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O gibi “A saúde do trabalhador está por um fio” nasceu do trabalho do Coletivo Estadual de Saúde, Trabalho e Meio

Ambiente da CUT/SP, que integra a Secretaria de Políticas Sociais da CUT/SP.A publicação mostra situações cotidianas vividas por milhares de trabalhadores (as) no ambiente de trabalho e na

sociedade. A LER/DORT (Lesão por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho) é um

exemplo. Essa lesão se caracteriza por inflamações nos tendões, sinovias, articulações, nervos e músculos. Algumas das

doenças conhecidas são a tenossinovite, a tendinite e a bursite. Atualmente, muitas empresas criam dificuldades em reconhecer que essa doença foi originada no trabalho. Razão:

custos. Isso não deixa de ser uma desculpa esfarrapada, já que os seus altos lucros sempre são obtidos graças ao

trabalho esforçado de seus funcionários (as). Portanto, ao sentir o problema, o (a) trabalhador (a) deve procurar o médico, que fará um diagnóstico, e deve exigir que

a empresa emita uma CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho) como manda a legislação. Mas atenção: como forma de driblar a legislação muitas empresas preferem o auxílio doença à CAT. Motivo: O auxílio

não garante estabilidade, ou seja, dependendo do período de afastamento do funcionário, a empresa pode demiti-lo, não

contabiliza como tempo de serviço e o INSS paga somente 80% do salário do trabalhador. Já a CAT garante um ano de

estabilidade (depois do retorno ao trabalho), o afastamento é contabilizado como tempo de serviço e o INSS paga 91% do

salário.

Assédio Moral, agrotóxicos e trabalho infantil

Outra situação que, infelizmente, vem crescendo nos locais de trabalho é o assédio moral. Essa prática, considerada

ilegal, ocorre quando o (a) chefe expõe o (a) funcionário (a) em situações humilhantes e constrangedoras durante a rotina

de trabalho.Segundo pesquisas, as mulheres são as principais vítimas. Os efeitos dessa “humilhação” causam problemas

colaterais terríveis na saúde dos (as) trabalhadores (as), chegando a forçá-los (as) a desistirem do emprego.Outro assunto abordado é o uso excessivo de “agrotóxicos” nas lavouras. Também chamados de “venenos”, a

exposição a esses produtos, sem as devidas medidas de prevenção e proteção, tem acarretado efeitos fatais para a saúde

dos (as) trabalhadores (as), como o aumento de câncer e de mau formação congênita. O Gibi também alerta sobre o trabalho infantil. Embora, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) proíba o

trabalho de crianças/adolescentes antes dos 16 anos, essa prática vergonhosa existe em larga escala no Brasil. Segundo pesquisa do IBGE, PNAD 2001, havia no Estado de São Paulo 747.885 mil crianças e adolescentes (da faixa

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etária de 5 a 17 anos) trabalhando ilegalmente e em condições precárias. Só no município de São Paulo tinham, de

acordo com o IBGE, 66.760 mil crianças/adolescentes. A fim de reduzir essa trágica realidade, afinal lugar de criança/adolescente é na escola, o Programa de Erradicação

do Trabalho Infantil (PETI) do governo Lula tem dado a sua contribuição. Em 2005, 209 municípios de todo o Estado de SP

foram beneficiados com o programa, que retirou do trabalho ilegal cerca de 75 mil crianças e adolescentes. Organização no Local de Trabalho

A contribuição do Gibi é mostrar aos (às) trabalhadores (as) como essas situações devem ser combatidas, por

exemplo, por meio da denúncia aos sindicatos filiados à CUT e aos órgãos competentes. A CUT/SP e os sindicatos filiados têm lutado para mudar essa realidade, propondo aos governos (municipal, estadual

e federal) a necessidade de aumentar a representação dos trabalhadores nos locais de trabalho. A lei 1236, sancionada pelo governo Lula em 28 de abril de 2004, foi uma importante conquista para a classe

trabalhadora. Um dos seus aspectos é que obriga a empresa a comprovar que a doença do trabalhador originada no

ambiente de trabalho, não é uma doença do trabalho. Isso chama-se: inversão do ônus da prova. A Central também tem reivindicado o respeito à lei por parte dos empresários e a implantação de uma legislação que

unifique as ações do Estado pela melhoria da saúde e segurança dos (as) trabalhadores (as), que valorizem a preservação

da vida e promoção da saúde nos locais de trabalho.A CUT/SP espera que essa publicação conscientize cada trabalhador (a) a lutar contra essas situações e,

principalmente, a se organizar no local de trabalho, como forma de pressionar o governo e os patrões a fazerem a sua

parte.

