jornal semanário- 29/03/2014- edição 3014

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Setor Moveleiro Multa de R$ 123 mil à Concresul Meio ambiente Os desafios da inclusão no meio escolar Síndrome de Down Página 15 Página 27 BENTO GONÇALVES sábado 29 DE MARÇO DE 2014 ANO 47 N°3014 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br LEONARDO LOPES MARILIA DALENOGARE VITÓRIA LOVAT A cada dia as crianças com Síndro- me de Down estão sendo integradas ao ensino regular. Jovens, como a pequena Letícia Gomes (foto), de 12 anos, descobrem um mundo que até pouco tempo não estavam acostuma- dos a participar. A Vigilância Ambiental entende que a empresa foi a responsável pe- los danos, ao construir muro sem autorização no local do acidente. Otimismo pós Movelsul Páginas 20 a 23 Presidente Henrique Tecchio afirma que a expectativa de crescimento para 2014 pode chegar a 5% Euforia com a Páscoa Comerciantes apontam que vendas deste ano serão as melhores dos últimos tempos e devem superar todas as expectativas Página 18

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Bento Gonçalves/RS

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Page 1: Jornal Semanário- 29/03/2014- Edição 3014

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Setor Moveleiro

Multa de R$ 123 mil

à Concresul

Meio ambienteOs desafios da inclusão no meio escolar

Síndrome de Down

Página 15Página 27

BENTO GONÇALVESsábado29 DE MARÇO DE 2014ANO 47 N°3014 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

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A cada dia as crianças com Síndro-me de Down estão sendo integradas ao ensino regular. Jovens, como a pequena Letícia Gomes (foto), de 12 anos, descobrem um mundo que até pouco tempo não estavam acostuma-dos a participar.

A Vigilância Ambiental entende que a empresa foi a responsável pe-los danos, ao construir muro sem autorização no local do acidente.

Otimismo pós MovelsulPáginas 20 a 23Presidente Henrique Tecchio afirma que a expectativa de crescimento para 2014 pode chegar a 5%

Euforia com a Páscoa

Comerciantes apontam que vendas deste ano serão as melhores dos últimos tempos e devem superar todas as expectativas Página 18

Page 2: Jornal Semanário- 29/03/2014- Edição 3014

Viva o seu tempo O tempo é parte da nossa vida e da sociedade. Não

podemos viver fora dele ou sair dele, mas podemos torná-lo nosso aliado ou inimigo. Isso vai depender da percepção subjetiva e do uso que cada indivíduo faz dele.

Existem momentos em que conseguimos admi-nistrar o tempo com sabedoria, de forma planejada. Já em outras situações, a falta de tempo e a pressão exercida sobre nós, geram desequilíbrio pessoal, acarretando em estresse e ansiedade.

Uma das queixas que mais ouço nas empresas e nas consultorias organizacionais é sobre a escravidão do tempo e como ele se torna opressivo no dia a dia. Mas será que é o tempo que exige muito de nós ou nós que não entendemos a importância que o tempo tem?

No cotidiano é comum ouvirmos frases como “O tempo voa”, “Não tenho tempo”, “Meu tempo não rende” e “Preciso de mais horas no meu dia”. Com isso, a percepção de que o tempo nunca é suficiente e que o dia passou sem percebermos, se torna gene-ralizada. Nesse contexto, prevalece a sensação de que atividades, trabalhos e compromissos foram deixa-dos para trás.

Se enxergarmos o tempo apenas como prazos, da-tas e anos de vida que se passam, consequentemente iremos viver em um ciclo contínuo de angústia, pois essa visão superficial do tempo pode nos tornar re-

féns dele e ainda nos fazer sentir dominados, en-trando num estado de constante sofrimento e falta de esperança.

Se passarmos a notar o tempo como aliado, como oportunidades que se apresentam no decorrer da vida, momentos decisivos e possibilidades únicas, temos como olhar para o relógio de outra forma, percebendo que tudo ao redor está em movimento, e o “hoje” vira “ontem” e tudo passa e se transforma cumprindo a ordem natural da existência.

Viver o tempo sob esse ponto de vista nos permite perceber que tudo é constante mudança e transfor-mação e que o transcorrer do tempo é o transcorrer da vida, assim como é natural o caminho do homem: evoluir continuamente tendo a opção e a possibili-dade de mudar hábitos e crenças limitantes e adqui-rir novos conhecimentos e competências. Viva o seu tempo, pois ele é esperança, liberdade e oportunida-de para evoluir, criar, crescer e aprender.

Artigo

O texto para esta seção deve conter aproximadamente 2.500 caracteres, incluindo os espaços, e ser enviado para o endereço de e-mail [email protected]

EDUARDO SHINYASHIKIPresidente da Sociedade Cre Ser Treinamentos

SEDEWolsir A. Antonini, 451

Bairro Fenavinho - Caixa Postal 12695 700.000 - Bento Gonçalves - RS

ESCRITÓRIO CENTRALMal. Deodoro, Centro, 101Galeria Central - Sala 501

DIRETOR PRESIDENTE HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

DIRETORES ANA INÊS FACCHIN

HENRIQUE ANTÔNIO FRANCIO

FALE COM A GENTE

Telefones:Central/Fax: 3455.4500

Escritório Centro: 3452.2186Rádio - Estúdio: 3455.4530

Rádio - Coordenação: 3455.4535Atendimento ao assinante: 3055.3073

ou 9971.6364

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www.radiorainha.fm.brRepresentante em Porto Alegre

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JORNALISTA RESPONSÁVEL HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

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Semanário na Internet

Crescimento à vistaEditorial

A Movelsul, maior feira de móveis e complementos da América Latina, mais uma vez, deu mostras de sua força e do foco em inovação. Sua 19ª edição consolidou o for-mato europeu de realizar feiras, segmentando os setores e diversificando produtos. O foco na nova classe média ou classe C tem demonstrado ser o maior acerto desde 2012, garantindo sucesso de público, de participação e também de lista de espera.

Os números foram muito positivos e mostram que o se-tor moveleiro está preparado para o que vem pela frente. O futuro mostra um horizonte diferente dos últimos anos, onde o crescimento deixa de ser algo longe de ser alcançado. Definitivamente, a Movelsul trouxe no-vos ares e mais otimismo a um setor que enfrenta tantos percalços.

O setor moveleiro retoma sua condição de protagonista e, na atual conjuntura econômica, estimar um crescimento de até 5% pode, e deve, ser comemorado, principalmente se olharmos para um ano de 2013 que foi de muitas incertezas.

Com criatividade e muito empenho o setor volta a conquistar fatias importantes no mercado internacional e vai retomando o espaço perdido. O bicho--papão chinês já não assusta como antes. O investimento de exportadores em valor agregado também foram fun-damentais para abrir novas frentes de negociação.

Na Movelsul, todos os projetos realizados estão conso-lidados. Seja o foco na classe média, passando pelo Proje-to Comprador e pelo Salão Design, até a Rodada de Negó-cios, o sucesso das iniciativas mostram um horizonte de positivismo e crescimento aliado à estabilidade.

Quem sabe esta não seja a virada para Bento, que está precisando de uma enxurrada de boas notícias

Por outro lado, o setor moveleiro sai da Movelsul ainda mais unido em prol das necessidades de que dependem de nossos governantes. A falta de infraestrutura, princi-palmente de nossa malha rodoviária, deixa os empresá-rios de cabelo em pé. O discurso do presidente do Sind-móveis, Henrique Tecchio, deve ecoar muito em breve no Palácio Piratini. O empresariado jogou a toalha e cansou de esperar pelas promessas do governador em recuperar as rodovias da Serra Gaúcha. Foram quatro anos conse-cutivos de anúncios, datas e mais datas de início e nada

saiu do papel. Se alguém tem dúvida que a indignação

com a falta de infraestrutura nas estradas é grande, basta seguir de carro da Pipa Pórtico até a ponte sobre o Rio das An-tas, pela RSC-470. Um cenário vexatório e de descaso com a região que mais pro-duz para impulsionar a economia do Rio Grande do Sul. Não satisfeito, siga em di-reção a Guaporé, onde a ERS-431 aguar-da obras, que deveriam ser emergenciais, há mais de quatro meses.

Além de todos os problemas econômi-cos para se manter pujante e forte, o setor moveleiro pre-cisa ultrapassar estas barreiras governamentais que, ao invés de auxiliar, coloca ainda mais entraves para frear o crescimento. Mesmo assim, a expectativa é das melho-res. O setor volta a mostrar sua força e ter o seu lugar de destaque. A Movelsul 2014 fecha suas portas, mas deixa o otimismo e a esperança de que este ano será encerra-do com números acima das expectativas. Quem sabe esta não seja a virada para Bento Gonçalves, que está preci-sando de uma enxurrada de boas notícias.

Sábado, 29 de março de 20142 Opinião

Page 3: Jornal Semanário- 29/03/2014- Edição 3014

Henrique Tecchio, presidente do Sindmóveis

“A Movelsul é uma conquista do povo de Bento

Gonçalves. Isso é fato”

PainelDepois de um tempo com as obras

paralisadas, a escola infantil, do bairro São João, que servirá para abrigar pou-co mais de 100 crianças, está em fase de acabamento e retoques finais para ser inaugurada em breve. Uma empresa, que reúne aproximadamente 10 pessoas trabalha na parte final da creche e está bem adiantado o processo de construção para ser entregue à comunidade. Assim, logo pais e moradores do bairro poderão desfrutar de mais um estabelecimento de ensino destinado às crianças desta região.

Creche em construção

A Movelsul 2014 recebeu cer-ca de 500 pessoas de outros países em Bento Gonçalves e o setor hoteleiro, segundo o presi-dente do Sindmóveis, Henrique Tecchio, deixou a desejar. Na pesquisa realizada com os par-ticipantes do evento, a maioria reclamou de que nos hotéis da cidade não havia profissionais que falavam inglês ou espanhol. Além disso, o preço salgado das diárias teria afastado os visitan-tes para hotéis em Farroupilha e Caxias do Sul onde, mesmo com o custo de deslocamento, os valores seriam mais em con-ta que na Capital do Vinho.

Há três meses da Copa do Mundo, a pergunta que fica é: onde foram parar aquelas de-zenas de funcionários que fize-ram cursos gratuitos de línguas estrangeiras, via Pronatec?

Artistas da cidade estão reclamando da valori-zação que foi dada pela prefeitura para o desfile da Embaixadores do Ritmo, em Porto Alegre. Eles afirmam que os responsáveis receberam cerca de R$ 7,5 mil para montar a coreografia e que, um dos profissionais estaria em débito com a prefei-tura, não podendo receber recursos públicos. Al-guém vai precisar explicar esta situação.

Quem vai ao Vale dos Vinhedos tem a triste oportunidade de encontrar faixas de protes-to contra o poder público. A região, principal indutor do turismo de Bento Gonçalves, pede mais segurança para trabalhadores e pedestres, além de uma ciclovia para que os turistas pos-sam fazer passeios pelos vinhedos. A mobiliza-ção está sendo liderada pela Aprovale.

Imagina na Copa

R$ 7,5 mil por coreografia Protestos no Vale

Sábado, 29 de março de 2014 3

Tubulações antigas não dão conta de demanda

Acusado de homicídio é alvejado a tiros

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Gente... Passo por aí todos os dias. Que loucura! As pessoas estão perdendo a cabeça tentando fazer justi-ça com as próprias mãos, já que as leis não são cum-pridas em nosso país.

Cleiser Dione Gobatto

É, Bento está mudando, e não é para melhor.

Ronaldo Olivera

Os agentes da lei, como os delegados, juízes, etc, se-guem a lei, para tomar decisões. Se vocês não gostaram das decisões mudem a LEI! Deixem de ser “gado” e ficar reclamando sem saber do que reclamar. Precisamos é de revisão nas leis. Se não os agentes da lei estarão indo contra ela, para agradar a opinião pública.

Talisson Goet

Demoraram para chegar a conclusão que fazer “mata-ção” não resolve.

Bruno Ben

Movelsul bombando, adjacências do Parque de Eventos completamente tomadas por veículos, trânsito difícil, desorientado. De repente, numa daquelas ruas estreitas na área verde do lado superior da Alameda, surge uma tombeira, cheia de terra, querendo passar no meio de veículos, estacionados ou querendo estacionar. Não conseguindo passar, o motorista da tombeira, nada compreensivo e no lugar errado, dê-lhe buzinaço, como nunca se viu. Estão muito difíceis as coisas em Bento. Movelsul, vamos embora pra São Paulo?Envie a sua sugestão de pergunta pelo e-mail [email protected]

A pergunta que não quer calar

HUMOR Moacir Arlan

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Sábado, 29 de março de 20144 Opinião

[email protected]

A “justissa” prevaleceu!Para não haver dúvidas de que a “justissa” pratica-

da no STF é igualitária, não partidária, isenta, moral, ética, etc, nesta quinta-feira oito ministros votaram pela remessa da Ação Penal nº 536, o “mensalão do PSDB mineiro”, para a primeira instância da justiça de Minas Gerais. O indiciado, ex-governador de Mi-nas e que renunciou ao mandato de deputado federal recentemente, perdeu, pela renúncia, o “direito” ao julgamento em “foro privilegiado”, ou seja, pelo Su-premo Tribunal Federal. De parabéns a “justissa” do STF. Afinal, a determinação constitucional do “foro privilegiado” foi atendida por oito votos a um. Somen-te Joaquim Barbosa votou contra, entendendo que a renúncia dele foi um “deboche” ao STF. Agora só falta aparecerem “entendidos” por aí para protestar contra a decisão do STF, só porque houve dois pesos e duas medidas em relação ao “mensalão petista”. “Justissa é justissa” e ponto final. Bom não esquecer que “decisão judicial não se discute, a menos que seja contrária ao que pensamos ou aos nossos interesses”. Certo? Bom ironizar, de vez em quando, não? Ah, sim, a Coluna está aberta a contestações, certo?

Aumentar impostos?Pois é, estão cogitando da possibilidade de haver

aumento de impostos para cobrir custos com a ener-gia elétrica mais cara, gerada pelas usinas termelétri-cas, já que as hidrelétricas estão tendo problemas com a estiagem na região sudeste, notadamente. Apesar de não ter havido racionamento de energia elétrica como na década de 90 e em 2001, os “experts” acham que teremos problemas. A Revista Veja, em 16 de maio de 2001, edição número 1.700, publicou, em matéria am-pla, sob o título “BLECAUTE”, na véspera do raciona-mento, o seguinte texto: O Brasil tem um encon-tro marcado com o caos. No dia 1º de junho começa o plano de racionamento de energia. Primeiro serão atingidos os Estados do Su-deste, do Centro-Oeste e do Nordeste. Depois, a partir de agosto, podem entrar no apagão os Estados do Norte e do Sul. Plano de raciona-mento foi a expressão elegante que o gover-no encontrou para referir-se a um blecaute que vai apagar as cidades brasileiras por três, quatro ou cinco horas – todos os dias. Muitos devem estar lembrados do que aconteceu com a eco-nomia brasileira, como um todo, naquela época.

AntônioFrizzoSerá preciso²

A preocupação manifestada na Revista Veja em 2001 tinha motivos. No texto da reportagem ficou claro. Diz na matéria da Veja: “O Brasil sempre foi a terra da energia abundante e barata. As pessoas se acostu-maram tanto com essa fartura que nunca passou pela cabeça de ninguém que seria preciso mandar a sociedade apagar a luz. Mui-ta gente sabe o que é um apagão. Em 1999, o país sofreu o blecaute mais abrangente e prolongado de sua história. Dez Estados e o Distrito Federal ficaram sem luz por quatro horas entre 10 da noi-te e 2 da manhã. O trânsito parou nas maiores cidades, os bom-beiros receberam centenas de chamados de pessoas presas em elevadores e houve acidentes.” Como se pode constatar, o problema foi beeeemmmm mais sério do que o atual, quando faltou energia não por falta de geração ou distribuição, mas por motivos pontuais. O problema maior da estiagem foi a necessidade de gerar energia nas usinas termelétricas, o que é bem mais caro do que as hidrelétricas. Mas, pelo menos não faltou energia. Até agora, pelo menos.

