30 e 31 de agosto de 2019 - belo horizonte · nista e psicólogo e os pacientes listados como...

35
Resumos dos trabalhos científicos Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte

Upload: others

Post on 30-May-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Resumos dos trabalhos científi cos

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI

30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte

Page 2: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte

PRESIDENTEClayton Lima Melo (MG)

COMISSÃO CIENTÍFICA E ORGANIZADORAMaria Carolina de Lima Faria Moraes (MG) - Presidente

Celi Vieira Novaes (DF)Cíntia Johnston (SP)Michelle Nunes (RN)

Raquel Pusch de Souza (PR)Sandra Justino (PR)

COMISSÃO AVALIADORA DOS TRABALHOS SUBMETIDOS PARA O SIMPÓSIOAna Carolina Alves Fabrini Magalhães (MG)

Ann Kristine Jansen (MG)Camila de Freitas Martins Soares Silveira (GO)

Carlos Fernando Ronchi (MG)Celi Novaes Vieira (DF)

Cíntia Johnston (SP)Clarissa Simon Factum (MG)

Clayton Lima Melo (MG)Daniel da Cunha Ribeiro (MG)

Fernanda Saboya Rodrigues Almendra (RJ)José Melquiades Ramalho Neto (PB)

José Ribamar do Nascimento Junior (SP)Luiz Alberto Forgiarini Junior (RS)

Maria Carolina de Lima Faria Moraes (MG)Mariana Batista Leite Leles (GO)

Michelle Silva Nunes (RN)Roquélia Ferreira Caetano Guedes (MG)

REALIZAÇÃOAssociação de Medicina Intensiva Brasileira

Sociedade Mineira de Terapia Intensiva

Page 3: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte

Simpósio AMIB Multiprofissional em UTI (II.: 2019; Belo Horizonte, MG)

Anais [eletrônico] / II Simpósio AMIB Multiprofissional em UTI, 30 e

31 de agosto de 2019. - - Belo Horizonte, Associação de Medicina

Intensiva Brasileira/Sociedade Mineira de Terapia Intensiva, 2019.

33 p.

1. Terapia Intensiva 2. Equipe multiprofissional 3. Enfermagem

4. Fisioterapia 5. Farmácia 6. Nutrição 7. Psicologia I. Título

ISBN 978-85-63887-06-1 WX-218

Page 4: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

SUMÁRIO

Multiprofi ssional ...................................................................................................................................................................4

Enfermagem ..........................................................................................................................................................................14

Fisioterapia ...............................................................................................................................................................................19

Farmácia ..................................................................................................................................................................................25

Nutrição ...................................................................................................................................................................................28

Odontologia ..........................................................................................................................................................................29

Psicologia ................................................................................................................................................................................ 32

Page 5: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

4

APRESENTAÇÃO E-PÔSTER

EP-002

Música na unidade de terapia intensiva: melodia para voz do coração

Valquíria Martins de Brum1, Micheli Aline Zeppe 1

1Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) - Santa Maria (RS), Brasil

Objetivo: Apresentar o trabalho desenvolvido por residentes da equipe multiprofi ssional, com o uso de música tocada em violão, em unidade de terapia intensiva (UTI) de Hospital Escola do interior do Rio Grande do Sul com os pacientes internados. Métodos: Fazendo uso de escuta sensível, violão e o que o paciente levanta enquanto demanda, residentes da equipe multiprofi ssional (cirurgiã dentista, psicóloga, enfermei-ro, fi sioterapeuta e fonoaudióloga) organizam momentos, pactuados junto a equipe vinculada ao serviço da unidade e junto aos próprios pacientes, de descontração e expressão livre dos sentimentos. Para isso, busca-se atender ao perfi l expressado pelos pacientes a fi m de possibilitar maior auto-nomia aos mesmos. A duração dos momentos varia conforme a rotina da unidade no momento em questão, podendo variar de 10min à 1h. Resultados: Essa experimentação vem trazendo repercus-sões positivas para o ambiente da unidade. Conforme o perfi l da intervenção, os pacientes referem alegria, paz, expressam religiosidade e se manifestam em relação ao momento crítico que representa estar internado em uma UTI. Em consonância, a música vem trazendo repercussões positivas também para os profi ssionais do serviço, que relatam o quanto o ambiente fi ca mais leve e agradável com as intervenções realizadas. Conclusão: A música na UTI em questão tem se mostrado uma importante tecnologia leve para o cuidado dos pacientes e profi ssionais que integram o serviço. Sendo assim, a equipe de profi ssionais residentes busca se aprimorar nessa aborda-gem e vincular um serviço que garanta a continuidade e a expansão das intervenções musicais.

EP-001

Construção do aplicativo móvel e-DOADOR para otimização da doação de órgãos

Daniel Ribeiro Soares de Souza1, Alexandre Souza Silva2

1Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Macaé (RJ), Brasil; 2Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil

Objetivo: Dentre todas as evoluções tecnológicas, a popu-larização dos celulares inteligentes, os smartphones, tem sido considerada por muitos a de maior impacto nos últimos tempos, especialmente para utilização entre profi ssionais de saúde. (Tibes; Dias; Zem-Mascarenhas, 2014). O estudo teve como objetivos: Criar um aplicativo para dispositivos móveis para otimização do processo de doação e transplante no Brasil e mensurar a aplicabilidade e funcionalidade do aplicativo através de um questionário validado de funciona-lidade.Métodos: Trata-se de um estudo exploratório de desenvolvi-mento experimental de um protótipo, desenvolvido nas pla-taformas Android e iOS. O referido projeto foi desenvolvido em duas partes, sendo assim subdividas: a) Fase 1: cons-trução do protótipo: Para o desenvolvimento do aplicativo, foi realizada a construção pelo próprio autor, através de um sistema online; b) Fase 2: Avaliação de usabilidade: Após a construção primária do protótipo, foi aplicado o questionário validado de usabilidade. Resultados: A presente etapa do estudo consistiu na elabora-ção de um protótipo de aplicativo móvel para smartphones, dividido em 6 atividades (formulação, planejamento, análi-se, engenharia, teste e avaliação). A composição do conteúdo textual seguiu as principais referências em publicações na-cionais sobre o assunto, incluindo a legislação federal exis-tente. Os resultados dessa etapa foram agrupados em quatro tópicos, sendo distribuídos em: disposição do conteúdo, es-trutura, desenvolvimento de ícones e recursos de navegação. Conclusão: Ao fi nal da avaliação, obteve-se a pontuação de 65,2 pontos, caracterizada como "usabilidade muito alta", maior categoria defi nida pelo instrumento. e a escolha so-mente do autor para avaliação visou proteger o protótipo de possíveis plágios.

MULTIPROFISSIONAL

Page 6: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

5

EP-003

Simulação realística como estratégia de envolvimento dos pacientes no processo perioperatório de cirurgia cardíaca: um relato de experiência multiprofi ssional

Narcisa Silveira de Paula Fonseca1, Andrezza Serpa Franco2, Roberto Carlos Lyra da Silva3, Guilherme Pinheiro Duque Estrada1, Elbanir Rosangela Ferreira de Sousa1, Elizabete Novello Ferreira1, Aline Cristine Babtista1, Ana Lucia Cascardo Marins2

1Hospital Universitário Pedro Ernesto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil; 2Faculdade de Enfermagem, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil;3Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil

Objetivo: Apesar dos avanços da medicina na cirurgia car-díaca, o conhecimento dos pacientes sobre as tecnologias e papel da equipe multidisciplinar no processo perioperatório parece ainda ser incipiente. O objetivo deste estudo foi rela-tar a experiência multiprofi ssional na inserção do paciente no processo perioperatório através da realização da simulação realística dentro do ambiente hospitalar.Métodos: Trata-se de um relato de experiência da equipe multiprofi ssional acerca da utilização da simulação realística in loco para os pacientes em pré-operatório de cirúrgica car-díaca. O estudo foi realizado em um Hospital Universitário do Estado do Rio de Janeiro. Participaram do estudo: Fisio-terapeuta, Enfermeiro, residentes de enfermagem, Nutricio-nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca.Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento de paciente em pós-operatório imediato no leito de isolamento da unidade cardio intensiva cirúrgica. Foram acomodados 16 pacientes e seus respetivos familiares próximos ao cenário. A primeira etapa constou sobre a explicação do método de en-sino e dúvidas a respeito do pré-operatório. Posteriormente foi iniciada a simulação da chegada do paciente no pós-ope-ratório, em cada etapa um profi ssional responsável inserido na simulação contextualizava a importância dos cuidados, intervenções e tecnologias utilizadas durante a internação.Conclusão: Ao fi nal da simulação, os pacientes demons-traram maior segurança para realizar a cirurgia e melhor o entendimento sobre o papel multiprofi ssional como um faci-litador do processo de recuperação. Este estudo possibilitou aproximar a equipe multiprofi ssional no papel de educação em saúde e maior envolvimento do paciente como protago-nista da sua recuperação.

EP-004

Atendimento de usuários no protocolo de acidente vascular encefálico hiperagudo: relato de caso

Nerllem Martins Maschmann1, Alexandra Santos do Carmo1, Marcela Rangel de Almeida1

1Hospital Regional Público do Leste - Paragominas (PA), Brasil

O atendimento de pacientes vítimas de acidente vascular en-cefálico isquêmico dentro da janela de 4,5 horas tem sido um grande diferencial na atuação do Hospital Regional Público do Leste, no município de Paragominas no Pará. O protocolo de AVC hiperagudo foi implantado em 2017. Foram atendi-dos 40 pacientes, no período de 2017 até 2019. Sendo que, a porcentagem de usuários que receberam alta hospitalar me-lhorada foi de 82,5. O fl uxo de atendimento estabelecido é o seguinte: o serviço de Regulação, recebe as informações via telefone de usuários com possível diagnóstico de AVE, e repassa de forma imediata as informações para o médico de referência. Na sua chegada ao hospital, o paciente recebe a avaliação inicial, incluindo exame físico, aferição de sinais vitais e glicemia, aplicação de escalas neurológicas, reali-zação de tomografi a computadorizada de crânio e coleta de exames laboratoriais. Nos casos, de usuários dentro do crité-rio de inclusão estabelecido, administrasse-se o trombolítico conforme o peso do paciente. O plano terapêutico prevê a alta hospitalar deste paciente em até 10 dias. Os indicadores de acompanhamento do protocolo estão relacionados a ade-são da equipe interdisciplinar, o tempo médio entre a entrada do usuário e a administração do trombolítico, reavaliação de imagem de tomografi a de crânio após 24 horas da realização do trombolítico. O sucesso na implementação deste proto-colo é multifatorial: treinamentos frequentes de atualização, engajamento e agilidade da equipe interdisciplinar, que tem como meta cumprir o plano terapêutico e com isso, garantir a desospitalização deste paciente.

Page 7: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

6

EP-005

Conhecimento e percepção de concluintes de Medicina e médicos docentes sobre doação de órgãos e tecidos para transplantes

Ana Emília Vita Carvalho1, Patrícia Henriques2

1Centro Universitário do Estado do Pará - Belém (PA), Brasil; 2Central Estadual de Transplantes - Belém (PA), Brasil

Objetivo: Descrever conhecimentos/percepções de con-cluintes e médicos docentes do curso de Medicina do Centro Universitário do Estado do Pará sobre doação e transplantes em compatibilidade com o Programa Brasileiro.Métodos: 73 participantes: 22 médicos (G1) e 51 alunos do 6o ano (G2) do curso, responderam um questionário com 33 questões. Para análise qualitativa e quantitativa dos dados, foi utilizado o software BioEstat 5.5 e resultados p=0.05 fo-ram considerados estatisticamente signifi cativos. Resultados: Respectivamente para G1 e G2, predominou o sexo feminino (73% /62,8%); idade média = 43,6/25,4 anos; 95,5%/82,2% acusaram ter religião, sendo 61,9%/73,3% de orientação católica. Foram favoráveis à doação para transplantes 95,5%/92%, todavia demonstrando forte con-cepção de "haver confl ito entre religião e transplantes" (81,8%/90,2%). Sem diferença signifi cativa em G1, 32% do G2 indicaram "propaganda e mídia" como sua principal fon-te de informação até o momento e ambos os grupos julgaram "regular" a qualidade dos seus conhecimentos. 98% dos alu-nos e 100% dos docentes desejaram obter informações sobre o tema. Foi produzido um Minimum Viable Product - MVP para aplicativo de celular (app), nomeado Vida+ disponibi-lizando acesso rápido e ágil às informações básicas sobre o assunto como feedback aos participantes e outras pessoas. Conclusão: Foram identifi cadas opiniões/ necessidades teó-rico-práticas dos participantes sobre as obrigações previstas no Programa; cenários de aprendizagem/trabalho; criando espaço de diálogo e sensibilização na formação médica.

EP-006

Efetividade do protocolo de prevenção de infecção urinária associada ao cateter vesical de demora em pacientes internados na unidade de terapia intensiva de um hospital particular de Nova Lima-MG

Gláucia Helena Chaves de Souza1, Melicia Cinqui Martins Gomes1, Hugo Corrêa de Andrade Urbano1, Ludmila Barbosa de Almeida1, Paloma Bispo Gomes1, Ana Luisa Silva Bernardes1

1Hospital Vila da Serra - Nova Lima (MG), Brasil

Objetivo: O cateterismo vesical de demora (CVD) é um pro-cedimento invasivo muito comum nos pacientes internados na UTI e contribui para o aumento da taxa de infecção. Os cuidados preventivos tornam-se passíveis de investigação, devido sua alta incidência e suas signifi cativas consequên-cias clínicas e fi nanceiras. Analisar o impacto da adesão às práticas de prevenção e da taxa de efetividade do protocolo de infecção urinária associada ao cateter vesical de demora. Métodos: Estudo descritivo retrospectivo realizado a partir da análise do gerenciamento dos pacientes internados e que tiveram a inserção do CVD e análise das taxas de infecção no período de janeiro de 2018 a maio de 2019.Resultados: Estiveram internados 2.284 pacientes e 843 pacientes (36,9%) tiveram a inserção de cateter vesical de demora, totalizando 4.260 cateteres/dia. Destes, 17 pacien-tes desenvolveram infecção urinária (ITU), o que equivale a 95,2% de efetividade (4,8%0 média da taxa de infecção por 1000 cateteres/ dia) em busca ativas realizadas pela Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. A adesão aos marcadores foi de 91,25%, a maior fragilidade está na retirada em até 72 horas. A média de permanência com CVD foi de 4,1 dias.Conclusão: Houve a inserção do CVD em 36,9% dos pacien-tes internados e 2% apresentaram infecção urinária associada ao dispositivo invasivo, portanto conclui-se que a adoção de práticas preventivas durante a inserção e manutenção do cate-ter pela equipe multidisciplinar é de fundamental importância para prevenção de infecção, cuja efetividade foi de 95,2%.

