edição nº 136

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►PÁGINA 3 VETA DILMA! MERCADO & NEGÓCIOS Aeronautas podem fazer greve em dezembro por reajuste Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ►27 de novembro a 03 de dezembro de 2012 Ano 4 nº 136 www.jornalcapital.jor.br R$1 País Indicadores / Câmbio Compra Venda % Fechamento: 26 de noVemBRo de 2012 ►PÁGINA 2 Dolar Comercial 2,082 2,083 0,05 Dólar turismo 2,000 2,140 2,28 ibovespa 56.737,10 1,45 Marino Azevedo/SCERJ

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Jornal Capital - Edição nº 136

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►PÁGINA 3

VETA DILMA!

MERCADO & NEGÓCIOS

Aeronautas podem fazer greve em dezembro por reajuste

Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ● ►27 de novembro a 03 de dezembro de 2012

Ano 4 ● nº 136www.jornalcapital.jor.br

R$1

País Indicadores / Câmbio Compra Venda %

Fechamento: 26 de noVemBRo de 2012

►PÁGINA 2

Dolar Comercial 2,082 2,083 0,05Dólar turismo 2,000 2,140 2,28ibovespa 56.737,10 1,45

Marino Azevedo/SCERJ

2 ►27 de Novembro a 03 de Dezembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Cambio

Moeda Compra (R$) venda (r$) variação %

Dolar Comercial 2,082 2,083 0,05

Dólar turismo 2,000 2,140 2,28

Moeda Compra (U$) venda (U$) variação %

Coroa dinamarca 5,749 5,751 0,05

Dólar austrália 1,046 1,046 0,00

dólar Canadá 0,993 0,993 0,07

Euro 1,296 1,297 0,06

Franco Suíça 0,927 0,928 0,08

Iene Japão 82,030 82,050 0,47

Libra esterlina Inglaterra 1,602 1,602 0,06

peso Chile 481,250 482,000 0,58

peso Colômbia 1.822,800 1.824,800 0,01

Peso Livre argentina 4,800 4,840 0,10

peso México 13,014 13,017 0,46

Peso Uruguai 19,450 19,650 0,00

bolsa

valor variação %

ibovespa 56.737,10 1,45

IbX 20.792,61 1,02

dow Jones 12.929,46 0,62

Nasdaq 2.339,92 0,34

Merval 2.339,92 4,35

Commodities

Unidade Compra US$ venda US$ variação %

Petróleo - brent barril 111,230 111,250 0,49

Ouro onça troy 1.748,670 1.749,760 0,01

prata onça troy 34,110 34,160 0,00

Platina onça troy 1.608,740 1.616,250 0,03

paládio onça troy 660,470 666,020 0,07

Indicadores

Poupança 27/1 0,500

tR 26/11 0,000

Juros Selic meta ao ano 7,25

Salário mínimo (Federal) r$ 622,00

MERCADO & NEGÓCIOS

Na internet: www.jornalcapital.jor.br

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior Capital Empresa Jornalística LtdaCNPJ 11.244.751/0001-70

Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy), 1995 - Sala 804Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002 - Duque de Caxias, Rio de Janeiro

Telefax: (21) 2671-6611endereços eletrônicos:

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TIRAGEM: 10.000 exemplares(assine o Capital: 21 2671-6611)

IMPRESSÃO: ARETÉ EDITORIAL S/ACNPJ 00.355.188/0001-90

Departamento Comercial:(21) 2671-6611 / 8400-0441 / 7854-7256 ID 8*21653

Diretor Geral: Marcelo CunhaDiretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Carlos Erbs, Dilma Rousseff, Geiza Rocha,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub e Rodrigo de Castro.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Ponto de Observação

alberto marques

Ministro defende a democratização do acesso à justiça

O ministro Joaquim Barbosa, que tomou

posse quinta-feira (dia 22) como presidente do Supremo Tribunal Fede-ral (STF), aproveitou o momento para criticar a desigualdade de acesso à Justiça e a subordinação pela qual os juízes preci-sam se submeter para as-cender proissionalmen-te. “Há um grande déicit de Justiça entre nós. Nem todos os brasileiros são tratados com igual consi-deração quando buscam a Justiça. Ao invés de se conferir à restauração de seus direitos o mesmo tratamento dado a pou-cos, o que se vê aqui e acolá - nem sempre, é claro, mas às vezes sim - é o tratamento privile-giado, o bypass. A pre-ferência desprovida de qualquer fundamentação racional,” disse em dis-curso. Para o ministro, o Judiciário deve ser “sem irulas, sem loreios, sem rapapés” e deve se es-forçar para dar resposta célere à sociedade, com duração razoável do pro-

cesso. Segundo Barbosa, a lentidão processual pode produzir um “espantalho capaz de espantar investi-mentos produtivos de que tanto necessita a economia nacional. “De nada valem as ediicações suntuosas, os sistemas de comuni-cação e informação, se naquilo que é essencial a Justiça falha porque é pres-tada tardiamente e porque presta um serviço que não é imediatamente fruível”, argumentou.

Na última parte do dis-curso, Barbosa reforçou a independência do juiz e a necessidade de afastá-lo da má inluência para a as-censão proissional. “Nada justiica a pouco ediicante busca de apoio para uma singela promoção de juiz de primeiro grau. Ele deve saber quais são suas pers-pectivas de promoção e não tentar obter pela apro-ximação do poder político dominante no momento”, disse o ministro, que foi muito aplaudido. Segundo o ministro, os juízes são “produtos de seu meio e de seu tempo”, e devem atuar de acordo com os va-lores da sociedade em que

vivem. “Nada mais ultra-passado e indesejado que aquele modelo de juiz iso-lado e fechado, como se es-tivesse encerrado em uma torre de marim”.

Um dos oito ilhos de um lavadeira e um pedreiro, Joaquim Barbosa, mineiro de Paracatu, saiu de casa aos 16 anos, sozinho, para tentar melhor de vida em Brasília. Trabalhou na grá-ica do jornal “Correio Bra-silienese” enquanto fazia o ensino médio nua escola publica do Distrito Federal. Conquistou o seu bachare-lado em Direito pela Uni-versidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu títu-lo de mestrado em Direito do Estado. Foi Oicial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servi-do na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia e, após, foi advogado do Ser-pro (1979-84). Aprovado em concurso público para procurador da República, licenciou-se do cargo e foi estudar na França, onde ob-teve mestrado e doutorado ambos em Direito Público, pela Universidade de Paris--II (Panthéon-Assas) em

1990 e 1993. Retornou ao cargo de procurador do MP Federal no Rio de Janeiro e de professor concursado da Univer-sidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi “visiting scholar” no Human Ri-ghts Institute da faculdade de direito da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000) e na Uni-versidade da Califórnia Los Angeles School of Law (2002 a 2003). Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É luente em francês, inglês, alemão e espanhol. Toca piano e violino desde os 16 anos de idade.

