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Conforme arquivado na Comissão de Valores Mobiliários e Câmbio em 18 de abril, 2011 Comissão de Valores Mobiliários e Câmbio dos Estados Unidos Washington, DC 20549 FORMULÁRIO 20-F RELATÓRIO ANUAL EM CONFORMIDADE COM A SEÇÃO 13 OU 15(D) DA LEI DE VALORES MOBILIÁRIOS DE 1934 Relativo ao exercício findo em: 31de dezembro de 2010 Número de registro na Comissão 333-132289 EMBRAER S.A. (Denominação social exata da Interessada conforme consta em seu estatuto social) EMBRAER Inc. (Tradução para o inglês da denominação social da Interessada) República Federativa do Brasil (Jurisdição da Constituição) Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2170 12227-901 São José dos Campos, São Paulo, Brasil (Endereço da sede social) Valores mobiliários registrados ou a serem registrados em conformidade com a Seção 12(b) da Lei: Denominação de cada classe: Nome de cada uma das bolsas onde está registrada: ações ordinárias, sem valor nominal (representas por, e comercializadas unicamente na forma de Ações de Depósitos Americanos (comprovadas por Recibos de Depósitos Americanos), sendo que cada Ação de Depósitos Americanos representa quatro ações comuns) Bolsa de Valores de Nova York US$500,000,000 Notas Garantidas a 6,375% devidas em 2020 da Embraer Overseas Ltd. Garantidas pela Embraer S.A. Bolsa de Valores de Nova York Valores mobiliários registrados ou a serem registrados em conformidade com a Seção 12(g) da Lei. Nenhum. Valores mobiliários para os quais há obrigação de relatório em conformidade com a Seção 15(d) da Lei. Denominação de cada classe: US$500,000,000 Notas Garantidas a 6,375% devidas em 2017 da Embraer Overseas Ltd. Garantidas pela Embraer S.A.

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Page 1: 20F Portugues

Conforme arquivado na Comissão de Valores Mobiliários e Câmbio em 18 de abril, 2011

Comissão de Valores Mobiliários e Câmbio dos Estados Unidos

Washington, DC 20549

FORMULÁRIO 20-F

RELATÓRIO ANUAL EM CONFORMIDADE COM A S EÇÃO 13 OU 15(D) DA LEI DE VALORES

MOBILIÁRIOS DE 1934

Relativo ao exercício findo em: 31de dezembro de 2010

Número de registro na Comissão 333-132289

EMBRAER S.A. (Denominação social exata da Interessada conforme consta em seu estatuto social)

EMBRAER Inc. (Tradução para o inglês da denominação social da Interessada)

República Federativa do Brasil

(Jurisdição da Constituição)

Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2170 12227-901 São José dos Campos, São Paulo, Brasil

(Endereço da sede social)

Valores mobiliários registrados ou a serem registrados em conformidade com a Seção 12(b) da Lei:

Denominação de cada classe: Nome de cada uma das bolsas onde está

registrada:

ações ordinárias, sem valor nominal (representas por, e

comercializadas unicamente na forma de Ações de Depósitos

Americanos (comprovadas por Recibos de Depósitos

Americanos), sendo que cada Ação de Depósitos Americanos

representa quatro ações comuns)

Bolsa de Valores de Nova York

US$500,000,000 Notas Garantidas a 6,375% devidas em 2020

da Embraer Overseas Ltd. Garantidas pela Embraer S.A. Bolsa de Valores de Nova York

Valores mobiliários registrados ou a serem registrados em conformidade com a Seção 12(g) da Lei. Nenhum.

Valores mobiliários para os quais há obrigação de relatório em conformidade com a Seção 15(d) da Lei.

Denominação de cada classe:

US$500,000,000 Notas Garantidas a 6,375% devidas em 2017 da Embraer Overseas Ltd.

Garantidas pela Embraer S.A.

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Quantidade de ações em circulação de cada uma das classes do emissor de capital ou ações ordinárias em 31 de

dezembro de 2010: 740.465.044 ações ordinárias, sem valor nominal

Indique com um ―x‖ se a interessada é uma emitente experiente reconhecida, conforme defin ido na Regra 405 da Lei de

Valores Mobiliários.

Sim Não

Se este relatório é um relatório anual ou de transição, indique com um ―x‖ se não é exigido da interessada arquivar

relatórios em conformidade com a Seção 13 ou 15(d) da Lei de Valores Mobiliários de 1934. Sim Não

Indicar com um ―x‖ se a interessada (1) arquivou todos os relatórios exigidos conforme a Seção 13 ou 15(d) da Lei de

Valores Mobiliários de 1934, nos 12 meses anteriores (ou outro prazo menor durante o qual a interessada deveria arquivar

os referidos relatórios), e (2) esteve sujeita às referidas exigências de registro nos últimos 90 d ias. Sim Não

Indique com um ―x‖ se a interessada é uma ―large accelerated filer‖, uma ―accelerated filer‖, ou uma ―non -accelerated

filer‖. Consulte a definição de ―accelerated filer‖ e ―large accelerated filer‖ na Regra 12b -2 da Lei de Valores Mobiliários.

Large Accelerated Filer Accelerated Filer Non-accelerated filer

Indique com um ―x‖ qual base de contabilidade a interessada utilizou para preparar as demonstrações financeiras incluídas

neste registro:

GAAP dos EUA Normas de Relatórios Financeiros Internacionais, conforme definidas pela International Accounting

Standards Board Outro

Indicar com um ―x‖ qual item da demonstração financeira a interessada selecionou. Item 17 Item 18

Se esse for um relatório anual, indique com um ―x‖ se a interessada é uma ―companhia shell‖ (conforme defin ido na Regra

12b-2 da Lei de Valores Mobiliários). Sim Não

Page 3: 20F Portugues

i

ÍNDICE

Página

Parte I

ITEM 1. IDENTIFICAÇÃO DE CONSELHEIROS, DIRETORIA E ASSESSORES ..................................... 5 ITEM 2. ESTATÍSTICAS DE OFERTA E CRONOGRAMA ESTIMADO ...................................................... 5 ITEM 3. PRINCIPAIS DADOS ................................................................................................................................... 5

3A. Dados Financeiros Selecionados .................................................................................................................. 5 3B. Capitalização e Endiv idamento .................................................................................................................... 9 3C. Motivos da Oferta e Utilização do Resultado ............................................................................................ 9 3D. Fatores de Risco .............................................................................................................................................. 9

ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA ................................................................................................ 20 4A. Histórico e Desenvolvimento da Empresa ............................................................................................... 20 4B. Visão Geral da Empresa .............................................................................................................................. 25 4C. Estrutura Organizacional ............................................................................................................................. 46 4D. Ativo Imobilizado ......................................................................................................................................... 46

ITEM 16.A COMENTÁRIOS DE FUNCIONÁRIOS NÃO RESOLVIDOS ......................................................... 50 ITEM 5. RELATÓRIO OPERACIONA L E FINANCEIRO - PERSPECTIVAS ............................................ 50

5A. Resultados Operacionais ............................................................................................................................. 51 5B. Liquidez e Recursos de Capital .................................................................................................................. 68 5C. Pesquisa .......................................................................................................................................................... 72 5D. Informações sobre tendências ..................................................................................................................... 72 5E. Composições Não Registradas no Balanço .............................................................................................. 76 5F. Demonstração de Obrigações Contratuais ................................................................................................ 78

ITEM 6. CONSELHEIROS, DIRETORIA E FUNCIONÁRIOS ........................................................................ 79 6A. Conselheiros e Diretoria .............................................................................................................................. 79 6B. Remuneração ................................................................................................................................................. 86 6C. Práticas do Conselho .................................................................................................................................... 87 6D. Empregados ................................................................................................................................................... 89 6E. Propriedade das Ações ................................................................................................................................. 90

ITEM 7. OPERAÇÕES COM OS PRINCIPAIS ACIONISTAS E PARTES RELACIONADAS ................ 90 7A. Principais Acionistas .................................................................................................................................... 90 7B. Operações com Partes Relacionadas ......................................................................................................... 91 7C. Participação de Especialis tas e Consultores ............................................................................................. 93

ITEM 8. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ........................................................................................................... 93 8A. Demonstrações Consolidadas e Outras Informações Financeiras ........................................................ 93 8B. Mudanças Significat ivas .............................................................................................................................. 98

ITEM 9. A OFERTA E REGISTRO ......................................................................................................................... 99 9A. Detalhes da Oferta e Registro ..................................................................................................................... 99 9B. Plano de Distribuição ................................................................................................................................. 101 9C. Mercados ...................................................................................................................................................... 101 9D. Acionistas Vendedores .............................................................................................................................. 104 9E. Diluição ........................................................................................................................................................ 104 9F. Despesas da Emissão .................................................................................................................................. 104

ITEM 10. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES ............................................................................................. 104 10A. Capital social ............................................................................................................................................... 104 10B. Ato Constitutivo e Contrato Social .......................................................................................................... 104 10C. Contratos Importantes ................................................................................................................................ 117 10D. Controles de Câmbio .................................................................................................................................. 117 10E. Tributação .................................................................................................................................................... 118 10F. Dividendos e Agentes de Pagamento ...................................................................................................... 124 10G. Declarações de Peritos ............................................................................................................................... 124 10H. Documentos a Apresentar ......................................................................................................................... 124

Page 4: 20F Portugues

ii

10I. Informação Complementar ........................................................................................................................ 125 ITEM 11. DIVULGAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE O RISCO DE

MERCADO ................................................................................................................................................. 125 ITEM 12. DISCRIMINAÇÃO DOS VA LORES MOBILIÁRIOS, FORA AÇÕES ........................................ 129

12A. Títulos de dívida ......................................................................................................................................... 129 12B. Garantias e direitos ..................................................................................................................................... 129 12C. Outros títulos ............................................................................................................................................... 129 12D. Ações de depósitos americanos ................................................................................................................ 129

Parte II

ITEM 13. INADIMPLÊNCIAS, ATRASO NOS DIVIDENDOS E INFRAÇÕES .......................................... 130 ITEM 14. MODIFICAÇÕES SUBSTANCIAIS AOS DIREITOS DOS PORTADORES DE

VALORES MOBILIÁRIOS E A UTILIZAÇÃO DOS RESULTADOS ......................................... 130 ITEM 15. CONTROLES E PROCEDIMENTOS ................................................................................................... 130 ITEM 16.A ESPECIALISTA FINANCEIRO ............................................................................................................. 131 ITEM 16.B CÓDIGO DE ÉTICA ................................................................................................................................. 132 ITEM 16.C PRINCIPAIS HONORÁRIOS E SERVIÇOS DE CONTABILIDADE .......................................... 132 ITEM 16.D ISENÇÕES DAS NORMAS DE REGISTRO PARA COMITÊS DE AUDITORIA .................... 133 ITEM 16.E AQUISIÇÕES DE AÇÕES PELO EMISSOR E COMPRADORES AFILIADOS ....................... 133 ITEM 16.F MUDANÇA DE CONTADOR PARA CERTIFICAÇÃO DA INTERESSADA .......................... 133 ITEM 16.G GOVERNANÇA EMPRESARIAL ........................................................................................................ 133

Parte III

ITEM 17. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .................................................................................................. 136 ITEM 18. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .................................................................................................. 136 ITEM 19. ANEXOS ...................................................................................................................................................... 136

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1

INTRODUÇÃO

Neste relatório anual, a " Embraer", "nós" "a nós" ou "nosso" se referem à Embraer S.A., antes conhecida

como Embraer-Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. (como sucessora na participação da companhia

anteriormente listada com o mes mo nome, ou seja, Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A., ou antiga

Embraer, como companhia predecessora, devido à fusão da antiga Embraer com a Embraer, de acordo com a

reestruturação descrita abaixo) e suas subsidiárias consolidadas (a não ser que de outro modo requerido pelo

contexto). Todas as referências aqui apresentadas sobre "real", "reais" ou "R$" são relativas ao real brasileiro, a

moeda oficial do Brasil. Todas as referências a "US$", "dólares" ou "dólares norte-americanos" são relativas ao

dólar norte-americano.

Em 31 de março de 2006, nossos acionistas aprovaram a reorganização de nossa estrutura empresarial. A

reorganização v isa criar uma base de sustentabilidade, crescimento e continuidade para nossos negócios e

atividades, simplificando nossa estrutura de capital e, assim, melhorando nosso acesso aos mercados de capitais e

aumentando os recursos financeiros para desenvolvimento de novos produtos e programas de expansão. Para obter

mais informações sobre a reorganização empresarial, consulte o "Item 4A. Informações sobre a Empresa — História

e Desenvolvimento da Empresa — Reorganização Societária 2006."

Divulgação dos Dados Financeiros e Outros Dados

Dados Financeiros

Nossas demonstrações financeiras auditadas em 31 de dezembro de 2010 e 2009 e 1º de janeiro de 2009, e

de cada um dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 estão inclu ídas neste relatório anual.

Nossas demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas de acordo com as Normas de Relatórios

Financeiros Internacionais, ou IFRS, de acordo com definições da International Accou nting Standards Board ou

IASB. Nossas demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010 são nossas primeiras

demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS defin idas pela IASB. Como permitem as normas

aplicáveis, ao fazer a transição dos GAAP dos EUA para as IFRS, nós não incluímos neste relatório anual nossas

demonstrações financeiras para os anos findos em 31 de dezembro de 2008, 2007 e 2006, uma vez que foram

preparadas de acordo com os GAAP dos EUA e não com as IFRS.

Após analisar nossas operações e negócios em relação à aplicação das International Accounting Standards

ou IAS, 21 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio, part icularmente em relação aos fatores envolvidos na

determinação de nossa moeda funcional, a d iretoria concluiu que nossa moeda funcional é o dólar norte-americano.

Essa conclusão se baseia na análise dos seguintes fatores, definidos nas IAS 21: (1) a moeda que mais influencia os

preços de venda de nossos bens e serviços, (2) a moeda dos países cujas forças competitivas são primordiais na

determinação dos preços de venda de nossos bens e serviços, (3) a moeda que mais in fluencia os preços de matéria -

prima e outros custos envolvidos no fornecimento de nossos bens e serviços, (4) a moeda principal na qual o s fundos

para as operações financeiras são obtidos e (5) a moeda na qual a receita das operações normalmente é recebida. Os

itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma de nossas subsidiárias são medidos com a moeda do

ambiente econômico primário no qual tal subsidiária opera. Nossas demonstrações financeiras consolidadas

incluídas em outro local do presente relatório anual são apresentadas em dólares norte-americanos, que é nossa

moeda de apresentação. Nossas demonstrações financeiras e os dados financeiros constantes deste relatório, e

elaborados de acordo com as IFRS não levam em conta os efeitos da inflação.

Em nossas demonstrações financeiras de 2010 e 2009, os ganhos e perdas resultantes do novo cálculo das

dos itens financeiros, bem como de operações em moeda estrangeira, constam da demonstração de resultados

consolidados como itens não recorrentes.

Para determinadas finalidades tais como proporcionar informações a nossos acionistas brasileiros, arquivar

demonstrações financeiras na Comissão de Valores Mobiliários, ou CVM, brasileira e determinar o pagamento de

dividendos e demais distribuições ou impostos a pagar no Brasil, temos elaborado, e continuaremos sob a exigência

de fazê-lo, demonstrações financeiras de acordo com a Lei No 6.404 de 15 de dezembro de 1976 e suas emendas ou

a Lei das Sociedades por Ações. A partir de 2008, alterações significativas foram introduzidas para os aspectos

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2

contábeis da Lei das Sociedades Anônimas pela Lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Além disso, mudan ças

foram introduzidas em 2008 nas práticas contábeis adotadas no Brasil, ou GAAP do Brasil, pelo Comitê de

Pronunciamentos Contábeis do Brasil, e outras mudanças entraram em v igor em 2010. Essas alterações de aspectos

contábeis da Lei das Sociedades por ações e dos GAAP do Brasil afetaram as demonstrações financeiras não

consolidadas da nossa controladora a partir de e nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009, bem

como a base de nossa distribuição de dividendos mín imos obrigatórios. Excetuand o-se isso, as alterações não

afetaram as demonstrações financeiras da nossa controladora, elaboradas de acordo com as IFRS incluídas em outro

local deste relatório anual. Nossas demonstrações financeiras não consolidadas a partir de e nos exercícios findos em

31 de dezembro de 2010 e 2009, elaboradas de acordo com a Lei das Sociedades por Ações do Brasil, e que não

foram inclu ídas neste relatório anual, difere m daquelas elaboradas de acordo com as IFRS.

Devido à listagem de nossas ações ordinárias no segmento de Novo Mercado da Bolsa de Valores de São

Paulo, desde janeiro de 2009, devemos traduzir para o inglês nossas demonstrações financeiras trimestrais.

Outros dados e carteiras de pedidos

Neste relatório anual:

alguns dos dados financeiros refletem o efeito do arredondamento;

as autonomias das aeronaves são expressas em milhas náuticas;

uma milha náutica equivale a cerca de 1,15 milha normal ou ―legal‖, ou aproximadamente 1,85

quilômetro;

as velocidades das aeronaves são expressas em milhas náuticas por hora ou nós, ou em Mach, medida

da velocidade do som;

a expressão ―jatos regionais‖ indica aeronave de fuselagem estreita com capacidade para 30 a 60

passageiros;

a expressão ―jatos de capacidade média‖ indica aeronaves com capacidade para 70 a 120 passageiros;

todos os nossos jatos regionais e de capacidade média são vendidos no segmento de linhas

comerciais;

a expressão ―aeronave comercial,‖ conforme se aplica à Embraer, indica nossos jatos regionais e

jatos de capacidade média;

os termos ―jato básico‖ e ―jato leve‖ se referem a jatos executivos com capacidade para 6 a 8

passageiros e até 9 passageiros, respectivamente, projetados para distâncias curtas;

o termo ―u ltragrande‖ se refere a jatos executivos com maior alcance e espaço de cabine

superdimensionado que têm em média capacidade para 19 passageiros; e

o termo ―jatos executivos‖, conforme aplicado à Embraer, se refere a nossas aeronaves vendidas a

sociedades, inclusive sociedades com titularidade fracionária, sociedades de afretamento e táxi aéreo,

bem como indivíduos com patrimônio líquido alto.

Apuramos o valor de nossa carteira de pedidos ao considerar todos os pedidos firmes não entregues. Um

pedido firme é um compromisso firme de um cliente, representado por um contrato assinado e normalmente

acompanhado de um sinal, pelo qual reservamos lugar em uma de nossas linhas de produção. Cada vez que

mencionamos nossa carteira de pedidos neste relatório anual, nos referimos exclusivamente a pedidos firmes e não a

opções. Neste relatório anual, quando nos referimos ao número ou valor de aeronaves comerciais, excluímos duas

EMB 145 entregues em 2004 à Satena Airline, uma companhia aérea estatal da Colômbia. Essas aeronaves foram

incluídas nos nossos dados relativos a defesa e segurança. Em ju lho de 2005, começa mos a inclu ir o número de

aeronaves vendidas pelo segmento de defesa e segurança para o segmento de companhias aéreas estatais, tais como

a TAME e Satena, em nossa carteira de pedidos de aeronaves comerciais.

Page 7: 20F Portugues

3

Nota Es pecial acerca das Estimativas e Declaraç ões Futuras

Este relatório anual abrange estimat ivas e declarações futuras, de acordo com a defin ição da Seção 27A da

Lei de Valores Mobiliários dos EUA de 1933, e seus aditamentos, e da Seção 21E da Lei de Valores Mobiliários dos

EUA de 1934, e seus aditamentos, principalmente nos Itens 3 a 5 e no Item 11 deste relatório anual. Tomamos como

base principal dessas estimativas nossas expectativas atuais e as projeções sobre evoluções futuras, a indústria e

tendências financeiras que afetem nosso negócios. Tais estimativas estão sujeitas a riscos, incertezas e suposições,

incluindo, entre outros:

a situação geral econômica, polít ica e de negócios, no Brasil bem como em nossos mercados;

os efeitos da recente crise econômica mundial nas condições econômicas e de mercado globais e

brasileiras;

mudanças nas condições de competitividade e no nível geral de demanda por nossos produtos;

as expectativas da diretoria e as estimativas acerca de nosso desempenho financeiro futuro, planos e

programas de financiamento, e os efeitos da concorrência;

os efeitos de cancelamentos, modificações e/ou reprogramação de pedidos contratuais pelos clientes;

o efeito de prio ridades ou reduções variáveis nos orçamentos de defesa do governo brasileiro ou de

governos internacionais sobre as nossas receitas;

o desenvolvimento e comercialização continuamente bem-sucedidos da família de jatos EMBRAER

170/190, nossa linha de jatos executivos (inclusive Phenom 100, Phenom 300, Lineage 1000, Legacy

450 e Legacy 500) e nossas aeronaves de defesa;

nosso nível de endividamento;

a antecipação de tendências em nosso segmento, inclu indo mas não limitada à continuidade de

tendências de longo prazo no tráfego de passageiros e produção de receita no segmento de

companhias aéreas;

nossas previsões de curto e longo prazo para o mercado de aeronaves comerciais com capacidade

para 30 a 120 passageiros;

nossos planos de despesas;

inflação e flutuações da taxa de câmbio;

o impacto dos preços voláteis de combustível e a resposta do segmento de companhias aéreas;

nossa capacidade de desenvolver e entregar pontualmente os produtos;

a disponibilidade de financiamento de venda para os clientes atuais e em potencial;

a regulamentação governamental atual e futura;

o relacionamento com nossa força de trabalho; e

outros fatores de risco conforme o disposto no "Item 3D. Fatores de Risco".

Os termos "acredita", "poderá", "será", "calcula", "estima", "planeja", "continua", "prevê", "pretende",

"espera" e semelhantes destinam-se a identificar considerações sobre declarações prospectivas. Não nos obrigamos a

atualizar publicamente ou revisar estimativas devido a novas informações, acontecimentos futuros ou outros fatores.

Em vista desses riscos e incertezas, os eventos futuros e as circunstâncias abordadas neste relatório anual po derão

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4

não ocorrer. Nossos resultados reais e nosso desempenho poderão diferir de maneira significativa daqueles

prognosticados nas afirmações prospectivas. Como resultado de diversos fatores, como os riscos descritos no "Item

3D. Fatores de Risco", não se pode confiar totalmente em tais estimat ivas.

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5

PARTE I

ITEM 1. IDENTIFICAÇÃO DE CONS ELHEIROS, DIRETORIA E ASSESSORES

Não se aplica.

ITEM 2. ES TATÍSTICAS DE OFERTA E CRONOGRAMA ES TIMADO

Não se aplica.

ITEM 3. PRINCIPAIS DADOS

3A. Dados Financeiros Selecionados

A seguinte tabela exibe nossos dados financeiros selecionados e outros dados, em e para os períodos

indicados. Os dados financeiros selecionados em 31 de dezembro de 2010 e 2009, e 1º de janeiro de 2009, e em

cada um dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 foram extraídos das nossas demonstrações

financeiras consolidadas e auditadas de IFRS e estão incluídos em outra parte deste relatório anual. Determinamos

1º de janeiro de 2009 como a data de transição para nossa demonstração financeira consolidada e auditada de IFRS e

apresentamos nosso balanço naquela data. Estes dados financeiros selecionados devem ser lidos em conjunto com

nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas, e as notas correspondentes incluídas em outra parte

deste relatório anual.

Exercício findo em 31 de dezembro de Demonstrações Consolidadas de Dados do Resultado 2010 2009

(em milhões de US$) Receita .................................... 5.364,1 5.497,8

Custo de vendas e serviços .................... (4.338,1) (4.428,4)

Lucro Bruto................................ 1.026,0 1.069,4

Receitas operacionais (despesas)................

Admin istrativas ............................ (197,5) (191,3)

Vendas ................................... (374,1) (304,6)

Pesquisa .................................. (72,1) (55,6)

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas. ... 9,4 (138,5)

Lucro operacional antes das receitas (despesas)

financeiras 391,7 379,4

Receitas (despesas) financeiras, líquidas .......... 17,5 10,2

Ganho (perda) cambial, líquido. ................ (1,1) (68,8)

Lucro antes do imposto de renda ............... 408,1 320,8

Benefícios fiscais (despesas). .................. (62,7) 158,1

Receita líquida.............................. 345,4 478,9

Atribuída a:

Usufrutuários da Embraer .................. 330,2 465,2

Participação não controladora ............... 15,2 13,7

Exercício findo em 31 de dezembro de Lucro por ação – Básico 2010 2009

(em US$) Lucro líquido atribuível aos usufrutuários da Embraer 330,2 465,2

Média ponderada da quantidade de ações (em milhares)

......................................... 723.665 723.665

Lucro básico por ação – dólares norte-americanos ... 0,4563 0,6428

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6

Exercício findo em 31 de dezembro de

Lucro por ação – Diluído 2010 2009

(em US$)

Lucro líquido atribuível aos usufrutuários da Embraer 330,2 465,2

Média ponderada da quantidade de ações (em

milhares) – diluída ...........................

723.665

723.665

Diluição – emissão de opções de ações (em milhares) . 354,0 —

Média ponderada da quantidade de ações (em

milhares) .................................. 724.019 723.665

Lucro d ilu ído por ação – dólares norte-americanos ... 0,4562 0,6428

Em 31 de dezembro de Em 1º de

janeiro de

Dados do Balanço Consolidado 2010 2009 2009

(em milhões de US$)

Caixa e equivalentes de caixa ................... 1.393,1 1.592,4 1.820,7

Ativos financeiros ........................... 733,5 953,8 380,8

Outros ativos circulantes ...................... 2.856,2 3.096,5 3.669,0

Imóveis, instalações e equipamentos.............. 1.201,0 1.101,3 1.059,6

Ativos intangíveis............................ 716,3 725,5 689,9

Outros ativos de longo prazo ................... 1.490,9 1.420,0 1.331,2

Total do ativo................................ 8.391,0 8.889,5 8.951,2

Empréstimos e financiamento de curto prazo ....... 72,6 592,4 539,0

Outras contas a pagar exigíveis .................. 2.316,1 2.158,2 2.986,9

Empréstimos e financiamento de longo prazo ....... 1.362,2 1.465,9 1.300,8

Outros passivos de longo prazo.................. 1.508,6 1.790,0 1.598,9

Capital social dos acionistas da companhia ......... 3.028,4 2.792,7 2.455,6

Participação não controladora ................... 103,1 90,3 70,0

Total do capital social dos acionistas ............. 3.131,5 2.883,0 2.525,6

Total do passivo e capital social ................. 8.391,0 8.889,5 8.951,2

Exercício findo em 31 de dezembro de Outros Dados Financeiros Consolidados 2010 2009

(em milhões de US$) Caixa líquido gerado por atividades operacionais .... 873,8 3,6 —

Caixa líquido gerado pelas (usado nas) atividades de

investimento................................ (288,3) (378,0) —

Caixa líquido gerado pelas (usado nas) atividades de

investimento................................ (802,2) (23,9) —

Depreciação e amortização ..................... 219,2 229,3 —

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Exercícios findos em 31 de dezembro de

Outros Dados: 2010 2009

Aeronaves entregues no período (1): Ao Mercado de Linhas Comerciais

ERJ 145 ........................................... 6 7

EMBRAER 170 ..................................... 9/2 22

EMBRAER 175 ..................................... 8 11

EMBRAER 190 ..................................... 58 62

EMBRAER 195 ..................................... 17 20

Para o Mercado de Defesa e Segurança EMB 120 Brasília .................................... — —

Legacy 600 ........................................ 1 —

Phenom 100 ........................................ — 4

EMB 145 .......................................... — —

EMB 135 .......................................... 1 1

EMBRAER 170 ..................................... — — EMBRAER 190 ..................................... — 2

EMB 145 AEW&C/RS/MP ............................ — — EMB 312 Tucano / AL-X/ Super Tucano .................. — 26

Ao Mercado Executivo de Aviação

Legacy 600/650 .................................... 10 18

EMBRAER 175 Shuttle .............................. — 3

Phenom 100 ....................................... 100 93

Phenom 300 ....................................... 26 1

Lineage 1000 ...................................... 8 3 Ao Mercado Geral de Aviação

Avião a Hélice Leve ................................. — 34

Total entregue...................................... 246 304

Aeronaves na carteira de pedidos no final do período:

No Mercado de Aviação Comercial EMB 120 Brasília ................................... — —

ERJ 145 .......................................... 2 8

ERJ 135 .......................................... — —

ERJ 140 .......................................... — —

EMBRAER 170 .................................... 10 17

EMBRAER 175 .................................... 40 15

EMBRAER 190 .................................... 157 185

EMBRAER 195 .................................... 41 40

Para o Mercado de Defesa e Segurança

EMB 145 AEW&C/RS/MP ............................ 3 3

EMB 312 Tucano/EMB 314/EP Super Tucano 16 57

EMB 145 ......................................... — — EMB 135 ......................................... — 1

Legacy 600 / Phenom 100 ............................. — — EMBRAER 170 / EMBRAER 190....................... — —

No Mercado de Aviação Executiva

Legacy 450/500/600/Phenom 100/300/Lineage 1000/EMBRAER 170/190 Shuttle ....................... 551 737

No Mercado Geral de Aviação

Avião a Hélice Leve ................................. — —

Total carteira de pedidos (aeronaves)..................... 820 1.063

Total carteira de pedidos (em milhões) ................... US$15.543,2 US$16.634,8

(1) Os valores apresentados após a barra (/) indicam aeronaves entregues sob leasing operacional.

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Taxas de câmbio

Até 4 de março de 2005, o Brasil possuía dois mercados de câmbio legais principais:

o mercado de câmbio comercial e

o mercado de câmbio de taxa flutuante

A maior parte das operações de câmbio comerciais e financeiras era feita com base no mercado de câmbio

comercial. Essas operações incluíam a compra e venda de ações e pagamento de dividendos ou juros relacionados a

ações. Só era possível comprar moeda estrangeira no mercado de câmbio comercial por meio de um banco brasileiro

autorizado a comprar e vender moedas nesses mercados. As taxas de câmbio eram negociadas livremente nos dois

mercados.

A Resolução 3.265 do Conselho Monetário Nacional, ou CMN, de 4 de março de 2005 consolidou os

mercados em um único mercado de câmbio, em v igor em 14 de março de 2005. Todas as operações de câmbio são

agora realizadas por instituições autorizadas a operar no mercado consolidado e estão sujeitas a registro no sistema

de registro eletrônico do Banco Central do Brasil, ou Banco Central. As taxas de câmbio continuam a ser livremente

negociadas, mas podem ser influenciadas pela intervenção do Banco Central.

Desde 1999 o Banco Central permite que a taxa real/dólar norte-americano flutue livremente, e, durante

esse período, a taxa real/dólar norte-americano tem flutuado consideravelmente. No passado, o Banco Central

interveio de tempos em tempos para controlar movimentos instáveis em taxas de câmbio. Não podemos prever se o

Banco Central ou o governo brasileiro irá continuar a deixar que o real flutue livremente ou se fará alguma

intervenção no mercado de câmbio por meio de um sistema de faixas de moeda ou outro modo. O real pode ser

depreciado ou valorizado contra o dólar norte-americano de forma substancial, no futuro. Consulte o "Item 3D.

Fatores de Risco – Riscos Relativos ao Brasil‖.

A tabela a seguir mostra a taxa de venda do câmbio comercial, expressa em reais por dólar norte-

americano, para os períodos indicados.

Taxa de câmbio em reais para US$1,00

Exercício findo em 31 de dezembro de Baixo Alto Média (1) Final do

Período

2006................................................................................... 2,0586 2,3711 2,1761 2,1380

2007................................................................................... 1,7325 2,1556 1,9500 1,7713

2008................................................................................... 1,5593 2,5004 1,8346 2,3370

2009................................................................................... 1,7024 2,4218 1,9957 1,7412

2010................................................................................... 1,6554 1,8811 1,7601 1,6662

Taxa de câmbio em reais para US$1,00

Mês/exercício findo em Baixo Alto Média (2) Final do

Período

30 de novembro de 2010 .................... 1,6801 1,7336 1,7133 1,7161

31 de dezembro de 2010 .................... 1,6662 1,7240 1,6934 1,6662

31de janeiro de 2011 ....................... 1,6510 1,6912 1,6749 1,6734

28 de fevereiro de 2011 ..................... 1,6612 1,6776 1,6680 1,6612

Março de 2011 ........................... 1,6287 1,6757 1,6591 1,6287

Abril de 2011 (até 8 de abril de 2011) 1,5762 1,6194 1,6030 1,5762

Fonte: Banco Central do Brasil.

(1) Representa a média das taxas de câmbio no último d ia de cada mês durante os respectivos períodos.

(2) Representa a média das taxas de câmbio durante os respectivos períodos.

Pagaremos todos os dividendos em dinheiro e efetuaremos em reais qualquer outra distribuição em d inheiro

relativa a ações ordinárias. Neste sentido, as flutuações das taxas de câmbio podem afetar os valores em dó lares

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norte-americanos recebidos pelos portadores das Ações de Depósitos Americanos, ou ADSs, na conversão em

dólares norte-americanos pelo depositário de nosso programa de ADS das referidas distribuições para pagamento a

portadores de ADS. As flutuações da taxa de câmbio entre o real e o dólar norte-americano também podem afetar o

equivalente em dólares norte-americanos do preço em real de nossas ações ordinárias na Bolsa de Valores de São

Paulo.

3B. Capitalização e Endividamento

Não se aplica.

3C. Motivos da Oferta e Utilização do Resultado

Não se aplica.

3D. Fatores de Risco

Riscos relacionados à Embraer

Uma desaceleração no segmento de linhas aéreas comerciais poderá reduzir nossas vendas e receitas e,

consequentemente, nossa lucratividade em determinado exercício.

Antecipamos que uma parcela substancial de nossas vendas no futuro próximo será oriunda da vendas de

aeronaves comerciais, principalmente da família de jatos EMBRAER 170/190. Historicamente, o mercado de

aeronaves comerciais tem apresentado um comportamento cíclico, devido a uma série de fatores externos e internos

à atividade de viagens aéreas, inclusive condições gerais da economia.

A indústria de aviação comercial tem sofrido impactos negativos por uma série de fatores. Por exemplo, em

2004, reduzimos as entregas programadas de 160 para 145 aeronaves como resultado do pedido de concordata

(Capítulo 11) da US Airways em setembro de 2004. Além disso, em 2004 reavaliamos nossa exposição de risco com

relação a avaliações de aeronaves e riscos de crédito dos clientes, o que gerou cobranças sobre o resultado de

US$ 16,0 milhões.

Embora as economias americana e mundial tivessem mostrado alguns sinais de recuperação em 2004,

muitas empresas aéreas continuaram a enfrentar aumento da concorrência, custos de seguros crescentes, custos de

segurança crescentes, redução do crédito e problemas de liquidez e falência, além de, posteriormente, custos de

combustível significativamente mais altos.

No segundo semestre de 2007, as economias dos Estados Unidos e de muitos outros países começaram a

sofrer desacelerações que se caracterizaram, entre outros fatores, por instabilidade do valor de títulos e dos mercados

de capitais, instabilidade de moedas, forte redução da demanda, reduções acentuadas da disponibilidade de crédito e

pressão inflacionária.

No segundo semestre de 2008, os efeitos adicionais de graves desacelerações econômicas em nossos

mercados incluíram reduções significativas das viagens aéreas e retração de gastos corporativos e com pessoal que,

consequentemente, causaram impacto negativo em nossas linhas de produtos. Outros impactos da desaceleração do

setor de transporte aéreo resultaram não só na redução drástica dos pedidos de jatos executivos, mas também na

diminu ição de financiamento disponível aos nossos clientes para aquisição de aeronaves, principalmente nos

segmentos de aviação comercial e executiva (consulte o "Item 4B. In formações sobre a empresa — Visão Geral do

Negócio — Contratos de Financiamento de Aeronaves"). Uma retração contínua das condições gerais desfavoráveis

da economia pode resultar em maior redução das viagens aéreas e menos pedidos dos clientes de nossas aeronaves.

Nossos clientes também podem adiar ou cancelar compras de nossas aeronaves. No momento, não temos condições

de prognosticar a dimensão nem a duração do impacto que os acontecimentos acima referidos causarão no segmento

de aviação comercial como um todo e em nosso negócio especificamente.

Em fevereiro de 2009, foi necessário demit ir cerca de 20% dos funcionários, como parte do esforço de

adequar a posição da Embraer à desaceleração econômica global. O custo aproximado dessas demissões foi de US$

61,3 milhões. Além disso, sofremos cancelamentos de encomendas de 60 aeronaves por alguns de nossos clientes.

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10

Para obter outras informações sobre cancelamentos de aeronaves, consulte Item 3D. — Nossas vendas de aeronaves

estão sujeitas a provisões de cancelamento que podem reduzir nossos fluxos de caixa‖.

Em 05 janeiro de 2010, a Mesa Air Group, Inc., ou Mesa, um dos nossos clientes importantes para quem

tínhamos entregue 36 aeronaves ERJ 145 de 2000 a 2003, pediu concordata. Como resultado de nossas vendas de

aeronaves à Mesa e com base na nossa avaliação do risco desta companhia aérea ter pedido concordata, registramos

em 31 de dezembro de 2009 uma baixa de US$ 103,0 milhões na receita.

Não podemos garantir que não ocorrerão mais cancelamentos significativos no futuro ou que os nossos

outros negócios não serão afetados. Cancelamentos significativos, atrasos ou diminuição do número de aeronaves

entregues em qualquer ano futuro provavelmente reduziria nossa receita e nossos pedidos pendentes.

Dependemos de clientes e fornecedores estratégicos e a perda destes pode prejudicar nosso negócio.

Aeronaves Comerciais. Em 31 de dezembro de 2010, toda a nossa carteira de pedidos firmes acumulados

de aeronaves da família de jatos ERJ 145 estavam atribuídos a uma companhia chinesa, o HNA Group. A aeronave

será montada pela Harbin Embraer A ircraft Industry Company Ltd., ou HEAI, nossa joint venture formada com

nossa subsidiária Harbin A ircraft Industry (Group) Co., Ltd. e Hafei Aviation Industry Co., Ltd., subsidiárias da

China Aviat ion Industry Corp. ou AVIC. Além disso, em 31 de dezembro de 2010, 38,0% dos nossos pedidos

firmes em carteira para a família EMBRAER 170/190 foram para o Grupo HNA da China, JetBlue Airways dos

EUA e Azul, uma nova companhia aérea b rasileira fundada em 2008. Acreditamos que continuaremos a depender de

um número de clientes estratégicos e a perda de qualquer um desses clientes poderá reduzir nossas vendas e

participação de mercado. A diminuição nas receitas poderá afetar de maneira negativa nossa lucratividade.

Cada vez mais, devido à atual desaceleração econômica global, a indústria da aviação comercial está

buscando reduzir custos e aumentar a eficiência, enfrentando um processo de consolidação através de fusões,

aquisições e alianças por meio de acordos de compartilhamento de rotas. Embora se espere que essas consolidações

e alianças resultem na criação de empresas aéreas mais estáveis e competitivas, isso também pode resultar na

redução do número de clientes e, possivelmente, do número de compras de nossas aeronaves.

Aeronaves de defesa. A Força Aérea Brasileira é nossa maior cliente de produtos de aeronaves de defesa.

As vendas ao governo brasileiro contabilizaram 33,4% de nossas receitas de defesa e segurança para o exercício

findo em 31 de dezembro de 2010. Uma redução dos gastos com defesa pelo governo brasileiro em razão de cortes

nos gastos com defesa, restrições gerais orçamentárias ou demais fatores fora do nosso controle, poderão reduzir

nossas receitas de defesa e segurança. Não podemos assegurar que o governo brasileiro continuará a adquirir

aeronaves ou serviços da nossa empresa no futuro à mes ma taxa, ou mesmo se continuará adquirindo tais aeronaves

ou serviços.

Fornecedores estratégicos. Nossos parceiros de risco desenvolvem e fabricam partes expressivas de nossas

aeronaves, incluindo motores, componentes hidráulicos, sistemas eletrônicos de aviação, interiores e partes da

fuselagem e da cauda. Uma vez selecionados esses parceiros de risco e iniciado o desenvolvimento de programas e

montagem das aeronaves, torna-se difícil substituir parceiros. Em alguns casos, a aeronave é projetada

especificamente para receber um determinado componente, como por exemplo os motores, os quais não poderão ser

substituídos pelos de outro fabricante sem atrasos e despesas substanciais. Tal dependência nos torna suscetíveis aos

riscos do desempenho, qualidade dos produtos e situação financeira desses parceiros de risco.

Não é possível garantir que não sofreremos demoras significativas na obtenção futura de equipamentos

estratégicos para nosso processo de fabricação. Um grande número de equipamentos empregados pela indústria

aeronáutica está sujeito a regulamentos de controle de exportações e, como tal, as entregas dependem de os

fornecedores terem garantido as licenças de exportação aplicáveis . Em 2007, entregas de equipamentos para um de

nossos produtos de defesa foram temporariamente suspensas devido a requisitos de controle de exportação. Embora

trabalhando em sintonia e monitorando o processo de produção de nossos parceiros de risco e fornecedores, na

hipótese de nossos parceiros de risco e demais fornecedores estratégicos não corresponderem a nossas

especificações de desempenho, padrões de qualidade ou cronogramas de entrega, ou não cumprirem os requisitos de

regulamentação (inclusive requisitos de controle de exportação), seria afetada nossa capacidade de entregar as novas

aeronaves aos clientes em tempo hábil.

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11

Nossas vendas de aeronaves estão sujeitas a disposições de cancelamento que podem reduzir nossos fluxos de

caixa.

Uma parcela de nossos pedidos firmes de aeronaves está sujeita a importantes contingências, antes e após a

entrega. Antes da entrega, poderá ocorrer a rescisão de alguns de nossos contratos de aquisição, ou um determinado

pedido firme poderá sofrer cancelamento total ou parcial por diversos motivos, incluindo:

Atrasos prolongados na entrega de aeronaves ou a não obtenção da certificação da aeronave, ou o não

cumprimento de etapas de desenvolvimento, e demais exigências;

Impossibilidade de um cliente honrar as suas compras de aeronaves; ou

Reduções da cadência de produção.

Nossos clientes também poderão reprogramar as entregas, especialmente durante uma desaceleração na

economia. Embora não tenhamos sofrido cancelamentos em 2008, durante 2009 sofremos cerca de 60

cancelamentos de encomendas de aeronaves por alguns de nossos clientes. Em 2010 sofremos outros 12

cancelamentos de encomendas de aeronaves comerciais. Embora esses cancelamentos tenham ocorrido em nosso

negócio de aviação comercial, não podemos garantir que não ocorrerão cancelamentos significat ivos no futuro em

nossos outros segmentos de aeronaves. Cancelamentos significativos, atrasos ou reduções da quantidade de

aeronaves entregues em qualquer exercício futuro provavelmente diminuirão nossas vendas e receitas e, co mo

consequência, nossa lucratividade naquele exercício. Uma quantidade expressiva de cancelamentos ou prorrogações

dos cronogramas de entrega será passível de provocar queda de nossas vendas e receitas em determinado ano, fato

que por sua vez reduziria nosso fluxo de caixa e os pedidos pendentes.

Algumas de nossas receitas provenientes de vendas de aeronaves podem estar sujeitas a garantias financeiras e

de valor residual, bem como a opções de troca que podem exigir desembolsos expressivos de caixa no futuro.

Garantimos no passado, e podemos garantir no futuro, o desempenho financeiro de uma parte do

financiamento e/ou do valor residual de algumas de nossas aeronaves que já foram entregues. As garantias

financeiras são fornecidas às instituições financeiras para sustentar uma parte das obrigações de pagamento dos

compradores das nossas aeronaves em seus financiamentos, a fim de d iminuir perdas relativas a inadimplemento.

Essas garantias são sustentadas pela aeronave financiada.

Nossas garantias de valor residual normalmente garantem ao comprador da aeronave que, no vencimento

do financiamento da aeronave comprada, esta terá um valor residual de mercado do preço original de venda. A

maioria de nossas garantias de valor residual está sujeita a uma limitação ("teto") e, portanto, em média nossa

exposição de garantia de valor residual está limitada a 17% do preço de venda original. No caso do exercício por um

comprador de sua garantia de valor residual, nós arcaremos com a diferença, se houver, entre o valor residu al

garantido e o valor de mercado da aeronave quando do referido exercício.

