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  • TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO

    1Enfermeira da UTI neonatal do Hospital Universitrio Evanglico de Curitiba. 2Professora da Faculdade Evanglica do Paran, Coordenadora da Ps Graduao em Assistncia de Enfermagem ao Paciente em Estado Crtico e Gesto e Empreendedorismo na Enfermagem.

    Aprovado em: 05/12/2012 Autor para correspondncia: Denise Cordeiro Dellaqua Contato: [email protected]

    Revista Eletrnica da Faculdade Evanglica do Paran, Curitiba, v.2, n.4, p.2-18, out./dez. 2012. 2

    ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AO RECM-NASCIDO PREMATURO EXTREMO

    NURSING CARE TO EXTREMELY PREMATURE NEWBOURN

    Denise Cordeiro Dellaqua1

    Fabola Schirr Cardoso2 RESUMO

    Na ltima dcada o nmero de nascimentos prematuros teve um aumento de 27%, uma vez que seus fatores de risco so diversos, incluindo malformaes do tero, alcoolismo, tabagismo, dependncia qumica, diabetes, incompatibilidade Rh, gestaes precoces e/ou tardia. Diante do exposto este trabalho teve como objetivo geral enfatizar a importncia de uma assistncia individualizada de enfermagem ao recm-nascido prematuro extremo (RNPTE). A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliogrfica, ou seja, seleo e anlise de contedos de livros e artigos bibliogrficos. Foram utilizado 8 livros, 23 artigos e 11 manuais, totalizando 42 referncias. Este trabalho discorreu sobre a relao da gestao de alto risco com a prematuridade extrema, trabalho de parto prematuro, conceituando prematuridade extrema e assistncia de enfermagem ao RNPTE. Ressalta-se ento a importncia da conscientizao aliada a responsabilidade que cabe a cada um de ns da enfermagem em relao aos cuidados para com o RNPTE em sua recuperao, devido a sua fragilidade e necessidade de ter um cuidado individualizado, j que seu perodo de internamento durar meses e o processo lento. Portanto se todos, principalmente a enfermagem se conscientizar sobre a sua importncia na recuperao deste RN com certeza teremos ainda mais sucesso em relao diminuio da mortalidade.

    Palavras chaves: Enfermagem, cuidados de enfermagem, prematuridade, peso extremamente baixo, prematuro extremo.

    ABSTRACT

    At the last decade, the number of premature births had an increase of 27%, once that their risk factors are several, including malformations of the uterus, alcoholism, chemical dependency, diabetes, rh incompatibility, early pregnancies and / or late. Given the above, this study general aimed to emphasize the importance of an individualized nursing care to extreme premature newborn (EPNB). The methodology used was the bibliographical research, as in selection and analysis of books and bibliographical articles content. Were used 8 books, 23 articles and 11 manuals, totalizing 42 references. This study discoursed about the relation of the high risk gestation with the extreme prematurity, preterm labor, appraising extreme prematurity and nursing care to the EPNB. Conclude the importance of the concientization allied to the responsibility which is due to each of us from the nursing in relation to the EPNB in its recovering, due to its fragility and needing of an individual care, since its confine period will last months and the process is slow. Thus, if all of us, mainly, the nursing, have knowledge about the importance of this NB recovering, surely, will be very much more succeed in relation to the mortality reduction.

    Keywords: nursing, nursing care, prematurity, extremely low weight, extremely premature.

  • ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AO RECM-NASCIDO PREMATURO EXTREMO

    Revista Eletrnica da Faculdade Evanglica do Paran, Curitiba, v.2, n.4, p.2-18, out./dez. 2012. 3

    INTRODUO

    A gestao tem durao de 280 dias, totalizando em mdia 40 semanas, a gestante perceber os movimentos fetais por volta do 4 ms. No incio da gestao o clculo da idade gestacional feito pelo tamanho do saco gestacional; da 8 a 14 semana faz-se a mensurao da cabea ndega do feto, sendo este um excelente parmetro. J na 2 metade da gestao, o clculo realizado baseado no comprimento do fmur pela presena e tamanho de ossificao, chamado de dimetro biparietal, este deve ser medido entre a 12 e 39 semana e se possvel repetir aps uma ou duas semanas (1).

    O recm-nascido pr-termo aquele que nasce com idade gestacional inferior a 37 semanas, podendo ser classificado de acordo com a idade gestacional, com o peso ou a adequao do nascimento idade gestacional. Quando o recm nato nasce com menos de 27 semanas chamado de prematuro extremo e geralmente apresenta peso inferior a 1000 gramas, classificado como Pequeno para Idade Gestacional (PIG) e so encaminhados para a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neonatal), pois requerem cuidados especiais (2).

    Sendo assim conceitua-se recm nascido PIG como todo aquele nascido cujo peso se encontra abaixo do percentil 10 para a sua idade gestacional, baseado na curva de crescimento intra-uterino de Bataglia e Lubhcenco. O peso e a idade gestacional ao nascer refletem a insuficincia do desenvolvimento intra-uterino, facilitando prever as subseqentes morbidades e mortalidades neonatais (3).

    vlido ressaltar que a idade gestacional baseada na data da ltima menstruao, na altura do tero, no incio dos movimentos do feto, na insinuao e biometria fetal apresentados pela ultra-sonografia (2,3).

    Na ltima dcada, entre 1997 e 2006 o nmero de nascimentos prematuros no Brasil teve um aumento significativo de 27% sendo um salto de 153.333, resultando em 5,3% do total de nascimentos para 194.783, sendo 6,7% do total. Embora seja um aumento anual discreto deve-se ter uma ateno maior em relao a esses dados. Ainda no se sabe o real motivo para esse aumento, porm 70% desses casos atualmente esto relacionados com a me ou o beb. Podemos destacar como principal hiptese a cesrea, que vem aumentando consideravelmente (4).

    Dados da Unimed Rio, em 2000, mostram que foram realizados 109.210 partos at a 36 semana de gestao (oito meses) e, em 2005, esta marca cresceu 13%, passando para 123.569. A taxa de prematuridade no Brasil para o ano de 1998 foi de 4,8 nascidos vivos por 100 nascidos e para o ano de 2001 foi de 5,9 nascidos vivos por 100 nascidos, segundo a Agncia Nacional de Sade Suplementar (5).