Page 8: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

7

EP-007

Efetividade do protocolo de prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica em pacientes internados na unidade de terapia intensiva de um hospital particular de Nova Lima -MG

Gláucia Helena Chaves de Souza1, Juliana Doro1, Hugo Corrêa de Andrade Urbano1, Ludmila Barbosa de Almeida1, Paloma Bispo Gomes1, Ana Luisa Silva Bernardes1

1Hospital Vila da Serra - Nova Lima (MG), Brasil

Objetivo: O uso do suporte ventilatório invasivo nas UTIs foi um avanço no tratamento da insufi ciência respiratória, apesar dos benefícios, pode gerar uma série de efeitos ad-versos, entre eles a maior probabilidade de infecções respi-ratórias, com a pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV). A PAV é conceituada como uma infecção pulmonar que surge 48 a 72 h após intubação endotraqueal e instituição da ventilação mecânica invasiva. Analisar o impacto da ade-são às práticas de prevenção com as taxas de efetividade do protocolo de prevenção de pneumonia associada a ventilação mecânica. Métodos: Estudo descritivo retrospectivo realizado a partir da análise do gerenciamento dos pacientes internados e que estiveram sob ventilação mecânica e da análise das taxas de infecção no período de janeiro de 2018 a maio de 2019. Resultados: Estiveram internados 2.284 pacientes na UTI Adulto e 440 pacientes (19,3%) estiveram sob ventilação mecânica, totalizando 3.355 ventilação/dia. Destes, 15 pa-cientes desenvolveram pneumonia (PAV) o que equivale a 95,5% de efetividade (4,7%0 média da taxa de infecção por 1000 respiradores/dia) em busca ativas realizadas pela Ser-viço de Controle de Infecção Hospitalar. A média de adesão aos marcadores de prevenção foi de 92,7%, a maior fragili-dade é a interrupção diária de sedação. Conclusão: Estiveram sob ventilação mecânica invasiva 19,3% dos pacientes internados e 3,4% apresentaram pneu-monia associada ao dispositivo invasivo, portanto conclui-se que a adoção de práticas preventivas pela equipe multidisci-plinar é de fundamental importância para prevenção de in-fecção, cuja efetividade foi de 95,5%.

EP-008

Experiência familiar sobre a atuação da equipe multidisciplinar em paciente crítico de longa permanência em uma unidade de terapia intensiva

Alessandra Gomes Chauvin1, Nicole Ramos de Arruda1, Simone Moreira de Oliveira1, Renata Alves dos Santos Barrios1, Ana Paula Gimenes Vals1

1Hospital Unimed Campo Grande - Campo Grande (MS), Brasil

Pancreatite aguda grave está associada a importante consumo de recursos humanos e técnicos, além de taxa de mortalidade e tempo de internação, elevados. Paciente J.A.R admitido em Unidade de Terapia Intensiva com choque séptico secundário a pancreatite necrotizante. Após 73 dias de internação ini-ciou-se o trabalho de preparação familiar para alta da unidade crítica. O desequilíbrio emocional e fragilidades dos familia-res são evidenciados durante o período de internação hospi-talar prolongada. À medida que as condições clínicas se esta-bilizam é possível estreitar o vínculo da família com a equipe de saúde para iniciar o processo de transferência de cuidados. Houve a oportunidade de extrair a experiência vivenciada pela esposa do paciente que relatou como principais atitudes da equipe multidisciplinar: dedicação em compartilhar os en-sinamentos para o auxílio nas técnicas de higiene, aspirações, exercícios ativos, manobras fonoaudiológicas, orientações nutricionais imprescindíveis para a reabilitação do paciente. A acompanhante considerou fundamental seu envolvimento no processo terapêutico para a aquisição de confi ança e segu-rança no cuidado sentindo-se acolhida pela equipe. Destacou também, que valoriza a tecnologia e dedicação dos profi s-sionais, mas acima de tudo, as atitudes de respeito e consi-deração, julgando-as indispensáveis na relação interpessoal. Após experiência positiva de inclusão do familiar no cuidado do paciente crítico bem como sua capacitação para a trans-ferência de cuidado na alta, viu-se a importância da atuação multidisciplinar junto às famílias e a sensibilização da equipe em identifi car familiares que estejam estruturados e que se sintam aptos para integrar o processo de cuidado.

Page 9: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

8

EP-009

Gestão de profi laxia de tromboembolismo venoso em unidade de terapia intensiva de um hospital particular do Rio de Janeiro

Cristiane Rocha Castanho1, Pedro Alberto Varaschin1, Paula Rezende Paiva1, Pedro Henrique Barbosa D'Almeida1, Claudio Lauria Vaz1, Flavia Castellar Gomes da Silva1, Heverton Conceição Sobral da Cunha1, Ursula Magliano de Mello1

1Hospital Pasteur - Rio de Janeiro (RJ), Brasil

Objetivo: O objetivo deste trabalho é conseguir reduzir a taxa de incidência de tromboembolismo venoso (TEV) e suas complicações nos pacientes internados na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Pasteur através da redu-ção do tempo para início da profi laxia.Métodos: O estudo foi iniciado em maio de 2018 e todos os pacientes admitidos na UTI foram avaliados. Foi realizada uma auditoria dos protocolos abertos de TEV no momento da admissão no CTI. Avaliamos o risco de desenvolvimento de TEV de acordo com o escore IMPROVE, a existência de internação recente, qual a profi laxia utilizada, a assertividade do método e o tempo para início da profi laxia. Correlaciona--se esses fatores com o desenvolvimento de TEV e o desfe-cho na alta hospitalar. Resultados: Os dados coletados geram a tabela de auditoria tornando possível a realização de feedback e treinamento da equipe, a fi m de identifi car fragilidades e desenvolver estra-tégias para a correção das mesmas. Com as medidas tomadas ocorreu uma redução gradativa do tempo de início de profi -laxia. Já foi também identifi cado a importância do início da profi laxia na emergência, visto que algumas vezes o tempo entre a admissão na emergência e no CTI é prolongado. Conclusão: Reduzir o tempo de início de profi laxia de TEV requere uma ação multiprofi ssional e multissetorial interhos-pitalar, com a adesão e iniciativa de todo o grupo, para que assim o protocolo proposto seja efetivo, alcançando os resul-tados desejados.

EP-010

Síndrome neuroléptica maligna em paciente grande queimado: relato de caso

Mônica Lopes Tonello1, Thuanny Ferreira Avila1, Aline Daiane Steffen Kemmerich1, Tatiane Tisatto1, Vinícius Guimarães Tinoco Ayres2, Vanessa Hegele2

1Residência Multiprofi ssional em Saúde, Programa de Atenção ao Paciente Crítico, Grupo Hospitalar Conceição - Porto Alegre (RS), Brasil; 2Hospital Cristo Redentor - Porto Alegre (RS), Brasil

Síndrome neuroléptica maligna é uma emergência neuro-lógica com risco de óbito associada aos neurolépticos e caracterizada por alteração do estado mental, hipertermia, rigidez muscular e disautonomia. Paciente masculino, 75 kg, 18 anos, admitido na unidade de terapia intensiva devido queimadura por chama envolvendo aproximadamente 40% da superfície corporal. Transferido do interior do estado em ventilação mecânica 72h após o incidente por transporte aé-reo da Força Aérea Brasileira. Durante internação, realizou desbridamentos e apresentou episódios de infecção respi-ratória tratados com antibióticos. No 20º dia de internação, apresentava estado comatoso após 96h de pausa da sedação. Havia suspeita de complicação neurológica e realizou-se to-mografi a de encéfalo que não evidenciou alterações. Evoluiu com abertura ocular espontânea, sem interação com exami-nador, apresentando quadro catatônico. Também apresenta-va hipertermia persistente (até 41ºC) sem evidência de foco infeccioso. Ao exame físico destacava-se importante rigidez muscular, episódios de diaforese, hipertensão, taquicardia e taquipneia. Por suspeita de síndrome neuroléptica maligna, haloperidol e metoclopramida foram suspensos. Recebia 5 mg de haloperidol de 8/8h no momento da suspensão (intro-duzido devido a episódios de despertar com intensa agitação psicomotora observados desde o início da internação). Admi-nistrou-se dantroleno em dois momentos, nas doses de 60mg seguidos de 2,5 mg/kg. Devido a resposta parcial (melhora da curva térmica, redução da rigidez muscular) foi confi rma-do o diagnóstico e iniciado amantadina 100mg 12/12h. Após 5 dias, apresentou melhora sustentada da curva térmica e ri-gidez muscular, iniciando verbalização. Após 10 dias, houve remissão total dos sintomas e alta hospitalar.

Page 10: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

9

EP-011

Suspeita de disfunção hepática induzida por daptomicina em paciente com endocardite infecciosa em unidade de terapia intensiva

Alessandra Gomes Chauvin1, Renata Alves dos Santos Barrios1, Selma Lucia da Costa Xavier1, André Paulo de Medeiros Oliveira1

1Hospital Unimed Campo Grande - Campo Grande (MS), Brasil

A endocardite infecciosa é uma doença de diagnóstico e tra-tamento complexos. Com o crescimento da resistência mi-crobiana, tornou-se evidente novas estratégias contra bacté-rias multirresistentes, por exemplo, a Daptomicina. Paciente K.P.C, 30 anos, feminino, admitida em unidade de terapia intensiva por choque séptico devido endocardite. Históri-co de diabetes mellitus, hipertensão arterial e insufi ciência renal crônica dialítica. Iniciou-se tratamento empírico com Meropenem e Daptomicina. No dia seguinte foi associada cobertura antifúngica com Micafungina. Após dois dias, a paciente evoluiu com insufi ciência hepática aguda (TGP: 4.769; TGO: 4.858; RNI: 3,20), sendo suspeitado de hepa-totoxicidade induzida pela Daptomicina. O medicamento foi substituído por Teicoplanina. Como conseqüência dessa reação adversa foi necessário o adiamento da cirurgia cardí-aca. Após 24 horas de suspensão da Daptomicina observou--se uma redução expressiva dos valores das transaminases (TGP: 2.680; TGO: 1443;). Os resultados das hemoculturas foram positivos para Staphylococcus epidermidis com an-tibiograma possibilitando a permanência da terapêutica em curso e suspensão de Micafungina. Programou-se novamen-te a cirurgia cardíaca com a evidente recuperação da função hepática (TGP: 426; TGO: 142; RNI: 2,10). Nesse tempo de espera adicional observou-se progressiva isquemia de extre-midades com Doppler vascular sugerindo microembolização. Na intervenção cirúrgica verifi cou-se acometimento infeccio-so de outras duas válvulas e necessidade de realização das trocas, não sendo possível, porém, a estabilização da função cardíaca a ponto de independência da circulação extracorpó-rea. Paciente evoluiu com óbito. Ressalta-se necessidade de identifi cação de reações adversas e estudos para estabelecer segurança medicamentosa.

EP-012

Terapia nutricional no paciente crítico: tempo para início e progressão da dieta

Karla Cristina Queiroz1, Gicele Mendes Chagas1, Eliana Ferreira da Silva1, Vanessa Moreira da Rocha1, Poliana Casagrande Ribeiro Vieira1, Raquel Fernandes Costa1, Vanessa Rodrigues da Silva1

1Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Belo Horizonte (MG), Brasil

Objetivo: Avaliar se o tempo para início e progressão da te-rapia nutricional em pacientes críticos atende às recomenda-ções da literatura. Métodos: Avaliou-se pacientes adultos admitidos no centro de terapia intensiva e unidade coronariana de um hospital universitário, de fevereiro a junho de 2019, que permane-ceram nas unidades por no mínimo 72 horas após liberação de dieta. Monitorou-se o tempo para início de dieta e para atingir 70% das necessidades nutricionais e o motivo pelo qual o início ou progressão foi retardado.Resultados: Foram avaliados 128 pacientes, idade média 60,13 anos, maioria do sexo masculino. Segundo avaliação subjetiva global, 58,4% foram classifi cados com algum grau de desnutrição, 68% recebiam dieta oral, 92 enteral e 9 nu-trição parenteral. O tempo médio para início da dieta foi de 2,17 dias, não sendo iniciada precocemente em 23,2% dos pacientes. O tempo médio para alcançar 70% das necessida-des foi de 3,5 dias e 37% dos pacientes não atingiram 70% em 72 horas. Os principais motivos que impediram início precoce e progressão dentro das 72 horas foram vômitos ou baixa aceitação da dieta oral, mudança da via de alimentação, instabilidade hemodinâmica, jejum e procedimentos. Conclusão: O tempo médio para início e alcance de 70% das necessidades nutricionais encontra-se próximo aos gui-delines de terapia intensiva. O início precoce do suporte nutricional principalmente naqueles pacientes previamente desnutridos é muito importante, porém deve-se considerar a gravidade de cada paciente, para otimização da terapia nu-tricional.

Page 11: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

10

EP-013

Cânula nasal de alto fl uxo como estratégia paliativa para sobrevida da unidade de terapia intensiva: relato de caso

Erica Regina Ribeiro Sady1, Lígia Maria Coscrato Junqueira Silva1, Viviane Cordeiro Veiga1, Salomon Soriano Ordinola Rojas1

1Hospital BP - A Benefi cência Portuguesa de São Paulo - São Paulo (SP), Brasil

Descrição. Mulher, 29 anos, diagnóstico de CA de Mama IV (linfonodos, ossos e meninges), e AP de mastectomia radi-cal e implante de Câmara de Ommaya. Com progressão da doença oncológica, a despeito de múltiplos tratamentos, foi admitida no hospital com sonolência, febre, fadiga, rinorreia e tosse produtiva, diagnosticando-se fi stula liquórica. Indica-da troca da Câmara de Ommaya, foi admitida em UTI no PO. Após 24h evoluiu com sepse de foco pulmonar. Em franca insufi ciência respiratória e dispneia ao repouso, refratários à oxigenoterapia de baixo fl uxo, paciente e familiares recusa-ram medidas invasivas, apesar de desejarem sobrevivência da UTI. Com plano de cuidados partilhado entre as equipes de Oncologia, Cuidados Paliativos (CP) e Neurointensivis-mo, medidas curativas e paliativas foram instituídas: além de suporte psicológico e espiritual, antibioticoterapia guiada, sedoanalgesia e suporte ventilatório não-invasivo para ma-nejo da condição respiratória. Posteriormente, cânula nasal de alto fl uxo (CNAF) foi associada para desmame da VMNI, contínua, possibilitando alimentação e comunicação. Após intervenções e recuperação do agravo pulmonar, recebeu alta da UTI em condição de alívio e conforto, preservando a qualidade dos seus dias. Comentários. A CNAF tornou-se in-teressante alternativa terapêutica para o manejo não-invasivo da IRpA. Sua indicação, neste caso, possibilitou o desmame da VMNI com controle da dispneia e maior conforto, en-quanto outras medidas curativas e paliativas foram associa-das, de acordo com boas práticas em CP e com os valores da paciente e seus familiares, possibilitando a sobrevida da UTI.

