43 terminalidade - as últimas horas
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Terminalidade: as últimas horas
Cuidados para pacientes e familiares
Leonardo Consolim
Morte digna e pacífica
• Manter senso de identidade e auto-estima.
• Prover cuidado gentil e respeitoso para o corpo, a mente e a alma do paciente.
• Considerar o paciente alguém capaz de perceber significado em sua vida, de se relacionar de forma honesta, apesar do declínio físico.
Morte digna e pacífica
• Aliviar o sofrimento: fazer o melhor, da melhor maneira que puder
• Proporcionar privacidade
• Ajudar a preservar ou reatar relacionamentos importantes
Morte digna e pacífica
• Guiar o paciente e familiares para uma reavaliação de expectativas
• Encorajar pacientes e familiares a falar
• Manter postura empática
Lembrar...
Adoecer
O processo de morrer
“Minha alma é uma orquestra oculta; não sei que instrumentos tangem e rangem, cordas e harpas, tímbales e tambores, dentro de mim. Só me conheço como sinfonia.”
F. Pessoa
O processo de morrer• Deterioração física dia
após dia causada pela doença ou por complicação irreversível.
• Paciente percebe que está morrendo.
• Sonolência, dificuldade em manter-se concentrado.
O processo de morrer
• Acamado.
• Diminui a ingestão de alimentos e líquidos
• Alteração do ritmo respiratório
• Cianose e frialdade periférica
Sinais de morte iminente
• Redução de débito – aumento da concentração da urina
• Mudança do ritmo e dos sons respiratórios• Frialdade, alteração de cor e da consistência da pele• Pulso fraco• Ansiedade, inquietação, confusão mental,
alucinações• Sonolência, disfagia, flacidez muscular• Olhos parados e fundos
Sintomas Esperados
• Anorexia• Imobilidade• Sonolência• Abalos musculares• Exacerbação de dor e
dispnéia *• Respiração ruidosa
Outros Sinais
• Dependência progressiva
• Necessidade de reclusão
• Fica alheio
• Humor embotado
Fase de Ajustes
• Parar com drogas desnecessárias
• Usar vias de administração apropriadas.
• Medicações indicadas: morfina, haloperidol,
midazolan e escopolamina.
• Controle efetivo de sintomas físicos.
Fase de ajustes
• Antecipar mudanças e
prevenir desconforto.
• Dar explicações para
familiares e pacientes.
• Conversar entre a
equipe.
Como ajudar a família
A Família
• Traçar objetivos realistas.• Garantir apoio espiritual e religioso.• Explicar para a família e paciente o que está
acontecendo de acordo com suas necessidades individuais.• Garantir ambiente apropriado.• Conversar sobre problemas com funeral (se a
família e paciente quiserem).
Morte - Família• Reações diversas:
silêncio, gritos, ‘falta o chão”, choro, não se lembram dos telefones e nomes dos parentes para quem ligar, raiva, gratidão
• Suporte da equipe
Morte - Equipe
• Ensinar à família/ cuidadores os sinais do óbito.• Respeitar a vontade de falar ou o silêncio da
família• Cuidado de pronunciar a palavra “morte”
somente alguns minutos após o último movimento respiratório.• Deixar que a família escolha se quer ficar mais
um tempo com o corpo
Se ao paciente é suficiente uma palavra, não ofereça discursosSe só lhe for necessário um gesto, esqueça-se das palavrasSe ele só lhe pedir um olhar, omita o gestoE se lhe basta o silêncio, feche os seus olhosE rezeCom ele e por ele ...
Pe. Martin Puerto, Argentina
Obrigado!