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Material Digital do Professor História – 8º ano 3º bimestre – Gabarito 1. Leia o texto abaixo. Ressaltando a existência de forças de contenção no âmbito internacional, Amorim expressou preocupação em relação à política de Trump: “Não sei até que ponto, um dia, movido por alguma outra coisa ela pode agir, motivada por um interesse empresarial qualquer. Você fica com temor, com medo que volte aquela história do porrete, do big stick (grande porrete), se você não tem pudor de dizer certas coisas”. CARLOTTI, Tatiana. A necessária integração latino-americana. Carta Maior, 9 fev. 2017. Disponível em: <www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Risco-Trump-e-a-necessaria-integracao-latino-americana/4/37678>. Acesso em: 10 out. 2018. Considerando o texto sobre a política estadunidense contemporânea, explique por que a atuação estrangeira estadunidense do século XIX ficou conhecida como Doutrina Monroe e, mais tarde, como política do Big Stick. Objeto(s) de conhecimento Os Estados Unidos da América e a América Latina no século XIX Habilidade (EF08HI25) Caracterizar e contextualizar aspectos das relações entre os Estados Unidos da América e a América Latina no século XIX. Tipo de questão Aberta Capítulo 8 Grade de correção 100% O aluno identificou a Doutrina Monroe e a política do Big Stick, e mostrou relações entre elas, segundo as quais os Estados Unidos buscavam preservar a região americana conforme seus interesses e mesmo se dispunham a intervir, usando a força em todo o continente americano e, assim, colocar sob sua influência especialmente a América Latina. 50% O aluno identificou a Doutrina Monroe e a política do Big Stick, mas sem mostrar relações nem pontuar o caráter intervencionista no continente americano, em especial na América Latina. 0% O aluno não identificou a Doutrina Monroe nem a política do Big Stick, e nem destacou relações de interesses e atuações dos EUA com a América Latina. Orientações sobre como interpretar as respostas e reorientar o planejamento com base nos resultados O objetivo da questão é levar o aluno a refletir sobre a Doutrina Monroe e a política do Big Stick. Apesar disso, caso os alunos apresentem dificuldade em resolver a questão, retome a discussão sobre a oposição dos Estados Unidos à Santa Aliança e a definição das relações entre Estados Unidos e América Latina no século XIX. Evidencie que a elaboração da Doutrina Monroe (sintetizada na frase “América para os americanos”) foi uma resposta às intenções de restabelecimento do domínio colonial europeu na América. Explique a disposição de intervenção estadunidense na América Latina por meio do documento Corolário Roosevelt, justificando o uso da expressão “política do Big Stick” para caracterizar a política externa deste país. Por fim, retome o texto da reportagem em questão a partir de uma leitura conjunta em sala de aula, refletindo acerca do caráter intervencionista dessa política. Desse modo, os alunos têm a oportunidade de compreender a Doutrina Monroe e a política do Big Stick desde a sua origem, sendo capazes de estabelecer de forma adequada relações com a política estadunidense atual.

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História – 8º ano

3º bimestre – Gabarito

1. Leia o texto abaixo.

Ressaltando a existência de forças de contenção no âmbito internacional,

Amorim expressou preocupação em relação à política de Trump: “Não sei até que

ponto, um dia, movido por alguma outra coisa ela pode agir, motivada por um

interesse empresarial qualquer. Você fica com temor, com medo que volte aquela

história do porrete, do big stick (grande porrete), se você não tem pudor de dizer

certas coisas”.

CARLOTTI, Tatiana. A necessária integração latino-americana. Carta Maior, 9 fev. 2017. Disponível em:

<www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Risco-Trump-e-a-necessaria-integracao-latino-americana/4/37678>. Acesso em: 10 out. 2018.

Considerando o texto sobre a política estadunidense contemporânea, explique por que a atuação estrangeira estadunidense do século XIX ficou conhecida como Doutrina Monroe e, mais tarde, como política do Big Stick.

Objeto(s) de

conhecimento Os Estados Unidos da América e a América Latina no século XIX

Habilidade (EF08HI25) Caracterizar e contextualizar aspectos das relações entre os Estados Unidos da América e a América Latina no século XIX.

Tipo de questão Aberta Capítulo 8

Grade de correção

100%

O aluno identificou a Doutrina Monroe e a política do Big Stick, e mostrou relações entre elas, segundo as quais os Estados Unidos buscavam preservar a região americana conforme seus interesses e mesmo se dispunham a intervir, usando a força em todo o continente americano e, assim, colocar sob sua influência especialmente a América Latina.

50% O aluno identificou a Doutrina Monroe e a política do Big Stick, mas sem mostrar relações nem pontuar o caráter intervencionista no continente americano, em especial na América Latina.

