GovernadorRui Costa

Vice-governadorJoão Leão

Secretário da EducaçãoWalter Pinheiro

SubsecretárioNildon Pitombo

Chefa de gabineteIsabella Paim

Superintendente de Políticas para a Educação Básica

Ney Campello

Superintendente da Educação Profissional e Tecnológica

Durval Libânio

Superintendente de Gestão da Informação Educacional

Cristiane Ferreira

Superintendente de Planejamento Operacional da Rede Escolar

Frederico Gonçalves

Superintendente de Recursos Humanos da Educação

Ana Margarida Catapano

Diretora geralCarla Ornellas Scott

Diretor geral do Instituto Anísio TeixeiraDesidério Bispo de Melo

Assessor de Relações Institucionais e Articulação Federativa

Cláudio Santos Silva

Assessor de ComunicaçãoGabriel Carvalho

Assessor de Planejamento e GestãoLuiz Henrique Silva Pereira

Coordenador de Articulação com os Núcleos Territoriais de EducaçãoJosé Barreto

Coordenador de Articulação de Projetos para a EducaçãoRogério Hermida Quintella

Coordenadora de Programas EspeciaisElenir Alves

OuvidorJosé Francisco Barretto Neto

Coordenação de Projetos Intersetoriais Nide Nobre

Coordenação do Programa Ciência na EscolaShirley Costa

Coordenação dos Centros Juvenis de Ciência e CulturaIuri Rubim

Ficha Técnica:Coordenação - Gabriel Carvalho

Edição - Cláudia Oliveira

TextosCláudia Oliveira, Cláudia Lessa, Emerson Santos, Joseane Bonfim e Suami Dias.

ProduçãoDenise Queiroz

Revisão Cláudia Lessa

FotografiaClaudionor Jr, Emerson Santos, Gabriel Carvalho, Suami Dias, Sérgio Isensee, Poliana Sales, Josenildo Jr., Edgar de Souza, Gilberto e Jordan

Design, Diagramação e Projeto Gráfico Poliana Sales, Gonçalo Pirez e Geraldo Carvalho

Governo da Bahia - Secretaria da Educação

O 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual foi uma grande celebração do conhecimento e do protagonismo estudantil. Durante três dias, na Arena Fonte Nova, em Salvador, estudantes da capital e dos 27 Territórios de Identidade da Bahia expuseram suas criações nas distintas linguagens, fruto das experiências vivenciadas em seus processos de aprendizagem em sala de aula, no âmbito do programa Educar para Transformar, da Secretaria da Educação do Estado.Com espaços personalizados, estandes, palcos e até uma quadra de esportes, o Encontro reuniu, de 23 a 26 de novembro de 2017, mais de quatro mil estudantes criadores, que passaram por seletivas escolares e territoriais. O Encontro Estudantil é composto por projetos nas áreas de Música, Artes Visuais, Literatura, Cinema, Dança, Teatro, Patrimônio, Esportes, Ciências, Tecnologia, Empreendedorismo e Inovação, que dinamizam o ambiente escolar, promovem o protagonismo estudantil e valorizam a diversidade cultural baiana, abrangendo todos os anéis da Arena Fonte Nova. Os estudantes apresentaram suas criações nas finais do 9º Festival Anual da Canção Estudantil (FACE), da 9ª Mostra de Artes Visuais Estudantis (AVE), do 8º Sarau do projeto Tempos de Arte Literária (TAL), da 5ª Mostra das Aventuras Patrimoniais (EPA), da 4ª Mostra de Vídeos Estudantis (PROVE), 3ª Mostra de Dança Estudantil (DANCE), da 3ª Mostra de Canto Coral Estudantil (ENCANTE) e do 1º Festival Estudantil de Teatro

(FESTE), acompanhados por professores e dirigentes escolares. O encontro envolveu, tamém, a Feira de Empreendedorismo, Ciência e Inovação da Bahia (FECIBA) e os festivais de judô, xadrez, capoeira e rugby, além de basquetebol especial, voleibol, futsal, handebol, basquete e vôlei, dos Jogos Estudantis da Rede Pública (JERP). A culminância contou, ainda, com a Feira de Tecnologias Sociais da rede estadual de Educação Profissional e Tecnológica da Bahia: território e intervenção social e com o Espaço Professor/Empreendedor. A atividade incluiu a Tenda Digital, além do Simulador de Voo, competições de Robótica e a Caixa Preta, do Centro Juvenil de Ciência e Cultura.Os estudantes participaram, também, do segundo Encontro Estadual de Líderes de Classe, da Exposição dos dez anos do programa Todos pela Alfabetização (TOPA), da contação de histórias, das oficinas indígenas e da apresentação de fanfarras. Um estúdio de transmissão do evento foi montado para que os estudantes das telessalas de aula do Ensino Médio com Intermediação Tecnológica (EMITEC) pudessem acompanhar o encontro. A atividade marcou, ainda, o lançamento da Plataforma Anísio Teixeira.Esta revista apresenta um registro sobre o 5° Encontro Estudantil da Rede Estadual, destacando a importância destes projetos para dinamizar o ambiente escolar e promover o protagonismo estudantil.

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AVEARTES VISUAIS ESTUDANTIS

Foto: Gabriel Carvalho

O Artes Visuais Estudantis (AVE) é um projeto pioneiro, de caráter educativo, artístico e cultural, que propõe estimular a criação de obras de artes visuais nos contextos escolares, por meio do desenvolvimento de estilos e técnicas distintas (pinturas, grafites, montagens, colagens, esculturas e gravuras). O projeto busca valorizar as expressões culturais regionais e estimular o processo de embelezamento e estetização da escola e da vida. Desta forma, o AVE estimula a produção artística, buscando compreender a obra de arte como objeto de ampliação do conhecimento, assim como instrumento de mudanças, além de interagir com outras culturas. O 5º Encontro Estudantil contou com a adesão de 1.083 escolas e a participação de 94 estudantes finalistas.

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As 94 obras de arte apresentadas na 9ª Mostra de Artes Visuais, do projeto Artes Visuais Estudantis (AVE), impressionaram pela técnica e pela beleza, quem participou do 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual. As obras foram criadas por estudantes com estilos e técnicas diferenciadas, a exemplo de pinturas em tela, esculturas com materiais recicláveis, colagens com papel e grafite. O estudante Leonardo Santos Silva, do Centro Noturno de Educação da Bahia (CENEB), localizado em Campo Formoso, expôs o seu quadro pintado com tinta a óleo, intitulado “Minha terra, meu orgulho”. “Eu fiz o quadro com base nas histórias que o meu avô contava sobre a vida dele sofrida na seca, em uma roça, em Alagadiços, e fiquei muito feliz de mostrar o meu trabalho pela primeira vez na capital”, contou.Natália da Silva, do Colégio Estadual Integração Distrito de Itabatan, localizado em Mucuri, apresentou a obra “Superação”, confeccionado com linhas entrelaçadas em um prego, que forma a sua caricatura. “Fiz esta

arte baseada em um momento da minha vida no qual estava passando por um problema pessoal. Os pregos representam a dor que eu senti e as linhas são as cicatrizes que, mesmo com essa dificuldade que eu passei, continuo feliz”, revelou a estudante.A artista plástica PHD em Educação e Arte Indígena pela Universidade de Ciências e Arte de Paris, Débora Fontes, que faz parte dos grupos de jurados do AVE, elogiou a qualidade os trabalhos em exposição. “É simplesmente inenarrável a maneira que esses jovens, artistas brilhantes que serão no futuro, constroem suas obras com uma roupagem e técnica próprias deles, que buscam a atualidade e os problemas sociais e, principalmente, com o traço marcante com o que estamos vivendo no momento”, destaca.O artista visual e curador de arte, Juarez Paraíso, ambém comentou sobre os trabalhos artísticos dos estudantes. “São jovens que possuem uma inclinação muito grande para a arte, pois são obras que possuem resultados surpreendentes”, afirmou.

TÉCNICA & BELEZA

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SELECIONADOS DO AVE

1. Isso é cagado e cuspido, paisagem do meu nordeste – Maurício Ribeiro Santos, Colégio Estadual Castro Alves, Adustina, NTE 17 - Ribeira do Pombal.

2. Desempregados – Nicolas Rodrigues Gonzaga, Colégio Educandário Imaculado Coração de Maria, Amélia Rodrigues, NTE 19 - Feira de Santana.

3. Ópio social - Lisandra Pereira Ferreira da Silva, Colégio Estadual

João Galvão Sobrinho, Itamari, NTE 22 - Jequié.

4. Tatú em alumínio - Marcos Marino da Silva Santos, Colégio Estadual Getúlio Vargas, Casa Nova,NTE 10 - Juazeiro

MENÇÕES HONROSAS

5. Mosaico do Bob Marley - André Vieira de Oliveira, Colégio Estadual Rafael Spínola Neto, NTE 20 - Vitória da Conquista.

1. A rosa sem cor – Jamille Graciete Souza Ribeiro, Colégio Estadual do Rio do Antônio, NTE 13 - Caetité.

3. O tempo - David Allan Brito de Oliveira, Colégio Estadual Luís Eduardo Magalhães, Porto Seguro, NTE 27 - Eunápolis.

2. Escravamente – Ítalo Souza Silva, Colégio Estadual Luiz Viana Filho, NTE 01 - Irecê.

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O projeto Educação Patrimonial e Artística (EPA) reúne imagens e textos que desvendam, nas percepções estudantis, o patrimônio natural, histórico, artístico e cultural dos municípios baianos, assim como os tipos sociais ou personagens representativos da sociedade. O EPA promove o desenvolvimento de ações essenciais para o exercício do direito à cultura; para a defesa dos valores históricos e artísticos no âmbito escolar, com vistas à formação de uma nova mentalidade cultural; e para o estímulo das práticas culturais de identificação, reconhecimento e preservação da memória e do patrimônio baianos. O projeto contribui, assim, para a democratização dos saberes e dos espaços históricos, bem como para a apropriação da história e da cultura. No 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual, o EPA contou com a adesão de 818 escolas e a participação de 116 estudantes.

