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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)Núcleo de Educação à Distância - Universidade de Pernambuco - Recife

Melo, Josevaldo Araújo deMetodologia científica / Josevaldo Araújo de Melo, Pedro Henrique de

Barros Falcão, Esther Leyla Braga Siqueira. - Recife: UPE/NEAD, 2009. 65 p.: il. – (Letras). ISBN 978-85-7856-013-3

Conteúdo: fasc. 1 – Introdução ao pensamento científico; fasc. 2 – A ética, a redação e os aspectos gráficos da pesquisa científica; fasc. 3 – O projeto de pesquisa; fasc. 4 – Trabalhos acadêmicos – TA.

1. Metodologia Científica 2. Pesquisa científica 3. Ética 4. Projeto de

pesquisa 5. Trabalhos acadêmicos 6. Educação à distância I. Falcão, Pedro Henrique de Barros II. Siqueira, Esther Leyla Braga III. Universidade de Pernambuco, Núcleo de Educação a Distância II. Título CDU 001.8

M528m

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Impresso no Brasil - Tiragem 150 exemplaresAv. Agamenon Magalhães, s/n - Santo AmaroRecife - Pernambuco - CEP: 50103-010Fone: (81) 3183.3691 - Fax: (81) 3183.3664

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EDIção 2009

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UNIVERSIDADE DE PERNAmbUCo - UPE

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NEAD - NÚCLEo DE EDUCAção A DISTÂNCIA

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Fascículo 1 5

MetodologiaCientífiCa

eMenta

Oferecer subsídios para o entendimento da construção científica como pro-cesso, apontando as diversas etapas da investigação e pesquisa científica bem como técnicas e normas por meio da produção de trabalhos científicos, con-siderando os vários tipos de conhecimento e ressaltando a importância da pesquisa para a vida Acadêmica e Profissional.

objetivo geral

Despertar o interesse pela investigação científica, possibilitando a compreensão dos fundamentos da abordagem metodológica, enfatizando a sistematização do estudo para o trabalho de pesquisa e propiciando ao aluno um pensamento crítico/científico na elaboração de projetos e trabalhos de conclusão de curso.

apresentação da disCiplina

A elaboração de textos científicos para pesquisa, o preparo de livros para o ensino e a organização de documentos com informações para públicos diferenciados são algumas das facetas importantes do vasto processo de comunicação, que susten-tam permanentemente as atividades acadêmicas. Além da comunicação direta, que viabiliza o intercâmbio de ideias e experiências entre pessoas, a comunicação indireta, por meio de documentos, assume importância cada vez maior em nossa sociedade. A produção, seguida da armazenagem e do uso de documentos, cons-tituem etapas essenciais para as variadas alternativas de acesso a informações que a dinâmica da sociedade requer.

De acordo com Costa (2003), até poucos anos atrás, a elaboração de uma mo-nografia acadêmica no final de um curso, como exigência da obtenção de títulos acadêmicos, era quase que exclusiva dos cursos de pós-graduação, especialmente em nível de Mestrado e Doutorado. A disciplina Metodologia Científica ou cor-relata era também exigência obrigatória em tais cursos.

Atualmente, com as modificações da educação brasileira, a exigência da elabo-ração de uma monografia acadêmica, como requisito à obtenção de títulos aca-dêmicos, se estende, também, aos cursos de graduação, e, consequentemente, a disciplina de Metodologia Científica também passou a ser obrigatória.

A abordagem da disciplina Metodologia Científica tornou-se um desafio na ten-tativa de ajudar o aluno a esclarecer os métodos e as técnicas necessárias tanto ao estudo quanto à pesquisa bem como disciplina o indivíduo em suas tarefas

Prof. Josevaldo Araújo de melo Prof. Pedro Henrique de barros Falcão

Carga Horária | 15 horas

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acadêmicas, otimizando seu tempo e desempenho. A importância desse estudo consiste, principalmente, em traduzir, de forma didática, o conjunto de normas técnicas e suas recomendações, padronizando, as-sim, os trabalhos acadêmicos.

A Metodologia Científica é considerada, muitas vezes, pelos alunos que iniciam o curso superior como um assunto insípido, monótono, desagradável, de difícil compreensão e, aparentemente, inútil. Somente

a vivência universitária permite melhor compreendê-la e avaliar a sua capital importância no contexto aca dêmico e científico. Essa disciplina não é para ser decorada e, sim, para ser aplicada na prática, portanto é necessária a dedicação e o exercício permanente , para se ter um resultado positivo. Este Componente Curricular está dividido em quatro fascículos, de forma que cada um mostra aspectos na construção do trabalho acadêmico.

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7Fascículo 1Fascículo 1

introdução ao pensaMento

CientífiCo Prof. Josevaldo Araújo de melo

Prof. Pedro Henrique de barros Falcão Carga Horária | 15 horas

objetivos espeCífiCos

Definir e caracterizar metodologia científica; Conhecer e diferenciar os diversos níveis de conhecimento e as etapas do método científico; Propiciar a formação de um pensamento crítico/científico.

1. a ConsCiênCia CientífiCa A realização de pesquisas científicas requer, necessariamente, que se reflita acerca dos seus propósitos bem como sobre a metodologia da investigação, a lógica do raciocínio científico e, também, sobre a própria ciência e seu lugar na sociedade local e global. Existe a necessidade de que o intelectual, seja ele aluno, professor ou pesqui-sador, tenha associado a prática à devida teoria e vice-versa. Também se deve ter em mente que a posição metodológica do hábito adquirido pela prática da pesquisa, ao longo da experiência profissional, pode gerar confiança excessiva no pesquisador, levando-o a dispensar a reflexão teórica e a própria consciência da transitoriedade da ciência, o que representa uma falha grave dada pela própria essência do trabalho científico, ou seja, o desenvolvimento do senso crítico, ad-quirido gradativamente, através, principalmente, de uma proximidade filosófica.

A palavra “Ciência”, como tantas outras do idioma Português, tem origem latina, “Scientiae”, que significa conhecimento. Segundo HOUAISS (2001), é o conhe-cimento atento e aprofundado de alguma coisa. É uma atividade, disciplina ou estudo voltado para qualquer área. Já, de acordo com GIL (1999), “ciência pode ser caracterizada como uma forma de conhecimento objetivo, racional, sistemá-tico, geral, verificável e falível”. Ainda FACHIN (2001) afirma que “ciência é um progresso permanente de acúmulo de conhecimentos sobre algo e de ações racionais, sistemáticas, exatas e verificáveis, capazes de transformá-lo”.

2. o Que veM a ser MesMo Metodologia CientífiCa?

A Metodologia é uma preocupação instrumental que todos nós temos, quando desejamos realizar uma tarefa de forma certa, objetiva, no menor tempo possível e com custos, apenas, necessários. Para isso, procuramos identificar os procedi-mentos adequados, as ferramentas, os caminhos para se atingir o fim desejado. Essa palavra tem origem grega, ou seja, meta significa ao longo, odos significa caminho e logos significa discurso, estudo.

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Porém, quando se acrescenta a palavra científica à ação metodológica implica o estudo da metodolo-gia associado à prática da pesquisa científica.

exeMplo

A arrumação de um guarda-roupa requer uma me-todologia de trabalho que se inicia pela retirada de todos os objetos, a limpeza de todos os seus com-partimentos com os produtos de limpeza adequa-dos. Em seguida, faz-se a seleção daqueles objetos que não se quer mais ou que devem ser guardados em outro móvel ou local, aqueles que precisam ser lavados para serem novamente guardados, e, à me-dida que assim se procede, a arrumação vai tendo lugar até que, finalmente, cumpre-se a meta de se arrumar o guarda-roupa.

Mas, se o objetivo é o de encontrar a cura para uma doença, trata-se de se realizar uma pesquisa dita cien-tífica com todo procedimento metodológico pró-prio, construído ao longo de décadas de ciência. De-para-se, então, neste momento, com outra questão:

O que vem a ser pesquisa?

Trata-se de um conjunto de atividades orientadas para a busca de um determinado conhecimento.

Elucidando melhor o conceito acima, apresenta-se o seguinte exemplo: quando uma dona de casa re-solve pesquisar os preços dos produtos que compra sistematicamente nos diversos supermercados de sua cidade, ela está realizando uma pesquisa, pois deseja chegar a um determinado conhecimento. No entanto, do ponto de vista científico, não se constitui Pesquisa Científica, principalmente pela falta do teor metodológico científico, que abran-ge várias etapas, incluindo formulações e conhe-cimentos teóricos pertinentes ao tema em foco. E, assim, defrontamo-nos com mais outro concei-to: o conhecimento científico.

3. o ConheCiMento Antes de qualquer tentativa de definir o que é co-nhecimento científico, é crucial atentar para o que é conhecimento. De forma bastante simples, pre-cisamos pensar na existência do homem e na sua vida sobre a Terra, além, é claro, de lembrar que nós, dentre todos os seres vivos, somos, até agora, os únicos considerados dotados de inteligência. O

uso dessa faculdade fez com que o homem buscas-se significados para sua vida e seu entorno, ou seja, para a sua realidade. Nesse exercício, ele adquiriu conhecimento e procurou construir explicações para os fenômenos da vida. Logo, conhecimento nada mais é do que o nome dado às representações da realidade.

Com essas representações, o homem ascendeu aos vários níveis de conhecimento, dentre os quais, cita-se o mítico, popular, teológico, filosófico e científico, ressalvando que alguns autores incluem o nível tecnológico em separado do científico.

3.1. ConheCiMento MítiCo Também conhecido como Mitologia, abarca um certo período histórico, no qual as pessoas usavam da palavra para instrumentalizarem sua realidade, sua vida, com códigos de conduta e conquistas mi-rabolantes em todos os níveis, desde a guerra até o amor. Tomaremos exemplos apoiados na mitologia grega para ilustrar esse tópico (CHAUÍ, 2002).

Entre os gregos, séculos antes de Cristo, os poetas assumiram grande importância na educação e na religiosidade do povo. Poemas, como a Ilíada e a Odisséia, escritos por Homero, evidenciam deuses mitológicos, buscando personificar neles as forças da natureza, ao mesmo tempo em que procuram explicar o que ocorre no universo. Assim, ainda hoje, ilustrativamente, sabemos que as ondas do mar são produzidas por Poseidon, que os relâmpa-gos são arremessados sobre a Terra por Zeus e assim por diante. Para tudo, eles tinham uma explicação, apoiada sempre em deuses com grande poder.

As explicações eram fornecidas de três maneiras principais: decorrente de relações sexuais, de riva-lidades, de alianças, de recompensas e de castigos.

A explicação do amor, por exemplo, advém de se encontrar um pai e uma mãe para o deus Eros, tam-bém conhecido por Cupido, que é a representação humanizada do fenômeno amor. O mito, então, conta que houve uma grande festa entre os deuses, todos foram convidados, menos a deusa Penúria. Essa se apresentava sempre miserável e faminta, esperando a sua vez de forma oportunista. Quan-do a festa acabou, Penúria veio, comeu os restos do banquete e dormiu com o deus Poros, que era astuto e engenhoso. Dessa relação sexual, nasceu Eros (ou Cupido) que, como sua mãe, se apresenta

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sempre faminto, sedento e miserável. Mas, como seu pai, tem mil astúcias para se satisfazer e se fa-zer amado. Por isso, quando Eros fere alguém com uma flecha, esse alguém se apaixona e logo se sente faminto e sedento de amor, inventa astúcias para ser amado e satisfeito, ficando ora maltrapilho e semimorto, ora rico e cheio de vida.

Para explicar períodos de guerra e paz, toma-se como referência, talvez, a mais famosa e histórica delas: a guerra de Troia. A sua explicação diz que surgiu e perdurou a partir de rivalidades e alianças entre as forças divinas, de-sencadeando guerra e paz no mundo dos homens. Mitologicamente, ela é explicada pelo poeta Home-ro em sua obra já citada acima. A causa da guerra, aliás, foi uma rivalidade entre as deusas. Elas apare-ciam em sonho para o príncipe troiano Páris, ofe-recendo-lhe seus dons, embora ele tenha escolhido a deusa do amor Afrodite, gerando, assim, o ciúme nas outras deusas que, por vingança, o fizeram rap-tar a grega Helena. Esta, por sua vez, era mulher do general grego Menelau, dando, por consequência, início à guerra entre os humanos. Os deuses, em suas afrontas e devaneios, ora ficavam de um lado, ora do outro, sempre liderados por Zeus; isso sig-nifica dizer que as alianças favoreciam os troianos em determinado momento, e em outro, os gregos.

E o que dizer para explicar as recompensas e os castigos que fazem parte de qualquer sociedade?

Se você desobedece à autoridade, seja ela quem for, deve ser castigado. Ao contrário, se fizer algo bom, deverá ser recompensado. Assim é que, no mundo dos deuses, Zeus era o ser supremo, ao qual todos, outros deuses e humanos, deviam respeito e obe-diência. E uma centelha de fogo foi presenteada aos huma-nos por um titã chamado Prometeu, sem o conhe-cimento de Zeus, ou seja, esta centelha foi roubada. Logo, os deuses consideraram que o titã deveria ser castigado por este ato impensado e mandaram-no amarrar a um rochedo para que as aves de rapina, eternamente, devorassem o seu fígado. Trata-se de um castigo do qual ele não pôde se safar e, além do mais, extremamente doloroso, visto que o fígado é um órgão que se regenera.

Mas, qual foi o castigo impetrado aos homens? Eles receberam o presente, logo deveriam ser cas-

tigados também. Já ouviram falar de Pandora?

A continuação do mito explicita que os deuses fize-ram (criaram) uma mulher encantadora, Pandora, a quem foi entregue uma caixa repleta de coisas ma-ravilhosas, mas que nunca deveria ser aberta. Em se-guida, Pandora foi enviada aos humanos, e cheia de curiosidade e ansiosa para dar a eles as maravilhas, ela abriu a caixa. Dela saíram, então, todas as desgra-ças, doenças, pestes, guerras e, sobretudo, a morte.

Explica-se, assim, a origem dos males no mundo.

3.2. ConheCiMento teológiCo

Também denominado conhecimento religioso, apoia-se na fé inconteste. É conhecimento que, nas suas formas primitivas e anteriormente à época de Cristo, compartilhou, em muitas sociedades, com o conhecimento mitológico.

Nesse contexto, a explicação da realidade é dada pela autoridade divina, detentora de toda “Ciên-cia”. Com a chegada do Cristianismo e sua expan-são, principalmente, em seu apogeu no período medieval, os teólogos passaram a exercer forte in-fluência nas atividades dos considerados homens do saber. Aquele que fornecesse explicações para qualquer fenômeno estudado, fugindo do que preceituava a Igreja, era, literalmente, levado a dar satisfações de público, desmentindo o que dissera sob pena de ser sentenciado à morte. Talvez o caso mais conhecido seja a ideia, que perdurou até o séc. XVII, de que a Terra era o centro do universo, passando alguém a difundir que o Sol estava no centro, gerando profunda insatisfação no seio da Igreja, pois contrariava os dogmas até então estabe-lecidos, e, como o cidadão que não quis retirar sua teoria, foi condenado a morrer na fogueira. Apesar desses problemas, a Igreja produziu nomes que seguiram para a posteridade, dando contribui-ções significativas para o entendimento do mun-do; provavelmente o mais conhecido deles tenha sido São Tomaz de Aquino.

Uma característica importante de se ressaltar no co-nhecimento religioso é a forma como esse conheci-mento chega até nós, ou seja, por meio da comuni-cação divina com alguns escolhidos, chamados de profetas, que perpetuaram a fala divina em textos sagrados, como, por exemplo, a Bíblia para os cris-tãos ou o Alcorão para os seguidores de Maomé.

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e de observações repetitivas da realidade. Não há preocupação com análises, reflexões críticas, sen-do, predominantemente, passado de geração a geração. Caracteriza-se, também, por ser assiste-mático, ou seja, apesar de as experiências poderem ser organizadas, não se preocupa em sistematizar as ideias, de forma a gerar um conceito teórico.

Como exemplos, podemos citar: O conhecimento dos índios, principalmente dos que vivem na Amazônia, sobre as plantas e o seu uso curativo de várias enfermidades, atualmente, suscita uma série de interesses das organizações in-ternacionais voltadas para a indústria farmacêutica e querelas internacionais de patentes.

O indivíduo natural do interior, do campo, que tem o hábito de procurar descobrir indícios do tempo, ao olhar para o céu, verifica a concentra-ção de nuvens, a coloração do firmamento, exerci-tando a sensibilidade de outros elementos, como calor, frio, umidade. Faz uma previsão “meteoro-lógica” que tem um percentual de acerto razoável, usando, apenas, a sua experiência e o conhecimen-to legado pelos seus ancestrais.

É importante observar que o Senso Comum não é isolado, pelo contrário, cada vez mais ele está sen-do a base para o avanço do conhecimento científi-co. Um exemplo, dentre tantos outros, é o uso do alho para tratamento de doenças as mais diversas. A sabedoria popular indica que alho misturado com mel serve para tosse, que a infusão do alho contribui para melhorar problemas cardíacos, só para citar alguns desses usos. Há alguns anos, de-senvolvem-se pesquisas nas áreas de farmacologia, medicina, nutrição, para se detectar a veracidade dessas aplicações e em que dosagens devem ser administradas e como também, em geral, em qual situação, especificamente.

3.5. ConheCiMento CientífiCo

Este é o conhecimento regido pela razão e não, por códigos de conduta, sensações apenas. Existe a preocupação da sistematização de ideias, que visam fornecer esquemas interligados de forma lógica que, por sua vez, possibilitam entender a realidade. Trata-se de um conhecimento que busca a objeti-vidade, a confiabilidade, a testabilidade, enfim, a verdade dos fatos, dos fenômenos. É um conheci-mento, por excelência, analítico.

3.3. ConheCiMento filosófiCo

Sua estruturação remonta ao séc. VII a.C., quando

alguns homens se propuseram a consultar a própria razão, à procura de respostas aos eternos problemas que sempre preocuparam o espírito humano. Seus ensinamentos não procurariam apoio na autoridade divina, mas, na razão para a análise de problemas (RUIZ, 1996).

Esses homens eram denominados de Sophoi, que quer dizer sábios na antiga Grécia. Mas foi Pitágo-ras, no séc. VI a.C., também na Grécia, que imor-talizou a palavra filosofia, porque ele não se julga-va sábio, mas aquele que era amante da sabedoria, tinha a capacidade de perceber o certo e o errado nas coisas da razão. Assim Philos significa amigo, e Sophia, sabedoria.

No tempo de Aristóteles, a palavra filosofia assu-miu outra conotação, ou seja, a universalidade dos conhecimentos humanos. Ela foi dividida em grandes áreas, que, por sua vez, também foram subdivididas para melhor compreensão, compre-endendo essas subáreas desde a metafísica até a es-tética. Aqui o conhecimento filosófico encontra-se com o artístico, pois, por meio do belo, consegue-se atingir o sentimento humano. Vale salientar que uma das principais característi-cas da Filosofia é indagar sobre a própria Ciência, assumindo posições a respeito dos rumos que a Ci-ência está tomando, levando esses posicionamen-tos a construções de paradigmas, que, por sua vez, norteiam o pensamento dos pensadores, de acordo com as épocas vivenciadas. Como exemplo, pode-se citar o questionamento sobre a clonagem, se bem que essa questão tam-bém está no âmbito teológico e, obviamente, científico. Como assim? Para onde a sociedade está caminhando? Como ficam os ensinamentos bíblicos sobre o mundo? E muitas outras questões que levam os cientistas filósofos contemporâneos a desenvolverem teses sobre o assunto bem como controvérsias.

3.4. ConheCiMento popular

Também chamado Senso Comum, Vulgar, Ordiná-rio, Empírico e Intuitivo. É conhecimento oriun-do da experiência com seus erros e acertos, das tra-dições de uma coletividade. Geralmente é obtido de experiências ao acaso, sem métodos específicos

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um planejamento que consiste no conjunto de procedimentos aceitos e validados que irá assegu-rar a qualidade e a fidedignidade do conhecimento gerado, ao qual chamamos de método científico. O método científico é dividido em etapas, como ilustramos na figura 1.

4.1 avanço do ConheCiMento

A investigação científica implica uma atividade metó-dica, na qual o investigador caminha de uma fase me-nor para uma maior de conhecimento. Toda investi-gação verdadeira resulta em algo novo. Cada uma das fases da estratégia científica constitui um certo avanço no conhecimento do objeto de investigação. Quando se chega a formular o(s) problema(s) da pesquisa, o investigador vai descobrindo, simultaneamente, uma série de aspectos, facetas, vínculos, conexões, qualida-des, etc. desconhecidos por ele e dos quais nunca se havia dado conta, não houvesse formulado pergun-tas específicas a esse respeito. O mesmo ocorre em relação ao marco teórico. Nesta tarefa, o pesquisador entra em contato – talvez pela primeira vez – com teorias científicas, enfoques teóricos e diferentes disci-plinas do saber; enfrenta uma terminologia peculiar, quase sempre bem distante da linguagem ordinária. Nestas condições, é provável que o investigador tenha de modificar substancialmente a imagem prévia que fazia do objeto em estudo: a descrição que venha a fazer com o vocabulário científico pouco ou nada te-

Sabe-se que a busca do conhecimento é bastan-te antiga e que a lógica fez parte desse processo. Como referências, citam-se: a Trigonometria, dei-xada pelos egípcios; a Geometria, a Mecânica, a Lógica, a Astronomia e a Acústica foram legadas pelos gregos. Indianos e muçulmanos também contribuíram, significativamente, com o conheci-mento matemático e astronômico. Porém se res-salta que a preocupação com a sistematização e a filosofia foi maior entre os gregos.

Esse desenvolvimento do conhecimento mais ela-borado entre os gregos se deu em função de apre-sentarem o exercício do intelecto desvinculado das necessidades do cotidiano. Os registros históricos indicam que havia uma classe ociosa, a qual prima-va pelo status, pelo prestígio. Logo, pensar, refletir, dialogar de forma lógica indicava atividades de ní-vel superior, enquanto a classe trabalhadora (escra-vos) considerava o trabalho prático como atividade daqueles que formavam a classe de nível inferior, realizando tarefas que, geralmente, tinham por ob-jetivo atender a outrem.

Nesse tempo, Platão desenvolveu uma teoria para entender o mundo, a Teoria das Formas ou das Ideias e utilizou a intuição como forma de pensa-mento superior. Por meio da utilização dos órgãos dos sentidos, a sensação é percebida pelo sujeito, aquele que deseja conhecer algo; em seguida, ocor-re a reflexão, que funciona como um processo, unindo e comparando os diversos dados dessa ex-periência externa.

Observemos que, durante muitos anos, essa per-cepção era adquirida por meio da visão, em busca da essência das coisas. Atualmente, se olharmos para os avanços ocorridos na área educativa e de inclusão social, verificaremos que se desenvolve-ram métodos, para que, por exemplo, um deficien-te visual passeie num jardim e, através dos aromas e do tato, consiga penetrar na essência das plantas, das flores e do ambiente como um todo.

4. etapas do Método CientífiCo

O objetivo da ciência é o de encontrar explicações para os fatos observados. Um cientista tenta expli-car algo por meio de suposições ou hipóteses que possam ser testadas experimentalmente.