Ingressou no STF por indicação de Lula em 2003, no único momento da sua vida em que a cor da pele, mais do que seu saber jurídico e cultural, foi marcante, pois Lula, no momento da indicação de um novo ministro do Supremo, buscava apenas um Negro, uma espécie de marketing junto à co-munidade negra de todo o mundo. Só isso.

(*) Fechamento: 26 de noVemBRo de 2012

Novo portal do empreendedor vai facilitar a vida do empresário

O governo federal vai lançar um novo por-

tal do empreendedor para “simpliicar a vida do em-presário com o Estado”, disse à Agência Brasil o se-cretário de Comércio e Ser-viços do Ministério de In-dústria e Comércio Exterior (MDIC), Humberto Ribei-ro. O anúncio será feito em Brasília durante o 1º Sim-pósio Brasileiro de Políti-cas Publicas para Comércio e Serviços (Simbracs), nos dias 28 e 29 de novembro, no Centro de Convenções Brasil 21. “O novo por-tal vai trazer ferramentas

mais simples, que facili-tam o relacionamento entre empreendedor brasileiro com o Estado, para que ele (empreendedor) esteja, de forma simples, garantindo conformidade com as leis. Estamos facilitando a vida do empresário”, disse.

Durante o encontro vão ocorrer mais de 30 painéis e debates com temas rela-cionados ao setor terciário, como as relações educacio-nal, trabalhista e de con-sumo. Além disso, haverá uma rodada de apresenta-ção de oportunidades e in-vestimentos, com 13 países

estrangeiros já estão ins-critos. “São vários bilhões de reais em oportunidades de investimentos. As 50 empresas que cadastram seus projetos serão apre-sentadas aos investidores. É um catálogo de ofertas e daí as coisas evoluem. É a primeira vez que o governo federal faz uma chamada pública para investidores internacionais”, comentou.

O evento será coordena-do pela Secretaria de Co-mércio e Serviços (SCS) do MDIC, em parceria com a Agência Brasileira de Pro-moção de Exportações e

Investimentos (Apex-Bra-sil), com a Agência Brasi-leira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Peque-nas Empresas (Sebrae). O Simbracs dá continuida-de ao Plano Brasil Maior, programa de incentivo à indústria nacional, focando em ações para melhorar a competitividade das em-presas em diversos setores. A ideia é que exista uma busca permanente por ino-vação e mais qualidade dos serviços e bens comerciali-zados no Brasil.

Custo da construção sobe mais de 7% em um ano

O Índice Nacional de Custo da Constru-

ção do Mercado (INCC--M), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), aumentou 0,23% em novembro, va-riação ligeiramente inferior à de setembro (0,24%). No acumulado do ano, o índi-ce apresentou variação de 6,93% e, nos últimos 12 meses, 7,3%. O resultado foi inluenciado pelo gru-po de despesas materiais, equipamentos e serviços, que sofreu decréscimo, passando de 0,49% para 0,22%. Na média, o INCC--M só não foi menor por-que, no período, ocorreram reajustes salariais em Reci-fe, um dos sete locais pes-quisados, onde a taxa sal-tou de 0,48% para 2,21%.

Os cálculos relativos à mão de obra nas sete ca-pitais indicam elevação de 0,01% para 0,24%. Desde janeiro, o custo da mão de obra icou 9,21% mais caro e, em 12 meses, 9,72%, praticamente, o dobro do índice de materiais, equipa-mentos e serviços com va-riação de 4,63% e 4,87%, respectivamente. Das sete localidades pesquisadas, apenas Recife teve eleva-ção do INCC-M (de 0,48% para 2,21%). Nas demais, ocorreram decréscimos: Brasília (de 0,32% para 0,07%) e Rio de Janeiro (de 0,22% para 0,08%); Salvador (de 0,14% para 0,13%); Belo Horizonte (de 0,28% para 0,18%); Porto Alegre (de 0,28% para 0,11%) e São Paulo (de 0,2% para 0,13%).

Banco de Imagens

3►27 de Novembro a 03 de Dezembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Brasil deverá crescer em torno de 3% em 2013

Termelétricas podem começar a ser desligadas

Conversa com a Presidentaencaminhe perguntas para a Presidenta dILma RoUSSeFF: [email protected] ou [email protected]

RAIANNE JUSTUS BEZERRA DE ALMEIDA, 31 anos, engenheira de Lençóis Paulista (SP) - Queria saber se o Brasil já produz petróleo na camada pré-sal e quanto.

Presidenta Dilma - Sim, Raianne, o pré-sal tornou-se realidade e já produz, nas bacias de Santos e de Campos, mais de 200 mil barris por dia, 10% de toda a produção de petróleo no Brasil. Até 2016, o pré-sal deverá contribuir com 31% da produção total do país, graças ao investimento da Petrobras e de outras empresas instaladas no país, muitas em parceira com a empresa brasileira. Estes investimentos estão estimados em US$ 93 bilhões, dos quais US$ 69,6 bilhões serão aportados pela Petrobras. O petróleo do pré-sal é uma imensa riqueza que se destaca não só pelo tamanho, como também pela qualidade. O petróleo do pré-sal da Bacia de Santos, por exemplo, tem baixa acidez e baixo teor de enxofre, características valorizadas no mercado. A exploração do pré-sal, Raianne, vai signiicar mais encomendas de bens e serviços no Brasil, criando oportunidades de negócio e de emprego para brasileiros e brasileiras. E usando de forma responsável os recursos dos royalties, teremos um passaporte para transformar o Brasil em um país muito mais desenvolvido e com mais oportunidades para toda a população.

PABLO AZEVEDO DA SILVA, 24 anos, supervisor de cobranças, Cuiabá (MT) - O Brasil nas Olimpíadas tem um número pequeno de medalhas em relação aos outros países, com renda muito abaixo da do nosso país. Seria esse o relexo da falta de investimento no esporte por parte do governo federal?