Na hipótese de todos os clientes com garantias financeiras não honrarem seus respectivos financiamentos

de aeronaves, e na hipótese também de sermos chamados a cobrir o valor global das garantias dos valores

financeiros e residuais em aberto, e de não termos conseguido revender quaisquer aeronaves de forma a compensar

nossas obrigações, nosso risco máximo pelas garantias prestadas (menos provisões e obrigações) seria de US$

1,340.0 milhão em 31 de dezembro de 2010. Como resultado, seríamos obrigados a fazer pagamentos substanciais

não recuperáveis através de receitas provenientes da venda ou leasing de aeronaves, especialmente se, no futuro, não

formos capazes de recomercializar qualquer das aeronaves para compensar nossas obrigações ou inadimplências de

financiamento com relação a uma parcela significat iva de nossas aeronaves. É mais provável que caia o valor das

aeronaves dadas em garantia, e que terceiros se tornem inadimplentes em épocas de desaceleração econômica.

Consulte a Nota 40 das demonstrações financeiras consolidadas para uma análise mais detalhada destes

compromissos e obrigações.

Além disso, podemos oferecer opções de troca (trade-in) aos nossos clientes mediante assinatura de um

contrato de compra de aeronave. Essas opções proporcionam ao cliente o direito de negociar uma aeronave existente

da Embraer na compra e aceitação de uma nova aeronave. Em 2010, aceitamos 29 aeronaves em opções de troca,

das quais 25 eram Citation Ultras, adquiridas como resultado do exercício das opções de troca nos termos de um

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12

contrato celebrado com a NetJets Inc. No momento, estamos sujeitos a opções de troca relacionadas a 18 aeronaves,

15 das quais resultantes de novas vendas e as três restantes de opções de troca vinculadas a obrigações contratuais

com clientes e de sua aceitação da entrega de determinadas aeronaves novas. Além disso, outras aeronaves podem

estar sujeitas a trocas devido a novos contratos de vendas. O preço de troca é determinado da forma descrita no

―Item 5A. Resultados Operacionais – Estimat ivas Críticas de Contabilidade - Direitos de Garantia e de Troca‖ por

aeronaves comerciais e executivas. Pode ser necessário aceitar a troca de aeronaves por preços acima do mercado,

resultando em perda financeira na revenda da aeronave.

Reavaliamos continuamente nosso risco de acordo com as garantias financeiras e obrigações de troca como

parte do pagamento com base em diversos fatores, incluindo o valor de mercado futuro estimado da aeronave

conforme avaliações de terceiros, incluindo informações obtidas da revenda de aeronaves semelhantes no mercado

secundário, bem como a classificação de crédito dos clientes. A esse respeito, em 2009, reservamos US$ 74,4

milhões de garantias em espécie em uma conta vinculada, em reconhecimento de perdas estimadas que na ocasião

classificamos como provável, relativas a garantias financeiras por nós dadas para vendas de nossas aeronaves à

Mesa..Qualquer queda futura no valor de mercado das aeronaves cobertas por direitos de troca ou garantias

financeiras reduziria nossa capacidade de recuperar os valores para cobrir nossas obrigações e nos levaria a

contabilizar encargos maiores contra nossas receitas. Na hipótese de sermos obrigados a efetuar pagamento s

relativos às citadas garantias, possivelmente não disporíamos de caixa suficiente ou demais recursos financeiros para

tanto e teríamos que financiar tais pagamentos. Não temos como assegurar que as condições de mercado na ocasião

favoreceriam a revenda ou leasing das aeronaves dadas em garantia a seu valor justo estimado ou dentro do prazo

necessário. Portanto, o cumprimento de nossas obrigações de troca ou de garantia financeira poderia acarretar

grandes desembolsos de recursos em determinado exercício, fato que por sua vez reduziria nosso fluxo de caixa

naquele exercício.

A redução dos financiamentos disponibilizados pelo governo brasileiro aos nossos clientes ou o aumento dos

financiamentos disponibilizados por governos em benefício de nossos concorrentes pode reduzir a

competitividade de custo de nossas aeronaves.

Na aquisição de nossas aeronaves, nossos clientes têm se beneficiado historicamente de incentivos no

financiamento das exportações proporcionados por programas de exportação patrocinados pelo governo brasileiro. O

mais importante desses programas governamentais foi um sistema de ajustes das taxas de juros denominado

Programa de Financiamento às Exportações, ou ProEx.

Devido a controvérsias anteriores entre os governos canadense e brasileiro na Organização Mundial do

Comércio, ou OMC, com relação à concessão de subsídios de exportação relacionados à venda de aeronaves, o

governo brasileiro finalmente aditou o ProEx para que quaisquer pagamentos relativos ao ProEx não reduzissem a

taxa de juros efetiva abaixo da taxa de juros permitida pela OMC, e o governo canadense também fez alterações em

seus acordos de financiamento para vendas de aeronaves pela Bombard ier, Inc., ou Bombardier, uma fabricante de

aeronaves canadense.

Embora o ProEx esteja atualmente em conformidade com as regras da OMC, outros programas de

financiamento às exportações disponíveis para nossos clientes podem sofrer contestações futuras. Caso não esteja

disponível no futuro o ProEx ou outro programa brasileiro de financiamento à exportação semelhante ou no caso das

condições do ProEx serem substancialmente modificadas a ponto de os custos de financiamento de exportação de

nossos clientes se tornem maiores que os oferecidos pour outras agências de crédito de exportação (ECA) usadas p or

nossos concorrentes, nossa competitividade em termos de custo no mercado de jatos regionais poderá ser reduzida.

Em julho de 2007, o Brasil e países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, ou

OCDE, celebraram um acordo, conhecido como Acordo do Setor de Aeronaves, para estabelecer um "campo

nivelado de atuação" para financiamento oficial à exportação de aeronaves. As Agências de Crédito de Exportação,

ou ECAs, dos países signatários estão obrigadas a oferecer os mesmos termos e condições financeiras ao financiar

vendas de aeronaves de concorrentes. O efeito do acordo é incentivar os compradores de aeronaves a se

concentrarem no preço e na qualidade dos produtos oferecidos por fabricantes de aeronaves em vez de pacotes

financeiros oferecidos pelos respectivos governos. Devido ao acordo acima, o suporte de financiamento do governo

brasileiro a compradores potenciais de nossas aeronaves conterá termos e condições similares aos oferecidos pela

The Boeing Company, ou Boeing, A irbus S.A.S. e Bombardier, ou por qualquer outro concorrente de país signatário

do Acordo do Setor de Aeronaves da OCDE. No final de 2007, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e

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13

Social, ou BNDES, começou a oferecer financiamento aos nossos clientes nos termos e condições exig idos pelo

Acordo do Setor de Aeronaves da OCDE. Na medida em que não continuamos a manter a vantagem de preço e

qualidade de nossas aeronaves, nossas vendas futuras poderão ser afetadas negativamente. Além disso, fabricantes

de aeronaves de outros países não signatários do acordo poderão oferecer pacotes de financiamento que afetarão

negativamente a competit ividade dos nossos produtos em termos de custos.

Quaisquer subsídios futuros em favor de nossos principais concorrentes poderão repercutir negativamente

na competitiv idade em termos de custo de nossas aeronaves e causar a queda de nossas vendas.

As restrições orçamentárias do governo brasileiro poderão reduzir os fundos disponíveis a nossos clientes, de

acordo com programas governamentais de financiamento.

De 2004 até 2010, cerca de 18,1% do valor total das entregas de nossas exportações foi objeto de apoio

financeiro pelo BNDES e pelo Fundo de Garantia à Exportação, ou FGE, um fundo especial vinculado ao Ministério

das Finanças e administrado pelo BNDES para incentivo às exportações. Como agência do governo, o BNDES

depende de recursos alocados pelo orçamento nacional brasileiro. Não podemos garantir que o governo brasileiro

continuará fornecendo financiamento suficiente no orçamento nacional para o financiamento das nossas aeronaves,

nem que outras fontes de financiamento estarão disponíveis a nossos clientes. A perda ou redução expressiva de

recursos disponíveis aos clientes, sem substituto adequado, pode levar à redução das entregas e resultar em menor

lucratividade para nós.

Podemos nos deparar com uma gama de desafios em decorrência do desenvolvimento de novos produtos, e de

uma possível busca de oportunidades de crescimento estratégico.

Como continuamos desenvolvendo novos produtos, poderá ser necessário realocar recursos existentes e

obter novos fornecedores e parceiros de risco. De tempos em tempos, existe uma notável concorrência na indústria

aeronáutica em busca de pessoal capacitado em geral e de engenheiros em part icular. Se essa concorrência ocorrer

novamente, talvez não sejamos capazes de recrutar a quantidade necessária de engenheiros altamente capacitados e

demais pessoal de que necessitamos. A falta de coordenação de nossos recursos dentro do prazo estipulado, ou a

impossibilidade de atrair ou reter pessoal capacitado, poderá retardar nossos esforços de desenvolvimento, causando

atrasos na produção e entrega de nossas aeronaves e consequente atraso no reconhecimento da receita.

Poderemos buscar oportunidades estratégicas de crescimento, inclusive através de joint ventures, aquisições

ou demais transações, para ampliar nosso negócio ou aperfeiçoar nossos produtos e tecnologia. Poderemos enfrentar

uma série de desafios, inclu indo dificu ldade de identificar candidatos adequados, assimilar suas operações e pessoal

e manter padrões e controles internos, bem como o foco de nossa diretoria ser desviado do nosso negócio existente.

Não podemos garantir que seremos capazes de superar estes desafios ou que nosso negócio não sofrerá turbulência s.

Poderá ser necessário reembolsar contribuições de caixa relativas à produção ou ao desenvolvimento da família

de jatos EMBRAER 170/190 e da família Legacy 450/500, caso certas etapas do desenvolvimento de cada uma

dessas aeronaves não forem atingidas.

Temos acordos com nossos parceiros de risco, segundo os quais eles contribuíram conosco, em d inheiro,

com um total de US$ 582,4 milhões até 31 de dezembro de 2010. As contribuições em d inheiro não precisam ser

restituídas por nós aos parceiros de risco, no caso em que determinados marcos contratuais assumidos com nossos

parceiros de risco sejam cumpridos. Um valor de US$ 565.6 milhões dessas contribuições em dinheiro tornou -se não

restituível até 2010. Se cancelarmos a produção do Phenom 100/300 ou de qualqu er aeronave da família de jatos

EMBRAER 170/190, ou se cancelarmos o desenvolvimento da família Legacy 450/500, por não conseguirmos obter

certificação ou outros motivos não relacionados ao mercado, poderemos ser obrigados a devolver US$ 16.8 milhões

do total das contribuições em dinheiro já recebidas. O jato executivo Legacy 500 deverá entrar em serviço entre

2012 e 2013 e o Legacy 450 deverá entrar em serviço um ano depois dele.

.

Caso não consigamos cumprir determinadas obrigações avençadas com nossos parceiros de risco,

poderemos ser chamados a restituir aportes de recursos para os quais não criamos provisões.

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14

Estamos sujeitos a intensa concorrência internacional, passível de provocar efeitos negativos sobre nossa

participação de mercado.

A indústria mundial de fabricação de jatos comerciais é altamente competitiva. Somos um dos principais

fabricantes mundiais de aeronaves comerciais, juntamente com a Boeing, A irbus e Bombard ier, todas grandes

empresas internacionais. Alguns desses concorrentes podem ter mais recursos financeiros, de marketing e outros do

que nós. Embora tenhamos alcançado uma parcela expressiva do mercado de jatos comerciais, não podemos

assegurar que seremos capazes de manter tal part icipação no mercado. Nossa capacidade de manter esta p articipação

de mercado e de permanecermos competit ivos a longo prazo no mercado de aviação comercial exige

aperfeiçoamentos constantes de tecnologia e desempenho dos nossos produtos. Nosso principal concorrente nos

mercados de jatos regionais e de capacidade média é a Bombard ier Inc., companhia canadense, que possui

capacidades significativas em termos de recursos financeiros e de market ing, recebendo, em alguns casos, benefícios

de subsídios governamentais ao desenvolvimento de produtos . Estas empresas possuem expressiva capacidade

tecnológica e maiores recursos financeiros e mercadológicos. Além d isso, companhias chinesas, russas e japonesas

estão desenvolvendo jatos de capacidade média e já possuem pedidos acumulados.

Também enfrentamos competição significativa de companhias com maior histórico operacional e reputação

estabelecida no setor. Alguns de nossos concorrentes do mercado de jatos também podem lançar produtos no

mercado antes de nós, o que lhes permite estabelecer uma base de clientes e torna mais difíceis nossos esforços para

aumentar a part icipação de mercado. Não podemos garantir que vamos continuar a aumentar a nossa participação no

mercado no segmento de jatos executivos como temos feito no passado, ou que não iremos sentir uma redução na

nossa participação atual no mercado neste segmento.

Estamos sujeitos a efetuar desembolsos expressivos em decorrência de resultados não favoráveis de desafios

pendentes a diversos impostos e encargos sociais.

Temos questionado a constitucionalidade de alguns impostos e encargos sociais brasileiros, além de

modificações e aumentos das taxas e da base de cálculo desses impostos e encargos. Os juros sobre o valor total

desses impostos e encargos sociais não pagos incidem mensalmente com base na Selic, a taxa básica do Banco

Central, e fazemos uma provisão como parte das despesas financeiras, item líquido de nossas demonstrações de

resultados. A partir de 31 de dezembro de 2010, registramos uma provisão de US$ 433.0 milhões como passivo

(impostos e encargos sociais) em nosso balanço, relativa a contingências de lit ígios que classificamos como perdas

prováveis. Estamos aguardando uma decisão final desse processo. Não temos certeza de que ganharemos este

processo, nem que não teremos que desembolsar valores substanciais no futuro, inclusive juros, ao governo

brasileiro, como pagamentos por esses passivos.

Riscos Relativos à Indústria de Aeronaves Comerciais

Restrições impostas pela cláusula de limitação (Scope Clause) nos contratos dos pilotos das companhias aéreas

passíveis de limitar a procura por jatos regionais e de capacidade média no mercado americano.

Um fator limitador fundamental da procura por jatos regionais e de capacidade média é a existência das

cláusulas de limitação que constam dos contratos com pilotos das companhias aéreas. As citadas cláusulas

compõem-se de restrições negociadas pelos sindicatos relativas à quantidade e/ou ao tamanho dos jatos regionais e

de capacidade média que determinada companhia pode operar. As restrições em v igor das cláusulas de limitação,

mais comuns nos Estados Unidos, abrangem número de assentos, peso da aeronave e quantidade de aeronaves

comerciais de 60 a 90 passageiros na frota de aeronaves operada pelas companhias regionais. Como consequência,

nossas oportunidades de crescimento a curto prazo no mercado de jatos regionais dos Estados Unidos podem ser

limitadas nas categorias de 60 a 90 passageiros. Se as cláusulas de limitação continuarem ou passarem a ser mais

rigorosas, alguns de nossos clientes que possuem essas opções de compra de nossos jatos regionais e de capacidade

média serão levados a não exercer essas opções. Não temos como garantir que as atuais restrições serão reduzidas

nem serão expandidas, inclusive pela ampliação das cláusulas de limitação para cobrir os jato s comerciais de maior

porte. Além disso, embora as Scope Clauses sejam menos comuns fora dos Estados Unidos, não temos condições de

negar que elas se tornarão mais comuns ou restritivas, ou que outra forma de restrição virá, na Europa ou em outros

mercados.

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15

Estamos sujeitos a rigorosas exigências e regulamentação para certificação, que podem impedir ou atrasar a

obtenção pontual da certificação.

Nossos produtos de aviação civil estão sujeitos a regulamentações no Brasil e nas jurisdições de nossos

clientes. A autoridade aeronáuticas do Brasil, Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC, bem como as

autoridades aeronáuticas de outros países nos quais nossos clientes se localizam, principalmente a autoridade

aeronáutica americana (FAA) e a agência européia de s egurança aeronáutica (EASA), deverão homologar nossos

produtos de aviação civil antes que possamos entregá-los aos nossos clientes naquelas regiões. Não temos como

assegurar que conseguiremos homologar nossas aeronaves em tempo hábil, ou se o conseguiremos . Sem a

certificação necessária de nossas aeronaves por uma autoridade aeronáutica, essa autoridade pode proibir a

utilização das referidas aeronaves em sua jurisdição até sua certificação. Além d isso, o cumprimento das exigências

das autoridades de certificação consome tempo e dinheiro.

As mudanças nos regulamentos governamentais e nos procedimentos de certificação poderão também

atrasar o início de produção, bem como nossa entrada no mercado com um novo produto. Apesar de nossos esforços

contínuos para observar e cumprir rigidamente com todos os requisitos de certificação e outros requisitos de

regulamentação, não podemos fazer prev isões de como nos afetarão a legislação futura ou as mudanças na

interpretação, administração ou aplicação da leg islação. Poderemos ser levados a maiores gastos no cumprimento

desta legislação ou na resposta a suas alterações.

Acontecimentos catastróficos com nossas aeronaves poderiam ter repercussões negativas sobre nossa reputação e

sobre vendas futuras das mesmas, assim como o preço de mercado de nossas ações ordinárias e ADSs.

Acreditamos que nossa reputação e o histórico de segurança de nossas aeronaves sejam importantes

aspectos para a comercialização de nossos produtos. Projetamos nossas aeronaves com sistemas duplicados d as

principais funções e com margens de segurança adequadas para os componentes estruturais. Entretanto, a operação

segura de nossas aeronaves depende em grande parte de uma série de fatores fora do nosso controle, incluindo

manutenção e reparos corretos pelos clientes e a perícia dos pilotos. A ocorrência de um ou mais eventos

catastróficos com uma de nossas aeronaves poderia ter repercussões negativas sobre nossa reputação e vendas

futuras bem como sobre o preço de mercado de nossas ações ordinárias e ADSs .

Riscos Relativos ao Brasil

A situação política e econômica do Brasil surtem um impacto direto sobre nosso negócio e sobre a cotação de

nossas ações ordinárias e ADSs.

O governo brasileiro costuma intervir com frequência na economia brasileira e, às vezes , implementa

mudanças drásticas em políticas e normas. As ações do governo brasileiro para controlar a inflação e influenciar

outras políticas e regulamentos costumam envolver aumento das taxas de juros, mudança das regras de tributação,

controle de preços, desvalorização da moeda, controle de capitais e limites de importação, entre outras medidas.

Nosso negócio, nossa situação financeira, os resultados de nossas operações e a cotação das ações ordinárias e das

ADSs podem ser afetados de forma negativa por mudanças de política ou dos regulamentos na esfera federal,

estadual ou municipal, envolvendo ou influenciando fatores como:

taxas de juros;

políticas monetárias;

controles de câmbio e restrições sobre remessas ao exterio r (tais como os impostos em 1989 e no

início da década de 90);

flutuações da moeda;

inflação;

liquidez dos mercados internos de capitais e de financiamentos;

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16

políticas tributárias; e

outros eventos políticos, diplomát icos, sociais e econômicos no Brasil ou com repercussão no país.

A incerteza sobre se o governo brasileiro implementará mudanças em políticas ou regulamentos que afetem

esses ou outros fatores no futuro pode contribuir para incerteza quanto à economia no Brasil e para maior

volatilidade nos mercados brasileiros de capitais e nos valores mobiliários emitidos no exterior por empresas

brasileiras.

Historicamente, o cenário político no Brasil in fluenciou o desempenho da economia brasileira. No passado,

crises políticas afetaram part icularmente a confiança dos investidores e do público em geral, o que prejudicou o

desenvolvimento da economia brasileira. Além disso, 2010 fo i um ano eleitoral no Brasil e uma nova presidente,

juntamente com governadores e parlamentares, foram eleitos. Embora a transição de poder na última década tem

sido menos prejudicial para o cenário econômico brasileiro como um todo do que em períodos anteriores, não

podemos garantir que um novo governo não implemente novas políticas governamentais que não sejam prejudiciais

à relat iva estabilidade econômica do Brasil que tem prevalecido nos últimos anos.

Essas e outras ocorrências futuras na economia b rasileira e nas políticas do governo podem nos afetar de

forma negativa, e nossos negócios e os resultados de nossas operações podem afetar de forma negativa a cotação de

nossas ações ordinárias e ADSs.

A inflação e as medidas do governo para combater a inflação poderão contribuir de modo significativo para

incerteza econômica no Brasil e para maior volatilidade nos mercados brasileiros de valores mobiliários, e por

conseguinte, afetar negativamente o valor de mercado das ações ordinárias e ADS.

O Brasil possui um histórico de taxas de inflação ext remamente elevadas. Mais recentemente, a taxa anual

de inflação do Brasil foi de 7,7% em 2007, 9,8% em 2008 e, embora o Brasil tenha apresentado deflação de 1,7%

em 2009, a taxa de in flação anual em 2010 fo i de 11,3%, conforme medida pelo Índice Geral de Preços ao Mercado,

ou IGP-M. No in ício de 2011 as taxas de inflação no Brasil estavam em alta. No passado, a inflação e algumas ações

governamentais tomadas para combater a inflação tiveram efeitos negativos significativos na economia brasileira.

As ações para combater a inflação, associadas à especulação sobre possíveis ações futuras do governo, têm

contribuído para a incerteza quanto à economia brasileira e para uma maior volat ilidade nos mercados brasileiros de

capitais.

Ações futuras do governo brasileiro, incluindo reduções da taxa de ju ros, intervenção no mercado de

câmbio e ações para ajustar ou fixar o valo r do real podem gerar aumentos da inflação. Caso o Brasil venha a sofrer

novamente uma inflação elevada no futuro, nossas despesas operacionais e custos com financiamento poderão

evoluir, nossas margens operacionais e líquidas poderão cair e, se houver perda de confiança dos investidores, o

preço das nossas ações ordinárias e ADSs poderá cair.

A instabilidade das taxas de câmbio pode afetar de forma negativa nossa situação financeira, os resultados de

nossas operações e o preço de mercado de nossas ordinárias e ADSs.

Embora a maioria de nossa receita e endividamento seja expressa em dólares norte-americanos, a relação

do real com o valor do dólar norte-americano e a taxa de desvalorização do real em relação à taxa vigente de

inflação poderão ter efeitos negativos para nós.

Em decorrência das pressões inflacionárias, entre outros fatores, a moeda brasileira tem sofrido

desvalorizações periódicas durante as últimas quatro décadas. O governo brasileiro implementou diversos planos

econômicos nesse período e utilizou uma série de polít icas cambiais, incluindo desvalorizações súbitas,

minidesvalorizações periódicas nas quais os ajustes tiveram frequência diária e mensal, sistemas de taxas flutuantes,

controles cambiais e mercados de divisas duplos. Embora a longo prazo a desvalorização da moeda brasileira tenha

sido associada à taxa de in flação no Brasil, a desvalorização a curto prazo tem resultado em flutuações significativas

da taxa de câmbio entre a moeda brasileira e o dólar americano e outras moedas..

Por exemplo, em 2002, o real se desvalorizou em 52,3% em relação ao dólar norte-americano, devido em

parte às incertezas quanto às eleições presidenciais no Brasil e à desaceleração econômica g lobal. Embora a taxa de

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17

câmbio (R$/US$) tenha diminu ído 18,2%, 8,1%, 11,8%, 8,7% e 17,2% em 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007,

respectivamente, ela aumentou 31,9% em 2008, principalmente como resultado da crise econômica mundial. Em

2009, a taxa de câmbio real/dólar diminu iu 25,5%, principalmente à medida que os efeitos da crise econômica

global sobre a economia brasileira pareceu ser menos séria do que em outras partes do mundo. Em 2010, essa taxa

diminu iu outros 4,3%, uma tendência que persistiu durante os primeiros meses de 2011. Não é possível garantir que

o real não valorizará nem desvalorizará de forma significativa em relação ao dólar norte-americano no futuro.

Historicamente, as desvalorizações do real em relação ao dólar norte-americano também criaram pressões

inflacionárias adicionais no Brasil pelo aumento dos preços dos produtos importados , exigindo medidas recessivas

do governo para controlar a demanda agregada. Por outro lado, a valorização do real frente ao dólar norte-americano

poderá levar a uma deterioração da conta corrente e do balanço de pagamentos, bem como estancar o crescimento

baseado nas exportações. As desvalorizações também reduzem o acesso aos mercados financeiros internacionais e

podem exigir a intervenção do governo, inclusive através de políticas governamentais recessivas. As desvalorizações

do real frente ao dólar norte-americano também reduziriam o valor naquela moeda das distribuições e dos

dividendos das nossas ADSs e podem também reduzir o valor de mercado das nossas ações ordinárias e ADSs.

A valorização do real em relação ao dólar norte-americano também pode repercutir negativamente na

competitiv idade dos nossos produtos, porque aproximadamente 15% de nosso custo com vendas e serviços são

incorridos e denominados em reais. Portanto, as valorizações do real sobre o dólar ou outras moedas aumenta os

custos dos nossos produtos quando expressos em dólares e podem resultar na redução de nossas margens.

Além disso, como o imposto sobre a renda é determinado e pago principalmente em reais, com base em

nossos livros fiscais brasileiros, o item de despesa (benefício) de imposto de renda em nossa demonstração do

resultado, que tem o dólar norte-americano como principal moeda funcional, sofre impactos significativos pelas

valorizações do real em relação ao dólar norte-americano, na medida em que devemos registrar os impostos

diferidos resultantes de flutuações na taxa de câmbio, na base reportada de nosso ativo não monetário

(particularmente imóveis, instalações, equipamentos e ativos intangíveis).

Desenvolvimentos econômicos e percepções de risco pelos investidores em outros países, tanto em países

desenvolvidos quanto emergentes, podem afetar de forma negativa a cotação dos valores mobiliários brasileiros,

incluindo nossas ações ordinárias e ADSs.

A cotação dos valores mobiliários de emissores brasileiros é afetada em d iferentes níveis pela situação

econômica e de mercado de outros países, incluindo países desenvolvidos, como os Estados Unidos, e países de

mercados emergentes. Embora a situação econômica desses países possa ser substancialmente diferente da situação

econômica do Brasil, a reação dos investidores frente às evoluções nesses outros países pode ter um efeito adverso

sobre a cotação dos valores mobiliários de emissores brasileiros. Por exemplo, em 2008 a crise econômica mundial

teve um impacto sobre muitas economias e mercados de capitais ao redor do mundo. Essa crise foi evidenciada pela

instabilidade no valor dos títulos, mercados de capitais, e volatilidade no mercado de crédito e ações, a instabilidade

da maioria das moedas, a indisponibilidade de crédito, altas taxas de juros, uma redução generalizada da procura,

uma desaceleração econômica geral e outros fatores que podem adversamente afetar nossa condição financeira e

diminu ir o interesse dos investidores em títulos de emissores brasileiros, inclu indo o nosso. Futu ras crises em outros

países podem afetar de forma adversa o preço de negociação das nossas ações ordinárias e ADSs, diminuir o

interesse de investidores em t ítulos de emitentes brasileiros, incluindo nossas ações ordinárias e ADSs, e também

podem dificulta r ou impedir nosso acesso aos mercados de capitais e o financiamento de operações futuras em

termos aceitáveis, se houver.

Riscos Relativos às nossas Ações Ordinárias e ADSs.

Se os portadores de ADSs trocarem as mesmas por ações ordinárias, eles se arriscam a perder a faculdade de

remeter divisas ao exterior e as vantagens tributárias brasileiras.

O custodiante brasileiro das ações ordinárias obteve um certificado eletrônico de registro do Banco Central

do Brasil permitindo a remessa de divisas para o exterior para pagamento de dividendos e demais distribuições

relativas às ações ordinárias, ou por ocasião da venda das mesmas. Se os titulares de ADSs resolverem trocá -las por

ações ordinárias correspondentes, eles terão direito a continuar contando com o certificado eletrônico de registro da

custodiante durante cinco dias úteis a partir da data da troca. Após este prazo, os referidos titulares de ADSs poderão

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perder o direito de adquirir e remeter d ivisas ao exterior por ocasião da venda de, ou das distribuições relativas às

ações ordinárias, a menos que obtenham seu próprio certificado eletrônico de registro ou registrem seu investimento

em ações ordinárias, de acordo com a Resolução No. 2.689, que concede o direito a determinados investidores

estrangeiros de comprar e vender valores mobiliários na Bolsa de Valores de São Pau lo. Os titulares não habilitados

conforme a Resolução nº 2.689 estarão sujeitos de modo geral a um tratamento tributário menos favorável com

relação aos ganhos relativos às ações ordinárias. Se os titulares das ADS tentarem obter seu próprio certificado

eletrônico de registro, os mesmos poderão incorrer despesas ou sofrer atrasos no processo de solicitação, o que

poderia prejudicar sua capacidade de receber dividendos ou distribuições relat ivos às ações ordinárias ou ao

reembolso de seu capital em tempo hábil. A lém d isso, não podemos garantir que o certificado eletrônico de reg istro

do custodiante ou qualquer outro certificado de registro de capital estrangeiro obtido por titular das ADSs nã o serão

afetados por mudanças futuras na legislação ou demais regulamentos, ou que não serão impostas no futuro outras

restrições relevantes ao referido titular, com relação à venda das ações ordinárias subjacentes ou à repatriação dos

resultados da venda.

O governo brasileiro tem poder de veto sobre a mudança de controle, alteração da denominação social, marca

comercial ou objeto social e sobre a criação ou alteração de programas de defesa e segurança, e os interesses do

governo brasileiro podem entrar em conflito com os interesses do titulares de nossas ações ordinárias ou de

ADSs.

O governo brasileiro detém uma ação ordinária de classe especial, chamada "golden share", que possui

poder de veto sobre a mudança de controle, mudança de denominação social, ma rca comercial ou objeto social e

sobre a criação ou alteração de nossos programas de defesa e segurança (independentemente de o governo brasileiro

participar ou não desses programas). Além disso, o governo brasileiro pode ter interesse em vetar transações que

possam ser de interesse dos titulares nossas ações ordinárias ou de ADSs. Em 2010, por exemplo, nós mudamos

nossa denominação social para Embraer S.A. e alteramos nosso estatuto social para que pudéssemos entrar nos

segmentos do mercado de defesa e segurança, e essas ações exig iram a aprovação do governo brasileiro. Não

podemos assegurar que teremos as aprovações do governo brasileiro no futuro para realizarmos alterações

corporativas importantes, como aquelas que realizamos em 2010, ou outras alterações corporativas importantes que

venham a ser necessárias.

Nosso estatuto social contém disposições que podem desencorajar nossa aquisição, impedir ou atrasar operações

que você pode apoiar.

Nosso estatuto social contém certas disposições que têm o efeito de evitar a concentração de nossas ações

ordinárias nas mãos de um pequeno grupo de investidores de modo a promover o controle d isperso de tais ações.

Essas disposições requerem que qualquer acionista ou grupo de acionistas que adquirirem ou se tornarem titu lares de

(1) 35% ou mais do total de ações emit idas por nós ou (2) outros direitos sobre tais ações emitidas por nós, que

representem mais de 35% de nosso capital, para oferecerem licitação pública v isando à compra de todas as ações

emitidas por nós nos termos especificados em nosso estatuto social ou para vender todas as ações dos referidos

acionistas que excederem o limite de 35%, em qualquer caso, conforme exigido pelo governo brasileiro. Se a

solicitação for aprovada, tal acionista ou grupo de acionistas deve iniciar uma oferta pública de aquisição até 60 dias

após a data da aprovação. Se a solicitação for recusada, tal acionista ou grupo de acionistas deverá vender tal

quantidade de ações ordinárias dentro de 30 d ias, de modo que a participação de tal acionista ou grupo de acionistas

seja menor que 35% de nosso capital social. Essas disposições podem ter efeitos contrários à incorporação e podem

desencorajar, adiar ou impedir uma fusão ou aquisição, incluindo operações em que nossos acionistas poderiam d e

outro modo receber um ágio por suas ações ordinárias e ADSs. Essas disposições podem ser alteradas ou anuladas

apenas com a aprovação de nosso Conselho de Administração e nossos acionistas em assembleia de acionistas

convocada com essa finalidade e com o consentimento do governo brasileiro, na qualidade de detentor da ―golden

share‖.

A ausência de um único acionista controlador ou grupo de acionistas controladores pode nos tornar suscetíveis a

controvérsias entre acionistas ou outros desenvolvimentos imprevistos.

A ausência de um único acionista ou grupo de acionistas controlador poderá criar d ificuldades para nossos

acionistas em aprovarem certas operações, porque o quorum mínimo requerido por lei para aprovação de certas

questões poderá não ser alcançado. Nós e nossos acionistas minoritários poderemos não usufruir das mes mas

proteções previstas na Lei Societária Brasileira (Lei das S/A) contra medidas abusivas tomadas por outros acionistas

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e, conseqüentemente, poderemos não ser indenizados por quaisquer prejuízos incorridos. Quaisquer mudanças

repentinas e inesperadas na nossa equipe admin istrativa, mudanças em nossas políticas empresariais ou direção

estratégica, tentativas de incorporação ou quaisquer outros litíg ios entre os acionistas com relação a seus respectivos

direitos podem afetar adversamente nossos negócios e resultados operacionais.

Nosso estatuto social contém disposições que restringem os direitos a voto de certos acionistas, inclusive

acionistas não-brasileiros.

Nosso estatuto social contém disposições que restringem o d ireito de um acionista ou grupo de acionistas,

inclusive corretores agindo em nome de um ou mais titulares de ADSs, de exercer seus direitos a voto com relação a

mais de 5% das ações em circu lação de nosso capital social em qualquer assembléia geral de acionistas. Consulte o

―Item 10B. Informações adicionais — Ato Constitutivo e Contrato Social — Discriminação do Capital Social —

Direitos a Voto das Ações — Limitação de Direitos a Voto de Certos Titulares de Ações Ordinárias".

Nosso estatuto social também contém disposições que restringem o direito de acionistas não brasileiros de

exercer direitos a voto com relação a mais de dois terços dos direitos a voto que podem ser exercidos pelos

acionistas brasileiros em qualquer assembleia geral ord inária. Essa limitação impedirá efetivamente nossa

incorporação por acionistas não brasileiros e limitará a capacidade de acionistas não brasileiros de exercer controle

sobre nós. Consulte o ―Item 10B. Informações adicionais — Ato Constitutivo e Contrato Social - Discriminação do

Capital Social — Direitos a Voto das Ações — Limitação de Direitos a Voto de Acionistas Não Brasileiros".

Titulares de ADSs podem não ser capazes de exercer seus direitos a voto.

Titulares de ADSs só podem exercer seus direitos a voto com relação às ações ordinárias correspondentes

de acordo com as disposições do contrato de depósito que rege nossas ADS. Nos termos do contrato de depósito, os

detentores de ADS devem votar as ações ordinárias subjacentes à suas ADSs, dando instruções de voto ao

depositário Quando do recebimento das instruções de voto do titular de ADS, o depositário votará as ações

ordinárias correspondentes de acordo com essas instruções. De outro modo, titulares de ADSs não poderão exercer

seu direito a voto a menos que entreguem a ADS para cancelamento em troca de ações ordinárias. De acordo com

nosso estatuto social, a primeira convocação de assembleia geral deverá ser publicada no mínimo 30 d ias antes de

sua realização; a segunda convocação deverá ser publicada no mínimo 15 dias antes da assembleia; e a terceira

convocação, se necessário, deverá ser publicada no mínimo oito dias antes da assembleia. Quando uma assembleia

geral fo r convocada, os titulares de ADSs poderão não receber aviso prévio suficiente para entregar a ADS em troca

de ações ordinárias correspondentes para poderem votar com relação a qualquer assunto específico. Além disso, o

depositário não tem a obrigação de notificar os detentores de ADS uma votação próxima ou distribu ir cartões de

eleitor e de materiais relacionados aos detentores de ADS, a menos que especificamente instruir o depositário a fazê -

lo. Se pedirmos instruções de voto, o depositário notificará os titulares de ADS sobre o voto prestes a ser

apresentado e tomará as medidas para entregar os cartões de procurador. Não podemos assegurar que os titulares de

ADSs receberão os cartões de procurador a tempo para instruir ao depositário a votar as ações subjacentes às suas

ADSs. Além disso, o depositário e seus representantes não s ão responsáveis por não executar as instruções de voto

ou por uma solicitação extemporânea de execução delas. Conseqüentemente, os titulares de ADSs podem não ser

capazes de exercer seus direitos a voto.

A falta de liquideze volatilidade relativas dos mercados de valores no Brasil poderão limitar de modo

significativo a capacidade dos titulares de ações ordinárias ou ADS, de vender as ações ordinárias subjacentes às

ADSs ao preço e na hora desejados.

O investimento em valores mobiliários tais como ações ordinárias ou ADSs de emitentes de países

emergentes, inclusive o Brasil, envolve maior g rau de risco que um investimento em valores mobiliários de

emitentes de países mais desenvolvidos.

Os mercados brasileiros de valores mobiliários são bem menores, menos líquidos, mais concentrados e

mais voláteis que os grandes mercados de valores nos Estados Unidos e em outras jurisdições, e não são sujeitos a

tantos regulamentos ou rigorosamente supervisionados, a exemplo de alguns deste últimos mercados. A

relativamente pequena capitalização de mercado e a falta de liquidez dos mercados de ações brasileiros poderá

limitar a capacidade dos titulares de nossas ações ordinárias ou ADSs de vender as ações ordinárias ou ADSs ao

preço e na hora desejados.

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Existe também uma concentração significativamente maior nos mercados de títulos brasileiros do que nos

maiores mercados de títulos nos Estados Unidos. Consulte o "Item 9C. A Oferta e a listagem — Mercados —

Negociando na Bolsa de Valores de São Paulo".

A venda de um número substancial de ações ordinárias, ou o pressuposto de que isso possa vir a ocorrer, pode

reduzir o preço de negociação das ações ordinárias e das ADSs; os titulares de nossas ações ordinárias e/ou

ADSs podem não ser capazes de vender seus valores mobiliários pelo preço que pagaram por eles ou por um

preço maior.

A venda de um número substancial de ações ordinárias, ou o pressuposto de que isso possa vir a ocorrer,

pode reduzir o valor de nossas ações ordinárias e ADSs. Devido à venda de ações por acionistas existentes, o preço

de mercado das ações ordinárias e, conseqüentemente, das ADSs, pode cair significativamente. Como resultado, os

titulares de ADSs e/ou ações ordinárias podem não ser capazes de vender seus valores mobiliários pelo preço que

pagaram por eles ou por um preço maior.

Os titulares de ADSs podem não ser capazes de exercer direitos de preferência com relação às ações ordinárias.

Os titulares de nossas ADSs podem não ser capazes de exercer os direitos de preferência relativos às ações

ordinárias associadas a suas ADSs a menos que uma declaração de registro desses direitos nos termos da Lei de

Valores Mobiliários (Securities Act) esteja em v igor com relação tais direitos ou que uma isenção dos requisitos de

registro nos termos da Securities Act esteja disponível. A Embraer não tem a obrigação de registrar uma declaração

de registro relativa às ações ou outros valores mobiliários em relação a esses direitos de preferência, e não podemos

garantir aos portadores de nossas ADSs que registraremos tal declaração de registro. A menos que registremos uma

declaração de registro ou que a isenção do registro seja aplicável, os portadores de nossas ADSs poderão receber

apenas os resultados líquidos da venda de seus direitos de preferência pelo depositário, ou, se não for possível

vender os direitos de preferência, esses direitos perderão a validade.

Os julgamentos dos tribunais brasileiros em respeito às nossas ações ordinárias serão pagáveis apenas em reais.

Se o processo for trazido aos tribunais do Brasil buscando reforçar nossas obrigações em respeito às ações

ordinárias, não seremos obrigados a nos isentar de nossas obrigações em uma moeda que não seja o real. De acordo

com as limitações do controle cambial brasileiro, qualquer obrigação no Brasil de pagar mon tantes expressos em

uma moeda que não seja o real, pode ser apenas satisfeita na moeda brasileira segundo a taxa de câmbio, conforme

determinada pelo Banco Central, em vigor na data em que o ju lgamento é obtido; esses valores são então ajustados

para refletir as variações na taxa cambial até a data do pagamento efetivo. A taxa cambial predominante no

momento pode não conceder aos investidores não-brasileiros uma compensação total por qualquer reiv indicação

originária ou relacionada às nossas obrigações para com as ações ordinárias ou ADSs.

ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRES A

4A. Histórico e Desenvolvimento da Empresa

Visão geral

A Embraer S.A. é uma empresa de capital aberto devidamente constituída nos termos das leis brasileiras,

com duração indefinida. Criada orig inalmente em 1969 pelo governo brasileiro, a sociedade foi privatizada em

1994. Nos termos da privatização, nós fomos transformados em companhia de capital aberto operando nos termos da

Lei das Sociedades por Ações. Como resultado da fusão da antiga Embraer co m e para a Embraer, aprovada em

31.03.06, herdamos todos os direitos e obrigações da antiga Embraer. Consulte o ―Item 4A. — Reorganização

Empresarial de 2006", para obter mais informações sobre a fusão. Nosso escritório sede está localizado na Avenida

Brigadeiro Faria Lima, 2170, 12227-901, São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil. Nosso telefone é 55-

12-3927-1216. Nosso representante para citação nos Estados Unidos é a National Registered Agents Inc., localizada

na 875 Avenue of the Americas, Su ite 501, Nova York, Nova York, 10001.

De uma companhia estatal criada para desenvolver e produzir aeronaves para a Força Aérea Brasileira

evoluímos para uma empresa de capital aberto que produz aeronaves para uso na aviação comercial e executiva,

bem como aeronaves para fins de defesa e segurança.

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Durante essa evolução, a empresa obteve, desenvolveu e aperfeiçoou sua capacitação tecnológica e de

engenharia por meio do desenvolvimento próprio de produtos para a Força Aérea Brasileira e por meio do

desenvolvimento de produtos em conjunto com empresas estrangeiras para projetos específicos. Essa capacitação

obtida em pro jetos de defesa foi aplicada ao desenvolvimento de nossa linha de aeronaves comerciais.

Nossa primeira aeronave regional fo i o Bandeirante, uma aeronave não pressurizada para 19 passageiros

com dois motores turboélice, inicialmente desenvolvida para atender às necessidades de transporte da Força Aérea

Brasileira. Essa aeronave foi cert ificada em 1973. Após o Bandeirante, foi desenvolvido o EMB 120 B rasília, uma

aeronave comercial de alto desempenho com motores turboélice e capacidade para até 30 passageiros projetada para

atender às rotas mais longas e com tráfego maior de passageiros do crescente mercado de aeronaves para uso em

vôos regionais, certificada em 1985. Com base no projeto do EMB 120 Brasília e na tecnologia de aviões a jato

adquirida no desenvolvimento do AM-X, uma aeronave de uso militar para a Força Aérea Brasileira, desenvolvemos

a família de jatos ERJ 145 para uso em voos regionais, nosso primeiro produto a jato para uso comercial. Essa

família é composta por três aeronaves, com capacidade para 37, 44 e 50 passageiros. Primeiro membro da família

ERJ 145, o ERJ 145, foi certificado em 1996. Expandimos nossa linha de produtos a jato com o desenvolvimento da

família de jatos EMBRAER 170/190, com capacidade para 70 a 118 passageiros, projetada para atender à tendência

do mercado de aeronaves a jato maiores, de maior capacidade e alcance. O primeiro membro desta família, o

EMBRAER 170, foi certificado em fevereiro de 2004 e seus derivados, EMBRAER 175 e EMBRAER 190, foram

certificados em dezembro de 2004 e agosto de 2005, respectivamente. A cert ificação do EMBRAER 195 foi

concedida em junho de 2006. Também estamos comercializando e vendendo o Legacy 450, Legacy 500 e Legacy

600, uma linha de jatos executivos nas categorias de tamanho médio leve, médio e supermédio, e o Phenom 100,

Phenom 300 e Lineage 1000, que são produtos das categorias de jatos básicos, leves e ultragrandes,

respectivamente. Além d isso, em 2009, apresentamos o novo Legacy 650, um jato executivo de grande porte que

será posicionado em nosso portfólio de jatos executivos entre o Legacy 600 e o Lineage 1000. Para o mercado de

defesa e segurança, oferecemos uma linha de aeronaves de inteligência, v igilância e reconhecimento, baseadas na

plataforma regional de jatos ERJ 145.

