29/08/2015 - jornal semanário - edição 3.160

Corsan deve entregar obras apenas em 2017

Após conseguir liberação ambiental, companhia retoma os trabalhos na ETE do Barracão

VITÓRIA

LOVAT

BENTO GONÇALVESSábado29 DE AGOSTO DE 2015ANO 48 N°3160

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Contas públicas

Prefeito inicia enxugo da máquinaSecretarias começaram demissões de CCs e terceirizados. Horas-extras e diárias também foram cortadas Página 18

Páginas 20 e 21

Saneamento

O ensino de habilidades sociais: essencial na educaçãoEncontramos hoje em nosso país um déficit em desenvol-

ver habilidades sociais que até há pouco tempo eram me-nosprezadas frente a um belo currículo acadêmico. Embora muitas vezes sejam mais requeridas que as próprias habili-dades técnicas, as habilidades sociais não são ensinadas em nossas instituições de ensino. Não temos salas de aula nem equipe escolar capacitada para o desenvolvimento de um aprendizado simples como ‘relacionamento interpessoal’ e ‘resolução de conflitos’. Assim, vamos aprendendo com a vida, da forma mais dura e incompreensiva, que essas habi-lidades são tão ou mais necessárias do que qualquer outra.

Tudo poderia ser bem diferente se, ao entrar na escola, uma criança pudesse ter acesso ao ensino maciço do com-portamento social básico, como pedir ajuda ao colega, es-perar a vez de falar e ouvir atentamente. Podem parecer atitudes simples, mas para uma criança não é. Crianças em fase escolar inicial são egocêntricas e se não as ensinamos como desenvolver essas competências, corremos um sério risco de que sejam adolescentes, jovens e, posteriormente, adultos individualistas, em uma sociedade onde o comum a todos se faz cada vez mais necessário.

Um exemplo básico da falta de habilidades sociais está em filas ou nos ônibus, onde jovens e adultos não respei-tam a prioridade de idosos e grávidas. Seriam esses indi-víduos tão culpados por não respeitar a lei do bom senso? Provavelmente, não! Não lhes foram ensinadas algumas regras básicas de convívio e eles, duramente, terão que aprender com a vida.

Pois bem, o que deve ser feito, então? A resposta é bem clara: crianças devem aprender habilidades sociais! Não como uma nova disciplina na escola, mas sim com a opor-tunidade de conviver mais e melhor com os seus colegas. Hoje estamos tomados, desde a pequena infância, aos smartphones, tablets, notebooks e outros aparelhos tec-nológicos e deixamos a interação com seres humanos em segundo plano. Mas é justamente essa interação humana a responsável pela produção de habilidades sociais mui-to primárias. Crianças devem brincar com crianças e não somente com aparelhos. O uso da tecnologia é essencial e

devemos desenvolvê-lo, porém, ser habilidoso socialmente é essencial. E podemos começar com simples gestos.

Lembram-se das palavrinhas mágicas aprendidas na escola? Por favor, obrigada... Pois é, elas ainda existem e devem ser ensinadas em casa, quando surgem as primei-ras palavras. Ensinar a brincar com os colegas e a dividir o lanche também é parte importante da educação.

Uma criança assimila muito mais por imitação. Seja o adulto exemplo para a criança! Seja o guia para que essa criança tenha um referencial. Promova conversas enrique-cidas com as crianças, propondo descobertas e desafios para elas. Estimule as brincadeiras onde a criança pode ser o líder, mas também o liderado e, após a brincadeira, ex-plique a ela a importância de cada um dos papéis. Recom-pense com afeto: abrace, elogie.

Como educadores ou pais de alunos, podemos conversar, interagir, fazer com que as crianças participem de conver-sas sabendo sua vez de ouvir e falar, respeitando a opinião dos colegas e colocando suas opiniões de maneira asser-tiva. Essas rodas de conversa devem acontecer na escola, principalmente, visto que esse é o primeiro ambiente social do aluno. E para que rodas de conversa aconteçam preci-samos apenas de um assunto interessante e que todos te-nham o mesmo direito a falar e ouvir.

O ensino de habilidades sociais deve ser, portanto, na prática, no dia a dia, na reflexão diária. Não se ensina uma criança a agradecer pelo presente antes de ganhá-lo, mas sim ao ganhá-lo. Educar é um ato de amor e decisão. Po-demos escolher educar para passar conhecimento simples-mente, ou agregar um outro valor: passar sabedoria, ensi-nos que serão necessários por toda a vida. Em qual dessas opções você educaria seu filho?

Artigo

O texto para esta seção deve conter aproximadamente 2.500 caracteres, incluindo os espaços, e ser enviado para o endereço de e-mail [email protected]

GISELE VITÓRIOGestora de RH

O bom administradorEditorial

A administração pública do Brasil, em todos os seus níveis, sente os reflexos da crise econômica. Não é só o Governo Fe-deral que tenta melhorar suas contas com o ajuste fiscal, corte no número de ministérios e outras medidas que resultem em contenção de gastos. Os governos estaduais igualmente sofrem com a queda de arrecadação. Por último, para completar o efei-to dominó da retração da economia, os cortes chegaram às prefeituras.

Em Bento Gonçalves, o prefeito Guilherme Pasin resistiu o que pode para manter a si-tuação sob controle, sem precisar “cortar na própria carne”. Mas não teve jeito. A falta de repasses de recursos federais e estaduais fez com que a máquina pública tivesse que sofrer ajustes. Os cálculos feitos pela Secretaria de Finanças mostra que cada pasta da atual administração terá que dar a sua cota de sacrifício. Seja cortando horas-extras e diárias, ou então demi-tindo cargos de confiança e funcionários terceirizados. O célebre ditado “fazer mais, com menos” nunca foi tão útil como agora.

Grande parte das previsões orçamentárias foram por água

abaixo. O ano que vem promete também ser de vacas magras com a perda de quase R$ 10 milhões na estimativa de arreca-dação do ICMS para o município. Administrar um município com abundância de recursos, como é o caso de Bento Gonçal-ves, por conta dos bons ventos da economia e arrecadação de impostos crescente, não é uma tarefa difícil e pode até desedu-

car o administrador público, que acaba assu-mindo compromissos e gastos que não são de sua responsabilidade direta.

Quando a arrecadação cai e as contas aper-tam, é hora de cortar o que é supérfluo, rever contratos, enxugar a máquina. É nessas si-tuações que o administrador público precisa exercer sua capacidade de fazer cortes pre-

servando os serviços essenciais. Se cortes de gastos precisam ser feitos, é necessário que ocorram com parcimônia. Diminuir despesas nas áreas de educação e saúde só se justificam quan-do forem eliminadas as gorduras e desperdícios de todos os ou-tros setores administrativos. Neste ponto, a decisão do prefeito Pasin foi a mais consciente possível.

Nos momentos de crise é que o administrador tem que saber fazer cortes preservando serviços essenciais

Sábado, 29 de agosto de 2015 2 Opinião

SEDEWolsir A. Antonini, 451

Bairro Fenavinho - Caixa Postal 12695 700.000 - Bento Gonçalves - RS

ESCRITÓRIO CENTRALMal. Deodoro, Centro, 101Galeria Central - Sala 501

DIRETOR PRESIDENTE HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

DIRETORES ANA INÊS FACCHIN

HENRIQUE ANTÔNIO FRANCIO

FALE COM A GENTE

Telefones:Central/Fax: 3455.4500

Escritório Centro: 3452.2186Rádio - Estúdio: 3455.4530

Rádio - Coordenação: 3455.4535Noi - 3455.4513 ou 9923.1411

Atendimento ao assinante: 3055.3073 ou 9971.6364

E-mails:[email protected]

[email protected]@radiorainha.fm.br

[email protected]

Sites:www.jornalsemanario.com.br

www.radiorainha.fm.brwww.revistanoi.com.br

JORNALISTA RESPONSÁVEL HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

Registro Prof. DRT 3321

CirculaçãoQuartas-feiras e sábados

Somos filiados à ADJORI / RSEste jornal não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados e não devolve

originais que não foram publicados.

EXPEDIENTE

Siga-nos no Twitter:@jsemanario

Curta a fanpage:fb.com/jornalsemanario

Leia também no nosso site:www.jornalsemanario.com.br

Semanário na Internet

REPRESENTANTE EM PORTO ALEGRE Grupo de Diários

Rua Garibaldi, 659, Conjunto 102Centro - POA - Fone: (51) 3272.9595

e-mail: [email protected]

Painel

O escritor Geraldo Farina lançou na noite da sexta-feira, 28, no Vale dos Vinhedos, o li-vro ‘O Vigor da Canção Popular Italiana no Rio Grande do Sul’. A obra resgata a história de grupos de canto, corais e ban-das da região, o ambiente dos chamados filós que reuniam famílias em torno da música, gastronomia, vinhos e jogos trazidos pelos imigrantes à re-gião. O livro é um registro da vivência de 40 anos de Farina como regente de coros e um convite para o leitor viajar no tempo, relembrar as origens de toda uma cultura que se forta-leceu sob a forma de música.

Farina mora em Bento Gon-çalves, nasceu em 1948 e ini-ciou sua trajetória ligada à cul-tura em Nova Prata, ainda na década de 1970. Regente, pro-fessor de português, literatura e música, já publicou os livros História de Nova Prata, Me-

Musical em cartaz em Bento

Geraldo Farina lança obra

Dirigentes da Cooperativa Vinícola Aurora estiveram reu-nidos na tarde da quinta-feira, 27, com o prefeito Guilherme Pasin para receber o documen-to do Instituto de Planejamen-to Urbano (Ipurb) que confir-ma a viabilidade da ampliação da vinícola, tendo em vista o zoneamento urbano previsto no atual Plano Diretor do mu-nicípio para aquela localidade.

A cooperativa, que reúne mais de 1,1 mil produtores, está elaborando um projeto visando à ampliação de esto-cagem e recebimento da sua unidade localizada no Vale dos Vinhedos, para facilitar o deslocamento da produção de seus associados. Com o docu-mento, a Aurora pode dar iní-cio ao processo de ampliação.

Ampliação da Vinícola Aurora

Sábado, 29 de agosto de 2015 3

A RGE comunicou que na quarta-feira, 26, à tarde, parte do bairro Fenavinho ficaria sem luz, deixando empresas sem poder trabalhar. Por que esses serviços de conserto de rede não são feitos no sábado?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

Painel

Árvore é sinônimo de vida e #LEOClube é sinônimo de amor! Juntando os dois, o @leoclubebg fez o varal do #orgulhoLEO. Durante essa se-

mana fotos e objetos que representam o movimento estiveram expostos

Use a hashtag #jornalsemanario no Instagram e compartilhe suas fotos conosco

Foto do Leitor

DIVU

LGA

ÇÃOHUMOR Moacir Arlan

Curta e comente na página do Semanário no Facebook. Seu comentário pode ser publicado aqui.

www.fb.me/jornalsemanario

Esclarecimento do Caso MariuzzaEla tem rolo com quem cometeu o crime e está aí de boi de piranha !! Espero que a polícia faça ela falar!

Tita Flores

Bom trabalho. Parabéns delegado Álvaro P. Becker e toda sua equipe!

Marília Ferrari

Parabéns (à equipe da polícia), mas o fato é lamentável.

Clarice Alc

,

mórias do Cotidiano, Reencon-tro, História de Veranópolis e Ricordi Taliani, além de ter participado de obras coletivas como “Nós, os Ítalo-Gaúchos”. O autor autografará a obra du-rante a Feira do Livro de Bento Gonçalves, que ocorre de 24 de setembro a 4 de outubro, na Via del Vino, no centro.

O espetáculo “O Som da Ilusão”, da Ámeno Companhia de Teatro Musical, está em cartaz na Casa das Artes. A obra retrata a vida dramática da jovem Júlia que sonha em ser bailarina, mas vive em constante conflito com seus sentimentos, por ter pais que não a apoiam.

Interessados podem assistir hoje, 29, às 19h30min, e amanhã, 30, às 18h30min. Ingressos custam R$ 50 inteira e R$ 25 meia para estudantes e sênior. Mais in-formações pelos telefones (54) 9646.3247 ou (54) 9118. 7714

Sábado, 29 de agosto de 20154 Geral

E agora, José?

Sinuca de bico

O que virá agora?

Bem, essa pergunta poderia ser dirigida especifica-mente ao governador José Ivo Sartori, mas, certamente, seria injusto com ele já que há mais dois agentes públicos envolvidos no processo da saúde brasileira: os municí-pios e o governo federal. Há que se destacar, porém, que os dois mais próximos daqueles que exigem uma saúde melhor, em melhores condições de resolutividade, que é o povo, são os municípios e o Estado. Estou vivendo o dia-a-dia da saúde, no Conselho Municipal da Saúde, há mais de vinte anos e posso assegurar que jamais, em tempo algum, desde 1988, quando deputados e senado-res decidiram inserir na Constituição a determinação de que “a saúde é um direito de todos e um dever do Es-tado”, a saúde atingiu esse patamar de dificuldades. Por isso é que estampei essa pergunta. O que fazer?

O Hospital Tacchini é referência regional. Os percen-tuais em 2014 destinados ao Tacchini são esses: o muni-cípio destina 10,64% do total que o Tacchini recebe para atender usuários do SUS; o governo do Estado 16,84% e o governo federal, 72,52%. Para quem não sabe, Bento Gonçalves assumiu a Gestão Plena da Saúde e passou a ser o contratante e o gestor na saúde. Com isso, a Contra-tualização com o Hospital Tacchini é de responsabilida-de da Secretaria da Saúde de Bento Gonçalves. E é bom que toda a comunidade saiba de duas coisas importantís-simas: 1) Já faz doze anos que a tabela SUS não tem re-ajustes do governo federal, penalizando fantasticamente hospitais, profissionais e prestadores de serviços; 2) Os valores constantes do contrato da Secretaria da Saúde com o Tacchini não têm reajustes desde 2010 (os valores SUS não aumentam). A filantropia que beneficia o Tac-chini não cobre os prejuízos com os atendimentos pelo SUS. Sinuca de bico! Com “taco sem giz”!

O contrato da Contratualização venceu o ano passado e recebeu aditivos. O Tacchini não tem mais como su-portar os prejuízos e rombos de caixa que o obrigaram a tomar dinheiro junto a bancos. Obviamente, não há a menor possibilidade de se cogitar da inviabilização do Tacchini (que tem 60 mil associados do Tacchimed para atender) por causa do SUS. Então, o que era sinuca de bico virou “caçapa fechada”. Os que jogam sinuca sabem do que me refiro. É urgente que os entes públicos – pre-feituras, estados e União – busquem, juntamente como os poderes legislativos e judiciário, solução imediatas, urgentíssimas para contornar o problema. Fala-se da volta da CPMF. Particularmente, sou favorável, desde que seja cobrada dos que têm maior poder aquisitivo. Uma coisa, porém, é certa: como está não pode ficar.

ÚLTIMASPrimeira: Hoje à noite, no Parque de

Eventos, acontecerá a XVII Comenda Eles na Cozinha, promoção ímpar da Liga de Combate ao Câncer. Hoje serão 18 equi-pes de cozinheiros preparando com es-mero os pratos a serem degustados pelos presentes;

Segunda: O hall de entrada do Parque – pavilhão A –, especialmente decorado, receberá os privilegiados que adquiriram os ingressos desse jantar beneficente, colabo-rando decisivamente para o êxito das ações comunitárias da Liga de Combate ao Câncer;

Terceira: Estou ansioso para saber

qual a proposta do governo Sartori nes-se aumento do ICMS para as pequenas e microempresas, já massacradas pelo Imposto de Fronteira que ele prometeu acabar na campanha política;

Quarta: Como critiquei a EGR inú-meras vezes pelo descaso em não si-nalizar a RS-122 entre Scharlau e São Vendelino, é justo que destaque agora que a sinalização foi efetuada. Obriga-ção legal cumprida pela EGR;

Quinta: Diante de tudo o que se tem visto e ouvido sobre a criminalidade, cada vez mais cruel, estou repensando meus conceitos sobre a lei do desarmamento. Assim como está os bandidos estão ar-mados e agem contra uma população que sabem indefesa, desarmada;

Sexta: A audácia com que alguns assal-tos foram praticados em Bento nos últi-mos dias beira o inacreditável. Eles agem com a certeza da impunidade;

Sétima: E não mais se satisfazem em, sadicamente, provocar horrores nos assal-tados. Agora matam assim, sem mais nem menos. Até quando, prezadas “autorida-des competentes”?

Oitava: E tudo isso tem mais um agra-vante, além da legislação pífia que per-mite a impunidade: a carência de pesso-al na polícia civil e militar, que, segundo entendidos, supera 13 mil policiais;

Nona: Será que algum dia teremos as “bituqueiras” (coletoras de pontas de ci-garros) nas ruas centrais de Bento? E será que, algum dia, alguns fumantes deixarão de jogar pela janela do carro suas bitucas?

Décima: Grêmio e Inter fizeram suas obrigações e estão nas quartas de final da Copa do Brasil. Gente ligados a eles “fin-gem” que querem grenal na próxima fase. Será que querem? Penso que o melhor se-ria chegarem na final com um grenal.

Antô[email protected]

E a responsabilidade dos usuários?Sim, é muito comum ouvir falar nos “direitos dos usuá-

rios do SUS”. Nunca ouvi falar nas “obrigações” dos usuá-rios. Explico: acontece todos os dias de usuários com con-sultas ou procedimentos agendados não comparecerem, prejudicando outros que precisam também e causando custos. E há, também, percentual elevadíssimo de pes-soas que fazem exames solicitados pelos médicos do SUS e depois não os procuram. E há muitos que procuram os serviços do SUS sem necessidade ou para obter atestados médicos para justificar ausências ou faltas ao trabalho. Não sei quanto esses descasos dos usuários do SUS cus-tam para os governos municipais, estaduais e federal. Mas que já é mais do que hora das pessoas tomarem vergonha na cara e pararem de tirar o lugar dos outros que necessi-tam, verdadeiramente, de tratamento de saúde.


Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.991

IGVariedades

A FRASE

ESTÉRIL e vazia é a vida que desaparece sem nada deixar para a humanidade!(.)

