5º encontro internacional de história colonial

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5º Encontro Internacional de História Colonial Cultura, Escravidão e Poder na Expansão Ultramarina, Séculos XVI ao XIX Universidade Federal de Alagoas Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes Curso de História Grupo de Estudos América Colonial 19 a 22 de agosto de 2014 Massayó, Comarca das Alagoas CADERNO DE RESUMOS Maceió, 2014

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Caderno de Resumos do 5º Encontro Internacional de História Colonial

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5 Encontro Internacional de Histria ColonialCultura, Escravido e Poder na Expanso Ultramarina, Sculos XVI ao XIXUniversidade Federal de AlagoasInstituto de Cincias Humanas, Comunicao e ArtesCurso de HistriaGrupo de Estudos Amrica Colonial19 a 22 de agosto de 2014Massay, Comarca das AlagoasCADERNO DE RESUMOSMacei, 2014UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOASReitorEurico de Barros Lbo FilhoVice-reitoraRachel Rocha de Almeida BarrosDiretora da EdufalMaria Stela Torres Barros LameirasConselho Editorial EdufalMaria Stela Torres Barros Lameiras (Presidente)Anderson de Alencar MenezesBruno Csar CavalcantiCcero Pricles de Oliveira CarvalhoEurico Eduardo Pinto de LemosFernando Antnio Gomes de AndradeJanana Xisto de Barros LimaJos Ivamilson Silva BarbalhoRoseline Vanessa Oliveira MachadoSimoni Plentz MeneghettiCoordenao Editorial:Fernanda LinsReviso ortogrfca:Antonio Felipe P. CaetanoCapa e diagramao:Edmilson VasconcelosSuperviso grfca:Mrcio Roberto Vieira de MeloCatalogao na fonteUniversidade Federal de AlagoasBiblioteca Central Diviso de Tratamento TcnicoBibliotecria Responsvel: Valter dos Santos AndradeE56Encontro Internacional de Histria Colonial (5 : 2014 : Macei, AL).Caderno de resumos do 5 Encontro Internacional de Histria Colonial: Cultura, escravido e poder na expanso ultramarina, sculo XVI ao XIX. Macei, 19 a 22 de agosto de 2014 / organizadores: Antonio Felipe P. Caetano, Gian Carlo de Melo Silva. Macei: EDUFAL, 2014.173 p.

1. Histria Congressos. 2. Brasil Histria Perodo colonial, 1500-1822.I. Caetano, Antonio Felipe pereira, org. II. Silva, Gian Carlo de Melo, org. III. Universidade Federal de Alagoas. IV. Instituto de Cincias Humanas,Comunicao e Artes. V. Curso de Histria. VI. Grupo de Estudos AmricaColonial. VII. Ttulos. CDU: 981.02/.034ISBN978-857177-844-3Direitos desta edio reservados Edufal - Editora da Universidade Federal de AlagoasCentro de Interesse Comunitrio (CIC)Av. Lourival Melo Mota, s/n - Campus A. C. SimesCidade Universitria, Macei/AL Cep.: 57072-970 Contatos: www.edufal.com.br | [email protected] | (82) 3214-1111/1113Editora afliada:COMISSO ORGANIZADORAAlex Rolim MachadoAntonio Filipe Pereira CaetanoArthur Almeida Santos de Carvalho CurveloDimas Bezerra MarquesGian Carlo de Melo SilvaLanuza Maria Carnaba PedrosaCOMISSO CIENTFICAAccio Jose Lopes Catarino Universidade Federal da ParabaAntonio Filipe Pereira Caetano Universidade Federal de AlagoasFtima Martins Lopes Universidade Federal do Rio Grande do NorteGeorge Flix Cabral de Souza Universidade Federal de PernambucoGian Carlo de Melo Silva Universidade Federal de AlagoasKalina Vanderlei Silva Universidade de PernambucoMaria Emilia Monteiro Porto Universidade Federal do Rio Grande do NorteMrcia Eliane Alves de Sousa Mello Universidade Federal do AmazonasPollyanna Gouveia Mendona Muniz Universidade Federal do MaranhoRicardo Pinto de Medeiros Universidade Federal de PernambucoRafael Chambouleyron Universidade Federal do ParSuely Creusa Cordeiro de Almeida Universidade Federal Rural de PernambucoSECRETARIA DO EVENTOGian Carlo de Melo Silva Universidade Federal de AlagoasCADERNO DE RESUMOSAntonio Filipe Pereira Caetano Universidade Federal de AlagoasNDICEApresentao ............................................................................................................................................................... 7Programao..............................................................................................................................................................9Distribuio das Salas............................................................................................................................................. 11Simpsio Temtico 1 ..............................................................................................................................................13Arquitetar o discurso: artes, literatura e arquitetura nos espaos coloniaisSimpsio Temtico 2............................................................................................................................................22Clero, Religiosidade e Inquisio no Espao Ibero-americano (sculos XVI-XIX)Simpsio Temtico 3............................................................................................................................................36Contrabando, descaminhos e ilicitudes na Amrica PortuguesaSimpsio Temtico 4............................................................................................................................................46Conquistar e Defender: os militares na construo da Amrica PortuguesaSimpsio Temtico 5............................................................................................................................................53Cultura e Educao na Amrica PortuguesaSimpsio Temtico 6............................................................................................................................................62Cultura Poltica e Hierarquias Sociais no Antigo Regime PortugusSimpsio Temtico 7............................................................................................................................................ 75Elites, Trajetrias e Estratgias nos Imprios Coloniais IbricosSimpsio Temtico 8............................................................................................................................................88Fronteiras e Relaes Transfronteirias na Amrica ColonialSimpsio Temtico 9............................................................................................................................................96Imprios Ibricos no Antigo Regime: poltica, sociedade e culturaSimpsio Temtico 10..........................................................................................................................................111Jesutas, modernidade e colonialismo: Amricas, sia e fricaSimpsio Temtico 11..........................................................................................................................................121Magistraturas Ultramarinas: administrao da justia e poderes locais no Brasil colonialSimpsio Temtico 12........................................................................................................................................ 129Os Agentes das Dinmicas de Mestiagens na Ibero-Amrica, sculos XV a XIXSimpsio Temtico 13........................................................................................................................................140Populaes e Famlias na Amrica Ibrica: pluralidades por desvendarSimpsio Temtico 14........................................................................................................................................ 148Revoltas, Lutas Polticas e Inconfdncias no Brasil Colonial: episdios e interpretaesApresentao de Posteres..........................................................................................................................152Anotaes...............................................................................................................................................................164APRESENTAOCriado em 2006, na Capitania da Paraba, oEncontroNordestinodeHistriaColonial tinhacomopressupostodiscutirastemticas concernentes experincia colonial em suas mais diversaslocalidadesamericanase,porqueno dizer, africanas e asiticas na poca Moderna.Realizadoacadadoisanos,em2008,o mesmojestavanaCapitaniadoRioGrande Norte,localondesetornouInternacionalpor sua vasta abrangncia de temticas e, sobretudo, pelagrandeparticipaodepesquisadorese professoresdeoutrospases.Talfeitonos consolidounoterritrionacionalaatividade deextenso,comosetornouumpontode paradaobrigatriadetodanauestrangeira quevisavaatracarnosestudoscoloniaisda modernidade.Delparac,oEIHCjpassoupelas capitaniasdePernambucoepeloantigoEstado doMaranhoeGro-Par,masespecifcamente naCapitaniadoPar.Divulgandopesquisas, trocandoexperincias,promovendodebates cientfcose,maisdoqueisso,consolidandoos estudos sobre o mundo colonial, este evento, em 2014,retornaCapitaniadePernambuco!No entanto,porcontadesuavastido,alocalidade escolhidaparaestemomentoeraaquela denominadadeaspartedosulou,apartirde 1712, a Comarca das Alagoas.Acriaodestanovajurisdiosomente atestavaaespecifcidadeeadiferenaqueas localidades do sul da Capitania de Pernambuco tinhamemrelaosVilasdeOlindaeRecife. Assim, dentro da comarca trs vilas se destacam: aViladeSoFranciscodePenedo,considerada pelos agentes coloniais a mais selvagem; a Vila dePortoCalvo,comcaractersticassimilares aomundoaucareirodasededacapitania;ea ViladeSantaMariaMagdalenaAlagoasdoSul, consideradaimportanteporsuacentralidade epelosportosdoFrancseJaraguescoarema produo local.Forajustamentenestaltimavilaquese sediouacabeadaComarca,hegemonizando oterritrioenomeandooque,em1817,apsa insurreiopernambucana,seconvencionou chamardeCapitania/ProvnciadasAlagoas. Sefoitraranaquelemomentocausados insubordinadospernambucanos,pouco importa!Oquesedestaca,naqueleepisdio, aconcretizaodademarcaodeumespao diferenciadodentrodacapitania,comvida prpria,comatividadescamarriaespecfcas, comumaeconomiaconsolidadaecomsditos portuguesesquenoseafnavammaiscoma sede da Capitania de Pernambuco!Enfm,nesteespaoreconhecidamente lembrado pelo banquete feito pelos ndios cates aoBispoFernandesSardinha,pelocelebre personagemdeCalabarnoperodofamengoe peloshabitantesMocambosdePalmaresque ocorreroVENCONTROINTERNACIONAL DEHISTRIACOLONIAL.Porcontadisso,a temticapropostanopodiaserdiferente: CULTURA,ESCRAVIDOEPODERNA EXPANSOULTRAMARINA(SCULOSXVIAO XIX). Com 2 conferncias, 9 mesas redondas,14 simpsios temticos e 11 minicursos, o encontro se vislumbra como o maior de sua histria.Portudoisso,aspginasqueseseguem apontamocrescimentodaproduonarea colonialeaconsolidaodeumnichode pesquisaquestendeademonstraragrandeza dapesquisahistrianoBrasiledemaisreas ultramarinas.Macei, julho de 2014Antonio Filipe Pereira CaetanoGian Carlo de Melo SilvaPROGRAMAOTodas as atividades sero realizadas no Centro de Convenes Ruth Cardoso19 de agosto de 201409:00-12:00 Credenciamento. Local: Hall 12:00-14:00 Almoo 14:00-18:00 Simpsios Temticos. Local: Salas Temticas19:00-21:00 Conferncia de Abertura: Maria Beatriz Nizza da Silva. 