25 a 27.8.2012

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Ano II Número 257 Data 25 a 27.08.2012

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AnoII

Número257

Data25 a 27.08.2012

estado de minas - direito e justiça - 27.8.12A falácia da garantia estendida

Lucas Diz Simões - Defensor público em Minas Gerais, coordenador da Defensoria

Pública de BetimO Código de Defesa do Consumidor (CDC) prevê duas

espécies de garantia: a legal e a contratual. A legal – como o próprio nome indica – é conferida pela lei, sendo inderro-gável, na condição de norma de ordem pública (artigo 1º); a contratual deriva de um acordo de vontades firmado pe-rante o fornecedor. Já a chamada garantia estendida não se enquadra em nenhum desses conceitos, uma vez que nem mesmo garantia o é, tendo natureza jurídica de verdadeiro contrato de seguro, sendo restrita a produtos e prevista na Resolução 122/05 do CNSP. Em geral, é ajustada perante uma seguradora, estranha à compra e venda. Essa avença, contudo, no mais das vezes, não traz quaisquer vantagens ao consumidor, constituindo sua divulgação e comercialização em publicidade enganosa (a começar pelo nome) e prática abusiva (artigo 37, § 1°).

Para melhor compreensão do tema, impõe-se analisar as duas principais correntes que explicam o instituto garantia na Lei 8.078/90. Uma delas defende que, por ser “a garan-tia contratual [...] complementar à legal” (artigo 50), seria necessária uma operação aritmética de adição do prazo da garantia contratual com o da garantia legal (supostamente previsto no artigo 26 do CDC) para se aferir o tempo total de garantia de que dispõe um produto ou serviço. Assim, por exemplo, se um fabricante concede um ano de garantia con-tratual para um televisor, somando-o com os 90 dias do ar-tigo 26, estaria o produto resguardado por um ano e 90 dias.

Contudo – e aqui reside o equívoco dessa primeira ver-tente – os prazos do artigo 26 não são de garantia (legal)! Tratam-se, ao revés, de prazos de decadência: o período de que desfruta o consumidor para exercer seu direito potestati-vo de sujeitar o fornecedor à resolução contratual visando a uma sanação do vício. Tal conclusão extrai-se, aliás, da pró-pria rubrica da Seção IV do Capítulo IV do Título I do CDC. Daí a impropriedade de se somarem prazos de institutos completamente díspares. Outro não é o motivo (e ninguém duvida disso) pelo qual o prazo de 5 anos do artigo 27 (fato do produto ou serviço, defeito ou acidente de consumo) não ser acrescido ao da garantia contratual, uma vez se referir ele à prescrição e não à garantia legal.

A decadência – assim como a prescrição, preclusão, coisa julgada etc. –, tem por escopo assegurar a seguran-ça jurídica nas relações, impedindo que as controvérsias se eternizem; já a garantia legal, pautada na boa-fé objetiva, está correlacionada à segurança e saúde dos consumidores, e visa assegurar ao mercado de consumo produtos e serviços sem vícios ou defeitos por um período aceitável de tempo, sob pena de o fornecedor por eles responder.

Desse modo, verbi gratia, quem adquire uma TV despro-vida de garantia (contratual) não estaria assegurado apenas por ínfimos 90 dias. Assim fosse, haveria perigoso incentivo à obsolescência programada. Na verdade, tal prazo nonage-

simal relaciona-se ao período de que desfruta o consumidor para cobrar do fornecedor uma solução do problema, e cujo início de contagem se dá a partir do momento em que o vício for suscetível, efetivamente, de constatação. Desse modo, em relação aos vícios aparentes ou de fácil constatação (ex.: arranhão na lateral da TV), em regra, o prazo para reclamar inicia-se “a partir da entrega efetiva do produto” (artigo 26, §1º).

Tratando-se de vício oculto (ex.: problema elétrico na TV, imperceptível de plano mediante sua simples utilização, mas já existente em “estado de latência” desde a fabricação), “o prazo de decadência inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito” (§3º).

Mas se o vício oculto externar-se somente 30 anos de-pois da aquisição do produto, ainda assim teria o consumi-dor, a partir daí, o prazo de 30 ou 90 dias para acionar o co-merciante e/ou o fabricante solidariamente? Em geral, não! A garantia legal não é ad eternum. Qual, então, o seu prazo, se o artigo 26 não o contempla?