Fiema Brasil 2016Um evento diferenciado, expressivo e cercado de expectativa! Esta

é a linha de ação movida pelo espírito de organização e credibilida-de de seus próprios dirigentes e equipe enaltecida pelos milhares de visitantes a cada edição além de seus inúmeros expositores. Esta-mos nos referindo à 7ª Fiema Brasil 2016 que vem aí emoldurada de novidades e surpresas! Promovida pela Fundação Proamb liderada pelo presidente Neri Gilberto Basso, a Fiema Brasil acontece na Fun-daparque em Bento Gonçalves, RS, de 5 a 7 de abril de 2016 das 13h às 19h comandada pelo presidente Jones Favretto e equipe diretiva que esperam uma feira de negócios das mais expressivas e de resul-tados, abrindo novos caminhos e soluções para o meio ambiente.

Eles Na Cozinha – 17ª ComendaLiderada pela presidente Maria Lucia Severa e equipe, a Liga de

Combate ao Câncer de Bento Gonçalves, ao som da Orquestra Teu-tônia e 18 chefs promovem neste sábado, 29 de agosto de 2015, ás 20h no Pavilhão A da Fundaparque, a 17ª Comenda Eles Na Cozi-nha. A renda será aplicada em ações auxiliando centenas de pacien-tes na prevenção do câncer, diagnósticos e acompanhamento do tratamento. Prestigie, pois é um gesto de amor!

Confraria - recepção

Getúlio- fraternal abraço

Medalha - Oscar Bertholdo

Laço Velho – 58º aniversário

Tacchini - São Roque

Liderada pelo presidente Marcos A. Valduga, a Confraria In Vino Veritas foi recepcionada na noite da última 2ª feira pelos proprietários da Nella Pietra-Pizza-de Bento Gonçalves, Sandro Girotto e Rachel-le Morés que agradeceram a convivência. Tomou posse como novo membro da Confraria, Gilmar Fernando Lazzarotto tendo como pa-drinho Euclides Longhi. Foram degustados os vinhos Monte Pulcia-no-Vinicola Panizzon- safra 2011, Equilibrum Cordelier-Fante Indús-tria Bebidas- Assemblage 2011 e Casa Venturini- Tannat 2012. Valeu!

Registrar com alegria em 7 de agosto de 2015, as 19h30min, no CTG Laço Velho as comemorações dos 70 anos de vida do amigo Getúlio Ste-fani. Uma vida dedicada à família e à comunidade, com um brilho de felicidade a esposa Marisa, os filhos Leonardo, Fábio e Vanessa e, fami-liares surpreenderam o Pai com uma bela homenagem reunindo a famí-lia e amigos de Getúlio Stefani pela feliz efeméride. Ao final as palavras de carinho dos filhos e a emoção do agradecimento. Parabéns Getúlio!

O presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Bento Gonçalves, Valdecir Rubbo, convidando para a Sessão Solene que acontece no Plenário do Legislativo dia 3 de setembro de 2015, às 19h. Na ocasião, o maestro Alves Rossatto será homenageado com a Medalha do Mérito Cultural Oscar Bertholdo. Parabéns Alves!

Neste sábado, 29 de agosto de 2015, às 20h, o grande Jantar Baile de 58º Aniversário de fundação do CTG Laço Velho animado pelo Grupo Estância. Ao patrão Antenor Rizzi e equipe, parabéns pela efeméride e sucesso!

Com metas pré-estabelecidas, Hilton Mancio Superintendente Exe-cutivo e Edson Zandoná presidente do Conselho de Administração, o Tacchini continuará investindo com qualidade para o bem estar da po-pulação! E com uma programação intensa cumprimentar dirigentes, profissionais, funcionários e a comunidade de Carlos Barbosa pelas comemorações dos 60 anos de existência do Hospital Beneficente São Roque que, desde 2004, faz parte do Tacchini – Sistema Integrado de Saúde. Uma caminhada de avanços em favor da saúde cujo trabalho merece os aplausos da comunidade barbosense. Parabéns!

O compromisso com a sus-tentabilidade, expresso pelo respeito ambiental e sócio--cultural, está cada vez mais interconectado aos princípios da engenharia e da arquite-tura – e presente no dia a dia dos profissionais especializa-dos nesses segmentos de atu-ação. Atenta a esse panorama, a Associação dos Engenheiros e Arquitetos da Região dos Vi-nhedos promove o Congresso Estadual AEARV – Ideias Sus-tentáveis, reflexão e consciên-cia. Ao mesmo tempo em que coloca em pauta os desafios da sustentabilidade, o encon-tro promove a qualificação e apresenta alternativas para o setor. O Congresso AEARV ocorre nos dias 3 e 4 de setem-bro, na Fundação Casa das Ar-tes em Bento Gonçalves.

Ícones da engenharia e arquitetura em Bento

AEARV

Na programação, painéis com diferentes especialis-tas darão suporte para que o público possa visualizar no-vas possibilidades e tendên-cias do mercado. Entre os painelistas está o arquiteto Roberto Loeb que apresenta o tema “Arquitetura: o pú-blico e o privado”. Tomás de Lara (Empresas B: Redefi-nindo o conceito de sucesso nos negócios); Miguel Sattler (Edificações e Comunidades mais Sustentáveis); Tarcísio de Paula Pinto (Sustentabi-lidade e Inovação Tecnológi-ca na Gestão dos Resíduos); Roberto Teitelroit (Green Buildings: histórico, panora-ma e desafios); Allan Lopes (Saúde da Casa); Sérgio Ci-relli Angulo (Novos materiais e técnicas ecologicamente

corretas) e Márcio Carvalho e Ricardo Ruschel (Arquite-tura e mercado imobiliário: uma abordagem ética e esté-tica - Case Smart! Lifestyle + Design) completam o time de palestrantes.

A participação pode ser confirmada mediante aqui-sição de ingresso no valor de R$ 180 – e preço especial para associados AEARV e es-tudantes, no valor de R$ 80. Informações pelo site www.aearv.com.br ou pelo telefone (54) 3451.9533. O Congresso AEARV é realizado em par-ceria com o CREA-RS e tem o apoio de Eko Ambientes, Multi Aquecimento, Concre-sul, Meber Metais, Lazza, Ar-telana, UCS, Fundação Casa das Artes e Prefeitura de Ben-to Gonçalves.

Sábado, 29 de agosto de 2015 7Geral

Dois projetos de lei e um de resolução estão na pauta

de votação da Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Bento Gonçalves desta segunda-feira, 31, que tem início às 18h.

A primeira matéria presente na Ordem do Dia é o Projeto de Lei Ordinária (PLO) nº 111/2015, de autoria do Poder Executivo. O texto pretende regulamentar a transferência do direito de cons-truir, complementando o Plano Diretor do município. Segundo a justificativa da proposta, este ins-tituto jurídico, presente no Esta-tuto da Cidade, existe a fim de fa-cultar aos proprietários que, por razões legais, estão impedidos de utilizar o potencial construtivo que seus imóveis possuem a pos-sibilidade de edificar em outro local. Em geral, a transferência do direito de construir destina--se à preservação de imóveis de interesse público ou à proteção de espaços destinados à implan-tação de equipamentos comuni-tários e programas de habitação social. Dessa forma, ocorre uma espécie de compensação visando à inocorrência de prejuízos aos particulares.

Em seguida, os vereado-res deverão apreciar o PLO nº 117/2015, outra matéria protoco-lada pelo Executivo municipal. A proposta visa autorizar o muni-cípio a outorgar à Corsan a con-cessão dos serviços de abasteci-mento de água na comunidade de São Miguel, no Distrito de São Pedro. De acordo com a justifi-cativa do projeto, o texto atende ao estabelecido na Lei Municipal n° 4.840/2010, que autorizou a celebração de contrato entre o município e a Corsan, delegando à estatal a prestação de serviços de abastecimento de água po-tável e esgotamento sanitário, o qual compreende a execução de obras de infraestrutura e demais atividades. Ambas as propostas do Poder Executivo vão para a primeira votação.

Por fim, deverá ser aprecia-do o Projeto de Resolução nº 26/2015, de autoria da líder da bancada do PPS na Câmara, ve-readora Marlen Pelicioli, e subs-crito por todos os parlamentares da Casa. A proposta visa outorgar Portaria de Louvor e Agradeci-mento ao CTG Presilha da Serra, pela passagem dos seus 19 anos de história em Bento Gonçalves. A matéria deve ser apreciada em votação única.

Ambas as propostas são de autoria do Poder Executivo e irão para primeira votação na Sessão Ordinária de segunda, 31

Entre as moções tem destaque a regularização de itens do direito de construir destinado a preservação de imóveis previsto no Plano Diretor

Dois projetos e uma resolução em pautaCâmara de Vereadores

CRISTIAN

O M

IGO

N A

RQU

IVO


[email protected]

DenisedaRé

Eu já deveria estar acostumada. Afinal, meu chorão-zinho passou por poucas e boas: várias vezes à beira da morte no seu primeiro ano de vida, depenado que foi pelas formigas cortadeiras, de cima a baixo.

Na verdade, nunca peguei nenhuma em flagrante, mas devido ao seu “modus operanti” – sempre co-meçando pelas pontas – concluí tratar-se desse in-seto minúsculo, mas ordinário.

Meu chorãozinho é de uma resistência impressio-nante. A cada novo ataque, busca seiva lá nas entra-nhas e volta a cobrir-se de penugem verde.

No início deste inverno, com quase dois anos e quatro metros, mais uma vez ficou peladinho da sil-va, com seus ramos finos e flexíveis tocando o solo. Acredito que, desta vez, as cortadeiras não foram responsáveis pelo saque, já que aconteceu fora do seu expediente: elas trabalham nos meses quen-tes enchendo os “celeiros” e depois se recolhem. A planta deve ter entrado em estado de dormência... até ser acordada por esta primavera antecipada. De repente, amanheceu exibindo novo look, verdinho e tenro. Mas não por muito tempo: seus ramos mais altos voltaram a ficar nus. Que dó me dá (até parece letra de funk). Sempre recomeçando...

O advogado César Gabardo será reeleito presidente do

diretório municipal do PMDB. A convenção do partido acon-tece hoje, a partir das 9h, na Câmara de Vereadores. Tam-bém serão eleitos os outros 45 membros do diretório.

O encontro dos peemedebis-tas deve acontecer durante todo o dia. Inicia com a eleição dos novos membros do diretório. Logo após, o vice-prefeito de Ca-xias do Sul, Antônio Feldmann, irá fazer uma palestra com o tema “Política em tempos de desconstrução partidária”.

À tarde, será realizada uma palestra com o deputado es-tadual Alexandre Postal. Ele falará sobre a atual conjuntura política e econômica estadu-al. Logo após, será realizada a eleição da nova executiva do partido. César Gabardo con-corre em chapa única e deve ser aclamado pelos membros do

Convenção municipal do partido acontece na Câmara de Vereadores

Gabardo segue na presidência

César Gabardo será reeleito presidente hoje

PMDB

Recomeçar é preciso

Marcelo [email protected]

Mas o que é a vida se não um eterno recomeço? O recomeço normal, cotidiano... cama, mesa e ba-

nho, trabalho, retorno, cama, mesa e banho...O recomeço duro de quem perde tudo em enchen-

tes, deslizamentos e em outras tragédias provocadas pela fúria da natureza...

O recomeço sofrido de quem perde pessoas queri-das ao longo de sua existência...

O recomeço quando os sonhos desmoronam e as certezas desabam... quando os paradigmas mudam...

O recomeço quando as grandes crises se abatem sobre um povo...

É isso! A crise anunciada se instalou de mala e cuia. O Brasil se parece com o meu chorão: saqueado

desde o princípio – pelos portugueses, franceses e holandeses... Saqueado em nome da independên-cia... Saqueado pelos bancos mundiais... E agora... Bom, agora, saqueado por brasileiros...

Mas nem tudo está perdido. Segundo Leonardo Boff, a crise representa purificação e oportunidade de crescimento, conforme a origem da palavra. Ele diz que “a crise representa um processo crítico de depuração do cerne: só o verdadeiro e substancial fica, o acidental e agregado desaparece”.

Ufa! Luz no final do túnel. Resta saber se vai sobrar algo ou alguém no cenário político para contar a história...

diretório municipal. Seu vice será o presidente do Stimmme, Elvio de Lima.

Gabardo garante que sua re-eleição mostra a unidade do partido. Segundo o advogado, o PMDB tem representação em 22 bairros e nos quatro distritos, graças ao trabalho de criação dos subdiretórios.

“Estamos esperando muitas pessoas para a nossa conven-ção. Os filiados entenderam a filosofia de nosso diretório”, destaca o presidente.

Coligações na pauta

César Gabardo adiantou que a partir de segunda-feira o PMDB local começa a pensar em seu futuro político, anali-sando, inclusive, a possibilida-de de continuar a coligação na chapa encabeçada pelo prefeito Guilherme Pasin nas eleições municipais do ano que vem. O presidente garante que a defi-nição não levará em conta ape-nas a ocupação de cargos, mas também em relação à situação do atual governo e as chances de reeleição do prefeito, bem como a receptividade de seu nome junto à população. “Não sou eu quem vai decidir e sim o diretório. Temos um grupo for-te que vai decidir em conjunto o futuro do partido nas próxi-mas eleições”, conclui.

DIVU

LGA

ÇÃO


fracionado, conforme o mu-nicípio nos repassava”, reve-la. De acordo com o diretor, na terça-feira, 25, foi feito um repasse de R$ 400 mil. Na quinta-feira, 27, foi feito outro pagamento no valor de R$ 962

mil, que quitaria a dívida da atual gestão com a Fundação.

Outro fato que agravou o ce-nário e dificultou o pagamento dos médicos é que a Prefeitura deve cerca de R$ 3 milhões à instituição desde 2012. Bassani

revela que, caso o déficit estives-se quitado, a Fundação poderia usar o dinheiro em caixa para efetuar os pagamentos sem a necessidade de atraso.

Os profissionais da saúde já haviam se reunido uma se-

mana antes nas dependências da Unidade de Pronto Aten-dimento (UPA), onde ficou deliberada a necessidade de um encontro com o Governo Municipal. Na ocasião o pre-sidente do Simers, Marlonei Silveira dos Santos, ressaltou que, caso a reunião não resul-tasse em uma concordata entre os médicos, o Poder Público e a Fundação, o sindicato entraria com processo judicial contra o Executivo Municipal.

Déficit em discussão

Objetivando um consenso entre a Fundação e o Governo Municipal, está marcada para segunda-feira, 31, uma reu-nião para discutir as formas de pagamentos em atraso da gestão anterior com a entida-de. A expectativa da institui-ção é que a dívida seja paga em até 16 parcelas totalizando R$ 2,8 milhões.

Após reunião entre repre-sentantes da Fundação

Araucária, Secretaria de Finan-ças e Sindicato dos Médicos (Si-mers), na terça-feira, 25, o pa-gamento de salários atrasados do setor de saúde foi acordado. A classe reivindicava o paga-mento de aproximadamente 25% do montante restante dos salários do mês de julho.

De acordo com o diretor administrativo da fundação, Lídio Bassani, a situação teve início em virtude dos atrasos nos repasses municipais para a entidade. “É um problema a nível nacional, nós não rece-bemos da Prefeitura, que não recebe do Estado, que, por sua vez, também não recebe da União. Esgotamos nossos recursos para evitar deixar os profissionais sem remune-ração, então o total foi pago

Instituição precisou tardar depósito de salários em virtude da falta de parte dos repasses municipais referentes a julho

Sindicato havia realizado reunião com funcionários para debater quais providências seriam tomadas

Entidade quita pagamentos em atrasoFundação Araucária

GA

BRIELA BO

ESEL

Cristiano [email protected]


AssuntaDeParis

Relatório do agente consular – Luigi Petrocchi – 1895 - As dificuldades dos imigrantes- 140 anos

As primeiras tentativas de plantio, semeavam ao aca-so. Acontece que os imigrantes não conheciam o clima e as estações locais, que são diferentes e opostas às da Itália. Nem havia entre eles, alguém que pudesse julgar se o local da floresta era fértil, e se convinha desmatá--lo. Apesar disso, suas fadigas foram bem recompensa-da, e os imigrantes começaram a retomar coragem: O milho e o trigo, naquelas terras pedregosas, mas muito rica de matéria orgânica e protegidas pelas altas plan-tas da floresta, produziram maravilhosamente.

A videira, embora fosse mal plantada e deixada sem nenhum cuidado, começou logo no ano seguinte, a carregar-se de cachos, naqueles tempos não estava, su-jeita a doenças, porque a região ainda não fora de toda despojada de suas matas e o clima conserva-se cons-tantemente ameno.

A sede da nova Colônia Dona Isabel, (hoje Bento Gonçalves) foi traçada em 1874 em um vale entre dois cursos de água, num local baixo, próximo ao barracão dos imigrantes, é chamada de cidade branca, devido às tendas feitas com lençóis (hoje Bairro Barracão). Por comodidade, porém, a diretoria transferiu a adminis-tração para um local elevado, chamado CRUZINHA, no meio de um pinhal. Em pouco tempo muitos imigran-tes abandonaram a cidade branca e levantaram suas tendas lá no alto, quer porque preferissem esperar jun-to à administração a indicação dos lotes coloniais ain-da não traçados, quer porque julgassem melhor para saber notícias ou reabastecer-se de alimentos. Depois, as tendas foram substituídas por barracas, estas pos-teriormente, por modestas casas, e por isto a adminis-tração resolveu mandar traçar naquele local a sede da nova Colônia Dona Isabel, nome conservou até a queda do império, recebendo o nome de Bento Gonçalves, o glorioso chefe da Revolução rio-grandense de 1836 à 1845, e companheiro de armas de Giuseppe Garibaldi.

Após a implantação da nova sede, foi ela agregada ao Município de São João do Monte Negro, distante 90 km. Logo se iniciaram os trabalhos da via geral e das linhas (estradas vicinais da via geral, ( mais tar-de Buarque de Macedo) e as paralelas entre si, e que marcaram, quase sempre, a frente dos lotes rurais). A estes trabalhos eram todos admitidos, homens, mulhe-res e crianças, e o pagamento era feito em bônus para a aquisição de gêneros alimentícios, junto à vice-direção das Colônias. A maioria das vezes para pagar o próprio lote rural.