2006 Reorganização Corporativa

Em 31 de março de 2006, nossos acionistas aprovaram a reorganização de nossa estrutura empresarial. A

reorganização v isa criar uma base de sustentabilidade, crescimento e continuidade para nossos negócios e

atividades, simplificando nossa estrutura de capital e, assim, melhorando nosso acesso aos mercados de capitais e

aumentando os recursos financeiros para desenvolvimento de novos produtos e programas de expansão. Como

resultado da reorganização e fusão, a antiga Embraer deixou de existir e:

a Embraer (previamente conhecida como Rio Han Empreendimentos e Participações S.A. e

renomeada como Embraer-Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. como parte de nossa

reorganização corporativa de 2006) sucedeu a antiga Embraer em todos os direitos e obrigações,

cada ação ordinária da antiga Embraer foi trocada por uma ação ord inária da Embraer,

cada ação preferencial da antiga Embraer foi trocada por uma ação ordinária da Embraer,

cada Ação de Depósitos Americanos ou ADS da antiga Embraer, cada qual representando quatro

ações preferenciais da antiga Embraer foi t rocada por uma ADS da Embraer, cada qual representando

quatro ações ordinárias da Embraer; e

a golden share (ação dourada), uma classe especial de ações ordinárias da antiga Embraer detida pela

República Federativa do Brasil, foi t rocada por uma classe especial de ações ordinárias da Embraer.

2010 Alteração da Denominação S ocial da Embraer e Alteração do Escopo da Unidade de Negócios de Defesa

Em 19 de novembro de 2010, nossos acionistas aprovaram uma alteração em nossa denominação social,

que passou de Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. para Embraer S.A., bem como o acréscimo de

capacidades e a ampliação da finalidade de nossa unidade de negócios de defesa, permitindo que essa unidade

fabrique e comercialize equipamentos, materiais, sistemas, software, acessórios e componentes para os setores de

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defesa, segurança e energia, além de realizar ativ idades técnicas e prestar serviços relacionados a essas áreas. Como

resultado, nosso estatuto social foi alterado para permit ir a inclusão dessas atividades em nosso objeto social.

Alianças Estratégicas e Oportunidades de Crescimento

É nossa intenção rever as oportunidades de crescimento estratégicas, que poderão incluir ―jo int ventures‖ e

aquisições bem como outras operações estratégicas, e melhorar nosso atual relacionamento com protagonistas

mundiais de expressão nos segmentos aerosespacial e de defsa e segurança, inclusive com os integrantes dos grupos

a seguir.

Alianças Estratégicas

Grupo Europeu Aeroespacial e de Defesa

Em 5 de novembro de 1999, um grupo formado por (1) Aerospatiale Matra, atualmente conhecida como

European Aeronautic, e a Defense and Space Company N.V., ou EADS, (2) Dassault Aviation, (3) Thomson -CSF,

atualmente conhecida pelo seu nome comercial ThalesTM

, e (4) a Société Nat ionale d'Étude et de Construction de

Moteurs d'Aviation, ou Safran, às quais nos referimos coletivamente como o Grupo Europeu Aeroespacial e de

Defesa, adquiriu 20% das ações ordinárias em circulação dos nossos detentores de ações ordinárias na época. A

maioria das ações ordinárias adquiridas pelo Grupo Europeu Aeroespacial e de Defesa era prop riedade de nossos

antigos acionistas controladores.

Devido ao fato de os membros do Grupo Europeu Aeroespacial e de Defesa serem, na época, considerados

por nossos antigos acionistas controladores como sócios estratégicos da Embraer, lhes foi concedido o d ireito, como

um grupo, de nomear dois membros de nosso Conselho de Administração. No entanto, devido à rescisão do acordo

entre nossos antigos acionistas controladores com relação à reorganização corporativa aprovada em 2006, o Grupo

Europeu Aeroespacial e de Defesa deixou de ter direito a nomear membros para o nosso Conselho de

Admin istração, a não ser que de acordo com o direito geral previsto na Lei das Sociedades por Ações brasileira.

Além disso, de acordo com a lei brasileira, o European Aerospace and Defense Group não é mais reconhecido como

um grupo para fins de voto nem considerado como acionistas estratégicos da Embraer. Em março 31, 2011, a

Dassault e a Safran eram detentoras individuais de ações que representavam 0,9% e 1,1% do total de nosso capital

social, respectivamente. A Thales vendeu todas as suas ações em outubro de 2006 e a EADS vendeu todas as suas

ações em uma oferta secundária em fevereiro de 2007.

Nossa aliança estratégica com o Grupo Europeu aeroespacial e de Defesa nos permit iu desen volver várias

oportunidades de negócio. Por exemplo, nossa aliança com o Grupo Europeu Aeroespacial e de Defesa resultou no

consórcio com a EADS para adquirir uma part icipação de 65% na OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal S.A.,

ou OGMA, e na integração dos sistemas de missão e equipamentos eletrônicos da ThalesTM

em algumas de nossas

aeronaves EMB 145 AEW&C, além de transações comerciais para a compra pela Embraer de certos equipamentos e

serviços dos membros do Grupo Europeu Aeroespacial e de Defesa no curso usual de nossos negócios.

AVIC

Em abril de 2011 avençamos um acordo estrutural com a AVIC para implmentação da linha de produção

do Legacy 600/650, aproveitando a infraestrutura, recursos financeiros e a mão de obra da Harb in Embraer Aircraft

Industry Company Ltd. ou HEAI, nossa ―joint venture‖ com a Harbin A ircraft Industry (Group) Co. Ltd. e a Hafei

Aviation Industry Co. Ltd, ambas subsidiárias da AVIC. Este programa de cooperação manterá seu foco na

produção da família Legacy 600/650 na China e pretende abrigar a crescente demanda do mercado chinês de aviação

executiva.

AEL Sistemas

Em abril de 2011, nós e a AEL Sistemas, subsidiária da empresa israelense Elb it Systems Ltd., anunciamos a

celebração de um contrato estratégico com a finalidade de avaliar as perspectivas da exploração conjunta de

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sistemas de antenas não tripulados (UAS), inclusive a possível criação de empresa para exp lorar este segmento, com

participação majoritária de nossa unidade de defesa e segurança.

Joint Ventures

HEAI

Em dezembro de 2002, formamos a HEAI, uma ―jo int venture‖ com a Harbin A ircraft Industry (Group) Co. Ltd. e a

Hafei Aviation Industry Co. Ltd., ambas subsidiaries da AVIC, para fabricar, comercializar e apoio pós -vendas da

família de jatos regionais ERJ 145. Detemos 51% do capital social da HEAI. Concedemos à HEAI uma licença de

direitos exclusivos para produzir, comercializar e dar apoio à família de jatos regionais ERJ 145 nos mercados

chineses, e contribuímos US$ 12,4 milhões em espécie, ferramental e estoques para a ―joint venture‖. Nossos

parceiros na ―joint venture‖ contribuíram com os direitos de uso da terra em Harb in, China, e contribuíram US$ 10,8

million em espécie e instalações para ―joint venture‖. A apresentação do primeiro ERJ 145 montado pela ―joint

venture‖ ocorreu em dezembro de 2003, sendo que a ―joint venture‖ celebrou seu primeiro contrato para a venda de

seis aeronaves com a China Southern Airlines em fevereiro de 2004. Em 31 de dezembro de 2010, a Harbin Embraer

Aircraft Industry Company Ltd. celebrou contratos com cinco empresas aéreas chinesas para aeronaves 46 ERJ, das

quais 44 foram entregues até 31 de dezembro de 2010. Em outubro de 2007, foi entregue o jato no. 1000 da família

ERJ 145 pela Harb in Embraer Aircraft Industry Co. Ltd.

AIRHOLDINGS

Em março de 2005, um consórcio formado por nós e a EADS comprou 65% das ações da OGMA através

de uma hold ing recém-criada, AIRHOLDING, SGPS, S.A. Na época, detínhamos 99% do capital da hold ing e a

EADS o 1% restante. Além d isso em março de 2006, a EADS exerceu sua opção de aumentar sua participação e

atualmente detém 30% do capital da holding acima referenciada. A OGMA é um dos principais representantes do

setor de aviação na Europa, oferecendo serviços que abrangem manutenção e reparos de aeronav es civis e militares,

motores e peças, montagem de componentes estruturais e suporte de engenharia.

CAE

Em outubro de 2006, celebramos um contrato com a companhia canadense CAE Inc., ou CAE, para formar

uma joint venture de treinamento global que fornecerá t reinamento abrangente para pilotos e equipe de solo aos

clientes do jato básico Phenom 100 e da aeronave a jato leve Phenom 300. Este programa de formação já começou a

ser oferecido na CAE SimuFlite, em Dallas, Texas, após o início da operação do Phenom 100 em 2008 e se

expandiu para Burgess Hill, no Reino Unido em 2009. Espera-se que a joint venture forneça treinamento com

certificação e pós-certificação para pilotos, técnicos de manutenção e pessoal de despacho.

Liebherr Aerospace

Em julho de 2008, adquirimos por US$ 20.0 milhões uma participação de 40% controlada pela Liebherr

Aerospace SAS, ou Liebherr, da ELEB–Equipamentos Ltda., ou ELEB, uma joint venture de 60%/40% que

formamos com a Liebherr em 1999. A ELEB é fabricante de sistemas e componentes aeroespaciais e seus principais

produtos incluem sistemas de aterrissagem, subcomponentes hidráulicos e eletromecânicos, como atuadores,

válvulas, acumuladores e torres de controle.

Orbisat

Em março de 2011, assinamos contrato de R$28.5 milhões para a compra de 64,7% de part icipação no

capital dos negócios de radares da OrbiSat da Amazônia S.A., ou Orb iSat, empresa brasileira que criou um negócio

de radares em 2002 para desenvolver tecnologia de última geração para sensoriamento remoto aéreo, marít imo e

terrestre e vigilância aérea. O contrato deve ser apresentado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica, ou

CADE, para obtenção de aprovação antitrust. Esta é a primeira aquisição feita por nossa recém criada unidade de

negócios de defesa e segurança.

Atech

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Anunciamos em abril de 2011, a aquisição por R$ 36 milhões de 50% do capital social da Atech Negócios em

Tecnologias S.A., ou Atech, com o fim de aumentar a nossa capacidade para o desenvolvimento de produtos e

serviços na área de Comandos, Controles, Co municações, Computação e Inteligência, ou C4I, sistemas e

aperfeiçoamento da habilidade de fornecer sistemas integrados para os mercados de defesa e segurança, comandos e

controles, defesa aérea e controle de tráfego aéreo. A aquisição será apresentada à CADE para autorização anti-

monopólio

Gastos de Capital (Imóveis, Instalações, Equipamentos e Desenvolvimento)

Como parte de nossos gastos de capital, incluímos nossos investimentos em desenvolvimento e imóveis,

instalações e equipamentos.

Como parte de nossa transição para as IFRS, nós começamos a capitalizar os gastos incorridos com

desenvolvimento de produto como ativo intangível não circulante em nosso balanço quando for provável que os

projetos criarão benefícios futuros, levando-se em conta sua viabilidade comercial e tecnológica, a disponibilidade

de recursos tecnológicos e financeiros, e apenas quando seu custo venha a ser mensurado com certeza.

Amort izaremos esse ativo na forma de encargos de custo com vendas e serviços em nossa demonstração do

resultado, com base no número total estimado de aeronaves a serem entregues para cada novo projeto de

desenvolvimento de produto. Nós também capitalizamos os gastos com imóveis, instalações e equipamentos como

ativos não circulantes em nosso balanço e valorizamos esse ativo na forma de encargos de custo com vendas e

serviços em nossa demonstração do resultado. Para obter outras informações sobre como amortizamos nosso ativo

intangível e desvalorizamos nossos imóveis, instalações e equipamentos, consulte o "Item 5A. Revisão e

Perspectivas Operacionais e Financeiras Resultados Operacionais – Principais Dados Operacionais e Componentes

de Nossa Demonstração de Resultados – Custo das Vendas e Serviços.

A maioria de nossas despesas com desenvolvimento está associada ao desenvolvimento de novos produtos,

seja para os segmentos de aviação comercial ou executiva. Os gastos com desenvolvimento totalizaram US$162.2

milhões em 2010 e US$205.3 milhões em 2009, incluindo as contribuições de caixa de parceiros de risco. Esse

aumento nos gastos com desenvolvimento resulta de um número menor de certificações de aeronaves em 2010,

enquanto que os gastos adicionais com desenvolvimento foram exig idos em 2009 para preparar a certificação do

Phenom 300 naquele ano.

Recebemos também recursos adicionais de parceiros de risco destinados ao financiamento de custos de

caixa para nossos programas de desenvolvimento de aeronaves comerciais e executivas. As contribuições de caixa

fornecidas pelos parceiros de risco totalizaram US$ 99.4 milhões em 2010 e US$ 102.2 milhões em 2009. Essa

redução nas contribuições de caixa dos parceiros de risco em 2010 foi resultado de um número menor dessas

contribuições naquele ano, devido à certificação do Phenom 300 e ao cumprimento de outros marcos contratuais nos

termos de nossos acordos de parceria de risco. Essa redução nas contribuições de caixa dos parceiros de risco foi

parcialmente compensada pelas contribuições para o programa do 450/500 em 2010. Consulte o "Item 5C. Análise e

Perspectiva Operacional e Financeira — Pesquisa‖.

Nosso principal p rojeto em andamento é o desenvolvimento dos jatos executivos Legacy 450/500. Espera -

se um investimento geral estimado em US$ 750 milhões em imóveis, instalações, equipamento e desenvolvimento

para os programas do Legacy 450/500, que iniciamos em abril de 2008. O jato executivo Legacy 500 deve entrar em

serviço entre 2012 e 2013 e o Legacy 450 um ano após o Legacy 500.

O total de desembolsos em gastos de capital relacionados a imóveis, instalações e equipamentos foi d e US$

73,5 milhões em 2010 e US$ 97,1 milhões em 2009. Esses investimentos estão relacionados principalmente (1) à

construção de novas instalações e (2) melhorias e modificações em nossas fábricas e instalações para a produção dos

novos modelos de aeronaves.

Em 2011, esperamos investir aproximadamente US$ 410.0 milhões em gastos de capital para

desenvolvimento e imóveis, instalações e equipamentos. Desse total, aproximadamente US$210.0 milhões serão

investidos em nossas atividades de desenvolvimento, excluindo-se as contribuições dos parceiros de risco, e US$200

milhões serão investidos em imóveis, instalações e equipamentos. Os gastos de capital de US$200 milhões a serem

desembolsados em relação a imóveis, instalações e equipamentos relacionam-se principalmente a (1) melhorias das

instalações existentes (2) construção da fábrica de Melbourne, na Flórida, iniciada em maio de 2008 , (3) construção

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de duas fábricas em Evora, Portugal, iniciada em ju lho de 2008 e (4) investimentos relacionados ao

desenvolvimento de tecnologia, particularmente na infra-estrutura de robótica na nossa fábrica em Botucatu.

Esperamos investir no Brasil aproximadamente 74% de nossos gastos de capital orçados no valor de

US$410.0 milhões em 2011, a maior parte a ser investida em atividades de desenvolvimento. Os 26% restantes de

nossos gastos de capital serão investidos no exterior, part icularmente em imóveis, instalações e equipamentos para

nossas instalações industriais nas cidades de Melbourne, Flórida e Évora, Portugal. Em 2011, não esperamos receber

valores significativos de contribuições de caixa dos parceiros de risco.

Geralmente, nossos gastos de capital são financiados por recursos gerados por operações, empréstimos sob

contrato de crédito, contribuições em dinheiro de parceiros de risco, adiantamentos de clientes e, em nível menor,

aumentos de capital para atender a essas necessidades. Consulte o ―Item 5B. Análise e Perspectiva Operacional e

Financeira — Liquidez e Recursos de Capital — Visão Geral‖ e ―Item 5C. Análise e Perspectiva Operacional e

Financeira — Pesquisa‖.

Não incorremos em gastos com desenvolvimento de programas de defesa e segurança, uma vez que tais

programas são financiados pelo governo brasileiro e outros clientes do governo nos termos de contratos de

desenvolvimento de longo prazo.

4B. Visão Geral da Empresa

Somos um dos maiores fabricantes de aeronaves comerciais do mundo, com base na receita de aeronaves

comerciais em 2010, com uma base de clientes global. Nossa meta é obter a satisfação do cliente com uma oferta

variada de produtos e serviços para os mercados de aeronaves comerciais, jatos executivos, de defesa, segurança e

serviços de aviação. Nosso negócio de aeronaves comerciais correspondeu a 53,9% da receita líquida em 2010.

Somos o principal fornecedor de aeronaves de defesa para a Força Aérea Brasileira, com base no número de

aeronaves vendidas, e vendemos aeronaves para forças militares na Europa, Ásia e América Latina. Nosso negócio

de aeronaves de defesa e segurança correspondeu a 12,5% da receita líquida de vendas em 2010. Desenvolvemos

uma linha de jatos executivos com base em uma de nossas plataformas de jatos regionais, e lançamos novos jatos

executivos nas categorias de porte básico, leve, u ltragrande, médio leve e médio: as famílias de aeronaves Phe nom

100/300, Lineage 1000 e Legacy 450/500, respectivamente. Nosso negócio de jatos executivos correspondeu a

21,3% da receita de 2010. Fornecer suporte de alta qualidade ao cliente é um elemento importante de nosso foco no

cliente e um fator crít ico para nossa capacidade de manter relacionamentos de longo prazo com nossos clientes.

Nossos serviços de aviação representaram 10,5% da receita em 2010. Outros negócios relacionados representaram

1,8% da receita líquida em 2010. No exercício findo em 31 de dezemb ro de 2010, geramos receita líquida de US$

5.364,1 milhões, da qual mais de 87,3% foram denominadas em dólares norte-americanos. Em 31 de dezembro de

2010, t ínhamos uma carteira de pedidos firmes no total de US$ 15,6 bilhões, que incluíam 250 pedidos firme s de

aeronaves comerciais.

Nossos Pontos Fortes

Acreditamos que nossos principais pontos fortes são:

Maior Fabricante de Jatos Comerciais com uma Base de Clientes Mundial. Somos um dos maiores

fabricantes de jatos para 30 a 120 passageiros, segundo o número de aeronaves vendidas, com forte base mundial de

clientes. Já vendemos nossos jatos regionais e de capacidade média a 70 clientes nos cinco continentes do mundo.

Entre nossos clientes, estão algumas das maiores e mais importantes companhias aéreas region ais de baixo custo e

comerciais de todo o mundo.

Projeto de Aeronaves; Eficiência Operacional e de Custos. Projetamos, desenvolvemos e fabricamos

aeronaves para oferecer a nossos clientes custos de operação, manutenção e treinamento reduzidos, resultantes da

similaridade e eficiência dos projetos e do uso de peças comuns a jatos da mesma família. Essas similaridades nos

permitem reduzir significativamente nossos custos de projeto, desenvolvimento e produção, repassando essa

economia a nossos clientes no preço de venda. Essas similaridades também reduzem o tempo de desenvolvimento de

nossas aeronaves.

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Parceiros Estratégicos de Risco. Com relação a nossas aeronaves comerciais e executivas, desenvolvemos

relacionamentos estratégicos com parceiros -chave para compart ilhar riscos. Esses parceiros de risco desenvolvem e

fabricam uma parte significativa dos sistemas e componentes de nossas aeronaves e contribuem com seus próprios

recursos para o desenvolvimento desses sistemas e componentes, reduzindo assim nossas despesas com

desenvolvimento. Esses parceiros também financiam parte de nossas despesas de desenvolvimento por meio de

contribuições diretas de valores ou materiais. Acreditamos que esses relacionamentos estratégicos nos permitem

reduzir nossas despesas e riscos de desenvolvimento, melhorar nossa eficiência operacional, melhorar a qualidade de

nossos produtos e reduzir o número de fornecedores, o que corresponde a flexibilidade em nosso processo

produtivo.

Benefícios do Desenvolvimento Financiado de Produtos de Defesa. Historicamente, os gastos de

desenvolvimento relativos a aeronaves de uso militar têm sido financiados em grande parte por alguns de nossos

clientes que, nesse segmento de mercado, incluem governos de diferentes países. Esses clientes desempenha m uma

função importante em nosso desenvolvimento em engenharia e industrial. A lém d isso, usamos plataformas

comprovadas desenvolvidas para o segmento da aviação comercial como solução para certos produtos de defesa.

Também vendemos a outros países produtos de defesa comprovados, desenvolvidos para forças militares de

determinados países.

Flexib ilidade da Produção para Atender às Demandas do Mercado. Acreditamos na flexib ilidade dos

processos de produção e da nossa estrutura operacional, inclusive as parcerias de risco, que nos permitem aumentar

ou reduzir a produção em resposta a demandas do mercado.

Mão-de-Obra Experiente e A ltamente Qualificada. Nossos funcionários são experientes e altamente

qualificados. Em 1 de dezembro de 2010, aproximadamente 24,3% de nossa força de trabalho era composta por

engenheiros. Devido ao alto nível de conhecimentos e qualificações dos nossos funcionários e aos nossos programas

de treinamento contínuo, podemos desenvolver novos programas de forma eficiente e fornecer a nossos clientes

serviços e orientação técnica diferencia diferenciados.

Es tratégias de Negócios

Visando fazer com que nosso negócio continue a crescer e a aumentar nossa lucratividade, pretendemos

continuar a oferecer a nossos clientes aeronaves e serviços eficazes em termos de custo, de alta qualidade e

confiáveis. Os elementos principais de nossa estratégia são:

Continuar a promover nossas aeronaves comerciais. Estamos totalmente comprometidos em continuar a

comercialização de nossa família de jatos regionais ERJ 145 e comercializar, de fo rma agressiva, nossas aeronaves

de capacidade média, a família de jatos EMBRAER 170/190. Em 31 de dezembro de 2010, t ínhamos mais de 885

unidades de jatos ERJ 145 em operação comercial. Acred itamos que existe uma oportunidade de mercado

significativa para a família de jatos EMBRAER 170/190 para linhas aéreas regionais cujas frotas estejam em

processo de expansão, aumentando sua penetração em mercados de alta densidade e acrescentando rotas mais

longas. Também acreditamos que a fa mília de jatos EMBRAER 170/190 se popularizará entre as principais

empresas aéreas de baixo custo cuja frota esteja em processo de otimização para adequar a sua capacidade de forma

a atender à demanda em rotas de menor densidade. Em 31 de dezembro de 2010, éramos líderes no segmento de

aeronaves com 70 a 120 assentos, em termos de número de aeronaves vendidas. Também acred itamos que nossas

aeronaves comerciais nos trarão oportunidades significativas para aumentar nossa competitividade oferecendo aos

nossos clientes uma oferta completa de aeronaves de 30 a 120 assentos.

Fortalecer nossa Posição no Mercado de Jatos Executivos. Acreditamos que o mercado de aviação

executiva nos forneça significativas oportunidades de crescimento. Esperamos oferecer produtos em todas as

categorias do mercado de jatos executivos, desde as categorias básicas até as muito grandes. Desenvolvemos o

Legacy 600, uma aeronave de porte supermédio; o Phenom 100, jato de porte básico e o Phenom 300, um jato leve,

além do Lineage 1000, jato ultragrande e estamos desenvolvendo o Legacy 450 e o Legacy 500, jatos executivos das

categorias de porte médio leve e médio, respectivamente. Além disso, em 2010, fizemos a primeira entrega do

Legacy 650, um jato executivo de grande porte que será posicionado em nosso portfólio de jatos executivos entre o

Legacy 600 e o Lineage 1000. Procuramos compreender e responder à demanda do mercado e às necessidades dos

clientes, num esforço de melhorar continuamente o produto e o suporte aos clientes de nossos jatos executivos.

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Continuar a Perseguir Oportunidades de Nicho no Mercado de Defesa e Segurança. Atualmente,

oferecemos produtos para transporte, treinamento, ataque leve, espionagem e reconhecimento. Como nossos

produtos oferecem capacidades mult i-missão a um preço competit ivo e são projetados para operar em qualquer

ambiente a um custo operacional baixo, acred itamos que nossos produtos atendem as necessidades de governos de

combater ameaças atuais que são uma preocupação global, tais como terrorismo, tráfico de drogas e contrabando de

armas.

Enfoque contínuo de satisfação do cliente e suporte . Acreditamos que nosso enfoque em satisfação do

cliente seja fundamental para nosso sucesso como empresa e para nossa estratégia de negócios. Fornecer suporte e

serviços de alta qualidade ao cliente é um elemento essencial do nosso enfoque no cliente e um fator crít ico para

mantermos relacionamentos de longo prazo com nossos clientes, além da competitiv idade de nossos produtos no

mercado. Como o número de aeronaves em operação continua a crescer, e nosso negócio de aviação executiva se

expande, aumentamos nosso compromisso em fornecer a nossos clientes um nível adequado de suporte após a

venda, incluindo assistência técnica, treinamento, manutenção, peças sobressalentes e o utros serviços relacionados.

Isso é evidenciado, por exemplo, pela expansão de nossa base de apoio e serviço ao cliente.

Oferecemos a nossos clientes algumas instalações serviços de manutenção, reparos e recondicionamento de

aeronaves, ou MROs, em todo o mundo. Possuímos e operamos oito MROs, localizados nos EUA, Portugal, Brasil e

França. Além disso, nossa rede de MROs também compreende quatro centros autorizados de terceiros localizados

no Brasil, no Reino Unido, na China e África do Sul. Para obter mais informações sobre nossa rede de suporte e

serviços, consulte "Suporte ao Cliente e Serv iços".

Continuar motivando nossos funcionários e melhorar nossos processos de produção e práticas gerenciais.

Buscamos constantemente superar as expectativas de nossos clientes. Para conseguir superar esta meta, precisamos

todos os dias continuar a implementar os processos de produção mais eficazes e as melhores práticas gerenciais.

Como o sucesso de nossos produtos e serviços é efetivamente uma combinação da contribuição de nossos

funcionários e dos processos de produção que desenvolvemos ao longo dos anos, reconhecemos que devemos

continuar motivando os funcionários e aprimorar os processos de produção. Com esse objetivo, implementamos e

pretendemos desenvolver ainda mais programas empresariais com base na filosofia de "produção enxuta‖, como o

Programa de Excelência Empresarial da Embraer, pro jetado para fortalecer nossa cultura interna de excelência e

melhorar a eficiência de nossas operações.

O Negócio de Aviação Comercial

A Embraer pro jeta, desenvolve e fabrica uma variedade de aeronaves comerciais. Nosso segmento de

aeronaves comerciais representa nossa principal linha de negócio, correspondendo a 53,9% da receita para o

exercício findo em 31 de dezembro, 2010.

Produtos

A Embraer desenvolveu o ERJ 145, um jato regional de dois motores com capacidade para 50 passageiros,

lançado em 1996, para atender à demanda crescente das companhias aéreas regionais por aeronaves de alcance

médio movidas a jato. Após menos de dois anos de desenvolvimento, fo i lançado, em ju lho de 1999, o ERJ 135, um

jato regional para 37 assentos baseado no ERJ 145. Também foi desenvolvido o ERJ 140, com capacidade para 40

passageiros, como parte da família de jatos regionais ERJ 145, que começou a s er entregue no segundo semestre de

2001. Acred itamos que a família de jatos regionais ERJ 145 forneça o nível de conforto, autonomia e velocidade de

um jato a custos comparáveis ao de aeronaves a turboélice. Continuamos a desenvolver uma plataforma para 70 a

122 passageiros, a família de jatos EMBRAER 170/190, para atender à demanda do mercado de aeronaves

comerciais por jatos maiores, mais velozes e de maior alcance e para diversificar ainda mais nossa presença no

mercado de aeronaves a jato. A Embraer continua a analisar a demanda por novas aeronaves no mercado de aviões a

jato para determinar modificações potencialmente bem sucedidas nas aeronaves já em produção.

Família de jatos Regionais ERJ 145

O ERJ 145 é um jato reg ional de dois motores com capacidade para até 50 passageiros. O jato fo i

desenvolvido para atender à demanda crescente do setor de transporte aéreo por uma aeronave que oferecesse maior

velocidade, conforto e capacidade do que um aparelho turboélice. O ERJ 145 foi certificado pela autoridad e de

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aviação brasileira em novembro de 1996, pela FAA em dezembro de 1996; pela autoridade de aviação europeia em

maio de 1997, pela autoridade de aviação australiana em junho de 1998 e pela autoridade de aviação chinesa, em

dezembro de 2000. O ERJ 145 começou a ser entregue em dezembro de 1996. Em outubro de 2007, entregamos

nossa milésima aeronave ERJ 145, fabricada pela Harb in Embraer Aircraft Industry Co. Ltd. para o HNA Group.

O desenvolvimento da aeronave ERJ 145 fo i parcialmente baseado no EMB 120 Brasília , e possui

aproximadamente 30% de peças e componentes em comum com essa aeronave, incluindo a seção no nariz e da

cabine. O ERJ 145 possui velocidade máxima de cruzeiro de Mach 0,78, ou 450 nós, e alcance máximo de 1.060

milhas náuticas com carga total na versão standard. O ERJ 145 é equipado com motores fabricados pela Rolls -

Royce Allison. Esses motores foram projetados para operar por 10.000 horas de vôo entre manutenções de grande

porte, e apresentam custos de combustível inferio res. Além d isso, o ERJ 145 é equipado com instrumentos de voo

sofisticados, tais como instrumentos de indicação dos motores, sistemas de alerta à tripulação e sistema digitais de

controle de voo, produzidos pela Honeywell.

O ERJ 145 também está disponível em versão LR de longo alcance e, atendendo a solicitações de clientes,

foi desenvolvida uma versão de superlongo alcance, a versão XR da aeronave. O ERJ 145 LR possui um tanque de

combustível maior, motores mais potentes e um alcance maior do que a versão standard. O ERJ 145 LR, certificado

pela autoridade brasileira de aviação, pela FAA e pela autoridade européia de aviação em 1998 e pela autoridade

chinesa de aviação em novembro de 2000, utiliza motores que fornecem uma impulsão 15% maior, permit indo que a

aeronave opere com capacidade máxima em rotas de até 1.550 milhas náuticas. O ERJ 145 XR possui um motor

turbofan novo e atualizado, tanques de combustível de maior capacidade e winglets. O ERJ 145 XR, cert ificado pela

autoridade brasileira de aviação em agosto de 2002 e pela FAA em outubro de 2002, oferece consumo de

combustível reduzido, um alcance máximo de 2.000 milhas náuticas com capacidade máxima e capacidades

operacionais avançadas para altas temperaturas e altitudes. O ERJ 145 LR começou a ser entregue em fevereiro de

1998, e o ERJ 145 XR em outubro de 2002.

O ERJ 135 é um jato reg ional para 37 passageiros baseado no mes mo projeto do ERJ 145, e utiliza a

mes ma linha de fabricação. O ERJ 135 possui aproximadamente 96% de peças e componentes em comum com o

ERJ 145, o que resulta em menor necessidade de peças sobressalentes e permite a utilização do mes mo equipamento

de apoio no solo para clientes que utilizam as duas aeronaves. O ERJ 135 foi certificado pela autoridade brasileira

de aviação em junho de 1999, pela FAA em julho de 1999 e pela autoridade européia de aviação em outubro de

1999. O ERJ 135 começou a ser entregue em ju lho de 1999.

O ERJ 135 possui velocidade máxima de operação de Mach 0,78, ou 450 nós e alcance máximo de 1.330

milhas náuticas com carga total na versão standard. O ERJ 135 utiliza os mesmos motores, instrumentos de voo

sofisticados, sistemas digitais de controle de voo e projeto estrutural do ERJ 145. A fuselagem do ERJ 135 possui

11,6 pés a menos do que o ERJ 145. O ERJ 135 também está disponível em versão LR com alcance máximo de

1.700 milhas náuticas com carga total. A versão LR recebeu a certificação ao mesmo tempo em que a versão

standard, e começou a ser entregue em agosto de 1999.

O ERJ 140 fo i desenvolvido para atender a solicitações dos clientes. O ERJ 140 é um jato regional para 44

passageiros baseado no mes mo projeto do ERJ 135, e é fabricado na mes ma linha de produção do ERJ 145 e do ERJ

135. O ERJ 140 possui aproximadamente 96% de comunalidade com o ERJ 145 e o ERJ 135, oferecendo aos nossos

clientes benefícios significat ivos em termos de manutenção e operações. O ERJ 140 foi certificado pela autoridade

brasileira de aviação em junho de 2001 e pela FAA em ju lho de 2001. O ERJ 140 possui um alcance de 1.230

milhas náuticas na versão standard com capacidade máxima. O ERJ 140 está disponível em uma versão LR com um

alcance em capacidade máxima de 1.630 milhas náuticas. O ERJ 140 começou a ser entregue em ju lho de 2001.

A família de jatos regionais ERJ 145 permite certificação de pilotos e procedimentos de manutenção

padronizados.

Família de jatos EMBRAER 170/190

A família de jatos EMBRAER 170/190 oferece aos nossos clientes quatro opções de aeronaves de

capacidade média. O EMBRAER 170 é um jato para 70 a 80 passageiros e o EMBRAER 175 é um jato para 78 a 88

passageiros, enquanto a série EMBRAER 190 acomoda 98 a 114 passageiros e o EMBRAER 195 é um jato para

108 a 122 passageiros.

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29

O EMBRAER 170 foi certificado pela autoridade de aviação brasileira, a FAA, a autoridade conjunta de

aviação da Europa (a antiga organização de consultoria que fez recomendações sobre a certificação para autoridades

nacionais fora da UE), ou JAA, a EASA e a autoridade da Polônia em fevereiro de 2004 e as entregas do

EMBRAER 170 começaram em março de 2004. O EMBRAER 175 foi cert ificado pela autoridade de aviação

brasileira em dezembro de 2004, pela EASA em janeiro de 2005, pela TCCA, a autoridade de certificação

canadense, em julho de 2005, e pela FAA em agosto de 2006. O EMBRAER 190 foi certificado pela autoridade de

aviação brasileira em agosto de 2005, pela FAA em setembro de 2005 e pela EASA em junho de 2006. O

EMBRAER 195 foi certificado pela autoridade de aviação brasileira em junho de 2006, pela EASA em julho de

2006 e pela FAA em agosto de 2007.

Projetamos a família de jatos EMBRAER 170/190 para maximizar os benefícios de comunalidade. As

aeronaves da família compartilham cerca de 89% dos mesmos componentes. O alto nível de comunalidade dessa

nova família de jatos reduziu as nossas despesas de desenvolvimento e nosso tempo de desenvolvimento. Podemos

antever que essa comunalidade trará uma economia significat iva para nossos clientes em termos de treinamento

simplificado, peças menos dispendiosas e custos de manutenção e operacionais menores. Devido a d iferenças de

peso e tamanho, a família de jatos EMBRAER 170/190 não utilizará o mes mo projeto de asa. Essa família de jatos

de capacidade média possui motores presos à parte inferior das asas - um pro jeto que visa a aumentar a potência e a

economia de combustível e minimizar os prazos de manutenção. Todos os modelos de aeronaves dessa família são

equipados com motores fabricados pela General Electric e possuem sistemas eletrônicos de aviação de ponta

fabricados pela Honeywell.

As principais características da família de jatos EMBRAER 170/190 são:

Desempenho. Todos os quatro aparelhos da família de jatos EMBRAER 170/190 têm velocidade de

cruzeiro máxima de Mach 0,82. O EMBRAER 170 e o EMBRAER 175 têm alcance máximo de

1.700 e 1.600 milhas náuticas, respectivamente, com carga total e estão disponíveis em versões LR

de longo alcance, com alcance máximo de 2.000 e 1.800 milhas náuticas, respectivamente, com carga

total. O EMBRAER 190 e o EMBRAER 195 têm alcances máximos de 1,700 e 1,500 milhas

náuticas, respectivamente, com capacidade máxima, e estarão disponíveis em versões LR de longo

alcance, com alcances máximos de 2.300 e 2,100 milhas náuticas, respectivamente, com capacidade

máxima.

Serviço de terra. O pro jeto de motor sob a asa e a existência de quatro portas, duas na frente e duas

atrás, facilitam o acesso e a eficiência dos serviços no solo.

Espaço na cabine e espaço para carga. A segurança e o conforto dos passageiros foram ampliados na

família de jatos EMBRAER 170/190. O projeto "bolha-dupla" da aeronave permite uma cabine com

quatro assentos adjacentes, um corredor mais largo, mais espaço e altura interior e um

compartimento de bagagem maior do que os dos jatos de capacidade média, existentes ou em

desenvolvimento, de nossos concorrentes.

EMB 120 Brasília

O EMB 120 Brasília é uma aeronave pressurizada de dois motores turboélice montados nas asas, que

acomoda até 30 passageiros. O EMB 120 Brasília foi desenvolvido para atender à demanda do setor de companhias

aéreas comerciais por uma aeronave regional para 30 passageiros, de alta velocidade e consumo eficiente de

combustível. O EMB 120 Brasília foi certificado pela FAA em maio de 1985 e pela autoridade de aviação brasileira

em ju lho de 1985. Desde o seu lançamento em 1985 e até 31 de dezembro de 2008, foram entregues 352 EMB 120

Brasília para o mercado regional e seis EMB 120 Brasília para o mercado de defesa e segurança. A Embraer fabrica

atualmente o EMB 120 Brasília apenas sob encomenda.

Clientes

Consideramos possuir uma base de clientes variada e global, principalmente no mercado de aeronaves

comerciais da Europa, Oriente Médio, África, Ásia (principalmente China) e Américas. Entre nossos principais

clientes de aeronaves comerciais, estão algumas das maiores companhias aéreas regionais de baixo custo que

operam as principais linhas aéreas do mundo. Em 31 de dezembro de 2010, nossos maiores clientes de pedidos

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firmes eram Express Jet, American Eagle, Northwest Airlines, JetBlue A irways, Flybe, US Airways, Republic

Airlines, Azul (a nova companhia aérea brasileira fundada em 2008), HNA Group, Lufthansa, Air Canada e

Regional (uma subsidiária da A ir France).

Para obter uma análise desses importantes relacionamentos com clientes, consulte o "Item 3D. Informações

chave — Fatores de Risco — Riscos Relacionados à Embraer — Dependemos de clientes e fornecedores

estratégicos, cuja perda poderia causar danos ao nosso negócio". Consulte também a Nota 7 de nossas

demonstrações financeiras consolidadas auditadas, para obter mais informações sobre nossos maiores clientes.

Geralmente, vendemos nossas aeronaves comerciais de acordo com contratos com nossos clientes, em que

são estipulados preços fixos ajustados por uma fórmula de reajuste que reflete, em parte, a inflação nos Estados

Unidos. Esses contratos incluem, geralmente, uma opção para que nossos clientes adquiram aeronaves adicionais

por um preço fixo, sujeito a ajustes com base na mes ma fórmula de reajuste. Além d isso, nossos contratos incluem

um pacote de suporte de produtos para cobrir a entrada em serviço de quatro aeronaves , bem como a garantia geral

para tais aeronaves. Outras provisões para desempenho de aeronaves específicas e requisitos de projeto são

negociadas com nossos clientes. Alguns de nossos contratos também incluem provisões para cancelamento e opções

de troca e garantias financeiras e de valor residual. Consulte o "Item 3D. Informações chave — Fatores de Risco -

Riscos Relacionados à Embraer — Determinadas vendas de nossas aeronaves podem estar sujeitas a opções de troca

e garantias financeiras e de valor residual que podem exig ir desembolso significativo de caixa no futuro‖ para obter

uma análise mais detalhada sobre essas provisões.

Vendas e Marketing

Nossa estratégia de comercialização baseia-se na avaliação do mercado mundial de empresas aéreas

comerciais e na avaliação das necessidades atuais e futuras de nossos clientes. Promovemos ativamente as nossas

aeronaves para empresas aéreas e afiliadas regionais das principais empresas aéreas por meio dos escritórios

regionais nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Nosso sucesso depende de forma significativa da nossa capacidade de

entender as necessidades de nossos clientes, inclu indo necessidades de atendimento ao cliente e suporte a produtos,

e de atender a essas necessidades de forma pontual e eficiente, mantendo, ao mesmo tempo, a alta qualidade de

nossos produtos. Nossos analistas de mercado e do setor de companhias aéreas se concentram em tendências de

longo prazo do mercado, análise competit iva, planejamento de melhoria de produtos e análise de companhias aéreas.

Em termos de marketing direto para nossos clientes, usamos intensamente a imprensa e participamos de eventos

aéreos ou outros eventos de custo acessível que fortalecem a nossa presença junto ao cliente e o reconhecimento da

marca. Possuímos escritórios regionais de vendas em Le Bourget, na França; Fort Lauderdale, na Flórida; Pequim,

na China; e em Cingapura. Nossa família de jatos regionais ERJ 145 é vendida no mercado chinês exclusivamente

pela nossa joint venture na China, que obteve 46 pedidos firmes de companhias aéreas chinesas desde o início de

2004, 44 das quais foram entregues em 31 de dezembro de 2010.

Produção, Novos Pedidos e Opções

Antes de iniciar a produção ou desenvolvimento de um novo projeto, obtemos cartas de intenção

representando pedidos futuros para um número significativo de aeronaves. Normalmente, iniciamos o processo

recebendo pedidos e criando uma carteira de pedidos dois anos antes de começar a produção de um novo modelo de

aeronave, com a finalidade de receber um número significativo de pedidos antes da entrega da primeira aeronave.

Uma vez recebido um pedido, reservamos um lugar para esse pedido na linha de produção, assegurando manter uma

produção suficiente para atender à demanda. Uma vez reservado um lugar na linha de produção, podemos fornecer

aos clientes datas de entrega para seus pedidos.

Um pedido é inclu ído na carteira de pedidos após o recebimento de um compromisso legal, representado

por um contrato assinado. Nossa carteira de pedidos exclu i opções de compra e cartas de intenção para as quais não

foram fechados contratos definitivos. Para a venda de aeronaves comerciais, normalmente é feito um depósito

quando da assinatura de um contrato de compra, além de pagamentos iguais a 5% do preço de venda da aeronave 18

meses antes da data de entrega programada, outros 5% doze meses antes da entrega e mais 5% seis meses antes da

entrega. Para a família de jatos EMBRAER 170/190, a empresa recebe um pagamento adicional de 5% 24 meses

antes da entrega programada. O montante restante do preço de venda é geralmente pago no ato de entrega da

aeronave. Os depósitos e os pagamentos subsequentes não são restituíveis para a maioria das peças, caso os pedidos

sejam cancelados.

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31

Nossas opções de compra geralmente dão a nossos clientes o direito de adquirir uma aeronave no futuro a

um preço fixo e em uma data de entrega defin ida, sujeita a provisões de reajuste de acordo com um contrato de

compra. Quando um cliente decide converter uma opção de compra, este pedido passa a ser considerado como um

pedido firme. Ocasionalmente, estendemos a data de exercício de nossas opções e renegociamos o cronograma de

entrega para pedidos firmes, além de permitirmos que os clientes convertam seus pedidos firmes ou opções de

compra para outra aeronave da mes ma família de aeronaves comerciais.

Concorrência

Geralmente enfrentamos concorrência dos principais fabricantes no mercado internacional de aeronaves.

Cada categoria de produto que fabricamos enfrenta concorrência de natureza diferente e, normalmente, de empresas

diferentes. Alguns de nossos concorrentes possuem mais recursos financeiros, de marketing e outros do que nós.

Categoria de 30 a 60 passageiros.

Os principais concorrentes da família de jatos regionais ERJ 145 são:

CRJ-100/200/440 (em outubro de 2005, a Bo mbardier anunciou que pretendia parar de fabricar

aeronaves CRJ-100/200/440);

ATR-42, um turboélice para 50 passageiros fabricado pela ATR, um projeto conjunto da Alenia

Aeronautica da Itália e a EADS; e

o Q-300, um turboélices de 50 passageiros fabricado pela Bombardier, cuja produção ela

descontinuou em maio de 2009.