0% O aluno não identificou a Doutrina Monroe nem a política do Big Stick, e nem destacou relações de interesses e atuações dos EUA com a América Latina.

Orientações sobre

como interpretar as

respostas e reorientar o

planejamento com base

nos resultados

O objetivo da questão é levar o aluno a refletir sobre a Doutrina Monroe e a política do Big Stick. Apesar disso, caso os alunos apresentem dificuldade em resolver a questão, retome a discussão sobre a oposição dos Estados Unidos à Santa Aliança e a definição das relações entre Estados Unidos e América Latina no século XIX. Evidencie que a elaboração da Doutrina Monroe (sintetizada na frase “América para os americanos”) foi uma resposta às intenções de restabelecimento do domínio colonial europeu na América. Explique a disposição de intervenção estadunidense na América Latina por meio do documento Corolário Roosevelt, justificando o uso da expressão “política do Big Stick” para caracterizar a política externa deste país. Por fim, retome o texto da reportagem em questão a partir de uma leitura conjunta em sala de aula, refletindo acerca do caráter intervencionista dessa política. Desse modo, os alunos têm a oportunidade de compreender a Doutrina Monroe e a política do Big Stick desde a sua origem, sendo capazes de estabelecer de forma adequada relações com a política estadunidense atual.

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História – 8º ano

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2. Leia o texto a seguir.

No início de 1848, o eminente pensador político francês Alexis de Tocqueville

tomou a tribuna na Câmara dos Deputados para expressar sentimentos que muitos

europeus partilhavam: "Nós dormimos sobre um vulcão... Os senhores não percebem

que a terra treme mais uma vez? Sopra o vento das revoluções, a tempestade está

no horizonte”.

HOBSBAWN, Eric. A era do capital (1848-1875). São Paulo: Paz e Terra, 2012.

Ao afirmar que “a terra treme mais uma vez”, Tocqueville estabelece uma relação entre as revoluções de 1848 e movimentos anteriores na França. Quais foram esses movimentos?

Objeto(s) de

conhecimento Revolução Francesa e seus desdobramentos

Habilidade (EF08HI04) Identificar e relacionar os processos da Revolução Francesa e seus desdobramentos na Europa e no mundo.

Tipo de questão Aberta Capítulo 9

Grade de correção

100% Se o aluno identificou os movimentos anteriores que influenciaram as revoluções de 1848, citando a Revolução Francesa de 1789 e a Revolução Liberal de 1830.

50% Se o aluno identificou as revoluções de 1848 pressagiadas por Tocqueville como desdobramentos apenas da Revolução Francesa de 1789 ou apenas da Revolução Liberal de 1830.

0% Se o aluno não identificou nenhum movimento anterior às revoluções de 1848.

Orientações sobre

como interpretar as

respostas e reorientar o

planejamento com base

nos resultados

O objetivo da questão é auxiliar os alunos a compreender e relacionar os movimentos que marcaram o início do período contemporâneo na Europa. Caso eles apresentem dificuldade em responder à questão, retome brevemente os motivos da Revolução Francesa e as características do Iluminismo para abordar seus desdobramentos na Europa e no mundo. Explique que, após a queda de Napoleão em 1814, diversas nações europeias se uniram na tentativa de restaurar o Antigo Regime e impedir a expansão dos ideais iluministas, com a criação do Congresso de Viena e da Santa Aliança. Ressalte que, apesar dos esforços, as ideias iluministas continuaram a se fortalecer e disseminar, resultando nas revoltas de 1830 e 1848 (na Europa) e nos movimentos de independência (na América). Dessa forma, o aluno tem a oportunidade de compreender não apenas a crise do Antigo Regime, mas de observar a maneira como os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade exerceram influência na configuração das relações sociais e econômicas no mundo contemporâneo.

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História – 8º ano

3º bimestre – Gabarito

3. Leia o texto.

[...] tanto a violência como as formas de resistência diante da perda de

soberania, independência e liberdade desvendam o protagonismo africano perante a

partilha e a conquista. Mas os exemplos evidenciam também a impotência bélica dos

africanos ante a supremacia europeia. Como bem resumiu o poeta inglês Hilaire

Belloc: “Aconteça o que acontecer, nós temos a metralhadora, e eles não”.

HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. Disponível em:

<http://professor.ufop.br/sites/default/files/bernardo/files/hernandez_-_a_africa_na_sala_de_aula.pdf>. Acesso em: 10 out. 2018.

O trecho evidencia que o imperialismo no século XIX foi marcado tanto pela violência dos europeus quanto pela resistência africana. Com base no texto, cite um movimento de contestação e resistência no continente africano, nesse período, e indique seu desfecho.

Objeto(s) de

conhecimento O imperialismo europeu e a partilha da África e da Ásia

Habilidade (EF08HI26) Identificar e contextualizar o protagonismo das populações locais na resistência ao imperialismo na África e Ásia.