EP-014

Desfecho desfavorável de paciente crítico decorrente de hábito de vida e afecções familiares

Selma Lucia da Costa Xavier1, Karla Ferreira Dias Saldanha1, Evandra Morinigo Alves1, André Paulo de Medeiros Oliveira1, Antonio Oliveira Rodrigues1

1Hospital Unimed Campo Grande - Campo Grande (MS), Brasil

Pacientes portadores de diabetes mellitus que não aderem ao tratamento podem evoluir de forma grave, com deterioração de suas funções físicas e mentais. Paciente K.P.C, admitida em unidade de terapia intensiva por sepse devido a endocar-dite infecciosa. Portadora de diabetes mellitus, hipertensão arterial e insufi ciência renal crônica e em uso de cateter de longa permanência. Inicialmente, mostrou-se colaborativa aos cuidados, porém durante a internação mostrou-se arredia e pouco acessível. Após diagnóstico houve indicação cirúrgi-ca imediata e iniciou-se tratamento antimicrobiano. Evoluiu com suspeita de hepatotoxicidade induzida por Daptomicina, ocasionando adiamento da cirurgia. Com a melhora da con-dição hepática, houve a possibilidade de realização da cirur-gia cardíaca, entretanto, em virtude da gravidade do quadro, paciente evoluiu com óbito durante o procedimento cirúrgi-co. Durante o tempo de internação a equipe multidisciplinar pode acompanhar e perceber a recusa da paciente em aceitar sua condição clínica. A análise das percepções e sentimen-tos dos familiares em relação ao processo de agravamento de saúde foi revelada a cada visita, tendo na pessoa de um adolescente, fi lho da paciente, suporte e apoio para adesão ao tratamento. A estrutura familiar frágil pode corroborar na baixa adesão ao tratamento de doenças crônicas. Atrelada a fatores psicossociais inócuos, surgiram as intercorrências vivenciadas pela paciente e tais fatores eclodiram em suas afecções. A despeito de todo cuidado prestado pela equipe estes não foram efetivos para evitar um desfecho desfavo-rável, evidenciando a relevância de um acompanhamento multidisciplinar prévio para pacientes graves com estrutura familiar e de personalidade frágeis.

Page 12: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

11

EP-015

Gasping como sinal precoce de lesão neurológica após cirurgia de correção de aneurisma de aorta: relato de caso

Erica Regina Ribeiro Sady1, Lígia Maria Coscrato Junqueira Silva1, Debora Barboza Guerra1, Viviane Cordeiro Veiga1, Salomon Soriano Ordinola Rojas1

1Hospital BP - A Benefi cência Portuguesa de São Paulo - São Paulo (SP), Brasil

Introdução. Eventos neurológicos não são raros após cirur-gias da aorta. Descrevemos um caso desta complicação. Des-crição. Mulher, 75 anos, submetida à cirurgia de correção de aneurisma de aorta, em etapas: a 1ª, das porções ascendente, arco e descendente com tubo reto e endoprótese, reimplante do tronco braquiocefálico e carótida (E) com tubo, e ligadura da subclávia (E) e, em 24h, correção endovascular da porção descendente. Nesta, cursou com lesão da ilíaca (D) e cho-que, com necessidade de by-pass e transfusão de hemocom-ponentes. Em 24h apresentou gasping como sinal isolado. Sob sedação, avaliação clínica e neuroimagem, que exigia transporte intrahospitalar em um cenário de gravidade, eram limitados. Decidiu-se pela monitorização não-invasiva da função cerebral (Root®) que evidenciou hipoatividade cere-bral no hemisfério (D), bem como desorganização difusa da atividade de base pelo EEG. Posteriormente, à RNM foram identifi cados sinais de isquemia recente no córtex e microhe-morragias, infra e supratentorial, sugerindo microangiopatia trombótica. Pela Neurologia, diagnosticou-se "encefalopatia tóxico-metabólica" sobreposta à "coagulação intravascular disseminada do SNC". A despeito da indicação de TQT, foi mantida neuroproteção e reabilitação intensiva, incluindo o ortostatismo passivo. Em resposta, no 30º DPO apresentou despertar efetivo, embora com défi cits. Comentários. Consi-derado "pacemaker respiratório", o gasping ocorre por meca-nismos diferentes do controle ventilatório automático, cujo principal gatilho parece ser a hipóxia. Descrevemos um caso no qual o distúrbio respiratório foi o 1º sinal sugerindo dis-função neurológica. Entretanto, fi ca evidente que adequada monitorização; intervenções precoces e a expertise das equi-pes podem modifi car desfechos.

EP-016

Morte e luto na unidade de terapia intensiva: um olhar sobre os profi ssionais de saúde

Nayana Brunio de Aguiar1

1Hospital Municipal de Araguaina - Araguaína (TO), Brasil

A grande resistência a assuntos relativos à morte e sua ampla cultura de negação são fatores que favorecem repercussões negativas nos profi ssionais que atuam no ambiente hospita-lar. Este trabalho trata-se do relato de experiência de uma ação realizada em um hospital pediátrico na cidade de Ara-guaina (TO) denominado Conversando sobre morte e luto no hospital. O objetivo foi promover a saúde mental dos profi ssionais de saúde fomentando o desenvolvimento de recursos de enfrentamento frente aos impactos psicológicos decorrentes do processo de morte e luto. A priori, o público alvo almejado foram os profi ssionais que atuam na unidade de terapia intensiva - UTI, porém o tema despertou interes-se em profi ssionais de outros setores. A ação foi realizada em dois encontros em dezembro de 2018, que foi dividido em dois momentos: sendo o primeiro uma roda de conversa e o segundo, uma palestra psicoeducativa e dialogada que visou orientar os profi ssionais a respeito de habilidades so-ciais e postura adequada diante das reações mais comuns dos familiares frente ao impacto da morte. Os encontros foram conduzidos e ministrados pela psicóloga da instituição. Par-ticiparam 33 profi ssionais. Os profi ssionais interagiram, po-rém inicialmente demonstraram receio e emotividade, o que é condizente com a literatura a respeito da temática. Obser-vou-se a necessidade de fomentar mais discussões e elabo-ração de ações sobre o processo de fi nitude. Palavras-chave: Morte. Luto. Hospital. Enfrentamento.

Page 13: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

12

EP-017

Perfi l epidemiológico de um centro de terapia intensiva do Amazonas

Bianca Pires dos Santos1, Milena Maria Cardoso de Lemos1, Deise Samara da Silva Paz1, Dheysse Araújo de Lima1, Nairze Saldanha Santos da Silva1, Taís Regina da Silva Rocha1, Gesiane Araújo Frota1, Patrícia Danielle Oliveira de Almeida1

1Hospital Universitário Getúlio Vargas, Universidade Federal do Amazonas (UFAM) - Manaus (AM), Brasil

Objetivo: Descrever o perfi l epidemiológico de pacientes admitidos em um Centro de Terapia Intensiva adulto (CTI) da cidade de Manaus - AM.Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo, realizado no CTI de um Hospital Universi-tário de Manaus - AM. Participaram do estudo todos os pa-cientes admitidos no período entre junho de 2018 e maio de 2019 através de dados do software EPIMED monitor®. As variáveis analisadas foram idade, sexo, motivo da interna-ção, diagnóstico, tempo de permanência, desfecho na unida-de e escore de Prognóstico SAPS 3. Resultados: Durante o período avaliado, ocorreram 400 no-vas internações, com duas reinternações em menos de 24 h (0,5%). A taxa de ocupação foi de 52,77% e a média de per-manência foi de 4,79 dias. A maioria dos pacientes eram do sexo feminino (56,75%), com idade média de 51,52 anos. Houve maior prevalência no tipo de internação por cirurgia eletiva (70,5%). Os principais diagnósticos foram: Neuro-cirurgia por tumor cerebral (14,5%), lobectomias (5,25%), laparotomia exploradora (5%) e neurocirurgias da medula espinhal (3,5%). Com relação aos desfechos da unidade, 84,52% dos usuários (n=344) receberam alta e 14,25% vie-ram a óbito (n=58). Quanto ao Score prognóstico SAPS 3 a média de pontos foi de 39,05, com uma relação de taxa de mortalidade observada e esperada de 1,15. Conclusão: O perfi l do CTI estudado é: Paciente neurocirúr-gico de sexo feminino com meia-idade, submetido a cirurgia eletiva, com baixa taxa de mortalidade e média de perma-nência aceitável.

EP-018

Perfi l epidemiológico dos pacientes adultos internados em um centro de terapia intensiva de um hopsital referência em trauma de Minas Gerais

Elismárjori Pereira Arruda1, Magdaline Trindade Ladeira1

1Hospital João XXIII, Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) - Belo Horizonte (MG), Brasil

Objetivo: Descrever as características sociodemográfi cas, epidemiológicas e desfechos dos pacientes internados em um centro de terapia intensiva (CTI) adulto de um hospital referência em trauma.Métodos: Estudo transversal, retrospectivo. Foram analisa-dos os prontuários dos pacientes internados no CTI entre ou-tubro e dezembro de 2017. Os dados analisados foram: idade, sexo, raça, município de residência, mecanismo de trauma, tratamento realizado, tempo de internação no hospital até o CTI, frequência de intubação, frequência de traqueostomia, tempo de ventilação mecânica, alta do CTI e óbito. Resultados: Foram incluídos 346 pacientes com média de idade de 46 anos, predominantemente do sexo masculino, pardos e residentes na capital. O politrauma foi o diagnóstico mais frequente, causado por acidentes no trânsito 29% e que-das 23%. As causas clínicas foram a terceira causa de inter-nação 24%. O tratamento cirúrgico foi realizado em 62% dos casos. O tempo médio de espera por um leito de CTI foi de 2 dias. 67% desses pacientes foram intubados, 39% foram tra-queostomizados. O tempo médio de ventilação mecânica foi de 10 dias. A taxa de alta foi 63%. A taxa de óbito foi 20%. Conclusão: O sexo masculino foi o mais prevalente, em ida-de economicamente ativa, para tratamento de pós-operatório de cirurgias neurológicas e ortopédicas devido a acidentes de trânsito e quedas. O tempo médio de espera por um leito no CTI foi de 2 dias, 67% destes foram intubados. O tempo médio de ventilação mecânica aumentou nos pacientes rein-tubados e traqueotomizados. As taxas de alta e mortalidade foram de 63% e 20% respectivamente.

Page 14: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

13

EP-019

Relato de caso: Assistência da equipe multiprofi ssional em um caso de Infl uenza A

Fiamma de Melo Scariot1, Suelen de Oliveira Gonzaga1, Talita Fabris de Albuquerque1, Thaissa Mendes Ilis1, Welington da Silva Alves1

1Hospital Regional de Mato Grosso do Sul - Campo Grande (MS), Brasil

A Infl uenza é uma infecção viral aguda do sistema respirató-rio, de elevada transmissibilidade e distribuição global. De-vido alta capacidade de mutação de seu agente etiológico, uma pessoa pode contrair a gripe várias vezes ao longo da vida, podendo em alguns casos apresentar-se de forma gra-ve. Em um hospital público de Mato Grosso do Sul a equipe de residentes multiprofi ssionais pode acompanhar uma pa-ciente internada na UTI adulta com quadro de infl uenza A e pneumonia, que evoluiu para Síndrome da Angústia Respi-ratória Aguda. No momento da admissão hospitalar o raio--X de tórax evidenciou opacidade bilateral e relação FiO2/PaO2: 133. Os dados laboratoriais demonstraram leucocitose 25820/mm³, linfopenia 4%, ureia 106 mg/dL, creatinina 2,5 mg/dL e LDH 2280 U/L. Fez uso de Oseltamivir para trata-mento da Infl uenza, Polimixina E, Amicacina e Linezolida para tratamento de pneumonia. Durante a assistência, foi observada uma piora na função renal necessitando realizar hemodiálise e ajuste dos antibióticos, além disso, a paciente desenvolveu um quadro de Colite Pseudomembranosa tra-tada com Metronidazol. As discussões sobre a evolução da paciente, bem como as condutas a serem realizadas foram feitas durante as reuniões da equipe multiprofi ssional, e com isso obtivemos avanços signifi cativos como no suporte nu-tricional com evolução da dieta e boa tolerância, melhora na relação FiO2/PaO2, PIMAX -60, permitindo desmame ventilatório, extubação, além de boa resposta ao tratamento do quadro infeccioso. Todavia, a paciente permaneceu sob cuidados intensivos por 20 dias na UTI, sendo transferida para Clínica Médica com tetraparesia, alteração do controle de cervical e nível de consciência.

EP-020

Como realizar transporte intra-hospitalar de pacientes em ECMO com segurança: série de casos de um centro de ECMO

Gabriela Barcellos de Bakker1, Ana Paula Torres Ramos1, Rafael Machado de Souza1, Théia Castellões1, Felipe Henriques Alves da Silva1, Felipe Luiz de Castro Pereira1, Bruno Macedo Fernandes1

1Americas Medical City - Rio de Janeiro (RJ), Brasil

Objetivo: Pesquisar e analisar os casos de transportes intra--hospitalar de pacientes em uso de oxigenação de membrana extracorpórea (ECMO) de um centro de ECMO.Métodos: Trata-se de um estudo descritivo dos casos de pacientes em uso de ECMO que necessitaram de transporte intra-hospitalar em centro e referência com equipe multidis-ciplinar especializada no método. Analisamos as principais características epidemiológicas como idade e sexo, assim como o tipo de suporte de ECMO (VA, VV ou VAV) e des-crevemos quais as foram as principais razões para indicar o transporte do paciente em ECMO. Através da análise docu-mental dos prontuários dos pacientes e dos registros institu-cionais de transporte interno descrevemos quais as principais complicações esperadas durante o transporte. Resultados: Após análise documental, dos 25 pacientes que foram submetidos a ECMO nos últimos 02 anos apenas 7 (01 pediátrico) precisaram ser transportados em vigência do método. Desses pacientes 0% eram mulheres e metade esta-vam em ECMO-VA e metade em ECMO-VV. As principais razões para o transporte foram canulação central (33%) e suspeita de sangramento intra-craniano (50%). Em nenhum dos transportes aconteceu qualquer complicação esperada (retirada de dispositivos, falha de bomba, sangramento ou hipoxemia), quando comparado a literatura. Conclusão: O transporte de pacientes em ECMO é de altís-simo risco e deve ser limitado ao máximo, no nosso centro as indicações se concentraram na canulação central e suspeita de sangramento intra-craniano. O presente estudo também demonstra a importância de uma equipe treinada e especiali-zada no transporte seguro do paciente em ECMO.

