA E VENDA DE VEÍCULOS USADOS. EQUIPARAÇÃO A OPERAÇÕES DE CONSIGNAÇÃO. Para efeito de determinação da base de cálculo do imposto de renda devido pelas pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido que tenham como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores, considera-se receita bruta das operações de venda de veículos usados, adquiridos para revenda, inclusive quando recebidos como parte do preço da venda de veículos novos ou usados, a diferença entre o valor de alienação e o custo de aquisição do veículo.

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Sobre essa receita bruta, auferida no período de apuração, aplica-se o percentual de 32% (trinta e dois por cento).SOLUÇÃO DE CONSULTA 104 de 03 de Novembro de 2011 ASSUNTO: Simples Nacional EMENTA: VENDA DE VEÍCULOS USADOS. A atividade de compra e venda de veículos usados nas operações de conta própria cuja receita bruta é o produto da venda, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, tributada na forma do Anexo I da LC nº 123, de 2006, permite a opção pelo Simples Nacional. Inaplicável a equiparação do art. 5º da Lei nº 9.716, de 1998, para fins de Simples Nacional. A prestação de serviços de intermediação na compra e venda de veículos usados veda a opção pelo Simples Nacional, nos termos do inciso XI do art. 17 da LC nº 123, de 2006. A venda de veículos em consignação, mediante contrato de comissão ou contrato estimatório, é feita em nome próprio, motivo pelo qual a atividade não caracteriza a intermediação de negócios vedada pelo art. 17, inciso XI, da LC nº 123, de 2006. Assim, a referida atividade permite o ingresso no Simples Nacional, desde que observadas as demais vedações previstas na mencionada Lei Complementar. No contrato de comissão (arts. 693 a 709 do Código Civil), a receita bruta (base de cálculo) é a comissão, tributada pelo Anexo III da LC nº 123, de 2006. No contrato estimatório (arts. 534 a 537 do Código Civil), a receita bruta (base de cálculo) é o produto da venda a terceiros de veículos usados recebidos em consignação, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, tributada pelo Anexo I da LC nº 123, de 2006. Para fins de verificação dos limites de enquadramento como microempresa - ME e empresa de pequeno porte - EPP, o conceito de receita bruta a ser considerado é o mesmo que o utilizado na determinação da base de cálculo do valor devido pelo Simples Nacional, conforme definido para cada uma das formas de exploração da atividade de comercialização de veículos usados.SOLUÇÃO DE CONSULTA 78 de 20 de Outubro de 2011 ASSUNTO: Simples Nacional EMENTA: RECEITA BRUTA. COMPRA E VENDA DE VEÍCULOS USADOS. Na comercialização de veículos usados em operações em conta própria, considera-se receita bruta o produto da venda de veículos usados, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, tributada na forma do Anexo I da Lei Complementar nº 123, de 2006. A prestação de serviços de intermediação na compra e venda de veículos usados veda a opção pelo Simples Nacional. Na hipótese de exercício dessa atividade deve ser procedida a exclusão obrigatória desse regime especial de tributação, conforme o inciso II do art. 30 da referida lei complementar. A venda de veículos usados em consignação, mediante contrato de comissão ou contrato estimatório, é realizada em nome próprio, razão pela qual essa atividade não caracteriza a intermediação de negócio, que vedaria a opção pelo Simples Nacional. A venda de veículos usados mediante contrato de comissão tem por objeto o serviço do comissário, remunerado mediante o pagamento de uma comissão. Nesse caso, a receita bruta é a comissão, tributada pelo Anexo III da Lei Complementar nº 123, de 2006. Na venda de veículos usados mediante contrato estimatório, a receita bruta é o produto da venda a terceiros dos bens recebidos em consignação, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, tributada pelo Anexo I da Lei Complementar nº 123, de 2006.Lei 10.406/2002 – Código Civil(...)Da ComissãoArt. 693 - O contrato de comissão tem por objeto a aquisição ou a venda de bens pelo comissário, em seu próprio nome, à conta do comitente.Art. 694 - O comissário fica diretamente obrigado para com as pessoas com quem contratar, sem que estas tenham ação contra o comitente, nem este contra elas, salvo se o comissário ceder seus direitos a qualquer das partes. Art. 695 - O comissário é obrigado a agir de conformidade com as ordens e instruções do comitente, devendo, na falta destas, não podendo pedi-las a tempo, proceder segundo os usos em casos semelhantes.

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Parágrafo único. Ter-se-ão por justificados os atos do comissário, se deles houver resultado vantagem para o comitente, e ainda no caso em que, não admitindo demora a realização do negócio, o comissário agiu de acordo com os usos.Art. 696 - No desempenho das suas incumbências o comissário é obrigado a agir com cuidado e diligência, não só para evitar qualquer prejuízo ao comitente, mas ainda para lhe proporcionar o lucro que razoavelmente se podia esperar do negócio. Parágrafo único. Responderá o comissário, salvo motivo de força maior, por qualquer prejuízo que, por ação ou omissão, ocasionar ao comitente.Art. 697 - O comissário não responde pela insolvência das pessoas com quem tratar, exceto em caso de culpa e no do artigo seguinte. Art. 698 - Se do contrato de comissão constar a cláusula del credere, responderá o comissário solidariamente com as pessoas com que houver tratado em nome do comitente, caso em que, salvo estipulação em contrário, o comissário tem direito a remuneração mais elevada, para compensar o ônus assumido. Art. 699 - Presume-se o comissário autorizado a conceder dilação do prazo para pagamento, na conformidade dos usos do lugar onde se realizar o negócio, se não houver instruções diversas do comitente.Art. 700 - Se houver instruções do comitente proibindo prorrogação de prazos para pagamento, ou se esta não for conforme os usos locais, poderá o comitente exigir que o comissário pague incontinenti ou responda pelas conseqüências da dilação concedida, procedendo-se de igual modo se o comissário não der ciência ao comitente dos prazos concedidos e de quem é seu beneficiário.Art. 701 - Não estipulada a remuneração devida ao comissário, será ela arbitrada segundo os usos correntes no lugar. Art. 702 - No caso de morte do comissário, ou, quando, por motivo de força maior, não puder concluir o negócio, será devida pelo comitente uma remuneração proporcional aos trabalhos realizados. Art. 703 - Ainda que tenha dado motivo à dispensa, terá o comissário direito a ser remunerado pelos serviços úteis prestados ao comitente, ressalvado a este o direito de exigir daquele os prejuízos sofridos. Art. 704 - Salvo disposição em contrário, pode o comitente, a qualquer tempo, alterar as instruções dadas ao comissário, entendendo-se por elas regidos também os negócios pendentes. Art. 705 - Se o comissário for despedido sem justa causa, terá direito a ser remunerado pelos trabalhos prestados, bem como a ser ressarcido pelas perdas e danos resultantes de sua dispensa. Art. 706 - O comitente e o comissário são obrigados a pagar juros um ao outro; o primeiro pelo que o comissário houver adiantado para cumprimento de suas ordens; e o segundo pela mora na entrega dos fundos que pertencerem ao comitente. Art. 707 - O crédito do comissário, relativo a comissões e despesas feitas, goza de privilégio geral, no caso de falência ou insolvência do comitente. Art. 708 - Para reembolso das despesas feitas, bem como para recebimento das comissões devidas, tem o comissário direito de retenção sobre os bens e valores em seu poder em virtude da comissão. Art. 709 - São aplicáveis à comissão, no que couber, as regras sobre mandato.