A garantia legal, prevista no artigo 24, é nominada, não por acaso, de garantia legal de adequação, já que assegura o fornecimento de produtos e serviços adequados, ou seja, infensos de vícios e defeitos. Na Europa, v. g., o artigo 5º da Diretiva 1999/44/CE prevê – além do prazo (decadencial) de, no mínimo, dois meses para reclamar –, um prazo de ga-rantia legal de dois anos, excepcionada a estipulação de pe-ríodo superior pelo Estado internamente. No Brasil, diferen-temente, a melhor doutrina ensina que o silêncio (eloquente) da lei importa na definição de tal lapso temporal segundo a natureza do produto ou serviço, consoante os critérios de tempo de vida útil e do seu desgaste natural, vide posição oficial do DPDC (NT 287/06 e Manual direito do consumi-dor, 2009, p. 71/72), Cláudia Lima Marques (Comentários ao CDC, 2011, p. 929) etc. Para a mensuração desse tempo razoável esperado de funcionamento normal, cabe ao intér-prete se valer do auxílio técnico de terceiros, como ABNT, Inmetro e Crea.

Daí se percebe a inutilidade quase que completa do “se-guro garantia estendida”: o consumidor paga para ter res-guardado seu produto, quando, na verdade, a lei já lhe garan-te, gratuitamente, tal direito, com a garantia legal, durante todo o período que razoavelmente se espera que ele funcione (excluído, por óbvio, caso de mau uso).

Na prática, contudo, devemos reconhecer uma triste re-alidade: a única “vantagem” em sua contratação decorre da indefinição da temática nos tribunais, aliada à enorme resis-tência dos fornecedores em cumprir as normas consumeris-tas (mesmo em questões incontroversas), preferindo, por ve-zes, “vencer o consumidor pelo cansaço”, de modo que este acaba estimulado a contratar tal serviço para ter facilitado o reparo ou troca do produto (efetividade), sem enfrentar um processo administrativo no Procon ou as agruras e incertezas de um feito judicial.

continuação - estado de minas - direito e justiça - 27.8.12Regras para os contratos de viagem

O voucher é o nome dado ao documento em que consta tudo que está incluído no pacote ou serviço turístico contratado: os dados do vôo, do hotel e dos passeios. Todas as dúvidas quanto ao que compõem os serviços

devem ser esclarecidas, como refeições, taxas aeroportuárias, passagens, ingressos aos parques de diversão e museus, entre outras. Trata-se do dever de informar obrigatório nas relações de consumo

Fernanda Daher Caram Farah - Advogada especialista em direito do consumidor

O Brasil é um país bastante pitoresco, com paisagens espetaculares desenhadas pela natureza. Não é sem razão que a procura por pacotes turísticos vem crescendo expo-nencialmente no país. Antes de “fechar” aquela bela viagem tão esperada, é importante que o leitor conheça melhor as regras que regem o assunto, pois, como se tem visto, cada vez mais aumentam os números das demandas judiciais con-cernentes às insatisfações dos turistas brasileiros.

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) regula-menta os direitos e as obrigações das partes que compõem a relação de consumo. Seu caráter protetivo atribui a todos aqueles que compõem a cadeia de fornecedores a responsa-bilidade objetiva e solidária sobre a relação constituída. Sob seus moldes, as agências de viagens são as fornecedoras de produtos e serviços (artigo 3º), enquanto os turistas são os consumidores (artigo 2º).

O pacote turístico é um contrato previamente traçado pelo fornecedor que contém o roteiro da viagem, o destino, as condições de permanência, os meios de transporte que serão usados e as demais programações.

Uma questão importante a ser tocada é o momento em que ocorre a vinculação entre as partes, quando não ocorre o pagamento à vista do valor do produto ou serviço pactuado. Já que, como se observa, cada vez mais são facilitadas as formas de pagamento, como o parcelado, sem entrada, ou com um “sinal” de pagamento.

Tanto as agências de viagens quanto seus clientes se vinculam na ocasião em que há uma inequívoca manifes-tação de vontade de uma parte capaz de gerar na outra a expectativa da concretização do negócio jurídico; como as tratativas de uma compra e venda. Da mesma forma que existe a chamada "promessa de compra e venda" (artigo 1.417 do Código Civil), em que uma das partes gera na outra a expectativa do negócio jurídico e, caso esse não se realize, pode uma das partes pleitear indenização por ter o negócio frustrado, assim também acontece quando o turista ostenta fechar o negócio com a agência.

Em hipótese da execução de um contrato de prestações sucessivas, no qual o cliente já pagou uma ou algumas par-celas (a título de pagamento antecipado), ele terá direito a ser ressarcido por perdas e danos decorrentes de um eventu-

al não cumprimento do acordo.O voucher é o nome dado ao documento em que consta

tudo que está incluído no pacote ou serviço turístico con-tratado: os dados do voo, do hotel e dos passeios. Todas as dúvidas quanto ao que compõe os serviços devem ser es-clarecidas, como refeições, taxas aeroportuárias, passagens, ingressos aos parques de diversão e museus, entre outras. Trata-se do dever de informar obrigatório nas relações de consumo.

