4ª ficha de avaliação 14-15

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1 --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Ficha de Avaliação ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- BIOLOGIA E GEOLOGIA - 11º Ano (Turma C) Agrupamento de Escolas dos Carvalhos Ano letivo 2014 / 2015 ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- «A capacidade de errar ligeiramente é a verdadeira maravilha do DNA. Sem esse atributo especial, seríamos ainda uma bactéria anaeróbia e a música não existiria (...). Errar é humano, dizemos, mas a ideia não nos agrada muito, e é mais difícil ainda aceitar o facto de que errar é também biológico.» Lewis Thomas.A Medusa e a Lesma, Ed. Nova Fronteira, RJ, 1979 1. Este texto referese a uma característica dos seres vivos designada por... (A) seleção natural. (B) reprodução diferencial. (C) mutação. (D) diferenciação. 2. Ao longo dos tempos tem havido várias formas de explicar a variabilidade das espécies. Se aceitarmos o Fixismo, devemos esperar: (A) Fósseis mais simples nas rochas mais antigas. (B) Fósseis mais simples nas rochas mais recentes. (D) Os mesmos tipos de fósseis nas rochas antigas e recentes (C) Fósseis mais complexos nas rochas mais recentes. 3. Em relação à teoria da evolução, segundo ______ a principal força que promove a evolução é a ______ . (A)Darwin [...] matriz genética (B)Lamarck [...] a necessidade criada pelo ambiente (C)Darwin [...] mutação (D)Lamarck [...] reprodução diferencial 4. De acordo com a moderna teoria da evolução, são considerados fatores de evolução: (A) mutação, crossingover e cruzamento ao acaso. (B) mitose, deriva genética e fecundação. (C) mitose, segregação cromossómica e seleção natural. (D) mutação, recombinação génica e seleção natural. (E) mitose, fecundação e seleção natural. Experiência de Luria e Delbrück A experiência de Luria e Delbrück, também conhecida por teste de flutuação, foi publicada em 1943 e tornouse um marco no estudo dos mecanismos responsáveis pelas mutações nos organismos. Em resultado, Max Delbrück e Salvador Luria ganharam o prémio Nobel da Medicina em 1969. Na década de 40 do século XX, pensavase que as bactérias eram capazes de alterar o seu DNA em função das condições do meio ambiente, mas não existiam evidências experimentais. Luria e Delbrück implementaram uma experiência para testar se as mutações eram: préadaptativas – ocorreriam de forma aleatória, antes de as bactérias serem expostas ao agente de seleção; pósadaptativas – resultariam de pressões resultantes do agente de seleção.

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TESTE DE BIOLOGIA 11ºANO

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Page 1: 4ª Ficha de Avaliação 14-15

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4ª Ficha de Avaliação -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

BIOLOGIA E GEOLOGIA - 11º Ano (Turma C) Agrupamento de Escolas dos Carvalhos Ano letivo 2014 / 2015

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------  

«A  capacidade  de  errar   ligeiramente  é  a  verdadeira  maravilha  do  DNA.  Sem  esse  atributo  especial,  seríamos  ainda  

uma  bactéria  anaeróbia  e  a  música  não  existiria  (...).  Errar  é  humano,  dizemos,  mas  a  ideia  não  nos  agrada  muito,  e  é  

mais  difícil  ainda  aceitar  o  facto  de  que  errar  é  também  biológico.»  

Lewis  Thomas.A  Medusa  e  a  Lesma,  Ed.  Nova  Fronteira,  RJ,  1979  

1.  Este  texto  refere-­‐se  a  uma  característica  dos  seres  vivos  designada  por...  

(A)  seleção  natural.       (B)  reprodução  diferencial.  

(C)  mutação.         (D)  diferenciação.  

 

2.  Ao  longo  dos  tempos  tem  havido  várias  formas  de  explicar  a  variabilidade  das  espécies.  Se  aceitarmos  o  Fixismo,  

devemos  esperar:  

(A)  Fósseis  mais  simples  nas  rochas  mais  antigas.     (B)  Fósseis  mais  simples  nas  rochas  mais  recentes.  

(D)  Os  mesmos  tipos  de  fósseis  nas  rochas  antigas  e  recentes   (C)  Fósseis  mais  complexos  nas  rochas  mais  recentes.  

 

3.  Em  relação  à  teoria  da  evolução,  segundo  ______  a  principal  força  que  promove  a  evolução  é  a  ______  .  

