47360089 apostila de relacoes humanas

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RELAES HUMANAS

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Servio Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC Administrao Regional no Rio Grande do Sul Presidente do Conselho Regional do Senac-RS Flvio Roberto Sabbadini Diretor Regional do Senac-RS Jos Paulo da Rosa Gerente de Educao Profissional de Nvel Bsico Lcio Jos da Silva Gerente de Educao Profissional de Nvel Tcnico e Superior Fabiane Franciscone Gerente Administrativo Andr Luiz Moraes Machado

APOSTILACurso de Relaes Humanas rea de Sade Documento produzido para uso interno do Senac - Rio Grande do Sul Coordenao Tcnica Dbora Katia Muniz Revisor Tcnico Dbora Katia Muniz Elaborao de Contedo Jos Edson Knob Diagramao Oscar Schlabitz

SENAC-RS - Departamento Regional no Rio Grande do Sul

Relaes Humanas 1 Edio Porto Alegre: SENAC-RS, 2003 35 p.

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APRESENTAO

O objetivo desta apostila facilitar o aprendizado bsico de alguns dos temas imprescindveis, nos dias de hoje, frente globalizao e s exigncias do cliente em adquirir produtos e servios cada vez mais qualificados, obedecendo s normas internacionais e satisfao de seus usurios. No tem a pretenso de ser um trabalho completo nem acabado, mas uma tentativa que, dentro do processo de aprendizagem, venha facilitar e ajudar a formar uma conscincia, dentro das exigncias da modernidade, com enfoque na pessoa como um todo e como ponto de partida de sua realizao em particular.

Elaborao: Psiclogo: Jos Edson Knob

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SUMRIORelaes Humanas...........................................................................................................5 Inteligncia Emocional......................................................................................................8 A arte da Comunicao...................................................................................................11 Profissionalismo e tica..................................................................................................16 Noes de tica.............................................................................................................17 O trabalho em Equipe....................................................................................................20 Qualidade na Prestao de Servios................................................................................23 ISO 9000.......................................................................................................................26 A Tcnica dos 6Ss.........................................................................................................27 Negociao....................................................................................................................29 Motivao......................................................................................................................31 Bibliografia.....................................................................................................................35

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RELAES HUMANASO termo Relaes Humanas tem sido empregado com freqncia para referir-se a RELAES INTERPESSOAIS. Esse relacionamento poder ocorrer entre: a) Uma pessoa e outra marido e mulher, vendedor e comprador, professor e aluno, patro e empregado. b) Entre membros de um grupo pai, me e filho no lar; professor e aluno na escola; empregados e chefes numa empresa; grupos de trabalhadores.

As relaes Humanas ou Interpessoais so eventos que se verificam no lar, na escola, na empresa, na rua, em todos os lugares onde pessoas se encontram, onde pessoas se relacionam. J se teve a oportunidade de ter ouvido falar em relaes pblicas, relaes comunitrias, relaes internacionais, em dinmica de grupos, entre outras; todas envolvem relaes humanas.

RELAES HUMANAS refere-se CINCIA DO COMPORTAMENTO HUMANO Esse o motivo pelo qual muitos cursos tm sido programados para levar o indivduo a enfrentar os problemas nas relaes inter e intrapessoais e vacin-lo contra a agressividade, dando-lhe melhor eficincia no seu relacionamento com os outros. Isso leva as Relaes Humanas a serem estudadas como uma cincia - a cincia do comportamento humano, no seu relacionamento intra e interpessoal. Mas tambm utiliza-se de outras cincias que estudam o homem no seu relacionamento, como a Psicologia, a Sociologia, a Moral, e todas as cincias sociais. Comunicao INTRAPESSOAL = Comunicao ou conversa consigo mesmo. Comunicao INTERPESSOAL = Comunicao com os outros As relaes humanas tm a ver com boas maneiras, que no podem ser confundidas com etiqueta, como, por exemplo: Como se portar mesa; A arte de cumprimentar; Viver bem em sociedade. Quando h conflitos no relacionamento interpessoal, diz-se que h problemas de relaes humanas.

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OLHANDO PARA VOC OLHANDO PARA OS OUTROS Voc deve ter notado que muitas pessoas podem falar sobre relaes humanas e discuti-las em conferncias, discursos e conversas, mas no so capazes de praticar relaes humanas legtimas. Essas pessoas geralmente apresentam comportamentos como: 1.No ouvem to bem quanto falam; 2.Interrompem os outros, quando falam; 3.So agressivas; 4.Gostam de impor suas idias; 5.No compreendem as outras pessoas alm do seu ngulo de vista. E voc? J procurou, tambm... 1.Ver como voc mesmo ; 2.Ver como so os outros; 3.Compreender seus prprios sentimentos; 4.Entender seus preconceitos; 5.Entender o relacionamento entre as pessoas. A compreenso dos outros (um dos aspectos mais importantes nas relaes humanas) a aptido para sentir o que os outros pensam e sentem. A essa aptido denominamos SENSIBILIDADE SOCIAL ou EMPATIA. Entenda-se que empatia diferente de simpatia, de antipatia ou de apatia. Na atitude emptica (sensibilidade social), compreende-se como o outro se sente e sua maneira de agir em funo desse sentimento, mas no se envolve nela. Se voc for lidar com pessoas, dever: a) Compreender as pessoas = sensibilidade social, empatia. b) Ter flexibilidade de ao (comportamento), em funo das atitudes e sentimentos que voc conseguiu empatizar. Flexibilidade de comportamento significa que voc deve conduzir-se apropriadamente numa situao dada, com determinada pessoa. Vejam os casos que seguem: Se Maria criana de 5 anos, me agride; Se Paulo um adolescente de 13 anos, me agride; Se meu pai um adulto, me agride; Se meu chefe tambm adulto, me agride; Se meu (a) namorado (a) a quem amo, me agride ... -As palavras devem ser reforadas pela ao.

RELAES HUMANAS... no posso ter uma reao uniforme para todos os casos. Se assim agir, no terei flexibilidade de comportamento, porque me faltou empatia (compreender o comportamento de cada um, com suas peculiaridades). Isso significa que devo ter um repertrio de condutas que varia conforme a situao e a pessoa.