Considerando o sucesso de nossa família de jatos regionais e as barreiras significativas para entrada no

mercado, causadas principalmente pelos altos custos de desenvolvimento de novos modelo s e pelo extenso e longo

ciclo de desenvolvimento de um novo jato, acreditamos estarmos bem posicionados para aumentar nossa

participação de mercado na categoria de 30 a 60 assentos com a nossa família de jatos regionais ERJ 145.

Categorias de 61 a 90 e 91 a 120 passageiros

No momento, as categorias de aeronaves para 61 a 90 e 91 a 120 passageiros enfrentam concorrência mais

acirrada. Competimos atualmente com aeronaves destas categorias:

ATR-72, um turboélice para 72 passageiros, produzido pela ATR;

Q-400, um turboélice para 72 passageiros, produzido pela Bombardier;

CRJ-700 e CRJ-900, jatos regionais para 70 e 85 passageiros respectivamente, produzidos pela

Bombardier;

A318, um jato para 100 ou mais passageiros, produzido pela Airbus; e

Boeing 737-600, um jato para 100 ou mais passageiros.

Esperamos novos desenvolvimentos de concorrentes atuais e novos neste segmento de mercado, incluindo:

O CRJ-1000 da Bombard ier, um jato regional para 100 passageiros, lançado em fevereiro de 2007,

com as primeiras entregas em dezembro de 2010;

O jato CSeries da Bombardier lançado em 2008, para 110 a 130 passageiros, que deverá entrar em

operação em 2014;

SSJ100 da Sukhoi, um jato regional para 75 a 95 passageiros, com a versão para 95 passageiros

programada oficialmente para entrar em operação em 2011;

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ARJ21 da COMAC, um jato regional para 90 a 105 passageiros, com a versão para 90 passageiros

programada oficialmente para entrar em operação em 2012; e

MRJ da Mitsubishi Heavy Industries, um jato reg ional para 75 a 96 passageiros lançado em março de

2008, que deverá entrar em operação em 2015.

Os fatores chave de competitividade nos mercados dos quais participamos incluem características de

projeto e tecnológicas, custos operacionais das aeronaves, preço das aeronaves, incluindo custos de financiamento,

serviço ao cliente e eficiência na fabricação. Acred itamos que seremos capazes de competir de forma favorável em

termos da nossa base global de clientes, desempenho das aeronaves, baixos custos de operação, experiência no

desenvolvimento de produtos, aceitação do mercado, projeto da cabine e p reço das aeronaves.

O Negócio de Aeronaves de Defesa e Segurança

Recentemente a Embrar acrescentou capacidades e ampliou o escopo de sua unidade corporativa dedicada

ao mercado de defesa e segurança. A criação das novas unidades de defesa e segurança da Embraer é uma etapa

importante na direção da consolidação da Embraer como principal fornecedora de soluções de defesa e segurança

para o governo brasileiro, assim como para governos de outros países.

Concebemos, projetamos, desenvolvemos, fabricamos e oferecemos suporte a uma ampla gama de soluções

integradas para os mercados de defesa e segurança. Nossos produtos incluem aeronaves de treinamento/ataque leve,

plataformas de vigilância aérea, aeronaves de transporte militar, aeronaves de transporte governamental e sistemas

de Comando, Controle, Comunicações, Computador, Inteligência, Vig ilância e Reconhecimento, ou sistemas

C4ISR. Oferecemos um portfólio completo de atendimento ao cliente, abrangendo desde soluções de manutenção e

materiais até programas completos de Suporte Logístico ao Contratado. Em 31 de dezembro de 2010, tínhamos

vendido mais de 1.150 aeronaves de defesa, incluindo aeronaves de transporte governamental, para 25 forças

armadas e operadoras em todo o mundo. Também somos o principal fornecedor de aeronaves de defesa para a Força

Aérea Brasileira, em termos do número total de aeronaves da frota. Nosso segmento de defesa e segurança

representou 12,5% de nossa receita no exercício findo em 31 de dezembro de 2010.

Produtos

Sistemas C4ISR

A Embraer desenvolveu três aeronaves para missões especiais, econômicas, confiáveis e flexíveis, baseadas

na plataforma de aeronaves regionais ERJ 145: EMB 145 Airborne Early Warning and Control – A lerta Aéreo

Antecipado e Controle, ou AEW&C, EMB 145 Mult i Intel e EMB 145 (Pat rulhamento Marít imo), ou MP. Desde a

primeira entrega, um total de 15 dessas aeronaves foi fabricado para a Força Aérea Brasileira, a Força Aérea

Mexicana e a Força Aérea Grega.

Acreditamos que o EMB 145 AEW&C é a aeronave de Alerta Aéreo Antecipado e Controle mais avançada

e econômica d isponível no mercado. É uma aeronave que combina a plataforma de aeronaves regionais ERJ 145

confiáveis e econômicas da Embraer com o exclusivo radar AEW phased-array ativo, de alto desempenho e

multimodo, um poderoso sistema C4I e um conjunto abrangente de sistemas de suporte, como autoproteção e

comunicações, inclu indo links de dados. O EMB 145 AEW&C está em operação nas Forças Aéreas Brasileira,

Mexicana e Grega. A lém d isso, em 2008, assinamos um contrato com a Força Aérea Indiana para a venda de três

unidades de nossa aeronave EMB 145 AEW&C, as quais estão sendo montadas no momento em conformidade com

a programação de entrega deste contrato.

O EMB 145 Multi Intel, também conhecido como EMB 145 Remote Sensing/Airborne Ground

Surveillance – Sensoriamento Remoto/Vigilância Aérea do Solo, ou RS/AGS, foi projetado para realizar missões

eletrônicas e de reconhecimento. Possui sensores modernos IMINT (Inteligência de Imagem), SIGINT (Inteligência

de Sinal) e MASINT (Inteligência de Medição e Assinatura) e é capaz de fornecer dados de inteligência em tempo

real de imagens e sinais de objetivos no solo. É equipado com vários conjuntos de sensores, que abran gem desde o

radar de abertura sintética de alto desempenho até sensores eletro-ópticos, e inclui sistemas de comunicação e de

exploração elet rônica capazes de coletar informações completas de inteligência. O EMB 145 Mult i Intel está

atualmente em operação na Força Aérea Brasileira.

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A aeronave EMB 145 MP é projetada para lidar com ameaças na área costeira e em mar aberto. O EMB

145 MP fo i pro jetado para realizar missões de patrulhamento marítimo e de guerra anti -submarino, utilizando

radares de vigilância marít ima e terrestre, sensores eletroópticos e comunicações e outros equipamentos de

vigilância e comunicações. Na configuração ASW, o EMB 145 MP fo i projetado para realizar missões de

patrulhamento de guerra anti-submarino. O EMB 145 MP está em operação na Força Aérea Mexicana.

A Embraer também desenvolve e integra sistemas modernos de C4ISR para clientes de defesa que exigem

informações precisas em tempo real. Nossos sistemas C4ISR operam em todas as nossas três aeronaves EMB. As

informações fornecidas pelos sistemas C4ISR visam a proporcionar às organizações de defesa a capacidade de

coletar, processar e propagar um fluxo in interrupto de dados precisos e em tempo hábil, permit indo que tomem

decisões melhores e ajam de maneira mais ráp ida e eficaz. Acred itamos que seja viável a entrada da Embraer no

setor de sistemas C4ISR devido à compreensão técnica que a empresa possui em relação a vários tópicos

importantes, como gerenciamento de conhecimento, tecnologias de visualização, ferramentas de tomada de decisões

e metodologias de desenvolvimento de conceitos. Um exemplo prático das contribuições da Embraer no campo de

sistemas C4ISR é a defin ição e o desenvolvimento de um novo protocolo de link de dados fornecido à a Força Aérea

Brasileira em 2009.

Treinamento e ataque leve – Super Tucano

O Super Tucano, projetado como A-29 pela Força Aérea Brasileira, é um turboélice militar com um único

motor. Ut ilizado para vários fins, combina recursos eficazes de treinamento e operação com custos baixos de

aquisição e operação. É uma evolução do EMB-312 Tucano, uma antiga aeronave de treinamento com experiência

comprovada, da qual 620 unidades foram vendidas para 15 forças aéreas em todo o mundo.

Oferece soluções básicas de treinamento avançado com armas, como treinamento virtual em voo. Também

proporciona recursos operacionais necessários para vigilância de fronteiras, operações de apoio aéreo próximo e

missões de contrainsurgência (COIN). Oferece av iônica comparável aos dos jatos de caça de quarta geração,

assentos ejetáveis, um sistema de geração de oxigênio a bordo e excepcional capacidade de carga externa.

O Super Tucano é utilizado para treinamento avançado de pilotos e em operações de vigilância na reg ião

amazônica do Brasil em conjunto com o programa Sistema de Vig ilância da Amazônia – SIVAM do governo

brasileiro.

O Super Tucano ainda é destaque de nossa unidade de defesa e segurança devido à sua versatilidade, seu

excelente desempenho em missões de treinamento e operacionais, seu preço competitivos e seus baixos custos

operacionais e de manutenção. No momento, o Super Tucano tem uma carteira de pedidos de 180 aeronaves, sendo

que 150 Super Tucanos já foram entregues desde o lançamento da aeronave.

Durante o ano de 2010, 35 Super Tucanos foram entregues, seis dos quais para a Força Aérea Brasileira,

seis para a Força Aérea da República Domin icana, oito para a Força Aérea Chilena e 15 para a Força Aérea do

Equador. Em 2010entregamos a 89a unidade das 99 da carteira de pedidos do Super Tucano para a Força Aérea

Brasileira. Também conclu ímos a entrega de 12 unidades compradas pela Força Aérea Chilena e oito unidades

compradas pela Força Aérea da República Domin icana. Recentemente, assinamos um contrato para a venda de oito

aeronaves Super Tucano para a Indonésia, representando a entrada do Super Tucano no mercado da Ásia Pacífico.

Transporte Militar – -KC-390

Em abril de 2009, a Embraer assinou o contrato de desenvolvimento do KC-390 com a Força Aérea

Brasileira. Este novo jato atenderá às necessidades da Força Aérea Brasileira, e estará em conformidade com a nova

Estratégia Nacional de Defesa. O primeiro voo do protótipo do KC-390 deve ocorrer em 2014, com as entregas

iniciais previstas para 2016. Os gastos com desenvolvimento associados ao KC-390 serão de responsabilidade da

Força Aérea Brasileira.

O programa de desenvolvimento do KC-390 está em andamento e dentro da programação. Os principais

parceiros e fornecedores industriais deste projeto devem ser selecionados até meados de 2011, quando se inicia a

fase de definição conjunta.

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O programa KC-390 já tem 60 intenções de compra: 28 aeronaves para a Força Aérea Brasileira, 12 para a

Força Aérea Colombiana, seis para a Força Aérea Chilena, duas para a Força Aérea Argentina, duas para a Força

Aérea Portuguesa e duas paraa Força Aérea da República Tcheca.

Este jato terá um compart imento de carga equipado com rampa traseira para transportar uma grande

variedade de carga, incluindo veículos blindados, e será equipado com os mais modernos sistemas de manuseio e

lançamento de cargas.

O KC-390 pode ser reabastecido em vôo e pode ser usado no reabastecimento de outras aeronaves em voo

ou no solo. O compart imento de carga permitirá configurações para missões de Evacuação Médica (MEDEVAC).

Os avanços técnicos do KC-390 incluem a tecnologia de controle de vôo por computador, que diminui a carga de

trabalho dos pilotos, otimizando os resultados da missão e aumentando a segurança e a capacidade de operação em

pistas curtas e rústicas.

Aeronaves de Transporte para o Governo

Estamos comercializando a nossa ampla linha de jatos comerciais e executivos, bem como os derivados

destas aeronaves para clientes de defesa. Por exemplo, em 2008 entregamos um Legacy 600 para o governo do

Equador e em 2009 duas versões modificadas da aeronave comercial EM BRAER 190 para a Força Aérea Brasileira

para servir como avião presidencial. Estas aeronaves têm uma cabine espaçosa e confortável, incluindo espaço para

reuniões e uma área privativa para o presidente brasileiro. Em 2009, a Embraer também entregou dois ERJ 135 para

as Forças Armadas da Tailândia para transporte VIP e quatro Phenom 100 à Força Aérea do Paquistão. Em 2010,

duas outras aeronaves para transporte de autoridades foram entregues : um ERJ 135 para a Marinha da Tailândia e

um Legacy 600 para o governo do Panamá.

Além desses governos, nossa base de clientes que operam jatos da Embraer para transporte de autoridades

inclui a Bélg ica, Grécia, Colômbia, Angola, Nigéria e Índia.

Programas de Modernização

Oferecemos serviços de modernização de aeronaves militares e, no momento, estão em andamento três

programas contratados pela Força Aérea Brasileira e Marinha Brasileira. O primeiro, conhecido como F-5BR,

concentra-se na modernização estrutural e eletrôn ica de 46 caças F-5. Como contratado principal, somos

responsáveis pela integração de radar mult imodo, sistemas avançados de navegação e ataque e sistemas aprimorados

de autoproteção na plataforma de aeronaves existente. Em 2010, concluímos a entrega de 39 aeronaves F-5

atualizadas. O segundo contrato em andamento, conhecido como programa de modern ização A-1M, concentra-se na

modernização do AMX. O objetivo deste projeto de modernização é manter a frota de 43 jatos AMX em operação

ativa por mais 20 anos.

O terceiro programa de modern ização prevê a atualização de 12 aeronaves A-4 Skyhawk da Marinha

Brasileira, para incorporar nova tecnologia a essas aeronaves, incluindo novos sistemas de aviação, radares, sistemas

autônomos de geração de energia e de oxigênio.

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Serviço ao Cliente

Em 2010, continuamos desenvolvendo o sistema de treinamento e suporte de operação para as operadoras

do Super Tucano, como as Forças Aéreas do Chile, Equador e República Domin icana. Esses programas de

treinamento podem incluir simuladores de voo, treinamento informatizado, ou CBT, Estação de Treinamento de

Missão, ou MPS e Estação de Coleta de In formações de Missão, ou MDS. Também fornecemos sessões de

treinamento básicas, avançadas e de instrutor. Além disso, em 2010 fornecemos serviços de treinamento para a

Tailândia, relacionados à família de jatos ERJ 145, Panamá, para o Legacy 600 e ao governo brasileiro para o

EMBRAER 190-PR. Um novo contrato de suporte a treinamento foi assinado em 2010 para a operação de oito

aeronaves Super Tucano vendidas para a Força Aérea da Indonésia.

Concorrência

Nossas aeronaves de sistemas de defesa enfrentam concorrência rigorosa de diversos fabricantes de

diferentes países em cada segmento de mercado.

O Super Tucano concorre no mercado de treinamento básico/avançado com as aeronaves Pilatus PC-9M

(básico) e PC-21 (avançado) da Suíça, Beechcraft T-6A/B (básico/avançado) dos Estados Unidos e KT-1 (básico) da

Korea Aerospace Industries. No mercado de Ataque Leve, o Super Tucano compete com o Beechcraft AT-6 e o KO-

1 da Korea Aerospace Industries.

No mercado de aeronaves com missão especial, que inclu i Aviso & Controle Aéreo Adiantado,

Sensoreamento Remoto, Vigilância Aérea de So lo, Patru lha Marítima, Aeronave Anti-Superfície para Guerra e

Multimissão, há várias plataformas com uma ampla gama de combinação de sensores que competem com nossos

produtos: Bombardier Global Express, Boeing 737, Northrop Grumman E-2C/D Hawkeye, Gulfstream G550,

SAAB 2000, A lenia ATR 42 e 72, EADS CASA CN-235 e C-295 e Bombardier Dash 8, entre outras.

No segmento de transporte militar, nossos concorrentes incluem o Lockheed Martin C-130, o A irbus

A400M, o A lenia C-27J e o CASA C-295.

O Negócio de Aviação Executiva

A Embraer desenvolveu uma linha de jatos executivos: o Legacy 600, um jato super médio, seguido do

Phenom 100, um jato básico e do Phenom 300, um jato leve. O Lineage 1000, um jato ultragrande, fo i acrescentado

como o maior jato executivo em nossa carteira de jatos executivos e, em 2008, lançamos o Legacy 450 e Legacy

500, um jato meio -leve e um jato de médio porte, respectivamente, que acreditamos tornará nosso portfólio de jatos

executivos um dos mais abrangentes do setor da aviação executiva. O programa de desenvolvimento das aeronaves

Legacy 450 e 500 continua dentro da programação, com mais de 560 funcionários totalment e envolvidos com esses

projetos, e o primeiro voo do Legacy 500 está planejado para o segundo semestre de 2011. Em 2009, nós

apresentamos o novo Legacy 650, um grande jato executivo que estará posicionado em nosso portfólio de jatos

executivos entre o Legacy 600 e o Lineage 1000. Em 2010, o Legacy 650 recebeu sua certificação e começou a

operar em novembro de 2010.

Vendemos nossos jatos executivos para empresas, inclusive companhias de controle fracionário, de

afretamento e táxi aéreo, além de pessoas físicas com grande patrimônio líquido. Nosso segmento de aviação

executiva representou 21,3% de nossa receita para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010, resultante da

entrega de 10 jatos Legacy 600/650, 100 jatos Phenom 100, 26 jatos Phenom 300, cinco Lineage 1000 e três jatos

Embraer 190 Shuttle. Em 31 de dezembro de 2010, nossos pedidos firmes em carteira para jatos executivos

totalizaram US$ 4,7 b ilhões.

O Legacy 600 compartilha importantes qualidades com a nossa plataforma de jatos regionais. No entan to,

embora o Legacy 600 tenha alguns dos mesmos componentes de nossas aeronaves, tais como o ERJ 135, o interior,

o tanque de combustível, os sistemas de controle e indicação e os winglets do Legacy 600 diferem dos nossos

aviões. A versão executiva do Legacy 600 fo i cert ificada pela autoridade aeronáutica brasileira em dezembro de

2001, pela JAA em julho de 2002 e pela FAA em agosto de 2002.

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36

Em maio de 2005, lançamos o Phenom 100 e o Phenom 300, jatos executivos das categorias de jato básico

e leve, respectivamente. O Phenom 300 transporta até nove pessoas e tem a fuselagem e envergadura maiores e

alcance superior ao do Phenom 100. Será impulsionado pelo motor PW535E da Pratt & Whitney Canada e entrou

em operação no segundo semestre de 2009. A Pratt & Whitney Canada, Garmin e Eaton foram nossos parceiros de

risco nesse programa. O jato Phenom 100 transporta de seis a oito pessoas e é impulsionado pelo motor PW617F da

Pratt & Whitney Canada. No segundo semestre de 2008, o Phenom 100 entrou em operação.

Em maio de 2006, lançamos o Lineage 1000, um jato executivo ultragrande baseado na plataforma de jatos

executivos EMBRAER 190. O Lineage 1000 é configurado para carregar até 19 pessoas com um volume total de

cabine 4.085 pés cúbicos (115,7 m³), e é impulsionado por motores GE CF34-10E7. O Lineage 1000 entrou em

operação no primeiro semestre de 2009.

Em abril de 2008, lançamos formalmente dois novos programas nas categorias de jato médio,

especificamente o jato médio leve Legacy 450, com alcance de 2.300 milhas náu ticas, e o jato de porte médio

Legacy 500, com alcance de 3 mil milhas náuticas. Os dois programas foram aprovados pelo nosso Conselho de

Admin istração em março de 2008. Os jatos Legacy 450/500 estão posicionados em nossa carteira de jatos

executivos entre o Legacy 600 e o Phenom 300.

Em outubro de 2009, apresentamos o novo jato Legacy 650, durante o 62º Encontro Anual e Convenção da

National Business Aviation Association, em Orlando, Flórida. O Legacy 650 é um jato de categoria grande baseado

na plataforma de sucesso do super médio Legacy 600 e terá maior alcance para até 14 passageiros. O Legacy 650

pode voar até 3.900 milhas náuticas sem escalas com quatro passageiros ou 3.800 milhas náuticas com oito

passageiros, ou seja, cerca de 500 milhas náuticas a mais do que o alcance do Legacy 600.

Os concorrentes do Legacy 600 e do Legacy 650 incluem av iões produzidos pela Dassault Aviation,

Bombardier Inc., Gulfstream e Hawker Beechcraft. Entre os concorrentes do Phenom 100 e Phenom 300 nas

categorias de jatos básicos e leves, encontra-se a Cessna Aircraft Co. e Raytheon. A Boeing e a A irbus são as

principais concorrentes do jato ultragrande Lineage 1000.

Incluímos um pedido na carteira de pedidos após termos recebido um compromisso firme, representado por

um contrato assinado. Normalmente, recebemos um depósito na data do pedido, pagamentos em prestações

totalizando de 15% a 30% do preço da aeronave e pagamento integral do saldo devido na entrega. Geralmente

recebemos entre US$10.000 e US$200.000 por cada opção de compra de um jato executivo.

Segmento de Serviços de Aviação

Fornecemos serviços de apoio pós-venda ao cliente para as frotas dos nossos clientes comerciais,

executivos e de defesa. As atividades nesse segmento incluem a venda e programas de intercâmbio de peças de

reposição, manutenção e reparo, treinamento ao cliente e outros serviços de suporte ao produto. As receitas do

segmento de serviços de aviação representaram 10,5% de nossa receita para o exercício findo em 31 de dezembro de

2010.

Esse segmento deverá crescer à medida que o número de aeronaves em operação aumentar. Nossos clientes

exigem que fabricantes de aeronaves e seus fornecedores mantenham estoques de peças sobressalentes e

equipamentos de apoio no solo adequados durante um período de 10 anos após a produção da última aeronave do

mes mo tipo ou até existirem menos de cinco aeronaves em operação no serviço regular de transporte aéreo

comercial. Nós também estabelecemos programas de intercâmbio que permitem aos clientes trocarem as peças

usadas por novas ou recondicionadas, bem como programas de suporte completo, como o EEC – Embraer Executive

Care, um programa de assistência total que inclui troca de peças e pacotes completos de serviço e manutenção.

Esperamos aprimorar o atendimento ao cliente e os serviços oferecidos ao segmento da aviação executiva.

Acrescentamos quatro centros de atendimento de participação total desde 2007 e estamos reformando a rede de

centros de serviços autorizados para os jatos executivos. No final de 2010, tínhamos 38 centros de serviço para

fornecer à nossa frota de jatos executivos. Em 2006, firmamos um contrato com a CAE para formação de uma jo int

venture para treinamento global, que proporcionará treinamento completo de pilotos e equipes de solo aos clientes

do jato básico Phenom 100 e do jato leve Phenom 300. O programa inicial de t reinamento começou a ser oferecido

na CAE SimuFlite, em Dallas, no Texas, quando o Phenom 100 entrou em operação em 2008 e expandiu -se para a

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37

Burgess Hill no Reino Unido em 2009. Essa joint venture prevê treinamento com cert ificação e pós -certificação para

pilotos, técnicos em manutenção e pessoal de despacho. Também p lanejamos continuar investindo em estoque de

peças e logística em todo o mundo, à medida que nossa frota de aeronaves execu tivas continua expandindo. Em

2010, aumentamos nosso pacote de suporte e serviços para o Phenom 300 e o novo Legacy 650 e também

pretendemos oferecer nossos serviços em novas regiões, particularmente na Ásia.

Outros Negócios Correlatos

Reconhecemos as receitas relacionadas com a venda ou leasing de aeronaves usadas a clientes,

principalmente através de nossa subsidiária de leasing, a ECC Leasing Co. Ltd, ou ECC Leasing. A lém d isso,

fornecemos partes estruturais e sistemas mecânicos e hidráulicos para a Sikorsky Corporation para a produção de

helicópteros. Também fabricamos, de forma limitada e sob solicitação do cliente, aviões turboélice para av iação em

geral, como jatos executivos e aviões agrícolas, também conhecidos como aeronaves leves. Nosso outro segmento

de negócios correlatos representou 1,8% da receita para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010.

Subcontratação

Prestamos serviços como subcontratados da Sikorsky Corporation para desenvolvimento e fabricação de

trens de pouso, tanques e sistemas de combustível para o helicóptero S-92 Helibus. Também somo parceiros de risco

da Sikorsky. Esses contratos expiram em 2015.

Aeronaves para Aviação em Geral

Fabricamos aeronaves turboélice para aviação em geral. Entre essas aeronaves, encontra-se uma aeronave

para seis passageiros, produzida somente sob encomenda e utilizada por empresas como aeronaves executivas e

companhias de táxi aéreo. Entregamos um total de 2.326 dessas aeronaves, sendo que a última entrega desse tipo de

aeronave foi feita em 2000. Nós também desenvolvemos uma aeronave agrícola nos termos das especificações do

Ministério da Agricu ltura do Brasil. Essas aeronaves só são produzidas sob encomenda. Até 31 de dezembro de

2010, t ínhamos entregado um total de 1.115 dessas aeronaves, incluindo 40 em 2010. Não tínhamos aeronaves

agrícolas na carteira de pedidos em 31 de dezembro de 2010.

Atividades de Arrendamento Operacional de Aeronaves

Para proporcionar melhor suporte financeiro às nossas atividades comerciais, além de gerenciar e reduzir

riscos financeiros relacionados à comercialização de aeronaves, criamos, em setembro de 2002, duas subsidiárias

sob nosso total controle: a ECC Leasing Co. Ltd. e a ECC-Insurance & Financial Co. Ltd.

A missão da ECC Leasing Co. Ltd. é gerenciar e recomercializar o portfó lio de aeronaves da Embraer que,

devido a obrigações contratuais, podem ser adquiridas por nós em transações de troca. Também oferecemos serviços

de comercialização a terceiros que desejam vender suas aeronaves fabricadas pela Embraer.

Os negócios consolidados de aeronaves usadas, por intermédio da ECC Leasing da Irlanda, contribuíram

para lucros acumulados de US$ 19,2 milhões desde seu início em 31 de dezembro de 2010. As campanhas de vendas

de novas aeronaves, em que a troca de aeronaves como parte do pagamento era aceita, foram concluídas com

sucesso. Receitas adicionais também foram geradas com a venda e leasing de aeronaves recebidas como troca. Além

disso, as operações de arrendamento que envolveram aeronaves da pré-série Embraer 170 e Emb raer 175

contribuíram para os resultados atuais. Desde o início, a ECC Leasing e outras subsidiárias integrais da Embraer

administraram 11 aeronaves, das quais 30 estão sob leasing operacional no momento, 36 estão disponíveis ou em

negociações para leasing/venda, oito no momento realizam testes de voo na Embraer e 37 foram vendidas para

companhias aéreas, corporações e entidades governamentais da América do Norte, América do Sul, Ásia e Europa.

Das 111 aeronaves que foram administradas pela ECC Leasing e sua outra subsidiária da Embraer, um total de 30

aeronaves foram adquiridas em 2010, um ano no qual a ECC Leasing adquiriu 25 Citation Ultras como resultado do

exercício das opções de troca nos termos do contrato assinado com a NetJets Inc., as quais foram contabilizadas

como inventário de revenda, e outras cinco aeronaves de outros clientes.

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38

Todas as operações de venda e leasing foram realizadas com base em taxas de mercado, ajudando, portanto,

a sustentar os valores presentes e futuros dos nossos produtos. Além disso, continuamos trabalhando ativamente com

terceiros para facilitar a colocação de suas aeronaves.

O aprimoramento contínuo do desempenho financeiro está diretamente relacionado à capacidade da ECC

Leasing de comercializar aeronaves usadas da carteira existente em condições semelhantes às que estão em v igor,

bem como vender aeronaves a operadoras, empresas de leasing e/ou instituições financeiras, em valores próximos

das taxas de mercado, sem fornecer qualquer tipo de garantia da Embraer.

Além disso, acreditamos que os resultados da ECC Leasing Co. Ltd e da ECC-Insurance & Financial

dependerão principalmente das condições de mercado, dos níveis de disponibilidade de aeronaves e da demanda por

jatos regionais na categoria de 37 a 50 passageiros. Embora os novos mercados sejam importantes, como Europa

Ocidental e a América Latina, os riscos relacionados ao crédito da operadora e à reintegração de posse continuarão

exig indo avaliação adequada da parte da Embraer.

Considerando que um número maior de aeronaves usadas começa a ser negociado no mercado, a Embraer e

a ECC Leasing criaram o "Programa Embraer Lifet ime" para fornecer melhor suporte aos clientes. O programa

permit irá aos clientes a seleção em uma ampla gama de serviços, incluindo treinamento, peças sobressalentes,

suporte técnico, programas para motores, representação técnica, cobertura de manutenção e reparos. Clientes que

adotam esse programa pagarão taxas periódicas, para que possamos fornecer manutenção programada ou não e

serviços de suporte e reparo, entre outras coisas. O programa nos permit irá melhorar continuamente o nível de

suporte que oferecemos a nossos clientes de aeronaves usadas. Consideramos que esse programa representa uma

abordagem inovadora, que oferece aos nossos clientes uma co mbinação atraente de aeronaves usadas com o

respaldo do pacote completo de suporte da Embraer.

Mercados

A tabela a seguir mostra nossa receita por linha de negócio e região geográfica dos usuários finais das

aeronaves para os períodos indicados.

Exercício findo em 31 de

dezembro de

2010 2009

(em milhões de US$) Aviação Comercial

América do Norte .............................. 150,9 595,4

América Lat ina (exclu indo o Brasil) ................ 417,3 149,6(1)

Ásia-Pacífico ................................. 738,1 782,8

Brasil ....................................... 194,2 245,8

Europa ...................................... 1.297,9 1.387,0

Outros ....................................... 90,2 221,7

Total........................................ 2.888,6 3.382,3

Aviação Executiva

América do Norte .............................. 269,7 309,7

América Lat ina (exclu indo o Brasil) ................ 121,3 46,5

Ásia-Pacífico ................................. 287,0 234,4

Brasil ....................................... 201,4 77,7

Europa ...................................... 222,2 173,4

Outros ....................................... 43,6 54,6

Total........................................ 1.145,2 896,3

Defesa e Segurança

América do Norte .............................. 9,9 8,6

América Lat ina (exclu indo o Brasil) ................ 275,3 184,7

Ásia-Pacífico ................................. 123,1 75,3

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39

Exercício findo em 31 de

dezembro de

2010 2009

(em milhões de US$) Brasil ....................................... 223,6 215,3

Europa ...................................... 1,6 10,1

Outros ....................................... 36,3 4,8

Total........................................ 669,8 498,8

Serviços de Aviação

América do Norte .............................. 246,8 248,5

América Lat ina (exclu indo o Brasil) ................ 6,3 5,5

Ásia-Pacífico ................................. 36,6 51,1

Brasil ....................................... 22,5 17,0

Europa ...................................... 223,5 248,8

Outros ....................................... 28,1 33,7

Total........................................ 563,8 604,6

Outros Negócios Correlatos

América do Norte .............................. 36,6 26,6

América Lat ina (exclu indo o Brasil) ................ 5,6 3,7

Ásia-Pacífico ................................. 9,5 1,8

Brasil ....................................... 39,0 31,9

Europa ...................................... 2,5 16,3

Outros ....................................... 3,5 35,5

Total........................................ 96,7 115,8

(1) Inclui entregas à Azul.

.

Fornecedores e Componentes; Acordos de Parceria de Risco

Não fabricamos todas as peças e componentes usadas na produção de nossas aeronaves. Mais de 80% dos

custos de produção da família de jatos regionais ERJ 145, da família EMBRAER 170/190 e dos jatos executivos

Legacy 600, dependendo do modelo da aeronave, abrangem materiais e equipamentos adquiridos de nossos

parceiros de risco e outros fornecedores importantes. Os acordos de parceria de risco com fornecedores de

componentes essenciais permitem que nos dediquemos ao nosso negócio principal: projeto e produção de aeronaves

comerciais. Acordos de parceria de risco são acordos em que os fornecedores são responsáveis pelo projeto,

desenvolvimento e fabricação dos componentes ou sistemas principais de nossas aeronaves, como asas, cauda ou

fuselagem. Dessa forma, nossos parceiros de risco devem investir recursos próprios em desenvo lvimento e

compartilham conosco os riscos e o sucesso de nossos produtos.

Em nosso segmento de aeronaves comerciais e executivas, confiamos em nossos parceiros de risco para o

fornecimento de componentes vitais de nossas aeronaves, como motores, componentes hidráulicos, sistemas

eletrônicos de aviação, interiores e peças da fuselagem e partes da cauda. Nossos fornecedores são selecionados com

base, entre outros fatores, em desempenho técnico e qualidade de seus produtos, capacidade de produção,

relacionamento anterior e situação financeira. Desde o início da produção da aeronave Bandeirante em 1975,

mantemos relacionamento contínuo com muitos de nossos principais fornecedores.

Além disso, firmamos contratos de compra com nossos principais fornecedores, que a tendem aos nossos

requisitos por cinco a dez anos de produção. Esses contratos contêm fórmulas de cálculo de preço que levam em

conta os vários fatores que afetam os negócios de nossos fornecedores e nos ajudam a reduzir os efeitos da

volatilidade dos preços (que em alguns casos pode ser significativa) de materiais, peças e componentes necessários

às nossas atividades operacionais. Não temos a obrigação de adquirir uma quantidade fixa de materiais nos termos

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40

de qualquer um desses contratos de fornecedores.. Nossos relacionamentos com fornecedores dependem de

cooperação, desempenho e manutenção de preços competitivos. Uma vez selecionados os parceiros de risco e

iniciado o desenvolvimento do programa e a p rodução das aeronaves, é difícil substituir esses parceiros. Em alguns

casos, nossas aeronaves são projetadas especificamente para acomodar um determinado componente, como os

motores, que não podem ser substituídos por componentes de outro fabricante sem atrasos e despesas significativos.

Essa dependência nos torna suscetíveis ao desempenho, qualidade e situação financeira dos parceiros de risco.

Consulte o "Item 3D. In formações chave — Fatores de Risco — Riscos Relacionados à Embraer — Dependemos de

clientes e fornecedores estratégicos, cuja perda poderia causar danos ao nosso negócio".

Família de jatos Regionais ERJ 145

Parceiros de risco. Estabelecemos acordos de parceria de risco para o desenvolvimento e a produção da

família de jatos regionais ERJ 145 com estes quatro fornecedores:

A Aernnova Aerospace S.A., ou Aernnova, uma empresa espanhola de propriedade da Iberdrola

S.A., uma companhia europeia de energia, e o Banco Bilbao Vizcaya, uma grande instituição

financeira da Espanha, fornecem as nacelas dos motores e as portas do trem de pouso principal.

Sonaca S.A. — Société Nationale de Constructions Aérospatiales, uma empresa belga, fornece partes

da fuselagem central e traseira, as portas de serviço, principais e do compart imento de bagagem e as

torres dos motores;

ENAER — Empresa Nacional de Aeronáutica, u ma empresa chilena, fo rnece a aleta vert ical, os

estabilizadores horizontais e os elevadores; e

C&D Aerospace, Inc., uma empresa americana, fornece os interio res da cabine e do compartimento

de carga.

Geralmente, nossos parceiros de risco recebem o pagamento pelos componentes fornecidos no prazo de três

a cinco meses após a entrega à Embraer. O relacionamento de parceria com esses fornecedores resulta em custos

menores de produção e maior qualidade do produto para a família de jatos regionais ERJ 145. A lém d isso, nossa

linha de jatos executivos aproveita os benefícios dos acordos de risco com a Aernnova, Sonaca e ENAER. O interior

do jato executivo Legacy 600 é fornecido pela The Nordam Group, Inc., pela Duncan Aviation, Inc. e por nós.

Outros grandes fornecedores. Estabelecemos acordos com diversos fornecedores europeus, americanos,

canadenses e brasileiros para o fornecimento de componentes chave para muitos de nossos produtos, incluindo a

família de jatos regionais ERJ 145. Esses acordos de fornecimento incluem sistemas e componentes como motores,

aviônicos, trens de pouso e sistemas de controle de vôo. Nossos fornecedores incluem, entre outras empresas, a

Rolls-Royce Allison, Parker Hannifin Corp., BF Goodrich Co., United Technologies Corp. Entre nossos principais

fornecedores encontram-se Rolls-Royce Allison, Parker Hannifin Corp., ou Parker, BF Goodrich Co., United

Technologies Corp. – Hamilton Sundstrand Division, Honeywell, Rosemount Aerospace e Alcoa Inc.

Família de jatos EMBRAER 170/190

Continuamos a melhorar a família de jatos EMBRAER 170/190 em conjunto com parceiros de risco que

fornecem os principais sistemas da aeronave. Os acordos com fornecedores para a família de jatos EMBRAER

170/190 são diferentes daqueles existentes para a família de jatos regionais ERJ 145 pois usamos um número menor

de fornecedores. Na família de jatos EMBRAER 170/190, cada parceiro de risco é responsável pelo

desenvolvimento e produção de sistemas da aeronave, como trem de pouso, sistema hidráulico e sistema de controle

de voo, em vez de componentes individuais, e um número menor de componentes é fornecido por empresas que não

são parceiros de risco. A atribuição da responsabilidade por sistemas aos parceiros de risco reduz nosso desembolso

de capital, o que diminui nossos riscos de desenvolvimento e aumenta a eficiência operacional limitando o número

de fornecedores por produto e cortando custos de produção. Isso também reduz o tempo de desenvolvimento e de

produção. Os principais parceiros de risco para a família de jatos EMBRAER 170/190 são os seguintes:

General Electric, que fornece os motores turbofan CF34-8E/10E e pro jeta, desenvolve e fabrica as

nacelas dos motores;

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41

a Honeywell, que fo rnece os sistemas eletrônicos de aviação;

a Liebherr, que é responsável pelo projeto, desenvolvimento e fabricação dos conjuntos de trem de

pouso;

Hamilton Sundstrand, uma empresa norte-americana e subsidiária integral da United Technologies

Corp., que desenvolve e produz o núcleo da cauda da aeronave, a unidade de força auxiliar, os

sistemas elétricos e o sistema de controle de ar;

Sonaca, responsável pelas aletas das asas da aeronave;

Aernnova, que é responsável pela fuselagem traseira e pelas superfícies verticais e horizontais da

cauda;

a Latecoere, uma empresa francesa, que fabrica duas das três seções da fuselagem;

a C&D Aerospace, que projeta, desenvolve e fabrica o interior da aeronave; e

a Grimes Aerospace Company, uma empresa americana e subsidiária controlada integralmente pela

AlliedSignal Inc., que desenvolve e fabrica a iluminação externa e da cabine de comando.

Além disso, alguns dos parceiros de risco para a família de jatos EMBRAER 170/190 assumiram um papel

mais amplo em outros aspectos do programa, proporcionando garantias financeiras e residuais nas vendas, em vez

de apenas fornecer componentes para a aeronave.

Em 1º de junho de 2006, como preparação para o aumento da produção esperado em relação às aeronaves

EMBRAER 190 e EMBRAER 195, celebramos um contrato com a KHI e a KAB que deverão nos transferir os

ativos necessários à montagem final das asas das aeronaves EMBRAER 190 e EMBRAER 195 e nos pagarão

indenização de US$ 57 milhões. Devido a isso, começamos a montar as asas das aeronaves EMBRAER 190 e

EMBRAER. A KHI continuará a produzir as superfícies de controle de asa e as principais portas de trens de pouso

dessas aeronaves. Entretanto, o referido acordo não cobre a produção de peças para as aeronaves EMBRAER 170 e

EMBRAER 175.

Jatos Executivos

Os parceiros de risco do Legacy 600 e Lineage 1000 são os mesmos que para as família de jatos ERJ 145 e

EMBRAER 170/190, respectivamente. Os principais parceiros de risco para a família de jatos Legacy 450/500 são o

Grupo BMW, Honeywell, Rockwell Collins, Héroux-Devtek, Goodrich, B/E Aerospace e Parker e os principais

parceiros de risco do Legacy 650 são a Rolls Royce e Honeywell. Os parceiros de risco para os jatos Phenom 100 e

Phenom 300 são Pratt & Whitney Canada, fornecedora dos motores, Garmin, fornecedora dos sistemas eletrônicos

de aviação, e Eaton, fornecedora de sistemas hidráulicos.

Contribuições em dinheiro para o desenvolvimento da família de jatos EMBRAER 170/190 e nossas aeronaves

Phenom 100 e Phenom 300

Temos acordos com nossos parceiros de risco, segundo os quais os parceiros contribuíram conosco com um

total de US$ 582,4 milhões até 31 de dezembro de 2010. As contribuições em dinheiro tornaram-se não restituíveis

mediante o cumprimento de determinados marcos de desenvolvimento. Um valor de US$ 565.6 milhões dessas

contribuições em dinheiro tornou-se não restituível até 31 de dezembro de 2010. Se cancelarmos a produção da

família Phenom 100/300 ou de qualquer aeronave da família EMBRAER 170/190, ou ainda se cancelarmos o

desenvolvimento da família Legacy 450/500, por não conseguirmos obter certificação ou outros motivos não

relacionados ao mercado, poder ser obrigados a devolver US$ 16.8 milhões do total das contribuições em dinheiro já

recebidas. O Phenom 100 e Phenom 300 foram certificados em 2008 e 2009, respectivamente. O jato executivo

Legacy 500 deverá entrar em serviço entre 2012 e 2013 e o Legacy 450 deverá entrar em serviço um ano depois do

Legacy 500. Normalmente não é necessário devolver essas contribuições como resultado de demanda insuficiente do

mercado. Acreditamos que esses compromissos financeiros representam um forte endosso do projeto da nossa

aeronave e da nossa capacidade de executar nosso plano de negócios.

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42

Suporte ao Cliente e Serviços

A satisfação do cliente é fundamental para o nosso sucesso. Nosso objetivo é melhor atender nossos

clientes e, com esta meta em mente, estamos constantemente buscando apoiar os nossos clientes e desenvolver

serviços para o reforço das operações de linha aérea, a otimização dos custos operacionais e a maximização da

disponibilidade das aeronaves.

Temos uma presença mundia l com cinco unidades regionais estrategicamente posicionadas ao redor do

globo, a fim de nos fornecer maior agilidade no entendimento das necessidades e desejos de nossos clientes,

respeitando a diversidade cultural das diferentes regiões onde eles estão baseados. Nossas unidades regionais estão

localizadas como segue:

Fort Lauderdale, Flórida, que apóia os nossos clientes na América do Norte;

Villepinte, França, que apóia os nossos clientes na Europa, África e Oriente Médio;

Cingapura, que apóia os nossos clientes na região da Ásia-Pacífico;

Pequim, China, que apóia os nossos clientes na China, e

São José dos Campos, Brasil, que apóia os nossos clientes na América Latina.

Todas as unidades mencionadas acima possuem a infra-estrutura abaixo:

um centro de distribuição de peças de reposição;

equipes técnicas e equipes de apoio no campo com engenheiros de campo e gerentes de conta de

cliente;

escritórios de administração de garantias e reparos; e

gerentes de vendas de serviços.

Nossa sede em São José dos Campos também oferece os seguintes serviços:

um centro de atendimento ao cliente para peças sobressalente, disponível 24 horas por dia, sete dias

por semana;

planejamento de peças de reposição e engenharia de materiais;

suporte técnico, conhecido como Centro Técnico da Frota Embraer, disponível 24 horas por dia, sete

dias por semana;

apoio às operações de vôo;

engenharia de apoio à manutenção;

desenvolvimento de negócios;

desenvolvimento de publicações técnicas; e

outros treinamentos de manutenção para clientes (como um programa de treinamento de mecânicos

oferecido através dos principais provedores de treinamento do mundo).

Além disso, nós também temos centros de distribuição de peças sobressalentes em Louisville, Kentucky e

Dubai.