Lei 9.716, de 26 de novembro de 1998 Dou de 27/11/98(...)Art. 5º As pessoas jurídicas que tenham como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores poderão equiparar, para efeitos tributários, como operação de consignação, as operações de venda de veículos usados, adquiridos para revenda, bem assim dos recebidos como parte do preço da venda de veículos novos ou usados.

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Parágrafo único. Os veículos usados, referidos neste artigo, serão objeto de Nota Fiscal de Entrada e, quando da venda, de Nota Fiscal de Saída, sujeitando-se ao respectivo regime fiscal aplicável às operações de consignação.Instrução Normativa SRF 152, de 16 de dezembro de 1998 DOU de 17/12/1998Dispõe sobre a determinação da base de cálculo de tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, relativamente às operações com veículos usados,O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto no art. 5° da Lei n° 9.716, de 26 de novembro de 1998, resolve:Art. 1° A pessoa jurídica sujeita à tributação pelo imposto de renda com base no lucro real, presumido ou arbitrado, que tenha como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores, deverá observar, quanto à apuração da base de cálculo dos tributos e contribuições de competência da União, administrados pela Secretaria da Receita Federal – SRF, o disposto nesta Instrução Normativa.Art. 2° Nas operações de venda de veículos usados, adquiridos para revenda, inclusive quando recebidos como parte do pagamento do preço de venda de veículos novos ou usados, o valor a ser computado na determinação mensal das bases de cálculo do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido, pagos por estimativa, da contribuição para o PIS/PASEP e da contribuição para o financiamento da seguridade social - COFINS será apurado segundo o regime aplicável às operações de consignação.§ 1° Na determinação das bases de cálculo de que trata este artigo será computada a diferença entre o valor pelo qual o veículo usado houver sido alienado, constante da nota fiscal de venda, e o seu custo de aquisição, constante da nota fiscal de entrada. § 2° O custo de aquisição de veículo usado, nas operações de que trata esta Instrução Normativa, é o preço ajustado entre as partes.Art. 3° A pessoa jurídica deverá manter em boa guarda, à disposição da Secretaria da Receita Federal, os demonstrativos de apuração das bases de cálculo a que se refere o artigo anterior.Art. 4° As disposições desta Instrução Normativa aplicam-se exclusivamente para efeitos tributários. Art. 5° Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se aos fatos geradores ocorridos a partir de 30 de outubro de 1998. EVERARDO MACIELInstrução Normativa SRF 247, de 21 de novembro de 2002 DOU de 26.11.2002Dispõe sobre a Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins, devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado em geral.(...)Faturamento e Receita BrutaArt.10. As pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, observado o disposto no art. 9º, têm como base de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins o valor do faturamento, que corresponde à receita bruta, assim entendida a totalidade das receitas auferidas, independentemente da atividade por elas exercidas e da classificação contábil adotada para a escrituração das receitas.(...)§ 4º A pessoa jurídica que tenha como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores deve apurar o valor da base de cálculo nas operações de venda de veículos usados adquiridos para revenda, inclusive quando recebidos como parte do pagamento do preço de venda de veículos novos ou usados, segundo o regime aplicável às operações de consignação. § 5o Na determinação da base de cálculo de que trata o § 4º será computada a diferença entre o valor pelo qual o veículo usado houver sido alienado, constante da nota fiscal de venda, e o seu custo de aquisição, constante da nota fiscal de entrada. § 6o O custo de aquisição de veículo usado, nas operações de que tratam os §§ 4º e 5º, é o preço ajustado entre as partes.(...)Art. 108. Ficam formalmente revogados, sem interrupção de sua força normativa:(...)

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V – o disposto nas Instruções Normativas SRF nº 104, de 24 de agosto de 1998, e nº 152, de 16 de dezembro de 1998, quanto à determinação das bases de cálculo da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.ESCLARECIMENTOS DA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL BOLETIM RECEITA FEDERAL 32/2003 (não publicado no DOU) Dispõe sobre a compra e venda de veículos usados.EQUIPARAÇÃO A OPERAÇÕES DE CONSIGNAÇÃO. EFEITOS TRIBUTÁRIOS:a) Na determinação das bases de cálculo estimadas, presumidas ou arbitradas do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, das bases estimadas da CSLL ou das bases da CSLL das empresas sem escrituração comercial, e das bases de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, pelas pessoas jurídicas que tenham como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores, a receita bruta das operações de venda de veículos usados, adquiridos para revenda, bem assim dos recebidos como parte do preço da venda de veículos novos ou usados, como sendo a diferença entre o valor de alienação e o custo de aquisição do citado veículo.b) Na determinação das bases de cálculo estimada ou presumida do Imposto de Renda, aplica-se, sobre a receita bruta definida nos termos acima, auferida no período de apuração, o percentual de 32% (trinta e dois por cento), previsto no art. 15, § 1, III, "a", da Lei 9.249, 1995, observado o disposto nos arts. 1, 2 e 25 da Lei 9.430, de 1996, bem assim nos arts. 31 a 32, 34 e 35 da Lei 8.981, de 1995, com as alterações da Lei 9.065, de 1995.c) As pessoas jurídicas, objeto da equiparação, cuja receita bruta anual, calculada nos termos do item "a" acima, seja de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), determinarão as bases de cálculo estimada ou presumida do Imposto de Renda mediante a aplicação do percentual de 16% (dezesseis por cento) sobre a receita bruta, auferida no período de apuração, conforme art. 40 da Lei 9.250, de 1995, e art. 1 da Lei 9.430, de 1996. As pessoas jurídicas, aqui equiparadas, que efetuarem o pagamento mensal do Imposto de Renda com base em estimativa (arts. 27 e 29 a 34 da Lei 8.981, de 1995), ou que estejam desobrigadas de escrituração contábil (lucro presumido ou arbitrado), determinarão a base de cálculo da CSLL mediante a aplicação do percentual de 12 % (doze por cento) sobre a receita bruta, definida nos termos do item "a" acima, auferida em cada mês do ano-calendário, para os fatos geradores ocorridos até 30 de agosto de 2003; para os fatos geradores ocorridos a partir de 1 de setembro de 2003, o percentual passa a ser de 32 % (trinta e dois por cento) (art. 20 da Lei 9.249, de 1995, arts. 29 e 30 da Lei 9.430, de 1996, e arts. 22 e 29, III, da Lei 10.684, de 30 de maio de 2003, publicada no DOU de 31.05.2003).d) É facultado às pessoas jurídicas que realizem operações em consignação por comissão (contratos de comissão, arts. 693 a 709, do Novo Código Civil, Lei 10.406, de 2002), e as a elas equiparadas, o ingresso no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples), por não configurarem estas atividades mera intermediação de negócios (art. 9, inciso XIII, da Lei 9.317, de 1996).SOLUÇÃO DE CONSULTA 133 de 25 de Agosto de 2006 ASSUNTO: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - Simples EMENTA: Simples. COMPRA E VENDA DE VEÍCULOS USADOS. EQUIPARAÇÃO A OPERAÇÕES DE CONSIGNAÇÃO. BASE DE CÁLCULO. A pessoa jurídica que tenha como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores, e comercialize-os sob consignação, pode aderir ao Simples, desde que os contratantes preencham as condições previstas nos arts. 693 e 694 do Novo Código Civil (contrato de comissão mercantil) e demais exigências da legislação tributária. Nesse caso, a base de cálculo do valor relativo ao recolhimento unificado dos impostos e contribuições sociais abrangidos pelo Simples é a diferença verificada entre o preço de venda destacado em nota fiscal e o custo de aquisição constante da nota fiscal de entrada.SOLUÇÃO DE CONSULTA SRF 04 - SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL/6ª REGIÃO FISCAL, DE 08 DE JANEIRO DE 2004.