(A)Darwin  [...]  matriz  genética     (B)Lamarck  [...]  a  necessidade  criada  pelo  ambiente  

(C)Darwin  [...]  mutação       (D)Lamarck  [...]  reprodução  diferencial  

 

4.  De  acordo  com  a  moderna  teoria  da  evolução,  são  considerados  fatores  de  evolução:  

(A)  mutação,  crossing-­‐over  e  cruzamento  ao  acaso.     (B)  mitose,  deriva  genética  e  fecundação.  

(C)  mitose,  segregação  cromossómica  e  seleção  natural.   (D)  mutação,  recombinação  génica  e  seleção  natural.  

(E)  mitose,  fecundação  e  seleção  natural.  

 

Experiência  de  Luria  e  Delbrück  

A  experiência  de  Luria  e  Delbrück,  também  conhecida  por  teste  de  flutuação,  foi  publicada  em  1943  e  tornou-­‐se  um  

marco   no   estudo   dos   mecanismos   responsáveis   pelas   mutações   nos   organismos.   Em   resultado,   Max   Delbrück   e  

Salvador  Luria  ganharam  o  prémio  Nobel  da  Medicina  em  1969.  

Na   década   de   40   do   século   XX,   pensava-­‐se   que   as   bactérias   eram   capazes   de   alterar   o   seu   DNA   em   função   das  

condições   do  meio   ambiente,   mas   não   existiam   evidências   experimentais.   Luria   e   Delbrück   implementaram   uma  

experiência  para  testar  se  as  mutações  eram:  

• pré-­‐adaptativas  –  ocorreriam  de  forma  aleatória,  antes  de  as  bactérias  serem  expostas  ao  agente  de  seleção;  

• pós-­‐adaptativas  –  resultariam  de  pressões  resultantes  do  agente  de  seleção.    

 

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Estas  duas  hipóteses  encontram-­‐se  representadas  na  figura  1.  

 

 

 

 

 

Figura  1  –  

Hipóteses  

levantadas  por  

Luria  e  Delbrück.  

 

 

 

 

Luria  e  Delbrück  inocularam  bactérias  da  espécie  Escherichia  coli  em  tubos  de  cultura  distintos.  Após  o  crescimento,  

transferiram   iguais   volumes   de   cultura   celular   para   placas   de   Petri   contendo   agar   (meio   sólido)   e   repleto   de  

bacteriófagos  T1  (vírus  que  destroem  as  bactérias).    

Luria   e   Delbrück   esperavam   que   as   mutações   que   causam   resistência   aos   bacteriófagos   fossem   causadas   pela  

exposição   aos   mesmos,   originando   uma   distribuição   semelhante   entre   as   placas   de   Petri.   Os   seus   resultados  

encontram-­‐se  representados  na  figura  2.  

Figura  2  –  Resultados  da  

experiência  de  Luria  e  

Delbrück.  Os  pontos  nas  

placas  de  Petri  

correspondem  a  colónias  

de  bactérias  que  foram  

capazes  de  resistir  aos  

bacteriófagos.  

 

5.  De  acordo  com  os  dados,  no  início  da  experiência  Luria  e  Delbrück  defendiam  a  hipótese  ____,  pois    esperavam  

que  as  mutações  ocorressem  ____  da  exposição  ao  agente  de  seleção.      

(A)                A  (…)  antes           (B)            A  (…)  em  resultado  

(C)                B  (…)  antes         (D)              B  (…)  em  resultado  

 

6.  Com  base  nos  resultados  da  figura  2,  é  possível  verificar  que  as  mutações  ocorreram  de  forma…  

(A) …  aleatória  e  são  pré-­‐adaptativas,  pois  ocorreram  antes  do  contacto  das  bactérias  com  os  bacteriófagos.  

(B) …  aleatória  e  são  pós-­‐adaptativas,  pois  ocorreram  depois  do  contacto  das  bactérias  com  os  bacteriófagos.  

(C) …  direcionada  e  são  pré-­‐adaptativas,  pois  ocorreram  antes  do  contacto  das  bactérias  com  os  bacteriófagos.  

(D) …  direcionada  e  são  pós-­‐adaptativas,  pois  ocorreram  depois  do  contacto  das  bactérias  com  os  bacteriófagos.  

 

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7.  Relativamente  à  experiência  de  Luria  e  Delbrück,  é  possível  afirmar  que…  

(A) …  nos   tubos   2   e   9   os  meios   de   cultura  não   tinham  nutrientes   suficientes   para   a   proliferação  das   bactérias,   ao  

contrário  do  tubo  3.  