E... hoje, 140 anos depois, qual o apoio que temos para aproveitar melhor a nossa agricultura? Qual o pa-pel que o Sindicato dos Trabalhadores Rurais para dar apoio e garantir a venda dos frutos e hortaliças??

Fonte: Relatório do Consulado da ItáliaMinistero Degli Affari Esteri – Roma Itália


Poliomielite

Campanha Nacional termina segundaSem previsão de prorrogação, pais devem levar seus filhos até as unidades de atendimento para receber a vacina

Luiza [email protected]

Encerra-se na próxima segunda-feira, 31, a 36ª

Campanha Nacional contra Poliomielite. A gotinha está disponível desde o sábado, 15. De acordo com dados do Mi-nistério da Saúde, até a me-tade da última semana, 50% das crianças brasileiras ainda não tinham recebido a dose. O Ministério alerta que a mesma é a única forma de prevenção contra a doença. Crianças en-tre seis meses e cinco anos in-completos (4 anos, 11 meses e 29 dias) devem ser vacinadas.

Em Bento Gonçalves, 17% dos pequenos ainda precisam comparecer às UBSs para rece-ber a vacina, segundo o coorde-nador do setor de imunizações, Maichel Manfredini. Até sexta--feira, 21, 4,3 mil mães levaram seus filhos em uma das 19 salas de atendimento do município. De acordo com Manfredini, o fato de a campanha ser exten-sa colabora para o atraso das vacinas. “O brasileiro costuma deixar tudo para a última hora.

Nesse caso também”, opina. Segundo a técnica de enfer-magem Morgana Carza, o que eleva o índice de atraso são os casos particulares, quando muitos pais custam a levar ao pediatra. “Quem faz tratamen-to pelo SUS, acaba recebendo mais informações, por causa da divulgação realizada pelo Ministério da Saúde”, explica.

Junto com a campanha, são disponibilizadas vacinas contra tuberculose, sarampo, coqueluche, rubéola, febre amarela, meningites, caxum-ba, difteria, hepatites, tétano, entre outras. O atendimento é realizado das 7h30min até às 11h30min e das 13h30min até às 17h30min.

Sophia tem 6 meses e já foi vacinada. Sua mãe, Aline Bra-sil de Souza, a levou na tarde ensolarada de quinta-feira, 27, no Centro de Referência Ma-terno- Infantil. Para ela, essa e todas as outras vacinas são im-portantes. “As outras deveriam ser mais divulgadas. As pes-soas precisam de informação. Não é apenas a gotinha”, diz. A vacina oral só é administrada

depois que a criança já recebeu duas doses injetáveis. Mesmo se sentindo aflita quando o as-sunto é agulha, Aline não dei-xa de levar a pequena Sophia. “Pode ficar dolorido, mas nun-ca se deve deixar para a última hora”, conscientiza.

O que époliomielite?

Também conhecida como pa-

ralisia infantil, a poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave que afeta o sistema ner-voso, podendo causar paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores do cor-po humano. Os principais sin-tomas da doença são garganta inflamada, dor de cabeça, vô-mito, febre, dor nas costas, bra-ços e pernas, fraqueza muscu-lar e meningite. De acordo com Manfredini, desde 1994 o Brasil possui o registro de país livre da doença. “A campanha continua forte por precaução. Afinal, nos continentes asiático e africano o vírus ainda é muito presen-te. Quando viajamos, podemos trazê-lo junto”, esclarece. Sophia recebendo sua primeira gotinha com a enfermeira Morgana

LUIZA

AD

ORN

A


Sindicato dos Trabalhadores Rurais

Novo sorteio ocorre na terça-feiraAlém dos prêmios mensais, um carro será sorteado em dezembro entre os produtores em dia com suas mensalidades

Sueli Teresinha Wons Szu-tkovsk, Liana Maria Pe-

troli Piovesana e Dulce Maria Moschini Cantoni foram as vencedoras dos prêmios de julho do sorteio que todo mês o Sindicato dos Trabalhado-res Rurais faz entre os seus associados com mensalida-des em dia. O próximo sorteio deve se realizar na próxima terça-feira, 1º de setembro e, no dia 14 de dezembro, ha-verá mais cinco valiosos prê-mios para serem sorteados.

Para a presidente da enti-dade, Inês Fagherazzi Bian-chetti, pagar em dia tem seus benefícios. “O nosso Sindicato defende principalmente o se-gurado especial, que envolve as pequenas propriedades ru-rais e os pequenos produtores rurais”, explica. “São eles que, aos 65 anos o homem e aos 55 anos a mulher, têm direito à aposentadoria através do ta-lão de produtor, têm direito

ao auxílio doença, acidente de trabalho, Pronaf, crédito fun-diário, habitação rural, auxílio maternidade, dentre outras conquistas asseguradas, resul-tado de muitas lutas”, acres-centa. “Por isso é importante salientar ao pequeno produ-tor rural que se mantenha em sua categoria para não perder todos esses benefícios já con-quistados através da nossa entidade que defende princi-palmente o pequeno produtor rural”, salienta.

Além de defender os direitos do produtor rural, todo mês o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bento Gonçalves sorteia três associados em dia com suas mensalidades. Além disso, no final do ano a Regional Serra também sor-teará cinco valiosos prêmios sendo um automóvel zero quilômetro o primeiro deles. “Cabe salientar que a nossa federação - a Fetag – também

irá entregar inúmeras bonifi-cações no final do ano, dentre eles mais um carro zero qui-lômetro para o primeiro lugar e duas motos zero quilômetro para o segundo e terceiro lu-gares”, afirma Inês. “Amigo agricultor, é importante lem-brar que ao longo destes 53 anos da entidade, muito já conquistamos, fruto da união de todos, e podemos avan-çar muito mais”, finaliza a presidente.

Prêmios de julho

Primeiro prêmio: Conjunto de panelas antiaderente Tra-montina.

Segundo prêmio: CafeteiraTerceiro prêmio: LiquidificadorO sindicato lembra aos pro-

dutores associados que apenas quem está em dia com as men-salidades pode concorrer aos sorteios oferecidos e realizados durante o ano.Sueli Teresinha Wons Szutkovsk ganhou o conjunto de panelas

DIVU

LGA

ÇÃO


Cartório

A importância de fazer o registro civilVeja dúvidas e regras na hora de realizar os procedimentos para protocolar nomes e existir formal e socialmente

Luiza [email protected]

Ao nascer, a criança já existe no coração dos pais

e dos familiares. Entretanto, para a sociedade, só irá exis-tir após o registro. De acordo com o registrador do Cartório de Bento Gonçalves Gerson Tadeu Astolfi Vivan, “a partir dele que você vai existir for-mal e socialmente”.

Na hora de dar nome ao filho é preciso ter cuidado. O cartório faz o controle de nomes que po-dem expor a pessoa ao ridículo. “Nós impedimos, caso venha a gerar constrangimentos e difi-culdades na hora da criança se alfabetizar. Recomendamos no-mes fáceis em termos de grafia e pronúncia”, diz Vivan.

Quanto ao sobrenome, a re-gra é colocar o do pai, mas há entendimentos de que é pos-sível fazer inversão ou com-posições. “É obrigatório estar

vinculado a uma das partes. Senão, podem criar laços que não existem”, explica Vivan. De acordo com ele, é através do nome e sobrenome que um ser humano é identificado.

Em relação ao registro de casamento, a partir de 2003, com a vigência do novo Có-digo Civil, o homem passou a poder acrescentar o nome da esposa. O que antes era feito apenas pela mulher, hoje é possível para ambos, mesmo sendo raros os casos. “A he-rança do antigo Código Civil, que previa o homem como chefe de família, ainda é for-te”, lembra o registrador.

O casal José Pedro da Sil-va e Lourdes Ramos da Silva não precisou se preocupar. Lourdes se uniu a um homem com o mesmo sobrenome que o dela. Casados desde 1981, eles continuam com os docu-mentos de solteiros, mesmo aparentando terem feito o

procedimento da troca. Para eles, utilizar o mesmo sobre-nome uniformiza a família e garante a união.

Em 12 de junho de 2015,

Rafael Pinto Riches e Juliane Fabiano da Silva Riches tam-bém oficializaram a união. Ela quis acrescentar o sobrenome do marido, mas não conse-

guiu abandonar o que herdou da mãe. Assinar documentos, agora, demora mais. Porém, continua representando os dois lados de sua família e, ainda, o de Riches. “Não é complicado fazer a alteração nos documentos, como mui-tos pensam”, conta.

Curiosidades

Desde o início de 2015, 1,1 mil bebês nasceram no muni-cípio. De acordo com os dados deste ano, os nomes femini-nos mais utilizados são Alice, Isadora, Valentina e Vitória. Já para os meninos, os pais optam por Pietro, Lorenzo, Bernardo e João Pedro. No-mes com grafias diferentes, como Kymberlli, também são procurados pelos pais. Home-nagens e nomes mostrados na mídia são as principais moti-vações na hora da escolha por parte dos familiares.

Riches e Juliane no dia em que comemoraram a união civil religiosa

ARQ

UIVO

PESSOA

L


Presidente da Câmara de Diri-gentes Lojistas (CDL) de Ben-

to Gonçalves e sócio da Infoserv Informática, Marcos Carbone é um jovem empreendedor bem sucedido e muito determinado no que pensa e no que quer rea-lizar. Fala com convicção sobre o que tem conhecimento, não cos-tuma referendar o que não é de seu domínio de entendimento e opina com ponderação, sabendo ouvir. Aliás, gosta muito de co-nhecer a ótica de outras pessoas sobre o mesmo tema e procura sempre estar bem informado. Desta forma, Carbone construiu os alicerces de sua carreira pro-fissional e tem se destacado na sociedade regional.

A prioridade é a qualidade, seja na empresa de informática que dirige ou no comando da entidade que representa o co-mércio, ou ainda nas opiniões sobre os negócios que a esposa gerencia na área da alimen-tação. E claro que isso reflete na forma como administra sua vida profissional e pessoal.

Na entrevista concedida ao Semanário, Marcos Carbone fala com muita propriedade de suas ideias, seus ideais e sua opinião sobre assuntos do momento.

Jornal Semanário - Como foi a sua inserção no mercado de trabalho?

Marcos Carbone - Come-cei aos 13 anos numa oficina de geladeiras e aos 14, com carteira assinada, na São Paulo Alparga-tas. A contragosto do meu pai que preferia que me dedicasse somente aos estudos. Lembran-do que era um período em que estudo era a melhor herança que os pais nos proporcionavam. Mas eu queria trabalhar tam-bém, ter meu dinheiro. Comecei lixando sola de tênis e no pri-meiro ano fui promovido para um setor que fazia as solas de um tênis da Nike, que era muito

Presidente da CDL abre o jogo sobre comércio, tecnologia, política e outros assuntos do cotidiano empresarial

Marcos Carbone é um empreendedor focado naquilo que quer realizar

“A geração de hoje é muito imediatista”Marcos Carbone

caro. Logo depois, atuei no La-boratório Químico, aos 15 anos, onde tinha uma responsabilida-de muito grande porque fazia testes em escala - de 100 gramas de borracha para liberar duas toneladas para produção. Ou seja, se liberasse errado parava uma linha de produção inteira num setor onde trabalhavam cerca de 700 pessoas. Uma res-ponsabilidade que abracei. Mas recebi muitas críticas de colegas por ser muito jovem e, princi-palmente, por causa do pouco tempo que estava na empresa. Cheguei a me questionar porque tinha sido escolhido. Mas co-migo não tinha tempo ruim. Se tinha que trabalhar até 2 horas da manhã, não tinha problema. E no dia seguinte frequentava a escola normalmente.

JS – A experiência no mercado de trabalho co-meçou cedo na sua vida. Qual a análise que você faz das novas gerações peran-

te o primeiro emprego e de seguir uma carreira?

MC - As gerações de hoje são muito imediatistas, elas querem resultados a curto prazo sem investimento. Muitos querem terceirizar o seu ensino fazendo com que as empresas invistam, ou seja, só fazem um determina-do curso se a empresa patroci-nar. Há um comodismo e estas gerações não se dão conta que estão perdendo algo muito va-lioso, que é o tempo.

Isto é muito em face do exces-so de benefícios que são dados pelos governos. Recebem tudo, sem esforço, e não aprendem a conquistar ou, como prefiro exemplificar: dão o peixe e não ensinam a pescar. O governo é muito assistencialista e a família também, principalmente os pais mais jovens que são desta gera-ção que está habituada com be-nesses. Eu sou de uma época em que se quisesse ter alguma coisa, tinha que conquistar, tinha que me virar para conseguir.

JS – O comércio está mu-dando com o advento da internet?

MC - Nada substitui o olho no olho, o carinho. Para se ter uma ideia, eu fui para os EUA há sete anos e naquela época eu percebia o comércio muito frio. As pessoas não atendiam bem, mas tinham muita informação, através de um cadastro que di-zia tudo da vida do consumidor. Eles têm tecnologia e inteligên-cia de software, mas não tinham o acolhimento que é típico do povo brasileiro. Hoje, já encon-tramos vendedores que falam português. Eles perceberam que precisavam melhorar o atendi-mento. Isso o Brasil faz muito bem. Eu posso comprar pela in-ternet, mas se este produto está na loja, porque eu vou para casa comprar pela internet?

Hoje as pessoas utilizam a in-ternet para estudar o produto e chegar com mais informação e, muitas vezes, com a compra já definida às lojas físicas. A web, ao meu ver, é muito utilizada para pesquisa de produtos e preços. Tem a questão de valo-rizar o nosso comércio, a nossa economia. Comprando aqui, es-tamos deixando os impostos no nosso município. A gente tem que fazer o dinheiro circular dentro da nossa cidade, porque o retorno vai vir para nossa co-munidade. Se comprarmos pela internet um produto que tem aqui e pelo mesmo preço, nosso município perde a arrecadação.

JS – Na maioria das vezes, o consumidor já vai à loja com informação do produ-to que pretende adquirir. Isso muda o atendimento?

MC - O consumidor procura se informar cada vez mais e, muitas vezes, está mais infor-mado que o atendente, até por-que este tem que estudar uma gama de produtos que a loja oferece. Mas é fundamental

que o consumidor receba o má-ximo possível de informação, pois isso pode fazer a diferença na hora da compra e garantir a volta dele à loja.

O nosso comércio evoluiu muito. Abre em horários dife-renciados e está se adaptando a novas situações, principalmen-te com o advento da mulher conquistar seu espaço no mer-cado de trabalho.

JS – Se olharmos para a economia de Bento Gon-çalves, em 2013 o setor que manteve o crescimento do PIB do município foi o co-mércio. Ao que se atribui este resultado?

MC - Foram várias ações. Cito, por exemplo, a parceria da CDL com o Sebrae oferecendo treinamento para gestores, le-vando a adotar planejamento estratégico, uso de indicadores que meçam resultados. Pois hoje não existe mais aquela mé-trica de comprar um produto por R$ 100 e vender por R$ 200 e ter um lucro de R$ 100. Não existe mais isso. A cultura mu-dou. Hoje tem que ter o custo controlado, os impostos têm que ser pagos e repassados aos pro-dutos, porque, senão, lá na fren-te vai quebrar. E isso elimina a concorrência desleal. Hoje há um equilíbrio maior, pois com o avanço da tecnologia, que per-mite o cruzamento de dados da parte fiscal do nosso país é uma das mais brilhantes que existe no mundo. Isso o Brasil faz mui-to bem: tecnologia para contro-lar impostos e arrecadação com ferramentas fantásticas.

Com 14 anos comecei a trabalhar e não tinha tempo ruim. Estudava num turno, e trabalhava nos outros dois

DIVU

LGA

ÇÃO

Pirataria: “uma concorrência desleal e um desafio”

O presidente afirma que a CDL é parceira para o combate à pirataria

A tendência é a prestatividade. É criar a

empresa para servir o cliente, que busca a solução completa


JS – O uso do cartão de crédito ou débito por par-te do consumidor passou a ser uma opção mais segura e prática. Como o comércio de Bento evoluiu?

MC - Desconheço loja em Ben-to Gonçalves que não aceite car-tão de crédito ou de débito. Mas há dois pontos que aponto como problemas enfrentados. Um é a questão do sinal do equipamen-to que, dependendo do lugar, faz com que presenciemos cenas até certo ponto cômicas, pois o co-merciante tem que subir numa pedra, abraçar uma árvore, atra-vessar a rua e, enfim, buscar um ponto onde o sinal de internet é mais forte para conseguir con-verter o pagamento. Para uma cidade que está voltada para o turismo, é um desafio a ser su-perado. Oura questão é a taxa de administração dos cartões de crédito que é muito elevada e onera para o lojista, além do alu-guel da máquina.

JS – Hoje as notícias eco-nômicas só falam de crise e inflação. Como o comércio está vivenciando esta situ-ação e como vai “encarar” esta crise?

MC - Vou citar um exemplo, que foi o Dia das Mães, onde trabalhamos com um monitora-mento em 30 estabelecimentos que estipularam uma meta de crescer 7% neste ano em relação ao mesmo período do ano passa-do. Passada a data, verificamos que o crescimento foi de 8%. O que foi feito de diferente para obterem este resultado? Foram usadas maneiras diferentes e no-vas de vender o produto. Agrega-ram serviço ao produto, condição de pagamento diferenciada, ex-posição da mercadoria, descon-to, enfim, reinventaram. E é isso que tem que ser feito, trazer pro-dutos diferentes, principalmente

na moda. Tem que buscar alter-nativas e maneiras diferentes de chegar até o cliente.

JS – E qual é a tendência?MC - A tendência é a presta-

tividade. E criar a empresa para servir o cliente. É preciso levar em conta alguns aspectos como: o pouco tempo que o cliente dispõe e a necessidade de uma solução cada vez mais rápida. O consumidor quer comprar a so-lução completa e que seja o mais imediato possível.

JS – Há espaço para no-vas empresas no comér-cio local?