Boa leitura!

Coletivo Estadual de Saúde, Trabalho e Meio Ambiente da CUT/SP

Secretaria de Políticas Sociais da CUT/SP - Marcos Roberto Emílio

Presidente da CUT/SP - Edílson de Paula

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Associação de Moradores

A Associação tem como finalidade reivindicar melhorias nos atendimentos nas áreas públicas e sociais para os moradores do bairro aos órgãos competentes, como prefeitura e Estado.

Delegacia Regional do Trabalho (DRT)

A DRT é um órgão do Ministério do Trabalho e Emprego e tem por objetivo promover a melhoria e a fiscalização contínua nas condições de segurança e saúde no trabalho, visando garantir a preservação da vida e manutenção de ambientes laborais seguros e saudáveis para os (as) trabalhadores (as).

Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CRST)

O CRST é uma unidade pública que tem a missão de atender integralmente a saúde do trabalhador. Alguns dos trabalhos desenvolvidos são: pesquisas, assistência médica especializada em doenças causadas pelo trabalho e orientações trabalhista, social, psicológica entre outras. Além disso, presta informações sobre acidentes e doenças originadas no ambiente de trabalho.

Ministério Público do Trabalho

O Ministério Público é responsável pela defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais. Os campos de atuação são: preservação da saúde e segurança do trabalhador; erradicação do trabalho infantil e regularização do trabalho do

Conheça as siglasadolescente; erradicação do trabalho forçado; combate a todas as formas de discriminação e formalização dos contratos de trabalho.

Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS)

O INSS é um órgão da Previdência Social que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos aos seus segurados. Tem direito a receber os benefícios da Previdência o trabalhador contribuinte que perde a capacidade de trabalho (seja por doença, invalidez, idade avançada (aposentadoria) ou em caso de morte.

Sindicato filiado à CUT

O sindicato é uma entidade jurídica, reconhecida em lei, que representa categorias de trabalhadores ou econômicas (empregadores). Os sindicatos filiados à CUT defendem os direitos e interesses, coletivos ou individuais, de uma categoria profissional. Além disso, mantêm serviços de orientação sobre direitos trabalhistas e prestam serviços sociais aos (às) trabalhadores (as) associados (as).

Conselho Tutelar

O Conselho Tutelar foi criado por meio do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), lei federal 8.069 que existe há 15 anos no Brasil. A finalidade é defender os direitos estabelecidos em lei e são formados por cidadãos eleitos pela comunidade. Seu papel também é fiscalizar se a família, a comunidade e o poder público estão assegurando com absoluta prioridade dos direitos das crianças e dos adolescentes.

Comissão Organizadora

Andre Araujo de AlmeidaAssessor Técnico em Saúde, Segurança e Meio Ambiente.Gilberto Salviano da SilvaAssessor Sindical do INST.Márcia Regina ViottoAssessora da Secretaria de Políticas Sociais -CUT/SP.José Augusto de CarvalhoDiretor do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.

Produção do Material

Ilustração:Vicente MendonçaSecretária de Imprensa da CUT/SP: Lucinei Paes Lima Edição:Viviane Barbosa Mtb 28121Secretária de Equipe:Priscila MedeirosEstagiário de Jornalismo:Luiz Guilherme ParraDiagramação e Editoração:Maria Dias

Reprodução

Esse material será disponibilizado para os sindicatos filiados. Informe-se na Secretaria de Políticas Sociais da CUT/SP.

CUT/SP

Rua Caetano Pinto, 575 - 2º andar - BrásSão Paulo - CEP: 03041-000E-mail: [email protected].: (11) . .2108 9172/ 2108 9170.

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Coletivo Estadual de Saúde, Trabalho e Meio Ambiente -Secretaria de Políticas Sociais da CUT/SP