    Os fatores de risco relacionados aos partos prematuros so diversos e incluem malformaes do tero, alcoolismo, tabagismo, utilizao de drogas, diabetes, incompatibilidade Rh, assim como gestaes precoces de adolescentes, ou tardias, em mulheres com mais de 37 anos, sendo a hipertenso causa mais freqente. Essas gestaes so conhecidas como gravidez de alto risco (6).

    Pode-se conceituar gravidez de alto risco como aquela na qual a vida ou sade da me e/ou do feto e/ou do recm-nascido, tm maiores chances de serem atingidas que as da mdia da populao considerada (1,7).

    Segundo o Manual Tcnico de Gestao de Alto Risco, os fatores geradores de risco podem ser agrupados em quatro grandes grupos, que so: caractersticas individuais e condies scio-demogrficas desfavorveis; histria reprodutiva anterior gestao atual; doenas obsttricas na gestao atual e intercorrncias clnicas (1,7).

    Segundo o referido Manual (1:48):

    Na etiologia do trabalho de parto pr-termo incluem-se fatores maternos, como complicaes mdicas ou obsttricas (partos prematuros anteriores, placenta prvia, amniorrexe prematura, polidrmnio, infeces do trato urinrio, corioamnionite, infeces vaginais, incompetncia istmo-cervical, malformaes uterinas, cirurgias na gestao atual, amputaes de colo, etc.), comportamentais (tabagismo, alcoolismo, hbitos alimentares

  • ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AO RECM-NASCIDO PREMATURO EXTREMO

    Revista Eletrnica da Faculdade Evanglica do Paran, Curitiba, v.2, n.4, p.2-18, out./dez. 2012. 4

    inadequados, traumatismos, uso de drogas ilcitas, esforo fsico intenso), alteraes fetais e placentrias, e condies scio-econmicas adversas.

    O recm-nascido prematuro extremo (RNPTE) necessita de maior ateno, uma vez que o

    mesmo estar em ventilao mecnica, cateterismo umbilical, flebotomia ou cateter central de insero perifrica (PICC), nutrio parenteral total (NPT), fototerapia, entre outros. As intercorrncias mais freqentes nos RNPTE so as instabilidades trmicas, as insuficincias respiratrias pela imaturidade pulmonar, a hemorragia pulmonar, as crises de apnia e as persistncias do canal arterial (PCA) (2).

    Com isso percebesse a importncia de se ter uma sincronia de cuidados e da delicadeza e preciso de movimentos, pois possibilitam uma assistncia adequada e estes atos implicam no desenvolvimento e crescimento normais, uma vez que a prematuridade a principal causa de morbimortalidade neonatal (8).

    Diante de todas essas situaes citadas surgiu a seguinte problemtica: Que conhecimento tem sido produzido sobre o cuidado individualizado de enfermagem ao RNPTE?

    Como objetivo geral deste trabalho tem-se contextualizar a importncia de uma assistncia individualizada de enfermagem ao RNPTE.

    Para responder ao objetivo geral traaram-se os seguintes objetivos especficos: Caracterizar a relao da gestao de alto risco com a prematuridade extrema; Conceituar e discorrer sobre a prematuridade extrema; Identificar os principais cuidados de enfermagem e sua importncia para este RNPTE.

    Estes atos contribuiro para menores seqelas ao RNPTE, menor tempo de internamento, maior ndice de sobrevida, sendo assim, o mesmo ser melhor aceito tanto pela sua famlia quanto pela comunidade. METODOLOGIA

    Este trabalho tem como metodologia a Reviso Bibliogrfica, que desenvolvida atravs de

    material previamente elaborado, esta metodologia baseia-se na tcnica exploratria de anlise do contedo de livros e artigos bibliogrficos (9).

    A reviso bibliogrfica diz respeito ao conjunto de conhecimentos humanos reunidos nas obras, constitui o ato de ler, selecionar, separar, organizar, e arquivar tpicos de interesse para a pesquisa em pauta (10).

    As buscas foram realizadas em bibliotecas pblicas, privadas e nas bases de dados. Nestes locais foram encontrados 8 livros, 11 manuais e 23 artigos cientficos, totalizando 42 referncias.

    Para estas buscas foram utilizados os seguintes descritores norteadores deste trabalho, segundo banco de dados do DECS: Gestao de alto risco, Nascimento Prematuro, Recm-Nascido de Peso Extremamente Baixo ao Nascer, Recm-Nascido Prematuro, Enfermagem Neonatal, uma vez que Prematuro e/ou Prematuridade Extrema no foi encontrado em banco de dados. REVISO BIBLIOGRFICA A RELAO DA GESTAO DE ALTO RISCO COM A PREMATURIDADE EXTREMA

    A gestao um fenmeno fisiolgico e sua evoluo na maioria das vezes sem complicaes, porm exige uma ateno especial, j que uma parcela das mulheres pode necessitar de um cuidado a mais, j que as gestantes podem ser portadoras de alguma doena, sofrerem algum agravo ou desenvolverem problemas, e apresentarem maiores probabilidades de evoluo desfavorvel, tanto para o feto quanto para a me. Sendo estas mes conhecidas como gestantes de alto risco (7).

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    A gestao de alto risco geralmente est relacionada a questes biolgicas e/ou psicolgicas, sendo que o risco biolgico direciona-se para a possibilidade da gestante desenvolver problemas de sade fsica que possam afetar tanto ela quanto ao feto, j o psicolgico volta-se a possibilidade da gestante desenvolver algum transtorno mental, por exemplo, a depresso, o pnico, psicose puerperal (13).

    A Secretaria de Sade do Paran define Gestao de Risco como sendo uma gestao que ocorre quando a gestante tem alguma doena ou qualquer condio scio-biolgica que possa prejudicar sua evoluo (14).

    Os fatores de risco gestacional so caractersticas, situaes ou patologias que aumentam a probabilidade de complicaes e conseqentemente a um maior risco da gestante e/ou o feto evolurem para bito (7).

