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Escala, padrões e processos Pós-Graduação em Ecologia de Ecotonos UFT Fernando M. Pelicice

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Page 1: 7 escala

Escala, padrões e processos

Pós-Graduação em Ecologia de EcotonosUFT

Fernando M. Pelicice

Page 2: 7 escala

Como identificar e explicar o fenômeno ecológico?

Page 3: 7 escala

Padrões“eventos que repetem, entidades recorrente, relações replicadas, ou trajetórias uniformes ou erráticas observadas no tempo ou no espaço”

Processos“um conjunto de fenômenos no qual eventos seguem subseqüentemente no tempo e espaço. Eles podem estar causalmente conectados ou não.”

Fenômeno“Qualquer evento observável, entidades, ou relações de interesse ao ecólogo.”

Picket et al. (1994)

Page 4: 7 escala

Processos

Fenômenos

Padrões

Natureza & Percepção

Percepção

Espaço e tempo

Page 5: 7 escala

Processos ecológicos

● Eventos que produzem fenômenos, estrutura e padrões

● Causas e mecanismos

● Evocados para explicar padrões

Page 6: 7 escala

FENÔMENOS E PADRÕES

ECOLÓGICOS

EspeciaçãoDispersão

Competição

EutrofizaçãoDistúrbio

Estocasticidade

Produção primária

Qualidade hábitat

Page 7: 7 escala

Forças locais

Forças regionais

ESPAÇO

Presente Passado

TEMPO

COMUNIDADE ECOLÓGICA

Page 8: 7 escala

Processos

Locais

Interações bióticas

Meio físico-químico

Distúrbios

Regionais

Dispersão

Clima

Geomorfologia

Distúrbios

(ESPAÇO)

Page 9: 7 escala

Hoeinghaus et al (2007)

Page 10: 7 escala
Page 11: 7 escala

Processos

Presente

Interações bióticas

Meio físico-químico

Invasão

Passado

Histórico das forças

História biogeográfica

Especiação

(TEMPO)

Clima

Page 12: 7 escala

Harrison et al (2006)

Page 13: 7 escala

Local/presente

Regional/presente

Processos

Passado

Page 14: 7 escala

Forças locais

Forças regionais

ESPAÇO

Presente Passado

TEMPO

COMUNIDADE ECOLÓGICA

Page 15: 7 escala

Determinismo local

• Forças locais determinantes

• Forças atuando no presente

• Comunidades com elevado grau de determinismo

Page 16: 7 escala

Chase (2003)

Page 17: 7 escala

Luiz et al. (2004)

Page 18: 7 escala

Pelicice et al. (2010)

Page 19: 7 escala

Bini & Thomaz (2005)

Page 20: 7 escala

Chase (2003)

História de invasão?

Page 21: 7 escala

Chase (2003 - modificado)

História do ambiente?

Environ

ment1

Environment 1

Environment 1

Page 22: 7 escala

Chase (2003 - modificado)

História do ambiente?

ABC

ABC

ABC

Page 23: 7 escala

Forças locais

Forças regionais

ESPAÇO

Presente Passado

TEMPO

COMUNIDADE ECOLÓGICA

Escala espaço-temporal

Escala Escala

Page 24: 7 escala

Regional - presente

Regional - passado

Local - presente

Local - passado

Regional - presente

Regional - passado

Page 25: 7 escala

Luiz et al (2004)

Page 26: 7 escala

Luiz et al (2004)

Page 27: 7 escala

Hoeinghaus et al (2007)

Page 28: 7 escala

Hoeinghaus et al (2007)

Page 29: 7 escala

Moerke & Lamberti (2006)

Page 30: 7 escala

Moerke & Lamberti (2006)

Page 31: 7 escala

Rajaniemi (2006)

Vegetação em dunas - Israel (Mediterrâneo)

Page 32: 7 escala

Cornnell & Lawton (1992)

Enriquecimento regional

Saturação local

Page 33: 7 escala

7 9

95

13 15

1012

25 27

2823

17 19

2022

0

5

10

15

20

25

30

0 10 20 30 40

SR Regional

SR

Lo

ca

l

10 17

25 35

7 9

95

13 11

1012

15 14

1413

14 15

1213

10 17

25 35

0

5

10

15

20

25

30

0 10 20 30 40

SR Regional

SR

Lo

ca

l

Page 34: 7 escala

Cornnell (1985)

Page 35: 7 escala

Caley & Schluter (1997)

Page 36: 7 escala

Caley & Schluter (1997)

Page 37: 7 escala

Griffiths (1997)