As agências de viagens têm o dever de cumprir nas exa-tas condições e com qualidade todo o roteiro de viagem pelo qual se comprometeram. E a partir do momento que trans-ferem a terceiros a incumbência de executar determinados serviços, responsabilizam-se solidariamente com eles pelos danos oriundos de sua má prestação. Elas são responsáveis pelos danos ocorridos a um consumidor que teve sua viagem frustrada porque não pode viajar, em virtude da falta de re-serva feita com uma companhia aérea.

Também são responsáveis pelos danos causados pelas inadequadas e insuficientes informações sobre sua fruição e riscos (artigo 14 CDC). Como no caso de um turista desem-barcar em um país estrangeiro e não ter sido cientificado da obrigatoriedade do visto, tendo que retornar ao seu país de origem. Isso não aconteceria se a agência tivesse passado ao seu cliente as informações mínimas necessárias para a entra-da de estrangeiros em outros países. O que já não ocorre em situações de deportação, em que quem decide ou não pela permanência dos estrangeiros no exterior é o próprio país soberano.

Já os turistas têm o dever de pagar o preço do pacote turístico adquirido da forma acordada, informar antecipada-mente eventuais empecilhos ao uso dos serviços, cumprir os horários estipulados, preservar as instalações a ele dispostas e comportar-se de forma sociável.

Fica uma dica aos leitores: atenção redobrada ao anali-sar as ofertas de viagens em sites de vendas coletivas. Não são poucas as publicidades que contêm cláusulas exorbitan-tes e, até mesmo, enganosas. Para maior segurança, é reco-mendável entrar em contato pessoalmente com os represen-tantes das agências antes de efetuar a compra.

Agora sim, ciente de todos os seus direitos, resta apro-veitar a viagem!

Paulo Henrique LobatoA analista de sistema Maria Tereza Colares Borges, de

51 anos, comprou um jogo de sofá e um rack na loja Etna por R$ 1,9 mil. O negócio foi fechado em 29 de junho, mas até ontem ela não havia recebido as mercadorias, prometidas para 14 de julho. Indignada, a moradora de Belo Horizonte telefonou para o serviço de atendimento ao cliente (SAC) da empresa, que não resolveu o seu problema. Decidiu, então, retornar ao estabelecimento, de onde, faz questão de dizer, saiu insatisfeita: “O gerente não resolveu o meu problema, justificando que o sistema estava fora do ar”.

A angústia dela é um contraponto ao bom desempenho das vendas das lojas do setor no estado, um dos segmentos mais beneficiados com o aumento do poder aquisitivo das famílias brasileiras. Tanto que o Instituto Data Popular esti-ma que as vendas de móveis devem movimentar este ano R$ 44 bilhões em todo o país – aumento de 5,5% nos R$ 41,5 bilhões registrados em 2011. Em Minas, a Associação dos Lojistas e Representantes de Móveis (Alormov-MG) acredi-ta que o salto será maior, da ordem de 10%.

Outro motivo do bom desempenho do setor é a isen-ção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para alguns itens do segmento moveleiro. Além da lista que está em vigor desde abril, o governo ampliou o benefício para mais 14 produtos, como painéis de madeira, laminados de alta resistência e de PVC. A dilatação no prazo de pagamen-to e a redução da taxa básica de juro (Selic), que está em 8% ao ano, também são outros motivos que incentivam os negócios com móveis.

Mas, embora o varejo de móveis e afins comemore o aumento nas vendas, muitos consumidores estão indo aos Procons reclamar que as empresas descumprem o prazo de entrega das mercadorias. “Não sei se a Etna está abrindo falência ou se queimou todo o estoque”, alfinetou Maria Te-reza. Em nota, a empresa informou que “lamenta o ocorrido e já está em contato com a consumidora para providenciar o reembolso do valor da compra, que será efetuado no dia 31”. Depois de procurar a gerência e o SAC e não ter o problema

resolvido, a consumidora preferiu ser reembolsada.Ainda na nota, a Etna reforçou que já tomou todas as

providências para que os atrasos nas entregas para alguns clientes sejam resolvidos da melhor maneira possível. A em-presa informou, ainda, que essas foram questões pontuais, ocasionadas pelo alto volume de vendas na época da maior liquidação da loja, o Liquida Etna, realizada em julho deste ano.