20 de agosto de 201409:00-10:30 Minicursos. Local: Salas Temticas10:30-12:00 Mesas Redondas. Local: Salas Temticas 12:00-14:00 Almoo 14:00-18:00 Simpsios Temticos. Local: Local: Salas Temticas19:00-21:00 Jantar de adeso21 de agosto de 201409:00-10:30 Minicursos. Local: Salas Temticas10:30-12:00 Mesas Redondas. Local: Salas Temticas12:00-14:00 Almoo 14:00-18:00 Simpsios Temticos. Local: Salas Temticas19:00-21:00 Lanamento de Livros. Local: Salas Temticas22 de agosto de 201409:00-10:30 Minicursos. Local: Salas Temticas10:30-12:00 Mesas Redondas. Local: Salas Temticas12:00-14:00 Almoo 14:00-18:00 Simpsios Temticos/Banners/Reunio Administrativa19:00-21:00 Conferncia de Encerramento: Stuart B. SchwartzDISTRIBUIO DAS SALASAtividades Nome Dia/LocalConfernciasAbertura: Maria Beatriz Nizza da Silva Auditrio CentralEncerramento: Stuart Schwartz Auditrio CentralMesas Redondas01:AgentesdasDinmicasColoniais:comrcio,circulaoeconstruode sociabilidades na Amrica Portuguesa (sculos XVI-XVIII)21/08 - Sala Exploso Estelar02: Caminhos de Pesquisa sobre Cultura Material na Amrica Portuguesa 21/08 - Auditrio B03: Dinmicas de Mestiagens: um conceito para a Ibero-Amrica 20/08 - Auditrio B04: Espao e relaes sociais na Amrica Portuguesa 20/08 - Sala Exploso Estelar05: Inquisio e Cristos-novos no Brasil e na Europa Moderna 22/08 - Sala Exploso Estelar06: O Atlntico Sul na Imaginao Imperial Portuguesa: crnicas, cartografas, corpos e outras inscries22/08 - Auditrio B07: O Brasil na Monarquia Hispnica: dinmicas polticas e mercantis em tempos de transversalidades culturais (1580-1640)20/08 - Sala Universidade08:PelosLabirintosdoBrasilHolands:Religiosidade,Guerra,PaisagemPolticae Vida Escrava em Tempos de Ocupao22/08 - Sala Universidade09: Repensando Espaos e Protagonistas: a Companhia de Jesus na Amrica ibrica colonial 21/08 - Sala UniversidadeSimpsios Temticos01: Arquitetar o discurso: artes, literatura e arquitetura nos espaos coloniais Sala Lmpada Eltrica02: Clero, Religiosidade e Inquisio no Espao Ibero-americano (sculos XVI-XIX) Sala Oxignio03: Contrabando, descaminhos e ilicitudes na Amrica Portuguesa Sala Transistor04: Conquistar e Defender: os militares na construo da Amrica Portuguesa Sala Enciclopdia05: Cultura e Educao na Amrica Portuguesa Sala Televiso06: Cultura Poltica e Hierarquias Sociais no Antigo Regime Portugus Sala Computador07: Elites, Trajetrias e Estratgias nos Imprios Coloniais Ibricos Sala Automvel08: Fronteiras e Relaes Transfronteirias na Amrica Colonial Sala Sistema Binrio09: Imprios Ibricos no Antigo Regime: poltica, sociedade e cultura Sala Quark10: Jesutas, modernidade e colonialismo: Amricas, sia e frica Sala Mineralogia11:MagistraturasUltramarinas:administraodajustiaepodereslocaisnoBrasil colonialSala Raios X12: Os Agentes das Dinmicas de Mestiagens na Ibero-Amrica, sculos XV a XIX Sala Lingustica13: Populaes e Famlias na Amrica Ibrica: pluralidades por desvendar Sala Plstico14:Revoltas,LutasPolticaseInconfdnciasnoBrasilColonial:episdiose interpretaesSala AvioMinicursos01: frica revisitada: conceitos, fontes e mtodos Sala Lmpada Eltrica02:Arquiteturaenaturezanoperodocolonial:apontamentosparaapesquisaeo ensino de histriaSala Enciclopdia03: Histrias de Vida, Fragmentos Histricos: Percursos metodolgicos e trajetrias biogrfcas dos ouvidores na Amrica portuguesaSala Sistema Binrio04:HistriaeImagememFransPost:APaisagemPolticadoBrasilHolandsna Cultura Visual dos Pases Baixos do Sc. XVIISala Raios X05: Histria Indgena e Histria Ambiental na Amrica Portuguesa: animais, plantas e espaos de trocas, circulaes e vivncias socioambientais (sculos XVI- XIX)Sala Computador06: Inquisio e Jesutas: relaes e trajetrias na Amrica e ndia portuguesas Sala Hereditariedade07: O Comrcio de Africanos para a Bahia Colonial Sala Mineralogia08: O Uso do Atlas Digital da Amrica Lusa Sala Plstico09: Os rcades Ultramarinos e suas Relaes com o Universo Cultural e Poltico do Imprio Portugus na Segunda Metade do Sculo XVIIISala Avio10: Poder, resistncia e necessidade: a monopolizao dos servios postais pela Coroa na Amrica Portuguesa (sculos XVII- XIX)Sala AutomvelBanners Apresentao de trabalhos de discentes22/08 Hall do Centro de Convenes Ruth CardosoLanamento de Livros Publicaes 21/08 Estande EdufalJantar de Adeso Confraternizao 20/08 Hotel JaticaReunio Administrativa Discusso da sede do evento 2016 22/08 Sala EIHC SIMPSIO TEMTICO 1Arquitetar o discurso: artes, literatura e arquitetura nos espaos coloniaisCoordenadores: Roberta Guimares Franco (Universidade Federal de Lavras) & Joo Henrique dos Santos (Universidade Federal do Rio de Janeiro)Dia 19 de agosto de 2014A RESIDNCIA DE BREJO DE SANTO INCIO UMA DAS TRS SEDES ADMINISTRATIVAS DAS FAZENDAS JESUTICAS DO PERODO COLONIAL PIAUIENSE, DEIXADAS POR MAFRENSEMaria Betnia Guerra Negreiros [email protected],comamortedeDomingosAfonso Mafrense, os jesutas do Colgio da Bahia tomaram possedasfazendasqueestehaviadeixadoem testamentoparaosinacianosnoPiau.Consta queerammaisde30estabelecimentosrurais localizadosnaregiocentro-suldoEstado. Estasfazendas,divididasemgrupos,eram administradaspelospadresemresidnciasque funcionavamcomosedesadministrativas.Eram trs as residncias no Piau quando da expulso daordemem1760,BrejodeSantoIncio,Brejo de So Joo e Nazar. Os jesutas no mantinham morada fxa no estado, um superior ali permanecia paraogerenciamentodasfazendasecatequese daescassapopulaolocal.EraBrejodeSanto Incioaprincipalresidncia.Asrunasdacasa e capela que lhe serviu de sede foram demolidas eemseulugar,erguidasnovasedifcaes.O motivo e o porqu o objeto deste artigo. UM BRACARENSE NA VILA DE SO JOO DEL REI: A ATUAO DE FRANCISCO DE LIMA CERQUEIRA NA IGREJA DE SO FRANCISCO DE ASSISPatricia Uriaspatriciauriasbh@hotmail.comOpresenteresumoconsistenumaabordagem acerca do mestre de obras e arquiteto Francisco deLimaCerqueira,assimcomosobreasua trajetriaprofssionalnaCapitaniadeMinas Gerais,tendocomoenfoqueasuaatuaona Vila de So Joo Del Rei1, sobretudo na igreja de So Francisco Assis.1 4 C A D E R N O D E R E S U M O SA ARTE A SERVIO DA F E DA COROA NA ARQUITETURA DA BELM COLONIAL E SUAS RELAES COM A NATUREZA LOCALDomingos Svio de Castro Oliveira [email protected] possvel identifcar na arte produzida em Belm nosculoXVIII,doismomentossignifcativos que,emgeral,soestudadosdeformaseparada pelahistoriografaehistoriografadaarteda regio. Tendo como marcos histricos a chegada da Comisso Demarcadora de Limites, em 1753, e a expulso dos jesutas, em 1759, objetivo deste artigo,fazerumarefexoarespeitodoquefoi produzidoemtermosdeartesvisuaisnesses perodos(pinturasdebrutesco,esculturas, talha, arquitetura), suas relaes com a natureza do local, os usos dos elementos dessa natureza e suassimbologias,associadosaosobjetivospara os quais essas artes eram produzidas, observando analogiasentreosdoismomentosetraando paralelos entre eles. So analisados basicamente os templos inaciano e carmelita e outros traa do arquitetoitalianoAntonioLandiqueemBelm viveu entre os anos de 1753 e 1791.A LINGUAGEM DA ARQUITETURA RELIGIOSA EXPRESSA NA ICONOGRAFIA AZULEJAR DOS CONVENTOS FRANCISCANOS NO NORDESTE DO BRASIL COLONIALIvan Cavalcanti [email protected] os recursos que os franciscanos utilizaram comomeiodidtico-pedaggicoparaadifuso da f catlica, os painis azulejares tiveram papel de destaque, sobretudo numa sociedade colonial onde a informao deveria estar consonante com o discurso da Metrpole mediante a sistemtica doPadroadoRgio.Nestecontextoosfrades menorespuderam,nosculoXVIII,proversuas casas conventuais fundadas no nordeste do Brasil demagnfcossilharesdeazulejoshistoriados, alusivosapassagensbblicaseaepisdiosda vida de personagens vinculados Ordem onde a arquitetura religiosa via de regra compunha seu cenrio imagtico. O objetivo do presente ensaio destacar a linguagem dos edifcios eclesisticos representados nesses painis fazendo sua devida conexocomomodelodearquiteturareligiosa produzida na poca e com o iderio a ele atrelado, tantosobopontodevistamorfolgicocomo conceitual.CAPELAS COM PLANTA CENTRALIZADA: UMA SINGULAR ARQUITETURA DOS SCULOS XVII E XVIII NO NORDESTE DO BRASILMaria Berthilde Moura Filha [email protected] Quatrocapelaslocalizadasnosestadosda BahiaeParabaconstituemoobjetodeestudo destacomunicao.Estastmemcomumas seguintescaractersticas: foram edifcadasentre 1 55 E n c o n t r o I n t e r n a c i o n a l d e H i s t r i a C o l o n i a lo fnal do sculo XVI e o incio do sculo XVIII; estosituadasnarearuralassociadasauma casasenhorialouumengenhodeacar;foram concebidas sob o partido de planta centralizada. Considerando o reduzido nmero de exemplares similares na arquitetura religiosa brasileira, estas formamumconjuntosingularsobreoqualse investiga os caminhos que levaram apropriao de tal partido arquitetnico em uma realidade to distantedoscentrosdeerudio,procedendoa uma reviso da restrita literatura para buscar os modelos de referncia oriundos ora da tradio portuguesa,oradaerudiodatratadstica presente em Portugal.OS ESTUDOS DE ARQUITETURA DE FRANCISCO DE HOLANDARogria Olimpio dos Santosrogeriaolimpio@gmail.comEmseupequenotratadoDafbricaquefalece cidade de Lisboa concludo em 1571, o arquiteto, pintor,tratadistaeiluminadorFrancisco deHolandapropeaD.Sebastiouma reestruturao urbanstica de Lisboa segundo os modelos antigos e modernos que viu, mediu edesenhoucomasprpriasmosdurante suaviagemaItlia,entre1538e1541.Esses desenhos, resultantes da viagem de estudos ItliaefetuadasobasordensdeD.JooIIIe do Infante D. Lus com o objetivo de estudar a arquitetura militar italiana e as obras de arte antiga,soosqueforamreunidosnolbum dasAntigualhas.Esteartigopartedos estudosdesenvolvidosparaateseintitulada O lbum das Antigualhas de Francisco de Holanda e pretende analisar as propostas arquitetnicas constantesdotratadode1571comparando-ascomosestudosrealizadosdurantesua viagem.MOS OBRA: CONSTRUTORES E ARTISTAS DURANTE A EXPANSO URBANA DA VILA DO RECIFE NO SETECENTOS Renata Bezerra de Freitas Barbosa [email protected] NosculoXVIIIaentoviladoRecifevivencia umaintensaexpansourbana,extrapolandoos limites dos bairros do Recife e de Santo Antnio, passandotambmaincrementaraocupaode outraslocalidadesvizinhas.Essadinmicade crescimento populacional e fsico acompanhada depertopelossetoresligadosconstruoe arte,queestimuladospeloaumentononmero deconstruescivisereligiosasdoincioa ummovimentodeorganizaoprofssional.E, comisso,tentamestabelecere/ouconsolidar hierarquias, contribuindo signifcativamente para a dinmica da vida social e igualmente para a vida culturaldavilanosetecentos.Opresenteartigo possui como objetivo tratar da insero dos artistas edostrabalhadoresligadosconstruocivil neste contexto de expanso urbana vivenciado na vila do Recife durante o sculo XVIII.1 6 C A D E R N O D E R E S U M O SDia 20 de agosto de 2014A ARQUITETURA DO ACAR NA DINMICA COLONIAL: UM ESTUDO DE TRS ANTIGOS ENGENHOS DE ALAGOASCatarina Agudo [email protected] caracterizaramacolonizaodoBrasil,a produo e comercializao de acar foi uma das quemaisseconsolidaramemterrasbrasileiras, principalmente na regio Nordeste. Esta atividade demandou uma forma espacial bastante peculiar, quemarcouapaisagembrasileira,sobretudo nossculosXVIIeXVIII,comainstalaode vrios engenhos de acar. Sob o enfoque de trs antigosengenhosdeAlagoasestadoqueat osdiasdehojepermeadoporvastoscampos decana-de-acarepontuadopordiversase modernas usinas o presente trabalho