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E M P A T IA

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R E P E R T R IO D E CONDUTA

F L E X IB IL ID A D E D E COM PORTAM ENTO

Voc poder comear a desenvolver sensibilidade social e flexibilidade de comportamento por meio de: a) b) c) d) melhor conhecimento de si prprio; melhor compreenso dos outros; melhor convivncia em grupo; desenvolvimento de aptides para um relacionamento mais eficiente com os outros.

a) MELHOR CONHECIMENTO DE SI MESMO s vezes no compreendemos por que temos certos tipos de comportamento ou atitudes. No tentamos verificar que isso pode acontecer porque temos dentro de ns conflitos que no conseguimos resolver. Esses conflitos impedem nossa maneira de agir. Por exemplo: Estar roxo de raiva. Quem ama no v defeitos (fica cego). Outras pessoas criam uma atmosfera diferente, quando chegam em um determinado lugar. Quando Jos chega, ningum mais conversa. Quando Maria chega, todo mundo fica alegre. Outro transmite seriedade, e assim outros tipos. E voc...causa que impacto? Seu comportamento influi nos outros? Voc fica na defensiva, armado, ou se recrimina? b) MELHOR COMPREENSO DOS OUTROS Para tentar entender melhor os outros, precisa-se primeiro entender a si mesmo. Para entender os outros, preciso ouvi-los, comunicar-se com eles, conhec-los para depois poder concluir: Agora se sabe por que algum assim; entende-se, finalmente, por que algum no capaz....: aceito melhor, agora. Voc poder conhecer melhor as outras pessoas, observando o seu comportamento, dando a elas a oportunidade de exporem seus pensamentos, sentimentos e aes, no

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relacionamento com seu semelhante. No entanto, as pessoas so diferentes e para reconhecer estas diferenas precisamos observar o modo de agir, pensar e sentir. Quanto mais voc observa o comportamento dos outros, agindo operacionalmente, mais vai ampliando o seu potencial de sensibilidade, o que lhe ajudar a interpretar melhor os outros pelo que eles so. Muitas vezes usamos esteretipos que so comportamentos rgidos, cristalizados, pouco flexveis, e que levam voc a ver o outro sempre sob seu enfoque, seu ponto de vista. c) MELHOR CONVIVNCIA EM GRUPO Voc convive em grupo na famlia, na escola, no trabalho e em muitas outras situaes sociais e de diverses. Em cada grupo, o seu papel outro, por isso preciso estar sempre se adaptando a diferentes papis, em ambientes diferentes, vrias vezes durante o mesmo dia. Portanto, precisamos ter uma grande mobilidade. d) DESENVOLVIMENTO DE APTIDES RELACIONAMENTO EFICIENTE medida que voc vai utilizando o conhecimento de si e dos outros, aprende a maneira de se comunicar mais eficazmente, isto , como ouvir; como dialogar; como informar; como avaliar; como elogiar; como disciplinar. Todas as relaes interpessoais envolvem comunicao.

INTELIGNCIA EMOCIONALO resultado dos nossos trabalhos, bem como o resultado dos nossos relacionamentos, dependem em muito do domnio do nosso corpo, ou como Daniel Goleman diz: das nossas emoes. Perdemos muitas coisas na vida: emprego, pessoas, espao, etc., por falta de controle das nossas emoes e sentimentos. Por exemplo: Sempre nos damos o direito de falar e dizer o que pensamos do outro e no lhe damos o mesmo direito. H uma carncia de auto-educao, de autoconhecimento para um convvio melhor: em casa, na famlia, no trabalho, na comunidade e entre amigos. Normalmente enxergamos e criticamos os defeitos dos outros e no trabalhamos os nossos prprios.

Recado Ter QI elevado no quer dizer ser mais feliz e realizado. QI = Quociente de Inteligncia QE = Quociente Emocional A ausncia de habilidade emocional pode ser, por exemplo, o verdadeiro motivo da perda do emprego.

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Recado Conseguir um bom emprego (QI) no significar sucesso, qualidade de vida profissional e pessoal, se no tiver equilbrio emocional (QE). A Inteligncia Emocional mostra que: - A emoo supera a razo. - possvel mudar, criar situaes agradveis e ambientes competitivos sem destruir o outro. - Funcionrios em harmonia consigo mesmos e com os outros trazem melhores resultados. - Enfermeiros, tcnicos, auxiliares, recepcionistas bem equilibrados, livres de tenso, harmoniosos no seu ser, trabalham melhor, agem e influenciam positivamente os pacientes, ajudam para que a recuperao seja mais rpida. Pessoas realizadas emocionalmente so pessoas inteligentes, adivinhadoras do bem-estar comum e desprendidas. O bom lder feito de habilidades pessoais, tcnicas, cognitivas e inteligncia emocional.

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OS 5 COMPONENTES DA INTELIGNCIA EMOCIONAL NO TRABALHO - Autoconhecimento - Autocontrole - Automotivao - Empatia - Sociabilidade AUTOCONHECIMENTO o primeiro componente da Inteligncia Emocional. Peesoas que tm idias precisas dos seus objetivos, e suas metas so claras. So comedidos nas crticas e expectativas, conhecem os seus limites, trabalham com franqueza e possuem capacidade de realizar auto-anlise bem prxima da realidade. So claras nas verbalizaes, autoconfiantes, s assumem o que podem dar conta, acreditam nos seus valores e habilidades. Fazem crticas construtivas, admitem os fracassos e sabem rir de si mesmas. AUTOCONTROLE as pessoas que o possuem so as que canalizam os seus sentimentos para algo til, controlam os seus impulsos e reconduzem o grupo para um ambiente de produtividade. Agem ponderadamente, pensam antes de agir e no se precipitam no julgamento dos outros. Sempre tentam buscar solues. Isso cria um clima de confiana, justia e integridade, possibilitando iniciativas e propondo mudanas. AUTOMOTIVAO a caracterstica mais marcante da pessoa automotivada a paixo pelo trabalho em si, no pelo status ou pela recompensa financeira, mas pelo simples objetivo de alcanar a sua meta. importante perseverana e ter muita energia. A automotivao leva a ir alm das expectativas, suas e dos outros (metas). Orgulha-se do trabalho bem feito, aceita mais desafios, espera ser mais exigido e capaz de liderar com brilhantismo as mudanas. O seu otimismo no se abala, mesmo diante do fracasso, e seu comprometimento marcante. EMPATIA de todos os componentes da inteligncia Emocional, esta a mais fcil de ser reconhecida. Significa levar em considerao seriamente os sentimentos dos funcionrios no processo de tomada de decises. Como fator de liderana, particularmente importante, nos

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dias de hoje por 3 motivos: 1. Aumento do uso do potencial das equipes de trabalho; 2. Ritmo rpido de globalizao; 3. Necessidade de habilidade para formar e reter talentos. SOCIABILIDADE uma habilidade social que requer competncia para exerc-la. um comportamento amigvel, com o objetivo de impulsionar as pessoas na direo desejada. Tm a capacidade de administrar relacionamentos, criar redes, encontrar pontos comuns e cultivar afinidades. A sociabilidade o pice de outros aspectos da Inteligncia Emocional. As pessoas sociveis so: hbeis gerentes de equipes, persuasivas, motivadas e excelentes colaboradoras. Recado Associar ao Quociente de Inteligncia e capacidade tcnica a Inteligncia Emocional = LIDERANA FORTE.

EXERCCIO INDIVIDUAL1 Como eu sou?