Tipo de questão Aberta Capítulo 10

Grade de correção

100%

O aluno identificou corretamente pelo menos um exemplo de resistência contra o imperialismo na África, como por exemplo: Guerrilha dos Berberes (1834-1837), Rebelião Ashanti (1896) e rebeliões islâmicas (final do século XIX e início do XX). Também podem ser consideradas corretas respostas que indiquem a resistência em forma de queimadas, levantes, fugas e guerrilhas. O aluno deve indicar, contudo, que nenhum desses movimentos logrou êxito em acabar com o colonialismo.

50%

O aluno identificou que o imperialismo na África foi marcado por diversos movimentos de resistência das populações locais, mas não citou pelo menos um deles. O aluno pode, também, ter citado um movimento de resistência corretamente, mas não indicou seu desfecho.

0% O aluno não identificou a ocorrência de movimentos de contestação ao imperialismo na África por parte das populações locais e não soube indicar corretamente seu desfecho.

Orientações sobre

como interpretar as

respostas e reorientar o

planejamento com base

nos resultados

O objetivo da questão é colocar em perspectiva as resistências dos povos africanos ao neocolonialismo europeu. Para auxiliar os alunos com o conteúdo, antes de abordar os movimentos de resistência ao imperialismo europeu no século XIX, retome as motivações políticas, étnicas, econômicas e sociais do neocolonialismo, enfatizando o contexto da Segunda Revolução Industrial, da crise de superprodução na Europa, do darwinismo social e da ideia de “missão civilizatória”. Se possível, leia com os alunos documentos produzidos na Conferência de Berlim (1884-1885) e mostre charges sobre a partilha da África. Ressalte que o expansionismo imperialista europeu também se estendeu à Ásia. Enfatize a violência envolvida nesse processo, que submeteu as populações locais física e culturalmente, ressaltando, sempre, que os povos não foram passivos. Aprofunde a explicação sobre a Guerrilha dos Berberes (1834-1837) e a Rebelião Ashanti (1896). Desse modo, o aluno tem a oportunidade de não apenas entender que as populações não aceitaram pacificamente a dominação, mas conhecer mais a fundo episódios importantes dessa resistência.

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4. Observe o mapa a seguir.

Império brasileiro (1822)

Banco de imagens/Arquivo da editora

Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brazil_-_Cisplatina_(1822).svg>. Acesso em: 19 jul. 2018.

Considerando o mapa, explique o que foi a Guerra da Cisplatina (1825) e como esse conflito influenciou a reconfiguração das fronteiras brasileiras durante o Império.

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3º bimestre – Gabarito

Objeto(s) de

conhecimento

Brasil: Primeiro Reinado O Período Regencial e as contestações ao poder central O Brasil do Segundo Reinado: política e economia • A Lei de Terras e seus desdobramentos na política do Segundo Reinado • Territórios e fronteiras: a Guerra do Paraguai

Habilidade (EF08HI17) Relacionar as transformações territoriais, em razão de questões de fronteiras, com as tensões e conflitos durante o Império.

Tipo de questão Aberta Capítulo 11

Grade de correção

100%

O aluno explicou que a Guerra da Cisplatina (1825) foi um conflito armado pela independência dessa região, anexada ao Brasil desde 1821, e que, com a conquista da independência ao final do confronto, o Império brasileiro perdeu esse território, que passou a ser a República do Uruguai.

50% O aluno explicou que a Guerra da Cisplatina (1825) foi um conflito armado pela independência dessa região, anexada ao Brasil desde 1821, mas não pontuou que a independência foi conquistada e que o Império brasileiro perdeu esse território.

0% O aluno não explicou o que foi a Guerra da Cisplatina (1825) e seu desfecho, nem a posterior independência da região e perda do território antes anexado ao Império brasileiro.

Orientações sobre

como interpretar as

respostas e reorientar o

planejamento com base

nos resultados

O objetivo da questão é compreender o conflito em que o Brasil se envolveu conhecido como Guerra da Cisplatina e seus desdobramentos. Caso os alunos apresentem dificuldade na questão, explique que a Guerra da Cisplatina (1825) foi um conflito armado resultante de um movimento separatista e republicano na província da Cisplatina iniciado um ano antes. Evidencie que a região já havia sido palco de disputas em virtude de sua localização privilegiada na bacia do rio da Prata. Explore detalhes do conflito, abordando a insatisfação da elite agrária local, as intenções de anexação por parte da Argentina e a intermediação da Inglaterra. (Veja mapa com dados sobre o conflito em: <https://atlas.fgv.br/marcos/abdicacao-de-d-pedro-i/mapas/guerra-cisplatina>. Acesso em: set. 2018). Comente sobre o desfecho do conflito, que resultou na formação da República do Uruguai e perda do território imperial. É importante, além disso, ressaltar que a Guerra da Cisplatina foi um episódio que contribuiu para a crise do Primeiro Reinado. Desse modo, o aluno tem a oportunidade de relacionar os conflitos do período imperial brasileiro com as transformações do território, compreendendo que as fronteiras do país não foram sempre as mesmas, mas passaram por um longo e conflituoso processo de formação.