(B) …  as  possíveis  mutações  nas  bactérias  do  tubo  4  criaram  resistência  aos  bacteriófagos.  

(C) …  nas  bactérias,  as  mutações  genéticas  surgem  de  forma  independente  do  agente  de  seleção.  

(D) …  a  seleção  natural  apenas  pode  ser  aplicada  em  seres  vivos  complexos.  

 

8.   De   acordo   com   o   sistema   de   classificação   de  Whittaker   modificado,   o   critério   que   permite   colocar   a   bactéria  

Escherichia  coli  inequivocamente  no  reino  Monera  é…  

(A)  …  ser  unicelular.         (B)  …  ser  microconsumidor.  

(C)  …  possuir  parede  celular.       (D)  …  ser  constituída  por  uma  célula  procariótica.  

 

9.   Explica   em  que  medida   a   experiência   de   Luria   e  Delbrück   constituiu   um   forte   argumento   a   favor   das   ideias   de  

Darwin,  em  detrimento  das  ideias  defendidas  por  Lamarck.  

 

10.  O  mecanismo  de  resistência  ao  bacteriófago  T1  está  relacionado  com  uma  mutação  que  ocorre  ao  nível  de  um  

gene   responsável   pela   síntese   de   uma  proteína  membranar   que   atua   como   recetor   do   vírus   e   que   permite   a   sua  

entrada  na  bactéria.  

Explica,   numa   perspetiva   neodarwinista,   o   aparecimento   de   novas   estirpes   de   bacteriófagos   que   são   capazes   de  

infetar  as  bactérias  resistentes.  

 

11.  A  indústria  alimentar  tem  cada  vez  mais  dificuldade  em  prevenir  e  erradicar,  por  exemplo,  a  contaminação  

fúngica.  Esta  dificuldade  tem  levado  progressivamente  ao  uso  de  fungicidas.  No  entanto,  após  anos  de  uso  de  

fungicidas,  constatou-­‐se  o  aparecimento  de  fungos  resistentes.  

Numa  perspectiva  darwinista,  a  alteração  da  resistência  aos  fungicidas  poderia  ser  explicada  como  resultante…  

(A)  da  existência,  nos  fungos,  de  genes  selecionados  pela  aplicação  continuada  de  fungicidas.  

(B)  do  surgimento  de  fungos  mutantes  resistentes,  após  a  aplicação  continuada  de  fungicidas.  

(C)  da  necessidade  de  adaptação  individual  dos  fungos,  em  resposta  à  aplicação  continuada  de  fungicidas.  

(D)  da  sobrevivência  diferencial  dos  fungos  mais  resistentes  à  aplicação  continuada  de  fungicidas.  

 

QUEM  SÃO  OS  CROCODILOS  DO  DESERTO  DO  SAARA?  

Actualmente,  conhecem-­‐se  três  espécies  de  crocodilos  em  Africa:  Crocodylus  niloticus  (crocodilo-­‐do-­‐nilo);  as  outras  

duas,  Osteolaemus  tetraspis  (O.  tetraspis)  e  Crocodylus  cataphractus  (C.  cataphractus),  habitam  florestas  e  pântanos  

das  regiões  oeste  e  central  do  continente  africano  –  Conforme  mapa  abaixo.  

No  passado,  Crocodylus  niloticus  (C.  niloticus)  ocupava  uma  área  geográfica  maior,  que  se  estendia  ate  ao  Norte  de  

Africa  e  as  margens  do  Mediterrâneo.    

Page 4: 4ª Ficha de Avaliação 14-15

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Nesta   zona,   abundavam   lagos   e   rios   que   permitiram   o   seu   desenvolvimento,   facto   sustentado   pelos   fósseis  

encontrados  na  região.  Nessa  altura,  as  diferentes  regiões  do  Saara  eram  húmidas,  adequadas  a  fauna  afrotropical.  A  

alteração  das  condições  ambientais  conduziu  ao  aparecimento  de  uma  zona  muito  árida  no  Saara  Central.  Este  facto  

levou   a   que   a   fauna   afrotropical   se   deslocasse   para   Sul.   Contudo,   em   zonas   restritas   do   Sul   da   Mauritânia,   os  

crocodilos-­‐do-­‐nilo   sobreviveram   até   ao   presente,   constituindo   populações   isoladas   em   lagoas   de   pequenas  