Presidenta Dilma - Pablo, desde 2005, temos apoiado nossos atletas por meio do Bolsa-Atleta, o maior programa de patrocínio individual de atletas no mundo, que já beneiciou quase 19 mil competidores. Só em 2012, foram 4.243 bolsistas de 53 modalidades olímpicas e paraolímpicas e 609 de modalidades não-olímpicas. Os resultados já começaram a surgir pois, nos Jogos Olímpicos de Londres, dez das 17 medalhas do Brasil foram conquistadas por bolsistas do programa. Nos Jogos Paraolímpicos de Londres, icamos em sétimo lugar entre mais de 150 países, com 43 medalhas, das quais 37 foram de bolsistas. Para ampliar este apoio, criamos o Plano Brasil Medalhas, que investirá R$ 1 bilhão até 2016, priorizando as 21 modalidades olímpicas e 15 modalidades paraolímpicas com mais chances de medalha. Também criamos o Bolsa Pódio, para atletas de modalidades individuais colocados entre os 20 melhores do mundo, e a Bolsa Técnico, para seus treinadores, além de apoio a equipe multidisciplinar (preparador físico, nutricionista, atleta-guia,etc.). O Brasil Medalhas investirá também na construção, reforma e operação de 22 centros de treinamento, aquisição de equipamentos esportivos, apoio a competições esportivas no Brasil e no exterior. Queremos, Pablo, que todos tenham oportunidade de desenvolver seus talentos no estudo, no trabalho e também no esporte, e que nossos atletas conquistem muitas medalhas em 2016, no Rio de Janeiro.

CARLOS RAMOS FILHO, 42 anos, funcionário público em Porto Velho (RO) - Quero perguntar para a presidente Dilma como funciona a Tarifa Social de Energia Elétrica.

Presidenta Dilma - Carlos, a Tarifa Social de Energia Elétrica é um desconto na conta de luz destinado às famílias inscritas no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa. Quanto menor o consumo, maior o desconto. Também podem ter acesso ao benefício famílias com renda mensal total de até três salários mínimos que têm familiar em tratamento de saúde que necessite usar continuamente aparelhos com elevado consumo de energia, e ainda aquelas em que algum familiar receba o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) – idosos ou pessoas com deiciência física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo. O desconta varia de 10% a 65%, e é aplicado cumulativamente: os primeiros 30 kwh por mês têm 65% de desconto; na parcela de 31 kwh a 100 kwh, o desconto é de 40%; e a faixa de 101 kwh a 220 kwh, é descontada em 10%. Mas se a família inscrita for indígena ou quilombola, os primeiros 50 kwh/mês são gratuitos. Em todos os casos, o responsável pela residência, munido de comprovante da inscrição no Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) deve procurar a empresa de energia elétrica de seu município e solicitar o benefício. Qualquer dúvida sobre esse benefício, Carlos, pode ser esclarecida em ligação gratuita por meio do telefone 0800 7072003.

(*)aRthUR SaLomÃo É eSPecIaLISta em dIReIto emPReSaRIaL e RecUPeRaÇÃo JUdIcIaL.

Direito Empresarial

Conduto pede recuperação judicial

A CONDUTO-Com-panhia Nacional de

Dutos, empresa especia-lizada em construção de dutos, oleodutos, gaso-dutos e aquedutos, teve seu pedido de recupera-ção judicial deferido pelo MM. Juízo da 7ª Vara Cível da Comarca de Du-que de Caxias, nos autos

do processo nº 0052391-44.2012.8.19.0021, em de-cisão publicada no último dia 12. A empresa sediada em Duque de Caxias, RJ, foi pioneira no uso de PIG inteligente, na implantação da solda orbital automáti-ca com dois cabeçotes, do ultrassom automático com-putadorizado e do E.C.A. (Enginnering Critical As-sessment).

Além disso, participou

das primeiras grandes obras na Floresta Amazônica e do projeto de geração de ener-gia no Gasoduto Bolívia – Mato Grosso (com mais de 700 km de extensão), dentre outras. Inobstante toda a tradição e know-how da CONDUTO, problemas pontuais izeram com que a empresa pedisse a recu-peração judicial. A medida tem como principal escopo viabilizar o pagamento de

arthur Salomão* seus credores através de um plano, que deverá ser aprovado em assembleia junto aos interessados.

O Escritório Costa Ri-beiro, Faria Advogados Associados teve a honra de ser nomeado Adminis-trador Judicial no referido processo e se coloca à dis-posição de todos os credo-res e demais interessados para eventuais esclareci-mentos.

Manifestação em defesados royalties reúne multidãoO centro do Rio de Ja-

neiro parou a partir do início da tarde desta segunda-feira (26) com a realização da manifesta-ção “Veta Dilma. Contra a injustiça, em defesa do Rio”, contra o novo proje-to de lei de número 2.565, aprovado pela Câmara dos Deputados, de distribui-ção dos royalties do petró-leo, o que causará perda acumulada, até 2020, de cerca de R$ 77 bilhões. A concentração teve iní-cio próximo à Igreja da Candelária e seguiu pela Avenida Rio Branco, com acompanhamento de trios elétricos, até a Cinelândia. A manifestação reivindi-cou à presidente Dilma Rousseff que não sancione o projeto que redistribui os royalties para todos os estados e municípios do país. Vários shows foram programados. Além do go-

vernador do Rio, Sérgio Cabral, participou também o prefeito Eduardo Paes, o governador do Espírito Santo, Renato Casagran-de, e representante do go-verno de São Paulo.

Em um palco locali-zado em frente à Câmara

Municipal, na Cinelândia, foi feita a leitura do mani-festo, que será enviado à Brasília, e discursos contra o golpe sofrido pelo Rio na partilha dos recursos oriundos da exploração de petróleo. Vários artistas participaram da manifes-

tação, como Alcione, que cantou o Hino Nacional, Fernanda Abreu, Gabriel Pensador, Xuxa e Fer-nanda Montenegro, entre outros. A manifestação, segundo o governo do Es-tado, contou com mais de 200 mil pessoas.

Perda de R$ 3,4 bilhões somente em 2013O Governo do Estado

do Rio de Janeiro e os municípios luminen-ses poderão perder já em 2013, R$ 3,4 bilhões em receitas com royalties e participações especiais na exploração de petróleo, caso seja sancionado o pro-jeto. O cálculo foi feito por

técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Econô-mico, Energia, Indústria e Serviços do Estado do Rio de Janeiro, tomando como premissas o preço do bar-ril de petróleo a US$ 90 e câmbio de R$ 2,00.