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ASSUNTO: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - Simples EMENTA: Simples. Opção. Possibilidade. Venda de veículos sob consignação. Base de cálculo dos pagamentos. Empresas que vendem veículos sob consignação podem aderir ao Simples, desde que atendidas as demais exigências da legislação de regência. A receita bruta da venda de veículos sob consignação integra a base de cálculo dos pagamentos pela sistemática do Simples. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei 9.317/1996, arts. 5º e 9º, inciso XIII; Parecer Cosit 45/2003, item 47. FRANCISCO PAWLOW - Chefe Disit/SRRF06SOLUÇÃO DE CONSULTA 559 de 07 de Dezembro de 2007 ASSUNTO: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - Simples EMENTA: As pessoas jurídicas que realizam operações em consignação por comissão (arts. 693 a 709 do Código Civil) podem optar pelo Simples. Para efeito do pagamento devido mensalmente por empresa optante pelo Simples, considera-se receita bruta: a) na operação de compra e venda de veículos usados, o produto da venda desses veículos, excluídas apenas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, b) na operação em consignação por comissão (arts. 693 a 709 do CC), o preço dos serviços prestados. SOLUÇÃO DE CONSULTA 133 de 25 de Agosto de 2006 ASSUNTO: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - Simples EMENTA: Simples. COMPRA E VENDA DE VEÍCULOS USADOS. EQUIPARAÇÃO A OPERAÇÕES DE CONSIGNAÇÃO. BASE DE CÁLCULO. A pessoa jurídica que tenha como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores, e comercialize-os sob consignação, pode aderir ao Simples, desde que os contratantes preencham as condições previstas nos arts. 693 e 694 do Novo Código Civil (contrato de comissão mercantil) e demais exigências da legislação tributária. Nesse caso, a base de cálculo do valor relativo ao recolhimento unificado dos impostos e contribuições sociais abrangidos pelo Simples é a diferença verificada entre o preço de venda destacado em nota fiscal e o custo de aquisição constante da nota fiscal de entrada. SOLUÇÃO DE CONSULTA 26 de 09 de Fevereiro de 2006 ASSUNTO: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - Simples EMENTA: Simples. Opção. Possibilidade. Venda de veículos sob consignação. A pessoa jurídica que tenha como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores, e comercialize-os sob consignação, pode aderir ao Simples, desde que os contratantes preencham as condições previstas nos arts. 693 e 694 do Novo Código Civil e demais exigências da legislação tributária. SOLUÇÃO DE CONSULTA 19 de 03 de Fevereiro de 2009 ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep EMENTA: REVENDA DE VEÍCULOS USADOS. BASE DE CÁLCULO. COLHEITADEIRAS. CONCEITO. Incluem-se no conceito de veículo automotor para os efeitos do contido no art. 5º da Lei nº 9.716, de 1998, as colheitadeiras agrícolas dotadas de sistema de autopropulsão.1.6. Construção Por EmpreitadaNo caso de construção por empreitada ou de fornecimento a preço predeterminado de bens ou serviços, contratados por pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou suas subsidiárias, o pagamento do PIS e da COFINS poderá ser diferido, pelo contratado, até a data do recebimento do preço.A utilização deste tratamento tributário é facultado ao subempreiteiro ou subcontratado, na hipótese de subcontratação parcial ou total da empreitada ou do fornecimento.Lei 9.718, de 27 de novembro de 1998(...)Art. 7º No caso de construção por empreitada ou de fornecimento a preço predeterminado de bens ou serviços, contratados por pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou suas subsidiárias, o pagamento das contribuições de que trata

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o art. 2º desta Medida Provisória poderá ser diferido, pelo contratado, até a data do recebimento do preço.Parágrafo único. A utilização do tratamento tributário previsto no caput deste artigo é facultada ao subempreiteiro ou subcontratado, na hipótese de subcontratação parcial ou total da empreitada ou do fornecimento.1.7. Alíquota/Forma/Prazo/Código - Regime Cumulativo (Lei 11.933/2009)As alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, no Regime de Incidência Cumulativa, são, respectivamente, de 0,65% e de 3%, com exceção das alíquotas diferenciadas (regime monofásico, substituição tributária...).A apuração e o pagamento do PIS/Pasep e da Cofins serão efetuados mensalmente, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica. O pagamento deverá ser efetuado até o dia 25 do mês subseqüente ao de ocorrênciados fatos geradores.O pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, com a incidência cumulativa, será efetuado sob os códigos de receita 8109 e 2172.Lei 11.933, de 28.04.2009 - DOU de 29.04.2009 -Altera a Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, as Leis nºs 10.637, de 30 de dezembro de 2002, 10.833, de 29 de dezembro de 2003, 8.383, de 30 de dezembro de 1991, 11.196, de 21 de novembro de 2005, 8.212, de 24 de julho de 1991, 10.666, de 8 de maio de 2003, e 11.907, de 2 de fevereiro de 2009; revoga dispositivos das Leis nºs 11.033, de 21 de dezembro de 2004, 11.488, de 15 de junho de 2007, e 8.850, de 28 de janeiro de 1994, para alterar o prazo de pagamento dos impostos e contribuições federais que especifica, reduzir a base de cálculo da contribuição do produtor rural na venda dos produtos que especifica e efetuar ajustes na tributação do cigarro; e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º O art. 18 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, passa a vigorar com a seguinte redação:"Art. 18. O pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS deverá ser efetuado:I - até o 20º (vigésimo) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, pelas pessoasjurídicas referidas no § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; eII - até o 25º (vigésimo quinto) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, pelas demais pessoas jurídicas.Parágrafo único. Se o dia do vencimento de que trata este artigo não for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder." (NR)Art. 2º O art. 10 da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação:"Art. 10. A contribuição de que trata o art. 1º desta Lei deverá ser paga até o 25º (vigésimo quinto) dia do mês subsequente ao de ocorrência do fato gerador.Parágrafo único. Se o dia do vencimento de que trata o caput deste artigo não for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder." (NR)Art. 3º O art. 11 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, passa a vigorar com a seguinte redação:"Art. 11. A contribuição de que trata o art. 1º desta Lei deverá ser paga até o 25º (vigésimo quinto) dia do mês subsequente ao de ocorrência do fato gerador.Parágrafo único. Se o dia do vencimento de que trata o caput deste artigo não for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder." (NR)Art. 4º O art. 52 da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, passa a vigorar com a seguinte redação:"Art. 52. ....I - ....

