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1 Estratégia Mensal 31/01/2016 Estratégia Mensal - Fevereiro Em janeiro, o índice Bovespa recuou 7% em termos reais e cerca de 8% em dólares. O mercado reduziu suas perdas pela metade durante as três últimas sessões. No mês, foram 44 ações em baixa e 16 em alta. A capitalização de mercado do Ibovespa é de US$ 430 bilhões (dos quais, a Ambev representa 17%), cerca de 75% abaixo dos patamares máximos em abril de 2011. Múltiplos de Mercado ligeiramente abaixo dos níveis históricos, com um grande prêmio no bloco das empresas médias. O Ibovespa é negociado com um múltiplo Preço/Lucro (P/L) estimado para os próximos 12 meses de aproximadamente 10x, enquanto o múltiplo EV/Ebitda é de 6,5x, não muito longe da média dos últimos cinco anos de 10,9x e 6,8x, respectivamente. Do ponto de vista histórico, notamos que os múltiplos estão longe de estar “descontados”, valuations em outras bolsas internacionais comparáveis também caíram, sendo que as projeções continuam sendo revistas para baixo. Dois pontos interessantes surgem quando olhamos para o nosso mercado. Primeiro, em uma base ponderada por valor de mercado (ao invés dos pesos no Índice), e eliminando os prejuízos projetados, o múltiplo P/L de mercado avança 1,5 p.p., para 11,5x. Segundo, as empresas médias (com valor de mercado entre R$ 2 e R$ 10 bilhões) continuam a ser negociadas com um significativo prêmio, por volta das 15x o P/L para o final de 2016. O indicador Dívida Líquida/Ebitda para o mercado, como um todo, é estimado em 3,9x, bem acima das 2,8x da Bolsa do México e de 2,0x da empresas que compõem o índice S&P 500. Difícil avaliação sobre os pontos de inflexão na política. As condições econômicas globais não estão apontando para uma recuperação no curto prazo, enquanto as tensões políticas podem ressurgir a qualquer momento. O crescimento do crédito continua preocupante, avançando em menor proporção que o PIB nominal e a inflação. Ainda é dúvida se os potenciais novos estímulos para empréstimos nos bancos públicos, aliados a uma política monetária menos rígida, irão trazer de volta o crescimento econômico (positivo para os lucros), ou aumentar a incerteza (reduzindo os múltiplos). Os preços do petróleo mais baixos são positivos para o crescimento global, mas com o preço inferior aos US$ 40/barril os benefícios são compensados pelo aumento da pressão dos mercados de alto risco, e as preocupações com a China. A luz deste cenário, continuamos selecionando as ações a partir do foco microeconômico. É o momento de um repique? As expectativas ainda são baixas, com múltiplos pressionados em função dos menores lucros estimados. Uma recuperação inesperada nos preços das commodities poderia aumentar a confiança do investidor, ao mesmo tempo em que operações de fusões e aquisições, bem como compras de controles e recompras de ações, podem conferir também uma contrapartida positiva para o mercado. Talvez o melhor argumento agora seja técnico. Como observamos anteriormente, uma grande queda em janeiro, historicamente, tem sido acompanhada de um movimento forte em fevereiro. Nos últimos 20 anos, o Ibovespa caiu mais de 5% em janeiro em apenas cinco ocasiões. Apenas uma vez (em 2014) o mercado não se recuperou no mês seguinte. Notamos que o consenso para os preços-alvo aponta para uma valorização de aproximadamente 30% no Ibovespa nos próximos 12 meses (em base ponderada). Performance Histórica Fonte: Bradesco Corretora e Ágora Corretora José Cataldo* *Analista responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do disposto no Art.16 da Instrução CVM 483/10. 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 jan/16 Ibovespa 32,9% 43,6% -41,1% 82,7% 1,0% -18,1% 7,4% -15,5% -2,9% -13,3% -6,8% Arrojada 33,3% 41,6% -55,7% 124,4% 19,0% -13,6% 17,7% 17,4% 11,9% -7,9% -4,4% Dividendos 37,2% 47,2% -19,3% 52,0% 39,0% 26,8% 20,2% 3,5% 11,1% -23,3% -3,0% Top 10 - - - 123,2% 28,5% -13,6% 33,7% 15,3% 4,5% -3,0% -8,6% Janeiro 2016 Ibovespa -6,8% -6,8% Dow Jones -5,6% -5,6% S&P 500 -5,4% -5,4% FTSE 100 -2,5% -2,5% PCAC -4,7% -4,7% DAX -8,8% -8,8% Fonte: Bloomberg Dezembro 2016 Dólar (R$/US$) 1,0% 1,0% Euro (US$/€) -0,3% -0,3% Fonte: Bloomberg Índices Performance Moedas Performance

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Page 1: 31 /01 /201 6 · 1 Estratégia Mensal 31 /01 /201 6 Estratégia Mensal - Fevereiro Em janeiro, o índice Bovespa recuou 7% em termos reais e cerca de 8% em dólares

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Estratégia Mensal 31/01/2016

Estratégia Mensal - Fevereiro

Em janeiro, o índice Bovespa recuou 7% em termos reais e cerca de 8% em dólares. O mercado reduziu suas perdas pela metade durante as três últimas sessões. No mês, foram 44 ações em baixa e 16 em alta. A capitalização de mercado do Ibovespa é de US$ 430 bilhões (dos quais, a Ambev representa 17%), cerca de 75% abaixo dos patamares máximos em abril de 2011.