- Os efeitos para os esta-dos produtores e especial-

mente para os municípios produtores são catastrói-cos. Há municípios em que os royalties e participações especiais respondem por mais de 60% da receita - airmou o secretário de Desenvolvimento Econô-mico, Julio Bueno. Ainda segundo Bueno, a maior

prova de que são direitos adquiridos do Estado e dos municípios o pagamento de royalties e participações especiais sobre a explora-ção e produção de petró-leo no futuro está no fato de que a União aceita esse crédito como pagamento de dívida a vencer.

Aperj promete ação no STF se Dilma não vetar projeto

Dezenas de membros da Associação de

Procuradores do Estado do Rio de Janeiro (Aperj) participam da passeata que pede para a presidente Dil-

ma Rousseff vetar o proje-to que redistribui os royal-ties do petróleo. Segundo o presidente da entidade, Rafael Rolim, a presença na manifestação é emble-

mática e demonstra que, caso a presidente não vete o projeto, o Estado entrará com uma ação de incons-titucionalidade pedindo a revisão do projeto no

Supremo Tribunal Fede-ral (STF). “Se a Dilma não vetar, no dia seguinte o Estado entra com uma ação de inconstitucionali-dade”, disse Rolim.

Bruno Itan-SCERJ

4►27 de Novembro a 03 de Dezembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Nos próximos anos a cidade do Rio de Janei-ro irá sediar o Encontro Mundial da Juven-

tude Católica, a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Isso sem contar com diversos outros eventos internacionais que já estão agendados. Os novos prefeitos assistirão, ainda, a entrada em operação do Porto do Açu e do Com-perj, dois mega empreendimentos que contribuem para a dinamização econômica do interior do es-tado, gerando emprego e renda e mudando o peril não apenas dos municípios que os sediam, como também do entorno.

Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro serão R$ 211,5 bilhões em inves-timentos no próximo triênio, em petróleo, gás, side-rurgia e logística. Diante disso, o desaio é planejar e executar com o máximo de eiciência e transpa-rência. Precisamos de planos de mobilidade urbana que integrem os modais (ônibus, trem, metrô, bici-cletas, pedestres); de uma gestão do lixo que reduza a quantidade de resíduos nos aterros e torne viável a reciclagem. Temos que formar nossos estudantes para a vida e para o trabalho, e capacitar o corpo técnico das administrações públicas.

Para auxiliar os prefeitos e suas equipes neste esforço, o Fórum Permanente de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, liderado pela ALERJ promove nesta terça-feira (27) o evento “Cami-nhos, sustentáveis para o desenvolvimento”, que tem como objetivo apresentar ferramentas aos ges-tores e referências de melhores práticas. O fantas-ma da redistribuição dos royalties de petróleo ainda não foi exorcizado e será preciso sobreviver a este turbilhão de incertezas.

Ter um plano pode ajudar. E pensar em conjunto também. E é nisso que apostamos para que as opor-tunidades que se abrem sejam de fato aproveitadas.

GeIZa Rocha é jornalista e secretária-geraldo Fórum Permanente de desenvolvimentoestratégico do estado do Rio de Janeiro ornalista Roberto marinho. www querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

Fórum Permanente de DesenvolvimentoEstratégico do EstadoJornalista Roberto Marinho

Desafios do presente

Deputada carrega bandeira de Duque de Caxias em manifestaçãoAssim como ocorreu há

um ano, milhares de pessoas de várias cidades luminenses tomaram as ruas do Centro do Rio em defesa dos royalties do pe-tróleo, durante a manifes-tação “Veta, Dilma: contra a injustiça, em defesa do Rio”, realizada nesta se-gunda-feira (26). E Duque de Caxias se fez represen-tada no ato por um grupo de moradores da cidade que partiram em caravana organizada pela deputa-da estadual Claise Maria (PSD).

Com faixas e bandei-ras, o grupo se juntou aos demais populares, parla-mentares, prefeitos e re-presentantes da sociedade e participou da manifesta-ção que tem o objetivo de pedir o veto da presidenta Dilma Rouseff ao projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados que pulveri-za as verbas indenizatórias da produção e exploração de petróleo principalmen-te na plataforma marítima do Rio e do Espírito Santo. Com a mudança, o Rio per-de R$ 77 bilhões até 2020. “Apesar de se tratar de uma reivindicação da maioria dos estados brasileiros, a sanção da lei sobre a re-distribuição dos royalties

representa um ato de co-vardia para com os estados produtores, em especial o Rio de Janeiro. Esta lei é totalmente inconstitucio-nal, já que propõe a revisão na distribuição de recursos em áreas de exploração que já foram anteriormente licitadas e que já são ex-ploradas”, defendeu Claise Maria.

Aos cofres dos municí-pios, o projeto pode gerar uma redução de recursos pagos, no ano que vem, de R$ 4,1 bilhões para R$ 1,6 bilhão e Duque de Caxias é uma das cidades mais afe-tadas com a nova redação do projeto, já que a cidade comporta aquela que é hoje

a principal reinaria de pe-tróleo do estado, a Reduc.

- Cidades como Du-que de Caxias e outras em nosso estado, onde aconte-cem as ações de explora-ção, transporte e reino de petróleo, possuem como principal fonte de arreca-dação os royalties oriundos da Petrobrás. No entanto, estas mesmas cidades con-vivem com as contraparti-das destas atividades, tais como absorver os traba-lhadores vindos de outras cidades, os transtornos da alta rotatividade de veícu-los pesados em seu trânsito e principalmente, os danos ambientais comuns a ati-vidade, como a poluição

do ar que respiramos ou decorrentes de frequentes acidentes, tais como va-zamentos de óleo em rios. Os royalties são uma forma de compensação inanceira a estas cidades por estes transtornos e não podem simplesmente ser dividi-dos com estados onde es-tas atividades não existem. Para a cidade de Duque de Caxias, por exemplo, isso representaria uma perda superior aos 15 milhões de reais por ano no orçamen-to e isso iria comprometer os investimentos em saúde, educação e políticas pú-blicas para as famílias de nossa cidade - inalizou a deputada.

Divulgação

5►27 de Novembro a 03 de Dezembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Anac diz que preço de passagens aéreas caiu 43% entre 2002 e 2011

O preço médio da tarifa de passagens aéreas

nacionais caiu 43% entre 2002 e 2011, segundo a Agência Nacional de Avia-ção Civil (Anac). No mes-mo período, a procura por passagens cresceu quase 200%. Segundo Cristian Vieira, gerente de Análise e Estatísticas e Acompa-nhamento de Mercado da Anac, o aumento na de-manda e a queda de preços devem-se, em larga medi-da, à mudança de atuação do Estado nesse mercado. Vieira diz que, até 2002, não existiam assentos por menos de R$ 100, enquan-to em 2011 cerca de 16% das passagens aéreas foram comprados nessa faixa de preço e, nesse mesmo ano, 65% das passagens foram compradas por menos de R$ 300. Ele acrescenta que, com a desregulação de preços, 63% dos assentos comercializados em 2011 tiveram valor abaixo do mínimo de quando havia regulação máxima e míni-ma de preços.

