2º encontro - roteiro

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2º ENCONTRO: CRIAÇÃO DE ROTEIRO Vitória/2012

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Criação de roteiro

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2º ENCONTRO: CRIAÇÃO DE ROTEIRO

Vitória/2012

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"O Roteiro é a forma escrita de qualquer audiovisual. É uma forma literária efêmera, pois só existe durante o tempo que leva para ser convertido em um produto audiovisual. No entanto, sem material escrito não se pode dizer nada, por isso um bom roteiro não é garantia de um bom filme, mas sem um roteiro não existe um bom filme".

O que é Roteiro?

"O Roteiro é uma história contada com imagens, expressas dramaticamente em uma estrutura definida, com início, meio e fim, não necessariamente nessa ordem." - Chris Rodrigues

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Cinema é arte, sem dúvida, a sétima arte. Mas segundo Giba Assis Brasil, cinema é também indústria. Precisa de meios de produção, acumulação de capital e divisão especializada do trabalho. E é a serviço desta indústria, que o roteiro exerce sua principal função.

Para que serve um Roteiro?

A realização de um produto audiovisual demanda um investimento de capital muito alto. O roteiro é a maneira de pré-visualizar este produto, e minimizar os riscos de investimento.

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Origem

O roteirista tem sua origem nos dramaturgos do teatro clássico dos gregos. Mas também guarda a herança dos primeiros contadores de história, criadores de mitos de tempos imemoriais.

Com a popularização do cinema, através da sala escura dos Irmãos Lumière, uma nova profissão começa a se formar.

Nos anos 20, a profissão de roteirista passa a ganhar forma, e o roteiro, começa a ser a peça chave da indústria.

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Mas apesar da importância de seu trabalho, o roteirista era marginalizado. A tendência então era se organizar. Em busca de melhores condições de trabalho e uma fatia maior dos lucros, em 1941, um histórico acordo com as companhias produtoras garantiu um piso salarial, e a concessão de créditos passou para a jurisdição da Associação. A profissão de Roteirista é regulamentada no Brasil em 1978. Em Agosto de 2006 é fundada a Associação de Autores de Cinema, com o objetivo principal de profissionalizar a atividade e assegurar a boa qualidade dos projetos e, por consequência, o crescimento da indústria cinematográfica no Brasil.

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Características do Roteiro

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Um dos maiores problemas que um roteirista pode encontrar é a dificuldade de transpor suas ideias para o papel. Para evitar este problema faz-se o uso de técnicas para a escrita, que permitem o desenvolvimento da história sob controle do autor. As técnicas podem variar de acordo com a preferência do autor. A técnica abordada no curso se divide em sete etapas:

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IDEIA: Ter uma ideia é o principio de qualquer roteiro. As ideias não surgem simplesmente do nada, existe sempre uma fonte de inspiração. Segundo o roteirista Lewis Herman, as ideias podem ser originadas de seis fontes. São elas:

• Ideia selecionada – Tem se a ideia a partir de alguma lembrança ou experiência pessoal;

• Ideia verbalizada – Quando a ideia surge de alguma conversa ou história que ouvimos;

• Ideia lida – Quando a ideia surge a partir de algo que lemos;

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• Ideia transformada – Neste caso a ideia surge de uma obra ficção (livro, revista, filme, peça de teatro). É uma fonte de inspiração não uma cópia;

• Ideia proposta – Quando alguém propõe uma ideia a você.

• Ideia procurada – Quando você deseja escrever sobre um

determinado tema.

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STORY LINE Este termo em inglês significa “linha da história”. A tradução não é exata, mas passa uma boa ideia do seu significado. Um story line é um resumo da história a ser transformada em roteiro, ele possui no máximo cinco linhas e contém apenas o conflito principal de sua história.

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SINOPSE

A sinopse é mais extensa que o story line, pode ir de dez a quinze linhas e apresenta informações sobre as personagens principais e sobre o local onde se passa a história. Assim como o story line, um resumo da história, de forma que deve conter apenas o que for importante. As informações sobre as personagens são superficiais e apenas descritivas.

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Sinopse: A Bela Adormecida é a história da princesa Aurora e de um feitiço cruel lançado sobre ela no dia do seu nascimento por uma fada ressentida e vingativa chamada Malévola. Aurora está fadada a espetar seu dedo no fuso de uma roca de fiar e a cair num sono profundo no seu 16º aniversário, tendo como única salvação um beijo de seu verdadeiro amor. Apesar dos esforços de três fadas bondosas - Flora, Fauna e Primavera - a funesta profecia se realiza. Armado com o escudo mágico da virtude e com a espada da verdade, o príncipe Felipe enfrenta bravamente Malévola e suas forças do mal, resgata Aurora e eles vivem, então, felizes para sempre.

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PERFIL DE PERSONAGENS

É a hora de você conhecer suas personagens. O perfil é um conjunto de informações físicas e psicológicas da personagem, podendo estar incluída a história ou antecedentes desta.