DIREITOS A engenheira Mariana Braichi de Carvalho, de 26, sabe bem o desgosto enfrentado pela analista de siste-ma Maria Tereza. Moradora de Sete Lagoas, na Região Cen-tral, ela pagou R$ 327 por um guarda-roupa de seis portas e não o recebeu. “Informei à vendedora que precisava do armário montado, com urgência, porque havia me mudado para um apartamento e este não tinha guarda-roupa embu-tido. A empresa me prometeu retorno, mas não cumpriu”, recordou a engenheira, acrescentando que deixou de ir ao emprego, em quatro dias, para aguardar os funcionários do grupo.

“Não apareceram em nenhuma das ocasiões”, criticou Mariana. Resultado: foi procurar seus direitos de consumi-dora no Procon, que entrou em contato com a empresa, fun-dada em Minas Gerais, e recebeu o reembolso. “Há muitos casos semelhantes no Procon da Assembleia”, alerta Mar-celo Barbosa, coordenador do órgão de defesa do consumi-dor. Ele ressalta que a morosidade na entrega de qualquer produto é uma ofensa ao Código de Defesa do Consumidor (CDC).

“Quando não se cumpre a data de entrega, o empresá-rio está descumprindo a oferta. E o CDC dá ao consumidor três alternativas (à escolha do comprador): receber o produto imediamente, aceitar outra mercadoria ou serviço equivalen-te ou rescindir o contrato e receber de volta o que a pessoa pagou. Essa última é a que mais tem ocorrido”, informou Marcelo Barbosa. É bom lembrar, continua o advogado, que o descumprimento do prazo pode acarretar o pagamento de dano moral ao consumidor.

estado de minas - economia - 27.8.12

» LEI ESTADUAL 20.334/12Dispõe sobre a forma de entrega de produtos e serviços

em domicílio.Art. 1º – O fornecedor de produto ou serviço estipulará

a data e o turno da entrega em domicílio, quando da contra-tação com o consumidor.

Os turnos a que se refere o caput deste artigo correspon-dem aos seguintes períodos:

I – manhã: entre 7 e 12 horas;II – tarde: entre 12 e 18 horas;III – noite: entre 18 e 22 horas.

O disposto no caput não impede o consumidor de contratar dia e horário determinados para a entrega.Art. 2º – A estipulação da data e do turno para entrega

do produto ou serviço será efetivada mediante o preenchi-mento de formulário próprio, que conterá os seguintes dados do fornecedor:

I – nome;II – número de registro no Cadastro Nacional de Pessoa

Jurídica – CNPJ;

DE OLHO NAS LEIS

Paga, mas não leva...Isenção do IPI, queda de juros e facilidade nos pagamentos fazem comércio de móveis disparar no país, mas

clientes sofrem para receber em casa os produtos já quitados

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III – endereço;IV – telefone para reclamação;V – e-mail .Parágrafo único. Na hipótese de entrega de produto que

dependa de montagem ou instalação a cargo do fornecedor,

constarão no documento a que se refere o caput deste artigo o dia e o horário previstos para a execução do serviço.

Art. 3º – O descumprimento do disposto nesta Lei sujei-tará o infrator às penalidades previstas na lei Federal número 8.078, de 11 de setembro de 1990.

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Lei estipula prazo para recebimento Além da indenização por dano moral ao consumidor, a

rede ou empresa que atrasar a entrega de móveis pode pagar multa de R$ 427 a R$ 6,85 milhões, dependendo de alguns fatores, como reincidência no descumprimento de acordos. Os valores e as penalidades estão previstos no conjunto de leis que protegem os consumidores, como o Código de De-fesa do Consumidor (CDC) e a Norma Estadual 20.334, em vigor desde 1º de agosto.

A lei sancionada pelo governador Antônio Anastasia prevê, no artigo 1º, que o fornecedor de produtos ou servi-ços estipulará a data e o turno para entrega em domicílio. Por turno, segundo o texto, entendem-se os períodos das 7h às 12h, das 12h às 18h ou 18h às 24h.

“A Lei 20.334/12 trouxe uma inovação, que é marcar a data e o turno para a montagem (do produto). Muitas vezes, a empresa entrega a mercadoria e a pessoa não sabe quando os funcionários vão voltar para montá-la”, disse o advoga-do Marcelo Barbosa, coordenador do Procon Assembleia, alertando que a lei estadual, por outro lado, só beneficia as

compras feitas a partir de 1º de agosto deste ano, data em que entrou em vigor.

Ele acrescenta, ainda, que, ao contrário do dano moral, que é depositado na conta do comprador, o valor da multa, caso seja aplicada, é destinado a um fundo de defesa do con-sumidor. Mas, seguindo o ditado de que é melhor prevenir do que remediar, o Procon da Assembleia já se reuniu com algumas redes para discutir a nova lei.

