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CENTRO EDUCACIONAL SIGMA :: SIGMAIS :: fev/2017 | 6º ANO :: ENSINO FUNDAMENTAL | Módulo 4.docx 1 LÍNGUA PORTUGUESA Texto 1 O cágado na festa do céu Certa vez houve uma grande festa no céu, para a qual foram convidados os bichos da floresta. Todos se encaminharam para lá, e o cágado também – mas este era vagaroso demais, de modo que andava, andava e não chegava nunca. A festa era só de três dias e o cágado nada de chegar. Desanimado, pediu a uma garça que o conduzisse às costas. A garça respondeu: “Pois não”, e o cágado montou. A garça foi subindo, subindo, subindo; de vez em quando perguntava ao cágado se estava vendo a terra. – Estou, sim, mas lá longe. A garça subia mais e mais. – E agora? – Agora já não vejo o menor sinalzinho da terra. A garça, então, que era uma perversa, fez uma reviravolta no ar, desmontando o cágado. Coitado! Começou a cair com velocidade cada vez maior. E enquanto caía, murmurava: Se eu desta escapar, léu, léu, léu, se eu desta escapar, nunca mais ao céu me deixarei levar. Nisto avistou lá embaixo a terra. Gritou: – Arredai-vos, pedras e paus, senão eu vos esmagarei! As pedras e paus se afastaram e o cágado caiu. Mesmo assim arrebentou-se todo, em cem pedaços. Deus, que estava vendo tudo, teve dó do coitado. Afinal de contas, aquela desgraça tinha acontecido só porque ele teimou em comparecer à festa do céu. E Deus juntou outra vez os pedaços. É por isso que o cágado tem a casca feita de pedacinhos emendados uns nos outros. LOBATO, Monteiro. Histórias de Tia Anastácia. São Paulo: Brasiliense, 2002. 1. O texto ‘O cágado na festa do céu’ é um conto etiológico, visto que explica a origem de algo. O que esse conto explica? 2. Conte, resumidamente, a história do conto, levando em conta os seguintes acontecimentos da história: O evento para qual o cágado foi convidado. O motivo pelo qual o cágado não estava conseguindo chegar à festa. A providência que ele tomou. O que a garça fez com o cágado? Quem interferiu no destino do cágado? Como? 6º ano Ensino Fundamental • Módulo 4 • 1º período 31/03/2017

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CENTRO EDUCACIONAL SIGMA ::

SIGMAIS :: fev/2017 | 6º ANO :: ENSINO FUNDAMENTAL | Módulo 4.docx 1

LÍNGUA PORTUGUESA Texto 1

O cágado na festa do céu

Certa vez houve uma grande festa no céu, para a qual foram convidados os bichos da floresta. Todos se encaminharam para lá, e o cágado também – mas este era vagaroso demais, de modo que andava, andava e não chegava nunca.

A festa era só de três dias e o cágado nada de chegar. Desanimado, pediu a uma garça que o conduzisse às costas. A garça respondeu: “Pois não”, e o cágado montou.

A garça foi subindo, subindo, subindo; de vez em quando perguntava ao cágado se estava vendo a terra. – Estou, sim, mas lá longe. A garça subia mais e mais. – E agora? – Agora já não vejo o menor sinalzinho da terra. A garça, então, que era uma perversa, fez uma reviravolta no ar, desmontando o cágado. Coitado! Começou a cair com velocidade

cada vez maior. E enquanto caía, murmurava: Se eu desta escapar, léu, léu, léu, se eu desta escapar, nunca mais ao céu me deixarei levar. Nisto avistou lá embaixo a terra. Gritou: – Arredai-vos, pedras e paus, senão eu vos esmagarei! As pedras e paus se afastaram e o cágado caiu. Mesmo assim arrebentou-se

todo, em cem pedaços. Deus, que estava vendo tudo, teve dó do coitado. Afinal de contas, aquela desgraça tinha acontecido só porque ele teimou em

comparecer à festa do céu. E Deus juntou outra vez os pedaços. É por isso que o cágado tem a casca feita de pedacinhos emendados uns nos outros.

LOBATO, Monteiro. Histórias de Tia Anastácia. São Paulo: Brasiliense, 2002.

1. O texto ‘O cágado na festa do céu’ é um conto etiológico, visto que explica a origem de algo. O que esse conto explica?