EPAEDUCAÇÃO PATIMONIALE ARTÍSTICA

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As igrejas, os quilombos, as parteiras e as folhas secas do sertão são alguns dos patrimônios revelados pelos estudantes da rede estadual, por meio do projeto Educação Patrimonial e Artística (EPA), que compõe o 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual. Os estudantes criaram álbuns com textos e fotografias que valorizam, resgatam e contam as histórias sobre os patrimônios culturais dos lugares onde vivem. As obras são confeccionadas, manualmente, com materiais que identificam e remetem a esses lugares, abordados de forma criativa e simbólica.Ludivan dos Santos Oliveira, 3º ano do Colégio Estadual Ernesto Carneiro Ribeiro, localizado no município de Saúde, apresentou o álbum “Mãos que geram vidas”. “No álbum procuramos defender e valorizar o patrimônio representado pelas parteiras da nossa comunidade do povoado Genipapo, que possuem a arte de trazer a vida

ao mundo através de suas mãos. Atualmente, as parteiras não realizam mais os partos por terem idade avançada ou pelo fato das pessoas acharem algo ultrapassado”, explica o estudante.Resgate - Com o álbum “Marcas de sangue negro”, confeccionado em grupo, os estudantes Isadora Alves, 2º ano, e Ramsés das Neves, 3º ano, do Colégio Estadual Professora Maria Helena Oliveira, localizado em Mansidão, fizeram um resgate cultural da região onde vivem. “Moramos no povoado de Tamboril, que foi um quilombo há vários anos atrás, onde, na maioria das pessoas, corre o sangue nas veias do povo negro, que ajudou a construir vários patrimônios, a exemplo de igrejas. Na caixa do álbum, fizemos um mosaico com azulejos,” relata. A capa do álbum foi feita com colagens de raspas de madeira e nas páginas foram aplicados pedaços de esteiras de palha”, detalha.

ARTE & PATRIMÔNIO

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O projeto Produções Visuais Estudantis (PROVE) é de natureza educativa, artística e cultural, sendo desenvolvido com a utilização de recursos tecnológicos, filmagem com aparelhos celulares, câmeras fotográficas ou filmadoras. Com esse projeto, pretende-se desenvolver os potenciais educativo e artístico dos estudantes, por meio da experiência fílmica, da criação de roteiros e de vídeos para a produção, diversificação e socialização de saberes. Com os curtas de cinco minutos, os estudantes utilizam o audiovisual para abordar temas que fazem parte do cotidiano da sociedade. No 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual, o PROVE contou com a adesão de 856 escolas e a participação de 65 estudantes finalistas.

PROVEPRODUÇÕES VISUAIS ESTUDANTIS

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As experiências fílmicas dos estudantes finalistas do projeto Produções Visuais Estudantis (PROVE) ganharam destaque ao serem projetadas durante a 4ª Mostra do PROVE, no 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual. Por meio de recursos tecnológicos, como celulares, câmeras fotográficas ou filmadoras, os jovens aspirantes a cineastas mostraram as suas percepções de mundo, retratando temas cotidianos através da linguagem audiovisual em 15 curtas-metragens com até cinco minutos de duração. Na execução dos vídeos, os estudantes se dividem nas atividades como filmagem, direção, edição, roteiro, atuação e produção.Para combater a violência contra a mulher e a cultura do estupro, a estudante Rogéria Macena, 3º ano do Colégio da Polícia Militar Anísio Teixeira, de Teixeira de Freitas, criou, juntamente com mais duas colegas, o curta “Por todas elas”, que foi filmado com o celular. “Através do vídeo, buscamos denunciar, de

forma chocante, algo que está muito presente na sociedade, pois as pessoas ainda tentam culpar a mulher pelo modo de se vestir, se comportar e pelo ambiente que frequenta”, explicou.Esta foi a segunda vez que o estudante indígena Kefas Matos dos Santos, do Colégio Estadual Indígena Coroa Vermelha, localizado em Coroa Vermelha, participou do PROVE e recebeu menção honrosa. Em 2015, ele recebeu menção honrosa com outro vídeo, tendo sido premiado com uma câmera fotográfica, a qual utilizou para produzir o curta de sua equipe intitulado “Fogo de 51”. “O curta documental e dramático aborda um massacre, que aconteceu com indígenas em 1951, na aldeia Mãe Barra Velha, em Porto Seguro. Para fazer o vídeo, sentimos dificuldade de encontrar registros concretos do fato e, por isso, ouvimos relatos dos nossos anciões, que se emocionaram ao relembrar a história que resultou na dispersão dos índios Pataxós para outras regiões”, revela o estudante, contente pela seleção do vídeo.

FICÇÃO & REALIDADE

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Foto: Gabriel Carvalho

CONFIRA OS CURTAS SELECIONADOS1. Vida remota - Vitória Aléxia Reis Menezes, Edilson Adriano de Jesus Gomes e Artur Silva Oliveira do Carmo, Colégio Estadual Teotônio Marques Dourado Filho, Morro do Chapéu, NTE 03, Seabra.

2. O apocalipse smartphone - Josué dos Santos Junior e Breno Silva Muniz, Colégio Estadual Governador Lomanto Junior, NTE 26, Salvador.

3. O dia em que recebi flores - Emanuel Ferreira Santana, Matheus Rosa Brito, Valeria Brandão da Silva, Ronaldo Santos de Jesus e Luan de Almeida Sena, Colégio Estadual Antonio Carlos Magalhães, Santa Inês, NTE 09, Amargosa.

MENÇÃO HONROSA1. Fogo do 51 - Pedro Henrique Ferreira Silva, William Matos Braz, Raissa Matos Soares, Natisoriel Santos Conceição e Kefas Matos dos Santos, Colégio Estadual Indígena Coroa Vermelha, Santa Cruz Cabrália, NTE 27, Eunápolis.

A criatividade e a curiosidade dos estudantes finalistas do projeto Produções Visuais Estudantis (PROVE) são atestadas por profissionais que participaram do 5º Encontro Estudantil. A produtora cultural e jornalista, Gabriela de Paula, foi umas das professoras que ministraram uma oficina de sensibilização audiovisual para os finalistas do PROVE e falou que há uma evolução na qualidade das produções fílmicas dos estudantes. “Nesta edição, foram escolhidos 15 filmes muitos bons, produzidos por jovens que superaram as limitações técnicas com criatividade e curiosidade em busca de soluções para os problemas que eles vivenciam. Além disso, os estudantes chegam nas oficinas com muita vontade de aprender a melhorar e é essa troca que nós temos com eles, mostrando um treino sobre o olhar ao cinema clássico, para que aprendam a tirar do que assistem e gostam instrumentos e ferramentas que possam ser aplicados em seus próximos filmes”, concluiu.Para o produtor executivo de cinema e TV, Wiltonauar Moura, que fez parte do corpo de jurados do PROVE, as obras audiovisuais dos estudantes são muito criativas. “Há 20 anos, ter uma câmera para fazer um curta-metragem era uma coisa muito cara e, hoje, os alunos aprendem a filmar antes de andar de bicicleta ou de fazer qualquer outra coisa. Estes jovens que estão agora experimentando o audiovisual com celulares e câmeras portáteis, quando chegarem em uma idade mais avançada, já vão ter uma experiência muito maior do que quem começou há 40, 20 ou 10 anos atrás. Eles começam a ver o mundo com um outro olhar e identidade própria, contando histórias locais e que, lá na frente, vão se tornar histórias universais”, ressalta o jurado.

CRIATIVIDADE & CURIOSIDADE

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O projeto Tempos de Arte Literária (TAL), iniciativa de natureza educativa, artístico-literária e cultural realizada nas escolas estaduais, valoriza as manifestações regionais e o cotidiano dos estudantes por meio de narrativas, poemas, cordéis, crônicas, prosas, contos e outras produções literárias. A iniciativa contribui para a construção de um ambiente educacional prazeroso, colaborando com a transformação dos contextos escolares. Os textos são elaborados no decorrer do ano letivo, sob a orientação dos professores. No 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual, o TAL contou com a adesão de 1.041 escolas e a participação de 38 estudantes finalistas do Sarau do TAL.

TALTEMPOS DE ARTE LITERÁRIA

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POÉTICA ESTUDANTIL

Poesia, conto, crônica e cordel são alguns dos gêneros literários que envolvem os estudantes no projeto Tempos de Arte Literária (TAL), no ambiente escolar. No palco da Arena Fonte Nova, durante o 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual, os finalistas apresentaram as suas obras literárias no 8º Sarau do TAL. Com muita desenvoltura e habilidades de interpretação textual, eles emocionaram o público presente, composto por estudantes, professores, artistas e avaliadores de áreas, como Linguagens e Comunicação.Caracterizados como Lampião e Maria Bonita, os estudantes Alice Dantas e Abraão Coelho, 1º ano do Colégio Estadual Antônio Carlos Magalhães, localizado em Santa Inês, interpretaram o cordel de suas autorias, intitulado “Nordestinidade”. “O nosso cordel fala da identidade do Nordeste ao abordarmos sobre os poetas, os cantores, a discriminação com os nordestinos, as piadas, ou seja,

um pouco de tudo que se relaciona com essa região do Brasil”, contou Alice.O estudante Felipe Ferreira, que concluiu o Ensino Médio no Colégio Estadual de Planalto, declamou sua poesia “O canto de um autista! Estrelando: polifonia e partituras do meu viver!!!”. “Esta poesia surgiu através do convívio com um amigo autista na escola, através da qual trago o autismo em um tom poético, pois os autistas são pessoas muito especiais e que nos inspiram sempre”, afirmou.Jabson Costa Santos, 3º ano do Colégio Estadual Luís Eduardo Magalhães, localizado em Mirante, interpretou o cordel de sua autoria, intitulado “Aos trancos e barrancos pro meu Nordeste eu voltei,” e foi um dos selecionados do projeto. “Ser um dos cinco selecionados na final do TAL é um mérito da minha cidade, porque a inspiração vem da cultura do vaqueiro e estou muito feliz por esta conquista”, comemorou.

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1. Aos trancos e barrancos pro meu Nordeste eu voltei - Jabson Costa Santo, autor e intérprete, Colégio Estadual Luis Eduardo Magalhães, Mirante - NTE 20 – Vitória da Conquista.

2. Brasil de dentro - Maria Joana Santana Barreto, autora e intérprete, Colégio Estadual Nossa Senhora das Graças, Araci - NTE 04 – Serrinha.

3. Reflexos - Henrique Silva do Rosário, autor e intérprete, Colégio Estadual Homero Pires, Prado - NTE 07 – Teixeira de Freitas.

4. Minha primeira crônica - Allana Santos Reis, autora e intérprete, Colégio Estadual Eduardo Fróes da Motta, Feira de Santana, NTE 19 – Feira de Santana.

5. Koserê - Laudineia da Silva Gobira, autora e intérprete, Colégio Estadual Daria Viana de Queiroz, Barra do Choça, NTE 20 - Vitória da Conquista.