Mas, não do que querem!Pois é, mas o custo maior da energia das termelétricas precisa ser arcado

por alguém. Como o Governo Dilma reduziu consideravelmente o preço da energia elétrica no ano passado, reluta, agora, em repassar o custo maior, até mesmo em razão da inflação que provocaria. O que fazer então? O povo quer “retorno dos impostos que paga”, certo? O governo arcar com o ônus da ener-gia mais cara é uma forma, certo? É o que o povo quer. Mas, conter o preço dos combustíveis e da energia requer muito dinheiro. Que não está tão abun-dante assim. Nunca esteve, aliás. Por isso, aumentar alguns impostos pode ser a saída a ser utilizada. Mas, por que aumentar impostos da cerveja, refri-gerantes, etc? Esta é uma ótima oportunidade de aumentar o imposto sobre o cigarro. Sim, sobre o cigarro. Afinal, os males que causa à saúde são custeados por todos nós e FUMA QUEM QUER. O momento é propício para aumentar esse imposto para custear a energia elétrica mais cara. E ver reduzido o con-sumo do cigarro e as necessidades de atendimentos de saúde. Ou não?

Nossas calçadasComentei sobre o estado precário em que se encontravam determinados

pontos da Via Del Vino. Lajotas soltas, quebradas, colocando em risco a integridade das pessoas que por ela transitam, inclusive bem próximo ao prédio da Prefeitura. Pois bem, recebi várias ligações de pessoas satisfei-tas, dizendo que reparos foram feitos. É a resposta que a Municipalidade deve àqueles que pagam impostos para dispor de passeios públicos em boas condições. É preciso, agora, que os órgãos responsáveis da prefeitura con-firam o estado de todas as calçadas da cidade, notadamente aqueles por onde transitam o maior número de pessoas. Em frente ao Shopping Bento, por exemplo, eu vi uma senhora idosa cair ao tropeçar em lajotas soltas e quebradas. A notificação já foi feita? A prefeitura fará os reparos e cobrará dos prédios responsáveis? A conferir.

ÚLTIMASPrimeira: O resultado da pesqui-

sa feita pelo IPEA é digno, mesmo, do povo brasileiro. A pergunta foi: “Se as mulheres soubessem como se compor-tar, haveria menos estupros?”;

Segunda: Pois 58,5% dos entrevis-tados concordam totalmente (35,3%) ou parcialmente (23,2%) com isso. Ou-tra pergunta foi: “Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas?”;

Terceira: A resposta apontou que 65,1% concordam inteiramente (42,7%) ou parcialmente (22,4%). Ain-da que mal comparando, seria a mes-ma coisa que culpar o sofá da sala pela traição da mulher;

Quarta: Conclusão a que cheguei: o mundo está acabando e não querem contar para todos nós. Só pode ser isso. Ou o “modernismo” está nos tragando?

Quinta: Nesta quinta-feira, a Rua Saldanha Marinho ficou trancada, por volta de 15 h. Motivo: havia um moto-rista “bentense” parado esperando vaga para estacionar próximo do Tacchini;

Sexta: Isso já está se tornando ro-tina pela cidade. O cara quer estacio-nar e não “tá nem aí” para as basilares regras de trânsito. O importante é que ele “tá na dele, intendi?”;

Sétima: Prefeito Guilherme Pasin: para quando está prevista a contrata-ção de uns cinquenta agentes de trân-sito? É esse o número necessário atu-al para se juntar aos demais e tentar colocar um paradeiro no caos em que “condutores” transformaram o trânsi-to de Bento;

Oitava: Amanhã é dia de Grenal. Na Arena do Grêmio. O Grenal 400 é o primeiro da decisão do ruralito 2014. É a valorização do ruralito, sem dúvidas;

Nona: O Inter, pela bela campanha, é o favorito, sem dúvidas. Mas, como futebol é uma “caixinha de surpresas”, a zebra Grêmio pode surpreender. Ou não? Quem viver, verá!;

Décima: Jornal divulgou contrato do Inter com a FIFA. Governo e depu-tados não sabiam dele? Se sim, por que “incentivos” para as estruturas tempo-rárias? A Copa é “deles” ou não, afinal?

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Sábado, 29 de março de 20146 Geral

Prefeito reinaugura obra de Lunelli

A Secretaria Municipal de Cul-tura abriu as inscrições para fu-turos projetos financiados pelo Fundo Municipal da Cultura. O prazo para artistas e entidades do município que tiverem inte-resse de participar vai até o dia 24 de abril.

Segundo o presidente do Fun-do Municipal de Políticas Cul-turais, Cristian Bernich, serão disponibilizados cerca de R$ 605 mil, sendo que cada projeto poderá captar apenas R$ 30 mil. “Quem vai se inscrever tem que ter o cuidado com a documen-tação, sendo que o edital não é somente para artistas, entidades do ramo da cultura também po-dem participar”, disse Bernich. Todo o edital está no site da pre-feitura no endereço da prefeitu-ra, http://www.bentogoncalves.rs.gov.br/secretaria-de-cultura.

Para evitar os problemas que ocorreram no ano de 2013 com relação à documentação, para 2014 foi criado um check-list, que vai anexado ao projeto. Segundo o presidente do Fun-

Um fato inusitado marcou a quarta-feira, 27, em Ben-

to Gonçalves. Uma escola teve a sua segunda inauguração em menos de dois anos. O prefei-to Guilherme Pasin promoveu a solenidade de entrega da Es-cola Municipal de Educação Infantil Feliz da Vida, no bair-ro Borgo, na quarta-feira, 26. Até aí nenhum problema, caso o mesmo estabelecimento de ensino não tivesse sido entre-gue no dia 29 de setembro de 2012, ainda na gestão do ex--prefeito Roberto Lunelli.

A situação é, no mínimo, curiosa, onde o cercamento e a pintura da escola separam as duas inaugurações, um ano e meio depois. As obras da Escola Feliz da Vida fo-ram realizadas com recursos do Orçamento Participativo, atendendo uma demanda da comunidade do bairro Borgo,

Cultura

Escolas

Escola Feliz da Vida tinha sido entregue em setembro de 2012, mas alegação é de que prédio não estava concluído

Abertas as inscrições para o Fundo Municipal

Projetos podem ser financiados

Solenidade de inauguração foi realizada em 29 de setembro de 2012 e realizada novamente na quarta-feira, 26, quase um ano e meio depois

Marcelo [email protected]

que havia apontado na época a construção da creche como uma das prioridades. No mês de setembro de 2012 as obras foram concluídas. A entrega da escola foi feita pela então secretária de Educação, Rita de Cássia. Na época, em re-

portagem no Semanário, a Secretaria da Educação soli-citava aos pais que procuras-sem a direção da escola para matricular seus filhos (veja no detalhe da foto ao lado).

De acordo com a secretária municipal de Educação, Iraci

Luchese Vasques, apesar da administração anterior ter feito uma solenidade de en-trega do estabelecimento em 2012, as obras não estavam concluídas. Ela afirma que era necessário fazer o cerca-mento do local e também a

pintura. Além disso, afirma Iraci, ainda faltavam 15% do pagamento da obra e a escola não tinha autorização de fun-cionamento do Ministério da Educação, mesmo recebendo e atendendo crianças há mais de um ano.

do é necessário que o partici-pante dos projetos protocole os documentos na secretaria de finanças. Mais informações sobre o processo podem ser obtidas através do telefone 3454.5211 ou através do e-mail [email protected] ou [email protected].

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Sábado, 29 de março de 20148 Geral

Arrecadação passa os R$ 4 milhõesIPTU

O pagamento de cota única e da primeira parcela do Imposto Predial e Territorial Urbano, terminou nesta sexta-feiraFABIAN

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Os imóveis cadastrados junto à prefeitura em 2013 eram 56.564, em 2014 esse número subiu para 59.430

Vitória [email protected]

Destinação da verba do IPTU 2014Educação 34%Saúde 21%Despesas legais 45%

FONTE: SECRETARIA DA FAZENDA

A arrecadação da primeira parcela e do pagamen-

to em cota única do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) terminou nesta sexta--feira, 28. De acordo com o secretário municipal de Finan-ças, Marcos Fracalossi, o paga-mento até a quarta-feira, 26, ficou dentro da normalidade. O valor arrecadado até a data passou os R$ 4 milhões, man-tendo a média com relação aos anos anteriores.

O reajuste deste ano foi de 5,52%, número com base no Índice Geral de Preços de Mer-cado (IGP-M). A correção mo-netária anual no valor do im-posto está prevista no Código Tributário Municipal (CTM).

O secretário destacou que o perfil do contribuinte ainda é o

mesmo que dos anos anteriores. “Esperamos pelo menos 50% de pagamentos à vista e a inadim-plência fica em torno de 20%, igual a 2013. O restante parcela seus débitos nas quatro parcelas possíveis, dos dias 28 de março e 15 de maio, julho e setembro”, aponta. O número de imóveis

cadastrados junto ao setor de IPTU, em 2013, era 56.564 imó-veis, já em 2014 o cadastro subiu para 59.430 imóveis.

O valor lançado para este ano é de R$ 10 milhões, mas a ex-pectativa de arrecadação não passa de R$ 7 milhões. Em 2013 a Secretaria de Finanças lançou

R$ 9,3 milhões, e arrecadou R$ 6,4 milhões. Segundo Fracalos-si, a diferença entre o valor lan-çado e o arrecadado ocorre pelos descontos de 10% do pagamento em cota única e aqueles fora do prazo estabelecido.

O que também foi determi-nante no processo, foi a gre-

ve dos Correios que atrasou a entrega dos carnês. “A greve interferiu parcialmente, pois, além de atrasar a entrega, acu-mulou muitos documentos originados de outras cidades e sobrecarregou os funcionários dos Correios”, destaca.

Aqueles que ainda não rea-lizaram o pagamento, além de não terem mais a possibilidade de solicitar descontos, terão sua dívida encaminhada para a Procuradoria Geral do Muni-cípio (PGM), para que o valor seja cobrado judicialmente.

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Sábado, 29 de março de 201410 Geral

Rodovia segue sem manutenção

O trecho da RSC-470 470 entre a Pipa Pórtico e a

ponte do Rio dos Antas, cer-ca de 25 quilômetros, está em condições precárias de tra-fegabilidade. Neste trajeto é possível constar diversos pon-tos com desnível, placas de-predadas, terceira faixa com o asfalto desgastado e vegetação alta nos trevos.

Em uma das tendas que fi-cam as margens da rodovia estava o morador de uma lo-calidade próxima, Avaldino Buffon. Ele relata que percor-re diversas vezes o trajeto até Bento, e na semana passada acabou furando dois pneus de seu automóvel. “Acabou sendo uma infelicidade o que aconteceu”, afirmou. Para ele, existem problemas também relacionados com a limpeza da rodovia. “Está muito feio”, comenta.

Para o gerente de um posto de combustíveis, Jonas Numer, são anos de descaso que pode observar as condições que se encontram um dos trevos pró-ximo ao acesso do Distrito de Tuiuty. “O mato está alto e às vezes um vizinho corta, em ou-tras vezes eu”, afirma.

A vegetação acaba esconden-do o acesso às empresas. Ele aponta que se for registrado mais dias de chuvas vai abrir mais buracos em virtude da falta de conservação. “São di-versos pontos com desníveis. Basta observar desde a entrada do distrito até a ponte”, apon-ta. O gerente comenta que a prefeitura chegou a ser procu-rada para que realizasse a lim-peza, porém esse serviço é de responsabilidade do Estado.

O turista de Sapucaia do Sul, Eder Vasconcelos está pas-seando pela região, e analisa que existem pedaços em que o asfalto está com diversos bura-cos. “Se comparar com a RSC-118, ainda está melhor, porém é necessária que seja realizada uma manutenção, pois pode fi-car logo igual”, alerta.

Outro caso está relacionado as paradas de ônibus. Uma delas, está tomada pela vege-tação e não existe nenhuma condição de uma pessoa ficar aguardando no local.

RSC-470

Asfalto possui pontos em que está degradado e com desníveis, além disso vegetação alta atrapalha a visibilidade

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Diversos trechos da estrada estadual estão tomados por imperfeições

Estrada liga os municípios de Bento Gonçalves e Veranópolis Comerciantes próximos temem que uma nova chuva cause mais estragos

Morador teve dois pneus furados em virtude do desnível da pista

Além dos buracos nos acostamentos, a vegetação alta atrapalha Algumas ações de reparo foram realizadas, porém pouco adiantou

Terceira pista, nos dois sentidos, está com asfalto em estado péssimo Falta de manutenção fez com que a rodovia ficasse em péssimas condições

Estefania V. [email protected]

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Definições somente segunda-feiraA Secretaria de Infraestrutu-

ra e Logística (Seinfra) afirma que terá na próxima segunda--feira, 21, uma posição do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) referente as obras do Crema/Serra na RSC-470. A expec-tativa é que seja anunciada a assinatura do contrato com a empresa que será responsável pelos reparos na rodovia.

Nesta semana, o secretário estadual, João Vitor Domin-gues garantiu que os reparos deverão acontecer o mais bre-ve possível e cobrou agilidade da Procuradoria-geral do Esta-do no processo de contratação. No início deste mês, o Depar-tamento definiu pela rescisão de contrato com a empresa CSL Construtora Sacchi, que foi a vencedora da licitação para consertar e realizar a ma-nutenção de cerca de 90 quilô-metros, incluindo a ERS-431, que está interditada há mais de quatro meses. Com a decisão, a segunda colocada foi chamada para que assumisse a obra. Se-gundo a licitação, o preço ofer-tado por esta empresa ficou acima 0,5% ao da vencedora.

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Desníveis de rodovia fazem com que trafegabilidade se torne perigosa

Trânsito de caminhões é intenso, porém terceira pista não possui condições Trevo próximo a Pipa Pórtico está com diversos problemas na via

Falta de acostamento é uma das principais reclamações de motoristas

Sábado, 29 de março de 2014 11Geral

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Sábado, 29 de março de 201412 Geral

Atividade econômicaExtrativa MineralInd. TransformaçãoServ. Ind. Util. PúblicaConstrução CivilComércioServiçosAdm. PúblicaAgropecuáriaTotal

Fev. 2013Admissão

51118

1167424588

06

2309

Fev. 2014Admissão

81377

14154468741

07

2769

Deslig.5

8953

135347482

017

1884

Deslig.2

10532

124386574

010

2151

Saldo0

223-23277

1060

-11425

Saldo6

324123082

1670

-3618

TABELA COMPARATIVA ENTRE FEVEREIRO DE 2013 E DE 2014 • FONTE: CADASTRO GERAL DE EMPREGO E DESEMPREGO (CAGED)/UCS

Geração de empregos em Bento Gonçalves

Geração de empregos segue estável

A partir do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego

(Caged), do Ministério do Traba-lho e Emprego, a Carta do mer-cado formal de trabalho de Bento Gonçalves, da Universidade de Caxias do Sul (UCS), liberou nú-meros positivos quanto a geração de empregos formais no municí-pio no mês de fevereiro. Levando em consideração o número de admitidos e desligados, o saldo do mês avaliado foi de 618 novos postos no município.

De acordo com o documento, os setores de Indústria de Trans-formação e Serviços foram os que mais geraram novas vagas, 324 e 167 postos, respectivamen-te. O setor Agropecuário foi o que apresentou o menor crescimen-to, onde o número de desligados foi maior do que o número de ad-mitidos, resultando em um saldo de três vagas negativas.

Segundo o documento, os nú-meros anuais mostram um au-mento de 2,60% no número de vagas formais, com a criação de 1.092 novos vínculos. Já nos úl-timos 12 meses, o crescimento foi de 4,98%, com a geração de 2.039 novas vagas.

Esse aumento na criação de vagas formais no início do ano é uma alternativa para as em-presas acertarem o quadro de pessoal, e iniciar o ano com um novo fôlego, como explica Jua-rez Piva, presidente do Sindica-to das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Bento Gonçalves (Simmme).

Mercado de trabalho

Saldo positivo de 618 vagas foi registrada em fevereiro e tem na indústria de transformação o setor mais geradorA

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Apesar dos números, sindicatos afirmam que existe dificuldade em preencher as vagas ofertadas na indústria

Marília [email protected]

Piva salienta que a geração de empregos é contínua, porém o preenchimento dessas vagas se-gue sendo a principal dificulda-de. Ele também explica que as indústrias estão sofrendo com um novo processo, a grande mi-gração dos funcionários no pró-prio município. “Ainda estamos tentando entender essa transfor-mação, o giro dos funcionários nas indústrias da região é muito grande, tem empresas que tro-cam 100% do seu quadro em um curto período de tempo. Está muito difícil estabilizar um fun-cionário, quando eles conseguem ter um bom treinamento, trocam de empresa”, destaca.