MC - O comércio já estabe-lecido em nossa cidade está muito bem e sempre há espaço para novas propostas, desde que atendam as necessidades do mercado, ou criem novas necessidades. Mas é funda-mental um estudo do mercado antes de investir. Bento Gon-çalves é uma cidade empreen-dedora. Tem muitos que que-rem se aventurar, e abrem uma empresa para atender suas ne-cessidades e não a do cliente. E por isso há uma taxa de mor-talidade muito alta nas empre-sas que abrem, porque elas não estudam o mercado. Não têm planejamento, não têm plano de negócios e, por isso, não so-brevivem. Segundo o Sebrae, 50% das empresas fecham no primeiro ano e 80% no segun-do ano. Ainda há quem inicia uma empresa sem saber como funciona o cálculo do produto,

do imposto. Falham em peque-nas coisas como atendimento e produtos diferenciados. E também precisamos conside-rar que o povo gaúcho é muito bairrista e no nosso município a população tem uma fidelida-de com quem já está consolida-do. Confesso que isso me agra-da, pois estamos valorizando o que é local.

JS – Como analisa a des-centralização do comércio e a expansão bem sucedida nos bairros?

MC - Os bairros, hoje, estão muito bem servidos e estão se formando centros de comércio nos principais bairros do mu-nicípio. Não é mais preciso vir ao Centro para fazer compras, como era até pouco tempo. O município está crescendo e o comércio está expandindo. É uma tendência do comércio do bairro, pois as pessoas não têm

mais tempo para deslocamen-to, há dificuldade de estaciona-mentos e o trânsito complicado. Nos EUA, por exemplo, desde 2007 que não se constroem grandes shoppings. As pessoas estão indo para o comércio de rua, elas querem passear, ca-minhar, conhecer novos locais. É uma inversão do comércio. Aqui no Brasil, vejo isto a longo prazo. Já se fala em shoppings a céu aberto.

JS – Como a CDL se posi-ciona sobre este comércio ilegal que, inclusive, já está institucionalizado em nosso município?

MC - É uma concorrência desleal de um comércio infor-mal, que não recolhe impos-tos, não gera empregos diretos. Somos completamente contra, mas não compete a nós fisca-lizarmos, pois não somos um órgão fiscalizador. Vejo como

um grande desafio para o Poder Público, por exemplo, regula-mentar estes quiosques que fo-ram criados em diversos pontos do Centro, ocupando vagas de estacionamento, inclusive, que não emitem notas fiscais e tra-balham com produtos piratas. A CDL é parceira e abraça esta causa se o Poder Público tomar esta iniciativa de regulamentar estes pontos de comércio.

JS – Como presidente de uma entidade e empresá-rio, é possível ficar longe da política?

MC - Não, pois é preciso e é importante ter esta parceria. No caso da CDL, é uma enti-dade política, mas apartidária, sem bandeira nenhuma. Con-tudo, precisamos nos relacio-nar bem com qualquer partido que estiver no poder, pois tudo passa pela política. As princi-pais decisões sempre vão pas-sar por ela. Tem que saber tra-balhar em parceria e construir junto com os poderes públicos. Mas saber diferenciar que não tem partido, nem sigla, mas sim o pensar no bem comum da comunidade e, principal-mente, no comércio da nossa cidade. O que for prejudicial ao comércio tem que estar atento e fazer as reivindicações.

JS – E o trânsito? Vaga para estacionar ainda está condicionada às vendas no comércio?

MC - Na minha opinião, pre-firo que tenha consumidores em frente à loja e não carros. Pre-cisamos de mobilidade para o cliente transitar, pois são as pes-soas que frequentam o comércio e não os carros. Calçadas mais largas e segurança para os pe-destres é uma reivindicação que traz resultados a curto e longo prazo para o comércio.

DIVU

LGA

ÇÃO


“A CDL não tem partido, mas tem que trabalhar em parceria”

Marcos Carbone revela que a CDL irá preparar uma pauta de reivindicações aos candidatos a prefeito

A evolução é rápida e cada vez mais acessível, mas ainda tem muita gente que não sabe sequer ligar um computador e usar as ferramentas que a

tecnologia proporciona

JS – O próximo ano é de eleição para prefeito e ve-readores. O que o comér-cio vai reivindicar no pró-ximo pleito municipal?

MC - Assim como nas outras eleições, vamos levar uma pau-ta de reivindicações do comér-cio e trabalhar para que isso seja cumprido. Este é o nosso papel. A revitalização do Cen-tro foi uma proposta que a CDL participou junto a outras enti-dades e que tivemos atendida, mesmo que iniciada, mas ain-da não concluída. Precisamos replanejar Bento Gonçalves na visão do comércio para os pró-ximos 20 anos. Vamos solicitar que seja dado o andamento da revitalização do quadrilátero central, conforme o projeto e a captação de recursos federais, que envolve uma série de me-lhorias como o alargamento de calçadas, fiação subterrânea a exemplo do que foi feito na Via del Vino. Uma obra que vai be-neficiar toda a comunidade. A Vida del Vino é um exemplo de melhoria na questão da mobili-dade e da beleza.

JS – A Via del Vino tem sido usada como palco para muitos eventos, mas não foi projetada com este objeti-vo. Para o comércio faz falta um espaço para realização de eventos no Centro?

MC - O Centro é um indutor de consumidores e o comércio sente a falta de um espaço para realização de eventos. Mas isto é de competência do poder pú-blico. Podemos apenas pleitear e sugerir.

JS – Bento Gonçalves tem perfil turístico sob a ótica do comércio?

MC - Somos uma cidade tu-rística, que agrega negócios e lazer. Riquezas naturais e ro-teiros excelentes atraem mui-to turista para a nossa cidade. Há toda uma cadeia produtiva que se beneficia com o turis-mo direta ou indiretamente. O comércio, por exemplo, se não tem vendas significativas para o turista diretamente, tem com os que integram esta cadeia e fazem circular o dinheiro que o turista deixa aqui e beneficia a economia de nosso município.

JS – O comércio tem sido uma “vítima” da inseguran-ça com maior número de furtos e assaltos. Como a CDL trabalha esta questão?

MC - O comércio investiu pesado em tecnologias para

coibir assaltos e furtos. Desde câmeras de monitoramento a sensores nos produtos. Tudo isso onera o comércio, gera um custo maior que, automatica-mente, é repassado ao consu-midor. Não temos estatísticas de quanto os furtos represen-tam no faturamento da loja, mas sabemos que aumentou significativamente.

JS – O envolvimento de menores é uma frequên-cia. Qual sua opinião so-bre a maioridade penal?

MC - Difícil opinar sem co-nhecer a lei. Mas acredito que, se o jovem tem a responsabili-dade de votar, também tem pe-los atos que pratica. Tem que ser responsabilizado pelo que faz, pois já tem consciência do que é certo e o que é errado. Particularmente sou a favor da redução da maioridade penal, pois, se está apto a escolher nossos governantes, também está apto para responder por seus atos. E quem usa os me-nores para cometer delitos, deve ter uma pena maior ain-

da. Sou a favor de que, se tem a lei, ela tem que ser cumprida.

JS – Como está o merca-do em relação às tecnolo-gias e à aprendizagem?

MC - A tecnologia não tem tempo determinado e veio para ficar. Mas tem muita gente que não sabe, ainda, ligar um com-putador. E também têm mui-tas tecnologias que precisam ser estudadas, aprofundadas e ensinadas. As crianças de hoje têm muita facilidade com a informática, mas precisam aprender a aplicar nos estu-dos e no trabalho futuramente. Pessoas perdem oportunidade de emprego por não terem co-nhecimento de informática e como usar a tecnologia em seu benefício. Ou seja, tem muito mercado para ser explorado e muito a ser ensinado.

JS – No caso do comér-cio, como a tecnologia au-xilia as vendas?

MC - Vou citar como exem-plo um aplicativo, nos EUA, onde o jovem pode ir ao sho-pping fazer compras, experi-menta uma roupa, fotografa e envia para mãe que está no seu local de trabalho ou em casa. A mãe pode autorizar a compra e já faz o pagamento pelo celular e a loja recebe automaticamen-te o pagamento. Outro exem-plo foi de uma loja que visitei,

também nos Estados Unidos, onde, num painel interativo, a pessoa escolhe se quer uma bebida, as roupas que pretende provar e os acessórios. Depois é direcionada a um provador onde vai ser recebido com a be-bida e com as roupas escolhi-das. Caso queira outro tama-nho ou outra cor, no provador há uma tela que permite solici-tar esta troca e o atendente vai lhe alcançar.

JS – Estas tecnologias substituem a mão de obra formal?

MC - No caso do comércio, não. Mas a mão de obra tem que ser qualificada e vai ter que ser treinada para lidar com esta tecnologia. Estamos e vamos fi-car cada vez mais dependentes da tecnologia e vai ser cada vez mais rápida a evolução.

Outro ponto que me chamou a atenção ao conhecer uma rede de lojas de varejo ameri-cana é que 40% da mão de obra não era visível. Não estava no ponto de venda, mas sim tra-balhando em estudos, em aná-lises e na elaboração de novas estratégias, de novas tecnolo-gias para atrair o cliente e ven-der. E é uma das lojas que mais vende no mercado mundial.

JS – E o comércio de Bento Gonçalves?

MC - Evoluiu muito nos últi-

mos anos. Investiu em treina-mento de suas equipes e está investindo em mix de produ-tos. As pessoas não precisam mais se deslocar para grandes centros para comprar determi-nados produtos. Hoje estamos muito bem suprimidos.

JS – Tem uma idade con-siderada ideal para iniciar o uso de tecnologias?

MC - Na Infoserv, os cursos são oferecidos para crianças a partir dos 8 anos de idade. Antes disso, só trabalho com informática lúdica, que são jogos, que não é nossa exper-tise. Entretanto o uso da in-formática, da internet, merece uma atenção especial dos pais em relação ao tempo em que as crianças permanecem em frente a um computador ou manuseando um tablet ou ce-lular. Tem que ter hora para começar e hora para terminar. Mais importante ainda, os pais devem monitorar e controlar as crianças e, para isso, têm que conhecer informática para saber o que estão fazendo.

JS – E o problema do cy-berbullying?

MC - Hoje, trabalhamos pela escola uma palestra so-bre cyberbullying, que é a violência praticada contra alguém através da internet ou de outras tecnologias re-lacionadas para humilhar e intimidar. Os pais compram o computador para os filhos, instalam no quarto e pensam: “meu filho está em casa e está seguro”. Mas, muitas vezes, até por ingenuidade, os jo-vens acabam entrando num mundo virtual desconhecido – e perigoso - e os pais des-conhecem até acontecerem situações que são considera-das crimes e têm consequên-cias graves. A questão não é proibir o uso da internet, mas controlar. Para isso tem que ter conhecimento de informá-tica e monitorar, inclusive, as amizades virtuais. Em Bento Gonçalves tem muitos casos de cyberbullying.

JS – Se hoje tivesse o po-der de mudar alguma coisa, qual seria esta mudança?

MC - Eu investiria muito mais em educação da nossa po-pulação. O que falta para nosso país é mais investimento em educação, que é a base de tudo. Desde as séries iniciais até a formação de um profissional preparado para o mercado.

DIVU

LGA

ÇÃO


Medida prevê redução no quadro funcional, fim das horas-extras e diárias, além de diminuição dos serviços terceirizados

Prefeito reuniu secretários para anunciar as medidas de contenção

Os números

Arrecadações até 31/7Total - R$ 180 milhõesEstado - 37,8% - R$ 68 miMunicípio - 35% - R$ 63 miUnião - 26% - R$ 46,8 mi

Projeções x recebidosR$ 80 milhões do RS – Rece-bidos R$ 40 milhõesR$ 31,5 milhões do FPM – Re-cebidos R$ 15 milhõesR$ 43,4 milhões do SUS – Re-cebidos R$ 21,8 milhões

Quanto cada Secretaria terá que economizarSaúde – R$ 6 milhõesEducação – R$ 2 milhõesAssist. Social – R$ 1 milhãoDemais secretarias – entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões

Prefeito determina cortes em secretariasContas públicas

O prefeito Guilherme Pasin determinou em reunião

com seus secretários uma re-dução de 25% nos gastos das secretarias municipais. A de-cisão foi tomada devido à falta de repasses de recursos fede-rais e estaduais para o muni-cípio. A medida visa garantir que as contas públicas fechem no azul no final do ano.

Segundo Pasin, o município chegou ao seu limite, pois vem mantendo serviços, princi-palmente nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social, com recursos próprios, aguar-dando um repasse futuro do Governo do Estado e também do Governo Federal. Como a previsão de repasse das verbas é incerta, o prefeito convocou uma reunião na quinta-feira, 27, com todo o secretariado para anunciar a decisão de ini-ciar os cortes nos gastos. Cou-be ao secretário de Finanças, Marcos Fracalossi, explicar a atual realidade financeira da prefeitura para que os demais secretários entendessem a ne-cessidade urgente da conten-ção de gastos.

A ordem do Executivo é que as diárias só sejam utilizadas por funcionários que realmen-te necessitem do benefício, como os motoristas de ambu-lância, por exemplo, atingin-do uma redução de 80%. As horas-extras foram cortadas e ficam proibidas para todos os setores. Também serão de-

DIVU

LGA

ÇÃO

Marcelo [email protected]

mitidos 30% dos funcionários terceirizados existentes em cada secretaria, além de al-guns cargos de confiança que atuam nos diversos setores da prefeitura.

De acordo com Fracalossi, os secretários terão que fazer a gestão de seus gastos. A or-dem é que cada secretaria cor-te pelo menos 30% dos seus custos para atingir a economia necessária e fazer com que as contas fechem no azul no final do ano. O secretário de Finan-ças explica que a economia de gastos em cada pasta varia de R$ 1 milhão a R$ 6 milhões,

dependendo da área de atua-ção. A situação é considerada preocupante pelo titular de Finanças, já que a arrecadação estimada pela pasta acabou não acontecendo, principal-mente se tratando do ICMS.

Fracalossi explica que a es-timativa para este ano era de arrecadação em torno de R$ 80 milhões com o ICMS. Porém, até o dia 31 de julho, passados sete meses do ano, o valor captado chegou apenas a R$ 40 milhões. Numa pre-visão otimista, ele espera que o poder público feche o ano arrecadando em torno de R$

70 milhões. O pior de tudo é que para o ano que vem a pre-visão de retorno de ICMS do município deve cair em torno de 4%, segundo previsão da Secretaria Estadual da Fazen-da (Sefaz). Isto significa que a estimativa de arrecadação para o ano de 2016 deva en-colher cerca de R$ 10 milhões. “É uma situação que não es-perávamos e que nos últimos dois meses vêm sendo mais acentuada. Estamos com as contas organizadas, mas não podemos descuidar e endivi-dar a prefeitura novamente”, destaca o secretário.

Além disso, os recursos oriundos do Fundo de Partici-pação dos Municípios (FPM), que eram estimados em R$ 31,5 milhões, não devem che-gar a R$ 30 milhões até o final do ano. O município também recebeu apenas 30% dos re-cursos destinados à área da saúde. Fracalossi cita como exemplo a situação da Funda-ção Araucária. Somente neste ano, foram pagos R$ 18 mi-lhões à instituição, dos quais R$ 13 milhões foram com re-cursos próprios da prefeitura. “Estamos contando em rece-ber pelo menos R$ 3 milhões dos governos estadual e fede-ral para garantir o fechamento das contas na área da saúde”, finaliza o secretário.

Obras não devemser paralisadas

Apesar da crise que se acen-tua sobre as contas públicas, o

secretário de Finanças garante que obras importantes como a revitalização do bairro Munici-pal e a construção do Ceacri no local não estão ameaçadas, as-sim como a construção das no-vas Unidades Básicas de Saú-de (UBSs). Ele explica que há recursos destinados para esta finalidade e que, mesmo com alguns atrasos, o Governo Fe-deral vem liberando as verbas destinadas a estas obras. “É im-portante que a população saiba que o que estamos fazendo é a contenção do custeio e não dos financiamentos”, comenta.

Onde serão feito os cortesCCs – Cada secretário irá definir quantos car-

gos de confiança serão desligados do quadro da prefeitura, até que o valor atinja o percentual de redução de gastos determinado pelo prefeito.

Horas-extras – Estão proibidas a partir da se-gunda-feira, 31, em todos os setores, sem exceção.

Diárias – Somente os serviços essenciais rece-berão diárias a partir de agora. O objetivo é redu-zir em 80% os gastos na prefeitura.

Terceirizados – A ordem é que em torno de 30% dos funcionários terceirizados sejam demi-tidos até segunda-feira, 31. O objetivo é que me-nos pessoas consigam garantir a qualidade dos serviços prestados em todos os setores atingidos, o chamado “fazer mais com menos”.

Como a prefeitura quer aumentar a arrecadação?Segundo o secretário de Finanças, Marcos Fracalossi, a Prefei-

tura tem mais de R$ 20 milhões a receber em impostos. Confi-ra as medidas a serem adotadas pelo Poder Público para recu-perar parte deste dinheiro devido:

Nova Lei do ITBI – A prefeitura irá relançar a Lei do ITBI que permite a regularização de contribuintes em atraso com o pagamento do imposto. Assim como no ano passado, o proce-dimento será adotado novamente nos próximos meses.

Refis - O Refis possibilita que as pessoas físicas ou jurídi-cas que possuem débitos com o município possam quitar su-as contas com desconto de 100% sobre as multas e 80% dos juros. Ainda não foi definida a data do início da renegociação.

Ajuizamento de dívidas – Por meio da Procuradoria Ge-ral do Município (PGM) será feito o ajuizamento das contas dos devedores. Também deve ser realizada a Quinzena Muni-

cipal de Reconciliação junto ao Fórum, onde os inadimplentes serão chamados para faz uma proposta de pagamento de su-as dívidas ao município.

Protesto dos devedores – A partir de agora, quem deve para a prefeitura terá sua dívida protestada em cartório.

Incentivo a novas empresas – A prefeitura vai encaminhar um projeto de lei para isentar de impostos municipais empresas que queiram se instalar na cidade ou ampliar a produção. A no-va legislação prevê isenção total do ISS por um período deter-minado e isenção de IPTU enquanto a nova planta ou amplia-ção estiver sendo construída. Outros tributos e taxas municipais também terão isenção. Além disso, o projeto prevê a conces-são de um maior número de horas de máquinas na terraplena-gem, programa de recuperação de créditos e regime especial de parcelamento. Os benefícios valem para empresas de qual-quer porte do setor de comércio, indústria, serviços e turismo.