SELECIONADOS DO TAL

A apresentação do TAL emocionou o público e os próprios estudantes criadores. Quem também não escondeu a satisfação em ter sua obra selecionada foi Maria Joana Santana Barreto, do Colégio Estadual Nossa Senhora das Graças, localizado em Araci, que interpretou o seu cordel “Brasil de dentro”. “Estou muito contente de ter tido a oportunidade de mostrar a minha visão de mundo para as pessoas através de meu texto e ser selecionada entre tantos estudantes talentosos de várias cidades da Bahia é maravilhoso e de uma grande satisfação”, disse, emocionada.Para o ex-estudante da rede estadual e premiado no TAL em 2015, com o texto “Trem Poético”, Marcos Vitor Ribeiro, de Licínio de Almeida, voltar a participar do sarau no Encontro

Estudantil foi emocionante. “Sinto-me muito honrado em ser jurado de um projeto que ajudou a evidenciar o meu talento com a poesia. Ao ver os estudantes se apresentando, passou um filme na minha cabeça da época em que eu também estive no palco, assim como eles. Em relação aos textos dos estudantes, eles são potentes e muito bons”, destacou.A compositora e jornalista graduada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Rita Tavares, ficou encantada com o nível das obras literárias apresentadas no sarau. “É surpreendente a qualidade das estruturas, temáticas e abordagens dos temas, além das interpretações, que dão vida aos textos que, por si só, também expressam o que está escrito. Este projeto é muito válido, pois serve de estímulo à cultura”, avaliou a jurada.

VERSOS & EMOÇÕES

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O projeto Festival Estudantil de Teatro (FESTE) é voltado para o desenvolvimento das artes cênicas nos contextos escolares, a partir da compreensão de que este é um processo artístico educativo, um jeito de comunicação, expressão e representação das distintas formas de manifestação da vida cultural. Assim como acontece com as outras formas de apreensão de saberes, o teatro, como área de conhecimento, com suas teorias, conceitos e sentidos distintos, expressa pela dramaturgia a pluralidade cultural das sociedades. Deste modo, as artes cênicas nas escolas constituem-se como o lugar dos distintos gêneros teatrais (auto, monólogo, comédia, drama, fantoche, ópera, revista, tragédia, tragicomédia), voltados para a ação emancipatória. No 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual, o FESTE contou com a adesão de 551 escolas e a participação de 54 estudantes.

FESTEFESTIVAL ESTUDANTILDE TEATRO

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Com muita desenvoltura no palco, expressão corporal, técnica vocal e figurinos diferenciados, os jovens aspirantes a atores e atrizes deram um show de talento e interpretação cênica na 1ª Mostra do projeto Festival Estudantil de Teatro (FESTE), no 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual. O FESTE é mais uma experiência desenvolvida para incrementar as práticas artísticas e culturais nos campos da história, da arte e do patrimônio, com vistas ao desenvolvimento das artes cênicas nos contextos escolares, consolidando-se como uma ação emancipatória para os estudantes.De Macaúbas, os estudantes do grupo “Alunarte”, do Centro Territorial de Educação Profissional da Bacia do Paramirim (CETEP), apresentaram o espetáculo “A mulher das trouxas”. “Recriamos esta lenda sobre uma mulher de sete metros, que pega crianças que falam palavrão, as coloca em trouxas de roupa e vai embora para um lugar longe e desconhecido. Ficamos muito felizes de tornar essa história conhecida fora da nossa região e em mostrar o nosso talento com a dramatização”, revelou a estudante Érica Santos, 16 anos.O grupo “Bando de Teatro Evolução”,

do Colégio Estadual Eurides Santana, em Poções, encenou a peça “Casos da Bahia”. “Nos inspiramos nas alegrias do povo da Bahia para montar um espetáculo dinâmico e alegre no formato de cordel, apresentando às pessoas a beleza e a importância que tem o nosso Estado”, explicou o estudante Ricardo Barreto.Pela expressão artística e temática inovadora, os integrantes do grupo “Recomeçar”, do Colégio Modelo de Juazeiro, surpreenderam na peça “Estou sozinho?”. “O espetáculo fala de um garoto com depressão e de uma amiga, um anjo, que o ajuda a superar esse problema. A mensagem é para vermos a vida de uma forma mais positiva”, destacou Gabriela Lehmann, que, com os colegas, se envolveu na construção do roteiro, figurino e cenário.Técnica - A atriz, diretora de teatro e dramaturga Aícha Marques, que ministrou uma oficina de teatro para os finalistas, ressaltou as habilidades técnicas dos estudantes. “Temos níveis bem variados de jovens que fazem teatro há mais tempo e outros que começaram agora e já tomaram gosto pela dramaturgia. Todos têm sede em aprender e surpreenderam no palco”, avaliou.

DRAMATURGIA & EMANCIPAÇÃO

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O projeto Dança Estudantil (DANCE) tem como principal objetivo a valorização da dança nas escolas da rede estadual. A iniciativa destaca as coreografias estudantis com estilos e gêneros distintos, como as danças indígenas, as africanas, a popular regional, as danças de rua, de salão e a dança contemporânea, que expressam os sonhos e as múltiplas expressões das diversidades artísticas e culturais. Trata-se de um mix de danças e de criações livres, reafirmando os interesses pelas criações coreográficas nos contextos escolares. No 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual, o DANCE teve a adesão de 835 escolas, com a participação de 53 estudantes.

DANCEDANÇA ESTUDANTIL

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FORÇA & LEVEZA

Com diferentes técnicas, figurinos e expressões corporais, 53 estudantes finalistas do projeto Dança Estudantil (DANCE) deram um show de força, leveza e beleza de movimentos coreográficos no 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual. Ao som de ritmos, como hip hop, sertanejo, axé, eletrônica e pop rock, eles apresentaram 11 coreografias, encantando o público participante com os movimentos e as histórias reveladas em cada gesto. A estudante Sabrina Oliveira Alves, 3º ano do Ginásio Agro Industrial de Itapetinga – Tempo Integral, apresentou, com seu grupo “Ser tão nordestino”, a coreografia “Nordestinos apesar de um povo sofrido e feliz”. “Comecei a dançar com cinco anos de idade e foi com o DANCE que eu me desenvolvi ainda mais com a dança. Nossa coreografia representa o sofrimento e a alegria do povo nordestino, que estamos representando com os nossos figurinos de pescador, baiana e trabalhador rural. Com este trabalho, mostramos que o nordestino é feliz, apesar das dificuldades enfrentadas”, explicou a jovem dançarina.

Com muito gingado, Mateus Viera, do Colégio Estadual Eduardo Bahiana, localizado em Salvador, mostrou juntamente com os integrantes de seu grupo “Baianá”, a coreografia “Baianá”, que aborda a cultura e o suingue do povo baiano. “Danço desde os quatro anos de idade e foi muito importante mostrar nosso trabalho aqui neste grande evento, pois cada lugar novo é uma forma de aprendizagem e é isto que levamos daqui, porque tivemos a oportunidade de participar de oficinas de dança com especialistas da área”, afirmou o estudante.Quem também brilhou no palco foi o grupo “Liberdade no movimento”, com a coreografia “Raízes ancestrais”. O estudante Alexandre Luís de Souza, do Centro Educacional 30 de Junho – Tempo Integral, localizado em Serrinha, conta que ficou emocionado ao se apresentar para o grande público presente na arquibancada da Arena Fonte Nova. “Fizemos essa coreografia para evidenciar as raízes africanas, do nordestino e do povo brasileiro, através de vários elementos, como as lavadeiras e o empoderamento da mulher negra, que é muito ressaltado, e o que a Mãe África representa para a nossa cultura”, revelou.

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O Encontro de Canto Coral Estudantil (ENCANTE) propõe a implantação do canto coral nos contextos escolares da rede estadual de ensino. O projeto desenvolve atividades de iniciação à percepção musical, técnica vocal e dicção, para exercitar as experiências musical e vocal, bem como promover a realização do encontro de corais, fazendo jus ao próprio nome. O ENCANTE vem atender à Lei nº 11.769/2008, que altera a Lei de Diretrizes e Bases (nº 9.394/96) e institui o ensino de música na Educação Básica, em caráter obrigatório. Com isso, contribui para a diversificação do currículo, estimulando a produção de saberes artísticos e musicais; a musicalidade brasileira, em especial, e a valorização das raízes populares da cultura brasileira. No 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual, o ENCANTE contou com a adesão de 389 escolas e a participação de 269 estudantes.

ENCANTEENCONTRO DE CANTO CORAL ESTUDANTIL

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Em perfeita harmonia e equilíbrio vocal, os 269 estudantes integrantes dos corais desenvolvidos nas escolas da capital e do interior da Bahia se apresentaram no projeto Encontro de Canto Coral Estudantil (ENCANTE), no 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual. As canções representam a cultura musical brasileira através das interpretações de diferentes vozes sincronizadas que ecoaram pela Arena Fonte Nova, envolvendo e encantando os expectadores.A estudante Jéssica Eloíza Macêdo, 3º ano do Colégio Modelo, de Bom Jesus da Lapa, se apresentou com o seu coral “Nobres barranqueiros”, cantando a música “Sobradinho”, popularizada nas vozes dos músicos Sá e Guarabyra. “Fiquei muito feliz em participar do ENCANTE em Salvador, representando o nosso território. Este é um trabalho realizado em conjunto, pois se alguém desafinar ou sair do tom desmonta todo o arranjo e, por isso, devemos estar sempre ligados para fazer a melhor apresentação possível”, afirmou, ao destacar a importância da sincronia do grupo.

A estudante Vagna Teixeira, 2º ano do Colégio Estadual Doutor Antônio Ricald, localizado em Porto Seguro, integrou o Coral Ricald, que cantou a música “Assim sem você”, da dupla Claudinho e Buchecha. Para ela, a participação no 5º Encontro Estudantil foi uma experiência inesquecível. “É uma gratidão imensa mostrar nosso talento e fiquei emocionada, porque foi através do coral que eu descobri o meu dom pelo canto”, revelou a estudante.Formação - Para o regente do coral Ricald, Valmir Bispo, o canto coral contribui muito para a formação e o aprendizado dos estudantes envolvidos. “Eles conseguem desenvolver a sua musicalização, a disciplina e uma educação musical para poder trabalhar em grupo. O privilégio de estar no 5º Encontro da Rede Estadual e neste projeto que é o ENCANTE é muito grande tanto para mim, como para meus alunos que realizaram um sonho dando o melhor deles”, destacou o educador.

CANTO & ENCANTO

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O Festival Anual da Canção Estudantil (FACE) é um projeto que possui natureza educativa, artística e cultural e promove o desenvolvimento das diversas expressões da arte (literária e musical) no currículo escolar, por meio da música. O projeto envolve estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio e equivalentes. Para o 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual, o FACE contou com a adesão de: 1.057 escolas, em 2016, quando foram selecionados os 19 estudantes finalistas.