Page 38: 7 escala

Huston (1999)

Page 39: 7 escala

Huston (1999)

Limitação ambiental

Exclusão competitiva

Page 40: 7 escala

Booth & Swanton (2002)

Page 41: 7 escala

Ejrnaes et al. (2006)

Main effects: Composição

Page 42: 7 escala
Page 43: 7 escala

Oberdorff et al. (1997)

Page 44: 7 escala
Page 45: 7 escala

Tedesco et al. (2005)

Page 46: 7 escala

Harrison et al. (2007)

Page 47: 7 escala

Willis & Whittaker (1997)

Page 48: 7 escala

“Portanto, variáveis que melhor explicam a riqueza de espécies numa escala espacial local ou numa escala temporal recente podem não ser as mesmas que explicam a riqueza em escalas espaciais regionais ou escalas temporais mais longas.”

Willis & Whittaker (1997)

Page 49: 7 escala

Harrison et al. (2008)

Page 50: 7 escala

Harrison et al. (2006)

Page 51: 7 escala

Processos locais

Processos regionais

Padrões na comunidade

Escala espacial

Page 52: 7 escala

Percepção e padrões

Problema da escala?

Page 53: 7 escala

Padrões“eventos que repetem, entidades recorrente, relações replicadas, ou trajetórias uniformes ou erráticas observadas no tempo ou no espaço”

Picket et al. (1994)

Page 54: 7 escala

Identificando padrões

• Ordem, estrutura e relações

• Dependem da escala (tempo/espaço)

• Dependem da percepção humana

Page 55: 7 escala

MacArthur (1960)

Page 56: 7 escala

McGill (2006)

Dewdney (2003)

Page 57: 7 escala

Gaston (2000)

Page 58: 7 escala

Gaston (2000)

Page 59: 7 escala

Soininen et al. (2007)

Page 60: 7 escala

ISAAC NEWTON(1642 – 1727)

TEMPO & ESPAÇO

Absoluto

Relativo

Page 61: 7 escala

Dependência com a escala

● Padrões dependem de atributos da escala

●Mesmas relações com tendências opostas

● Razão para confusão

Page 62: 7 escala

Produtividade

Diversi-dade

?

Page 63: 7 escala

Local 1 Local 2

Local 3

Moore & Keddy (1989)

Page 64: 7 escala

Escala de site

withinvegetation

Page 65: 7 escala

Escala de região

betweenvegetation

Page 66: 7 escala

Waide et al. (1999)

Page 67: 7 escala

Waide et al. (1999)

Page 68: 7 escala

Chase & Leibold (2002)

Page 69: 7 escala

Diversidade

Invasão

?

Resistência biótica

Aceitação biológica

Page 70: 7 escala

Shea & Chesson (2002)

Page 71: 7 escala

Escala de site

Escala local (350 cm2)

Levine (2000)

Page 72: 7 escala

Stohlgren et al. (2006)

Page 73: 7 escala

Knight & Reich (2005)

Escala de mancha (1m2)

Escala de paisagem (1ha)

Page 74: 7 escala

Stohlgreen et al. (2008)

Invasão de plantas

Page 75: 7 escala

Área

Diversi-dade

?

Page 76: 7 escala

Inglaterra

Localidade (Broken Hill)

Rosenzweig (1995)

Page 77: 7 escala

Crawley & Harral (2001)

Page 78: 7 escala

Tempo

Diversi-dade

?

Page 79: 7 escala

Knoll (1986)

Rosenzweig (1995)

50 M.a.

400 M.a.

22 anos

1 ano

Page 80: 7 escala

Outros padrões...

Page 81: 7 escala

anos

Composição

séculos

Composição

Não-equilíbrio?

Equilíbrio?

Page 82: 7 escala

0

300

600

900

1200

1500

1800

a1 a10 a19 a28 a37

Anos

Co

mp

os

içã

o

0

10

20

30

40

50

60

a1 a2 a3 a4 a5 a6 a7 a8 a9 a10

Anos

Co

mp

os

içã

o

Page 83: 7 escala

Mcgarvey & Ward (2008)

Page 84: 7 escala

Sale & Douglas (1984)

Bellwood & Hughes (2001)

Escala de mancha

Escala continental

Page 85: 7 escala

Caley & Schluter (1997)

Page 86: 7 escala

1

23

4

5

6

7

verde vermelho

local 1 0 1

local 2 1 0

local 3 0 1

local 4 1 0

local 5 0 1

local 6 1 0

local 7 0 1

Page 87: 7 escala

1

2

3

4

verde vermelho

local 1 1 0

local 2 0 1

local 3 1 0

local 4 0 1

Page 88: 7 escala

1

2

3

4

verde vermelho

local 1 1 1

local 2 1 1

local 3 1 1

local 4 1 1

Page 89: 7 escala

Porque existe dependência?