Múltiplos de Mercado ligeiramente abaixo dos níveis históricos, com um grande prêmio no bloco das empresas médias. O Ibovespa é negociado com um múltiplo Preço/Lucro (P/L) estimado para os próximos 12 meses de aproximadamente 10x, enquanto o múltiplo EV/Ebitda é de 6,5x, não muito longe da média dos últimos cinco anos de 10,9x e 6,8x, respectivamente. Do ponto de vista histórico, notamos que os múltiplos estão longe de estar “descontados”, valuations em outras bolsas internacionais comparáveis também caíram, sendo que as projeções continuam sendo revistas para baixo. Dois pontos interessantes surgem quando olhamos para o nosso mercado. Primeiro, em uma base ponderada por valor de mercado (ao invés dos pesos no Índice), e eliminando os prejuízos projetados, o múltiplo P/L de mercado avança 1,5 p.p., para 11,5x. Segundo, as empresas médias (com valor de mercado entre R$ 2 e R$ 10 bilhões) continuam a ser negociadas com um significativo prêmio, por volta das 15x o P/L para o final de 2016. O indicador Dívida Líquida/Ebitda para o mercado, como um todo, é estimado em 3,9x, bem acima das 2,8x da Bolsa do México e de 2,0x da empresas que compõem o índice S&P 500.

Difícil avaliação sobre os pontos de inflexão na política. As condições econômicas globais não estão apontando para uma recuperação no curto prazo, enquanto as tensões políticas podem ressurgir a qualquer momento. O crescimento do crédito continua preocupante, avançando em menor proporção que o PIB nominal e a inflação. Ainda é dúvida se os potenciais novos estímulos para empréstimos nos bancos públicos, aliados a uma política monetária menos rígida, irão trazer de volta o crescimento econômico (positivo para os lucros), ou aumentar a incerteza (reduzindo os múltiplos). Os preços do petróleo mais baixos são positivos para o crescimento global, mas com o preço inferior aos US$ 40/barril os benefícios são compensados pelo aumento da pressão dos mercados de alto risco, e as preocupações com a China. A luz deste cenário, continuamos selecionando as ações a partir do foco microeconômico.

É o momento de um repique? As expectativas ainda são baixas, com múltiplos pressionados em função dos menores lucros estimados. Uma recuperação inesperada nos preços das commodities poderia aumentar a confiança do investidor, ao mesmo tempo em que operações de fusões e aquisições, bem como compras de controles e recompras de ações, podem conferir também uma contrapartida positiva para o mercado. Talvez o melhor argumento agora seja técnico. Como observamos anteriormente, uma grande queda em janeiro, historicamente, tem sido acompanhada de um movimento forte em fevereiro. Nos últimos 20 anos, o Ibovespa caiu mais de 5% em janeiro em apenas cinco ocasiões. Apenas uma vez (em 2014) o mercado não se recuperou no mês seguinte. Notamos que o consenso para os preços-alvo aponta para uma valorização de aproximadamente 30% no Ibovespa nos próximos 12 meses (em base ponderada).

Performance Histórica

Fonte: Bradesco Corretora e Ágora Corretora

José Cataldo* *Analista responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do disposto no Art.16 da Instrução CVM 483/10.

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 jan/16

Ibovespa 32,9% 43,6% -41,1% 82,7% 1,0% -18,1% 7,4% -15,5% -2,9% -13,3% -6,8%

Arrojada 33,3% 41,6% -55,7% 124,4% 19,0% -13,6% 17,7% 17,4% 11,9% -7,9% -4,4%

Dividendos 37,2% 47,2% -19,3% 52,0% 39,0% 26,8% 20,2% 3,5% 11,1% -23,3% -3,0%

Top 10 - - - 123,2% 28,5% -13,6% 33,7% 15,3% 4,5% -3,0% -8,6%

Janeiro 2016

Ibovespa -6,8% -6,8%

Dow Jones -5,6% -5,6%

S&P 500 -5,4% -5,4%

FTSE 100 -2,5% -2,5%

PCAC -4,7% -4,7%DAX -8,8% -8,8%Fonte: Bloomberg

Dezembro 2016

Dólar (R$/US$) 1,0% 1,0%Euro (US$/€) -0,3% -0,3%Fonte: Bloomberg

ÍndicesPerformance

MoedasPerformance

Page 2: 31 /01 /201 6 · 1 Estratégia Mensal 31 /01 /201 6 Estratégia Mensal - Fevereiro Em janeiro, o índice Bovespa recuou 7% em termos reais e cerca de 8% em dólares

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Estratégia Mensal 31/01/2016

Conteúdo

GRÁFICOS MENSAIS 3

CARTEIRAS RECOMENDADAS 4

Carteira Top 10 4

Carteira de Dividendos 9

Carteira Arrojada 12

VISÃO MACROECONÔMICA 13

Projeções Econômicas 13

Page 3: 31 /01 /201 6 · 1 Estratégia Mensal 31 /01 /201 6 Estratégia Mensal - Fevereiro Em janeiro, o índice Bovespa recuou 7% em termos reais e cerca de 8% em dólares

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Estratégia Mensal 31/01/2016

GRÁFICOS MENSAIS

Fonte: Bloomberg; Ágora Corretora e Bradesco Corretora Fonte: Bloomberg; Ágora Corretora e Bradesco Corretora

Fonte: Bloomberg; Ágora Corretora e Bradesco Corretora Fonte: Bloomberg; Ágora Corretora e Bradesco Corretora

Fonte: Bloomberg; Ágora Corretora e Bradesco Corretora

10.1x

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9

10

11

12

13

14

15

P/L próximos 12M Média 5 anos e intervalo de um desvio padrão

6.7 x

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

7,5

8,0

8,5

EV/Ebitda próximos 12M Média 5 anos e intervalode um desvio padrão

-6,0

2,1

1,0

-2,6

-3,2

-3,4

-4,5

-22,4

-23,5

-6,0

2,1

1,0

-2,6

-3,2

-3,4

-4,5

-22,4

-23,5

-30 -25 -20 -15 -10 -5 0 5

Todos os setores

Energia e Saneamento

Bens de consumo

Serviços

Industrial

Telecom

Financeiros

Materiais básicos

Petróleo e Gás

Retorno em janeiro (%) Retorno em 2016 (%)