FACEFESTIVAL ANUAL DA CANÇÃO ESTUDANTIL

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Diversidade musical, afinação, beleza e emoção são alguns dos elementos que marcam as apresentações do Festival Anual da Canção Estudantil (FACE). Durante o 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual, os 19 estudantes finalistas demonstraram estilos musicais variados, como MPB, hip hop, reggae, pop-rock e forró. Além disso, exibiram muito talento, emocionando o público que lotou a arquibancada central em frente ao palco principal Arena Fonte Nova. Em suas canções, com melodias e letras de autoria própria, os estudantes expressaram sentimentos, paixões,

experiências, histórias de vida, desilusões, superações e, também, abordaram, em seus versos, temáticas como desigualdade social, preconceito, a vida no sertão, liberdade, corrupção e violência. Entre os premiados, Sthefanny Lorrane Silva, 3º ano, do Colégio Estadual Ruy Barbosa, localizado em Teixeira de Freitas, apresentou a canção “Cortinas” e falou sobre o significado da sua composição. “A minha música de MPB faz uma leitura do amor de forma abstrata, contextualizando com o mundo e a poesia, através de comparações entre amar uma pessoa e se sentir inspirada por ela”, explica a jovem

DIVERSIDADE & RITMOS

cantora, que compõe desde os oito anos.O estudante Vinícius Santos Lessa, 1º ano, do Colégio Estadual Isabel de Melo Góes, localizado em Catu, apresentou seu reggae “A liberdade está estre nós” e disse o que representa participar do FACE. “A sensação é muito especial porque eu moro em um lugar onde não acho tantas oportunidades para mostrar o meu talento e expressar o amor que sinto pela música. Mas eu achei essa oportunidade na escola através do FACE, e que despertou o meu desejo de crescer na arte musical. A mensagem que eu tento trazer, através dessa canção, é que nós devemos ser livres, independente do que os outros pensam

e falam”, destacou o jovem, que começou a cantar aos sete anos de idade.As gêmeas Mayana e Mayane Barbosa Macêdo, 3º ano do Colégio Estadual Luís Eduardo Magalhães, localizado em Saubara, interpretaram a canção de autoria própria, em estilo bossa nova, intitulada “Meu cantar”. “A nossa música vem da inspiração da vida, mostrando que temos que passar por cima das dificuldades e que o cantar torna as coisas mais bonitas e especiais. Foi uma experiência incrível poder cantar a nossa música na Arena Fonte Nova e isso marcou as nossas vidas para sempre”, revelou Mayana.

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O cantor Tonho Matéria, que participa do júri do FACE desde a primeira edição, destacou a qualidade das canções estudantis. “Acho muito importante quando as escolas se reúnem para descobrir novas vozes, novos letristas. E quando o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação, compreende este olhar, trás para a gente uma nova forma de dialogar com as nossas comunidades. Nós temos jovens fantásticos, com talentos incríveis e, a cada ano que chego no FACE, eu me surpreendo e percebo um crescimento na qualidade vocal e

técnica dos estudantes”, afirmou.A cantora Juliana Ribeiro, que também foi jurada, falou sobre a importância do projeto para a juventude. “É uma iniciativa muito interessante pelos estímulos, porque existem muitos jovens que compõem e têm o artístico dentro de si e não têm onde colocar. O festival estimula estes jovens a escrever, a compor e a mostrar as suas composições. Ao estarem aqui, eles estão quebrando rupturas internas, mostrando seus talentos e tendo uma noção do que é ser profissional da música”, destacou.

QUALIDADE TÉCNICA

1. Cortinas – Sthefanny Lorrane dos Santos Silva (compositora e intérprete),Colégio Estadual Democrático Ruy Barbosa, NTE 07 - Teixeira de Freitas.

2. A liberdade está entre nós - Vinicius Santos Lessa (compositor e intérprete), Colégio Estadual Maria Izabel de Melo Góes, Catu, NTE 18 - Alagoinhas.

3. Subconsciente - Daniel Lima Batista (compositor e intérprete), Colégio Estadual Imaculada Conceição, Feira de Santana, NTE 19 – Feira de Santana.

MELHOR INTÉRPRETE FEMININO 1. Dandar pra ganhar vintém – Glecia Élen Ferreira da Silva (compositora e intérprete), Colégio Estadual César Borges, Valente, NTE 04 – Serrinha.

MELHOR INTÉRPRETE MASCULINO 1. Outro universo - Aleksander Santos Sousa, (compositor), Ismael Lemos da Silva Rocha, (intérprete), Colégio Estadual Eurides Santana, Poções, NTE 20 - Vitória da Conquista.

SELECIONADOS DO FACE

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OFICINASAulas de canto, de expressão corporal, leitura dinâmica e de direção artística são algumas das atividades que envolvem a participação dos estudantes finalistas dos projetos Festival Anual da Canção Estudantil (FACE) e Sarau do Tempos de Artes Literária (TAL). Mesmo antes da realização do 5º Encontro Estudantil, eles chegaram de várias partes da Bahia para participar de oficinas preparatórias com especialistas na área. Uma das envolvidas neste processo é a professora de leitura criativa, Cláudia Santos. Segundo ela, é na preparação que o estudante descobre a melhor maneira de expressar seu texto no TAL. “Na primeira etapa, nós fazemos o acolhimento dos alunos e conversamos sobre a trajetória e a identidade deles como escritores. Em seguida, trabalhamos com escrita e leitura criativa, porque é a hora em que cada aluno encontra a melhor maneira de expressar seu texto e, também, de potencializar a literatura que ele vem trazendo da sua cidade”, afirmou, ao acrescentar que a arte literária dos estudantes é surpreendente. “A diversidade dos textos é a mais incrível que você possa imaginar. Nós tivemos

desde a literatura regional, no que diz respeito aos cordéis, bem como textos inspirados na Europa do século XVIII, crônicas, textos poéticos, contos, fragmentos de romance. São textos muitos diversos”, avaliou.Uma das finalistas do TAL veio de Barra do Choça, a 524 Km de Salvador, no Centro Sul e falou sobre a emoção de participar do Encontro Estudantil. “Estou muito feliz. Foi um prazer enorme estar em Salvador, podendo conhecer e construir amizades, com pessoas de várias cidades, além de poder apresentar meu trabalho e mostrar minha cultura”, comentou.A professora de canto, Manuela Rodrigues, ministrou oficinas para os estudantes do FACE, com exercícios de técnica vocal e de respiração. De acordo com ela, a atividade é essencial para melhorar a performance vocal e a interpretação. “Esse trabalho de preparação é feito durante uma semana, até a culminância. Meu trabalho é destravar, soltar, potencializar o que eles já têm vocalmente, que é aquele terreno de segurança deles, e, também, incentivar que aquela parte mais frágil seja trabalhada para fortalecer”, explicou.

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EDUCAÇÃO INDÍGENA

Oficinas de arte e cultura também foram realizadas antes e durante os dias do Encontro Estudantil. Em uma delas, as tradições, a crença e os elementos da natureza utilizados nos rituais indígenas foram apresentados nas oficinas “Grafismo indígena e Pintura Corporal” e “Canto e Encanto Pataxó”, por estudantes e professores da etnia Pataxó, envolvendo palestras, rodas de conversas, exposição e realização de pintura corporal. Esta foi a primeira vez que os indígenas ministraram oficinas no Encontro Estudantil.O professor Ubiracy Pataxó, do Colégio Estadual Indígena de Coroa Vermelha,

em Santa Cruz Cabrália, a 755 Km de Salvador, na região Sul, ministrou as oficinas e falou sobre a importância do Encontro Estudantil para a Educação Indígena. “Falamos sobre o canto Pataxó, da relação do canto com a nossa vida, aquele canto que toca a alma. Também fizemos oficina de pintura corporal, mostrando a relação das cores para nós, Pataxós, qual o material utilizado e o que elas significam para nós. Esta relação com as pinturas tem tudo a ver com a gente não só indígenas, mas com o negro, o branco, porque nos pintar nos faz bem e nos faz aparecer para o mundo”.

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Os Jogos Estudantis da Rede Pública são promovidos pela Secretaria da Educação da Bahia, nos 27 Núcleos Territoriais de Educação do Estado (NTE), para fortalecer a ação educativa na escola, por meio do esporte. O JERP envolve, anualmente, estudantes e professores de escolas das redes públicas federais, estaduais e municipais da maioria dos municípios baianos. No 5º Encontro Estudantil, participaram 700 estudantes, que vieram de várias partes do Estado, disputando diferentes modalidades. Os jogos contaram, também, com a participação de alunos da Educação Inclusiva.

JERPJOGOS ESTUDANTISDA REDE PÚBLICA

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O esporte é uma das atrações do 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual, por meio dos Jogos Estudantis da Rede Pública, que integram os festivais de judô, xadrez, capoeira, além de basquetebol especial, voleibol, futsal, handebol e basquete. Durante os três dias do encontro, estudante da capital e do interior disputaram as finais estaduais das competições que promovem seletivas, durante todo ano, envolvendo escolas públicas de todas as regiões da Bahia. A estudante Daiane Silva, 17 anos, do Colégio Estadual Duque de Caxias, no bairro da Liberdade, em Salvador, foi uma das campeãs do futsal feminino e falou, emocionada, sobre a importância do esporte para a sua vida. “Tivemos um bom desempenho durante toda a competição, por isso acho que foram válidos os treinos e sacrifícios. Fico muito feliz de ter a oportunidade de poder praticar uma atividade que gosto tanto na escola. O legal também do JERP é

a integração com os colegas, o que mostra o esporte como forma de união”, destacou.O estudante Lucas Nobre, 17, do Colégio Estadual Ministro Aliomar Baleeiro, no bairro de Pernambués, em Salvador, ganhou a final do basquete masculino e disse que a conquista representou a realização de um sonho. “Quando participamos do campeonato nos sentimos como nossos ídolos da NBA. Isso empolga bastante e contribui também para o nosso interesse de frequentar a escola,” contou.Pela primeira vez no evento, Mikael Andrade, 15, do Colégio Estadual Mestre Paulo dos Anjos, no bairro da Paz, em Salvador, falou do seu interesse pelo Festival de Xadrez e como a modalidade contribui para o seu desempenho escolar. “Aprendi a jogar xadrez fora da escola e, após ser implementado no colégio, corri para me inscrever. A prática me ajuda na concentração e no raciocínio”, explicou.