Page 15: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

14

EP-021

Adequação das medidas preventivas e tratamento de lesão por pressão e dermatite associada à incontinência, tendo como consequência redução do custo com curativos no centro de terapia intensiva adulto de um hospital particular do Rio de Janeiro

Úrsula Magliano de Mello1, Luciane Machado da Silva D'Albuquerque1, Ana Carolina Figueiredo da Silva Teixeira1, Lidiane de Oliveira Ribeiro Moraes1, Pedro Alberto Varaschin1, Cristiane Rocha Castanho1

1Hospital Pasteur - Rio de Janeiro (RJ), Brasil

Objetivo: Adequar a conduta defi nida pelo enfermeiro para prevenção e tratamento de lesão por pressão (LPP), garan-tindo assim, a assertividade no cuidado de enfermagem e a evolução de melhora da ferida, reduzindo o custo com curati-vos. Para isso, foram iniciadas diversas medidas desde julho de 2018. Métodos: Revisão da grade de curativos; campanha para prevenção de dermatite associada a incontinência (DAI) e LPP; treinamento de capacitação para os enfermeiros; defi ni-ção das condutas de prevenção e tratamento pelo enfermeiro rotina; solicitação de materiais para curativos mediante au-torização do enfermeiro rotina; Implementação da comissão de pele. Resultados: Foi observado uma redução de 96% no custo com produtos para prevenção e tratamento de lesão por pres-são e DAI, sem aumento na incidência, com um maior índice de respostas positivas em relação ao tratamento. Conclusão: A realização de todas essas mudanças e ações precisou da persistência da equipe para superar diversos obstáculos que apareceram. Após um ano de esforços, acre-ditamos que esse modelo contribuiu para uma redução sig-nifi cativa de custos com produtos, aprendizado do corpo de enfermagem e resultados satisfatórios na prevenção e trata-mento de lesões.

EP-022

Fatores de risco para morte encefálica em pacientes submetidos ao ECMO em centro de referência em suporte extracorpóreo

Felipe Luiz de Castro Pereira1, Bruno Macedo Fernandes1, Théia Maria Forny Wanderley Castellões1, Felipe Henriques Alves da Silva1, José Paulo Lucas Nogueira1

1Americas Medical City - Rio de Janeiro (RJ), Brasil

Objetivo: O suporte extracorpóreo por ECMO está associa-do a diversas complicações, sendo a mais grave o sangra-mento intracraniano que evolui com morte encefálica. Re-centes estudos têm demonstrado a associação de variáveis epidemiológicas e clínicas a maior chance de sangramento intracraniano durante o ECMO. Nosso trabalho se propõe a descrever as variáveis que se associaram aos casos de morte encefálica em um centro brasileiro de referência em ECMO ao longo de 2 anos com mais de 20 casos.Métodos: Estudo descritivo de quais as variáveis foram mais associadas ao evento de morte encefálica em pacientes sub-metidos a suporte extracorpóreo com ECMO. Para tal rea-lizamos a revisão dos prontuários e comparamos os dados epidemiológicos e clínico com a literatura internacional. Resultados: Dos 25 pacientes submetidos a ECMO apenas 03 apresentaram sangramento intra-craniano clinicamente relevantes. Todos evoluíram com morte encefálica, sendo um destes pacientes elencado para doação de órgãos após o ECMO. Em acordo com a literatura, a maioria eram do sexo feminino e complicaram com plaquetopenia importante (<100.00) durante o suporte extracorpóreo. Além desse acha-do, esses pacientes tiveram oscilações importantes de pH e pCO2 nas primeiras 6 horas de ECMO. Conclusão: Nosso trabalho confi rma a baixa incidência de sangramento intracraniano nesses pacientes, porém mostra que quando clinicamente relevante a chance de morte ence-fálica é alta. Também confi rma achados prévios que plaque-topenia e alterações metabólicas podem estar relacionadas ao desfecho negativo.

ENFERMAGEM

Page 16: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

15

EP-023

O impacto da orientação dos enfermeiros aos visitantes na unidade de terapia intensiva adulto quanto à prevenção de infecções

Guilherme Gonçalves Mariano1, Maria Antonieta Velosco Martinho1, Bruna de Oliveira Coronato2

1Centro Universitário Lusíada (UNILUS) - Santos (SP), Brasil; 2Secretaria Municipal de Saúde, Prefeitura Municipal de Santos - Santos (SP), Brasil

Objetivo: Um dos desafi os da terapia intensiva é a imple-mentação de medidas que visem conter as infecções rela-cionadas à assistência à saúde. Os visitantes podem parecer dispensáveis nesta dinâmica, mas suas atitudes no contato com o paciente podem gerar prejuízos. Este estudo objetivou observar a orientação dos enfermeiros aos visitantes sobre precauções para controle das infecções e verifi car as atitudes destes no momento da visita na unidade de terapia intensiva (UTI) adulto.Métodos: Trata-se de pesquisa de campo, exploratória, de abordagem quantitativa, com aplicação de questionário se-miestruturado aos enfermeiros da UTI adulto de um hospital de grande porte e observação das atitudes dos visitantes no momento da visita referente a adesão da higienização das mãos e de precauções padrão. Resultados: Foram entrevistados 18 enfermeiros e observa-das as atitudes de 50 visitantes. Ao todo, 39% dos enfermei-ros citaram a higienização das mãos e as precauções padrão como um dos três itens mais importantes de sua orientação, sendo o terceiro item mais lembrado. Dos 50 visitantes, todos que dizem ter sido orientados sobre a higienização das mãos de fato a fi zeram na entrada à UTI, contra 84% dentre os que negaram ter recebido tal orientação. Também notou-se maior adesão ao uso de equipamentos de proteção individual dentre os que foram orientados com relação aos que não foram. Conclusão: A orientação dos enfermeiros colabora positi-vamente para a adesão de medidas preventivas devendo ser adotada como rotina a fi m de garantir o esclarecimento de informações sendo de extrema importância para a cultura de segurança do paciente.

EP-024

O uso de solução fi siológica 0,9% pura no processo de manutenção da permeabilidade de dispositivos de aferição de pressão intra-arterial em uma unidade de terapia intensiva

Luciana Alves Silveira Monteiro1, Diego Franklin Francisco Nasser Fernandes1, Cleydson Rodrigues de Oliveira1, Gabriela Neves de Oliveira Gomes1

1Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Belo Horizonte (MG), Brasil

Objetivo: Analisar a incidência de obstruções de pressão intra-arterial (PIA) mantidos com pressurização de solução salina fi siológica.Métodos: Estudo transversal, de maio a setembro de 2016, abrangendo todos pacientes hospitalizados no período na unidade de terapia intensiva (UTI) que necessitaram de mo-nitorização de PIA. Dados coletados através de dois formu-lários próprios: "Controle de procedimentos, dispositivos invasivos e coleta de materiais para bacteriologia"; "Noti-fi cação de evento adverso e análise crítica de causa raiz". Acompanharam-se todos cateteres intra-arteriais/dia presen-tes na unidade. Manutenção da permeabilidade dos disposi-tivos ocorreu por bolsas de 250mL de solução salina fi sioló-gica 0,9% conectadas ao sistema de transdução de pressão, associadas à bolsa pressurizadora insufl ada sob pressão de 300mmHg. Nível de signifi cância: 5%. Resultados: Amostra composta por 246 indivíduos, 55,3% homens; 44,7% mulheres; sítios de punção: artéria radial (75,6%), femoral (22,8%), pediosa (1,6%). Tempo médio de permanência do cateter 5,1 dias (DP: 3,7), ocorrência de perda manifestada em 17 casos. Exteriorização foi evento adverso mais frequente para à perda (12 casos). Perda por obstrução de 2 casos (18 dias/cateter). Número médio de dias de PIA para mulheres 5,06 dias; para homens 5,12 dias. Não houve diferença signifi cativa entre número de dias de PIA pelo sítio de inserção. Conclusão: Manutenção dos dispositivos de PIA com pres-surização de solução salina fi siológica é efi caz na unidade em estudo. Estudos não defi nem uma conduta única a ser seguida para a manutenção da permeabilidade de dispositivos de afe-rição de PIA, ocorrendo dúvida quanto ao método escolher.

Page 17: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

16

EP-025

Avaliação da conduta de manobra de recrutamento alveolar e pronação ao paciente portador de síndrome da angústia respiratória aguda

Nathália Lourdes Nepomuceno de Oliveira André1, Fernanda Matoso Siqueira1, Luzimar Borba Paim1, Denise Maria Marques Costa2

1Faculdade de Medicina de Petrópolis - Petrópolis (RJ), Brasil; 2Hospital Alcides Carneiro - Petrópolis (RJ), Brasil

A síndrome da angústia respiratória aguda (SARA) é defi ni-da como uma insufi ciência respiratória de instalação aguda, caracterizada por infi ltrado pulmonar bilateral. As manobras de recrutamento alveolar (MRA) e a posição prona podem ser utilizadas no tratamento para melhora do quadro. O ob-jetivo deste relato é avaliar a efi cácia do uso deste tipo de tratamento ao paciente portador de SARA. Paciente de 47 anos, sexo masculino, transsexual, HIV +. Deu entrada na unidade de terapia intensiva, após complicação de PO de reconstrução mamária unilateral com colocação de prótese, com saída de secreção purulenta em mama esquerda. Não responsivo à antibioticoterapia, evoluiu para insufi ciência renal aguda, ventilação mecânica, intubação orotraqueal, em uso de aminas e sedação. Após raio-x, verifi cou-se infi ltrado pulmonar bilateral com padrão de SARA. Durante a inter-nação, apresentou padrão de acidose respiratória, compen-sado por alcalose respiratória, com saturação de oxigênio de 96% e FiO2 80%. Como conduta, a equipe multidisciplinar realizou MRA e pronação por 24h, a fi m de melhorar a oxi-genação e diminuir a complacência pulmonar do paciente. Durante o período de pronação, manteve a acidose respira-tória descompensada. Após 48h, diante dos exames labora-toriais, apresentou melhora da acidez respiratória, mantendo pH sanguíneo dentro da faixa de normalidade. Houve queda da saturação de oxigênio para 62,9%, com aumento da FiO2 para 100% no período, evoluindo para óbito. Portanto, a con-duta mostrou-se efi caz durante a sua aplicação, com dimi-nuição, inclusive, do infi ltrado pulmonar ao raio-x, e, apesar do falecimento do paciente, houve melhora discreta à parte pulmonar.

EP-026

Incidência de lesão por pressão em pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva do município de Belo Horizonte com Braden inferior a 14

Mariana Cristina Rabello de Carvalho1

1Faculdade de Minas (FAMINAS) - Belo Horizonte (MG), Brasil

Objetivo: Identifi car a incidência de lesão por pressão em adultos internados em unidade de terapia intensiva que apre-sentaram Braden inferior a 14.Métodos: Pesquisa descritiva, longitudinal de abordagem quantitativa. Realizada na unidade de terapia intensiva de um hospital público/privado de médio porte, situado na região Metropolitana de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. Os dados foram coletados mediante análise de indicador de lesão e absenteísmo, e prontuários do período entre fevereiro a abril de 2019. Resultados: Durante o trimestre foram admitidos 375 pa-cientes, 256 apresentaram Braden com escore menor à 14. Sendo notifi cado o aparecimento de lesão por pressão em 11 pacientes com as seguintes características: 8,64% acima de 81 anos, 55% de 61 à 80 anos, 18,18% de 41 à 60 anos, 18,18% de 20 a 40 anos, 55% masculino e 45% feminino. Referente ao tempo de permanência: 53,8% dos pacientes permaneceram entre 10 à 15 dias, 30,8% entre 16 a 22 dias e 15,4% acima de 30 dias. Quanto ao diagnóstico: 76,9% clínico e 23,1% cirúrgico. As causas das lesões foram por: pressão da pele em proeminências óssea com a superfície. O local de maior acometimento é a região sacral. Conclusão: Os resultados evidenciam que a incidência de lesão por pressão, nesta Unidade de Terapia Intensiva de pacientes adultos, é baixa em relação ao total de pacientes admitidos. Porém, inúmeros fatores relacionados favorecem ao desenvolvimento e complicações do quadro clínico deste indivíduo. Sendo assim é imprescindível adequar-se as me-didas preventivas baseadas em evidências científi cas pela equipe multiprofi ssional.

Page 18: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

17

EP-027

Medo de pausar sedação na unidade de terapia intensiva

Viviane Boneli1, Angelina Vessozi de Azevedo1, Natalia Britz de Lima1, Jaqueline Camino1, Fernanda da Rocha Baum1

1Hospital Ernesto Dornelles - Porto Alegre (RS), Brasil

Objetivo: Avaliar como enfermeiros de uma unidade de tera-pia intensiva fazem a pausa de sedação. Com a questão nor-teadora: Você tem medo de pausar a sedação? Métodos: Estudo descritivo, abordagem quantitativa, reali-zado com 25 enfermeiros que atuam nas unidades de terapia intensiva do Hospital Ernesto Dornelles, Porto Alegre/RS. Os resultados foram tabulados e analisados utilizando o pro-grama Statistical Package for Social Science for Windows (SPSS). Resultados: 84% dos enfermeiros eram do sexo feminino, com média de idade de ? 32 anos. O tempo médio de atuação é de aproximadamente ? 15 anos. Em relação à escolarida-de,56% possuem pós-graduação concluída e 4% mestrado. Em relação à questão norteadora do estudo,84% da amostra respondeu que não possui medo de pausar a sedação. Como justifi cativa, os pontos mais colocados foram: a) Por termos um protocolo predefi nido nos sentimentos respaldados e com autonomia para pausar as sedações; b) É importante pausar a sedação para o desmame da ventilação e alta breve; c) Se o paciente não tolerar ou apresentar desconforto, religamos a sedação. Em relação aos que afi rmaram ter medo de realizar a pausa da sedação, a justifi cativa da maioria foi a de se sentir inseguro devido ao quadro do paciente. Conclusão: Com isso conclui-se a importância da criação e implementação de um protocolo bem defi nido de pausa de sedação, pois, isso transmite maior segurança e respaldo para enfermeiros. Além disso, a literatura traz que a pausa diária da sedação traz benefícios para o paciente, diminui o tempo de ventilação mecânica e permanência na UTI.

EP-028

O uso do "nome social" em unidade de terapia intensiva e a segurança do paciente - relato de caso

Fernanda Matoso Siqueira1, Nathália Lourdes Nepomuceno de Oliveira André1, Denise Maria Marques Costa2, Luzimar Borba Paim1

1Faculdade Arthur Sá Earp Neto - Petrópolis (RJ), Brasil; 2Hospital Alcides Carneiro - Petrópolis (RJ), Brasil

Paciente do sexo masculino, transexual, 58 anos, admitido na UTI após ser submetido à cirurgia de reconstrução mamária bilateral com colocação de prótese. Após admissão, houve divergência entre a equipe multiprofi ssional para a referên-cia ao paciente, uma vez que possuía nome social pelo qual preferia ser chamado em contraposição ao nome do registro civil, esse que estava no prontuário, mas não correspondia ao gênero com o qual se identifi cava. A segurança do paciente é defendida pelos diversos órgãos nacionais e internacionais de saúde e inclui, dentre seus protocolos básicos, o processo de identifi cação de pacientes. A identifi cação correta previne a ocorrência de eventos adversos, e o risco dos mesmos é potencializado a depender do estado de consciência do pa-ciente, que é o caso a que se aplica o presente relato, estando o paciente sedado em todo o momento da internação na uni-dade. A portaria n° 1.820/2009 garante ao usuário do SUS "identifi cação pelo nome e sobrenome civil, devendo existir em todo documento do usuário e usuária um campo para se registrar o nome social, independente do registro civil sendo assegurado o uso do nome de preferência". Portanto, ressal-ta-se fragilidade no manejo institucional e profi ssional para enfrentamento de tais situações, havendo um confl ito entre a asseguridade do direito e a segurança do paciente, devendo os dois estarem em concordância para que haja qualidade no cuidado.