-6,8

-3,6

-5,3

-6,8

-3,6

-5,3

Large Caps Mid Caps Small Caps

Retorno em janeiro (%) Retorno em 2016 (%)

1,6

4,53,8

7,6

1,5

2,6

-0,6

-3,3

-0,4

4,4

1,1

-4,3

-0,8

46.908

51.583 51.150

56.229

52.760 53.08150.865

46.62645.059

53.081

45.12043.350

40.405

- 6

- 4

- 2

0

2

4

6

8

10

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

Capital Externo (R$ bi) Ibovespa

Page 4: 31 /01 /201 6 · 1 Estratégia Mensal 31 /01 /201 6 Estratégia Mensal - Fevereiro Em janeiro, o índice Bovespa recuou 7% em termos reais e cerca de 8% em dólares

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Estratégia Mensal 31/01/2016

CARTEIRAS RECOMENDADAS

Em janeiro, nossas três carteiras recomendadas seguiram a tendência negativa do Ibovespa. A Carteira Dividendos se

mostrou a mais defensiva, encerrando o mês com a menor queda, com baixa de 3,0%, enquanto a Carteira Arrojada teve

queda de 4,4% e a Top 10 registrou desvalorização de 8,6%. O Ibovespa, por sua vez, teve recuo de 6,8% no período.

Carteira Top 10

Constituída por 10 ações e com revisão da composição realizada ao final de cada mês, a Carteira Top 10 possui um nível de

risco intermediário entre o perfil defensivo (dividendos)

e o arrojado.

Em janeiro, os ativos selecionados para a Top 10

tiveram, em sua maioria desempenho negativo, em

linha com o movimento de queda do Ibovespa.

As ações da Gol destacaram-se como a maior queda da

carteira, em reação ao atual momento de desaceleração

econômica e da apreciação do dólar. Em função da

elevada volatilidade do papel, optamos por retirar as

ações da carteira para o mês de fevereiro. Olhando a

diante, a empresa pode se beneficiar do potencial fim da

restrição ao controle de empresas áreas brasileiras por

empresas estrangeiras. Também retiramos as ações da

Qualicorp. É importante mencionar que diante do

desempenho negativo das principais bolsas globais

neste início de ano, os investidores buscaram proteção em ativos tidos como mais seguros, o que acabou por determinar

quedas acentuadas em determinadas ações.

Nossos critérios para a escolha das ações para a carteira Top 10 são baseados, principalmente, no potencial de valorização

que enxergamos para os papéis.

Para o mês de fevereiro, optamos por retirar as ações da Gol (GOLL4) e Qualicorp (QUAL3). Em seus lugares,

incluímos Cemig (CMIG4) e BRF (BRFS3).

Vol. Méd Potencial de Yield3m R$ mn Último Alvo Valorização 2016 2017 2016 2017 2016E

BB Seguridade BBSE3 COMPRA 133 10,0% R$ 23,1 R$ 37,00 60% 16,3 14,1 - - 7,7%BRF BRFS3 COMPRA 176 10,0% R$ 48,2 R$ 75,00 56% 12,0 10,5 8,0 6,7 3,3%Cemig CMIG4 COMPRA 31 10,0% R$ 5,9 R$ 8,00 35% 8,7 7,9 7,1 6,8 4,3%Energias do Brasil ENBR3 COMPRA 23 10,0% R$ 12,1 R$ 15,50 28% 12,4 11,1 5,1 5,0 2,5%Hypermarcas HYPE3 COMPRA 63 10,0% R$ 22,4 R$ 30,00 34% 22,6 15,4 11,8 10,3 1,1%Kroton KROT3 COMPRA 115 10,0% R$ 8,5 R$ 14,20 67% 7,4 6,4 6,7 6,0 6,8%M.Dias Branco MDIA3 COMPRA 11 10,0% R$ 58,0 R$ 100,00 72% 9,0 7,3 11,5 9,5 2,6%SLC Agrícola SLCE3 COMPRA 4 10,0% R$ 16,4 R$ 26,00 59% 5,5 4,7 8,5 7,0 4,8%Suzano SUZB5 COMPRA 95 10,0% R$ 16,0 R$ 27,00 69% 15,2 6,7 6,1 5,1 1,7%Telefônica VIVT4 COMPRA 73 10,0% R$ 34,8 R$ 52,00 50% 12,6 11,2 4,5 4,2 7,9%

Fonte: Bloomberg; Ágora Corretora e Bradesco Corretora

Empresa Ticker Recomendação Peso na carteira

Preço P/L EV/EBITDA

-39,3%

-14,7%-12,8%

-10,8%

-8,6%-6,8%

-4,9% -4,5%

-2,3%-0,5%

0,7%

2,9%

-42%

-39%

-36%

-33%

-30%

-27%

-24%

-21%

-18%

-15%

-12%

-9%

-6%

-3%

0%

3%

6%

Performance Top 10

Janeiro

Fonte: Broadcast

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Estratégia Mensal 31/01/2016

BB Seguridade (BBSE3)

Recomendação: COMPRA

Preço-alvo: R$ 37,00

Acreditamos que a empresa possui características interessantes que a tornam

um caso único, com a combinação de forte geração de caixa e bom retorno

esperado via dividendos, como consequência de lucros em evolução e

recorrentes. As principais fontes de crescimento para a BB Seguridade são os seguros

de vida, os títulos de capitalização e os planos de previdência, que possuem margens e

crescimento em linha com o mercado. Além disso, a empresa captura integralmente o

potencial de rentabilidade do segmento de seguros, sem assumir os riscos, através da BB

Corretora. Acreditamos que os principais direcionadores no curto/médio prazos para o

papel são os balanços trimestrais e os dados mensais dos órgãos reguladores. Os

principais riscos poderiam vir dos conflitos de interesse potenciais com o controlador,

eventuais mudanças na regulação e o risco de execução, uma vez que nossas projeções

assumem grande crescimento em 2016.