dimensões,  vulneráveis  a  extinção.  Para  identificar  as  relações  filogenéticas  existentes  entre  as  populações  isoladas  e  

as  outras  populações  de   crocodilo-­‐do-­‐nilo,   foi   feito  um  estudo   comparativo  de   características   genéticas  de   alguns  

exemplares  de   crocodilos.   Foram   incluídos  neste  estudo  outros  exemplares  de  grupos  afins,  de  Africa  e  de  outros  

continentes.   Foi   analisado   e   sequenciado   o   DNA   mitocondrial  

extraído   de   tecidos   de   fígado   e   de   musculo,   tendo   sido  

comparadas   as   sequencias   obtidas   para   um   determinado   gene,  

permitindo   reconstruir  

as   relações   filogenéticas  

(Fig.  2.)  

 

 

 

 

 Figura  2  –  Relações  filogenéticas  

entre  as  espécies  estudadas.  

 

 

 

12.  Classifica  como  verdadeira  (V)  ou  falsa  (F)  cada  uma  das  afirmações  seguintes,  relativas  à  distribuição  geográfica  

das  espécies  estudadas  e  às  suas  relações  filogenéticas.  

(A)  C.  niloticus  do  Egipto  é  filogeneticamente  mais  relacionado  com  a  sua  espécie  do  Sudão  do  que  com  a  da  Gâmbia.  

(B)  O  género  Osteolaemus  é  filogeneticamente  menos  relacionado  com  C.  cataphractus  do  que  com  C.  niloticus.  

(C)  As  populações  de  C.  niloticus  que  habitam  o  Este  africano  têm  sido  sujeitas  a  pressões  selectivas  semelhantes.  

(D)  A  semelhança  genética  entre  as  populações  dos  crocodilos  da  Mauritânia  e  da  Gâmbia  é  concordante  com  a  sua  

proximidade  geográfica.  

(E)  Entre  as  populações  da  espécie  C.  niloticus  estudadas  não  foi  verificada  divergência  filogenética.  

(F)  Do  ponto  de  vista  filogenético,  Crocodylus  johnsoni  da  Austrália  é  mais  diretamente  relacionado  com  C.  niloticus  

do  que  com  C.  cataphractus.  

(G)  Nas  populações  de  C.  niloticus  do  Egipto  e  do  Quenia,  o  DNA  mitocondrial  estudado  apresenta  muitas  diferenças  

 

13.  No  estudo  efectuado,  o  estabelecimento  de  relações  filogenéticas  actuais  foi  feito  com  recurso  a  _______,  

enquanto  a  determinação  da  sua  distribuição  geográfica  passada  se  fundamentou  em  argumentos  _______.  

(A)  bioquímicos  (…)  anatómicos.       (B)  bioquímicos  (…)  paleontológicos.  

(C)  citológicos  (…)  anatómicos.     (D)  citologia  (…)  paleontológicos.  

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14.  Os  crocodilos  do  Sul  da  Mauritânia  vivem  em  populações  isoladas,  em  condições  ambientais  adversas.  Relaciona  

o  isolamento  dos  crocodilos,  nas  condições  referidas,  com  a  possibilidade  de  extinção  destas  populações.  

 

 

 

Evolução  dos  hominídeos  

A   evolução   da   nossa   espécie   é   ainda  

pouco   conhecida.   Contudo,   a   partir  

dos  dados  obtidos  através  do  estudo  

dos   fósseis   encontrados   por   todo   o  

globo   e   de   dados   moleculares   é  

possível   construir   árvores  

filogenéticas.    

Na   figura  3  encontra-­‐se  uma  possível  

relação   filogenética   que   terá  

conduzido   à   evolução   da   nossa  

espécie.  

 

 

 Figura  3  –  Possível  evolução  dos  hominídeos.  

 

 

 

 

 

O   DNA   mitocondrial   de   humanos   modernos   foi   comparado   com   o   DNA   mitocondrial   de   chimpanzés    

(0  primata   filogeneticamente  mais  próximo)  e  com  amostras   recolhidas  de  vários  Neandertais,  um  hominídeo  que  

desapareceu  da  Europa  há  cerca  de  28  000  anos,  com  resultados  que  podem  ser  avaliados  na  tabela  I.  

 

Tabela   I   –   Comparação   da   sequência   de   DNA  

mitocondrial   de   diferentes   organismos.   A   letra   X  

indica   que   o   nucleótido   de   DNA   é   igual   ao   da  

sequência  humana.  