2 Quais so os meus valores?

3 O que certo para mim?

4 O que a verdade?

5 O que para mim importante?

6 Quais so as minhas qualidades?

7 Quais so os meus defeitos?

8 O que eu gostaria de modificar em mim?

9 Quais as minhas caractersticas pessoais que combinam com o curso que estou realizando?

10 Quais os meus projetos para o futuro?

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A ARTE DA COMUNICAOA comunicao acontece quando duas pessoas so comuns.

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COMUM

=

COMUNICAO

Quando duas pessoas tm os mesmos interesses, h um ponto em comum. A a mensagem flui entre ambos, pois os interesses so comuns. No suficiente que as pessoas com desejo de comunicao se falem, escutem-se ou mesmo se compreendam... preciso mais. A comunicao humana s existe quando elas conseguem se encontrar ou reencontrar. Quando a comunicao se estabelece mal, ou no se realiza entre pessoas que esto juntas, ou entre grupos, ns dizemos que h: BLOQUEIOS, FILTRAGENS, RUDOS. Os bloqueios, as filtragens e os rudos provocam ressentimentos, que, s vezes, duram longo tempo, criando inimizades. Em vez de ouvir o que as pessoas nos dizem, ouvimos apenas o que queremos ouvir, o resto filtramos, isto , no deixamos passar.

COMO MELHORAR A COMUNICAO Uma boa comunicao requer: a) Aprender a melhorar a sua transmisso. Quais palavras, idias e sentimentos realmente envia a outras pessoas. b) Aprender a aperfeioar sua prpria recepo. O que ela percebe das reaes emitidas por outra pessoa.

Recado: O problema de comunicao um problema de engenharia do comportamento humano, j que se trabalha com emisso e recepo.

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MELHORANDO A EMISSO E RECEPO 1 Utilizao de Feedback fazer uma realimentao. Verificar o prprio desempenho e corrigi-lo, se for necessrio. 2 O uso apropriado de Muitos Canais de Comunicao podemos comear pela observao do comportamento no-verbal, a sua postura, os seus gestos, o tom de voz, simpatia, indiferena, hostilidade, etc. 3 Saber ouvir saber ouvir e saber ouvir alm das mensagens so qualidades que a pessoa pode desenvolver para facilitar a comunicao. Recado: H um contedo no-manifesto em muitas comunicaes (verbais, no-verbais, de atitude) que precisamos ter: a sensibilidade de entender. Recado: H um contedo informativo, lgico, manifesto numa comunicao e um contedo latente, afetivo, emocional, psicolgico.

CONTEDO LGICO COMUNICA O CONTEDO LATENTE COMUNICA O

CONTEDO MANIFESTO

CONTEDO PSICOLGICO

4 Uso da comunicao face a face. Quando estamos comunicando face a face, h ao vivo a oportunidade para perceber alm da mensagem, e a inter-relao torna-se mais fcil, completa, envolvente. A voz, as atitudes e as expresses facilitam a realimentao. A palavra escrita muito mais agressiva do que uma comunicao a dois, face a face. Uma pessoa poder rejeitar uma mensagem crtica por escrito, mas aceit-la oralmente.

RELAES HUMANASAs duas podem ser combinadas com proveito:

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13DISTANCIAMENTO

COMUNICAO ESCRITA

COMUNICAO FACE A FACE

PROXIMIDADE

5 Colocar-se no Mundo do Recebedor No adianta voc fazer uma palestra sobre alimentao para pessoas que no tm o que comer. difcil entender-se com um ouvinte quando se tenta comunicar alguma coisa que contradiz ou no vai ao encontro daquilo que a pessoa espera, as suas expectativas, os seus interesses. Falar uma linguagem que seja entendida. 6 Desenvolvendo a sensitividade. Desenvolver melhor a minha capacidade de sentir como os outros me sentem. Assim: Qual a impresso que estou dando aos outros: agressiva, intolerante, facilitador, medroso, tmido, orgulhoso, inacessvel, etc. Recado: Verifique qual o impacto que voc causa nos outros. 7 Saber o momento oportuno de a mensagem ser enviada. Uma mensagem tem condies de ser aceita se: a) o receptor est motivado para receb-la; b) o momento oportuno; c ) outras mensagens no esto interferindo. Mensagens adiantadas podem ser ignoradas, no enviadas e at rejeitadas.

- As palavras devem ser reforadas pela ao. As pessoas tendem a aceitar as mensagens sobre mudana, quando elas mesmas participam do processo.

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Recado: Falar fcil, difcil fazer. No adianta s falar, tem que agir.

9 A mensagem deve ser simples, direta e sem redundncia. A mensagem deve ser direta, clara, simples, sem palavras rebuscadas que o receptor no possa entender. Recado: No se esquea, no entanto, de que difcil ser simples, e fcil ser difcil. preciso reduzir as incompreenses, desajustamentos, tensionamentos que tenham, como ponto de partida, a falta de espontaneidade na comunicao emissor-receptor. O problema da comunicao duplo, pois tanto de transmisso como de recepo.

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AUTO-AVALIAO DA COMUNICAO NO-VERBAL

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LINGUAGEM CORPORAL

Eu preciso melhorar minha: Expresso facial :______________________________________________ ____________________________________________________________ Postura corporal: ______________________________________________ ____________________________________________________________ Movimentos: _________________________________________________ ____________________________________________________________ Gestos:__________________________________________________________________________________________________________________ Hbito de tocar: _______________________________________________ ____________________________________________________________ Hbito de mascar chiclete ou comer:_______________________________ ____________________________________________________________ Tom de voz: _________________________________________________ ____________________________________________________________ Hbito de suspirar: ____________________________________________ ____________________________________________________________ Modo de reagir a xingamentos: __________________________________ ____________________________________________________________ Quando estou irritado: _________________________________________ ____________________________________________________________ Como estou caminhando: _______________________________________ ____________________________________________________________

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PROFISSIONALISMO E TICAPROFISSIONALISMO de suma importncia na atual conjuntura da sociedade e na sobrevivncia dos profissionais no mercado de trabalho. Significa compromisso social nos diversos ngulos de sua interpretao: compromisso comigo mesmo - compromisso com associao de classe - compromisso com a organizao de trabalho - compromisso com a sociedade/cliente - compromisso de possuir capacidade profissional e valores ticos Recado Os indivduos desprovidos dessas qualidades esto fadados ao isolamento social e podero cair no esquecimento de sua existncia e de suas capacidades pessoais.

O QUE AS EMPRESAS E INSTITUIES QUEREM? QUE TIPO DE PROFISSIONAIS OS EMPREGADORES BUSCAM? Profissionais que assumam responsabilidades com elas, que saibam trabalhar com as pessoas, respeitem valores e culturas da organizao, cooperem no resultado econmico e faam a diferena com sua competncia profissional. E ainda possuam a habilidade de liderar grupos e equipes em diferentes e variadas circunstncias, transformem positivamente o ambiente de trabalho, solucionando os problemas e sejam capazes de administrar estruturas complexas e acomodadas, sem perder sua individualidade e carter.