BRF (BRFS3)

Recomendação: COMPRA

Preço-alvo: R$ 75,00

Consideramos a BRF como um dos melhores ativos no Brasil, uma vez que a

empresa tem: (i) fortes barreiras à entrada de concorrentes, dada a preferência pela sua

marca forte e escala/ complexidade de distribuição; (ii) perspectivas de crescimento

sustentável para as carnes processadas no Brasil, e (iii) oportunidades de diversificação

através do crescimento de seus negócios internacionais. Atualmente, a produção

internacional representa cerca de 8% dos volumes e é esperado um aumento de até 20%

a 25% nos próximos 3 anos. Em termos de valuation, a BRF está negociando em 12x o

múltiplo P/L para 2016, inferior ao patamar médio histórico de 21x de 3 anos.

Considerando o nosso preço alvo de R$ 75, a ação estaria sendo negociada a 17x.

Como principais direcionadores destacamos: (i) melhoria da margem doméstica; (ii)

ganhos de market share; e (iii) Fusões e aquisições. Entre os riscos a serem

acompanhados: (i) as pressões de custos de grãos, (ii) sustentabilidade da margem

internacional, (iii) a concorrência.

Cemig (CMIG4)

Recomendação: COMPRA

Preço-alvo: R$ 8,00

A Cemig é uma das maiores empresas de serviços públicos, abrangendo a geração,

distribuição, transmissão e comercialização de energia, bem como distribuição de

gás e outras subsidiárias menores. Vemos três aspectos positivos para a Cemig: i)

valuation atrativo; ii) as participações em outras empresas listadas estão subavaliadas

(Taesa, Light e Renova), e; iii) a empresa vai capturar valor quando ocorrer o declínio nas

taxas de juros de longo prazo. Entre os direcionadores, destacamos: i) renegociação

favorável sobre o FIP Redentor; ii) financiamento bem sucedido da dívida de curto prazo;

iii) venda de ativos que não agregam valor e; iv) redução dos custos gerenciáveis, tanto no

segmento de distribuição como na geração. Entre os riscos, destacam-se os seguintes: i)

pleno exercício da opção de venda do FIP Redentor em maio; ii) financiamento à níveis

elevados da dívida de curto prazo; iii) consumo fraco de energia, e; iv) piora nos números

operacionais.

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Estratégia Mensal 31/01/2016

EDP Energias do Brasil (ENBR3)

Recomendação: COMPRA

Preço-alvo: R$15,50

A EDP Energias do Brasil é uma empresa com atuação no setor elétrico, incluindo

segmentos de geração, distribuição e comercialização de energia. Vemos três

pontos fortes para a tese de investimento da companhia: i) as empresas de distribuição

brasileiras devem se beneficiar de melhores condições regulatórias no curto prazo; ii) a

empresa deverá se beneficiar em um momento de queda nos juros de longo prazo; iii)

valuation atrativo. Os principais direcionadores que destacamos para EDP são: i)

recuperação no consumo de energia; ii) melhores condições regulatórias; iii) estabilidade

nas operações da UTE Pecém. Entre os riscos, ressaltamos: queda nos preços da energia

de longo prazo, e atraso em alguns projetos.

Hypermarcas (HYPE3)

Recomendação: COMPRA

Preço-alvo: R$ 30,00

Em nossa opinião, a Hypermarcas atua em um setor atraente, em que tem

vantagens competitivas sólidas. Estimamos que a companhia tenha custos de

produção 30% mais baixos do que os de seus principais concorrentes, algo

especialmente importante no segmento de medicamentos genéricos. Além disso,

a empresa tem retornos ajustados atraentes: 22% de ROE (retorno sobre o patrimônio) e

16% de ROIC (retorno sobre o capital investido), que são ainda melhores quando

consideramos a divisão de farmácia separadamente (66% de ROE e 33% de ROIC).

Portanto, acreditamos que uma maior concentração no setor de farmácia é positiva para

a Hypermarcas. As ações tiverem um bom desempenho no mês de janeiro devido a

resiliência do setor de farmácia, sem mencionar as expectativas de crescimento após a

aprovação do negócio com a Coty, no final de dezembro. Principais direcionadores para a

empresa: (i) aumento de preços para compensar a pressão nos custos causada pela

depreciação cambial; (ii) aumento de concentração na divisão de farmácia, que traz

retornos mais elevados; e (iii) potenciais vendas de novos ativos. Entre os principais riscos

estão: (i) possíveis alterações regulatórias ou fiscais; e (ii) o aumento dos custos devido

à depreciação do real.

Kroton (KROT3)

Recomendação: COMPRA

Preço-alvo: R$ 14,20

Acreditamos que a Kroton será capaz de sustentar boa rentabilidade e até mesmo melhorar sua margem Ebitda, apesar do crescimento mais tímido da receita líquida. O modelo acadêmico KLS 2.0 deve melhorar a otimização da sala de aula e reduzir os custos da faculdade de forma considerável (além de outras fontes de redução dos custos, incluindo as sinergias com a Anhanguera). Indo adiante, a empresa tem ainda outras oportunidades de criação de valor, tais como M&A (fusões e aquisições) e alguns projetos orgânicos de expansão. Entre os direcionadores, ressaltamos: i) normalização dos pagamentos do FIES em 2016, compreendendo 12 parcelas, e não 8, como ocorreu em 2015, e; ii) resultado positivo no ciclo de captação do 1S16. Entre os riscos, destacam-se: i) declínio acentuado nos números de captação; ii) adiamento dos pagamentos do FIES; iii) aumento das taxas de evasão escolar e inadimplência; iv) deterioração do ticket médio, em função da maior concorrência e piora no mix de programas de graduação.