● Natureza complexa dos processos

● Natureza complexa da observação

Page 90: 7 escala

Processos complexos...

Processos

Múltiplos

Multi-escalares

Atravessam escalas

Page 91: 7 escala

Processos locais

Processos regionais

Padrões na comunidade

Escala espacial

Page 92: 7 escala

Willis & Whittaker (1997)

Page 93: 7 escala

A

A

B

B

C

C

FATORES NÍVEL DE ATUAÇÃO EXEMPLOS

Regionais

Locais

Micro-escala

-clima, geologia, flutuações dos níveis de água, área do reservató- rio e “pool” de espécies

- braços

- estandes

- estado trófico, declividade, características do sedimento e “fetch”

- interações interespecíficas(competição, predação eparasitismo) e heterogeneidadedo sedimento em micro-escala

- reservatório como um todo

Chuva ácida, contaminação do rio

principal

Eutrofização, contaminação do

tributário

Erosão das margens, desmatamento

Page 94: 7 escala

Wiens (1989)

Page 95: 7 escala

Níveis de organização

Átomos

Objetos físicos

Universo

Leis de Newton

Forças nucleares

(escala espacial)

Relatividade geral

Leis da química

Page 96: 7 escala

Observação complexa...

Percepção do fenômeno

Grain

Extensão

Page 97: 7 escala

Wiens (1989)

Page 98: 7 escala

grain

extent

grain

Page 99: 7 escala

grain

α

diversidade

β

Page 100: 7 escala

Wiens (1989)

Page 101: 7 escala
Page 102: 7 escala

extensão

α

diversidade

β

Page 103: 7 escala

Domínios de escala

● Intervalos na escala com comportamento característico

● Predominância de processos particulares

● Domínios separados por transições abruptas

Page 104: 7 escala

Wiens (1989)

Page 105: 7 escala

generalização

??

Page 106: 7 escala
Page 107: 7 escala
Page 108: 7 escala
Page 109: 7 escala

Smith et al. (2005)

Page 110: 7 escala

Escala versusprevisibilidade

● Baixa previsão em escalas menores (caótico)

● Dependência entre escala e previsão

● Variação é suavizada (averaged) em escalas maiores

Page 111: 7 escala

Levin (1992)

Planeta Terra

cm, m, ha

Page 112: 7 escala

Wiens (1989)

Page 113: 7 escala

1 coleta

5 anos de coleta

Page 114: 7 escala

“Essa é a principal técnica da investigação científica: ao mudar a escala de descrição, nós mudamos de casos individuais imprevisíveis e únicos, para conjuntos de casos no qual o comportamento é regular o suficiente para permitir que generalizações sejam feitas.”

Levin (1992, p. 1947)

Page 115: 7 escala

Como escolher a escala certa?

● natureza do objeto em estudo

● questão a ser respondida

Page 116: 7 escala

Dibble et al. (2006)

Page 117: 7 escala
Page 118: 7 escala

McAbendroth et al. (2005)

Page 119: 7 escala

Dibble et al. (2006)

Page 120: 7 escala

Kotliar & Wiens (2006)

Page 121: 7 escala

“; cada indivíduo e cada espécie experimenta o ambiente num intervalo único de escalas, e então responde à individualistamente àvariabilidade. Portanto, nenhuma descrição de variabilidade e previsibilidade do ambiente faz sentido sem referência ao intervalo de escalas que é relevante ao organismo ou processos sendo examinados. ”

Levin (1992, p. 1959)

Page 122: 7 escala

“Deve-se reconhecer que a descrição do sistema varia com a escolha da escala; que cada espécie, incluindo a espécie humana, amostrará e experimentará o ambiente em um intervalo único de escalas; e que, mais do que tentar determinar a escala correta, nós devemos simplesmente entender como a descrição do sistema muda através das escalas.”

Levin (1992)

Page 123: 7 escala

“O problema de relacionar fenômenos através da escala é o problema central na biologia e em todas as ciências. Estudos multi-escalares são fundamentais para complementar estudos tradicionais conduzidos em escalas mais estreitas de espaço, tempo e complexidade organizacional... ”

Levin (1992, p. 1961)

Page 124: 7 escala

Vamos restaurar... Qual o ponto de referência?

15.000 a.C.

1492 1800 1900