Profissionais comprometidos com os resultados quantitativos e qualitativos, com os padres da empresa, com os valores ticos, sociais, pessoais e consigo mesmos.

Recado Saber escolher a empresa certa uma caracterstica do profissional que est muito bem situado no mercado de trabalho. Esta escolha precisa ser do agrado de ambos, o empregado e empregador. Ambos precisam assumir a responsabilidade, a colaborao e comprometimento no sentido de que resultem em benefcios comuns. Bons lderes pagam bons salrios, no pensam s em si e sabem das necessidades dos outros. Sabem valorizar, assegurar e fazer crescer os seus colaboradores. O resultado s positivo, se as partes assumirem o compromisso pelo resultado final. Respeitar a individualidade, a empresa, os seus valores, qualificam a postura profissional e determinam o sucesso.

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A QUESTO TICA O profissionalismo e a postura tica so qualidades inquestionveis. O profissional precisa ter plena conscincia de que sua capacidade profissional indispensvel e que esta dever ser constantemente atualizada e implementada com novos conhecimentos para melhor servir comunidade. O usurio no pode ter dvida quanto: a condutas que eventualmente devero ser assumidas. integridade honestidade aos direitos e deveres de cada profissional.

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Recado - Por ex: O profissional da sade no tem direito a erro, lapso ou descuidos, pois trabalha com outro ser humano e, por isso, espera-se competncia plena e compromisso amplo.

O QUE SIGNIFICA TER COMPORTAMENTO TICO? A transparncia desse comportamento tico deve ser analisada e assimilada individual e grupalmente, para que no haja implicaes nos resultados quali-quantitativos e no atendimento ao cliente/paciente. A melhora no ambiente e o convvio no interior das organizaes dependem de convices e condutas ticas. Posturas ticas so esperadas tanto do profissional como da empresa, pois ambos precisam ser ntegros e leais. importante que a integridade pessoal seja reconhecida publicamente para aqueles que atuam na sade. A responsabilidade social e o compromisso com o resultado devem ser inquestionveis para todos e em todos os momentos.

NOES DE TICA1 Conceito de tica - tica: Parte da filosofia que se ocupa com o valor do comportamento humano, procurando responder a questes do tipo: Que devo fazer? Como devo ser? Como devo agir?

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2. Normas Morais e Normas Jurdicas - Norma Moral: regra de conduta que tem como base a conscincia moral das pessoas ou de um grupo social. - Norma Jurdica: regra social de conduta que tem como base o poder social do Estado sobre a populao que habita seu territrio. Sua principal caracterstica distintiva: a coercibilidade. 3 A Conscincia Reflexiva do Homem - Desenvolvimento da cultura: graas conscincia reflexiva, o homem pde criar e acumular conhecimentos que, pela linguagem, foram transmitidos de gerao a gerao. - Interveno humana no ambiente: o homem passou a interferir progressivamente no meio ambiente (Biosfera), criando um mundo novo, adaptado s suas condies humanas (antroposfera). - Conscincia de si mesmo: refletindo sobre sua prpria existncia, o homem tornou-se dono de uma vida que somente ele pode viver. 4 A Conscincia Moral e a Liberdade Humana - Conscincia moral: caracterstica peculiar ao homem de julgar suas aes, decidindo se elas so boas ou ms. - Liberdade: possibilidade que o homem tem de escolher seu prprio caminho na vida. exercida dentro das limitaes impostas pelas circunstncias histricas; seu exerccio a luta para ampliar ou romper limites. - Responsabilidade: o fato de se estar em condies de responder pelos atos praticados perante a conscincia moral. 5 Concepes ticas - Virtude: corresponde ao uso da liberdade com responsabilidade. O oposto da virtude o vcio. - Diferentes concepes ticas: hedonismo, epicurismo, estoicismo, formalismo Kantiano, tomismo, humanismo. 6 tica Subjetiva e tica Objetiva - tica subjetiva: no existe uma base objetiva e universal sobre a qual se possa estabelecer um sistema de valores para todos os homens. tica objetiva: existe um conjunto de valores objetivamente vlidos para todos os homens. Defensores da tica objetiva: humanismo e cristianismo.

RELAES HUMANAS- Humanismo: os valores ticos, objetivamente vlidos, tm como base a prpria natureza humana. O bem o que contribui para o desenvolvimento das potencialidades do homem e favorece a vida. O mal que estrangula a vida e paralisa as atividades do homem. - Cristianismo: os valores ticos tm como fundamento o respeito s leis naturais e eternas. O mal o pecado: ofensa voluntria contra o amor a Deus e s suas criaturas. A f em Deus essencial na definio dos valores ticos. - Teologia da Libertao: mostra a necessidade da interligao tica entre a f crist e a prtica social e histrica em favor dos oprimidos. A libertao do pecado deve ser combinada com uma ao pela libertao da misria e explorao humanas.

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EXERCCIOS - TICA1 Leia, com ateno, o trecho a seguir: Cansado e abatido, aps ser liberado da priso em Castela, na Espanha, onde esteve em conseqncia do fracasso das primeiras tentativas de colonizao espanhola do Novo Mundo, Colombo encontra-se com um dos conselheiros da rainha, que sempre tramou contra seus projetos de conquista. Mal disfarando o rancor, o conselheiro aborda-o, iniciando-se o seguinte dilogo: - No s nada, diz o conselheiro da rainha. No passas de um simples sonhador. - Olha para fora, responde Colombo. O que vs? - Vejo torres, igrejas, palcios, edifcios to altos que quase encontram o cu. A civilizao! - Essas coisas que vs, diz Colombo, no existiriam se no fossem pessoas iguais a mim. A diferena entre ns apenas uma: eu sonhei, eu fiz. E tu? Que fizeste? (Trecho de cena do filme 1492 A conquista do paraso, que relata a descoberta da Amrica) O dilogo entre Colombo e o conselheiro da rainha faz referncia a um dos traos Humanos, fundamental ao exerccio da dimenso tica. A partir do dilogo, identifique que trao esse. Explique. 2 Muito freqentemente, tomamos certas atitudes, desenvolvemos comportamentos que no correspondem, exatamente, aos nossos desejos, impulsos e satisfao momentnea. Pense sobre isso e depois responda: Por que esse um tipo de comportamento to comum entre os homens? O que os levaria a agir dessa forma? 3 Em todo lugar, observa-se um tratamento diferenciado entre as pessoas, seja por razes de sexo, raa, classe social, etc. A liberdade humana tambm sofre cerceamento por toda parte. Com base nessa constatao, explique por que a modernidade afirma a igualdade e a liberdade entre os homens como condies prprias da natureza humana (Na sua resposta, procure identificar os interesses que esses valores buscam justificar).