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a) no caso dos produtos classificados no código 2402.20.00, da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM, até o 10º (décimo) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, observado o disposto no § 4º deste artigo;....c) no caso dos demais produtos, até o 25º (vigésimo quinto) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, pelas demais pessoas jurídicas, observado o disposto no § 4º deste artigo;....§ 4º Se o dia do vencimento de que tratam as alíneas a e c do inciso I do caput deste artigo não for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder." (NR)EXEMPLOAgenda Tributária para o mês de Novembro de 2012DATA: 20/11/2012

PIS/Pasep Contribuição para o PIS/Pasep - FINANCEIRAS

DARF

Prazo final para pagamento do PIS/Pasep a seguir relacionado, referente ao mês de Outubro/2012.

  Entidades financeiras e equiparadas 4574COFINS Contribuição para o Financiamento

da Seguridade Social –COFINS - FINANCEIRAS

DARF

Prazo final para pagamento da COFINS a seguir relacionadas, referente ao mês de Outubro/2012.

  Entidades financeiras e equiparadas 7987

DATA: 23/11/2012PIS/Pasep Contribuição para o PIS/Pasep DARF

Prazo final para pagamento do PIS/Pasep a seguir relacionado, referente ao mês de Outubro/2012.

  Faturamento 8109  Folha de salários 8301  Pessoa jurídica de direito público 3703  Fabricantes/Importadores de veículos

em substituição tributária8496

  Combustíveis 6824  PIS Não-cumulativo (Lei 10.637/2002) 6912  PIS/PASEP venda para ZFM

(substituição tributária)1921

  Cervejas - Regime Especial de Tributação previsto no art. 58-J da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003

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  Demais bebidas - Regime Especial de Tributação previsto no art. 58-J da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003

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 Álcool - Regime Especial de Apuração

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e Pagamento previsto no §º 4º do art. 5º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998

COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS

DARF

Prazo final para pagamento da COFINS a seguir relacionadas, referente ao mês de Outubro/2012.

  Demais Entidades 2172  Fabricantes/Importadores de veículos

em substituição tributária8645

  Combustíveis 6840  COFINS Não-cumulativa (Lei

10.833/2003)5856

  COFINS venda para ZFM (substituição tributária)

1840

  Cervejas - Regime Especial de Tributação previsto no art. 58-J da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003

760

  Demais bebidas - Regime Especial de Tributação previsto no art. 58-J da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003

776

  Álcool - Regime Especial de Apuração e Pagamento previsto no §º 4º do art. 5º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998

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1.8. Pis e Cofins Retidos na Fonte Os valores relativos ao Pis e a Cofins que foram objeto de retenção na fonte pagadora poderão ser compensados pela beneficiária do rendimento, por ocasião do final do período base mensal. Os valores retidos são tratados como antecipação do devido pela empresa.1.8.1. Espécies de Retençõesa) PIS/Cofins Retida na Fonte por Órgãos, Autarquias Fundações Federais (Lei 9.430/1996, art. 64) Ver Quadro de Incidências na Nota Abaixo Contribuição para o PIS/Pasep/Cofins retida por órgãos públicos, autarquias e fundações federais quando dos pagamentos relativos ao fornecimento de bens ou serviços (IN SRF 1.234 de 2012). b) PIS/Cofins Retida pelas Demais Entidades da Administração Pública Federal (Lei 10.833/2003, art. 34) Ver Quadro de Incidências na Nota Abaixo Contribuição para o PIS/Pasep/Cofins retida pelas empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto, e que dela recebam recursos do Tesouro Nacional e estejam obrigadas a registrar sua execução orçamentária e financeira na modalidade total no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), quando dos pagamentos relativos ao fornecimento de bens ou serviços (IN SRF 1.234 de 2012). c) PIS/Cofins Retida na Fonte por Pessoas Jurídicas de Direito Privado (Lei 10.833/2003, art. 30) Contribuição para o PIS/Pasep/Cofins retida por pessoas jurídicas de direito privado, quando dos pagamentos relativos à prestação de serviços (IN SRF 459, de 18 de outubro de 2004).d) PIS/Cofins Retida na Fonte por Órgãos, Autarquias e Fundações dos Estados, Distrito Federal e Municípios (Lei 10.833/2003, art. 33)

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Contribuição para o PIS/Pasep/Cofins retida pelos Estados, Distrito Federal e Municípios quando dos pagamentos efetuados por órgãos, autarquias e fundações das suas respectivas administrações públicas, pelo fornecimento de bens ou pela prestação de serviços (IN SRF 475, de 6 de dezembro de 2004).e) PIS/Cofins Retida na Fonte por Sociedade Cooperativa Contribuição para o PIS/Pasep/Cofins retida por (art. 66 da Lei 9.430, de 1996, c/c o art 16 da MP 2.158-35/2001): - cooperativas de venda em comum ou de produção que se dedicam a vendas em comum, referidas no art. 82 da Lei 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que recebam para comercialização a produção de suas associadas; e - sociedades cooperativas que realizarem repasse de valores a pessoa jurídica associada, decorrentes da comercialização de produto por ela entregue à cooperativa.f) PIS/Cofins Retida na Fonte por Fabricantes de Veículos e Máquinas (Lei 10.485/2002, art. 3º, § 3º) Pessoa Jurídica fornecedora das autopeças relacionadas nos Anexos I e II da Lei 10.485, de 2002, compensa o valor da contribuição para o PIS/Pasep/Cofins retida: - por pessoa jurídica fabricante das máquinas e veículos classificados nos códigos 84.29, 8432.40.00, 8432.80.00, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5 e 87.01 a 87.06, todos da Tipi, quando dos pagamentos a elas efetuados por esta àquela; e - por pessoa jurídica fabricante de peças, componentes ou conjuntos destinados as máquinas e veículos classificados nos códigos 84.29, 8432.40.00, 8432.80.00, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5 e 87.01 a 87.06, todos da Tipi, quando dos pagamentos a elas efetuados por esta àquela (art. 42 da Lei 11.196, de 2005). NOTAInstrução Normativa RFB 1.234, de 11 de janeiro de 2012 DOU de 12.1.2012Dispõe sobre a retenção de tributos nos pagamentos efetuados pelos órgãos da administração pública federal direta, autarquias e fundações federais, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais pessoas jurídicas que menciona a outras pessoas jurídicas pelo fornecimento de bens e serviços.A SECRETÁRIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, SUBSTITUTA, , no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 273 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 587, de 21 de dezembro de 2010, e tendo em vista o disposto no art. 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, no art. 64 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e nos arts. 34 e 35 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, no art. 39 da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, no art. 3º da Lei nº 11.116, de 18 de maio de 2005, no art. 74 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, e no inciso III do § 1º do art. 4º do Decreto nº 5.297, de 6 de dezembro de 2004, resolve:

ANEXO ITABELA DE ALÍQUOTAS

NATUREZA DO BEM FORNECIDO OU DO SERVIÇO

PRESTADO

ALÍQUOTAS PERCENTUAL A SER APLICADO

CÓDIGO DA

RECEITAIR CSLL COFINS PIS/PASEP

Alimentação;

1,2 1 3 0,65 5,85 6147

Energia elétrica;Serviços prestados com emprego de materiais;

Construção Civil por empreitada com emprego de materiais;

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Serviços hospitalares de que trata o art. 30;

Serviços de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologica, medicina nuclear e análises e patologias clínicas de que trata o art. 31.