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História – 8º ano

3º bimestre – Gabarito

5. Leia o texto abaixo.

“Viva a pátria. Vivam os bons brasileiros. Viva a República do Brasil. Esta é a

ocasião, ó pernambucanos, de demonstrar que somos livres, somos fortes, melhor

sofrer mil mortes pela pátria que ser escravos de déspotas tiranos."

Trecho de panfleto manuscrito, distribuído à população pelos revolucionários da Confederação do Equador.

Arquivo Nacional (Domínio Público). Disponível em:

<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Confederacao_do_Equador_Panfleto_1820%27s.jpg>. Acesso em: 10 out. 2018.

Explique o que foi a Confederação do Equador (1824), indicando suas principais características.

Objeto(s) de

conhecimento

Brasil: Primeiro Reinado O Período Regencial e as contestações ao poder central O Brasil do Segundo Reinado: política e economia • A Lei de Terras e seus desdobramentos na política do Segundo Reinado • Territórios e fronteiras: a Guerra do Paraguai

Habilidade (EF08HI16) Identificar, comparar e analisar a diversidade política, social e regional nas rebeliões e nos movimentos contestatórios ao poder centralizado.

Tipo de questão Aberta Capítulo 11

Grade de correção

100% O aluno explicou o que foi a Confederação e suas principais características.

50% O aluno explicou o que foi a Confederação do Equador de forma incompleta, indicou somente uma característica ou não soube contextualizar o movimento historicamente.

0% O aluno não identificou o que foi a Confederação do Equador ou associou a ela características de outros movimentos.

Orientações sobre

como interpretar as

respostas e reorientar o

planejamento com base

nos resultados

O objetivo da questão é contextualizar e colocar em perspectiva a heterogeneidade dos movimentos de contestação do Império, utilizando a Confederação do Equador como exemplo. Dessa forma, caso a turma apresente dificuldade em responder à questão, retome com os alunos o contexto do Primeiro Reinado. Explique que o período foi marcado pelo autoritarismo de dom Pedro I, destacando a dissolução da Assembleia Constituinte e a outorga da Carta Constitucional em 1824 com a presença do quarto poder ou poder moderador, e que algumas ações resultaram na eclosão de várias revoltas contra a centralização do poder. Indique a Confederação do Equador como um exemplo emblemático das tensões do período: além de colocar em pauta a discussão sobre autonomia das províncias, setores mais radicais do movimento também propuseram mudanças de caráter social. Utilizando os textos da questão a partir da leitura conjunta destes, explique que os movimentos de contestação ao poder central eram diversos. Desse modo, o aluno terá a oportunidade de compreender que, mesmo dentro de um movimento, existem diferentes perspectivas e projetos.

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6. Leia o texto a seguir.

Aliás, a nação [estadunidense] em processo carregava em seu núcleo

contradições que não foram solucionadas, pelo menos em termos formais, até o final

da Guerra Civil: a convivência de uma república pautada em ideais de liberdade e de

uma economia sustentada, em diversas regiões, por amplos contingentes de africanos

escravizados; a diversidade de origens étnicas e religiosas dos habitantes das colônias;

as conflituosas relações entre indígenas e colonizadores, entre outras questões.

SEBRIAN, Raphael Nunes Nicoletti. História da América: das independências aos desafios do limiar do século XXI. Disponível em:

<http://repositorio.unicentro.br:8080/jspui/bitstream/123456789/862/5/HIST%C3%93RIA%20DA%20AM%C3%89RICA%20-

%20DAS%20INDEPEND%C3%8ANCIAS%20AOS%20DESAFIOS.pdf>. Acesso em: 10 out. 2018.

A relação conflituosa entre indígenas e colonizadores norte-americanos de que trata o texto pode ser exemplificada pela

a) independência das Treze Colônias, que resultou na separação entre colônia e metrópole.

b) doutrina do Destino Manifesto, que pregava a expulsão da população indígena do Oeste.

c) doutrina do Destino Manifesto, que pregava a divisão igualitária das terras norte-americanas.

d) conquista do Oeste, na qual colonizadores dizimaram os povos nativos da região.

e) conquista do Oeste, na qual colonizadores e nativos dividiram o território norte-americano.