Segundo Vieira, hoje as empresas aéreas são livres para estipular o valor das tarifas cobradas, desde que não haja concorrência "pre-datória". Mas nem sempre foi assim. Antes de 1989, o Estado ixava os preços das passagens aéreas. Foi nesse ano que o Estado começou a estipular limites mínimo e máximo do valor das ta-rifas domésticas. Em 2001, houve a implantação da li-

berdade tarifária no trans-porte aéreo em viagens na-cionais. Em 2004, depois de uma promoção de pas-sagens por R$ 50, as em-presas passaram a ter que registrar valores promocio-nais com no mínimo cinco dias de antecedência. Des-de 2010 não existe a obri-gatoriedade, as empresas precisam apenas registrar posteriormente os valores executados no mês.

Rafael Scherre, gerente de Regulação Econômica da Anac, diz que os resul-

tados da desregulação de preços foram novas rotas e serviços, a queda dos pre-ços e o aumento do núme-ro de passageiros. Marcelo Guaranys, diretor-presi-dente da Anac, avalia que hoje a população sofre “algumas dores do cresci-mento”, mas que o desaio é fazer com que a infraes-trutura acompanhe o cres-cimento da demanda por viagens aéreas. Rogério Coimbra, secretário de Po-lítica Regulatória de Avia-ção Civil, diz que agora a

atenção é para o consumi-dor. “Antes a preocupação era proteger as empresas” disse. Coimbra explica que hoje a regulação deve se voltar para a infraes-trutura aeroportuária. Ju-liana Pereira, secretária Nacional do Consumidor, acredita que o crescimen-to deve ser olhado com cautela e que a atenção das empresas aéreas deve estar voltada para os con-sumidores que não tinham acesso a viagens de avião e agora têm.

Banco de Images

Sindicato cobra da Gol prioridade de contratação para demitidos da Webjet

O Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA) in-

formou que vai dar orienta-ção jurídica aos funcionários da sua base de atuação que serão demitidos da compa-nhia aérea Webjet, no caso de dispensas que não cum-prirem a convenção coleti-va de trabalho da categoria. A categoria também quer prioridade da Gol Linhas Aéreas para a recontratação dos demitidos. De acordo com a presidenta do SNA, Selma Balbino, a entidade pediu um comprovante por escrito da Gol que garanta prioridade aos funcionários agora demitidos no caso de necessidade de futuras con-tratações.

Ainda segundo Selma Balbino, na base do sindi-cato, que abrange 23 uni-dades da Federação, serão demitidos 40 proissionais de operação, entre check in e balcão, e 40 mecânicos. O número de trabalhado-res que atuam nesses dois setores é 510 e 150, res-pectivamente. No total, 850 funcionários serão demiti-

dos. O im das atividades da Webjet foi anunciado nesta sexta-feira pela Gol, que ha-via comprado a empresa em julho de 2011. A operação foi aprovada, no entanto, somente em 10 de outubro passado pelo Conselho Ad-ministrativo de Defesa Eco-nômica (Cade).

- Eu acredito que o maior número de demissões ocor-rerá em São Paulo, onde icava o hub [centro de co-nexão] da Webjet - disse Selma à Agência Brasil. O estado de São Paulo, assim como Pernambuco e Rio Grande do Sul, não integra a base do SNA. A dirigente sindical informou ainda que há 20 dias enviou uma carta à direção do Gol cobrando informações sobre o encer-ramento das atividades da Webjet e o cumprimento da convenção coletiva no caso de demissões. Somen-te nesta sexta-feira, segundo a entidade, recebeu do dire-tor de recursos humanos da Gol, Jean Carlos Alves No-gueira, a conirmação das demissões.

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Alexandre Cardoso anuncia nome da primeira mulher para seu governo

A Secretaria de Assis-tência Social de Du-

que de Caxias, a partir de janeiro de 2013, terá como titular a empresária Clau-dia Peixoto. O anúncio foi feito na noite de sexta--feira (23) pelo prefeito eleito Alexandre Cardo-so, na quadra da Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio, durante o evento “Show do Pe-dro Augusto”. Cláudia é o segundo nome tornado público pelo futuro prefei-to - o primeiro, anunciado no último dia 9, foi o do cardiologista Camillo Jun-queira para a Secretaria de Saúde e que terá como seu adjunto Sílvio Roberto da Costa Júnior.

Nascida e criada em Duque de Caxias, Cláudia, que é esposa do deputado

estadual Dica (PSD), atua como sua assessora desde o mandato de vereador. Procurada por telefone, ela conversou com o editor do Capital, Josué Cardoso. “Primeiro iquei surpresa com o convite feito pelo prefeito eleito Alexandre Cardoso. Não esperava que isso fosse acontecer. Ao longo de minha ati-vidade, recebi diversos convites, inclusive no âm-bito do governo do Esta-do, porém, nunca aceitei, embora orgulhosa de ser lembrada. Depois do con-vite do Alexandre, pedi um tempo para pensar, pois trata-se de um cargo de grande responsabilida-de. Releti bem, conversei muito com o meu marido e me convenci que, diante do clima de mudança que

a cidade viveu na última eleição, achei, como cida-dã, que deveria contribuir. Voltei a conversar com o novo prefeito, agradeci a coniança demonstrada e comuniquei que aceita-ria o convite”, conirmou Cláudia, que já arregaçou as mangas e tem agendado um encontro nesta terça--feira (27) com a atual Se-cretária, Roseli Duarte.

Segundo ela, as respon-sabilidades são inúmeras, pois a cidade enfrenta mui-tos problemas no campo social. “Teremos grandes desaios pela frente mas o momento exige muito sacrifício da nossa parte. Estamos determinados a trabalhar para mudar esse quadro, pois temos muita responsabilidade com a população da cidade onde

vivemos e trabalhamos”, completou. Dica, por sua vez, fez questão de se ma-nifestar sobre a escolha de sua esposa para o pri-meiro escalão do próximo governo. “Sobre a Cláudia posso falar com conheci-mento de causa. Esposa e mãe dedicada, mulher de-terminada, certamente ela vai se entregar de corpo e alma para essa missão. Ela entendeu que tem contri-buições a dar ao municí-pio e fará o melhor para elevar a qualidade de vida de seus moradores. Assim como ela, também iquei feliz pelo convite feito pelo prefeito eleito. Estou coniante de que ela se de-dicará por inteiro para im-plementar as ações que a cidade tanto precisa”, con-cluiu o parlamentar.