    Existem alguns critrios que caracterizam o risco gestacional sendo elas (15): a) Biolgico: idade (abaixo de 18 anos e acima de 35 anos); estatura (menor que 1,50m); peso antes da gestao abaixo de 40 Kg ou peso ganho durante a gestao menor que 7 Kg; histria prvia de natimorto, bitos fetais, partos complicados e recm natos de baixo peso; anemia na gestao; intervalo gestacional curto (menor que 24 meses); b) Scio Econmico: escolaridade baixa; baixa renda; trabalho que exija esforo demasiadamente; c) Comportamentais: tabagismo e etilismo; prticas inadequadas de higiene e sade; d) Intercorrncias Obsttricas: hemorragia (se na primeira metade pode ser abortamento, gravidez ectpica, neoplasia trofoblstica gestacional, na segunda metade placenta prvia, descolamento prematuro da placenta, rotura uterina); doena hipertensiva especfica da gestao (DHEG) sendo a pr-eclampsia e eclampsia; gestao mltipla; gestao prolongada (maior que 42 semanas); parto prematuro (entre 22 e 36 semanas); amniorrexe prematura; polidrmnios; mola hidatifide; e) Intercorrncias clnicas: hipertenso arterial; diabetes; cardiopatias; infeco urinria; distrbios nutricionais (inclusive anemia); distrbios tireoidianos.

    As gestantes de risco representam 15% do total de mulheres grvidas. Nas gestaes de risco, as preocupaes com o sucesso da gestao se acumulam frente s complicaes s quais a mulher grvida est sujeita (16).

    A gestante, uma vez sendo diagnosticada como sua gestao sendo de risco, a mesma no realizar seu pr-natal em Unidade de Sade, ela ser encaminhada para um servio especializado, porm deve-se comunic-la a no perder o vnculo com a equipe da ateno bsica ou sade da famlia que iniciou o acompanhamento (1,7).

    O Sistema nico de Sade (SUS) propem integralidade na ateno s gestantes de alto risco, considerando a sensibilidade diagnstica do nvel bsico para propor encaminhamentos adequados, atravs da rede de servios por meio do sistema de referncia e contra-referncia (17). Em 1998 o Ministrio da Sade criou mecanismos de apoio a Implantao dos Sistemas Estaduais de Referncia Hospitalar Gestante de Alto Risco. Sua inteno apoiar e estimular a organizao sistemas de referncia na rea hospitalar para o atendimento s gestantes de alto risco. Com os Sistemas Estaduais de Referncia, procura - se resolver o problema de carncia de servios especializados na rea de atendimento as gestantes de alto risco, investindo na humanizao de atendimento por meio da melhor qualificao dos recursos humanos (18). Durante o pr-natal necessrio que o acompanhamento da gestante seja multiprofissional, incluindo o dentista. Logo que a gestante iniciar o seu pr-natal importante que seja realizado o seu encaminhamento para o profissional da rea de sade bucal. Essa integrao de equipe de suma importncia para o diagnstico precoce das condies patolgicas orais, a exemplo das doenas periodontais, que podem levar a ocorrncia de parto prematuro, portanto, esta tem sido associada a diversas condies patolgicas perinatais, incluindo alm do parto prematuro, a rotura prematura de membranas e a ocorrncia de baixo peso (1,7). O ltimo indicador de Mortalidade Materna no Estado do Paran em 2002 mostra 56 bitos para cada 100.000 nascidos vivos sendo que a Organizao Mundial da Sade (OMS) preconiza ser abaixo de 20 bitos por 100.000 nascidos vivos. A gestao de risco tem fator importante nesses nmeros, uma vez que correspondem cerca de 15% das gestaes (19). A gestao de risco por estar intimamente interligada com a morbimortalidade materna e perinatal, portanto tem uma importante relevncia e necessita ser estudada. Uma vez identificadas,

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    algumas condies de riscos podem ser tratadas e eliminadas enquanto outras podem ser controladas minimizando assim seu impacto na gravidez (20). Sendo assim a enfermagem pode atuar de forma significativa para a reduo das complicaes relacionadas com a funo reprodutiva, atravs de uma assistncia adequada ao ciclo gravdico puerperal (21).

    A assistncia de enfermagem na gestao tem como objetivo acolher e acompanhar a mulher desde o incio da gravidez at o seu trmino, assegurando o nascimento de uma criana saudvel e a garantia do bem estar materno e neonatal, uma vez que o Ministrio da Sade preconiza incorporao de condutas acolhedoras (22).

    Diante de uma gestao de alto risco a preocupao do sucesso da gestao se acumula frente s possveis complicaes que a gestante possa apresentar. Para tanto a Sistematizao de Assistncia de Enfermagem (SAE) de grande importncia, pois pode levar a viso global da atual situao, tanto da gestante quanto do feto, favorecendo a continuao da assistncia e direcionando-a atravs do embasamento cientfico (16).

    As gestantes de risco necessitam de cuidados especficos, pois a esperana do sucesso da evoluo da gestao at o trmino se confronta com as condies presentes (16). Cada vez mais as mulheres vm deixando para engravidar aps sua carreira profissional e/ou situao financeira estabilizarem. De acordo com os mais recentes dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), na ltima dcada o nmero de mes com idade entre 30 e 34 anos subiu 2,4%. Neste mesmo perodo, as mulheres que tiveram filhos com idade entre 35 e 39 anos passou de 6,7% para 8% do total no pas, e mes com 40 anos ou mais subiu de 1,9% para 2,3%. Em contra partida, as gestaes at os 24 anos tiveram uma queda de quase 5% neste mesmo perodo. Mesmo com os avanos na tecnologia a idade aumentada favorece vrios riscos a sade tanto dela quanto da criana, conseqentemente, uma gestao de alto risco (23). O peso ao nascer, obtido na primeira hora aps o nascimento, reflete as condies nutricionais do recm-nascido e da gestante, influenciando no crescimento e desenvolvimento da criana. A Organizao Mundial da Sade (OMS) define baixo peso ao nascer (BPN) como o recm-nascido com peso < 2.500 gramas, independente da idade gestacional (24). TRABALHO DE PARTO PREMATURO (TPP) E PREMATURIDADE EXTREMA