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Objeto(s) de

conhecimento

Independência dos Estados Unidos da América Independências na América espanhola • A revolução dos escravizados em São Domingo e seus múltiplos significados e desdobramentos: o caso do Haiti Os caminhos até a independência do Brasil

Habilidade (EF08HI07) Identificar e contextualizar as especificidades dos diversos processos de independência nas Américas, seus aspectos populacionais e suas conformações territoriais.

Tipo de questão Múltipla escolha Capítulo 8

Justificativas

a O aluno que assinalou esta alternativa não atentou para o fato de que a questão pede um exemplo da relação conflituosa especificamente entre colonizadores e indígenas, após a independência das Treze Colônias.

b O aluno que assinalou esta alternativa desconhece o que caracteriza a doutrina do Destino Manifesto, a saber, a ideia de um destino glorioso traçado para os estadunidenses.

c O aluno que assinalou esta alternativa desconhece o que caracteriza a doutrina do Destino Manifesto, a saber, a ideia de um destino glorioso traçado para os estadunidenses.

d O aluno que assinalou esta alternativa compreende que a conquista do Oeste é um episódio violento da história dessa nação, que exemplifica a relação conflituosa entre colonizadores e indígenas, resultando no genocídio destes.

e O aluno que assinalou esta alternativa desconhece os episódios violentos que marcam o processo de conquista do Oeste norte-americano.

Orientações sobre

como interpretar as

respostas e reorientar o

planejamento com base

nos resultados

O objetivo da questão é relacionar as doutrinas e ideologias estadunidenses fundadas em função da pretensa superioridade da nação, o que resultou na dizimação das populações nativas indígenas norte-americanas. Dessa forma, caso a turma apresente dificuldade em responder à questão, retome brevemente o processo de independência das Treze Colônias em 1776. Enfatize que o processo de construção de uma nação nunca é pleno e imediato, mas que demora longos períodos para consolidar-se. Portanto, explique que, após a independência, os governantes dos Estados Unidos incentivaram a vinda de colonos para ocupar e produzir nas terras ao sul e ao oeste. Demonstre, com os dados populacionais do século XIX (exemplo disponível em: <http://bit.ly/2LETvUc>. Acesso em: jul. 2018), que se por um lado a vinda de imigrantes multiplicou-se extraordinariamente, por outro, o processo de conquista do Oeste resultou na dizimação de grande parte da população nativa. Desse modo, o aluno tem a oportunidade de observar que o processo de construção da nação estadunidense teve não apenas especificidades em sua independência, mas também em sua forma de composição da população nacional e em sua conformação territorial.

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7. Leia as notícias a seguir:

“A chamada liberdade da abolição não assegurou ao povo negro

condições de inclusão na sociedade de forma digna”

Para a secretária nacional de Combate ao Racismo da CUT, Maria Júlia

Nogueira, a exclusão social imposta ao negros e negras durante séculos é ainda

realidade nos dias atuais [...]

SINDIGRU. A chamada liberdade da abolição não assegurou ao povo negro condições de inclusão na sociedade de forma digna .

Guarulhos, 13 maio 2015. Disponível em: <http://sindigru.org.br/noticia/1844/a-chamada-liberdade-da-abolicao-nao-assegurou-ao-

povo-negro-condicoes-de-inclusao-na-sociedade-de-fo>. Acesso em: 10 out. 2018.

EUA já não vivem segregação institucionalizada, mas devem avançar, diz ativista

Sessenta anos depois da prisão da afro-americana Rosa Parks pela recusa a se

levantar de um assento no ônibus coletivo que era reservado aos brancos na cidade de

Monterrey (Alabama), os Estados Unidos já não vivem a segregação institucionalizada

e têm todo o aparato legal para combater a desigualdade. O problema, no entanto,

persiste [...]

EBC. EUA já não vivem segregação institucionalizada, mas devem avançar, diz ativista. Brasília, 1º dez. 2015.

Disponível em: <www.ebc.com.br/noticias/internacional/2015/12/eua-ja-nao-vivem-segregacao-institucionalizada-mas-devem-

avancar-diz>. Acesso em: 10 out. 2018.

A partir da leitura dos fragmentos das notícias e de seus conhecimentos, como podemos compreender a participação da população negra na sociedade após as abolições?

a) A abolição da escravidão no Brasil e o fim das leis de segregação racial nos Estados Unidos,

ambos eventos ocorridos no século XIX, eliminaram a desigualdade social entre negros e

brancos nesses países.

b) A abolição da escravidão no Brasil e o fim das leis de segregação racial nos Estados Unidos,

ambos eventos ocorridos no século XX, eliminaram apenas de forma parcial a desigualdade

social entre negros e brancos nesses países.

c) Enquanto no Brasil a escravidão foi abolida no século XIX e os negros foram plenamente

integrados à sociedade, nos Estados Unidos foram criadas leis de segregação racial que

duraram até o século XX.

d) Tanto a abolição da escravidão no Brasil quanto o fim das leis de segregação racial nos

Estados Unidos não garantiram a integração plena das populações negras nesses países,

política, social e economicamente.

e) Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos os processos de inclusão da população negra após

o término da escravidão foram marcados pela participação pacífica dos ex-escravizados, que

se integraram plenamente na sociedade.