A dificuldade em preencher as vagas ofertadas na região tam-bém é salientada por Élvio de Lima, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indús-trias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Bento Gonçalves (Stimmme). Ele ex-plica que a mão de obra especia-lizada segue sendo a principal carência. “Devido a essa falta de pessoal, vemos um grande nú-mero de pessoas vindo de outras regiões para preencher essas va-gas, principalmente na área de produção, o setor que mais pre-cisa. A grande oferta de vagas e a falta de profissionais está resul-tando em um grande acúmulo de hora extra para as empresas”. O presidente alerta que apesar da estabilidade na indústria, que gerou 2,8 mil vagas entre 2012 e 2013, a tendência para os próximos meses é diminuir a contratação, devido a diminui-ção no serviço.

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Geral

Cadastro traça perfil de produção

O Instituto Brasileiro do Vi-nho (Ibravin) e a Embrapa

Uva e Vinho lançaram ontem, 28, o CD do Cadastro Vitícola 2008-2012. O material é resul-tado de levantamento elabora-do pela entidade de pesquisa, em parceria com os Sindicatos de Trabalhadores Rurais e com apoio do Ibravin.

Segundo os dados, Bento Gonçalves é o maior município em área e produção até 2012, sendo que apresentou um au-mento de 17,68% na área vi-tícola em 10 anos. O estudo aponta que em 2012 ocorreu uma tendência quase genera-lizada de redução de área com vinhedos nos municípios que tradicionalmente possuem a maior produção de uvas. Nes-te mesmo ano, o agrupamento de viníferas apresenta o maior número de cultivares sendo

Setor Vitícola

Levantamento aponta que área de produção até 2012 registrou um aumento de 17,68% em Bento Gonçalves

ESTEFANIA V. LIN

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Coordenadora Loiva Maria Ribeiro de Mello apresentou os resultados

Estefania V. [email protected]

Sábado, 29 de março de 2014 13Geral

99, sendo que destas 95% da área se remete a 29 variedades, sendo que a maior área é culti-vada por Carbernet Sauvignon.

A coordenadora do cadastro, Loiva Maria Ribeiro de Mello foi responsável pela apresenta-ção dos dados. Todas as infor-

mações podem ser acessadas pontualmente de acordo com o setor. A pesquisadora de-monstrou os passos para rea-lizar a pesquisa e os principais dados para o público presente no lançamento. Conforme ela, os dados são utilizados pelos órgãos de controle do Minis-tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na delimitação de áreas para re-gistro de Indicações Geográfi-cas e, mais recentemente, para justificar a procedência da ma-téria-prima no uso de políticas de garantia de preço mínimo do Governo Federal.

O chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho Mauro Celso Zanus esclarece que o cadastro é ape-nas implantado no Rio Grande do Sul. Entre as preocupações estão com as variedades histó-ricas que estão diminuindo a área. “O estudo destaca quais são as tendências e quais são as estratégias de diferenciação do

vinho produzido aqui”, analisa. Para ele, o levantamento pode auxiliar no aperfeiçoamento do setor vitícola. O presidente do Conselho Deliberativo da Ibravin, Moacir Mazzarolo res-saltou que o cadastro é funda-mental para o aperfeiçoamento de quais variedades podem ser cultivadas, qual a quantidade produzida e em que regiões. “O estado é pioneiro nessa iniciati-va e concentra a maior produ-ção do país”, pondera.

Loiva acrescenta que 30% das propriedades produtoras de uva no estado estão georre-ferenciadas e que o objetivo é ampliar este percentual. Para ela, existe a necessidade do re-cadastro pelos viticultores, o que facilita o alcance da meta de atualização anual do cadas-tro. Um dos pedidos feitos pelo presidente da Comissão Inte-restadual da Uva, Olir Schiave-nin é que o cadastro possa ser iniciado ainda no mês de abril.

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Sábado, 29 de março de 201414 Geral

Unidades realizam vacinação

Um lote composto por 89,8 mil doses da vacina contra o HPV após o registro de seis casos de meninas que apresen-taram reações adversas após a receberem a vacina no estado.

Um dos casos aconteceu em Veranópolis. A adolescente de-pois de ser imunizada teve con-vulsões e necessitou de atendi-mento médico. Os outros cinco casos foram registrados em Porto Alegre. Segundo a Secretaria Es-tadual da Saúde, as garotas apre-sentaram sintomas como mal-

A temática sobre a vacinação contra o HPV foi debatido nas escolas. O objetivo foi preparar e conscientizar as meninas so-bre a importância da imuniza-ção. As alunas da sétima série do Colégio Estadual Landell de Moura demonstraram-se atentas ao assunto. Amanda da Silva Figueira, de 12 anos, destacou que a professora ex-plicou que o HPV é um vírus, e as formas de transmissão. A colega Vitória Olea Nobilos, 12 anos, relata que a vacina é utilizada para prevenir o cân-cer de colo de útero. “Vamos ficar mais protegidas”, aponta. Fabíola Oliveira de Medeiros, lembrou que a dose serve para não se ter problemas futuros, entre eles, o câncer.

A vacinação contra a HPV a partir de segunda-feira,

31, será realizada na Unidade Central e no Centro de Refe-rência Materno Infantil. Essa será a oportunidade para as meninas de 11 a 13 anos que não realizaram a imunização nas escolas.

O município tem como meta vacinar 1.800 adolescentes. Até a quarta-feira, 26, o Setor de Imunizações havia regis-trado 1.623 pessoas imuniza-das o que representa 72% da meta cumprida. No entanto, o coordenador do setor, en-

HPV

Adolescentes que não foram imunizadas deverão procurar a UBS Central e Materno Infantil a partir de segunda-feira

Seis meninas apresentaram reações

Tema vira assunto de sala de aula

ESTEFANIA V. LIN

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Estudantes de 11 a 13 anos receberam as doses da vacina nas escolas

Fabíola, Vitória e Amanda foram orientadas pelos professores do colégio

Estefania V. [email protected]

fermeiro Maichel Manfredini, ainda faltavam algumas esco-las para realizar a vacinação e que a meta seria alcançada.

Segundo ele, o percentual de garotas que não realiza-ram a vacinação é baixo, sen-do considerado que algumas delas não estavam na escola no momento em que foi rea-lizada a ação. No primeiro momento, a imunização foi desenvolvida nos colégios e agora passará a ser realizadas em apenas duas unidades.

A segunda dose do esque-ma vacinal será realizada nas unidades de saúde, a partir do mês de setembro de 2014. O enfermeiro Maichel Manfre-

dini fala que o HPV é um ví-rus que se instala na pele ou em mucosas, ficando no or-ganismo durante anos de ma-neira adormecida e podendo evoluir para cânceres como o de colo de útero. A transmis-são ocorre por contato direto com a pele ou mucosas in-fectadas, principalmente por relações sexuais. Também pode ser transmitido de mãe para filho durante o parto. A vacina será composta por três doses. A primeira estará dis-ponível entre março e abril. A segunda em setembro de 2014, a terceira será agenda-da para 60 meses após a pri-meira dose.

Além do tema ser explana-do em sala de aula, as adoles-centes apontam que ficaram sabendo da vacinação através

dos meios de comunicação. Elas receberam as doses da vacina nesta primeira etapa na escola.

-estar, dores musculares e dores de cabeça, além de náuseas.

Com o recolhimento dos lotes, a prefeitura de Pelotas suspen-deu a campanha até que novas doses sejam entregues. No mu-nicípio nenhuma menina pas-sou mal. O Ministério da Saúde divulgou uma nota informando que a vacina contra HPV é segu-ra e recomendada pela Organi-zação Mundial de Saúde. Segun-do a pasta, outros 51 países já aplicaram cerca de 175 milhões de doses da vacina desde de

2006, sem registros de eventos que pudessem por em dúvida a segurança da vacina.

Segundo o Ministério, a maioria dos eventos associa-dos à vacina é classificado como leve, reações como dor no local de aplicação, edema e eritema (coloração avermelha-da da pele) de intensidade mo-derada. Ainda, esclarece que a vacinação não foi prejudicada e continua disponível em todo o estado, e irá seguir o calendá-rio pré-definido da campanha.

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Geral

Leonardo [email protected]

Sábado, 29 de março de 2014 15Geral

A Concresul recebeu na quar-ta-feira, 26, às 15h22min,

a autuação da Vigilância Am-biental da prefeitura por ser considerada responsável pelo acidente que provocou o va-zamento de 20 mil litros de produtos químicos no bairro Vila Nova. O acidente ocorreu no dia 24 de fevereiro, quando dezenas de pedras de 800 qui-los usadas na construção de um muro desabaram e acer-taram os tanques da empresa Polibrilho, derramando ciane-to e ácido sulfúrico pela vege-tação e ruas do bairro. O valor da multa à construtora foi de R$ 123.661,76.

Segundo o fiscal da Vigilân-cia Ambiental, Luís Ricardo Espeiorin, a penalidade foi atenuada pelo fato da cons-trutora ter assumido a res-ponsabilidade do incidente e

tomado imediatamente me-didas de reparo aos danos provocados, como a contra-tação da Cetric, empresa de Chapecó que realizou a lim-peza e descontaminação do solo. Estima-se que a Concre-sul tenha gasto em torno de R$ 300 mil com tais ações.

No relatório ainda consta que a Concresul deverá reali-zar a avaliação de contamina-ção das áreas atingidas pelo vazamento dos produtos quí-micos, verificando os poços artesianos num raio de 250 metros do entorno do fato ocorrido.

Segundo o coordenador de fiscalização do Instituto de Pesquisa e Planejamento Ur-bano (Ipurb), José Bertuol, a Concresul foi notificada pela falta de licença para a constru-ção do muro. Após o acidente, a empresa providenciou um responsável técnico para o projeto e execução, com ART

devidamente registrada, em-bora a obra ainda esteja em fase de regularização junto ao IPURB. Portanto a empresa ainda está sujeita a sanções previstas em lei.

Polibrilho

Na sexta-feira da semana passada, 21, a Fundação Es-tadual de Proteção Ambiental (Fepam) havia autuado a em-presa Polibrilho pela poluição decorrente de vazamento de produtos químicos. O valor do Auto de Infração foi de R$ 261.538,00. Além disso, estão suspensas atividades da em-presa até que a situação seja regularizada, sob pena de mul-ta dobrada.

A multa foi maior pois a em-presa de cromagem teve diver-sos agravantes no processo, como o histórico de autos de infração ignorados e ser reinci-dente em crime ambiental.

Concresul multada em R$ 123 milDanos ambientais

Empresa foi responsável pelo acidente que derramou 20 mil litros de produtos químicos no Vila Nova, em fevereiro

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PES, ARQ

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O líquido verde escorreu pela vegetação e ruas próximas

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Sábado, 29 de março de 201416 Geral

Estacionamentos

Tempo de tolerância da Zona Azul em votação no plenário

Câmara tem primeiro canal de TV

Bento Gonçalves terá um novo canal de comunicação com a

Câmara de Vereadores da cidade. Na segunda-feira, 31, na soleni-dade que ocorre às 17h, será ofi-cializada a TV Câmara, no Canal 16 da NET, junto à TV Assem-bleia Legislativa. Após a data, o telespectador poderá conferir as transmissões ao vivo e reprises das solenidades, de segunda a sexta-feira, das 18h às 22h.

As primeiras transmissões serão apenas dos eventos, mas programas gravados serão in-seridos e formarão uma pro-gramação semanal. Segundo o coordenador de Comunicação Social da Câmara, Jonas Iunes, o trabalho é realizado pela as-sessoria de imprensa do local. “Nosso espaço para trabalhar ainda é pequeno, mas os equi-pamentos são de alta qualida-de, o que nos possibilita almejar um canal de TV aberta”, coloca.

Legislativo

O Canal 16 da NET, junto à TV Assembleia Legislativa, será oficializado na sessão solene de segunda-feira, a partir das 17h

Com os programas pilotos prontos, os últimos ajustes estão sendo finalizados para a estreia

Vitória [email protected]

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O presidente da Câmara, ve-reador Valdecir Rubbo (PDT), explica que esse canal é ape-nas um começo e que, em dois anos, a proposta é que um canal de TV aberta seja trans-mitido 24 horas por dia da câmara com sinal digital. “Por enquanto, atingimos o público que possui televisão por assi-natura, no futuro, com o canal

aberto, almejamos atingir to-das as pessoas da cidade”, pro-jeta o presidente. Atualmente, Bento conta com aproximados 20 mil assinantes de TV a cabo.

Apesar dos planos futuros, Rubbo enfatiza que as quatro horas diárias já são um começo, um novo canal de comunicação com a população do municí-pio. “A TV está a disposição de

todos os moradores de Bento, a intenção é deixar os cidadãos mais perto das ações da Câmara, quem não podia se deslocar para acompanhar as sessões agora pode conferir de casa”, conclui.

Programação

A programação será formu-lada gradativamente com pro-

gramas produzidos pela asses-soria de imprensa.

A Conversa Com o Presiden-te será uma entrevista com o presidente do Legislativo para abordar os assuntos discutidos nas sessões;

O Câmara Agora serão pro-grametes gravados com os parla-mentares sobre projetos e ações;

O Jornal do Legislativo será gravado no estúdio do plenário com as principais notícias das ações da Câmara;

A Câmara Entrevista vai apre-sentar entrevistas e debates com autoridades, entidades e cida-dãos de Bento sobre assuntos po-lêmicos e recentes no município;

A Ordem do Dia vai ao ar nas quintas ou sextas-feiras apon-tando quais serão os projetos que estarão em discussão na sessão, na segunda;

O Histórico do Legislativo serão entrevistas de ex-verea-dores contando histórias da casa e relembrando momentos da política na cidade.

O líder da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT), Verea-dor Moacir Camerini, apresen-tou um projeto de lei que visa aumentar o tempo de tolerân-cia das vagas pagas da cidade. Ele pede a alteração do artigo 10° da Lei 4.430, de 13 de agos-to de 2008, onde consta que o estacionamento deve ser pago a partir de cinco minutos. A pro-posta é de que o tempo seja al-terado para 10 minutos.

A justificativa de Camerini é que muitas vezes o tempo re-ferido na Lei não é suficiente para adquirir o ticket para o veículo, seja por não possuir moedas, precisar de troca de cédulas de dinheiro por moe-das ou mesmo por não encon-trar o funcionário que facili-tará o processo para obtenção de ticket. Outro argumento é que muitas vezes as máquinas encontram-se sem funciona-mento ou longe do local onde o veículo foi estacionado.

A proposta será avaliada pelo plenário, entrará em discussão, e será votada na sessão solene da segunda-feira, 31.

Na sessão de segunda-feira, 31, serão votados 10 projetos na Câmara, seis da autoria de vereadores

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Demais projetos que entrarão em votação

- Autorização de concessões diárias aos vereadores Marlen Peliciolli e Adriano de Souza Nunes (PPS), a viagem a Brasí-lia para o Seminário Brasileiro Planejamento Estratégico e o Agente Público, no período de

8 a 11 de abril.- Autorização de crédito es-

pecial de R$ 49,75 mil para a Secretaria Municipal da Ju-ventude, Esporte e Lazer para manutenção de praças esporti-vas e construção de novas qua-dras poliesportivas.

- Autorização de crédito espe-cial de R$ 94,07 mil na unida-

de orçamentária da Secretaria Municipal de Educação para a aquisição de equipamentos e mobiliário para Escola Muni-cipal Infantil Recanto Alviazul.

- Denominação da via pú-blica, no bairro Maria Goretti, “Travessa A” para “Travessa Theresina De Toni Dalla Costa”.

- Autorização para o exe-

cutivo instituir a campanha Cidadão Nota 10 em 2014, no intuito de incrementar a ar-recadação no município, esti-mulando a expedição de notas fiscais.

- Criação do Diário Oficial Eletrônico do Município que tem objetivo de alterar a forma de publicação dos atos de go-verno de nosso município.

- Concessão da Medalha Aristides Bertuol ao Instituto Tarcísio Michelon.

- Acréscimo do 3° ao artigo 109 da resolução número 21, de seis de setembro de 2011, que visa à Assessoria Jurídica da Câmara o assessoramento jurídico do poder Legislativo e proceda a análise jurídica pre-liminar, não tendo poder de veto sobre as proposições.