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43

Criamos programas de intercâmbio de peças sobressalentes que permitem aos clientes trocarem peças

usadas por peças novas ou recondicionadas. Além destes programas de intercâmbio de peças sobressalentes, os

nossos programas de atendimento ao cliente cobrem desde estoque descartável gerenciado pelo fornecedor até

ferramental e aluguel de equipamento de apoio no solo, bem como programas de substituição de peças de alto

desgaste. Oferecemos também programas de apoio total, como o Life Time Program, uma cobertura abrangente

criada para operadoras de aeronaves usadas, o programa EEC – Embraer Executive Care para os clientes de jatos

executivos e um Programa de Soluções para o Centro Governamental para atender aos requisitos de suporte logístico

dos clientes do segmento de defesa e segurança.

Nós também possuímos e operamos instalações de manutenção, reparos e recondicionamento, ou MROs,

em todo o mundo, inclu indo:

Nashville, Tennessee, EUA;

Alverca, Portugal, que denominamos OGMA e iniciou operações em março de 2005;

Gavião Peixoto, Estado de São Paulo, Brasil, onde temos um centro de serviços dedicados para

clientes do segmento de defesa;

São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil;

Fort Lauderdale, Flórida;

Mesa, Arizona, EUA;

Le Bourget, França e

Bradley, Connecticut, EUA.

Os três primeiros MROs acima prestam serviços a diversos tipos de aeronaves, incluindo aeronaves

executivas, enquanto que os quatro últimos MROs atendem apenas a frota de aeronaves executivas.

Nossa rede de centros de serviços autorizados também está em expansão. Em 31 de dezembro de 2010,

tínhamos 38 centros de serviços autorizados no mundo inteiro para atender nossa frota de jatos executivos em

operação.

A rede de MROs da Embraer está se expandindo com nossas recentes adições de centros de terceiros que

foram autorizados por nós para fornecer suporte à frota de aeronaves da aviação comercial. Esses centros estão

localizados em (1) Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, (2) Exeter, Reino Unido, (3) Tianjin, China

(4) Johannesburg, África do Su l, por meio da National Airways Corporation, ou NAC. Existem outros seis centros

MROs de propriedade de terceiros em todo o mundo, os quais no momento passam por nosso processo de

qualificação. Pretendemos continuar fornecendo a nossos clientes suporte de alta qualid ade, ampliando nossa

presença no mundo, através de nossas próprias operações e por meio de acordos com centros de serviços autorizados

estabelecidos e respeitados.

Estamos constantemente monitorando os níveis de satisfação dos clientes e mantemos canais d e

comunicação abertos com eles a fim de compreender as necessidades dos clientes e definir as ações mais adequadas

para o contínuo aprimoramento do nosso apoio ao cliente. Para isso, utilizamos as seguintes ferramentas e

participamos nos seguintes fóruns:

uma avaliação da satisfação do cliente realizada a cada dois meses, que visa desenvolver planos de

ação para nos permitir atender eficientemente os nossos clientes;

uma pesquisa de satisfação com o suporte ao cliente, realizada a cada dois anos para identificar a

posição competitiva da EMBRAER;

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planos de ação específicos e compromissos com cada cliente conhecido como Plano de Ação

Integrada do Cliente;

trabalho em equipe, identificação sistemát ica e planos de ação integrados para solucionar problemas

que nos afetam bem como a nossos fornecedores e clientes;

reuniões dedicadas periódicas na sede dos clientes;

Conferência dos Operadores da Embraer, que ocorre anualmente nas várias regiões do mundo onde

nós temos operadoras clientes;

um seminário de custos de manutenção que ocorre anualmente onde os operadores compartilham as

melhores práticas de manutenção e discutem in iciat ivas de redução de custos;

eventos organizados por clientes, inclu indo o Fórum de Manutenção dos Operadores e Conferência

da Comunidade de Clientes Europeus; e

fóruns interativos de discussões no portal web FlyEmbraer para promover o intercâmbio de

experiências entre os clientes e a Embraer.

Acordos de Financiamento de Aeronaves

Normalmente não fornecemos financiamento de longo prazo diretamente para nossos clientes, No entanto,

nós os ajudamos a obter financiamento junto a diferentes fontes, incluindo fornecedores de capital tais como

empresas de leasing, bancos comerciais, mercados capitais e o FGE. Além disso, trabalhamos em conjunto com os

clientes para desenvolver novas fontes de recursos, principalmente de financiadores não tradicionais. Também

buscamos relacionamentos duradouros e esperamos ampliar as alternativas disponíveis para oferecer suporte às

necessidades de financiamento de nossos clientes.

Nos últimos dois anos, nós assinamos um Memorando de Entendimento com duas empresas chinesas de

leasing (a CDB Leasing Co. e a AVIC Leasing Co.) para acordos de financiamento e leasing de aeronaves para

nossos clientes num total de US$ 3.7 bilhões. Às vezes, as companhias aéreas precisam de financiamento de ponte

de curto prazo antes de obterem o financiamento por empréstimo de longo prazo, porque, para as companhias

aéreas, a entrega mais rápida da aeronave pode ser fundamental para terem aces so aos mercados e o financiamento

de longo prazo pode não estar disponível no momento da entrega. Numa base caso a caso, temos fornecido

financiamento temporário, a taxas de mercado, para clientes que já têm o seu mecanis mo de financiamento

estruturado, ou que estão em processo de negociação de tais acordos.

O Programa patrocinado pelo BNDES-exim, um programa do governo brasileiro, fornece aos clientes da

Embraer financiamento direto em termos mais atrativos do que aqueles associados aos financiamentos a clientes

oferecidos pelas fontes comerciais tradicionais, particularmente em épocas de redução do crédito. Em 2010, cerca de

53% das entregas de nossa aviação comercial foram apoiadas pelo BNDES, em comparação aos 32% de 2009.

Os mercados financeiros melhoraram nos últimos meses de 2010 e nós esperamos que fontes relacionadas a

bancos, companhias de leasing e mercados de capital retomem sua participação importante no financiamento de

aeronaves nos próximos anos. As agências de crédito à exportação devem cont inuar desempenhando um papel

importante no financiamento de aeronaves em 2011, ajudando a atender às necessidades de financiamento no setor

de aviação comercial como um todo.

Em 2010, a Embraer concluiu a primeira Linha de Créd ito à Exportação Brasileira " Pure Cover". Com essa

transação estruturada e personalizada, o tomador se beneficia com uma garantia de 100% emit ida pela Secretaria de

Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda brasileiro, por meio da Seguradora Brasileira de Crédito à

Exportação S.A., ou SBCE, que admin istra o sistema de garantias do crédito à exportação em nome do governo

brasileiro. Essa estrutura de financiamento ampliará ainda mais o crédito disponível para os clientes da Embraer,

uma vez que aumenta o acesso a instituições financeiras internacionais, bem como a uma variedade maior de

investidores do mercado de capitais.

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45

Consulte o "Item 3D. In formações chave — Fatores de Risco — Riscos Relacionados à Embraer — Uma

desaceleração na aviação comercial poderá reduzir nossas vendas e receitas e, consequentemente, nossa

lucratividade em determinado exercício‖ e o ―Item 3D. Informações chave-Fatores de Risco - Riscos Relacionados à

Embraer — Restrições orçamentárias do governo brasileiro poderiam reduzir os valores disponíveis aos nossos

clientes em programas de financiamento patrocinados pelo governo".

Propriedade Intelectual

Nossa propriedade intelectual, que inclui projetos, segredos industriais, know-how e marcas comerciais, é

importante para o nosso negócio. Detemos marcas comerciais do nosso nome, símbolo e nomes das aeronaves,

alguns dos quais estão registrados e outros estão em processo de registro em diversos países, inclu indo Brasil,

Estados Unidos, Canadá, Cingapura, Hong Kong, China, União Europeia e Japão. Em 31 de dezembro de 2010,

tínhamos 447 marcas registradas. Geralmente, nossas marcas comerciais são renovadas no final do período de

validade, que costuma ser de 10 anos a partir da data da solicitação do registro. Não acreditamos que a perda de

qualquer uma de nossas marcas registradas teria um impacto significat ivo sobre nossos negócios ou o resultado de

nossas operações.

Desenvolvemos nossa propriedade intelectual em nossos processos de pesquisa, desenvolvimento e

produção. Conforme os termos de nossos contratos, alguns fornecedores e parceiros de risco nos concedem acesso a

informações e tecnologias necessárias para melhor desenvolvimento, fabricação e comercialização de nossos

produtos.

Temos como objetivo proteger nossos direitos de propriedade intelectual resultantes dos investimentos em

pesquisa e desenvolvimento técnico na forma de invenções, design industrial, marcas ou programas de computador.

Mantemos patentes relacionadas à nossa tecnologia de fabricação. No momento, mantemos patentes

registradas nas juntas adequadas do Brasil, Estados Unidos, União Europeia, Rússia, Japão e China relativas a

projetos de interiores de aeronaves. Exig imos que nossos fornecedores e parceiros de risco respeitem os direitos de

propriedade intelectual de terceiros e acreditamos que possuímos os direitos de propriedade intelectual necessários

aos nossos negócios e operações.

Regulamentos Governamentais e Certificação de Aeronaves

Estamos sujeitos às leis de diversos órgãos regulamentadores aeronáuticos, tanto no Brasil quanto no

exterior. Em particu lar, esses órgãos regulamentam o tipo de pro jeto da aeronave e sua fabricação. Além da

certificação no Brasil, precisamos obter certificação em cada ju risdição na qual nossas aeronaves operam

comercialmente. A autoridade competente para a cert ificação de nossas aeronaves no Brasil é a Agência Nacional de

Aviação Civ il, criada em 2005 no âmbito do Ministério da Defesa, para regulamentar, fiscalizar e certificar as

aeronaves, peças de aeronaves, fabricantes e operações. As autoridades aeronáuticas de outros países incluem a FAA

nos Estados Unidos, e a EASA na União Europeia. A lguns países simplesmente validam e complementam a

certificação orig inal da Agência Nacional de Aviação Civil ou da FAA ou da EASA, de acordo com suas próprias

regras. A Agência Nacional de Aviação Civil criou um acordo bilateral de cert ificação com a FAA e a União

Europeia, nos termos do qual os requisitos de certificação da FAA e da EASA estão inclu ídos no processo de

certificação brasileiro. Essa cooperação entre autoridades reguladoras resulta em um processo de certificação mais

ágil.

Quando uma aeronave é certificada pela Agência Nacional de Aviação Civ il e validada pela FAA e/ou pela

EASA, algumas autoridades, como as da Austrália e México, podem optar por ratificar a cert ificação do produto, em

vez de realizar o processo completo de validação doméstica. Outros países, como o Canadá, exigem o cumprimento

de suas próprias exigências nacionais para certificação.

A certificação de aeronaves é um processo contínuo. A Agência Nacional de Aviação Civil deve aprovar

qualquer alteração no projeto de tipo de quaisquer de nossas aeronaves. Mudanças significativas podem exigir uma

validação/certificação separada por outras autoridades, conforme seja especificado em suas regulamentaçõe s e

acordos bilaterais. Mudanças nas exigências para certificação de aeronaves não exigem nova certificação de uma

aeronave já certificada, mas as autoridades podem impor melhorias significat ivas nos aspectos de segurança por

meio de regras operacionais ou diretivas de adequação ao transporte aéreo.

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O histórico de cert ificação das nossa aeronaves é o seguinte:

O ERJ 145 fo i cert ificado para operar nos Estados Unidos e no Brasil no último trimestre de 1996; na

Europa no segundo trimestre de 1997; na Austrália em junho de 1998 e, para a versão LR, na China

em novembro de 2000.

A versão ERJ 145 XR fo i cert ificada pela Agência Nacional de Aviação Civil em agosto de 2002 e

pela FAA em outubro de 2002.

O ERJ 135 fo i cert ificado pela Agência Nacional de Aviação Civil em junho de 1999, pela FAA em

julho de 1999 e pela autoridade de aviação europeia em outubro de 1999.

O ERJ 140 fo i cert ificado pela Agência Nacional de Aviação Civil em junho de 2001 e pela FAA em

julho de 2001.

O jato executivo Legacy 600 foi certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil em dezembro de

2001, pela JAA em julho de 2002 e pela FAA em agosto de 2002.

O jato executivo Legacy 650 foi certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil em setembro de

2010, pela EASA em outubro de 2010 e pela FAA em fevereiro de 2011.

O EMBRAER 170 foi certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil, FAA, JAA, EASA e pela

autoridade da Polônia em fevereiro de 2004 e as entregas do EMBRAER 170 começaram em março

de 2004.

O EMBRAER 175 foi certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil em dezembro de 2004,

pela EASA em janeiro de 2005, pela TCCA, a autoridade de certificação canadense, em julho de

2005, e pela FAA em agosto de 2006.

O EMBRAER 190 foi certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil em agosto de 2005, pela

FAA em setembro de 2005 e pela EASA em junho de 2006.

O EMBRAER 195 foi certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil em junho de 2006, pela

EASA em julho de 2006 e pela FAA em agosto de 2007.

O jato executivo Phenom 100 fo i cert ificado pela Agência Nacional de Aviação Civil e pela FAA em

dezembro de 2008.

O jato executivo Lineage 1000 fo i cert ificado pela Agência Nacional de Aviação Civ il, pela FAA e

pela EASA em dezembro de 2008.

O Agência Nacional de Aviação Civil e a FAA certificaram o Phenom 300 em dezembro de 2009 e a

EASA em abril de 2010.

Sazonalidade

Nenhuma parte importante de nossos negócios é considerada sazonal em relação a qualquer aspecto

relevante.

4C. Es trutura Organizacional

Nossas operações são conduzidas pela Embrae r S.A. como empresa controladora e principal empresa

operacional. A Embraer possui diversas subsidiárias diretas e indiretas, nenhuma das quais considerada significativa.

Uma lista completa de nossas subsidiárias está especificada no Anexo 8.1 deste relató rio anual.

4D. Ativo Imobilizado

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Possuímos sede e instalações próprias, localizadas em São José dos Campos. Partes significativas de nossas

instalações em São José dos Campos estão hipotecadas ao IFC – International Finance Corporation. A lugamos,

possuímos ou temos o direito de uso dos seguintes imóveis:

Localização Finalidade Área

aproximada Próprio/alugado Vencimento do

aluguel São José dos Campos, SP,

Brasil Sede, principal local de montagem e

centro de apoio 5.902.102 Próprio —

São José dos Campos, SP, Brazil (Eugênio de Mello)

Local de montagem 3.658.884 Próprio —

Botucatu, SP, Brasil Local de montagem 222.000 Próprio —

Harbin, China Local de montagem 258.067 Próprio (1) —

Gavião Peixoto, SP, Brasil Local de teste e montagem 191.648.512 N/D (2) —

Alverca, Portugal Manutenção de aeronaves e centro de

suporte 417.000 Alugado 2035

São Paulo, SP, Brasil Escritórios de administração 5.245 Alugado 2012

Fort Lauderdale, Flórida Centro de suporte 91.500 Alugado 2030

Nashville, Tennessee, EUA Manutenção de aeronaves e centro de

suporte 316.128 Alugado 2018

(renovável até

2028)

Le Bourget, França Manutenção de aeronaves e centro de suporte

33.500 Alugado 2011

Villepinte, França Escritórios de representação e centro de

suporte 70.202 Alugado 2014

Pequim, China Escritórios de representação 3.444 Alugado 2013

Cingapura Escritórios de representação e centro de

suporte 5.910 Alugado 2013

Mesa, Arizona Manutenção de aeronaves e centro de

suporte 46.500 Terreno alugado.

Os prédios são

benfeitorias em

propriedade

arrendada de propriedade da

Embraer

2026

(renovável até

2036)

Windsor-Locks,

Connecticut Manutenção de aeronaves e centro de

suporte 46.500 Terreno alugado.

Os prédios são benfeitorias em

propriedade

arrendada de

propriedade da

Embraer

2026

(renovável até 2036)

Fort Lauderdale, Flórida Manutenção de aeronaves e centro de

suporte 54.000

Terreno alugado. Os prédios são

benfeitorias em

propriedade arrendada de

propriedade da

2030

(renovável até

2035)

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48

Localização Finalidade Área

aproximada Próprio/alugado Vencimento do

aluguel Embraer

Melbourne, Flórida Local de montagem (em construção) 181.000 Terreno alugado. Os prédios são

benfeitorias em

propriedade

arrendada de

propriedade da Embraer

2038 (renovável até

2058)

Dallas, Texas Centro de treinamento para pilotos e

pessoal de manutenção de aeronaves 8.564 Alugado 2022

Burgess Hill, UK Centro de treinamento para pilotos e

pessoal de manutenção de aeronaves 8.500 Alugado 2022

Évora, Portugal Instalação para fabricação de estruturas

aeronáuticas metálicas (em construção) 964.511 Próprio —

Évora, Portugal Instalação para fabricação composta de

estruturas aeronáuticas metálicas (em

construção)

1.519.832 Próprio —

Dublin, Irlanda Sede administrativa 220 Alugado 2016

(1) Propriedade de terreno segundo certificado de direito de uso da terra.

(2) A Embraer possui uma autorização temporária do Estado de São Paulo para usar o terreno e deve receber uma

concessão para o uso desse terreno assim que as formalidades legais forem cumpridas. As instalações são de

propriedade da Embraer.

Em 2008, anunciamos a construção de novas instalações de 150.000 pés quadrados (13.935 metros

quadrados) que abrigará uma linha de montagem final, a p rimeira linha de montagem final da Embraer nos EUA,

com base no Aeroporto Internacional de Melbourne, Flórida. As instalações poderão produzir os modelos de jatos

executivos Phenom 100 e Phenom 300, e incluem uma oficina de pintura e um centro de entrega e projeto

personalizado. Essa instalação de produção foi inaugurada em 2011 e o centro de entrega e projeto personalizado

iniciará operações em 2011.

Em 2008, também anunciamos planos de implementação de duas novas unidades industriais dedicadas à

fabricação de estruturas complexas de fuselagem, uma dedicada a montagens metálicas e a outra a montagens

compostas, ambas na cidade de Évora, Portugal. Estima-se que as unidades iniciarão operações em 2012.

Para obter uma discussão sobre nossos gastos de capital relat ivos a ativo imobilizado, consult e o "Item 4A.

Histórico e Desenvolvimento da Empresa – Gastos de Capital (At ivo Imobilizado e Desenvolvimento)".

Produção

A fabricação de uma aeronave consiste em três etapas principais: produção das partes básicas, montagem

dos componentes principais e montagem final. As peças básicas são as chapas e placas de metal (produzidas a partir

de moldes, estiramento ou diversos tratamentos químicos), peças produzidas por meio de máquinas

computadorizadas e não computadorizadas e peças pré-fabricadas. As peças básicas são então montadas, ou casadas,

entre si para produzir os principais componentes da aeronave que, por sua vez, são unidos para criar a estrutura

básica da aeronave. Na etapa final da produção, os diversos sistemas operacionais da aeronave (como fiação e

eletrônica) são instalados na estrutura e testados.

As instalações de produção para nossas aeronaves comerciais, executivas e de defesa estão localizadas em

São José dos Campos, estado de São Paulo, Brasil. O tempo de produção das aeronaves da família ERJ 145 foi

reduzido de oito meses em 1996 para 3,1 meses em 2004. De 31 de dezembro de 1999 a 31 de dezembro de 2000,

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aumentamos nossa produção de 12 para 16 aeronaves da família ERJ 145 por mês. Em 31 de março de 2001 nossa

taxa de produção era de 16 aeronaves por mês. Devido à redução da demanda do mercado após os ataques terroristas

de 11 de setembro e à desaceleração da economia mundial, nossa produção foi reduzida para 11 aeronaves por mês

e, em 2005, foi novamente reduzida, para 9 aeronaves por mês.

O prazo de produção de nossas aeronaves EMBRAER 170 fo i reduzido de aproximadamente sete meses no

início da produção em março de 2004 para cerca de quatro meses no final de 2005. Temos flexib ilidade para

aumentar a produção no futuro para atender a um aumento da demanda. No final de 2008, atingimos a produção

mensal de 14 aeronaves da família de jatos EMBRAER 170/190, devido à reestruturação de alguns processos

industriais e à implementação de terceiro turno de nossa força de trabalho. Além disso, em junho de 2006, firmamos

um contrato com a KHI e a KAB para começarmos a montar as asas do EMBRAER 190 e EMBRAER 195 a fim de

atender à demanda por esses tipos de aeronaves. Consulte o ―Item 4B. Visão Geral do Negócio — Negócio de

Aviação Comercial — Produtos — Família de Jatos EMBRAER 170/190‖.

Para acomodar a produção da família de jatos regionais ERJ 145 e da família de jatos EMBRAER 170/190,

além de qualquer produção de jatos executivos, nossas instalações de produção foram expandidas, adquirimos novas

instalações e daremos continuidade ao processo de coordenação com os parceiros de risco para acomodar quaisquer

necessidades futuras de produção. Uma nova instalação foi construída em Gavião Peixoto, Estado de São Paulo,

Brasil, para aumentar a capacidade de teste de voo e fornecer uma linha de montagem final para nossas aeronaves de

defesa e executivas. Essa instalação está em operação desde novembro de 2002 e consiste em uma pista de teste e

outros recursos para montagem de nossos programas de defesa, uma instalação de MRO e o hangar de produção do

Phenom em Gavião Peixoto. Também estamos realizando os ensaios de vôo para a família de jatos EMBRAER

170/190 e possuímos uma fábrica de interiores de jatos executivos totalmente operacional em Gavião Peixoto. Em

setembro de 2000 foi adquirida uma nova instalação em São José dos Campos, São Paulo, Brasil, onde atualmente

são fabricadas pequenas peças e componentes para nossas aeronaves. Nossa joint venture na China construiu uma

fábrica para a família de jatos ERJ 145 e m Harbin, na China.

Questões Relativas ao Meio Ambiente

A maior parte das leis ambientais no Brasil é determinada no nível estadual e não no nível federal ou

municipal, sendo que as autoridades ambientais, na maioria dos estados, concede permissões para op eração para

instalações individuais, e não por meio de leis gerais. Possuímos todas as permissões exig idas para operar. Os prazos

dessas licenças de funcionamento são revistos a cada ano e, em 31 de dezembro de 2010, estávamos em

conformidade com essas permissões. Além d isso, aderimos internamente aos padrões ambientais internacionais ISO

14000. Em 2010 e 2009, investimos US$ 4,1 milhões e US$ 4,5 milhões, respectivamente, em projetos relativos ao

meio ambiente e esperamos gastar cerca de US$ 2,0 milhões em projetos ambientais em 2011, v isando a

modificação de instalações existentes relacionada à conformidade e melhorias ambientais.

Além disso, determinados desenvolvimentos das leis e regulamentações para a redução das emissões de

carbono atuais ou propostas poderiam no futuro afetar indiretamente nossos negócios e resultados. No momento, os

fabricantes de aeronaves não são afetados diretamente pela estrutura existente de regulamentações ambientais.

Entretanto, a Organização Internacional de Aviação Civ il, por meio de seu Comitê para a Proteção Ambiental,

recentemente in iciou o desenvolvimento de normas para regulamentar a emissão de carbono por aeronaves. O

estudo dessas normas está sendo realizado simultaneamente à implementação de regulamentações locais ou

regionais, visando a limitação das emissões de carbono, como aquelas regulamentações adotadas pela União

Europeia com seu mercado de emissões (EU ETS – Sistema de Negociação de Emissões da União Européia). Esse

sistema estabelece metas para as companhias de aviação relativas à redução das emissões. Dependendo dos

pagamentos compensatórios e dos limites impostos, bem como do custo dos equivalentes de carbono,

regulamentações dessa natureza podem afetar o potencial de crescimento do setor de transportes aéreo s como um

todo, devido a: (i) internalização dos custos relacionados a emissão de carbono pelas companhias de transportes

aéreos, o que reduziria suas margens de lucro com o consequente corte na demanda de novas aeronaves ou (ii) maior

nível de preços de passagens aéreas, cobradas por companhias de transporte aéreo na tentativa de repassar os custos

relacionados a emissões para seus passageiros que, por sua vez, buscariam meios alternativos de transporte,

reduzindo a demanda de viagens aéreas e causando queda na venda de aeronaves. Os efeitos dos dois cenários

provavelmente seriam uma diminuição na demanda por novas aeronaves nos mercados afetados, consequentemente

afetando negativamente nossos resultados.

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50

Para obter mais informações sobre como as mudanças climáticas podem afetar nosso segmento de

aeronaves comerciais, consulte o "Item 5A. Análise e Perspectiva Operacional e Financeira — Resultados

Operacionais – Aeronaves Comerciais‖.

OGMA

Durante o processo de devido exame anterio r à aquisição da OGMA, iden tificamos alguns processos

industriais que não atendiam completamente às normas ambientais e de segurança do trabalho. Como parte das

negociações, ficou acordado com a Empresa Portuguesa de Defesa – EMPORDEF, o vendedor, que (1) a Embraer

gastaria €1,9 milhão, o montante que as partes estimam ser necessário para adequar os processos industriais em

conformidade com as normas ambientais e de segurança do trabalho em um período de três anos, (2) o vendedor

indenizaria a OGMA por quaisquer perdas decorrentes de ações relacionadas a tais processos durante esse mesmo

período de três anos, (3) a responsabilidade da Embraer em qualquer ação ambiental anterior à aquisição seria

limitada a €4,1 milhões de euros e (4) qualquer responsabilidade em outras ações relacionados ao meio ambiente ou

à segurança do trabalho anteriores à aquisição acima de €4,1 milhões de euros seria paga pelo vendedor.

Seguros

Todas as nossas instalações e equipamentos são seguradas para substituição em caso de perda. Também

possuímos seguro para cobrir quaisquer danos potenciais à nossa frota de aeronaves, incluindo danos ocorridos

durante vôos comerciais e de demonstração. Além disso, possuímos uma apólice de seguro de responsabilidade civ il

sobre produtos de aviação, que cobre danos causados pela fabricação, distribuição, venda e manutenção de nossa

aeronaves e peças. Também possuímos seguro contra desastres naturais e interrupção das atividades, cobrindo danos

a imóveis e lucros cessantes, conforme definido na apólice, e despesas adicionais, como as incorridas pela redução

da produção e entrega de aeronaves devido a uma interrupção parcial ou total das nossas atividades devida a um

acidente. Consideramos os montantes de cobertura de nossos seguros típicos de uma empresa do tamanho da

Embraer e adequados para atender a todos os riscos previsíveis associados a nossas operações.

Também mantemos seguros de responsabilidade de executivos e diretores, no montante total de US$ 100

milhões. Esse seguro cobre nossos diretores em caso de responsabilidade por atos ilícitos, incluindo qualquer ato de

omissão cometido ou tentado por qualquer diretor atuando em sua capacidade de diretor, ou qualquer processo

contra um diretor oriundo exclusivamente no exercício do respectivo cargo.

ITEM 16.A COMENTÁRIOS DE FUNCIONÁRIOS NÃO RES OLVIDOS

Não temos comentários de funcionários não resolvidos.

ITEM 5. RELATÓRIO OPERACIONAL E FINANCEIRO - PERSPECTIVAS

Esta análise deve ser lida em conjunto com nos sas demonstrações financeiras consolidadas auditadas e as

notas correspondentes, além das demais informações financeiras inclu ídas em outras partes deste relatório anual.

Este relatório anual contém declarações sobre o futuro que envolvem riscos e incertezas. Nossos resultados reais

podem ser diferentes daqueles apresentados em nossas declarações sobre o futuro como resultado de diversos

fatores, incluindo, mas não se limitando àqueles relacionados no "Item 3D. Fatores de Risco" e as questões

apresentadas de forma geral neste relatório anual.

Salvo disposição em contrário, todas as informações financeiras consolidadas neste relatório anual foram

preparadas de acordo com as IFRS emitidas pelo IASB e apresentadas em dólares norte-americanos, enquanto, para

fins locais, nossas demonstrações financeiras consolidadas também são preparadas de acordo com as IFRS, mas são

apresentadas em reais. Para determinadas finalidades, como fornecer relatórios a nossos acionistas no Brasil,

registrar demonstrações financeiras junto à CVM, determinar pagamentos de dividendos e outras distribuições e

impostos devidos no Brasil, preparamos e continuaremos com a obrigação de preparar demonstrações financeiras da

controladora de acordo com os GAAP do Brasil, apresentadas em reais.

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5A. Resultados Operacionais

Condições Atuais e Tendências Futuras da Indústria de Aviação Comercial e do Mercado de Jatos executivos

A explanação a seguir se baseia principalmente em nossas expectativas atuais sobre eventos futuros e as tendências

que afetam nossos negócios; o desempenho e os resultados reais do nosso setor podem diferir substancialmente.

Consulte "Introdução - Nota Especial relativa às Estimativas e Declarações Futuras". Para fatores que podem

afetar nosso setor e o nosso desempenho futuro, consulte "Item 3D. In formações Chave — Fatores de Risco”.

Aeronaves Comerciais

Os fatores fundamentais para o aumento de viagens aéreas são uma combinação de crescimento econômico

e maior propensão para viagens, devido ao aumento de negócios, globalização e melhores serviços das companhias

aéreas, incentivados pela liberalização dos direitos de tráfego aéreo entre países. Acreditamos que de 2010 a 2029 a

demanda por viagens aéreas deverá aumentar em média 4% a 5% ao ano, em termos de passageiros por quilômet ro

voado. O setor de transporte aéreo já demonstrou sinais de recuperação da recente crise financeira global, e

acreditamos que a tendência de crescimento a longo prazo pode ser recuperada. No entanto, a recente desaceleração

econômica global reduziu a de manda global por viagem aérea a curto prazo, causando dificuldades financeiras para

algumas das principais companhias aéreas comerciais, incluindo alguns de nossos clientes. Por sua vez, isso causou

uma redução na demanda por aviões comerciais, inclu indo aqueles fabricados pela Embraer. A lém d isso, a recente

recessão econômica global resultou em escassez de crédito que poderá prejudicar a capacidade de as companhias

aéreas comerciais, incluindo alguns de nossos clientes, obterem financiamento para aquisição de aeronaves (consulte

o "Item 4B. Informações sobre a empresa — Visão Geral do Negócio — Contratos de Financiamento de

Aeronaves").

Esperamos que a China promova o crescimento das viagens aéreas nos próximos 20 anos, em termos de

passageiros por quilômetro voado, com uma taxa média anual superior a 7%, seguida pela América Lat ina, Rússia e

a Comunidade de Estados Independentes. Esperamos que a demanda na Ásia e na África cresça em torno de 5%, e

que o crescimento nos mercados europeu e norte-americano permaneça em torno de 3 e 4%, respectivamente, em

todos os casos em termos de passageiros por quilômetro voado.

Na América do Norte, as companhias aéreas têm operado em um ambiente difícil de demanda reduzida e

rendimentos mais baixos, gerando resultados financeiros negativos. As principais estratégias se concentram em

redução de custos, maior produtividade e eficiência aprimorada com melhor correspondência da demanda de

mercado com capacidade mais adequada das aeronaves. Acreditamos que as companhias aéreas estão

cautelosamente otimistas, já que o setor está bem posicionado em comparação com dois anos atrás, após ter sido

submetido a uma racionalização significativa da capacidade, e passa por uma tendência ascendente de receita. As

companhias aéreas regionais continuam efetuando ajustes de capacidade e distribuição concentrada para

transportadoras da rede. Companhias aéreas de baixo custo não conseguem mais aumentar sua participação nos

mercados domésticos com o mes mo ritmo de antes, principalmente por causa dos cenários mais fracos da demanda

de mercado e da economia.

Na Europa, o ambiente de receitas permanecerá pressionado devido ao cenário da economia. As

transportadoras regionais apoiam os ajustes de capacidade e a frequência de serviços das companhias aéreas da rede,

com a substituição das aeronaves maiores. Espera-se que questões relativas ao meio ambiente, polu ição sonora e

emissões de gases do efeito estufa dominem a agenda reguladora e influenciarão a forma do desenvolvimento de

novas tecnologias em transporte aéreo na Europa. O setor de aviação estará sujeito ao Sistema de Comércio de

Emissões, ou ETS, e à imposição de ―taxas ambientais‖ potenciais, que tendem a ser implementadas segundo

medidas reguladoras mais restrit ivas. Espera-se que as companhias aéreas substituam aeronaves antigas para evitar o

pagamento de impostos ambientais.

Apesar das incertezas atuais quanto ao panorama de curto prazo do setor de aviação comercial, acreditamos

que a demanda de passageiros no transporte aéreo da América Latina permaneça positiva, graças principalmente a

Brasil e México. As companhias aéreas estão introduzindo aeronaves de tamanho adequado e consumo mais

eficiente de combustível para expandir o sistema de av iação intrarregional. A maior integração regional tem

aumentado a demanda por aeronaves de menor capacidade para operação em mercados de densidade média e baixa.

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Na reg ião Ásia-Pacífico, as companhias aéreas começam a ver uma recuperação da demanda de carga e

passageiros internacionais. A frota da Ásia-Pacífico ainda é composta principalmente por aeronaves de alta

capacidade e fuselagem estreita, que restringem a implantação adequada em mercados de densidade média e baixa.

As políticas de liberalização em algumas sub-regiões tendem a incentivar o desenvolvimento do transporte aéreo

intrarreg ional e gerar oportunidades importantes para a aviação regional nos próximos anos.

Na China, as companhias aéreas têm sido afetados pela desaceleração do crescimento econômico, que

reduziu a demanda de mercado no setor de transporte aéreo. O setor de transporte aéreo chinês está concentrado

principalmente em aeronaves de alta capacidade, que não possuem capacidade adequada para atender

satisfatoriamente à maioria dos mercados de densidade média e baixa. Porém, o governo chinês está implementando

novas políticas para promover mais desenvolvimento na aviação regional.

No Oriente Médio, a maior procura por t ransporte aéreo se deve principalmente à expansão de serviços

internacionais. O sistema de aviação intrarregional está em desenvolvimento como apoio à integração regional e

atender aos voos internacionais.

O transporte aéreo na África é caracterizado por um ambiente regulado, frota antiga, falta de infraestrutura

e recursos financeiros, resultando em baixa conectividade no sistema intrarreg ional. Porém, devido à liberalização

em certos países, algumas companhias aéreas estão introduzindo novas aeronaves e expandindo seus sistemas

intrarreg ionais, ajudando o apoio ao desenvolvimento da aviação regional.

O setor de transporte aéreo da Comunidade dos Estados Independentes é diversificado, composto por frotas

velhas pertencentes a várias pequenas companhias aéreas estatais. Na Rússia, os impostos de importação

representam um importante obstáculo para as companhias aéreas que desejam renovar a frota com aeronaves

ocidentais. A consolidação de companhias aéreas está em andamento na região, com destaque na melhoria da

eficiência do sistema de transporte aéreo. Oportunidades para a aviação regional dependem da substituição da

enorme, obsoleta e ineficiente frota soviética

Estimamos uma demanda do mercado global em cerca de 6.800 jatos na categoria de 30 a 120 passageiros

de capacidade nos próximos 20 anos, o que pode gerar receitas globais de novas aeronaves totalizando US$ 200

bilhões. Acreditamos que a categoria de 30 a 60 passageiros de capacidade chegou à maturidade, mas continuará

sendo a espinha dorsal do sistema de distribuição concentrada dos EUA e apoiará o desenvolvimento da aviação

regional em outras partes do mundo, como Rússia, a Comunidade de Estados Independentes, México, África e

América do Su l.

A categoria da capacidade de 61 a 120 passageiros continuará ajudando as companhias aéreas a adequar a

capacidade das aeronaves à demanda do mercado com n íveis aprimorados de serviços , com o d imensionamento

correto de voos com fuselagem estreita e pouca carga. Além disso, também existe a tendência de utilização dos jatos

dessa categoria para substituição de jatos mais antigos, expansão em novos mercados e auxílio ao crescimento

natural de companhias aéreas regionais em rotas de grade demanda operadas com jatos menores.

Acreditamos que a emissão de combustível está se tornando um dos principais fatores nas decisões de

frotas de companhias aéreas e influenciará futuros desenvolvimentos das aeronaves. Estimamos que mais de 700

unidades da frota atual em operação de 30 a 120 assentos têm mais de 20 anos, e logo deverão ser substituídas por

jatos novos, tais como as aeronaves comerciais da Embraer, visando reduzir o impacto ambiental.

Aeronaves Executivas

Visão Geral do Mercado

Devido à desaceleração econômica g lobal que afetou o mercado de aviação executiva desde meados de

2008, este segmento registou uma das mais severas reduções nas vendas mundiais de sua história, ultrapassando os

impactos causados pela recessão da década de 1980 e os atentados terroristas de setembro de 2001. A falta de

alternativas de financiamento vantajosas, o estoque elevado de aeronaves usadas baratas e relativamente novas, além

das incertezas que cercam as economias mundiais , torna mais difícil prever a elevação da procura a curto e médio

prazo. Apesar dos lucros acumulados maiores do que o esperado em 2010, o mercado norte -americano ainda não

mostrou sinais significativos de recuperação contínua substancial. Entendemos que as empresas continuarão a ser

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53

mais relutantes em gastar em alternativas de transporte, pelo menos no curto prazo. Por outro lado, as grandes

operadoras fracionárias renovaram seus planos de negócios e, em nossa opinião, poderão em breve in iciar uma nova

temporada de compras em busca de alternativas por novas aeronaves, a fim de expandir o mercado fracionário que

está encolhendo e criando oportunidades para novos modelos que entram no mercado. Os dados da FAA relativos à

utilização fraccionada nos EUA mostram que as operações totais aumentaram mais de 16% no primeiro semestre de

2010 anualmente.

Espera-se que onda de cancelamentos de encomendas e adiamentos sejam reduzidas em 2011 já que as

vendas já mostram algum dinamis mo. Além disso, espera-se que recuperação do nível de produção do setor retome

em 2011, mas acredita-se que os valores de mercado permanecerão estáveis até 2013, dentro da faixa de receita de

US$ 15 bilhões a 17 bilhões por ano Nos próximos 10 anos, as previsões de mercado indicam que 10 mil aeronaves

serão vendidas, totalizando US$ 209,7 no período, bem acima da referência de planejamento cuidadosamente

adotada durante 2009. Na nossa perspectiva de mercado pós -crise, o crescimento da receita anual composta para o

segmento de jatos executivos de 2011 a 2020 deve chegar a 6,5%. Em termos de unidades entregues, a expectativa

de crescimento chegará a 5,8%.

Em dezembro de 2010, o governo dos EUA relatou um aumento de 2,6% do seu PIB no terceiro t rimestre

do mes mo ano, sugerindo que a recessão diminuiu durante esse ano, após quatro taxas negativas de crescimento

trimestrais do PIB para 2009.

No in ício de 2011, a Associação Geral de Fabricantes de Aviação relatou que a indústria entregou 763 jatos

executivos em 2010 (12% menos do que a produção do ano anterior), equivalente a US$ 18,1 bilhões, que no

entanto representa um volume de vendas 5,8% maior em US$ do que em 2009, devido a uma mistura diferente de

produtos entregues com preços geralmente mais altos. As expectativas para 2011 são que as entregas serão

equivalentes em termos de unidades, mas haverá uma redução em termos de volume de vendas em US$.

Acreditamos que uma recuperação no segmento de jatos executivos terá in ício no segundo trimestre de 2011, e,

como resultado, os fabricantes de jatos executivos continuarão a ajustar a capacidade de produção e os preços dos

produtos.

Desde 2005, o setor testemunhou um aumento na participação em mercados não tradicionais (isto é, fora

dos Estados Unidos e Europa Ocidental), considerando-se os níveis de vendas em geral. Recentemente, alguns

fabricantes registraram 70% de pedidos recebidos de fora do mercado norte-americano. Porém, devido à ret ração

global das economias emergentes causada pela crise econômica global, prevemos que a redução excessiva das

vendas da aviação executiva nos Estados Unidos não será compensada pelo crescimento da demanda em mercados

não tradicionais. A receita obtida com pedidos de fora dos EUA deve corresponder a 43% da receita total do setor

nos próximos dez anos, representando uma diminu ição de cinco pontos percentuais em relação à estimativa do ano

passado.

América Lat ina, Ásia-Pacífico e China deverão apresentar a maior taxa de crescimento em entregas a

médio e longo prazo. Geralmente, as categorias de jatos mais leves têm sido bem aceitas, principalmente na América

Latina, por serem mais adequadas às necessidades locais. Por isso, acreditamos que as vendas de jatos leves e

básicos serão importantes para sustentar o crescimento esperado na América Lat ina. Embora o crescimento da

América Lat ina seja causado principalmente pela substituição da frota de turboélices, acreditamos que as taxas de

crescimento da Ásia serão sustentadas pelo desempenho econômico da região e pela perspectiva de redução de

barreiras reguladoras e fiscais, que até agora enfraqueceram a procura. Esses fatores devem favorecer a demanda por

aeronaves com cabines maiores e alcance mais amplo na região.

Embora a China tenha experimentado um crescimento recente na demanda com base no forte desempenho

econômico geral da reg ião, o rígido controle do governo sobre o espaço aéreo e a falta de infraestrutura

aeroportuária civil adequada ainda são os principais obstáculos que acreditamos continuarão obstruindo o mercado

de aviação executiva chinesa a curto prazo. A médio prazo, o mercado chinês está pronto para crescer, alimentado

pelos níveis de consumo crescente de chineses com alto patrimônio líquido, e a globalização dos conglomerados

chineses.

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54

Nossas Aeronaves Executivas

Visão geral

Continuamos a obter sólidos progressos em 2010, alcançando importantes marcos em cada programa da

nossa carteira de produtos e avançando no desenvolvimento de soluções integradas para o mercado de aviação

executiva.

Desde o lançamento do Phenom 100, Phenom 300 e Lineage 1000, continuamos a avaliar e exp lorar

oportunidades no mercado de aviação executiva. Em abril de 2008, lançamos formalmente o jato médio leve Legacy

450 e o jato de porte médio Legacy 500. Os jatos Legacy 450/500 serão posicionados em nosso portfólio de jatos

executivos entre o Phenom 300 e o Legacy 600. Em 2010, nós entregamos o primeiro Legacy 650, um grande jato

executivo que está posicionado em nosso portfólio de jatos executivos entre o Legacy 600 e o Lineage 1000.

Embora a ativ idade de vendas do setor tenha sofrido um congelamento notável desde o quarto trimestre de

2008 e vários cancelamentos foram v ividos, a família de jatos executivos Phenom manteve o número de contratos

firmes para mais de 450 aeronaves em 2010. Além disso, desde o início do seu programa, já vendemos mais de 20

jatos Lineage 1000 ao redor do mundo e em 2010 entregamos 10 jatos Legacy 600 / 650. Como a Embraer continua

a lançar novos produtos no mercado de jatos executivos, espera-se que o número total de entregas neste segmento

continue a aumentar nos próximos anos.

Legacy 600 e Legacy 650

Em outubro de 2009, apresentamos o novo jato Legacy 650 no 62º Encontro Anual e Convenção da

National Business Aviation Association, em Orlando, Flórida. O Legacy 650 é um jato de categoria grande baseado

na plataforma de sucesso do super médio Legacy 600 com maior alcance para até 14 passageiros. O Legacy 650

pode voar até 3.900 milhas náuticas sem escala com quatro passageiros ou 3.800 milhas náuticas, com o ito

passageiros, ou seja, cerca de 500 milhas náuticas a mais do que o alcance do Legacy 600.

A Embraer reforçou sua presença em muitos mercados participando da maioria das feiras aeroespaciais. Em

janeiro de 2010, o Legacy 600 foi exibido no Singapore Airshow, a maior feira de aviação na Ásia.

Em abril de 2010, um marco importante para o desenvolvimento do jato Legacy 600 fo i alcançado: a

certificação, pela FAA, dos novos motores altamente eficientes e mais poderosos Rolls -Royce AE 3007A2. Os

níveis de ruído da cabine do jato Legacy 650 foram reduzidos com um pacote de isolamento acústico de última

geração e o link de dados de alta velocidade à Internet foi atualizado para o Sistema Swiftbroadband da Inmarsat.

Ligações de cidades importantes são agora possíveis para este grande jato comercial, como Londres a Nova Yo rk,

Dubai a Londres ou Cingapura, Miami a São Paulo; Cingapura a Sydney, ou Bombaim à Europa central.

Em outubro de 2010, a Agência Nacional de Aviação Civil e a EASA cert ificaram o Legacy 650.