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Objeto(s) de

conhecimento A tutela da população indígena, a escravidão dos negros e a tutela dos egressos da escravidão

Habilidade

(EF08HI14) Discutir a noção da tutela dos grupos indígenas e a participação dos negros na sociedade brasileira do final do período colonial, identificando permanências na forma de preconceitos, estereótipos e violências sobre as populações indígenas e negras no Brasil e nas Américas.

Tipo de questão Múltipla escolha Capítulo 8

Justificativas

a

O aluno que assinalou esta alternativa não compreendeu a principal intenção das reportagens, a saber: indicar que a abolição da escravidão no Brasil (século XIX) e o fim das leis segregacionistas nos Estados Unidos (século XX) não significaram o fim das desigualdades sociais.

b O aluno que assinalou esta alternativa não atentou para a cronologia dos eventos apresentados: enquanto o fim da escravidão no Brasil ocorreu no século XIX, o fim das leis de segregação racial nos Estados Unidos ocorreu apenas no século XX.

c O aluno que assinalou esta alternativa não compreendeu que, como indica o texto I, o fim da escravidão no Brasil não significou a integração plena da população negra na sociedade.

d

O aluno que assinalou esta alternativa compreende que os processos de abolição da escravidão no Brasil e o fim da segregação nos Estados Unidos não promoveram, contudo, a integração das populações afrodescendentes na sociedade e estão relacionados com as desigualdades que permanecem até os dias atuais em ambos os países.

e O aluno que assinalou esta alternativa não compreendeu que a abolição da escravidão no Brasil e nos Estados Unidos não significou integração plena dos negros na sociedade.

Orientações sobre

como interpretar as

respostas e reorientar o

planejamento com base

nos resultados

O objetivo da questão é incentivar a reflexão entre os alunos sobre os efeitos da escravidão até os dias atuais em forma de racismo e de segregação não institucional. Dessa forma, caso a turma apresente dificuldade em responder à questão, retome a discussão sobre os processos de independência nos Estados Unidos (1776) e no Brasil (1822), ressaltando que esses movimentos de libertação não significaram a libertação dos escravizados. Apresente uma cronologia da abolição da escravidão, por meio da elaboração de uma linha do tempo na lousa que deve ser copiada pelos alunos para consulta futura. A partir dessa linha, ressalte mais uma vez que em ambos os países – Brasil e Estados Unidos – ela não significou a inclusão plena da população negra na sociedade (havendo leis segregacionistas, como no caso dos Estados Unidos, ou mesmo não havendo, como no caso do Brasil). Utilize as reportagens apresentadas e sites indicados para mostrar exemplos a fim de motivar a discussão sobre o assunto em sala (Disponíveis em: <http://bit.ly/2vjZK4N>; <http://bit.ly/2vjm6TH>; <http://bit.ly/2vjnAgJ>; <http://bit.ly/2vjnUvX>. Acesso em: 30 out. 2018). Desse modo, o aluno tem a oportunidade de conhecer semelhanças e diferenças nos processos de abolição em dois países, além de reconhecer a permanência de segregação e racismo no mundo atual.

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8. Leia o texto.

A França deu o primeiro grande exemplo, o conceito e o vocabulário do

nacionalismo. A França forneceu os códigos legais, o modelo de organização técnica

e científica e o sistema métrico de medidas para a maioria dos países. [...] suas

consequências foram portanto muito profundas.

HOBSBAWN, Eric. A era do capital (1848-1875). São Paulo: Paz e Terra, 2012.

Foram acontecimentos influenciados pelo ideal da Revolução Francesa apontados no texto:

a) a Primavera dos Povos e a restauração do Antigo Regime.

b) a criação da Santa Aliança e as revoluções de 1848.

c) a Revolução Liberal de 1830 e a criação do Congresso de Viena.

d) a unificação italiana e a unificação alemã no século XIX.

e) a assinatura do Tratado de Latrão e a criação da Santa Aliança.

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História – 8º ano

3º bimestre – Gabarito

Objeto(s) de

conhecimento Revolução Francesa e seus desdobramentos

Habilidade (EF08HI04) Identificar e relacionar os processos da Revolução Francesa e seus desdobramentos na Europa e no mundo.