- Acréscimo do 3° ao artigo 118 da resolução número 21, de 6 de setembro de 2011, que dis-põe sobre o Regimento Interno da Câmara Municipal de Bento Gonçalves, passa a vigorar com a seguinte redação: “se a res-posta não satisfizer o autor, o pedido poderá ser renovado.”

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AbrangênciaBento Gonçalves, Carlos

Barbosa, Garibaldi, Santa Tereza, Monte Belo do Sul e Pinto Bandeira.

Sindicato Rural é inaugurado

Após um ano e quatro me-ses de luta, ontem, 28, foi

inaugurado o Sindicato Ru-ral da Serra Gaúcha. O evento contou com a participação da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto.

Segundo o presidente da en-tidade, Elson Schneider, no local o produtor irá ter orienta-ções jurídica, ambiental, cível e criminal, além de ser dispo-nibilizado o serviço da contabi-lidade para a administração da propriedade. Também serão disponibilizadas orientações de profissionais como enge-nheiros agrônomos, médico veterinário, topógrafo, enge-nheiro ambiental. “Será pro-porcionada toda a assistência técnica e auxílio na elaboração de projetos”, explica. Para isso,

Patronal

Entidade inicia oferecendo diversos serviços disponibilizados aos associados e não associados, como assistência jurídica

ESTEFANIA V. LIN

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Presidente Elson Schneider estará a disposição para orientações na sede

Estefania V. [email protected]

DiretoriaPresidente Elson SchneiderVice-presidente Luiz MilaniDiretor sec. Jeferson CiconetDiretor financeiro Rogério

MariniSuplentes da diretoria:

Cláudio Milani, Alex Antô-nio Spadari, Estevão Milani e Cláudio Luiz Panno;

Conselho fiscal (efetivos): Antônio Zanetti, Claimar Zonta e Clarice Maria Petroli Moro;

Conselho fiscal (suplen-tes): Zelavir Paulo Giordani, Germano Fronza e Ermindo Furlanetto;

Delegados representantes: Elson Schneider e Luiz Milani

Sábado, 29 de março de 2014 17Geral

o trabalho será terceirizado. Uma dos motes de trabalho

é que os serviços serão dispo-nibilizados para os não asso-ciados, porém eles terão que pagar uma taxa. “A nossa ideia é que os produtores sintam a

necessidade e venham nos pro-curar para auxiliar no desen-volvimento da propriedade”, comenta.

A contribuição será de R$ 240 ao ano, por propriedade. Conforme Schneider, o dife-

rencial é que serão sindicali-zados todos os membros da família, como o avô, os filhos e os netos. “Estamos estudando para que no futuro não seja co-brado a mensalidade”, aponta.

O Sindicato abre suas portas com algumas parcerias firma-das entre elas o Sebrae, Senar e o Banco do Brasil. Para o presidente da entidade, será dada uma atenção especial entre a categoria e o gover-no. “Vamos solicitar apoio de todas as entidades”, ressalta. Outro ponto é modernizar e desenvolver as propriedades através do Sindicato.

A estimativa é que existam seis mil empresas rurais na re-gião sendo elas, propriedades ou vinícolas. Neste primeiro momento, Schneider estará a disposição na sede localizada na rua Getúlio Vargas, nº 56, próximo a Pipa Pórtico, para atender ao público.

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Sábado, 29 de março de 201418 Geral

Estimativas de vendas são altas

O mês da Páscoa ainda não começou, mas as vendas

dos ovos de chocolate já movi-mentam o comércio em Bento Gonçalves. Empresários têm alta expectativa de vendas devi-do à data e o clima mais ameno.

O proprietário do mercado Multi Rizzardo, Rudinei Rizzar-do, afirma que as vendas de 2013 foram excelentes, já que a expec-tativa não era alta devido ao fe-riado ser no final do mês de mar-ço. Este ano, comemorado no dia 18 de abril, aumenta a estimativa dos comerciantes, já que ele está mais perto do recebimento de sa-lário e também com o clima mais frio, que é favorável ao consumo de chocolate.

“Com base nas vendas do ano passado, para esta Páscoa com-pramos 20% a mais de merca-dorias, assim acreditamos que as vendas devam crescer na mesma porcentagem, pois, di-ficilmente sobram ovos de cho-colate após o feriado”, coloca Rizzardo. Ele diz que o aumen-to nos preços dos presentes de Páscoa não assusta os clientes, já que a maior procura é pelas marcas conhecidas.

“O valor do chocolate au-mentou pouco, em torno de 5%, mas isso não faz diferença, pois quem entra no mercado

Um estudo da Associação Gaúcha de Su-permercados (Agas) sobre as projeções de consumidores e supermercadistas para a data, no Rio Grande do Sul, estimou o cres-cimento de apenas 2% com relação nas ven-das do ano passado. A pesquisa foi realizada no mês de fevereiro e ouviu 200 gaúchos de todos os sexos, idade e classes sociais, além de 20 diretores de empresas do setor.

O presidente da entidade, Antônio Cesa Longo destaca que a indústria está apostan-do no lançamento de ovos menores e com preço mais acessível, focando a população da classe C, além das unidades premium que representam 15% do total de vendas.

A Agas estima que cerca de nove milhões de ovos de chocolate serão comercializados no Rio Grande do Sul, gerando um fatura-mento de 96 milhões de reais para o setor, 10,9% produzidos pela indústria do Estado.

Páscoa 2014

Comerciantes de Bento Gonçalves apostam no feriado de abril e esperam alcançar números mais altos que em 2013

No estado, Agas projeta somente 2% de aumento

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Cacau Show investe nos ovos infantis com surpresas e na tradição da marca para o crescimento de vendas

As parreiras de ovos recém colocadas nos supermercados já atraem os consumidores antecipados que buscam preços baixos

Vitória [email protected]

está ou procurando preço bai-xo ou as marcas Lacta, Nes-tlé e Kinder Ovo, e nós temos opções para todos os gostos”, aponta. Outro produto muito procurado pelos consumidores são as caixas de bombom e as barras de chocolate que têm valor mais baixo e ainda são boas opções de presentes.

Conforme o proprietário do supermercado Grepar, Alex Pliski, além de os consumido-res não possuírem mais a tradi-ção de presentear com ovos de

chocolate, aproximadamente 60% dos seus clientes deixam para comprar na última se-mana antes da Páscoa. “Quem busca ovos com brinquedos compra cedo com medo de não encontrar mais tarde, mas aqueles que não buscam algo específico deixam sempre para a última hora”, aponta.

Ana Krindges, cliente do su-permercado, afirma que ela busca sempre as marcas, mas se o preço estiver muito alto, ela opta por levar menos quan-

tidade. “Eu compro as marcas que gostamos lá em casa, não adianta comprar muito de um chocolate que ninguém vai gostar depois”, ressalta.

Jaqueline Silva, que tam-bém estava fazendo compras, destaca que escolhe algumas marcas e, entre elas, escolhe o menor preço, porém ela afir-ma sempre prestar atenção nas quantidades especifica-das nas embalagens. “É fato tu comprar um ovo grande e quando abre ser apenas uma

lasquinha de chocolate, além da qualidade precisamos ter atenção com as outras infor-mações”, aconselha.

Cacau Show acredita na qualidade e preço

A Páscoa é uma das datas mais aguardadas pela proprietária da Cacau Show de Bento Gonçalves, Janice Ely Sartori. Ela confessa fazer as compras seis meses an-tes, para que um mês antes do feriado, a loja esteja preparada para receber os clientes.

Há seis anos, a franquia, no Shopping Center Bento Gon-çalves, investe nas datas co-memorativas, mas para esta Páscoa, Janice afirma que a franquia apostou nos ovos com surpresas e focou as vendas nas crianças, sempre as mais presenteadas. A proprietária espera um crescimento com relação ao ano passado e des-taca a tradição da marca.

“As pessoas têm uma ideia errada de que o chocolate da Cacau Show é caro, por ser uma loja apenas de chocolates ou pela qualidade marca, o que a gente busca é desmistificar essa ideia, pois, muitas vezes, os ovos de páscoa dos super-mercados são o mesmo preço ou até mais caros que os nos-sos, sem a tradição que con-quistamos”, coloca.

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Sindilojas decide posição em assembleia

Após os comerciantes da rua Barão do Rio Branco

entrarem na justiça contra a prefeitura de Bento Gonçal-ves, eles cobram um posicio-namento das entidades do co-mércio da cidade, o Sindilojas e a Câmara de Dirigentes Lo-jistas (CDL). Eles contestam o implemento dos corredores exclusivos para ônibus e táxis, alegando que não existe uma análise do impacto que essas mudanças causarão no siste-ma viário da localidade.

O secretário-geral do Sin-dicado dos Empregados no Comércio de Bento Gonçalves (SEC/BG), Sérgio Neves, afir-mou que o sindicato é total-mente a favor da implantação dos corredores de ônibus em Bento Gonçalves. Em entrevis-ta, o secretário apontou que é uma medida positiva é neces-sária para o município.

“Em torno de 70% dos fun-cionários do comércio de Bento não têm carro, eles se deslocam de ônibus para ir ou voltar do trabalho, fora aqueles que possuem veículo e não o usam pelo alto custo, demora do trânsito e dificul-

Faixa Seletiva

Comerciantes cobram posicionamento de entidades sobre a medida

SEC/BG é a favor dos corredores

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Vitória [email protected]

Sábado, 29 de março de 2014 19Geral

Encontro do Sindilojas está previsto para o dia 4 de abril, enquanto o CDL afirma que não vai se manifestar

Os proprietários dos esta-belecimentos afirmam que não há mais a possibilidade de carga e descarga em horá-rio comercial, além da queda significativa de movimento e, consequentemente, de fatura-mento.

O presidente do Sindilojas, Daniel Amadio, revela que a entidade ainda não tem posi-cionamento sobre o assunto e que ele não pode expor a sua opinião particular. Amadio adiantou que uma assembleia será realizada com todos os associados para saber qual será a opinião do Sindilojas.

“Não posso simplesmente dizer o que penso, por isso, todos os comerciantes serão convidados para uma reunião onde analisaremos os pontos positivos e negativos da im-plantação dos corredores e realizaremos uma votação. Se a maioria for a favor, assim seremos, mas se a maioria for contra, então também sere-mos contra”, coloca.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do município, Marcos Carbone, afirma que a associação não tem opinião sobre o assunto e prefere não se manifestar.

dade de encontrar estaciona-mento, então é uma medida que beneficia particularmente cada um deles”, afirma o se-cretário. Ele completa dizen-do que mesmo que os corre-dores sejam no Centro, onde há o maior tráfego, ele não acredita que a falta de algu-mas vagas para estacionar vá afetar no movimento dos es-tabelecimentos locais. “Não é uma vaga de estacionamento que vai determinar as altas ou baixas das vendas, isso se determina pela qualidade das mercadorias, credibilidade e preços competitivos”, destaca.

Neves questiona a indigna-

ção dos comerciários e diz que os corredores são um benefício tanto geral, como particular. “A maioria dos trabalhadores tam-bém não recebe vale-alimenta-ção, assim muitos vão para casa de ônibus almoçar, com os co-letivos trafegando mais rápido eles também ganham tempo”, explica. O secretário também destaca que a medida pode aju-dar a cidade a mudar o pensa-mento sobre trânsito. “As faixas seletivas podem ajudar a mudar a mentalidade interiorana de só se usar carros, podemos ir tra-balhar de ônibus, bicicleta, o que for, é bom para nós e para o meio ambiente”, finaliza.

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Sábado, 29 de março de 201420 Geral

Fôlego renovado ao final da feira

Com avaliação positiva dos resultados deste ano, Henrique Tecchio considera alguns pon-tos a serem melhorados para as próximas edições. “Se formos avaliar precisamos de muitas melhorias no Parque de Even-tos para uma feira que está com uma envergadura cada vez maior”, comenta. Segundo Tecchio, o setor moveleiro já investiu nos últimos cerca de R$ 35 milhões no local. “Este é um negócio que não perten-ce ao setor, mas mesmo assim apostamos e muito nessa es-trutura e em Bento. Buscamos cada vez mais alternativas para melhorar essa questão”.

Sobre os serviços do municí-pio que giram em torno da fei-ra, Tecchio diz que ainda é cedo para dar um retorno sobre os resultados das pesquisas feitas ao longo do evento. O retorno, por enquanto, é positivo ao que se refere a bares, restaurante e transporte. No entanto, a rede hoteleira recebeu muitos co-mentários negativos. O preço das diárias, muitas vezes abu-sivo, fez com que expositores se hospedassem em cidades vizinhas. “Nos preocupamos com a questão dos hotéis. Sa-bemos que é um momento de oferta e procura e os empre-sário têm toda autonomia e razão de tirar proveito desta situação, mas deve haver bom senso”, avalia. A falta de prepa-ro para receber quase 500 vi-sitantes estrangeiros também chama a atenção. “É preciso profissionais falando inglês e espanhol, principalmente pelo nosso potencial turístico. É o mínimo a ser exigido”, finaliza.

A aposta acer-tada na nova

classe média con-sumidora como público-alvo e o

fortalecimento na relação com importadores refletem nos bons resultados da Movelsul Brasil 2014. Em resposta obser-va-se um cenário mais otimis-ta do setor moveleiro – o polo bento-gonçalvense busca supe-rar as taxas de crescimento dos anos anteriores contornando a conjuntura inicial para 2014: estima-se crescimento entre 4% a 5% para o ano. A feira acon-teceu no Parque de Eventos de Bento Gonçalves e encerrou on-tem, sexta-feira, 28.

Para o presidente do Sin-dicato das Indústrias do Mo-biliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) e também presi-dente da feira, Henrique Tec-chio, a Movelsul representa um divisor de águas para o se-tor por ocorrer em uma época pós Carnaval e antes da Copa do Mundo. Conforme Tecchio, o balanço é positivo com feed-back favorável dos expositores. “Muitos fabricantes tiveram que desprezar pedidos, pois já estavam com seis meses de produção garantidos. Outros puderam ainda escolher para que país exportar e para qual cliente. Isso eu nunca tinha ouvido em feira alguma e real-mente surpreende”, avalia.

Entre os números desfavorá-veis do segmento em 2013, com crescimento no município de apenas 3,01%, o presidente as-sume o tom confiante verificado entre as empresas participantes da Movelsul. “O momento pós--feira para o setor moveleiro de Bento Gonçalves aposta em um crescimento de até 5%, superior ao ano passado”, afirma.

Movelsul Brasil 2014

Primeiro balanço realizado pelo presidente Henrique Tecchio é positivo. Setor busca crescimento de até 5% no ano

Estrutura e rede hoteleira entre as dificuldades

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Tecchio confirma foco na classe C como referencial da Movelsul

Josiane [email protected]

Público focado em negócios

O evento tinha expectativa de receber mais de 38 mil vi-sitantes. No entanto, a 19ª edi-ção contabilizou público de 36 mil pessoas – número menor que 2012 e igual à edição de 2010. Apesar disso, de acordo com Tecchio, a Movelsul 2014 consolida-se pela qualificação do público que passou pelos corredores durante cinco dias de feira. Com foco na geração de negócios a Movelsul alinha o perfil do visitante. “O objetivo da diretoria não era congestio-nar corredores, mas sim gerar lucros. Esta é uma feira de ne-gócios e não uma feira de pú-blico, não é uma festa. O expo-sitor, que investiu muito para estar na feira, necessita de re-sultado e esse resultado só apa-rece quando se fecha negócios”, afirma. Essa energia destinada para negócios é confirmada na

prospecção de mercado, com estimativa de US$ 300 milhões nos próximos 12 meses.

Feira no palco internacional

A profusão de negócios que gira em torno da Movelsul fo-menta não só o mercado inter-no, que já conhece o potencial da feira, mas também o merca-do externo. A edição de 2014 recebeu 472 visitantes interna-cionais de 40 países. Uruguai foi o campeão com 125 visi-tantes. Em seguida aparecem Argentina, Bolívia, Chile, Co-lômbia, Paraguai e Peru. A re-tomada do público estrangeiro recebe o destaque de Tecchio que menciona o Projeto Com-prador como o grande articu-lador desta ação. “Foram 600 rodadas de negócios para es-treitar essas relações. A refor-mulação do Projeto Compra-dor, com a agenda do expositor

mais livre, teve um resultado muito positivo”, afirma.

A oitava edição do Projeto Comprador recebeu 30 im-portadores com 112 empresas brasileiras participantes. As reuniões devem resultar em exportações no montante de US$ 35 milhões.