Transporte de cargas, exceto os relacionados no código 8767;

Produtos farmacêuticos, de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal adquiridos de produtor, importador, distribuidor ou varejista, exceto os relacionados no código 8767; e

Mercadorias e bens em geral.Gasolina, inclusive de aviação, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP), combustíveis derivados de petróleo ou de gás natural, querosene de aviação (QAV), e demais produtos derivados de petróleo, adquiridos de refinarias de petróleo, de demais produtores, de importadores, de distribuidor ou varejista, pelos

0,2 1 3 0,65 4,89 9060

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órgãos da administração pública de que trata o caput do art. 19;Álcool etílico hidratado, inclusive para fins carburantes, adquirido diretamente de produtor, importador ou distribuidor de que trata o art. 20;Biodiesel adquirido de produtor ou importador, de que trata o art. 21.Gasolina, exceto gasolina de aviação, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP), derivados de petróleo ou de gás natural e querosene de aviação adquiridos de distribuidores e comerciantes varejistas;

0,2 1 0 0 1,24 8739

Álcool etílico hidratado nacional, inclusive para fins carburantes adquirido de comerciante varejista;

Biodiesel adquirido de distribuidores e comerciantes varejistas;

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Biodiesel adquirido de produtor detentor regular do selo “Combustível Social”, fabricado a partir de mamona ou fruto, caroço ou amêndoa de palma produzidos nas regiões norte e nordeste e no semi-árido, por agricultor familiar enquadrado no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Transporte internacional de cargas efetuado por empresas nacionais;

1,2 1 0 0 2,2 8767

Estaleiros navais brasileiros nas atividades de construção, conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações pré-registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro (REB), instituído pela Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997;

Produtos farmacêuticos, de perfumaria, de toucador e de higiene pessoal a que se refere o § 1º do art. 22 , adquiridos de distribuidores e de comerciantes varejistas;

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Produtos a que se refere o § 2º do art. 22;

Produtos de que tratam as alíneas “c” a “k”do inciso I do art. 5º;

Outros produtos ou serviços beneficiados com isenção, não incidência ou alíquotas zero da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no § 5º do art. 2º.

Passagens aéreas, rodoviárias e demais serviços de transporte de passageiros, inclusive, tarifa de embarque, exceto as relacionadas no código 8850.

2,4 1 3 0,65 7,05 6175Transporte internacional de passageiros efetuado por empresas nacionais. 2,4 1 0 0 3,4 8850Serviços prestados por associações profissionais ou assemelhadas e cooperativas. 0 1 3 0,65 4,65 8863

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Serviços prestados por bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades abertas de previdência complementar;

2,4 1 3 0,65 7,05 6188Seguro saúde.Serviços de abastecimento de água;

4,8 1 3 0,65 9,45 6190

Telefone;Correio e telégrafos;Vigilância;Limpeza;Locação de mão de obra;Intermediação de negócios;Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza;

Factoring;

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Plano de saúde humano, veterinário ou odontológico com valores fixos por servidor, por empregado ou por animal;

Demais serviços.

1.9. PrescriçãoA prescrição do PIS/PASEP e da COFINS ocorrerá em 5 anos contados a partir da data do recolhimento. Portanto, a documentação que der origem ao cálculo, bem como os comprovantes de pagamento deverão ser conservados por igual tempo.O Supremo Tribunal Federal editou a Súmula Vinculante 08 (16/06/2008):“São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-lei 1.569/77 e art. 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição/decadência de crédito tributário”.

Súmula, em sentido genérico, como define DE PLÁCIDO E SILVA é “o que de modo abreviadíssimo explica o teor, ou o conteúdo integral de alguma coisa. Assim, a súmula de uma sentença, de um acórdão, é o resumo, ou a própria ementa da sentença ou do acórdão“. Em sentido específico, é “o resultado do julgamento tomado pelo voto da maioria absoluta dos membros que integram o tribunal, condensado em enunciado que constituirá precedente na uniformização da jurisprudência do próprio órgão“.1.10. Quadros Das Receitas1.10.1. Receita Bruta Mensal no Regime CumulativoO PIS/Pasep e a COFINS, no regime cumulativo, incidem sobre o Faturamento Mensal, que corresponde à receita bruta, ou seja, somente aquela receita que esta prevista no objeto social da empresa, sendo apresentada da seguinte forma:Faturamento Mensal (objeto social)(-) Vendas Canceladas ou Devolvidas (Lei 9.718/98, art. 3º, § 2º, i)(-) IPI (Lei 9.718/98, art. 3º, § 2º, i)(-) Descontos Incondicionais concedidos (Lei 9.718/98, art. 3º, § 2º, i)(-) ICMS - Substituição Tributária (Lei 9.718/98, art. 3º, § 2º, i)1.10.2. Receitas Não Tributadas no Regime Cumulativo- Rendimentos de Aplicações Financeiras (Renda Fixa ou Variável)- Juros ativos (receitas financeiras);- Variações Monetárias Ativas (AD SRF 73/99) (receitas financeiras);- Variações Cambiais Ativas (opção pelo regime de liquidação) (receitas financeiras);- Juros sobre o Patrimônio Líquido recebido (receitas financeiras);- Aluguéis Recebidos quando não for objeto social;- Reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem receitas (Lei 9.718/98, art.3º, § 2º, ii; Lei 9.701/98, art. 1º, i; MP 2.158-35 art. 2º);- Resultado positivo de equivalência patrimonial (Lei 9718/98, art.3º, § 2º; Lei 9701/98, art.1º; MP 2158-35 art. 2º);- Lucros e dividendos de investimento avaliado ao custo (Lei 9.718/98, art.3º, § 2º, ii; Lei 9.701/98, art. 1º, i; MP 2.158-35 art. 2º);- Receita da venda de bens do Ativo Investimento, Imobilizado e Intangível (Lei 9.718/98, art.3º, § 2º, iv);- Repasse oriundo do orçamento geral, a empresas públicas e sociedade de economia mista (MP 2.158-35, art. 14);- Venda de materiais, equipamentos e prestação de serviços à Itaipu binacional (IN SRF 247/02, art. 44, i);

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- Receitas de exportação (Lei 9.004/95; Lei 9.715/98 art. 4º; MP 2.158-35 art. 14) correspondentes:- Mercadorias para o exterior (MP 2.158-35, art. 14);Serviços prestados a PF ou Jurídica residente ou domiciliada no exterior que represente ingresso de divisas (MP 2.158-35, art. 14);Mercadoria/serviço em embarcações e aeronaves internacionais pagos em moeda conversível (MP 2158-35 art. 14);Transporte internacional de cargas/passageiros;Vendas feitas pelo produtor-vendedor às comerciais exportadoras com fim de exportação (MP 2158-35, art. 14);Vendas com fim de exportação, a empresas exportadoras, registradas na Secex (MP 2158-35, art. 14);- Receitas auferidas pelos estaleiros navais brasileiros nas atividades de construção, conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações pré-registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro REB - Lei 9.432/97 (MP 2.158-35, art. 14, VI e § 1º);- Receitas de frete de mercadorias transportadas entre o País e o exterior pelas embarcações registradas no REB, de que trata o art.11 da Lei 9.432/97 (MP 2.158-35, art.14, VII e § 1º);1.11. Esquema De Cálculo – Visão GlobalPode-se visualizar o cálculo do PIS e da COFINS no Regime Cumulativo de maneira sintética da seguinte forma:FATURAMENTO MENSAL (RECEITA BRUTA)(-)DEDUÇÕES, EXCLUSÕES, NÃO-INCIDÊNCIAS...(=) BASE DE CÁLCULO MENSAL DE PIS ou COFINS(x) ALÍQUOTA DE PIS ou COFINS(=) PIS ou COFINS APURADOS NO MÊS(-) PIS ou COFINS RETIDOS NA FONTE(=) VALOR DO PIS ou COFINS A PAGAR1.12. DACON – Regime Cumulativo