2. Conte, resumidamente, a história do conto, levando em conta os seguintes acontecimentos da história:

O evento para qual o cágado foi convidado.

O motivo pelo qual o cágado não estava conseguindo chegar à festa.

A providência que ele tomou.

O que a garça fez com o cágado?

Quem interferiu no destino do cágado? Como?

6º ano

Ensino Fundamental • Módulo 4 • 1º período

31/03/2017

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SIGMAIS :: fev/2017 | 6º ANO :: ENSINO FUNDAMENTAL | Módulo 4.docx 2

Leia o conto popular ‘Pedro Malasartes e o Pássaro Lapão’ e responda às questões de 3 a 5.

Texto 2

Pedro Malasartes e o Pássaro Lapão

[...] Esse Pedro é uma caipira Bem do tipo brasileiro: É quietão, de fala mansa, Mas sabido e muito arteiro. Pra dar duro no batente, nosso Pedro é só preguiça, mas não perde ocasião de vingar uma injustiça.

E injustiça é o que não falta nessa vida lá da roça. Só se livra das maldades o sujeito que tem bossa.

Foi assim que certa vez o Martinho Deodato, capataz do coronel, foi caçar jacu no mato.

Quando ouviu um barulhinho, levou a espingarda ao peito, mas errou a pontaria, deu um tiro tão sem jeito que matou o cabritinho da viúva do Chicão e em vez de pagar a perda inda disse um palavrão.

A viúva foi ao Pedro contar a situação. Pedro não era de briga, mas jurou reparação.

Tratou logo de comer uma janta reforçada: rapadura, dois repolhos e uma enorme feijoada...

Frente à casa do Martinho, agachou-se bem na estrada. Esperou fazer efeito...

e soltou a feijoada!

Com o seu velho chapéu, tudo aquilo ele tapou e agarrando bem as abas calmamente ele esperou.

Foi aí que o Deodato a tal cena veio ver mas achando muito estranho malcriado quis saber:

– Que será que está havendo? Será louco esse sujeito? O que está fazendo aí agachado desse jeito? Pra erguer esse chapéu você não tem força, não? Ou será que esse chapéu tá pregado aí no chão?

[...]

– Nada disso, meu amigo, é que eu consegui pegar o tal pássaro lapão que não pode me escapar. Ele é muito valioso: a mulher do delegado prometeu dar um milhão se eu pegar este danado...

Quando ouviu falar a cobiça começou a crescer no Deodato, e o safado comentou:

– Um milhão é um bom dinheiro, muito mais que o senhor pensa. E por que não vai buscar essa grande recompensa?

A arapuca estava pronta, só faltava um bocadinho para ver o Deodato cair nela direitinho.

Esse é um bicho delicado, qualquer coisa lhe faz mal. Só se deve transportá-lo em gaiola especial. A gaiola é muito cara, fabricada no estrangeiro. E eu nem sei o que fazer já que não tenho dinheiro.

A cobiça foi crescendo, Até dava comichão, pois aquele capataz só pensava no milhão:

– Vou enganar esse caipira, pelo jeito ele é um cretino. Não fosse eu, o Deodato, um sujeito tão ladino...

Se a questão era dinheiro, e se o outro nada tinha, para ele estava fácil, era só manter a linha:

– Gostaria de ajudar e o problema resolver. A gaiola, quanto custa? Gostaria eu de saber...

Malasarte suspirou, fez um cálculo mental, lembrou da boa viúva e do seu pobre animal.

– A gaiola, meu amigo, é bem cara, eu admito. Ela custa, lá na venda, mais que o preço de um cabrito...

Sem perder nem um segundo, nem contar o que continha, Deodato lhe estendeu a carteira bem cheinha.

– Eis aqui todo o dinheiro, não precisa nem contar. Deixe que eu seguro as abas, e a gaiola vá comprar!

Malasarte foi pegando o dinheiro sem demora, montou rápido na mula e tratou de ir logo embora.

Foi pra casa da viúva, que chegou a dar um grito quando viu tanto dinheiro pra comprar outro cabrito.

O Martinho Deodato Ficou vendo o Pedro ir e assim que se viu sozinho, bem feliz ficou a rir:

– Pelo preço de um cabrito, vou ganhar esse milhão! Agora é só agarrar o tal pássaro lapão!