A Movelsul da nova classe média

“A Movelsul é a feira da nova classe média brasileira”. A afirmação de Tecchio reforça a proposta adotada pela feira: assim como a edição de 2012, a Movelsul firma seu público na classe C. De acordo com um levantamento realizado a pe-dido do Sindmóveis a maioria dos expositores da feira já pro-duz para a classe média. Das 100 empresas participantes, 70% vendem móveis para este nicho, sendo que pelo menos 20% definem seu target (alvo) como classe C.

A ideia é dar continuidade a esse perfil, aumentando o foco da feira e impulsionando ain-da mais essa fatia de público. “Teremos com certeza um in-cremento da classe média nos próximos anos. Hoje ela cor-responde a 110 milhões de con-sumidores. Vamos em busca desse mercado que precisa ser explorado”, define.

A partir dessa análise, Tec-chio é categórico ao afirmar que a feira não sairá de Ben-to Gonçalves. Os comentá-rios eram de que a Movelsul poderia ser transferida para São Paulo. “Essa hipótese está completamente descartada. A feira é do Sindmóveis, de Ben-to Gonçalves e ela é inegociá-vel. Ela nasceu da junção do polo moveleiro de Bento e de seus empresários em 1977. A Movelsul se consolidou e vai se perpetuar aqui”, enfatiza.

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Cerimônia premia 25 contemplados do ano

Os 25 agracia-dos do 18º Sa-

lão Design foram premiados na noi-te de quarta-feira,

26. A Movelsul Brasil 2014 reconheceu o talento latino--americano e a parceira entre o design e a indústria moveleira. A cerimônia contou com parceiros do Sindmóveis, expositores da feira, patrocinadores e profis-sionais homenageados. No total, a edição do concurso distribuiu R$ 175 mil aos premiados.

Alinhado ao tema da Mo-velsul Brasil, que tem foco na nova classe média brasileira, a comissão julgadora buscou premiar os produtos que me-

Na quinta-feira, 27, aconte-ceu a cerimônia tradicional de descerramento da placa que homenageia a diretoria da Mo-velsul Brasil 2014. Na oportuni-dade, os ex-presidentes e atuais diretores também brindaram o sucesso da Feira com o Faces, vinho licenciado oficial da Copa do Mundo FIFA 2014, elabora-do pela vinícola Lidio Carraro. O evento também homenageou os representantes do polo mo-veleiro de Bento que atuam em prol do setor.

O presidente do Sindmóveis, Henrique Tecchio, reconheceu a dedicação dos 18 moveleiros e suas diretorias que escreveram a história da Movelsul Brasil até aqui. “Estamos reunidos nesta feira vendo a mágica acontecer, mas poucos sabem quanto tem-po e quantas pessoas estiveram

Homenagem Salão Design

A 18ª edição do concurso distribuiu total de R$ 175 mil aos premiados

Diretoria da Movelsul 2014 ganha placa comemorativa

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Presidente do Sindmóveis e da Movelsul, Henrique Tecchio, e a conselheira do Sindmóveis, Cátia Scarton, no descerramento da placa

Sábado, 29 de março de 2014 21Geral

envolvidos nesse processo” dis-cursou Henrique.

Foram homenageados pelo Sindmóveis os diretores da Movelsul Brasil 2014: o pre-sidente Henrique Tecchio; a administrativo-financeira, Sandra Peruffo; o diretor de Infraestrutura, Marcos Pilot-ti; o diretor de Serviços, Paulo Rogério da Silva; o diretor de Relações Internacionais, Ce-sar Nepomuceno; a diretora de Comunicação, Adriana Pe-liciolli; a vice-diretora de Co-municação, Vanessa Machado; e o diretor do Salão Design, Cristiano Gallina. Também es-tão nomeados na placa os con-selheiros Cátia Scarton, João Paulo Pompermayer, Glade-mir Ferrari, Henrique Bertoli-ni, Marcelo Haefliger, Rogério Francio e Sérgio Dalla Costa.

lhor expressaram o conceito de design democrático – no que diz respeito a uma linguagem clara e acessível ao entendi-mento de todos. Para o diretor do prêmio, Cristiano Gallina, o salão vem acompanhando as mudanças sociais que afetam o consumo de móveis no país. “O design é, sem sombra de dúvidas, o maior responsável por cativar, atrair e superar as expectativas da classe média. Estou satisfeito com o resulta-do da premiação e acredito que os produtos premiados já refle-tem uma preocupação maior com essa nova fatia de consu-midores do país”, aponta.

O presidente do Sindmóveis,

Henrique Tecchio, estimulou a união entre a indústria e o designer. “Queremos testemu-nhar o sucesso desse trabalho integrado entre indústria e de-signer, pois temos convicção de que os benefícios vêm para to-dos. O consumidor ganha com a oferta de melhores produtos; o designer se insere cada vez mais no mercado e a indústria amplia suas vendas. A empresa que investe nessa parceria reco-nhece as suas inúmeras vanta-gens e não volta atrás”, afirma.

O Salão Design é promovido pelo Sindmóveis Bento Gonçal-ves desde 1988 e já julgou 11.228 trabalhos nas modalidades Estu-dante, Profissional e Indústria.

Movelsul Brasil 2014 reconheceu o talento latino-americano e a parceria entre o design e a indústria moveleira

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Sábado, 29 de março de 201422 Especial

Impressões de quem esteve na Feira

Com foco no pequeno e médio varejo, a Mueller - uma das maiores empresas de eletrodomésticos de linha branca do país com sede em Santa Catarina - aposta na Movelsul para apresentar todos os seus lançamentos. “Não fazemos nenhuma ação para divulgar os pro-dutos na empresa. Aguarda-mos a feira para promover esses lançamentos. Além de prospectar novos clientes, a Movelsul é uma grande vi-trine”, afirma o diretor de vendas da Mueller, Alexan-dre Pires da Luz.

Glauber Benedetti, ge-rente comercial da Bentec, é categórico ao destacar as po-tencialidades da Movelsul. “Realmente esta é a feira na qual mais se faz negócios e contatos. Além de prospectar investidores podemos apre-sentar nossa proposta e todos os lançamentos”, afirma.

Os contatos realizados du-rante a feira, segundo Benedet-ti, são trabalhados ao longo do ano gerando uma rede maior de comunicação e possíveis

Para Caroline Cusin, gerente de marketing da Multimóveis, o público focado em

negócios é um grande referen-cial da Movelsul. “O resultado da feira foi muito positivo e atendeu as nossas expectati-vas”, avalia. Na Movelsul, a em-presa trouxe lançamentos com toque de inovação como a linha Star, da Multimóveis Baby, que se propõe a acompanhar o cres-cimento das crianças. “O berço vira cama, o trocador passa a ser um criado mudo e as pra-teleiras de fraldas em estantes suspensas. Assim ninguém vai querer se desfazer do berço”, explica. De acordo com Caroli-ne, o foco na Classe C também é um destaque da Movelsul. “O público está cada vez mais in-formado, por isso procuramos desenvolver produtos que aten-dam essas necessidades”.

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Segundo o diretor, a Muel-ler também procura manter um contato estreito com os consumidores para verificar suas reais necessidades. “Es-tamos atentos ao poder de compra da nova classe mé-dia, mas também acompa-nhamos os clientes que estão subindo de classe ao longo desses 65 anos de história. Assim, temos produtos para a Classe C, mas também uma linha mais top para outro público. A Movelsul nos traz muitos resultados e visibi-lidade”, destaca. A empresa cresce cerca de 20% ao ano.

investidores. “O público que procura a Bentec é um públi-co diferenciado, de lojistas que estão buscando fechar negócio. Esse é um diferencial da feira”, comenta. Apesar de não ter como público-alvo a classe C, Benedetti destaca o potencial desse perfil de consumidor. “Nosso foco está na classe A e B, mas temos consciência do potencial de compra da nova classe média. A Bentec é uma oportunidade para o lojista ampliar sua fatia de negócios”.

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Pela primeira vez expondo na Movelsul, a Pandin Soluções em Ambientes, gerenciada por Antônio Sérgio da Silva, já colhe os resultados da feira. “Estávamos tentando um es-paço na feira há muito tempo e finalmente conseguimos. A Movelsul é muito concorrida e estamos surpresos pela movi-mentação e pela oportunidade de geração de negócios que ela oferece”, avalia. Além do conta-

Para Volmir Dias, proprietário da Voltto-ni Móveis e Decorações, a Movelsul é uma feira focada, com público es-pecializado e palco para bons negócios. Dias des-taca a segmentação dos espaços como outro pon-to positivo. “A Movelsul é um marco para o setor e um momento de con-quistar novos clientes, tanto no mercado inter-no como externo. É uma pena que a feira aconteça apenas de dois em dois anos”, comenta. Com 16 lançamentos na Movel-

sul, a Volttoni também busca bons negócios com lojistas de todo país, além de Venezue-la, Peru e Argentina.

Como o ano para a maio-ria dos brasileiros inicia depois do Carnaval, a Mo-velsul, para o diretor da Carraro, Paulo Farina, é realizada em um momen-to excelente, influenciando positivamente para o cresci-mento da empresa em 2014. “Este é um ano atípico, com a Copa do Mundo movi-mentando toda economia. A Movelsul é a oportunidade para a Carraro apresentar

Um divisor de águas. Assim, Vitor Agostini, diretor da Casttini Móveis Planejados, define a Movelsul. “Podemos avaliar os negócios antes e depois da feira. A Movelsul é uma ponte para novos negó-cios e uma vitrine para que os lojistas possam conhecer ainda mais nosso trabalho”, comenta. Agostini destaca um aumento da procura por fabricantes flexíveis. “Os lojis-tas buscam flexibilidade, com módulos editáveis de acor-do com as necessidades do cliente. Esse é um diferencial das empresas menores”, ava-lia. Atento ao perfil da feira, a Casttini também aposta na nova classe média, aliando preço e qualidade.

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Sábado, 29 de março de 2014 23Especial

seus lançamentos e manter o contato com os seus prin-cipais clientes”, afirma. Com foco nas linhas segmentadas para Classe B e C, a Carraro aposta em ambientes me-nores, com design moderno e preços competitivos, ana-lisando as necessidades do mercado. “A feira é esperada com expectativa por todos do varejo. Os lojistas que-rem conhecer as novidades e a feira cumpre esse papel”.

to com revendedores e lojistas, Silva destaca a movimentação de importadores de diversos países. “O volume de impor-tadores nos surpreendeu. Não atuamos com exportação, mas a Movelsul nos abriu mais esse leque. A ideia é avaliar o nicho e partir também para esse ramo. A feira superou todas as nossas expectativas e com certeza va-mos fechar a renovação para a próxima edição”, finaliza.

Os contatos feitos durante a Mo-velsul geram uma rede de comuni-cação que irá prospectar negócios ao longo de pelo menos um ano. A importância dessa visibilidade é um dos destaques de Cátia Scarton, diretora da Prima Desing, sobre a 19ª Movelsul Brasil. Para ela, mais do que fechar negócios, a feira é um momento importante para relacio-namentos. “Durante a feira tivemos um movimento intenso de lojistas e também importadores do Uruguai, Chile e Argentina atraídos pelo

Projeto Comprador. A partir do perfil da feira, com foco na classe C, nos posicio-namos para apresentar nossos produtos. A segmentação da feira é um diferencial positivo que facilita o acesso do visitante. A Movelsul é uma feira consolidada e de sucesso”, comenta.

Na avaliação do diretor do gru-po Bertolini, Henrique Berto-lini, o movimento surpreenden-te de clientes e o balanço positivo de negócios ao longo da feira são os marcos da Movelsul Brasil 2014. “O nível do público de pro-fissionais e a geração de negócios são os destaques dessa edição. O público possui uma identidade dirigida, o que facilita a comuni-cação e a geração de novos con-tatos e parceiros”, afirma. Para Bertolini, o evento é importante para estreitar e fortalecer a rela-ção com os clientes. “Na Movel-sul podemos mostrar nossos lan-çamentos que foram muito bem aceitos por lojistas. Mais do que fechar negócios, o momento é de troca de ideias. Os resultados aparecem no pós-feira com uma grande rede de contatos novos”.

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Sábado, 29 de março de 201424 Geral

Câmara concede homenagens

O município de Carlos Bar-bosa se prepara para a primei-ra edição da Feira de Páscoa. O evento que é organizado pela Secretaria da Indústria, Comércio e Turismo tem por objetivo de incrementar as vendas do comércio e oferecer ao cidadãos a praticidade de encontrar chocolates e produ-tos de decoração para Páscoa centrados em um só lugar.

A exemplo da 1ª Feira de Natal realizada em 2013, que proporcionou bons negócios aos lojistas e clientes, a Feira de Páscoa promete ser sucesso, dada a procura por espaços. A feira está marcada para os dias

A Paróquia São Francisco de Assis sediou a Sessão Sole-

ne da Câmara de Vereadores de Monte Belo do Sul. No ato foi entregue o título de Cidadão de Monte Belo do Sul aos senhores João Benjamin Zaffari e Cláu-dio Zaffari, filhos dos montebe-lenses Francisco José Zaffari e Santina de Carli Zaffari.

A homenagem é um reconhe-cimento financeiro para a com-pra de lustres

e tintas para a pintura da igreja matriz. A entrega do tí-tulo foi realizada pelo vereador Álvaro Manzoni (PMDB), res-ponsável pela indicação da ho-menagem e pelo presidente da mesa diretora vereador Oneci-mo Pauleti (PMDB).

Os homenageados estiveram acompanhados de seus fami-liares, e dos irmãos Ivo Zaffari, Teresinha Zaffari e Airton Zaffa-ri. Em nome da família, Cláudio Zaffari falou aos presentes lem-brando que a infância é o perío-do que mais marca na vida de uma pessoa, referindo-se a seus pais que nasceram em Monte Belo do Sul. “Foi aqui que de-ram os primeiros passos e isso são coisas que marcam o caráter de uma pessoa”, afirmou.

Também foi entregue a Me-

Carlos Barbosa

Monte Belo do Sul

Família Zafari e as entidades envolvidas na conquista da Indicação Geográfica (IG) foram agraciadas em Sessão Solene

Abertas as inscrições para a Feira de Páscoa

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Homenageados, vereadores e o vice-prefeito após solenidade na igreja

Estefania V. [email protected]ão Montebelense

Medalha do Padre. José Ferlin

Portarias de Louvor e Agradecimento

Verador Onecimo Pauleti (PMDB) entregou o título a Cláudio Zaffari;

Verador Álvaro Manzoni (PMDB) fez a entrega do título a João Benjamin Zaffari.

Vereador Aluísio Corbelini (PTB) realizou a entrega da medalha ao presidente da Aprobelo Antoninho Ademir Calza;

Chefe-Geral da Embrapa Uva e Vinho, Mauro Celso Zanus re-cebeu a Portarias das mãos do vereador Tiago Lazarotto (PDT);

Gerente Regional Serra do Sebrae Rogério Rodrigues recebeu a Portaria das mãos do vereador Adair Cecconi (PTB);

Coordenadora geral do processo de Indicações Geográficas, Lucia Regina Fernandes recebe a Portaria entregue pelo verea-dor Aristides Fantin (PMDB);

Reitor UCS, Isidoro Zorzi recebeu das mãos do presidente da mesa diretora da Câmara de Vereadores, Onecimo Paule-ti (PMDB);

Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Luiz Carlos Bombassaro recebe Portaria entregue pe-lo padre Lóris Cortese;

Presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Moacir Mazzarollo foi agraciado com a Portaria de Louvor entregue pelo vereador Ademir Ferro (PTB);

Pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Jorge Tonietto represen-tando a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) recebeu a Portaria do vice-prefeito Sidnei Somenzi.

dalha de Honra ao Mérito Pa-dre José Ferlin, a Associação dos Vitivinicultores de Monte Belo do Sul (Aprobelo), que foi representada pelo presi-dente da entidade, Antoninho Ademir Calza. A Sessão Solene contou com a entrega da ou-torga de Portarias de Louvor e agradecimento aos órgãos envolvidos no processo de con-quista da Indicação Geográfica (IG) Região de Monte Belo: Embrapa Uva e Vinho, Embra-pa Clima Temperado, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Instituto Nacional de Proprie-dade Industrial (Inpi), Univer-

sidade de Caxias do Sul (UCS), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Fi-nanciadora de Estudos e Pro-jetos (Finep) e Instituto Bra-sileiro do Vinho (Ibravin). O projeto de desenvolvimento da IP foi coordenado pela Embra-pa Uva e Vinho, implantado em conjunto com instituições parceiras, bem como outros projetos de apoio que possibili-taram desenvolver e qualificar a IP, para instruir o pedido de reconhecimento junto ao INPI, concedido em 2013. Após a so-lenidade foi realizado um al-moço de confraternização no salão paroquial.