O cientista desenvolve suas atividades dentro de

Resultado POSITIVO

GRUPO TESTE GRUPO CONTROLE

Resultado NÃO CONFIRMADO

Conclusão: hipótese ERRADA

Procedimento: testar outra HIPÓTESE

Conclusão: hipótese CORRETA

LEI OU TEORIAPUBLICAÇÃO

Resultado NEGATIVO

Resultado CONFIRMADO

Realização das EXPERIÊNCIAS-Metodologia

Elaboração das HIPÓTESES-Variáveis

Questionamento de um PROBLEMA

Observação de um FATO/Escolha de um ASSUNTO

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nha a ver com a descrição de alguém que apenas conta com as noções do senso comum (bom senso). A própria hipótese se constitui um incremento no conhecimento do objeto, uma vez que é o resultado da determinação das variáveis relevantes que foi possível se detectarem no mencionado objeto. Por último, o teste da hipótese – culminando com sua confirmação ou com sua refutação – redunda em um maior conhecimento sobre o objeto investigado, já que se desenvolveu alguma experiência a respeito de uma suposição preliminar relativa ao mencionado objeto.

5. pesQuisa CientífiCa

Pode-se dizer que, em seu trabalho, o cientista é guiado por uma característica humana básica: a curio-sidade. Os cientistas estão constantemente tentando explicar os porquês e os comos das coisas. Albert Einstein (1879-1955), um dos maiores físicos da humanidade, comparou o trabalho de um cientista ao de um detetive. Assim como o detetive, o cientista reúne uma série de fatos e, a partir deles, procura entender como ou porque um determinado fenômeno está ocorrendo. No entanto, o cientista vai além da simples observação ou confirmação de fatos; ele procura entender por que certos fatos ocorrem e as consequências de sua ocorrência.

Segundo BARROS & LEHFELD (2001), para solucionar qualquer curiosidade ou problema cotidiano, o Homo sapiens busca respostas baseando-se no bom senso. Essa procura de respostas envolve um processo investigatório, mesmo que seja imediato sistemático e definindo por traços puramente ligados ao senso comum. A pesquisa ou a procura de novos conhecimentos não só é próprio da natureza humana como também a investigação, mesmo que seja a partir da reflexão, o único veículo viável de o homem compor seu contorno.

A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas por meio do emprego de processos científicos.

É o conjunto de atividades orientadas para a busca de um determinado conhecimento.

O ser humano, no decorrer da vida, sempre está aprendendo algo novo e, das informações conhecidas, tenta aprender diversas formas de praticá-las para solucionar problemas do cotidiano. Pode verificar-se, por exemplo, na forma de utilização dos aparelhos celulares, nos cartões eletrônicos dos bancos ou dos micro-computadores por parte de diferentes tipos de pessoas. O grau de dificuldades no uso desses recursos varia de acordo com a experiência prática, a informação sobre o assunto, contudo, todos passam por um processo similar de aprendizagem.

Fazer Ciência é mais do que simplesmente acumular informações, é tentar descobrir relações entre os fatos observados que permitem ampliar os conhecimentos e desenvolver novas ideias para a compreensão da natureza.

Um bom exemplo do desenvolvimento de uma ideia nova em Ciência é o episódio da maçã, que, segundo alguns, teria caído na cabeça de Isaac Newton. A força da gravidade, que explicava a queda dos corpos, já era conhecida, mas Newton inovou ao imaginar que a mesma força podia se estender para o espaço exte-rior, alcançando a lua; por exemplo, mantendo-a girando ao redor da Terra.

APPOLYNARIO (2004) propõe uma classificação geral das pesquisas de acordo com alguns critérios, conforme verificamos no quadro I.

Quadro 1: Proposta para classificação geral das pesquisas.

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6. roteiro para realização de uMa pesQuisa

Para preparação e execução de um projeto de pes-quisa, as seguintes etapas devem ser seguidas:

Escolha do assunto - trata-se do ponto inicial e mais importante de toda pesquisa científica. Não é tão simples como parece. Ele não deve ser escolhi-do por acaso, mas a partir de observações da vida profissional, situações pessoais, experiência cientí-fica, apreciação de textos etc.

Delimitação do assunto - é o afunilamento do tema escolhido, do geral para o mais específico, pois cada área de investigação possui inúmeras particularidades, que podem levar a vários estudos.

Formulação do problema - trata-se da questão que está sem solução. A partir deste, constrói-se o objeto de discussão e de estudo. É o fato, é algo significati-vo que, a princípio, não possui respostas explicativas,

pois a solução, a resposta ou a explicação serão dadas por intermédio do desenvolvimento da pesquisa.

Enunciado da hipótese - deve ser expressa de for-ma simples e compreensiva, passível. Justificativa da escolha - destaca a importância do tema abordado, considerando-se o estágio atual da ciência, suas divergências ou a contribuição que se pre-tende proporcionar ao pesquisar o problema abordado. Literatura existente sobre tudo o que já foi escrito sobre o assunto, as definições, para poder funda-mentar o quadro teórico da pesquisa. Metodologia - deve mostrar como a pesquisa será realizada, de forma clara, direta e objetiva, mos-trando como a pesquisa será realizada. A seguir, algumas etapas:

• Definição operacional das variáveis; • Escolha da amostragem;

CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS EM RELAÇÃO AOS CRITÉRIOS

Finalidade BásiCa - objetiva o avanço do ConheCiMento teóriCo eM deterMinada área. não visa à apliCabilidade iMediata.

tipo

origeM dos dados

ApliCada - objetiva resolver uM probleMa ConCreto e iMediato da huManidade.

DesCritiva - interpreta a realidade, seM nela interferir; não estabeleCe relações de Causalidade.

ExperiMental - busCa expliCar por Que oCorre deterMinado fenôMeno da realidade.

CaMpo - provenientes de sujeitos huManos ou não.

DoCuMental ou bibliográfiCa - fontes, CoMo livros, revista, filMes, gravações de áudio, etC. huManos ou não.

teMporalidade

LoCal/realização

Transversal - avalia, apenas, uMa variável eM grupos de diferentes sujeitos.

Longitudinal - avalia a MesMa variável de uM MesMo grupo, CoM duas ou Mais Mensurações dessas variáveis eM uM período de teMpo.

CaMpo - Coleta de dados eM uMa situação natural seM Controle do pesQuisador.

Laboratório - Coleta de dados CoM Controle do pesQuisador.

Natureza Qualitativa - prevê a análise herMenêutiCa de dados apurados

Quantitativa - prevê a Mensuração de variáveis predeterMinadas e analisa os dados.

Font

e: A

ppol

inár

io (2

004)

Fonte: APOLINÁRIO(2004)

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• Preparação dos Instrumentos (equipamentos) para a pesquisa;

• Execução; • Análise dos dados;

Resultados - descreve sinteticamente o que foi ob-tido com a pesquisa. Conclusões - consiste numa síntese interpretativa dos resultados encontrados, o ponto de chegada das deduções lógicas baseadas no desenvolvimen-to, nos dados concretos que recolheu na pesquisa, análise e interpretações. Referências - lista das obras que foram citadas no trabalho.

SAIBA MAIS!

ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: Introdução ao jogo e às suas regras. 7 ed. São Paulo: Loyola,

2000. 223p.

AQUINO, Tomás de. Os Sete Pecados Capitais. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

CARRAHER, David W. Senso Crítico: do dia-a-dia às ciências humanas. 6 ed. São Paulo: Pionei-

ra,1999. 163p. CARVALHO, Maria Cecília Meringoni de (Org.). Metodologia Científica - fundamentos e técnicas:

Construindo o saber. 8 ed. Campinas/SP: Papirus, 1989. 175p.

CHALMERS, A.F. O que é ciência afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993. 225p.

CHASSOT, Attico. A Ciência através dos Tempos. 14 ed. São Paulo: Moderna, 1994. 190p.

CHIBENI, Sílvio Seno. O que é ciência? Disponível em: HTTP://www.unicamp.br/~chilbeni/texdid/

ciencia.doc. Acesso em: 27/01/2009.

DEMO, Pedro. Conhecimento moderno. Tradução de Raul Fiker. São Paulo: Brasiliense, 1993.

______. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000.

FONTES, Carlos. História da Ciência. Navegando na Filosofia. Disponível em: http://afilosofia.

no.sapo.pt/MARCOS.htm. Acesso em: 25 jan. 2009.

KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e prática da pesqui-

sa. 15 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

LOPES, Alice Ribeiro Casimiro. Bachelard: O filósofo da desilusão. Disponível em: HTTP://www.fsc.

ufsc.br. v.13, n.3, 1996. Acesso em: 27/01/2009.

OSTERMANN, Fernanda. A epistemologia de Kuhn. Disponível em: HTTP://www.fsc.ufsc.br. v.13,

n.3, 1996. Acesso em: 27/01/2009.

REGNER, Ana Carolina Krebs Pereira. Feyrabend e o pluralismo metodológico.

Disponível em: HTTP://www.fsc.ufsc.br. v.13, n.3,1996. Acesso em: 27/01/2009.

SILVEIRA, Fernando Lang. A filosofia de Karl Popper: O racionalismo crítico. Disponível em: HTTP://

www.fsc.ufsc.br. v.13, n. 3,1996. Acesso em: 27/01/2009.

______ . A metodologia dos programas de pesquisa: A epistemologia de Imre Lakatos. Disponível

em: HTTP://www.fsc.ufsc.br. v.13, n.3, 1996. Acesso em: 27/01/2009.

TERRA, Paulo. O ensino de ciências e o professor anarquista epistemológico. Revista Brasileira de

Ensino de Física. Disponível em: HTTP://www.fsc.ufsc.br/ccef/port/19-2/artpdf/a4.pdf. Acesso em

26.01.2009

Apêndices e/ou Anexos - elementos que comple-tam o trabalho.

7. perguntas norteadoras para ajudar na esColha do teMa da pesQuisa

O Projeto Político-Pedagógico do Curso possui li-nhas de Pesquisa que devem ser seguidas na cons-trução dos Projetos de Pesquisa. São elas: • Papel Social da Escola;

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• O Ensino de Língua Portuguesa na Escola; • Leitura e Produção de texto na Escola; • Variação Linguística; • Literatura Arte e Cultura. Para a realização de uma pesquisa, iniciamos sem-pre com indagações, perguntas. Com as respostas das perguntas a seguir, tente construir o seu proje-to de pesquisa: 1ª etapa

• Qual a sua área de atuação? • Na sua área de atuação, qual o tema que mais

lhe chama a atenção? • Qual(is) a(s) razão(ões) de sua atenção para tal

tema? • Ou melhor, qual a preocupação que você tem

sobre o tema? • Ou ainda, qual a dificuldade que deve ser re-

solvida? • Qual o seu papel no contexto ao qual está in-

serida a dificuldade que você percebe? Ou, de que forma você está ligado(a) a essa dificulda-de?

• Entre a(s) razão(ões) apontadas, qual a que você considera mais importante?

• Qual a sua opinião sobre a existência dessa di-ficuldade? O que sabe sobre isso?

• Como deveria ser uma situação ideal (sem tal dificuldade)?

• Você tem conhecimento de algum estudo feito sobre o assunto ou questão semelhante? (Lem-bre-se de que o tema de pesquisa ou a dificul-dade a ser pesquisada deve ter caráter inédito).

• Qual seria a área de conhecimento que teria ligações com o seu problema? (Educação, Psi-cologia, Sociologia...)

• Você já teve acesso à bibliografia sobre o assun-to? Em caso afirmativo, você conseguiria listar os textos (autor, título da obra, local, editora, ano)?

• Quem seriam os principais beneficiários dos resultados de sua pesquisa? Ou, a quem inte-ressa os resultados de sua pesquisa? Ou, qual a população-alvo dos benefícios ou contribui-ções dos resultados da sua pesquisa?

• Tente descrever o ambiente no qual acontece o problema que interessa investigar.

• Quem são as pessoas que fazem parte desse ambiente?

2ª etapa • O que vou pesquisar? • Onde vou realizar minha pesquisa? • Como vou fazer? • Quando vou fazer? • Quais os custos? • Vou ter financiamento? Importante • Pesquisa não é cópia; • Quanto mais livros

você consultar sobre o assunto, mais comple-ta fica sua pesquisa;

• À medida que você lê, anote, apenas, as informações mais importantes;

• Tendo as informa-ções a respeito do assunto, escreva o texto usando suas palavras;

• Neste tipo de texto, não se usam palavras ou expressões da linguagem familiar.

atividade | O que você entende por “saber popular”? E sobre conhecimento científico? Que relações se pode fazer entre eles?

A pesquisa científica para ser realizada requer uma sequência de procedimentos e, ao término desta pesquisa, um trabalho técnico-científico. Quais as etapas do método científico? Considerando que o trabalho do cientista é com-parado com o trabalho de um detetive, vamos ajudar a polícia a desvendar um crime. Na página policial do jornal de ___/___/___, vamos seguir as etapas do método científico. A reportagem do jornal é o fato observado; com isso , temos um problema a resolver, desvendar o crime. Desse problema, formule, no mínimo, três hipóteses, justifique cada uma delas e conclua o fato.

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resuMo

Ao iniciar a disciplina Metodologia Científica, é fundamental que o aluno não a conceba como uma discipli-na comum, na qual há, com mais frequência, o apelo para a memorização de conteúdos. Assim sendo, neste primeiro momento, busca-se apresentar, de forma atrativa e simples, alguns assuntos que, se desenvolvidos no âmbito de disciplinas afins à Filosofia, ou mesmo em seu âmago, conduziriam a uma demanda maior de conhecimentos nessas áreas. No entanto, a Metodologia Científica com sua concepção interdisciplinar ofer-ece esta oportunidade de se pinçarem alguns pontos pertinentes e que, se necessário for o aprofundamento, isso poderá ser feito em outro momento ou em outra disciplina, ou ainda, em outro curso, caso o estudante deseje. Logo, inicia-se pela reflexão científica, extremamente necessária ao apoio, à razão e ao bom-senso, que poderá sugerir ao aluno pensar sobre as consequências de um trabalho feito sem interesse ou de forma inconsequente. Em seguida, leva-se o discente a conhecer, embora de forma segmentada, por força da didática, os níveis de conhecimento e como podem ser identificados, quando se lê uma pesquisa, um trab-alho acadêmico ou até mesmo uma notícia voltada para os avanços da ciência bem como se fazem algumas referências ao que é mito e metafísica. Após essas fases, chega-se ao que é Ciência, palavra que envolve um entendimento amplo e que, nesses últimos séculos, tem-se apoiado na experimentação e na verdade relativa, fazendo com que as conclusões se coloquem de forma recorrente não determinista como anteriormente.

referênCias

APOLINÁRIO, Fábio. Dicionário de metodolo-gia científica: um guia para produção do co-nhecimento científico, São Paulo: Atlas, 2004. 300p.

BARROS, Aidil de Jesus Paes de. LEHFELD, Nei-de Aparecida de Souza. Projeto de Pesquisa: propostas metodológicas, 12 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1990. 127p.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 12 ed. São Paulo: Ática, 2002.

FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2001.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999.

HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva. 2001.

RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1996.

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a étiCa, a redação e os aspeCtos gráfiCos

da pesQuisa CientífiCa Prof. Josevaldo Araújo de melo

Prof. Pedro Henrique de barros FalcãoProf.a Esther Leyla braga Siqueira

Carga Horária | 15 horas

objetivos espeCífiCos

Conscientizar professores, alunos e demais pessoas envolvidas no processo educacional da imoralidade e criminalidade inerentes à reprodução (cópia) de livros bem como divulgar e popularizar o respeito ao direito autoral; Oferecer subsídios para a redação científica e aplicar as normas de citação em um trabalho acadêmico; Aplicar as normas técnicas da ABNT, utilizando a apresentação gráfica na pro-dução de trabalhos acadêmicos.

1. a étiCa eM pesQuisa A Ética em pesquisa significa usar os princípios norteadores da ética, enquanto ques-tionamento dos valores morais numa abordagem que qualifique a pesquisa dentro dos padrões éticos e morais e num campo mais específico, aceitos pela Bioética. E o que é Bioética? Numa definição simplista, é tratar a vida numa visão de princípios éticos. É, por exemplo, adequar a biotecnologia aos valores morais da sociedade. Para entendermos melhor o que é Bioética, vejamos um breve relato do seu sur-gimento e os princípios que norteiam sua atuação. Etimologicamente, Bioética significa ética da vida. A palavra é formada por dois vocábulos de origem grega: bios – vida e ética (ethos) – costumes. Considerando que a ética trata dos valores morais, logo a bioética questiona os valores morais que orientam os princípios da vida. O vocábulo bioética difundiu-se a partir de janeiro de 1971, quando o biólogo e oncologista Rensselaer Potter, da Universidade de Wisconsin, Madison, Estados Unidos, publicou o livro, Bioética: A ponte para o futuro. O obstetra, fisiologista fetal e demógrafo holandês, da Universidade de Georgeto-wn, Andre Hellegers, aplicou o termo Bioética à Ética na medicina e nas ciências biológicas em 1971.

Se para Potter, a bioética possuía um sentido macro, com forte conotação ecológica e holística, para Hellegers, ela dizia respeito especificamente ao ser humano e às biociências humanas, e foi essa última visão que prevaleceu (OLIVEIRA, 2004, p. 76).

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Ainda segundo Oliveira (op. cit. p. 77), “A Bioética refere-se aos assuntos gerais da saúde, da pesquisa à qualidade do atendimento nas instituições, da aten-ção profissional até as definições das pesquisas”.

Outros fatos importantes remetem à origem da Bio-ética, como afirma Molina et al. (2003, p.14-15):

Dentro da história da Bioética, merece destaque o artigo de Beecher H.K., publicado em 1966, no New England Medical Journal, sob o título “Ethics and Clinical Resear-ch”. O autor constatou que de 100 trabalhos publicados em um prestigioso jornal científico, cerca de 25% deles continham claras violações éticas. Este mesmo autor afir-mou, ainda, que de 50 trabalhos de revistas internacio-nais com participação de sujeitos humanos, compilados originalmente por ele, somente 2 apresentavam um “ter-mo de consentimento”, o que, na época, já era sugerido como necessário tanto pelo código de Nurenberg sobre experimentação em seres humanos como pela declaração de Helsinque. Além disso, dessas 50 pesquisas, 22 tinham sido realizadas com cidadãos “de segunda classe” ou, de alguma forma, vulneráveis.

Outros fatos e documentos importantes para a consolidação da Bioética foram: A Implantação da Comissão Presidencial de Proteção dos Sujeitos Humanos de Pesquisas Biomédicas e Comporta-mentais em 1974, nos Estados Unidos; o Relatório Belmont de 1978, com a Declaração Principialista Clássica; o Código de Nuremberg em 1946; A De-claração de Genebra de 1948 e a Declaração de Helsinque de 1964 e, em nível nacional, a Resolu-ção 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.

Quando se executa uma pesquisa científica, há de se considerar alguns aspectos importantes. A abor-dagem ética é fundamental no planejamento, na condução e avaliação de pesquisas. Deve-se consi-derar também a relação custos e benefícios da pes-quisa e, quando for o caso, o anonimato e o sigilo das pessoas envolvidas.

A ética na pesquisa deve avaliar, a priori, a relevân-cia e os custos e benefícios oriundos dos prováveis resultados.

Além da contribuição científica da investigação, da aplicação das descobertas da pesquisa e dos benefícios educacionais para pesquisadores em formação, há os benefícios diretos para os partici-pantes, como aquisição de novos conhecimentos e o desenvolvimento de novas habilidades. Porém, nenhuma dessas vantagens pode suplantar a ava-liação e a adoção de valores morais e de uma dis-cussão ética.

Procedimentos que possam causar danos físicos, situação de estresse ou danos psicológicos reque-rem que se tome muito cuidado para que sejam eticamente defensáveis.

Cozby (2003, p.54) exemplifica um caso de estresse psicológico:

[...] consiste em dar aos participantes feedback negativo sobre sua personalidade ou capacidade. Pesquisadores in-teressados em autoestima tipicamente aplicam aos sujeitos um teste de personalidade ou capacidade simulado. O tes-te é seguido de uma avaliação que reduz e aumenta a au-toestima. No primeiro caso, indica que o participante tem traços de personalidade desfavoráveis ou um baixo escore na capacidade medida.

Decidir se pesquisas como essa devem ser feitas en-volve valores morais que devem ser considerados pela comunidade científica. Outra questão ética relevante, quando da execução de uma pesquisa, é o engodo. Consiste na omissão dos detalhes ou objetivos da pesquisa, induzindo os participantes a entenderem os procedimen-tos, mas sem serem informados do real objetivo. É quando não são dadas as informações precisas aos participantes sobre os propósitos da pesquisa e os riscos envolvidos antes de eles consentirem em fazer parte do experimento. Casos em que se ocultam a presença ou identidade do pesquisador também envolvem engodo.

Humphreys (1970), citado por Cozby (2003, p.55), exemplifica um procedimento de engodo:

Humphreys estudou o comportamento de homossexuais do sexo masculino que frequentavam banheiros públicos (chamados “salões de chá”). Ele não participou de qual-quer atividade homossexual, mas serviu como olheiro, ten-do como função avisar sobre a aproximação de possíveis intrusos. Além de observar as atividades dentro do local, anotou os números das placas dos carros dos visitantes. Mais tarde, obteve o endereço dos homens, disfarçou-se e visitou-os em suas casas, para entrevistá-los. Seu procedi-mento certamente é uma maneira de descobrir algo sobre homossexualismo, mas emprega considerável engodo.

Este estudo levanta um problema ético, quando omite os objetivos, com o agravante de entrar na intimidade dos pesquisados que provavelmente não gostariam de ter sua privacidade violada.

Para alguns pesquisadores, o uso de qualquer tipo de engodo é moralmente inaceitável, consideran-do que é simplesmente errado enganar pessoas, qualquer que seja a razão, além de prejudicar a

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reputação do pesquisador e da instituição patroci-nadora. Mas há quem defenda o engodo, alegando preservar a integridade científica da pesquisa.

Numa pesquisa, o ideal seria substituir as várias formas de engodo pelo consentimento informado.

Consentimento informado significa que os partici-pantes da pesquisa são comunicados sobre os pro-pósitos do estudo, os riscos associados aos procedi-mentos e o seu direito de recusar ou interromper sua participação no estudo (COZBY, 2003, p.56).

Dessa forma, o participante toma conhecimento dos procedimentos e objetivos da pesquisa, poden-do tomar a decisão de participar ou não.

Quando o consentimento pleno é capaz de alterar os resultados da pesquisa, e esta envolve riscos físi-cos ou psicológicos, o pesquisador pode amenizar possíveis traumas ou constrangimentos com uma entrevista de esclarecimento, após a conclusão da pesquisa.

Se os participantes foram enganados de alguma maneira, os pesquisadores precisam explicar por que o engodo foi necessário, se a pesquisa alterou o estado físico ou psicoló-gico dos participantes de algum modo - como num expe-rimento sobre os efeitos do estresse -, o pesquisador deve ter a garantia de que eles voltaram “ao normal” e de que se sentem confortáveis em relação a sua participação (...) Em alguns casos, os pesquisadores podem voltar a entrar em contato com os participantes mais tarde, para relatar os re-sultados realmente obtidos. Assim, a entrevista de esclareci-mento tem propósitos educativos e éticos (op. cit., p.57-58).

Há, ainda, outras questões éticas na pesquisa, como o anonimato e o sigilo. Em alguns estudos, faz-se necessário garantir o anonimato dos indiví-duos ou das instituições pesquisadas.