    Trabalho de Parto Prematuro (TPP) definido como aquele iniciado entre 20 e 37 semana de gestao, excluindo os abortamentos que ocorrem antes da 20 semana. H dois fatores principais de TPP idiopticos, o TPP prvio e baixo nvel scio-econmico da paciente, j que esse est relacionado diretamente a outros fatores, sendo eles: anemia materna, uso de drogas, infeces, baixo peso materno, polidrmnio, colo uterino menor que 35 mm entre 24 e 28 semanas de gestao, tabagismo, idade inferior a 18 anos, raa negra, estilo de vida estressante e violncia domstica. Existem algumas medidas para a preveno do TPP, que so: cerclagem uterina, tratamento de infeco cervicovaginal e a aplicao da pomada de progesterona natural 100 a 200mg, intravaginal, diariamente, da 18 a 36 semana de gestao (25). Para se diagnosticar o TPP devem-se estar presentes as seguintes caractersticas: atividade uterina regular com contraes em intervalos de 5 a 8 minutos, e durao mnima de 20 segundos, mantendo esse padro por no mnimo 30 minutos; alterao progressiva da crvice uterina com dilatao de dois centmetros ou mais, apagamento cervical de 80%; formao da bolsa das guas, colo solicitado pela apresentao fetal e rotura prematura de membranas (25).

    A equipe multiprofissional e o ambiente devem estar preparados para receber o RNPTE quando o TPP no pode ser evitado. Em toda sala de parto deve estar presente pelo menos um profissional capacitado a reanimar de maneira rpida e efetiva (idealmente um pediatra), mesmo quando se espera um RN saudvel. A reanimao do recm-nascido um procedimento relativamente simples, mas que requer percia e treinamento. O ndice de Apgar no deve ser usado para avaliar a necessidade de reanimao, mas sim para avaliar os efeitos da mesma (26). A reanimao depende da avaliao simultnea da respirao e da freqncia cardaca (FC). A FC o principal determinante da deciso de indicar as diversas manobras de reanimao, portanto, logo aps o nascimento, o RN deve respirar de maneira regular e suficiente para manter

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    sua FC acima de 100 batimentos por minuto, contudo, a mesma deve ser avaliada por meio da ausculta do precrdio com estetoscpio. A avaliao da colorao da pele e mucosas do RN no mais utilizada para decidir procedimentos na sala de parto. Estudos recentes tm mostrado que a avaliao da cor das extremidades, tronco e mucosas, sendo rsea ou ciantica, subjetiva e no tem relao com a saturao de oxignio ao nascimento (27). Todos os pacientes < 37 semanas de gestao e aqueles de qualquer idade gestacional sem vitalidade adequada ao nascer precisam ser conduzidos mesa de reanimao, indicando-se os seguintes passos: prover calor, posicionar a cabea em leve extenso, aspirar vias areas (se necessrio) e sec-lo. Tais passos devem ser executados em, no mximo, 30 segundos (27).

    Conceitua-se gravidez pr-termo aquela cuja idade gestacional encontra-se entre 22 (ou 154 dias) e 37 (ou 259 dias) semanas. Alguns fatores de risco para a prematuridade so (7:70):

    Parto prematuro prvio; histria materna de um ou mais abortos espontneos no segundo trimestre; comprimento cervical < 3.0cm; baixo nvel socioeconmico; idade materna < 15 anos ou > 40 anos; complicaes maternas (clnicas ou obsttricas); atividade fsica aumentada; tabagismo; uso de cocana; ausncia de controle pr-natal; situaes de alto estresse; gestao mltipla; crescimento intra-uterino restrito; anomalias congnitas; polihidrmnio; rotura prematura de membranas pr-termo; descolamento de placenta; presena de DIU; mioma (particularmente submucoso ou subplacentrio); anomalias uterinas; insuficincia istmo-cervical; infeces maternas; sndrome antifosfolipide; trauma; cirurgia.

    A dcima edio do CID-10 de 2007, define imaturidade extrema como RN com idade

    gestacional inferior a 28 semanas completas, ou seja, menos que 196 dias completos e peso muito baixo como sendo o peso ao nascer igual ou inferior a 999 gramas (28).

    A preveno da prematuridade um grande desafio para a obstetrcia, porm, tem-se obtido resultados por meio da identificao e tratamento de infeces genitais e trato urinrio, assim como com a adaptao laboral da grvida de risco. Estudos recentes em grupos de risco tm mostrado resultados com o uso da progesterona. Gestantes com risco para parto prematuro, ou seja, que j tenham tido parto prematuro anterior, submetidas cerclagem cervical e portadoras de ms formaes uterinas anteriores, devem receber 100mg de progesterona por via vaginal diariamente a partir de 24 e ate 34 semanas de gestao (7). O diagnstico precoce do parto prematuro possibilita um aumento nos dias de gestao diante de uma interveno em tempo hbil, que consiste em uma melhora no peso fetal ao nascer, associada a uma diminuio da mortalidade neonatal. Diante destes motivos o objetivo primordial de qualquer programa de preveno de prematuridade a identificao precisa das pacientes com risco para o parto prematuro, tornando mais eficazes as medidas de preveno (29).

    Uma causa importante de parto pr-termo a rotura prematura de membranas ovulares (RPM) ou amniorrexe prematura ou rotura da bolsa de guas sendo um quadro caracterizado pela rotura espontnea das mesmas antes do comeo do trabalho de parto. A conduta em relao a RPM depender da idade gestacional em que a mesma ocorrer, se entre 22 e 24 semanas: individualizao da conduta, esta faixa de idade gestacional o prognstico perinatal e bastante ruim, alm dos riscos maternos associados, tais como corioamnionite, sepses e at bito (7).

    Entre 24 e 33 semanas devem-se orientar sobre os benefcios esperados para o feto com o prolongamento da gestao, tais como diminuio da morbidade neonatal relacionada prematuridade. Alm de 34 semanas, independentemente da paridade e amadurecimento cervical, deve-se ter a interrupo imediata da gestao mediante a induo do trabalho de parto e a escolha do mtodo de induo depender do estado de amadurecimento cervical (7).

    Nascer pr-termo significa passar muito repentinamente do tero materno que um ambiente seguro, aconchegante, para um outro extremamente diferente, agressivo e novo, ou seja, o

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    meio externo. Portanto muitos destes recm nascidos pr-termo iniciam suas vidas em uma UTI neonatal, local que tem sido de suma importncia para manter-lhes a vida (30).