Em novembro de 2010, o Legacy 650 completou com êxito um vôo sem escalas de Dubai para Londres. A

aeronave vôou, em o ito horas, o equivalente a 3.500 milhas náuticas, levando em conta o vento frontal habitual para

esta rota. O vôo foi realizado com 10 ocupantes (sete passageiros e três membros da tripulação) a bordo de uma

aeronave com configuração padrão. No mesmo mês, também exibimos o Legacy 650 na Chinha 2010 Airshow,

realizada em Hula, uma cidade na província de Guangdong. Essa foi a primeira vez que o jato foi apresentado ao

mercado chinês.

No final de novembro de 2010, entregamos o primeiro Legacy 650 para Amsair Aircraft Limited, de

propriedade do senhor Alan Sugar. A aeronave ficará baseada no aeroporto de Stansted em Londres no Reino Unido

e será operada pela afretadora Titan Airways Executive. Os serviços de reparo e manutenção serão realizados pela

Inflite, um centro de serviço autorizado da Embraer no Reino Unido.

Em dezembro de 2010, entregamos o primeiro Legacy 650 no Oriente Médio. A aeronave foi entregue para

um cliente não divulgado na Jordânia e será gerenciada, em nome do cliente, pela afretadora Arab Wings, que

também tem sede na Jordânia.

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55

O Legacy 600 entrou em seu nono ano de produção e ainda conta com ampla aceitação no mercado,

principalmente junto a clientes na Europa Também possui boa aceitação no Oriente Médio, com uma frota de 24

aeronaves na região.

As entregas do Legacy 600 e Legacy 650 caíram para 10 unidades em 2010 (18 unidades em 2009) devido

à desaceleração econômica global. Com uma frota superior a 185 jatos em 35 países, o Legacy 600 detém 18% de

participação de mercado da categoria de porte supermédio.

Legacy 450 e Legacy 500

Uma estimativa de US$ 750 milhões deve ser investida em ativos fixos e gastos de desenvolvimento para

os novos modelos Legacy 500 e Legacy 450. O jato executivo Legacy 500 deverá entrar em serviço entre 2012 e

2013 e o Legacy 450 deverá entrar em serviço um ano após o Legacy 500. Acreditamos que o programas dessas

duas aeronaves ajudarão a fortalecer a nossa posição no mercado e definir o nosso portfólio como um dos mais

abrangentes do setor da aviação executiva.

Em agosto de 2010, o Legacy 450 e 500 receberam a edição brasileira do International Design Excellence

Awards (IDEA), o principal prêmio internacional de excelência em design de produto, ecodesign , embalagens,

estratégia, pesquisa e conceitos.

Em outubro de 2010, começamos a utilizar uma plataforma integrada conhecido como Iron Bird para testar

os controles de vôo do Legacy 450 e 500. O equipamento integra, em um único banco, equipamentos e compon entes

do sistema eletrônico de controles de vôo fly-by-wire, o sistema de aviônicos, o sistema hidráu lico e outras

interfaces para essa aeronave. O Iron Bird do Legacy 450/500 fo i desenvolvido pela Embraer em parceria com a

Parker, nossos fornecedores de controles de vôo. O banco não só permit irá testar o sistema de controle de vôo e sua

integração com outros sistemas, mas também permitirá a conexão com o controle d igital do motor e do sistema

elétrico. O Iron Bird também permite aos pilotos participarem do teste através de um modelo aerodinâmico, com um

sistema visual integrado.

Phenom 100 e Phenom 300

Em fevereiro de 2010, entregamos o 100º Phenom 100. A aeronave foi entregue à JetSuite, uma afretadora

americana. No mes mo mês, apresentamos os Phenom 100 pela primeira vez na Austrália A aeronave foi exib ida nas

cidades de Adelaide, Melbourne, Canberra, Sydney, Sunshine Coast, Brisbane, Cairns e Darwin

Em maio de 2010, o Phenom 300 foi certificado pela EASA. A cerimônia fo i realizada na European

Business Aviation Convention and Exhib ition (EBACE), em Genebra, Suíça. No mesmo mês, entregamos o

primeiro Phenom 300 a um cliente brasileiro.

Em julho de 2010, entregamos mais de Phenom 100 em todo o mundo, 20 meses após a primeira unidade

ter entrado em serviço. Em ju lho de 2010, esta aeronave já havia sido certificada por 18 autoridades da aviação civil,

incluindo a FAA, a EASA, a Aviação Civil de Transporte Canadense, a autoridade de aviação civil egípcia e o

Instituto Domin icano de Aviação Civ il.

Em agosto de 2010, a Agência Nacional de Aviação Civil, a FAA e a EASA cert ificaram o simulador de

vôo do Phenom 300. Esse simulador de ú ltima geração está baseado em Dallas, Texas.

Em outubro de 2010, a NetJets, a maior operadora de propriedade fraccionada no mundo, e a Embraer

assinaram um contrato de compra e venda para 50 pedidos de Phenom 300, inclu indo uma opção adicional 75 para

esta aeronave. O valro total deste contrato provavelmente excederá US$ 1 bilhão. As primeiras entregas estão

previstas para começar em 2013.

Até o fim de 2010, a frota do Phenom 100 totalizava 200 unidades distribuídas em 24 países. No mes mo

período, a frota do Phenom 300 era composta por 29 unidades distribuídas em oito países.

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Lineage 1000

Lançado em maio de 2006, o Lineage 1000 é o maior e mais refinado jato executivo na carteira da

Embraer. O avião é baseado no jato comercial EMBRAER 190, que foi certificado em agosto de 2005. O Lineage

1000 representa a quarta família de nossos jatos executivos, e atualmente opera em 35 países. Em 2010, entregamos

cinco aeronaves Lineage 1000 e t rês Embraer 190 para nossos clientes executivos de aviação.

Em dezembro de 2009, entregamos o primeiro jato Lineage 1000 para a Al Jaber Aviation, de Abu Dhabi,

uma afretadora que já é dona de um Legacy 600. A lém d isso, o contrato fornece mais quatro unidades do Lineage

1000.

Em agosto de 2010, o primeiro Lineage 1000 começou a operar no continente americano. A cliente,

Omnilife Group, uma produtora de suplementos alimentares no México, operará a aeronave em vô os fretados sob a

sua filial de serviços chamada Omniflys.

Em setembro de 2010, o Lineage 1000 completou com êxito o vôo mais longo de um jato Embraer. Em seu

primeiro vôo sem escala de Mumbaia Londres, a aeronave voou 4.015 milhas náuticas em nove horas e quinze

minutos.

Até o fim de 2010, a frota do Lineage 1000 era composta de nove unidades distribuídas em quatro países.

Rede de Centros de Atendimento ao Cliente da Aviação Executiva

Desenvolvemos também o nosso suporte ao cliente e estrutura de serviços para aumentar a satisfação dos

nossos clientes ao operar os nossos jatos executivos. Em 2010, completamos várias realizações, inclu indo a

certificação de cinco novos centros de serviço autorizados na Índia, nos Emirados Árabes Unidos, na Austrália, nos

Estados Unidos da América e no México.

Também comemoramos o primeiro aniversário do nosso Centro de Serviço de Jatos Executivos, em São

José dos Campos, Brasil, e expandimos suas operações para um hangar maior.

Reforçamos a nossa parceria com a Inflite, no Reino Unido, assinando um acordo para estender as suas

capacidades de manutenção para o jato executivo ultragrande Lineage 1000.

O nosso centro de serviços próprio, em Fort Lauderdale e Mesa, nos Estados Unidos, receberam pela

segunda vez o Diamond award da FAA, um certificado de excelência relacionado com a formação de técnico de

manutenção.

Em 2009, anunciamos o nosso novo Centro de Contato de Suporte ao Cliente dedicado a jatos executivos,

oferecendo assistência completa e em tempo hábil para as suas neces sidades operacionais, técnicas e de manutenção.

Este Centro de Contato de Suporte ao Cliente está localizado na sede da Embraer, em São José dos Campos. Sua

prioridade é min imizar o tempo de inatividade, desde o primeiro contato do cliente até a solução final, por aplicação,

de forma rápida e eficiente, dos recursos adequados às necessidades fundamentais, garantindo assim que os clientes

tenham assistência especializada em qualquer parte do mundo.

O apoio ao cliente e a estrutura de serviços dos jatos executivos da Embraer estão prontos para a entrada

em operação do Phenom 300 e para apoiar as operações do Phenom 100, Legacy 600 e Legacy 650 e Lineage 1000.

A rede de centros de serviços de jatos executivos da Embraer é composta atualmente por cinco centros comerciais

próprios e mais de 38 centros de serviços autorizados em todo o mundo.

Situação Econômica no Brasil

Apesar dos recentes sinais de discreta recuperação econômica, a desaceleração econômica g lobal, inclu indo

os eventos que afetam negativamente o setor da aviação comercial e executiva e os EUA, afetou negativamente as

economias mundial e brasileira e os mercados de valores mobiliários, e resultou em:

maior volat ilidade no preço de ações nas bolsas de valores;

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redução significativa das estimativas de ganhos das empresas;

perdas substanciais em setores importantes, incluindo o transporte aéreo e o setor de seguros; e

desgaste significativo da confiança do cliente.

Conforme examinado abaixo, as incertezas que rondam as economias americana, brasileira e mundial

podem levar o governo federal brasileiro a alterar leis ou normas existentes ou impor novas leis ou normas e/ou o

Banco Central modificar as taxas básicas de juros, o que pode afetar de forma negativa nossas operações.

O governo federal brasileiro tem intervido com frequência na economia brasileira e, às vezes,

implementando mudanças drásticas em polít icas e normas. As ações do governo federal brasileiro para controlar a

inflação e influenciar outras políticas e regulamentos costumam envolver aumento das taxas de juros, mudança das

regras de tributação, controle de preços, desvalorização da moeda, controle de capitais e limites de importação, entre

outras medidas. Por exemplo, o governo federal brasileiro possui autoridade, quando existe forte desequ ilíbrio na

balança de pagamentos, para impor restrições à remessa ao exterior de lucros de investidores estrangeiros no Brasil e

à conversão da moeda brasileira em outras moedas. Mudanças de políticas monetárias, crédito, tarifação e outras

políticas do Brasil podem afetar, de fo rma negativa, nossos negócios, assim como in flação, flutuações das taxas de

câmbio e de ju ros, instabilidade social e outras questões políticas, econômicas ou diplomát icas, além da reação do

governo federal brasileiro a essas questões.

Mudanças rápidas na situação política e econômica do Brasil têm acontecido, e podem acontecer no futuro,

o que exige uma avaliação constante dos riscos associados a nossas atividades e os ajustes correspondentes de nossa

estratégia de negócios e operações. Mudanças futuras nas políticas do governo federal brasileiro, incluindo

mudanças na política atual e nos incentivos existentes para financiamento da exportação de produtos brasileiros, ou

na economia brasileira, sobre os quais não temos qualquer controle, podem afetar, de forma negativa significativa, o

nosso negócio.

A situação econômica do Brasil também pode ser afetada de forma negativa pela situação econômica e

política de outros países, principalmente países da América Latina e outros países emerg entes. Embora a situação

econômica desses países possa ser substancialmente diferente da situação econômica do Brasil, a reação dos

investidores frente às evoluções desses países pode ter um efeito adverso sobre a cotação dos valores mobiliários de

emissores brasileiros. Por exemplo, a recente incerteza nas economias dos EUA e outros países do OCDE causou

uma redução de crédito em todo o mundo, volatilidade significativa dos mercados de capital internacionais

(inclusive o Brasil) e diminuiu o interesse de investidores em títulos de emissores brasileiros, inclusive os nossos.

Crises em outros países emergentes às vezes também afetam acentuadamente a disponibilidade de crédito na

economia brasileira, resultando em evasão considerável de fundos e redução do total de moeda estrangeira investido

no Brasil.

De acordo com o Banco Central, em 2006 o PIB aumentou apenas 2,7%, principalmente como resultado

das altas taxas de juros. Também em 2006, o real se fortaleceu foi valorizado em 8,7% em relação ao dólar norte-

americano, at ingindo R$ 2,138 por US$ 1,00 em 31 de dezembro de 2006.

Em 2007, o PIB do Brasil aumentou 5,4% e a taxa de câmbio do real valorizou em 17,2% em relação ao

dólar norte-americano, atingindo R$ 1,7713 por US$ 1,00 em 31 de dezembro 2007. Em 2007, a inflação medida

pelo IGP-M, fo i de 7,7%, e a média da taxa de juros do CDI foi de 11,9% no mes mo período.

Em 2008, o PIB do Brasil aumentou 4,8% e a taxa de câmbio do real desvalorizou em 31,9% em relação ao

dólar norte-americano, atingindo R$ 2,3370 por US$ 1,00 em 31 de dezembro 2008. Em 2008, a inflação medida

pelo IGP-M, fo i de 9,8%, e a média da taxa de juros do CDI foi de 12,0% no mes mo período.

Em 2009, a economia brasileira demonstrou flexib ilidade frente à crise econômica em comparação com

determinados países. Vários indicadores macroeconômicos melhoraram durante o ano, e apesar da desaceleração do

crescimento do PIB para 2009, o Banco Central informou em seu Relatório Focus publicado em 08 de janeiro de

2010 a sua expectativa de apenas uma pequena redução do PIB brasileiro de 0,3% em 2009. Além disso, condições

macroeconômicas sólidas e uma maior estabilidade econômica permit iram ao Banco Central voltar para a estratégia

de redução das taxas de juro, com a taxa SELIC efet iva acumulada atingindo 8, 75% até o final de ju lho de 2009, seu

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menor n ível h istórico. Da mes ma forma, o real se fortaleceu e valorizou em 25,5% em relação ao dólar norte -

americano em 2009. Segundo o Banco Central, as reservas internacionais permaneceram acima de US$ 200 b ilhões

durante todo o ano (US$ 238 bilhões em 31 de dezembro de 2009), o que representou um aumento significat ivo em

relação ao final de 2008.

Em 2010, o BIP brasileiro aumentou 7,5%. O real manteve sua tendência de valorização de 2009, tendo

avançado 4,3% em relação ao dólar norte-americano. As reservas internacionais brasileiras foram maiores em 2010

do que em 2009, tendo aumentado para US$288,6 milhões em 31 de dezembro de 2010 a part ir de US$ 239,1 em 31

de dezembro de 2009.

Segundo o Relatório de Mercado Focus publicado pelo Banco Central do Brasil em 11 de fevereiro de

2011, é estimado um crescimento positivo de 4,5% do PIB brasileiro em 2011 e uma inflação de 6,33% no mes mo

ano.

Efeitos da Inflação e Flutuações do Câmbio

Até a adoção do Plano Real em 1994, o Brazil tinha muitos anos de experiência de taxas de inflação muito

altas e geralmente imprevisíveis e firme desvalorização da sua moeda com relação ao dólar. A seguinte tabela

estabelece, pelos períodos exibidos, as mais recentes taxas de inflação no Brasil, conforme medidas pelo Índice

Geral de Preço de Mercado (IGP-M) e publica anualmente pela Fundação Getulio Vargas, e a flutuação do real

contra o dólar norte-americano, conforme medida comparando as taxas de cambo diárias publicadas pelo Banco

Central no último d ia de cada período:

2010 2009 2008 2007 2006

Inflação (Índice Geral de Preços de Mercado) ....... 11,3% (1,7)% 9,8 % 7,8 % 3,8 %

Variação da Taxa de Câmbio (R$/US$) .................. 4,3% 25,5% (31,9 )% 17,2 % 8,7 %

A inflação e a variação da taxa de câmbio têm causado e podem continuar causando efeitos significativos

em nossa situação financeira e nos resultados das nossas operações. A inflação e a variação da taxa de câmbio

afetam nossos ativos e passivos monetários expressos em reais. O valor desses ativos e passivos expresso em

dólares diminui quando o real sofre desvalorização em relação ao dólar, e aumenta quando o real é valorizado. Em

períodos de desvalorização do real, contabilizamos (a) novo cálculo de perdas de ativos expressos em reais e (b)

novo cálculo de ganhos em passivos expressos em reais.

Estimativas de Contabilidade Críticas

A preparação das demonstrações financeiras requer que a admin istração faça estimat ivas e adote premissas

que afetam os valores reportados de ativos e passivos, a divulgação de at ivos e passivos contingentes e o valor justo

dos instrumentos financeiros na data do balanço e os valores reportados de receitas e despesas durante o período de

relatório. Estimativas significativas para as quais as mudanças a curto prazo são consideradas razoavelmente

possíveis e que podem ter um impacto material sobre as demonstrações financeiras. Portanto, para preparar as

demonstrações financeiras inclu ídas neste relatório anual, utilizamos variáveis e premissas derivadas de experiências

passadas e diversos outros fatores que consideramos razoáveis e pertinentes. Embora essas estimativas e premissas

sejam revistas durante o curso normal dos negócios, a apresentação da nossa situação financeira e dos resultados da

operação requerem, com freqüência, que avaliemos os efeitos de questões inerentemente incertas. Os resultados

reais podem ser diferentes daqueles estimados usando variáveis, suposições ou condições diferentes. A Nota 3 das

nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas contém um resumo das importantes políticas contábeis

usadas na preparação das demonstrações financeiras.

Para explicar como a administração avalia eventos futuros, incluindo as variáveis e suposições usadas nas

estimativas, e a sensibilidade dessas avaliações às diferentes variáveis e condições, incluímos uma breve análise das

nossas políticas de contabilidade mais importantes.

Receita das Vendas e Outras Receitas Operacionais

Reconhecemos receitas de vendas pelos segmentos comerciais, de jatos executivos, de serviços de av iação

e de defesa e segurança, quando benefícios e riscos de propriedade são transferidos a clientes, o que, no caso de

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aeronaves, ocorre quando a entrega é realizada e, no caso de serviços de aviação, quando o serviço é prestado ao

cliente.

Nós também reconhecemos a receita de aluguel de aeronaves arrendadas classificado como contrato de

leasing em regime linear pelo prazo do leasing e ao apresentar a informação por segmento operacional, lançamos

essa receita de aluguel em ―outros negócios relacionados‖.

No segmento de defesa e segurança, uma parcela significativa das receitas é oriunda de contratos de

desenvolvimento de longo prazo com o governo brasileiro e governos estrangeiros, pelos quais reconhecemos

receitas de acordo com o método de percentual da conclusão, ou POC. Esses contratos contêm disposições sobre

reajuste de preços com base em uma combinação de índices relativos ao custo da matéria-prima e da mão de obra.

Period icamente, reavaliamos as margens previstas de certos contratos de longo prazo, a justando o reconhecimento

da receita com base nos custos projetados para a conclusão. A utilização do método POC obriga-nos a estimar os

custos totais a serem incorridos nos contratos Se os custos totais a serem incorridos caíssem em 10% das estimativas

da administração, o valor da receita reconhecida no ano seria aumentada em US$ 77,4 milhões e se os custos totais

aumentassem em 10%, o valor da receita reconhecida no anos seria reduzido em US$ 90,8 milhões.

Receitas de programas de bolsa de trocas são contabilizadas mensalmente em relação ao prazo do contrato

e consistem em uma parte referente a uma taxa fixa e outra parte referente a uma taxa variável diretamente

relacionada às horas de voo da aeronave coberta.

Efetuamos transações que representam contratos de vários elementos, como treinamento, assistência

técnica, peças sobressalentes e outras concessões, incluídas no preço de compra da aeronave. Contratos de vários

elementos são avaliados para determinar se podem ser separados em mais de uma unidade con tábil, caso sejam

atendidos todos estes critérios:

o item entregue tem valor para o cliente de maneira independente;

existe evidência objetiva e confiável do valor justo do item não entregue; e

se o contrato incluir um direito geral de devolução do item entregue, a entrega ou execução do item

não entregue é considerada provável e substancialmente sob nosso controle.

Se esses critérios não forem cumpridos, o contrato será considerado uma unidade contábil, que resulta em

receita sendo diferida até esses critérios começarem a ser cumpridos ou após a entrega do último elemento que não

havia sido entregue. Se esses critérios forem cumpridos para cada elemento e houver evidência objetiva e confiável

do valor justo de todas as unidades contábeis de um contrato, a consideração do contrato é alocada em unidades

contábeis separadas conforme o valor justo relativo de cada unidade.

Garantias de Produtos

De modo geral, as vendas de aeronaves são acompanhadas de uma garantia padrão para sistemas,

acessórios, equipamentos, peças e software fabricados por nós e/ou nossos parceiros de risco e fornecedores.

Reconhecemos a despesa de garantia como componente de custos de vendas e serviços, no momento da venda e com

base nos montantes estimados dos custos da garantia que se espera incorrer. Essas estimativas são baseadas em

diversos fatores, incluindo despesas históricas com garantias e experiência com custos, tipo e duração da cobertura

da garantia, volume e variedade de aeronaves vendidas e em operação e da cobertura da garantia disponível dos

fornecedores correspondentes. Os custos reais da garantia do produto podem ter padrões diferentes da experiência

prévia, principalmente quando uma nova família de aeronaves inicia seus serviços, o que pode exigir que

aumentemos a reserva da garantia do produto. O período de garantia é três anos para peças sobressalentes e cinco

anos para componentes que sejam parte da aeronave no momento da venda.

Garantias e Direitos de Troca

Podemos oferecer garantias financeiras e de valor residual e d ireitos de troca relacionados às nossas

aeronaves. A Embraer revisa o valor desses compromissos relativos ao valor justo futuro previsto da aeronave e, no

caso de garantias financeiras, a situação de crédito do financiado. As provisões e perdas são contabili zadas quando e

Page 64: 20F Portugues

60

se os pagamentos se tornam prováveis e podem ser estimados com razoabilidade. O valor justo futuro é estimado

utilizando avaliações das aeronaves por terceiros, incluindo in formações obtidas da venda ou leasing de aeronaves

similares no mercado secundário. A situação de crédito de financiados que recebem garantias de crédito é avaliada

pela análise de diversos fatores, incluindo avaliação de créd ito realizada por terceiros e custos estimados do

financiamento do beneficiário.

Todos os contratos de garantia financeira, inclu indo garantias de terceiros, são registados no balanço da

Embraer ao valor justo. A política contábil de garantias tem o efeito geral de retardar o reconhecimento da parte da

receita relativa a vendas acompanhadas de certas garantias de terceiros. Durante os exercícios findos em 31 de

dezembro de 2010 e 2009, o valor das garantias gravado por nós gerou um crédito para as vendas de US$9, 5

milhões e US$ 16,2 milhões, respectivamente. A remensuração de contratos de garantias de valor residual geraram

uma despesa de US$ 2,7 milhões e uma receita de US$ 1,1 milhão em 2009, que foram registradas em receitas

(despesas) financeiras na nossa demonstração de resultado.

Venda da Participação Residual em Aeronaves

Nos financiamentos estruturados, uma entidade compra uma de nossas aeronaves, paga o preço total na

entrega ou na conclusão da estrutura de financiamento e faz um contrato de leasing da aeronave em questão com o

cliente final. Uma instituição financeira externa facilita o financiamento da compra de uma aeronave, e uma parte do

risco do crédito fica com essa instituição.

Aplicamos a norma contábil de ―Consolidação de Entidades de Participação Variável", ou VIE, e

consolidamos as sociedades de propósito específico (SPE) nas quais possui uma participação variável, absorvendo a

maior parte das perdas esperadas da entidade, se ocorrerem, ou recebendo a maior parte do retorno residual

esperado, se ocorrer, ou ambos. Embora não tenhamos nenhuma participação acionária nas SPE, controlamos as

suas operações ou tomamos uma posição acionária majoritária em seus riscos e vantagens Da mesma forma, SPEs

de propriedade de terceiros, em que temos controle, são consolidadas. Quando deixamos de ter controle, os ativos e

passivos relativos à aeronave são desconsolidados do nosso balanço.

Avaliamos controle sobre as SPE, principalmente com base em uma avaliação qualitat iva da SPE. Isso

inclui uma análise da estrutura de capital da SPE, relações e termos contratuais, natureza das finalidades e operações

da SPE, natureza das participações na SPE emit idas e a sua participação na entidade que cria ou absorve

variabilidade. Avaliamos o projeto da SPE e os riscos associados aos quais a entidade e os detentores de participação

variável estão expostos na avaliação da consolidação. Em casos limitados, quando não está claro sob o ponto de

vista qualitativo se quem tiver controle sobre a SPE, usamos uma análise quantitativa para calcular a probabilidade

ponderada das perdas esperadas e a probabilidade ponderada dos retornos residuais esperados usando a modelagem

de fluxo de caixa e de medição estatística de riscos.

Deterioração

Ativos de longa duração detidos para o uso estão sujeitos a uma avaliação de deterioração, se os fatos e as

circunstâncias indicarem que o valor contábil já não é recuperável com base nos fluxos de caixa futuros descontados

do ativo ou o seu valor realizável líquido. Os ativos são agrupados com base em famílias de aeronaves, que são as

nossas unidades geradoras de caixa. Usamos vários pressupostos ao determinar o fluxo de caixa descontado

esperado, incluindo as previsões de fluxos de caixa futuros e os valores realizáveis líquidos, que se baseiam em

nossa melhor estimativa de vendas e custos operacionais futuros, que depende principalmente de p edidos firmes

existentes, pedidos futuros esperados, contratos com fornecedores e condições gerais do mercado. Mudanças nessas

previsões podem alterar, de fo rma significat iva, o valor da depreciação registrada, se houver. Ajustamos o valor

escritural líquido dos ativos correspondentes, quando a soma do fluxo de caixa futuro ou o valor líquido realizável

esperado é menor que o valor escritural. Até a presente data, essas análises não indicaram a necessidade de

reconhecer qualquer depreciação.

Valor Justo de Instrumentos Financeiros

O valor justo dos instrumentos financeiros que não são negociados num mercado ativo é determinado

usando técnicas de avaliação. Nós usamos nosso julgamento para selecionar uma variedade de métodos e fazer

suposições que são baseadas principalmente em condições de mercado existentes no final de cada período de

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61

relatório.

Impostos de Renda

Estamos sujeitos a impostos de renda em diversas jurisdições. Julgamento significat ivo é necessário para

determinar a prov isão mundial para imposto de renda. Existem diversas transações e cálculos para os quais a

determinação do imposto final é incerta. Reconhecemos passivos baseados em estivamat ivas sobre se impostos

adicionais serão devidos. Caso o resultado final tributário dessas questões seja d iferente dos valores que foram

inicialmente registados, essas diferenças terão impacto sobre os ativos e passivos fiscais correntes e diferidos no

período em que tal determinação é feita.

Como a maior parte da nossa base de cálculo é em reais e nossa moeda funcional é o dólar norte-

americano, o item despesa de imposto de renda é altamente sensível aos efeitos das mudanças nas taxas de câmbio

especialmente a part ir de bases comparativas de seus ativos não monetários. Em 31 de dezembro de 2010, quando o

real desvalorizou ou valorizou em 10% em relação ao dólar norte-americano, a despesa de imposto de renda diferido

teria aumentado em cerca de US$ 109,0 milhões, ou diminuido em US$ 109,0 milhões, respectivamente.

Principais Dados Operacionais e Componentes de Nossa Demonstração de Resultados

Dados Operacionais

A tabela abaixo apresenta dados estatísticos relativos a entregas e carteiras de pedidos para nossas

aeronaves no final dos períodos indicados. Entregas são aeronaves entregues aos clientes e para as quais a receita

correspondente já fo i realizada. A carteira de pedidos consiste em todos os pedidos firmes e ainda não entregues.

Um pedido firme é um compromisso contratual de um cliente, normalmente acompanhado de um sinal, para o qual

reservamos um lugar em uma das nossas linhas de produção. Consulte o "Item 5D. - Informações sobre Tendências"

para obter determinadas informações sobre pedidos firmes e opções.

Exercícios findos em 31 de dezembro de

Aviação Comercial 2010 2009

Entregas ........................................................................ 100 122

ERJ 145 ........................................................................ 6 7

EMBRAER 170 .......................................................... 9/2 22

EMBRAER 175 .......................................................... 8 11

EMBRAER 190(1) ..................................................... 58 62

EMBRAER 195 .......................................................... 17 20

Defesa e Segurança (2)

Entregas ........................................................................ 2 7

Aviação Executiva

Entregas ........................................................................ 144 115

Outras informações operacionais

Total da Carteira de Pedidos (em milhões) ............ US$ 15.543,2 US$16.634,8

(1) Os valores apresentados após a barra (/) indicam aeronaves entregues sob leasing operacional.

(2) Inclui apenas aeronaves entregues às companhias aéreas estatais e para transporte de autoridades e, portanto,

exclu i entregas de aeronaves da família Tucano, porque a finalidade dessas aeronaves não é o transporte.

Receita

Reconhecemos nossas receitas principalmente da venda de aeronaves comerciais. Também geramos

receitas com a venda de aeronaves de defesa e de jatos executivos Legacy 600 e Phenom 100. Receitas provenientes

da venda de aeronaves comerciais e executivas são denominadas em dólares norte-americanos. Em 2010, as receitas

totais de defesa e de segurança incluíram 66,6% da receita em moeda estrangeira, principalmente em dólares norte-

americanos, e 34,4% denominada em reais, mas indexadas ao dólar norte-americano através de índices de reajuste

de preços. Além d isso, geramos receitas de nossos serviços de aviação, como o suporte pós -venda (incluindo a

venda de peças sobressalentes , manutenção, consertos, treinamento e outros serviços de suporte a produtos). Em

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62

2010, o total da receita de serviços inclu iu 96,0% da receita expressa em dólares norte-americanos e outras moedas e

4,0% em reais, mas indexados ao dólar norte-americano por índices de ajuste de preço. Por fim, geramos receitas

com outros negócios relacionados, como leasings operacionais e fornecimento exclusivo de partes estruturais e

mecân icas e sistemas hidráulicos para outros fabricantes de aeronaves.

Geralmente, contabilizamos a receita da venda de nossas aeronaves comerciais e executivas quando a

aeronave é entregue ao cliente. Na venda de aeronaves comerciais, normalmente recebemos um depósito na

assinatura do contrato de compra e pagamentos iguais a 5% do preço de venda da aeronave em 18, 12 e seis meses

antes da data de entrega prevista. Na venda de aeronaves executivas, recebemos um depósito de 5% na assinatura do

contrato de compra e um depósito adicional de 30% a 50% do preço de compra antes da entrega, de acordo c om os

termos específicos do contrato de compra e da aeronave vendida. Para a família de jatos EMBRAER 170/190, a

empresa recebe um pagamento adicional de 5% 24 meses antes da entrega programada. O montante restante do

preço de venda é pago normalmente no ato de entrega da aeronave. Pagamentos antecipados à data de entrega são

contabilizados como adiantamentos de clientes como passivo em nosso balanço e, quando a aeronave é entregue,

esses pagamentos são contabilizados como contas a receber da troca da aeronave. Consulte o ―Item 5A. —

Estimativas de Contabilidade Fundamentais — Vendas e Outras Receitas Operacionais.

Os contratos de venda com nossos clientes geralmente incluem ajustes do preço de compra da aeronave

segundo uma fórmula de reajuste baseada em u ma combinação de índices relacionados aos custos de matéria -prima

e mão de obra. Depósitos, pagamentos parciais e pagamentos de opções de compra não são restituíveis na maioria

dos casos. Quando um cliente decide converter uma opção de compra, nós o consid eramos como um pedido firme, e

começamos a receber pagamentos por progresso e reconhecer a receita no ato da entrega conforme descrito acima.

A receita da venda de aeronaves de defesa, incluindo pesquisa e desenvolvimento para programas

específicos, é contabilizada segundo o método de porcentagem completada. Alguns contratos contêm certas

disposições para a reavaliação de preço com base em condições econômicas futuras. Nossos clientes de defesa

continuam fornecendo adiantamentos, que são convertidos em rece itas à medida que executamos etapas

predeterminadas do projeto, como concepção, desenvolvimento e projeto, bem como engenharia, integração de

sistemas e personalização. Essas parcelas não são restituíveis na maioria dos casos.

Custo das Vendas e dos Serviços

Os custos de vendas e serviços são os custos da aeronave, das peças de reposição e dos serviços

relacionados prestados, que compreendem:

Matérias-primas. Todos os nossos custos importantes são substancialmente cobertos por contratos

com fornecedores. Os preços nesses contratos geralmente são corrigidos com base em uma fórmula

de reajuste que reflete, em parte, a inflação nos Estados Unidos.

Mão de obra. São custos expressos principalmente em reais.

Depreciação. O at ivo imobilizado é depreciado durante a respectiva vida útil, que pode variar de

cinco até 48 anos, em uma base linear. Em média, nosso ativo imobilizado é depreciado a cada 16

anos. A depreciação de aeronaves sob leasings operacionais é registrada nos custos de vendas e

serviços desde o início do leasing, usando o método linear sobre a vida útil estimada e considerando

o valor residual no final do termo do leasing.

Amortização: Ativos intangíveis gerados internamente são amortizados de acordo com o faturamento

estimado da série de aeronaves Ativos intangíveis adquiridos de terceiros são amortizados em regime

linear ao longo da vida útil estimada dos ativos.

De acordo com a norma contábil de contingências, acumulamos uma responsabilidade pelas obrigações

associadas a garantias de produtos na data de entrega da aeronave e estimada com base na experiência histórica

contabilizada no custo de vendas e serviços.

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63

Realizamos operações que representam contratos de vários elementos, como treinamento, assistência

técnica, peças sobressalentes e outras concessões. Esses custos são reconhecidos quando o produto ou serviço é

fornecido/prestado ao cliente.

Acontecimentos Recentes

“Joint ventures,” aquisições e alianças estratégicas

Aquisição de 64,7% do Capital Social do Negócio de Radares da Orbisat

Em março de 2011, assinamos contrato de R$28.5 milhões para a compra de 64,7% de part icipação no

capital dos negócios de radares da OrbiSat. Em 2002 a Orbisat criou a indústria de redares para desenvolver

tecnologia de última geração para sensoriamento remoto aéreo, marítimo e terrestre e v igilância aérea. O contrato

deverá ser apresentado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica, ou CADE, para obtenção de aprovação

antitrust. Esta é a primeira aquisição feita por nossa recém criada unidade de negócios de defes a e segurança.

Contrato Estratégico com AEL Sistemas

Em abril de 2011, nós e a AEL Sistemas, subsidiária da empresa israelense Elb it Systems Ltd., anunciamos a

celebração de um contrato estratégico com a finalidade de avaliar as perspectivas da exploração conjunta de

sistemas de antenas não tripulados (UAS), inclusive a possível criação de empresa para exp lorar este segmento, com

participação majoritária de nossa unidade de defesa e segurança.

AVIC

Em abril de 2011 avençamos um acordo estrutural com a AVIC para implmentação da linha de produção

do Legacy 600/650, aproveitando a infraestrutura, recursos financeiros e a mão de obra da Harb in Embraer Aircraft

Industry Company Ltd. ou HEAI, nossa ―joint venture‖ com a Harbin A ircraft Industry (Group) Co. Ltd. e a Hafei

Aviation Industry Co. Ltd, ambas subsidiárias da AVIC. Este programa de cooperação manterá seu foco na

produção da família Legacy 600/650 na China e pretende abrigar a crescente demanda do mercado chinês de aviação

executiva.

Atech

Anunciamos em abril de 2011, a aquisição por R$ 36 milhões de 50% do capital social da Atech Negócios em

Tecnologias S.A., ou Atech, com o fim de aumentar a nossa capacidade para o desenvolvimento de produtos e

serviços na área de Comandos, Controles, Comunicações, Computação e Inteligência, ou C4I, sistemas e

aperfeiçoamento da habilidade de fornecer sistemas integrados para os mercados de defesa e segurança, comandos e

controles, defesa aérea e controle de tráfego aéreo. A aquisição será apresentada à CADE para autorização anti-

monopólio

Carteira de pedidos

Visão Geral

Em comparação com os nossos pedidos firmes pendentes em 31 de dezembro de 2010, nossa carteira de

aviação comercial, av iação executiva e defesa e segurança aumentou US$ 0,4 b ilhão durante o primeiro trimestre de

2011, totalizando US$ 16,0 bilhões em 31 de março de 2011. Além disto, neste período tínhamos 270 pedidos

firmes em carteira na av iação comercial. Durante o primeiro trimestre de 2011 tivemos 44 novas ordens, 4

cancelamentos, e entregamos 20 aeronaves para este segmento. Neste mesmo período, entregamos também oito jatos

na aviação executiva.

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64

Continuamos a implementar melhorias em nossos processos industriais, reafirmando o compromisso

assumido com os nossos acionistas , clientes e fornecedores. Atualmente mantemos nossa estimativa de entregar 102

aeronaves comerciais, 100 jatos executivos leves e 18 grandes jatos executivos em 2011.

Vendas de jatos Embraer 190 à KLM Cityhopper

Celebramos em abril de 2011 um contrato com a KLM Cityhopper, subsidiária regional da KLM Royal Dutch

Airlines, confirmando a compra de cinco jatos Embraer 190 com opção efetuada em agosto de 2007. As entregas

inicias este pedido deverão ocorrer no primeiro semestre de 2012. Com este novo pedido, a f rota da KLM

Cityhopper de jatos Embraer 190 aumentará para 22 aeronaves. A KLM Cityhopper continua com opções de compra

de mais dois jatos Embraer 190.

Vendas de jatos Embraer 190 à Hebei Airlines

Celebramos em abril de 2011 um contrato com a Hebei Air lines Co., afiliada da estatal Hebei

Aviation Investment Group, para a venda de dez jatos Embraer 190, cu jas entregas inicias deverão ocorrer em

setembro de 2012. Ademais, a Hebei Airlines Co. possui opções de compra de mais cinco jatos Embraer 190.

Vendas de jatos Embraer 190 à CDB Leasing Co., Ltd.

Celebramos em abril de 2011 um contrato com a CDB Leasing Co. Ltd., a CDBconfirmando a compra de um

segundo lote de dez jatos Embraer 190, em seguimento ao pedido de um contrato anterior de janeiro de 2011.

Ademais, uma carta de intenção foi assinada de um terceiro lote de dez jatos Embraer 190, que caso confirmada,

aumentará o pedido total da CDB para jatos Embraer 190 para 30 aeronaves. Os 30 jatos Embraer 190

encomendados pela CDB serão operados pela China Southern Airlines Co. Ltd. As entregas iniciais dos jatos 190

vendidos à CDB deverão ocorrer no segundo semestre 2011.

Modernização de 11 caças F-5 adicionais

Em abril de 2011, nossa unidade de defesa e segurança e a Força Aérea Brasileira celebraram um contrato

para modernizar 11 caças F-5 adicionais e fornecer mais um simulador de voo para esses caças como extensão do

contrato celebrado em 2000. Essas aeronaves adicionais, adquiridas recentemente pela Força Aérea Brasileira,

receberão a mesma configuração dos 46 jatos F-5 in iciais que estão atualmente em finalização de processo de

atualização. A primeira entrega desse segundo lote de jatos atualizados está programada para 2013.

Resultados das Operações

A tabela a seguir apresenta a demonstração de dados dos resultados por segmento de negócio para os

períodos indicados.

Exercício findo em 31 de dezembro de

2010 2009

Receita (em milhões de US$)

Aviação Comercial ........................................................................... 2.888,6 3.382,3

Aviação Executiva............................................................................ 1.145,2 896,3

Serviços de Aviação......................................................................... 563,8 604,6

Defesa e Segurança .......................................................................... 669,8 498,8

Outros negócios relacionados......................................................... 96,7 115,8

Total .................................................................................................... 5.364,1 5.497,8

Custo de vendas e serviços

Aviação Comercial ........................................................................... (2.425,5) (2.808,8)

Aviação Executiva............................................................................ (966,4) (737,4)

Serviços de Aviação......................................................................... (403,5) (427,4)

Defesa e Segurança .......................................................................... (483,9) (383,2)

Outros negócios relacionados......................................................... (58,8) (71,6)

Total .................................................................................................... (4.338,1) (4.428,4)

Lucro Bruto

Aviação Comercial ........................................................................... 463,1 573,5

Aviação Executiva............................................................................ 178,8 158,9

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Exercício findo em 31 de dezembro de

2010 2009

Receita (em milhões de US$)

Serviços de Aviação......................................................................... 160,3 177,2

Defesa e Segurança .......................................................................... 185,9 115,6

Outros negócios relacionados......................................................... 37,9 44,2

Total .................................................................................................... 1.026,0 1.069,4

Despesas operacionais

Aviação Comercial ........................................................................... (222,5) (455,4)

Aviação Executiva............................................................................ (119,4) (63,3)

Serviços de Aviação......................................................................... (147,1) (80,6)

Defesa e Segurança .......................................................................... (96,1) (58,6)

Outros negócios relacionados......................................................... (49,2) (32,1)

Total .................................................................................................... (634,3) (690,0)

Lucro operacional antes da receita (des pesa) financeira ........... 391,7 379,4

A tabela a seguir apresenta as informações da demonstração de resultados e essas informações como

porcentagens de nossa receita para os períodos indicados.

Exercício findo em 31 de dezembro de

Demonstração de Resultado Consolidada 2010 2009

(em milhões de US$, exceto percentuais)

Receita..................................................................................... 5.364,1 100,0% 5.497,8 100,0%

Custo de vendas e serviços ............................................... (4.338,1) 80,9 (4.428,4) 80,5

Lucro Bruto........................................................................... 1.026,0 19,1 1.069,4 19,5 Receitas operacionais (despesas) .......................................

Admin istrativas ................................................................... (197,5) 3,7 (191,3) 3,5

Venda.................................................................................... (374,1) 7,0 (304,6) 5,5

Pesquisa................................................................................ (72,1) 1,3 (55,6) 1,0

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas. ........ 9,4 0,2 (138,5) 2,5

Lucro operacional antes da receita (des pesa)

financeira

391,7 7,3 379,4 6,9

Despesas financeiras, líquidas .......................................... 17,5 0,3 10,2 0,2

Ganho (perda) cambial, líquido. ...................................... (1,1) - (68,8) 1,3

Lucro antes do imposto de renda .................................... 408,1 7,6 320,8 5,8

Despesas fiscais (benefícios). ........................................... (62,7) 1,2 158,1 2,9

Receita líquida ...................................................................... 345,4 6,4 478,9 8,7

Atribuível a:

Proprietários da Embraer ............................................ 330.2 6.2 465.2 8.5

Participação não controladora .................................... 15.2 0.2 13.7 0.2

2010 Comparado com 2009

Receita

A receita diminuiu 2,4% para US$ 5,364.1 milhões em 2010 de US$ 5,497.8 milhões em 2009. A receita

no segmento de aviação comercial diminu iu 14,6% para US$ 2,888.6 em 2010 de US$ 3,382.3 milhões em 2009. A

receita no segmento de aviação executiva aumentou 27,8% para US$ 1,145.2 em 2010 de US$896,3 em 2009.

Receitas provenientes do segmento de serviços de aviação diminuíram 6,8%, para US$563,8 em 2010 de US$604,6

milhões em 2009. Receita de Defesa aumentou 34,3% para US$669,8 em 2010 de US$498,8 milhões em 2009.

Outras receitas comerciais relacionadas diminuíram 16,5% para US$96,7 em 2010 de US$115,8 milhões em 2009.

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66

A diminuição na receita da aviação comercial é principalmente consequência de entregas reduzidas nesse

segmento em 2010. Entregamos 100 aeronaves comerciais em 2010, comparado às 122 aeronaves desse segmento

em 2009, uma d iminuição de 22 aeronaves comerciais, ou seja, 18%. A diminuição no número de entregas no

segmento de aviação comercial em 2010 reflete os efeitos da recente crise financeira e seus efeitos e impactos

contínuos no negócio de companhias áereas mundial que, por sua vez, afetou a demanda de aeronaves comerciais. O

aumento da receita da aviação executiva resultou de um aumento de 25,2% nas entregas de jatos executivos em

2010, ou 29 jatos, para 144 jatos executivos em 2010 (inclu indo 10 Legacy 600/650, 100 Phenom 100, 26 Phenom

300 e cinco Lineage 1000 e t rês Embraer 190 Shulttle de 115 em 2009 (incluindo 18 Legacy 600, 93 Phenom 100,

um Phenom 300 e três Lineage 1000). Embora a frota de aviões de Embraer em todo o mundo tenha aumentado em

2010, as receitas em serviços de aviação diminuíram devido à redução na demanda por serviços de manutenção

fornecidos por nossos centros OGMA e serviços de treinamento. Cremos que a demanda reduzida de serviços

OGMA em 2010 se trata de ocorrência isolada e não estimamos que se transforme em tendência no futuro

previsível. O aumento na receita de defesa é principalmente um resultado de uma programação de entrega atípica de

Super Tucanos em 2010, resultando em mais Super Tucanos sendo entregues naquele ano do que nos anteriores.