Page 19: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

18

EP-029

Uso do ácido tranexâmico tópico associado a resolução de sangramento na inserção do cateter central em 3 pacientes na unidade de terapia intensiva

Zila Francine Pereira1, Luisa Xavier Milagres1, Débora Carvalho dos Santos1, Felicio Aragão Savioli1

1Hospital Leforte - São Paulo (SP), Brasil

O ácido tranexâmico é uma droga antifi brinolítica que inibe competitivamente a ativação do plasminogênio, diminuindo assim a conversão do plasminogênio em plasmina, prevenin-do a degradação da fi brina e o sangramento. As vias de admi-nistração do ácido tranexâmico incluem oral, intra-articular, intravenosa e tópica (em casos de epistaxe e em cirurgias ortopédicas). Entre os métodos acima, a via intravenosa é o método mais potente para maximizar os efeitos antifi brinolí-ticos. No entanto, poucos estudos avaliaram o papel do ácido tranexâmico tópico no sangramento relacionado à inserção de cateter venoso central. O sangramento é uma complica-ção bem reconhecida em pacientes com insufi ciência renal complicada com uremia e com necessidade de hemodiálise. O ácido tranexâmico pode ser considerado apenas no cenário agudo da insufi ciência renal, quando não há respostas satisfa-tórias com outros tratamentos, como a diálise, por exemplo. Relatamos 3 casos de choque séptico associado com lesão renal aguda dependente de hemodiálise, complicando com sangramento no local da inserção do cateter central. Os três casos receberam 1 grama de ácido tranexâmico tópico com resolução completa do sangramento, sem efeitos colaterais indesejáveis. O papel do ácido tranexâmico está bem docu-mentado em distúrbios hemorrágicos associados ao trauma e em cirurgia de grande porte. A maioria dos métodos é in-travenosa e intra-articular, porém poucos estudos avaliaram o papel do ácido tranexâmico tópico na inserção do cateter venoso central. Mais estudos poderiam ser realizados para avaliar a efi cácia do antifi brinolítico tópico nessas situações

Page 20: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

19

EP-030

Efeito da mobilização precoce na força muscular em pacientes com sepse internados na unidade de terapia intensiva

Gabriela de Oliveira1, Danielle Cristina Alves de Oliveira1, Carlos Fernando Ronchi1, Marina Melo Coelho1, Ana Karla de Loiola Gomes Lima1

1Universidade Federal de Uberlândia (UFU) - Uberlândia (MG), Brasil

Objetivo: Avaliar a força muscular de pacientes com sepse internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) antes e após a intervenção com protocolo de mobilização precoce.Métodos: Pesquisa realizada na UTI adulto do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. Foram avaliados 18 pacientes e divididos aleatoriamente em dois grupos: oito compuseram o grupo intervenção (GI), os quais foram submetidos à realização de um protocolo de mobili-zação precoce contendo trinta minutos de eletroestimulação (FES), com frequência de 40-45 Hz, duração de pulso de 400 µs, sendo 12 s on e 6 s off e intensidade necessária para con-tração muscular visível, dez minutos de cicloergômetro em membros inferiores realizado de forma passiva, evoluindo conforme capacidade do paciente e cinesioterapia por dez minutos durante sete dias. Já o grupo controle (GC) compos-to por 10 pacientes, receberam atendimentos de fi sioterapia convencional pelos profi ssionais da unidade. Resultados: Inicialmente, todos os pacientes apresentaram força 0 devido à sedação e ao fi nal, o GI apresentou aumento nos valores de MRC, mostrando maior ganho de força quan-do comparados ao GC. (MRC fi nal, GI: 29,62±26,00 e GC: 22,90±24,73, p>0,05). Apesar da ausência de signifi cância estatística podemos observar melhora clínica. Conclusão: Apesar da amostra ser pequena, os pacientes do GI tiveram manutenção e/ou menor perda de força muscular quando comparados aos indivíduos do GC, evidenciado pelo maior escore de MRC ao fi nal do período de intervenção. Es-ses resultados ressaltam a importância da implementação de protocolos de exercício e o benefício da mobilização precoce nestes pacientes.

EP-031

Hipoxemia após cirurgia cardíaca: prevalência, fatores predisponentes e desfechos

Christian Correa Coronel1, Andrieli Barbieri Garlet1, Aline Tibola1, Jaqueline Lorscheitter1, Rodrigo Dela Méa Plentz2, Luiz Alberto Forgiarini Junior1

1Universidade La Salle - Canoas (RS), Brasil; 2Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - Porto Alegre (RS), Brasil

Objetivo: Verifi car a prevalência de hipoxemia no pós-ope-ratório imediato de cirurgia cardíaca, identifi car seus fatores de risco e desfechos relacionados a esta. Métodos: Estudo de coorte prospectivo. Foram incluídos pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, submeti-dos à cirurgia de revascularização do miocárdio, valvular ou ambas. Pacientes reoperados durante a mesma internação ou com outras cirurgias associadas foram excluídos. Os grupos foram divididos e comparados de acordo com o Índice de Oxigenação (PaO2/FiO2) no momento da chegada na unida-de de pós-pós-operatórios, considerando os valores de PaO2/FiO2 < 250mmHg, como o grupo com hipoxemia (GH) e os valores de PaO2/FiO2 = 250 mmHg como grupo normal (GN). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética Institucio-nal sob número 4523/10. Resultados: A amostra foi composta de 150 pacientes, sendo 68 (45,3%) do grupo hipoxemia. No GH, a média de idade foi de 64,8 ± 10,9 anos com um índice de massa corporal (IMC) de 28 ± 4,6 e, neste grupo, 52 (76,5%) pacientes eram homens. Houve diferença signifi cativa no GH quando com-parado ao GN quanto à presença de doença pulmonar obstru-tiva crônica (p=0,003), tabagismo prévio (p=0,032), número de reintubações (p=0,044) e óbitos (p=0,007). Conclusão: Pacientes que desenvolveram hipoxemia apre-sentavam doença pulmonar prévia, sendo que a ocorrência de óbito e reintubação foi maior nesse grupo.

FISIOTERAPIA

Page 21: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

20

EP-032

Reestruturação de um serviço de fi sioterapia hospitalar e o impacto na melhora de desfechos do paciente crítico

Eduardo Felipe dos Santos1, Augusto Nogueira Ferreira1, Priscila Maximiano de Carvalho Fagundes1, Anine Pinheiro Ramos de Assis1, Pedro Henrique Figueiredo Costa1

1Hospital Unimed Volta Redonda - Volta Redonda (RJ), Brasil

Objetivo: A deterioração nas condições de mobilidade dos pacientes pode acarretar dependência de enfermagem para diversos pontos de seu auto-cuidado ao longo da internação. Neste estudo buscamos observar se a otimização de um ser-viço de fi sioterapia hospitalar em estrutura e processos, com uma melhor abordagem centrada no paciente, pode garantir melhores condições de mobilidade e se reverter em menor necessidade de cuidados de enfermagem ao longo da inter-nação.Métodos: Estudo duplo-cego, retrospectivo e observacional, 854 pacientes, idade entre 18 e 101 anos, ambos os sexos, período de março/2018 a abril/2019. Inclusões: passagem pela UTI a qualquer momento da internação e assistência fi sioterapêutica no período. Exclusões: óbitos e avaliações incompletas. Desfechos: nível de mobilidade na alta hospi-talar, dependência de enfermagem (Variação Admissão/Alta do NAS e Fugulin); tempos de estadia hospitalar. Resultados: Nível de Mobilidade: meta de 7 pontos na alta hospitalar alcançada e sustentada, mesmo com perfi l de idade e gravidade clínica progressivamente maiores; UTI (Varia-ção NAS): média de +1,2 pontos no período inicial para -15 pontos de média sustentada nos últimos 4 meses de análi-se. Unidades de Internação (Variação Fugulin): média -0,25 pontos no período inicial para -0,49 pontos ao término da análise. Estadia Hospitalar: Discreta queda da permanência na UTI, mas ainda sem um padrão regular e sustentado. Conclusão: A otimização de um serviço de Fisioterapia Hospitalar em estrutura e processos favorece o retorno de pacientes graves à comunidade em melhores condições de mobilidade, com menor dependência de cuidados de enfer-magem ao longo da internação.

EP-033

Cânula nasal de alto fl uxo em neurointensivismo: experiência em uma série de casos

Erica Regina Ribeiro Sady1, Lígia Maria Coscrato Junqueira Silva1, Viviane Cordeiro Veiga1, Salomon Soriano Ordinola Rojas1

1Hospital BP - A Benefi cência Portuguesa de São Paulo - São Paulo (S), Brasil

Objetivo: Identifi car o perfi l dos pacientes de UTI em uso da cânula nasal de alto fl uxo (CNAF), bem como a taxa de sucesso e falha.Métodos: Estudo exploratório, retrospectivo e observacional de coorte, com dados de prontuário. Critérios de inclusão: diagnóstico neurológico; idade = 18 anos; e uso da CNAF, terapêutica ou profi lática. Resultados: Com predomínio masculino (67%) e idade média 69,6(±22,4) anos, os diagnósticos (n=6) foram: HSA (33%), HSD (17%), PO de Troca de OMMAYA (17%), AVC isquêmico (17%) e Miastenia Gravis (17%), com SAPS 3 de 43,8(±12,3). As indicações foram: IRpA hipoxêmica (67%) e hipercápnica (17%), e pneumoencéfalo (17%). Nos casos de IRpA, houve predomínio da etiologia pulmonar (80%). Os exames prévios não evidenciaram alterações gasométri-cas ou hiperlactatemia. Ao Rx verifi cou-se infi ltrado bilate-ral (67%) em 04 quadrantes (50%), a despeito do BH ne-gativo (-235 mL/24h) e FEVE preservada à ecocardiografi a (0,75[0,71-0,85]). Choque séptico pulmonar (50%), IRA (67%, [17%, dialítica]) e necessidade de DVA (50%) foram complicações frequentes. O tempo entre a indicação e insta-lação foi 1,3 (±0,5) dias, e a variação do fl uxo e da FiO2 até a suspensão foi: 32,5(±8,8) - 23,5(±12,5) L/min e 0,66(±0,27) - 0,51(±0,3), respectivamente. O tempo de uso foi 4,5(±3,7) dias, com VMNI associada e sucesso terapêutico em 83% e 67% dos casos, respectivamente. Conclusão: Entre neurocríticos, o uso da CNAF em acordo com evidências justifi ca o sucesso.

Page 22: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

21

EP-034

Efeito da utilização da prancha ortostática em doentes críticos ventilados mecanicamente

Daiane da Silva Pereira1, Soraia Genebra Ibrahim Forgiarini2, Luiz Alberto Forgiarini Junior3

1Instituto de Cardiologia, Fundação Universitária de Cardiologia - Porto Alegre (RS), Brasil; 2Centro Universitário Metodista - IPA - Porto Alegre (RS), Brasil; 3Universidade La Salle - Canoas (RS), Brasil

Objetivo: Avaliar o efeito agudo da prancha ortostática em doentes críticos ventilados mecanicamente através da ava-liação da hemodinâmica, mecânica respiratória e nível de consciência.Métodos: Estudo quase-experimental incluindo doentes crí-ticos ventilados mecanicamente por mais de 24 horas inter-nados na unidade de terapia intensiva. Os indivíduos realiza-ram a técnica do ortostatismo através da prancha ortostática por 20 minutos. Mensurou-se os parâmetros da hemodinâmi-ca, mecânica respiratória e nível de consciência em três mo-mentos: pré intervenção, imediatamente e após 20 minutos. Resultados: Foram incluídos no estudo 13 indivíduos com a média de idade de 60 ± 14,5 anos, predomínio do sexo mas-culino (53%) sendo o diagnóstico clínico mais frequente a Insufi ciência Respiratória Aguda. Não houve diferença nas variáveis hemodinâmicas exceto pela Frequência Cardíaca que aumentou no pós-intervenção (p=0,033). A mecânica respiratória apresentou um aumento do Driving Pressure em relação da pré intervenção, imediatamente e 20 minu-tos após, as demais variáveis da mecânica respiratória não apresentaram diferença estatisticamente signifi cante. Houve um aumento signifi cativo na Escala de Coma de Glasglow quando comparado o pré-intervenção com o imediatamente e após, bem como quando comparado o imediatamente com após intervenção (p= 0,001). Conclusão: Dentre a amostra avaliada a prancha ortostática apresentou ser uma técnica viável e segura para aplicação em doentes críticos ventilados mecanicamente, resultando na melhora do nível de consciência, aumento do volume ar cor-rente e uma redução signifi cativa do Driving Pressure.

EP-035

Qualidade de vida de sobreviventes de sepse após aplicação de um protocolo de mobilização precoce: resultados parciais

Marina Melo Coelho1, Danielle Cristina Alves de Oliveira1, Gabriela de Oliveira1, Ana Karla de Loiola Gomes Lima1, Carlos Fernando Ronchi1

1Universidade Federal de Uberlândia (UFU) - Uberlândia (MG), Brasil

Objetivo: Avaliar a qualidade de vida a curto e médio prazo de sobreviventes de sepse submetidos a um protocolo de mo-bilização precoce.Métodos: Estudo clínico, longitudinal, prospectivo, incluiu pacientes internados na unidade de terapia intensiva com diagnóstico de sepse, choque séptico e excluídos indivíduos que foram a óbito durante o processo. O grupo intervenção (GI) foi submetido a um protocolo de mobilização precoce (eletroestimulação, cicloergômetro e cinesioterapia) e o gru-po controle (GC) fez fi sioterapia convencional. As interven-ções foram realizadas por 7 dias. Foi aplicado o questionário SF36 na unidade de terapia intensiva avaliando como era a qualidade de vida antes da internação e após a alta hospitalar, no primeiro e terceiro mês, em 8 domínios. Resultados: Foram avaliados 11 pacientes (5 no GI e 6 no GC), com prevalência do diagnóstico de choque séptico de foco abdominal. O GI apresentou piores índices prognósticos na admissão, sugerindo maior gravidade nesses pacientes, porém menor tempo de internação hospitalar. No primeiro mês de alta, os dois grupos apresentaram queda signifi cati-va da qualidade de vida em todos os domínios do SF36 (P< 0,05), exceto em estado geral da saúde (P=0,139). Em rela-ção a capacidade funcional, vitalidade e aspectos sociais, o GI apresentou médias superiores ao GC após 3 meses e nos demais domínios valores semelhantes. Nenhum indivíduo re-tornou às suas atividades habituais a médio prazo. Conclusão: A mobilização precoce mostrou-se efi caz na me-lhora da qualidade de vida nos domínios capacidade funcio-nal, vitalidade de aspectos sociais, e na redução do tempo de internação.