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1.13. PIS sobre a Folha de SaláriosSão contribuintes nesta modalidade as seguintes entidades:I - templos de qualquer culto;II - partidos políticos;

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III - instituições de educação e assistência social que preencham os requisitos do art. 12 da Lei 9.532/97;IV - instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações nas condições estabelecidas pelo art. 15 da Lei 9.532/97;V - sindicatos; federações e confederações;VI - serviços autônomos, criados ou autorizados por lei;VII - conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;VIII - fundações de direito privado e Fundações Públicas instituídas ou mantidas pelo Poder Público;IX - condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais;X - a Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB e as Organizações Estaduais de Cooperativas previstas no art. 105 e seu parágrafo 1º da Lei 5.764 16 de dezembro de 1971.Obs. As pessoas jurídicas sujeitas ao PIS sobre a folha de salários, não estão sujeitas à incidência sobre o faturamento (IN SRF 247/2002, art. 47). Assim, mesmo que tenham receitas sujeitas à COFINS, sobre estas não incidirá PIS Faturamento.Obs. As sociedades cooperativas, além da incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins sobre o faturamento, também apuram a Contribuição para o PIS/Pasep com base na folha de salários relativamente às operações referidas na MP 2.158-35/2001, art. 15, I a V. (IN SRF 247 de 2002, art. 33); As sociedades cooperativas de crédito e de transporte rodoviário de cargas, na apuração dos valores devidos a título de Cofins e de Contribuição para o PIS/Pasep incidente sobre o Faturamento, poderão excluir da base de cálculo os ingressos decorrentes do ato cooperativo, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 15 da Medida Provisória 2.158-35, de 2001, e demais normas relativas às cooperativas de produção agropecuária e de infra-estrutura.(Lei 11.051, de 2004, art. 30)1.13.1. Base de Cálculo do PIS Folha de SaláriosSegundo informação constante na IN SRF 247/2002, a base de cálculo do PIS sobre Folha de Salários é o total da folha de pagamento mensal dos empregados, entendido como tal, o total dos rendimentos do trabalho assalariado de qualquer natureza, tais como:- salários;- gratificações;- comissões;- adicional de função;- ajuda de custo;- aviso prévio trabalhado;- adicional de férias;- qüinqüênios;- adicional noturno;- horas extras;- 13° salário;- repouso semanal remunerado;- diárias superiores a 50% do salário.Não integram a base de cálculo do Pis Folha de Salários:- salário-família;- aviso prévio indenizado;- FGTS pago diretamente ao empregado na rescisão contratual;- indenização por dispensa, desde que dentro dos limites legais.

MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 183 de 17 de Setembro de 2012ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep EMENTA: INCIDÊNCIA SOBRE FOLHA. EBAS. ADMINISTRAÇÃO. Pagam a Contribuição para o PIS/Pasep sobre folha de salários as entidades beneficentes de assistência social (Ebas) cujos diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores não percebam

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remuneração, vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes sejam atribuídas pelos respectivos atos constitutivos. P.ex., pode um diretor receber salário de professor ou de médico, caso lecione ou exerça a medicina na instituição que dirige. Todavia, não pode ser remunerado pelo exercício de atividades de direção, gerência ou administração da entidade, na medida em que elas são de competência de outros membros da diretoria, ou por eles delegadas.

MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 36 de 19 de Julho de 2012ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep EMENTA: BASE DE CÁLCULO. FOLHA DE SALÁRIOS. PAGAMENTO A PESSOA SEM VÍNCULO EMPREGATÍCIO. NÃO INCLUSÃO. A base de cálculo da contribuição para o PIS/Pasep incidente sobre a folha de salários é o valor total da folha de pagamento mensal da remuneração paga, devida ou creditada a empregados, não se incluindo os pagamentos efetuados a pessoas sem vínculo empregatício.

MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 96 de 21 de Outubro de 2011

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep EMENTA: associação civil - folha de salários As associações que preencham as condições e requisitos do art. 15 da Lei nº 9.532/1997 são contribuintes do PIS/Pasep incidente sobre a folha de salários

MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 44 de 28 de Setembro de 2011

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep EMENTA: As instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações que preencham as condições e requisitos do art. 15 da Lei nº 9.532, de 1997, não estão sujeitas à incidência não-cumulativa da contribuição para o PIS/Pasep, visto que não são contribuintes do PIS/Pasep incidente sobre o faturamento, sujeitando-se apenas à contribuição para o PIS/Pasep na forma do art.13, inciso V, da MP nº 2.158-35, de 2001, isto é, sobre a folha de salários, à alíquota de um por cento.

MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 111 de 28 de Abril de 2011ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep EMENTA: TEMPLOS DE QUALQUER CULTO. ISENÇÃO. O templo de qualquer culto, que preencher as condições e requisitos previstos no art. 15 da Lei nº 9.532, de 1997, para o gozo de isenção do IRPJ e CSLL, é contribuinte do PIS/Pasep com base na folha de salários, à alíquota de 1% (um por cento).

MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 108 de 29 de Outubro de 2010

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep EMENTA: O Município e suas fundações públicas sujeitam-se à incidência mensal da Contribuição para o PIS/PASEP da seguinte forma: Município (Prefeitura): a base de cálculo mensal é obtida totalizando-se os valores das receitas correntes arrecadadas e das transferências correntes e de capital recebidas (incluindo-se nas receitas correntes quaisquer receitas tributárias arrecadadas pelo próprio Município ou por outra entidade da Administração Pública), e deduzindo-se o valor das transferências efetuadas às outras entidades de direito público interno (autarquias e fundações); sobre essa base de cálculo aplica-se a alíquota de

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1%; Fundações públicas municipais: aplica-se a alíquota de 1% sobre a base de cálculo, representada pelo valor mensal da sua folha de salários e que corresponde à remuneração paga, devida ou creditada.

MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 91 de 01 de Outubro de 2010ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep EMENTA: COOPERATIVAS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS. As cooperativas de transporte rodoviário de cargas poderão excluir, da base de cálculo do PIS, os valores repassados aos associados decorrentes da prestação de serviços contratados pelas cooperativas, devendo contabilizar destacadamente tais operações, comprová-las mediante documentação hábil e idônea com identificação do associado e do valor da prestação dos serviços, bem como efetuar o pagamento da contribuição do PIS incidente sobre a folha de salários.