Foi pegar o passarinho, mas, com medo de feri-lo, devagar ergueu a aba e enfiou a mão naquilo!

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3. Assinale a opção que representa a injustiça de que Pedro Malasartes se

vinga no conto.

A O alto preço que Martinho Deodato pagou pelo cabrito.

B O roubo do pássaro lapão.

C A morte do Cabritinho da viúva.

D O roubo do chapéu de Pedro Malasartes.

E O alto preço que Martinho Deodato pagou pela gaiola.

4. Assinale a opção que NÃO corresponde às características do conto

popular – ou de tradição oral – em verso.

A Os contos populares representam narrativas da tradição oral criadas

pelo imaginário do povo.

B Normalmente, esses contos são passados de geração em geração e por

serem contados oralmente, os contadores precisam memorizá-los.

C A linguagem utilizada nesse tipo de conto apresenta marcas de

oralidade, como também pode apresentar expressões regionais.

D O conto é construído por meio de parágrafos.

E O conto popular tem por objetivo divertir seus leitores.

5. O conto popular, por ser tradicionalmente transmitido oralmente,

carrega marcas da linguagem popular – ou linguagem coloquial –, visto

que utiliza expressões que não seguem a norma padrão.

Identifique três reduções de palavras presentes no conto ‘Pedro Malasartes e

o Pássaro Lapão’ e escreva quais seriam as formas não reduzidas das

palavras.

MATEMÁTICA 6. Marque a opção correta.

A Todo paralelogramo é retângulo.

B Todo quadrilátero é trapézio.

C Todo retângulo é quadrado.

D Todo quadrado é retângulo.

E Todo losango é quadrado.

7. Distribuí certa quantidade de borrachas em 30 caixas, colocando 48

borrachas em cada caixa. Se pudesse colocar 72 borrachas em cada caixa,

seriam necessárias

A 20 caixas.

B 22 caixas.

C 18 caixas.

D 25 caixas.

RASCUNHO

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E 28 caixas.

8. Defina:

a) retas paralelas;

b) retas perpendiculares.

9. Responda.

a) Qual é o nome do menor ângulo formado pelos ponteiros de um

relógio às 3 horas?

b) Qual é o nome do menor ângulo formado pelos ponteiros de um

relógio às 5 horas?

10. Na construção de 80 casas populares iguais, foram utilizados 1 003 200

tijolos. Quantos tijolos foram utilizados em cada casa?

CIÊNCIAS 11. Explique por que os decompositores são fundamentais em qualquer ecossistema.

12. Dê dois exemplos de desequilíbrio ambiental causados por processo natural.

RASCUNHO

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13. O sentido das setas que aparecem nos esquemas de cadeias alimentares não pode ser invertido. Explique essa afirmativa.

14. O derramamento de petróleo no mar é um problema ambiental grave que merece atenção. Um dos piores vazamentos de petróleo que já ocorreu no planeta foi no Golfo do México, em 2010, em que cerca de cinco milhões de barris de petróleo foram lançados nas águas. Sobre o tema, marque a opção que não apresenta uma consequência da poluição no mar por petróleo.

A Morte de várias espécies de peixes.

B Diminuição da pesca na região.

C Contaminação de ecossistemas de transição entre o ambiente marinho e terrestre, como mangues.

D Aumento da taxa de fotossíntese das algas.

E Morte de aves marinhas.

15. Num lago poluído por produtos clorados (DDT, por exemplo), o grupo da cadeia trófica que deverá apresentar maior concentração do produto é o dos:

A peixes herbívoros.

B peixes carnívoros.

C aves carnívoras.

D plantas aquáticas.

E algas.

GEOGRAFIA 16. Os paralelos e os meridianos servem para determinar a latitude e a longitude de pontos sobre a superfície terrestre.

Com base nesse assunto, explique o que é latitude e longitude.

Latitude Longitude

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17. Analise o mapa abaixo, com os respectivos pontos A, B, C e D e julgue os itens..

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ÁFRICA

OCEANIA

ÁSIAEUROPA

vermelho

ver d

e

A

B

CD

E

F

G

H

a

b

160° 140°120° 100° 80° 60° 40° 20° 0° 20° 40° 60° 80° 100° 120° 140° 160° 180°

80°

60°

40°

20°

20°

40°

60°

80°

80°

60°

40°

20°

20°

40°

60°

80°160° 140° 120° 100° 80° 60° 40° 20° 0° 20° 40° 60° 80° 100° 120° 140° 160° 180°

LO

N

S OESTE DE GREENWICH ESTE DE GREENWICH

C E O ponto A está no hemisfério

austral.