Page 23: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

22

EP-036

MBA em gestão em serviços de saúde: percepções de profi ssionais da saúde sobre a inserção e as ações do fi sioterapeuta na unidade de terapia intensiva

Luis Antonio Nunes1

1Universidade Nove de Julho- São Paulo (SP), Brasil

Objetivo: O objetivo deste estudo é verifi car a percepção dos profi ssionais de saúde, sobre a inserção e as ações do fi siote-rapeuta na UTI. O benefício a ser buscado pelo fi sioterapeuta na UTI é preservar a vida, melhorando a qualidade e ali-viando os sintomas físicos, dando oportunidade, sempre que possível, para a independência funcional do paciente. Neste sentido, as percepções construídas pelos profi ssionais de saú-de, a partir da convivência e conhecimento das competências específi cas do fi sioterapeuta, podem ser uma ferramenta im-portante para conhecer com maior clareza as possibilidades de atuação de campo da fi sioterapia na UTI.Métodos: Neste estudo foi utilizada a metodologia qualita-tiva/descritiva, com a aplicação de uma entrevista semi-es-truturada e semi-aberta, no período de abril a junho de 2013. Resultados: A partir dos resultados obtidos pelo estudo, vê--se o reconhecimento da relevância da prática fi sioterapêuti-ca na Unidade de Terapia Intensiva e, o desconhecimento da legislação que assegura a presença deste profi ssional dentro das unidades. Conclusão: Nota-se que as ações prioritárias do fi sioterapeu-ta estão sendo relegadas ao segundo plano. Apesar do mesmo estar negligenciando as suas reais competências, os demais profi ssionais da saúde conhecem as ações prioritárias do fi -sioterapeuta. Este breve estudo mostra a importância de defi -nir rigorosamente, as ações do fi sioterapeuta em Unidades de Terapia Intensiva, especialmente no que diz respeito às suas competências específi cas e exclusivas, além do conhecimen-to da legislação vigente, objetivando o melhor tipo de serviço prestado ao paciente gravemente enfermo, da padronização e defesa da classe profi ssional dentro das Unidades de Terapia Intensiva.

EP-037

Comparação dos testes de respiração espontânea (pressão de suporte e tubo T) em um hospital de trauma de Minas Gerais

Antonio Augusto da Silva Fernandes1, Magdaline Trindade Ladeira1, Patricia Rocha de Brito1

1Hospital João XXIII, Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) - Belo Horizonte (MG), Brasil

Objetivo: Os estudos consideram que não há diferença esta-tisticamente signifi cativa entre os testes de respiração espon-tânea (TRE) - pressão de suporte ventilatório (PSV) e tubo T - em predizer sucesso no desmame da ventilação mecânica, reintubação e mortalidade. A escolha do TRE deve ser feita com base nas melhores evidências, experiência e preferência do corpo clínico. O objetivo do estudo foi avaliar a efetivida-de e segurança dos TREs para extubação. Métodos: Estudo transversal conduzido em uma unidade de terapia intensiva (UTI) de hospital de trauma, entre os meses de maio a outubro de 2018, em pacientes adultos sob venti-lação mecânica por mais de 24 horas, foram excluídos extu-bações não planejadas e aqueles que realizaram dois tipos de teste consecutivos. Resultados: De 157 pacientes, 104 foram incluídos no es-tudo, 18 fi zeram dois TREs em momentos diferentes que somados totalizaram 122 TREs incluídos e analisados. Os 122 TREs foram realizados 94 vezes (77%) em pressão de suporte e o tubo T foi realizado em 28 momentos (23%). Os valores da pressão de suporte nos TREs variaram entre 8-10cmH2O (92% com PSV:8 cmH2O). Em 122 TREs, 113 (93%) pacientes passaram no teste e foram extubados, 35(31%) foram reintubados dentro de 48h e 34 de 104 pa-cientes (33%) evoluíram para traqueostomia. Conclusão: O uso do TRE para extubação foi preditivo de sucesso no desmame em 69% dos pacientes. A pressão de suporte foi o teste mais utilizado e o tipo de TRE adotado não infl uenciou no sucesso do desmame, mortalidade tempo de permanência na UTI e hospitalar.

Page 24: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

23

EP-038

Desenvolvimento e confi abilidade da escala Foco Funcional Fácil (3F) para classifi cação funcional de pacientes em uma unidade de terapia intensiva

Charles Marcelo Kinast1, Lidiane Isabel Filippin1, Luiz Alberto Forgiarini Junior1, Fabrício Farias da Fontoura1

1Universidade La Salle - Canoas (RS), Brasil

Objetivo: Apresentar a construção, a concordância e con-fi abilidade entre avaliadores dos domínios de uma escala classifi catória do perfi l funcional de pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva denominada Foco Funcio-nal Fácil (3F). Métodos: Estudo transversal, com pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva de um hospital de referên-cia na região metropolitana de Porto Alegre/RS. Os dados foram coletados em dois momentos (tempo inicial e 1 hora depois) por dois pesquisadores cegados. A escala Foco Fun-cional Fácil foi construída contento cinco domínios, os quais classifi cam a gravidade da função. Os domínios são apresen-tados em uma escala tipo Likert (graduada de 0 a 5), quanto maior o número, pior a função no momento. Os dados foram analisados através do programa Statistical Package for the Social Sciences, versão 23 (SPSS Inc., Chicago, IL, EUA). Índice Kappa ponderado (weighted kappa), alfa de Cronba-ch, além da disposição gráfi ca de Bland-Altman foram ado-tados. Resultados: Foram incluídos no estudo 32 pacientes. A con-cordância para cada domínio da escala 3F variou de 63-94%, a confi abilidade entre os avaliadores verifi cada pelo coefi -ciente de Cronbach variou de 84-99%. Na disposição gráfi ca de Bland-Altman, verifi camos que existe um baixo viés 1,3 entre os avaliadores. Conclusão: A escala 3F apresentou-se como um instrumen-to de substancial confi ança e concordância o que demonstra satisfatória reprodutibilidade interavaliadores para avaliar a condição funcional dos pacientes internados na unidade de terapia intensiva. demonstrando uma ferramenta de fácil aplicabilidade e atraente para registro da função do paciente.

EP-039

Efeito da posição prona na mecânica respiratória e nas trocas gasosas em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo

Amanda Alvarenga Cambraia1, Débora Cirqueira Calderaro1, Maria Aparecida Nunes Bezerra Ananais1

1Hospital Alberto Cavalcanti, Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) - Belo Horizonte (MG), Brasil

A síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) é uma síndrome clínica grave, caracterizada por lesão pulmo-nar difusa aguda. A posição prona foi sugerida para corrigir a hipoxemia nos pacientes com SDRA grave. Objetivo: Análi-se retrospectiva dos efeitos da posição prona nos parâmetros da mecânica respiratória e gasométricos e eventos adversos relacionados, dos pacientes com SDRA grave internados na UTI do Hospital Alberto Cavalcanti (HAC), de janeiro de 2016 a junho de 2017. Métodos: Análise descritiva e esta-tísticas, que foram realizadas no SPSS 22.0. Valor-p < 0,05 foi signifi cativo. Resultados: Cinco (71,4%) pacientes eram do sexo masculino. A idade média (±DP) foi 44,7 ± 18,8 anos. Seis (85,7%) foram internados por doenças clínicas, 04 (57,1%) e apresentaram SDRA extrapulmonar. O APACHE II foi 24 ± 8,87. Os pacientes permaneceram internados na UTI por 26,3 ± 17,3 e no hospital por 53,3± 20,1 dias. Houve um (14,3%) óbito hospitalar. A ventilação prona foi realizada durante 16 horas, intercaladas com oito horas de ventilação em posição supina, por 3,43± 2,23 (1-7) dias. Houve melho-ra da complacência pulmonar estática (29,8 ± 10,3vs 45,7 ± 14,9, valor-p= 0,036), relação PaO2 /FIO2 (89,1± 24,4 vs 288,4 ± 56,2 valor-p<0,0001) e da PaCO2 (52,9 ± 8,6 vs 37,7 ± 9,7, valor-p=0,013), com baixa incidência de even-tos adversos graves. A posição prona foi efi ciente e segura nesta população. Palavras-chave: Síndrome do desconforto respiratório agudo. Ventilação em posição prona. Unidade de Terapia Intensiva.

Page 25: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

24

EP-040

Mobilização precoce em pacientes submetidos a transplantes hepático e renal: análise dos resultados pré e pós protocolo institucional

Cristiano Gomes da Silva1, Alexandre Rosa da Silva1, Patricia Azevedo Ferreira1, Aline Affonso de Carvalho1, Marcio Gomes Silva1, Livia Albuquerque Alves1, Marcos Freitas Knibel1, Noangela Santos do Nascimento1

1Hospital São Lucas Copacabana - Rio de Janeiro (RJ), Brasil

Objetivo: Descrever os resultados pré e pós a implementa-ção de um protocolo institucional de mobilização precoce em pacientes transplantados.Métodos: Estudo observacional retrospectivo através de análise dos registros de prontuário dos períodos pré e pós protocolo de mobilização precoce. Resultados: Analisamos o registro de 20 pacientes pré im-plementação do protocolo sendo 12 transplantes hepáticos e 8 renais. Tendo uma média de internação hospitalar de 23 dias sendo 7 no CTI. Destes, 14 foram mobilizados em 48 horas de pós-operatório e 7 após. Sentaram a beira leito 20 pacientes; 18 fora do leito; 11 fi caram de pé e 11 deambula-ram. Após a implementação foram mobilizados 51 pacien-tes, 28 transplantes renais, 17 hepáticos, 5 pâncreas-rim e 1 fígado-rim. Tempo médio de internação foi 14,8 dias sendo 3,8 no CTI. Destes 44 foram mobilizados em 48 horas de pós-operatório e 7 após. Sentaram a beira leito 51 pacientes; 48 fora do leito; 47 fi caram de pé e 44 deambularam. Ocor-reram 4 eventos adversos durante a mobilização, sendo 2 no período pré e 2 no pós protocolo.Conclusão: A utilização de protocolos institucionais viabili-za a mobilização precoce em pacientes transplantados.

EP-041

Proposta de índice preditivo para extubação de recém-nascidos pré-termo submetidos à ventilação mecânica

Juliana Renata Rezende1, Alex Oliveira1, Gabriel Salles1

1Faculdade de Medicina de Jundiaí - Jundiaí (SP), Brasil

Objetivo: O presente estudo propõe elaboração de índice preditivo por meio de análise multifatorial no desmame da ventilação mecânica invasiva, visando analisar e orientar o desmame ventilatório de recém-nascidos pré-termo críticos internados em UTI que necessitaram de intubação orotraqueal.Métodos: Análise retrospectiva por meio de revisão de pron-tuários de recém-nascidos intubados, submetidos à ventila-ção mecânica na UTI neonatal do Hospital Universitário da Faculdade de Medicina de Jundiaí (HUFMJ), no período de março de 2018 até março de 2019. Elaboração de tabela com pontuações dos critérios, índice de fácil aplicabilidade para avaliação de extubação. Resultados: Foram avaliados prontuários de recém nasci-dos pré termo, de baixo peso ao nascer de ambos os sexos, afi m de estabelecer uma relação entre as seguintes variáveis: Idade gestacional, grau de reatividade, frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial média, saturação de O2, pH, PaO2, pCO2 e FiO2, no momento da decanulação e a taxa de falha ou sucesso da extubação.Conclusão: Espera-se defi nir os valores de parâmetros ade-quados no momento da extubação, a fi m de predizer se os resultados serão favoráveis ou desfavoráveis, possibilitando a extubação segura, reduzindo os riscos de falha e necessida-de de reintubações.

Page 26: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

25

EP-042

Intervenções farmacêuticas na unidade de terapia intensiva adulto de um hospital 100% SUS do sul do Brasil

Lucia Collares Meirelles1, Marcelle Oliveira Silveira1, Natalia Winkler1, Priscila Machado de Oliveira1, Rodrigo Martins Saldanha1

1Hospital Independência da Congregação Divina Providência - Porto Alegre (RS), Brasil

Objetivo: Analisar as intervenções realizadas por farmacêu-ticos clínicos na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital especializado em traumatologia, ortopedia e dor crônica no sul do Brasil.Métodos: Estudo observacional retrospectivo, em que foram analisadas as intervenções farmacêuticas registradas no ban-co de dados da instituição, no período de outubro de 2018 a julho de 2019. A aceitabilidade, classifi cação da intervenção, forma de intervenção e medicamentos envolvidos foram ava-liados.Resultados: Foram realizadas 431 intervenções farmacêuti-cas. 215 foram realizadas sem contato com a equipe médica, por serem intervenções que o farmacêutico tem prévia apro-vação institucional para realizar sem contatar os médicos. 123 intervenções foram feitas durante o round multiprofi s-sional, 84 foram verbais e 9 foram realizadas em forma de alertas. Houve aceitação de 416 (96,5 %) intervenções, 8 não aderidas (1,85 %) e 7 (1,65 %) não se aplicaram (possuíam justifi cativa para não serem aceitas). As principais interven-ções foram relacionadas a aprazamento (24 %), indicação (17 %), dose (13 %), duplicidade (10 %) e tempo de trata-mento (7 %). Das intervenções realizadas de maneira verbal, apenas 2 não foram aceitas. Conclusão: A realização de intervenções farmacêuticas é garantia de maior segurança e qualidade do tratamento dos pacientes, principalmente os criticamente doentes. As in-tervenções realizadas sem contato com a equipe médica de-monstram a confi ança da equipe no trabalho farmacêutico. O estudo também demonstra a relevância das intervenções realizadas verbalmente, que possuem maior aceitabilidade quando comparada as outras, além da importância da parti-cipação farmacêutica no round multiprofi ssional, tendo esse profi ssional papel fundamental na equipe multiprofi ssional.