RodRIGo de caStRo é jornalista e pós-graduado em marketing e comunicação empresarial pela Universidade Federal de Juiz de Fora (mG)

Bastidoresda ALERJ

Bastidores: ‘Veta Dilma’ gera breve trégua entre adversários políticos

A Cinelândia fez jus a tradição histórica de abrigar grandes manifestações políticas e ferveu na tarde desta segunda-

-feira. Populares, representantes da sociedade civil organiza-da, prefeitos, parlamentares e políticos de todas as estirpes estiveram dividindo o mesmo espaço e por alguns instantes o mesmo palanque, armado em frente às escadarias da Câmara Municipal no manifesto “Veta Dilma”, contra a redistribuição dos royalties do Petróleo.

Seria exagero dizer que estavam lado a lado, mas as três principais lideranças políticas do estado participaram do mes-mo ato político, com objetivo e interesse comum e estiveram bem próximos. No entanto, não conseguiram evitar algumas “alinetadas” por mais que tentassem. Os principais assessores do governador e idealizador do ato, Sérgio Cabral o aconse-lharam a não se prolongar nos discursos de forma a evitar uma “constrangedora vaia”. A preocupação era justiicada com a presença de 10 mil pessoas que vieram em 200 ônibus dire-tamente da cidade de Campos para participar do manifesto, incentivadas pelo deputado federal Antony Garotinho (PR).

Bem mais discreto, mas se fazendo notar por sua simples presença na linha de frente e bem ao lado do Prefeito do Rio, Eduardo Paes, estava o senador Lindberg Farias. Seu carisma junto aos populares por si só já representa uma ameaça per-ceptível aos adversários políticos.

Por falar em Eduardo Paes, foi dele a primeira troca de farpas na chegada ao evento. É que algumas horas antes, ainda na entrada da Alerj, o deputado Marcelo Freixo (Psol), num ato de “sinceridade”, airmou que icaria trabalhando em seu gabinete e não participaria do ato e justiicou ter boas razão para isso. Segundo ele, muitos prefeitos que estariam no even-to airmando que, sem os royalties seus municípios iriam que-brar (sic), são os primeiros a surrupiar esta grana quando ela entra no caixa das prefeituras. Desse modo, Paes não perdoou: “Hiprocrisia não cabe nessa hora. Depois bate no peito e diz que ama o Rio!”

O futuro governador pelas pretensões de Cabral, Luiz Fer-nando Pezão evitou falar do assunto. Quando perguntado pe-los repórteres presentes se aquele já poderia ser considerado o seu primeiro ato de campanha pra 2014, foi enfático: “O tema hoje é outro. A campanha começa a partir de amanhã. Logo vamos botar o bloco na rua”.

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Atualidade

País

Internacional Miriam Belchior defende planejamento regionalintegrado entre países da América Latina

A ministra do Planeja-mento, Miriam Bel-

chior, defendeu o papel do Estado como indu-tor do desenvolvimento nacional. Segundo ela, ao adotar uma postura “mais ativa” priorizando o planejamento, o Brasil provocou, na última dé-cada, a retomada do cres-cimento econômico. “A busca do crescimento da economia com redução das desigualdades sociais envolve uma visão ampla do processo econômi-co e uma série de políti-cas públicas complexas. A indução do governo central é necessária para implementar e garantir a coordenação dessas po-líticas públicas sociais”,

disse, ao participar, dia 22, da abertura de um semi-nário, em Brasília, sobre a experiência brasileira em planejamento de desenvol-vimento. O evento é orga-nizado em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e o Ca-ribe (Cepal), que pretende analisar a experiência de países da região.

De acordo com a minis-tra, o Brasil tem hoje um conjunto de programas que visa a atacar diferentes gar-galos e atrasos da estrutura econômica e social, cuja elaboração exigiu a reto-mada da capacidade de pla-nejamento. Ela citou como exemplos bem sucedidos nessa direção, o Programa de Aceleração do Cresci-

mento (PAC), o Brasil sem Miséria e o Minha Casa, Minha Vida. Eka destacou que a elaboração do orça-mento como instrumento do planejamento foi funda-mental para a implemen-tação desses programas. Segundo ela, é por meio dessas duas ferramentas - orçamento e planejamento - que o governo deine me-tas e norteia suas estratégias para o desenvolvimento in-clusivo, que prevê a busca de crescimento econômico com redução das desigual-dades sociais e regionais.

A ministra lembrou que a cada quatro anos, por deter-minação legal, o Executivo apresenta ao Legislativo o Plano Plurianual, contendo os grandes objetivos do país

para o período. Apro-vada a proposta, icam estabelecidas as metas que o governo deve atingir para assegurar a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. Além disso, a cada ano são apresentadas ao Legislativo as regras para elaboração do or-çamento e o orçamen-to propriamente dito, ambos considerando as metas deinidas. Ainda durante o evento, a mi-nistra ressaltou a neces-sidade de se avançar no planejamento regional integrado entre os paí-ses da América Latina, como forma de reduzir as assimetrias entre es-sas nações.

Aeronautas podem parar em dezembro por reajuste e contra demissões da Webjet

Os aeronautas podem entrar em greve em

dezembro, informou o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Gelson Fochesa-to. Além de ser surpre-endido pela extinção da Webjet, anunciada nesta sexta-feira, o sindicato, que representa pilotos e comissário de bordo, reclama que as empre-sas aéreas não querem conceder reajuste à cate-goria. “Vamos vai fazer greve, se for preciso, se a coisa continuar desse jeito", disse Fochesato. Sem reajuste e com de-missões em massa, a ca-tegoria terá de tomar uma atitude. "E, se tivermos que fazer [greve], fare-

mos antes do Natal”, disse Fochesato, em entrevis-ta coletiva sobre o im da Webjet, que resultará em 850 demissões.

Apesar da ameaça de paralisação, Fochesato afastou a possibilidade de greve no período das festas de im de ano. “O sindica-to não vai fazer greve no Natal, nem no Ano-Novo. Isso eu garanto à socieda-de brasileira. Mas talvez a aviação pare bem antes do Natal”, admitiu. “As em-presas aéreas estão sufo-cando os trabalhadores do setor. Vamos dar um basta nisso.”