Ao se estudarem assuntos como comportamento sexual, divórcio, violência familiar ou abuso de drogas, precisa-se, algumas vezes, fazer às pessoas perguntas delicadas sobre sua vida particular. É extremamente importante que a resposta a essas perguntas seja confidencial (op. cit., p.62).

A melhor forma de preservar a privacidade de pes-soas ou instituições é elaborando questionários ou entrevistas nos quais não conste identificação pesso-al, como: nome, número da carteira de identidade, CPF, telefone ou endereço. Quando, mesmo assim, for possível identificar o entrevistado, deve-se codifi-car os questionários, para se evitar o reconhecimento.

Há, entretanto, entrevistas ou questionários em que a identificação é imprescindível, caso em que se deve buscar o consentimento do participante.

Do ponto de vista ético e legal, dois outros temas são importantes nos procedimentos de uma pes-quisa: a fraude e o plágio.

É fundamental, indispensável, imprescindível que a pesquisa científica tenha credibilidade. Esse pres-suposto estende-se ao pesquisador e aos participan-tes. Além de antiético e imoral, é crime cometer fraude e plágio de pesquisas de outrem.

Quando uma pessoa comete plágio de uma pesqui-sa, de uma monografia, de um projeto, de partes de um livro, etc., está se apropriando do conhe-cimento produzido por outro, o que, além de imoral, antiético, é crime e denota incapacidade intelectual. E para quem dispõe de algum indício ou resquício de consciência ética, é, no mínimo, motivo de baixa autoestima.

2. o direito autoral no brasil

O Brasil avançou muito de uns anos para cá, no campo do direito autoral. No caso específico de livros, pressionado pelos autores, que exigiam uma remuneração justa por seu trabalho, e pelos edito-res, que investem crescentemente em tecnologia e mão-de-obra para produzir livros com qualidade.

Reconhecer o direito de quem cria e de quem pro-duz é um avanço em cidadania e respeito à cultura de nosso país.

O Direito Autoral foi regulamentado no Brasil, através da Lei Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

Essa lei visa combater e punir a pirataria editorial, caracterizada pelo crime contra os autores, traduto-res, revisores, editores e outros inúmeros profissio-nais envolvidos no processo de edição.

Apesar de comumente utilizada no Brasil, inclusi-ve em escolas e universidades, a reprodução ilegal de livros constitui crime, passível de reclusa e do pagamento de indenização.

Direito Autoral é o direito do autor, do criador, do pesquisador, do artista, de controlar o uso que se faz de sua obra.

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A lei do Direito Autoral objetiva garantir ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou.

Essa lei permite a reprodução de uma única cópia, de pequenos trechos, para uso próprio, desde que feita pelo autor, sem fins lucrativos.

Reprodução é a cópia de um ou mais exemplares de uma obra literária, artística ou científica.

A cópia não autorizada pelo titular dos direitos au-torais e/ou detentor dos direitos de reprodução de uma obra é contrafação, ato ilícito civil e penal.

Copiar livros é crime, porque é apropriar-se do que é do outro. O livro é propriedade intelectual do autor, que ganha percentual sobre a venda de exemplares de sua obra e um bem produzido pelo editor, logo fazer cópias de livros, sem autorização do autor e do editor, é roubo.

Enquanto crime, a punição para a reprodução ilegal de livros é de pagar indenizações, pena de reclusão, ter os insumos, máquinas e equipamentos utilizados na reprodução ilegal destruídos, entre outros.

A “pasta do professor” é um procedimento habitu-al nas faculdades que deve ser combatido em prol do direito autoral.

As bibliotecas públicas, de faculdades e outras ins-tituições são a solução para a efetivação do direito autoral no Brasil.

É preciso que essas instituições tenham exempla-res suficientes para manuseio dos alunos e que seja disponibilizado um horário de funcionamento compatível com a necessidade dos alunos.

Este texto foi sintetizado baseado no Manual da ABPDEA – Associação Brasileira de Proteção dos Direitos Editoriais e Autorais, conforme autoriza-ção expressa por ela.

3. a redação CientífiCa De acordo com Gil (2002), “os projetos de pesqui-sa são elaborados com a finalidade de serem lidos por professores e pesquisadores incumbidos de analisar suas qualidades e limitações.” A redação de trabalhos técnico-científicos difere de outros tipos de composição, apresentando algumas carac-

terísticas próprias quanto à estrutura e ao estilo. Uma das características da Ciência é avaliar os tra-balhos e não, as pessoas que os escrevem. Alguns princípios básicos devem ser observados neste tipo de redação, conforme mencionados a seguir:

3.1. objetividade

Na linguagem científica, os assuntos precisam ser tratados de maneira direta e simples, com lógica e continuidade no desenvolvimento das ideias, cuja sequência não deve ser desviada com considerações irrelevantes e opiniões pessoais. A explanação deve se apoiar em dados e provas e não, em opiniões sem confirmação. Um texto técnico é um conjun-to de parágrafos, cada um deles composto de uma ideia importante, cujo conteúdo é quase sempre melhorado por um grupo de ideias melhoradas.

3.2. Clareza

Uma redação é clara, quando as ideias são expres-sas sem ambiguidade para não originar interpre-tações diversas da que se quer dar. É importante o uso de vocabulário adequado e de frases curtas, sem verbosidade, tendo-se como objetivo o de faci-litar e prender a atenção do leitor. Os problemas devem ser formulados com propriedade, evitando-se expressões com duplo sentido, palavras supér-fluas, repetições e detalhes prolixos que dificultam o entendimento do assunto.

3.3. preCisão

Cada expressão empregada deve traduzir com exa-tidão o que se quer transmitir, em especial no que diz respeito a registro de observações, mediações e análises efetuadas. Indicar como, quando e onde os dados foram obtidos, especificando-se as limi-tações do trabalho e a origem das teorias. Deve-se utilizar a nomenclatura técnica apropriada, empre-gando-a sempre da mesma forma em todo o texto e de acordo com sua aceitação no meio científi-co. Evitar adjetivos que não indiquem claramente a proporção dos objetos mencionados, tais como médio, grande, pequeno. Evitar também expres-sões, como quase todos, nem todos, muitos deles, sendo melhor indicar cerca de 60% ou mais pre-cisamente, 63%, 85%. Não empregar advérbios que não explicitem exatamente o tempo, modo ou lugar, tais como aproximadamente, antigamente, recentemente, lentamente nem expressões, como

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provavelmente, possivelmente, talvez, que deixam margem a dúvidas sobre a lógica da argumentação ou clareza das hipóteses.

3.4. iMparCialidade A escrita deverá ser de forma impessoal. Deve-se re-digir na terceira pessoa. Evitar ideias pré-concebidas, não superestimando a importância do trabalho nem subestimando outros que pareçam contraditórios.

3.5. CoerênCia

Deve-se manter uma sequência lógica e ordenada na apresentação das ideias. Um trabalho, em geral, se divide em capítulos, seções e subseções, sempre de forma equilibrada e coesa.

3.6. teMpo verbal e pessoal eM uM

texto CientífiCo

O tempo verbal varia conforme a natureza do tra-balho e a seção deste. Para uma monografia, em-prega-se o tempo presente, quando o autor for se referir ao próprio trabalho, objetivos, conclusões etc. Ao relatar outros estudos, emprega-se o pre-térito perfeito ou o imperfeito, de acordo com a duração da ação descrita.

Em um projeto, o tempo verbal é o futuro, pois o trabalho ainda vai se concretizar. Entretanto, ao fa-zer a revisão bibliográfica, o autor deverá empregar o tempo verbal de acordo com a localização tempo-ral do fato descrito.

3.7. siglas

Quando, na redação, se vai utilizar alguma sigla, e esta aparece pela primeira vez, no texto, escreve-se o nome por extenso, e, em seguida, coloca-se, entre parênteses, a sigla. Exemplo: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

4. Citações no projeto de pesQuisa

As citações são usadas para exemplificar, esclarecer, confirmar ou documentar a interpretação de ideias contidas no texto. Ainda, para se fazer o embasa-mento teórico do assunto da pesquisa, que aparece na introdução ou na seção “referencial teórico”.

De acordo com Appolinário (2004:44), “citação é uma “alusão no texto, de uma informação original-mente extraída de outro texto”. Fazer uma citação corresponde a transcrever no trabalho um trecho de outro autor.

Devem ser evitadas citações, referentes a assuntos já amplamente divulgados, rotineiro ou de domí-nio público bem como aqueles provenientes de pu-blicações de natureza didática, que reproduzem, de forma resumida, os trabalhos originais, tais como apostilas e anotações de aula.

A NBR 10520, de agosto de 2002 da ABNT, mos-tra que as citações podem ser:

• Citação Direta: transcrição textual de parte da obra do autor consultado.

• Citação Indireta: texto baseado na obra do au-tor consultado.

exeMplo 1 - Numa citação direta: Segundo Costa (1999,.161), “na física atual, impe-ra o pluralismo teórico”.

exeMplo 2 - Numa citação Indireta: No panorama atual da física, não há propriamente uma unidade teórica (COSTA, 1999). No primeiro exemplo, citam-se, exatamente, as palavras do autor e, neste caso, deve-se colocar a página de onde foi retirada a informação e tam-bém colocar entre aspas. Já no segundo exemplo, é colocada a ideia do autor e não exatamente copiar o que ele escreveu. Neste caso, não é necessário colocar a página nem aspear.

• Citação de Citação: citação direta ou indire-ta de um texto em que não se teve acesso ao original.

Essas citações podem aparecer no texto (mais reco-mendado) ou em notas de rodapé.

5. regras gerais de apresentação das Citações

Para se fazer uma citação, as obras são apresenta-das pelo sobrenome do autor, pela instituição res-ponsável ou título da obra (para obras de autoria desconhecida). Quando a citação está incluída no

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22 Fascículo 2

texto, estas devem conter apenas a letra inicial mai-úscula e, quando estiverem entre parênteses, todas devem ser escritas em letras maiúsculas.

As citações diretas, no texto, de até três linhas, de-vem estar contidas entre aspas duplas. Nas citações em que o autor não necessite descrever toda a frase na íntegra, ele poderá suprimir as partes que não interessar por meio de colchete, da seguinte forma [...].

Ex. “[...] Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino[...] Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo[...]” (FREIRE, 2000) .

As citações diretas, no texto, com mais de três li-nhas devem ser destacadas com recuo de quatro centímetros da borda esquerda, com letra menor que a do texto, utilizada sem as aspas.

Ex. Se para Potter, a bioética possuía um sentido ma-cro, com forte conotação ecológica e holística, para Hellegers, ela dizia respeito especificamente ao ser humano e às biociências humanas, e foi esta últi-ma visão que prevaleceu (OLIVEIRA, 2004, p. 76).

Quando se tratar de dados obtidos por informa-ção verbal (palestras, debates, comunicações, etc.), indicar, entre parênteses, a expressão informação verbal, mencionando-se em notas de rodapé.

Ex.: No texto: O IV Encontro Nordestino de Biólogos será reali-zado no Piauí, em 2008 (informação verbal)¹. No rodapé da página:

¹Notícia fornecida pelo Conselho Regional de Biolo-gia – CrBio 5, em Fortaleza, em novembro de 2005. Nas citações de trabalhos em fase de elaboração, deve ser mencionado o fato, indicando-se os dados dispo-níveis, em nota de rodapé.

Para enfatizar trechos da citação, deve-se destacá-los, indicando esta alteração com a expressão grifo nosso entre parênteses, após a chamada da citação, ou grifo do autor, caso o destaque já faça parte da obra consultada.

Quando a citação incluir texto traduzido pelo au-tor, deve-se incluir, após a chamada da citação, a expressão tradução nossa entre parênteses.

Quando fizer citações de publicações com dois au-tores, deve-se citar o nome dos dois, seguido do ano de publicação.

Ex.: FALCÃO e ARAÚJO (2006)

Nas citações com mais de dois autores, indica-se o nome do primeiro autor, seguido da expressão latina et al. (que significa “e outros”, “e outras”; (aliae = outras) forma abreviada de et alii, que não é usada) e o ano de publicação.

Ex.: FALCÃO et al. (2005).

Caso haja coincidência de autores com o mesmo sobrenome e datas de publicação, acrescentam-se as iniciais de seus pré-nomes. Se mesmo assim existir coincidência, colocam-se os pré-nomes por extenso.

No caso de termos coincidências de dois ou mais trabalhos publicados pelo mesmo autor no mesmo ano, acrescentam-se letras minúsculas, em ordem alfabética, após o ano de publicação.

Ex.:LOPES, J.; Ecologia de mosquitos (Díptera: Culici-dae) em criadouros naturais e artificiais de área ru-ral do Norte do Estado do Paraná, Brasil. VI – co-letas de larvas no peridomicilio. Revista Brasileira de Zoologia. 14 (3): 571-578, 1997a.

LOPES, J.; Ecologia de mosquitos (Díptera: Culicidae) em criadouros naturais e artificiais de área rural do Norte do Estado do Paraná, Brasil. V – coletas de larvas em recipientes artificiais instalados em mata ciliar. Ver. Saúde Pública, 31 (4) 370-7, 1997b.

Quando no texto se fizer uma citação de uma ci-tação, isto somente deve ser usado na impossibili-dade de acesso ao documento original. Neste caso,

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deve-se indicar o sobrenome do autor original, se-guido da expressão, citado por ou apud (expressão latina) e o sobrenome do autor da obra consulta-da, sendo que só o documento consultado deverá constar na lista das referências bibliográficas.

Ex.: FALCÃO apud ARAÚJO (2005); ou FALCÃO citado por ARAÚJO (2005)

As subsequentes citações desta obra podem ser referenciadas de forma abreviada, utilizando as se-guintes expressões, abreviadas quando for o caso:

a) Idem - mesmo autor - Id; b) Ibidem - na mesma obra – Ibid; c) Opus citatum, opere citato – obra citada – op.cit.; d) Tassim – aqui e ali, em diversas passagens – pas-sim

6. apresentação gráfiCa do trabalho CientífiCo

6.1. forMato do papel A Norma Brasileira (NBR) 14724, de dezembro de 2005, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), regulamenta a apresentação dos trabalhos acadêmicos.

O papel a ser utilizado para a digitação é o A4 (21cm x 29,7cm), de cor branca. A impressão é feita em laudas, isto é, utiliza-se, apenas, um lado da folha, com exceção da folha de rosto, na qual é feita a cata-logação1 do trabalho. Cada folha será uma página. A impressão deve ser na cor preta, podendo utilizar outras cores somente para as ilustrações.

Catalogação - consiste em uma ficha com uma sé-rie de informações que seguem um padrão inter-nacional, cuja presença é obrigatória em todas as teses e livros publicados no Brasil.

Para iniciar-se a digitação, deve-se configurar o mi-cro no aplicativo Microsoft Word (MS-Word), da seguinte forma:

Passo 1: Clique no menu Arquivo / Configurar página.

Passo 2: Dentro da caixa de diálogo, clique no item Tama-nho do papel e escolha Papel A4 (210 x 297mm).

Passo 3: Em Tamanho do papel, na Orientação, escolha Retrato para impressão vertical e, em seguida, clique em OK (Fig.3).

Clique (Arquivo)Clique (Configurar Página)

Clique (Tamanho do papel)Clique (A4 210 x 297 mm)

Clique (Retrato)

Clique (OK)

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6.2. Margens e espaçaMento O texto, em geral, guarda as seguintes margens a partir das bordas da folha:

MargeM taManhoSuperior 3,0 cm

Esquerda 2,0 cm

Inferior 3,0 cm

Direita 2,0 cm

A digitação é sempre feita em espaço um e meio (1.5). Jamais, em espaço um (1,0), exceto para cer-tas partes específicas, como: citações de mais de três linhas, as notas; a exemplo, das notas de grau acadêmico ou apresentação (que aparecem na fo-lha de rosto), notas de rodapé, agradecimentos; referências e bibliografia; legendas de tabelas e ilustrações e o resumo. As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por dois es-paços simples.

Os títulos das seções devem começar na parte su-perior e devem ser separados do texto que os su-cede por dois espaços 1.5, entrelinhas. Da mesma forma, os títulos das subseções devem ser separa-dos do texto que os precede e que os sucede por dois espaços 1.5. Para configuração da página, siga os procedimen-tos a seguir:

Passo 1: Clique no menu Arquivo / Configurar página.

Passo 2: Dentro da caixa de diálogo, clique no item Mar-gens e escolha as medidas das margens: esquerda - 3cm, direita - 2cm, em seguida, clique em OK.

O mesmo espacejamento observado entre cabeça-lho e textos deve ser obedecido entre o término de um item e o cabeçalho do item seguinte, e assim consecutivamente, da introdução até as referências do trabalho técnico-científico. O quadro a seguir resume todos os espaçamentos.

6.3. indiCativo de seCção Cada capítulo ou seção importante (Introdução, Ob-jetivos, etc...) deve ser iniciado em uma nova página.

Clique (Arquivo)

Clique (Configurar Página)

Superior: 3 cm Inferior: 2 cm

Clique (OK)

Direita: 3 cm Esquerda: 2 cm

3 cm

5 cm

2 cm

3 cm

Parágrafo

2 cm

ESPAÇO UM E MEIO: Exceto notas de

rodapé, notas de grau acadêmico, ta-

belas, agradecimentos, resumo, refe-

rências e bibliografia (espaço simples)

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25Fascículo 2

O indicativo de seção precede seu título, alinhado à esquerda por um espaço de caractere.

Na folha de rosto, a natureza do trabalho, o obje-tivo, o nome da instituição a que é submetido e a área de concentração devem ser alinhados do meio da folha para a margem direita.

A NBR 6024, de maio de 2003 estabelece um siste-ma de numeração progressiva das seções de docu-mentos escritos, de modo a expor numa sequência lógica o inter-relacionamento da matéria e a permi-tir sua localização. Essa Norma se aplica à redação de todos os tipos de documentos escritos, indepen-dentemente do seu suporte, com exceção daqueles que possuem sistematização própria (dicionários, vocabulários etc.) ou que não necessitem de siste-matização (obras literárias).

Nas seções que tiverem títulos e subtítulos, esses devem estar alfa-numerados, em ordem progressi-va, marcados por algarismos arábicos, como indica-tivos de sequência. O indicativo das seções primá-rias é alinhado na margem esquerda, precedendo o título, dele separado por um espaço e deve ser gra-fado em números inteiros a partir de um (1). Se, porém, o trabalho comportar várias subdivisões, li-mitar a numeração progressiva até a seção quinária. O indicativo de uma seção secundária é constituído do indicativo da seção primária a que pertence, seguido do número que lhe for atribuído na sequência do assunto e separado por ponto. Repete-se o mesmo processo em relação às demais seções, como se segue no exemplo:

1. Seção primária 1.1 Seção secundária 1.1.1 Seção terciária 1.1.1.1 Seção quaternária 1.1.1.2 Seção quinária

Verifica-se que não se utilizam ponto, hífen, traves-são ou sinal após o indicativo de seção ou seu título.

Destacam-se, gradativamente, os títulos das seções, utilizando-se os recursos de negrito, itálico, grifo ou caixa alta. O título das seções (primárias, secun-dárias etc.) deve ser colocado após ser sua nume-ração, dele separado por um espaço. O texto deve iniciar-se em outra linha.

Todas as seções devem conter um texto relaciona-do com elas.

Quando for necessário enumerar os diversos as-suntos de uma seção que não possua título, esta deve ser subdividida em alíneas. Quando as alí-neas forem cumulativas ou alternativas, pode ser acrescentado, após a penúltima, e/ou conforme o caso. As alíneas, exceto a última, terminam em ponto e vírgula. As alíneas são ordenadas alfabeti-camente na margem esquerda.

Os títulos sem indicativo numérico, como erra-ta, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, resumo, sumário, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice, devem ser centrali-zados. A folha de aprovação e a dedicatória não possuem título nem indicativo numérico. Para configuração da numeração dos capítulos ou seções importantes, siga os procedimentos a seguir:

Passo 1:Clique no menu Formatar / Marcadores e numeração.

Passo 2: Dentro da caixa de diálogo, clique no item Nume-rada e faça sua escolha dentro das opções de nume-ração, em seguida, clique em OK.

Clique (Formatar) Clique (Marcadores e numeração)

Opção: algarismos romanos Opção: algarismos arábicos

Clique (OK)

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26 Fascículo 2

6.4. tipos de fontes No caso de digitação, em que há abundância de fontes a escolher, sugere-se a adoção de fontes com formato de fácil leitura (Arial ou Times New Ro-man), na cor preta. O tamanho recomendado é o 12 (doze) para o texto, excetuando-se as citações de mais de três linhas, notas de rodapé, paginação e legendas das ilustrações e das tabelas que devem ser digitadas em tamanho menor e uniforme. No caso das citações de mais de três linhas, deve-se observar um recuo de 4cm da margem esquerda (na unidade temática 4, mostramos mais detalhas e conceitos dos tipos de citações).

O parágrafo deve ter a primeira linha recuada da margem esquerda, aproximadamente 2,0cm. O es-paçamento entre parágrafos é o mesmo utilizado entre as demais linhas do texto (espaço 1,5). Para escolha da fonte e suas características, deve-mos proceder da seguinte forma:

Passo 1: Clique no menu Formatar / Fonte.

Passo 2:Dentro da caixa de diálogo, clique no item Fonte e ,na opção de Fonte, escolha uma das fontes reco-mendadas Arial ou Times New Roman.

Passo 3: Ainda dentro da caixa de diálogo, escolha: estilo da fonte Normal, tamanho da fonte: 12 e cor da fonte: Automática; em seguida, clique em OK.

6.5. ilustrações Ilustrações são elementos que podem auxiliar as informa-ções do texto de forma condensada, sendo constituídas de gráficos, tabelas, quadros, fotografias, mapas, dese-nhos, dentre outros. Devem ter significação própria, de modo a prescindir, quando isolada, de consultas ao texto.

Para melhor compreensão, esses itens deverão figurar imediatamente após sua indicação no texto, na mesma página ou no máximo na página seguinte, salvo em ca-

Clique (Formatar) Clique (Fonte)

Fonte: Arial ou Times New Roman

Cor da fonte: Automático

Estilo da fonte: Normal

Tamanho: 12Clique (OK)

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27Fascículo 2

sos em que haja necessidade de serem colocados em apêndices ou anexos.

As ilustrações devem estar centralizadas horizon-talmente, na página; serão sempre numeradas em sequência própria, de acordo com o número da cha-mada do texto, com títulos escritos em letras minús-culas, com exceção da inicial da frase e dos nomes próprios após a palavra Figura (ou Tabela, etc.). Nas tabelas, quadros e gráficos, o título deve ser colocado na parte superior, embora, nas figuras, deva aparecer na parte inferior. Em casos de a ilustração ter sido retirada de outro documento, deve-se sempre citar abaixo a fonte de

onde foi extraída.

As tabelas apresentadas no sentido horizontal se-rão fechadas por linhas, apenas, na parte superior e inferior (não possui as linhas laterais). Quando a tabela estiver no sentido vertical, com continuação na página seguinte, não terá a linha inferior, e o cabeçalho será repetido na página seguinte.

Exemplo: Tabela 01: Número de alunos matriculados nas escolas municipais de Ensino Fundamental e Médio de Gara-nhuns-PE, em 1994.