CULTURA CORPORAL

Foto: Sérgio Isensee

Para celebrar a prática do esporte como forma de desenvolvimento da educação e da cidadania dos estudantes com necessidades especiais, alunos do Colégio Estadual Vitor Soares, na Ribeira, em Salvador, realizaram um jogo comemorativo de basquete durante o 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual. O estudante Rodrigo dos Santos, 17 anos, com deficiência intelectual, destacou a melhoria na sua aprendizagem após integrar a equipe de basquete. “Poder estar integrado aos colegas, por meio do esporte, me ajudou muito no meu desenvolvimento, ainda mais quando temos a oportunidade de participar deste encontro. Esta foi a minha quinta vez no Encontro”, destacou.Também muito empolgado estava Thiago Menezes, 21, com deficiência intelectual, que conheceu o esporte na escola e já pensa em seguir como profissional. “Eu gostava de futebol, mas não era um bom jogador. Com a oferta do basquete na escola, pude encontrar algo que fosse prazeroso, além de ser mais adequado ao meu tamanho. Espero continuar praticando e, quem sabe, seguir como profissão,” relatou.O professor Luiz Caetano ressaltou que o trabalho no Vitor Soares é referência na Educação Inclusiva. “Nossas equipes com estudantes da Educação Inclusiva sempre têm destaques nas competições da modalidade. Isso mostra a grande diferença que o esporte faz para esses garotos”, contou.

INCLUSÃO PELO ESPORTE

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Cerca de 75 estudantes de 13 escolas estaduais participaram do Festival de Judô, uma das modalidades disputadas nos Jogos Estudantis da Rede Pública, dentro do 5º Encontro Estadual da Rede Estadual. A competição foi realizada em desafios nas categorias masculino e feminino, integrando os alunos destaques nas unidades que promovem a modalidade esportiva. A estudante do 3º ano do Ensino Médio, Beatriz Oliveira, 17 anos, do Colégio Estadual Professor Edson Carneiro, bairro do São Caetano, em Salvador, contou como o esporte ajudou a melhorar seu comportamento e desempenho na escola. “Entrei no judô com incentivo de meu pai para que melhorasse minha conduta, que muitas vezes era agressiva. Com os treinos, pude concentrar minha energia no esporte e melhorei bastante o meu desempenho. Hoje, como estou no último ano na escola, já estou procurando uma academia para continuar minhas atividades”, afirmou.Com bons desempenhos nos campeonatos estaduais de judô,

o estudante do 7º ano do Ensino Fundamental, Leon Bonfim, 15, do Colégio Estadual Abílio Cesar Borges, no bairro de Roma, também viu no esporte uma forma de mudar de vida. “Uma professora insistiu muito para que eu entrasse no esporte e até me presenteou com um quimono. A partir daí, comecei a levar a sério e cheguei ao 2º lugar no Campeonato Estadual do ano passado. Não tenho dúvidas de que o esporte tem sido importante para mim e o incentivo na escola foi fundamental”.O professor Francisco Neto, do Colégio Estadual Abílio Cesar Borges, destacou que é perceptível a mudança no comportamento dos alunos após ingressarem nos esportes. “Estou há seis anos com o judô na unidade e estamos conseguindo mudar a realidade desses estudantes. Quando a direção da escola abraça esses projetos podemos constatar a importância do esporte estar inserido no currículo da Educação Básica, diminuindo a incidência de evasão e problemas de indisciplina”, relatou.

FESTIVAL DE JUDÔ

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A Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (FECIBA) faz parte do Programa Ciência na Escola, uma ação estratégica da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, cujo objetivo é promover o processo de Educação Científica e Empreendedora para professores e estudantes da Educação Básica. A FECIBA desperta nos estudantes o interesse pela pesquisa científica, através de projetos que tratam de temas de relevância social, com foco em questões como inovação tecnológica, meio ambiente, sustentabilidade, empreendedorismo, saúde e bem-estar, e que buscam solucionar problemas existentes nas comunidades onde vivem. No 5º Encontro Estudantil, a FECIBA apresentou 240 trabalhos finalistas, que foram selecionados após seletivas escolares e territoriais realizadas durante o ano de 2016.

FECIBAFEIRA DE CIÊNCIAS, EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO DA BAHIA

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Um fogão solar para diminuir os impactos ambientais, uma cadeira diferenciada e adaptada para melhorar a condição de vida para pessoas com deficiência física, sabonetes glicerinados feitos de murici. Estes são apenas alguns dos 240 projetos de iniciação científica finalistas da 6ª Feira de Empreendedorismo, Ciência e Inovação da Bahia (FECIBA), que foram apresentados como parte do 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual. Os trabalhos revelam a curiosidade, a criatividade, a inventividade e o crescente interesse dos estudantes pela iniciação científica e, principalmente, a preocupação deles com experimentos de grande alcance social.Os estudantes Caio Vieira e Beatriz Pinho, ambos de 17 anos e cursando o 3º ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Simone Neri, no município

de Inhambupe (a 165 km de Salvador), idealizaram o projeto “O fogão solar e a aplicação da secção cônica diminuindo impactos ambientais”, um trabalho de relevância social. “Construímos um fogão artesanal à luz solar, a partir dos estudos de secções cônicas, que é um estudo matemático ligado a parábolas”, explicou Caio. A colega Beatriz completou: “O fogão foi construído a partir de uma tampa de caixa d´água de 135 litros. Pintamos toda a parte interna e externa de preto, porque aquece mais rápido e conserva o calor. É um privilégio estarmos aqui, é a realização de um sonho. Passamos por momentos árduos de pesquisas e, quando vemos o nosso projeto na FECIBA, constatamos que estamos ganhando não só visibilidade, mas também incentivo para aprimorar o projeto e criar outros”.

INVENTORES & ANTENADOS

De Livramento de Nossa Senhora, município do Sudoeste baiano, o lavrador Joaquim Castão, estudante do 2º ano na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), do Colégio Estadual Donatina, trouxe para a FECIBA o “andador cavalinho”, como batizou a cadeira especial, confeccionada por ele e pelo colega Odair de Souza. O projeto foi inspirado no seu filho, Érick Castão, 10 anos, que tem um tipo raro de deficiência física, chamada Artrogripose, que dificulta os movimentos dos membros superiores e inferiores, mas não impede o seu desenvolvimento cognitivo e o crescimento de todos os ossos do corpo. “Esta cadeira em inox se assemelha a uma bicicleta sem pedal, que auxilia na mobilidade.

Com ela, a pessoa ganha liberdade nos movimentos. Foi inspirada na doença do meu filho, e acredito que podemos ajudar muitas pessoas que tenham dificuldade para andar”, disse Joaquim, que participou pela terceira vez da feira. O garoto falou da invenção do pai: “Com esta cadeira, me sinto livre, como se estivesse andando. Muito diferente de ficar sentado em uma cadeira de rodas”. Em outro projeto, quatro estudantes do Centro Educacional Antonio Honorato, no município de Casa Nova, produziram sabonetes glicerinados de murici e descobriram que a fruta possui propriedades medicinais, podendo ser usada como desinflamante, antibacteriano e antifúngico. “Trazer esta inovação para a FECIBA e adquirir novos conhecimentos são oportunidades que agarramos com vontade. Estamos todos muito felizes”, disse o estudante Eduardo Rodrigues 16, 2º ano, um dos envolvidos na pesquisa.A professora de Matemática, Nildete Luz, destacou a importância do Programa Ciência na Escola, da Secretaria da Educação. “A iniciativa oportuniza os alunos da rede pública à iniciação científica a partir de um novo olhar. Disciplinas como Matemática e outras da área de Exatas, antes tidas como bicho-papão, hoje promovem a inserção dos estudantes a feiras como a FECIBA, ao mercado de trabalho, às novas tecnologias, à uma nova forma de pensar, tornando-os cidadãos autônomos, reflexivos, críticos e preparados para a vida”.

AMOR & INCLUSÃO

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Além das experiências e vivências proporcionadas pela participação no 5º Encontro Estudantil, muitos estudantes voltaram para casa com o orgulho pela premiação na 6ª FECIBA. A premiação destacou projetos em cinco categorias: Ciências Biológicas, Ciências Humanas, Divulgação Científica, Energia e Sustentabilidade e Ciências Exatas e Engenharia. As premiações vão desde credenciamentos para feiras e mostras de Ciência e Tecnologia em nível nacional até viagens turísticas para o Maranhão e o Rio Grande do Sul.Com o prêmio de primeiro lugar, na categoria Ciências Exatas – Engenharia, a estudante Ana Letícia Araújo, do Colégio Estadual Wilson Lins, de Valente, ficou emocionada com o reconhecimento do seu projeto. “Com nosso trabalho ‘Smartcam – Dispositivo para ultrapassagem’, conseguimos apresentar um sistema que pode ser muito benéfico à sociedade. Ter este reconhecimento é uma enorme vitória”, enfatizou.

PREMIAÇÃO & RECONHECIMENTO

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1º LUGAR Projeto: Análise da eficiência do pó de pet no cultivo de espécies leguminosas.Estudantes: Marcelin Eugene Berthelot Morais de Assis Segundo e Atirson Reis da SilvaProfessor orientador: Danilo Missias TeixeiraColégio da Polícia Militar Antônio Carlos Magalhães - Itabuna Premiação: Credencial Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE/USP) e bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

2º LUGAR Projeto: Animais de rua: invisíveis na sociedade - estudo de caso no município de Poções-BA.Estudante: Iv Sue da Silva Teixeira e Roberta Muniz Nunes SilvaProfessora orientadora: Lucineide Santos DiasColégio Estadual Eurides Santana - PoçõesPremiação: Credencial Movimento Científico Norte Nordeste (MOCINN), em Imperatriz, no Maranhão

3º LUGAR Projeto: Quebrando o tabu: diálogo sobre sexualidade e adolescência numa proposta educacional de saúde preventiva com a comunidade escolar do Colégio Estadual Dr. Luiz Viana Filho – Catu.Estudantes: Renata dos Santos Souza e Isabele Mariana Caralho SantosProfessora orientadora: Lidiane Santos da CunhaColégio Estadual Dr. Luiz Viana Filho - Catu Premiação: Credencial para a Mostra Internacional de Ciências e Tecnologia (MOSTRATEC), em Novo Hamburgo, Rio G. do Sul

1º LUGAR Projeto: As nascentes dos Rios das Mulheres – Cuidar para não morrerEstudantes: Bruna Palmeira Santos e Brizza Mota CorreiaProfessora orientadora: Lucineide Santos DiasColégio Estadual Eurides Santana - Poções - BahiaPremiação: Credencial para a FEBRACE/USP, em São Paulo, e bolsa do CNPq