Tipo de questão Múltipla escolha Capítulo 9

Justificativas

a O aluno que assinalou esta alternativa não compreende que a restauração do Antigo Regime tinha como objetivo justamente impedir a expansão dos ideais iluministas disseminados pela Revolução Francesa.

b O aluno que assinalou esta alternativa não compreende que a criação da Santa Aliança tinha como objetivo justamente impedir a expansão dos ideais iluministas propagados pela Revolução Francesa.

c O aluno que assinalou esta alternativa não compreende que a criação do Congresso de Viena tinha como objetivo justamente impedir a expansão dos ideais iluministas disseminados pela Revolução Francesa.

d O aluno que assinalou esta alternativa compreende que tanto a unificação da Itália quanto a unificação da Alemanha relacionam-se com o contexto nacionalista, resultante especialmente da experiência francesa.

e O aluno que assinalou esta alternativa não compreende que a criação da Santa Aliança tinha como objetivo justamente impedir a expansão dos ideais iluministas disseminados pela Revolução Francesa.

Orientações sobre

como interpretar as

respostas e reorientar o

planejamento com base

nos resultados

O objetivo da questão é auxiliar os alunos a compreenderem a influência da Revolução Francesa na configuração política de diversos países da Europa, mesmo depois de anos de seu fim. Apesar disso, caso a turma apresente dificuldade em responder à questão, retome os motivos que levaram à Revolução Francesa de 1789 e seus princípios (liberdade, igualdade, fraternidade). Aborde também as revoluções ocorridas na França em 1830 e 1848. Explique que mesmo a criação do Congresso de Viena e da Santa Aliança não foi suficiente para impedir a disseminação das ideias iluministas. Ressalte que especialmente a revolução de 1830 e a revolução de 1848 na França estimularam diversos movimentos pela Europa, que foram contra as determinações do Congresso de Viena. Especifique que na Alemanha, Itália, Bélgica, Portugal e Rússia ocorreram movimentos de inspiração liberal. Enfatize os processos de unificação italiana e alemã, pedindo que cada aluno selecione, por vontade própria, um desses países e realize uma pesquisa em casa sobre seus processos de unificação. Os resultados devem ser registrados no caderno, mas poderão ser feitos por meio de desenhos, gráficos, poemas, ensaios etc. Depois, reúna o resultado dessas pesquisas e promova uma discussão em classe. Desse modo, os alunos terão a oportunidade de, além de entender melhor esses acontecimentos, relacioná-los com o legado da Revolução Francesa.

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História – 8º ano

3º bimestre – Gabarito

9. Analise a charge.

Reprodução/Coleção particular

Charge de Victor Gillam, publicada em 1899, em referência ao poema

O fardo do homem branco, de Rudyard Kipling.

A ideia de missão civilizatória, ou “fardo do homem branco”, relaciona-se com o surgimento de teorias de cunho

a) igualitário, como a teoria de igualdade das raças, segundo a qual todas as etnias possuem as

mesmas forças e fraquezas.

b) evolutivo, como a teoria da evolução das espécies, segundo a qual os seres humanos evoluíram

até o ponto máximo da civilização.

c) supremacista, como a teoria da autodeterminação dos povos, segundo a qual cada nação pode

determinar sua própria cultura.

d) racista, como a teoria do darwinismo social, segundo a qual civilizações de todo o mundo eram

consideradas mais ou menos desenvolvidas.

e) progressista, como a teoria da liberdade dos povos, segundo a qual civilizações de todo o

mundo possuem direito à cidadania.

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História – 8º ano

3º bimestre – Gabarito

Objeto(s) de

conhecimento Nacionalismo, revoluções e as novas nações europeias

Habilidade (EF08HI23) Estabelecer relações causais entre as ideologias raciais e o determinismo no contexto do imperialismo europeu e seus impactos na África e na Ásia.

Tipo de questão Múltipla escolha Capítulo 10

Justificativas

a O aluno que assinalou esta alternativa não compreende que a ideia de missão civilizatória, ou “fardo do homem branco”, está calcada justamente na desigualdade, e não na igualdade.

b O aluno que assinalou esta alternativa não compreende que a ideia de missão civilizatória, ou “fardo do homem branco”, está calcada justamente na ideia de que nem todos os seres humanos evoluíram para o “estágio de civilização ideal”.

c O aluno que assinalou esta alternativa não compreende que a ideia de missão civilizatória, ou “fardo do homem branco”, está calcada justamente na ideia de que os povos devem seguir determinada cultura, imposta pelos que se dizem mais civilizados.

d

O aluno que assinalou esta alternativa compreende que a ideia de missão civilizatória, ou “fardo do homem branco”, relaciona-se com teorias de cunho racista, como a teoria do darwinismo social, segundo a qual as civilizações eram consideradas mais ou menos evoluídas.

e O aluno que assinalou esta alternativa não compreende que a ideia de missão civilizatória, ou “fardo do homem branco”, vai contra a liberdade dos povos.