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4 J se tornou usual em nosso pas, nos perodos que antecedem as campanhas eleitorais, o oferecimento de bens materiais (alimentos, culos, material escolar, dinheiro, etc.) em troca de votos, especialmente nas regies do interior. Reflita sobre a situao mencionada e manifeste sua opinio, respondendo s seguintes questes: a) Quais as implicaes ticas dessa prtica? b) No caso de definir responsabilidade moral das pessoas envolvidas (candidato e eleitor), a quem voc atribuiria tal responsabilidade? Por qu? 5 6 7 8 O que podemos entender por tica? Questione: O homem um ser livre? Por qu? Em que situaes voc aplica a tica no trabalho? Explique e d exemplos. O que o bem e o que o mal?

O TRABALHO EM EQUIPEOBJETIVO: Obter qualidade. Para isso necessria a atuao de todos = trabalho em equipe. Qualidade: o resultado da satisfao no trabalho. Competncia hoje igual a: - conhecimento tcnico; - capacidade de organizar; - coordenar; - inovar; - decidir; - cooperar com a equipe de trabalho. COMO DEVE SER O PROFISSIONAL DE HOJE E DO FUTURO? Lei bsica: - determinante saber RELACIONAR-SE . No trabalho relacionar-se - com colegas - profissionais de todos os setores - superiores hierrquicos. COMPETNCIAS EXIGIDAS DO PROFISSIONAL Intelectuais e Tcnicas: a) Aprender a pensar: identificar, reconhecer e definir problemas, formular alternativas, equacionar solues, avaliar resultados. b) Pensar estrategicamente: responder criativamente a novas situaes, atuar preventivamente, introduzir modificaes em processos de trabalho.

RELAES HUMANASc ) Integrar atividades: dominar conceitos e tarefas constantes do ncleo de ocupaes afins. Organizacionais e Metdicas: a) Organizar o trabalho b) Estabelecer mtodos prprios c ) Gerenciar tempo e espao de trabalho. Comunicativas: a) Discutir, apresentar idias, comunicar-se com o grupo e com os superiores hierrquicos. b) Atuar em contextos interativos cada vez mais complexos. c ) Dialogar, negociar, argumentar, questionar. d) Buscar processos de individualizao e de solidariedade. Sociais: a) Relacionar saberes provenientes da esfera social com o mundo do trabalho. b) Transferir conhecimentos da vida cotidiana para o trabalho. c ) No opor saber formal e saber informal. Comportamentais: a) Abertura s mudanas b) Ateno c ) Criatividade d) Curiosidade e) Iniciativa f) Motivao g) Responsabilidade h ) Vontade de aprender. Recado: A satisfao do cliente externo depende do bom relacionamento de trabalho entre os clientes internos. As atitudes comuns entre profissionais de uma equipe eficiente so: companheirismo comprometimento ateno respeito humildade interesse franqueza boa comunicao.

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COMO DEVE SER A EQUIPE PRESTADORA DE SERVIOS Atributos indispensveis para o processo do trabalho em equipe:

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Apresentar as prprias idias; Discutir; Ser curioso; Saber ouvir; Valorizar a opinio dos outros; Aceitar vises diferentes; Aprender coisas novas; Ser aberto s mudanas.

ENTENDENDO O TRABALHO EM EQUIPE O segredo do trabalho em equipe reside em: Dilogo; Novas idias e emoes; Capacidade de Negociao; Estabelecimento de acordos para atingir o OBJETIVO COMUM. COMO TRABALHAR EM EQUIPE 1 ) Discutir exclusivamente idias o bom profissional busca e discute idias e considera apenas propostas concretas. 2 ) Buscar um dilogo competente argumentos claros que possam ser entendidos e discutidos. 3 ) No temer o conflito o bom profissional deve saber lidar e administrar com firmeza e habilidade. saudvel ter conflito e saber tirar proveito. 4 ) Saber ceder concesses em nome do grupo. 5 ) Discordar construtivamente crticas com critrios. Uns criticam tudo, outros concordam com tudo e ainda outros que no querem se expor e nem se comprometer. 6 ) Construir idias ampliar ou modificar por meio de discusses.

FASES DO TRABALHO EM EQUIPE 1 Abordagem o profissional deve saber como encaminhar qualquer questo no ambiente de trabalho, seja para sugerir mudana, criticar ou fazer elogio. 2 Conversa ter conhecimento profundo da situao e argumentos que justifiquem suas opinies, idias e sugestes. 3. Superao de objees avaliao das sugestes e propostas apresentadas. 4 Acordo o profissional precisa ter o esprito de corporao e procurar chegar a um consenso com os colegas. Consenso no implica, necessariamente, unanimidade, mas conciliao das opinies conflitantes. 5 Reabordagem abrir possibilidades para um assunto ser reabordado pela equipe de trabalho acreditar na possibilidade de se chegar a um acordo, a um consenso. O que importa ns.

RELAES HUMANASAS RELAES DE PODER Engana-se quem pensa que ter poder ter fora, mandar, ordenar, dar instrues, oprimir. Ter poder ter capacidade de exercer influncia; ter poder provocar mudanas no comportamento ou nas atitudes de outro indivduo. Recado: Lembre-se de como a televiso e a imprensa so poderosas. Em toda organizao, h, pelo menos, dois tipos de Poder: 1 ) Poder Institucional ou legtimo: aquele institudo para exercer autoridade formal. So os supervisores, gerentes, diretores, etc. 2 ) Poder de Influncia: no depende do exerccio de cargos formais, mas conseqncia da competncia do profissional. OS DEZ MANDAMENTOS DO TRABALHO EM EQUIPE 1 Jamais subestimar os pontos de vista dos integrantes de sua equipe de trabalho. 2 Centrar sua ateno unicamente nas idias. 3 Aprender a ouvir. 4 Buscar cooperao por meio do dilogo, da conversa. 5 Confiar em si mesmo e participar ativamente do trabalho em equipe, expondo suas idias com clareza. 6 Despertar a confiana dos demais integrantes da equipe. 7 Dominar as emoes fortes. 8 Aprender a ceder. 9 Manter uma postura tica nas relaes com os integrantes da equipe. 10 Valorizar o acordo, o consenso.

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QUALIDADE NA PRESTAO DE SERVIOSPRESTAO DE SERVIO um tipo de produto que no se apresenta de forma concreta. Implica o contato direto entre o fornecedor e o cliente, que o consumidor final. Poder ser: Tangvel so os produtos, o concreto. Intangvel so os servios. Critrios de funcionamento que criem vantagens competitivas no mercado. - Instalaes fsicas da empresa - Padres de atendimento ao cliente - Competncia dos profissionais - Trabalho em equipe - Dimenso humana na relaes de trabalho.