Para inserção de uma tabela em seu trabalho, siga as instruções abaixo:

Clique (Tabela) Clique (Inserir) Clique (Tabela)

Número de colunas Número de linhas

Curso Rede Particular Rede Municipal Rede Estadual Total

Zona Urbana Zona Rural Zona Urbana

Pré-Escolar 2.658 203 958 1.000 4.819

Ensino Fundamental: 1ª a 4ª série

3.478 3.251 2.268 6.606 15.599

Ensino Fundamental: 5ª a 8ª série

2153 834 - 8.283 11.270

Ensino Médio 9.559 - 4.705 2.144 16.408

Supletivo: Ensino Fundamental

- - - 727 727

Classe Especial: Ensino Médio

- - - 90 90

No total de alunos 48.913Fonte: GERE (Gerência Regional de Educação - Agreste Meridional.

Passo 1: Clique no menu Tabela / Inserir / Tabela.

Passo 2: Dentro da caixa de diálogo, na opção Tamanho da Tabela, escolha o Número de Colunas e o Núme-ro de Linhas.

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28 Fascículo 2

Passo 3: Na mesma caixa de diálogo, na opção Comporta-mento de Auto Ajuste, escolha ou digite a Largu-ra da Coluna Fixa desejada. Uma outra forma de configurar a largura da coluna pode ser utilizando-se as opções Ajustar-se Automaticamente ao Con-teúdo ou Ajustar-se Automaticamente à Janela. Depois que fizer sua escolha, clique em OK.

6.6. notas de rodapé Servem para dar explicações de pontos que fogem à linha de raciocínio do texto (embora sejam úteis), para não sobrecarregá-lo; como indicativo de uma citação, mostrando a referência bibliográfica; mos-trar a versão original de alguma citação que foi tra-duzida no texto.

Aparecem no final das páginas nas quais são indi-cadas, digitadas em espaço simples, em fonte com tamanho inferior a do texto, precedidas de uma sinalização na parte superior ou ao lado, podendo ser letras, números (algarismos arábicos), asterisco ou outro símbolo qualquer, correspondendo exa-tamente à chamada do texto.

Para aplicarmos as notas de rodapé, devemos ado-tar os seguintes procedimentos:

Passo 1:Clique no menu Inserir / Referência / Notas.

Passo 2: Dentro da caixa de diálogo Notas de Rodapé e Notas de Fim, na opção Local, escolha Nota de Rodapé e o Formato do Número, logo depois, cli-que em Inserir.

6.7. paginação As páginas são contadas a partir da folha de rosto (inclusive), embora só comecem a ser graficamente numeradas a partir da primeira folha da parte textu-al (Introdução). O número é grafado em algarismos arábicos, no canto superior direito da margem di-reita, ficando o último algarismo a 2,0cm da borda direita da folha e a 1,0cm da linha do texto.

Havendo apêndice ou anexo, as suas folhas devem ser numeradas de maneira contínua, e sua pagina-ção deve dar seguimento à do texto principal.

Clique (Inserir) Clique (Referência) Clique (Notas...)

Clique (Notas de rodapé)

Clique (Inserir)

Clique (Formato do número:letras, números [algarismos arábicos], asterisco, símbolos)

Opção: Largura da coluna fixaClique (OK)

Opção: Ajustar-se automaticamente ao conteúdo

Opção: Ajustar-se automaticamente à janela

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Para numerar as páginas, devemos proceder da se-guinte forma:

Passo 1:Clique no menu Inserir / Número de páginas.

Passo 2:Dentro da caixa de diálogo, clique no item Posição e escolha a opção Início da página (cabeçalho).

Passo 3:Ainda dentro da caixa de diálogo, clique no item Formatar e configure a opção Numeração da pá-gina para Iniciar em: 0; em seguida, confirme a sessão, clicando em OK, nas duas telas.

6.8. enCadernação A princípio, encadernar não é uma obrigação. Obrigatório é, sim, que todo texto com mais de uma folha, apresente-se com todas as folhas juntas. Bastaria, portanto, um grampo em diagonal, no canto superior esquerdo. Por outro lado, um texto encadernado gera excelente impacto inicial. Pode-se encadernar por um dos sistemas ofereci-dos, como espiral, garras, canaletas, grampos, etc. Nesses casos, a capa deve ser transparente (os ele-mentos de capa sempre devem aparecer). Também pode encadernar com Capa Dura, em que os ele-mentos de capa nela devem ser impressos. Importante: Os sistemas eletrônicos apresentam problemas por diversos motivos, provocando perda das informa-ções gravadas. Recomendamos que periodicamen-te se façam arquivos de segurança (backups) do seu material em zip drive, cd, pen drive, etc.

atividade | Encaminhar atividade sobre os aspectos gráficos dos trabalhos acadêmicos, a partir da NBR 14724 da ABNT.

O Processo

1. Estude o fascículo 3 que trata sobre os as-pectos gráficos do trabalho acadêmico.

2. Digite um texto qualquer, com o título cen-tralizado, todo maiúsculo. Com uma lauda (uma página) inteira, na fonte Times New Roman, tamanho 12, com espaçamento entre linhas 1 e ½ e salve.

Clique (Inserir) Clique (Número de páginas)

Clique (Posição) e escolha “Início da página (cabeçalho)

Configure: “Iniciar em: 0” Clique (OK)

Clique (OK)

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3. Depois altere a formatação dos caracteres para Negrito Sublinhado e salve.

4. Com o texto na formatação acima, altere o tamanho da fonte para 18 e salve.

5. A partir do menu Formatar, produza um pequeno documento com as seguintes características: a. Fonte: Arial b. Tamanho: 16 c. Estilo: Negrito Itálico

6. Com o documento formatado acima, altere o espaçamento entre linhas do parágrafo para duplo.

7. Abra um documento novo e, por meio do menu Arquivo, configure-o da seguinte forma:

a. Margem esquerda: 3cm b. Margem direita: 2cm c. Tamanho do papel: A4 210 x 297mm d. Formato: Paisagem

8. Crie uma tabela fictícia de rendimento escolar, atribuindo notas nos meses de março a junho para as disciplinas Português, Matemática, História e Geografia. Distribua as disciplinas em linhas e os meses, em colunas.

9. Exclua a coluna junho.

10. Transforme a tabela acima em um gráfico, usando as barras de ferramenta e de menus.

11. Salve todas as etapas e entregue a seu (sua) Tutor (a).

Avaliação A avaliação será feita a partir dos seguintes critérios: Capacidade de usar as ferramentas do Word na formatação de documentos. Apresentação dos elementos indicativos do seu domínio com o microcomputador.

Conclusão Todos os trabalhos realizados a partir deste momento deverão ser digitados de acordo com as normas apresentadas no fascículo 3.

resuMo

A Ética no mundo ocidental surgiu na Grécia Clássica, no século V a.C., com o filósofo Sócrates. Em pes-quisa, a ética significa usar os princípios norteadores, enquanto questionamento dos valores morais, numa abordagem que qualifique a pesquisa dentro dos padrões éticos e morais e num campo mais específico, aceitos pela Bioética. A abordagem ética é fundamental no planejamento, na condução e avaliação de pesquisas. Deve-se considerar, também, a relação custos e benefícios da pesquisa e, quando for o caso, o anonimato e o sigilo das pessoas envolvidas. É fundamental, indispensável, imprescindível que a pesquisa científica tenha credibilidade. Esse pressuposto estende-se ao pesquisador e aos participantes. Além de anti-ético e imoral, é crime cometer fraude e plágio de pesquisas de outrem. O Brasil avançou muito nos últimos anos, no campo do direito autoral. No caso específico de livros, pressionado pelos autores, que exigiam uma remuneração justa por seu trabalho, e pelos editores, que investem crescentemente em tecnologia e

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mão-de-obra para produzir livros com qualidade. O Direito Autoral foi regulamentado no Brasil, através da Lei Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Essa lei visa combater e punir a pirataria editorial, caracterizada pelo crime contra os autores, tradutores, revisores, editores e outros inúmeros profissionais envolvidos no processo de edição.

Os aspectos gráficos dos trabalhos acadêmicos têm como base as Normas de Documentação da Associa-ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), mais precisamente a NBR 14724, porém, em alguns campos, estas foram adaptadas aos atuais recursos tecnológicos, tendo em vista a sua modernização.

SAIBA MAIS!

ALBUQUERQUE, Ulysses Paulino de. Como falar em público sobre ciência. 2 ed. Olinda: Livro Rápi-

do/NUPPEA, 2005. 92p.

ARMANI, Domingos. Como elaborar projetos: Guia prático para elaboração e gestão de projetos

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BARROS, Aidil de Jesus Paes de. LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto de Pesquisa: propos-

tas metodológicas, 12 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1990. 127p.

DINIZ, Débora & GUILHEM, Dirce. O que é Bioética. São Paulo: Brasiliense, 2002. (Coleção Primei-

ros Passos). ENGELHARDT JR, H. Tristram. Fundamentos da Bioética. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1998.

GOUYON, Pierre-Henri et al. A Bioética é de má-fé? São Paulo: Loyola, 2002.

LUCK, Heloísa. Metodologia de projetos: uma ferramenta de planejamento e gestão, Petrópolis, RJ:

Vozes, 2003. 142p.

PALÁCIOS, Marisa et. al. (org). Ética, Ciência e Saúde: desafios da Bioética. Petrópolis-RJ: Vozes,

2001. PEGORARO, Olinto A. Ética e Bioética: da subsistência à existência. Petrópolis-RJ, Vozes, 2002.

MOLINA, Aurélio. DIAS, Emanuel. MOLINA, Ana Elizabeth A. L. Iniciação em Pesquisa Científica:

manual para profissionais das áreas da saúde, ciências biológicas e humanas, Recife: EDUPE, 2003.

128p. REA, Louis M. PARKER, Richard A. Metodologia de pesquisa: do planejamento à execução. São Pau-

lo: Pioneira, 2000. 262p.

SINGER, Peter. Ética Prática. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

______. Vida Ética. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.

TUGENDHAT, Ernst. Lições sobre Ética. 4 ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 2000.

VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. 20 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

VOLPATO, Gilson Luiz. Publicação Científica. 2 ed. Botucatu: Tiponic, 2003. 143p.

VOLPATO, Gilson Luiz. Ciência: da filosofia à publicação. 4 ed., Botucatu: Tipomic, 2004. 233p.

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32 Fascículo 2

referênCias

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ASSOCIACÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-NICAS. NBR 6023: informação e documenta-ção: referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 24p.

______. NBR 6024: informação e documenta-ção: numeração progressiva das seções de um documento escrito – Apresentação. Rio de Ja-neiro, 2003. 3p.

______. NBR 6027: informação e documenta-ção: sumário – Apresentação, Rio de Janeiro, 2003, 2p.

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______. NBR 14724. informação e documen-tação – trabalhos acadêmicos – apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 6p.

BARROS, Aidil de Jesus Paes de. LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto de Pesqui-sa: propostas metodológicas, 12 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1990. 127p.

COSTA, Marcos Roberto Nunes. Manual para elaboração e apresentação de trabalhos acadêmicos: monografia, dissertação e tese. Re-cife, INSAF, 2003. 112p.

COZBY, Paul C. Métodos de Pesquisa em Ciên-cias do Comportamento. São Paulo: Atlas, 2003.

MOLINA, Aurélio; ALBUQUERQUE, Maria Clara & DIAS, Emanuel (orgs.). Bioética e Humaniza-ção: vivências e reflexões. Recife: EDUPE, 2003.

OLIVEIRA, Fátima. Bioética: uma face da ci-dadania. 2 ed. reform. São Paulo: Moderna, 2004.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2000. 92p.

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33

o projeto de pesQuisaProf. Josevaldo Araújo de melo

Prof. Pedro Henrique de barros Falcão Carga Horária | 15 horas

objetivos espeCífiCos

Fundamentar a elaboração do projeto de pesquisa; Desenvolver a capacidade de elaboração das fases e execução de um projeto de pesquisa; Aplicar as normas técnicas da ABNT na elaboração de referências.

1. o projeto de pesQuisa

De acordo com Appolinário (2004), o projeto de pesquisa é “o documento que especifica informação acerca de uma pesquisa não realizada”. Com ele, o pesqui-sador adquire ou amplia seus conhecimentos acerca do tema escolhido, verifica a viabilidade da realização do estudo proposto, define os objetivos do trabalho, planeja os resultados a serem alcançados, o método para atingi-lo e, no primeiro momento, verifica a bibliografia existente sobre o tema (COSTA, 2003). Um projeto de pesquisa bem estruturado facilita a construção da redação do trabalho final, como, por exemplo, de sua monografia.

Até pouco tempo, não existia um modelo padronizado para a preparação de um projeto, no entanto a ABNT, em dezembro de 2005, criou a NBR 15287, com o objetivo de estabelecer os princípios gerais para apresentação de projetos de pesquisa.

O quadro 2 mostra a estrutura dos elementos que compõem um projeto:

Quadro 2: Estrutura dos Elementos que compõem o Projeto

eleitos roteiroPré-textuais Capa (obrigatório)

Folha de Rosto (obrigatório) Lista de ilustrações (opcional) Lista de tabelas (opcional) Lista de abreviaturas e siglas (opcional) Lista de símbolos (opcional) Sumário (obrigatório)

Textuais 1 Introdução 2 Objetivos 2.1 Objetivo Geral 2.2 Objetivos Específicos 3 Justificativa 4 Metodologia 5 Cronograma 6 Orçamento

Pós-textuais Referências (obrigatório) Bibliografia (opcional) Glossário (opcional) Apêndice(s) (opcional) Anexo(s) (opcional) Índice(s) (opcional)

Fascículo 3

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34 Fascículo 3

2. desCrição dos eleMentos Que

CoMpõeM o projeto A Norma Brasileira (NBR) 15287:2005 da ABNT trata da normatização dos princípios gerais para a elaboração da apresentação dos projetos de pesqui-sa, visando a sua apresentação à instituição.

Os elementos que compõem o Projeto são defini-dos e estruturados da seguinte forma: a) Capa A capa é obrigatória, é a proteção externa do tra-balho sobre a qual se imprimem as informações indispensáveis à sua identificação na seguinte or-dem: • Nome da Instituição à qual o trabalho é sub-

metido (dependendo das normas da institui-ção, pode ser opcional);

• Título do trabalho: deve ser claro e preciso, identificando o seu conteúdo e possibilitando a sua indexação;

• Subtítulo: se houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao titulo principal, precedi-do de dois pontos;

• Nome do autor: responsável intelectual do tra-balho;

• Local: cidade da instituição onde deve ser apresentado;

• Ano de entrega do trabalho.

b) folha de rosto Elemento obrigatório. É a folha que apresenta os elementos essenciais à identificação do trabalho. Deve conter:

• Nome do autor; • Título do trabalho; • Subtítulo, se houver; • Natureza do trabalho (projeto) e objetivo (para

que se destina); instituição a que será submeti-do; área de concentração;

• Local: cidade da instituição onde vai ser apre-sentado;

• Ano de entrega do trabalho. nota: Se exigida pela entidade, devem ser apre-sentados dados curriculares do(s) autor(es) em folha(s) distinta(s) após a folha de rosto.

C) lista de ilustrações (figuras),tabelas, abreviaturas e siglas

São itens opcionais; localizam-se antes do sumário em páginas próprias, e seus itens devem relacionar elemen-tos selecionados no texto, na ordem de ocorrência.

Cada lista deve apresentar: o número de figura ou tabela, sua legenda e a página na qual se encontra, em particular, no caso de figuras e/ou tabelas não originais, indicar, abaixo destas, a fonte de onde foram extraídas. As tabelas e/ou figuras, quando indispensáveis para a compreensão, deverão apare-cer o mais próximo possível ao texto. As abreviatu-ras e as siglas devem aparecer em lista própria, em ordem alfabética com seus respectivos significados. Essas listas deverão ser utilizadas, quando ocorrer um número igual ou superior a 10 tabelas, ilustra-ções, abreviaturas ou siglas. d) lista de síMbolos Elemento opcional, que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com o devido significado. e) suMário É elaborado, conforme a NBR 6027, de maio de 2003, tendo como objetivo a apresentação de sumá-rio de documentos que exijam visão de conjunto e facilidade de localização das seções e outras partes.

O sumário é a relação das principais seções do tra-balho na ordem em que se sucedem no texto e com indicação da página inicial ou número das páginas inicial e final, separadas por hífen (exemplo: 91-143). Os elementos pré-textuais não devem constar no sumário.

Os indicativos de seção que compõem o sumário devem ser numerados em algarismos arábicos e ali-nhados à esquerda, conforme a NBR 6024:2003. Elementos, como listas de figuras, tabelas, abre-viaturas e siglas, resumo, referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice, não possuem indi-cativo numérico. O sumário deve figurar logo após a dedicatória e/ou agradecimentos, se houver, ou seja, é o último elemento pré-textual. A palavra sumário deve ser centralizada e com a mesma fonte utilizada para as seções primárias. Havendo mais de um volume,

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35Fascículo 3

em cada um deve constar o sumário completo do trabalho.

Não confundir o sumário com o índice (lista de-talhada, em ordem alfabética dos assuntos, nomes de pessoas, nomes geográficos, etc.). f) introdução Elemento obrigatório. De acordo com Costa (2003), “nela se diz o que é ou de que trata o traba-lho.” Deve fornecer uma visão geral do trabalho e sua contextualização dentro do cenário das pesqui-sas realizadas na respectiva área.

Expõe as razões que levaram o autor a escrever, de-fine o assunto, referindo-se ao quadro teórico em que se fundamenta o trabalho, citando os autores mais importantes que estudaram o tema. Apresen-ta o estado da questão ou formulação do problema e das hipóteses. Situa o assunto no tempo e no espaço, no conjunto dos conhecimentos ou ativi-dades já desenvolvidas e com as quais se relaciona, mostrando o que de novo se pretende, sem se es-quecer de apontar o que é comum.

Define os termos empregados, caso tal definição seja necessária. Indica o caminho a seguir, mos-trando as ideias mestras do desenvolvimento, os pontos principais, as deduções mais importantes. A seguir, alguns sites que poderão ser usados para fazer a revisão da literatura.

Ou nos sites de busca da internet, como cadê, goo-gle, altavista entre outros. g) objetivos Sessão do projeto, na qual estão especificadas as fina-lidades principais e secundárias deste. Divide-se em: • Geral (questão principal da pesquisa, proble-

ma a ser resolvido). • Objetivos Específicos (questão secundária a ser

respondida, relacionada à questão principal).

h) justifiCativa Sessão do Projeto na qual o autor defenderá a necessidade da realização do trabalho. Ela deverá mostrar a importância do tema proposto; a moti-vação individual, profissional, social e teórica para o tema. i) Metodologia Conjunto de procedimentos aceitos e validados. Na metodologia, deve-se mostrar como a pesqui-sa será realizada, de forma clara, direta e objetiva, mostrando os caminhos percorridos para se chegar aos objetivos propostos. j) CronograMa

O cronograma deve mostrar as atividades a serem executadas e quando a pesquisa será desenvolvida, desde a confecção do projeto, sua execução, análise dos resultados, redação e entrega do trabalho final (monografia). K) orçaMento

Descrever a relação dos custos para realização da pesquisa com previsão de recursos para compra de material permanente, consumo e pagamento de pessoal.

Seguem alguns endereços de agências financiado-ras de pesquisa no Brasil:

SAIBA MAIS!

www.periodicos.capes.gov.br

www.bireme.br www.medscapa.com www.scielo.br www.mdconsult.com www.prossiga.com www.alphagalileo.org www.eurekalert.org SAIBA MAIS!

Cnpq: www.cnpq.br Capes: www.capes.gov.br Facepe: www.facepe.br Finep: www.finep.br BNB: www.bnb.gov.br BNDE: www.bnds.gov.br Fundação Boticário: www.boticario.com.br

Petrobrás: www.petrobrás.gov.br

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36 Fascículo 3

l) referênCias

As referências compreendem a lista dos autores ci-tados, ou seja, referenciados no desenvolvimento do trabalho. Devem ser elaboradas de acordo com a NBR 6023: 2002 da ABNT. O fascículo 05 desta unidade temática mostra como prepará-las. M) bibliografia

Apresenta todo o material lido e estudado para a elaboração do trabalho, mas não citado em seu corpo. São listados em ordem alfabética. n) glossário

Elemento opcional. Relação de palavras ou expres-sões técnicas de uso restrito ou sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições. o) apêndiCe Elemento opcional. Texto ou documento elabora-do pelo autor, a fim de complementar sua argu-mentação, sem prejuízo da unidade do trabalho, tais como entrevistas, questionários, tabelas, foto-grafias. O(s) apêndice(s) é (são) identificado (s) por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.

Ex.: APÊNDICE A – Título do documento. APÊNDICE B – Título do documento. etc. p) anexo

Elemento opcional. Texto ou documento não ela-borado pelo autor que serve de fundamentação, comprovação e ilustração, tais como transcrições de leis, gráficos, tabelas, recortes de jornais e revis-tas. O(s) anexo(s) é(são) identificado(s) da mesma forma do apêndice.

Ex.: ANEXO A – Título do documento. Q) índiCe

Elemento opcional. A NBR 6034, de dezembro de 2004, que substitui e cancela a de 1989, baseada na ISO 999:1975, estabelece os requisitos de apre-sentação e os critérios básicos para a elaboração de

índices. Corresponde à lista de palavras ou frases, ordenadas segundo determinado critério, que loca-liza e remete para as informações contidas no texto. Os índices podem ser classificados de acordo com três critérios. São eles: de acordo com a ordenação, na qual os elementos podem aparecer em ordem alfabética, ou sistemática, ou cronológica, ou nu-mérica, ou alfanumérica. De acordo com o enfo-que, ele pode ser subdividido em especial, quando é organizado por autores, ou assuntos, ou títulos, ou pessoas e/ou entidades, ou nomes geográficos, ou citações, ou ainda em anunciantes e matérias publicitárias; em geral, quando combina duas ou mais categorias indicadas anteriormente, como, por exemplo, índice de autores e assuntos.

O índice deve abranger as informações extraídas do documento, inclusive material expressivo con-tido nas notas explicativas, apêndice(s) e anexo(s), entre outros. O índice pode complementar infor-mações não expressas no documento, tais como nomes completos, datas de identificação, nomes de compostos químicos etc. O título do índice deve definir sua função e/ou conteúdo (exemplos: índice de assunto, etc.). É im-presso no final do documento, com paginação con-secutiva ou em volume separado. Em índice alfa-bético, recomenda-se imprimir, no canto superior externo de cada página, as letras iniciais ou a pri-meira e última entradas da página. No índice geral, as entradas de cada categoria devem ser diferencia-das graficamente. Deve-se evitar o uso de artigos, adjetivos, conjunções etc. no início dos cabeçalhos.

Relatórios da Pesquisa De acordo com VERGARA (2000), “relatório é o relato do que desencadeou a pesquisa, da forma pela qual ela foi realizada, dos resultados obtidos, das conclusões a que se chegou e das recomenda-ções e sugestões que o pesquisador faz”.

O relatório da pesquisa consta de elementos pré-textuais (capa, folha de rosto, equipe técnica, agra-decimentos e sumário); textuais (Introdução, revi-são de literatura, metodologia, análise e discussão de resultados, conclusões e recomendações) e pós-textuais (referências, bibliografia, apêndice, anexo).