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Estratégia Mensal 31/01/2016

M. Dias Branco (MDIA3)

Recomendação: COMPRA

Preço-alvo: R$ 100,00

A empresa oferece uma vantagem competitiva atraente: os custos da principal

matéria prima (trigo) são entre 20% e 25% mais baixos do que os dos seus

principais concorrentes, devido à sua estrutura de produção verticalmente

integrada e seu acesso à incentivos fiscais. Como resultado, a M. Dias Branco pode

vender os seus produtos a preços mais competitivos, o que lhe garante ganhos de

participação de mercado. Em decorrência de sua contínua ampliação de market share, a

empresa desenvolve sua rede de logística e cria fortes barreiras à entrada de concorrentes.

A empresa está atualmente sendo bastante impactada pela depreciação do real (40% do

CPV é em dólar) e pela forte desaceleração macroeconômica na região Nordeste (75% das

vendas). Ainda assim, a M. Dias Branco deve continuar ganhando participação de mercado

e, ao mesmo tempo, trazendo gradualmente a sua margem de volta para o nível histórico

que é de cerca de 19%. Além disso, esperamos que a empresa retome a taxa de crescimento

anual do lucro de 15%-20%, passado o período de desaceleração da economia.

Os principais direcionadores da ação são: (i) entrada da companhia em novos segmentos

relacionados ao trigo; (ii) aquisições no Sudeste; e (iii) ganhos de participação de mercado

(impulsionando os volumes).

Entre os riscos destacamos: (i) volatilidade dos preços do trigo; (ii) alta exposição dos seus

custos à variação cambial; e (iii) dependência de incentivos fiscais.

SLC Agrícola (SLCE3)

Recomendação: COMPRA

Preço-alvo: R$ 26,00

A SLC Agrícola é uma empresa produtora de commodities agrícolas que possui um

modelo de negócios equilibrado (40% de suas terras são em áreas próprias, 40%

são arrendadas/em sociedade e 20% são voltadas para o segmento imobiliário –

SLC LandCo). A companhia é a operadora agrícola mais eficiente do nosso universo

de cobertura. As ações da SLC estão bastante descontadas em bolsa e são uma ótima

opção para os investidores com expectativa de retorno de longo prazo. A empresa se

beneficia da desvalorização do real, já que 100% da sua receita e 40% do CPV são

denominados em dólares. Por fim, embora o mercado não pague pelo valor de suas terras,

esperamos a alienação de terras através da subsidiária LandCo, o que representaria cerca

de 40% do seu banco de terras. Os principais direcionadores para a empresa são: (i) a

recuperação dos preços do algodão em 2016; (ii) a depreciação do real; e (iii) o aumento

dos rendimentos que podem levar ao crescimento do Ebitda. Entre os riscos estão: (i) a

valorização do real, e (ii) condições climáticas desfavoráveis.

Page 8: 31 /01 /201 6 · 1 Estratégia Mensal 31 /01 /201 6 Estratégia Mensal - Fevereiro Em janeiro, o índice Bovespa recuou 7% em termos reais e cerca de 8% em dólares

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Estratégia Mensal 31/01/2016

Suzano (SUZB5)

Recomendação: COMPRA

Preço-alvo: R$ 27,00

No momento vemos a Suzano como nossa preferência no setor de papel e celulose,

com suas ações sendo negociadas com indicadores e valuation atrativos na

comparação com os seus pares. Após o bem-sucedido lançamento da planta no Maranhão

no início de 2014, a empresa anunciou um novo plano de expansão, que irá adicionar 400

mil toneladas por ano na produção de celulose a partir do quarto trimestre de 2017. A Suzano

está lidando com os custos da madeira mais elevados, devido ao maior volume de compras

de terceiros na unidade de Mucuri (BA), mas isso deve ser revertido mais à frente. No negócio

de papel, a desvalorização do real, juntamente com esforços para combater o uso indevido

de papel importado isento de impostos ("papel imune"), possibilitou o anúncio de aumento

de 24% na linha de papéis para impressão. Além disso a Suzano permanece desenvolvendo

novas tecnologias em seu processo produtivo na área de celulose (Eucafluff). Como fatores

de risco, pode ser considerada uma eventual queda no preço da celulose (haverá aumento

de oferta pela Klabin, com o projeto Puma, e pela Fibria, com o projeto Horizonte II), uma

desaceleração na demanda, especialmente asiática, e dificuldades de abastecimento de água

na planta de Mucuri.

Telefônica Brasil (VIVT4)

Recomendação: COMPRA

Preço-alvo: R$ 52,00

A Telefônica Brasil é a opção mais atraente em nosso universo de cobertura de

telecomunicações em termos de risco-retorno, oferecendo fundamentos sólidos,

considerando o recente incremento no potencial de valorização após o aumento

dos ganhos de sinergia com a aquisição da GVT, e valorização atraente. A operação

móvel da empresa tem mostrado bom crescimento de receita, com expansão de 6% nos

últimos doze meses, enquanto as vendas líquidas de outros participantes do mercado caíram

cerca de 3%, em média. Além disso, a Telefônica Brasil apresentou melhoria consistente

em sua operação de telefonia fixa, conseguindo reverter a tendência de queda nas receitas

(+1,4% no 3T15 na comparação anual, vs. aproximadamente 4,0% de queda na

comparação anual tanto no 1T15, quanto no ano de 2014).

Os principais direcionadores das ações são: (i) entrega de sinergias da GVT; e (ii) os

rumores de consolidação da telefonia móvel no Brasil.