pretende analisar como a materialidade destes complexos produtivos se inseriu na dinmica arquitetnica colonial,bemcomodequemaneiraseusatuais remanescentestraduzemcontemporaneidade aspectos tcnicos, culturais e sociais de um Brasil aparentemente remoto.URBANIZAO EM VILA RICA: ESTUDOS COM TCNICAS DE SISTEMAS DE INFORMAOChristiane Montalvochris.montalvao@hotmail.comEstacomunicaobuscaapresentarapesquisa emandamentonombitodoprogramade ps-graduaoemHistriadaUniversidade Federal de Juiz de Fora cujo objetivo estudar adistribuiodapopulaourbanadeVila RicaentreosfnsdosculoXVIIIeinciosdo sculoXIXpormeiodetcnicascomponentes doSistemadeInformaoGeogrfca(SIG). Areuniodedadoshistricosegeogrfcos permitirageraodemapasbi-ou tridimensionaiscomosresultadosobtidos. Oobjetivoproduzirummapacapazde reconstruiradinmicasocialedoespaode Vila Rica no perodo estabelecido.MEMRIAS ENTRE RELATOS: A CONSTRUO DA PAISAGEM S MARGENS DO RIO PARAGUAUEvelyne Enoque [email protected] se tratando da histria da ocupao territorial doBrasil,partindodoestudodasgnesesdas vilasecidadescoloniaisnordestinas,busca-se, tambm, analisar o desenho urbano colonial e seus vnculos com a matriz portuguesa. A pesquisa se volta a responder a indagaes quanto a possveis modelostransplantadosdaCoroaparaoBrasil. Relatos de viajantes, um destes Gabriel Soares deSousa,viajanteinquietadopelapaisagem,se colocaadescrevercomminciasoqueoolhar colonizador destaca num relato datado em 1587. O recorte estudado a regio doRio Paraguau, 1 75 E n c o n t r o I n t e r n a c i o n a l d e H i s t r i a C o l o n i a lno Recncavo Baiano, na tentativa de criar links entreasedifcaesaparentementesingularese isoladas ao longo da margem, mas que compem uma teia urbana. A pesquisa ganha corpo com a participao de alguns agentes, que junto com o prpriorelatocompemasfontesinspiradoras para a discusso que se prope: palavras, imagens e o sensvel.TEXTOS, IMAGENS E A CRIAO DE UM SIGNO CHAMADO VILARoseline Vanessa Oliveira Machado [email protected] Ainstalaodasprimeirasvilasbrasileirasde colonizaoportuguesaseguiualgummodelo predefnido?Partindodopressupostodequea formaodosespaoshabitadosnessecontexto carregaumprocedimentodeinstalaoque atenta para as caractersticas do stio, este artigo consistenoestudocomparativododesenho urbanodeseisvilasseiscentistassituadasna entoCapitaniadePernambuco.Oestudo, desenvolvidoemnveldeDoutorado,privilegiou textos e imagens elaboradas durante o sculo XVII e teve como objetivo identifcar os condicionantes deinstalao,reconhecerelementoschavesda implantao das vilas e como estes se articulam na defnio de seus desenhos urbanos. Os resultados obtidosrevelaramqueasvilasderivamdeuma sriedegestosafrmativosdaexistnciadeuma lgicacomumdeassentamento,namedidaem queapresentavamaspectosdeocupaoe estruturao urbana recorrentes.AS CIDADES HISTRICAS E O PROCESSO DE URBANIZAO NO BRASIL COLONIAL: QUESTES E EMBATESJos Antnio de Sousa [email protected] As cidades histricas foram alvo de planejamento urbanonaeracolonial?Essaindagaopode seranalisadaapartirdascaractersticasdo processodeurbanizao,naticadasposturas dacoroalusitana,querefetemasestratgias militaresdedominaoedefesadoterritrio, nocombateasinvasesestrangeirasnacostae sertes. Velhas discusses acerca de paradigmas duais:planejamentourbano,espontaneidade, regularidadeouirregularidade,sodiscutidas porSrgioB.deHolandaRazesdoBrasil, Robert Smith, Arquitetura Colonial, Nestor G. R. FilhoContribuioaoEstudodaEvoluoUrbana do Brasil, Paulo F. Santos Formao de Cidades no BrasilColonial,RobertaM.DelsonNovasVilas paraoBrasilColniaeManuelC.TeixeiraOs modelos Urbanos Brasileiros das Cidades Portuguesas. Essasobrasdebatemasquestespostasaquie abrem caminhos para uma srie de trabalhos. J POR FORA, OU J POR ARTE: DILOGOS E CONFLITOS NA EXPERINCIA COLONIAL NO NORDESTE BRASILEIRO, NAS LTIMAS DCADAS DO SCULO XVIIIRodrigo Gerolineto [email protected],sobo influxo do racionalismo, o imprio portugus produziugrandevolumedeinformaes sobre os espaos e os povos de seus domnios 1 8 C A D E R N O D E R E S U M O Scoloniais.Almdosrelatriosedescries abundantesnaesferaadministrativa, encontram-seoutrosrepositriosque permitemaveriguarsentidoseinteresses vinculadosaosdiferentessujeitosque participaramdaexperinciacolonial. Nointuitodeidentificartaissentidose estratgias, o presente texto procura analisar diferentesrepositrios,desdediscursos encomisticos,oafrescoConcrdiaFratrum existenteemquintadomarqusdePombal emPortugal,ataarterupestreabundante no serto nordestino, cujos significados eram polmicos naquele perodo.UMA RUA CHAMADA DIREITAJoo Henrique dos [email protected] Rua Direita, atual Rua Primeiro de Maro, foi das primeiras ruas a ser abertas na cidade do Rio de Janeiro, marcando a descida dos colonizadores para a vrzea. Atravs de sua histria possvel mostraratransfernciadoeixodepoderdo MorrodoCasteloparaaRuaDireitaeseus arredores, e sua consolidao no fm do perodo colonial,especialmenteapsachegadada Famlia Real Portuguesa, em 1808. Para alm da histriaregistradanosdocumentosimpressos, asedifcaesdaRuaDireitatestemunham noapenasoestabelecimentodesseeixode podercomotambmaevoluoarquitetnicae urbanstica da Cidade.O PERODO POMBALINO E A POLTICA REGALISTA NO CONTEXTO COLONIAL: MENDONA FURTADO E SUA RELAO COM OS ECLESITICOS SECULARES EM GRO-PAR E MARANHO (1751-1759)Estevo Barbosa Damacenaestevaodamacena@gmail.comEstepresentetrabalhotemporobjetivos estudareanalisaraspolticasreformadoras protagonizadasporPombalnaesferacolonial. A discusso historiogrfca acerca das chamadas reformaspombalinastemvriasvertentes. Entretanto,aproblemticaqueestepresente trabalhotemporepicentronoquetangea polticaregalistaouepiscopalistapraticada peloconsuladopombalinonombitocolonial. Maisespecifcamente,teremosporrecorteo Estado de Gro-Par e Maranho em meados do XVIIIduranteogovernodeMendonaXavier deMendonaFurtado,irmodoMarqus dePombal.Perceberemosqueduranteasua gestonogovernodoEstado,ogovernador tentoualinharocontextopoltico-religiosoda colniavisoilustradadoprojetopombalino, inclusive da total submisso da igreja ao estado. Importanteressaltarquearelaodosbispos locais com o novo governador ilustrado no foi isentadeconfitos.Ejustamenteestarelao que permeia este trabalho.1 95 E n c o n t r o I n t e r n a c i o n a l d e H i s t r i a C o l o n i a lDia 21 de agosto de 2014A OPERSTICA COLONIAL DA SEMANA TEATRALIZADA EM MONTE SANTO - BAHIAJadilson Pimentel dos [email protected] OMonteSanto,coraomsticodoserto, preserva,desdepocascoloniais,vriosrituais catlicos que se mantem praticamente intocados. Esseconjuntoritualsticoencenadonacidade sagrada dos sertanejos, localizado do nordeste da Bahia,evocaumteatrodemoralidadesiniciado desdeofnaldosculoXVIII,peloitaliano FreiApoloniodeTodi.Nesseespaosagrado sertanejo,aSemanaSantaencenadatendo como cenrio a grande montanha que margeia a cidade, e como personagens um conjunto de cinco imagensdevestirquetraduztodadramtica barrocadaPaixodeCristo.Esseconjunto escultrico: Nossa Senhora da Soledade, So Joo Batista,NossaSenhoradasDores,Senhordos PassoseoCristoMorto,alimentahsculoso orgulhoereligiosidadedopovomontesantense. Nessesentido,essetrabalhopretendedivulgar, pautado em informaes colhidas em fotografas, depoimentos e pesquisa de mestrado, o rico acervo dopatrimnioimaterialeiconogrfcopresente nosertodonortedaBahia.Sendoassim,de considervel importncia o conhecimento dessas festasedevoesreligiosasparaummelhor exercciohistricoeartsticodofenmeno ocorridonointeriordaBahia,denominado Canudoslanandoluzessobreessaquesto comparando-a, revelando-a e divulgando-a, essa que uma das poucas obras que conta a memria dasgentesdossertesedoempreendimento missioneiro do frei italiano Apolnio de Todi.OS MODOS DE ALIMENTAR NO BRASIL COLONIAL: UM ESTUDO DOS REGISTROS HOLANDESES SEISCENTISTASMelissa Mota Alcidesmotamelissa@yahoo.com.brNocontextodoperodocolonialbrasileiro,os registrostextuaiseimagticoslegadospelos cientistas e naturalistas da comitiva de Maurcio deNassau,nospermiteentenderaimportncia dos signifcados e das propriedades culturalmente atribudassespciesvegetais,noquetangeao modo particular de eleger o que serve de alimento e de como prepar-los. Neste sentido, a comida tem uma funo bsica, ligada cultura material, que dizrespeito,emprimeirolugar,subsistnciae desta forma evidencia uma relao bem especfca nastrocasculturaisentreonegro,ondioeo branco.Nestetrabalho,portanto,pretende-se revisitarosregistrosproduzidosnosculoXVII, enfocandoosmodosdealimentareproduziros alimentos,comoformadeentenderoscostumes alimentaresnoperodoemtela,atravsdeuma abordagem histrico-antropolgica.2 0 C A D E R N O D E R E S U M O SREVISITAR A HISTRIA COLONIAL: ESTRATGIAS LITERRIAS PARA RELER O PASSADORoberta Guimares [email protected],dentrevriosromances contemporneosemlnguaportuguesa,um constantederetornoaopassadocolonial,seja porumanecessidadedereafrmaoidentitria e/ouporumabuscadereconstruode memriasdistintasdasofciais.Independente dosinteressesqueenvolvemacriaoliterria acercadopassado,evidente,emescritores comoPepetela,MiaCoutoeAnaMiranda,o interesseinterdisciplinaraocolocaremdilogo aescritafccionaleahistoriografa,tendoem vistaque,paraconstruirseusromances,esses autores buscam referencias fontes documentais. Oobjetivodonossotrabalhomostrarcomo essareleituradoperodocolonialcolocaem evidncias sujeitos considerados subalternos.A PRTICA DA MSICA E SUAS FRONTEIRAS: A ARTE LIBERAL ENTRE A ESCRAVIDO E O TRABALHO MECNICO NAS MARGENS DO ATLNTICO (SCULOS XVII XVIII)Luiz Domingos do Nascimento Netoprofessorluizdnn@gmail.comPrivilegiandoumaabordagemsociocultural dahistriabuscaremosdiscutirnestetextoa inserodamsicanarelaoentre:trabalho mecnicoearteliberalnasociedadedoperodo moderno, levando em considerao do diferencial causadopelaamplitudedotrabalhoescravona Colnia, muito mais intenso e efetivo do que em Portugal ao longo do sculo XVIII. Neste cenrio, onde grande parte dos msicos eram homens de cor,porvezessuaarteeosofciosmecnicos seconfundiam,revelandoassimosestigmas dotrabalhobraalquesobrecaamnascostas dosartistas.Nestesentido,atravsdaanalise documentalebibliografatentaremosapontar tticaseestratgiasmobilizadaspormsicos parademonstraradignidadedesuaarteese distanciar da mcula da escravido.A ARTE DA CANTARIA ENTRE PORTUGAL E SERGIPE: O CASO DA IGREJA JESUTA DO ENGENHO RETIRO (SCULO XVIII)Janaina Cardoso de [email protected] coloniaisdaAmrica,ressalta-seatcnica dacantaria,cujautilizaoemescultura expandiu-separtirdosculoXVemPortugal enaEspanha,chegandoemSergipenoincio dosculoXVIII,comaprimeiraedifcao jesuta, a Igreja do Engenho Retiro na cidade de Laranjeiras.Atcnicadacantariaaplicadana arquiteturacolonialbuscavalavrararocharija egrandeemformasgeomtricasoufgurativas paraaplicaoemconstrues,comfnalidade ornamentale/ouestrutural.Destaca-senesse trabalho,almdocontextohistricoearttisco no uso das cantarias como um discurso imagtico pedaggico propagador das ideologias religiosas jesutas,tambmodesenvolvimentodosofcios 2 15 E n c o n t r o I n t e r n a c i o n a l d e H i s t r i a C o l o n i a lO CAMINHAR DA IMAGEMAna Karolina Barbosa Corado Carneiro [email protected] Estetrabalhoconsisteemumdosresultados