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ARGUMENTO

O argumento consiste na história contada em sua íntegra, tendo como base a sinopse. Sua finalidade é criar curiosidade e entusiasmo para o seu roteiro ao descrever os elementos básicos: os protagonistas, as cenas-chave, o enredo geral, o humor, o tom e/ou o gênero da obra, e quaisquer temas a serem desenvolvidos ou explorados. Diferente do roteiro em si, que deve ser extremamente prosaico, uma certa quantidade de prosa poética ou colorida é permitida, até mesmo recomendável, em um argumento, a fim de torná-lo mais "persuasivo". Isto é mais uma questão de gosto, no entanto; alguns argumentos são apenas sinopses altamente detalhadas.

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ESTRUTURA

Com a sua história pronta é hora de transforma-la em roteiro. A estrutura é a divisão do argumento em cenários e cenas. Neste momento o autor pensa somente em imagens e seguindo o argumento ele vai dividindo as cenas, marcando o ambiente. Com a elaboração da estrutura já se vê o roteiro tomar forma.

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FINALMENTE: ROTEIRO

O roteiro é dividido em cenas e contém: a descrição dos ambientes e da ação, o nome dos ambientes e personagens, os diálogos e indicações para personagem, e , por último, a indicação de efeitos para transição de cenas.

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Roteiro para Animação

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O formato do roteiro de animação é o de costume. Exatamente igual ao dos filmes com atores em carne e osso. Porem algumas coisas devem ser observadas: • Escritores que têm vasto conhecimento de histórias em

quadrinhos e graphic novels serão melhores roteiristas de animação do que os que nunca realmente gostaram de ler histórias em quadrinhos e graphic novels;

• Mantenha os diálogos curtos e interessantes. Idealmente, frases

simples. Diálogos longos e chatos são geralmente raros em roteiros de animação. Tenha isso em mente, como roteirista de animação.

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• Mantenha as suas descrições de ação vívidas. Esta é uma forma onde os roteiros de animação são diferentes dos roteiros normais.

• Os artistas de animação devem ser capazes de compreender as

ações e retratá-las exatamente. Como tal, o roteirista de animação deve prestar atenção em descrever claramente cada ação.

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• Mantenha um ritmo acelerado. Duas cabeças falantes que abrangem 7 minutos em uma única locação não é o que os espectadores de animação estão preparados para assistir. Mude as cenas com frequência;

• Evite a aglomeração de personagens em uma cena, a menos que você seja especificamente instruído a fazê-lo. Tente manter dois ou três personagens na maioria das cenas. Apenas algumas cenas devem ter um grande número de personagens. É difícil e caro construir uma cena com um grande número de personagens animados.

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• Basicamente para se escrever um bom roteiro deve-se prever o que os espectadores vão pensar e com base nisto surpreender, emocionar, divertir e prender a atenção.

• Para prever o que os espectadores vão pensar, a resposta é simples, os engane, faça-os pensar o que você quiser.

• Há outras formas de se ganhar um espectador, apresentar alguma situação que deva ser explicada posteriormente é um bom caminho para prender a atenção de seus espectadores.

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• Um ótimo exemplo de criatividade é o filme O Rei Leão 3; uma história já conhecida pelos espectadores que através do olhar, nada confiável, Timão, nos deparamos com uma história inédita.

• Nos roteiros para animação praticamente todos os detalhes são colocados, deixando pouca margem para acréscimo dos executores. Isso não significa que outros não possam colaborar, pelo contrário, até devem.

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ANEXO – COMO ASSIM STORYBOARD?

Para ele, antes de iniciar um roteiro de animação é preciso ter o storyboard pronto. “É preciso olhar os desenhos primeiro, para depois pensar na fala”, garantiu. Segundo Sieber, “ter controle absoluto de tudo” é a grande vantagem para quem opta por fazer um curta-metragem de animação.

Cartunista, autor de quadrinhos e diretor de animação, Sieber, hoje à frente da Toscographics Desenhos Animados,

Allan Sieber: “Storyboard é o primeiro passo para roteiro de animação”

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E COMO SERIA?

Trabalho de Gisele dos Santos. Publicitária, Diretora de Arte Chapecó, SC, Brasil

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• COMPARATO, Doc. Roteiro. Rio de Janeiro: Nórdica, 1984. 264 p. • ROTEIRO DE CINEMA http://www.roteirodecinema.com.br/manualdoroteirista.htm • BLOG STORÉ BODES http://storebodes.blogspot.com.br/2009/11/roteiro-para-animacao.html

• DICAS DE ROTEIRO http://dicasderoteiro.com/

• ALOPRA ESTÚDIO http://www.alopra.com/blog/2012/01/18/ • GICA ART DIRECTOR’S BLOG http://gibanes.blogspot.com.br/2009_02_01_archive.html

REFERÊNCIAS