Entre os riscos, destacamos: (i) possível remoção do benefício fiscal dos juros sobre o

capital próprio; (ii) não entrega das sinergias da GVT; (iii) a inflação e a atividade econômica

impactando o crescimento da receita liquida; (ii) aumento da inflação e apreciação do

câmbio e seus impactos nas despesas operacionais (OPEX) e no programa de investimento

(CAPEX), respectivamente; (iv) potencial aumento do ICMS em alguns Estados.

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Estratégia Mensal 31/01/2016

Carteira de Dividendos

Focada na alta previsibilidade do fluxo de caixa gerado

pelas empresas de sua composição, a carteira é a mais

indicada para o investidor com perfil conservador.

Ressaltamos a expectativa de retorno médio via

dividendos de 7% para 2016 (medida pelo dividend

yield médio da carteira).

Em janeiro, os ativos da carteira de Dividendos

tiveram desempenho misto. No mês, as ações da

Smiles (SMLE3) destacaram-se entre as maiores

quedas. Do lado positivo, destaque para a alta das

ações da Ambev, mostrando suas características mais

defensivas. Diante da recente volatilidade das ações

da Smiles, optamos por retira-las da nossa carteira

recomendada para o mês de fevereiro.

Para o mês de fevereiro, retiramos Smiles (SMLE3), e incluímos as units da AES Tiete (TIET11).

Vol. Méd Potencial de Yield3m R$ mn Último Alvo Valorização 2016 2017 2016 2017 2016E

Ambev ABEV3 NEUTRA 213 22,1% R$ 18,7 R$ 22,00 18% 19,9 18,3 12,5 11,9 5,2%BB Seguridade BBSE3 COMPRA 133 17,3% R$ 23,1 R$ 37,00 60% 16,3 14,1 - - 7,7%Cetip CTIP3 NEUTRA 85 20,0% R$ 38,2 R$ 42,00 10% 17,7 15,4 12,7 11,0 5,5%AES Tietê TIET11 NEUTRA - 21,3% R$ 13,1 R$ 15,00 14% 7,3 7,7 4,2 4,5 13,6%Telefônica VIVT4 COMPRA 73 19,4% R$ 34,8 R$ 52,00 50% 12,6 11,2 4,5 4,2 7,9%

Fonte: Bloomberg; Ágora Corretora e Bradesco Corretora

Empresa Ticker Recomendação Peso na carteira

Preço P/L EV/EBITDA

-18,2%

-6,8%-4,9%

-3,0% -2,3%

2,0%

4,5%

-21%

-18%

-15%

-12%

-9%

-6%

-3%

0%

3%

6%

Performance Dividendos

Janeiro

Fonte: Broadcast

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Estratégia Mensal 31/01/2016

Ambev (ABEV3)

Recomendação: NEUTRA

Preço-alvo: R$ 22,00

A Ambev possui posição de liderança, marcas bem estabelecidas, fortes

fundamentos e característica defensiva. Acreditamos que ainda existe um espaço

considerável para o crescimento dos lucros em razão do aumento de produtos

Premium. Entre os principais direcionadores para as ações, podemos destacar: (i) apesar

dos desafios de volume, a companhia deve apresentar crescimento do lucro da ordem de

15% no ano de 2015, por meio da expansão de margem; (ii) a empresa está disposta a

pagar mais dividendos; (iii) a ação tem sido ajudada pela fuga para a qualidade para “nomes

defensivos”. Os principais riscos são: (i) uma piora na situação macroeconômica; e (ii)

aumento dos custos das matérias-primas.

BB Seguridade (BBSE3)

Recomendação: COMPRA

Preço-alvo: R$ 37,00

Acreditamos que a empresa possui características interessantes que a tornam

um caso único, com a combinação de forte geração de caixa e bom retorno

esperado via dividendos, como consequência de lucros em evolução e

recorrentes. As principais fontes de crescimento para a BB Seguridade são os seguros de

vida, os títulos de capitalização e os planos de previdência, que possuem margens e

crescimento em linha com o mercado. Além disso, a empresa captura integralmente o

potencial de rentabilidade do segmento de seguros, sem assumir os riscos, através da BB

Corretora. Acreditamos que os principais direcionadores no curto/médio prazos para o

papel são os balanços trimestrais e os dados mensais dos órgãos reguladores. Os principais

riscos poderiam vir dos conflitos de interesse potenciais com o controlador, eventuais

mudanças na regulação e o risco de execução, uma vez que nossas projeções assumem

grande crescimento em 2016.

Cetip(CTIP3)

Recomendação: NEUTRA

Preço-alvo: R$ 42,00

A despeito do atual cenário macroeconômico, os dados operacionais da Cetip

permanecem robustos, nos deixando confiantes que a empresa será capaz de

entregar crescimento de receitas na casa de dois dígitos em 2015, impulsionado

pelos registros de CDBs abaixo de R$ 50 mil, novos estados ingressando no sistema

Sircof Light e receitas em elevação em outros segmentos de negócios. Além disso,

acreditamos que mais detalhes poderão se tornar disponíveis a respeito da formalização

eletrônica e registro de hipotecas, gerando potencial de valorização adicional ao nosso preço-

alvo para a ação no futuro. Tudo considerado, vemos Cetip como uma interessante

alternativa defensiva. Como fatores de risco, podem ser citados o ambiente competitivo e a

possível desaceleração da atividade de crédito, além de eventuais mudanças na linha de

negócios de controle de gravames de financiamentos de veículos.

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Estratégia Mensal 31/01/2016

AES Tietê (TIET11)

Recomendação: NEUTRA

Preço-alvo: R$ 15,00

Vemos a empresa como uma clássica pagadora de dividendos, adequada para

investidores mais defensivos, oferecendo uma TIR (taxa interna de retorno) real

das mais elevadas entre as demais empresas de geração. A empresa se beneficiou

do melhor momento para a venda de energia do longo prazo e negociou boa parte da

energia que estava descontratada a partir de 2016, quando expira o contrato com a AES

Eletropaulo. Com isso, a empresa já reduziu significativamente a sua exposição ao

mercado spot. Entre os principais riscos que enxergamos é uma piora na situação

hidrológica do país, uma vez que a AES Tietê é 100% exposta a geração hidrelétrica.