CRISTIAN

O M

IGO

N

de Pesquisa e Planejamento Ur-bano (Ipurb) Luciano Cavalet.

Embora a apresentação tenha agradado os representantes da construção civil, a avalia-ção geral é que alguns pontos precisam ser revisados. Para o arquiteto e professor da Uni-versidade de Caxias do Sul An-dré Melati, o plano precisa ser simulado juntamente com o Plano de Mobilidade Urbana para melhor compreensão po-pular. “Acho interessante que o Plano tenha flexibilidade. Eu, como arquiteto, gosto da ideia de poder projetar um edifício e não ser barrado pelas normas municipais. Isso ajuda a melho-rar a qualidade da arquitetura da cidade e, se for implantado também no urbanismo, os re-sultados podem ser ainda mais significativos. Essa maleabili-

dade agrada a todos os setores. Contudo, tenho a preocupação de entender como o modelo es-tará amarrado com o Plano de Mobilidade Urbana, que tam-bém está em fase de elaboração, para que, só assim, possamos fazer uma melhor avaliação dele”, aborda.

Apresentação brandae dúvidas persistem

O presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos da Região dos Vinhedos (AE-ARV), Vinicius Peruffo, acre-dita que a nova proposta seja inovadora, contudo, existem elementos que precisam ser reavaliados. “Acreditamos que em algumas questões teremos ganhos para a cidade e para

seus usuários desde que a au-tonomia que o órgão público terá seja muito bem conduzida e que o Ipurb se estruture com equipe multidisciplinar, téc-nica e qualificada. No entan-to, nos preocupamos com as questões que podem impactar negativamente. A apresenta-ção foi compacta e não abor-dou ou não elucidou todas as questões e dúvidas. A meto-dologia de aplicação do novo plano pelo órgão competente assim como a isenção políti-ca e partidária nas decisões de gerenciamento e controle do plano regulador precisam ser reconsideradas. Entretan-to, existem pontos positivos, como a avaliação da qualidade espacial, que trará mais liber-dade projetual, consequente-mente um ganho para o espa-

ço urbano. Outro elemento é o incentivo do uso misto que fomenta a vitalidade urbana, qualidade que é positiva em diversos aspectos”, avalia.

Para Cedamir Poletto, vice--presidente da Associação das Empresas de Construção Civil do Vale dos Vinhedos (Ascon Vinhedos), o Plano precisa ser mais debatido com institui-ções e entidades, a fim de dar mais abrangência à resolução e evitar entraves posteriores. “Nós entendemos que por ser um projeto complexo, até para quem está familiarizado com os termos técnicos, gostaría-mos que fosse disponibilizada a minuta do texto para a popu-lação, visto que uma simples vírgula pode alterar comple-tamente a visão que cada um tem da cidade. Outro aspecto que está sendo esquecido é a participação setorial na elabo-ração do texto, visto que gran-de parte dos interessados nas alterações do documento são os segmentos civil e ambiental. Vale lembrar que a última re-visão só foi concluída após 126 audiências públicas e reuniões setoriais o que não está sen-do realizado nesta consulta. O texto precisa ir pronto para a Câmara de Vereadores a fim de agilizar o processo e não com lacunas a serem consertadas posteriormente pelo Legislati-vo”, critica.

A necessidade de um deba-te mais amplo envolvendo to-das as ramificações setoriais também é compartilhada pela AEARV. “O Estatuto das Cida-des prevê a participação po-pular no processo de previsão do plano. Acreditamos que as duas audiências públicas rea-lizadas e o site são insuficien-tes para uma discussão ampla e de qualidade, tanto para as entidades como para a comu-nidade”, ressalta o presidente.

A segunda etapa da revisão do Plano Diretor, docu-

mento que define as regras para o crescimento da urbanização, desenvolvimento de zoneamen-tos, expansão urbana e ordena-mento de ruas e loteamentos, foi marcada por debates e ques-tionamentos polêmicos. As-sistida por pouco mais de 100 pessoas, a audiência pública, ministrada pelo coordenador da Fundação de Apoio da Uni-versidade Federal do Rio Gran-de do Sul (FAUFRGS), Romulo Krafta, apresentou os princi-pais itens da pré-proposta do texto final do projeto de lei, que resultou em mais de duas horas de debate entre os participantes e a instituição.

Durante a apresentação fo-ram reveladas as expectativas de tempo para implantação de cada sistema sendo em curto prazo a fixação do plano regula-dor, com avaliação de impactos e padrão de ocupação de terre-nos. A médio prazo serão inse-ridos os planos estratégicos, ou seja, alocações de coeficiente de aproveitamento setoriais e lo-cais, e a longo prazo os modelos espaciais, que são diretrizes do regime urbanístico e de uso do solo. O prazo estipulado para a conclusão do trabalho é o final de setembro.

O material apresentado na audiência e a minuta do projeto de lei deverão estar disponíveis no site da prefeitura nos próxi-mos dias. “O documento final será composto do resultado dos estudos técnicos e sugestões da comunidade, que compareceu às audiências públicas. O pro-cesso vem sendo realizado de forma transparente, propor-cionando que todos os setores da sociedade possam opinar”, destaca o diretor do Instituto

Apresentação do pré-projeto de revisão do documento diretriz gera críticas e dúvidas a representantes setoriais

Participantes criticaram explanação branda das proposições e isenção setorial durante a elaboração do texto

Plano Diretor

Segunda etapa é marcada por debates

Cristiano [email protected]


A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Barracão

deveria ter sido entregue para a comunidade ainda no início de 2014, junto das tubulações dos lotes próximos finaliza-das. Porém, devido a proble-mas com instituições ambien-tais, a obra da Companhia Riograndense de Saneamen-to (Corsan) ficou paralisada por um período aproximado de dois anos. No entanto, na última semana, os trabalhos foram retomados já que todas as liberações necessárias estão disponíveis. O novo prazo de entrega é agosto de 2017.

A chefe do departamento de obras da Corsan Fernanda Santos Pescador explica que as liberações ambientais chega-ram para a instituição nas últi-mas semanas e que a empresa responsável pela obra acionou os serviços. Contudo, devido à chuva desta semana, a atuação também ficou comprometida. “Voltamos aos trabalhos assim que tivemos as confirmações necessárias. A obra, que tem apenas uma terraplanagem,

Situação das obras nos lotes

Lote 1: Santa Helena e Fátima. As obras es-tão em fase de conclusão, falta apenas o término da última rede. As ruas que tiveram obras execu-tadas já tem operacionalidade, ou seja, a partir do momento que a ETE entrar em funcionamento, o lote estará pronto pra funcionar.

Lote 2: Santo Antão. As redes já foram implantadas e as duas es-tações elevatórias estão em fase de finalização. A Corsan já está auto-rizada a emitir o contrato das em-presas fornecedoras de bombas de recalque que ainda são necessárias.

Lote 3: Santa Marta e Imigrante. Problemas de indefinição de projeto atra-saram as obras, que estão 40% concluí-das. Houve a possibilidade de mudança de trajeto devido a uma possível intervenção de uma empresa, porém a ideia não se concretizou. As redes estão concluídas.

Lote 4: Barracão e Cruzeiro. Este é o lote que bombeará o esgoto dos bairros até a ETE final. O emissário final está concluído e a Cor-san tem contrato assinado para a compra das bombas que ainda são necessárias.

Lote 5: Cruzeiro. É a ETE que está parada há dois anos devido aos problemas e prazos burocráticos com os órgãos de meio ambien-te. As obras foram retomadas nesta semana, já que todas as pendências ambientais foram resolvidas. Este lote será o responsável pelo tratamento e despejo no arroio Barracão. O primeiro passo da intervenção é a concreta-gem das unidades de tratamento de esgoto. Urbanização da entrada também será feita.

Lote 6: Santo Antão. Está na mes-ma situação que o lote 2 e se encami-nhando para a finalização, já que am-bos ocupam os mesmo bairro e espaço.

Corsan conseguiu as liberações ambientais necessárias para dar andamento ao trabalho e lotes estão sendo finalizados

Obras na rua Osvaldo Filipon, no Santo Antão, pertencem ao Lote 6

Após dois anos, obras recomeçamETE do Barracão

VITÓRIA

LOVAT

Vitória [email protected]

começará a receber a concre-tagem das unidades de trata-mento”, explica.

Fernanda destaca a impor-tância de, finalmente, comple-tar as reparações, no entanto alerta para possíveis mudan-ças de prazo de término. “Ali, o solo é bastante argiloso. Quan-do chove muito, leva mais tem-po para secar do que o normal. Cada vez que pegarmos um período longo de muita chu-va, teremos de adiar um mês a entrega”, afirma. Este é um dos únicos motivos que pode-ria barrar os trabalhos.

A chefe de obras da Corsan destaca que a partir de agora a expectativa é que o trabalho não seja mais parado, já que os principais problemas já fo-ram resolvidos. “As burocra-cias estão resolvidas, um dos riscos que ainda corremos é a empresa realizadora da obra decretar falência. Parece algo impossível, mas tem ocorrido muito. Mas acredito que esse não será o caso”, espera. A possibilidade de encontrar sítios arqueológicos não pre-vistos anteriormente durante algum escavação também é uma possibilidade de parali-

sação, mas esta opção é a me-nos provável, de acordo com Fernanda.

Obras nos lotes

Nas reparações da unidade do Barracão, seis bairros da Zona Leste da cidade estão contemplados com tubulação em suas ruas. As comunidades do Imigrante, Santa Helena, Santa Marta, Fátima, Santo Antão e Cruzeiro já convivem com as intervenções em suas ruas há alguns anos. Isso por-que elas não foram paralisa-das junto com a estação. “Nós dividimos por lotes para evitar que isso ocorresse, portanto as obras nesses locais segui-ram normalmente e a maioria está em fase de finalização”, completa.

Para a execução de todo o projeto do Barracão, o investi-mento é de mais de R$ 26 mi-lhões. O recurso é por meio de captação da Caixa Econômica Federal. Dentro da proposta, estava previsto o trabalho so-cioambiental, a aquisição de tubulação, bombas de recal-que e equipamento, e a execu-ção da obra.

Até dezembro, ETE do Buratti deve ter licitação

Segundo projeto será necessário

Ruas que ficaram fora desta etapa precisarão aguardar nova licitação

VITÓRIA

LOVAT


Apesar de os lotes estarem em fase de finalização, algu-mas ruas que estavam previs-tas no projeto não puderam receber as obras. A chefe do departamento de obras Fer-nanda Santo Pescador explica que contratempos de topogra-fia impediram o trabalho e, por isso, vias ficarão de fora da primeira etapa. Uma segunda licitação precisará ser aberta para contemplar as ruas, mas esta etapa ficará para depois da conclusão da ETE.

Segundo Fernanda, foram encontradas rochas maiores do que as previstas no percur-so. “Nós perderíamos muito tempo com estas vias e a ope-racionalidade ficaria compro-metida. Como o nosso objetivo é focar na funcionalidade do projeto, optamos por suprimir as ruas desta etapa e deixá-las para um segundo momento quando uma nova licitação será feita. Mas isso não é para agora”, aponta. Apesar da ne-cessidade de um novo proce-dimento, esta primeira etapa abrange a maior parte das ruas da localidade.

A chefe de obras aponta que as famílias que não receberam as obras em suas ruas precisam aguardar e ter paciência. “Sa-bemos que não é o ideal e seria bom que pudéssemos finalizar tudo nesta primeira etapa, mas esta foi a forma que encontra-mos de agilizar o processo, sem prejudicar todas as comunida-des”, justifica.

Ligações clandestinas

Além dos problemas já en-frentados pela Corsan com as obras, os moradores das comunidades que estão em

obras não colaboraram com o processo. Algumas famílias fizeram a ligação do seu es-goto na tubulação implantada antes da autorização da insti-tuição e criaram ainda mais entraves. Fernanda conta que como isso está ocorrendo no local onde termina a tubula-ção, já que ela ainda não está finalizada e aberta para a se-quência, o esgoto transborda, prejudicando as pessoas que moram nestes locais.

Ela explica que uma empre-sa foi contratada para tratar das questões ambientais e viabilizar as intervenções. A mesma empresa desenvol-veu um trabalho informativo para que cada família ficasse sabendo de todos os detalhes do que estava sendo feito em frente á sua residência. “Eles avisaram que não poderia ha-

ver ligações antes da permis-são. Eles foram informados de cada procedimento que fa-ríamos e, mesmo assim, não ouviram o que foi repassado. Esse trabalho ambiental foi extensivo às escolas para dei-xar a comunidade informada, mas parece que não adian-tou”, lamenta.

De acordo com Fernanda, essas ações são consideradas crime ambiental e pode ser passível de multa. “O cidadão precisa saber que, por enquan-to, o saneamento de sua casa vai continuar a ser fossa e fil-tro. Quando isso mudar, have-rá uma notificação, todos se-rão avisados que a nova forma está apta a ser usada, mas, por enquanto, não está”, garante. A comunidade deve aguardar a notificação da Corsan para efetuar qualquer ação.

Em paralelo às obras do Barracão, a Corsan viabiliza o início das obras da Estação de Tratamento de Esgoto do Buratti. Esta reparação tinha prazo inicial de entrega até o fim de 2015 e não ganhou nova data. As intervenções nesta localidade são ainda mais complexas do que a do Barracão, já que abrange a área central de Bento Gon-çalves. O projeto da ETE do Buratti estava pronto há al-guns meses, porém, a Pre-feitura solicitou à Corsan um novo estudo para minimizar os impactos que seriam cau-sados na mobilidade urbana.

O superintendente-adjun-to, Eduardo Bianchi Neto, explica que desde julho a superintendência de projeto está trabalhando para apre-sentar soluções. Segundo ele, é uma situação difícil porque as obras precisam ser feitas na área central, mas trancar ruas de alto flu-xo de veículos poderia cau-sar muito impacto na mobi-lidade urbana. “O projeto já estava pronto, mas foi uma solicitação que o Poder Pú-blico nos fez. Realmente se-riam grandes obras em vias primordiais para a comuni-dade, por isso a solução que estamos pensando é em não separar totalmente o esgoto da água”, apresenta.

De acordo com Bianchi, essa é uma das medidas mais cabíveis à situação. “Nós precisamos executar a obra, mas não podemos intervir

de forma tão brusca na área central, no comércio. Acre-dito que a solução seja uma tubulação mista, mas ainda vamos verificar se há outras possibilidades”, explica. As definições devem ser feitas até setembro para que a li-citação possa ser aberta. A ideia de Bianchi é finalizar a licitação até dezembro. “Queremos dar andamento ao processo para que tenha-mos uma empresa contrata-da até o fim do ano e que co-mecemos 2016 colocando em prática o que está no papel”, completa.

Para as obras da ETE do Buratti, então captados pelo BNDES quase R$ 50 mi-lhões, além dos aditivos que já estão previstos. Nesta obra também está contemplado o trabalho socioambiental, a aquisição de tubulação, bom-bas de recalque e equipa-mento e a execução da obra. Ele não observa o atraso das obras como um grande pro-blema e justifica que a cidade não pode aguentar tantas in-tervenções nas tubulações ao mesmo tempo.

Para ampliação da capta-ção de água do Barracão, R$ 5,5 milhões estão captados. As obras estão em andamen-to em paralelo às do esgoto e, até o verão, deve estar em funcionamento. Uma obra si-milar do rio Buratti será fei-ta com o objetivo de dobrar a capacidade de produção, mas ainda não tem projeto finalizado ou verba captada.

Sábado, 29 de agosto de 201522

Empresários Rudnei e Dorvalino Rizzardo, do Multirizzardo

No estande da Aurora, Clauton Bueno, Silvio Santos, Flávio Zilio, José Pertile, Ivo Salvador, Lourdes, Alexandre Fiorini e Nauro Morbini

No estande da Germani, Janir Santarosa, Antônio da Cruz, Carlos Valentim Stédile (presidente), Amauri Piva e Volmar Antônio da Ré

No estande da Gran Legado, Aline Ciota e Rodrigo Biasi

FOTO

S CARO

LINE PA

ND

OLFO

*Alini Pegoraro Vieira é Advogada, Especialista em Direito Empresarial

OAB/RS 57.144 - Fone: (54) 3451.6980 |[email protected]

Alini Pegoraro Vieira - OAB/RS 57.144*

DireitoEmpresarial

Ah, a crise... a tão temida crise“A Presidente disse que só teve noção do tamanho da crise depois

da reeleição”. Ouvi esta frase na noite da última terça-feira, assistin-do a um telejornal. Fiquei pasma, sem reação. Só consegui pensar: “Onde ela estava? Em que mundo ela vive? Como assim, só teve no-ção depois da reeleição?”.

E então: os municípios estão em crise, porque não recebem re-passes. O Estado está em crise porque, segundo o atual Governo, o anterior – ou os anteriores – deixaram dívidas, porque os re-passes foram trancados, porque o povo não paga seus impostos (nem todos, é claro), porque as empresas sonegam (também nem todas, mas muitas...). E assim por diante... Uma real e verdadeira bola de neve.

A cada dia que passa, com cada pessoa que encontramos, o que mais ouvimos são reclamações e lamentações. Frases do tipo “tudo aumenta, menos o que a gente ganha”, ou então a brincadeira “sem-pre sobra mês no fim do dinheiro” têm se tornado comuns, nos fa-zem rir, concordar e ao mesmo tempo refletir.

Até cerca de um ano atrás, estávamos tranquilos porque a cri-se não havia nos atingido. Mesmo assim, muitos empresários já vinham pisando no freio pois tinham a convicção de que a situação iria piorar. Outros diziam que pior do que estava, não ficaria. Mas ficou.

“ ”A cada dia que passa, com

cada pessoa que encontramos, o que mais ouvimos são

reclamações e lamentações

Nós, simples trabalhadores mortais, estamos remando para con-seguir pagar as contas e manter o padrão de vida de classe média. E está difícil. Muitos de nós, se não a grande maioria, estamos adqui-rindo apenas o necessário. E não estamos sobrando nada.

O que vemos, ou o que vivemos, é um clima de guerra, onde precisamos sobreviver, precisamos comer, precisamos nos ves-tir, pagar a escola dos nossos filhos, ter nossos momentos de lazer e fazer verdadeiras mágicas para que o nosso salário seja suficiente para não entrarmos em frias com empréstimos, linhas de crédito e financiamentos.