EP-043

Intervenções farmacêuticas no uso racional de antimicrobianos em unidades de terapia intensiva em um hospital privado

Jaqueline Pilon de Meneses1, Carla Caroline Silva1, Vanessa de Andrade Conceição1, Michele Eugênia1, Gabriel Daltoso Esteves1, Luciana Melo de Araújo1, Ana Beatriz Fernandes1, Maria Gabriela Coriolano1

1Hospital Santa Catarina - São Paulo (SP), Brasil

Objetivo: O uso inapropriado de antimicrobianos somado ao aumento nas taxas de resistência bacteriana fez com que o tratamento das infecções em unidades de terapia intensiva se tornasse um desafi o diário. O objetivo deste trabalho é ava-liar as intervenções farmacêuticas relacionadas aos antimi-crobianos e analisar a aceitação médica dessas intervenções.Métodos: Um estudo do tipo coorte retrospectivo foi con-duzido com itens de prescrição de pacientes internados em unidades de terapia intensiva adulto no período de 01 de ja-neiro de 2018 a 01 de janeiro de 2019. Para determinar a taxonomia das intervenções, utilizamos uma versão adaptada da NCC MERP (National Coordinating Council for Medica-tion Error Reporting and Prevention). Resultados: 24.009 itens de prescrição foram analisados, 7390 tiveram intervenção farmacêutica realizada e 1125 (15,22%) foram relacionadas aos antimicrobianos, com a se-guinte taxonomia: Dose inapropriada (26,31%), frequência errada (17,43%), erro de monitoramento (16,19%), duplici-dade (8,71%), medicamento inapropriado (6,84%), horário errado (5,95%), omissão de dose (4,09%), interação medi-camentosa (2,93%), diluição errada (2,84%), duração errada (2,58%), contagem errada (2,31%), técnica errada (1,33%), via de administração errada (1,07%), forma farmacêutica errada (1,07%) e outros (0,35 %). Encontramos 74,49% de aceitação médica nas intervenções farmacêuticas realizadas. 119 sugestões relacionadas à antimicrobianos foram classifi -cadas como atenção farmacêutica.Conclusão: A contribuição do farmacêutico clínico nas uni-dades de terapia intensiva parece ser uma medida importante no uso racional de antimicrobianos.

FARMÁRCIA

Page 27: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

26

EP-044

Análise do perfi l de intervenções farmacêuticas na unidade de terapia intensiva de um hospital terciário de grande porte da cidade de São Paulo

Veridiana Fernandes da Silva Ambrosio1, Mauricio Sá de Oliveira1, Marcel de Souza Nogueira1, Raquel Fernanda Cruz1, Natasha Anasawa Rodrigues1, Helga Bischoff1

1Hospital Samaritano Paulista - São Paulo (SP), Brasil

Objetivo: Analisar o perfi l de intervenções farmacêuticas re-alizados dentro de uma unidade de terapia intensiva de um hospital terciário geral a fi m de mensurar a importância do farmacêutico clínico na equipe multiprofi ssional.Métodos: Estudo transversal retrospectivo aprovado pelo CEP institucional. Foram compiladas as intervenções far-macêuticas realizadas entre os meses de 01/06/2018 a 31/06/2019 na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital terciário geral. Os dados foram tabulados no Microsoft Excel. Resultados: No período analisado foram realizadas 901 in-tervenções farmacêuticas, das quais 24% correspondem a reconciliação medicamentosa (incluindo admissão, transfe-rência e alta hospitalar), 12% relacionadas a algum tipo de inclusão de medicamento em prescrição, 11% referente a substituição de um medicamento (incluindo forma farmacêu-tica, via de administração e apresentação farmacêutica), 9% para suspensão de medicamento, 8% duplicidade, 5% para dose abaixo do recomendado, 4% para ajuste de acordo com a função renal e a somatória das demais intervenções incluin-do incompatibilidade via sonda, ajuste de acordo com moni-toramento laboratorial, término de tratamento, stewardship, dentre outras. Das intervenções realizadas, 97% foram acei-tas pela equipe médica. Conclusão: O perfi l de intervenções realizadas contribuiu para o tratamento adequado, visando redução do compro-metimento renal, garantia do controle dos sintomas e/ou manejo de distúrbios evidenciados durante a evolução clí-nica de cada paciente, demonstrando assim a importância do farmacêutico clínico na equipe multiprofi ssional em prol da segurança do paciente.

EP-045

Panorama parcial das características dos farmacêuticos atuantes em unidades de terapia intensiva dos hospitais brasileiros

Camile Moreira Mascarenhas1, Daiandy da Silva2, Lívia Maria Gonçalves Barbosa3, Michelle Silva Nunes4, Nathalia Lobão Barroso de Souza Silveira5, Fabíola Giordani1

1Universidade Federal Fluminense - Rio de Janeiro (RJ), Brasil; 2Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Porto Alegre (RS), Brasil; 3Hospital Sírio-Libanês - São Paulo (SP), Brasil; 4Maternidade Escola Januário Cicco, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) - Natal (RN), Brasil; 5Instituto Hospital de Base - Brasília (DF), Brasil

Objetivo: Caracterizar farmacêuticos atuantes em unidades de terapia intensiva (UTI) com base nas repostas prelimina-res ao inquérito para caracterização do cuidado farmacêutico em UTI.Métodos: O questionário online, validado por Delphi e estu-do piloto (CAAE 07018118.0.0000.5243), foi divulgado em redes sociais e por e-mail pelos pesquisadores e associações parceiras entre maio e julho de 2019. Resultados: Dos 133 profi ssionais, 75,2% eram do gêne-ro feminino, 64,7% brancos, com média de 33 anos idade. Do total, 51,9% concluiu a graduação em universidade pú-blica, sendo 66,3% nos últimos 10 anos e 87,2% possuem pós-graduação. O vínculo empregatício de 67,7% era cele-tista, 16,5% servidores e 10,5% residentes, 80,4% com carga horária de 40 horas ou mais, sendo 65,4% diarista e 25,5% plantonista diurno. A remuneração de 50,4% era superior ao piso salarial e 48,1% até R$ 3.800 reais. Apenas 15,8% per-manecem na UTI integralmente e 10,5% relatam não possuir qualifi cação específi ca em UTI, 29,2% tinha outro vínculo. Dos hospitais, 40,5% estão no Sudeste, 27,1% no Nordeste e 20,3% no Sul, sendo 40,6% privados e 30,8% públicos, 82% gerais, 60,1% de ensino-pesquisa, 49,6% não possui acredi-tação e 63,2% possuem mais de 150 leitos. Das UTI, 79,7% são adultos e 88,0% possuem rounds pelo menos uma vez na semana. Conclusão: Os resultados contribuem para indicar o real contexto de formação, trabalho e inserção do farmacêutico de UTI.

Page 28: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

27

EP-046

Serviços farmacêuticos prestados em unidade de terapia intensiva: cuidado farmacêutico na promoção de segurança do paciente

Gustavo Leite Magalhães de Melo1, Barbara Carvalho Lacerda de Almeida1, Beatriz Batemarco dos Santos1, Fernanda de Figueiredo Gomes1, Camile Moreira Mascarenhas2

1Universidade Federal Fluminense - Rio de Janeiro (RJ), Brasil; 2Instituto Nacional de Cardiologia (INC) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil

Objetivo: Analisar o cuidado farmacêutico prestado em uni-dade de terapia intensiva (UTI) de hospital federal especiali-zado em cardiologia.Métodos: De fevereiro a dezembro de 2018, foram realiza-dos os serviços de conciliação medicamentosa, revisão da farmacoterapia, acompanhamento farmacoterapêutico e in-formações sobre medicamentos por farmacêutico diarista e realizadas intervenções farmacêuticas (IF), classifi cadas em etapa, tipo, profi ssional, aceitabilidade e erros de medicação. Resultados: Foram realizadas 700 IF em 130 dias (taxa de 5,38). A taxa de conciliação medicamentosa foi de 33%, as fontes de informação mais frequentes foram prontuário (27%), prontuário e paciente (20%) e prescrição e paciente (11%) e os tipos mais recorrentes foram sugestão de inclusão de medicamento (63%) e omissão (29%). Foi realizada revi-são da farmacoterapia em 128 prescrições, média de 10 pres-crições/dia; taxa de 0,51 IF/prescrição. Foi realizado acom-panhamento farmacoterapêutico para 924 pacientes, média de 7/dia e taxa de 0,75 IF/paciente/dia. As principais etapas de atuação foram decisão terapêutica (36,8%), transcrição da prescrição manual (30,1%) e aprazamento da enfermagem (13%). As IF mais recorrentes foram medicamento (24,5%), omissão (20,1%) e duração do tratamento (13,7%) e a equipe demonstrou 78% de aceitação. 62,7% das IF estavam rela-cionadas a erros de medicação, sendo a etapa de transcrição a de maior risco potencial, representando 44,8% do total de erros detectados, porém foi possível evitar que 58,5% do to-tal de erros atingissem o paciente. Conclusão: Os serviços contribuíram para constatar proble-mas evitáveis e promover segurança do paciente e cultura de segurança.

Page 29: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

28

EP-047

Avaliação do tempo para início e progressão de dieta em uma unidade de terapia intensiva pediátrica: aplicação de um indicador de qualidade assistencial

Ana Facury da Cruz1, Karla Cristina Queiroz1, Alínia Quélia Araújo Bastos1, Priscila Menezes Ferri Liu1, Adrianne Mary Leão Sette E Oliveira1, Vanessa Rodrigues da Silva1

1Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Belo Horizonte (MG), Brasil

Objetivo: Avaliar adequação para início e progressão de die-ta em pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica de hospital universitário.Métodos: Foram incluídos pacientes admitidos com pelo menos 24 horas de jejum, que permaneceram internados até progressão da dieta ou por período igual ou superior há 7 dias, entre fevereiro e junho de 2019. Estado nutricional foi avaliado segundo critérios da Organização Mundial de Saúde. Dados foram obtidos do prontuário e de indicador da qualidade da assistência nutricional (planilha de monitora-mento). Considerou-se adequado início de dieta nas primei-ras 48h após admissão e progressão até pelo menos 70% das necessidades em 7 dias. Resultados: Foram incluídas 28 crianças, idade média de 5 anos e 2 meses, 57,1% do sexo feminino, admitidas por razões clínicas (53,6%) e cirúrgicas (46,4%). À avaliação nutricional, 60,7% dos pacientes eram eutrófi cos, 32,1% apresentavam subnutrição e 7,2% excesso de peso. Quanto à via de alimentação, nutrição enteral exclusiva foi predomi-nante (53,6%), seguida de nutrição parenteral (17,8%), oral (17,8%) e nutrição mista (10,7%). Em 75% dos casos a dieta foi iniciada nas primeiras 48h, média de 1,4 dias. Progres-são até meta energética ocorreu na primeira semana em 86% dos casos. Principal causa de atraso na progressão foi íleo adinâmico. Conclusão: Tempo médio para início e progressão de dieta e via enteral preferencial para crianças criticamente enfermas estão de acordo com as recomendações da literatura. Atuação da equipe multiprofi ssional e indicadores para monitoramen-to são essenciais para alcançarmos as metas nutricionais e melhoria da qualidade da assistência.

EP-048

Síndrome de Wernicke-Korsakoff em um paciente com glicogenose tipo 1A

Soraia Poloni1, Vaneisse Monteiro1, Mariana Sbaraini da Silva1, Berenice Lempek dos Santos2, Ida Vanessa Doederlein Schwartz1, Carolina Fischinger Moura de Souza2

1Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Porto Alegre (RS), Brasil; 2Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Porto Alegre (RS), Brasil

As glicogenoses hepáticas são um grupo de doenças gené-ticas causadas por defeitos enzimáticos na síntese ou degra-dação do glicogênio. Na glicogenose tipo 1a, o tratamento consiste em ingestão de altas doses de amido de milho cru para manutenção da normoglicemia e restrição de açúca-res simples da dieta. Neste relato de caso descrevemos um paciente com graves manifestações neurológicas possivel-mente secundárias à defi ciência de tiamina. Relato de caso: paciente do sexo feminino, 17 anos, diagnóstico clínico e molecular de glicogenose tipo 1a. Em tratamento dietético com: amido de milho cru (540 g/dia), dieta restrita em açú-cares, polivitamínico e carbonato de cálcio. Paciente procura a emergência por tontura, vômito e hipoglicemias. Relata ter aumentado por conta própria sua dose de amido e reduzi-do ingestão de outros alimentos com o objetivo de manejar hipoglicemias e perder peso. Necessitou de hospitalização pois evoluiu com nistagmo e parestesias. O quadro progrediu para insufi ciência cardíaca e rebaixamento de sensório, o que culminou na admissão na CTI e ventilação mecânica. Res-sonância magnética de cérebro mostrava sinais de síndrome de Wernicke-Korsakoff. Uma alta dose de tiamina IV (500 mg de 8/8h) foi administrada e os sintomas neurológicos e cardiológicos melhoraram rapidamente. A paciente persistiu com parestesias e difi culdade de deambulação por dois me-ses, mas recuperou-se completamente após 7 meses. Conclu-sões: este caso sugere uma grave apresentação de defi ciência de tiamina em um paciente com glicogenose, apesar do uso de polivitamínico. A má adesão terapêutica e o quadro eméti-co podem ter contribuído para tal complicação.

NUTRIÇÃO

Page 30: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

29

EP-049

Medidas de prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica com foco na odontologia intensiva do Hospital Evangélico, RJ

Flavia de Almeida Ramos Lobão1, Elisa Fatoreli Costa1, Fabiana Chianello1, Vitor Luiz Ferreira Gomes1, Rafael Rodrigues1, Sttéffany Soares1, Marian Faxas1, Roberta Vieira1

1Hospital Casa Evangélico - Rio de Janeiro (RJ), Brasil

Objetivo: O objetivo deste artigo foi ressaltar a importância da presença do dentista na unidade de Terapia Intensiva, ba-seado na relação causal entre a defi ciência dos cuidados orais de pacientes internados e o aumento da pneumonia nosoco-mial e pneumonia associada a ventilação mecânica - PAV.Métodos: A Odontologia Intensiva passou a fazer parte da equipe multiprofi ssional do Hospital Casa Evangélico, rea-lizando exame oral, diagnóstico e prognóstico, instituindo tratamento odontológico, participando do round e discutindo com a equipe médica o melhor momento para realizar os pro-cedimentos odontológicos e instituir a terapia farmacológica para a patologia da cavidade oral. Resultados: Um programa de diagnóstico oral, intervenção e tratamento das patologias encontradas, além de padroniza-ção de cuidados de higiene oral para equipe de enfermagem, através de treinamentos e educação continuada foi iniciado. Percebeu-se a grande prevalência da doença periodontal. Conclusão: A Odontologia Intensiva tem muito a agregar na terapia intensiva, contribuindo para a saúde integral do pa-ciente, com medidas preventivas para infecção relacionada a assistência de saúde, além de multiplicar conceitos de saúde bucal entre a equipe e pacientes e a inclusão da odontologia na equipe multiprofi ssional agrega valor, conforto ao pacien-te e qualidade, além de assegurar a descolonização orofarín-gea para diminuição dos indicadores de PAV.