Custo das Vendas e dos Serviços

O custo de vendas diminuiu 2,0%, para US$ 4,338.1 milhões em 2010 de US$ 4,428.4 milhões em 2009,

em consonância com o decréscimo de 2,4% na receita em 2010. O custo das vendas e serviços como percentual da

receita aumentou ligeiramente para 80,9% em 2010, contra 80,4% em 2009.

O custo de vendas e serviços no segmento de aviação comercial diminu iu 13, 6% para US$ 2,425.5 milhões

em 2010 de US$ 2,808.8 milhões em 2009, alinhado com a redução nas vendas nesse segmento, dado que a maior

parte dos nossos custos de aviação comercial é variável. O custo de vendas e serviços no segmento de aviação

executiva aumentou 31,1%, para US$ 966,4 milhões em 2010 de US$ 737,4 milhões em 2009. Este aumento no

custo de vendas e serviços a um ritmo superior ao aumento da receita no segmento de aviação executiva é

principalmente um resultado da adição de novas aeronaves (particularmente o Phenom 300) à nossa linha de

montagem de aviação executiva, que está associada a uma curva de aprendizado de montagem inerente que é

superada com o tempo, conforme o processo de produção da aeronave torna-se mais eficiente. Um aumento nas

entregas do Lineage 1000 e Embraer 190 também contribuiu para o aumento do custo das vendas e serviços no

segmento da aviação executiva. O custo de vendas e serviços de serviços de aviação diminuiu 5,6% para US$ 403,5

milhões em 2010 de US$ 427,4 milhões em 2009, quase alinhado com a diminuição na receita desse segmento de

negócios como resultado de um uso reduzido dos nossos centros OGMA. O custo de vendas e serviços no segmento

de defesa aumentou 26,3% para US$ 483,9 milhões em 2010 de US$ 383,2 milhões em 2009, que também é

resultado de maiores entregas de Super Tucanos em 2010. O custo de vendas e serviços de outros negócios

relacionados diminuiu 17,9% para US$ 58,8 milhões em 2010, de US$ 71,6 milhões em 2009 , alinhado com a

diminu ição na receita desse segmento de negócios .

Lucro Bruto

Como resultado dos fatores expostos anteriormente, nosso lucro bruto dimiuniu 4,1% de US$ 1.069,4

milhões em 2009 para US$ 1.026,0 milhões em 2010. A margem bruta diminuiu para 19,1% em 2010 de 19,5% em

209.

Receitas operacionais (despesas)

Conforme explicado mais adiante, as despesas operacionais diminuíram 8,1% para US$ 634,3 milhões em

2010 de US$ 690,0 milhões em 2009. As despesas operacionais como percentual da receita diminuíram para 11,8%

em 2010, contra 12,6% em 2009.

Admin istrativas. As despesas administrativas aumentaram ligeiramente de 3,2% para US$ 197,5 milhões

em 2010 de US$ 191,3 milhões em 2009. Este aumento é principalmente causado pelo aumento dos custos

associados com à valorização do real em relação ao dólar, que fo i parcialmente compensada pela redução de usto

atribuída a rot inas admin istrativas mais eficientes.

Page 71: 20F Portugues

67

Pesquisa. As despesas com pesquisa aumentaram 29,7% para US$ 72,1 milhões em 2010 (US$55,6

milhões em 2009. Este aumento é explicado, principalmente, devido a projetos de pesquisa celebrados em fase

experimental, o que demanda mais recursos.

Venda. As despesas com vendas aumentaram 22,8% para US$ 374,1 milhões em 2010 de US$ 304,6

milhões em 2009. Este aumento é devido principalmente aos esforços da Embraer para tirar vantagem das melhorias

de mercado para gerar vendas e, como nossa frota mundial continuou a crescer até 2010, principalmente no mercado

de aviação executiva, a sua infra -estrutura de apoio ao cliente foi dimensionada para cima, para apoiar esse

crescimento da frota.

Outras receitas (despesas) operacionais líquidas. Outras receitas (despesas) operacionais líquidas

aumentou para Outras receitas operacionais líquidas de US$ 9,4 milhões em 2010, de Despesas operacionais

líquidas de US$138,5 milhões dólares em 2009, principalmente devido ao fato de que em 2010 não havia nenhum

encargo semelhante contra a receita já que a provisão de US$ 103 milhões feita por nós em relação à concordata do

Grupo MESA Air em janeiro de 2010 para o qual a carga de deterioração foi registrada em 2009. Ver Nota 32 às

nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas.

Lucro operacional antes da receita (despesa) financeira

Como resultado dos fatores apresentados acima, o lucro operacional aumentou 3,2% de US$ 379,4 milhões

em 2009 para US$ 391,7 milhões em 2010. Nossa margem operacional aumentou de 6,9% em 2009 para 7,3% em

2010.

Despesas Financeiras Líquidas

Despesas financeiras líquidas, aumentou para Receita financeira líquida de US$17,5 milhões em 2010 em

comparação com uma receita financeira líquida de US$ 10,2 milhões em 2009, um aumento de 71,6% na receita

financeira líquida, principalmente como resultado de (1) gestão eficaz de nosso endividamento, o que resultou em

diminu ição de 66,9% em nossos empréstimos e financiamentos de curto prazo a uma média ponderada de US$ 235,6

milhões em empréstimos e financiamentos de curto prazo em 2010 a part ir de uma média ponderada dde US$ 711,4

milhões em 2009, reduzindo assim as despesas financeiras em 2010, (2) a valorização do real em relação ao dólar

em 2010, o que aumentou nossa receita financeira proveniente de nosso investimento de caixa e equivalentes de

caixa em reais em 2010, (3) maiores taxas de juros no Brasil em 2010, o que propicio iu mais receitas financeiras

sobre nossas aplicações de curto prazo.

Ganho (perda) cambial, líquido.

Perdas cambiais, líquidas, diminuíram para US$ 1,1 milhão em 2010, de uma perda cambial líquida de

US$68,8 milhões em 2009, reflet indo mudanças cambiais líquidas sobre ativos e passivos monetários denominados

em outras moedas que são convertidas para nossa moeda funcional, o dólar norte-americano.

Lucro antes do imposto de renda

Como resultado dos fatores acima, o lucro antes dos impostos aumentou 27,2% para US$408,1 milhões em

2010 de US$ 320,8 milhões em 2009.

Benefícios (despesas) fiscais.

O imposto de renda representou uma despesa de US$ 62,7 milhões em 2010, comparado a um crédito fiscal

de US$ 158,1 milhões em 2009, principalmente como resultado dos efeitos das mudanças cambiais sobre os ativos

não monetários

Nossa alíquota efetiva de imposto aumentou para 15,4% em 2010, em comparação a uma taxa efetiva de

crédito fiscal de 49,3% de nosso lucro antes do imposto de renda em 2009.

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68

Receita líquida

Como resultado dos fatores apresentados acima, nosso lucro líquido após impostos diminuiu 27,9% para

US$ 345,4 milhões em 2010 de US$ 478,9 milhões em 2009. O lucro líquido após impostos, como uma

porcentagem da receita, d iminuiu para 6,4% em 2010 de 8,7% em 2010.

5B. Liquidez e Recursos de Capital

Visão geral

Nossas necessidades de liquidez são resultantes principalmente de pesquisa, investimentos, pagamento de

principal e de juros sobre a dívida, as necessidades de capital de giro e distribuições de lucro para os acionistas.

Geralmente dependemos de recursos gerados nas operações, empréstimos e financiamentos, contribuições em

dinheiro de parceiros de risco, adiantamentos de clientes e, em um n ível menor, emissão de títulos de dívidas e de

ações nos mercados de capitais para atender a essas necessidades. Para obter mais informações, consulte o "Item 4B.

Informações sobre a Empresa — Visão Geral do Negócio — Fornecedores e Componentes; Acordos de Parceria de

Risco‖ e ―Item 4B. Informações sobre a Empresa — Visão Geral do Negócio — Negócio de Aviação Comercial —

Produção, Novos Pedidos e Opções‖.

A partir da data deste relatório anual, acreditamos que nossas fontes tradicionais de financiamento são

suficientes para atender às necessidades de capital de giro, incluindo (1) continuar melhorando a família de jatos

EMBRAER 170/190 e os jatos executivos Phenom 100, Phenom 300 e Lineage 1000, (2) desenvolv er também os

novos jatos executivos Legacy 450/500/650, (3) efetuar outros gastos de capital previstos e (4) pagar div idendos e

juros sobre o capital social. No momento, nosso acesso a fontes de liquidez não sofreu impacto significativo do

ambiente atual de crédito e não esperamos que esse tipo de impacto ocorra em futuro próximo. Porém, não é

possível assegurar que nossas fontes tradicionais de financiamento, ou que o custo ou a disponibilidade de nossas

linhas de crédito ou fontes de financiamentos futuros não sofrerão impacto significativo causado por problemas

existentes no mercado.

Nossos clientes podem reprogramar as entregas, deixar de exercer o direito de opção ou cancelar pedidos

firmes como resultado da recessão econômica e da volat ilidade financeira no setor de companhias aéreas. Além

disso, as contribuições em d inheiro dos parceiros de risco são reembolsáveis em certas condições e poderá ser

necessário encontrar fontes alternativas de capital.

Capital de Giro e Caixa Líquido Gerado por Atividades Operacionais

Em 2010, o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais foi de US$ 873,8 milhões em comparação

com o caixa líquido gerado pelas atividades operacionais de US$ 3,6 milhões em 2009. O aumento do fluxo de caixa

das atividades operacionais em 2010 é principalmente um resultado de uma redução nas variações de ativos

financeiros (especialmente nos investimentos indexados americanos), uma redução no estoque e um aumento de

contas a pagar a fornecedores.

Tínhamos um capital de giro de US$ 2.594,1 milhões em 31 de dezembro de 2010 e de US$ 2.892,1

milhões em 31 de dezembro de 2009. Nossas necessidades de capital de giro diminuiram em 2010 pelos mes mos

motivos que explicam o aumento na entrada de caixa das atividades operacionais em 2010, conforme a nterio rmente

explicado.

Caixa Líquido usado em Ativ idades de Investimento

Em 2010, o caixa líquido utilizado nas atividades de investimento foi de US$ 288,3 milhões em

comparação com o caixa líquido utilizado nas atividades de investimentos de US$ 378,0 milhões em 2009.

Nós experimentamos uma saída de caixa para ativ idades de investimento em 2010, principalmente como

resultado de uma diminuição dos investimentos em ativos intangíveis e ativos fixos.

Page 73: 20F Portugues

69

Caixa Líquido Usado nas Atividades Financeiras e Total da Dívida

Em 2010, o caixa líquido utilizado nas atividades de financiamento foi de US$ 802,2 milhões em

comparação com o caixa líquido utilizado nas atividades de financiamento de US$ 23,9 milhões em 2009. Durante

2010, nós levantamos novos financiamentos de US$ 942,8 em relação a novos empréstimos de US$ 1,474.6 milhões

em 2009. Além disso, também reembolsamos US$ 1,583.4 milhões de nossa dívida em 2010 em relação ao

pagamento da dívida no valor total de US$ 1,498.5 milhões em 2009. Em 2010, fo ram d istribuídas 161,6 em ju ros

sobre capital próprio ou dividendos em comparação a nada distribuído em 2009. Em 2010, como em 2009, não

gastamos todas as verbas relacionadas aos programas de recompra de ações

Em 31 de dezembro de 2010, tínhamos uma d ívida total de US$ 1,434,8 milhões nos contratos de

financiamento descritos a seguir, sendo 94,9% de dív idas de longo prazo e 5,1% de dív idas de curto prazo. Em

comparação, t ivemos uma dív ida total de US$ 2.058,3 milhões em 31 de dezembro de 2009, consistindo de 71,2%

de dívida a longo prazo. Nossa dívida total diminuiu em 2010 em comparação com 2009 em grande parte devido a

pagamentos de dívida a curto prazo e à renegociação, em setembro de 2010, da linha de crédito standby

sindicalizada. A renegociação envolveu a pagamento de US$ 250 milhões emprestados em março e abril de 2009,

que estavam orig inalmente programados para vencer em março e abril de 2011, respectivamente.

Linhas de Crédito

Linhas de crédito de longo prazo

Em outubro de 2006, nossa subsidiária financeira integral Embraer Overseas Limited, ou Embraer

Overseas, emitiu US$ 400 milhões em notas garantidas de 6,375%, com vencimento em 2017 e, em 31 de dezembro

de 2010, US$ 385,7 milhões estavam pendentes (US$ 10,4 milhões no curto prazo), incluindo principal e juros

acumulados. Os juros serão pagos semestralmente. As notas são incondicionalmente garantidas por nós. As notas

foram listadas na Bolsa de Valores de Luxemburgo. Em 5 de abril de 2007, a Embraer Overseas e nós iniciamos

uma oferta de troca para trocar as notas registradas na SEC. A oferta de troca fo i concluída com sucesso em 18 de

maio de 2007 e, conseqüentemente, US$376.3 milhões ou aproximadamente 95% das notas foram reg istradas. O

documento sob o qual as notas foram emitidas contém convênios e restrições costumeiros como limitações de

cessão, consolidação, fusão ou transferência dos ativos. Em 31 de dezembro de 2010, a Embraer recomprou e

cancelou 19.908 (5,0%) títulos de dívida, totalizando US$ 15,2 milhões (valor nominal de US$ 19,9 milhões). Esses

títulos de dívida foram comprados pela Embraer Overseas em operações de mercado aberto.

Em novembro de 2006, dezembro de 2007 e outubro de 2008, entramos em determinadas linhas de crédito

no valor global de US$ 60,0 milhões com a FINEP, como apoio aos custos de pesquisa e desenvolvimento das

aeronaves Phenom 100 e Phenom 300, que foram totalmente desembolsados em 2007. A linha de crédito tem juros

conforme a taxa TJLP, mais 5,0% ao ano, e é totalmente garantida pelo penhor de determinadas máquinas e

equipamentos e por uma carta de crédito bancária alternativa. A linha de créd ito deve ser paga de dezembro de 2008

a dezembro de 2015. Em 31 de dezembro de 2010, t ínhamos US$ 51,7 milhões pendentes em nossas linhas de

crédito com a FINEP, dos quais US$ 14,4 milhões com vencimento de curto prazo, inclusive principal e juros

acumulados. As linhas de crédito da FINEP são expressas em reais e os montantes apresentados aqui foram

convertidos em dólares norte-americanos, nossa moeda funcional, com o objetivo de preparar nossas demonstrações

financeiras para as IRFS.

Em agosto e setembro de 2009 e agosto de 2010, firmamos diversos contratos de crédito com o BNDES

para financiamento de longo prazo de crédito de pré-exportação. Em 31 de dezembro de 2010, tínhamos US$ 331,4

milhões pendentes nesses contratos, com uma taxa fixa de juros de 4,5% ao ano, com vencimento final em 17.06.13.

As linhas de crédito do BNDES são expressas em reais e os montantes aqui apresentados foram convertidos em

dólares norte-americanos, nossa moeda funcional, com o objet ivo de preparar nossas demonstrações financeiras da

IFRS.

Em outubro de 2009, a Embraer Overseas emitiu US$ 500 milhões em notas garantidas de 6,375%, com

vencimento em 2020 e, em 31 de dezembro de 2010, US$ 503,2 milhões estavam pendentes (US$ 7,3 milhões no

curto prazo), inclu indo principal e juros acumulados. Os ju ros serão pagos semestralmente. As notas são

incondicionalmente garantidas por nós. As notas foram reg istrados junto à SEC e listadas na bolsa de valores de

Page 74: 20F Portugues

70

Nova York. O documento sob o qual as notas foram emit idas contém convênios e restrições costumeiros como

limitações de cessão, consolidação, fusão ou transferência dos ativos.

Period icamente, buscamos resgatar ou adquirir nossa dívida ativa, incluindo nossas notas garant idas com

vencimento em 2017 e 2020, por meio de compras em dinheiro e/ou troca por outros títulos, compras no mercado

aberto, operações negociadas de forma privada ou de outra maneira. Essas recompras ou trocas, se houver,

dependerão das condições predominantes no mercado, de nossos requisitos de liquidez, de restrições contratuais e

outros fatores. Os montantes envolvidos podem ser substanciais, e as notas recompradas podem ser canceladas ou

revendidas, mas somente serão revendidas em conformidade com os requisitos aplicáveis ou as isenções sob as leis

de mercados de capitais.

Em setembro de 2010, renegociamos um acordo de crédito standby que tínhamos celebrado em agosto de

2006 com o Banco BNP Paribas, como agente administrativo dos mutuantes, em um valor total de US$ 1,0 bilhão,

dividido em duas parcelas . Cada saque é pago em dois anos contados da data do empréstimo. A primeira parcela, um

financiamento para exportação garantido com um período dois anos de disponibilidade, que vence em setembro de

2012, ainda não foi pago e fornece US$ 400,0 milhões em empréstimos para as nossas exportações. Este

financiamento de exportação garantido terá juros a uma taxa igual à LIBOR, acrescido de 1,65% ao ano para cada

período de juros. A outra parcela, um contrato de crédito de capital de giro, com período de dois anos de

disponibilidade vencendo em setembro de 2012, também não foi desembolsado e prevê US$ 600,0 milhões em

empréstimo de capital de giro. Esta linha de crédito do capital de g iro terá juros a uma taxa igual à LIBOR mais

1,85% ao ano por cada período de juros aplicável. A parte não usada do financiamento de exportação está sujeita a

um honorário comprometido de 60 pontos percentuais e a parte não usada da linha de crédito de capital de giro está

ujeita a uma comissão de compromisso de 70 pontos percentuais, ambos por ano para cada período aplicável em que

tenhamos fundos não usados. Lançamos essas comissões de compromisso como despesa financeira. Este contrato

de crédito standby contêm convênios e restrições costumeiros, incluindo sem limitações os que nos obrigam a

manter índices definidos de liquidez da dív ida e de cobertura das despesas financeiras. Além disso, caso o governo

brasileiro imponha restrições sobre operações de câmbio, apenas os desembolsos da linha de financiamento para

exportação estarão disponíveis para nós. Se efetuarmos qualquer desembolso em outra linha financeira de

exportação, seremos obrigados a conceder ao mutuante um primeiro penhor prioritário de alguns de nossos valores a

receber da exportação, conforme por nós determinado na data do desembolso.

Temos vários outros contratos de empréstimos e crédito de longo prazo, com um valor total de empréstimos

de US$ 7,6 milhões em 31 de dezembro de 2010. Consulte a Nota 19 em nossas demonstrações financeiras

consolidadas auditadas, para obter mais informações sobre esses financiamentos.

Alguns de nossos contratos de financiamento de longo prazo incluem obrigações e restrições usuais,

incluindo as que nos obrigam a manter: (1) uma razão de alavancagem máxima, calcu lada como a dívida líquida de

lucro antes de juros, impostos, depreciação e amort ização, ou EBITDA, de 3,5:1 e (2) a razão de cobertura de

serviço da dívida líquida mínima, calculado como o EBITDA para as despesas financeiras, de 2.25:1. Outras

restrições incluídas em nossos financiamentos a longo prazo incluem convênios negativos e restrições à mudanças

significativas no controle, venda de substancialmente todos os nossos bens, pagamento de dividendos durante os

eventos de inadimplência e determinadas transações com nossas afiliadas. Em 31 de dezembro de 2010, estávamos

em conformidade com todas as cláusulas restritivas contidas em nossos acordos de financiamento.

Em 31 de dezembro de 2010, US$ 111,8 milhões de nossa dívida total era garantido por uma combinação

de hipotecas sobre alguns dos nossos imóveis, gravames sobre algumas de nossas máquinas e equipamentos e por

uma caução.

As avaliações de crédito de nossa dívida de longo prazo atualmente são Baa3, segundo a Agência de

Classificação Moody's Investors Services, Inc., e BBB-, segundo a Agência Standard & Poor's Rat ings Services. A

notação de risco não é uma recomendação para comprar, vender ou manter títulos. Uma notação de risco pode ser

objeto de revisão ou revogação a qualquer mo mento pela organização de notação de risco. Cada notação deve ser

avaliada de forma independente de qualquer outra classificação.

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71

Linhas de crédito de curto prazo

Temos vários contratos de empréstimos e crédito de curto prazo, com um valor total de emprést imos de

US$ 72,6 milhões em 31 de dezembro de 2010. Consulte a Nota 19 em nossas demonstrações financeiras

consolidadas auditadas, para obter mais informações sobre esses contratos de financiamento.

Pronunciamentos Contábeis Ainda Não Adotados

As seguintes normas e emendas às normas existentes foram emit idas e são obrigatórias para períodos de

contabilidade em ou antes de 1 de janeiro de 2011 e para períodos subseqüentes. Essas normas e emendas não foram

adotadas anteriormente por nós.

Em novembro de 2009, o IASB emit iu a nova norma de contabilidade ―Instrumentos Financeiros‖ ou

IFRS-9. Essa norma é o p rimeiro passa no processo de substituição da IAS-39 ―Instrumentos Financeiros:

Reconhecimento e Mensuração". A IFRS 9 introduz novas exigências para classificação e medição dos ativos

financeiros e provavelmente afetará a nossa contabilidade para nossos ativos financeiros. Esta nova norma de

contabilidade estará vigente a partir de 1º de janeiro de 2013, mas pode ser adotada antes. Estamos analisando o

impacto deste pronunciamento contábil nas nossas demonstrações financeiras..

Em novembro de 2009, o IASB emit iu uma norma de contabilidade revisada em "Divulgações de Partes

Relacionadas", ou a IAS 24 (revisada), que substitui a IAS 24, emitida em 2003. A IAS 24 (revisada) é obrigatória

para períodos com início em ou após 01 de janeiro de 2011. A adoção total ou parcial antecipada é permitida. A

norma revisada esclarece e simplifica a defin ição de partes relacionadas e elimina a exigência das entidades

governamentais revelarem etalhes de todas as suas transações com o governo e outras entidades relacionadas ao

governameno. Estamos analisando o impacto deste pronunciamento contábil nas nossas demonstrações financeiras..

Em outubro de 2009, o IASB publicou uma alteração à ―Classificação desses direitos‖ ou IAS 32 (emenda).

Essa norma modificada é aplicável para períodos anuais com in ício em ou após 1 de fevereiro de 2010, mas a

aplicação antecipada é permit ida. A emenda trata da contabilização de questões de direitos d enominadas em moeda

diferente da moeda funcional da questão. Desde que certas condições sejam cumpridas, esses direitos de ações são

classificados como capital próprio, independentemente da moeda em que o preço de exercício é denominado.

Anteriormente, as ações tinham que ser contabilizados como passivos de derivativos. A alteração aplica-se

retroativamente, nos termos dda IAS 8 "Polít icas Contábeis, Mudanças nas Estimat ivas Contábeis e Erros‖ . Nós não

esperamos que a adoção desta emenda tenha um impacto material sobre nossa posição financeira consolidada ou nos

resultados das operações.

O Comitê de Interpretações da IFRS, ou IFRIC, publicou uma interpretação sobre ―Extinção de Passivos

Financeiros com Eqüidade‖, ou IFRIC 19 que entrou em v igor em 10 de julho de 2010, A interpretação trata da

contabilidade de uma entidade quando os termos de um passivo financeiro são renegociados e isso resulta na

entidade emissora dos instrumentos de capital a um credor para ext inguir a totalidade ou parte dos passivos

financeiros (isto é, conversão da dívida). Isso requer o reconhecimento de qualquer ganho ou perda (em lucros e

perda, medido pela d iferença entre o valo r contabil do passivo financeiro e o valor justo dos instrumentos de capital

emitidos). Se o valor justo dos instrumentos financeiros emit idos não puder ser mensurado com fiab ilidade, os

instrumentos de capital devem ser mensurados para refletir o valor justo do passivo financeiro extinto. Aplicaremos

essa interpretação a partir de 01 de janeiro de 2011. Esta interpretação não deverá ter qualquer impacto sobre nossas

demonstrações financeiras.

Em maio de 2009, o IASB emitiu emendas às normas de contabilidade sobre "Antecipação de Pagamento

de Requisitos de Financiamento Mínimos", ou IFRIC 14. As emendas corrigem uma consequência involuntária da

IFRIC 14: IAS 9 - " O Limite sobre Um Ativo de Benefício Definido, Requisitos de Financiamento Mínimos e

Interação". Sem essas alterações, essas entidades não poderiam reconhecer como ativo antecipações de pagamentos

das contribuições de financiamento mínimas como um ativo. Esta não era a intenção na emissão da IFRIC 14, e as

alterações corrigem isso. As alterações entram em v igor para períodos anuais com início em 10 de janeiro de 2011.

A aplicação antecipada é permit ida. As alterações devem ser aplicadas retroativamente ao primeiro período

comparativo apresentado. Não esperamos que a adoção dessas alterações tenha um impacto material na nossa

posição financeira consolidada ou nos resultados das operações.

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72

5C. Pesquisa

Temos incidência de despesas de pesquisa relativas à criação de novas tecnologias que podem ser aplicadas

às nossas aeronaves no futuro, Estas despesas não estão associadas a nenhuma aeronave específica e incluem a

implementação de iniciat ivas de controle de qualidade, melhorias à produtividade das linhas de produção e estudos

para determinar os últimos desenvolvimentos em tecnologia e padrões de qualidades. Nos termos das IFRS, custos

de pesquisas deverão ser incorridos no item linha de pesquisa de nossa demonstração de resultado.

As despesas com pesquisa totalizaram US$ 72,1 milhões em 2010 e US$ 55,6 milhões em 2009. Este

aumento nas despesas de pesquisa em 2010 é resultado de um maior número de projetos de pesquisa que entraram

em sua fase experimental em 2010, assim exig indo mais recursos de pesquisa.

Em 2011, esperamos investir aproximadamente US$ 90,0 milhões em ativ idades de pesquisa.

Para mais informações sobre gastos de capital, incluindo investimentos em desenvolvimento e ativos fixos,

consulte ―Item 4A. Informações sobre a Empresa — Histórico e Desenvolvimento da Empresa — Gastos de Capital

(Ativos Fixos).‖

5D. Informações sobre tendências

A tabela a seguir resume nossa carteira de pedidos de vendas no segmento de aviação comercial em 31 de

dezembro de 2010. A carteira total de pedidos firmes nessa data, incluindo jatos corporativos e aeronaves de defesa,

era de US$ 15,6 b ilhões, e US$ 16,0 b ilhões em 31 de março de 2011.

Aviação Comercial

Pedidos

Firmes Opções Entregas

Carteira de

pedidos

firmes

EMB 120 Brasília ............................................................................. 352 — 352 —

ERJ 135 .............................................................................................. 108 — 108 —

ERJ 140 .............................................................................................. 74 — 74 —

ERJ 145 .............................................................................................. 708 — 706 2

EMBRAER 170 ................................................................................ 191 40 181 10

EMBRAER 175 ................................................................................ 173 276 133 40

EMBRAER 190 ................................................................................ 478 353 321 157

EMBRAER 195 ................................................................................ 105 51 64 41

As tabelas a seguir mostram nossa carteira de pedidos para aeronaves comerciais em 31 de dezembro de

2010, por t ipo de aeronave, cliente e país.

ERJ 135:

Cliente

Pedidos

firmes Entregues

Carteira de

pedidos

firmes

American Eagle (EUA)............................................................................... 40 40 —

British Mid land (Reino Unido) ................................................................. 3 3 —

City Airline AB (Suécia) ............................................................................ 2 2 —

ExpressJet (EUA) ........................................................................................ 30 30 —

Flandair (França).......................................................................................... 3 3 —

Jet Magic (Irlanda)....................................................................................... 1 1 —

Luxair (Luxemburgo).................................................................................. 2 2 —

Pan Européenne (França) ........................................................................... 1 1 —

Proteus (França) ........................................................................................... 3 3 —

Regional A irlines (França) ......................................................................... 3 3 —

Republic A irways (EUA) ........................................................................... 15 15 —

South Africa Airlink (África do Sul) ........................................................ 5 5 —

Total............................................................................................................... 108 108 —

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73

ERJ 140:

Cliente

Pedidos

firmes Entregues

Carteira de

pedidos

firmes

American Eagle (EUA)............................................................................... 59 59 —

Republic A irways (EUA) ........................................................................... 15 15 —

Total............................................................................................................... 74 74 —

ERJ 145:

Cliente

Pedidos

firmes Entregues

Carteira de

pedidos

firmes

Aerolitoral (México).................................................................................... 5 5 —

Air Caraibes (Guadalupe)........................................................................... 2 2 —

Alitalia (Itália) .............................................................................................. 14 14 —

American Eagle (EUA)............................................................................... 118 118 —

Axon (Grécia) ............................................................................................... 3 3 —

British Mid land (Reino Unido) ................................................................. 9 9 —

British Regional Airlines (Reino Unido) ................................................. 23 23 —

Brymon (Reino Unido) ............................................................................... 7 7 —

China Southern (China) .............................................................................. 6 6 —

China Eastern Jiangsu (China) .................................................................. 5 5 —

China Eastern Wuhan (China) ................................................................... 5 5 —

Cirrus (Alemanha) ....................................................................................... 1 1 —

ExpressJet (EUA) ........................................................................................ 245 245 —

ERA (Espanha)............................................................................................. 2 2 —

Flandre Air (França) .................................................................................... 5 5 —

GECAS (PB Air - Tailândia) ..................................................................... 2 2 —

HNA Group (China) .................................................................................... 25 23 2

KLM EXEL (Holanda) ............................................................................... 2 2 —

Lot Po lish (Po lônia)..................................................................................... 14 14 —

Luxair (Luxemburgo).................................................................................. 9 9 —

Mesa (EUA).................................................................................................. 36 36 —

Nigeria (Nigéria) .......................................................................................... 1 1 —

Portugalia (Portugal) ................................................................................... 8 8 —

Proteus (França) ........................................................................................... 8 8 —

Regional (França) ........................................................................................ 15 15 —

Republic A irways (EUA) ........................................................................... 60 60 —

Rheintalflug (Áustria) ................................................................................. 3 3 —

Rio Sul (Brasil)............................................................................................. 16 16 —

Satena (Colômbia) ....................................................................................... 3 3 —

Sichuan (China)............................................................................................ 5 5 —

Skyways (Suécia)......................................................................................... 4 4 —

Swiss (Suiça) ................................................................................................ 25 25 —

Transtates (EUA) ......................................................................................... 22 22 —

Total............................................................................................................... 708 706 2

EMBRAER 170:

Cliente

Pedidos

firmes Entregues

Carteira de

pedidos

firmes

Alitalia (Itália) .............................................................................................. 6 6 —

BA CityFlyer (Reino Unido) ..................................................................... 6 6 —

Cirrus (Alemanha) ....................................................................................... 1 1 —

Page 78: 20F Portugues

74

Cliente

Pedidos

firmes Entregues

Carteira de

pedidos

firmes

ECC (Irlanda) (1) ......................................................................................... 6 6 —

Egypt Air (Egito) ......................................................................................... 12 12 —

ETA Star Aviation (Índia) .......................................................................... 7 — 7

Finnair (Fin lândia) ....................................................................................... 10 10 —

Gecas (EUA)................................................................................................. 9 9 —

JAL (Japão)................................................................................................... 10 9 1

Jetscape (EUA)............................................................................................. 1 1 —

Lot Po lish (Po lônia)..................................................................................... 6 6 —

Petro Air (Líbia)........................................................................................... 2 2 —

Regional (França) ........................................................................................ 10 10 —

Republic A irline (EUA).............................................................................. 48 48 —

Satena (Colômbia) ....................................................................................... 1 1 —

Saudi Arabian Airlines (Arábia Saudita) ................................................. 15 15 —

Sirte Oil (Líb ia) ............................................................................................ 1 1 —

South Africa Airlink (África do Sul) ........................................................ 2 — 2

Suzuyo (Japão) ............................................................................................. 2 2 —

TAME (Equador) ......................................................................................... 2 2 —

US Airways (EUA)...................................................................................... 28 28 —

Virgin Blue (Austrália) ............................................................................... 6 6 —

Total............................................................................................................... 191 181 10

(1) O cliente é a ECC Leasing da Embraer, que entregou uma aeronave àCirrus, duas à Gulf Air, duas à Paramount

e uma à Satena.

EMBRAER 175:

Cliente

Pedidos

firmes Entregues

Carteira de

pedidos

firmes

Air Canada (Canadá) .................................................................................... 15 15 —

ECC (Irlanda) (1) .......................................................................................... 1 1 —

Flybe (Reino Unido) 35 — 35

Gecas (EUA).................................................................................................. 5 5 —

Jetscape (EUA) 1 1 —

Lot Po lish (Po lônia)...................................................................................... 12 12 —

Northwest Airlines (EUA) .......................................................................... 36 36 —

Oman Airlines ............................................................................................... 5 — 5

Republic A irlines (EUA) ............................................................................. 54 54 —

Royal Jo rdanian (Jordânia).......................................................................... 2 2 —

TRIP (Brasil) ................................................................................................. 5 5 —

Suzuyo (Japão) .............................................................................................. 2 2 —

Total................................................................................................................ 173 133 40

(1) O cliente é a ECC Leasing da Embraer, que entregou uma aeronave à Air Caraibes.

EMBRAER 190:

Cliente

Pedidos

firmes Entregues

Carteira de

pedidos

firmes

Aero Republica (Colômbia) ....................................................................... 5 5 —

Aeromexico (México) ................................................................................. 12 2 10

Air Canada (Canadá) ................................................................................... 45 45 —

Page 79: 20F Portugues

75

Cliente

Pedidos

firmes Entregues

Carteira de

pedidos

firmes

Air Caraibes (Guadalupe)........................................................................... 1 1 —

Air Lease (EUA) 10 — 10

Air Moldova (Moldávia) ............................................................................ 1 1 —

Augsburg (Alemanha)................................................................................. 2 2 —

Austral (América Lat ina) 20 9 11

Azul (Brasil) ................................................................................................. 5 5 —

BA CityFlyer (Reino Unido) ..................................................................... 7 5 2

Copa (Panamá) ............................................................................................. 15 15 —

Finnair (Fin lândia) ....................................................................................... 13 10 3

Gecas (EUA)................................................................................................. 24 24 —

HNA Group (China) .................................................................................... 50 31 19

JetBlue (EUA) .............................................................................................. 102 48 54

ECC (Irlanda) (1) ......................................................................................... 1 1 —

Jetscape (EUA)............................................................................................. 8 4 4

KLM (Holanda)............................................................................................ 17 17 —

Kunpeng (China).......................................................................................... 5 5 —

LAM (República de Moçambique)........................................................... 3 2 1

Lufthansa (Alemanha)................................................................................. 9 9 —

M1 Travel (Líbano) ..................................................................................... 8 8 —

NAS Air (Arábia Saudita) .......................................................................... 10 2 8

NIKI (Áustria) .............................................................................................. 7 5 2

Regional (França) ........................................................................................ 10 10 —

Republic (EUA) 6 — 6

Taca (El Salvador) ....................................................................................... 11 10 1

TAME (Equador) ......................................................................................... 3 3 —

Trip (Brasil) 2 — 2

US Airways (EUA)...................................................................................... 27 25 2

Virgin Blue (Austrália) ............................................................................... 18 15 3

Virgin Nigeria (Nigéria) ............................................................................. 10 2 8

Não divulgado .............................................................................................. 11 — 11

Total............................................................................................................... 478 321 157

(1) O cliente é a ECC Leasing da Embraer, que entregou uma aeronave à Jet Blue (EUA).

EMBRAER 195:

Cliente

Pedidos

firmes Entregues

Carteira de

pedidos

firmes

Azul (Brasil) ................................................................................................. 36 16 20

Flybe (Reino Unido).................................................................................... 14 14 —

Gecas (EUA)................................................................................................. 7 7 —

Globalia (Espanha) ...................................................................................... 12 9 3

Royal Jo rdanian (Jordânia)......................................................................... 2 2 —

Lufthansa (Alemanha)................................................................................. 29 15 14

Montenegro (Montenegro) ......................................................................... 1 1 —

Não divulgado .............................................................................................. 4 — 4

Total............................................................................................................... 105 64 41

Para obter mais informações sobre as tendências no nosso negócio, consulte o "Item 4B. Informações da

Empresa - Visão Geral do Negócio — Estratégias do Negócio‖ e o ―Item 5A. - Resultados Operacionais —

Condições Atuais e Tendências Futuras no Setor da Indústria de Aeronaves Comerciais e no Mercado de Jato s

Page 80: 20F Portugues

76

Executivos. Para os riscos que afetam o nosso negócio, consulte o "Item 3D. Informações Chave — Fatores de

Risco‖.

5E. Composições Não Registradas no Balanço

No curso normal do negócio, firmamos acordos não registrados no balanço, inclu indo garantias, obrig ações

de troca, garantias financeiras e de valor residual e compromissos de garantia de produtos. Também temos algumas

operações de swap, descritas no "Item 11. Divulgações Quantitativas e Qualitativas sobre Risco de Mercado".

Por exemplo, em 31 de dezembro de 2009, efetuamos um lançamento contra receitas em referência a

garantias financeiras de US$ 103,0 milhões com base em nossa avaliação de risco de falência da Mesa Airlines. Não

pode haver garantia de que não seríamos afetados novamente (inclusive de fo rma material) pelo exercício de tais

opções de troca ou de garantias, principalmente se a desaceleração econômica g lobal atual continuar por um período

mais extenso. Consulte também a Nota 40 de nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas, para obter

mais informações sobre nossas responsabilidades e compromissos. Consulte também o "Item 3D. Principais Dados

— Fatores de Risco — Riscos Relativos à Embraer — Nossas receitas de aeronaves podem estar sujeitas a opções

de troca e a garantias financeiras e de valor residual que podem exig ir desembolsos expressivos de caixa no futuro."

Obrigações de Troca

Na assinatura do contrato de compra de uma nova aeronave, podemos oferecer opções de troca (trade -in)

aos nossos clientes. Essas opções proporcionam ao cliente o direito de negociar uma aeronave existente na compra e

aceitação de uma nova aeronave. Segundo as obrigações contratuais com nossos clientes, a nossa obrigação de

receber as aeronaves deles como opção de troca surge somente na medida em que eles aceitem a entrega de algumas

de nossas novas aeronaves. O preço de troca de aeronaves comerciais é determinado da forma descrita no "Item 5A.

Resultados Operacionais - Estimat ivas Críticas de Contabilidade — Direitos de Garantia e de Troca‖. Em 2010,

fomos obrigados a aceitar 29 aeronaves de troca, das quais 25 foram adquirido Citation Ultra decorrente do

exercício das opções de troca nos termos de um acordo firmado com a NetJets Inc. Em 31 de dezembro de 2010

fomos objeto de opções de troca relacionadas com 18 aeronaves, como resultado de novas vendas. Em 2010,

registramos 15 novas opções de troca de aeronaves. Nossa obrigação de ter de volta os três aviões aos quais estamos

sujeitos às opções de troca está diretamente vinculada às obrigações contratuais com os clientes e sujeito a esses

clientes realmente aceitarem a entrega de novas aeronaves . Consulte a Nota 40 às nossas demonstrações financeiras

auditadas para mais informações sobre nossas opções de troca.

Continuamos monitorando todos os compromissos de troca para antecipar qualquer impacto econômico

adverso que possam causar em nossa situação financeira. Com base em nossa avaliação atual e na avaliação de

terceiros, acreditamos que qualquer aeronave aceita em compromisso de troca possa ser vendida ou arrendada no

mercado sem lucros ou perdas significativas. Consulte o ―Item 5A. - Resultados Operacionais - Estimat ivas Críticas

de Contabilidade — Direitos de Garantia e de Troca‖.

Pode ser necessário aceitar a troca de aeronaves a preços acima do preço de mercado, resultando em perda

financeira na revenda da aeronave. Com base em nossas estimativas atuais e em avaliações de terceiros, acreditamos

que qualquer aeronave aceita como opção de troca possa ser vendida sem ganhos ou perdas materiais. Porém, não é

possível assegurar que não haverá perdas substanciais nesses casos, principalmente se a atual recessão econômica

global exercer pressão para uma baixa substancial no mercado de aeronaves usadas.

Garantias

As garantias financeiras são acionadas quando os clientes não cumprem sua obrigação de saldar a dívida

durante o período de financiamento, segundo os acordos correspondentes de financiamento. Essas garantias

fornecem um suporte de crédito à parte garantida para diminuir as perdas correspondentes a inadimplementos. Os

ativos correspondentes dão suporte a essas garantias. O valor dos ativos correspondentes pode ser adversamente

afetado por um recesso da economia ou do setor. No caso de inadimplemento, somos normalmente o agente da parte

garantida para o recondicionamento e a renegociação do ativo correspondente. Nós podemos ter direito a uma taxa

para esses serviços de renegociação. Geralmente, é preciso fazer uma reiv indicação sob a garantia somente com o

resgate do ativo correspondente da renegociação.

Page 81: 20F Portugues

77

As garantias de valores residuais fornecem a um terceiro um valor específico de ativo com garantia no final

do acordo de financiamento. No caso de uma redução no valor de mercado do ativo correspondente, devemos tolerar

a diferença entre o montante específico com garantia e o valor real e justo de mercado. Nossa exposição é diminuída

pelo fato de que, para se beneficiar da garantia, a parte garantida deve fazer com que os ativos correspondentes

atendam às rigorosas condições específicas para devolução.

A tabela a seguir fornece dados quantitativos sobre as garantias que fornecemos com relação a terceiros. Os

pagamentos máximos potenciais representam o cenário do pior caso, e não necessariamente refletem os resultados

esperados por nós. As receitas estimadas decorrentes das garantias de desempenho e dos ativos correspondentes

representam os valores antecipados de ativos que podemos liquidar ou receber de outras partes para compensar os

seus pagamentos sob garantias.

Em 31 de dezembro de

2010 2009

Descrição (em milhões de US$)

Garantias máximas financeiras ....................................................................................... 1.133,9 1.248,4

Garantias máximas de valor residual............................................................................. 743,4 770,8

Exposição mutuamente exclusiva (1) ............................................................................ (393,9) (393,9)

Provisões e obrigações registradas................................................................................. (143,4) (154,1)

Exposição não registrada no balanço ............................................................................ 1.340,0 1.471,2

Receitas estimadas de garantias de desempenho e ativos correspondentes ............ 1.255,9 1.478,4

(1) Quando um ativo correspondente está coberto por garantias financeiras e de valor residual mutuamente exclusivas, o valor residual

garantido pode ser exercido somente se a garantia financeira tiver expirado sem ter sido utilizada. Por outro lado, se utilizada a garantia

financeira, o valor residual garantido é cancelado automaticamente. Após a garantia financeira expirar sem ser utilizada, existe um período médio de três meses, em que a parte garantida pode exercer a garantia de valor residual. Isso significa que não pode ser cumulativa nossa exposição às garantias financeiras e de valor residual mutuamente exclusivas de cobertura de um ún ico ativo correspondente. Portanto, a exposição máxima mostrada neste item não é o valor total dos montantes combinados das garantias financeiras e de valor residual

mutuamente exclusivas de cobertura de um único ativo correspondente.

Conforme d iscutido na Nota 15 de nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas, em 31 de

dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009, mantínhamos depósitos fiduciários no valor total de US$ 263,9

milhões e US$ 308,9 milhões, respectivamente, em favor de terceiros aos quais fornecemos garantias financeiras e

de valor residual associadas a certas estruturas de financiamento de venda de aeronaves.