Muitas empresas estão paradas – e não somente empresas de grande porte, como a GM, por exemplo, que deu 20 dias de férias coletivas na unidade de Gravataí – mas pequenas e médias empresas da nossa cidade e da nossa região, que não estão abrindo suas portas nas segundas ou nas sextas-feiras, estão dando feriadões e fazendo de tudo para manter os empregos.

Com relação à política, além da palavra crise, muito se ouve falar em investigações. Investigam aqui, ali, lá, mas não chegam a conclusão nenhuma.

E na realidade, eu também não. Não consigo chegar a qualquer conclusão que seja, porque não consigo mais raciocinar com tantas informações sem contexto, sem precedente, sem nexo, nem noção.

Aproveitando o assunto, vale lembrar que em momento de apuros é melhor recorrer a alguém que não seja uma instituição financeira para tomar empréstimo mais barato. Mas jamais pro-cure agiotas. Nada de ficar pendurado no cheque especial. Com a escalada dos juros, a bola de neve vai ficar maior até o fim de 2015. Pagar o valor mínimo do cartão de crédito ou parcelá-lo deve ficar fora dos planos. Não tem dinheiro para pagar? Procu-re outro crédito, com juros menores do que as taxas do rotativo, para sanar a dívida. Crédito pessoal disponível na tela do caixa eletrônico é uma furada porque tem juros maiores do que os ofe-recidos dentro da agência, e sem a chance de negociá-los.

Espero que esta situação seja passageira, e passe rápido. Porque os reflexos dela serão sentidos por muito tempo e, quanto mais tempo a vivermos, mais tempo sentiremos.

Trabalhe, reflita, aguente firme a situação, faça o que for possível para manter seu emprego. E seja bem-vindo a esta realidade pela qual, certamente, preferíamos não passar.

A Expoagas 2015 - 34ª Con-venção Gaúcha de Super-

mercados encerrou na quinta--feira (27), no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre, su-blinhando as tendências do se-tor supermercadista e destacan-do as apostas da indústria para o segundo semestre deste ano. Realizada desde terça-feira (25) pela Associação Gaúcha de Su-permercados, a feira apresen-tou ao varejo mais de 800 lan-çamentos, e encerrou com um volume recorde de negócios, na ordem de R$ 409 milhões - o que representa um crescimento de 11% sobre a edição anterior do evento e uma venda média de R$ 1,19 milhão por empresa expositora. O resultado positi-vo foi puxado por fornecedores de produtos de higiene e limpe-za, de laticínios e de alimentos, e evidencia uma preocupação crescente dos consumidores gaúchos com produtos “saudá-veis” e que proporcionem bem--estar. “O comerciante é um otimista por natureza e, em mo-mentos de instabilidade econô-mica como este, está em busca de oportunidades para crescer. É isto que a Expoagas propor-

Expoagas 2015

Crescimento nas vendas é de 11% em relação à anteriorLançamentos da feira mostram preocupação junto ao consumidor

ciona, mais negócios, qualifica-ção e novas parcerias”, destaca o presidente da entidade, Antônio Cesa Longo.

Ao contrário do ano passa-do, quando os negócios foram alavancados por empresas de máquinas e equipamentos, a Expoagas 2015 destacou o foco da indústria e do varejo em pro-dutos para o consumidor final. “O gaúcho está com o poder de compra reduzido e valorizando mais do que nunca sua renda, e isto faz com que ele não abra mão da qualidade, mas pesqui-se muito preço”, observa Patri-que Nicolini Manfroi, diretor da Agas, ressaltando que a feira apresentou ao varejo cerca de 800 lançamentos.

Tradicional termômetro dos hábitos de consumo dos gaú-chos, a feira evidenciou sobretu-do novidades em alimentos sem gordura trans, sem glúten, sem lactose ou com menor teor calóri-co. “É um nicho em crescimento, assim como as cervejas artesa-nais, que estiveram pela primei-ra vez na feira”, destaca Nicolini. Na área de tecnologia, soluções que garantem a segurança das empresas e dos consumidores,

como máquinas facilitadoras de troco e cofres inteligentes, foram atração.A Expoagas 2015 tam-bém abriu espaço para a forma-ção de novas lideranças do setor. Na programação do Agas Jovem, quarta-feira (26), o jornalista Caco Barcellos falou sobre enga-jamento, criatividade e inovação durante a palestra “Profissão Empreendedora”. Conforme o presidente do Agas Jovem, Ma-theus Viezzer, cerca de 740 jo-vens prestigiaram o encontro. “Também definimos um crono-grama de atividades com vistas à formação de novos líderes para o setor neste segundo semestre. As atividades incluirão visitas--técnicas e happy hours com em-presários contando, aos jovens varejistas, seus cases de sucesso”, afirma Viezzer.

A Expoagas 2016, que terá o tema “35 Anos - Tradição em Bons Negócios”, ocorrerá de 23 a 25 de agosto do ano que vem no Centro de Eventos da Fier-gs, em Porto Alegre. A estima-tiva da Agas é que pelo menos 80% dos estandes para a feira do próximo ano tenham seus contratos renovados até o final desta quinta-feira (27).


Dar uma destinação corre-ta aos produtos difíceis

de reciclar é uma atitude sus-tentável e o meio ambiente agradece. Melhor ainda se o recolhimento e destino para a reciclagem gerarem lucro para ações. O Lions Club Fêmina está participando de um pro-jeto nacional de recolhimento de esponjas de louça e demais produtos, porém a entidade não vai atuar sozinha. Ela con-ta com a participação e cola-boração dos alunos da Escola Estadual Nossa Senhora da Salete, no bairro Barracão. As esponjas serão devolvidas para a empresa Scotch-Brite que vai encaminhar os materiais para a reciclagem e pagar por quan-tia de material enviado.

Na quinta-feira, 27, foi lan-çado o projeto na escola onde os alunos já levaram as pri-meiras unidades de esponjas de louça no coletor que foi instalado na instituição. A di-retora da escola Flávia Cavalet Caldato explica a importân-cia de abordar assuntos como este em sala de aula e diz que os estudantes já entendem a importância da contribuição com o meio ambiente e o im-pacto que boas ações podem causar. “Sempre trabalhamos com a coleta correta na esco-la. Os alunos aprendem sobre destinação de materiais e é importante eles verem a re-ciclagem de um produto que poucas pessoas lembram que demora tanto para a decom-posição”, conta.

A diretora destaca que a cole-ta das esponjas também é parte de uma tarefa da gincana que ocorre na escola. As crianças

Ação do Lions Fêmina vai reverter projeto em verba para atividades

No lançamento da iniciativa, as crianças levaram as esponjas à escola

Escola Salete participa de ação de reciclagem

VITÓRIA

LOVAT

Vitória [email protected]

ainda trarão esponjas até o en-cerramento da gincana e, com o resultado final, quem ganha são os alunos. “O Lions Fêmi-na se comprometeu a realizar uma tarefa de dia das crianças para nossos alunos. É bacana porque, além de eles contribuí-rem com o meio ambiente, eles também ganham algo em tro-ca, o que serve como estímulo”, completa.

Além de esponjas, a inicia-tiva nacional também con-templa outros produtos. E

possível enviar lotes com embalagens de protetores e bloqueadores solares, cremes e loções, xampus e condicio-nadores, canetas e demais instrumentos de escrita, ma-quiagens e esmaltes, perfumes e escovas dentais. A participa-ção na “Brigada de Esponjas Scotch-Brite” é gratuita, e o envio dos materiais não são cobrados. Apesar de a inicia-tiva ser de uma marca espe-cífica, produtos de qualquer marca podem ser enviados.

Alunos fazem relógio do corpo humano em horta

Prêmio nacional de práticas sustentáveis

Estudantes aprenderam sobre alimentação saudável e formas de cultivo

ASSESSO

RIA D

E IMPEN

SA/ PREFEITU

RA

Aprender sobre a impor-tância da boa alimentação, da preservação ambiental e a cultivar alimentos é bom para qualquer aluno, mas fica melhor ainda quando a atividade proporcionada é divertida e deixa o conteúdo mais atrativo para os peque-nos. Os alunos do 3º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Félix Faccenda desenvolveram um trabalho divertido. As crian-

Instituições públicas que promovem ações socioam-bientais podem concorrer ao 6º Prêmio Melhores Práticas de Sustentabilidade - Prêmio A3P. O objetivo é reconhecer o mérito das iniciativas de enti-dades públicas que contribuem para a sustentabilidade. As ins-crições seguem abertas até 15 de outubro.

Promovido pelo Ministério do Meio Ambiente, o programa quer dar visibilidade e estimu-lar a implantação de iniciativas inovadoras. Na última edição, 88 projetos foram inscritos. Serão contempladas as melho-

ças montaram um relógio do corpo humano em formato de horta. Foram 25 plantas me-dicinais e aromáticas planta-das em um formato de 12 ho-ras e, em cada “hora” foram colocadas plantas que atuam em algum órgão do corpo.

Quebra-pedra, sálvia e ale-crim são parte da horta. Com isso, os alunos aprenderam so-bre o efeito de temperos, chás e outras receitas medicinais que fazem bem para a saúde.

res ações de quatro categorias: Gestão de Resíduos, Uso Sus-tentável dos Recursos Natu-rais, Inovação na Gestão Públi-ca e Destaque da Rede A3P.

As iniciativas inscritas de-vem apresentar evidências e resultados comprováveis. Os órgãos podem se inscrever em mais de uma categoria, porém iniciativas que já fo-ram premiadas não podem ser inscritas novamente. As ações serão avaliadas por uma comissão julgadora e algumas receberão visitas técnicas. A premiação está prevista para setembro de 2016.

Sábado, 29 de agosto de 201524 Regional

Representantes dos municípios envolvidos se reúnem na terça-feira

Florada de nectarina foi antecipada em virtude do calor de agosto

Lideranças debatem em conjunto demandas regionais em reunião

Fórum de Desenvolvimentoformata áreas prioritárias

Mobilização

ESTEFAN

IA V. LIN

HA

RES, ARQ

UIVO

CASSIU

S AN

DRÉ FA

NTI, D

IVULG

AÇÃ

O

O Fórum Permanente para o Desenvolvimento de Bento

Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa vai realizar um encon-tro, no dia 1º de setembro, terça--feira, na Associação do Comér-cio, Indústria e Serviços (ACI) de Carlos Barbosa, que definirá a formatação das áreas priori-tárias e o questionário que será aplicado em cada uma das cida-des integrantes do grupo.

Formado por representantes das prefeituras, Câmaras de Vereadores e entidades empre-sariais dos três municípios, o Fórum tem o objetivo de inte-grar os participantes para de-senvolver projetos de interesse comum, estabelecer um pla-nejamento estratégico e uma agenda de ações conjuntas. No encontro que ocorreu no Cen-tro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Bento Gon-çalves na terça-feira, 25, foram conhecidos os indicados de cada um dos órgãos que inte-gram a equipe. A apresentação oficial do projeto, com as prio-ridades a serem trabalhadas acontece no dia 15 de setem-bro, na Câmara de Indústria e

Comércio (CIC) de Garibaldi.O prefeito de Bento Gonçal-

ves, Guilherme Pasin, destaca que os três municípios estão unidos neste momento, para este projeto, com a convicção das afinidades históricas, geo-gráficas e culturais. “Precisa-mos definir os pontos que nos aproximam. Tenho a certeza de que, se esta iniciativa tivesse acontecido há muito mais tem-po, talvez não estivéssemos nes-sa situação de estrangulamento em diversas áreas”, relata.

A presidente da CIC Gari-

baldi, Alexandra Nicolini Bru-fatto, lembra que o turismo é um dos exemplos que unem as três cidades e serve de exemplo positivo para estimular esta proposta. “Com a participação efetiva de todos, certamente teremos resultados que serão compartilhados pela região”, salienta. “Este trabalho busca uma análise de nossas necessi-dades sob a ótica conjunta dos empreendedores e dos poderes Executivo e Legislativo”, com-plementa o presidente do CIC de Bento, Leonardo Giordani.

Os produtores de pêssego da região da Serra Gaúcha estão mais tranquilos, já que as tem-peraturas amenas registradas no início da segunda quinze-na de agosto reduziram a ve-locidade de florescimento dos pessegueiros. Os agricultores estavam apreensivos devido à antecipação do florescimento causada pelo calor fora de épo-ca do início do mês que, segun-do o assistente técnico estadu-al em Fruticultura da Emater/RS-Ascar, Antonio Conte, po-deria expor as plantas a sérios riscos de perdas caso venham a ocorrer geadas, comuns até meados de setembro.

Nos locais de maior altitude, praticamente todas as cultiva-res de pêssego estão florescen-do com grande intensidade, mesmo as mais tardias. No en-tanto, este florescimento não

Temperatura amena favorece pomaresFruticultura

garante o desenvolvimento das frutas e uma boa produção. Segundo a Emater/RS-Ascar, a falta de frio afeta as gemas vegetativas de folhas, que pre-cisam de um acúmulo de horas de frio maior do que as gemas floríferas. Não havendo área foliar suficiente para abastecer as frutas, muitas delas podem

ser abortadas das plantas.Nos pomares de variedades

superprecoces, cultivados em lo-cais de clima mais quente da re-gião serrana, a frutificação está bem adiantada e exige a adoção de práticas culturais como o ra-leio de frutas e os tratamentos fitossanitários para controle e prevenção de doenças.

Sábado, 29 de agosto de 2015 25Regional

A tradicional Cavalgada de translado da Chama Criou-la, por cavalarianos de Monte Belo e de toda a região, não irá ocorrer. A medida foi tomada em virtude do caso de “mor-mo” registrado no Rio Grande do Sul, e preocupa as entidades tradicionalistas.

A medida foi definida em um encontro entre o Poder Públi-co e o CTG Sopro do Minua-no. A suspensão da cavalgada é para evitar qualquer risco de contato com a doença. O mormo atinge equinos e pode ser contraída por humanos. Os animais também não estarão presentes no Desfile Cívico do município. As demais ativida-des alusivas à Semana da Pá-tria de Farroupilha serão reali-zadas normalmente.

O número de câmeras de monitoramento no município de Carlos Barbosa deverá ser ampliado. A Prefeitura lançou uma licitação que prevê a ins-talação de 17 equipamentos. Hoje, a cidade possui quatro aparelhos em funcionamento, que pertencem à Associação Comercial e Industrial (ACI). Outras 10 câmeras são manti-

A solução para a proibição da comercialização de pro-

dutos da agroindústria familiar fora do local de sua origem está muito próxima de ser resolvi-da. A articulação para mudar esta realidade é de uma comis-são da Associação dos Muni-cípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne). O grupo foi orientado para que se ca-dastrem no selo Sabor Gaúcho.

As ações são coordenadas pelo prefeito de Vista Alegre do Prata, Ricardo Bidese. O gestor explica que um encon-tro foi realizado na sexta-feira, 21, em Porto Alegre, e reuniu representantes da Secretaria Estadual de Agricultura, Mi-nistério da Agricultura e Mi-nistério do Desenvolvimento Agrário, às 10h.

De acordo com Bidese, du-rante a audiência, os partici-pantes foram orientados a se cadastrar no Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroin-dustrial, Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf), as-sim poderão obter o selo Sabor Gaúcho. O prefeito esclareceu

A Escola Estadual de Ensino Médio Professor José Pansera, em Pinto Bandeira, promoveu o 3º Festival de Teatro, com alunos do 6º ao 9º ano do En-sino Fundamental. A atividade é uma das culminâncias do pro-jeto Meio Ambiente e Cultura.

Segundo a vice-diretora Vânia Maria Ferrari, o teatro no colégio auxilia no crescimento cultural e na formação do indivíduo. “Por meio dele é possível aperfeiçoar a oralidade, a expressão cultural, o desenvolvimento e enriqueci-mento vocabular. São inúmeros os benefícios do mesmo na edu-cação”, explica. As produções tiveram como enfoque as lições aprendidas na vida e na esco-la, essenciais para a formação e compreensão do ser humano como indivíduo, pois os valores como disciplina, ética, integri-dade, humildade, cooperação, respeito e caráter foram temas presentes nas apresentações.

Os alunos contaram com o

Inclusão no selo Sabor Gaúcho facilitará a comercialização de produtos

Município amplia número de câmeras de monitoramento

Escola Pansera incentiva alunos com prática teatral

Cavalos não participarão de desfile

Prefeito Ricardo Bidese afirma que um novo encontro está agendado

Peças teatrais finalistas:

Construtores da Paz (9º ano);De Olho no Mundo (8º ano);O valor da amizade (7º ano B);Cidade Dos Resmungos

(7ºano A);Dá a Bolsa e Segura a Alça

(6ºano B);Rejeitado é Aquele que

Abusa ( 6º ano A).

Cavalgada foi suspensa em virtude do registro de mormo no estado

Estudantes do 8º ano apresentaram a peça “De olho no Mundo”

Comissão articula cadastro de agroindústrias familiares

Monte Belo do Sul

Carlos Barbosa

Pinto Bandeira Amesne

DIVU

LGA

ÇÃO

REPROD

UÇÃ

O, ARQ

UIVO

Estefania V. [email protected]

apoio e a colaboração dos profes-sores das disciplinas de Educa-ção Artística e Ensino Religioso. Foram 13 peças teatrais apresen-tadas e julgadas por um grupo de jurados, que teve a difícil tarefa de selecionar uma peça por tur-ma que irá participar do Show de Talentos, que será realizado em novembro. A atividade foi desen-volvida no dia 17 de agosto.

que as exigências para o cadas-tro foram modificadas, e agora é possível que os municípios ingressem neste programa.

O próximo encontro para debater a temática irá ocorrer na primeira quinzena do mês de setembro, em Vista Alegre do Prata, onde a Secretaria de Agricultura irá enviar re-presentantes para orientar os municípios de como se cadas-trar no sistema. “A legislação foi alterada, eram muitas exi-gências para conseguir o selo. Algumas regras foram flexi-bilizadas, mas nem por isso

deixar de exigir as condições sanitárias das agroindústrias, e agora é possível regulamen-tar”, revela Bidese. O coorde-nador da comissão esclarece ainda que no caso do sua ci-dade a produção de agroin-dústrias é de 5%, mas não tem para quem vender o produto.