Orientações sobre

como interpretar as

respostas e reorientar o

planejamento com base

nos resultados

O objetivo da questão é contextualizar o conhecido “fardo do homem branco”, especialmente no que diz respeito ao darwinismo social e como essa teoria influenciou a compreensão de conceitos como “civilização”, “barbárie” e “progresso” no século XIX. Caso a turma apresente dificuldade em responder à questão, retome as discussões sobre o imperialismo no século XIX. Explique as motivações políticas, econômicas, étnicas e sociais deste projeto de expansão empreendido pelas grandes potências. Ressalte que esse processo violento de dominação era justificado a partir da ideia de “missão civilizadora”, ou “fardo do homem branco”, e de teorias como o darwinismo social. Apresente documentos da época (poemas, livros, imagens), analisando-os e contextualizando-os. É importante que os documentos selecionados exemplifiquem essa forma de pensar, segundo a qual as potências imperialistas pregavam ter a missão de levar civilização para os povos “menos avançados”. Ressalte, porém, que essa era uma forma de justificar a exploração econômica nos países africanos e asiáticos. Desse modo, o aluno tem a oportunidade de identificar as relações entre o surgimento de ideologias racistas e o imperialismo europeu nos continentes asiáticos e africanos.

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História – 8º ano

3º bimestre – Gabarito

10. Observe a charge.

Wikipedia/Wikimedia Commons

Preso pela borracha, charge de Linley Sambourne, 1906, representa o rei Leopoldo II como

uma cobra que envolve e sufoca um trabalhador da extração de borracha no Congo.

No Congo Belga, dominado pelo rei Leopoldo II da Bélgica, ocorreu um dos sistemas mais perversos de dominação colonial na África. A partir da análise da charge e de seus conhecimentos, é possível afirmar que o imperialismo teve impactos

a) positivos, especialmente para o continente africano, que teve a oportunidade de conhecer o

modo de vida civilizado dos europeus.

b) positivos, especialmente para as potências imperialistas, que puderam restabelecer o equilíbrio

financeiro entre os continentes.

c) neutros, tanto para as potências imperialistas quanto para a África, que obtiveram vantagens

e desvantagens durante o processo.

d) negativos, especialmente para o continente africano, que foi subjugado culturalmente e

explorado economicamente.

e) negativos, especialmente para as potências imperialistas, que tiveram que arcar com todos

os custos do projeto de expansão.

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História – 8º ano

3º bimestre – Gabarito

Objeto(s) de

conhecimento Uma nova ordem econômica: as demandas do capitalismo industrial e o lugar das economias africanas e asiáticas nas dinâmicas globais

Habilidade (EF08HI24) Reconhecer os principais produtos, utilizados pelos europeus, procedentes do continente africano durante o imperialismo e analisar os impactos sobre as comunidades locais na forma de organização e exploração econômica.

Tipo de questão Múltipla escolha Capítulo 10

Justificativas

a O aluno que assinalou esta alternativa não reconhece que os impactos da expansão imperialista para o continente africano foram principalmente negativos, e que o discurso de um “modo civilizado de vida” foi utilizado como justificativa ideológica para a colonização.

b O aluno que assinalou esta alternativa não reconhece que o intuito da expansão imperialista era a dominação, e não o equilíbrio entre os continentes.

c O aluno que assinalou esta alternativa não reconhece que os impactos, especialmente para o continente africano, foram negativos.

d O aluno que assinalou esta alternativa reconhece que o processo de expansão imperialista teve impactos especialmente negativos para o continente africano, que foi subjugado cultural, social, política e economicamente.

e O aluno que assinalou esta alternativa não reconhece que o processo de expansão imperialista beneficiou especialmente as grandes potências do período (Estados Unidos, Inglaterra, França, entre outros), como indica a charge.

Orientações sobre

como interpretar as

respostas e reorientar o

planejamento com base

nos resultados

O objetivo da questão é tratar da exploração neocolonial posta em prática pelas nações europeias entre meados do século XIX e meados do século XX no continente africano. Caso os alunos apresentem rendimento insuficiente na questão, relembre as motivações do projeto expansionista, enfatizando o contexto de desenvolvimento industrial que motivou a partilha e a exploração dos continentes africano e asiático. Explique que as novas empresas precisavam ampliar o acesso às matérias-primas e ao mercado consumidor. A atuação das grandes potências nos continentes africano e asiático, no entanto, foi justificada por ideologias raciais e marcada por grande violência. Aborde as consequências dessa expansão para esses povos no que concerne aos aspectos culturais, sociais, políticos e econômicos. Demonstre que, apesar da resistência, esses países foram espoliados pelas grandes potências, gerando problemas que perduram até os dias atuais. Desse modo, o aluno tem a oportunidade de entender os impactos sobre os países explorados, característica marcante da dinâmica mundial do século XIX, e reconhecer os reflexos disso nos dias atuais.