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QUALIDADE : - Fazer certo da primeira vez ... SEMPRE. - O servio ou o produto adequado ao uso. Sempre que um cliente fica satisfeito com o produto ou servio, a qualidade foi alcanada. - Um conjunto de caractersticas contidas num servio que, em conformidade com as especificaes, atende e, por vezes, supera as expectativas dos clientes. - Causar boas surpresas ao cliente, superando suas expectativas. - Prestar o servio no prazo combinado... E SEM ERRO. - Conquistar a confiana do cliente. perceber a satisfao natural de quem atendido. - A constncia de um processo de trabalho que esteja correto e adequado. Exemplo de Qualidade: Perguntaram a um auxiliar de limpeza de uma fbrica da Coca-Cola o que ele estava fazendo. O homem, de vassoura na mo, respondeu prontamente: ajudando a vender CocaCola. Com o crescente desenvolvimento da tecnologia, crescimento do mercado e diversidade de produtos cada vez mais sofisticados, a competitividade cada vez maior. Os clientes, por sua vez, cercados cada vez mais de ofertas, vantagens, gentilezas, garantias e direitos. Isso vai tornando o cliente cada vez mais exigente e, por sua vez, produtos com maior qualidade. consenso que o bom padro de qualidade representa alguma coisa: bem-concebida, bem-projetada, bem-elaborada, bem-organizada, bem-administrada, bem-feita e bem-apresentada, que satisfaz as necessidades de produtores, prestadores de servios e clientes. Recado: Qualidade o conjunto de caractersticas capazes de atender s necessidade implcitas e explcitas do cliente.

Implcitos que dizem respeito ao que o cliente espera ou deseja. Explcitos so expressas formalmente, seja em contratos, folhetos promocionais, propagandas, manuais de operao, etc. Portanto, OBJETIVOS que o fornecedor assume com o cliente. QUALIDADE e PRODUTIVIDADE devem andar juntas = SUCESSO de um negcio. SUCESSO tem relao direta com Empresa Equipe de Trabalho - Pessoal. PRODUTIVIDADE - a reduo do tempo gasto para executar um servio, ou o aumento

RELAES HUMANASda quantidade de produtos elaborados, com a manuteno dos nveis de qualidade, sem o acrscimo de mo-de-obra ou aumento dos recursos necessrios. o mximo de produo que a qualidade permite. A produtividade pode ser sempre melhorada por meio da criatividade, do treinamento e da melhoria contnua. PARA CONSEGUIR MELHOR PRODUTIVIDADE, IMPORTANTE: - Ter preocupao com o ambiente de trabalho, seja em seu aspecto fsico ou no relacionamento com os colegas: ambiente limpo, seguro, arejado, um clima de amizade e confiana; - Investir na formao bsica e na qualificao profissional dos funcionrios (cursos de alfabetizao, supletivo, de habilidades e atualizao tecnolgica); - Valorizar o profissional, afastando-o do medo, da insegurana, propiciando o conhecimento de assuntos de interesse do seu trabalho (palestras, encontros, trabalhos em grupo); - Demonstrar respeito pelos direitos e obrigaes dos funcionrios, incentivando-os a uma maior auto-estima e confiana em sua capacidade. AS VANTAGENS DA QUALIDADE E DA PRODUTIVIDADE PARA O CLIENTE: - Recebe os servios dentro dos prazos, nas especificaes corretas e com preo adequado, conforme combinado; - Pode sugerir melhorias para a empresa, adequando, cada vez mais, o servio s suas necessidades. PARA A EMPRESA: - Cria sistemas que permitem a produo padro dos seus servios, atendendo ao cliente de forma organizada e controlada; - Ganha fama, mais clientes e mais solidez no mercado. PARA O PROFISSIONAL: - Trabalho confivel, seguro e em ambiente saudvel; - As atividades so realizadas por todos de forma integrada e sob controle; - Desenvolvimento individual dos funcionrios. PARA O PAS: - Empresas slidas, lucrativas e competitivas, preparadas para a concorrncia internacional e geradoras de novos postos de trabalho.

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A COMPETITIVIDADE A empresa competitiva est apoiada sobre dois pilares: QUALIDADE E PRODUTIVIDADE. - Sem Qualidade, o cliente fica insatisfeito e no compra mais.... - Sem Produtividade, os custos ficam elevados e a empresa no ter competitividade.

Estratgias da Qualidade - Ouvir o cliente; - Atender o cliente com presteza; - Seguir padres; - Acompanhar e melhorar sempre o desempenho; - Solucionar rapidamente os problemas.

Estratgias da Produtividade - Controlar custos; - Combater desperdcios; - Organizar o trabalho; - Utilizar a criatividade para melhoria contnua; - Produzir mais com os mesmos recursos; - Trabalhar em equipe..

ISO 9000So normas internacionais para organizao do Sistema da Qualidade de uma Empresa. Por que implantar ISO 9000? Para manter uma qualidade constante na padronizao dos processos. O QUE SIGNIFICA ISO ? - Quer dizer padro e igualdade. - Organizao Internacional de Normatizao (International Organization for Standardization). Fundada em 1947, com sede na Sua, em Genebra, com a misso de padronizar mundialmente servios, produtos e sistemas. ISO 9001 Modelo de normas para ciclo completo de produo: projeto, manufatura, instalaes, controles finais e ps-vendas. ISO 9002 Modelo para ciclos produtivos isentos de controle de projetos.

RELAES HUMANASISO 9003 Modelo para produtos e servios, cujo ciclo produtivo compreende os controles finais e ps-vendas. O QUE A ISO 9000 EXIGE DE UMA EMPRESA? 1 Preparar um Manual da Qualidade descrevendo: Poltica da qualidade; Definio de cargos e responsabilidades; Produtos e servios; Aspectos ttico-estratgicos do ciclo produtivo. manuais descrevendo os procedimentos e instrues de trabalho de cada rea, relativos

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2 Elaborar Qualidade.

3 Estabelecer funes e responsabilidades pela Qualidade.

4 Definir documentos que garantam a realizao dos procedimentos. 5 Delimitar meios para medir, corrigir e melhorar o desempenho dos procedimentos.