12 e 13 de abril, das 9h às 18h, no Salão Paroquial.

Estabelecimentos interes-sados em comercializar seus produtos de decoração com a temática e chocolates, podem fazer a reserva diretamente na Secretaria da Indústria, Co-mércio e Turismo, localizada no Parque da Estação. Não ha-verá custo para aquisição dos espaços, o comerciante deverá apenas conceder descontos so-bre seus produtos. A partici-pação é exclusiva para estabe-lecimentos de Carlos Barbosa. Mais informações pelo fone (54) 3461.8891 ou pelo e-mail [email protected].

Estão em funcionamento as novas câmeras de vigilância ins-taladas pela prefeitura de Gari-baldi. Nesta semana, o prefeito Antonio Cettolin acompanhou a finalização dos trabalhos de instalação das cinco novas câ-meras de segurança. Com a instalação destes novos equipa-mentos, o município terá nove câmeras de monitoramento.

Eles estão instalados no acesso principal a cidade, na avenida Independência, RSC 453, no bairro Bela Vista I, na rua Buarque de Macedo, na rua Flores da Cunha, Rua Júlio de Castilhos.

Cada câmera tem um ângu-lo de visão de 360º graus na horizontal e 180º na vertical

Garibaldi

Câmeras de vigilância são instaladas

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Cidade passa a contar com nove pontos com o equipamento de segurança

e tem um feito de aproxima-ção de 300 metros. Todas as gravações serão processadas e arquivadas em uma central de monitoramento e a Polícia Mi-

litar e Civil poderão acessar as imagens sempre que precisar. As câmeras de segurança tam-bém darão apoio ao monitora-mento do trânsito.

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Sábado, 29 de março de 2014 25

Diretoria de Eventos aposta em programação eclética com o desafio de agregar públicos sem confrontar atrações

Desmembrada da área de Serviços, Diretoria de Alimentação trabalha para conquistar paladar de expositores e visitantes

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A grande expectativa em torno da Ex-poBento 2014 é a confirmação dos sho-ws que farão parte da programação da maior feira multissetorial do Brasil. O clima de suspense nos bastidores seguirá até o lançamento da agenda oficial mar-cado para o dia 16 de abril. Até lá, o di-retor de Eventos, Mauri Demarchi, tem a árdua tarefa de montar um calendário que surpreenda o público e movimente os pavilhões de 5 a 15 de junho, ou seja, do início ao fim do evento. Com o desa-fio de agregar públicos diferentes, a fei-ra aposta na diversidade e constância das atrações com shows diários em diferen-tes espaços projetados, especialmente, para presentear expositores e visitantes.

Muitos serão os ritmos que pisarão nos palcos da ExpoBento 2014. Do pop ao samba, do gaúcho ao rock, do jazz ao pagode e a música popular brasileira, crianças, jovens e adultos serão embala-dos pela alegria de uma feira que chega a sua 24ª edição com um público estimado em 200 mil pessoas. É gente de todas as idades que encontra na ExpoBento mui-tos motivos para se divertir. “Montamos uma agenda para todos os gostos e ida-des. São atrações escolhidas a dedo que, além de ampliar o número de espetácu-

A ExpoBento 2014 é um deleite para os sentidos de qualquer expositor e visi-tante. Mas é na alimentação que a maior feira multissetorial do Brasil esbanja toda riqueza da Serra Gaúcha. Em espaços ain-da mais amplos e bem servidos, e que não se restringem apenas a Praça de Alimenta-ção, a feira vai usar e abusar da diversida-de, abundância e qualidade gastronômica. Este trabalho está sendo acompanhado de perto pelo diretor de Alimentação, Ro-ger Maurício Bellé, que conduz a área.

Desmembrada da Diretoria de Servi-ços, a Alimentação ganha status próprio devido sua importância e necessidade de busca incessante pela qualidade dos produtos ofertados e pelo bom atendi-mento. “Com a segmentação, podere-mos ter uma fiscalização mais atuante e presente junto aos bares e restauran-tes. Assim, teremos um melhor contro-le e alinhamento com os prestadores de serviços, especialmente com as normas e diretrizes atribuídas pela vigilância sa-nitária”, explica o diretor.

Com esta mudança o trabalho será constante e periódico na busca da efici-ência. O objetivo é proporcionar aos ex-

Agenda cheia com shows para todos os públicos

los, também inovam nos gêneros, con-templando preferências totalmente dis-tintas”, destaca o diretor.

Para Demarchi, a agenda cheia e va-riada segue o compromisso de oferecer atrações para toda a família. “O públi-co de Bento Gonçalves e região sempre aguarda a ExpoBento com ansiedade. Afinal, além da qualidade e variedade de produtos oferecidos pelas centenas de expositores, a feira também traz a cer-teza de shows nacionais para uma mul-

Diretor de Eventos, Mauri Demarchi

Roger Maurício Bellé é o responsável pela Diretoria de Alimentação

E por falar em esporte, a ExpoBento 2014 lança no dia 9 de abril, em café da manhã para a imprensa no Hotel Laghetto Vivero-ne, os Jogos ExpoBento 2014 com um ca-lendário que contempla oito modalidades, sendo elas: futebol infantil, paddle, vôlei de areia, ciclismo, muay thai, enduro, rústica e patinação, estas três últimas durante a Ex-poBento. As competições movimentarão a cidade e região com provas que iniciam já na primeira quinzena de abril.

Neste domingo, 30 de março, a Expo-Bento 2014 ensaia os primeiros passos de sua jornada esportiva com o apoio ao ExpoBento de Pesca Black Bass, no Clube Caça e Pesca Santo Huberto.

A ExpoBentoO que? ExpoBento 2014Quando? De 5 a 15 de junho de

2014 (11 dias de feira)Onde? Parque de Eventos de Ben-

to GonçalvesPromoção: Centro da Indústria, Co-

mércio e Serviços de Bento GonçalvesItens: mais de 25 milEstimativa de público: mais de

190 mil visitantes

tidão de fãs que não precisam se deslo-car para grandes centros para assistir a grandes espetáculos. A ExpoBento traz tudo isso para o seu público”, explica.

Outro compromisso da feira com a comunidade é a valorização de artistas locais, que engrossam uma programa-ção cultural com mais de 120 apresen-tações em 11 dias de feira. São shows acústicos e espetáculos de dança que prometem tornar cada ambiente ainda mais atraente e agradável. Isso sem con-tar na Noite da Melhor Idade, nos desfi-les de moda, nas aulas de gastronomia, harmonização de cervejas com somme-liers, cursos de degustação de vinhos com enólogos, recreacionistas, caricatu-rista, entre outros. As atrações estarão distribuídas em todos os pavilhões.

Jogos ExpoBento

Na arena, montada no centro do Pavi-lhão A, ligando o espaço da agroindústria ao vestuário, a programação será intensa. Em clima de Copa do Mundo, tema que norteia o layout da feira, o local esbanjará toda alegria e colorido que o futebol exibe. Para completar, números de patinação no Pavilhão F, mais uma novidade da edição.

No cardápio: qualidade, fartura e alegria

positores e visitantes o consumo de ali-mentos com qualidade de procedência. Para garantir esse atendimento, destaca o diretor, todo trabalho será desenvol-vido ao longo das semanas que antece-dem a feira. “Faremos reuniões e visitas a cada um dos bares e restaurantes da fei-ra, apontando nossa preocupação e en-gajando as empresas no processo”.

As inovações serão facilmente senti-

das pelo público que ganhará uma área mais ampla para as refeições e lanches rápidos. Outra novidade é a chegada do Canta Maria Expresso, que passa a ope-rar o restaurante fechado trazendo o sa-bor da comida italiana para dentro dos pavilhões. A área gastronômica também será harmonizada com shows e atrações

diárias ao vivo, que animarão os espaços.O menu da ExpoBento reserva mui-

ta fartura, qualidade e alegria para todos os paladares. Motivado e empenhado em corresponder às expectativas da Ex-poBento e do público, Roger Bellé es-treia na feira com o desafio de surpre-ender a todos pela boca.

Page 26: Jornal Semanário- 29/03/2014- Edição 3014

Sábado, 29 de março de 201426 Obituário/Pub. LegaisFaleceram em Bento

EVA DA ROSA JACQUES, no dia 11 de março de 2014. Natural de Lagoa Vermelha, RS, era filha de Antônio Machado da Rosa e Anália Vieira da Rosa e tinha 78 anos.

NATÁLIA CARVALHO MANARA, no dia 20 de março de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Marino Manara e Adelaide Carvalho Manara e ti-nha 13 anos.

SILVIO DE JESUZ MEZADRI, no dia 20 de março de 2014. Natu-ral de Bento Gonçalves, RS, era filho de Silvino Mezadri e Idalina de Jesuz e tinha 24 anos.

IRMA ADOLPHINA BETTIOL BIANCHI, no dia 21 de março de 2014. Natural de Bento Gonçal-ves, RS, era filha de João Bettiol e Maria Barro Bettiol e tinha 87 anos.

JOSÉ WRECHISKI, no dia 21 de março de 2014. Natural de Ve-ranópolis, RS, era filho de João Wrechiski e Catharina Caczala e tinha 87 anos.

GELSON CABRAL, no dia 22 de Março de 2014. Natural de Ben-to Gonçalves, RS, era filho de Justino Cabral e Delfina da Rosa Cabral e tinha 51 anos.

ALDO CARLOS BREDA, no dia 23 de março de 2014. Natural de Cotiporã, RS, era filho de Con-rado Celestino Breda e Adelaide Scarton e tinha 82 anos.

ARLINDO DOBROVÓLSKI, no dia 24 de março de 2014. Natural de Alpestre, RS, era filho de Eduardo Dobrovólski e Miguelina Dobro-vólski e tinha 49 anos.

TEREZINHA EVA PICCOLI, no dia 25 de março de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Arnaldo Antônio Piccoli e Zeferi-na Rigon Piccoli e tinha 68 anos.

DEOLINDA ALVES DA SILVA, no dia 26 de março de 2014. Natu-ral de Barros Cassal, RS, era filha de Antoninha da Alves da Silva e tinha 73 anos.

MARIA DE LOURDES DRUM PERTILE, no dia 26 de março de 2014. Natural de Lagoa Verme-lha, RS, era filha de Luiz Ferreira Drum e Olímpia Maria Ferreira Drum e tinha 57 anos.

Page 27: Jornal Semanário- 29/03/2014- Edição 3014

Atuando pela inclusão social

Anne explica que uma das maiores dificuldades é a inclu-são dos bento-gonçalvenses na rede de ensino. “A questão da inclusão é muito complicada, não é fácil conseguir vagas nas escolas municipais que ofere-cem monitores, principalmen-te por causa do zoneamento, isso acaba fazendo com que essa criança fique sem ir para a escola. Temos que perceber que toda criança estimulada desde pequena tem condições de viver na sociedade normal-mente”, explica.

Segundo Ana Paula Motta

Um dos assuntos mais debatidos entre os pais e profissionais da área é a in-clusão dessa criança ou jo-vem na escola regular. Essa temática ainda é vista como uma das maiores dificulda-des. Essa inclusão acontece na prática? Como esse alu-no é tratado e avaliado? Em Bento Gonçalves, o Colégio Marista é uma das institui-ções que acolhe crianças e jovens com deficiência.

A orientadora Vanessa Catuci e a coordenadora pe-dagógica Caroline Garziera explicam como se dá essa inclusão. “Aqui na escola nós trabalhamos com várias deficiências, somos favore-cidos pelas matrizes da es-cola, que são mais abertas, isso faz com que o estudante se insira mais fácil, fazemos um trabalho muito forte com as relações sociais em sala de aula, por isso hoje em dia receber uma crian-ça com alguma deficiência é normal para as crianças, eles já estão acostumados”, conta Vanessa.

Segundo as profissionais, o trabalho de inclusão vem sendo desenvolvido na esco-la há anos, principalmente com as outras crianças, por isso atualmente a prática conta como uma alta taxa de sucesso. “No começo foi feito um trabalho maior de conscientização com o gru-po todo, a inclusão foi mais difícil porque as crianças têm muita curiosidade, foi aí que entramos em sala de aula antes desse aluno inclu-so chegar e trabalhamos com aquela deficiência. Hoje em dia não temos mais a neces-sidade de fazer esse traba-lho, eles mesmo percebem que tem coisas que eles não sabem e as crianças inclusas sabem e vice-versa”, destaca.

Em sala de aula o traba-lho é feito com o auxílio de monitores, principalmente na parte pedagógica. “Em assuntos que requerem

Dia 21 de março, dia Inter-nacional da Síndrome de

Down. Dia de celebrar o espe-cial, não o especial pela condi-ção, já que a luta é pela igual-dade social para aqueles que apresentam a síndrome, mas especial pela data, que marca a inclusão social e a melhora na qualidade de vida dos portado-res dessa modificação genéti-ca, apesar dos inúmeros desa-fios ainda enfrentados.

Quando se trata da Síndrome de Down as limitações existem, porém elas podem ser traba-lhadas de forma multidiscipli-nar – preferencialmente desde o nascimento –, para que essas pessoas possam ser incluídas plenamente na sociedade.

Fonoaudiologia, Pedagogia, Psicopedagogia e Psicologia são alguns dos atendimentos especializados que proporcio-nam essa melhora na qualida-de de vida. Todo esse suporte é fornecido em Bento Gonçal-ves pela Associação Integrada do Desenvolvimento do Down (AIDD), entidade civil sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento integral das pessoas com Síndrome de Down em parceria com o poder público municipal.

Segundo a coordenadora da entidade, Anne Christy, o aten-dimento é fornecido gratuita-mente, com profissionais quali-ficados para que as pessoas com Síndrome de Down possam desenvolver plenamente suas habilidades. Atualmente a as-

Síndrome de Down

Entidade bento-gonçalvense prioriza atendimento personalizado de pessoas com Down, potencializando suas capacidades

Escolas começam a se adaptar aos alunos

Inclusão escolar ainda é um desafio

MAR

ÍLIA DALEN

OG

ARE

Quando necessário em sala, Letícia recebe ajuda de colegas

Paola frequenta a AIDD uma vez por semana há cerca de quatro anos

Marília [email protected]

27GeralSábado, 29 de março de 2014

sociação conta com 30 pessoas atendidas com idade entre três e 33 anos. O atendimento es-pecializado é patrocinado pelo Conselho Municipal dos Direi-tos da Crianças e do Adolescen-te (Comdica). Além dessa fon-te de renda, a instituição, que atua em Bento Gonçalves desde 2007, conta com apoio público e doações de voluntários.

Uma das pessoas atendidas na AIDD é Paola Baú, de 17 anos, que frequenta a entidade uma vez por semana há mais de quatro anos. É na associa-ção que ela recebe o atendi-mento diferenciado, focado na psicopedagogia e na psicolo-gia, que complementa o apren-dizado que ela adquire na esco-la. Paola frequenta o 1º ano do Ensino Médio na escola Alfre-do Aveline. A psicopedagoga da entidade, Francine Barbieri, conta que dá pra perceber mui-tas mudanças na jovem desde

que ela começou a frequentar a AIDD. “A Paola era muito fe-chada, muito séria, aqui fomos trabalhando com ela a questão da socialização com o grupo, e hoje em dia ela se expressa muito melhor”, conta.

Paola diz que vai para a As-sociação para aprender mais e quando questionada do que mais gosta ela responde que de tudo. Na entidade ela toca violão, trabalha com o com-putador, atividades de escrita e leitura e faz dramatizações – uma das suas atividades preferidas –, além de contar com o apoio da entidade na parte pedagógica, reforçando o que Paola aprende em sala de aula. “Esses dias estáva-mos conversando e ela disse que quando crescer quer tra-balhar aqui na AIDD, acredito que isso reflete o quanto ela gosta de vir aqui e do trabalho realizado”, conta Francine.

maior concentração para o aprendizado chamamos os monitores, mas na parte de convivência não usamos essa mediação”, destaca Caroline.