C E O ponto C está no hemisfério

oriental.

C E O ponto D tem 0° de longitude.

C E O ponto B encontra-se no

hemisfério setentrional.

C E Nenhum dos quatro pontos está

no hemisfério austral.

18. Para sabermos a localização exata de qualquer lugar, ou seja, para conhecermos com exatidão onde se localiza

qualquer ponto da superfície terrestre, utilizamos as coordenadas geográficas. Sobre esse tema, julgue as afirmativas

em C (certa) ou E (errada).

C E Latitude é a distância, medida em graus (de 0° a 180°), que vai da Linha do Equador até o meridiano central de

Greenwich.

C E Convencionou-se que o meridiano de Greenwich, que passa pelos arredores da cidade de Londres, na Inglaterra,

é o meridiano principal.

C E A latitude só pode ser Norte ou Sul.

C E A longitude só pode ser Leste e Oeste.

C E Coordenada geográfica é o cruzamento de um meridiano e um paralelo, indicando um ponto específico.

19. Leia o texto e observe a imagem abaixo. Após, faça o que se pede.

Forte terremoto atinge o Japão e provoca pequeno tsunami

Um forte terremoto de magnitude 7,1 atingiu a costa leste da ilha japonesa de Honshu, na madrugada de 26 de outubro de 2013,

segundo o serviço geológico dos EUA (USGS).

O tremor gerou um pequeno tsunami de 30 centímetros, em Ishinomaki, na prefeitura de Miyagi, que aparentemente não provocou

danos.

Após o terremoto, a agência japonesa de meteorologia emitiu um alerta "amarelo" de tsunami, com possibilidade de ondas de até

um metro atingirem o litoral na região de Fukushima e de outras quatro prefeituras.

Disponível em: (http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/10/forte-terremoto-atinge-o-japao25102013.html).

a) Cite a latitude e a longitude do local do tremor.

LATITUDE

LONGITUDE

b) Em que oceano ocorreu o tremor?

37° N 144° L

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20. Explique por que a invenção do GPS foi tão importante e descreva de que forma esse recurso pode ser útil em seu

cotidiano.

HISTÓRIA 21. O mapa abaixo apresenta uma das rotas para a chegada do homem ao continente americano. Sobre essa rota, assinale

a opção correta.

A Os seres humanos aproveitaram a glaciação e migraram atravessando áreas congeladas no Estreito de Bering, chegando primeiro ao norte da América.

B Os seres humanos atravessaram, em pequenas embarcações, da Oceania para a América.

C Os seres humanos aproveitaram a glaciação e migraram, atravessando o Oceano Atlântico, chegando primeiro ao norte da América.

D Os seres humanos atravessaram o Oceano Pacífico, em pequenas embarcações, chegando ao continente pelo Estreito de Bering.

E O mapa ao lado reforça a tese de que os seres humanos ocuparam o Norte e Sul da América ao mesmo tempo, migrando depois para a região central.

22. Como a descoberta do crânio de Luzia alterou a teoria do povoamento da América? Explique sua resposta.

23. Explique a diferença existente entre vestígio e prova.

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24. Pode-se afirmar que Luzia é de origem mongoloide? Explique sua resposta.

25. Relacione cada característica ao povo correspondente. Após assinale a opção que apresenta a sequencia correta da numeração.

(1) Povo de Lagoa Santa.

(2) Povo da Serra da Capivara.

Viviam na região de Minas Gerais em grupos aproximadamente 25

pessoas e eram nômades.

Não dominaram a técnica da agricultura, sobreviviam da caça e da coleta

de frutas e trabalho era dividido entre coletas realizadas por mulheres e

crianças e a caça por homens.

Viviam perto de fontes de água e um de seus hábitos era o de realizar

pinturas nos paredões rochosos do interior do Piauí.

A cerca de 3500 anos atrás, esse povo dominou a agricultura e fabricava

objetos de cerâmicas.

A 1 – 1 – 2 – 2.

B 1 – 2 – 1 – 2.

C 1 – 2 – 2 – 1.

D 2 – 1 – 2 – 1.

E 2 – 2 – 1 – 1.