    Embora a sobrevida dos prematuros tenha melhorado nos ltimos anos, principalmente nos centros tercirios, a prematuridade a principal causa de morbimortalidade neonatal, sendo responsvel por 75% das mortes. A prematuridade classificada em duas categorias: espontnea devido conseqncia do trabalho de parto espontneo propriamente dito ou da rotura prematura de membranas e eletiva, quando ocorre por indicao mdica, decorrente de intercorrncias maternas e /ou fetais (31).

    Entre estes avanos, mencionam-se a melhoria nos cuidados bsicos ao recm-nascido pr-termo (RNPT), a introduo da nutrio parenteral, o uso de corticoesterides antenatal, o conhecimento de novas modalidades ventilatrias e a introduo da teraputica com surfactante (30).

    No parto prematuro, os fetos pr-termo devem se beneficiar da administrao parenteral de corticide na me para acelerar a maturidade pulmonar (pelo menos por 24 horas, para ter tempo suficiente para que sua ao possa se manifestar) (26).

    As principais caractersticas fsicas que se referem ao RNPTE so: tamanho pequeno (geralmente PIG); baixo peso ao nascer; sua pele fina, rosada, brilhante; veias visveis sob a pele; cabelo escasso; pouca gordura sob a pele; orelhas finas e moles; cabea desproporcional (maior que o corpo); msculos fracos e atividade reduzida (no consegue elevar os membros superiores e inferiores); reflexos de suco e deglutio fracos ou inexistentes; respirao irregular (32). Para avaliar a idade gestacional do RNPTE utilizado um instrumento chamado Score New Ballard (SNB), este realizado atravs de seis parmetros neurolgicos e mais seis parmetros fsicos, para cada quesito atribuem-se uma pontuao que na somatria determinar estimativa da idade gestacional (33). (ANEXO 1). A ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AO RNPTE

    O RNPTE necessita de maior ateno, pois o mesmo estar em ventilao mecnica, cateterismo umbilical, flebotomia, PICC, NPT, fototerapia, entre outros. Existem algumas caractersticas e intercorrncias mais freqentes nestes RNs como instabilidade trmica, insuficincia respiratria pela imaturidade pulmonar, hemorragia pulmonar, crises de apnia, PCA (3).

    Necessita tambm ser enfatizada a importncia de se ter uma sincronia de cuidados e da delicadeza e preciso de movimentos, pois estes atos possibilitam uma assistncia adequada e implicam no desenvolvimento e crescimento normais, j que a prematuridade, como j mencionado, a principal causa de morbimortalidade neonatal (8). Os internamentos dos RNPT contribuem com um nmero bastante expressivo das hospitalizaes nas UTIs Neonatais, uma vez que esses prematuros apresentam riscos maiores de m adaptao vida extra-uterina, decorrentes de sua imaturidade antomo - fisiolgica. A criana que nasce prematuramente est exposta a riscos decorrentes de sua condio biolgica e social, sendo necessrio acompanhamento de uma equipe multiprofissional visando intervenes precoces. Quando um RN nasce prematuramente o seu desenvolvimento interrompido, tornando-o ainda mais frgil e vulnervel e com um risco de morte ainda maior (30). Cuidados na sala de parto

    A enfermagem deve cuidar para que todo o material e equipamentos estejam sempre preparados para a assistncia do RN. Ao chegar sala, a enfermeira precisa preparar o bero de calor radiante (BCR) com campos e compressas estreis; testar a fonte de oxignio juntamente com o amb, o mesmo deve estar montado corretamente para evitar que no funcione; o vcuo ou sistema de aspirao funcionante; laringoscpios com pilhas carregadas; e todo o material restante para intubao como luvas; cnulas traqueais, sondas de aspirao, lminas retas zero e um; seringas; agulhas e medicaes (29).

    Em pacientes com peso ao nascer inferior a 1500g, recomenda-se o uso do saco plstico transparente de polietileno de 30x50cm. Assim, logo depois de posicion-lo sob fonte de calor

  • ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AO RECM-NASCIDO PREMATURO EXTREMO

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    radiante e antes de sec-lo, introduz-se o corpo, exceto a face, dentro do saco plstico e, a seguir, realizam-se as manobras necessrias. Todos os procedimentos da reanimao so executados no paciente dentro do saco plstico. Tal prtica pode ser suplementada pelo emprego de touca para reduzir a perda de calor na regio da fontanela. Por outro lado, cuidado especial deve ser dirigido no sentido de evitar a hipertermia, pois pode agravar a leso cerebral em pacientes asfixiados (27).

    Aps o nascimento e depois dos primeiros cuidados no Centro Cirrgico Obsttrico, o RN encaminhado Unidade de Terapia Intensiva (34).

    Recebimento do RNPTE na Unidade de Terapia Intensiva

    Ao receber o RN na UTI Neonatal, o mesmo deve ser colocado em uma incubadora com

    parede dupla, aquecida e umidificada. Quando o RN no intubado na sala de parto, esse o primeiro procedimento a ser realizado na UTI Neonatal (intubao oro ou nasotraqueal) e colocado em ventilao mecnica depois faz-se o surfactante. O surfactante indicado o mais rpido possvel, preferencialmente nas duas primeiras horas de vida; este procedimento realizado pelo mdico (34).

    O RNPTE no deve tomar banho devido hipotermia, alteraes das propriedades de barreira (aumento de pH), irritao e trauma da pele, contudo, deve-se fazer higiene em regio genital ou reas sujas mas no usar sabonete. Outra conduta manter a incubadora coberta na regio da cabea do RN, a iluminao excessiva nociva, entretanto, perodos de claridade alternados com penumbra beneficiam o recm-nascido, aumentando o ganho de peso e maior tempo de sono. Deve-se sempre atentar para mant-lo monitorado com oxmetro de pulso, evitar rudos externos e batidas na incubadora, deix-lo em proclive e sempre que possvel em decbito ventral. Ainda precisam ser tomados alguns cuidados como evitar uso de micropore e esparadrapos diretamente sob a pele; fixar sonda orogstrica junto com a cnula endotraqueal (CET); evitar acesso venoso perifrico; no aspirar CET rotineiramente, somente quando necessrio; manuseio restrito; cuidados com a pele, pois a sua integridade no RNPTE melhora em torno do 10-14 dia de vida (35).