FORNECEDORES Recentemente, advogados do órgão conversaram com a Máquina de Vendas, da qual faz parte a Ricardo Eletro, e o Magazine Luiza. Nas próximas sema-nas, adianta Barbosa, ele e sua equipe vão se reunir com a B2W, que negocia produtos pela internet, e o Grupo Pão de Açúcar, controlador das lojas Bahia e do Ponto Frio. “O Procon Assembleia está convidado os principais magazines para reuniões para que eles já nos norteiem de como vão operacionalizar a sua logística para atender a nova lei esta-dual”, afirmou. (PHL)

Art. 6º – São direitos básicos do consumidor:IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusi-

va, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no forneci-mento de produtos e serviços;

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimo-niais e morais, individuais, coletivos e difusos;

Art. 14 – O fornecedor de serviços responde, indepen-dentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à presta-ção dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

Art. 20 – O fornecedor de serviços responde pelos ví-cios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alter-nativamente e à sua escolha:

I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;

II - a restituição imediata da quantia paga, monetaria-mente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;

III - o abatimento proporcional do preço.Fonte: CDC

O que diz o código

Sem autorização Portabilidade de problemas

Manoel de Albuquerque Filho - Belo Horizonte O consumidor Manoel de Albuquerque Filho reclama

de uma portabilidade não autorizada realizada pela opera-dora Oi depois de um pedido de orçamento. Segundo ele, cliente corporativo da Claro que pensava em trocar de ope-radora, ao procurar pela Oi, em abril deste ano, a empresa o surpreendeu fazendo a troca de operadora sem a sua per-missão. “Solicitei um orçamento da Oi de um plano corpo-rativo para oito números. Mandaram o orçamento por e-mail e ficou só nisso, porque logo depois desisti da mudança”, lembra. “Mas para minha surpresa, poucos dias depois todos os números celulares da minha empresa ficaram completa-

mente sem contato, inclusive sem poder enviar mensagem e acessar a internet. Além disso, recebi cinco chips da Oi”, reforça. O consumidor conta que ligou para a Claro para checar o ocorrido e que foi informado de que foi feita uma portabilidade dos números para a Oi. “Liguei para a Oi e eles disseram que eu tinha pedido, ou seja, aprovado e aceito o plano e a portabilidade. Questionei o abuso, pedi que man-dassem o contrato assinado, mas não mandaram nenhum comprovante com a minha assinatura”, acrescenta. Manoel chegou a fazer a reclamação junto à Anatel e conta ter ficado por 15 dias com os oito números de utilização estritamente comercial sem uso. “Perdi vários negócios por uma atitude

arbitrária da empresa”, lamenta.

RESPOSTA DA OI“A Oi entrou em contato com o senhor Manoel de Albu-

querque, que confirmou que os números citados já estão na operadora de origem.”

COMENTÁRIO DO LEITORO consumidor informou que mesmo após as reclama-

ções, somente com a intervenção da Anatel a empresa devol-veu a gestão dos oito números para a Claro. Mesmo assim, Manoel conta que foi novamente surpreendido pela chegada de uma conta em 31 de julho com uma cobrança de R$ 2,4 mil referente à portabilidade. O consumidor também rece-beu uma carta de cobrança da empresa, que informava que em caso de não pagamento da fatura o seu nome seria en-caminhado ao Serasa. Diante dos problemas, ele pretende acionar a empresa na Justiça. “Fizeram a portabilidade de forma completamente ilegal só por eu ter pedido um orça-mento”, considera.

CURSO A DISTÂNCIAAluno não recebe nota e perde ano

Izaac Gonçalves Pacheco - Governador Valadares - MGIzaac Gonçalves Pacheco está insatisfeito com o atendi-

mento da PUC Minas Virtual. Aluno de ciências contáveis, ele conta que, a cada semestre, duas avaliações, de 35 pon-tos, são aplicadas aos alunos. Além de uma reavaliação no caso de não aprovação, que vale 70 pontos. “Para saber se precisa fazer as reavaliações, é preciso ter as notas das duas avaliações e trabalhos. De acordo com as determinações da PUC Minas, os professores têm prazo de até 48 horas úteis antes da prova de reavaliação para a divulgação das notas do semestre”, conta. Porém, ele afirma ter perdido a prova de reavaliação porque as notas da segunda prova presencial não foram publicadas a tempo. “A prova de reavaliação foi em 27 de novembro do ano passado e as notas da segunda prova presencial foram publicadas em 6 de dezembro”, diz. Izaac comenta ainda que tentou de várias maneiras resolver a situação junto à coordenação do curso, ao longo do segun-do semestre de 2011, mas que apenas em fevereiro de 2012 o setor o procurou. “Estou começando o último semestre do curso, e até hoje estou com essas matérias pendentes. Essa situação me causou grande insatisfação com o curso e com a faculdade”, reclama.