OS 7 CRITRIOS DE EXCELNCIA DA GESTO DA QUALIDADE: Liderana; Planejamento estratgico; Foco no Cliente e no mercado; Informaes e anlise: Gesto de pessoas; Gesto de processos; Resultados da organizao:

A TCNICA DOS 6SSOs japoneses desenvolveram uma tcnica de melhoria no ambiente de trabalho. Esta tcnica chamase 6Ss e significa sensos de melhoria. So seis palavras fundamentais para a Qualidade e Produtividade no trabalho: 6Ss - SEIRI - SEITON - SEISOO - SEIKETSU - SHITSUKE - SHIKARI-YAROH

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1 SEIRI (Senso de uso) - Elimine o que no necessita; - Acabe com os estoques alm do necessrio; - Deixe, no local do trabalho, apenas os materiais e equipamentos que voc vai utilizar no momento, na quantidade certa. 2 SEITON (senso de organizao) - Organize o seu local de trabalho; - Cada coisa no seu lugar e um lugar para cada coisa. a) O que for de uso constante, deixe ao alcance das mos; b) O que for de uso eventual, coloque em segundo plano; b) O que no tiver previso de uso, remova do seu local de trabalho; c ) Identifique o local de cada coisa para que todos a encontrem com facilidade. 3 SEISOO (senso de limpeza) - Ambiente limpo Qualidade; - A limpeza tem que ser resultado de atitudes preventivas: proibido sujar; - Limpar tem que ser uma tarefa presente na rotina de trabalho. Obs.: Sou responsvel pela limpeza do meu posto de trabalho. Qualidade comea com a vassoura. 4 SEIKETSU (senso de asseio/sade) - A primeira imagem aquela que fica gravada. Nos servios, a apresentao do trabalhador o ponto-chave para a primeira impresso do cliente. PREOCUPE-SE COM... - Uniforme ou roupa limpa; - Cabelos bem cuidados, penteados e, de preferncia, presos; - Nos homens, barba bem cuidada; - Sapatos limpos; - Postura: - Boa vontade expressa na aparncia, no sorriso e na ateno; - Cabea erguida e disposio para o trabalho; - Qualidade de vida. 5 SHITSUKE (senso de disciplina) Seguir as regras e os passos do processo. Ateno ao processo.

RELAES HUMANAS- Faa certo como se fosse da primeira vez, sempre!!! LEMBRE-SE - Qualidade tambm a constncia do processo de trabalho! 6 SHIKARI-YARO (disciplina no posto) - Tirou, guardou; - Abriu, fechou; - Emprestou, devolveu; - Acabou, reps; - Estragou, consertou; - Saiu, voltou!

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COMBATE AO DESPERDCIO - DESPERDCIOS APARENTES So os desperdcios tradicionais, facilmente identificveis: luz, gua, lixo, sucata... - DESPERDCIOS OCULTOS So os desperdcios existentes nos processos de trabalho com os quais nos acostumamos, no os percebendo como anormais.

Recado - O DESPERDCIO O MAIOR INIMIGO DA PRODUTIVIDADE!... ELE AUMENTA OS CUSTOS E DIMINUI A COMPETIVTIVIDADE.

NEGOCIAOSegundo Ury, a 1a ferramenta da negociao aparece na histria, datada do sculo VI, com o Rei Arthur da Inglaterra. Dessa poca at os dias de hoje, muitas ferramentas foram acrescentadas a essa estratgia. Hoje, negociar no mais um processo amador e, sim, uma tcnica que se utiliza de outras ferramentas e algumas atitudes, para concentrar discursos, interesses em uma mesma condio de igualdade. Roger Fisher, uma das maiores autoridades mundiais em negociao, fala-nos de 7 elementoschaves em uma negociao. 1 COMUNICAO Todo negociador deve ser um hbil comunicador (fazer-se entender) e um excelente ouvinte. A boa comunicao evita mal-entendidos. 2 RELACIONAMENTO O bom relacionamento entre as partes uma preocupao comum. 3 INTERESSE DA OUTRA PARTE importante saber que os seus interesses so to importantes quanto os da outra pessoa. importante que ambos os interesses sejam levados em considerao para um acordo aceitvel.

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4 OPES Quando nos propomos a negociar, temos de estar preparados para apresentar opes a fim de concretizar um acordo. O mesmo se espera da outra parte. 5 ALTERNATIVAS Nem sempre as negociaes terminam em um acordo. s vezes, necessrio buscar outros meios para finalizar o negcio. saber equilibrar pontos positivos e negativos e qual a melhor alternativa. s vezes, buscar outra data, mais opes para discusso. 6 LEGITIMIDADE Quando uma negociao feita, ambas as partes devem sentir que os seus interesses foram tratados com justia, que os critrios adotados foram utilizados de forma legtima e em condio de igualdade para ambos os lados. 7 COMPROMISSO a forma de registrar os vrios acordos selados durante uma reunio.

No muito saudvel apenas saber negociar mas, principalmente, planejar a forma simples de elaborar os compromissos para que sejam entendidos por todos aqueles que deles se utilizaro.

NEGOCIAR PODE SER: Persuadir um chefe difcil a mudar de opinio sobre uma determinada estratgia. NEGOCIAO: um processo de tomada de decises. Para administrar as diferenas, aparecem 3 tipos de pessoas:

a) ESTABILIZADORES So pessoas fceis de se trabalhar e que, por terem averso aos conflitos, buscam por intermdio de negociao colocar panos quentes nas situaes conflitantes. (se no forem controladas, entregam o ouro). b) DESESTABILIZADORES So pessoas extremamente desconfiadas, com as quais difcil trabalhar. Consideram a negociao uma praa de conflito e, por falta de confiana na outra parte e, por vezes, at na prpria equipe, so capazes de desestabilizar todo o processo, se no forem devidamente controladas. c) MEDIADORES So indivduos que regem todas as dimenses da negociao, do conflito soluo, quer entre as partes, entre a prpria equipe, entre a equipe e a organizao e as partes externas interessadas. Para ser um chefe de negociao, quase sempre o perfil do MEDIADOR o escolhido. Para orquestrar todo o processo de negociao, inclusive as suas sutilezas, voc dever levar em conta alguns fatores:

RELAES HUMANAS- Escolher a sua equipe: mescle talentos com diversidade de habilidades. - Disciplinar sua equipe: todos devem perceber que o pensamento do grupo deve prevalecer, que a disciplina fundamental e que todos devem assumir, coletivamente, a responsabilidade pelo resultado final. - Sigilo ambos os lados devem sentir-se seguros para avaliar as alternativas sem se comprometer publicamente. O processo de negociao bastante estressante e pode-se reduzir a presso sobre a equipe com os seguintes comportamentos e atitudes: Mostrar as alternativas; Mostrar controle sobre o processo; Criar uma boa primeira impresso; Fazer simulao de negociao; No ter pressa, abrir seu espao; Evitar desestabilizar a outra equipe; Mostrar seus verdadeiros interesses; Informar suas intenes outra equipe.

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De acordo com Roger Fisher, o perfil do negociador deve: . Ser firme e amistoso; . Ser franco e persuasivo, sem utilizar o seu poder de coero; . Saber comunicar-se, mas principalmente, saber ouvir; . Apresentar seus pontos de vista de forma objetiva; . Compreender as preocupaes dos outros; . Ser criativo; . Ser mediador dentro de sua equipe e nas negociaes externas; . Ter a habilidade de saber tornar claro seu interesse, sem indicar necessariamente quanto pretende pagar por ele.