 

 

 

15.  A  classificação  apresentada  para  a  evolução  dos  hominídeos  é:  

(A)  Racional  e  filogenética     (B)  Racional  e  natural.       (C)  Prática  e  natural     (D)  Prática  e  filogenética  

 

Organismo   Sequência  de  DNA  mitocondrial  analisado  

Humano  moderno     AATTCCCCGACTGCAATTCACGCACCATCCT  Chimpanzé     XXXXXXTXATTXXXXXACTGAAAXXXXGXXX  Neandertal  1   GGXCTTTTATTCXTCCCTGTAAGTATGCTXC  Neandertal  2   GGXXXXXXATTXATCCCCTGTAAXTATGCTT  Neandertal  3   XCXXXXXXATTXATCCCCTGTAAXTATGCTT  

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16.  A  partir  da  árvore  filogenética  representada  na  figura  3,  podemos  concluir  que…  

(A) …  os  genéros  Paranthropus  e  Homo  têm  origem  em  ancestrais  diferentes.  

(B) …  a  espécie  mais  próxima  da  nossa  é  o  Homo  erectus.  

(C) …  o  género  Homo  teve  origem  no  género  Paranthropus.  

(D) …  a  divergência  do  género  Australopithecus    dos  géneros  Homo  e  Paranthropus  ocorreu  há  menos  de  3,5  M.a.    

 

17.  A  explicação  mais  plausível  para  a  elevada  variabilidade  no  DNA  mitocondrial  das  populações  humanas  dispersas  

pelo  continente  africano  é  o  facto  de…  

(A) …  o  homem  moderno  ter  surgido  em  África  e  estar  há  mais  tempo  a  evoluir  neste  continente.    

(B) …  o  DNA  mitocondrial  ter  uma  taxa  de  mutação  superior  em  África,  quando  comparado  com  outros  continentes.  

(C) …  o  homem  moderno  ter  surgido  em  África  e  estar  há  menos  tempo  a  evoluir  neste  continente.    

(D) …  a  seleção  natural  não  operar  no  DNA  mitocondrial  dos  organismos  que  habitam  o  continente  africano.    

 

18.  Paranthropus  aethiopicus,  Paranthropus  boisei  e  Homo  habilis  são  designações  de  três  espécies  que  pertencem  à  

família  Hominidae.  Com  base  nesta  nomenclatura,  podemos  concluir  que…  

(A) …  P.  aethiopicus  e  P.  boisei  partilham  o  mesmo  restritivo  específico.  

(B) …  P.  boisei  e  H.  habilis  partilham  a  mesma  ordem.  

(C) …  P.  aethiopicus  e  H.  habilis  pertencem  ao  mesmo  género.  

(D) …  as  três  espécies  pertencem  a  ordens  diferentes.  

 

19.   Classifica,   como   verdadeira   (V)   ou   falsa   (F),   cada   uma   das   afirmações   seguintes   tendo   como   base   o   estudo  

comparativo  de  DNA  mitocondrial  (Tabela  I).      

(A)  Existem  mais  diferenças  entre  a  sequência  de  DNA  mitocondrial  do  Homem  e  do  Chimpanzé,  do  que  do  homem  e  

do  Neandertal  1.    

(B)   Existem  mais   diferenças   entre   as   sequências   de   DNA  mitocondrial   dos   homens   Neandertal   2   e   3,   do   que   do  

homem  moderno  e  do  chimpanzé.    

(C)   Existem   menos   diferenças   entre   as   sequências   de   DNA   mitocondrial   dos   Neandertais   2   e   3,   do   que   dos  

Neandertais  1  e  2.    

(D)   Com  base  na   semelhança  entre  as   sequências,  os   chimpanzés   são  mais  próximos  do  Neandertal  1  do  que  dos  

humanos  modernos.    

(E)   Se   as   sequências   de   DNA   fossem   transcritas   e   traduzidas,   a   sequência   de   aminoácidos   resultantes   seria  mais  

próxima  entre  os  chimpanzés  e  o  homem  moderno  do  que  entre  este  o  Neandertal  1.  

(F)  O  Neandertal  2  e  o  Neandertal  3  devem  partilhar  um  maior  número  de  órgãos  homólogos  do  que  o  Neandertal  1  

e  o  2.  

(G)  O  RNA  resultante  da  transcrição  do  DNA  mitocondrial  humano  analisado  terá  menos  nucleótidos  de  uracilos  do  

que  o  resultante  da  transcrição  do  DNA  mitocondrial  do  chimpanzé.  