dapesquisadeiniciaocientfcadesenvolvida juntoaoGrupodePesquisaEstudosda Paisagem,UFAL.Tratadaanlisecomparativa deregistrosvisuaisseiscentistasatfotografas atuaisdoprimeironcleohabitadodacidade dePenedo,buscandoreconhecerasmudanas epermannciasdesuapaisagemedifcada. Nesseprocesso,aideiatambmcompreender asmotivaesdosregistrosenquanto representaes sociais. Para alm do olhar sobre a prpria imagem e de reviso de literatura acerca daanliseiconogrfca,vemsendorealizadas visitasaolugarparaidentifcarosfragmentos paisagsticosfocadosnoconjuntoimagtico. Em sntese, o que se tem notado nesse processo deinvestigaocomoaarquiteturadeorigem colonialaindahojeonipresenteemregistros contemporneos da cidade.O INDGENA NOS RELATOS DE ALEXANDRE RODRIGUES FERREIRAMaria Aridina Cidade Almeida [email protected] Desdeoseuprocessodecolonizao,aregio amaznicafoicompreendidaapartirde umconjuntoderepresentaes,queapesar detodacriticaposteriorconstruda,ainda persiste,muitasvezessobaformadesenso comum.Grandepartedessasrepresentaes nascerameseperpetuaramatravsdosrelatos edasimagensqueoscronistasenaturalistas europeusdeixaram,sobreoespaogeogrfcoe asculturasamaznicas.EntreossculosXVIII XX,asexpediescontinuarampreservando seucarterexploratrio,agoranoapenaspara delimitarterritrioeidentifcarriquezas,mas para classifcar a fauna, a fora e seus habitantes. Emalgunsdestesrelatos,oindgenavisto comopreguioso,insolente,incapaz,ingnuo, monstruoso e at bom selvagem. Assim, pretende-secomestesimpsio,apresentar,osrelatos daviagemflosfcadeAlexandreRodrigues Ferreira,compreendendocomoesterelato construiu um imaginrio do indgena baseado no numa viso simplifcada e eurocntrica.mecnicos dos sculos XVIII eXIX na formao dasidentidadeslocais.Otrabalhosegueas noesderepresentaosocial(Chartier)e poder simblico (Bourdieu).SIMPSIO TEMTICO 2Clero, Religiosidade e Inquisio no Espao Ibero-americano (sculos XVI-XIX)Coordenadores: Aldair Carlos Rodrigues (UNICAMP),Angelo Adriano Faria de Assis (UFV), Pollyanna Gouveia Mendona Muniz (UFMA) & Yllan de Mattos (UNESP) Dia 19 de agosto de 2014O SANTO OFCIO SOB CERCO: A SUSPENSO DA INQUISIO PORTUGUESA NA DCADA DE 1670Yllan de [email protected] objetivo compreender o processo que culminou nassuspensesdoSantoOfcioportugus, entre os anos de 1674 e 1681. Os cristos-novos produziram diversos documentos em Roma que invalidavamaaodoSantoOfciolusitano, qualifcando-o como arbitrrio, interesseiro nos bensmateriaiseinjusto.Osinquisidores,por suavez,responderamcadaqueixaafrmando suaautonomiafaceaopapadoeexplicando ospormenoresdesuaprticajurdica.Olocal dessadisputaforaaprpriaCongregao doSantoOfcioromano,naqualmediaram seuscardeaiseoprpriopapa.Nessesentido, analisaremosasdiversascorrespondncias, osopsculosproduzidoseostextosofciais fomentadosnessalidequevicejoucomoum pedido de misericrdia (perdo) e terminou com a exigncia de justia pelos rus do famigerado Tribunal da Inquisio.AS ESTRATGIAS DA FAMLIA DE ANTNIO FERNANDES DELVAS HOMENS DE NEGCIOS, COROA ESPANHOLA E INQUISIOAna Hutz [email protected] AntnioFernandesdElvastevecontratosde fornecimento de escravos na Amrica portuguesa e nas ndias de Castela, alm de possuir contratos napontaafricanadotrfco.Possivelmenteele foiumdosmaiorestrafcantesdeescravosdo primeiroquarteldosculoXVII.Tratava-sede um homem rico, poderoso e bem relacionado, cujo avhaviasidofdalgodaCasaRealportuguesa. Era,contudo,cristonovo,casadocomElena Rodrigues,flhadoricohomemdenegcios JorgeRodriguesSolis,umdosresponsveis pelanegociaodoperdogeraljuntoaFilipe IIInoinciodosculoXVII.Nesseartigonos debruamossobreosprincipaisnegciosda famlia Fernandes dElvas, o alcance de sua rede comercial, as relaes entre essa e outras famlias crists novas, sua nobilitao e suas relaes com a Coroa e com a Inquisio.2 35 E n c o n t r o I n t e r n a c i o n a l d e H i s t r i a C o l o n i a lSORTILGIOS E PRTICAS HETERODOXAS NO ESPAO IBERO-AMERICANO: MISTICISMO RECNDITO NAS PERAS DE ANTNIO JOS DA SILVA, O JUDEUJosevnia Souza de Jesus Fonsecasouzajosevania@gmail.comOpresentetrabalhoobjetivarefetirsobreos sortilgioseprticasheterodoxaspresentesna obradocomedigrafoAntnioJosdaSilva, tambmconhecidopelaalcunhaOJudeu, cristo-novoqueviveuentreosanosde1705e 1739, tendo sua vida encerrada pela Inquisio de Lisboa aps ser condenado por relapsia no crime dejudasmo.Emsuasperas,oJudeudeixou transparecer um elemento central da cosmoviso dosjudaizantes,aartemgica,referenciado constantementenascenasqueremetem feitiaria e a feiticeiros, a frmulas mgicas para transformaes,aosencantamentosdiversos, aostranses,oraesevises.Esseselementos compem o universo dos principais personagens do teatro de Antnio Jos da Silva, a exemplo do cavaleiro andante D. Quixote, do escravo flsofo Esopo, do Anftrio, e do Jaso.CLRIGOS SERVIDORES DO SANTO OFCIO NA AMAZNIA SETECENTISTA: COMISSRIOS, PADRES E PROPRIETRIOS DE TERRAJoo Antnio Fonseca Lacerda [email protected] Dentreagrandetramainquisitorialdevigilncia, podemosdestacarosComissriosdoSantoOfcio. Acomissariaeraopostomaisaltodahierarquia inquisitoriallocal,e,noentenderdosRegimentos daInquisioPortuguesa,oscomissriosdeveriam serpessoaseclesisticas,dotadasdeprudnciae virtude,cabendo-lhesrealizardiligncias,coletar depoimentoserealizarprises.Naturalmente,um cargo de tamanha importncia atraiu muitos clrigos no contexto da Amaznia setecentista, clrigos estes que atuavam tanto na burocracia diocesana quanto nainquisitorial.Paraalmdestaatuaonasraias daIgreja,estavamengendradosnosjogossociais, sobretudonaobtenoeexploraodeterras. Nestesentido,estetrabalhoobjetivaapresentar asvriasfacetasdestesagentes,evidenciandosuas experinciascomopadres,comissriosdoSanto Ofcio e proprietrios de terras. Enfm, eram padres na cura das almas; eram comissrios na cura da f; e eram proprietrios na cura de suas terras.ENTRE O FACTO E O FICTO : A INQUISIO E SUA VTIMAS RECRIADAS PELA LITERATURAAngelo Adriano Faria de [email protected] intolernciainquisitorialnoBrasilduranteas ltimasdcadas.Hoje,jfalamosdaquartaou quintageraesdepesquisadoresdaestrutura, representantes e funcionamento do Santo Ofcio, de sua presena na Amrica portuguesa e de vtimas quesofreramcomaaodoTribunal.Masno selimitahistoriografaosestudoseprodues sobreotema.Msica,poesia,teatro,romance: Alguns textos literrios tm se debruado sobre o assunto, e a fco ajudado Histria na narrativa dasperseguiesinquisitorias.Algumasdestes textos recuperam ou memso recriam a trajetria de personagens realmente vitimados pela Inquisio, usandodocumentaodoSantoOfcioparadar veracidadesdescries...Estetrabalhoobjetiva 2 4 C A D E R N O D E R E S U M O Sanalisarcomoalgumasdestasobrasdescrevem asprticasdoSantoOfcioedosindivduosque foramdenunciadose/ouprocessadospeloSanto Tribunal.VIGILNCIA, DISTINO & HONRA: INQUISIO E DINMICA DOS PODERES LOCAIS NOS SERTES DAS MINAS SETECENTISTASLuiz Fernando Rodrigues Lopes Luizfernando_f@yahoo.com.brAoobservarmosaconstituiodaseliteslocais nafreguesiadeNossaSenhoradaConceiode Guarapiranga,regiodefronteiraentreadita civilizao e as gentes incultas na capitania de MinasGeraisdosculoXVIII,percebemosque homenspotencialmentedistintos-portugueses, brancosecomrelevantecabedal-buscaram, dentreoutrosmeios,ahabilitaodeFamiliar doSantoOfciocomoestratgiadeascenso socialeafrmaodestatus,graasaoatestado delimpezadesanguequeacartadeagente daInquisiosimbolizava.Destemodo,esta comunicao pretende expor os resultados de uma investigao que reconstituiu a trajetria de nove agentesinquisitoriaisdalocalidade,destacando, sobretudo, suas redes de sociabilidades e o modo peloqualestespersonagenssevaleramdos vnculosmercantisdosquaispartilhavampara afanaremposioprestigiosanasociedadeem que estavam inseridos. MODOS DE PRODUO DE ESPAO NAS COLNIAS NEERLANDESAS DO SCULO XVII: APONTAMENTOS PARA UM ESTUDO COMPARADO DO CASO DAS COMUNIDADES JUDAICAS DO BRASIL, CURAO, SURINAME E NIEUW AMSTERDAM (SCULO XVII)Daniel Oliveira [email protected] caracterizou-se,emamplamedidaecom pontuais excees, como uma rede de entrepostos comerciaisondeestabeleceu-seumacultura urbana. Dentro da diversidade tnica e religiosa destes entrepostos, um grupo teve destaque por sua idiossincrasia religiosa e sua diferenciada rede de relacionamento transnacional e transcolonial, os judeus sefaradim. Num enfoque local, v-se que produziramespaosocial,garantindodireitose produzindo mecanismos identitrios na vivncia comunitria.ParaoCaribeeAmricadoNorte neerlandeses, foram vrios sefaradim que haviam vividonoBrasil.Muitasdasnegociaese prticas que levaram a um notvel trnsito social no Brasil neerlands, so detectveis no contexto de Willemstad (Curaao), e Nieuw Amsterdam. Iniciamosumadiscussosobreorefexoda experincia sefaradim no Brasil neerlands sobre anegociaoprviadedireitos,eosmodosde produo de espao, fsico, econmico e social.2 55 E n c o n t r o I n t e r n a c i o n a l d e H i s t r i a C o l o n i a lHEREGES JUDAIZANTES: UMA FAMLIA DE CRISTOS-NOVOS FLUMINENSES NAS MALHAS DA INQUISIOMonique Silva de Oliveiramoniquesilvadeoliveira@gmail.comAcomunicaopretendesedebruarsobre umdosmomentosemblemticosdaatuao inquisitorialnaAmricaPortuguesa:aprimeira metadedosculoXVIIInacapitaniadoRiode Janeiro, quando muitos cristos-novos tornam-se rus do Tribunal Lisboeta e caem nas malhas da Inquisio. A despeito de existirem algumas obras historiogrfcasimportantessobreoassunto comoAInquisiocontraasmulheres,deLina Gorenstein- e um signifcativo corpus documental paraorecortecitado,muitoscasos,histrias, trajetrias,aindacarecemserexplorados.Por essemotivo,osAzeredo,integrantesdeuma famliacrist-novafuminenseprocessadano perodo, sero analisados com intuito de fornecer novas nuances e refexes sobre esse importante momento da represso inquisitorial.ESPAOS DE PODERES LOCAIS: A FAMILIATURA DO SANTO OFCIO COMO MECANISMO DE PROMOO SOCIAL AO SENADO DA CMARA DO RECIFE COLONIALDavi Celestino da SilvaSilvadavi.mundo@yahoo.com.brFalardeeliteslocaissemsombradedvida umpontochavenosdiasdehojeparase compreendermelhorahistriadePortugal,e conseguinte a do Brasil. A historiografa colonial vemmostrandocadavezaimportnciadesses indivduosnaconstruodagrandecolchade retalhoqueforaoImprioPortugus,juntos instituies portuguesas, a exemplo do Tribunal do Santo Ofcio, instituio de grande relevncia noseiodoorganogramaburocrticoportugus. NocasodaFamiliaturaInquisitorial,esta logrou de privilgios, honrarias, mercs, cargos e ofcios a homens que outrora eram classifcados ecolocadosmargemdasociedadecolonialdo Brasil portugus. Situao esta devido ao conceito sociolgicoforjadopelomodelodeAntigo Regime,emquevalorescomo:distinosocial, status e poder, eram dispositivos imprescindveis nassociedadesdaAmricaportuguesaqueles que julgavam- se diferentes dos demais.DIREITO E PUNIO NO ANTIGO REGIME PORTUGUS: APROXIMAES E DISTANCIAMENTOS ENTRE OS REGIMENTOS INQUISITORIAIS E AS ORDENAES FILIPINASMonique Marques Nogueira Lima [email protected] no mundo jurdico portugus do Antigo Regime vmsendotomadoscomoobjetosdeanlise dohistoriadorhalgumtempo.Nessamesma tendncia,oquesepretendenapesquisaora propostarelacionardoisimportantescdigos 2 6 C A D E R N O D E R E S U M O SquepertenciamculturapolticadePortugal as Ordenaes flipinas de 1603 e os Regimentos