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37Fascículo 3

3. Modelos dos eleMentos Que CoMpõeM uM projeto

3.1. Modelo da Capa

3.2. Modelo folha de rosto

3.3. Modelo do suMário

3.4. Modelo da introdução

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE FACULDADE DE CIÊNCIAS, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

DE GARANHUNS - FACETEG CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

TÍTULO DO PROJETO

AUTOR

CIDADE-ESTADO ANO

AUTOR

TÍTULO DO PROJETO

Projeto de Pesquisa apresentado ao Professor Pedro Henrique de Barros Falcão da disciplina Me-todologia Científica do Curso de Licenciatura em Letras modali-dade a distância, ministrado pela Universidade de Pernambuco, em cumprimento às exigências para conclusão da disciplina.

CIDADE-ESTADO

ANO

SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO...................................................................3 2 OBJETIVOS....................................................................... 4 2.1 Geral............................................................................4 2.2 Específicos...................................................................4 3 JUSTIFICATIVA................................................................ 5 4 METODOLOGIA............................................................... 6 5 CRONOGRAMA................................................................ 7 6 ORÇAMENTO................................................................... 8 7 REFERÊNCIAS................................................................. 9 8 BIBLIOGRAFIA............................................................. .10 Apêndice ..............................................................................11 Anexo...................................................................................12

1. INTRODUÇÃO

Elemento obrigatório. De acordo com Costa (2003), “nela se diz o que é ou de que trata o trabalho.” Deve fornecer uma visão geral do trabalho e sua contextualização dentro do cenário das pes-quisas realizadas na respectiva área.

Expõe as razões que levaram o autor a escrever; define o assun-to, referindo-se ao quadro teórico em que se fundamenta o trabalho, citando os autores mais importantes que estudaram o tema; apresenta o estado da questão ou formulação do problema e das hipóteses; situa o assunto no tempo e no espaço, no conjunto dos conhecimentos ou atividades já desenvolvidas e com as quais se relaciona, mostrando o que de novo se pretende, sem se esquecer de apontar o que é comum; define os termos empregados, caso tal definição seja necessária; in-dica o caminho a seguir, mostrando as idéias- mestras do desenvolvi-mento, os pontos principais, as deduções mais importantes.

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38 Fascículo 3

3.5. Modelo de CronograMa A seguir, exemplos de como montar um cronograma:

Ex. 1

Ex. 2

Ex. 3

3.6. Modelo de orçaMento

ELEmENToS DE

DESPESAVALoRUNIT. (R$)

VALoRToTAL (R$)

1 DESPESA DE mATERIALPERmANENTE

Computador (2)Impressora (1)Gravador (1)Mesa p/aparelho de informática (2)

1.900,00400,00220,00250,00

3.800,00800,00440,00500,00

2 DESPESA DE mATERIALDE CoNSUmo

Papel A4 (2cx)Cartucho de tinta (10 cart)Caneta de tinta (100)

110,0050,001,00

220,00500,00100,00

3 DESPESA Com PESSoAL

Coordenador do projeto (1)Estagiário (2)Técnico de laboratório (1)Serviço de terceiros

500,00250,00250,00500,00

500,00500,00250,00500,00

4 oUTRAS DESPESAS

Diárias (10)Encargos sociais (1)Diversos (1)

30,002.500,00500,00

300,002.500,00500,00

ToTAL R$ 11.410,00

Etapa I: escolha do assunto e delimitação do tema; Etapa II: revisão da bibliografia; Etapa III: preparação do projeto; Etapa IV: entrega do projeto; Etapa V: encontro com o orientador; Etapa VI: aplicação das atividades de campo (entrevistas por exemplo); Etapa VII: análise do material coletado; Etapa VIII: redação e digitação do trabalho final; Etapa IX: entrega da monografia.

I x

II x x x x x

III x x

IV x

V x x x x

VI x x

VII x x

VIII x x

IX x

etapasmeses 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Resumo das atividades

1. Escolha do assunto e delimitação do tema 2. Revisão da bibliografia 3. Preparação do projeto 4. Entrega do projeto 5. Encontro com o orientador 6. Aplicação das atividades de campo (entrevistas por exemplo) 7. Análise do material coletado 8. Redação do trabalho final 9. Entrega da monografia

cronograma

de execução

1 x

2 x x x x x

3 x x

4 x

5 x x x x

6 x x

7 x x

8 x x

9 x

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Atividades

Escolha do assunto e delimitação do tema

Revisão de bibliografia

Preparação do projeto

Entrega do Projeto

Encontro com o orientador

Aplicação das atividades em campo

Análise do material coletado

Redação do trabalho final

Entrega da monografia

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

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39Fascículo 3

4. Mapa ConCeitual e diagraMa

na Construção de projetos

de pesQuisa e trabalhos de

ConClusão de Curso A teoria a respeito dos Mapas Conceituais foi desen-volvida, nos anos 70, pelo pesquisador norte-ameri-cano Joseph Novak. Ele define mapa conceitual como uma ferramenta para organizar e representar conhecimento. O mapa conceitual é uma estrutura esquemática para representar um conjunto de con-ceitos imersos numa rede de proposições. São consi-derados como estruturadores do conhecimento, na medida em que permitem mostrar como o conheci-mento sobre determinado assunto está organizado na estrutura cognitiva de seu autor, que assim pode visualizar e analisar a sua profundidade e extensão.

Ele pode ser entendido como uma representação visual utilizada para partilhar significados, pois ex-plicita como o autor entende as relações entre os conceitos enunciados.

O mapa conceitual se apoia fortemente na teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel, que menciona que o ser humano organiza o seu conhecimento através de uma hierarquização dos conceitos, ou seja, é uma representação gráfica em duas dimensões de um conjunto de conceitos construídos de tal forma que as relações entre eles sejam evidentes.

A construção de mapas conceituais na maneira proposta por Novak e Gowin (Novak, 1998; Novak e Gowin, 1999) considera uma estruturação hierár-quica dos conceitos que serão apresentados tanto através de uma diferenciação progressiva quanto de uma reconciliação integrativa.

Modelo para MapeaMento ConCeitual Nesse modelo, os conceitos mais gerais e inclusivos aparecem na parte superior do mapa. Prosseguin-do, de cima para baixo, no eixo vertical indicando relações de subordinação, outros conceitos apa-recem em ordem descendente de generalidade e inclusividade até que, ao pé do mapa, chega-se aos conceitos mais específicos.

Conceitos que englobam outros conceitos apare-cem no topo, conceitos que são englobados por vários outros aparecem na base do mapa.

Conceitos com aproximadamente o mesmo nível de generalidade e inclusividade aparecem na mes-ma posição vertical.

Os mapas conceituais podem ser utilizados:

• Como instrumento de ensino; • Como estratégia de estudo; • Na avaliação da aprendizagem; • Na análise e planejamento do conteúdo curricular.

Obs.: Em cada um desses usos, mapas conceituais podem ser sempre interpretados como instrumen-tos para “negociar significados”.

Mapas ConCeituais CoMo instruMento didátiCo Os Mapas podem ser usados para mostrar as rela-ções hierárquicas entre os conceitos que estão sen-do ensinados em uma aula, em uma unidade de estudo ou em um curso inteiro.

São representações concisas das estruturas concei-tuais que estão sendo ensinadas e provavelmente facilitarão aprendizagem dessas estruturas.

Contrariamente a textos e outros materiais instru-cionais, os mapas não podem dispensar explicações do professor, que deve guiar o aluno pelo mapa. Além disso, podem ser empregados para dar uma visão geral e prévia do que vai ser estudado. Neste sentido, você pode usar os mapas conceituais para construir seu projeto de pesquisa e para análise dos conteúdos de suas leituras. Vejamos os exemplos a seguir, em que, através de perguntas de coisas do nosso dia-a-dia, podemos explicar o assunto.

Exemplo 1Pergunta: O que é moda?

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40 Fascículo 3

Alisando esse sistema de relações a partir do conceito MODA, temos dois níveis de b relações. São elas: MODA é Modo de Vestir, Investimento e Estilo; e In-vestimento é Marketing, Indústria e Comércio. Essas implicações buscam caracterizar o conceito de MODA, de forma a defini-lo usando outros conceitos. Nesse caso, a ligação “é” assume o papel de elemento aditivo, ou seja, adiciona qualidades ao conceito MODA, mas não parece produzir nenhuma implicação que relacio-ne os conceitos em um sistema maior. Poderíamos clas-sificar esse sistema de relações como implicações locais.

Exemplo 2Pergunta: O que é moda?

Podemos perceber que, ao adicionarmos elemen-tos (novos conceitos e relações) ao sistema anterior (Exemplo 1), estamos “melhorando” os conceitos que definem o conceito MODA, no sentido de mostrar suas consequências ou derivações. Contu-do, mesmo que se possa inferir, por exemplo, que há relação entre o conceito Globalização e o con-ceito MODA, isso não está explícito, pois não há nenhuma relação expressa, ligando os dois concei-tos. Poderíamos perguntar: como o Marketing ou Indústria geram Integração Econômica? Por que o Desenvolvimento Tecnológico resulta em Globali-zação? Faltam as razões, os porquês. Há, aqui, clara-mente, além das implicações locais do sistema ante-rior, um conjunto de novas implicações sistêmicas.

Exemplo 3Pergunta: Para que serve a árvore?

A informação é apresentada numa ordem descen-dente de importância. A informação mais impor-tante (inclusiva) é colocada na parte superior. Um mapa hierárquico é usado para nos dizer algo sobre um procedimento. Exemplo 4Pergunta: O que é um pombo?

Exemplo 5Pergunta: O que é um mapa conceitual?

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41Fascículo 3

SAIBA MAIS!

Cmap tools: http://cmap.ihmc.us/download/

Compendium: http://compendium.open.ac.uk/sof-

tware.html

Freemind: http://freemind.sourceforge.net/wiki/in-

dex.php/Download

CoMo Construir uM Mapa ConCeitual • Identifique os conceitos-chaves do conteúdo

que vai mapear e ponha-os em uma lista. Limite entre seis e dez o número de conceitos.

• Ordene os conceitos, colocando o(s) mais geral(is), mais inclusivo(s) no topo do mapa e, gradualmente, vá agregando os demais até com-pletar o diagrama de acordo com o princípio da diferenciação progressiva.

• Se o mapa se refere, por exemplo, a um pará-grafo de um texto, o número de conceitos fica limitado pelo próprio parágrafo. Se o mapa in-corporara também seu conhecimento sobre o assunto, além do contido no texto, conceitos mais específicos podem ser incluídos no mapa.

• Conecte os conceitos com linhas e rotule essas linhas com uma ou mais palavras-chaves que ex-plicitem a relação entre os conceitos. Os concei-tos e as palavras-chaves devem formar uma pro-posição que expresse o significado da relação.

• Evite palavras que apenas indiquem relações triviais entre os conceitos. Busque relações ho-rizontais e cruzadas.

• Exemplos podem ser agregados ao mapa, em-baixo dos conceitos correspondentes. Em geral, os exemplos ficam na parte inferior do mapa.

• Geralmente, o primeiro intento de mapa tem simetria pobre, e alguns conceitos ou grupos de conceitos acabam mal situados em relação a ou-tros que estão mais relacionados.

• Não há um único modo de traçar um mapa conceitual. À medida que muda sua compreen-são sobre as relações entre os conceitos, ou à medida que você aprende, seu mapa também muda. Um mapa conceitual é um instrumento dinâmico, refletindo a compreensão de quem o faz no momento em que o faz.

• Compartilhe seu mapa com colegas e examine os mapas deles. Pergunte o que significam as relações, questione a localização de certos con-ceitos, a inclusão de alguns que não lhe pare-cem importantes, a omissão de outros que você julga fundamentais. O mapa conceitual é um bom instrumento para compartilhar, trocar e “negociar” significados.

softwares CartográfiCos Existem softwares cartográficos que são usados para construir mapas conceituais e que podem ser usados gratuitamente, encontrados para download nos sites:

5. referênCias A Norma Brasileira (NBR) 6023, de agosto de 2002, da ABNT é baseada nas normas ISO 690/2:1997, que substitui a norma anterior NBR 6023/2000, que trata da normalização no âmbito da documentação. De acordo com esta NBR, re-ferência “é o conjunto padronizado de elementos descritos, retirados de um documento, que permi-te sua identificação individual.”

Todo trabalho deve identificar, de modo completo, as leituras realizadas e citadas no corpo do texto. Quando se lê uma citação num trabalho acadêmico, espera-se encontrar uma referência a esta, numa sec-ção específica do trabalho, intitulada “Referências”.

As referências referem-se àquelas obras (livros, arti-gos, revistas, etc.) que foram explicitamente citadas (referenciadas; mencionadas) e, portanto, usadas durante o trabalho, no próprio texto. O conceito de citação e as formas como deve ser utilizada fo-ram mostradas na unidade temática 4.

Do ponto de vista de um trabalho acadêmico/cien-tífico, o que se deve apresentar são as referências, ou seja, dar as informações completas das obras e dos autores citados no trabalho e não, a bibliografia.

De acordo com Appolinário (2004:35), a Bibliogra-fia é a relação de fontes documentais (livros, artigos de revistas etc) utilizadas em um trabalho formal (não necessariamente científico ou acadêmico). Nor-malmente, utiliza-se a bibliografia para fontes toma-das como um todo (não para capítulos de livros, por exemplo). Na bibliografia, são listadas todas aquelas obras que foram lidas e estudadas (consultadas) para a elaboração do trabalho, porém não citadas em seu corpo. Também se usa o termo bibliografia para a relação de fontes documentais para uma disciplina (em cursos de graduação, por exemplo).

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42 Fascículo 3

Todavia, quando o trabalho é de conclusão de um determinado curso (monografia, dissertação, tese), como parte das exigências para a aprovação, algu-mas Instituições sugerem que, além das referên-cias, também se apresente a bibliografia.

As referências bem como as bibliografias são cons-tituídas da mesma forma; o que muda entre uma e outra é que nas referências somente são listadas as publicações citadas no trabalho, e na bibliografia, as lidas e não citadas. Esses documentos podem ser indicados por ele-mentos essenciais e, quando necessário, acresci-dos de elementos complementares. Neste caso, constituem elementos essenciais os que são indis-pensáveis à identificação do documento. Variam conforme o tipo, embora, em linhas gerais, seja constituído de acordo com o exemplo a seguir:

AUTOR (es). Título do documento e subtítulo (quando houver). Edição. Local da publicação: Edi-tora. Ano de publicação, Número total de páginas.

O quadro a seguir define os elementos que com-põem as referências e a bibliografia.

Autor(es) Pessoa(s) física(s) responsável(eis) pela criação do conteúdo intelectual ou artístico do documento.

Autor(es) entidade(s)

Instituição(ões), organização(ões), empresa(s), comitê(s), comissão(ões), evento(s), entre outros, responsável(eis) por publicações em que não se distingue autoria pessoal. É separado do título por um ponto.

Título Palavra, expressão ou frase que designa o assunto ou o conteúdo de um documento. Aparece em destaque, sublinhado, em negrito ou itálico. É separado do título por um ponto.

Subtítulo Informações apresentadas, em seguida, ao título, visando esclarecê-lo ou complementá-lo, de acordo com o conteúdo do documento. Não vem em destaque. Aparece precedido de dois pontos. É separado da edição por um ponto.

Edição Todos os exemplares produzidos a partir de um original ou matriz. Pertencem à mesma edição de uma obra todas as suas impressões, reimpressões, tiragens etc., produzidas diretamente ou por outros métodos, sem modificações, independente do período decorrido desde a primeira publicação. Quando se tratar da primeira edição, não é neces-sário colocar. Nas edições subsequentes, o número da edição vem em algarismo arábico, e a palavra edição, abreviada. Quando se tratar de edição revi-sada e ampliada, acrescenta-se essa informação. É separada do local por um ponto.

Local Nome da cidade onde está localizada a editora. Quando o nome da cidade não aparece na publi-cação, mas pode ser identificado, este é indicado entre colchetes. Quando o local faz parte do título da editora, não há necessidade de repeti-lo. Não sendo possível determinar o local, adota-se a abreviatura S.L. (do latim “sine loco”, que significa sem local) entre colchetes. O nome da editora aparece sem os complementos comerciais da fir-ma (Livraria, S.A., Ltda, etc.). É separado da editora por dois pontos.

Editora Casa publicadora, pessoa(s) ou instituição responsável pela produção editorial. Conforme o suporte docu-mental, outras denominações são utilizadas: produ-tora (para imagens em movimento), gravadora (para registros sonoros), entre outras. Quando o editor não é mencionado, usa-se a abreviatura s.n. (do latim “sine nomine” que significa sem editora) entre colchetes. É separado do ano de publicação por uma vírgula.

Ano de publicação Ano em que a obra foi publicada. É apresentado em algarismos arábicos, sem espaçamento ou pontuação. Se houver necessidade de indicar o mês da publicação, este precede o ano, devendo ser abreviado no idioma original. As abreviaturas do mês devem ser feitas usando as três primeiras letras, seguidas de um ponto. É separado do número de páginas por um ponto.

Os elementos complementares são aqueles que, acrescentados aos essenciais, caracterizam melhor os documentos referenciados, tais como: ilustra-dor, tradutor, revisor, adaptador, compilador, vo-lumes, ilustrações, dimensões, série editorial ou coleção, separatas, notas (mimeografadas, no pre-lo; não publicadas, título original), ISBN (Interna-tional Standard Book Numbering).

Os elementos essenciais e complementares da refe-rência devem ser apresentados em sequência padroni-zada. Para compor cada referência, deve-se obedecer à sequência dos elementos, conforme apresentados nos modelos do item 3 desta unidade temática.

De acordo com Medeiros e Andrade (2001), “as referências bibliográficas (atualmente denominada simplesmente de “referências”) bem como a biblio-grafia podem apresentar apenas os elementos es-senciais para a identificação do documento”.

Os elementos de referência devem ser retirados, sempre que possível, da folha de rosto do livro, capa, etiqueta, cabeçalho, etc.

As referências podem aparecer no rodapé, no fim de texto ou capítulo ou em lista de referências. Esta última sendo mais indicada, uma vez que a NBR 14724:2005, que regulamenta a apresentação de trabalhos acadêmicos, a NBR 15287:2005, que regulamenta a construção de projetos de pesquisa, a NBR 6022:1994, que regulamenta a publicação de periódicos e a NBR 6029, que regulamenta a apresentação de livros e folhetos mostram que es-ses trabalhos obrigatoriamente devem ter um item no final com a listagem das publicações usadas na construção do trabalho.

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43Fascículo 3

6. regras gerais de apresentaCão

A Norma da NBR 6023:2002 recomenda que nas referências ao terminar a primeira linha, a partir da segunda linha, deve-se escrever abaixo da pri-meira letra de entrada e não, abaixo da terceira letra como acontecia anteriormente, usando uma pontuação uniforme dentro dos padrões interna-cionais, entre os vários elementos da referência.

As referências constantes em lista padronizada devem obedecer aos mesmos princípios. Ao optar pela utili-zação de elementos complementares, estes devem ser incluídos em todas as referências daquela lista.

As referências são alinhadas somente à margem es-querda do texto e de forma a se identificar individu-almente cada documento, em espaço simples e se-paradas entre si por dois espaços simples. Quando aparecerem em notas de rodapé, serão alinhadas a partir da segunda linha da mesma referência, abai-xo da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente e sem espaço entre elas.

O nome do autor deve ser transcrito pelo último sobrenome e pela(s) inicial(is) do(s) prenome(s), em letras maiúsculas, seguido de ponto. Na sequência, o título do livro em destaque (em negrito ou sublinha-do), o subtítulo (quando houver), seguido de ponto, a edição (somente se coloca a partir da segunda edi-ção de forma abreviada),seguido de ponto, o local da editora, seguido de dois pontos, a editora (a palavra editora não aparece), seguido de vírgula, o ano de publicação, seguido de ponto, o volume (se houver), seguido de ponto, e o número total de páginas do livro. Esta pontuação segue padrões internacionais e deve ser uniforme para todas as referências. As abre-viaturas devem ser conforme a NBR 10522.

O recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) utilizado para destacar o elemento título deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo documento. Isso não se aplica às obras sem indi-cação de autoria ou de responsabilidade, cujo ele-mento de entrada é o próprio título, já destacado pelo uso de letras maiúsculas na primeira palavra, com exclusão de artigos (definidos e indefinidos) e palavras monossilábicas. Exemplo:

SOBRENOME DO AUTOR, Pré-nomes.// Título;/ Subtítulo (quando houver).// ed.// Local da Editora: Editora, Ano de publicação. volume.// número total de páginas.

As publicações com até três autores devem ser fei-tas pelo nome do primeiro autor que aparece na publicação, seguido de ponto e vírgula e do nome do segundo autor, ponto e vírgula, o terceiro autor, seguido dos outros elementos.

Nas publicações com mais de três autores, men-cionam-se todos os autores, na ordem que são apresentados na publicação, separando um autor do outro por ponto-e-vírgula, seguindo os outros elementos como também se pode colocar o nome do primeiro autor, seguido da expressão latina “et al.”(que significa “e outros” “e outras”; (alliae = outras) forma abreviada de et alii, que não é mais usada), seguindo os outros elementos. Exemplo:

FALTAY, P.; SILVA JUNIOR, E.A. da; MAYER, M.; FALCÃO, P.H. de B. Ensino de Biologia no Programa Pró-Ciências I o exemplo de Pernambu-co. In: III SIMPÓSIO LATINO AMERICANO E CARIBENHO DE EDUCACÃO EM CIÊNCIAS, 3, 1999, Curitiba: Resumos. Curitiba: Universida-de Federal do Paraná, 1999. p.166-167.

Ou:

FALTAY, P. et al. Ensino de Biologia no Programa Pró-Ciências I o exemplo de Pernambuco. In: III SIMPÓSIO LATINO AMERICANO E CARIBE-NHO DE EDUCACÃO EM CIÊNCIAS, 3, 1999, Curitiba: Resumos. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 1999. p.166-167.

Caso haja coincidência de autores com o mesmo sobrenome e ano de publicação, acrescentam-se as iniciais de seus pré-nomes. No caso de termos coincidências de dois trabalhos publicados pelo mesmo autor no mesmo ano, acrescentam-se letras minúsculas após o ano de publicação tanto na cita-ção como nas referências. Exemplo:

LOPES, J.; Ecologia de mosquitos (Díptera: Culi-cidae) em criadouros naturais e artificiais de área rural do Norte do Estado do Paraná, Brasil. VI – coletas de larvas no peridomicílio .Revista Brasilei-ra de Zoologia. 14 (3): 571-578, 1997a.

LOPES, J.; Ecologia de mosquitos (Díptera: Culici-dae) em criadouros naturais e artificiais de área ru-ral do Norte do Estado do Paraná, Brasil. V – cole-tas de larvas em recipientes artificiais instalados em mata ciliar. Ver. Saúde Pública, 31 (4) 370-7, 1997b.

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44 Fascículo 3

Os sobrenomes com indicativos de parentesco, como FILHO, NETO, SOBRINHO, etc. são men-cionados, em seguida, aos sobrenomes por extenso.

MÁTTAR NETO, J.A. Metodologia científica na era da informática. São Paulo: Saraiva, 2002, 261p.

Órgãos da administração governamental direta (ministérios, secretarias e outros) têm entrada pelo nome geográfico que indica a esfera de subordina-ção (país, estado ou município).

BRASIL. Ministério da Economia... RECIFE. Prefeitura Municipal...