(H)  Uma   vez  que   as   sequências   de  DNA  analisadas  não   são   iguais,   estes   dados   contrariam  a   teoria   da   evolução   a  

partir  de  um  ancestral  comum.  

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20.  Faz  corresponder  a  cada  uma  das  letras  de  A  a  E,  que  correspondem  a  afirmações  relativas  à  evolução  da  espécie  

humana,  um  dos  números  romanos  da  chave.  Utiliza  cada  letra  apenas  uma  vez.    

Afirmações:  

(A) Numa  população  de  hominídeos  há  características  que  são  transmitidas  à  descendência  e  que  resultaram  de  

modificações  que  os  organismos  sofreram  para  responder  às  variações  ambientais.  

(B) A  espécie  humana  permanece  imutável  no  tempo  desde  o  momento  da  sua  criação.  

(C) Numa   população   de   hominídeos   da   mesma   espécie,   os   indivíduos   que   apresentam   características   mais  

vantajosas  conseguem  adaptar-­‐se  de  forma  mais  eficaz  às  variações  do  meio.  

(D) O  Homo  sapiens  resulta  de  mecanismos  evolutivos  que  atuaram  ao  longo  do  tempo.  

(E) Ao  nível  do  material  genético  ocorrem  mutações  que  podem  promover  o  aparecimento  de  novos  genes  e,  

consequentemente,  a  produção  de  fenótipos  que  permitem  uma  melhor  adaptação  ao  meio.  

Chave:  

1.  Darwinismo     2.  Fixismo   3.  Fixismo  e  darwinismo   4.  Lamarckismo     5.  Neodarwinismo    

6.  Fixismo  e  neodarwinismo   7.  Lamarckismo,  darwinismo  e  neodarwinismo   8.  Lamarckismo  e  neodarwinismo  

 

Os  elefantes  estão  em  perigo  de  extinção?  

Os   elefantes   estão   muito   ameaçados   (destruição  

do   habitat   e   caça   pelo   marfim.   Os   elefantes  

indianos   -­‐   Elephas   maximus   –   são   relativamente  

dóceis   e   fáceis   de   domesticar,   ao   contrário   dos  

seus  parentes  africanos  -­‐  Loxodonta  africana.  

Os   elefantes   africanos   são   maiores   que   as  

variedades   asiáticas   e   têm   orelhas   mais  

desenvolvidas,   uma   adaptação   que   permite  

libertar  calor  em  condições  de  altas  temperaturas.    

 

Figura  4  –Representação  das  três  hipóteses  (I,  II  e  III),  referentes  ao  

aparecimento  das  duas  espécies  atuais.  

 

21.  Relativamente  à  figura,  indica  em  qual  dos  diagramas,  I,  II  e  III  se  observa:  

(A)  a.  existência  de  um  ancestral  comum  às  duas  espécies  atuais  de  elefantes  

(B)    alterações  da  morfofisiologia  dos  elefantes  com  o  passar  dos  anos  sem  existência  de  um  ancestral  comum  

(C)  imutabilidade  das  espécies  ao  longo  do  tempo  

 

22.  Os  diagramas  I,  II  e  III  correspondem,  respectivamente,  às  teorias:  

(A)  Darwinismo,  Catastrofismo  e  Fixismo     (B)  Lamarckismo,  Fixismo  e  Darwinismo  

(C)  Fixismo,  Lamarckismo  e  Darwinismo       (D)  Fixismo,  Lamarckismo  e  Catastrofismo  

(E)  Lamarckismo,  Fixismo  e  Catastrofismo    

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23.  Os  mecanismos  propostos  por  Lamarck  e  Darwin  explicam  o  maior  desenvolvimento  das  orelhas  dos  elefantes  

africanos.  Classifica  como  verdadeira  (V)  ou  falsa  (F)  cada  uma  das  seguintes  afirmações.  

(A) Para  Darwin  os  elefantes  desenvolveram  orelhas  maiores  através  da  sua  utilização  continuada  para  perder  calor.  

(B) Os  elefantes  apresentavam  orelhas  desenvolvidas  porque  o  seu  aumento  tinha  vantagem  na  termorregulação  dos  

elefantes,  diria  Darwin.  

(C) Segundo  Lamarck,  a  alteração  do  ambiente  permitiu  uma  maior  reprodução  dos  elefantes  de  orelhas  grandes.  