2º LUGAR Projeto: Fatores que influenciam no aspecto motivacional dos adolescentesEstudantes: Raquel dos Santos Mangabeira e Aliane CostaProfessor orientador: João Gabriel Costa Oliveira SilvaColégio da Polícia Militar Antônio Carlos Magalhães - Itabuna Premiação: Credencial para o MOCINN, em Imperatriz, no Maranhão

3º LUGAR Projeto: Só mais um capítulo: introduzindo o clube de leitura no Colégio Edna Daltro.Estudantes: Rafaele Reis Archanjo e Kate Evelyn Sousa OliveiraProfessora orientadora: Ana Carolina Novaes de AraújoColégio Estadual Edna Moreira Pinto Daltro - Capim Grosso Premiação: Credencial para a MOSTRATEC, em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul

PREMIADOS DA FECIBA

CIÊNCIAS HUMANAS

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

1º LUGAR Projeto: Folhetim - Ciências do MiroEstudantes: Bruna de Sousa Medrado e Iran Marcio Santos de SouzaProfessora orientadora: Natália Oliveira dos SantosColégio Estadual Aldemiro Vilas Boas - São Miguel das Matas Premiação: Credencial para a FEBRACE e bolsa do CNPq

2º LUGAR Projeto: Do lixo a mais pura arteEstudantes: Luiz Felipe Nascimento de Jesus e João Victor O. KruschewskyProfessora orientadora: Rosicleia Nascimento de Oliveira NovaisColégio Estadual Cristina Batista - Porto Seguro Premiação: Credencial para o MOCINN, em Imperatriz, no Maranhão

3º LUGAR Projeto: Veículo lançador de sementes – VLSS: acompanhamento, mapeamento e recuperação de áreas degradadasEstudante: Jadna Cristina Dias Paiva e Victor Emanuel Agra AmandoProfessora orientadora: Maria Aparecida Conceição NunesColégio Estadual Maria José de Lima Silveira - SobradinhoPremiação: Credencial para a MOSTRATEC, em Novo Hamburgo, no Rio G. do Sul.

1º LUGAR Projeto: Separação Alternativa de LixoEstudantes: Niejida da Silva Borges e Marcelo Caique Félix RodriguesProfessora orientadora: Davina Ribeiro NetaColégio Modelo Luís Eduardo Magalhães - Juazeiro Premiação: Credencial para a FEBRACE/USP, em São Paulo, e bolsa do CNPq

2º LUGAR Projeto: Cuidando de gente da genteEstudantes: Ângela Michelle Vidal da Paz e Vitória Beatriz Firme SantosProfessora orientadora: Walterlícia Almeida SantosColégio Estadual Luiz Navarro de Brito - Alagoinhas Premiação: Credencial para o MOCINN, em Imperatriz, no Maranhão.

3º LUGAR Projeto: Sabão e Sabonete Sustentável - uma alternativa econômica no município de CaculéEstudante: Paulo Henrique Brito Figueiredo e Joseni Ribeiro dos Santos Professora orientadora: Edjane Alexandre Costa SoaresColégio Estadual Norberto Fernandes - Caculé Premiação: Credencial para a MOSTRATEC, em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

ENERGIA E SUSTENTABILIDADE

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Foto: Poliana Sales

1º LUGAR PROJETO: Smartcam - Dispositivo de segurança para ultrapassagemEstudantes: Ana Letícia de Araújo Lima e Fabiele França LimaProfessor orientador: Adaltro José Araújo SilvaColégio Estadual Wilson Lins - Valente/BA.Premiação: Credencial para a FEBRACE/USP, em São Paulo, e bolsa do CNPq

2º LUGAR PROJETO: Protótipo de um sistema de automação residencial de baixo custo.Estudante: Caio Eduardo Ladeia Nascimento e Flávio César Neres SantosProfessor orientador: Lindomar de Oliveira CostaColégio Estadual Antônio Batista - Candiba/BA.Premiação: Credencial para o MOCINN, em Imperatriz, no Maranhão

3º LUGAR PROJETO: PlasomEstudantes: Maria Jilvani dos Santos Silva e Vitória Oliveira MoreiraProfessora orientadora: Natália Oliveira dos SantosColégio Estadual Aldemiro Vilas Boas - São Miguel das Matas/BA. Premiação: Credencial para a MOSTRATEC, em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.

CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIA

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A rede estadual de Educação Profissional e Tecnológica da Bahia é a segunda maior do país. Só em 2017, foram ofertadas 110 mil vagas para cursos técnicos de nível médio, além dos cursos de qualificação profissional. Por meio de projetos desenvolvidos e com grande relevância e alcance social, os estudantes utilizaram técnicas e metodologias reaplicáveis, representando soluções de transformação da realidade nos Territórios de Identidade onde vivem. No 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual, foram apresentados 189 projetos, intervenções e tecnologias sociais que projetam os estudantes como futuros empreendedores, em uma perspectiva que vai além da inserção deles no mundo do trabalho.

EPTEDUCAÇÃO PROFISSIONALE TECNOLÓGICA

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EDUCAÇÃOEMPREENDEDORA

A Educação empreendedora foi um dos destaques da 4ª Feira de Tecnologias Sociais da Educação Profissional e Tecnológica, realizada dentro do 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual, na Arena Fonte Nova. Além dos estandes que envolveram 189 projetos desenvolvidos pelos estudantes dos cursos técnicos de nível médio, a feira contou com um espaço dedicado à apresentação de produtos, onde os estudantes também puderam realizar intervenções sociais e mostrar como estão sendo preparados para empreender e conquistar o mundo do trabalho.Nos estandes, os visitantes puderam interagir com os estudantes, participar de palestras sobre temas diversos, como segurança no ambiente doméstico, e até degustar, em uma cozinha experimental,

chocolates, doces, cuscuz, empadas, empanadas de jaca, bolos de abóbora e outras delícias que foram produzidas pelos estudantes dos cursos técnicos da rede estadual, vindos de vários Centros de Educação Profissional e Tecnológica da capital e do interior. Na Cozinha Experimental, os estudantes do Centro Territorial de Educação Profissional do Baixo Sul (CETEP), em Gandu, apresentaram chocolates com percentuais variados de cacau. Os produtos foram desenvolvidos na Fábrica-Escola do Chocolate, a primeira inaugurada pelo Estado, que serve como laboratório para que os estudantes dos cursos técnicos de nível médio do CETEP tenham aulas práticas e possam desenvolver projetos, pesquisas e intervenções sociais, aperfeiçoando a formação profissional.

De olho nas possibilidades que a tecnologia proporciona aos empreendedores, os estudantes Jefferson de Jesus, 20, e Carol Santana, 17, do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Gestão e Tecnologia da Informação Álvaro Melo Vieira, em Ilhéus (Sul da Bahia), criaram um aplicativo para divulgar o potencial turístico da cidade, o #APPTour, que pode ser baixado pelo

endereço www.clubedivulga.com.br. “A nossa proposta foi criar uma ferramenta que proporcionasse ao usuário uma experiência que unisse entretenimento, aprendizagem e rentabilidade nas atividades turísticas, contribuindo para o desenvolvimento econômico, histórico, cultural e de conscientização do uso da tecnologia digital”, explicou Jefferson.

APLICATIVO

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Os estudantes Gustavo Santos, 17, e Roberto Soares, 18, ambos do curso técnico em Administração do Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) Sertão Produtivo, no município de Caetité (Sudoeste baiano), desenvolveram o robô CTP 02 robô sobre uma cadeira de rodas feita em canos PVC, doados pela Empresa Bahiana de Água e Esgotamento Sanitário - EMBASA. “Criamos um equipamento interativo, que batizamos de ‘robô cadeirante’. Ele pode, por exemplo, ajudar uma pessoa cadeirante na sua locomoção ao informar obstáculos, bem como transmitir palestras nas escolas sobre temas como acessibilidade, o que chamaria a atenção dos alunos para o assunto. Foi muito incrível participar desta feira para mostrar o nosso projeto e conhecer outros. Fiquei encantado”, disse o estreante no evento, ao lado do professor-orientador, Emílio Souza. Na perspectiva da inclusão, também foi apresentado o programa “Professional Vision”, que beneficia pessoas com paralisia total do corpo e da fala. Desenvolvido pelas estudantes do curso técnico de nível médio em Informática, do CETEP Itaparica I, em Paulo Afonso, Renata Silva e Rafela Ângela, ambas com 18 anos, o sistema, por meio de um reconhecedor facial, possibilita que o usuário se comunique. “Através da webcam do computador, o programa reconhece a pessoa que pode movimentar o cursor com leves movimentos indicando frases pré-

programadas como ‘olá, tudo bem?’ ou ‘como está você?’. A seleção é feita com um piscar de olhos, que aciona o clique do mouse”, explicou Renata. O projeto rendeu às jovens um prêmio de primeiro lugar no Hackathon (maratona de programação) no Google Devfest, realizado em outubro de 2016, em Maceió (AL). “Foi um momento que participaram diversos desenvolvedores do Brasil inteiro e tivemos essa grande vitória nesse evento”, destacou Rafaela.As primas e estudantes do curso técnico de Segurança do Trabalho, do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) do Vale do Paraguacú, em Maragogipe, Iris, 18, e Jéssica Calheiras, 19, se voltaram para a sua realidade para desenvolver um projeto que altera a qualidade no trabalho de seu povo. “Em nossa comunidade quilombola de Giral Grande temos muitos acidentes com a produção de farinha. Os equipamentos provocavam muitas mutilações e até mesmo escapelação do couro cabeludo. Com o nosso projeto, mostramos soluções, como a criação de uma paleta que empurra a mandioca para o trituramento no cocho, evitando o uso diretamente das mãos. Além disso, o projeto tem uma proteção feita com as caixas que transportam a mandioca, para evitar que o cabelo fique preso na máquina, promovendo um acidente, em sua grande maioria com as mulheres”, ressaltou Iris.