daInquisio.Assim,pormeiodaideiacentral deordem,foipossvelpinaralgumascategorias fundamentaisdeacusadoshereges,loucose escravosquepermitiramavaliarparcialmente asaproximaesedistanciamentosentreas prticasjudiciriashiantesnasdocumentaes confrontadas.Ademais,paraalmdosestudos dedicadoscompreensodoEstadoesuas formasdecominao,sefezpossvelperceber queoolharespecfcosobreoscdigosrevelam muito sobre os pactos de verdades estabelecidos entre os sujeitos jurdicos de determinada poca. Dia 20 de agosto de 2014QUANDO OS NEGROS NO SO PASSIVOS: A RESISTNCIA NEGRA ATRAVS DA RELIGIOSIDADEJoo Antnio Damasceno [email protected] dasinmerasestratgiasdesenvolvidaspela populaonegranasMinasdossetecentos, frentesintricadasteiasdasrelaessociais nacolnia.Noscadernosdopromotorda InquisiodeLisboa,podemosencontrar inmerostestemunhosdestesconfitosemque muitoalmdaresistncia,percebemostambm acumplicidadedeinteressesquemuitasvezes associavaasclassesemproldoalcancede benefciosevantagensqueatendessemaos anseiosdetodos.Exemploinstigantedesses testemunhosocasodaescravaFlornciade SouzaPortellaqueatravsdareligiosidade mgico-popular, enfrentou a confgurao social vigente e conseguiu vantagens, respeito e poder. sobre essa documentao que esta comunicao procura refetir.UM BGAMO, TRS CMPLICES: TODOS PROCESSADOS PELA INQUISIOLucas Maximiliano [email protected] objetivo deste trabalho apresentar o caso de quatropersonagens:ManueldaSilva,Manuel Cristovo,NoutelSecoeAntnioBorges.O primeirofoiacusadodebigamiae,durante seudepoimento,dissequeCristovoeNoutel haviam dado a notcia da morte de sua primeira esposa. Estes ltimos foram presos e processados pela inquisio sob a acusao de mentir ao Juzo Eclesistico e desrespeito ao sagrado sacramento domatrimnio.OmesmoocorreucomAntnio Borges.Pormeiodestecasoemespecfco, possvel perceber o que era compreendido como pecado no fnal do sculo XVII. A bigamia, visto comopecadoporapresentarumdesrespeito aosacramentodomatrimnioeraperseguida pelosinquisidorese,porviadosprocessos inquisitoriaisdosdemaisenvolvidos,percebe-sequeessaassimilaofoiestendidaaos trshomensquederamfalsotestemunhono ProcessoEclesistico.Almdisso,estasfontes documentaistambmapresentamaefcciado aparelhorepressivoinquisitorial,jquetodos os envolvidos no demoraram a estar em Lisboa para enfrentarem os inquisidores.2 75 E n c o n t r o I n t e r n a c i o n a l d e H i s t r i a C o l o n i a lRECONHECIMENTO E HERESIA: A ANTINOMIA FEMININA NAS PRTICAS MGICO-RELIGIOSAS A PARTIR DA PRIMEIRA VISITAO DO SANTO OFCIO AMRICA PORTUGUESA (1591-1595)Marcus Vinicius [email protected] consigo uma srie de denncias de mulheres, em suamaioria,voltadasparaasupostarelaoda prpria mulher com a magia religiosa, resultando, inclusiveemdoisprocessosinquisitoriais contraMariaGonalveseFelciaTourinho. Investigaremos, portanto, no somente o quadro decrenaseprticasquecircularamentrea fgura feminina, mas os laos culturais em torno daparticipaodamulhernasprticasmgico-religiosas, seja como agentes ativas desse processo ou como interessadas em contar com indivduos mulheres, principalmente reconhecidos pela capacidadedemediaocomosobrenatural nesseespao.Trata-sedeumestudoemtorno dasrelaesdegneroancoradasparticipao femininanocampodareligiosidadenapoca Moderna,emespecial,nocorteemquesto, tendonapresenaatentoinditadeuma comitiva do Santo Ofcio o espao ideal para nos debruarmos na problemtica levantada.INQUISIO E RELIGIOSIDADE NA BAHIA COLONIAL (SCULO XVIII): A PRTICA RELIGIOSA DO ESCRAVO MATHEUS PEREIRA MACHADOPriscila Natividade de [email protected],residiunaVilade jacobina BA um escravo por nome de Matheus Pereira Machado, que sob acusao de feitiaria esacrilgioporportedebolsademandinga foraprocessadoecondenadoadegredopela Inquisioportuguesa.MatheusMachadoera umadolescentedeapenas16anos,naturaldo StiodeSoJosdaPororocaatualdistritode FeiradeSantana-BA,masquandoacusado morava na vila de Jacobina. A partir do caso deste mandingueiro as discusses acerca da Inquisio portuguesa,prticacultural,religiosidade,e poderdasbolsasdemandingaganhamnfase em nosso trabalho, que tem como objetivo maior discutiraimportnciadoreferidoamuletopara seus usurios (em sua grande maioria negros) no contexto do Brasil colonial.RAREFEITA TRAJETRIA DO MAMELUCO SIMO ROIZ: DAS TEIAS DE FALSOS ENGANOS PRISO INQUISITORIAL (1587-1593)Andreza Silva [email protected],omamelucoSimoRoiz partiudeSergipedoConde,noRecncavo Baiano, em direo ao serto norte da Bahia com umagrupamentodesoldadosafmdedescer ndiosparalev-losaoEngenhodeSergipe. Noserto,deixouforescerseuladogentilpor 2 8 C A D E R N O D E R E S U M O Sencontrarabrechaquelhepermitiupraticar aesqueforamdeencontroaosdogmas catlicos,comendocarnenaquaresma.Sua rarefeitatrajetrianospermiteaindaconhecer os confitos, ou seja, as teias de falsos enganos tecidas entre os soldados mamelucos e os jesutas pelocontroledosgentios.Compreenderemos SimoRoizcomoumalvodosaparatos repressivosdopoderinquisitorialquerecebeu como recompensa por sua atuao uma punio daqual,provavelmente,jamaisesquecera. Faremosusodaabordagemmicrohistrica, utilizando como fontes primordiais os processos inquisitoriais da Primeira Visitao.ENTRE BICHOS E SEVANDIJAS: UMA ANLISE DA SOCIABILIDADE ESCRAVA EM UM PROCESSO DE CURA DO ESTADO DO GRO-PAR E MARANHO (1764)Maria Rosalina Bulco [email protected] PareMaranhoproduziuricomaterialpara aanlisedeindivduosinseridosnasociedade colonial.OprocessodoescravoJosMandinga, denunciadoaoSantoOfcioapsacurade umaescravagravementeenferma,levando-aa expelir bichos e sevandijas oferece um debate acercadosprocessosdesade,doenaecura quecirculavamentreossegmentossociaisda Colnia, tornando-se prtica usual a busca pelos serviosdecurandeirosparaextirparosmales noapenasdocorpo,masdoesprito.Assim, taisfontes,emborasobocrivodoinquisidor, permite visualizar as tenses e negociaes entre grupos aparentemente antagnicos, favorecendo o aparecimento de um fato incomum a estrutura escravocrata, no qual indivduos marginalizados inserem-seemumcontextomaiscomplexo doquesepoderiaconjecturardacondiode escravos.PALAVRAS AMATRIAS E POESIAS LUXURIOSAS:CONFISSO E IMORALIDADE NO MUNDO IBERO-AMERICANO (1640-1750)Jaime Ricardo Teixeira [email protected] solitatio ad turpia, mais vulgarmente solicitao, eraumdelitopunvelpeloTribunaldoSanto OfciodaInquisionoperodopropostopor estacomunicao.Naacepoinquisitorial,a solicitaodesignavatodasassituaesemque umconfessor,valendo-sedasuaautoridade, doseuministrioedomomentorecatadoem queocorriaaadministraodosacramento dapenitncia,aproveitavaparasatisfazeros seusdesejoscarnais,oumanifestavaapenas essainteno,utilizandoparatal,umasrie diversifcadademeios.Acomunicaoque proponho pretende centrar-se num domnio que tenhovindoaestudardehvriosanosaesta parte: os artifcios utilizados pelos procos para levar a cabo os seus imorais intentos e a vigilncia e represso que lhes era movida pelas instncias judiciaiscompetentesnamatria.Nesse contexto,recorrendodocumentaooriginal, analisareicommaismincia,assolicitaes quenametrpoleenacolniaocorriamcomo recurso palavra oral e escrita e o choque entre o sagrado e o profano que nesse momento ocorria.2 95 E n c o n t r o I n t e r n a c i o n a l d e H i s t r i a C o l o n i a lCONCUBINATOS, VIOLNCIA E SOLICITAO NO COTIDIANO DO CLERO SECULAR DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO (1750 1800)Gustavo Augusto Mendona dos Santos [email protected] Opresentetrabalhotemcomoobjetivofazer umlevantamentodasprticascotidianasdos clrigossecularesdePernambucoasquais transgrediamasnormativaslegaisaplicadas aoImprioportugusnasegundametadedo sculoXVIII.Demodomaisespecfcoiremos demonstrar em nmeros quais foram os casos de concubinatos,solicitaesepraticasviolentas realizadas por clrigos do hbito de So Pedro nas freguesias do litoral de Pernambuco entre 1750 e 1800.Buscaremosaindadebateratqueponto estas aes constituam transgresses da norma oueramprticassociaisaceitasnaAmrica portuguesa,tendoporbasesuafrequnciaea forma como a populao reagia diante delas.A BIGAMIA NOS SERTES: CASAR SEGUNDA VEZ NA CAPITANIA DO CEAR GRANDE (1752-1798)Adson Rodrigo Silva Pinheiroadson.rodrigo@gmail.comEstetrabalhotemporobjetivoanalisarcasos debigamianacapitaniadoCeardurante asegundametadedosculoXVIII,afmde entenderasmotivaesparasecontrairum segundocasamentoemfacedeIgrejaedeque estratgias os sujeitos histricos se valiam para realizarumnovomatrimnio,sendoaprimeira mulher ainda viva. Ademais, essa anlise auxilia na compreenso da dinmica em torno da atuao da IgrejaCatlicaemseusmltiplosorganismosde vigilncia e de controle da populao e uma anlise maispenetradadocotidianodoCearGrande, marcado por relaes em torno da transitoriedade propcia aos Sertes e de aspectoscircunscritos honra, sexualidade e famlia.A base documental composta de Processos Inquisitoriais presentes noArquivodaTorredoTombo(1752-1798), osRegimentosInquisitoriais,asConstituies doArcebispadodaBahia,LivrosdeTombode Parquias e as Ordenaes do ReinoDia 21 de agosto de 2014BLASFMIAS E PROPOSIES: A LIBERTINAGEM DE CONSCINCIA NO SETECENTOS MINEIRORafael Jos de [email protected], atravsdaanlisedasdennciasarroladasnos cadernosdoPromotordaInquisiodeLisboa referentessblasfmiaseproposiesherticas, dodesenvolvimentonasMinassetecentistasde ideias contrrias s imposies da ortodoxia, alm da racionalidade das pessoas em seus cotidianos, naconvivnciadiretacompovoseculturasdos 3 0 C A D E R N O D E R E S U M O Smaisvariadosmatizes.Nalnguaferinados mineirostambmreverberaramasinjustiase desigualdadesoriundasdasociedadecolonial, como a justifcativa ao escravismo e a condenao dasreligiesimpuras.Comofocondutor destapesquisa,traamosasideiaseocotidiano doSargentoMorRomoFagundesdoAmaral, quecomooutros,ousaraproferir,queoSumo Pontfceeraumhomemcomoqualqueroutro, que Nossa Senhora no fcara virgem aps o parto, que a fornicao no era pecado e que o corpo de Cristo nunca estava presente na comunho.O CLICE PROIBIDO: CONTATOS INTERTNICOS ENTRE MISSIONRIOS CARMELITAS E INDGENAS TARAIRI NA CAPITANIA DA PARABAGlucia de Souza Freire [email protected],emBoaVista, aldeamentoindgena(XukurueKanind) localizadonacapitaniadaParaba,carmelitas foramacusadospelocapito-mordaParaba, PedroMonteirodeMacedo,deusarovinhoda accia jurema, que desencadeava xtase religioso, em um ritual que deviam combater. Sentimentos transgressoresestavamligados,nesteevento, aprticasdeagenciamentoeburla,ondeum contatointertnico,tambminseridoemuma perspectivamstica,provocoucdigosque revelammovimentosdehibridismo.Partindo deumaanlisebaseadanaMicro-Histriaeno paradigma indicirio, mantendo um dilogo com aAntropologia,essacomunicaovisarefetir acercadoscontatosintertnicosocorridos, assim como os elementos mstico-religiosos que aproximaramindivduosTarairiecarmelitas em transgresso ao ideal catequtico colonial.SCULO XIX, O SCULO DOS PROFETAS BRASILEIROS: OS DESDOBRAMENTOS DO MILENARISMO PORTUGUS EM TERRAS BRASLICASPriscilla Pinheiro Quirinopriscillapquirino@hotmail.comApropostaqueaquitrazemosoeixo norteador de nossa pesquisa doutoral a qual visa compreenderaformao,aconstruodeuma identidadeeaatuaodosProfessoresRgios emPernambucoentre1759e1825.Aescolhade taltemticaresidenodesdobramentodenossa TesedeMestrado,defendidaem2009,aonde