Sociedades, organizações, instituições, entidades de natureza científica ou cultural têm entrada pelo seu próprio nome. Em caso de ambiguidade, deve-se acrescentar a unidade geográfica a que pertence entre parênteses.

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO BIBLIOTECA NACIONAL (BRASIL) BIBLIOTECA NACIONAL (PORTUGAL)

Congressos, reuniões, simpósios e conferências têm entrada pelo nome do evento, com indicação do respectivo número do evento em algarismos arábicos, ano e local de realização.

Em caso de autoria desconhecida, entrar pelo título da obra. O termo “anônimo” não deve ser usado.

As referências devem ser ordenadas de acordo com os sistemas: alfabético (ordem alfabética de entra-da) ou numérico (ordem de citação no texto).

Se for utilizado o sistema alfabético, as referências devem ser reunidas no final do trabalho, do artigo ou do capítulo, em uma única ordem alfabética. Eventualmente, o(s) nome(s) do(s) autor(es) de vá-rias obras referenciadas sucessivamente, na mesma página, pode(m) ser substituída(s), nas referências seguintes à primeira, por um traço sublinear (equi-valente a seis espaços) e ponto.

ASSOCIACÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-NICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 24p.

------. NBR 6029: informação e documentação: livros e folhetos – Apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 9p.

Se for utilizado o sistema numérico no texto, a lista de referências deve seguir a ordem numérica crescen-te, de acordo com a numeração utilizada no texto. O sistema numérico não pode ser usado concomitante-mente para notas de referência e notas explicativas.

No texto: De acordo com as novas tendências da jurisprudên-cia brasileira1, é facultado ao magistrado.

Na lista de referências: 1 CRETELLA JUNIOR, José. Do impeachment no direito brasileiro. ..

7. Modelos para preparação das referênCias

para livro AUTOR.(ES)//Título: subtítulo (se houver).//Edição.//Local: Editora, Ano de Publicação.//Total de páginas.

SOLOMON, D.V. . 11 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004. 415p.

para livro eM Que Cada Capítulo teM uM autor próprio AUTOR DO CAPÍTULO.//Título do capítu-lo.//In: AUTOR DA OBRA.//Título da obra.//Edição.//Local: Editora, Ano de Publicação.//Numeração do capítulo, página inicial-final.

TOKESHI, H..Variabilidade dos agentes fitopatogêni-cos. In: GALLI, F. Manual de Fitopatologia. 2. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 1978. cap.10, p.199-214.

para enCiClopédia e diCionários VERBETE.//In: AUTOR.//Local: Editora, Ano de Publicação.//Número do volume, página ini-cial-página final.

ANTICONCEPÇÃO. In: ENCICLOPÉDIA Mira-dor Internacional. São Paulo: Enciclopédia Britâni-ca do Brasil, 1995. v.3, p.622-624.

para trabalhos de ConClusão de Curso (Monografia, dissertação e tese) SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome

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45Fascículo 3

e SOBRENOME, Nome //Título.// Ano de Pu-blicação.//Total de páginas.//Categoria (Área de concentração) – Instituição, local de defesa.

FALCÃO, P.H. de B. Estudo da hemolinfa e da he-mopoiese em larvas de 5. estádio de Panstrongylus megistus (Hemíptera). 1993. 121p. Dissertação (Mestrado em Biologia Celular e Molecular) – Ins-tituto Oswaldo Cruz/FIOCRUZ, Rio de Janeiro.

para trabalhos apresentados eM eventos CientífiCos (Congressos, seMinários, siM-pósios, reuniões, enContros, etC.). AUTOR.//Título do trabalho.//In: NOME DO EVENTO, número do evento, ano, local de reali-zação.//Título.//Local: Editora, Ano de Publica-ção.//página inicial-final, volume.

PEREIRA, R.C.O.; FALCÃO, P.H. de B. Insetos pragas de importância doméstica no município de Garanhuns. In: ENCONTRO PERNAMBUCA-NO DE BIÓLOGOS, III, 2004, Garanhuns. Bió-logo mais que uma profissão, uma opção de vida. Garanhuns: Primeira mão, 2004. 109.

para periódiCos (artigos de revista) AUTOR.//Título do artigo.//Título do perió-dico, local, volume, número do fascículo, página inicial-página final, mês, ano de publicação.

FURTADO, A.F.; REGIS, L.N.; FALCÃO, P.H.de B.; SEWELL, H.F.; AZAMBUJA, P.; GARCIA, E.S. Monoclonal antibodies against brain neuro-secretory a cells of Panstrongylus megistus inhibit moulting and egg production in Triatomines. Me-mórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v.65, n.1, p.113-114, jan./mar.1990.

para artigo de jornal AUTOR.//Título do artigo.//Título do jornal, local, dia, mês, ano.//Número ou Título do cader-no, página inicial-página final.

FALCÃO, P.H. de B. FFPG terá Centro de Ensino Experimental. Jornal Folha da Cidade, Garanhuns, 23 jul. 2005. Educação, p.9.

para gravação de vídeo, soM (disCos) AUTOR.//Título.//Local: Gravadora, Ano de Gravação.//Número de unidade física (duração):

sistema de gravação para vídeo (ou som), som, cor. (número do disco).

RONCATI, N.; GRUBER, M. A cólica do cavalo. São Paulo: Art Vídeo, 1998. 1 cassete (45 min.): NTSC/VMS, som., color.

para Cd-roM – trabalho apresentado eM evento AUTOR.//Título do trabalho.//In: NOME DO EVENTO, número, ano, local de realização.//Tí-tulo.//Local: Editor, Ano de Gravação.//página inicial-página final.// Suporte.

REZENDE, A.S.C.; SAMPAIO, I.B.M.; LEGOR-RETA, G.L. et al. De potros Mangalarga Marcha-dor submetidos a dois diferentes programas nutri-cionais. In.: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 34, 1997, Juiz de Fora. Anais. Juiz de Fora: Sociedade Brasileira de Zootecnia, 1997. CD-ROOM.

para entrevista SOBRENOME DO ENTREVISTADO. Prenomes. A quem foi concedida a entrevista. Local. Data.

FALCÃO, P.H. de B. Entrevista concedida a Thia-go Correia. Garanhuns. 19 out. 2005.

para fotografias SOBRENOME DO FOTÓGRAFO. Prenomes. Título. Ano. Número de fotos: indicação de cor; Dimensão(ões) da(s) foto(s).

MELO, J.D.. Relógio das flores de Garanhuns. 2005. 1 fot.: color.; 18x60 cm.

para transparênCias Este tipo de material é referenciado tal como está indicado na publicação do autor, com indicação do número e da cor das transparências.

AUTOR. Título. Local: editora, ano. Número de unidades: indicação de cor.

FALCÃO, P.H. de B. Metodologia Científica. Ga-ranhuns: Especialização em Educação, FFPG-UPE, 2005. 20 transparências: color.

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46 Fascículo 3

para doCuMentos ManusCritos AUTOR do documento. Natureza do documento (se é carta, cartão-postal, etc.). Local. Data. Descrição física. Notas. Manuscrito (escreve-se Manuscrito).

MENDONÇA, R.J. [Carta]. Madrid [Espanha], 2001 ago. 10, [para] Pedro Henrique de Barros Fal-cão, Garanhuns-PE. Manuscrito.

para ConferênCias, palestras, anotações de aulas e outras atividades não publiCadas SOBRENOME DO FOTÓGRAFO. Prenome do autor. Título do trabalho. Natureza da atividade, local, data.

FURTADO, A.F. Das ervilhas de Mendel à Dolly: passos da ciência. Conferência de abertura do III Encontro Pernambucano de Biólogos. FFPG-UPE, 28 jul. 2004.

para bíblia (Considerada no todo) BÍBLIA. Língua. Título. Tradução ou versão. Edi-ção. Local: Editora, ano.

BÍBLIA. Português. Tradução ecumênica. Trad. Gru-po Ecumênico do Brasil. São Paulo: Loyola, 1996.

para bíblia (parte dela) Quando se tratar de partes da Bíblia, inclui-se o título da parte antes da indicação do idioma e menciona-se a localização da parte (capítulo, ver-sículo no final).

BÍBLIA, N T João. Português. Bíblia Sagrada. Reed. Versão de Antônio Pereira de Figueiredo. São Paulo: Editora das Américas, 1950. Cap. 12. vers. 12.

para norMas téCniCas ÓRGÃO NORMALIZADOR. Título: número da norma: subtítulo. Local, ano.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documenta-ção: referências – elaboração. Rio de Janeiro. 2002.

para leis e deCretos NOME DO PAÍS, ESTADO OU MUNICÍPIO.

Título e número da lei ou decreto, data. Ementa. Referenciação da Publicação.

BRASIL. Decreto-lei no 2423, de 7 de abril de 1988. Estabelece critérios para pagamento de grati-ficações e vantagens aos titulares de cargos e empre-gos na Administração Federal direta e autárquica e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, v. 126, n. 66, p. 6009, 8 abr. 1988. Seção 1, pt. 1.

para aCórdãos, deCisões e sentenças das Cortes ou tribunais NOME DO PAÍS, ESTADO OU MUNICÍPIO. Nome da corte ou tribunal. Ementa ou acórdão. Tipo e número do recurso. Partes litigantes. Rela-tor: nome. Data. Dados da publicação que divul-gou o acórdão, decisão ou sentença.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Deferimento de pedido de extradição. Extradição nº 410. Esta-dos Unidos da América e José Antônio Hernandez. Relator: Ministro Rafael Mayer. 21 mar. 1984. Re-vista Trimestral de Jurisprudência, Brasília, v. 109, p.870-879, set. 1984.

para pareCeres, resoluções e indiCações AUTORIA (Instituição ou pessoa responsável). Tipo (parecer, resolução, indicação), número e data. Ementa. Relator ou Consultor: nome. Dados da publicação que a divulgou.

CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO. Resolu-ção nº 16, de 13 de dezembro de 1984. Dispõe sobre reajustamento de taxas, contribuições e semestralida-des escolares e altera a redação do artigo 5 da Reso-lução nº1 de 14/01/83 Presidente: Lafayette de Aze-vedo Ponde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 13 dez. 1984. Séc. 1, p. 190-191.

para Convênios NOME DA PRIMEIRA INSTITUIÇÃO. Título. Local, data.

FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL. Convênio de cooperação financeira que, entre si, celebram a Fundação do Banco do Brasil e a Universidade de Pernambuco. Recife, 2 out. 2005.

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para doCuMentos de arQuivos AUTOR do documento. Título. Local, data. Localização.

FIGUEIREDO, Luiz Pinto de. Notícia do Conti-nente de Moçambique e abreviada relação do seu comércio. Lisboa, 1 dez. 1773. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, março 604.

No caso de serem consultados vários documentos do mesmo arquivo (códices, salas, coleções espe-ciais), a entrada é feita pelo nome do arquivo, po-dendo haver indicação do período consultado.

ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO, Li sboa. Papéis de Sá Bandeira.

para atas de reuniões AUTORIA (instituição, associação, organização ou outro), Local. Título e data. Livro número, pá-gina inicial-final.

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO. Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Ata da sessão reali-zada no dia 26 de out. 2005. Livro 29, p. 10 verso.

para atlas e Mapas AUTOR.//Título.//Local: Editor, Ano de Publi-cação.//unidade física: cor, dimensões.//designa-ção específica e escala (para mapa).

ATLAS Mirador Internacional. Rio de Janeiro: Enciclo-pédia Britânica do Brasil, 1981. 1 Atlas. Escalas variam.

FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Mapa de vegeta-ção do Brasil. 2 ed. Rio de Janeiro, 1995. 1 mapa: color., 1,08x119cm. Escala: 1:500.000. Art Vídeo, 1998. 1 cassete (45 min.): NTSC/VMS, son., color.

Na referenciação de atlas, quando esta palavra não constar do título, deve ser indicada no final. Quan-do houver autor ou editor responsável, dar entrada por seu nome.

CARDOSO, Jayme Antonio: WESTPHALEN, Cecília Maria. Atlas histórico do Paraná. Curitiba: Projeto, 1981.

para livros eletrôniCos – no todo

AUTOR.//Título: subtítulo (se houver).//edi-

ção.//Local: Editor, data. A expressão “Disponível em: endereço eletrônico entre sinais <..........>”//Data de captura precedida da expressão “Acesso em:”.//Suporte.

MARTINS, E. Manual de redação e estilo. São Pau-lo: O Estado de São Paulo, 1999. Disponível em: <http://www.estado.com.br/redac/manual.html>. Capturado em 13 set 1999. Online.

para artigo e/ou Matéria de revista, bo-letiM etC. eM Meio eletrôniCo AUTOR.//Título do artigo.//Título da revista,//Edição.//Local, data.//Páginas.//Disponível em <endereço eletrônico>//Capturado em:.//Suporte. para periódiCos – artigos de revista AUTOR.//Título do artigo.//Título do periódi-co, local, data.//Disponível em: <........>.// Captu-rado em:.//Suporte.

VICCINI, L.F. SARAIVA, L.S. CRUZ, C.D. Res-posta de sementes de milho à radiação gama em função do teor de água. Bragantia. Campinas, v.56, n1, p.1-8, 1977. Disponível em: http://www.Scielo.br/cgi-bin/fbpe/fbtext?...=0006-8705-001&nrm= isso&sss=18out=71981947. Capturado em: 9 set. 1999. Online.

jornal – artigo de internet AUTOR.//Título do artigo.//Título do jornal, local, data.//Disponível em: <........>.//Capturado em:.//Suporte.

LIMA SOBRINHO, B. Como entender Getúlio Vargas. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 29 ago. 1999. Disponível em: http://www.jb.com.br/. Cap-turado em: 5 set. 1999. Online.

e-Mail (MensageM eletrôniCa) – reCebida via lista de disCussão AUTOR.//Título ou assunto.//In: Título da lis-ta de discussão.//Local: editor, data.//Disponível em: <........>.//Capturado em:.//Suporte.

PEREIRA, M.M.P.P. Localização de artigos. In: Comut-on-line. Brasília: IBICT, 1999. Disponível em: <[email protected]>. Capturado em: 24 ago. 1999. Online.

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48 Fascículo 3

atividade | A International Organization for Standardization (ISO), sediada em Genebra, é a entida-de responsável pela normatização dos procedimentos para elaboração, documentação e referenciação de bibliografias, utilizada em trabalhos técnico-científicos e acadêmicos. No Brasil, a Associação Brasi-leira de Normas Técnicas ABNT é a entidade que adapta as normas internacionais à realidade nacio-nal, objetivando a padronização da produção de trabalhos técnico-científicos. Especifique Bibliografia x Referência e qual a normatização específica para a padronização desses elementos?

resuMo

A NBR 15287:2005 da ABNT estabelece os princípios gerais para apresentação de projetos de pesquisa. Através de projetos, a ciência busca dar respostas aos problemas que lhe aparecem. São constituídos através de um planejamento futuro, com uma sequência de etapas ordenadas, em que uma é interligada à outra, visando enquadrar o assunto em diversas etapas metodológicas. Essas etapas são conduzidas por um pesqui-sador dentro das normas estabelecidas pela metodologia científica. Os trabalhos acadêmicos de conclusão, monografia, por exemplo, têm sua origem a partir de projetos de pesquisa. A elaboração de referências, de acordo com a NBR 6023:2002 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em que define as referências como o conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual. Esta Norma fixa a ordem dos elementos e estabelece convenções para transcrição e apresentação da informação originada do documento. São constituídas de elementos essenciais e comple-mentares. As informações para a sua construção devem ser obtidas, sempre que possível, na folha de rosto dos documentos. As referências são listadas em página própria, no final dos trabalhos.

referênCias

BELLUZZO, Regina Célia Baptista. Uso de ma-pas conceituais e mentais como tecnologia de apoio à gestão da informação e da comunica-ção: uma área interdisciplinar em formação. Revista Brasileira de Biblioteconomia e docu-mentação. São Paulo: Nova Série. Dez.2006. v.2. n.2. p. 78-89. ISSN:1980-6949.

COSTA, M. R. N. Manual para elaboração e apre-sentação de trabalhos acadêmicos: monografia, dissertação, tese. 2. ed. Recife: INSAF, 2003,111p. CYRANKA, L.F.M.; SOUZA, V. P. Orientações para normalização de trabalhos acadêmicos. 6. ed. Juiz de Fora-MG: UFJF, 89p.

FARIA, Wilson de. Mapas conceituais: Aplica-ção ao ensino, currículo e avaliação. São Pau-lo: EPU, 1995. 59p.

ISKANDAR, J. I. Normas da ABNT comentadas para trabalhos científicos. Curitiba: Champag-nat, 2000, 101p. MÁTTAR NETO, J.A. Metodologia científica na era da informática. São Paulo: Saraiva, 2002, 261p.

MOREIRA, Marco Antonio. A teoria da aprendizagem significativa e sua implemen-tação em sala de aula. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2006. p. 46-95.

OLIVEIRA, Maria Marly de. Como fazer proje-tos, relatórios, monografias, dissertações e te-ses. Recife: Bagaço, 2003. 174p.

RUIZ, J. A. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002, 181p.

SÁ, E. S. de; et al. Manual de normatização de trabalhos técnicos, científicos e culturais. 6. ed. Petrópolis, RJ: Vozes. 1994, 187p.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho cien-tífico. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2002, 333p.

TAVARES. R. (2007). Construindo mapas con-ceituais. Ciências & Cognição; Ano 04, Vol 12. Disponível em: <www.cienciasecognicao.org>

VIANNA, I. O. de A. Metodologia do trabalho científico: um enfoque didático na produção científica. São Paulo: E.P.U. 2001, 288p.

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trabalhos aCadêMiCos-taProf. Josevaldo Araújo de melo

Prof. Pedro Henrique de barros Falcão Carga Horária | 15 horas

objetivos espeCífiCos

Conceituar os itens que compõem o trabalho. Oferecer subsídios para elaboração dos trabalhos de conclusão de curso. Aplicar as normas técnicas da ABNT na construção dos trabalhos acadêmicos.

1. o projeto de pesQuisa

Segundo as normas da ABNT (NBR 14724, 2002), trabalhos acadêmicos (trabalho de conclusão de curso – TCC, trabalho de graduação interdisciplinar – TGI) são do-cumentos que representam o resultado de estudos, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido e serem realizados sob a coordenação de um orientador. Ainda parafraseando Martins e Pinto (2001), esses trabalhos devem ser produto de uma construção intelectual do aluno-autor que revela sua leitura, reflexão e interpretação sobre um tema da realidade.

O valor de um trabalho dessa natureza é reconhecido pelo enfoque diferenciado escolhido, pela lógica que orienta a exposição do referencial teórico e, particular-mente, pela riqueza das análises, sínteses, interpretações, comentários e pontos de vista relatados. Trata-se de um exercício de crescimento intelectual e profissio-nal em busca de conhecimento sobre a realidade.

Compreende os trabalhos acadêmicos a tese, a dissertação e a monografia. De acordo com Appolinário (2004:184), no Brasil, a tese é um tipo de trabalho mo-nográfico executado em programas de pós-graduação “stricto sensu”, em nível de doutorado. A NBR 14724 (2002) define a tese como o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimi-tado. Deve ser elaborada com base em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. Visa à obtenção do título de doutor ou similar.

A dissertação, por sua vez, é um tipo de trabalho monográfico resultante de um mestrado acadêmico (APPOLINÁRIO, 2004:65). A NBR 14724(2002) define como o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científi-co retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento da literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. Visa à obtenção do título de mestre. De acordo com Costa (2003:17), a palavra monografia, em sua etimologia, tem origem de monos – um só e graphein – escrever, daí que, em termos genéricos, podemos definir monografia como a abordagem, por escrito, de um único tema ou assunto, ou, como define Appolinário (2004:135), “é qualquer trabalho escri-

Fascículo 4

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50 Fascículo 4

to que verse sobre um único tema. Normalmente, trata-se de um texto extenso, completo e em pro-fundidade sobre determinado assunto.”

Os trabalhos acadêmicos são constituídos de ele-mentos pré-textuias, textuais e pós-textuais, po-dendo ser estruturados de duas formas, de acordo com a metodologia usada no Projeto de Pesquisa: quando a proposta metodológica do Projeto é rea-lizar uma pesquisa descritiva ou experimental, no trabalho acadêmico, poderá ser usado o Roteiro 1, como é mostrado no quadro 1; no entanto, quando a proposta do Projeto é realizar uma pesquisa biblio-gráfica, será usado o Roteiro 2 (ver quadro 1).

ELEMENTOS ROTEIRO 1 ROTEIRO 2

Pré-textuais - Capa (obrigatório) - Folha de Rosto

(obrigatório) - Folha de Aprovação

(obrigatório) - Folha de Dedicatória

(opcional) - Pensamento (opcional) - Folha de Agradeci-mentos

(opcional) - Resumo na língua

vernácula (obrigatório) - Resumo em língua

estrangeira (depende da exigência da institui-ção na qual o trabalho será entregue)

- Lista de ilustrações (opcional)

- Lista de tabelas(opcional)

- Lista de abreviaturas ou siglas (opcional)

- Lista de símbolos (opcional)

- Sumário (obrigatório)

- Capa (obrigatório) - Folha de Rosto

(obrigatório) - Folha de Aprovação

(obrigatório) - Folha de Dedicatória

(opcional) - Pensamento (opcional) - Folha de Agradeci-mentos

(opcional) - Resumo na língua

vernácula (obrigatório) - Resumo em língua

estrangeira (depende da exigência da institui-ção na qual o trabalho será entregue)

- Lista de ilustrações (opcional)

- Lista de tabelas(opcional)

- Lista de abreviaturas ou siglas (opcional)

- Lista de símbolos (opcional)

- Sumário (obrigatório)

Textuais 1. Introdução 2. Desenvolvimento(Metodologia; Resultados e Discussão) 3. Conclusão

Introdução Desenvolvimento (Capí-tulo I; Capítulo II, etc.) Conclusão

Pós-textuais Referências (obrigatório) Bibliografia (opcional) Glossário (opcional) Apêndice(s) (opcional) Anexo(s) (opcional) Índice(s) (opcional)

Referências (obrigatório) Bibliografia (opcional) Glossário (opcional) Apêndice(s) (opcional) Anexo(s) (opcional) Índice (s) (opcional)

Estes modelos podem ser encontrados ainda de outra forma, de acordo com as normas estabeleci-das pelas diversas Instituições de Ensino.

2. desCrição dos eleMentos

Que CoMpõeM os ta A Norma Brasileira (NBR) 14724:2002 da ABNT

trata da normatização dos princípios gerais para a elaboração da apresentação dos trabalhos acadê-micos (teses, dissertações, monografias e outros), visando a sua apresentação à instituição.

Os elementos que compõem o Trabalho de Con-clusão de Curso - TCC (Monografia, Dissertação e Tese) são definidos, sequenciados e estruturados da seguinte forma:

a) Capa A capa é obrigatória, constituindo-se a proteção externa do trabalho sobre a qual se imprimem as informações indispensáveis à sua identificação, obedecendo à seguinte ordem: • Instituição à qual o trabalho é submetido (depen-

dendo das normas da instituição, pode ser opcional); • Título do trabalho: deve ser claro e preciso,

identificando o seu conteúdo e possibilitando a sua indexação;

• Subtítulo: se houver, deve ser evidenciada a sua subor-dinação ao título principal, precedido de dois pontos;

• Nome do autor: responsável intelectual do trabalho; • Local: cidade da instituição onde deve ser apre-

sentado; • Ano de entrega do trabalho. b) folha de rosto

Elemento obrigatório; trata-se da folha que apre-senta os elementos essenciais à identificação do trabalho. Deve conter: • Nome do autor; • Título do trabalho; • Subtítulo, se houver; • Natureza do trabalho (monografia, disserta-

ção, tese ou outros) e objetivo (para que se destina, se para conclusão de um curso, ou o grau pretendido); nome da instituição a que será submetido; área de concentração;

• Nome do orientador e, se houver, do co-orientador; • Local: cidade da instituição onde vai ser apresentado; • Ano de entrega do trabalho.