Devido a flexibilidade do currículo, a escola adapta o plano de aula de acordo com a criança, porém quem avalia e dá o parecer é o professor. “Geralmente essas crianças fazem atendimento fora da escola, por isso, definimos os conteúdos trabalhados jun-to esses profissionais e com a família, é tudo negociado entre os três a partir do nível que a criança se encontra. Ela será avaliada com pare-ceres como todos os colegas”, explica Vanessa.

A escola tem duas alunas com Síndrome de Down, uma delas é a Letícia Zap-paz Gomes, de 12 anos. Se-gundo a professora dela, Paloma Vinhas Fracalossi, a maior dificuldade dela está nas coisas abstratas. “A Leti aprende muito bem o que é concreto, tem muita facilidade, além disso, ela é despachada e interage mui-to bem com a turma”, conta Paloma. Letícia garante que sua integração não é o pro-blema. “A minha turma é muito legal, eu quero passar logo para o 6º ano para con-tinuar sendo colega deles no ano que vem”, explica.

Signori, presidente da AIDD, uma das principais funções da entidade é apoiar as esco-las, complementando assim as atividades já realizadas. “Pre-cisamos nos unir porque o Es-tado não fornece monitores e no município é uma luta para conseguir vaga, acaba que te-mos que recorrer a justiça para conseguir o atendimento que é nosso direito”. Além de presi-dente da entidade, Ana Paula é mãe de Gabriel, de seis anos, uma das crianças atendidas na AIDD. “É difícil ter que ficar implorando para aceitarem teu

filho como se ele não tivesse di-reito nenhum”, conta.

Já Francine explica que a inclusão dessas pessoas é pre-judicada pela falta de capaci-tação das escolas. “Ouvimos sempre que as escolas não es-tão preparadas, mas se tem lei para receber, por que elas não se preparam? É um grande de-safio sim, mas por que não fa-zer? Tentamos conscientizar os pais, as escolas e os alunos para mudar essa realidade. Mas é muito mais fácil falar que não tem profissional do que enfren-tar a situação”, destaca.

MAR

ÍLIA DALEN

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Page 28: Jornal Semanário- 29/03/2014- Edição 3014

“Eles seguiram os procedimentos”Mortes no Santa Helena

Afirmação é do advogado dos policiais, Adroaldo Dal Mass, falando sobre a trágica noite em que morreram dois jovens

LEON

ARD

O LO

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Advogado tem convicção de que seus clientes não plantaram a arma

Leonardo [email protected]

Sábado, 29 de março de 201428 Segurança

Por recomendação profissio-nal do advogado, os policiais

militares Edegar Júnior Oliveira Rodrigues, de 29 anos, e Neilor dos Santos Lopes, 23, evitam fa-lar com a imprensa. Entretanto, o advogado Adroaldo Dal Mass, responsável pela defesa de am-bos, concordou em conversar a reportagem do Semanário so-bre a perseguição que vitimou os jovens Anderson Styburski, 16, e Danúbio da Costa, 20.

Jornal Semanário: Como estão os policiais?

Adroaldo Dal Mass: Estão em licença saúde. Eles fizeram uma avaliação psicológica, o que é procedimento padrão, e, por prevenção ou cautela dada a circunstância em si, foram afastados por 15 dias. Como es-tão se sentindo? Como qualquer pessoa de bem estaria ao se ver frente a morte de alguém. Ape-sar de saber que agiram dentro da técnica e da legalidade, es-tão sentimentalmente abalados pelo resultado. Eles também não gostariam que tivesse ter-minado assim. Estão abalados e sentimentalmente solidários às famílias das vítimas.

JS: Foi a primeira vez de-les em um confronto deste porte?

Dal Mass: Foi a primeira vez que tiveram um tipo de re-sultado danoso. São policiais que só têm elogios no boletim de avaliação. Não tem nenhum apontamento de desvio de con-duta. Apesar de terem pouco tempo de instituição, são poli-ciais de conduta exemplar, sem nenhuma transgressão.

JS: A sociedade pedia uma solução mais energética dois dias antes do crime aconte-cer. Esta situação da Força Tarefa pode ter influencia-do a ação dos policiais?

Dal Mass: Eles se sentiram diante de uma situação que, em um determinado momento, se fez necessária a atitude de res-ponder a agressão que estavam sofrendo. Qual é a técnica? Eles abordaram o veículo, os rapazes não pararam, eles perseguem o veículo e a fuga continua. Eles comunicam pelo rádio e pedem o reforço contra veículo em fuga.

Num determinado momento a Fiorino patinou e parou. Então eles desceram da viatura. Nes-te momento os rapazes atacam a viatura e atacam a eles. Seja com disparos de arma ou não, eles bateram na viatura com a Fiorino. O que eles fazem? Como manda o regulamento, eles revidam a agressão e infor-mam no rádio “a guarnição está sob ataque”. Neste momento a situação ficou mais grave. De uma abordagem, uma fuga, virou uma perseguição de de-linquentes. Porém os rapazes conseguem fugir e os policiais perdem a Fiorino de vista. Eles seguem rumo ao Barracão, pois foi para onde acreditaram que a fuga trancorreu até que são avi-sados pelo rádio que o veículo foi localizado. Eles estavam lá no fim do Santa Helena. O ato dos disparos foi em resposta a agressão que eles estavam so-frendo, não uma iniciativa.

JS: Muitos questionam o porquê deles não atirarem nos pneus?

Dal Mass: Isto só acontece em filme americano. Daí eles atiram no pneu e o carro capota. Ou eles atiram e a bala ricoche-teia. Naquele momento tu estás sendo agredido, quase atropela-do, estás ouvindo tiro, tua adre-nalina está a mil... Então eles atiraram num raio de ação que, teoricamente, não agrediria de forma alguma o condutor e o passageiro. Atiraram num local

que não causaria dano físico, ainda tentaram preservar.

JS: Por que os disparos foram no baú da Fiorino?

Dal Mass: É o reflexo. Pri-meiro o treinamento, não atirar na pessoa. Aquilo na cabeça deles era uma forma de alerta para pa-rarem. Uma forma de estancar a agressão, mas mesmo assim não atirando contra a pessoa.

JS: Eles sabiam que ti-nha mais gente no baú da Fiorino?

Dal Mass: Não havia como saber, pois não havia campo de visão de fora para dentro. Eles não tinham como saber que teriam pessoas naquele local para carga.

JS: O que eles pensavam na hora da transgressão? Que situação poderia ser?

Dal Mass: Que era uma situa-ção em que deveriam fazer o que tem que fazer: pegar as pessoas que estão transgredindo a lei. Eles não poderiam simplesmente abandonar. Outros poderiam ter dito ‘Espera aí, nós levamos tiro, faltam vinte minutos para acabar nosso expediente, vamos é para casa’. Mas quando é que uma perseguição termina? Quando não há mais meios de encontrar a pessoa ou quando tu a encon-tra. Eles não poderiam terminar a diligência no meio do caminho. Tanto que as outras viaturas es-tavam fechando o cerco e por

isso que outros chegaran antes, pois passaram no lugar certo. Eles têm que ir atrás para saber do que se trata. Os rapazes aca-baram de bater em uma viatura. Que tipo de gente bate numa via-tura? O que passa na cabeça de-les? ‘Temos que terminar o nosso trabalho’. Quanto mais a trans-gressão vai se agravando, mais o policial pensa no pior. Na cabeça dos policiais, eles tinham que ter-minar o trabalho deles.

JS: E a repercussão da imprensa e da sociedade?

Dal Mass: Eles estão indigna-dos com a forma como estão sen-do colocados os acontecimentos. Porque são pessoas que gostam do que fazem. Tanto que fizeram o que fizeram pois são policiais dedicados. São profissionais que estão atendendo ao chamamento de proteger a sociedade. E agi-ram diante de uma situação que é possível. Só o que faltava poli-ciais não poderem disparar suas armas. E agora, sem análise das provas e da perícia, são condena-dos. Tipificados como assassinos.

JS: Eles estavam prepara-dos para este tipo de ação?

Dal Mass: Sim. Eles estão no estágio probatório de cin-co anos, mas tiveram todo o treinamento e sabem que na abordagem o uso da arma é o último recurso. Eles conside-ram que fizeram todo o pro-cedimento conforme o regula-mento e o seu treinamento. Foi no último momento, quando a guarnição passou a ser agredi-da que tomaram tal atitude.

JS: E a versão de que os policiais teriam plantado a arma na Fiorino?

Dal Mass: Os policiais negam categoricamente e têm certeza que ficará demonstrado que sob hipótese nenhuma plantaram qualquer arma. Até porque não foram os primeiros a chegarem no local onde o carro foi descar-tado, estacionado ou escondido, seja qual termo queiram usar. Quando eles perderam de vista a Fiorino, foram em direção ao Barracão, no fim do Santa Hele-na. Até que ouviram pelo rádio que havia sido localizado o veí-culo. Quando chegaram haviam outras guarnições e populares presentes. Então os policiais negam isso veementemente e a defesa tem certeza, por diversos

elementos e várias circunstân-cias, que isto ficará demonstra-do com o inquérito policial.

JS: Por que eles não fo-ram para a Delegacia após o ocorrido? O relato é que eles teriam ido para a guarnição militar.

Dal Mass: Eles estavam na cena (junto a Fiorino), esperan-do os próximos passos do proce-dimento. Mas o que aconteceu lá? O motorista identificou os dois e houve a agressividade do público. Em função desta agres-sividade no local, eles não pude-ram terminar o trabalho deles e foram recomendados para se retirarem e aguardarem. Então eles se deslocaram para o local de trabalho deles, a caserna.

JS: Como você vê o anda-mento do processo, com a repercussão da mídia, in-formações que vazaram e agora o delegado decretou o silêncio.

Dal Mass: Acredito que pre-judica a compreensão dos fatos, o aprendizado da sociedade e in-centiva, do jeito que está sendo colocado, aqueles que têm o es-pírito de cometer pequenos deli-tos. A mensagem que a sociedade está passando é para fugirem da polícia, pois depois vamos dizer que eles são os bandidos. A for-ma parcial e sentimental como está sendo divulgado, dando ca-ráter sensacionalista e imputan-do uma conduta que sequer está provado e está longe de ser de-monstrado como posições finais, é muito temerária. A posição das autoridades neste momento, ao contrário, tem que ser elogiada. Porque estão trabalhando com serenidade e vendo que as coi-sas estão sendo distorcidas. Não pode ficar dando explicação para procedimentos que isoladamen-te não significam nada. A entre-vista que este perito deu, não po-deria ter ocorrido. Só aumentou a confusão. Esta é a prova que o delegado está agindo correta-mente. Esta entrevista acabou mal interpretada e mal divulga-da. É um exemplo. Não é o caso de que as autoridades queiram sigilo ou que não tenham o que dizer. É que dizer é precipitado, e as autoridades não podem ser precipitadas. Estas informações parciais acabam sendo divulga-dos de acordo com o sabor sen-sacionalista.

Page 29: Jornal Semanário- 29/03/2014- Edição 3014

Jéferson da Silva foi encaminhado ao hospital com dois tiros na perna

Neilene Lunelli (PT)

Sábado, 29 de março de 2014 29Segurança

A Câmara de Vereadores en-caminhou na última segunda--feira um ofício à Assembleia soli-citando a presen-ça do presidente estadual da Co-missão dos Di-reitos Humanos, deputado Valde-cir Oliveira (PT), para promover uma audiên-cia pública sobre o aumento da violência registrada em Bento Gonçalves. “Está atípi-co, está demais. Em oito dias ocorreram quatro homicídios. Então convoquei esta audiên-cia pública para reunirmos todos os órgãos responsáveis e debatermos. Para que a co-munidade possa falar tam-bém, pois a comunidade está tentando se expressar, mas não tem por onde. A Câmara não pode ficar parada diante de tudo isso que está acon-tecendo”, afirma a vereadora Neilene Lunelli (PT - foto), presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara de Vereadores.

A audiência pública ainda não tem data para ocorrer, porém a vereadora salienta o pedido de urgência. Caso de-putado estadual esteja com a agenda sobrecarregada, Neile-

ne Lunelli (PT) irá convocar a audiên-cia pública apenas com os represen-tantes municipais.

Como presiden-te da Comissão dos Direitos Hu-manos, a vereado-ra também refletiu sobre o caso da perseguição poli-cial a uma Fiorino

que resultou na morte de dois jovens. “Não sei se culparia a Brigada. Talvez faltou coman-do. Não sei se eles estão bem instruídos. São adolescentes, sabe como adolescentes são. E se sou eu que estou no car-ro, sou assaltada e colocada no banco de trás? A polícia vai atirar e eu vou morrer? Porque eles também não vão parar na barreira policial. Podia estar qualquer um ali atrás. Claro que a perícia não saiu ainda. Mas a gente sabe que nesta fase os adolescen-tes são assim, não medem as consequências. No meu pa-recer eles tinham outros mé-todos. Nada justifica. Não é através da violência que vai se combater a violência. Acho que tem que rever, a polícia tem que rever. Não sei como é o comando, quais são as or-dens. Mas temos que rever”, argumenta.

Câmara de Vereadores quer audiência pública

A Polícia Rodoviária Esta-dual (PRE) realizou na noite de quinta-feira, 27, uma opera-ção rotineira de fiscalização na RSC-470, próximo ao posto de controle rodoviário. Na ação, 40 veículos foram fiscalizados, com nove motoristas autuados e três veículos recolhidos.

Segundo a PRE, durante a operação ocorreram dois aci-dentes com lesões corporais, cada ocorrência deixou um fe-rido. O primeiro envolveu dois veículos na VRS-855, km 15, trecho que leva à Pinto Ban-deira. O segundo foi um capo-tamento que envolveu apenas um veículo e aconteceu na RSC- 470, km 209.

A operação também pren-deu uma pessoa por embria-

guez ao volante por volta da 1h40min. O motorista dirigia um veículo Palio com placas de Santa Catarina e, no tes-te do bafômetro, apresentou 0,88 mg/l de álcool, quanti-

dade suficiente para qualificar embriaguez.

O motorista do Palio foi en-caminhado para a Delegacia de Polícia, onde pagou R$ 1 mil de fiança e foi liberado.

PRE realiza operação padrãoNove motoristas autuados

Vingança

Acusado de homicídio é alvo de 11 disparos

Violência de março

Bento Gonçalves pode ter sido palco de uma tentati-

va de justiça com as próprias mãos. Jéferson Reginaldo da Silva, de 24 anos, acusado da morte de Diego Rosa de Olivei-ra, foi vítima de uma tentativa de homicídio na quarta-feira, 26. Por volta das 7h30min, o jovem mais conhecido por Kike dirigia um Golf azul na rua Ho-rácio de Oliveira Barreto, bair-ro Humaitá, quando o veículo foi alvejado com 11 disparos de arma de fogo por um homem a pé. Após o ataque, o agressor fugiu na carona de uma moto.

Socorrido pelos Bombeiros, Kike foi encaminhado para o Hospital Bartolomeu Tacchini com dois tiros na perna e um de raspão no abdômen. No in-terior do veículo estavam ou-tras duas pessoas, a mãe do motorista e um homem não identificado, que saíram ilesos do incidente. A vítima teve alta do hospital na quinta-feira.

A tentativa de homicídio foi registrada na Delegacia de Polícia Pronto Atendimento

- DPPA, que trabalha com a hipótese de vingança. O acu-sado está em liberdade, pois a justiça não decretou sua prisão preventiva.

Relembre o caso

No dia 9 de março, Diego Rosa de Oliveira, 22, foi morto com um tiro no peito na aveni-da Presidente Costa e Silva no bairro Planalto, após discus-são com um rapaz que passava pelo local de motocicleta. Jé-ferson Reginaldo da Silva era

Noemir Leitã[email protected]

amigo do motociclista e seria o autor do disparo.

Depois do fato ocorrido, Kike virou alvo de pessoas ligadas ao jovem morto, inclusive sofren-do ameaças de morte por tele-fone e por redes sociais. A polí-cia ainda investiga o homicídio que vitimou Diego, porém ago-ra terá que apurar também as circunstâncias que estão levan-do algumas pessoas a buscar justiça com as próprias mãos.

O inquérito do caso deve ser entregue ao judiciário na pró-xima semana.

Investigação da DPPA considera a hipótese de tentativa de vingança

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Operação recolheu três veículos e prendeu uma pessoa por embriaguez

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UIVO Na manhã de ontem, 28,

os agentes da seção de inves-tigação da 1ª Delegacia de Polícia de Bento Gonçalves, com apoio de uma policial da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher - DEAM realizaram a prisão de um indivíduo com man-dado de prisão preventiva decretada pela Comarca de Garibaldi. O acusado possui antecedentes pela prática de ameaça, violência doméstica, estelionato, furto, desobe-diência e estupro vulnerável.