RESPOSTA DA PUC MINAS VIRTUAL “Com relação à mensagem do leitor Izaac Gonçalves

Pacheco, aluno do curso a distância em ciências contábeis, a PUC Minas informa que a coordenação do curso apresen-tou ao referido aluno diversas alternativas para solucionar o problema, com a aplicação de uma nova prova presencial, mas o estudante se recusou a fazê-la presencialmente, soli-citando que a avaliação fosse substituída por um trabalho.

Entretanto, a avaliação presencial é prevista em legislação, o que impossibilita a substituição da prova. A PUC Minas reconhece que a não divulgação em tempo hábil do resulta-do da segunda avaliação presencial para o aluno gerou uma desinformação, fazendo com que o mesmo não se subme-tesse, dentro do prazo previsto, ao exame de reavaliação. Mas cabe lembrar que a universidade, além de ter oferecido ao aluno alternativas de datas para a referida reposição do exame, oferece a prova presencial de reavaliação a todos os alunos, que poderiam tentar melhorar suas notas ainda naquele segundo semestre de 2011. Assim, o aluno deverá cursar as disciplinas em que foi reprovado, já que é inviável a solicitação de suspensão de reprovação, uma vez que ele não alcançou o mínimo de 60 pontos e não realizou a prova de reavaliação.”

COMENTÁRIO DO LEITOR O consumidor, que está a um mês de sua formatura, in-

formou que o problema não foi resolvido em tempo hábil, durante o semestre corrente em que foi reprovado, e que não concorda com a obrigatoriedade de ter que repetir a matéria. Portanto, acionará a Justiça para resolver a situação.

FALHADoação descontada, mas sem permissão

Warley Ornelas - Belo Horizonte O consumidor Warley Ornelas conta que na fatura da

Cemig recebeu uma cobrança no valor de R$ 20 referente a doação para a instituição identificada como “Centro de evan-gelização”. Porém, ele afirma que não conhece o trabalho do centro e que “nunca ouvi falar sobre o seu trabalho”. “Não que eu me recuse a contribuir para um órgão beneficente, mas não quero contribuir dessa forma”, reclama. Segundo o consumidor, a cobrança é abusiva e não tem nenhum tipo de amparo legal. “Acho que as pessoas podem e devem sempre ajudar, mas não me lembro de ter sido perguntado se concor-dava com tal pagamento, assim como não me lembro de ter autorizado essa cobrança. Exijo que a Cemig faça o estorno do valor cobrado”, afirma.

RESPOSTA DA CEMIG“A Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig

esclarece que o senhor Warley Ornelas autorizou, em no-vembro de 2007, a doação de R$ 20 para o Centro Pastoral João Paulo II por meio da sua conta de energia. A empre-sa ressalta que esse tipo de cobrança é feita apenas após a autorização por escrito do cliente. Além disso, a instituição tem que ter cadastrado na Cemig. A companhia informa ain-da que o cliente cancelou a doação em 20 de agosto, por meio da Central de Atendimento Cemig (CAC). Para total esclarecimento do fato, a Cemig coloca à disposição o docu-mento assinado pelo senhor Warley Ornelas. Basta que ele compareça à agência da Rua Carijós, 126, Centro de Belo Horizonte.”

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COMENTÁRIO DO LEITOR O consumidor afirma que não se lembra de ter autori-

zado a doação, mas informou que com o cancelamento o problema foi resolvido.

GATO POR LEBRE Promessa de open bar

Camila Gontijo de Barros Camilo - Belo Horizonte “Comprei quatro ingressos para o show da Maria Rita,

ocorrido em 18 de agosto, às 22h, no Chevrolet Hall. Os ingressos foram adquiridos na bilheteria do local em 15 de julho, pelo valor de R$ 130 cada, em um total de R$ 520”, conta a consumidora Camila Gontijo de Barros Camilo. O valor, segundo a consumidora, era justificado pelo fato de o ingresso dar direito a uma área open bar garantida por in-formações no site do Chevrolet Hall e pela atendente da bi-lheteria na data da compra. “Eles disseram que os ingressos dariam direito ao serviço de open bar com disponibilidade de água, refrigerante, suco, cerveja e vodka”, lembra. “Nos ingressos, inclusive, consta a indicação de mesa open”, re-força. Porém, Camila lembra que em 25 de julho, 10 dias depois da compra dos ingressos, a empresa Ticket for Fun entrou em contato para informá-la que o show não teria o serviço de open bar e que ela não havia pago nenhum valor adicional. “Meus ingressos dariam direito somente à entra-da no evento, sem recebimento do serviço vendido e nem ressarcimento de nenhum valor pelo não oferecimento do serviço prometido”, reclama. Em 8 de agosto, a consumi-dora procurou a empresa para registrar uma reclamação e tentar uma solução para o problema, mas não obteve infor-mações esclarecedoras. “Não queremos assistir ao show em outro lugar, nem o cancelamento da compra. Queremos pa-gar menos pelo ingresso comprado e um pedido formal de desculpas pela terrível tentativa de enganar consumidores”, finaliza.

