3º brasil império.hist.ed
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Educação no Brasil Imperial:
Reformas que não mudamReformas que não mudam
Paço Imperial
Desembarque da Corte em Salvador
D. Maria I
Príncipe regente D. João VICarlota Joaquina
DISTRIBUIÇÃO DE TÍTULOS DE NOBREZA
CERIMÔNIA DO BEIJA-MÃO, NO PALÁCIO DE SÃO CRISTÓVÃO
FACULDADE DE MEDICINA E ANATOMIA DE SALVADOR
Período Imperial no Brasil
• Período entre a Independência e a República
• I Reinado (1822 - 1831)
• Regência (1831 – 1840)
• II Reinado (1840 – 1889)
• Constituição de 1824: quatro poderes (Executivo, Legislativo,
Judiciário e Moderador)
• Imperador nomeia os presidentes das províncias
• Legislativo: Senado (vitalício) e Câmara dos Deputados (eleição
indireta, com voto censitário)
7História da Educação Brasileira
Do modelo agrário-exportador dependente para o modelo agrário-comercial-exportador dependente
• Manutenção da estrutura social e produtiva colonial;
• Desequilíbrio da balança comercial agravado pelo fim do Bloqueio
Continental;
• Impossibilidade do desenvolvimento da atividade manufatureira
devido à concorrência inglesa;devido à concorrência inglesa;
• Crise econômica – perturbações sociais (primeira metade do Século
XIX);
• Empréstimos, emissões e taxações – insuficientes para a criação de
um poder central que assegurasse a manutenção do regime;
8História da Educação Brasileira
Imagens da Escravidão
9História da Educação Brasileira
10História da Educação Brasileira
11História da Educação Brasileira
• Expansão do café: altera a destinação da exportação brasileira EUA
• Urbanização: renovação das estruturas sociais, com o crescimento das
camadas médias urbanas
• Império se consolida
• 1850 – extinção do tráfico de escravos• 1850 – extinção do tráfico de escravos
• Guerra do Paraguai: Questão Militar associa-se à Questão religiosa
• Movimentos abolicionistas e republicanos: Abolição da escravidão
• Proclamação da República
12História da Educação Brasileira
Educação no Primeiro Reinado
• Primeiro projeto de Constituição: “Haverá no império escolas
primárias em cada termo, ginásios em cada comarca e
universidades nos mais apropriados locais”
• Constituição de 1824: garantia da “instrução primária gratuita a
todos os cidadãos” e “criação de “Colégios e Universidades, onde
serão ensinados os elementos das ciências, belas artes e artes.”
• 1828 – Lei que cria as Câmara Municipais e atribui-lhes a função de
inspeção sobre as escolas de primeira letras, bem como pela educação e
destino dos órfãos
13História da Educação Brasileira
• Lei de 15 de outubro de 1827 – primeiro instrumento legal importante
para a educação - determina que se criem as escolas de primeiras letras
que forem necessárias em todas as vilas, cidades e lugares;
• Define o método de ensino a ser adotado: o Ensino Mútuo ou Método
Lancaster;
• Prevê forma de provimento de professores, ordenados e capacitação: Os
professores que não tiverem a necessária instrução deste Ensino, irão
instruir-se em curto prazo e à custa dos seus ordenados nas escolas das
capitais;
• Determinações sobre os prédios escolares;
• Escolas de meninas em cidades e vilas mais populosas;
14História da Educação Brasileira
História da Educação Brasileira 15
Período Regencial
Ato adicional de 1834
• Províncias: responsabilidade pela educação elementar e secundária;
• Poder Central: Educação Superior e no município da corte;
Criação das primeiras Escolas Normais em Niterói (1835), na Bahia (1836),Criação das primeiras Escolas Normais em Niterói (1835), na Bahia (1836),
no Ceará (1845), em São Paulo (1846);
Criação do Ateneu do Rio Grande do Norte (1825), os Liceus da Bahia e da
Paraíba (1837), o Colégio Pedro II (1837);
Em 1840, existiam 441 escolas primárias e 59 cadeiras de latim.
16História da Educação Brasileira
Segundo Reinado: Consolidação do Império época de
férteis realizações
• Volta dos jesuítas – 1842;
• Criação da Inspetoria Geral da Instrução Primária e secundária do município
da Corte – 1854;
• Estabelecimento de normas para o exercício da liberdade de ensino e de um• Estabelecimento de normas para o exercício da liberdade de ensino e de um
sistema de preparação do professor primário – 1854;
• Criação do ensino para cegos e surdo-mudos – 1854 e 1856;
• Criação do Liceu de Artes e Ofícios - 1856 (iniciativa privada);
• Escolas Normais trouxeram uma pequena melhora no ensino: instabilidade
17História da Educação Brasileira
REFORMAS QUE NÃO MUDAM
• 1854 – Reforma Couto Ferraz – Ensino Primário e Secundário noMunicípio da Corte;
• 1854 – Reforma Luís Pedreira –Cursos Jurídicos e dos Cursos deMedicina;
• 1857 � No Rio Grande do Sul, no Colégio de Artes Mecânicas, a leimandava recusar matrículas às crianças de cor preta e aos escravos epretos, "ainda que libertos e livres".