Segundo Bidese, a comissão está no caminho certo e os re-sultados estão aparecendo. “No encontro reunimos todos os órgãos envolvidos e acaba-mos com o jogo de empurra--empurra. Todos estão em co-mum acordo”, conclui.

ESTEFAN

IA V. LIN

HA

RES, ARQ

UIVO

das pela administração muni-cipal, que foram desativadas há cerca de um mês quando venceu o contrato de locação dos aparelhos.

As propostas para o novo contrato deverão ser conheci-das no dia 17 de setembro. O projeto propõe a instalação de quatro câmeras rotatórias e outras 13 fixas.

A abertura oficial das come-morações da Independência ocorre na próxima quinta--feira, 3 de setembro, às 9h, na Praça Padre José Ferlin.

Na solenidade haverá o has-teamento das bandeiras e apresentações dos alunos das escolas das redes municipal e estadual.

Sábado, 29 de agosto de 201526 Esporte

Equipe bento-gonçalvense enfrenta o Cachoeira, hoje, fora de casa

Esportivo reúne a base para celebrar aniversário

Bento busca vitória em cima do lanterna do grupo

Farrapos e Spac duelam por posição

Técnico Vaner Flores projeta próximos jogos do clube na competição

Clube de Bento venceu o Desterro por 20 a 19 em casa, no dia 22

Time enfrentou o Lajeadense pela terceira rodada do campeonato

BGF busca encaminhar a classificação na Série Ouro

Aniversário

Rúgbi

MásterFutsal

CRISTIAN

E GRO

HE A

RROYO, A

RQU

IVO

DIVU

LGA

ÇÃO

ESTEFAN

IA V. LIN

HA

RES


O Bento Máster entra em campo amanhã, 30, para en-frentar o Progresso pela quarta rodada do Campeonato Gaú-cho. O jogo ocorre às 10h, em Porto Alegre.

O técnico da equipe Silvio dos Santos terá quatro des-falques para a partida: Darci Girotto e Ademir Tonietto por lesão, e João Batista Leonis Da Silva e Rudimar Da Silva, por suspensão. O time bento--gonçalvense está próximo de garantir a vaga para a fase se-guinte da competição. O técni-co explica que o Bento possui duas partidas a menos que o Lajeado, que ocupa a primei-ra colocação no Grupo B, e uma a menos que o Feliz que está na segunda colocação. Os confrontos foram adiados em virtude das chuvas registradas. “Vamos buscar a liderança do grupo, pois qualquer tropeço dos adversários ficamos em primeiro no grupo”, afirma.

A projeção de Santos é que o time se classifique entre o pri-meiro e o segundo lugar, e na

O Clube Esportivo promove o 2º Torneio de Aniversário. A competição ocorre amanhã, 29, no Estádio Parque Monta-nha dos Vinhedos. O Alviazul está completando 96 anos de fundação.

De acordo com o presidente do Esportivo, Luis Delano Ose-lame, a ideia de comemorar o

O Farrapos entra em campo hoje, 29, para brigar por uma vaga no G-4, no Super 8. O time enfrenta o Spac, fora de casa, às 15h.

As equipes têm um due-lo direto pelo terceiro lugar na tabela, ambas possuem 22 pontos na competição. A equipe paulista tem um jogo a menos que os gaúchos. Além disso, perdeu apenas um con-fronto, e a equipe bento-gon-çalvense obteve três derrotas até o momento.

No sábado, 22, o Farrapos venceu o Desterro em casa por 20 a 19 em uma partida

O BGF tem mais um de-safio pela Série Ouro de

Futsal. Hoje, 29, às 20h, o jogo será fora de casa contra o Cachoeira. A equipe do téc-nico Vaner Flores deve estar completa em quadra. O ala Kevin foi absolvido e estará à disposição do grupo. No en-tanto, a preocupação é com o ala Foppa que não treinou nesta semana, e será avaliado na manhã de hoje.

O treinador explica que no confronto contra o Cacho-eira, a proposta é fazer um jogo normal. “Não posso ar-riscar de perder um jogador por lesão ou por suspensão. Queremos garantir a classi-ficação em casa no próximo sábado”, projeta. O adversá-rio ocupa o oitavo lugar na ta-bela, enquanto o BGF está em sétimo. Ele lembra que, até o momento da competição, o clube sempre esteve na zona de classificação.

O projeto é ficar entre os oito colocados. Para isso, são necessários 32 pontos, e a equipe bento-gonçalvense está com 29. A última partida desta fase será disputada em Bento contra a Afusca, no dia 5 de setembro, às 20h.

Resultados e jogosHoje20hCachoeira x BGFAmérica x AtlânticoAfusca x ASTFAGF x Asif

20h15minAssoeva x ACBF

Terça-feira - 1°/920hAlaf x AssafACBF x Cachoeira

Classificação

Classificação

Equipes P J1)ACBF 46 202) Alaf 46 213) Assoeva 43 184) Asif 42 195) Atlântico 40 206) ASTF 31 197) BGF 29 208) Cachoeira 28 209) ADS 25 2110) América 24 2011) Assaf 19 2112) AGF 19 2013) AGSL 7 2114) Afusca 4 20

Grupo AEquipes P J1) Grêmio 13 62) Morro Reuter 13 63) Frigosul 8 64) Veranópolis 7 55) Triunfo 1 7

Grupo BEquipes P J1) Lajeado 16 72) Feliz 13 63) Bento 9 54) Bom Retiro 3 55) Progresso 0 5

aniversário com o campeonato é uma forma de olhar o futuro por meio das categorias de base. “São meninos do sub-9 e sub-11 e a proposta é que se forme um vínculo com o clube”, afirma.

A competição será disputada por atletas de diversas agre-miações da região entre 6 e 11 anos. Os jogos iniciam às 8h.

equilibrada acirrada. Neste final de semana também terá os seguintes confrontos pelo

fase do mata-mata irá disputar o segundo jogo em casa. Na terceira rodada, o Bento per-deu para o Lajeadense por 6 a 2, no domingo, 23, na casa do adversário. Para o técnico, a campanha é avaliada como ra-zoável até o momento.

campeonato: Curitiba e Ban-deirantes; São José e Pasteur; Desterro e Jacareí.

Sábado, 29 de agosto de 2015 27Esporte

Os pilotos bento-gonçal-venses Marciano Santin e Giovandro Tonini estarão participando neste final de semana da quinta etapa do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade, o Moto 1000 GP. A prova acontece ama-nhã, 30, no Autódromo Inter-nacional de Curitiba, a partir das 11h.

Santin volta à pista para de-fender a liderança na categoria 600 EVO. Ele soma 95 pontos e está 37 a frente do segundo colocado, o baiano Marcelo Dias. O bento-gonçalvense

Começa hoje à tarde mais uma edição do Campeonato Distrital de Futebol de Cam-po, categoria Veteranos. A competição terá quatro jogos, a partir das 13h30min.

No campo do Cruzeiro da Le-opoldina, Cruzeiro da Sertori-na e Linha Eulália entram em campo a partir das 13h30min. No jogo de fundo, às 15h30min, o Cruzeirinho enfrenta o Estre-la da Serra. No Barracão, mais

A Sertorina largou na frente na briga pelo título do Distrital de Futsal na categoria Vetera-nos. A equipe garantiu a vanta-gem para o próximo confronto vencendo por 7 a 2, a Paulina.

O jogo foi disputado na quinta-feira, 27. Os finalistas fizeram uma partida eletrizan-te. A Paulina largou na frente, porém o time da casa conse-guiu a virada.

Disputando o terceiro lugar o Barracão venceu a Eulália por 2 a 1, e agora precisa ape-

O Citadino de Futsal teve a sexta rodada disputada na

quinta-feira, 27. Os jogos ocor-reram nos ginásios Municipal e de Faria Lemos.

No Ginásio Municipal, o Es-porte Clube Menin venceu o Unidos Futsal por 3 a 2. Na segunda partida o Santa Te-reza iniciou o confronto pres-sionando e foi melhor que o C.A.F., goleando por 7 a 1. A equipe do Meia Boca Juniors conquistou a vitória sobre o Barcelona B.G. por 7 a 3.

Em Faria Lemos, no primei-ro confronto da noite, o Futu-ro F.C. / Empreit. Krugel su-perou a A.F.E. pelo placar de 5 a 3; em seguida o Infix Enge-nharia foi goleado pelo Sóca-nelas F.C. por 6 a 1. Fechando os jogos no local, o P.S.G. ven-ceu o Gheno/Tancredo/Impé-rio Modas por 5 a 4. A próxi-ma rodada será disputada na terça-feira, 1º de setembro.

Jogos foram disputados nos ginásios Municipal e de Faria Lemos

Santin e Tonini disputam quinta etapa do Brasileiro

Distrital de Veteranos inicia hoje com quatro partidas

Sertorina larga na frente na decisão

Piloto bento-gonçalvense quer manter liderança na categoria 600 EVO

Clube Menin superou o time do Unidos Futsal por 3 a 2 na quinta-feira

Próxima rodada - terça-feira (1º/9)

Ginásio Municipal Ginásio Faria Lemos19h30min A.A.B.G. x Lyon;20h30min B.D.L. x Junior 21h30min Golden Boys x

Colorado

19h30min Conceição x Parma20h30min Ventura da Serra

x Fantasma21h30min Tigres x Foppa

Goleadas marcam a sexta rodada do campeonato

Motovelocidade

Futebol de campo Distrital

Citadino


nas de um empate para ficar com a terceira colocação da competição. Os jogos de volta das finais acontecem na quin-ta-feira, 3 de setembro, no gi-násio da Paulina.

Feminino

Na categoria Feminino, as partidas de ida da final acon-tecem hoje, 29. Os jogos ocor-rem no ginásio da Sertorina e às 14h30min inicia a disputa pelo terceiro lugar, com o São

Valentim encarando a Eulália. Em seguida, às 15h30min, o Cruzeiro da Sertorina enfrenta a Paulina na grande final.

Livre

Os jogos de ida da semifi-nal da categoria Livre ocorre-ram ontem, 28, no ginásio do Barracão. O São Valentim en-frentou o Tuiuty e o Barracão encarou a Alcântara. Até o fe-chamento desta edição as par-tidas não haviam encerrado.

venceu três das quatro corridas disputadas até o momento.

Giovandro Tonini, por sua vez, quer retomar a boa per-formance, mesmo tendo pou-cas chances de brigar pelo título. Ele ficou afastado das primeiras provas do campeo-nato e retornou na quarta eta-pa, na qual acabou em sexto lugar, mesmo tendo brigado no pelotão da frente a maior parte da corrida. A expec-tativa do piloto é terminar a prova de Curitiba no pódio, de preferência entre os três primeiros colocados.

duas partidas. Às 13h30min, entram em campo Paulina e Floresta. Depois, às 15h30min, jogam Barracão e Tuiuty.

A ausência mais sentida é a do pentacampeão da competição, o São Pedro, que desistiu de par-ticipar do campeonato este ano. Nove equipes jogarão o Distrital: Ouro Verde, Paulina, Eulália, Barracão, Cruzeiro da Sertorina, Estrela da Serra, Cruzeiro da Le-opoldina, Floresta e Tuiuty.

ESTEFAN

IA V. LIN

HA

RES

DIVU

LGA

ÇÃO

Falecimentos

NELSON SCHENATO, no dia 20 de Agosto de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Alvise Schenato e Adelina Magagnin Schenato e tinha 76 anos.

RAIMUNDO MARCHETTI, no dia 20 de Agosto de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Felix Marchetti e Severina Lotti Marchetti e tinha 72 anos.

EMY RODRIGUES VARONE, no dia 20 de Agosto de 2015. Natural de Passo Fundo, RS, era filha de Itamira Rodrigues e tinha 80 anos.

VALDIR AGOSTINHO CAPRARA, no dia 21 de Agosto de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Heitor Caprara e Maria Zanatta Caprara e tinha 71 anos.

JOÃO ANTONIO PADILHA, no dia 22 de Agosto de 2015. Natural de Garibaldi, RS, era filho de Severino Padilha e Maria Ernestina Machado e tinha 83 anos.

MIGUEL RIBEIRO DA SILVA, no dia 23 de Agosto de 2015. Natural de Taquari, RS, era filho de Anibal José da Silva e Elisa Ribeiro da Silva e tinha 74 anos.

ANAIR ANCILLA BRUNELLI GUGEL, no dia 24 de Agosto de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Antônio Brunelli e Tereza Locatelli Brunelli e tinha 75 anos.

VERGILIO OGRODOWCZYK, no dia 24 de Agosto de 2015. Natural de Erechim, RS, era filho de Raimundo Ogrodowczyk e tinha 70 anos.

ADORINA ELISA CECCONI MALDOTTI, no dia 25 de Agosto de 2015. Natural de Monte Belo - Bento Gonçalves, RS, era filha de Adão Cecconi e Josefina Valerio e tinha 94 anos.

MILTON ALVARES DOS SANTOS, no dia 26 de Agosto de 2015. Natural de Erechim, RS, era filho de Vidal Alvares dos Santos e Carolina dos Santos e tinha 49 anos.

HILARIO JOSÉ VACCARO, no dia 26 de Agosto de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Miguel Arcangelo Vaccaro e Ida Somacal e tinha 78 anos.

HELENA DA RÉ TANSINI, no dia 25 de Agosto de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Antonio Da Ré e Fiorinda Da Ré e tinha 85 anos.

Sábado, 29 de agosto de 201528 Obituário

Antes de clamarem,

eu responderei;

ainda não estarão

falando, e eu os ouvirei

Isaías 65:24

Sábado, 29 de agosto de 2015 29Segurança

Traumatismo

Secretário do Meio Ambienteé internado em estado graveLuiz Augusto Signor sofreu uma queda nas escadarias de seu prédio

Leonardo [email protected]

O secretário municipal do Meio Ambiente, Luiz Au-

gusto Signor, 66 anos, foi en-contrado desacordado nas escadarias do prédio em que mora na noite de quarta-feira, 26. Ele foi socorrido pelo Cor-po de Bombeiros com respi-ração ruidosa e um edema na parte posterior do crânio. Sig-

nor passou por cirurgia e está internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Tacchini.

Conforme as informações do Corpo de Bombeiros, o aten-dimento ocorreu às 23h45min na travessa Montenegro, no bairro Juventude. A vítima foi encontrada por vizinhos que acionaram o socorro. A suspei-ta é que Signor tenha sofrido uma queda quando chegava

em casa após jantar fora. Conforme o último boletim

médico, o secretário permanece sedado e respirando com ajuda de aparelhos. A contusão causou sangramento e inchaço no do cérebro da vítima, provocando um aumento da pressão intra-craniana. Na opinião do espe-cialista responsável, o paciente está suficientemente estabiliza-do, porém necessita de rigorosa observação tendo em vista a ex-tensão das lesões. Signor é dia-bético e hipertenso, fatores que agravam seu estado de saúde.

Além de acompanhar o es-tado de saúde do secretário do Meio Ambiente, a prefeitura de Bento Gonçalves emitiu uma nota sobre o ocorrido:

A prefeitura de Bento Gon-çalves informa que o Secre-tário Municipal de Meio Am-biente, Luiz Augusto Signor, submeteu-se no início da ma-nhã desta quinta-feira (27), a uma cirurgia decorrente de uma queda inesperada. O pro-cedimento foi feito no Hospital Tacchini. Luiz Augusto Signor tem 66 anos e encontra-se na Unidade de Tratamento In-tensivo em observação, onde a equipe médica aguardará a evolução do quadro clínico para dar mais informações sobre seu estado de saúde.

Sábado, 29 de agosto de 201530 Segurança

Gaúcho é condenado a 14 anos por homicídio

Reincidente em ações criminosas, Cabelo foi preso em oficina da BR-470

Operação Pentágono

Brigada investe contra criminalidadeCom reforço no efetivo e apoio da Polícia Civil e Polícias Rodoviárias, ação pretende retomar sensação de segurança


Pelo segundo ano consecu-tivo, Álvaro Soares, 29 anos, conhecido como Alemão, é suspeito de uma série de furtos com arrombamentos em apar-tamentos. Ele foi preso por agentes da 2ª Delegacia de Po-lícia na manhã de quarta-feira, 26. Com um vasto material (in-cluindo filmagens) contra si, Alemão é suspeito de cerca de 20 inquéritos policiais.

A abordagem ocorreu na rua Luiz Tomedi, no bairro Juven-tude. O acusado conduzia uma bicicleta que havia sido furta-da horas antes em um prédio na rua Fortaleza, no Botafo-go. Durante a manhã, Alemão prestou depoimento para, pelo menos, três investigadores da Polícia Civil.

Suspeito de 20 inquéritosCrime na Linha Pradel

O acusado é um especialista em arrombamentos, possui ex-tensa ficha criminal de furtos e receptação, e estava em prisão domiciliar desde o dia 19 de junho. Ele estava recolhido no

Os crimes do mês de agos-to assustaram a comuni-

dade. As lideranças apelaram por uma resposta e, na quinta--feira, 27, o 3º Batalhão de Po-liciamento de Áreas Turísticas (3º BPAT) lançou a Operação Pentágono. Com reforço de efetivo vindo de Caxias do Sul e apoio da Polícia Civil e das Polícias Rodoviárias Estadual e Federal, o objetivo é recu-perar a sensação de segurança em Bento Gonçalves.

Com barreiras nas princi-pais vias e incursões nas áre-as de riscos, a Brigada Militar pretende evitar a circulação de armas e drogas e capturar foragidos da Justiça. “Nossa cidade tem esta qualidade de ter uma segurança unida. Nes-ta nossa operação apoiamos a Polícia Civil em cumprimento de mandados, o que resultou na prisão de dois acusados logo na primeira manhã, e contamos com a colaboração das polícias rodoviárias, com barreiras na BR-470, na ERS-444 e demais acessos à cidade para aumentar este cerco con-tra estes crimes que prejudica-ram a sensação de segurança da população”, declara o capi-

LEON

ARD

O LO

PES

GA

BRIELA BO

ESEL

Comando do 3º BPAT pede compreensão da população com as barreiras

tão Diego Caetano de Souza, comandante da 1ª Companhia do 3º BPAT.