MOTIVAOPOR QUE AS PESSOAS SE COMPORTAM DESTA OU DAQUELA MANEIRA? MOTIVAO No algo que possa ser diretamente observado, porm notamos sua existncia observando o comportamento. COMPORTAMENTO MOTIVADO caracteriza-se pela energia despendida e por estar dirigida para um objetivo ou meta. MOTIVO uma condio interna relativamente duradoura que leva o indivduo ou que o predispe a persistir num comportamento orientado para um objetivo. Ex:. fome, sede, curiosidade, necessidade de realizao.

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Incentivo e Impulso no so sinnimos de motivos e significam coisas diferentes: INCENTIVO um objeto, condio ou significao externa para o qual o comportamento se dirige. Positivo aquele ao qual o comportamento se dirige. Por exemplo: o alimento, o dinheiro, o sucesso. Negativo o indivduo procura afastar-se ou evitado. Ex. ferimento, isolamento social. IMPULSO a fora que pe o organismo em movimento, conseqncia de uma necessidade. Fome um impulso, conseqncia de necessidade de alimento. O impulso a fonte de energia dos motivos de sobrevivncia, o que ativa, por isso no motivo. Motivos Naturais so os no-aprendidos fome, sede, sexo, etc. Motivos aprendidos - desejo, aprovao social, valorizao. CLASSIFICAO DOS MOTIVOS - Motivos relacionados com as necessidades fisiolgicas ou motivos de sobrevivncia. - Motivos relacionados com a interao com outras pessoas ou motivos sociais. - Motivos relacionados com a competncia ou o EU ou, simplesmente, motivos do EU.Fome Sede Respirao Sono

Cclicos

MOTIVOS DE SOBREVIVNCIAS

Episdicos

- Dor - Medo - Fadiga

Recepo e Interpretao de Informaes

- Estimulao Informativa

- SexoReprodutivos MOTIVOS SOCIAIS

- Comportamentos maternais

Afiliao Prestgio

MOTIVOS DO EU

Necessidade de realizao Necessidade de informao consonante.

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Motivos de Sobrevivncia baseiam-se nas necessidades fisiolgicas, ou quaisquer que afetem a sobrevivncia. Motivos de Sobrevivncia CCLICOS FOME a condio do indivduo privado de alimento. SEDE a condio de uma pessoa necessitada de gua. RESPIRAO a necessidade de ar (oxignio). O impulso para respirar est ligado, no falta de oxignio, mas ao excesso de dixido de carbono na corrente sangnea, que provoca a sensao de sufocao, sendo o ar exigido para eliminar o excesso. SONO um estado do organismo que pode ser traduzido como estado de atividade, receptividade e vigilncia reduzidas. Os estmulos no provocam respostas. So recomendadas 8 horas de sono para cada perodo de 24 horas. Sono perdido no necessrio dormir o mesmo nmero de horas de que se ficou privado; em geral, 11 ou 12 horas de sono bastam para recuperar o estado normal do organismo. Motivos de sobrevivncia EPISDICOS DOR considerada, tambm, como um impulso relacionado s necessidades bsicas, porm difere dos demais no sentido de que um motivo aversivo, isto , provoca um comportamento de fuga ou esquiva. Por termos experimentado a dor, somos motivados a evitar que ela se repita. MEDO considerado como uma reao inerente dor ou a outros estmulos nocivos; os estudos a respeito, indicam que o medo pode ser aprendido. A simples viso de um co pode provocar medo na pessoa que j tenha tido experincia dolorosa com ces. FADIGA uma necessidade de descanso. Pode ser usada para decrscimo na produtividade do trabalho, ou msculo, colapso total do organismo. um fenmeno motivacional. - Estados do organismo tempo de sono, sade, descanso - Fatores psicolgicos tdio, preocupaes, interesse. - Fatores ambientais iluminao, rudos, temperatura, umidade, etc.

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Motivos de sobrevivncia ligados RECEPO e INTERPRETAO DE INFORMAES. ESTIMULAO INFORMATIVA a necessidade de receber informaes. O motivo de curiosidade: sempre estmulos diferentes.

MOTIVOS SOCIAIS exigem, para sua expresso, a presena ou participao de outros indivduos da mesma espcie. Incluem-se os motivos de agresso, reprodutivos, afiliativos, dominao e prestgio. Motivos sociais REPRODUTIVOS SEXO entendido como um motivo reprodutivo, juntamente com o comportamento maternal, paternal. No de sobrevivncia. Sexo um motivo responsvel por uma ampla variedade de comportamentos. um motivador poderoso do comportamento humano por ter a influncia da aprendizagem. COMPORTAMENTOS MATERNAIS dirigidos para a reproduo da espcie que contm 4 atividades essenciais: - construo do ninho; - conduta durante o parto; - recuperao das crias (retiradas); - ao de amament-las.

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AFILIAO estar com outros indivduos semelhantes, em situaes de medo, ameaados; a tendncia agregarem-se. com outros que se satisfazem as necessidades. PRESTGIO entendido como responsvel pelos comportamentos de obteno e manuteno da aprovao, estima e reconhecimento dos outros. MOTIVOS DO EU so os que contribuem para a defesa e revigorao da imagem que cada pessoa possui de si mesma. MOTIVOS DE REALIZAO entendido como uma necessidade de agir conforme padres de excelncia, procurando fazer o melhor possvel, com desejo de sucesso. - NECESSIDADE DE INFORMAO CONSONANTE a presena de informao dissonante produz um motivo orientado no sentido de estabelecer a consonncia ou reduzir a dissonncia. Considerase inteligente e recebe um zero, por exemplo.

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BIBLIOGRAFIA- Cartilha da Qualidade e Produtividade. Ministrio da Indstria, do Comrcio e Turismo. Secretaria do Comrcio e Servios. - COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia para uma gerao Consciente. 4a Edio. So Paulo. Ed. Saraiva. 1989. - FISHER, Roger. Como chegar a um acordo. Rio de Janeiro; Imago. 1990. - GOLEMAN, Daniel, Ph D. Inteligncia Emocional. Editora Objetiva. Rio de Janeiro. L995. - MINICUCCI, Agostinho. Relaes Humanas: psicologia das relaes interpessoais/ Agostinho Minicucci. 3a ed. So Paulo. Atlas, l982. - PISANI, Elaine Maria e outros. Psicologia Geral. 5a ed.. Caxias do Sul. Universidade de Caxias do Sul, Porto Alegre, Ed. Vozes, 1985. - PISHEN, Roger. Como chegar a um acordo. Rio de Janeiro: Imago. - SENAC. DN. Qualidade em prestao de servios. 2 a ed. Rose Zuanetti; Lourdes Hargreaves; Renato Lee et al. Rio de Janeiro. Ed. Senac Nacional, 2001. 112 p. - SENAC. DN. tica e Trabalho/ Maria H. B. Gonalves; Nely Wyse. Rio de Janeiro: Ed.Senac Nacional, l997. 80 p. II. Inclui bibliografia.