1872 - O Brasil contava com uma população de 10 milhões de habitantes• 1872 - O Brasil contava com uma população de 10 milhões de habitantese apenas 150.000 alunos matriculados em escolas primárias. O índice deanalfabetismo era de 66,4%.
18História da Educação Brasileira
• 1878 - Reforma Leôncio de Carvalho - Ensino Primário e
Secundário no Município da Corte e do Ensino Superior em todo o
país;
• 1878 - Projeto para a criação de cursos noturnos para adultos
analfabetos, no Município da Corte;
• Não se efetivou a distribuição racional da escolas pelo território
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Não se efetivou a distribuição racional da escolas pelo território
nacional;
• Apenas 10% da população tem acesso à escola;
• 1879 - O Senador Oliveira Junqueira dizia: "certas matérias,
talvez, não sejam convenientes para o pobre; o menino pobre
deve ter noções muito simples“.História da Educação Brasileira
Ferreira Viana, Ministro do Império dizia ser fundamental formar
"professores com a necessária instrução científica e profissional".
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Em sua última fala do trono Sua Majestade pedia empenho para a
criação de um ministério destinado aos negócios da Instrução Pública.
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Com a Proclamação da República, no Governo Provisório do
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Marechal Deodoro da Fonseca, torna-se Ministro da Instrução Pública,
Correios e Telégrafos Benjamin Constant Botelho de Magalhães.
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Os alunos matriculados nas escolas correspondem a 12% da
população em idade escolar.
História da Educação Brasileira
CONDE D´EU, ISABEL E OS TRÊS FILHOS, D. PEDRO II, PEDRO AUGUSTOE A IMPERATRIZ TERESA CRISTINA
ABOLICIONISTAS DO SÉCULO XIX
Castro Alves
Chico da Matilde
Luís Gama
Joaquim Nabuco Raul Pompéia José do Patrocínio
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008. FUNDO TABELIONATO DO MUNICÍPIO DE BAGÉ
Subfundo: 1º Tabelionato
Espécie / tipologia: Livros Notariais de Transmissões e Notas
Livro 1 - 1847 a 1853
Rafael; negro; da Costa; 52; Sr. Francisco Prates de Azambuja; dt. conc. 14-02-49; dt.
reg. 02-03-49 (Livro 1, p. 18v). Desc.: A carta concede “plena e inteira liberdade”. O
escravo foi recebido por herança do falecido pai do senhor, Isidoro Xavier de Azambuja. O
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senhor pediu a José de Assis Candal que a assinasse a rogo.
Brigida; Crioula; Sr. Ricardo Martins; dt. conc. 01-10-48; dt. reg. 27-03-49 (Livro 1, p.
20r). Desc.: A carta foi concedida “em atenção a sua fidelidade, e bons serviços que me
tem prestado”.
Maria; preta; Crioula; 45; Sra. Zeferina Gomes Jardim; dt. conc. 16-04-58; dt. reg. 09-02-
76; de Taquarembozinho (Livro 7, p.72r). Desc.: A carta foi concedida com a condição da
escrava servir até a morte da senhora. Por não saber ler nem escrever, a senhora pediu a
sua filha, Januária Severo Jardim, que a fizesse e assinasse a rogo.
Faustina; Dionísia (sua mãe, liberta pelo mesmo senhor); Crioula; 41; cozinheira; Sr.
Manoel José da Rosa (viúvo de Felisbina de Oliveira da Rosa); dt. conc. 23-11-75; dt. reg. 10-
04-76; de Piraízinho, 1º Distrito de Bagé (Livro 7, p. 81r). Desc.: A carta foi concedida mediante
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04-76; de Piraízinho, 1º Distrito de Bagé (Livro 7, p. 81r). Desc.: A carta foi concedida mediante
o pagamento, pela escrava, de 300$, sendo que a mesma estava avaliada no inventário da
falecida esposa do senhor em 800$.
Felicia; preta/negra; Sra. Felisbina Robaino (e outros); dt. reg. 10-04-76 (Livro 7, p. 81v).
Desc.: A carta concede plena liberdade. A escrava foi recebida de herança da falecida mãe
dos senhores, que passaram a carta da parte que lhes cabia.
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LEI ÁUREA (13 DE MAIO DE 1888) – ABOLIU A ESCRAVIDÃO NO BRASIL, MAS NÃOASSEGUROU A CIDADANIA AOS EX-ESCRAVOS, QUE TORNARAM-SE VÍTIMAS DADISCRIMINAÇÃO RACIAL, FENÔMENO QUE SE MANIFESTA ATÉ OS NOSSOS DIAS.