INOVAÇÃO & INTERVENÇÕES SOCIAIS

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SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

A partir do óleo residual de cozinha, quatro estudantes do CETEP da Região Metropolitana, em Camaçari, estão desenvolvendo bioprodutos, como batom, creme hidratante, tinta e vela. Segundo a estudante Maria Luiza Pinheiro, 16 anos, do 3º ano do curso de técnico em Química, a ideia é também ensinar as pessoas do entorno, onde o CETEP está instalado, a desenvolver os produtos. “Pelo fato do óleo ser um dos meios mais poluentes das águas e somente 1% é reutilizado, este trabalho visa fazer a comunidade entender o que pequenas ações, como o reuso do óleo, podem trazer de benefício ao nosso meio ambiente. Esta pode ser uma ação empreendedora não somente para nós, que desenvolvemos o projeto, mas principalmente para a comunidade, porque nossos produtos são mais baratos do que aqueles comprados no mercado. Além disso, por serem de fácil fabricação, podem se tornar uma fonte de renda”, disse a estudante. Além de Maria Luiza, o projeto foi desenvolvido por Ana Beatriz Silva, Anderson Silva e Sophia Santiago, que já participaram de três feiras nacionais, sendo elas Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec) (RS), Feira de Ciências e Tecnologia (Fenecit) (PE) e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Minas Gerais. A vice-diretora do Mundo do Trabalho, do Centro Estadual de Educação Profissional do Semiárido (CEEP), em São Domingos, falou que a Educação Empreendedora tem feito a diferença na formação dos estudantes. “Nos cursos temos uma iniciativa pedagógica através do desenvolvimento de projetos e ações práticas que levam os alunos a desenvolverem, de maneira empreendedora, atividades que possam agregar renda à sua família e não precisem sair dos seus municípios para conseguirem trabalhar”.

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Os Centros Juvenis de Ciência e Cultura (CJCC) promovem uma educação complementar em tempo integral, de forma lúdica e em espaços atrativos, ampliando o acesso da juventude às temáticas culturais e científicas contemporâneas. Deste modo, oferecem aos estudantes do Ensino Médio – seu público-alvo preferencial – uma grande diversidade de atividades culturais e de acesso ao conhecimento científico. Os cursos e oficinas são gratuitos e acontecem em turno diferente ao qual o estudante frequenta a escola regular nas unidades instaladas em Salvador, Barreiras, Senhor do Bonfim, Vitória da Conquista e Itabuna. No 5º Encontro Estudantil, o público teve acesso a algumas experiências do CJCC, como Simulador de Voo, Caixa Preta, Arena Interativa e Mostra de Experimentos.

CJCCCENTROS JUVENIS DE CIÊNCIA E CULTURA

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Os Centros Juvenis de Ciência e Cultura (CJCC) apresentaram, durante o 5º Encontro Estudantil, alguns equipamentos utilizados nos cursos e oficinas oferecidos, além de experiências que tornam o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes ainda mais lúdico e divertido. Foi o caso do Simulador de Voo, equipamento instalado em uma cabine de avião e que contribui para os ensinamentos de disciplinas como Geografia, Física, Matemática e Inglês, dirigido aos estudantes que fazem o curso de piloto virtual, no CJCC, em Salvador. No Simulador de Voo, o participante do Encontro Estudantil pode experimentar a sensação de pilotar um avião. Foi o caso da estudante Jéssica Lustosa, 18, 3º ano do Colégio Estadual Nossa Senhora Aparecida, no município de Formosa do Rio Preto, no Oeste baiano, que participou do

encontro através do projeto Tempos de Arte Literária (TAL), e aproveitou a oportunidade para entrar na cabine real de aeronave da Empresa Brasileira de Aeronáutica (EMBRAER). “Foi muito emocionante. A sensação é de pura liberdade. A impressão é que estamos verdadeiramente voando, bem perto do céu”, disse. A atividade, explica o piloto e professor André Drummond, responsável pelo moderno equipamento, estimula os estudantes do Ensino Médio da rede estadual o gosto pela história e cultura da aeronáutica e pela carreira aviatória. “Além disso, o projeto permite acessibilidade tecnológica e estabelece uma ponte entre as matérias tradicionais relacionadas à aviação - Matemática, Física, Química e Geografia -, promovendo um suporte ao aprendizado inteligente, divertido e funcional”, afirmou.

APRENDER SE DIVERTINDO

Quem foi ao Encontro Estudantil também entrou e se divertiu com a Caixa Preta. Trata-se de uma instalação artístico-científica que gira em torno da luz e da escuridão. São quatro ambientes que surpreendem os estudantes, despertando a curiosidade científica e apresentando a arte de forma inspiradora. O projeto possibilita uma experiência imersiva dos alunos no campo da Ciência, por meio da interação com arte e tecnologia. Na Mostra de Experimentos, por sua vez, as pesquisas e produções desenvolvidas nas unidades dos CJCC foram expostas. Dentre elas, o aplicativo do CJCC, por meio do qual é possível saber quais os cursos oferecidos, horários, atividades livres, além de participar de uma sala de bate-papo. O Choices: jogo interativo de educação alimentar com 18 cartas digitais também foi apresentado pelos estudantes do CJCC de Vitória da Conquista. O Choice é uma ferramenta digital, que pode contribuir para jovens e adultos adotarem hábitos de vida mais saudáveis. “O jogo proporciona

diversão e, ao mesmo tempo, funciona como uma ação educativa capaz de despertar nos alunos a consciência para o cuidado com a saúde, levando em conta que mais de 30% dos adolescentes brasileiros estão obesos ou com sobrepeso, fruto da má alimentação e do sedentarismo”, explicou a professora orienadora, Elmara de Souza.Muitos outros projetos também foram apresentados na Mostra de Experimentos. São eles: Sustentabilidade: animação interativa de Educação Ambiental que verifica atitudes sustentáveis do usuário e registra suas respostas; Ligando a luz no grito: componentes que acionam equipamentos elétricos com uma emissão de som; Ligando a luz no toque: componentes que acionam aparelhos mediante indução do toque humano; Realidade virtual: o experimento recria, por meio de card board, a sensação de realidade, levando-o a adotar essa interação como uma de suas realidades temporais; e Realidade aumentada: tecnologia móvel da computação em tablets dotados de conexão online.

CIÊNCIA NA ESCURIDÃO

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ROBÓTICA PREMIADANa Arena Interativa, outro espaço do CJCC no 5º Encontro Estudantil, os visitantes puderam checar uma mostra das realizações envolvendo robótica na rede estadual. Os projetos desenvolvidos pelos estudantes na área têm dado o que falar, fazendo com que conquistem projeção no cenário nacional. Para se ter uma ideia, em agosto, alunos do CJCC de Vitória da Conquista receberam Menção Honrosa da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), durante a 69ª reunião anual, em Belo Horizonte, e conquistaram o prêmio Maker na etapa baiana da Olimpíada Brasileira de Robótica, realizada como parte da programação da Campus Party, em Salvador.No Encontro Estudantil da Rede Estadual, a Robótica teve um espaço especial para o futebol de robôs, controlado pelos estudantes através de dispositivos móveis, e para micro competição de robôs, envolvendo montagem,

configuração, programação e micro competição de robôs para resgate. Os estudantes apresentaram, ainda, criação de robôs de resgate com lixo eletrônico e autorama, ou seja, dois carrinhos movidos mediante energia gerada por bicicletas ergométricas. Também foi exposto o wall-e robô com arduíno, que percebe a presença de pessoas e se desloca na direção delas. A estudante Vitória Mendes, 16, 2º ano do Colégio Rodrigo Tavares, no Corredor da Vitória, em Salvador, ao lado de outros colegas, mostraram a experiência envolvendo robótica, através de um jogo de futebol de robôs, controlado por eles através de dispositivos móveis. “São robôs construídos de Lego e, por meio deles, provamos que somos capazes de elaborar experimentos interessantes. Participar do Encontro Estudantil com o nosso projeto nos deu credibilidade e visibilidade, além de nos incentivar a fazer novos experimentos”, afirmou.

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EMITEC

O Ensino Médio com Intermediação Tecnológica (EMITEC) permite que os estudantes, que moram em áreas remotas da Bahia, possam estudar e concluir o Ensino Médio com a vantagem de estudar perto de casa. O EMITEC transmite aulas, via satélite e em tempo real, para as telessalas espalhadas em 414 localidades, de 150 municípios, beneficiando mais de 21 mil estudantes. Nas telessalas, os alunos contam com a presença de professores mediadores, que fazem a interlocução de dúvidas para os professores que ficam nos estúdios de TV instalados no Instituto Anísio Teixeira (IAT) e aplicam as avaliações. No 5º Encontro Estudantil, estudantes do EMITEC apresentaram projetos de iniciação científica e um estúdio foi montado na Arena Fonte Nova, transmitindo o evento para as telessalas do EMITEC por toda a Bahia.

EMITECNSINO MÉDIO COMINTERMEDIAÇÃO TECNOLÓGICA

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ENCURTANDO DISTÂNCIAS

Graças à tecnologia utilizada pelo Programa Ensino Médio com

Intermediação Tecnológica (EMITEC), o 5º Encontro Estudantil entrou na grade de aulas do programa e foi transmitido, via satélite, para estudantes do Ensino Médio que moram em localidades remotas da Bahia. Em um estúdio montado na Arena Fonte Nova, professores do EMITEC gravaram entrevistas com estudantes que

participaram do Encontro Estudantil e também fizeram transmissões ao

vivo do evento.Estudantes do EMITEC também

participaram do encontro com projetos na 6ª Feira de Ciências, Empreendedorismo

e Inovação da Bahia (FECIBA). As estudantes alunas Caroline Ribeiro e Thauane Souza, 3º ano, do Centro Estadual de Referência do Ensino Médio com Intermediação Tecnológica (CEMITEC da Chapada), em Iraquara, a 469km de Salvador, no Centro Norte, apresentaram o projeto “Praça Ecológica Recreativa”. O projeto propõe a criação de uma praça de lazer reflorestada, que utiliza materiais reciclados para a criação de bancos e mesas de jogos, além de um coreto em área degrada da cidade.“Gostei muito de participar do Encontro e de apresentar nosso projeto, mostrando que estudantes do EMITEC também estão envolvidos na pesquisa e no trabalho social”, declara Caroline. Sua colega Thuane também comemorou a participação no Encontro. “É um momento de valorização da nossa cultura e do nosso município, uma oportunidade de mostrar nosso trabalho e incentivar a participação de outros estudantes do EMITEC em eventos como este”.

OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA

Já o estudante do EMITEC, Dikson Ferreira dos Santos, que mora na zona rural de Araci, foi um dos homenageados pela Secretaria da Educação do Estado no 5º Encontro Estudantil, pelo seu bom desempenho na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBMEP). A entrega de certificados aos medalhistas olímpicos visa reconhecer e motivar os estudantes pela habilidade com os números e o gosto pela disciplina. Para Dikson, que assiste às aulas do EMITEC no Instituto Educacional de Pedra Altas, estudar perto de casa otimiza o seu tempo. “O EMITEC é bem importante para estudantes de baixa renda que não têm condições de ir para outro lugar e os professores são bem qualificados. Estudar pelo EMITEC é importante para mim porque não precisei mudar para uma cidade maior para estudar”, afirmou o estudante, que já conquistou cinco medalhas na OBMEP, sendo duas de ouro nas edições de 2016 e 2017. A coleção nas competições que participou, no entanto, já chega à soma de 12 medalhas.