(D) Para  ambos  os  autores,  Darwin  e  Lamarck,  foram  as  condições  ambientais  que  determinaram  o  aumento  das  

orelhas  dos  elefantes  africanos.  

(E) Segundo  Darwin,  a  necessidade  transformou  os  elefantes  de  orelhas  pequenas  em  elefantes  de  orelhas  grandes.  

(F) Lamarck  defenderia  que  as  orelhas  se  desenvolveram  nos  elefantes  como  resposta  ao  esforço  de  manterem  

constante  a  sua  temperatura  interna.  

(G) Na  população  ancestral  já  haveria  diferenças  no  tamanho  das  orelhas  dos  elefantes,  segundo  Darwin.  

(H) Segundo  Darwin,  para  sobreviverem,  os  elefantes  adaptaram-­‐se  a  um  clima  muito  quente.  

 

24.  Relativamente  à  morfologia  dos  membros  anteriores  da  baleia  (A-­‐I),  do  morcego  (B-­‐II)  e  das  barbatanas  peitorais  

de  um  peixe  (C-­‐III),podemos  afirmar  que:    

(seleciona  a  opção  correta)  

(A)  A,  B  e  C  são  homólogas.  

(B)  A,  B  e  C  são  análogas.  

(C)  A  e  C  são  homólogas  e  B  é  análoga  de  A.  

(D)  A  e  B  são  homólogas  e  C  é  análoga  de  A.  

 

Figura  5    

25.  Certos  argumentos  apoiam  indiretamente  a  evolução  dos  seres  vivos.  Utiliza  a  chave  para  os  identificar:  

 Chave:  

1.  Paleontológicos   2.  Anatómicos       3.  Bioquímicos       4.  Embriológicos     5.  Citológicos  

Argumentos:  

(A)  A  hemoglobina  cristaliza  diferentemente,  conforme  a  espécie.  

(B)  O  sistema  nervoso  é,  fundamentalmente,  constituído  da  mesma  maneira  em  todos  os  vertebrados.  

(C)  O  DNA  humano  combina-­‐se  com  cerca  de  25%  de  DNA  de  rato  e  de  cordeiro  e  só  5  %  de  peixe.  

(D)  Os  fósseis  encontrados  nas  camadas  mais  antigas  dizem  respeito  a  seres  relativamente  rudimentares.  

(E)  O  coração  dos  mamíferos  é  inicialmente  um  tubo  em  S  com  duas  cavidades,  semelhante  ao  coração  dos  peixes.  

(F)  No  homem  e  no  chimpanzé,  as  cadeias  alfa  da  hemoglobina  são  idênticas  

(G)  Existem  atualmente  vestígios  de  membros  nos  esqueletos  de  certas  cobras.  

(H)  Numa  fase  inicial  do  seu  desenvolvimento,  todos  os  vertebrados  apresentam  cauda  que  depois  não  se  

desenvolve  em  alguns  grupos.  

(I)  A  síntese  proteica  é  idêntica  nos  procariontes  atuais.  

 

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Em  1939,  um  investigador  da  indústria  farmacêutica  Suíça,  descobriu  que  o  

DDT  (diclorodifenol-­‐tricloro-­‐etano)  era  muito  eficiente  como  inseticida.    

Durante  a  2ª  Guerra  mundial,  existiam  duas  doenças  graves  que  afetavam  

os  soldados  e  em  que  intervinham  insetos:  a  malária  (transmitida  por  

mosquitos)  e  a  febre  tifoide  (transmitida  por  piolhos).  O  DDT  foi  utilizado  pelas  tropas  e  generalizou-­‐se  depois  da  

Guerra.  Numa  1ª  fase  de  utilização,  as  populações  de  insetos  diminuíram,  mas  depois  aumentaram  de  novo.  

Verificou-­‐se,  então,  que  alguns  insetos  tornaram-­‐se  resistentes.    

Investigações  posteriores  vieram  demonstrar  que  as  aves,  que  se  alimentavam  de  insetos  ou  de  outras  substâncias  

contaminadas  com  DDT,  estavam  também  a  desaparecer  e  que  este  produto  armazenava-­‐se  na  gordura  dos  

organismos,  nomeadamente  mamíferos,  causando  graves  danos.  Mesmo  depois  de  proibida  a  utilização  do  DDT,  

durante  muitos  anos,  os  solos,  a  água  e  muitos  organismos  sofreram  o  efeito  devastador  deste  produto.  