MINISTÉRIO DA FAZENDA - SECRETARIA DA RECEITA FEDERALSUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL 8ª REGIÃO FISCAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA 253 de 21 de setembro de 2005ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins EMENTA: RECEITA DAS ATIVIDADES PRÓPRIAS. ISENÇÃO. Estarão isentas da Cofins as receitas das atividades próprias das instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos, desde que tais entidades cumpram todos os requisitos legais para gozo da isenção do IRPJ e da CSLL. A verificação desse enquadramento compete ao próprio contribuinte e independe de prévia manifestação da Secretaria da Receita Federal, não constituindo, por conseguinte, a solução de consulta instrumento declaratório dessa isenção. Entendem-se por atividades próprias aquelas que não ultrapassam a órbita dos objetivos sociais das entidades sem fins lucrativos, alcançando especialmente as receitas tipicamente auferidas, tais como: doações, contribuições, inclusive a sindical e a assistencial, mensalidades e anuidades recebidas de profissionais inscritos, de associados, de mantenedores e de colaboradores, sem caráter contraprestacional direto, destinadas ao custeio e manutenção daquelas entidades e à execução de seus objetivos estatutários.

MINISTÉRIO DA FAZENDA - SECRETARIA DA RECEITA FEDERALSUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL 10ª REGIÃO FISCAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA 90 de 31 de maio de 2005ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins EMENTA: ASSOCIAÇÃO CIVIL SEM FINS LUCRATIVOS. RECE ITA DAS ATIVIDADES PRÓPRIAS. ISENÇÃO. As instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos, somente terão as receitas de suas atividades próprias isentas da Cofins quando cumprirem todos os requisitos legais para gozo da isenção do imposto de renda das pessoas jurídicas (IRPJ) e da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL), a qual independe de prévio reconhecimento pela Secretaria da Receita Federal. Compete ao próprio contribuinte verificar o seu efetivo enquadramento no s ditames da norma isentiva, não constituindo a solução de consulta instrumento declaratório para efeito de fruição da isenção do IRPJ e da CSLL ou da Cofins. A norma exoneratória não instituiu isenção total da Cofins para as entidades a que se reporta, abrangendo tão-somente as receitas das atividades próprias dessas instituições.

MINISTÉRIO DA FAZENDA - SECRETARIA DA RECEITA FEDERALSUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL 6ª REGIÃO FISCAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA 421 de 23 de dezembro de 2004ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ EMENTA: ASSOCIAÇÕES RECREATIVAS -15 O lucro na venda de imóvel, desde que não caracterizado loteamento ou desmembramento, não corresponde a "ganho de capital auferido

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em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável", razão pela qual está isento do IRPJ, desde que a entidade cumpra os requisitos legais para o gozo da isenção.

MINISTÉRIO DA FAZENDA - SECRETARIA DA RECEITA FEDERALSUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL 9ª REGIÃO FISCAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA 243 de 18 de dezembro de 2003ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ EMENTA: O ganho de capital auferido na venda de imóvel de entidade beneficiada pela isenção de que trata o art. 15 da Lei nº 9.532/1997 não está sujeito à incidência do IRPJ.

MINISTÉRIO DA FAZENDA - SECRETARIA DA RECEITA FEDERALSUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL 6ª REGIÃO FISCAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA 181 de 08 de outubro de 2003ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins EMENTA: RECEITAS DAS ATIVIDADES PRÓPRIAS. ISENÇÃO -15 Entende-se como atividades próprias aquelas que não ultrapassam a órbita dos objetivos sociais das respectivas entidades. Estas normalmente alcançam as receitas auferidas que são típicas das entidades sem fins lucrativos, tais como: doações, contribuições de associados, de mantenedores e de colaboradores, sem caráter contraprestacional direto, destinadas ao custeio e manutenção daquelas entidades e à execução de seus objetivos estatutários. A isenção não alcança as receitas que são próprias de atividades de natureza econômico-financeira ou empresarial

MINISTÉRIO DA FAZENDA - SECRETARIA DA RECEITA FEDERALSUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL 6ª REGIÃO FISCAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA 73 de 13 de abril de 2000ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ EMENTA: ISENÇÃO. Estão isentas do IRPJ as associações civis, sem fins lucrativos, que prestem os serviços para as quais foram instituídas. A isenção não abrange os rendimentos e ganhos de capital em aplicações financeira s.

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DECISÃO 142 de 03 de junho de 1998ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins EMENTA: Incidência. Caracterização. Entidade de ensino. I - O fato gerador da COFINS é o auferimento mensal, pela pessoa jurídica, de receita advinda da venda de mercadorias ou serviços, independentemente de a entidade obter ou não lucro no exercício, bem como de haver ou não distribuição dos lucros aos administradores ou instituidores. II - Entidades, ainda que sem fins lucrativos, que prestam serviços de ensino a terceiros e deles recebem contraprestação direta p elo serviço prestado sujeitam-se à contribuição instituída pela Lei Complementar 70/91, à alíquota de 2%, calculada sobre o valor mensal das respectivas receitas auferidas.Parecer Normativo CST 162 de 197402 - IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS02.02 - PESSOAS JURÍDICAS02.02.19 - ISENÇÕESAs isenções do art. 25 do RIR (Decreto 58.400/66) referem-se a eventual lucro em atividades que se integrem nos objetivos ou finalidades da entidade, estritamente consideradas.Dúvidas vem sendo levantadas pelas entidades beneficiárias da isenção estatuída no art. 25 do RIR (Decreto 58.400/66) com relação aos ganhos provenientes de certas atividades por elas exercidas.2. Para o exato alcance da norma consubstanciada no artigo citado, deve-se atentar para o fato de que embora a natureza das atividades e o caráter dos recursos e condições em que são obtidos não estejam mencionados no dispositivo como determinantes da perda ou suspensão do benefício, é indiscutível constituírem eles elementos a serem levados em consideração pela autoridade fiscal que reconhece a isenção (RIR/66, art. 31, c, III e IV), Tendo em vista, ainda, que as isenções são outorgadas para facilitar atividades que ao Estado interessa proteger e que, no caso em exame, adquire relevo a finalidade social e a diminuta significação econômica