RESPOSTA da TICKET FOR FUN “A Time for Fun esclarece que o show em questão não

terá serviço de open bar. Porém, conforme contato telefôni-co com a cliente, a empresa vai atende-la de acordo com o ingresso comprado.”

COMENTÁRIO DA LEITORA A consumidora informou que a empresa entrou em con-

tato por telefone e afirmou que o serviço solicitado seria for-necido a ela. Camila confirmou que durante o show houve o atendimento prometido e que foi servida em esquema de open bar.

MAL-ENTENDIDONão pede serviço paga por ele

Modestino Vieira - Belo Horizonte Modestino Vieira conta que desde outubro do ano pas-

sado paga R$ 16,90 referente à assinatura do portal UOL.

Segundo ele, o equívoco ocorreu ao receber uma ligação e ter concordado com o serviço acreditando ser outro. “Sou assinante do Estado de Minas e achei que tivessem me ofe-recendo o serviço do portal UAI”, explica. “Mas não quero o UOL porque já sou cliente da Oi e uso os serviços da opera-dora”, comenta. Ao procurar a UOL para cancelar o serviço, o consumidor foi informado pelos atendentes de que deveria procurar o Juizado de Pequenas Causas para resolver o im-passe. “Mas não quero procurar o juizado, porque isso vai me dar muito trabalho. O que devo fazer?”, questiona.

RESPOSTA DO UOL “Em relação à reclamação do Sr. Modestino Vieira, o

UOL informa que o cliente realizou o cancelamento da sua assinatura por meio de contatos com a Central de Relaciona-mento e as cobranças já foram finalizadas. O UOL coloca-se à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários.”

COMENTÁRIO DO LEITORModestino confirma que não solicitou o serviço, mas

que a cobrança já foi suspensa.

imPasseLavanderia devolve edredom manchado

Joice Maria Jeunon Salgado Lins - Belo HorizonteA consumidora Joice Maria Jeunon Salgado Lins recla-

ma dos serviços prestados pela lavanderia Eureka, unidade Serra. Segundo ela, ao buscar um edredom, encaminhado para a lavagem, foi surpreendida pela devolução do produto repleto de manchas. “Devolvi imediatamente e eles pedi-ram para aguardar que iriam mandar para a lavanderia para ver o que ocorreu”, lembra. “Quando voltei para buscá-lo, novamente abri o pacote na loja e continuava manchado”, acrescenta. Ao questionar a empresa, uma atendente pediu à consumidora que ligasse para o setor administrativo para resolver o problema. “Falei com Vera, que me disse que iria ver o que estava ocorrendo e me ligaria para dar uma posi-ção, mas isso tem mais de um mês”, conta. Joice reclama que já pagou pela lavagem e aguarda um posicionamento da empresa ou a devolução de seu dinheiro.

RESPOSTA DA EUREKA “A Eureka Lavanderia já promoveu a devida composi-

ção junto à cliente, mediante a realização de acordo”.

COMENTÁRIO DA LEITORA “Gostaria de agradecer pelo contato que fizeram com a

Eureka, pois a mesma entrou em contato comigo e fizemos um acordo e eles pagaram outro edredom e devolveram o dinheiro da lavagem”, afirma Joice.

continução - estado de minas - economia - 27.8.12

o temPo - luiz tito - 27.8.12As eleições e o Procon

Se a propaganda das eleições tivesse que se ajustar às normas do Procon, a quase totalidade dos candidatos da atual disputa enfrentaria dificuldades intransponíveis para a veiculação de suas campanhas. Seriam punidos por fraude ao consumidor, por propaganda enganosa, por uso indevido de marca. Chegam a ser lamentáveis, na sua grande maioria, as propostas alardeadas, com a clara demonstração do des-conhecimento da responsabilidade formal, própria de verea-dores e prefeitos. Isso para não falarmos na prática aberta de estelionato eleitoral de muitos desses candidatos, clássicos aproveitadores da boa-fé popular.