Fochesato diz que falta de transparência no pro-cesso de fusão entre a Gol e Webjet, autorizado pelo

Conselho Administrati-vo de Defesa Econômica (Cade) no dia 10 de outu-bro. A operação resultou no encerramento das ativi-dades da Webjet. “Não foi um processo transparente, tranquilo, de negociação. Foi na madrugada que eles izeram isso”, reclamou o sindicalista. Para ele, nun-ca houve intenção de fa-zer fusão. O sindicalista teme que a diminuição do número de empresas no setor resulte em aumento no preço das passagens. “Quando icarem somen-te duas empresas, elas vão impor o preço que bem entenderem”, disse. Para ele, o Cade deveria ter tido uma atuação mais irme no caso. “O responsável

é o Cade, que nunca atuou para evitar esse tipo de coisa.”

De acordo com Fo-chesato, o SNA está em negociação com o Ministério do Traba-lho e espera encontrar uma maneira de rever-ter as demissões. Na próxima terça-feira (27), o sindicato par-ticipará de audiência no Senado. No site da Webjet, a Gol informa que dará continuidade aos serviços de trans-porte aéreo e assistên-cia a todos os clientes da empresa extinta. O atendimento aos clientes passará a ser feito nos balcões da Gol.

Pecuaristas do estado do Rio poderão emitir documentação de animais pela internet

A partir do início de 2013 os produtores

rurais do Estado pode-rão emitir de casa ou do escritório documen-tos como a GTA (Guia de Trânsito Animal), lançar comunicação de nascimentos e mortes de animais e declaração de vacinação do rebanho à Defesa Agropecuária Estadual. Para isso, bas-ta acessar na internet a página da secretaria de Agricultura e Pecuária. A importante ferramen-ta que facilita a vida do produtor é resultado do aumento dos controles informatizados da mo-vimentação de animais e condição sanitária dos rebanhos luminenses, realizados pelo sistema implementado pela De-

fesa Agropecuária do Es-tado.

O superintendente de Defesa Agropecuária, Pau-lo Henrique Moraes, aler-ta que, para ter acesso ao serviço, é necessário que a situação do produtor e de sua propriedade estejam regularizada junto aos nú-cleos de defesa agropecu-ária ou postos municipais. “Na página da Agricultura (www.agricultura.rj.gov.br), basta clicar no botão do sistema de defesa agro-pecuária (siapec) e, com os seus dados pessoais, aces-sar as informações de sua propriedade. Se tudo esti-ver em dia, poderá emitir a GTA e declarar vacinações, como por exemplo, contra a febre aftosa. Ao fazer o lançamento, o sistema re-gistra os dados e permite a

impressão do documento”, ensina.

Ele informa ainda que o sistema é seguro, 100% auditável e está totalmen-te integrado a Plataforma de Gestão Agropecuária - PGA, projeto da CNA (Confederação Nacional de Agricultura) em parceria com o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Todos os registros utilizados são atrelados ao CPF do usu-ário e a uma senha indivi-dual, passando o produtor a ser responsável por toda a movimentação e alteração feita no software.

A inovação também será um facilitador para os médicos veterinários ha-bilitados para emissão de GTA das várias espécies (exceto bovídeos, caprinos

e ovinos), permitindo o rastreamento dos animais e integração com a base de dados de outros estados. “Um cavalo originá-rio de município do Espírito Santo, por exemplo, com destino a uma propriedade no Estado do Rio de Ja-neiro, terá sua entrada registrada no sistema, da mesma forma que aqueles animais que se desloquem do ter-ritório luminense para outras unidades da federação”, acres-centa o superinten-dente. No mês de dezembro, serão trei-nados os médicos ve-terinários autônomos para a utilização da ferramenta.

INSS começa a pagar segunda parcela do 13º

O Instituto Nacional do Seguro Social

(INSS) iniciou nesta segunda-feira (26) os depósitos da segunda parcela do 13º salário aos aposentados e pen-sionistas, junto com o pagamento da folha de novembro. Segundo o INSS, o valor transfe-rido pela Previdência Social para o pagamen-to desta parcela do 13º salário corresponde a R$ 11,737 bilhões, para 25.846.367 benefícios.

Os depósitos des-ta segunda parcela da gratiicação natalina

vêm com o desconto de Imposto de Renda (IR), para aqueles segurados atingidos pelas faixas de-inidas pela Receita Fede-ral do Brasil (RFB). Para descobrir quanto recebe-rá, basta o segurado aces-sar o site da Previdência Social em Agência Ele-trônica Segurado, clicar em Extrato de Pagamento de Benefícios e informar os dados solicitados.

Na região Sudeste, São Paulo é o estado que vai receber o maior montan-te relativo ao pagamento desta parcela, ao todo R$ 3,368 bilhões.

Brasil e Polônia querem ampliar comércio bilateral

Os governos do Brasil e da Polô-

nia querem ampliar as parcerias comerciais para incrementar as re-lações econômicas en-tre ambos. O ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, veio ao Brasil acompanhado por uma delegação de 60 empre-sários para reuniões em São Paulo e no Rio de Janeiro. A ideia é nego-ciar principalmente nas áreas de gás, petróleo, infraestrutura e indús-tria pesada.

Sikorski conversou com o ministro das Rela-ções Exteriores, Antonio Patriota, também sobre a ampliação de acordos cientíicos e técnicos, as-sim como para troca de presos já condenados. No Brasil, a comunidade polonesa reúne cerca de 1,8 milhão de pessoas, principalmente no Paraná e no Rio Grande do Sul. Patriota disse que é “mui-to promissor o intercâm-bio comercial” entre os dois países, assim como na área cultural e cientí-ica.

Prisões por crime contra o sistema inanceiro

A Polícia Federal (PF) iniciou nes-

ta segunda-feira (26) a Operação Durkheim, na tentativa de acabar com duas organizações cri-minosas que agiam na venda de informações sigilosas e em crimes contra o sistema inan-ceiro nacional. A PF cumpriu 87 mandados de busca e apreensão e prendeu 33 pesso-as, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Pernambuco, do Pará e Distrito Federal. O inquérito policial foi

instalado em setembro de 2009, quando o órgão pas-sou a investigar o suicídio de um policial federal na cidade de Campinas.

Em nota, a PF salien-tou que “no decorrer do inquérito, foram identii-cadas duas organizações criminosas atuando para-lelamente e de modo inde-pendente. As duas tinham como elo uma pessoa in-vestigada, que atuava com os dois grupos crimino-sos”. Os investigadores da PF descobriram a existên-cia de uma grande rede de espionagem ilegal.