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das entidades favorecidas, é de se concluir que não seria logicamente razoável que elas se servissem da exceção tributária, para, em condições privilegiadas e extravasando a Órbita de seus objetivos, praticar atos de natureza econômico-financeira, concorrendo com organizações que não gozem da isenção.3. Decorre das que, por serem as isenções do artigo 25 do RIR/66 de caráter subjetivo, não podem elas, na ausência de disposição legal, abranger alguns rendimentos e deixar de fazê-lo em relação a outros da mesma beneficiária. Conclui-se que, desvirtuada a natureza das atividades ou tornados diversos o caráter dos recursos e condições de sua obtenção, elementos nos quais se lastreou a autoridade para reconhecer o direito ao gozo da isenção, deixa de atuar o favor legal.4. Algumas das dúvidas suscitadas podem ser resolvidas conforme segue.5. Eventual lucro de entidades recreativas ou esportivas, originado de exploração de bar ou restaurante no âmbito de suas dependências e para seus usuários, não se sujeita ao imposto de renda, dado que essa atividade proporciona melhores condições de desfrute e utilização das dependências da organização, integrando-se, pois, nos seus objetivos.6. De modo contrário, se uma entidade esportiva explorar linha de ônibus para transporte de associados' cobrando pelo serviço prestado, deixará de merecer a dispensa legal, pois tal operação é totalmente estranha a seus fins, além de se caracterizar como atividade de natureza essencialmente econômica.7. Sociedade religiosa que mantém, anexa ao Templo, livraria para a venda de livros religiosos, didáticos, discos com temas religiosos e artigos de papelaria, visando a divulgação do Evangelho, não terá o eventual lucro tributado. Da mesma forma o resultado da venda de dádivas ou donativos que os fiéis depositam nos altares e cofres dos Santuários, por ser esta uma forma de que se servem os ofertantes para reverenciarem o alvo de sua crença.8. O mesmo não ocorre, porém, se a associação religiosa exercer atividade de compra e venda de bens não relacionados a sua finalidade, quando então deixará de fazer jus à isenção, devendo efetuar a escrituração do modo usual como procedem os comerciantes, compridas as disposições do Decreto n° 64.567 de 22.05.69.9. Instituições filantrópicas que mantém creche, com serviços cobrados a uma parte dos usuários e atendimento gratuito aos demais, mantida a igualdade de tratamento, não serão tributadas por superávit ocorrido.10. Fundação cultural que mantém livraria para a venda de livros a alunos dos cursos por ela mantidos, ou a terceiros, não perde direito à isenção, eis que essa atividade de se identifica como meio de realização de seus fins.11. Cumpre ressaltar, todavia, ser indispensável o atendimento dos requisitos do art. 25 do RIR pelas organizações que, no gozo de isenção, obtenham resultados positivos no exercício de atividades adstritas aos fins a que se propuseram.Publicado no Diário Oficial, em 17.10.74.1.13.2. Alíquota do PIS folha de saláriosA alíquota é de 1% (sobre a base de cálculo).1.13.3. Medida Provisória 2.158-35/2001Medida Provisória 2.158-35, de 24 de agosto de 2001(...)Art. 13 A contribuição para o PIS/PASEP será determinada com base na folha de salários, à alíquota de um por cento, pelas seguintes entidades:I - templos de qualquer culto;II - partidos políticos;III - instituições de educação e de assistência social a que se refere o art. 12 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997;IV - instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações, a que se refere o art. 15 da Lei nº 9.532, de 1997;V - sindicatos, federações e confederações;VI - serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;VII - conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;

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VIII - fundações de direito privado e fundações públicas instituídas ou mantidas pelo Poder Público;IX - condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais; eX - a Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB e as Organizações Estaduais de Cooperativas previstas no art. 105 e seu § 1º da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971.(...)Art. 15. As sociedades cooperativas poderão, observado o disposto nos arts. 2º e 3º da Lei nº 9.718, de 1998, excluir da base de cálculo da COFINS e do PIS/PASEP:I - os valores repassados aos associados, decorrentes da comercialização de produto por eles entregue à cooperativa;II - as receitas de venda de bens e mercadorias a associados;III - as receitas decorrentes da prestação, aos associados, de serviços especializados, aplicáveis na atividade rural, relativos a assistência técnica, extensão rural, formação profissional e assemelhadas;IV - as receitas decorrentes do beneficiamento, armazenamento e industrialização de produção do associado;V - as receitas financeiras decorrentes de repasse de empréstimos rurais contraídos junto a instituições financeiras, até o limite dos encargos a estas devidos.§ 1º Para os fins do disposto no inciso II, a exclusão alcançará somente as receitas decorrentes da venda de bens e mercadorias vinculados diretamente à atividade econômica desenvolvida pelo associado e que seja objeto da cooperativa.§ 2º Relativamente às operações referidas nos incisos I a V do caput:I - a contribuição para o PIS/PASEP será determinada, também, de conformidade com o disposto no art. 13;II - serão contabilizadas destacadamente, pela cooperativa, e comprovadas mediante documentação hábil e idônea, com a identificação do associado, do valor da operação, da espécie do bem ou mercadorias e quantidades vendidas.Art. 16. As sociedades cooperativas que realizarem repasse de valores a pessoa jurídica associada, na hipótese prevista no inciso I do art. 15, deverão observar o disposto no art. 66 da Lei nº 9.430, de 1996.

1.13.4. SRFB - Perguntas e Respostas001 Quais são os contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep, incidente sobre a folha de salários?As seguintes entidades são contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep, incidente sobre a folha de salários:a) templos de qualquer culto;b) partidos políticos;c) instituições de educação e de assistência social que preencham as condições e requisitos do art. 12 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997;d) instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações, que preencham as condições e requisitos do art. 15 da Lei nº 9.532, de 1997;e) sindicatos, federações e confederações;f) serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;g) conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;h) fundações de direito privado;i) fundações públicas instituídas ou mantidas pelo Poder Público;j) condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais; ek) a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB);l) as Organizações Estaduais de Cooperativas previstas no art. 105 e seu § 1º da Lei nº 5.764, de 1971;m) a sociedade cooperativa de produção agropecuária que fizer uso de qualquer das deduções e exclusões da base de cálculo de que tratam os incisos I a VII do art. 11 da IN SRF nº 635, de 2006;

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n) a sociedade cooperativa de eletrificação rural que fizer uso de qualquer das exclusões da base de cálculo de que tratam os incisos I a III do caput do art. 12 da IN SRF nº 635, de 2006;o) a sociedade cooperativa de crédito que fizer uso de qualquer das exclusões da base de cálculo de que tratam os incisos I a VI do art. 15 da IN SRF nº 635, de 2006; ep) a sociedade cooperativa de transporte rodoviário de cargas que fizer uso de qualquer das exclusões da base de cálculo de que tratam os incisos I a V do art. 16 da IN SRF nº 635, de 2006.Notas:1) As entidades listadas nas letras “a” a “l” estão isentas da Cofins sobre as receitas relativas às suas atividades próprias.2) As cooperativas das letras “m” a “p”, que fizerem uso das exclusões indicadas, além de deverem a Contribuição para o PIS/Pasep, incidente sobre a folha de salários, devem recolher também a Contribuição para o PIS/Pasep,incidente sobre a receita bruta.Normativo: MP nº 2.158-35, de 2001, art. 13; IN SRF nº 247, de 2002, art. 9º; e IN SRF nº 635, de 2006, art. 11, §6º, art. 12, §3º, art. 15, §4º, art. 16, §1º e art. 28.002 Qual a base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep, incidente sobre a folha de salários?A base de cálculo é o valor total da folha de pagamento mensal da remuneração paga, devida ou creditada a empregados.Entende-se por folha de pagamento mensal o total dos rendimentos do trabalho assalariado de qualquer natureza, tais como salários, gratificações, comissões, adicional de função, ajuda de custo, aviso prévio trabalhado, adicional de férias, qüinqüênios, adicional noturno, horas extras, 13º salário, repouso semanal remunerado e diárias superiores a cinqüenta por cento do salário.Nota:Não integram a base de cálculo os valores relativos: ao salário família, ao tíquete alimentação, ao vale transporte, ao aviso prévio indenizado, as férias e licença-prêmio indenizadas, incentivo pago em decorrência de adesão a Plano de Demissão Voluntária – PDV, ao FGTS pago diretamente ao empregado decorrente de rescisão contratual e outras indenizações por dispensa, desde que dentro dos limites legais.Normativo: MP nº 2.158, de 2001, art. 13, caput;Decreto nº 4.524, de 2002, art. 72; IN SRF nº 247, de 2002, art. 51; e IN SRF nº 635, de 2006, art. 31.

FONTE: LEFISC .

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