Ele vinha sendo procurado há algum tempo, mas seu pa-

radeiro não era encontrado. O nome, idade do homem e o local da sua prisão não foram divulgados, segundo infor-mações prestadas pela 1ª DP.

Ele foi conduzido ao Presí-dio Estadual de Bento Gon-çalves, e ficará a disposição da justiça.

Polícia captura homem foragido de Garibaldi

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Prisão

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Sábado, 29 de março de 201430

[email protected]

Dormindo com o inimigoBatatinha é um “sujeito” ousado. Dono de um par de

olhos nem sempre azuis e de bigodes extraordinariamen-te sensoriais, não só detecta o perigo antes de ele se mate-rializar, como encara a situação de frente... ou de ladinho. Ele vai com tudo pra cima do problema... ou pro meio. É muito mais habilidoso do que o personagem de Nicolas Cage, em “O Vidente” que consegue enxergar só dois mi-nutos antes da consumação do fato.

É verdade que seus atributos físicos também contam. O macho tem pelos aveludados típicos da linhagem persa e um rabo sempre empinado, que roça pelas pernas da gente com suavidade. Acrescentando a isso sua manha explícita, temos um “cara” charmoso e sedutor. Ninguém resiste, nem mesmo o inimigo...

Pois bem! Tendo descido de paraquedas a fim de curtir um happy hour com a galera, o “fulaninho” tratou logo de descobrir quem era quem. E sua intuição não falhou: precisava tomar cuidado com o outro macho, aquele sem bigodes.

Mas o peludo começou a assediar o pelado, numa es-tratégia nada convencional. Comendo pelas beiradas en-quanto estudava o terreno, ele foi ganhando espaço até que... “puf” no colo do cidadão.

-Sai, sai, sai! – foi a reação imediata do importunado. Afinal, sendo avesso a bichos dentro de casa e acabar como poltrona, já era um acinte.

Batatinha é mais persistente do que a maioria dos hu-manos. Poucos são os que não se esmorecem com a repe-tição do fracasso. Me lembrei agora de Abraham Lincoln, que se frustrou em todas as suas tentativas profissionais e, mesmo assim, não pendurou as chuteiras. Concorren-do às eleições, venceu e se tornou o melhor presidente

dos Estados Unidos. Retornando ao Batata: Sem um

“miau”, ele repetiu a operação por inúmeras vezes, não se intimidan-do com a cara feia do outro, con-quistando, enfim, o seu colo, onde

ronronou em baixa frequência, du-rante boa parte do domingo.

Do Baú

Folhas velhasFalhas imperceptíveisCalhas cheiasDiversos matizesVeia que verte Poema que voaVerão que vaiOutono que vem...Eterna reprise...

DenisedaRéItacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.917

Movelsul – marca registrada

A 19ª MOVELSUL BRASIL realizada no Parque de Eventos de Bento Gonçalves-RS de 24 a 28 de março 2014 provou mais uma vez a capacidade empreendedora de nossa gente e principalmente a cadeia produtiva – madei-ra e móveis – do maior evento do gênero da América Latina. A MOVELSUL BRASIL que teve na Diretoria Executiva a presidência do empresário Henrique Tecchio – Bentec - além de alcançar os objetivos almejados o centro do mundo dos negócios do setor moveleiro revelou a importância da feira pelo requinte de seus 300 expositores, a presença de 20 países do Projeto Comprador e estimativa de 38 mil profissio-nais do setor impressionados com a magnitude do evento. PROMOVIDA pelo SINDMÓVEIS liderado também pelo presidente Henrique Tecchio a MOVELSUL BRASIL 2014 deixa sua marca registrada pelos resultados dos negócios altamente positivos, contemplando a nova clas-se média brasileira. Valeu e até a próxima!

ExpoBento – a grande feira

SEGUEM os preparativos da 24ª EXPO-BENTO – Uma Feira Sem Limites – a ter lugar em Bento Gonçalves – RS de 05 a 15 de junho 2014 no Parque de Eventos. Promovida pelo CIC/BG seu presidente Leonardo Giordani destaca a importância que o evento represen-ta para a cidade e região principalmente para quem nos visita e deseja boas compras além da farta gastronomia e bom vinho. Fique ligado!

Atrativos e novidadesO presidente da EXPOBENTO 2014 Rafa-

el De Toni e equipe preparam um evento dos mais expressivos focados em negócios para as empresas, tendo como tema a Copa do Mundo. Com inúmeros atrativos e novidades a maior feira Multisetorial do Brasil espera mais de 450 expositores, 30 mil itens em produtos, mais de 200 mil visitantes e bons negócios. O diretor de comercialização da EXPOBENTO José Carlos Zortea diz que a reserva de espaços continua acentuada e que as previsões até aqui são otimistas, mais de 70% já comercializados. É a Vitrine da Serra Gaúcha!

Tacchini – a caminho dos 90 anos

O Hospital Tacchini é um patrimônio da comunidade de Bento Gonçalves fundado em 20 de setembro de 1924 com a iniciativa do saudoso Dr. Bartholomeu Tacchini e lideran-ças comunitárias. É dirigido por um Conselho de Administração integrado por representan-tes da comunidade e dedicados ao Hospital. A caminho dos 90 anos em 2014 o Hospital Tacchini em sua histórica existência tem se preocupado no melhor atendimento, convê-

nios, sistemas existentes e investimentos de porte. No trabalho de seus dirigentes – do passado e presente – o Tacchini hoje tendo como presidente do Conselho de Administra-ção Antonio Stringhini e equipe representam a caminhada diária na busca do bem estar e saúde da nossa gente. Salute!

Rotary planalto...O Rotary Clube Bento Gonçalves Planal-

to liderado pelo presidente Ivanir Antonio Foresti e equipe Diretiva convidando a co-munidade para o XIII COSTELÃO BENEFI-CENTE dia 27 de abril 2014, às 12hs Salão Comunitário Santa Helena. Acompanha o costelão, cardápio especial. A renda reverte-rá em beneficio de entidades assistenciais do município. Promoção de grande alcance so-cial. Convites – a R$ 40,00 individual com o rotariano Livio Rizzi – 3455 1999! Prestigie!

II campanha de trânsitoNESTE sábado, 29 de março, o Rotary Clu-

be Planalto e demais Clubes de Rotary da ci-dade, Jovens do Rotaract e Interact, Escotei-ros Videira, Pelotão Curumim do 6º BCOM, Prefeitura Municipal e 3º Batalhão da PRE estarão mobilizando a comunidade para a II CAMPANHA DE TRÂNSITO em diferentes pontos da cidade das 09hs as 12hs e das 14hs as 16hs. Locais: Osvaldo Aranha, Planalto, Vico Barbieri, Saldanha Marinho/Mal Deodo-ro, Rótula Policia Rodoviária Estadual e Pla-nalto. Tema da Campanha - SEJA PACIENTE NO TRÂNSITO, NÃO NO HOSPITAL! Torne nosso trânsito mais humano e tranquilo!

Multimóveis recepciona

OPORTUNA a primeira reunião do ano da Confraria In Vino Veritas na noite de 17 de março nas dependências da Multimóveis em seu Galpão Crioulo, belo espaço de cultura tradicionalista e recepcionada pela direção da empresa através do empresário Euclides Lon-ghi. O presidente Marcos Antonio Valduga agradeceu a recepção tendo o agradecimento de seu diretor e confrade Euclides Longhi par-tilhado pela convivência entre os presentes. Como convidados o empresário Vander Gere-mia – Geremia Redutores, Dr Thyago Cusin – Urologista e Natalino Sgarabotto – Confecções Naturin – Caxias do Sul. Na ocasião foram de-gustados os vinhos da VInicola Dom Eliziário, Vale dos Vinhedos – dirigida pelos empresá-rios Pedro Valdir Muller e Rafael Muller: Ca-bernet Sauvignon safra 2005 – Merlot e Mar-selan safras 2011 que agradaram os presentes. Culinária Serra&Campo, serviços prestados pela equipe Valdez Nadin. Valeu!

IGVariedades

A FRASEO amor e a sabedoria são as duas asas

com que a alma se eleva para DEUS!(.)

Page 31: Jornal Semanário- 29/03/2014- Edição 3014

Sábado, 29 de março de 2014 31

Escola Especial agradede doação

Curso

Seminário em Turim

Bento terá mais 600 terminais telefônicos

Comemora-se amanhã, em todo o país, através de atos e solenidades cívicas, a passagem de 10 anos da revolução instaurada pelas Forças Armadas em 31 de março de 1964.

Em nossa cidade, ontem, o 3.o Batalhão de Co-municações promoveu cerimônias comemorati-vas constantes do seguinte: 9 horas - missa na Igreja SãoPoque; 10 horas - palestra e cinema do 3.o Batalhão de Comunicações; 11 horas - recepção do círculo militar de Bento Gonçal-ves. Hoje, a Prefeitura Municipal promove as seguintes comemorações: 10 horas - Soleni-

dade Cívica defronte a Prefeitura Municipal; 18 horas - Culto Ecumênico em Ação de Graças na

Igreja Matriz de Santo Antônio.

Sensibilizados com uma doação recebida dos calou-ros da Escola de Viticultura e Enologia, a Diretora da Esco-la Especial de Bento Gonçal-ves, Professora Vanda Maria Lunardi, esteve na redação para registrar seu agarade-cimento. Na oportunidade, disse-nos que os futuros enó-logos deixaram de efetuar sua

tradicional festa de ingresso (confeccção de fantasias e coquetel), para doar, através do Centro Estudantil Comen-dador Carlos Dreher Neto, o dinheiro angariado para tal, à Escola Especial, que aplicará para proporcionar melhores condições de trabalhos aos alunos excepcionais de nossa cidade.

De 20 a 24 do corrente, em Vacaria, foi promovido o IIº Curso de Treinamento para di-rignetes de Entidades Sociais. O curso foi coordenado pela Unidade de Serviços Sociais de Porto Alegre, e contou com a presença de 26 participantes, entre os quais, cinco de Ben-to Gonçalves: Nair Maria Ben, Ivanir Luchese, Ana M. Dequi-giovanni, Adelina Rizzardo e Irmã M. Inês Pagnoncelli.

Seguiram ontem para a cida-de de Turim, Itália, os empresá-rios José Zortéa - diretor admi-nistrativo da Pozza Metalúrgica, e Elino Periollo - diretor geral de Móveis Carraro acompanha-dos pelas esposas, para parti-cipar, juntamente com mais 28 industrialistas gaúchos, de um seminário de atualização empresarial. O Seminário, que terá lugar no Centro Interna-cional de Aperfeiçoamento Pro-fissional e Técnico das Nações Unidas, será ministrado por professores de vários países, e traduzindo momentaneamente para o espanhol. A permanên-cia de Zortéa e Periolo na Itália, será de 1.o a 26 de abril, sendo que aproveitarão, após, para fazer turismo pela Alemanha, França, Espanha, Portugal e Suiça, durante 10 dias.

Recentemente, a Compa-nhia Riograndense de Te-lecomunicações conseguiu, junto ao BAnco do Brasil, um empréstimo no valor de 260 milhões de cruzeiros, os quais serão utilizados para a insta-lação de redes telefônicas no Estado. Parte dessa verba será destinada a Bento Gonçalves, onde serão instalados mais de seiscentos terminais tele-fônicos. Com a finalidade de esclarecer detalhes acerca do assunto, a reportagem esteve com Ely Conci, gerente local da CRT. Segundo ele, “é claro que a instalação desses seiscentos terminais vai aindademorar um pouco. Em média, o prazo de espera, apenas para a vinda dos equipamentos com o qual

poderemos iniciar as instala-ções é de dois anos”. Ainda de acordo com declarações de Ely Conci, esta é uma previsão que a CRT está fazendo para Ben-to Gonçalves, “para que não se verifique falta de telefones em nossa cidade”. Dos 1.200 tele-fones que foram colocados à venda na campanha realizada “há uns dois anos atrás, foram vendidos 733, e, por este moti-vo, as vendas serão reabertas, para a colocação dos restantes 467 telefones. Para tanto, es-tamos aguardando apenas a autorização do Ministério das Comunicações. Deste modo, dentro de uns cinco anos, Ben-to contará com 1.800 telefones automáticos em funcionamen-to”, declara Ely Conci.

Capa da edição de 30 de março de 1974

(continuação)

O monumento ao imigrante

Campagnoni em seu pronunciamento

“...O Monumento ao imigrante é a homenagem suprema aos colonizadores de nosso país. Homenageamos com ele aqueles que tiveram a coragem de atravessar os mares e ele-ger o Brasil como sua Pátria.

De modo mais profundo, porém , é ele um monumento à humildade, ao espírito de sacrifício e de renuncia, ao trabalho fecundo e realizador.

Quisemos consagrá-las para sempre, no bronze e no grani-to, porque nossos caros imigrantes , aqueles que nos antece-deram nesta terra bendita, foram pobres, humildes e traba-lhadores.

A caminhada dos pioneiros pelas íngremes encostas da ser-ra, a luta contra a selva, as feras, as intempéries; os filhos que nasceram e cresceram sem conforto, sem assistência; as mães que tiveram seus filhos sob a nudez da terra virgem, e a vida sem alegria...

Quisemos construir este monumento para exaltar esta bra-va gente, que de enxada em punho, rasgaram o primeiro sul-co na terra fecunda da civilização, da cultura e do progresso.

Lembremo-nos, sempre, a todo momento, da figura do imi-grante. Ela nos ensinará a viver e a cumprir nossos deveres. Lembremo-nos das orações e das lágrimas dos imigrantes, que foram pobres, humildes, cheios de fé, de religiosidade, de amor aos filhos, de amor à Pátria.

Lembremo-nos da mãe-imigrante, companheira dedicada ao esposo a acompanhá-lo em seus sonhos.

Mãe-Imigrante! Foste a silenciosa artífice da personalidade dos filhos. Sofreste o que somente os humildes sabem sofrer. E, no entanto, ensinaste a teus filhos a lição do otimismo, do trabalho, da virtude do desprendimento, do amor ao próxi-mo, do amor a Deus. Ensinastes a teus filhos a rezar, cantar e amar o bem. Não tiveste médico que te assistisse em tuas dores; não tiveste diversão alguma em teus anos que gastas-te a vida pelo amor de mãe. Mas continuaste sempre a sorrir a todos os filhos que Deus te mandava. Continuaste sempre a cantar em tuas orações. Fostes feliz em tuas dores, porque Deus inspirou tua alma.

Se continuarmos seguindo o caminho que nos foi traçado pelos imigrantes, pode o Brasil confiar em seu futuro, porque somente com o TRABALHO, com renúncia, com virtude, po-demos realizar o futuro de uma grande nação.

Na festa Nacional da uva de 2014- teve como tema “NA ALEGRIA DA DIVERSIDADE”. – Portanto, todos juntos construíram a nossa região. E, também uma grande home-nagem ao Monumento ao Imigrante- 60 anos – Inaugurado em 1954.

Parabéns aos organizadores da Festa Nacional da Uva que souberam prestar esta homenagem e mostrar para o mundo a HISTÓRIA de um povo que lutou e venceu...

AssuntaDeParisR

EPR

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10 anos de Revolução

Elizabeth MenetrierA Soberana da Festa da Uva de 1969

Page 32: Jornal Semanário- 29/03/2014- Edição 3014

A Ediçãowww.jornalsemanario.com.br

BENTO GONÇALVES

Sábado29 DE MARÇO DE 2014ANO 47 N°3014R$ 3,00

64 páginas

Primeiro caderno .................. 32 páginasEsportes ................................. 4 páginasEmpresas & Empresários ......... 8 páginasSaúde & Beleza ........................ 8 páginasCaderno S ................................ 12 páginas

EditorialCrescimento à vista trata sobre as expectativas do setor moveleiro para 2014

Rodovia do descaso

RSC-470

Sua saúde

Exercícios para manter o bem-estar

Saúde & Beleza

Capa S

Futsal Série Ouro

O estilo e elegância de Rosane Basso

BGF busca sua segunda vitória

Capa S

Esportes

ESTEFANIA V. LIN

HAR

ES

Enquanto o governador Tarso Genro empilha promessas, principal via de Bento Gonçalves vai se deteriorando, enquanto o mato toma conta dos acostamentos

Páginas 10 e 11