A exigência de ficha limpa baniu do cenário uma hor-da de postulantes com farto prontuário policial, muitos até orgulhosos ao assim se apresentarem para poder buscar sim-patizantes nos espaços da contravenção e da criminalidade. Outros acentuam seu lado ridículo, transformando em debo-che a eventual opção que venham os eleitores a fazerem por eles. Lembro que nas eleições passadas havia um candidato cujo apelido era ‘rola-bosta’, para evidenciar sua ligação com a prestação de um serviço de limpeza de esgotos e cai-xas de gordura. De Tiriricas há centenas. Há também a ala dos "filhos de ou do", engrossada por um batalhão de can-didatos cuja maior qualidade é a de ter tido um pai ou mãe de boa cepa, trabalhador, honrado e merecedor de confiança, pelo menos na dimensão do filho que a ele se refere e se liga. Pobres pais, muitos já falecidos, que não podem descansar em paz e ainda têm que amargar a circunstância de terem sido férteis.

Outro grupo com expressão é a galeria dos "ex". Ex-

-professor, ex-líder de qualquer coisa - de comunidades ao infinito -, ex-militar, ex-pastor, ex-jogador de futebol; há até, no Norte de Minas, um candidato a prefeito que cumpriu pena por ter sido condenado em crime de desfalque a um banco. Essa marca não o intimida, pelo contrário, ele assim se apresenta, sempre acentuando que pagou com sua pena o seu deslize; ser ex-presidiário é o seu trunfo. Muitos dos candidatos "ex" tiveram funções ou ofícios que em nada cor-respondem às responsabilidades dos cargos a que são candi-datos.

Brincadeiras a parte, está nas mãos dos eleitores brasi-leiros o futuro dos espaços onde vivem, trabalham, plantam seus negócios e suas esperanças, criam suas famílias. É o momento para que as populações escolham aqueles que vão administrar seu município, eleger prioridades, fazer opções e realizar políticas públicas de significativa importância e duração. Cabe aos prefeitos a discussão, o planejamento, o zelo pelo patrimônio e os recursos públicos, a execução de orçamentos, o cumprimento de compromissos e a represen-tação política de suas cidades.

E aos vereadores a fiscalização desses atributos. Res-ponda a si mesmo pelo menos duas questões: pelo manda-to que exerceu, seu candidato mereceu o voto que você lhe confiou nas últimas eleições? A quais compromissos devem corresponder candidatos a prefeito e a vereador? Anote o que eles prometem e acompanhe o que farão com sua con-fiança. Se não corresponderem, exclua-os. Em eleição, você é o seu próprio Procon.

o temPo - oPinião - 25.8.12Abusos nos celulares

Mais uma polêmica envolvendo o setor de telefonia móvel vai chamar a atenção do usuário pelos próximos dias, exigindo intervenção do órgão regulador do serviço, a Agên-cia Nacional de Telecomunicações (Anatel), que está tendo muito trabalho diante de reclamações crescentes envolvendo as operadoras.

Depois da exigência para que elas apresentem planos de melhoria da qualidade dos serviços, as operadoras agora terão seus sistemas de faturamento submetidos a uma fisca-lização "sistêmica" e "abrangente".

A agência quer saber o número de contas enviadas com erros de cobrança aos consumidores bem como o motivo dessas falhas . As primeiras na lista de inspeção são a Vivo e a Claro, mas as demais empresas também serão monitoradas tal a gravidade da situação.

Pelo que se sabe, a principal queixa dos usuários recai sobre problemas com as faturas, que vão da cobrança inde-vida de ligações e aplicação de tarifas inadequadas, até a inclusão de pacotes que não foram contratados. O registro

de falhas nas contas supera até as reclamações relativas à qualidade dos serviços, que continuam ruins, principalmente em se tratando de internet móvel.

Desde já, a Anatel sabe que coisas absurdas estão acon-tecendo, como incluir na fatura cobrança de seguro para ta-blets que o usuário sequer possui. Cobranças por chamadas sucessivas para mesmo número devido a queda de linha são outro motivo de queixa do consumidor, que, aos poucos, vai se desencantando com a comodidade proporcionada pelo celular.

Em março, existiam no país 256,4 milhões de linhas, que deram origem a 38,2 milhões de reclamações por co-brança indevida de um total de 89,6 milhões de reclamações, das quais 4 milhões por queda de ligação.

Se a constante expansão do serviço continuar implican-do precariedade, daqui a pouco, corre-se o risco de um gran-de apagão, ou caladão, como alguns dizem, o que vai gerar muitos prejuízos.

hoje em dia - brasil - P. 20 - 25.8.12

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