abordamos os impactos da denominada primeira fase das Reformas Pombalinas na Vila de Recife enaCidadedeOlindaentre1759e1772.Assim, pretendemosapresentarosprimeirosesboos no apenas dos princpios pedaggicos e polticos oEstadoPortugusdelineouaformaoeos limitesdeatuaodaprticadosprofessores, masaemergnciadeumaidentidadedocente apartirdomomentoemqueelesseviamcomo agentesdetransformaoculturalenecessrios paraacriaodesditosleaisCoroaeos confitos e percalos que esses mestres sofreram paraexercerseusmagistriosemPernambuco entre a segunda metade do sculo XVIII e incio do XIX.3 15 E n c o n t r o I n t e r n a c i o n a l d e H i s t r i a C o l o n i a lENTRE O CATOLICISMO E O CALVINISMO: A APOSTASIA DE ECLESISTICOS NO BRASIL HOLANDSRegina de Carvalho [email protected] objetivo da comunicao analisar a resistncia e a colaborao de certos eclesisticos ao domnio holandsnolitoralnordestinoseiscentista, entre1630a1654.Aperspectivainvestigara atuaodedeterminadospadrecatlicosque, nafaseinicialdasguerraspernambucanas, resistiram entrada neerlandesa, mas, mediante atolernciareligiosafamenga,aceitaram permanecer no territrio, chegando a colaborar abertamente com Maurcio de Nassau. Durante operodoidentifcadocomopaxnassoviana pelohistoriadorEvaldoCabraldeMello, alguns padres se destacaram pela forte amizade mantidacomogovernadordosholandesese pelosestreitosvnculosestabelecidoscomo calvinismo,oquelhesrendeudennciasde apostasia. Portanto, so protagonizados quatro casos:oFreiManoelCalado,oFreiAntnio Caldeira,opadreBelchiorManoelGarridoeo padre Manoel de Morais.O DEGREDO S GALS E A AO INQUISITORIAL NAS CAPITANIAS DE CIMA (SC. XVI)Emnuel Luiz Souza e [email protected] aaoinquisitorialnaAmricaPortuguesa, priorizandoossentenciadosacumprirem odegredonasGalsdelRei.Estapenaera consideradaumadasmaisseverasentreas puniesaplicadaspeloTribunaldoSanto OfcioPortugus.Medianteaanlisedos processosinquisitoriaismovidoscontra moradoresdasCapitaniasdecimaduranteo sculoXVI,propomosobservarquaisforam os crimes que tiveram como punio este tipo de degredo e demais informaes provenientes desta documentao.TROCAS COTIDIANAS E VALORES RELIGIOSOS NAS CARTAS DE PERDO DE D. FELIPE IILuciana Mendes [email protected] cartas de perdo tem sido um importante instrumentodahistoriografiaparadiscutir tantoquestesrelacionadassrelaesde poder,emespecialaquelasreferentesao monarcaeseussditos,quantoproblemas acerca dos comportamentos morais e sexuais das comunidades locais no perodo moderno. Napresentecomunicaopretende-se avaliarpormeiodascartasdeperdoos valoresmoraisereligiososexpressospelas populaes do reino em relao s trocas e a circulaoderecursoscotidianosnavirada do sculo XVII.3 2 C A D E R N O D E R E S U M O SREGULAMENTOPARA OS MISSIONRIOS EM QUESTO: REFLEXES CENTRAIS SOBRE A PRXIS FRANCISCANAIdelbrando Alves de [email protected] BUSCA DA F: VIVNCIA, PARTICIPAO E DEVOO DOS TERCEIROSCARMELITAS EM MINAS GERAISNvea Maria Leite [email protected],atravsdaatuaode suasOrdensReligiosaseCongregaes,foi responsvelpelacatequizaodosnativos brasileiros.Portanto,opresentetrabalhotem porobjetivorealizarumaanlisehistrica sobreaprxisfranciscanadesenvolvidanos aldeamentosdaCapitaniaRealdaParaba, entreoperodode1589e1619,atentando especialmenteparaoRegulamentoparaos Missionriosde1606,evidenciando,desta forma,avivnciareligiosaentrefranciscanos e nativos. PRESCRIES SOBRE A MORTE NOS ESCRITOS RELIGIOSOS DO BRASIL COLONIAL (SCULOS XVII E XVIII)Clara Braz dos [email protected],noBrasil, diversosescritosreligiososedecunhomoral (sermes,panegricos,livrosdevocionais, parbolasesonetos)produzidosporclrigos daIgrejaCatlica,bemcomoporoutros letrados, divulgaram aos seus diversos ouvintes e/ouleitoresdesdecolonosaescravosum conjunto de regras e ensinamentos relacionados temticadamorte,destacandoanecessidade denuncaseesqueceremqueerammortais,e daimportncia,paraasalvaodesuasalmas, dodesprendimentodasquestesmundanase dasprticasviciosas,atravsdopensamento constante na morte e da preparao para o bem morrer.Nessesentido,meupropsitonessa comunicaomapearnessaliteraturasobre amorte,quaiseramosvciosmaiscondenados ecomoerapossvelobterasalvaodaalma. Ditodeoutromodo,haveriadiferenasentre os vcios de colonos (as) e escravos (as)? O que compreendia a salvao na colnia?AparticipaodeleigosemMinasGeraisfoi favorecidapelauniodaCoroacomaIgreja atravsdoPadroado;essaparticipaolaicaem associaes religiosas foi expresso encontrada pelosfisque,incorporadosnaIgrejaeram constitudoscomoPovodeDeus,estesleigos setornaramparticipantesefetivosdaIgreja ondeelanopodiaexercer,plenamente,sua funo.Nossoobjetivonesteartigorefetir sobre a participao desses leigos que levaram e difundiram as prticas das associaes religiosas, emespecialdaOrdemTerceiraCarmelita,num lugarondeaigrejasefaziapresentesomente atravsdestesfisleigos,cujaparticipaoera indispensvel para a promoo da f e da cultura mstica do sagrado.3 35 E n c o n t r o I n t e r n a c i o n a l d e H i s t r i a C o l o n i a lARTE E HERESIA NOS RECANTOS DA CIDADE DA BAHIAGrayce Mayre Bonfm [email protected] trajetriadeIsidoroJosPereiraeCosta, homembranco,naturaldeLisboaeassistente navizinhanadonoviciadodospadresda CompanhiadeJesusnacidadedaBahia,ofcial decravadoreartfcedeperadefgura,que tevedennciaconduzidapeloComissriodo SantoOfcioBernardoGermanodeAlmeida paraoTribunaldaInquisio.Talacusao teveporbasetestemunhosqueoapontavam com declaradamente ateu e proferir proposies herticastaiscomo:adescrenanavidaeterna eressurreio;proclamavaqueoinferno,o purgatrioeaexcomunhoeraminvenes utilizadas pela Igreja para manter medo entre os fis; e que a fornicao em todas as suas formas e nveis de parentesco no era pecado, mas prtica natural e necessria para o aumento da gerao, dentre outras proposies arroladas no sumrio contra ele montado no perodo de 1750 a 1764.Dia 22 de agosto de 2014PECULIARIDADES ECLESISTICAS NO GRO-PAR: O MOMENTO DA TRANSIO DA DIOCESE DE FREI JOO DE SO JOS QUEIRS PARA GERALDO JOS DE ABRANCHESSarah dos Santos Arajo [email protected] Pormeioderelatosdevisitaspastorais, documentos inquisitoriais, alm de cartas rgias eofciosdoConselhoUltramarino,vamos apresentar algumas particularidades do perodo demudananaadministraodadiocesedo Gro-PardeD.Fr.JoodeSoJosQueirs (1760-1763) para o Inquisidor-Visitador Geraldo JosdeAbranches(1763-1773).Demonstrando algunsaspectosdaatuaoesadadobispado doprimeiro,porordemrgianoanode1763, e,porconseguinte,achegadaeinstalaoda Visita Inquisitorial regio chefada por Geraldo JosdeAbranchesqueforaaindaindicadopara servigriocapitulardasedevacante.Pormeio dasrepresentaesquepermeiamatrajetria dessasduasfgurasnoGro-Par,avaliando administraoeatuaonadiocesenoperodo datransiodeumparaooutro,teremosuma visomaisampladocontexto.Principalmente aotratarmosdomomentoparticulardaVisita doSantoOfcioemqueoInquisidor-Visitador se torna vigrio capitular, tendo duas jurisdies alinhadas sobre a mesma pessoa, atravs da qual poderemosvislumbraraoinciodesuaatuao aarticulaodesuasfunesemexercciona diocese.NOTAS SOBRE A CONTRIBUIO DA IGREJA NA ORGANIZAO DO ESPAO TERRITORIAL CEARENSE DURANTE O SCULO XVIIIClovis Ramiro Juc [email protected] artigo discute os primrdios da fxao da Igreja noespaocearense.Contribuicomarefexo identifcando as reas do territrio e os pontos de fxao.Nacartografaretrospectivaehistrica 3 4 C A D E R N O D E R E S U M O SOtrabalhotrazcomoobjetivoaanlisedas dimenses e repercusses da prtica da escravido no interior do Convento da Soledade. A clausura envolveuumgrupoheterogneodemulheres, identifcaasprimeirascapelas,osaldeamentos, asigrejasmatrizeseasfreguesias.Estabelece arelaoentreagnesedosaglomeradosea construodasprimeirasermidas.Tambm evidencia a pouca importncia da capitania para oEstadoportugusconsiderandoonmerode freguesias coladas instaladas no territrio. Se no DOM FREI MANOEL DA CRUZ, O GOVERNO DO BISPADO E AS REDES CLIENTELARES (MARANHO, 1739-1747)Kate Dayanne Araujo [email protected] doMaranho,domfreiManoeldaCruz envioucorrespondnciafrequenteparasua redeclientelaremPortugal,quetinhacomo membrosopadrereformadorfreiGasparda Encarnao,oCardealJoodaMotaeSilva, opadrejesutaJooBatistaCarboneeorei domJooV.Apropostadessacomunicao investigarofuncionamentodessaredeeas estratgiasusadaspelobispoparaconseguir benefcios para melhor governar sua diocese.COLAES E ORDENAES SACERDOTAIS: O CLERO NO MARANHO COLONIALPollyanna Gouveia Mendona Muniz [email protected] comoumgrandevazioaserocupado;no alvorecerdosculoXIX,umaredeeclesistica constituda por 17 freguesias, 22 igrejas matrizes ecercade47capelasorganizavaoespao territorialdacapitania.OCearencontrava-se defnitivamente ocupado pela igreja.Estacomunicaodiscuteostrmitespara aordenaosacerdotaldandodestaqueaos processos de Habilitao de genere e Vita et Moribus queavaliavamaascendnciaeoscostumes doscandidatosaosacerdcio.Numsegundo momento,aanlisetratardosconcursospara colaosacerdotaldestacandoasdiferentes estratgiaseosdiscursosutilizadospara conseguirboascolocaesnaIgreja.Opalco desse estudo o bispado do Maranho no sculo XVIII.comdiversasdimensesqueextrapolavamado mero isolamento. A presena de escravas e servas na instituio assegurava a continuidade do tipo devidaqueareclusalevavaantesdeingressar AS DIVERSAS FACES DA RECLUSO FEMININA: CONSIDERAES SOBRE A PRESENA DE ESCRAVAS E SERVAS NO CONVENTO DA SOLEDADE (SALVADOR, SCULO XVIII)Adnia Santana Ferreira [email protected] 3 55 E n c o n t r o I n t e r n a c i o n a l d e H i s t r i a C o l o n i a lno convento e que, em tese, deveria romper, uma vez que se recolheu em uma instituio religiosa centradanoisolamento,contemplaoenos votos de pobreza, humildade e obedincia.REFLEXOS DA JACOBEIA NA CAPITANIA DE PERNAMBUCO: O GOVERNO DE D. JOS FIALHO (1725-1738) E AS REFORMAS DE CUNHO RIGORISTABruno Kawai Souto Maior de Melo [email protected] OinciodosculoXVIIIfoimarcadopor considerveisreformasnaestruturado catolicismoPortugus,queproduziram profundasmodifcaesnasconcepes eclesiolgicas,moraiseteolgicasdaIgreja Portuguesadeaqumealmmar.Dentreos movimentosreformistasdecarterrigorista que fguraram no perodo, temos a jacobeia, que buscavarestauraraestreitaobservnciados regulares,oexamedeconscincia,afrequncia aossacramentos,sobretudoaconfsso,a mortifcaodosvcios,odesprezopelomundo e a austeridade no modo de se vestir. O presente trabalho se prope a avaliar os refexos da cartilha dosjacobeusnacapitaniadePernambuco duranteaprimeirametadedosculoXVIII, quandoagovernaoespiritualdobispadode OlindaestavasobaregnciadeD.JosFialho (1725-1738),representanteemmbitolocaldo movimento.OS CABIDOS DAS CATEDRAIS DO BRASIL COLONIAL: CARREIRAS ECLESISTICAS E DINMICAS SOCIAISHugo Daniel Ribeiro da [email protected] Apesardasuaimportncianoquadroda administraodiocesana,oscabidosdas catedraisdoBrasilcolonialtmmerecido reduzidaatenoporpartedahistoriografa. Com esta comunicao pretende-se, em primeiro lugar,refetirsobrequaisasfontesdisponveis paraoestudodestasinstituiesequaisas difculdades que elas nos colocam, em particular dadaasuaescassez.Emsegundolugarsero enunciadasalgumaspropostasdeinvestigao equestesqueseencontramemaberto,mas, sobretudo, sero apresentados alguns resultados de uma pesquisa em curso. SIMPSIO TEMTICO 3Contrabando, descaminhos e ilicitudes na Amrica PortuguesaCoordenadores: Paulo Cavalcante de Oliveira Junior (UNIRIO) & Ernst Pijning (Minot State University)Dia 19 de agosto de 2014A ALFNDEGA DO RIO DE JANEIRO: UMA ANLISE DA ECONOMIA E PODER NO IMPRIO ULTRAMARINO PORTUGUS (c.1640-c.1700)Helena de Cassia Trindade de [email protected] umaanlisedasprticaseconmicasesociais desenvolvidasnasAlfndegasColoniais,com destaque para a Alfndega do Rio de Janeiro. Por intermdiodovisfscalbuscar-se-examinar, nosaestruturaadministrativaalfandegria comsuasdiversascamadasdepoder,como tambmaimportnciadessainstituiopara amontagemdoAntigoSistemaColoniale expanso dos negcios ultramarinos.O PORTO DO RECIFE E A ALFNDEGA DE PERNAMBUCOLuanna Maria Ventura dos Santos Oliveiraluannaventura@gmail.comOpresentetematemcomoobjetivoanalisaras relaesdepodernainstituiodaAlfndega dePernambuconossetecentos.Buscamos compreender em nossa pesquisa quais produtos chegavamaoPortodoRecifenasegunda metadedosculoXVIII,ecomoaAlfndegade Pernambucocontrolavaelimitavaasinmeras estratgias de burlar a fscalizao real. Atravs da documentao encontrada no APEJE e no AHU, conseguimosidentifcarquaiscargosexistiam na Alfndega de Pernambuco, alm dos estatutos quearegiam,bemcomosedeveriaatuarna fscalizao dos portos. Nossa pesquisa adentrar a um universo ainda pouco explorado, o aparelho burocrticodaalfndegadePernambuco, objetivandoenriquecerasdiscussessobrea circulaodemercadoriasnoAtlntico,alm dasinfunciasdessesfuncionriosnasredes comerciais colnias. 