7►27 de Novembro a 03 de Dezembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Oferta de vagas temporárias já inluencia queda do desempregoO aumento da oferta de

vagas temporárias no comércio, neste im de ano, começa a se reletir na que-da da taxa de desemprego. A avaliação é do coordenador da Pesquisa Mensal de Em-prego do Instituto Brasileiro de Geograia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo. O índice caiu de 5,4% para 5,3% entre setembro e ou-tubro, o menor nível para o mês desde 2002.

Segundo o economista, a queda de 0,1 ponto percen-tual na passagem de um mês para o outro relete, princi-

palmente, as novas vagas em São Paulo, região que tem peso de 42% na com-posição do indicador e fun-ciona “como um farol” para outras regiões. A tendência, explica, é que o mesmo mo-vimento seja veriicado em outras regiões, nas próximas semanas. “Em função do trabalho temporário de inal de ano, percebe-se aumento do número de pessoa traba-lhando em todas as regiões do país [como em São Pau-lo]”, disse o economista.

Segundo o IBGE, a po-pulação ocupada cresceu

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0,9% entre setembro e outu-bro e somou 23,4 milhões de trabalhadores. Em relação a outubro de 2011, o aumento foi 3%, equivalente a 684 mil vagas. Já a população de-socupada somou 1,3 milhão em outubro. O pesquisador também chama a atenção para o crescimento menor dos empregos com carteira assinada, que se elevava a uma taxa de 7% ao ano, mas devem fechar 2012 com au-mento de 3,2%, equivalente a cerca de 350 mil empregos a mais com carteira, em rela-ção a 2011.

8 ►27 de Novembro a 03 de Dezembro de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Produção de petróleo da Petrobras aumentou 5,3%

A produção de petróleo da Petrobras, no Bra-

sil, em outubro, atingiu 1 milhão 940 mil barris por dia. Esse volume corres-ponde a um aumento de 5,3% em relação a setem-bro. A produção de gás natural dos campos bra-sileiros, sem liquefeito, alcançou 62 milhões 425 mil metros cúbicos por dia, volume 3,5% acima do produzido em setembro. A produção total de petróleo

e gás natural da Compa-nhia, que engloba os cam-pos no Brasil e no exterior, atingiu, em outubro, a mé-dia de 2 milhões 581 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). Esse volu-me foi 4,4% maior que o produzido em setembro.

Os campos localiza-dos no Brasil produziram 2 milhões 332 mil barris de óleo equivalente de pe-tróleo e gás, indicando um aumento de 5% na compa-

ração com o mês anterior. Esse aumento de produção ocorreu mesmo com a pa-rada programada para ma-nutenção das plataformas P-7, P-43 e do FPSO Cida-de de Vitória. Ele resultou, principalmente, do retorno à operação de outras uni-dades que estavam em ma-nutenção em setembro e à entrada em produção do FPSO Cidade de Anchieta, na área denominada Par-que das Baleias, no pré-sal

Agencia Petrobras

da Bacia de Campos no Es-tado do Espírito Santo.

A produção total in-formada à ANP foi de 9.200.169,73 m³ de petró-leo e 2.227.202,79 mil m³ de gás em outubro de 2012. Essa produção corresponde à produção total das con-cessões em que a Petrobras atua como operadora. Não estão incluídos os volumes do Xisto, LGN e produção de parceiros onde a Petro-bras não é operadora.

Graça Foster nega entendimento comgoverno sobre aumento de combustível

A presidenta da Petro-bras, Graça Foster, ne-

gou que a empresa esteja conversando com o governo sobre um possível aumen-to da gasolina e do diesel. “Não tem data para aumento do combustível”, disse após participar de solenidade no

Congresso Nacional, no úl-timo dia 21. Graça destacou que há sempre necessidade de reajuste de preço, mas o atual cenário da companhia está em “equilíbrio” com o preço cobrado e não há data deinida para novo aumento. “Evidentemente que se es-

pera aumento. O aumento de combustível não está descar-tado, deinitivamente não, mas não temos previsão de quando seria”, disse. Segun-do a executiva, o aumento não teria efeito no caixa da companhia. Ela equiparou os preços brasileiros à média

cobrada em outros países. “Nossa gasolina na porta da reinaria custa um pouco mais de R$ 1 por litro. Se olhar apenas gasolina, sem tributos, é uma das gasoli-nas que tem preço bastante alinhado à média mundial”, defendeu.

Mantega diz que câmbio em torno de

R$ 2 "veio para icar"

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, con-

siderou “razoável” o atual nível do câmbio, com a os-cilação do dólar em torno de R$ 2 ou um pouco aci-ma disso. Segundo Man-tega, o dólar nesta faixa “veio para icar”. Ele falou, no dia 23, a um grupo de líderes empresariais na 32ª Reunião do Fórum Nacio-nal da Indústria, na sede do escritório regional da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo. Mantega ressaltou que, mesmo com a deman-da mais baixa no mercado mundial, por causa da cri-se econômica europeia, as exportações de manufatu-rados vêm melhorando, en-quanto as importações di-minuem. Ele observou que as exportações brasileiras também têm sido afetadas pelo fraco desempenho da economia de parceiros co-merciais como a Argentina, que “deu uma travada”. De acordo com o ministro, em negociações bilaterais, o governo brasileiro está em-penhado em ajudar a rever-ter esse comportamento do país vizinho.

Outra consequência da valorização do dólar é que a busca de empréstimos externos ica mais cara,

levando o setor a explorar mais as operações de crédi-to no mercado interno, dis-se ele. Por enquanto, o “o crédito continua um pou-co retraído”. Mas, com a inlação sob controle, isso “abre condições para maior crescimento da economia”. Para este im de ano, o ministro espera um bom desempenho do mercado interno, por que houve au-mento da massa salarial, com os reajustes obtidos por várias categorias, e o poder de compra vai au-mentar com a entrada dos recursos extras do décimo terceiro salário. Segundo Mantega, se for conirma-do o crescimento previsto de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do quarto tri-mestre, a economia deverá crescer pelo menos 1,7% no começo do ano. Ele es-tima crescimento em torno de 4% para 2013 e destaca que todos os setores em-presariais brasileiros estão coniantes na possibilidade de uma evolução favorável dos negócios.

Sobre o cenário externo, Mantega disse que o mais provável é que permane-ça no próximo ano quadro desfavorável de 2012, em razão, sobretudo, da queda de demanda na Europa.