 

26.  Em  resposta  ao  DDT,  os  mosquitos  desenvolveram  resistência,  tornando-­‐se  _____e,  pela  lei_____,  passaram  essa  

característica  aos  descendentes.  

(A)  menos  aptos  (…)  do  uso  e  do  desuso.     (B)  mais  aptos  (…)  da  herança  dos  caracteres  adquiridos.  

(C)  mais  aptos  (…)  do  uso  e  do  desuso.       (D)  menos  aptos  (…)  da  herança  dos  caracteres  adquiridos.  

 

27.  Segundo  _____,  na  população  de  mosquitos  ______  alguns  que  eram  resistentes  ao  DDT.  Estes  reproduziram-­‐se  

mais,  deixando  mais  descendentes.    

(A)  Darwin  (…)  surgiam             (B)  Neodarwinismo  (…)  surgiram  

(C)  Darwin  (…)  começaram  a  existir       (D)  Neodarwinismo  (…)  existiam    

 

28.  O  ____  da  população  alterou-­‐se  porque  determinados  genes  tornaram-­‐se  mais  _____  em  detrimento  de  outros  

que  se  tornaram______.  

(A)  fundo  genético  (…)  frequentes  (…)  menos  frequentes.   (B)  tamanho  (…)  raros  (…)  mais  frequentes.  

(C)  tamanho  (…)  frequentes  (…)  menos  frequentes.     (D)  fundo  genético  (…)  raros  (…)  menos  frequentes.  

 

29.  Numa  perspetiva  neodarwinista,  a  vantagem  evolutiva  dos  mosquitos  ao  DDT  deveu-­‐se  à...  

(A)  seleção  natural  exercida  sobre  a  população.     (B)  necessidade  de  sobreviver  num  ambiente  adverso.  

(C)  adaptação  individual  à  alteração  ambiental.     (D)  ocorrência  de  mutações  na  população  ancestral.  

 

30.  O  gene  que  permite  a   resistência  dos   insetos   resultou  de  __________   ,   tendo  de  seguida  sido   transmitido  aos  

descendentes  graças  ao  fenómeno  de  __________  .    

(A)  Crossing-­‐over  (…)  recombinação  genética       (B)  Mutação  (…)  fecundação    

(C)  Mutação  (…)  recombinação  genética       (D)  Crossing-­‐over  (…)  fecundação  

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O  diagrama  da  figura  6  mostra  

uma   organização   sistemática  

de   diferentes   grupos  

taxonómicos.   A   letra   a  

corresponde   à   categoria  

taxonómica   considerada   como  

unidade  biológica  fundamental  

de  classificação.  

 

Figura  6  

 

31.   Classifica,   verdadeira   (V)   ou   falsa   (F),   cada   uma   das   afirmações   seguintes   relativas   à  

organização  sistemática  apresentada  no  diagrama  da  figura  6.  

(A) Há  menor  grau  de  parentesco  entre  os  seres  pertencentes  ao  taxon  c  do  que  os  seres  

pertencentes  ao  taxon  e.  

(B) O  taxon  d  indica  Ordem.  

(C) No  diagrama  estão  representadas  quatro  famílias.  

(D) Os  organismos  do  grupo  c1  possuem  entre  si  um  ancestral  comum  mais  recente  que  os  

organismos  do  grupo  c2.  

(E) A  diversidade  de  seres  vivos  aumenta  do  taxon  d  para  o  taxon  e.  

(F) A  nomenclatura  binominal  aplica-­‐se  ao  taxon  b.  

(G) Os  seres  vivos  do  taxon  a  apresentam  um  maior  número  de  características  em  comum.  

(H) Os  seres  pertencentes  ao   taxon   c  apresentam  maior  diversidade  de  características  do  

que  os  seres  pertencentes  ao  taxon  e.  

 

32.  De  acordo  com  o  sistema  de  classificação  de  Whittaker,  um  ser  vivo  é  incluído  inequivocamente  no  Reino  Animal  

se  for...  

(A)  ...  eucarionte  e  heterotrófico.       (B)  ...  eucarionte  e  se  se  alimentar  por  ingestão.    

(C)  ...  multicelular  e  heterotrófico.       (D)  ...  multicelular  e  se  se  alimentar  por  ingestão.  

 

 

Bom  trabalho!!!  

Questões de escolha múltipla 5 pontos

Verdadeiro e Falso / Legenda / Correspondência / Ordenação 1 ponto por item

Exceção: Questão 22, 2 pontos por item

Questões de desenvolvimento 13 pontos