ILHA FISCAL. NESTE LOCAL REALIZOU-SE, DIA 9 DE NOVEMBRO DE 1889, O ÚLTIMO BAILE
IMPERIAL, EM HOMENAGEM À MARINHA CHILENA. NA SEMANA SEGUINTE A MONARQUIA ERA
DEPOSTA PELOS MILITARES.
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História da Educação Brasileira 34
História da Educação Brasileira 35FIM
36voltarHistória da Educação Brasileira
As matérias estudadas, de acordo com o regulamento
de 1881, eram as seguintes:
1º Ano – História Sagrada, Português, Geografia,
Aritmética e Geometria;
2º Ano – Português, Francês, Latim, Geografia,
Matemáticas Elementares;
3º Ano - Português, Francês, Latim, Geografia,
Matemáticas elementares, Aritmética e Álgebra;
4º Ano - Português, Francês, Latim, Geografia e
Cosmografia, Matemáticas elementares;Cosmografia, Matemáticas elementares;
5º Ano - Português, Inglês, Latim, História Geral,
Física e Química;
6º Ano – Alemão, Grego, História Natural E Higiene,
Retórica, Poética e Literatura Nacional, Filosofia;
7º Ano – Italiano, Alemão, Grego, Português e História
Literária, Filosofia, Corografia (estudo geográfico
particular de uma região ou de um país) e História do
Brasil.
O Curso Secundário tinha duração de sete anos.
voltar37História da Educação Brasileira
38voltar
História da Educação Brasileira
39voltarHistória da Educação Brasileira
· O Conselheiro Leôncio de Carvalho realiza uma reforma do ensino
que permitia "a cada um expor livremente suas idéias e ensinar as
doutrinas que acredite verdadeiras, pelos métodos que julgue
melhores".
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Além disso manteve as matrículas avulsas e introduziu a
freqüência livre e os exames vagos no Externato do Colégio Pedro II.
voltarHistória da Educação Brasileira
Lei de 15 de outubro de 1827
Manda criar escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do Império.
D. Pedro I, por Graça de Deus e unânime aclamação dos povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo
do Brasil: Fazemos saber a todos os nossos súditos que a Assembléia Geral decretou e nós queremos a lei seguinte:
Art. 1o Em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos, haverão as escolas de primeiras letras que forem
necessárias.
Art. 4o As escolas serão do ensino mútuo nas capitais das províncias; e serão também nas cidades, vilas e
lugares populosos delas, em que for possível estabelecerem-se.
Art. 5o Para as escolas do ensino mútuo se aplicarão os edifícios, que couberem com a suficiência nos lugares
delas, arranjando-se com os utensílios necessários à custa da Fazenda Pública e os Professores que não tiverem adelas, arranjando-se com os utensílios necessários à custa da Fazenda Pública e os Professores que não tiverem a
necessária instrução deste ensino, irão instruir-se em curto prazo e à custa dos seus ordenados nas escolas das
capitais.
Art. 6o Os professores ensinarão a ler, escrever, as quatro operações de aritmética, prática de quebrados,
decimais e proporções, as noções mais gerais de geometria prática, a gramática de língua nacional, e os princípios
de moral cristã e da doutrina da religião católica e apostólica romana, proporcionados à compreensão dos meninos;
preferindo para as leituras a Constituição do Império e a História do Brasil.
Art. 15. Estas escolas serão regidas pelos estatutos atuais se não se opuserem a presente lei; os castigos
serão os praticados pelo método Lancaster.
Art. 17. Ficam revogadas todas as leis, alvarás, regimentos, decretos e mais resoluções em contrário.
Voltar 41História da Educação Brasileira
O método Lancaster (1789) era o que o Brasil tinha de melhor nessa época,
as crianças tinham um pouco de noção da leitura, do cálculo, da escrita, e do
catecismo. Esse método é instituído para suprir a falta de professores e apesar de suas
falhas foi usado por 15 anos.
A metodologia Lancasteriana era formada em um ambiente definido que
atendia cerca de 100 alunos sendo que, nesse espaço só havia um professor e esse,
por sua vez, escolhia um aluno, o mais adiantado, que deveria ensinar 10 outros
(decúria). Assim ele era chamado de decurião. Como relata Fávero ( art. 2002, p. 67):
"Esses alunos auxiliares se denominavam monitores e o
professor, à semelhança de um inspetor de serviços, tudo vigiava e só
interferia nos casos difíceis. Era um método destinado, na Europa, a
solucionar o problema da educação popular e numerosa, tendo sido lá
abandonado rapidamente por sua ineficácia; no Brasil, porém, a despeito
dos péssimos resultados obtidos, foi difundido por 15 anos."
voltar42História da Educação Brasileira
OBSERVE A DIVERSIDADE DOSPRODUTOS IMPORTADOS PELOBRASIL NO INÍCIO DO SÉC. XIX
OBSERVE O CRESCIMENTODEMOGRÁFICO DA CAPITAL DA COLÔNIADURANTE A ESTADA DA CORTE NOBRASIL. voltar
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