    Deve-se evitar a manipulao excessiva deste RN. O manuseio deve ser rpido, preciso, gentil, cuidadoso e delicado, evitando movimentos bruscos. Tais procedimentos minimizam o estresse e a hipotermia, uma vez que uma das maiores dificuldades do RNPTE manter sua temperatura corprea. Os horrios de manipulaes devem ser agrupados, ou seja, de 4/4 horas, portanto no momento da manipulao devem-se realizar todos os procedimentos necessrios, em seguida deix-lo em repouso e tranqilo (34).

    Cuidados especficos com a pele

    As prticas de enfermagem em relao pele do RN que so realizadas diariamente nas

    UTIs Neonatais incluem a manuteno da temperatura e umidade atravs de incubadoras, posicionamento, banho, procedimentos invasivos, entre outros. Recomenda-se o manuseio restrito ao RNPTE devido dificuldade que apresenta em manter a temperatura corporal, e deix-lo sempre que possvel em posio fetal, pois minimiza a transferncia de calor do seu corpo para o meio externo. Quanto higiene corporal deve ser realizado somente com gua, sem sabonete ou shampoo, j que sua pele muito mais frgil, e o mesmo este deve ser evitado nos primeiros dias de vida (36).

    No RNPTE a integridade da pele melhora em torno do 10-14 dia podendo chegar at oito semanas de vida. Os principais problemas relacionados com a pele so: grande perda de gua (resultando em desidratao), hipernatremia (conseqente risco de hemorragia intraventricular), instabilidade trmica, aumento da demanda calrica (propiciando a desnutrio e apnias), defesa antimicrobiana alterada (maior incidncia de sepse e meningite) (35).

    Existem alguns cuidados que evitam leses de pele como: mudana de decbito, pois previne pontos de presso; usar algodo ou pano mido ao invs de gaze para limpar a pele; evitar ao mximo o uso de fitas adesivas; manter incubadora aquecida e umidificada, evitar ponte de esparadrapo para fixar o cateter umbilical (35).

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    Cuidados com o acesso venoso

    Deve-se evitar o acesso venoso perifrico. essencial que o primeiro acesso venoso seja o cateterismo umbilical, este pode ser realizado logo aps o nascimento e deve permanecer at sete dias psnatal, depois deve ser substitudo PICC. Contudo se no houver possibilidade de acesso PICC por motivo de inviabilidade vascular, o cateterismo poder permanecer at 10 dias (36).

    Nos RNPTE evitar a fixao do cateterismo umbilical, como mencionado anteriormente, com pontes de esparadrapo, deixando ento somente a fixao com fio de sutura. A referncia de introduo do cateter para que sua ponta fique ao nvel do diafragma a distncia do umbigo at o ombro. Nos menores de 750 gramas seu posicionamento fundamental, deve ficar logo acima da bifurcao da aorta ou acima do tronco celaco. O mesmo deve ser removido logo que o prematuro esteja estvel e com FIO2 abaixo de 40%, devido ao risco de trombose, hemorragia, perfurao, necrose de vsceras, enterocolite, isquemia de membros inferiores, hipertenso renovascular mais tarde (34). Cuidados com a fototerapia

    A fototerapia utilizada para o tratamento da hiperbilirrubina neonatal. A ictercia comum neste perodo. A hemoglobina da clula vermelha responsvel por 75% da produo de bilirrubina. A cada grama de hemoglobina catabolizada produzido 35 mg de bilirrubina. A bilirrubina excretada pela bile para a luz intestinal, no trato gastro intestinal reabsorvida ganhando novamente a circulao sangunea, esse processo chama-se circulao entero-heptica. No RNPTE a fototerapia utilizada como profiltica (37).

    Existem alguns aspectos que melhoram a eficcia da fototerapia como posicionar o aparelho 30 cm do RN; utilizar aparelho com sete ou oito lmpadas fluorescentes; manter nutrio enteral sempre que possvel; deixar uma distncia de cinco a oito cm entre a incubadora e o protetor das lmpadas; e principalmente controlar a irradincia. Outros cuidados com os RNs com uso de fototerapia so: usar protetores oculares (evitando leses na retina); controlar a temperatura; pesar uma vez ao dia ou sempre que possvel; manter o beb totalmente despido; realizar mudana de decbito freqentemente; permanecer em tempo integral na fototerapia (35).

    Cuidados com a ventilao mecnica

    A maioria dos RNPTE exige ventilao mecnica por Doena de Membrana Hialina (DMH), imaturidade pulmonar ou apnia. A posio provavelmente adequada para o tubo pode ser estimada somando o peso em Kg + seis (orotraqueal) ou + sete / sete e meio (nasotraqueal). A expansibilidade e volume corrente altos aumentam o risco de pneumotrax, enfisema intersticial, displasia broncopulmonar e conseqncias neurolgicas. A maioria dos RNs com peso inferior a 1.500 gramas poder ser ventilada com PPI menor que 15 cm H2O, PEEP de 4-6, TI de 0,25-030, FR de 60-80 rpm e fluxo entre 3-5 litros/minuto (34).

    Embora seja um procedimento mdico, a enfermagem deve auxili-lo neste momento, deixando o material necessrio a ser utilizado pronto para utilizao, assim como fonte de oxignio com fluxmetro + mscara + amb com reservatrio, manter o RN monitorado com oximetria de pulso e saturao, posicionar corretamente o RN em superfcie plana e com coxim na altura dos ombros com leve extenso do pescoo, depois de realizado o procedimento, fixar a cnula e aguardar o raio X (38).

    A enfermeira tambm precisa estar atenta para aspirar CET somente quando clinicamente necessrio, ou seja, com ausculta de secreo, ou quando a mesma est em grande quantidade e aparece CET (35).

    Cuidados na administrao de surfactante

    O surfactante uma substncia que reduz a tenso superficial da interface lquido-gs dentro dos alvolos, portanto diminui a tendncia de colapso alveolar. O uso do surfactante foi uma das

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    medidas de melhor impacto positivo sobre a morbimortalidade de prematuros extremos. Sua administrao est indicada o mais rpido possvel, de preferncia nas duas primeiras horas de vida. Um cuidado fundamental aps o surfactante no aspirar ao RN nas duas horas seguintes ao procedimento (34).