Telefônica Brasil (VIVT4)

Recomendação: COMPRA

Preço-alvo: R$ 52,00

A Telefônica Brasil é a opção mais atraente em nosso universo de cobertura de

telecomunicações em termos de risco-retorno, oferecendo fundamentos sólidos,

considerando o recente incremento no potencial de valorização após o aumento

dos ganhos de sinergia com a aquisição da GVT, e valorização atraente. A operação

móvel da empresa tem mostrado bom crescimento de receita, com expansão de 6% nos

últimos doze meses, enquanto as vendas líquidas de outros participantes do mercado

caíram cerca de 3%, em média. Além disso, a Telefônica Brasil apresentou melhoria

consistente em sua operação de telefonia fixa, conseguindo reverter a tendência de queda

nas receitas (+1,4% no 3T15 na comparação anual, vs. aproximadamente 4,0% de queda

na comparação anual tanto no 1T15, quanto no ano de 2014).

Os principais direcionadores das ações são: (i) entrega de sinergias da GVT; e (ii) os

rumores de consolidação da telefonia móvel no Brasil.

Entre os riscos, destacamos: (i) possível remoção do benefício fiscal dos juros sobre o

capital próprio; (ii) não entrega das sinergias da GVT; (iii) a inflação e a atividade

econômica impactando o crescimento da receita liquida; (ii) aumento da inflação e

apreciação do câmbio e seus impactos nas despesas operacionais (OPEX) e no programa

de investimento (CAPEX), respectivamente; (iv) potencial aumento do ICMS em alguns

Estados.

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Estratégia Mensal 31/01/2016

Carteira Arrojada

Constituída por cinco ações, é a carteira que normalmente apresenta o maior nível de risco e também o maior potencial de valorização em um cenário positivo para a bolsa.

Na Carteira Arrojada, no mês de janeiro, os ativos tiveram desempenho misto, conforme pode ser observado no gráfico ao lado.

Para o mês de fevereiro, optamos por retirar as

ações da SLC Agrícola (SLCE3). No lugar, incluímos

os ativos da BRF (BRFS3).

Vol. Méd Potencial de Yield3m R$ mn Último Alvo Valorização 2016 2017 2016 2017 2016E

BRF BRFS3 COMPRA 176 17,4% R$ 48,2 R$ 75,00 56% 12,0 10,5 8,0 6,7 3,3%Energias do Brasil ENBR3 COMPRA 23 21,9% R$ 12,1 R$ 15,50 28% 12,4 11,1 5,1 5,0 2,5%Hypermarcas HYPE3 COMPRA 63 24,2% R$ 22,4 R$ 30,00 34% 22,6 15,4 11,8 10,3 1,1%Kroton KROT3 COMPRA 115 17,7% R$ 8,5 R$ 14,20 67% 7,4 6,4 6,7 6,0 6,8%Suzano SUZB5 COMPRA 95 18,9% R$ 16,0 R$ 27,00 69% 15,2 6,7 6,1 5,1 1,7%

Fonte: Bloomberg; Ágora Corretora e Bradesco Corretora

Empresa Ticker Recomendação Peso na carteira

Preço P/L EV/EBITDA

-14,7%

-10,8%

-6,8%

-4,4%

-0,5%

0,7%

2,9%

-18%

-15%

-12%

-9%

-6%

-3%

0%

3%

6%

Performance Arrojada

Janeiro

Fonte: Broadcast

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Estratégia Mensal 31/01/2016

VISÃO MACROECONÔMICA

Diferentemente dos meses anteriores, quando os direcionadores do Brasil eram, sobretudo, políticos, no mês de janeiro

de 2016 vivemos uma dinâmica completamente diferente: questões econômicas tiveram predominância, especialmente

aspectos relacionados aos próximos passos da política monetária do Banco Central. O recesso do Congresso foi, sem

dúvida, a razão principal para o período mais “calmo”, no que se refere às variáveis políticas. Contudo quando o Parlamento

retomar às suas atividades, no próximo dia 02 de fevereiro, as discussões desta natureza devem voltar ao radar dos

investidores. Continuamos com a visão de que a aprovação este ano da CPMF é improvável e que, o superávit do saldo

primário de 0,5% do PIB continua a ser bastante difícil de ser alcançado. Dito isto, a atenção dos investidores se concentra

agora para onde caminhará a taxa Selic. O Banco Central deu todas as indicações possíveis de que a taxa de juros subiria

até poucos dias antes da última reunião do Copom. Mas uma declaração de última hora do presidente do Banco Central

mudou drasticamente o cenário. O fato é que, a declaração da revisão das previsões de crescimento pelo FMI levou os

mercados a praticamente abandonarem uma postura mais firme neste encontro do Copom. A taxa foi mantida em 14,25%.

Considerando o cenário atual, entendemos que as chances da taxa de juro subir novamente são escassas. Mudamos o

nosso call de elevação da taxa básica de juros de 1 ponto percentual para zero em 2016.

A preocupação com relação ao mercado de crédito continuou em dezembro, de forma que os números consolidados de

2015 indicam uma desalavancagem (redução do endividamento da população), com um crescimento da carteira total de

crédito de 6,6%, resultado abaixo do crescimento nominal do PIB e também abaixo da inflação.

Uma nova rodada de pressão nas contas fiscais poderá ser observada, embora de forma diferente à registrada no início de

2015. Desta vez os mercados estão mais conscientes do problema para entregar o superávit primário de 0,5% do PIB,

enquanto no início de 2015, os agentes de mercado ainda acreditavam na possibilidade da entrega de superávit primário

de 1,2% do PIB.