3 75 E n c o n t r o I n t e r n a c i o n a l d e H i s t r i a C o l o n i a lDESORDEM NO PORTO: AS ARRIBADAS FORADAS E A PRTICA DE ILICITUDES NO SCULO XVIIIPaulo Cavalcante [email protected] Estacomunicaopeemcausaaschegadas ouentradasnoprogramadasdenaviosnos portos ou demais lugares da costa do Estado do BrasilnasprimeirasdcadasdosculoXVIII. Chamadasaindahojenodireitonuticode arribadasforadas,essamovimentao,longe deserfortuitaousurpreendente,pordecorrer dealgummotivoqueimpedisseacontinuidade daviagem,emgrandemedidaeracalculadae abundante. Isso porque, de fato, constitua parte do arsenal de ardis da prtica ilegal do comrcio que visavam burlar as regras institudas. No foi por outra razo que, para alm da legislao geral sobreaatividadecomercial,aCoroaexpediu orientaesespecfcassobrecomoproceder com os navios estrangeiros que vierem ao Estado doBrasil.Vamosexploraressasregrascomo objetivodetrazerluzoconjuntodinmicode interaesentreaexpressodavontadedoque oEstadoqueriaverpraticadoeamaterialidade daquilo que efetivamente se praticava.OS TESOUREIROS E SELADORES DA ALFNDEGA DE SALVADOR: A PRTICA SOCIAL DO DESCAMINHO, 1714-1722Hyllo Nader de Arajo [email protected] ostesoureiroseosseladoresdaAlfndegade Salvador e a prtica social do descaminho nesse lcus privilegiado, a Alfndega, entre 1714 ano do(re)estabelecimentodacobranadadzima daAlfndegaedoregimentoestabelecido pelomarqusdeAngejae1722anoem queacobranadadzimaforasubmetidaao sistema de contratos. As fontes utilizadas so as pertencentessegundasriedosdocumentos avulsos da capitania da Bahia do Projeto Resgate doArquivoHistricoUltramarinoeoLivro QuartodaAlfndegadeSalvadorcustodiado peloArquivoNacionalRiodeJaneiro.Tendo emvistaanaturezaeadiversidadedasfontes que aliceram a presente pesquisa, a metodologia consideradaamaisadequadaaserutilizadafoi abaseadanosprocedimentosusuaisdecoleta, sistematizaoeanlisecrticadosdados levantados.ARRIBADAS NOS TRPICOS: NEGOCIAES E CONFLITOS NO CONTEXTO DO COTIDIANO DA NAVEGAO NA CAPITANIA DO RIO DE JANEIRO (1763-1808)Cesar Augusto Ornellas Ramoscesarornellas@hotmail.comOpresentetrabalhoconsistenoresultado preliminardasanlisesrealizadasacercado cotidianodanavegaonolitoraldaCapitania do Rio de Janeiro, no decorrer da segunda metade dosculoXVIII,comnfaseparaosAutosde Examedenavios,evidenciandoaintensifcao 3 8 C A D E R N O D E R E S U M O SDia 20 de agosto de 2014O CONTRABANDO NO MEMORIALISMO LUSO-BRASILEIROMarieta Pinheiro de [email protected] daafunciadeembarcaesmercantesede guerraaoRiodeJaneiro,entocapitaldoVice-ReinodoEstadodoBrasil.Nossopropsito discutiroslimitesentrenormasetransgresses quebalizavamasvisitasdeautoridadesluso-brasileirasaosnaviosfundeados,especialmente sembarcaesarribadas.Dentreosobjetivos daabordagememquestopodemosdestacar anlisedoperfldastripulaesedos passageiros, a natureza das cargas transportadas e,principalmente,asestratgiasdenegociao entrecapitesdeembarcaesefuncionriosa servio da Coroa portuguesa, mapeando confitos e cumplicidades sob o sol dos trpicos.TODO O MUNDO SABE, QUE AS COLNIAS ULTRAMARINAS [SO] SEMPRE ESTABELECIDAS COM O PRECISO OBJETO DA UTILIDADE DA METRPOLERodrigo [email protected],emrespostaaosprotestosingleses pela apreenso de um navio no Rio de Janeiro, o MarqusdePombal,defendendoenfaticamente o exclusivo colonial, escreveu todo o mundo sabe, queascolniasultramarinas[so]sempreestabelecidas comoprecisoobjetodautilidadedaMetrpole.... Algunsanosdepois,noannimoRoteirodo MaranhoaGoispelacapitaniadoPiau,talideia desenvolvida,paraoautordessetrabalho, caberiascolniasproduzirasmatrias-primasqueseriam,emseguida,benefciadasna metrpoleedepoisexportadas,inclusiveparaa prpriacolnia.Talconceposobrearelao colnia/metrpole no encontrada em textos e documentos dos sculos XVI e XVII produzidos emPortugalouemseuImprio,aparecendo, contudo,cadavezcommaisforaeclarezaao longodoXVIII.Oobjetivodestacomunicao discutiraformaoeodesenvolvimentode umaconscinciadofatocolonial(edeseus desdobramentosprticos),tantodoladoda Coroaedeseusfuncionrios,comodoladodos moradoresdaspartesdoBrasil,indodosculo XVIatsvsperasdaindependnciaem1822, quandoJosBonifcio,noManifestodeAgosto desseano,clamoucontraorestabelecimentodo odioso sistema colonial. NofnaldosculoXVIIIenoinciodo XIX,ocontrabandoeraumarealidadeque preocupavaosestadistasportugueses.Tal prticainterferiaemumpontocentraldas relaesentremetrpoleecolnia:oexclusivo comercial.Emfunodisso,atemticaesteve constantementepresentenacorrespondncia entreaCorteeovice-reinado.Eadespeito dasaesefetuadasporpartedasautoridades coloniais, as difculdades enfrentadas para coibi-loerammuitas,umavezqueemvrioscasos, asatividadescontrabandistascontavamcomo auxliodehabitantesdacolniaoudeagentes ofciais,encarregadosnaprticadecombat-lo.Oobjetivodessacomunicaoanalisar umconjuntodeescritossobreocontrabando, 3 95 E n c o n t r o I n t e r n a c i o n a l d e H i s t r i a C o l o n i a ldesenvolvidosnesseperodo,comdiscusses quetentavamapresentarsoluesparareduzir ou coibir tal prtica. Mais propriamente, a ideia perceber como esses textos se articulavam a uma polticamaiordedesenvolvimentodoimprio portugus.DIFERENTES ESCRITOS E UMA NICA PREOCUPAO: A PRESERVAO DO COMRCIO EXCLUSIVO COM A AMRICA, SCULO XVIIIValter Lenine Fernandesvalterlenine@usp.brSendotograndesosinteressesdocomrciocomos estrangeiros, so ainda maiores os seus lucros quando ele se faz para as prprias colnias. No s este comrcio o mais til, mas tambm o menos arriscado. Com base na citao de Sebastio de Jos de Carvalho e Melo e de outros contemporneos, a ttulo de exemplo GeronimodeUztariz,apresentecomunicao analisarosnveisdeconscinciadaspolticas decontroledocomrciodasMetrpoles portuguesa e espanhola com as suas colnias na Amrica. O que tem de comum na anlise desses escritos? A preocupao com leis, medidas e com asaesdosadministradoresdasAlfndegase ouAduanas.Portanto,apresentaremosalgumas dasrefexesacercadaprincipalinstituiode preservaodocomrcioexclusivodasCoroas portuguesa e espanhola.ROTAS E CAMINHOS: CIRCULANDO ENTRE AS AMRICAS PORTUGUESA E ESPANHOLALina Maria Brando de Aras [email protected] portugus e espanhol na Amrica Colonial foram identifcadas e traadas em cartografa utilizada amplamente na bibliografa especfca. O estudo sobreasrelaescomerciaisentreumladoe outra,separadospordemarcaesoriundasde tratados e acordos diplomticos no impediram oestabelecimentodeoutroscaminhosentre regiesfronteiriasemesmogeografcamente distantes.Destaforma,objetivodiscutiros caminhos percorridos por fora dessa cartografa e demonstrar que os mesmos tanto serviam para a circulao de pessoas e mercadorias como para ampliar a circulao dos impressos proibidos na Amrica portuguesa.OS FUNDOS VIVOS DA CONTRAVENO: O CONTRABANDO DE ESCRAVOS NA COLNIA DO SACRAMENTO (1740-1777)Fbio [email protected] e [email protected] Prata,ocorridonofnaldadcadade1730, osportuguesesestabelecidosnaColniado Sacramentopassaramacontrabandearparaos domniosespanhisumacrescentequantidade deescravosafricanos,enviadosparaapraa 4 0 C A D E R N O D E R E S U M O SplatinadesdeaBahiaeoRiodeJaneiro.O trabalhopretendeexploraralgunsaspectos dessecomrcioilcito,analisandoemprimeiro lugarasdimensesdessetrfco,apartirde algumasestimativascontemporneas.Um segundopontoprocuraanalisarasformas deintroduodessapeculiarmercadoriaem BuenosAires,discutindoquestescomoa existnciadacorrupoeaconivnciados agentesdaadministraocolonialque,em tese, deveriam reprimir tais atividades. Por fm, utilizandoosdadosdosregistrosdebitosde escravos,pretende-seevidenciarquaiseramos agentesmercantisenvolvidosnocomrciodos fundos vivos da contraveno.TUDO CONTRABANDO: A INTEGRAO DA ILEGALIDADE NA SOCIEDADE BRASILEIRA OITOCENTISTAErnst Pijning [email protected] estudaroassuntodecontrabandonoBrasil colonial? Como o contrabando foi um fenmeno integralnasociedadedevesedemonstrara ligaoentregeografa,diplomacia,sistema judicial,burocraciaediscursopblico.Esta palestra um up-date do meu artigo publicado na Revista Histria Brasileira que dialoga com a historiografa mais recente sobre o assunto.Dia 21 de agosto de 2014A ATUAO DOS DIRETORES DE POVOAES DURANTE A POLTICA DO DIRETRIO DOS NDIOS (1757-1798): A BUSCA POR UMA ANLISE DE CARTER HISTRICO DE SUAS INFRAES A LEIVincius Zniga Melo [email protected] Estetrabalhotemcomoobjetivoanalisar aatuaodosdiretoresdepovoaesde ndios,duranteoperododoDiretriodos ndios(1757-1798),noValeAmaznico.Parte dahistoriografiaconsolidouaideiadeque foramestessujeitos,devidoassuasinfraes cometidas principalmente em relao a mo de obra indgena, os principais responsveis pelo fracassodalei.Esteestudo,poroutrolado, buscaapontaralgumasdasdificuldadesdos diretoresnarealizaodoofcio,noslevando apensarematquepontoseriavantajoso aocupaododitoposto.Almdisso,ao constatarqueumasriedeoutrossujeitos tambm transgrediam as normas do Diretrio, eutilizavam-seindevidamentedotrabalho indgena,esteestudobuscafornecerum carterhistricoasaesempreendidaspelos diretores. Isto , em um universo marcado pela disputaemtornodamodeobraindgena, infringir a lei era o horizonte possvel.4 15 E n c o n t r o I n t e r n a c i o n a l d e H i s t r i a C o l o n i a lTENSES E CONFLITOS EM TORNO DA POLTICA INDGENA DOS HABSBURGOS ESPANHIS NO BRASIL COLNIAMiguel Luciano Bispo dos [email protected] Anossapropostadepesquisaestvoltadapara analisaraquestodaescravidoindgenana Amricaportuguesanoperodocompreendido entre 1580 e 1611, durante a Unio Ibrica (1580-1640). Entendemos que a anlise da colonizao brasileiraduranteoperodoflipinoexigea ultrapassagemdadiscussodahistoriografa maistradicionalsobreamaioroumenor autonomiadePortugalesuascolniasneste perodo.Apesardarelativaautonomiapoltico-administrativadePortugal,estabelecida