EP-050

Achados clínicos, laboratoriais e da cavidade oral de uma série de casos de endocardite infecciosa

Keiko Aramaki Abreu Calado1, Raquel Coelho Netto da Costa1, Tamires Barradas Cavalvante1

1Hospital Universitário, Universidade Federal do Maranhão (UFMA) - São Luís (MA), Brasil

Objetivo: A Endocardite Infecciosa é uma doença que aco-mete o endotélio e válvulas cardíacas já comprometidas, sendo decorrente da colonização de fungos, vírus e mais co-mumente de bactérias possuindo altas taxas de mortalidade e morbidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar os dados do exame da cavidade oral e os achados clínicos contidos nos prontuários de pacientes que tiveram Endocardite Infec-ciosa que estavam internados na UTI CARDIO do Hospital Universitário Presidente Dutra, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), no período de abril/2015 a abril/2017. Métodos: Foi realizado um estudo observacional, descritivo, retrospectivo de série de casos, com análise dos prontuários de 13 pacientes internados na UTI CARDIO com endocardi-te infecciosa, do Hospital Universitário Presidente Dutra, em São Luís, MA, Brasil, no período de abril/2015 a abril/2017. As variáveis analisadas foram: sexo, idade, achados clínicos, resultados do exame Ecocardiograma, tipo de tratamento instituído, evolução dos pacientes, dados da hemocultura e dados da cavidade oral. Utilizou-se o programa STATA 14.0 para realizar a análise estatística. Foi aplicado o Teste Exato de Fisher, com nível de signifi cância de 5%. Resultados: A grande maioria apresentou febre intermitente (80%) e perda ponderal (40%) seguidamente de Febre reu-mática, troca valvar cardíaca, endocardite infecciosa prévia, AVC e doença renal crônica, todos com 30% cada. Consta-tou-se que 50% dos pacientes apresentavam cálculo dental, 40% apresentavam cárie e 20% necessitavam de exodontias e tratamento restaurador. Conclusão: A endocardite infecciosa é uma doença grave que pode levar o indivíduo a óbito, os pacientes internados com endocardite infecciosa que foram avaliados nessa pes-quisa tiveram demandas de saúde bucal e necessidade de tratamento dessas demandas, mais estudos são necessários para explicar uma relação entre saúde bucal e endocardite infecciosa.

ODONTOLOGIA

Page 31: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

30

EP-051

Odontologia na unidade de terapia intensiva: penfi góide bolhoso

Claudiane Santana Rezende1, Camila de Freitas Martins Soares Silveira2, Sebastião Gilberto Borges1, Ismael Lucas Pinto3

1Hospital Santa Genoveva Uberlândia - Uberlândia (MG), Brasil; 2Associação Brasileira de Odontologia (ABO) - Goiânia (GO), Brasil; 3Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico (CNPq) - Brasília (DF), Brasil

Muitas doenças sistêmicas afetam a boca, juntamente com outras partes do corpo. Dentre elas, o Penfi goide Bolhoso; uma doença crônica e autoimune, onde os anticorpos destro-em os componentes de ligação da pele e mucosa, apresentan-do lesões bolhosas, extremamente dolorosas. O objetivo des-te trabalho é apresentar um relato de caso de um paciente do sexo masculino, leucoderma, 73 anos de idade com histórico de há 2 anos ter tido acidente vascular encefálico isquêmico com transformação hemorrágica seguido de queda da própria altura. Atualmente em uso de traqueostomia e gastrostomia, assistido domiciliar em regime de Home Care. Deu entra-da na Unidade de Terapia Intensiva com lesões bolhosas na mão direita e cavidade oral, com diagnóstico de Penfi goide Bolhoso. Solicitado pelo médico intensivista, parecer odon-tológico das lesões em cavidade oral. Na avaliação foi obser-vado a presença de lesões erosivas e ulceradas de formatos irregulares em região de palato duro e palato mole, cobertas por uma pseudomembrana e circundada por uma área eri-tematosa. Foram realizadas três sessões de Laser de Baixa Intensidade, em dias alternados, com o Therapy EC. Ao fi nal de cada sessão, foi aplicada em toda a cavidade bucal, gel de hidratação oral de Vitamina E 2% e Óleo de Coco 2%. A tera-pia com o laser apresentou efeitos benéfi cos para os tecidos, ativando a microcirculação, a produção de novos capilares, efeitos anti-infl amatórios e analgésicos, além de ter estimu-lado a reparação tecidual; por isso apresentou uma excelente indicação para o controle local dessa doença.

EP-052

Odontologia na unidade de terapia intensiva: síndrome de Founier

Claudiane Santana Rezende1, Camila de Freitas Martins Soares Silveira2, Ismael Lucas Pinto3

1Hospital Santa Genoveva Uberlândia - Uberlândia (MG), Brasil; 2Associação Brasileira de Odontologia (ABO) - Goiânia (GO), Brasil; 3Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico (CNPq) - Brasília (DF), Brasil

A síndrome de Founier é uma patologia infecciosa grave, rara, de rápida progressão, que acomete a região genital e áreas adjacentes, caracterizada por uma intensa destruição tissular, envolvendo o tecido subcutâneo e a fáscia. Ocorre mais frequentemente em homens, podendo acometer tam-bém em mulheres. O índice de mortalidade está relacionado com a precocidade no diagnóstico e tratamento adequado. Essa Síndrome produz manifestações locais e sistêmicas. Possui papel relevante na área da Odontologia Hospitalar, uma vez que estando o cirurgião-dentista, inserido numa equipe multidisciplinar, pode colaborar com terapias locais, como a Laserterapia. O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de caso de um paciente lactente, 6 meses de idade, internado em UTI , sob precaução de contato, portador da SF, sexo masculino, que após 24 horas de ter recebido a dose de vacina do 6º mês de vida, evoluiu com pústula em região pe-rianal, febre, prostração e subsequente edema escrotal e pê-nis, com lesões bolhosas e necrosantes. Foi solicitado pare-cer odontológico, uma vez que a dentista integra a Comissão de Feridas do Hospital, onde foi acordado realizar a laser-terapia nas lesões, através da aTDP (Terapia Fotodinâmica) para redução microbiana, diminuição dos efeitos citotóxicos das lesões, alívio da dor e estímulo à reparação tecidual. Fo-ram realizadas 10 sessões diárias de laser de Diodo, apare-lho Therapy EC, e após cirurgia plástica para aproximação das bordas, mais 15 sessões de Laser em razão da deiscência apresentada. Paciente respondeu bem à laserterapia, receben-do alta hospitalar após 29 dias.

Page 32: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

31

EP-053

O uso do laser de baixa intensidade no tratamento do eritema multiforme: relato de caso

Júlia Cândido Leão1, Renata Gonçalves de Resende2

1Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Belo Horizonte (MG), Brasil; 2Hospital Municipal Odilon Behrens - Belo Horizonte (MG), Brasil

O eritema multiforme é uma patologia dermatológica vesícu-lo bolhosa, dolorida e se caracteriza por uma reação imunoló-gica que afeta a pele e mucosa oral. O tratamento do Eritema multiforme é feito através de fármacos imunossupressores, antibióticos e antissépticos de uso tópico. A laserterapia de baixa intensidade é um tratamento atual que acelera o proces-so de reparação tecidual, causa analgesia e tem efeito anti-in-fl amatório. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de eritema multiforme desencadeado por antibioticoterapia tratado realizado a partir de aplicação de laser de baixa inten-sidade na região afetada pela patologia.

EP-054

Relato de caso: estomatite urêmica na unidade de terapia intensiva e a terapia de laser de baixa potência como abordagem da odontologia intensiva

Elisa Fatoreli Costa1, Flavia de Almeida Ramos Lobão1, Ricardo José Eiras de Souza Junior1, Leonardo Carvalho Guerreiro1

1Hospital Casa Egas Moniz - Rio de Janeiro (RJ), Brasil

A estomatite urêmica é caracterizada por mucosa oral ver-melha ou ulcerada, coberta com uma pseudomembrana, que desaparece quando os níveis de ureia retornam ao normal, também está relacionada ao aumento dos valores de nitro-gênio plasmático. A acredita-se que a causa provável das lesões orais se deva à urease, uma enzima produzida pela microfl ora oral, que, ao degradar a ureia da saliva, libera amônia, a qual pode lesar a mucosa. As lesões são dolorosas e aparecem mais frequentemente na face ventral da língua e soalho bucal. O início da sintomatologia da estomatite urê-mica pode ser abrupto, com placas brancas distribuídas pre-dominantemente na mucosa jugal, língua e soalho bucal. A paciente J.F.B, 86 anos, sexo feminino, leucoderma admitida na UTI com sepse urinária, cursando com disfunção orgânica do sistema renal, apresentou após 5 dias de internação lesão leucoplásica em terço anterior da língua, de aparecimento abrupto, medindo 4,2 mm em seu maior diâmetro, referindo desconforto oral, ardência e dor ao se alimentar. A odonto-logia intensiva estabeleceu a seguinte conduta: 5 sessões de laserterapia - 6J IV e aPdt - 9 J; para controle microbiano de candidíase oral (infecção oportunista) e analgesia até que a função renal ser controlada; tal medida trouxe alívio dos sin-tomas orais, evitando a necessidade de uso de sonda enteral.

Page 33: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

32

EP-055

Como os médicos comunicam a morte do paciente aos familiares: análise da comunicação verbal e não verbal

Sara Peres Costa1, Marina Rodrigues Novais Pires1, Jéssica Inácio de Almeida Prado1

1Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira - Goiânia (GO), Brasil

Objetivo: A comunicação de notícia de morte é frequente-mente considerada uma das tarefas mais difíceis a ser rea-lizada pelos profi ssionais de saúde, além de ter importante impacto às pessoas que a recebem. Portanto, este trabalho objetiva identifi car e descrever como os médicos realizam a comunicação da morte do paciente aos familiares em um hospital de urgências.Métodos: Estudo transversal, descritivo e explorató-rio, de abordagem qualitativa, com parecer ético CAAE: 84230418.3.0000.5082. Participaram 38 médicos que atua-vam no Pronto Socorro ou nas Unidades de Terapia Intensiva e que realizaram comunicações de morte durante os 60 plan-tões destinados a coleta de dados. Foi utilizada a observação sistemática participante e um roteiro para registro dos dados durante os atendimentos. Foram inclusos os médicos que as-sentiram pelo Termo de Consentimento Livre Esclarecido. Resultados: Observou-se 69 comunicações de morte. Por meio da Análise de Conteúdo, emergiram dois grupos de categorias. No primeiro, relativo ao curso da comunicação, identifi cou-se três subcategorias: "Contato inicial", "Trans-missão das informações", e "Gestão das demandas emocio-nais". No segundo, associado a relação médico-família, ve-rifi cou-se duas categorias fi nais: "Envolvimento afetivo na relação médico-família: humanização e potencial terapêutico da comunicação" e "Distanciamento afetivo na relação mé-dico-família: objetifi cação e impacto negativo na qualidade da comunicação". Conclusão: Constatou-se que alguns médicos apresentaram formas de comunicação verbal e não verbal que demonstram aproximação afetiva para com os familiares, em contraposi-ção a outros que apresentaram formas de comunicação que indicam difi culdades no enfrentamento da morte pelo profi s-sional e distanciamento da subjetividade da família.

PSICOLOGIA

EP-056

A díade paciente e família no cotidiano da unidade intensiva

Fernanda Barbosa da Silva1, Helena Camarinha1, Renata Mayworm de Oliveira2, Leticia Moreira Silva2, Marcela Teixeira Giro Correia2

1Hospital Israelita Albert Sabin - Rio de Janeiro (RJ), Brasil; 2Universidade Veiga de Almeida (UVA) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil

Este estudo tem como objetivo, a manutenção dos vínculos entre paciente e família, perante as vivências na unidade de terapia intensiva. Busca, acolher e orientar a família nas con-dições críticas, situações e decisões para as quais não está preparada, seja no âmbito da informação ou dos próprios re-cursos psíquicos. Cada família signifi ca sua experiência de forma diferenciada e a equipe de saúde, precisa confi gurar propostas adaptativas e conciliatórias, na perspectiva indi-vidualizada. Atende, urgências no acolhimento e suporte em resposta a demandas reativas e desorganizadas de compreen-são e cuidados, mediada pelos conceitos winnicottianos de holding e concern. Preconizamos essa intervenção, junto a família, embasados na prática e monitoramento diário a día-de paciente-família, balizados no recorte bibliográfi co, docu-mental e de campo. Os resultados desta atuação, respaldados em registros e indicadores, apontam famílias mais presentes e participativas, durante a permanência do paciente nesta unidade. Concluímos que, a resposta de qualquer família está relacionada a atuação e parceria da equipe de saúde, através de estratégias de informação, orientação e acolhimento. Ou seja, demanda uma equipe participativa que permita, faculte e respeite a temporalidade da família, onde esta detenha um espaço de elaboração e reparação de seus aspectos emocio-nais e socio-familiares. Confi gurando assim, o ciclo do hol-ding, no acolhimento e suporte a família, e ao concern em resposta a possibilidade e ao campo de reação e reparação da família, em relação a si mesma e a equipe multiprofi ssional, através de seus encontros, desencontros e reencontros.

Page 34: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

Anais do II SIMPÓSIO AMIB MULTIPROFISSIONAL EM UTI30 e 31 de agosto de 2019 – Belo Horizonte

33

EP-057

Estimulação senso-perceptiva em unidade intensiva

Fernanda Barbosa da Silva1, Helena Camarinha1, Leticia Moreira Silva2, Renata Mayworm de Oliveira2, Marcela Teixeira Giro Correia2

1Hospital Badim - Rio de Janeiro (RJ), Brasil; 2Universidade Veiga de Almeida (UVA) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil

Este estudo de caso, de metodologia qualitativa, está for-malizado na prática e monitoramento diário ao paciente, em unidade de terapia intensiva. Destaca como objetivo, realçar a atuação precoce do serviço de psicologia, ao introduzir a estimulação senso-perceptiva, junto a pacientes acometidos, primordialmente, por AVCs e AVEs. Abordagem breve fo-cal, embasada em programa terapêutico individualizado, segundo o enfoque multiprofi ssional. Instrumentos e méto-dos desenhados e realinhados, a partir dos rounds diários, fundamentados nos procedimentos operacionais padrão da unidade intensiva, embasados na literatura vigente, e valida-dos no acervo da instituição hospitalar. O paciente é avaliado pela equipe multiprofi ssional nas escalas CAM-ICU, Rass, Glasgow, além dos exames clínicos, de imagem e laborato-riais. O recorte da intervenção psicológica abarca o suporte emocional, motivacional, psicomotor e cognitivo, segundo o método de estimulação senso-perceptiva, que utiliza ins-trumentos mediadores, em função da resposta do paciente. No CTI esses métodos são utilizados, desde a chegada do paciente na unidade, através da metodologia de aproxima-ções sucessivas, sendo este procedimento precoce, destacado como um diferencial na resposta do paciente. Os resultados observacionais na práxis diária, revelam, conforme preconi-zado na literatura, uma resposta mais pronta do paciente. No entanto, outros achados parecem relevantes, como a redução na incidência de delirium, além de quadros mais brandos, ou de menor temporalidade, tanto na apresentação hiperativa como hipoativa. Assim, concluímos que este método de es-timulação deve ser melhor sistematizado e, monitorado para cada programa terapêutico, sendo indicado o seu mapeamen-to em outras situações, onde ocorra o quadro de delirium.

Page 35: 30 e 31 de agosto de 2019 - Belo Horizonte · nista e Psicólogo e os pacientes listados como pré-operatório de cirurgia cardíaca. Resultados: Foi organizado um cenário de recebimento

ISBN 978-85-63887-06-1