Mantemos nossa visão de que o ambiente econômico global não aponta para uma recuperação no curto prazo. As tensões

no campo político devem voltar, mas no fim, tanto o risco cambial, quanto os CDS, continuam a ser muito pressionados,

limitando a possibilidade de novos recuos no curto prazo.

Projeções Econômicas

Indicador 2011 2012 2013 2014 2015E 2016E 2017E

Crescimento Real do PIB (%) 2,7 1,0 2,5 0,1 -3,8 -2,7 1,0

Taxa de câmbio - Final (R$/US$) 1,88 2,04 2,34 2,66 3,90 4,30 4,56

IPCA (% aa) 6,50 5,84 5,90 6,40 10,70 7,20 5,80

Meta SELIC - Final (%) 11,00 7,25 10,00 11,75 14,25 14,25 13,00Fonte: Bradesco e Ágora Corretoras

Projeções Econômicas

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Estratégia Mensal 31/01/2016

Este relatório foi preparado pelas equipes de análise de investimentos da Ágora Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. (“Ágora”) bem como da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários (“Bradesco Corretora”), sociedades controladas pelo Banco Bradesco BBI S.A. (“BBI”). O presente relatório se destina ao uso exclusivo do destinatário, não podendo ser, no todo ou em parte, copiado, reproduzido ou distribuído a qualquer pessoa sem a expressa autorização da Ágora e da Bradesco Corretora.

Este relatório é distribuído somente com o objetivo de prover informações e não representa uma oferta de compra e venda ou solicitação de compra e venda de qualquer instrumento financeiro. As informações contidas neste relatório são consideradas confiáveis na data de sua publicação. Entretanto, as informações aqui contidas não representam por parte da Ágora ou da Bradesco Corretora garantia de exatidão dos dados factuais utilizados. As opiniões, estimativas, projeções e premissas relevantes contidas neste relatório são baseadas em julgamento do(s) analista(s) de investimento envolvido(s) na sua elaboração (“analistas de investimento”) e são, portanto, sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado.

O Relatório Estratégia Mensal, contendo as Carteiras Recomendadas por analistas da Ágora e Bradesco Corretora e que é divulgado no último dia útil de cada mês, contém ativos financeiros que poderão ser utilizados por gestores de carteiras do Grupo Bradesco ou por gestores de clubes de investimentos administrados por empresas do grupo Bradesco, no próximo dia útil subsequente à sua divulgação. Destacamos que todas as informações presentes nos relatórios seguem políticas internas de compliance, e portanto são divulgadas simultaneamente para toda a base de clientes, incluindo clubes de investimento ou empresas do Grupo Bradesco.

Declarações dos analistas de investimento envolvidos na elaboração deste relatório nos termos do art. 17 da Instrução CVM 483:

O(s) analista(s) de investimento declara(m) que as opiniões contidas neste relatório refletem exclusivamente suas opiniões pessoais sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Ágora, à Bradesco Corretora, ao BBI e demais empresas do Grupo Bradesco.

A remuneração do(s) analista(s) de investimento está, direta ou indiretamente, influenciada pelo resultado proveniente dos negócios e operações financeiras realizadas pela Ágora, Bradesco Corretora e BBI.

Declarações nos termos do art. 18 da Instrução CVM 483:

O Banco Bradesco S.A. tem participação acionária indireta, por meio de suas subsidiárias, acima de 5% nas empresas: Cielo S.A., Fleury S.A., IRB Brasil Re. A BRADESPAR S.A., cujo grupo controlador é composto pelos mesmos acionistas que controlam o Bradesco, tem participação acima de 5% na VALE S.A..

Ágora, Bradesco Corretora, Bradesco BBI e demais empresas do grupo Bradesco têm interesses financeiros e comerciais relevantes em relação ao emissor ou aos valores mobiliários objeto de análise.

O Bradesco BBI está participando como coordenador na oferta de distribuição pública de debêntures da Concessionária do Sistema Anhanguera Bandeirantes S.A. – AutoBan, assim como, na oferta de distribuição pública de ações da IRB Brasil Re e Caixa Seguridade Participações S.A..

Nos últimos 12 meses, o Bradesco BBI participou como coordenador nas ofertas públicas de distribuição de títulos e valores mobiliários das companhias: Somos Educação, Concessionária do Sistema Anhanguera-Bandeirantes, Comgás, Telefônica, Vale, FPC Par Corretora, Valid e Metalúrgica Gerdau.

Nos últimos 12 meses, a Ágora e/ou a Bradesco Corretora participaram, como instituições intermediárias, das ofertas públicas de títulos e valores mobiliários das companhias: AES Tietê, Concessionária do Sistema Anhanguera-Bandeirantes, Comgás, Telefônica, Vale, FPC Par Corretora e EDP Energias do Brasil.

A Bradesco Corretora recebe remuneração por serviços prestados como formador de mercado de ações da Alpargatas (ALPA4), General Shopping (GSHP3) e Helbor (HBOR3) . O Bradesco recebe remuneração por serviços prestados como formador de mercado de debêntures da USIMINAS e BNDESPAR, e cotas do Fundo Imobiliário BB Progressivo II.

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Estratégia Mensal 31/01/2016

ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

Diretor de Research

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Economista-chefe

Dalton Gardimam [email protected]

Estrategista de Análise Varejo

Jose Francisco Cataldo Ferreira +55 21 2529 0808 [email protected]

Analista de Investimentos Sênior

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Analista de Investimentos

Ricardo Faria França +55 11 2178 4202 [email protected]

Assistentes de Análise

Flávia Andrade Meireles +55 11 2178 4210 [email protected]

Renato Cesar Chanes +55 11 2178 4063 [email protected]

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Área Comercial PRIVATE/CORPORATE/EMPRESAS [email protected] +55 11 2178-5089

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