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LÍDERES DE CLASSENo ano de 2017, mais de 35 mil líderes e vice-líderes de classe foram eleitos para representar os colegas junto à direção das escolas estaduais. O pleito, promovido pela Secretaria da Educação do Estado, visa promover o protagonismo estudantil, de modo que os eleitos possam contribuir para a gestão democrática e participativa nas unidades escolares. Para exercerem suas funções com mais propriedade, os jovens participaram de formações durante o ano letivo por meio dos Encontros Territoriais de Líderes de Classe. No 5º Encontro Estudantil foi realizado o 2º Encontro Estadual de Líderes de Classe, com foco na liderança estudantil e sua representatividade na defesa dos interesses coletivos pela melhoria da Educação.

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Os estudantes eleitos para representar suas turmas como líderes de classe e que representam os 27 Núcleos Territoriais de Educação (NTE) participaram do 2º Encontro Estadual de Líderes de Classe, iniciativa que integrou o 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual. Na pauta, abordagens como a contribuição estudantil para uma gestão democrática e participativa nas escolas e o empoderamento juvenil.Além dos 270 líderes de classe, a atividade envolveu representantes de grêmios estudantis e de colegiados escolares. Na programação constaram, ainda, dinâmicas de socialização, palestras, debates, mesas redondas e apresentações culturais. O “Letramento Político e participação Cidadã”, um dos temas abordados, promoveu a reflexão dos estudantes sobre o papel de cada um para além dos muros da escola.Érica Rodrigues, estudante do 4º ano do curso técnico em Administração, do Centro Estadual de Educação Profissional de Guanambi, a 796 Km de Salvador, no Centro Sul, falou sobre a importância destas discussões, de uma forma coletiva, pelas lideranças estudantis. “Tivemos a oportunidade

de debater temas importantíssimos para o nosso futuro, que fazem parte do nosso cotidiano e que, realmente, precisam do nosso engajamento”, declarou. Da cidade de Santa Cruz Cabrália, a 755 km de Salvador, no Sul do Estado, veio o representante do grêmio estudantil do Colégio Estadual Indígena Coroa Vermelha, Emerson Torres, 18, 2º ano, que falou sobre o papel da liderança juvenil. “A gente vive um momento em que a conjuntura política é muito complicada, e, neste contexto, a organização dos estudantes é de fundamental importância para o enfrentamento deste cenário que a gente se encontra hoje”, afirmou.De acordo com Mavesson Monteiro, 17, 2º ano, do curso técnico em Informática do Centro Territorial de Educação Profissional do Médio Sudoeste da Bahia, em Itororó, a 540 km de Salvador, no Centro Sul, ser líder é ser a voz da turma na tomada de decisões. “Para mim, ser líder é representar a minha turma e pensar no melhor para a nossa escola. Ser líder é agir na tomada de decisões, na ajuda mútua com os colegas, manter uma relação amigável com todos e ter uma relação direta com a direção pelo bem da escola”.

EMPODERAMENTO JUVENIL

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Foto: Poliana Sales

TOPA & PACTOMais de 1 milhão e 500 mil crianças na Bahia estão sendo beneficiadas com ações desenvolvidas pela Secretaria da Educação do Estado em regime de colaboração com os municípios, desde 2011, visando a alfabetização, com letramento, na idade certa, ou seja, até os oito anos de idade. Só em 2017, 381 municípios aderiram ao Programa Estadual Pacto pela Educação. Além de formação e assessoramento técnico aos municípios, a ação contempla a distribuição de livros didático referenciados na realidade da Bahia. No Encontro Estudantil, esses livros foram usados no espaço “Contação de histórias”, para estimular a leitura e alimentar os sonhos das crianças com os personagens infantis. A trajetória dos dez anos do Programa Todos pelas Alfabetização (TOPA) também foi apresentada no Encontro Estudantil, mostrando como o programa, nesta década, beneficiou cerca de 1,4 milhão de pessoas na Bahia.

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A trajetória dos dez anos do Programa Todos Pela Alfabetização (TOPA) na Bahia foi contada no 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual. No espaço “Gente que faz o TOPA acontecer”, foram expostos o acervo cultural das dez etapas do programa, materiais produzidos durante as atividades executadas em sala de aula, artesanatos, os livros utilizados pelos alfabetizadores, fardamentos e os prêmios recebidos pelo programa, que de 2007 até agora já beneficiou mais de 1,4 milhão de jovens acima de 15 anos, adultos e idosos na Bahia.

TODOS PELA ALFABETIZAÇÃO

CONTAÇÃO DE HISTÓRIASUm ambiente colorido e divertido foi montado para que as crianças também pudessem participar do 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual. No espaço ‘Contação de histórias’, educadores interagiram e encantaram as crianças com a arte da literatura infantil, por meio dos livros escritos por autores baianos e referenciados na realidade da Bahia, editados e distribuídos pela Secretaria da Educação do Estado para as redes públicas de ensino, para contribuir com a alfabetização das crianças na idade certa, até os oito anos de idade.O espaço recebeu a visita de estudantes da Educação Inclusiva, do Centro de Capacitação de Profissionais da Educação - CAS Wilson Lins. Por serem estudantes surdos, mudos e até com múltiplas deficiências, a atividade teve tradução simultânea na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), feita por uma interprete da unidade de ensino.Para a contadora de histórias e formadora do Pacto pela Alfabetização, projeto da Secretaria ao qual a atividade está vinculada, Márcia Mendes,

participar do projeto e conviver ao lado de crianças é renovar as energias. “Nós tivemos um momento muito legal. Fiz o trabalho mais na arte de contar história. Busquei utilizar a ludicidade, a brincadeira e deixar a imaginação deles fluir. Foi uma experiência nova. Como é a primeira vez que vivi um momento deste, foi muito mais de aprender do que ensinar. Mas eu acho que eles gostaram, foram receptivos, interagiram bastante e este retorno é extremamente importante para o contador de história”, disse.O autor Saulo Dourado apresentou seu livro “O que não se fala em Kenakina” e comemorou a sua participação no encontro. “Foi uma experiência maravilhosa. Tive contato com um público novo. Por coincidência, uma das histórias do livro é sobre surdos, sobre a feira do silêncio, uma história que comecei a escrever quando minha mãe começou a aprender LIBRAS. Quando abri o livro, pensei que era essa a história que iria contar. Parece que eles se identificaram porque interagiram muito bem”, festejou Dourado.

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ESPAÇO DO PROFESSOR

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A Secretaria da Educação do Estado vem ampliando cada vez mais o diálogo com a comunidade escolar, promovendo ações de aproximação com o órgão central. O objetivo é otimizar procedimentos e processo, alinhar ações pelas melhoria da Educação e fortalecer o eixo pedagógico das escolas. No 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual, a Secretaria estruturou mais um ambiente de diálogo com os educadores. No Espaço do Professor, os professores e gestores escolares puderam socializar suas vivências e trocar experiências sobre os programas e projetos das escolas, considerando as especificidades dos Territórios de Identidade onde estão inseridas.

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No 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual, os protagonistas foram, como sempre, os alunos, que participaram de uma série de atividades culturais, esportivas, tecnológicas e científicas e apresentaram os seus projetos realizados ao longo do ano letivo. Mas, aos educadores e diretores escolares vindos de várias partes da Bahia, também foi reservado um ambiente especial para a troca de experiências e construção coletiva sobre programas e projetos no ambiente escolar. Neste sentido, o Espaço do Professor contou com palestras e debates temáticos. O diretor do Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Escola Parque, na capital baiana, Gedean Ribeiro, falou sobre o tema “Anísio Teixeira na contemporaneidade: a Escola Parque no bairro da Liberdade”. O gestor destacou a importância de inserir o educador Anísio Teixeira, idealizador da Escola Parque, há 67 anos, para o diálogo sobre Educação Integral. “Trouxe para o debate Anísio na contemporaneidade, no bairro da Liberdade, frente à uma população de 480 mil habitantes afrodescendentes.

Levei para o encontro o Anísio que está dentro do espaço onde ele é vivo e onde percebemos que a sua visão de Educação Integral permanece viva, a partir da concepção de que o estudante é agente do seu próprio conhecimento e de que a comunidade escolar dialoga permanentemente com a comunidade do entorno. Anísio propôs, em termos de Educação Integral, uma escola que possibilita o estudante ir e vir e é isso que vivemos na Escola Parque”, comentou. A professora de Biologia, Denise Santana, do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Pedro Ribeiro, em Catu, presente ao debate, falou sobre a importância de momentos espeçíficos para os educadores. “O Encontro Estudantil trouxe essa questão da construção do conhecimento por eles próprios, através de projetos fantásticos que pudemos ver na Arena. Nossos alunos mostraram ao mundo que são capazes de gerar conhecimento e nós, professores, tivemos a oportunidade de não só acompanhá-los nessa experiência como, também, trocar as nossas experiências em um espaço preparado com este objetivo”.

CONSTRUÇÃO COLETIVA

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Para contribuir com aulas mais dinâmicas e com o processo de ensino e aprendizagem, a Secretaria da Educação lançou no 5º Encontro Estudantil a nova Plataforma Anísio Teixeira. A ferramenta pedagógica, criada a partir de softwares livres, reúne mais de 6.500 mídias educacionais e cursos On-line, desenvolvidos por professores da rede estadual e disponibilizados no Portal da Educação (www.educacao.ba.gov.br).A Plataforma Anísio Teixeira foi desenvolvida por meio do Instituto

Anísio Teixeira (IAT) e apresenta como tema “Feito pela comunidade escolar, para a comunidade escolar”. Entre os conteúdos disponibilizados estão o canal da TV Anísio Teixeira, aulas do Ensino Médio com Intermediação Tecnológica (EMITEC), um Blog da Rede e aplicativos educacionais. Todo o conteúdo possui licença livre para que professores e estudantes possam ter acesso a novas formas de aprender, ensinar, construir e compartilhar conhecimentos em rede.

PLATAFORMA DIGITAL

REDE ANÍSIO TEIXEIRA

Visando fortalecer a escola pública como um espaço de apropriações tecnológicas pela sua comunidade e fomentar a realização de práticas de ensino e aprendizagem inovadoras, o IAT, por meio do Programa de Difusão de Mídias e Tecnologias Educacionais da rede pública estadual de ensino da Bahia - Rede Anísio Teixeira, desenvolve, desde 2008, ações de formação, produção e compartilhamento de Mídias e Tecnologias Educacionais Livres com professores e estudantes das escolas estaduais.

Foro: Edgar de Souza