No verso da folha de rosto, deve conter a ficha catalográfica, conforme o Código de Catalogação Anglo-Americano vigente.

C) folha de aprovação

Esta folha é obrigatória, vem após a folha de rosto, con-

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tendo os elementos essenciais à aprovação do trabalho: nome do autor, título do trabalho e subtítulo (se hou-ver), data de aprovação, nome, titulação e assinatura dos membros componentes da banca examinadora e instituições a que pertencem. A data de aprovação e assinaturas dos componentes da banca examinadora são colocadas após a aprovação do trabalho.

d) folha de dediCatória

Folha opcional na qual o autor dedica seu trabalho ou presta uma homenagem a alguém que, porventu-ra, tenha contribuído para a elaboração do trabalho. Deve figurar à direita, na parte inferior da folha. e) folha de pensaMento

Página opcional na qual o autor inclui um pensa-mento ou citação. Deve figurar à direita, na parte inferior da folha. f) folha de agradeCiMentos

São registrados os agradecimentos às pessoas que contribuíram de maneira relevante para a elabo-ração do trabalho, como, por exemplo, ao orien-tador, ao digitador, ao bibliotecário etc. Recomen-da-se restringi-los ao absolutamente necessário. Constitui-se um elemento opcional. g) resuMo

Elemento obrigatório. A NBR 6028, de novembro de 2003 da ABNT trata da normatização da apresen-tação de resumos. Constituído de uma sequência de frases concisas, afirmativas e objetivas, na língua ver-nácula, sobre os pontos relevantes do trabalho. A pri-meira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento, fornecendo uma visão rápi-da e clara de todo o trabalho. A seguir, deve-se indicar os objetivos da pesquisa, a categoria do tratamento, a forma como foi realizada (a metodologia), os resulta-dos alcançados e as conclusões a que se chegou.

Não deve ser constituído de uma enumeração de tópicos, também se deve evitar o uso de símbolos e contrações que não sejam de uso permanente, fórmu-las, equações, diagramas etc., que não sejam absoluta-mente necessários. Quando seu emprego for impres-cindível, defini-los na primeira vez que aparecerem.

Recomenda-se o uso de parágrafo único. Deve-se usar

o verbo na voz ativa e terceira pessoa do singular. Quanto a sua extensão, os resumos devem ter de 150 a 500 palavras nos trabalhos acadêmicos e técnico-científicos; entre 100 e 250 palavras os de artigos de periódicos e de 50 a 100 palavras, os des-tinados a indicações breves.

Em algumas instituições, também é solicitada uma ver-são do resumo num idioma de divulgação internacio-nal, com as mesmas características do resumo na língua vernácula, em folha separada (em inglês Abstract, em espanhol Resumen, em francês Resume, por exemplo).

Deve ser seguido de palavras-chaves, logo abaixo do resu-mo, antecedidas da expressão Palavras-chaves:, separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto.

Quando o resumo for encaminhado para ser apre-sentado em um evento científico (congresso, en-contro, etc.), este deve ser precedido da referência do documento, com exceção do resumo inserido no próprio documento. h) lista de ilustrações (figuras),

tabelas, abreviaturas e siglas

São itens opcionais, localizam-se antes do sumário em páginas próprias, e seus itens devem relacionar elemen-tos selecionados no texto, na ordem de ocorrência.

Cada lista deve apresentar: o número de figura ou tabela, sua legenda e a página na qual se encontra, em particular, no caso de figuras e/ou tabelas não originais, indicar abaixo destas a fonte de onde fo-ram extraídas. As tabelas e/ou figuras, quando in-dispensáveis para a compreensão, deverão aparecer o mais próximo possível ao texto. As abreviaturas e as siglas devem aparecer em lista própria, em or-dem alfabética com seus respectivos significados. Essas listas deverão ser usadas, quando ocorrer um número igual ou superior a 10 tabelas, ilustrações, abreviaturas ou siglas. i)lista de síMbolos

Elemento opcional, que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com o devido significado. j) suMário

É elaborado, conforme a NBR 6027, de maio de

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2003, que tem como objetivo a apresentação de su-mário de documentos que exijam visão de conjunto e facilidade de localização das seções e outras partes. O sumário é a relação das principais seções do tra-balho na ordem em que se sucedem no texto e com indicação da página inicial ou número das páginas ini-cial e final, separadas por hífen (exemplo: 91-143). Os elementos pré-textuais não devem constar no sumário.

Os indicativos de seção que compõem o sumário devem ser numerados, em algarismos arábicos e ali-nhados à esquerda, conforme a NBR 6024:2003. Ele-mentos, como listas de figuras, tabelas, abreviaturas e siglas, resumo, referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice, não possuem indicativo numérico.

O sumário deve figurar logo após a dedicatória e/ou agradecimentos, se houver, ou seja, é o último ele-mento pré-textual. A palavra sumário deve ser centra-lizada e com a mesma fonte utilizada para as seções primárias. Havendo mais de um volume, em cada um deve constar o sumário completo do trabalho.

Não confundir o sumário com o índice (lista de-talhada, em ordem alfabética dos assuntos, nomes de pessoas, nomes geográficos, etc.).

3. eleMentos textuais 3.1. introdução

Elemento obrigatório. De acordo com Costa (2003:35), “nela se diz o que é ou de que trata o tra-balho.” Deve fornecer uma visão geral do trabalho e sua contextualização dentro do cenário das pesquisas realizadas na respectiva área.

Expõe as razões que levaram o autor a escrever, defi-ne o assunto referindo-se ao quadro teórico em que se fundamenta o trabalho, citando os autores mais im-portantes que estudaram o tema. Apresenta o estado da questão ou formulação do problema e das hipóte-ses. Situa o assunto no tempo e no espaço, no conjun-to dos conhecimentos ou atividades já desenvolvidas e com as quais se relaciona, mostrando o que de novo se pretende, sem esquecer de apontar o que é comum. Define os termos empregados, caso tal definição seja necessária. Indica o caminho a seguir, mostrando as ideias-mestras do desenvolvimento, os pontos princi-pais, a importância da realização da pesquisa.

3.2. desenvolviMento

Também conhecido como corpo do trabalho, cons-titui-se elemento obrigatório e o mais importante. Não existe padrão único para a estruturação do desenvolvimento do trabalho, o qual depende es-sencialmente da natureza do estudo (experimental, descritivo ou bibliográfico); é definido por cada au-tor, segundo sua abordagem ou metodologia usa-da. Sua estruturação pode ser dividida em seções, como, por exemplo: a seção metodologia, a qual deve descrever, de forma clara, direta e objetiva, o ambiente onde a pesquisa foi realizada, quem foi pesquisado (os participantes), os equipamentos, as técnicas, os instrumentos de coleta de dados, os procedimentos, as estratégias utilizadas na pesqui-sa; a seção resultados descreve sinteticamente o que foi obtido, se for o caso, fazer referência às medi-das e/ou aos cálculos estatísticos, podendo ilustrar com gráficos, tabelas, etc. explicando cada um; ou ainda, os resultados podem ser acompanhados do termo discussão, e, neste caso, o autor compara os resultados obtidos em sua pesquisa com os dados de outros autores (mostrado no roteiro 1).

Ou é subdividido em capítulos; neste caso, cada capítulo possui um título, em que um trata da re-visão da literatura, outro, da metodologia, outro, dos resultados, etc. Ainda, se a pesquisa for biblio-gráfica, esta pode ter um item que é a introdução; o tema é dividido em subtemas, em que cada subte-ma tem um título e passa a ser um capítulo, fazen-do, assim, toda a revisão da literatura (roteiro 2). O termo desenvolvimento ou corpo do trabalho não deve ser usado como título de uma seção ou parte do trabalho. 3.3. ConClusões

Elemento obrigatório de um trabalho acadêmico. Consiste numa síntese interpretativa dos elemen-tos dispersos no trabalho, ponto de chegada das deduções lógicas baseadas no desenvolvimento, nos dados concretos que recolheu na pesquisa, análise e interpretações. Também faz parte das conclusões a indicação das hipóteses que não fo-ram comprovadas e aquelas que o estudo acaba de detectar para futuras investigações, apontando os caminhos, recomendações e sugestões, visando a um maior aprofundamento do tema.

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53Fascículo 4

4. eleMentos pós-textuais

4.1. referênCias

Elemento obrigatório. Lista de obras citadas no desenvolvimento do trabalho, elaborada de acordo com a NBR 6023:2002 da ABNT, conforme foi mostrado na unidade temática 5. 4.2. bibliografia

Elemento opcional. Lista das obras que foram con-sultadas (lidas) e não citadas no trabalho. Deve-se listar em ordem alfabética, conforme a NBR 6023:2002 da ABNT, a ser mostrada na unidade temática 5. 4.3. glossário Elemento opcional. Relação de palavras ou expres-sões técnicas de uso restrito ou sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições. 4.4. apêndiCe

Elemento opcional. Texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar sua argumenta-ção, sem prejuízo da unidade do trabalho, tais como entrevistas, questionários, tabelas, fotografias. O(s) apêndice(s) é (são) identificado(s) por letras maiúscu-las consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.

Ex.: APÊNDICE A – Título do documento. APÊNDICE B – Título do documento. etc.

4.5. anexo

Elemento opcional. Texto ou documento não ela-borado pelo autor que serve de fundamentação, comprovação e ilustração, tais como transcrições de leis, gráficos, tabelas, recortes de jornais e revis-tas. O(s) anexo(s) é(são) identificado(s) da mesma forma do apêndice.

Ex.: ANEXO A – Título do documento. 4.6. índiCe

Elemento opcional. A NBR 6034, de dezembro de 2004, que substitui e cancela a de 1989, baseada

na ISO 999:1975, estabelece os requisitos de apre-sentação e os critérios básicos para a elaboração de índices. Corresponde à lista de palavras ou frases, ordenadas, segundo determinado critério, que loca-liza e remete para as informações contidas no texto.

Os índices podem ser classificados de acordo com três critério. São eles: de acordo com a ordenação, em que os elementos podem aparecer em ordem alfabética, ou sistemática, ou cronológica, ou nu-mérica, ou alfanumérica. De acordo com o enfo-que, ele pode ser subdividido em especial, quando é organizado por autores, ou assuntos, ou títulos, ou pessoas e/ou entidades, ou nomes geográficos, ou citações, ou ainda, em anunciantes e matérias publicitárias; e geral, quando combina duas ou mais categorias indicadas anteriormente, como, por exemplo, índice de autores e assuntos.

O índice deve abranger as informações extraídas do documento, inclusive entre outros. O índice pode complementar informações não expressas no docu-mento, tais como nomes completos, datas de iden-tificação, nomes de compostos químicos etc.

O título do índice deve definir sua função e/ou conteúdo (exemplos: índice de assunto, etc.); é impresso no final do documento, com paginação consecutiva ou em volume separado. Em índice al-fabético, recomenda-se imprimir, no canto superior externo de cada página, as letras iniciais ou a pri-meira e a última entradas da página. No índice ge-ral, as entradas de cada categoria devem ser diferen-ciadas graficamente. Deve-se evitar o uso de artigos, adjetivos, conjunções etc. no início dos cabeçalhos.

5. projeto de pesQuisa x Monografia O projeto é a base para o trabalho de conclusão de curso. Se montarmos um projeto bem estruturado, com certeza, teremos um excelente trabalho mono-gráfico. Nos esquemas a seguir, podemos verificar que tudo o que foi usado no projeto será aproveita-do na Monografia.

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Esquema 1: Para o roteiro 1

PROJETO DE PESQUISA MONOGRAFIA

CAPA CAPA

FOLHA DE ROSTO FOLHA DE ROSTO

SUMÁRIO FOLHA DO EXAMINADOR

FOLHA DE DEDICATÓRIA

1. INTRODUÇÃO FOLHA DE PENSAMENTO

2. OBJETIVOS FOLHA DE AGRADECIMENTOS

GERAL RESUMO

ESPECÍFICOS SUMÁRIO

3. JUSTIFICATIVA 1. INTRODUÇÃO

4. METODOLOGIA + outras citações

5. CRONOGRAMA mostrar o objetivo da pesquisa

6. REFERÊNCIAS mostrar a importância

7. BIBLIOGRAFIA 2. METODOLOGIA

8. APÊNDICE 3. RESULTADOS

9. ANEXOS 4. CONCLUSÕES

5. REFERÊNCIAS

6. BIBLIOGRAFIA

7. APÊNDICE

8. ANEXOS

Esquema 2: Para o roteiro 2

PROJETO DE PESQUISA MONOGRAFIA

CAPA CAPA

FOLHA DE ROSTO FOLHA DE ROSTO

SUMÁRIO FOLHA DO EXAMINADOR

FOLHA DE DEDICATÓRIA

1. INTRODUÇÃO FOLHA DE PENSAMENTO

2. OBJETIVOS FOLHA DE AGRADECIMENTOS

GERAL RESUMO

ESPECÍFICOS SUMÁRIO

3. JUSTIFICATIVA ou 1. INTRODUÇÃO

4. METODOLOGIA mostrar o objetivo da pesquisa

5. CRONOGRAMA mostrar a importância

6. REFERÊNCIAS CAPÍTULO I - TÍTULO

7. BIBLIOGRAFIA CAPÍTULO II - TÍTULO

9. ANEXOS CAPÍTULO III - TÍTULO

CONCLUSÕES

REFERÊNCIAS

BIBLIOGRAFIA

ANEXOS

No esquema dois (2), também aproveitamos todo o projeto com exceção do cronograma, alterando, também, a forma de organização. Neste caso, o au-tor do projeto poderia ter como objetivo fazer uma pesquisa bibliográfica sobre determinado assunto. Na introdução da monografia, o autor delimita o assunto da pesquisa, situando o tema, enfocando os objetivos da pesquisa, sua importância e a meto-dologia utilizada na pesquisa.

Os capítulos são constituídos de subtemas do as-sunto principal, cada um possuindo um título pró-prio. E, para finalizar, faz a conclusão do trabalho, inserindo os elementos pós-textuais.

6. Modelos dos eleMentos Que

CoMpõeM uMa Monografia É importante que o autor e o orientador coloquem em prática as margens e os espaçamentos orienta-dos na unidade temática 3 deste documento. A seguir, estão os exemplos das diversas páginas que irão compor a monografia.

Modelo de Capa

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE FACULDADE DE CIÊNCIAS, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

DE GARANHUNS - FACETEG CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

TÍTULO DA MONOGRAFIA

AUTOR

CIDADE – ESTADO ANO

Elem

ento

spr

é-te

xtua

isEl

emen

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pré-

text

uais

{

{

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55Fascículo 4

Modelo de folha de rosto

Modelo da folha do exaMinador

Modelo da folha do exaMinador

Modelo da folha de dediCatória

AUTOR

TÍTULO DA MONOGRAFIA

Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura em Ci-ências Biológicas, modalidade a Distância, ministrado pela Universidade de Pernambuco, em cumprimento às exigências para conclusão do Curso.

Orientador:

CIDADE – ESTADO ANO

AUTOR

TÍTULO DA MONOGRAFIA

APROVADA EM _____/_____/_____.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________ Prof. Esp. Renato Medeiros

Universidade de Pernambuco

___________________________________ Prof. Me. Pedro Henrique de Barros Falcão

Universidade de Pernambuco

AUTOR

TÍTULO DA MONOGRAFIA

Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura em Ci-ências Biológicas, modalidade a Distância, ministrado pela Universidade de Pernambuco, em cumprimento às exigências para conclusão do Curso.

Orientador:

CIDADE – ESTADO ANO

A meus pais, Terezinha e Pedro Falcão (in memorian), OFEREÇO.

Com carinho, a minha esposa Etiane e as minhas filhas Larissa, Letícia e

Lorena, DEDICO.

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56 Fascículo 4

Modelo da folha de pensaMento

Modelo da folha de agradeCiMetos

Modelo da folha de resuMo

Modelo da lista de tabelas

“Aqueles que param esperando que as coisas melhorem, acabam desco-brindo mais tarde que os que não pararam estão na frente e que não podem mais serem alcançados.” Rui Barbosa

RESUMO

Elemento obrigatório. Constituído de uma sequência de frases concisas e objetivas, na língua vernácula, dos pontos relevan-tes do trabalho, fornecendo uma visão rápida e clara de todo o trabalho da introdução, dos objetivos da pesquisa, da forma como foi realizada (a metodologia), os resultados alcançados e as conclusões a que se chegou. Recomenda-se não ultrapassar 500 palavras. A NBR 6028:2003 da ABNT trata da normatização da apresen-tação de resumos. Em algumas instituições, também é solici-tada uma versão do resumo num idioma de divulgação inter-nacional, com as mesmas características do resumo na língua vernácula, em folha separada (em inglês Abstract, em espanhol Resumen, em francês Resume, por exemplo).

Deve ser seguido de palavras-chaves.

AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Dr. André Furtado, meu agradecimento especial pelos va-liosos ensinamentos, orientação e apoio, tornando possível a reali-zação deste trabalho. Aos amigos Josevaldo Araújo e Severino Bezerra, pela colaboração constante, incentivo e amizade sempre presentes em muitos momentos. A Rodrigo César e Marcelo Siqueira, pelo apoio, colaboração e in-centivo. A minha esposa Etiane Falcão, pelo carinho, paciência e estímulo indispensável à realização deste trabalho. À secretária da FFPG, Esther Leyla Braga, pelo auxílio e pela cola-boração na normatização gráfica deste trabalho. A todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho.

LISTA DE TABELAS

1.Título da Tabela....................................................................00 2.Idem......................................................................................00

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57Fascículo 4

Modelo de suMário

Modelo de introdução

Modelo de Metodologia

Modelo de resultados e disCussão

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................... 9 2 METODOLOGIA.................................................................... 10 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................11 4 CONCLUSÕES ....................................................................... 12 5 REFERÊNCIAS ...................................................................... 13 6 BIBLIOGRAFIA...................................................................... 14 ANEXOS..................................................................................... 15

2 METODOLOGIA

Na seção metodologia, deve-se descrever, de forma clara, direta e objetiva, o ambiente onde a pesquisa foi realizada, quem foi pesquisado (os participantes), os equipamentos, as técnicas, os instrumentos de coleta de dados, os procedimentos, as estratégias utilizadas na pesquisa.

1 INTRODUÇÃO

Elemento obrigatório. De acordo com Costa (2003:35), “nela se diz o que é ou de que trata o trabalho.” Deve fornecer uma visão geral do trabalho e sua contextualização dentro do cenário das pes-quisas realizadas na respectiva área.

Expõe as razões que levaram o autor a escrever; define o as-sunto referindo-se ao quadro teórico em que se fundamenta o tra-balho, citando os autores mais importantes que estudaram o tema. Apresenta o estado da questão ou formulação do problema e das hipóteses. Situa o assunto no tempo e no espaço, no conjunto dos conhecimentos ou atividades já desenvolvidas e com as quais se re-laciona, mostrando o que de novo se pretende, sem se esquecer de apontar o que é comum. Define os termos empregados, caso tal defi-nição seja necessária. Indica o caminho a seguir, mostrando as ideias mestras do desenvolvimento, os pontos principais, as deduções mais importantes como também a importância da realização da pesquisa.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A seção resultados descreve sinteticamente o que foi obtido; se for o caso, fazer referência às medidas e/ou aos cálculos estatísticos, podendo ilustrar com gráficos, tabelas, etc. explicando cada um, ou ainda, os resultados podem ser acompanhados do termo discussão, e, neste caso, o autor compara os resultados obtidos em sua pesquisa com os dados de outros autores.

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58 Fascículo 4

Modelo de ConClusões

Modelo de referênCias bibliográfiCas

Modelo de bibliografia

Modelo de anexo

4 CONCLUSÕES

Elemento obrigatório de um trabalho acadêmico. Consiste numa síntese interpretativa dos elementos dispersos no trabalho, ponto de chegada das deduções lógicas baseadas no desenvolvi-mento, nos dados concretos que recolheu na pesquisa, análise e nas interpretações. Também faz parte das conclusões a indicação das hipóteses que não foram comprovadas e aquelas que o estudo acaba de detectar para futuras investigações, apontando os caminhos, as recomendações e sugestões para um maior aprofundamento do tema.

6 BIBLIOGRAFIA Elemento opcional. Lista das obras que foram consultadas (lidas) e não citadas no trabalho. Deve-se listar em ordem alfabética, confor-me a NBR 6023:2002 da ABNT.

5 REFERÊNCIAS Elemento obrigatório. Lista de obras citadas no desenvolvimento do trabalho, elaborada de acordo com a NBR 6023:2002 da ABNT.

5 ANEXO

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59Fascículo 4

resuMo

A elaboração de trabalhos acadêmicos (trabalho de conclusão de curso - TCC, trabalho de graduação interdisciplinar - TGI) tem sido uma das atividades mais usadas atualmente, visando à preparação de alunos para adquirirem uma consciência crítica cada vez mais abrangente e estimular nestes a pesquisa científica, auxiliando no processo de aprender a aprender. A forma como construir e estruturar os trabalhos é mostrada, nesta unidade temáti-ca, de forma simples, didática, com modelos e exemplos de como montar uma monografia, de acordo com as normas exigidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

referênCias

CYRANKA, L. F. M. & SOUZA, V. P. de. Orienta-ções para normatização de trabalhos acadêmi-cos. 6 ed. Juiz de Fora: UFJF. 2000, 89p.

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HUBNER, M. M. Guia para Elaboração de Monografias e Projetos de Dissertação de Mes-trado e Doutorado. São Paulo: Pioneira; Mack-enzie. 1998, 75p.

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OLIVEIRA, M. M. de. Como fazer projetos, relatórios, monografias, dissertações e teses. Recife: Bagaço. 2003, 174p.

TACHIZAWA, T. & MENDES, G. Como fazer monografia na prática. 6. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2001, 138p.

VIEIRA, S. Como escrever uma tese. 5. ed. São Paulo: Pioneira, 1999, 102p.

glossário

a

ABNT - sigla identificadora da “Associação Brasileira de Normas Técnicas”, entidade que gerencia os processos de normatização técnica em nosso país.

ABreviATurA – representação de uma palavra por meio de alguma (s) de suas silabas ou letras.

ABsTrAcT – normalmente presente em dissertações de mes-trado e teses de doutorado.

AgrAdecimeNTo(s) – folha na qual o autor faz agradeci-mentos dirigidos àqueles que contribuíram de maneira re-levante à elaboração do trabalho.

AleATório – escolhido ao acaso, equiprobabilisticamente.

AliNeA – cada uma das subdivisões de um documento, in-dicada por uma letra minúscula e seguida de parênteses.