A Operação Pentágono não tem prazo para acabar e está caracterizada pela mobilida-de. São ações espalhadas por toda a cidade que demons-tram a presença policial nas ruas, tão pedida pela comu-nidade. Em contrapartida, é necessária compreensão com as barreiras policiais. “A nossa busca é por criminosos, porém quando constatamos infrações de trânsito é nosso dever rea-

lizar as devidas autuações. A questão dos lacres das placas rompidos é algo que nos cha-ma atenção, pois é uma es-tratégia utilizada para ações criminosas, como roubos”, ex-plica o capitão Caetano.

O comando do 3º BPAT aproveita a ocasião para pedir a colaboração da população. Denúncias de movimentações criminosas podem ser feitas pelo whatsapp (54) 9236.1651. O telefone 190 deve ser utili-zado, preferencialmente, para situações de emergência.

Preso negociador de peças roubadas

Uma das primeiras ações resultou na prisão de Juliano Menezes, 34 anos, conhecido como Cabelo. Ele foi encontra-do em oficina mecânica da BR-470. O acusado possui extensa ficha criminal incluindo recep-tação, estelionato, adulteração de veículo e posse de arma.

Cabelo é suspeito de ser um dos maiores negociantes de pe-ças de veículos roubados e clo-nagem de veículos. Na manhã

desta quinta-feira, ele tentou reagir à abordagem e foi neces-sário o uso da força pelos poli-ciais. Com o acusado foi apre-endido um automóvel Classic, placas ITC-6052 de Imbé, que estava com o lacre adulterado.

Conforme informações da Brigada Militar, no dia anterior, era Cabelo o motorista do Palio, tripulado por dois adolescentes, que fugiu de uma abordagem próximo a Estação Rodoviária e seguiu em alta velocidade até o distrito de Tuiuty, onde aban-donou o veículo e os jovens.

Preso especialista em arrombamentos

sistema penitenciário desde 12 de maio do ano passado. Na-quela época, Alemão também era suspeito de uma série de furtos em apartamentos que assolavam a área central.

Álvaro Soares, o Alemão, foi encontrado com uma bicicleta furtada

AN

TÔN

IO SÉRG

IO D

E OLIVEIRA

/DIFU

SORA

, DIVU

LGA

ÇÃO

Quatro anos após o crime, Valtair Padilha Cavalheiro, 54 anos, conhecido como Gaúcho, foi condenado a 14 anos de reclusão em re-gime fechado pelo homicí-dio de Algacir Antônio da Silva Borges, na época com 50 anos, em 28 de junho de 2011, na Linha Pradel. O jul-gamento ocorreu na quinta--feira, 27, e foi conduzido pela juíza Fernanda Ghirin-ghelli de Azevedo.

Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), o crime ocorreu no interior

de uma cabanha, por vol-ta das 14h30min, quando Gaúcho, movido por desen-tendimentos banais, atirou contra a vítima e a atingiu pelas costas. Em seguida, ainda efetuou 17 golpes de faca no peito e pescoço de Borges. O filho da vítima, na época com 9 anos, pre-senciou o crime escondido atrás de uma árvore. Na opinião do promotor Edu-ardo Lumertz, o ato foi co-metido por motivação fútil, com meio cruel e impossibi-litando a defesa da vítima.

Sábado, 29 de agosto de 2015 31Segurança

O quadro clínico de Lucas Ri-cardo Mariuzza, 20 anos, conti-nua muito delicado. O jogador do Farrapos Rubgy segue inter-nado em estado grave na Uni-dade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Tacchini.

De acordo com o neurocirur-gião Gustavo de David, respon-sável pelo caso, a notícia boa é que a situação se manteve con-trolada desde a cirurgia ocorri-da na tarde de segunda-feira, 17. “Está estável, não houve nenhuma mudança. O cére-bro continua com um edema e

Acusado de tráfico preso durante investigação

Mariuzza segue em estado grave

Investigação

Prostituta atirou em jogador de rúgbiPresa pela Polícia Civil na quarta-feira, Franciane Beltrame, de 18 anos, alega disparo acidental após desacordo comercial


Após uma semana de investi-gação, a 2ª Delegacia de Po-

lícia desvendou o crime contra Lucas Ricardo Mariuzza e pren-deu uma prostituta de 18 anos que confessou a autoria do dis-paro de arma de fogo que man-tém o jogador de rúgbi interna-do em estado grave no Hospital Tacchini. Por meio de imagens e depoimentos, os agentes refize-ram o trajeto da vítima desde a faculdade, no bairro Juventude, até o encontro com a acusada na Alameda Fenavinho.

Franciane Beltrame, conhe-cida com Fran, foi presa em um casebre no final da aveni-da Planalto, por volta das 16h de quarta-feira, 26, quando fumava cigarro em um sofá. Ainda apresentando o efeito de algum entorpecente, a jovem prestou depoimento para o de-legado Álvaro Pacheco Becker. “A motivação do crime será melhor esclarecida durante os 30 dias desta prisão temporá-ria. No momento, ela afirmou que encontrou com o Lucas, que estava com a arma na bol-so e, quando puxou, disparou acidentalmente”, afirma.

De acordo com a investiga-ção, a acusada é viciada em crack e costuma se prostituir na Alameda Fenavinho. Nos úl-timos meses, a jovem teria co-meçado a roubar seus clientes. Fran teria afirmado que não ti-nha intenção de ferir Mariuzza.

O jogador de rúgbi teria saído mais cedo da faculdade naquela

noite. A última mensagem no celular questionava se a noiva queria algum lanche. A resposta foi negativa. Com imagens de câ-meras de monitoramento espa-lhadas pela cidade, a investiga-ção seguiu o trajeto do Ford Ka de cor branca da vítima. A partir das 22h13min, há imagens do veículo na Alameda Fenavinho. Em uma delas, o automóvel tra-fega em baixa velocidade com a acusada acompanhando. “A rua Domingos Rubecchini (local do crime) fica cerca de 50m abaixo. Não há imagens do momento do tiro. A acusada afirmou que era passada meia-noite”, relata o delegado.

Outro ponto esclarecido foi sobre a posição de Mariuzza no carro. O primeiro registro apontava que a vítima estaria no banco do carona. A investigação desvendou que o jogador estava no banco do motorista e, durante

Acusada participou da reconstituição do crime na manhã de sexta

Desde os 13 anos, Fran queria morar sozinha no Eucaliptos

os primeiros socorros, caiu por cima do banco do carona.

Policiais elogiados

Em sua manifestação, o de-legado Álvaro Becker fez ques-tão de ressaltar que, mais uma vez, um crime grave foi rapida-mente esclarecido e elogiou os servidores da 2ª DP. “Este foi mais um crime de característica hedionda e que está sendo solu-cionado a contento. Quero des-tacar a persistência e profissio-nalismo desta equipe, que virou noites e noites investigando, e agradecer o apoio das demais delegacias”, declara.

O inquérito policial deverá ser concluído nos próximos 30 dias. A tipificação continua como latrocínio tentado, pois a acusada “levou da vítima a carteira contendo dinheiro e cartões de crédito”.

A história de Franciane Bel-trame, 18 anos, é mais um infe-liz relato de quem é consumido pela droga. A jovem abando-nou os estudos, fugiu várias vezes da casa do pai em Monte Belo do Sul, perambulava sem residência fixa pelos bairros Eucaliptos, Fenavinho e Pla-nalto e começou a se prostituir para sustentar o vício em cra-ck. Próxima do fundo do poço, passou a roubar seus clientes.

Até a trágica madrugada de 19 de agosto, quando baleou Lucas Mariuzza no rosto, a jovem não possuía nenhum antecedente criminal. Seus únicos registros na polícia são quatro desapa-recimentos, ocorridos entre ju-lho de 2010 e janeiro de 2012, quando, ainda adolescente, fu-gia da casa do pai. Desde os 13 anos Franciane buscava morar sozinha e sua preferência era o Eucaliptos.

Em 11 de setembro de 2013, em resposta a uma solicitação do Ministério Público (MP) sobre o paradeiro da jovem, o Conselho Tutelar de Ben-to Gonçalves relatou que não conseguiu contato com o pai, não havia informações sobre a mãe, porém um tio afirmou que, na última vez que tinha ouvido falar, a jovem estava morando no Eucaliptos. O MP acabaria por arquivar o proce-dimento sobre a evasão escolar

de Fran do Núcleo de Educação de Jovens e Adultos (NEJA).

Viciada em crack, ela peram-bulava pelos bairros Eucalip-tos e Planalto. Conhecida de populares, a jovem era acon-selhada sobre o perigo desta vida por donos de mercados e transeuntes.

Para sustentar o vício, come-çou a se prostituir na Alameda Fenavinho. Porém, seu de-clínio a tornou cada vez mais perigosa. Nos últimos meses, após o programa, Franciane passou a roubar os motoristas que a procuravam. Sobre Ma-riuzza, a jovem afirma que só queria assustar o rapaz após uma desavença no pagamento e que o tiro foi acidental.

Jovem abandonou tudo para viver atrás da droga

Durante as buscas pela acusada de atirar em Ma-riuzza, os agentes da 2ª DP prenderam um acusado de tráfico de drogas em uma residência do bairro Eucalip-tos. Rodrigo da Silva Abreu, 31 anos, foi encontrado com 17 pedras de crack (pesando 3,6 gramas), R$ 71 e um es-tojo de munição calibre .38.

Abreu possui extensa fi-

cha criminal, que inclui 31 indiciamentos por furto, e estava em liberdade desde 20 de março.

Além do tráfico, a Polícia Civil investigará a relação dele com Franciane e seu possível envolvimento com o caso de Mariuzza. A acusada afirma que arma utilizada no crime foi levada da casa de Abreu, enquanto ele dormia.

bastante inchado. Não houve nenhuma complicação e, por estar sedado, não podemos perceber nenhum sinal de me-lhora”, explica o médico.

Na próxima segunda-feira, 31, o jovem será submetido a uma nova carga de exames. “É quando deve começar a regre-dir este inchaço e poderemos decidir os próximos passos. Por enquanto, que esta crise tenha acalmado”, opina David.

Mariuzza está internado des-de 19 de agosto e já passou por duas cirurgias.

REPROD

UÇÃ

O

Lucas Ricardo Mariuzza, 20 anos

REPROD

UÇÃ

O

LEON

ARD

O LO

PES

Distrital de Futsal

Sertorina sai na frente no Veteranos

Página 27

Segurança

Autora alega que disparo foi acidental

Página 31

Polêmicas, críticas e poucas discussões

Página 19

A Edição www.jornalsemanario.com.br56 páginas

Primeiro Caderno ......................32 páginasCaderno S ................................12 páginas Saúde & Beleza .........................4 páginasEmpresas & Empresários ...........4 páginasEspecial Pets............................ 4 páginas

BENTO GONÇALVESSábado29 DE AGOSTO DE 2015ANO 48 N°3160

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Sábado

min 11º max 27º

Domingo

min 12º max 28º

Segunda

min 14º max 28º

Terça

min 8º max 16º

Fonte

: G

oogle

Plano Diretor

DIVU

LGA

ÇÃO

Bento Gonçalves

Sábado | 29 de agosto de 2015

Uma maneira simples e prática

de iniciar a reeducação

alimentarPáginas 2 e 3

Contando as calorias

Saiba quais dos seus hábitos

podem aumentar suas chances

de desenvolver a doençaPágina 4

Fatores ambientais

e o câncer

Bento GonçalvesSábado | 29 de agosto de 2015

Clessi Biesek

“ Seja humilde para evitar o orgulho,

mas voe alto para alcançar a sabedoria!

(Santo Agostinho)

Batalhadora e incansável. Assim pode ser definida Cleci BieseK, que

há 28 anos saiu de Irai (RS), em busca de uma vida melhor. Em 1989 Clessi

chegou a Bento e teve a oportunidade de trabalhar em uma grande empresa,

onde aprendeu muito. Mas ela tinha o sonho de abrir seu próprio negócio, foi

então que em sociedade com sua irmã, nasceu a Confecções Meriene. “Gosto

muito do meu trabalho, amo o que faço e trabalhar com o público traz muita

satisfação, além de poder contar com uma equipe maravilhosa”, garante.

Casada com Celso José Wagner há 14 anos, construiu uma família

completa e feliz, tendo como fruto desta relação o filho Ezequiel, 13 anos. Para

Clessi seus pais são seus heróis. “Eles me ensinaram a valorizar as pequenas

coisas da vida. Fico emocionada quando ouço minha mãe falar que está feliz,

sendo que é enferma e está acamada há dez anos”, relata.

Sempre engajada com as atividades da comunidade, Clessi faz parte da

diretoria da comunidade Santa Helena, da Associação de Moradores do bairro e

da Braspol (comunidade polonesa, a qual descende). “Me orgulho de participar

ativamente da comunidade, aprendi com meu pai viver em prol da comunidade,

quando ajudamos o próximo estamos ajudando a nós mesmos”, afirma.

Uma mulher de bem com a vida, valoriza as amizades e acredita que

amigos são o combustível para a felicidade. Ela tem como hobby dançar.

Valorizando as raízes, um sonho que Clessi gostaria de realizar é conhecer a

Polônia. “Adoraria apreciar as terras onde viveram meus antepassados”, revela.

Pensando no futuro, a desigualdade social é uma das coisas que ela

gostaria de extinguir. “Um mundo com pessoas mais justas e mais conscientes

em relação à preservação do meio ambiente seria um grande passo para dias

melhores”, acrescenta.Texto e foto: Caroline Pandolfo

“

O presidente do Sitracom-BG Itajiba Soares Lopes, juntamente com o presidente da Ascon Vinhedos Diego Panazzolo, o prefeito Guilherme Pasin e a gerente de Operações do Sesi de Bento Gonçalves Ana Hoffmann prestigiaram o evento com cerca de 500 pessoas

FOTOS ANDREIA DE DEUSO sábado de sol motivou cen-

tenas de trabalhadores ligados a empresas associadas da cons-trução civil e seus familiares a saírem de casa e participarem do Dia Nacional da Constru-ção Social, realizado pela Ascon Vinhedos pelo segundo ano consecutivo em Bento Gonçal-ves. O evento foi um sucesso de público e reuniu no Ginásio do Sesi 482 pessoas na tarde do dia 22 de agosto. Neste ano, o tema escolhido foi “Quer mudar o mundo? Mãos à obra”, com a intenção de atrair jovens para o setor, inclusive os filhos dos atu-ais colaboradores das empresas da construção civil.

No total, foram 4.263 aten-dimentos nos diversos serviços gratuitos oferecidos nas áreas de cidadania, saúde e lazer, como testes de visão e glicemia, orien-tação sobre saúde bucal, corte de cabelo, manicure, orientações para confecção de sacolas eco-lógicas e separação de resíduos, campanhas de conscientização para a prevenção do câncer, dis-tribuição de mudas e de lanche, doação de animais, apresenta-ções culturais e danças urbanas, brinquedos infláveis, jogos inte-rativos, quick massagem, pintura facial e mateada. O Grupo de Teatro Vivandeiros da Alegria, fundamental na divulgação da ação nos canteiros de obras, também marcou presença com

Semanário | Bento Gonçalves, sábado, 29 de agosto de 2015

Empresas Empresários&Dia da Construção Social foi um sucesso

muita irreverência.Durante o evento, Diego Pa-

nazzolo, presidente da Ascon Vinhedos, agradeceu a presen-ça de todos e fez um reconheci-mento aos envolvidos na ação, em especial ao Sesi, Sitracom e Prefeitura de Bento Gonçal-ves. Além dos trabalhadores, o evento contou com a pre-sença do prefeito Guilherme Pasin, da primeira-dama Cyn-thia Pasin, da diretora adjunta

do Ipurb Melissa Bertoletti, da vice-presidente do Ciergs Maristela Longhi, da gerente de Operações do Sesi Bento Gonçalves Ana Hoffmann, do diretor do Senai-Cetemo Ben-to Gonçalves César Modena, e do presidente do Sitracom-BG Itajiba Soares Lopes.

Na programação também aconteceu a formatura de 10 alunos do programa Apren-diz na Construção Civil. Du-

rante um ano e meio jovens de 16 a 22 anos frequentaram o curso Pedreiro em Edifi-cações e receberam aulas de alvenaria, carpintaria, con-cretagem e revestimentos por meio do Senai/Cetemo.

Para Panazzolo, o Dia Na-cional da Construção Social já faz parte do calendário da entidade, evento consolidado para proporcionar um dia re-pleto de atividades voltadas

aos trabalhadores do setor e em 2015 com um número ain-da maior de participantes foi contemplado com acréscimo significativo na quantidade de atendimentos. “Neste ano a data ganhou mais um motivo especial, com a formatura dos aprendizes que concluíram o curso no Senai-Cetemo. Tive-mos muitos motivos para co-memorar”, celebra o presiden-te da Ascon Vinhedos.

REPR

OD

UÇÃ

O

Eles entram nas nossas vi-das, invadem nossos lares, e conquistam nossos corações. Quando notamos já estão em cima das nossas camas, ba-gunçando nossos sofás, roendo nossos sapatos, destruindo o que encontrarem pela frente.

Na maioria dos casos é isso que acontece com qualquer pessoa que leva para casa um animal de estimação. Esses bichinhos encantadores, carinhosos, tra-vessos, às vezes maus humo-rados, nos enfeitiçam, enchem nossas vidas de alegria e amor.

Porém, uma coisa é certa, você ganha um amigo, alguém que vai se apaixonar por você, te seguir aonde você for e te de-fender, caso seja necessário. Eles têm sentimentos, merecem respeito, dedicação e cuidados. Não esqueça que eles preci-

ro ou até mesmo um animalzi-nho mais tímido, como as tar-tarugas. Para avaliar todos os prós e contras de se criar um bichinho. Não esqueça que um animal não é uma mercadoria, é uma vida, que deve ser respei-tada e preservada.

sarão de cuidados com veteri-nários, alimentação, um lugar quentinho para dormir e alguém para brincar e entreter. Nesse Especial, separamos dicas para você cuidar da melhor maneira possível seu fiel companheiro, seja ele um gatinho, um cachor-

Mais amor e carinho para o seu

Especial Pets

melhor amigo

29/08/2015 - jornal semanário - edição 3.160

Documents