    Ele est presente em pequenas quantidades nos RNs que nascem com 24 semanas, por isso j possuem chances de sobreviver, entretanto seu pico atingido por volta de 33-35 semanas (39).

    Existem quatro tipos de surfactante disponveis no mercado brasileiro, sendo eles: Curosurf do laboratrio Farmalab-Chiesi, frasco de 1,5 e 3 ml, sua concentrao de 80 mg/ml e a dose recomendada 100 a 200 mg/kg; Survanta, do laboratrio Abbott, frasco de 8 ml, sua concentrao 25 mg/ml e sua dose recomendade 100 mg/kg; Alveofact , do laboratrio Boeringer, frasco de 1,2 ml, sua concentrao de 40 mg/ml e a dose recomendada de 100 mg/kg, Exosurf , do laboratrio Wellcome, frasco de 108 mg p liofilizado + frasco ampola diluente de 8 ml, sua concentrao final de 13,5 mg/ml (DPPC) e sua dose recomendada 5 ml/kg (40). Principais medidas a serem tomadas na Reanimao

    Atualmente os procedimentos realizados durante a reanimao neonatal consistem em: manter a temperatura corprea; manter as vias areas prvias; aspirar a boca, o nariz e, se necessrio, a traquia; iniciar a respirao por meio da ventilao com presso positiva; manter a circulao com o auxlio da massagem cardaca e administrar medicaes ou fluidos (27). Ainda no centro cirrgico obsttrico, o RN deve ser recebido em campo estril, em decbito dorsal sob calor radiante, a cabea precisa ser mantida em leve extenso (compressa enrolada na altura do ombro). Aps aspira-se a boca e depois o nariz, seca-o em panos secos e os campos midos devem ser desprezados. Tambm necessrio verificar o estmulo ttil. Avalia-se ento a respirao, freqncia cardaca (se >100 bpm). Resumindo, a seqncia a ser seguida : aquecer, posicionar, aspirar, estimular, avaliar (34).

    A ventilao e a massagem cardaca, quando necessrias, so realizadas de forma sincrnica, mantendo-se uma relao de 3:1, ou seja, trs movimentos de massagem cardaca para um movimento de ventilao, com uma freqncia de 120 eventos por minuto (90 movimentos de massagem e 30 ventilaes). As cnulas traqueais devem ser de dimetro uniforme sem balo, com linha radiopaca e marcador de corda vocal. Em neonatos com idade gestacional < 28 semanas ou peso < 1000g, utiliza-se cnula de 2,5 mm; entre 28 e 34 semanas ou peso entre 1000- 2000 g, cnula 3,0 mm; para os de idade gestacional entre 34 e 38 semanas e peso de 2000-3000 g, indica-se a cnula de 3,5mm; e para os acima de 38 semanas ou de 3000 g, a de 4,0mm (27). Cuidados Nutricionais

    O RNPTE necessita de maior aporte nutricional devido ao crescimento desejado no perodo neonatal se comparado a outra etapa de sua vida. As principais situaes que ocorrem um aumento das necessidades energticas so: restrio do crescimento intra-uterino resultando na diminuio do transporte de nutrientes da me para o feto atravs da placenta; imaturidade fisiolgica do trato gastrintestinal e algumas situaes clnicas como hipxia, acidose, sepse. Entre 24 e 26 semanas o trato gastrintestinal do prematuro semelhante ao RN a termo, porm funcionalmente incompleto. Embora o leite humano seja um alimento de alta biodisponibilidade nutricional ele no supre todas as necessidades do RNPTE, sendo administrada a NPT (41).

    Segundo a Portaria n 272/98, a administrao da NPT responsabilidade do enfermeiro, sua via deve ser exclusiva, de preferncia PICC ou acesso venoso central, uma vez que a passagem do PICC tambm uma atribuio do enfermeiro habilitado conforme a Resoluo COFEN n 258/2001. A mesma deve ser infundida em bomba infusora, com equipo fotossensvel, de maneira contnua sendo trocada a cada 24 horas (42).

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    CONSIDERAES FINAIS Nosso objetivo neste trabalho de reviso bibliogrfica foi alcanado, pois procuramos contextualizar a importncia de uma assistncia individualizada de enfermagem ao RNPTE. Como citado no decorrer do artigo fundamental que ocorra um cuidado individualizado da enfermagem para com este RN, pois o perodo de internao longo e o processo de recuperao gradativo e lento, ou seja, o internamento durar meses, contudo ser muito mais gratificante, se a enfermagem dedicar um maior tempo aos cuidados ao RNPTE. O RNPTE muito frgil e totalmente dependente mais do que qualquer outro recm-nascido, obviamente no excluindo os cuidados aos outros. Se todos, principalmente a enfermagem se conscientizar em relao a isso, da sua fundamental importncia na recuperao deste RN com certeza teremos ainda mais sucesso em relao diminuio da mortalidade.

    Portanto, este trabalho traz subsdios para o profissional enfermeiro que deve estar atento a todas as formas de assistncia, tratamento e preveno para com estes RN diminuindo assim o ndice de complicaes e seqelas, acarretando em um maior benefcio e qualidade de vida para a o RNPTE.