AmosTrA [AmosTrAgem] – pequena porção de alguma coisa dada para ver, provar ou analisar, a fim de que a qualidade do todo possa ser avaliada ou julgada. a. aci-dental, amostra colhida por amostragem acidental, amos-tra casual, amostra randômica; a. bola de neve, na qual um sujeito indica outro sujeito para integrar-se, usada em uma população especializada e de pequeno número; a. múltiplos estágios, tipo de amostra probabilística na qual várias etapas são realizadas até que se obtenha a amostra final; a. estratificada, comumente usada em pesquisas de opinião social na qual consegue atingir opiniões de várias

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classes sociais.

ANAis – publicação na qual ficam registrados os resumos (abs-tracts) dos trabalhos apresentados num congresso científico.

ANálise – decomposição de um todo em suas subpartes; estudos acerca de como as partes interagem para formar um todo; interpretação das partes para explicar o todo.

ANexo – texto normalmente colocado ao final de um traba-lho acadêmico, que serve para fundamentar, comprovar ou ilustrar determinados tópicos do trabalho.

ANTeprojeTo de pesquisA – esboço de um projeto de pes-quisa. Documento preliminar que possui as ideias básicas a serem desenvolvidas no projeto de pesquisa, podendo ter as mesmas partes de um projeto.

ApêNdice – texto normalmente colocado ao final de um trabalho acadêmico, cujo objetivo é complementar a obra principal.

Apud – termo latino que significa “de acordo com”, “citado por”. Utilizado quando se deseja citar um autor a cuja obra não se teve acesso direto.

ArgumeNTo – raciocínio. Tipo especial de pensamento no qual, a partir de premissas, chega-se a uma conclusão.

ArTigo – texto que possui certas características específicas, cujo objetivo é o de ser publicado num periódico científico. AuTor(es) – pessoa(s) física(s) responsável(eis) pela criação do conteúdo intelectual ou artístico de um documento.

AuTor(es) eNTidAde(s) – instituição(ões), organização (ões), empresa(s), comissão(ões), evento (s), entre outros, responsável(eis) por publicações em que não se distingue autoria pessoal.

b BiBliogrAfiA – relação de fontes documentais (livros, revis-tas, etc.) Referências consultadas pelo autor para a constru-ção de um conhecimento prévio.

BoleTim – publicação periódica que divulga resultados de pesquisas científicas e/ou artigos acadêmicos breve.

BrochurA – qualquer livro ou trabalho que não possua capa dura.

C

cABeçAlho – palavra(s) ou símbolo(s) que determina(m) a entrada.

cApA – proteção externa do trabalho sobre a qual se im-primem as informações indispensáveis à sua identificação.

cApes – sigla indicativa da “Coordenação de Aper-feiçoamento de Pessoal de Nível Superior”, órgão do gov-erno federal brasileiro cujo objetivo é o de avaliar o sistema de pós-graduação stricto sensu em nosso país.

cApíTulo – divisão de um trabalho acadêmico, podendo ser ou não numerado. O mesmo que secção, parte.

ciTAção – alusão, num texto, de uma informação original-mente extraída de outro texto. Pode ser uma transição literal ou uma paráfrase.

cNpq – “Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi-co e Tecnológico”, ligado ao Mistério da Ciência e Tecno-logia brasileiro, com a finalidade de promover e fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico do país.

coleTA de dAdos – operação por meio da qual se obtêm as informações (ou dados) a partir do fenômeno pesquisado.

comissão de ÉTicA – comissão encarregada de avaliar pro-jetos de pesquisa no que se refere a sua dimensão ética. O principal item avaliado é o atinente à segurança dos sujeitos participantes da pesquisa.

comuT – comunicação bibliográfica, ou seja, um sistema ou serviço por meio do qual as bibliotecas fotocopiam ou emprestam suas obras.

coNclusão – proposição final de um argumento: “A conclu-são de um argumento é aquela proposição que se afirma com base nas outras proposições desse mesmo argumento...”.

coNgresso – tipo de evento científico caracterizado por ser uma reunião formal, de grande porte e relevância, que congrega especialistas, pesquisadores e estudantes de de-terminada área de conhecimento científico.

coNhecimeNTo – fato, estado ou condição de compreender, entendimento.

coNveNção – acordo arbitrário acerca de determinado as-sunto.

croNogrAmA – representação gráfica ou em forma de tabela que descreve uma lista de atividades a serem rea-lizadas e o tempo que elas consumirão. Todo projeto de pesquisa deve possuir um cronograma.

currículo lATTes – sistema informatizado integrante da chamada Plataforma Lattes, cujo objetivo é o de padronizar as informações curriculares de toda a comunidade cientí-fica brasileira.

d

dedicATóriA(s) – folha na qual o autor presta homenagem ou dedica seu trabalho. dedução – tipo especial de inferência que parte de, pelo menos, uma premissa universal e que conduz a uma con-clusão particular.

deliNeAmeNTo de pesquisA – plano ou esquema geral a ser utilizado numa pesquisa; planejamento dos procedimentos que serão utilizados na coleta e análise dos dados obtidos em uma pesquisa.

demoNsTrAção – meio de se chegar a uma prova, evidên-

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cia. Processo por meio do qual se explica o método utiliza-do para se chegar a uma conclusão.

deTecção de cAsos – técnicas de pesquisa utilizada princi-palmente na área de saúde pública, que consiste no exame de sujeitos assintomáticos ou saudáveis, com a finalidade de se estabelecer a probabilidade de terem a doença que é o motivo do estudo.

direiTo AuTorAl – direito, concedido por lei, de proprieda-de intelectual que o autor possui sobre sua obra.

disserTAção – no Brasil, tipo de trabalho monográfico resultante de um mestrado acadêmico. Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo cientifico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve eviden-ciar o conhecimento da literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando à ob-tenção do título de mestre.

documeNTo – qualquer suporte que contenha informação registrada, formando uma unidade, que possa servir para consulta, estudo ou prova. Inclui impressos, manuscritos, registros audiovisuais e sonoros, imagens, entre outros (AS-SOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS).

e edição – todos os exemplares produzidos a partir de um original ou matriz. Pertencem à mesma edição de uma obra todas as suas impressões, reimpressões, tiragens etc., pro-duzidas diretamente ou por outros métodos, sem modifica-ções, independentes do período decorrido desde a primeira publicação.

ediTorA – casa publicadora, pessoa(s) ou instituição res-ponsável pela produção editorial. Conforme o suporte do-cumental, outras denominações são utilizadas: produtora (para imagens em movimento), gravadora (para registros sonoros), entre outros.

elemeNTos esseNciAis – são as informações indispensáveis à identificação do documento. Os elementos essenciais estão estritamente vinculados ao suporte documental e va-riam, portanto, conforme o tipo.

elemeNTos complemeNTAres – são as informações que, acrescidas aos elementos essenciais, permitem melhor ca-racterizar os documentos.

elemeNTos pós-TexTuAis – elementos que complementam o trabalho.

elemeNTos prÉ-TexTuAis – elementos que antecedem o tex-to com informações que ajudam na identificação e utiliza-ção do trabalho.

elemeNTos TexTuAis – parte do trabalho em que é exposta a matéria.

empírico – que advém da experiência e da observação da

realidade. Contrasta-se com teórico.

eNsAio – tipo de estudo experimental, no qual ocorre a vi-são das respostas que podem ser encontradas na pesquisa.

eNTidAde – instituição, sociedade, pessoa jurídica, estabe-lecida para fins específicos.

eNTrAdA – unidade do índice que consiste em cabeçalho e indicativo de sua localização no texto. eNTrevisTA – procedimento genérico de coleta de dados, no qual ocorre a presença física ou a distância do pesqui-sador e do sujeito entrevistado. Pode ser: estruturada ou semiestruturada.

episTemologiA – “O estudo do conhecimento” que pode ser construído e avaliado.

errATA – lista das folhas e linhas em que ocorrem erros, seguida das devidas correções. Apresenta-se quase sempre em papel avulso ou encartado, acrescido ao trabalho de-pois de impresso.

esTrATÉgiA de coleTA de dAdos – é onde o pesquisador traça sua categoria de pesquisa, que pode ser local, divi-dindo-se em campo (quando não há controle) e de labo-ratório (quando há controle), que ajudará o pesquisador a organizar sua pesquisa.

esTrATÉgiA de pesquisA – conjunto de decisões que o pes-quisador tem que tomar ao longo do processo de pesqui-sa, em função das características particulares do fenômeno que está estudando e de outras contingências que afetam seu trabalho (ex: orçamento, tempo, etc.).

esTudo de cAso – estudo realizado com um único sujeito (uma pessoa, uma empresa uma cidade, um evento etc).

esTudo epidemiológico – estudo que tem por objetivo in-vestigar a existência e as características das doenças nas populações.

esTudo eTNográfico – estudo que visa descrever e analisar as práticas, crenças e valores culturais de uma comunidade.

esTudo piloTo – estudo preliminar à pesquisa, conduzido com a finalidade de antecipar problemas.

ÉTicA – é uma reflexão, um repensamento, um questiona-mento sobre as normas morais existentes numa pessoa, grupo social, povo, etnia, sociedade, nação ou simples-mente entre os seres humanos. eTiNogrAfiA – análise dos povos e sociedades, seus modos de vida e aspectos culturais.

eveNTo cieNTífico – reunião na qual ocorrem apresenta-ções de trabalhos científicos, discussões e debates de temas científicos com a participação de pesquisadores e estudan-tes. São eles: congressos, fórum, simpósio e mesa-redonda.

excel – programa de computador utilizado para tabulações e cálculos estatísticos.

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experimeNTAção – ato ou efeito de experimentar. Técnica científica utilizada para testar hipóteses e oferecer respostas a problemas específicos.

experimeNTo – ato ou efeito de experimentar, trabalho cien-tifico que se destina a verificar um fenômeno físico, ensaio, tentativa, experimento.

f

feNômeNo – termo originário do verbo grego fainestai, que significa “aquilo que se mostra”, “aquilo que se manifesta”. Este termo é geralmente usado para referir aos objetos de estudo nas pesquisas qualitativas, principalmente no con-texto das ciências humanas.

fichA BiBliográficA – resumo que os pesquisadores costu-mam fazer com o objetivo de facilitar a organização de um levantamento bibliográfico.

fichA cATAlográficA – classificação normativa utilizada para otimizar a colocação, a classificação e a localização de teses e dissertações numa biblioteca. fidedigNidAde – grau de confiabilidade que determinado conhecimento científico pode assumir.

folhA de AprovAção – folha que contém os elementos es-senciais à aprovação do trabalho. folhA de rosTo – página na qual se encontram as infor-mações essenciais acerca de um trabalho acadêmico, tais como título, nome do autor, local e ano de publicação, nome da instituição e, normalmente, um pequeno texto que explica a finalidade institucional do trabalho.

formulário – instrumento de pesquisa, similar a um ques-tionário, porém a ser preenchido pelo próprio pesquisador.

fórum – versão reduzida em tamanho e em importância de um congresso científico.

g

glossário – conjunto de termos e/ou conceitos de deter-minada área de conhecimento, acompanhados dos seus respectivos significados.

h hipóTese – suposição realizada provisoriamente com o in-tuito de explicar algo que se desconhece.

i

iBidem – termo latino que significa “na mesma obra”. É utilizado quando houver a necessidade de realizar várias citações de uma mesma obra num espaço relativamente curto de texto.

ilusTrAção – desenho, gravura, imagem que acompanha um texto.

iNdexAção – processo por meio do qual um artigo de pes-

quisa passa a fazer parte, por meio do seu resumo e de suas palavras-chave, de um índice científico.

iNdicATivo – número(s) da(s) páginas ou outra(s) indicação(ões) especificada(s), do local onde os itens po-dem ser localizados no texto.

iNdicATivo de seção – número ou grupo numérico que an-tecede cada seção do documento.

íNdice – lista de palavras ou frases, relação de itens numa publicação, ordenadas segundo determinado critério, que tem como objetivo facilitar a busca da informação.

iNdução – trata-se de um tipo especial de inferência, da qual se parte uma série de informações ou premissas par-ticulares.

iNsTrumeNTo – meio através do qual se mensura determi-nado fenômeno ou se obtêm dados numa pesquisa.

isBN – sigla indicativa de “Internacional Standard Book Number”, que é um sistema internacional padronizado que identifica numericamente os livros segundo o título, autor, país, editora, individualizando-os, inclusive, por edição.

iso – (Organização Internacional para a Normatização); órgão internacional que congrega institutos e organizações de normatização de mais de uma centena de países.

j

jusTificATivA – seção de um projeto de pesquisa na qual o autor defenderá a necessidade da realização do trabalho e apresentará justificativas técnicas, profissionais, heurísticas, sociais etc.

l

lABorATório – qualquer ambiente de pesquisa ou de coleta de dados no qual haja um certo nível de controle por parte do pesquisador. Contrapõe-se ao termo campo.

lATo seNsu – em sentido amplo. O contrário de stricto sensu levANTAmeNTo – tipo de delineamento de pesquisa descri-tiva, cujo objetivo é o de verificar o estado atual de dado fenômeno.

lisTA – enumeração de elementos selecionados do texto, tais como datas, ilustrações, exemplos etc., na ordem de sua ocorrência.

lógicA – parte da filosofia que estuda os métodos e prin-cípios usados para distinguir o raciocínio correto do incor-reto, entendendo-se por raciocínio aquele gênero especial de pensamento no qual realizam inferências e se derivam conclusões a partir de premissas (COPI, 1978). .

M mANipulAção - ação de interferência no comportamento de um estudo, operação fundamental de um experimen-to. V. tb.: variável dependente, independente e causalidade

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unidirecional.

mArco Teórico – concepção teórica predominante em um trabalho científico.

mArgem de erro – diferença que um pesquisador deve aceitar entre o valor real de um parâmetro esperado.

mATeriAl – parte integrante de um trabalho científico (nor-malmente uma subseção da secção “método”), no qual se descrevem os matérias utilizados na coleta de dados.

mATriz de correlAção – dados em forma de tabela para medir correlações entre variáveis, numa pesquisa.

mÉdiA – resultado da soma de valores dividido pelo número de valores presentes em um conjunto. Mediana e moda são uma das principais tendências centrais de uma distribuição.

mesA-redoNdA – tipo de evento científico no qual dois ou mais pesquisadores, especialistas em determinada área do conhecimento, defendem opiniões divergentes acerca de determinado tema de sua especialidade.

mÉTodo – sequência lógica de procedimentos que devem ser seguidos em busca de um objetivo, em que, a partir dele, teremos a construção do conhecimento e do método cientifico.

mÉTodo cieNTífico – 1 – identificação de um problema; 2 – especificação do problema; 3- tentativa de enquadramento do problema http://docs.google.com/Doc?id=dgz6hvrq_63fhp6r7dj&hl=pt_BR; 4- tentativa de solução do proble-ma; 5- geração de novas ideias; 6- obtenção de uma solu-ção; 7- análise das consequências da solução; 8- prova da solução; 9- correção da solução.

moNismo meTodológico – ponto de vista no qual todas as ciências devem ater-se a um único método. Contrário ao dualismo metodológico, que defende a diferenciação metodológica entre as ciências naturais e sociais. V.tb.: du-alismo metodológico, hermenêutica e positivismo.

moNogrAfiA – qualquer trabalho escrito (científico ou não) que verse sobre um único tema.

morAl – é o conjunto de prescrições vigentes numa deter-minada sociedade e consideradas como critérios válidos para a orientação do agir de todos os membros dessa so-ciedade.

ms – sigla indicativa de Master of Science (às vezes, tam-bém grafado como M. Sc.), grau acadêmico norte-ameri-cano, equivalente ao de grau de mestre no Brasil.

n NeuTrAlidAde cieNTíficA – objetivo descontextualizado da história, da cultura e da subjetividade humana.

o oBjeTividAde – As apresentações, o trabalho, a pesquisa e o conhecimento devem ser objetivos.

oBjeTivo – seção de um projeto de pesquisa cientifica, na qual estão divididos em Geral e Específico, ou seja, as fina-lidades principais e secundárias deste.

oBservAção – método de coleta de dados que pressupõe a existência de um observador que utiliza técnicas ou mé-todos de observação.

oNTologiA – corpo de conhecimentos integrante da Filo-sofia que se preocupa com o existir e com a natureza “a ci-ência que estuda o ser enquanto ser”, segundo Aristóteles.

orçAmeNTo de pesquisA – relação de custos na realização de uma pesquisa, normalmente especificados no projeto de pesquisa.

p pAiNel – [pôster] forma de apresentação e exposição dos resultados em uma pesquisa científica, disposto no cartaz de tamanho 1,00 x 1,50m, no qual estão apresentadas as principais informações da pesquisa.

pAlAvrA-chAve – palavra representativa do conteúdo do documento, escolhida, preferencialmente, em vocabulário controlado.

pAper – ver artigo.

pATeNTe – processo de proteção de uma invenção, cujo ob-jetivo é o de garantir ao autor de uma idéia a propriedade desta e, portanto, dos lucros financeiros que decorrem de seu uso.

periódico – publicação científica especializada na qual os artigos (pesquisas) são publicados.

pesquisA – processo por meio do qual a ciência busca dar resposta aos problemas normalmente sociais. Investigação sistemática de determinado assunto que visa obter novas informações e ou reorganizar as informações já existentes sobre um problema específico e bem definido.

pesquisA BiBliográficA – pesquisa que se restringe à aná-lise de documentos.

ph.d – sigla indicativa de Philosophy Doctor, grau acadêmi-co norte-americano, equivalente ao grau de doutor no Brasil.

plATAformA lATTes – banco de dados que facilitam e in-tegram as atividades de fomento, gestão e planejamento em ciência e tecnologia em nosso país. Esse nome é uma homenagem ao físico brasileiro César Lattes.

populAção – grupo de pessoas, objetos ou eventos que pos-sui um conjunto de características comuns que o definem.

pós-grAduAção – nível de ensino que ocorre após a graduação regular, podendo ser, “Lato-Sensu” e “Stricto Sensu”; o primeiro refere-se aos chamados cursos de es-pecialização, ou seja, voltado ao mercado de trabalho, e o segundo refere-se aos programas de mestrado e douto-rado de cunho estritamente acadêmico e que visam basica-

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mente à formação de professores universitários e cientistas.

posTer – instrumento de comunicação, exibido em diversos suportes, que sintetiza e divulga o conteúdo a ser apresentado.

prefácio – texto curto que tem por objetivo apresentar o trabalho acadêmico, delinear seus objetivos, explicar sobre a estrutura geral do texto.

premissA – proposição especial em um argumento, a partir da qual, por meio de um processo de inferência (dedução ou indução), chega-se a uma conclusão.

proBABilidAde – chance de ocorrência de um evento.

proBlemA – questão a ser investigada em uma pesquisa, colocada na forma interrogativa. O problema é uma espe-cificação do tema de pesquisa, devendo ser circunscrito e bem definido.

projeTo – descrição da estrutura de um empreendimento a ser realizado.

projeTo de pesquisA – documento que especifica informa-ções acerca de uma pesquisa ainda não realizada, mas que se pretende realizar. Normalmente apresenta todos os componentes de uma pesquisa comum, exceto as seções de resultados e conclusões.

Q

quAlis – sistema de avaliação dos periódicos brasileiros, sob a responsabilidade da Capes.

quAliTATivo – adjetivo sinônimo de nominal (qualidade), quando se refere às variáveis.

quANTiTATivo – variável referente à quantidade de coleta de dados.

quesTioNário – I - técnica estruturada para coleta de da-dos; II – tipo de instrumento de pesquisa, que consiste num conjunto de perguntas escritas que devem ser respondidas pelos sujeitos.

r referêNciAs – secção normalmente situada ao final de um trabalho científico que lista as fontes documentais utiliza-das, individualmente e que permitem sua identificação.

reseNhA – apreciação crítica de um texto, livro ou artigo. O objetivo da resenha é o de resumir as principais ideias do texto original e discuti-las criticamente, também chamado de resumo crítico.

resulTAdos – parte de um trabalho científico, na qual se descrevem os resultados brutos e sintetizados da pesquisa (geralmente através de tabelas e gráficos).

resumo – parte de um trabalho científico, na qual o autor contextualiza o problema de pesquisa; de forma concisa, mostra os pontos relevantes do texto, fornecendo uma visão rápida e clara do conteúdo, o método utilizado, os principais

resultados e a conclusão do estudo. É escrito na língua ver-nácula e, em alguns casos, também em língua estrangeira.

revisão de liTerATurA – levantamento e análise criteriosa e sistemática dos resultados e conclusões de outras pesquisas acerca de determinado tema.

s

sBpc – sigla referente à “Sociedade Brasileira para o Pro-gresso da Ciência”, entidade civil sem fins lucrativos, que congrega cientistas, estudantes e outras entidades científicas.

seção – parte em que se divide o texto de um documento, que contém as matérias consideradas afins na exposição ordenada do assunto.

seção primáriA – principal divisão do texto de um documento.

seção secuNdáriA, TerciáriA, quATerNáriA, quiNáriA – di-visão do texto de uma seção primária, secundária, terciária, quaternária, respectivamente.

siglA – reunião das letras dos vocábulos fundamentais de uma denominação ou título.

símBolo – sinal que substitui o nome de uma coisa ou de uma ação.

síNTese – I – resumo, sinopse; II – combinação de partes para a constituição de um todo.

sTricTo seNsu - no sentido estrito.

suBcABeçAlho – palavra ou símbolo que complementa o cabeçalho.

suBTíTulo – informações apresentadas em seguida ao tí-tulo, visando esclarecê-lo ou complementá-lo, de acordo com o conteúdo do documento.

sujeiTo de pesquisA – indivíduo participante de uma pes-quisa e que será objeto de coleta de dados.

sumário – lista enumerada sequencial dos tópicos que aparecem num trabalho, acompanhados da indicação dos números de páginas em que esses tópicos iniciam. O su-mário deve ser colocado no início do trabalho.

t TABelA – elemento demonstrativo de síntese que constitui unidade autônoma.

TÉcNicA – I - conjunto de procedimentos organizados ba-seados em um conhecimento científico; II – conjunto de métodos ou processos de manipulação na produção de um resultado.

Tese – tipo de trabalho monográfico executado em pro-gramas de pós-graduação “stricto-sensu”, em nível de doutorado; proposição defendida em trabalho científico. É produzida sob a coordenação de um orientador (doutor) e visa à obtenção do título de doutor ou similar.

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65Fascículo 4

TíTulo – palavra, expressão ou frase que designa o assunto ou o conteúdo de um documento.

TrABAlhos AcAdêmicos – são constituídos do trabalho de conclusão de curso (TCC); trabalho de graduação inter-disciplinar (TGI). Documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados. É realizado sob a supervisão de um orientador.

u

uTiliTArismo – ponto de vista filosófico que considera o va-lor de uma ação em função das suas consequências.

v verificABilidAde – princípio segundo o qual somente pode ser considerado verdadeiro aquilo que puder ser empirica-mente verificado.

volume – divisão de uma obra. II – reunião de um con-junto de fascículos de um periódico por unidade de tempo.

w Workshop – I - curso intensivo, de curta duração; II – apre-sentação de técnicas e procedimentos.

x x-BArrA – representação de média aritmética de uma amostra de dados. ( x ).

Y

YeArBook – livro do ano, anuário. Obra que contém a infor-mação acumulada de um ano sobre determinado assunto ou das atividades de uma instituição em determinado ano.

z

zeTÉTicA – I- do grego (zetezis), significa pesquisa, questio-namento, especulação.

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