eregularizadaporFelipeIInasCortesdo Tomar(abrilde1581),podemosperceberna documentao que houve, em alguns momentos, umaingernciadiretadaadministrao espanholanosnegciosportuguesesnoBrasil, sobretudo,nasituaojurdicadosamerndios. Nessesentido,trataremosdasleisindgenasde 1595,1605,1609e1611eastensesgeradasna aplicaodessasnormasrgiasaquinacolnia, queenvolviafuncionriosrgios,colonose eclesisticas. OS COMPORTAMENTOS MARGEM DA LEI: A ESFERA FAZENDRIA NO RIO GRANDE DE SO PEDRO NO SCULO XVIIIPaula Andrea Dombkowitsch [email protected] comportamentosmargemdalei,percebendo oqueera,defato,transgressosnormase quaisprticaspolticasconsideradascomuns nalgicadasociedadedeAntigoRegime. Buscaremosassim,compreenderadiferena entre a transgresso lei, bem como os limites do que era tolerado. A partir do estudo de biografas coletivasnaesferafazendrianoRioGrande deSoPedro,nosculoXVIII,pretendemos investigar as prticas ilegais em termos de redes sociais,buscandopercebercomoacorrupo permitiuaossujeitosformarcadeiasinformais demando,infunciaepodernaColnia.Nesse sentido, encontramos na provedoria da Fazenda Real uma instituio permeada por prticas ditas ilegais, que tm sua prpria lgica de existncia emredesdepoder,legitimadaspelamonarquia corporativaemumaconcepodeilegalidade tolerada. A ESTRADA PROIBIDA DA BAHIA: ENTRE O CAMINHO E OS DESCAMINHOS (1694 1716)Pollyanna Precioso [email protected] Aconjunturadadescobertadoouronaregio das Minas exigiu da Metrpole novas estratgias administrativas e fscais de mando e poder, para assim, controlar o fuxo de pessoas e mercadorias. E,principalmente,evitarodesviodoouro.A proibiodaentradadefazendaspelaEstrada 4 2 C A D E R N O D E R E S U M O SdaBahiaconstituipartedetaismedidas,numa polticadeilhamentodaregiomineradora. Assimsendo,procuraremosdeslindaras tentativas de coibir o descaminho pela Estrada do Serto e as contendas entre os potentados locais eosagentesdaCoroa,deumlado.Edeoutro, como os colonos se articulavam para contornar tal A OCUPAO DO SUL MARANHENSEPhilipe Luiz Trindade de [email protected], continuando a transitar pela dita estrada. ApartirdaanlisedosAutosdeDenunciaoe Tomadia da Superintendncia do Rio das Velhas, bandos,ordensrgiaseoRegimentode1702 para reconstruir o movimento que constituiu as tentativas de Portugal de expandir as fronteiras da colonizao nas Minas.SEM OFENSA DAS LEIS, COM SEU DIREITO: A PRTICA SOCIAL DO DIREITO NO MUNDO COLONIALMarcos Guimares Sanches [email protected] Adiscussosobreprticaslcitaseilcitas nomundocolonialexigeumarefexosobre osparadigmasjurdicosqueinformamtal classifcaocomoanaturezadodireitono Antigo Regime, o problema da existncia de um direito colonial, ou no nosso caso, de um direito luso-brasileiro,e,particularmente,anatureza daexploraodasconquistas,revisandopor consequnciasoatributonacionaldodireito naperspectivaconsagradanoOitocentos. Apresentecomunicaoapropriaocarter dialtico das relaes da metrpole e suas colnias esuavariabilidadenotempo,investigandodas diversasrebeliesdecarterfscal,tidascomo prticasilcitaseatanticoloniais,aluzda culturajurdicadoAntigoRegimeeinseridas nosquadrosestruturaisdasociedadedapoca moderna.DINMICA ADMINISTRATIVA E DE JURISDIES NO INCIO DO PERODO FILIPINO NA CAPITANIA DO RIO DE JANEIROMaria Isabel de [email protected] Capitania do Rio de Janeiro, no incio do sculo XVII, nos revela a questo de como foi a dinmica administrativaedejurisdiesduranteaUnio dasCoroasIbricasnoEstadodoBrasil.O cotidiano das autoridades coloniais, dos jesutas edogrupodendiosque,entreidasevindas, respondem as questes das bases da comunicao poltica, confguraram a manuteno das relaes entre a Coroa e a ColniaA colonizao do sul do Maranho est intimamente ligada ao processo de expanso das terras direcionadas paraaatividadepecuarista,noinciodosculo XVIII.Asentradasdefazendeirosafugentavam, prendiam,ouexterminavamosindgenaspara garantir a posse da terra. Desde 1747 apresentam-se 4 35 E n c o n t r o I n t e r n a c i o n a l d e H i s t r i a C o l o n i a lincursesquedeveriamfazerfrenteaosindgenas, quesegundoascartasofciais,cometiamassaltos, mortes e outras barbaridades contra os fazendeiros que se estabeleciam no sul do Maranho (na regio dosPastosBons)edoPiau(nasreasprximas ribeiradoParnaguedoGurgueia,porexemplo). Estetrabalhotemporobjetivoapresentarafrente decolonizaopecuriaapontadanoMaranhoe discorrersobreadinmicadasguerrasjustasque atendiam aos anseios da Fazenda Real.Dia 22 de agosto de 2014LAVRAS SEM PAGA: REDES DE CONTRABANDO E CRISTOS-NOVOS NAS MINASSETECENTISTASPaula [email protected] Em 1731, Manoel Albuquerque e Aguilar, Homem deNegcio,moradordeVilaRicadasMinas deOuroPreto,foipresoemLisboaquando regressavadaEuropa,porsuspeitadejudaizar. Comeleforamapreendidosvriospapeisde diamantes.Amaiorfortunaencontrada,nos inventriosmineiros.Oqueconstaqueele eraumdosmaiorestrafcantesdediamantese ouro nas Minas, comprava, vendia e despachava paraInglaterra,HolandaePortugal.Manoel AguilarerasciodeInciodeSouzaFerreira, tantonocontrabandodediamantescomona CasadaMoedaclandestina,institudanoVale doParaopebaentre1729e1732.Apartirdo seuprocessoInquisitorial,pretendoabordar aspotencialidadesapresentadaspelafonte, paracompreenderalgunsdosmecanismosdo funcionamentodomercadodediamanteeouro comnfasenasredespessoaisquesustentavam tal comrcio.FILHOS DE NINGUM: A PRTICA DO ABANDONO DOMICILIAR NO MUNDO LUSO-BRASILEIRO EM PERSPECTIVA COMPARADAAna Silvia Volpi [email protected] Fachini da [email protected] luso-brasileirotemsidobastanteestudadonas ltimasdcadaseospesquisadoresrecorrem sfontesproduzidaspelasinstituiesque receberamospequenosenjeitadosparaanalisar todaaproblemticaquecercavaesseprocesso. Proporcionalmentemuitomenosestudos foramproduzidossobreaprticadoabandono nasportasdascasas.Atendendoproposta doworkshop,estacomunicaopretende darumacontribuio,portanto,aofenmeno doabandonoqueocorriaforadombitodas instituiesdeacolhimento,privilegiando oestudodessaprticaemreasondeno haviamsidoinstaladasasCasasdaRoda. Nessaoportunidade,abordaremosoabandono decrianascomparando-searegionoroeste dePortugalefreguesiasdosuldaAmrica Portuguesa,entreosfnaisdosculoXVIIIe incio do XIX. As fontes bsicas so os assentos 4 4 C A D E R N O D E R E S U M O Sde batizado. Paralelamente anlise quantitativa doabandono,procuraremosidentifcaroslares que recebiam as crianas expostas. A questo que norteia a comunicao pensar o abandono como oresultadodecontextosvariadosquepodem deserresultadodemomentosdecrisefamiliar (gravidezindesejada)e/ouvulnerabilidade social.AS MULHERES E A PRTICA DO DESCAMINHO (SO PAULO E PERNAMBUCO, SCULO XVII)Letcia dos Santos Ferreiraferreira.leticiadossantos@gmail.comAcomunicaotemporobjetivodiscutira prticadodescaminhoatentandoparaopapel desempenhadopelasmulheres,principalmente, nocasodopagamentododonativododote epaz.Duranteodesenvolvimentodatese dedoutoramentoverifcamosapresenade mulheresdeorigenssociaisdiversasentreas listas de contribuintes, bem como, entre aqueles quetiveramseusbensconfscadospelacoroa devidoaonopagamentododonativoem questo. Entendemos que a recusa ao pagamento decontribuiesdevidasaoreieraumadas muitasformasdedescaminhosnapoca Moderna.Taltemticanotemsidoabordada pela historiografa e se insere em um novo projeto de pesquisa que pretendemos desenvolver.LUCRATIVIDADE E GOVERNANA NO COMRCIO AUCAREIRO EM TEMPOS DE GUERRA NO MARDaniel [email protected] lucratividadedocomrcioaucareiroapartirdo exame dos contratos de dinheiro a ganho e risco. Nesses contratos, um investidor emprestava certo valor para um agente investir durante uma viagem; como contrapartida, se chegasse com o resultado a salvo, o agente lhe devolveria o principal mais uma taxa fxa, independentemente do lucro ou prejuzo da empresa. O investidor arcava com os riscos de fora maior, enquanto o agente hipotecava algum bemcomogarantiadopagamento.Essetrabalho avocaqueocontrasteentreasporcentagens cobradasnessesemprstimoseosprmiosde seguroofereceomelhorindicativodataxade lucratividadeesperadadessesetor.Afrequncia dorecursoaessescontratoseaosseguros,eos tipos de meios de pagamento para o emprstimo refetemajustesdosmecanismosdegovernana paralidarcomaassimetriadainformaoem tempos de guerra.DINMICAS FISCAIS E A DESORDEM NA AMRICA: A PRTICA DO DESCAMINHO NAS MINAS SETECENTISTAS (1710-1740).Lincoln Marques dos Santoslincolnmarques@globo.comOtrabalhodiscutiroprocessodeaplicaoda cobrana do quinto a partir da problematizao dosconfitoserevoltasqueeclodiramnas MinasGeraisnaprimeirametadedosculo 4 55 E n c o n t r o I n t e r n a c i o n a l d e H i s t r i a C o l o n i a lXVIIIedasrespectivasestratgiasdeaoda coroaparademarcarsuapresena.Oobjetivo centraldescortinarosaspectosdadesordem nomundocolonial,apresentando-oscomo critriosnorteadoresparaasaespolticas eadministrativasquelevaramconsolidao dapresenadacoroalusaedeseusinteresses emterritrioamericano.Nessesentido,ocaso dasMinassingular:apartirdoseventos/acontecimentosquemarcaramsuaorigem, levantaremosconsideraesquenospermitam entender a construo e a institucionalizao da ordem metropolitana.O COTIDIANO NA FROTA ESPANHOLA COMANDADA POR D. NICOLS GERALDN (1737)Paulo Csar Possamai [email protected] TEMTICO 4Conquistar e Defender: os militares na construo da Amrica PortuguesaCoordenadores: Accio Jose Lopes Catarino (UFPB) & Paulo Cesar Possamai (UFPelotas)Dia 19 de agosto de 2014MOBILIZAO DE NEGROS EM SERVIOS MILITARES EM MINAS COLONIAL: NOTAS DE PESQUISAAna Paula Pereira [email protected] autoridadesrgias,membrosdaelitelocal eapopulaomaisamplatinhamacercada mobilizao dos negros (escravos e forros) para atuar seja em milcias particulares usadas por homensdaeliteemdilignciasdeprestao deservioscoroaportuguesa,sejaemtropas ligadas a estrutura militar lusitana (companhias auxiliaresdeinfantaria;companhiasde ordenanas de p; corpos de pedestres e corpos dehomensdomato)usadasemvariados serviosdemanutenodaordempblica. Ressaltaremosaconstruoeamudanade umdiscursosobreousodosnegrosemtais atividades,acriminalidade,oarmamento,a necessidadeeosproblemasadvindoscomesta prticaduranteosculoXVIIInacomarcade Serro Frio em Minas Gerais.Em1737,partiudeCdizumafrotacomandada porD.NicolsGerladn.Eladestinava-se aauxiliarogovernadordeBuenosAiresa conquistaraColniadoSacramento.Combase navastadocumentaoexistentesobreeste episdio, guardada no Archivo General de Indias, de Sevilha, buscaremos fazer um estudo sobre o cotidianodatripulaoqueparticipoudessa expedio.DasuasadadeCdiz,daspresas feitas durante a viagem, da chegada ilha de Santa Catarina e do motim da tripulao e dos soldados. Tambmdosprimeirosenfrentamentoscomos portuguesesnoRiodaPrataedosproblemas derelaoentreocomandantedafrotaeo governador de Buenos Aires que repercutiram no cotidiano da tripulao, que se viu desabastecida de lenha e alimentos durante parte de sua estadia no Prata.4 75 E n c o n t r o I n t e r n a c i o n a l d e H i s t r i a C o l o n i a lO GOVERNO JOANINO E A INVENO DA POLCIA MILITAR NO BRASIL COLONIALMarcos Paulo Mendes Arajo [email protected] pesquisa apresenta informaes sobre a gnese da Polcia Militar no Brasil. A instituio tem sua origemnoperodocolonial,tendosidocriada em1809,peloe