    A temtica abordada tambm aponta a necessidade de novos estudos, pois sempre est em constante transformao visto que na rea da sade sempre temos avanos tecnolgicos, farmacuticos e assistenciais e com isso poderemos ofertar um maior ndice de sobrevida ao RNPTE juntamente com a equipe multidisciplinar. Pretendo tambm realizar um protocolo de atendimento ao RNPTE com os cuidados aqui levantados e ainda enfocar os cuidados neurolgicos a este RN. REFERNCIAS: 1. Ministrio da Sade(BR). Secretaria de Polticas de Sade. Departamento de Gesto de Polticas Estratgicas. rea Tcnica de Sade da Mulher. Manual Tcnico Gestao de Alto Risco. 3.ed. Braslia; 2000 [capturado em: 04 abr. 2011]. Disponvel em: http://www.providaanapolis.org.br/gestao.htm. 2. Ribeiro JAAB; Felice TD; Souza R. Prevalncia de recm nascidos pequenos para idade gestacional em hospital privado credenciado ao sistema nico de sade de Dourados MS. Mato Grosso do Sul; 2008 [capturado em 04 abr. 2011]. Disponvel em: http://www.unigran.br/interbio/vol2_num2/arquivos/artigo5.pdf. 3. Leoni CR; Tronchin DMR. Assistncia Integrada ao Recm-Nascido. 1. ed. So Paulo: Atheneu; 2001. 4. Bassette F. Nmero de prematuros cresce 27% em dez anos no Brasil. Folha de So Paulo, 11 set 2009 [capturado em 21 mar. 2011]. Disponvel em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u622469.shtml. 5. Coelho KSC. Indicadores materno-neonatais na sade suplementar: uma anlise do sistema de Informaes de Produtos. [Tese]. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Medicina Social; 2004. 113 p. Doutorado em Epidemiologia. [capturado em: 04 abr. 2011]. Disponvel em: http://www.ans.gov.br/portal/upload/biblioteca/Tese_Karla_14jun04.pdf. 6. Secretaria de Estado da Sade (PR). Manual de atendimento gestao de alto risco / Secretaria de Sade do Paran. Curitiba: SESA; 2004. 7. Ministrio da Sade (BR). Secretaria de Ateno Sade. Departamento de Aes Programticas Estratgicas. Manual Tcnico Gestao de Alto Risco. 5.ed. Braslia; 2010. [capturado em: 05 abr. 2011]. Disponvel em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/gestacao_alto_risco.pdf.

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  • Revista

    q

    R

    Cr

    L

    ASSIST

    Eletrnica d

    ANEXO 1

    SINAL

    Postura

    Janela quadrada

    Retrao do brao

    ngulo poplteo

    Sinal do xale

    Calcanhar orelha

    SINAL

    Pele

    Pegfri

    trans

    Lanu-

    go

    Ne

    NCIA DE

    da Faculdad

    1 SCORE

    -1

    -1

    gajoso, ivel, sparen-te

    Gevetran

    enhum E

    E ENFERM

    de Evanglic

    E NEW BAL

    0

    0

    latinoso, ermelho, nslcido

    V

    Escasso A

    MAGEM AO

    ca do Paran

    LLARD.

    C

    1

    CO

    C

    1

    Veias cor-de-rosa, visveis

    lisas f

    Abundante

    O RECM

    n, Curitiba,

    CONTAGEM

    2

    ONTAGEM

    FON

    CONTAGE

    2

    Rash descacando supeficial de e/opoucas veia

    Diluir

    M-NASCIDO

    v.2, n.4, p.2

    M

    3

    TOTAL DE

    NTE: Margo

    EM

    3

    as-er-ou, as

    Descamgrosse

    reas delidez, r

    veia

    reas spelo

    O PREMA

    2-18, out./de

    4

    E NEUROM

    otto PR. New

    4

    mao eira, e pa-raras as

    Apernhadsuras

    funsem

    sem o

    Pratic-te au

    ATURO EX

    ez. 2012.

    5

    MUSCULA

    w Ballard S

    4

    rgami-da, fis-s pro-

    ndas, vasos

    Corfis

    prof

    enru

    camenusente

    XTREMO

    CONTAGEM DO

    SINAL

    AR

    Score; 2009.

    CONTA

    -GEM

    DOSINAL

    5

    ricea, suras fundas

    , ugada

    16

    A

    L

    .

    OA

    E

    O NL

  • ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AO RECM-NASCIDO PREMATURO EXTREMO

    Revista Eletrnica da Faculdade Evanglica do Paran, Curitiba, v.2, n.4, p.2-18, out./dez. 2012. 17

    Super-fcie planta

    r

    Salto-dedo do p 40-50mm: -1

    50 milmetro nenhum vinco

    Marcas vermelhas

    fracas

    Vinco trans-versal

    anterior somente

    Vinca a formiga. 2/3

    Sola inteira do excesso dos vincos

    Peito Impercept-vel Pouco

    perceptvel

    Arola lisa sem

    glndula

    Arola par-cialmente ele-vada Glndula 1-2 mm

    Arola ele-vada. Gln-

    dula 3-4 mm

    Borda ele-vada.

    Gln-dula 5-10 mm

    Olho/

    orelha

    Plpebras fundidas

    frouxamen-te: -1

    firmemente: -2

    Plpebras abertas pa-

    vilho plano

    permanece dobrado

    Pavilho parcialmen

    -te encurva-do, mole

    com recolhi-mento lento

    Pavilho completamen

    -te encurvado,

    mole com re-colhimento

    r-pido

    Pavilho completame

    n-te encurva-do, firme com

    recolhimento

    instantneo

    Cartilagem grossa orelha firme

    Geni-tal

    macho

    Escroto plano, liso

    Testculo fo-ra da

    bolsa escrotal.

    Sem rugas

    Testculo no canal superior,

    rugas raras

    Testculo descendo,

    poucas rugas

    Testculos na bolsa,

    rugas bem visveis

    Bolsa escrotal em

    pndulo, ru-gas

    profun-das

    Geni-tal

    fmea

    Clitris proeminent

    e lbios planos

    Clitris proeminen-te. Lbios menores pequenos

    Clitris proeminente. Peque-nos lbios evidentes

    Lbios menores e maiores

    igualmente proeminentes

    Lbios maiores

    grandes e menores pequenos

    Lbios maiores

    recobrem o clitris e l-bios

    meno-res

    CONTAGEM FSICA TOTAL DA MATURIDADE

    FONTE: Margotto PR. New Ballard Score; 2009.

  • ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AO RECM-NASCIDO PREMATURO EXTREMO

    Revista Eletrnica da Faculdade Evanglica do Paran, Curitiba, v.2, n.4, p.2-18, out./dez. 2012. 18

    RESULTADO:

    FONTE: Margotto PR. New Ballard Score; 2009

    TOTAL SCORE (NEUROMUSCULAR

    + FSICO)

    SEMANAS

    -10 20

    -5 22

    0 24

    5 26

    10 28

    15 30

    20 32

    25 34

    30 36

    35 38

    40 40

    45 42

    50 44