Garantias financeiras e de valor residual

Garantimos o desempenho financeiro de uma parte do financiamento e do valor residual de algumas de

nossas aeronaves que já foram entregues. As garantias financeiras são fornecidas às instituições financeiras para

sustentar uma parte das obrigações de pagamento dos compradores das nossas aeronaves em seus financiamentos, a

fim de diminuir perdas relat ivas a inadimplento. Essas garantias são sustentadas pela aeronave financiada.

Na hipótese de todos os clientes com garantias financeiras não honrarem os financiamentos de suas

aeronaves e também na h ipótese de sermos solicitados a cobrir o valor total das garantias financeiras e de valor

residual em aberto, sem termos conseguido revender aeronaves de forma a compensar nossas obrigações, nossa

exposição máxima conforme essas garantias (menos provisões e obrigações) seria de US$ 1.340,0 milhões em 31 de

dezembro de 2010. Para uma exp lanação mais detalhada desses responsabilidades e compromissos, consulte a Nota

40 das demonstrações financeiras consolidadas.

Em 31 de dezembro de 2010, tivemos US$ 263,6 milhões depositados em contas caucionadas como

garantia para financiamentos e garantias de valor residual de certas aeronaves vendidas por nós, Se o garantidor da

dívida (outra empresa não relacionada) for obrigado a pagar aos credores do financiamento ou da garantia de valor

residual, o garantidor terá o d ireito de retirar o valor da conta custódia. Com base nas estimativas atuais, acreditamos

que os resultados da venda ou leasing da aeronave coberta (com base no valor de revenda em 31 de dezembro de

2010) e de outros encargos compensatórios, como depósitos em espécie, seriam de US$ 1.255,9 milhões. Os valores

depositados serão liberados no vencimento dos contratos de financiamento (entre 2013 e 2021) se não ocorrer

Page 82: 20F Portugues

78

inadimplência dos compradores das aeronaves e se o preço de mercado da aeronave for superior à garantia de valor

residual.

Os juros obtidos com os recursos caucionados serão acrescentados ao saldo em depósito e contabilizados

como receita financeira pela Embraer. A fim de ganhar uma melhor taxa de juros sobre os depósitos de garantia, em

31 de dezembro de 2010, tínhamos US$ 97,0 milhões de nossos US$ 236,6 milhões em depósitos caucionados

investidos em títu los de dívida de 14 anos. Este aumento de rendimento foi obtido através de uma transação de

credit default swap (CDS), que prevê a d ireito de resgate antecipado do títulos em caso de um evento de crédito por

nós. No caso de um evento de crédito, o título poderá ser resgatado pelo portador conforme o valor de mercado ou o

valor nominal original do título, o que for maior, resultando na perda dos juros acumulados do título até a data.

Eventos de crédito incluem inadimplência de obrigação e pagamento nos termos das garantias acima dos limites

especificados, eventos relacionados à reestruturação das obrigações acima de um limite especificado, falência e

recusa de e/ou moratória sobre as obrigações acima de um limite especificado.

Nossas garantias de valor residual normalmente garantem ao comprador de aeronave que no vencimento do

financiamento da aeronave comprada, esta aeronave terá um valor residual de mercado de uma porcentagem do

preço original de venda. Mais recentemente, garantias de valor residual foram emitidas para garantir um valor de

mercado residual para o 10º ano após a entrega da aeronave. A maioria de nossas garantias de valor residu al está

sujeita a uma limitação ("teto") e, portanto, nosso valor residual médio está limitado a 17% do preço de venda

original. No caso de uma redução no valor de mercado da aeronave e a exigência por parte do cliente do valor

residual garantido, vamos arcar com a d iferença, se houver, entre o valor de mercado da aeronave e o valor residual

garantido no exercício correspondente. Nosso comprometimento é suavizado pelo fato de que a parte garantida, para

usufruir da garantia, deve fazer com que a aeronave atenda a determinadas condições.

Reavaliamos continuamente nosso risco de acordo com as garantias e obrigações de entrega como parte do

pagamento com base em diversos fatores, incluindo o valor de mercado futuro estimado da aeronave com base em

avaliações de terceiros, inclu indo as informações obtidas da venda ou arrendamento de aeronaves semelhantes no

mercado secundário, bem como a classificação de crédito dos clientes.

5F. Demonstração de Obrigações Contratuais

A tabela e a análise a seguir fornecem informações adicionais relativas às principais obrigações contratuais

e compromissos comerciais em 31 de dezembro de 2010.

Total

Menos de

1 ano 1 –3 anos

3 –5

anos

Mais de

5 anos

Obrigações contratuais (in US$ millions)

Empréstimos e juros ............................................ 1.947,7 131,8 546,7 136,1 1.133,1

Fundo de pensão................................................... 188,7 24,6 36,5 36,5 91,1

Obrigações de leasing financeiro ...................... 4,3 1,7 2,6 - -

Leasing operacional............................................. 28,6 4,0 4,7 2,1 17,8

Obrigações de compras ....................................... 750,2 750,2 - - -

Dív ida com e sem recurso .................................. 470,3 111,9 219,0 21,3 118,1

Adiantamentos a clientes .................................... 991,6 779,4 162,1 47,9 2,2

Contribuição de fornecedores ............................ 16,8 15,8 1,0 - -

Garantias financeiras ........................................... 219,5 95,0 36,7 43,1 44,7

Outras responsabilidades .................................... 786,4 353,2 318,6 85,4 29,2

Total....................................................................... 5.404,1 2.267,0 1.327,9 372,4 1.436,2

A tabela acima mostra o valor do principal da dív ida e juros previstos na data de vencimento. Para os

empréstimos de taxa fixa, as despesas de juros foram calculadas com base no índice estabelecido em cada contrato

de dívida. Para empréstimos com taxas flutuantes , as despesas de juros foram calculadas com base na previsão de

mercado para cada período (LIBOR 6m – 12m), em 31 de dezembro de 2010. Essa exposição à taxa flutuante é

controlada por operações derivadas. Consulte o "Item 11. Divulgações Quantitativas e Qu alitativas sobre Risco de

Mercado."

Page 83: 20F Portugues

79

A tabela acima não reflete os compromissos contratuais relativos às opções de troca como parte do

pagamento e às garantias financeiras e de valor residual examinadas no ―Item 5E. Composições Não Registradas no

Balanço" acima. Consulte o "Item 3D. Principais Dados — Fatores de Risco — Riscos Relativos à Embraer —

Nossas receitas de aeronaves estão sujeitas a opções de troca e a garantias financeiras e de valor residual que podem

exig ir desembolsos expressivos de caixa no futuro."

As obrigações de compras consistem em contas a pagar e obrigações de seguros.

Outros passivos englobam impostos e encargos sociais no total de US$ 532,8 milhões em 31 de dezembro

de 2010. A tabela acima não reflete nenhuma informação sobre nossos instrumentos derivativos, analisados com

mais detalhes no "Item 11. Divulgações Quantitativas e Qualitativas sobre o Risco de Mercado‖.

ITEM 6. CONS ELHEIROS, DIRETORIA E FUNCIONÁRIOS

6A. Conselheiros e Diretoria

Somos admin istrados pelo Conselho de Administração, integrado por onze membros, e pela Diretoria ou

diretores executivos, integrada por no mínimo quatro e no máximo onze membros (cada um sendo um diretor

executivo). Nosso Conselho Fiscal permanente é integrado de três a cinco membros e mes mo número de suplentes.

Nossos órgãos admin istrativos devem realizar oito assembléias gerais ordinárias por ano.

Não há laços familiares entre os membros do Conselho de Administração e/ou nossos diretores executivos.

Conselho de Administração

Normalmente, o Conselho de Administração se reúne oito vezes por ano e extraordinariamente, quando

solicitado pelo presidente ou pela maioria de seus membros. É responsável, entre outras coisas, por estabelecer as

políticas gerais do negócio e por eleger e supervisionar os diretores executivos.

Nosso Conselho de Administração é nomeado pelos acionistas para um mandato de dois anos, sendo

permit ida reeleição, com três assentos reservados da seguinte forma: (1) um a ser nomeado pelo governo brasileiro

na condição de titular da "golden share" (ação especial) e (2) dois a serem nomeados por nossos funcionários. Os

demais oito conselheiros são eleitos de acordo com as regras de voto de grupo e voto cumulativo estipuladas em

nosso estatuto social. Consulte o ―Item 10B. Informações Adicionais — Ato Constitutivo e Contrato Social —

Conselho de Administração — Eleição do Conselho de Admin istração", para obter uma descrição detalhada das

regras e procedimentos relativos à eleição e nomeação dos membros do Conselho. A Lei brasileira das Sociedades

Anônimas exige que cada diretor possua pelo menos uma ação de nossa empresa. Não há idade compulsória de

aposentadoria para nossos diretores.

Segundo as regras do Novo Mercado, os membros do nosso Conselho de Administração concordam em

cumprir os Regulamentos do Novo Mercado e com as regras da Câmara de Arbitragem da BOVESPA antes de

assumirem o cargo, assinando um Termo de Anuência dos Administradores.

A seguir, são apresentados nomes, idades, cargos, o primeiro ano em que foram eleitos e uma breve

biografia dos membros do nosso Conselho de Administração eleitos na assembleia geral ord inária realizada em

26.04.11.

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80

Nome Idade Cargo Ano da 1a eleição

Maurício Novis Botelho 68 Presidente do Conselho de Administração 2000

Sérgio Eraldo de Salles Pinto 46 Membro do Conselho de Administração 2009

Cecília Mendes Garcez Siqueira 53 Membro do Conselho de Administração 2009

Wilson Carlos Duarte Delfino 64 Membro do Conselho de Administração 2004

Aprígio Eduardo de Moura Azevedo 60 Membro do Conselho de Administração 2010

Israel Vainboim 66 Membro do Conselho de Administração 2009

Ingo Plöger 61 Membro do Conselho de Administração 2010

Hermann Wever 74 Vice-Presidente do Conselho de

Admin istração

2006

Samir Zraick 70 Membro do Conselho de Administração 2006

Paulo Cesar de Souza Lucas 51 Membro do Conselho de Administração 1999

Claudemir Marques de Almeida 58 Membro do Conselho de Administração 2004

Maurício Novis Botelho. O Sr. Botelho é Presidente do Conselho de Administração da Embraer desde

março de 2006. Atuou como Presidente e Diretor-Presidente desde setembro de 1995 e liderou a Embraer após a

privatização, instituindo uma nova cultura empresarial voltada para a satisfação do cliente, que resultou em uma

transformação bem-sucedida e no posicionamento da Embrae r como uma das líderes mundiais do mercado de

aviação. O Sr. Botelho atuou como CEO da Stelar Telecom, denominada anteriormente como OTL – Odebrecht

Automação & Telecomunicações Ltda., uma empresa de telecomunicações, de 1988 a 1995. Também atuou como

CEO da CMW Equipamentos S.A., uma empresa de automação industrial, de 1985 a 1995; da STL – Engenharia de

Sistemas Ltda., uma empresa de engenharia de projetos, de 1985 a 1995; e da So luções Integradas PROLAN Ltda.,

uma empresa de rede corporativa, de 1994 a 1995. O Sr. Botelho foi v ice-presidente executivo da TENENGE –

Técnica Nacional de Engenharia Ltda., uma construtora, em 1992; e diretor executivo da Cia. Bozano durante 1995.

Até abril de 2009, foi membro do Conselho da Perdigão S.A., uma das maiores empresas de processamento de carne

e leite no Brasil. Além do cargo de Presidente de nosso Conselho de Administração, é Presidente da Mogno

Consultoria de Negócios Ltda., uma empresa de consultoria de negócios, e membro do conselho de admin istração de

várias empresas e organizações, como a Perdigão S.A., uma das maiores empresas de processamento de carne e leite

do Brasil; da CBMM - Companhia Brasileira de Metalurg ia e Mineração, o maior produtor mundial de nióbio; e da

CDES, um conselho estratégico de assessoria à Presidência do Brasil. O Sr. Botelho recebeu, entre outras

condecorações, a de comendador da Ordem do Rio Branco (a mais alta condecoração do governo brasileiro) e a de

Cavaleiro da Lég ion d'Honneur, a mais alta da França.

Sérgio Eraldo de Salles Pinto. O Sr. Salles Pinto é membro do Conselho de Admin istração da Embraer

desde abril de 2009. É Diretor Geral da Cia. Bozano e da Bozano Holdings desde 2000, sendo responsável pela

administração dos fundos das empresas por meio de vários instrumentos financeiros. De 1998 a 2000, ele trabalhou

em diversas empresas do Banco Bozano, Simonsen S.A. O Sr. Salles Pinto é formado em Economia e Engenharia

Elétrica pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB) e pela Universidade de Brasília (UnB),

respectivamente. É Mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas - Rio de Janeiro (EPGE) e em

Administração pela Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC).

Cecília Mendes Garcez Siqueira. A sra. Siqueira fo i um membro do Conselho de Administração da

Embraer desde abril de 2009. A Sra. Siqueira é a presidente do Conselho de Tomada de Decisão do fundo de pensão

ANABBPREV, Vice-Presidente do Conselho de Administração da CPFL Energia, uma empresa de energia

importante do Brasil, e também professora do programa de MBA da IBMEC, no Rio de Janeiro. Ela era Diretora

Presidente do Planejamento Comercial e membro do conselho de admin istração da PREVI, de 2002 a 2004, e da

Neoenergia, uma empresa brasileira de energia renovável, de 2002 a 2005. A Sra. Siqueira é fo rmada em Pedag ogia

pela Universidade de Brasília, DF, e em Psicologia pela Fundação de Ensino Superior de São João del Rei

(FUNREI), MG. É pós-graduada em Formação Geral para Altos Executivos e em Gestão de Fundos de Pensão e

Negócios, pela Fundação Getúlio Vargas, DF. Também possui especialização em Gestão de Fundos de Pensão pela

Wharton School of Business e é Mestre em Administração pelo IBMEC, RJ. Em 2009, ela obteve o Cert ificado

Advanced Management Program (AMP 177) pela Harvard Business School.

Wilson Carlos Duarte Delfino. O Sr. Delfino é membro do Conselho de Admin istração da Embraer desde

2004. Foi p residente e CEO da Fundação Sistel de Seguridade Social (Fundo de Pensão dos funcionários das

empresas brasileiras de telecomunicações), ou SISTEL, desde janeiro de 2004, e atuou como Diretor Executivo de

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Planejamento e Administração da SISTEL de abril de 2000 a dezembro de 2003. Desde 2009, ele atua como

presidente do Conselho de Administração da Embraer Prev, o fundo de pensão dos empregados da Embrer. De

setembro de 1993 a setembro de 1994, o Sr. Delfino trabalhou como assistente do diretor executivo e era

responsável pela Coordenação do Comitê de Investimentos da SISTEL. De outubro de 1994 a março de 2000, foi

gerente do Departamento de Análise de Investimentos da SISTEL. Ele também era membro do conselho de

administração da Paranapanema, empresa de mineração, de abril de 1998 a abril de 2006, e membro do conselho de

administração da Perdigão S.A., de abril de 2004 a abril de 2007. Sr. Delfino também foi Professor A djunto e

Titular do Programa de Engenharia de Produção da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São

Paulo. Ele é g raduado em engenharia mecânica pela Escola Federal de Engenharia, no Rio de Janeiro, Brasil, mestre

em Pesquisa Operacional pela Universidade de Cornell, mestre em análise de sistemas pelo Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais em São José Campos, Brasil e PhD em pesquisa de operações e estatísticas pela Case Western

Reserve University. Ele é membro certificado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC.

Aprígio Eduardo de Moura Azevedo. O Sr. Azevedo foi eleito para o Conselho de Administração da

Embraer em abril de 2010. Participou do Curso de Instrutor Acadêmico (MAXW ELL A.FB.), do Curso de

Aperfeiçoamento de Oficiais (EAOAR), do Curso de Comando e Estado-Maior (ECEMAR) e do Curso de Altos

Estudos de Política e Estratégia (ESG), além de concluir um programa de pós -graduação em Administração de

Recursos Humanos na Universidade Católica do Paraná (PUC). Foi Chefe de Seções de Doutrina e Instrução de

Unidades Aéreas, Assistente do Comandante da Escola de Oficiais Especialistas da Força Aérea Brasileira, Adjunto

da Seção de Operações do Comando de Transporte Aéreo e Oficial do Gabinete do Ministro da Força Aérea

Brasileira, onde exerceu os cargos de Chefe do Cerimonial, Chefe da Seção de Relações Públicas e de Secretário do

Ministro. Ele também era comandante do Grupo de Transportes Especiais, Chefe da Comissão de Coordenação do

Sistema de Proteção da Amazônia, Direção Geral de Assuntos Estratégicos e Finanças da Força Aérea Brasileira,

Chefe da Comissão de Contratos da Força Aérea Brasileira, em Washington, Chefe da Proteção de Logística da

Seção da Força Aérea Brasileira e Presidente ad Comissão Coordenadora do Programa de Combate da Aeronave,

Chefe da Assessoria Parlamentar do Comandante da Força Aérea Brasileira, Comandante do IV Comando Aéreo

Regional, Chefe de Gabinete do Comandante da Força Aérea Brasileira e hoje atua como secretário de Finanças e

Economia da Força Aérea Brasileira.

Israel Vainboim. O Sr. Vainboim é membro do Conselho de Administração da Embraer desde abril de

2009. É membro do Conselho de Admin istração do Itaú Unibanco Banco Múltiplo S.A. Iochpe -Maxion, o principal

fabricante brasileiro de rodas e chassis para veículos comerciais e vagões de carga ferroviários; Museu de Arte

Moderna de São Paulo; associação de ex-alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro; e membro do Conselho

Fiscal do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele também é membro do Conselho de Admin istração da Casa da

Cultura de Israel em São Paulo, membro do Conselho Consultivo Internacional do Conselho da General Atlantic

Partners, localizado em Nova York, Nova York, presidente do conselho de Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais

S.A. (Usiminas), uma fabricante de aço plano líder, desde abril de 2010, membro do Conselho Consultivo da GVT

S.A. e membro do Conselho Consultivo da Stanford Graduate School of Business. O Sr. Vainboim também foi

Presidente do Unibanco - União de Banco Brasileiros S.A. de 1988 a 1992, Presidente da Unibanco Holdings S.A.

de 1994 a 2007, e Presidente do Conselho de Admin istração e Presidente do Comitê de Auditoria da Unibanco

Holdings S.A. de 2007 a fevereiro de 2009. O Sr. Vainboim é graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade

Federal do Rio de Janeiro e possui MBA pela Universidade de Stanford.

Ingo Plöger. O Sr. Plöger é membro independente do Conselho de Administração da Embraer. Ele é

presidente da IP Desenvolvimento Empresarial e Institucional Ltda. e Presidente do Conselho Empresarial da

América Lat ina (CEAL). É também Coordenador Geral: (1) da Reunião Econômico Alemã-Brasileira (cargo que

ocupou por mais de 25 anos), (2) da Comissão Bilateral de Investimentos em Infra -Estrutura, Logística e Energia, e

(3) da Comissão Bilateral de Investimentos em Agronegócios, todos estabelecidos pela Câmara Brasil -Alemanha de

Comércio. A lém d isso, o Sr. Plöger é Presidente a Conselho de Admin istração da Robert Bosch América Latina,

Conselheiro da Associação Brasileira de Agronegócios, membro do Conselho Consultivo da INVESTE SÃO

PAULO (Agência de Promoção do Investimento e Concorrência do Estado de São Paulo), membro do Conselho

Estratégico da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), membro do Conselho

Consultivo Internacional da Robert Bosch Industrietreuhand KG, membro do Conselho de Administração da

companhia marít ima Hamburg Süd e do World Trade Center (WTC), e Comandante da Ordem do Rio Branco. Sr.

Plöger enntrou para Kienbaum Consultores em 1978, onde se tornou gerente-geral e sócio. Em 1993, ele assumiu a

cargo de CEO da Companhia Melhoramentos de São Paulo e mais tarde foi nomeado Presidente do Conselho de

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Administração da Melpaper, empresa do grupo editorial da Melhora mentos. Foi presidente da Câmara Brasil-

Alemanha de Comércio e Indústria por dois mandatos de quatro anos, Presidente do Conselho Integrado das

Câmaras alemãs no Brasil e presidente da Aliança das Câmaras Alemãs no Mercosul. Desde 2003, ele foi co -

presidente do Fórum Empresarial Europeu do Mercosul, sucedendo o ministro Luiz Fernando Furlan. Ele fazia parte

da equipe do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterio r de 2004 a 2005, na qualidade de

diretor-geral da Agência de Promoção de Investimentos e Comércio do Brasil (Apex). Ele também era responsável

pela coordenação das Conferências de Investimentos da Presidência do Brasil em 2005, membro da Coalizão

Empresarial Brasileira (CEB) e seu Conselho Estratégico, membro do Conselho de Política Social do Instituto

Roberto Simonsen da FIESP e a Coordenador do Comitê de Créd ito de Carbono Inter-Câmaras (CARBON

TRADE).

Hermann Wever. Desde 2006, o Sr. Wever é membro independente do Conselho de Administração da

Embraer, da qual ele é o atual Vice -Presidente. O Sr. Wever é graduado em engenharia civil e elétrica pela

Universidade Mackenzie e pós-graduado em administração pela Fundação Getúlio Vargas. Ele começou sua carreira

na divisão industrial da General Electric, onde ele liderou com sucesso as div isões de iluminação, eletrodomésticos e

equipamentos pesados. Em 1979, ele implementou uma jo int venture entre a General Electric e a Villares (Vigesa),

que trouxe tecnologia de hidrogenação da GE no Canadá para o Brasil. Em 1980, ele entrou para a Siemens do

Brasil como Vice-Presidente da Divisão de Energia. Em 1987, fo i nomeado CEO da Siemens, cargo que ocupou até

sua aposentadoria em 2001. O Sr. Wever fo i presidente do Conselho Consultivo da Siemens Ltda. de 2001 a 2009.

Atualmente, é presidente da Wever Assessoria Empresarial. Ele recebeu a Ordem do Rio Branco do Ministério das

Relações Exteriores e a Cruz da Ordem do Mérito da República Federal da Alemanha.

Samir Zraick . O Sr. Zraick é membro do Conselho de Administração da Embraer desde 2006. Fo i Diretor

Financeiro da CVRD e dirig iu sua afiliada nos EUA, de 1971 a 1986. Também foi membro da d iretoria da CVRD

em 2000 e atuou como consultor especial e membro do Comitê Estratégico da CVRD, de 2001 a 2004. Fo i CFO e

Vice-Presidente de desenvolvimento de negócios da Caemi Mineração e Metalu rgia S.A., uma empresa brasileira de

mineração, de 1986 a 1998. Fo i membro do Conselho de Admin istração e Presidente do Comitê de Marketing da

Quebec Cart ier Mining, em Montreal, Quebec, de 1990 a 1999. Part icipou do Conselho de Admin istração da Canico

Resources em Vancouver, na Colúmbia Britânica, de julho de 2004 a março de 2006. Também fo i membro do

Conselho de Administração da Mineração e Metálicos S.A. - MMX, uma empresa brasileira de mineração, da MPX

Energ ia S.A., uma empresa brasileira de energ ia, e da LLX Logística S.A., uma empresa de logística brasileira e da

OSX Brasil S.A., sociedade brasileira envolvida na construção de um grande estaleiro no estado do Rio de Janeiro.

Paulo Cesar de Souza Lucas. O Sr. Lucas é membro do Conselho de Administração da Embraer desde

1999. Part icipa da nossa divisão de planejamento estratégico desde 1998 e foi o coordenador da implementação da

estratégia de modernização e redução de custos da Embraer, de 1990 a 1996. Trabalha na Embrae r há mais de 17

anos e é representante dos nossos funcionários acionistas.

Claudemir Marques de Almeida . O Sr. Almeida é membro do Conselho de Administração da Embraer

desde 2004. É funcionário da Embraer desde 1987 e, no momento, ocupa o cargo de Controlador da Qualidade I na

nossa empresa. Anteriormente, foi membro do nosso Conselho de Administração, de janeiro de 1995 a abril de

2001. É representante de nossos funcionários não acionistas.

Comitês

Três comitês foram formados para ajudar o Conselho de Administração em suas tarefas e

responsabilidades:

Comitê Estratégico que pode possuir até quatro membros, mas sem poder executivo. A finalidade

principal do Comitê Estratégico é ajudar o Conselho de Admin istração em suas funções. Os

membros suplentes e atuantes do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva podem servir

a esta mesma comissão. As responsabilidades do Comitê Estratégico incluem auxílio ao Conselho de

Admin istração na formulação do planejamento estratégico. Os membros atuais do Comitê

Estratégico são Maurício Novis Botelho, Hermann Wever, Israel Vainboim e Cecília Mendes Garcez

Siqueira.

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Comitê de Risco que pode possuir até quatro membros, mas sem poder executivo. A finalidade

principal do Comitê de Risco é ajudar o Conselho de Administração em suas funções. Os membros

suplentes e atuantes do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva podem servir a esta

mes ma comissão. As responsabilidades do Comitê de Risco incluem a validação e apresentação ao

Conselho de Administração de diretrizes para a política de risco e verificação da conformidade com

as políticas de gestão de risco. Os atuais membros da Comissão de risco são Maurício Novis Botelho,

Cecília Mendes Garcez Siqueira, Israel Vainboim e Sérgio Eraldo de Salles Pinto.

Comitê de Recursos Humanos: com quatro membros nomeados pelo Conselho de Admin istração. Os

membros do Comitê de Recursos Humanos podem ser membros do nosso Conselho de

Admin istração, seus suplentes ou nossos diretores executivos. Um dos membros será o presidente do

Conselho de Administração, que será responsável pela coordenação das atividades do comitê. O

Comitê de Recursos Humanos irá operar até o final do mandato do atual Conselho de Administração

ou antes, se assim decid ido pelo Conselho de Administração. De acordo com nosso estatuto social, a

finalidade é ajudar o Conselho de Administração nas seguintes tarefas: (1) nomear e destituir

diretores executivos e designar suas responsabilidades, conforme previstas no estatuto social; (2)

sujeito às tarefas dos diretores executivos, estabelecer as funções e responsabilidades dos diretores

executivos e selecionar o diretor de relações com investidores, de acordo com os regulamentos da

CVM; (3) aprovar a nossa política de remuneração e de relações humanas, inclusive critérios de

remuneração, direitos e benefícios, bem como remuneração individual dos diretores executivos; e (4)

autorizar a transferência de nossos recursos a associações de funcionários, entidades de caridade e de

recreação, fundos e fundações de segurança privados. Os membros atuais do Comitê de Recursos

Humanos são Maurício Novis Botelho, Ingo Plöger Brumer, W ilson Carlos Duarte Delfino e Sérgio

Eraldo de Salles Pinto.

Conselho Fiscal: Consulte o ―Item 6C. — Práticas do Conselho — Conselho Fiscal‖ abaixo.

No caso de um diretor executivo atuar em mais de um Comitê, ele só terá direito a receber a remuneração

correspondente ao cargo que pagar mais.

Diretoria Executiva

Nossos diretores executivos são responsáveis pela administração diária. Têm responsabilidades individuais

estabelecidas por nossos estatutos e pelo Conselho de Admin istração.

Os mandatos dos membros do Conselho de Admin istração e dos diretores executivos são de dois anos,

sendo permitida a reeleição de cada diretor executivo

São necessários os votos de pelo menos sete membros do Conselho de Administração para destituição de

um d iretor.

Nosso estatuto social não permite que o diretor executivo ocupe, ao mes mo tempo, o cargo de membro do

Conselho de Administração. Os estatutos sociais contêm uma dispos ição que estipula que o Diretor Presidente

deverá participar das reuniões do Conselho de Administração, porém não votará nas deliberações do mesmo.

Segundo as regras do Novo Mercado, os membros da nossa diretoria concordarão em cumprir as Regras do

Novo Mercado e da Câmara de Arbitragem da BOVESPA antes de assumirem o cargo, assinando para tanto um

Termo de Anuência dos Administradores.

Seguem abaixo os nomes, idades, cargos, ano eleito pela primeira vez e breves descrições biográficas de

nossos diretores executivos na data deste relatório anual:

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Nome

Ida

de Cargo Ano da 1a eleição

Frederico Pinheiro Fleury Curado 49 Presidente e CEO 1995

Mauro Kern Junior 50 Vice-Presidente Executivo – Novos Projetos,

Mercado da Aviação Comercial

2007

Luis Carlos Affonso 51 Vice-presidente executivo – Aviação Executiva 2006

Emílio Kazunoli Matsuo 58 Vice-presidente executivo – Planejamento

Estratégico e Desenvolvimento de Tecnologia

2009

Artur Aparecido V. Coutinho 62 Vice-Presidente Executivo – Diretor-Executivo de

Operações

2005

Luiz Carlos Siqueira Aguiar 48 CEO - Defesa e Segurança da Embraer 2006

Flávio Rímoli 52 Vice-presidente executivo – Assessor Jurídico 2007

Horácio Aragonés Forjaz 59 Vice-Presidente Executivo - Negócios Societários 1998

Antônio Júlio Franco 62 Vice-Presidente Executivo – Planejamento de

Pessoas e Desenvolvimento

2007

Cynthia Marcondes Ferreira

Benedetto

45 Vice-Presidente Executivo e Diretor Financeiro ). 2010

Frederico Pinheiro Fleury Curado. Em 23 de abril de 2007, o Sr. Curado foi nomeado Presidente e CEO

da Embraer. O Sr. Curado foi Vice-Presidente Executivo para o Mercado da Aviação Comercial, de setembro de

1998 a abril de 2007, e Vice-Presidente Executivo de Planejamento e Desenvolvimento Organizacional, de 1995 a

agosto de 1998. Antes disso, exerceu vários cargos de admin istração diferentes na Embraer, nas áreas de fabricação,

produção, tecnologia da informação e subcontratos. É bacharel em Engenharia Mecânica e Aeronáutica pelo

Instituto Tecnológico de Aeronáutica, ou ITA, e MBA pela Universidade de São Paulo (USP). Recebeu a Medalha

de Mérito Aeronáutico do governo brasileiro e a Medalha de Mérito da Associação Brasileira de Engenharia Militar.

Mauro Kern Junior. Em abril de 2007, o Sr. Kern foi nomeado Vice -Presidente Executivo da Embraer para

Novos Projetos do Mercado da Aviação Comercial e , antes deste cargo, havia trabalhado como Vice -Presidente

Executivo da Embraer para o Mercado da Aviação Comercial, desde abril de 2007. Ele ingressou na Embraer em

1982 como Engenheiro de Sistemas e trabalhou no projeto de trem de pouso da aeronave militar AMX. Em 1984,

atuou na Divisão de Equipamentos da Embraer (EDE), uma empresa especializada em trens de pouso e

equipamentos hidráulicos. Trabalhou por 11 anos em diferentes departamentos da Embraer, inclu indo engenharia,

market ing, vendas e atendimento ao cliente. Em 1999, trabalhou na Gestão do Programa Embraer 170/190, como

Engenheiro-Chefe e Gerente do Programa. Em abril de 2004, fo i nomeado Diretor Geral do Programa EMBRAER

170/190. Em julho de 2005, foi nomeado Vice-Presidente de Programas de Mercado da Aviação Comercial da

Embraer. É bacharel em Engenharia pela Universidade do Rio Grande do Sul.

Luis Carlos Affonso. Em 2005, o Sr. Affonso foi nomeado vice-presidente executivo da Embraer para

Aviação Executiva. Antes disso, ele exerceu vários cargos na Embraer, inclusive o de Vice -Presidente Sênior de

Engenharia e Desenvolvimento de Novos Produtos de 2004 a 2005 e liderou o programa EMBRAER 170/190 desde

seu primórd io. Anteriormente, o Sr. Affonso foi Engenheiro Chefe do bem-sucedido programa ERJ 145. É bacharel

em Engenharia Aeronáutica do ITA e possui MBA da USP. É membro do conselho de admin istração da Associação

Brasileira de Aviação Geral (ABAG) da General Aviat ion Manufacturers Associat ion (GAMA).

Emilio Kazunoli Matsuo. Em janeiro de 2009, o Sr. Matsuo foi nomeado Vice -Presidente Executivo de

Tecnologia da Embraer. É formado em Engenharia Aeronáutica pelo ITA em 1977. In iciou sua carreira na Embraer

em 1978 como Engenheiro de Sistemas, trabalhando nas áreas de meio ambiente e de sistemas de controle de voo.

Também trabalhou por três anos na Itália no Programa Militar AMX, sendo responsável pelos sistemas de controle

de voo e de controle eletrônico de voo por computador. Nos anos 80 e 90, o Sr. Matsuo chefiou novos projetos

importantes da Embraer. No final da década de 1990, tornou-se Diretor de Programas da Embraer, após

desempenhar uma importante função no programa da família ERJ 145, e em 2002 foi nomeado Diretor de

Engenharia de Desenvolvimento de Produtos da Embraer. Também desempenhou uma importante função no

desenvolvimento e certificação da família de jatos EMBRAER 170/190 como técnico responsável pelo programa.

Em janeiro de 2007, foi nomeado Vice p residente sênior de engenharia, responsável pelo desenvolvimento de

produtos e engenharia de apoio, teste de solo e voo e integridade de produtos, bem como pela cert ificação de todos

os produtos da Embraer.

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Artur Aparecido V. Coutinho. Em 2010, o Sr. Coutinho foi nomeado Vice-Presidente executivo e Diretor-

presidente da Embraer. Em 2005, fo i nomeado Vice-Presidente executivo de aquisições e operações industriais e

tem assumido essa função até ser eleito Diretor-presidente. De janeiro de 2003 a março de 2005, fo i vice -presidente

da Embraer responsável pelas atividades de marketing, vendas e atendimento ao cliente na América do Norte. De

fevereiro de 2000 a dezembro de 2002, fo i nosso Vice-Presidente de atendimento ao cliente. Antes, Coutinho

ocupou vários cargos na Embraer nas áreas de marketing, t reinamento e controle de qualidade

Luiz Carlos Siqueira Aguiar. Em janeiro de 2011, o Sr. Aguiar foi nomeado CEO, Defesa e Segurança da

Embraer. Ele fo i o nosso Diretor Financeiro de janeiro de 2009 a dezembro de 2010. De janeiro de 2006 a dezembro

de 2008, o Sr. Aguiar foi nomeado Vice-Presidente Executivo da Embraer, responsável pela comercialização,

vendas e admin istração de contratos de produtos e sistemas de Aviação Governamental e Mercado de defesa

mundial. De fevereiro de 2003 a dezembro de 2005, representou a Previ no Conselho de Admin istração de Diversas

empresas, inclusive a Embraer. De abril de 2004 a 2005, fo i nomeado para representar a PREVI no Conselho de

Admin istração da Embraer. Ele foi membro do Conselho de Admin istração da SBCE, seguradora no Brasil, de maio

de 2001 a fevereiro de 2003, e desde 2003 é Vice -Presidente do Conselho da CPFL e membro do Comitê de

Finanças da CVRD. Foi Diretor do Banco do Brasil de agosto de 2000 a fevereiro de 2003, e Gerente do Banco do

Brasil em Nova Iorque de fevereiro de 1997 a agosto de 2000.

Flávio Rímoli. O Sr. Rímoli é atualmente o Vice-Presidente Executivo e Conselheiro Geral da Embraer .

Desde maio de 2005, é secretário do Conselho de Administração da Embraer. O Sr. Rímoli trabalha na Embraer há

mais de 29 anos e ocupou diferentes cargos, principalmente nas áreas industrial e comercial. Foi Gerente -Geral

Sênior de Contratos para o mercado de aviação comercial por muitos anos e Vice-Presidente Sênior para o mercado

de aviação comercial, de 2002 a 2005. É bacharel em Engenharia Mecânica pela Escola de Engenharia Industrial de

São José dos Campos, é formado em Direito pela Universidade Vale do Paraíba e possui Especialização em

Pesquisa Operacional e Lei das Sociedades Anônimas pelo ITA e Fundação Getúlio Vargas, respectivamente.

Horácio Aragonés Forjaz. O Sr. Forjaz é atualmente Vice-Presidente Executivo de Assuntos Corporativos

da Embraer. No passado, foi Vice -Presidente Executivo de Comunicação Empresarial, de 2001 a janeiro de 2008, e

Vice-Presidente Executivo de Planejamento e Desenvolvimento Organizacional, de 1998 a 2001. De 1991 a 1994 e

de 1997 a 1998, foi Engenheiro-Chefe da Embraer. De 1995 a 1997, diretor operacional da Compsis Computadores

e Sistemas Ltda., uma empresa brasileira de engenharia de sistemas e software. De 1975 a 1995, exerceu vários

cargos diferentes na Embraer, nas áreas de engenharia e projetos de sistemas. O Sr. Forjaz é bacharel em Engenharia

Eletrônica pelo ITA e Mestre em Ciência Aplicada em computação pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

O Sr. Forjaz é também membro do conselho de admin istração da SAE BRASIL, uma sociedade da engenharia da

mobilidade, e do Conselho Consultivo do CPqD, o centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Telecomunicações do

Brasil.

Antonio Júlio Franco. Em abril de 2010, o Sr. Franco foi nomeado Vice-Presidente executivo de

Planejamento e Desenvolvimento de Pessoal da Embraer e, antes deste cargo, o Sr. Franco serviu como Vice -

Presidente Executivo de Desenvolvimento Organizacional e de Pessoal da Embraer desde 2007. Desde abril de

2010, o Sr. Franco é responsável por apoiar o CEO em sua ação empresarial no que diz respeito às políticas e

diretrizes associadas a pessoas, processos de sucessão para todos os cargos -chave, estratégia de remuenração,

remuneração dos executivos, e para apoiar o Conselho de Administração e seus Comitês de Recursos Humanos

sobre questões relacionadas a pessoas, e sobre a integração no Brasil e no exterior com relação aos recursos

humanos. Antes de ingressar na Embraer, trabalhou no Grupo Odebrecht por 25 anos. De 1999 a 2002, trabalhou

como consultor de negócios para várias empresas brasileiras e internacionais, com foco em questões de recursos

humanos. Ingressou na Embraer em 2002, trabalhando em d iferentes cargos do departamento de recursos humanos.

É formado em direito e bacharel em administração de negócios.

Cynthia Marcondes Ferreira Benedetto. Sra. Bennedetto foi nomeada em 2010 (a partir de 1º de janeiro de

2011) para seu cargo atual como Vice -Presidente Executivo e Diretor Financeiro ). Ela é economista e possui pós -

graduação em admin istração financeira e auditoria, e tem MBA em Gestão Financeira pela Fundação Getúlio

Vargas. Ela trabalha na Embraer desde 1986 na área financeira. De 2000 a 2010 foi Diretora Fin anceira, responsável

pela estratégia financeira da Embraer. Ela também era membro do Conselho Superior da BB Previdência de 2001 a

2003.

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6B. Remuneração

Visão geral

Nossos diretores executivos, diretores e membros do conselho fiscal têm direito a remuneração f ixa. Além

disso, nossos diretores executivos são qualificados para participar do nosso plano executivo de participação nos

lucros, que lhes proporciona remuneração variável, baseada no seu desempenho e no da Empresa e é limitada a 2%

do nosso lucro líquido para o ano.

Para o exercício terminado em 31 de dezembro de 2010, a remuneração agregada (inclusive benefícios em

espécie outorgados) paga aos membros do Conselho de Administração, ao Conselho Fiscal e aos diretores

executivos, por serviços em todas as funções, foi US$ 18,6: US$ 2.1 milhões para os membros do Conselho de

Admin istração, US$0,4 milhão para os membros do Conselho Fiscal e os US$ 16,1 milhões para os diretores

executivos. Mais da metade da remuneração paga aos nossos diretores executivos em 2010 foi paga como

remuneração variável.

Além disso, em 2010, contribuímos com US$ 0,4 milhão para pagamento de benefícios de pensão a nossos

diretores executivos. Os membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal não recebem esses

benefícios. Os membros do Conselho de Admin istração e do Conselho Fiscal, e os administradores executivos não

receberam remuneração (inclusive benefícios em espécie) das nossas subsidiárias. Em 31 de dezembro de 2010,

nenhum dos membros do conselho, os membros do Conselho Fiscal ou diretores executivos possuíam interesses

financeiros ou outros em operações envolvendo a Embraer além daqueles usuais no decorrer normal dos nossos

negócios.

Nosso Conselho de Administração tinha feito uma proposta a ser votada na nossa reunião anual de

acionistas a ser realizada em 26 de abril de 2011 para um montante máximo de R $ 48 milhões a ser aprovado co mo

remuneração agregada dos nossos conselheiros e diretores executivos. Nosso Conselho de Admin istração propôs

para a nossa asssembleia anual de acionistas que a remuneração mensal dos membros do nosso Conselho Fiscal seja

de R $ 10.000,00 por conselheiro, salvo R$ 15.000,00 por mês a ser pago ao membro do Conselho Fiscal qualificado

como especialista financeiro em comissão de auditoria.

Além disso, em 31.03.11, nossos conselheiros e diretores executivos eram proprietários de um total de

1.786.246 ações ordinárias.

Plano de opções de ações

Na assembleia geral extraordinária de 17 de abril de 1998, os acionistas aprovaram um p lano de outorga de

opções de ações da Embraer destinado à administração e funcionários, inclusive de nossas subsidiárias, sujeito às

restrições baseadas na continuidade do emprego na empresa por, no mínimo, dois anos. O prazo de cinco anos para a

concessão de opções prevista no plano venceu em 31 de maio de 2003.

De acordo com o plano, foi autorizada a concessão de opções de 25 milhões de ações ordinárias durante o

prazo de cinco anos, a partir da data da primeira concessão. No final do período de cinco anos, havíamos out orgado

opções no total de 20.237.894 ações preferenciais, incluindo 662.894 concedidas como div idendos sobre o capital

em 2002, com média ponderada de preços do exercício de R$ 6,17 por ação. As opções de compra oferecidas a cada

funcionário podem ser exercidas da seguinte forma: 30% após três anos da data da concessou, 30% ad icionais após

quatro anos e os 40% remanescentes após cinco anos. Os funcionários poderão exercer suas opções durante até sete

anos após a data da sua concessão. Em 31 de dezembro de 2008, 17.892.239 do total de opções outorgadas foram

exercidas. Do número total de opções concedidas, opções de compra de um total de 7.799.470 ações ordinárias

foram concedidas aos nossos diretores executivos a um preço de exercício médio ponderado de R$ 4,57 por ação,

das quais 7.057.105 foram exercidas durante o período de 01 de junho de 2001 até 31 de dezembro de 2008.

Nenhuma opção nos termos deste plano foi exercida em 2010.

Na assembleia geral extraordinária de 19 de abril de 2010, os acionistas aprovaram um segundo plano de

outorga de opções de ações da Embraer destinado à administração e funcionários, inclusive de nossas subsidiárias,

sujeito às restrições baseadas na continuidade do emprego na empresa por, no mín imo, dois anos. Nosso Conselho

de Admin istração tem poderes para escolher os funcionários e membros da administração que serão elegíveis para

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receber as opções de ações, que devem ser outorgadas a título gratuito. Contudo, em circunstâncias extraordinárias,

nosso Conselho de Administração pode outorgar opções de ações aos nossos funcionários com menos de dois anos

conosco, com uma visão de contratação e manutenção do pessoal estratégico. Nosso Conselho de Administração

também tem poderes para determinar os termos dos contratos de opções de ações. Esse segundo plano de opções de

ações possui um período de duração indefinido e pode ser terminado a qualquer momento pelo Nosso Conselho de

Admin istração; após esse período, nenhuma nova opção poderá ser outorgada. Contudo, as opções outorgadas antes

do término do plano não serão afetadas e podem ser exercidas de acordo com os termos e as condições do plano e

respectivo contrato de opções de ações. Sob os termos desse segundo plano de opções de ações, estamos autorizados

a outorgar opções de compra até 1,5% de nossas ações ordinárias. A partir de 31 de dezembro de 2010, nossos

diretores executivos detinham opções de compra num total de 3.605.000 ações ordinárias ao preço de exercício

médio ponderado de R$ 10,19 por ação. Nenhuma dessas opções, detidas por nossos diretores, foi adquirida até 31

de dezembro de 2010, e são, portanto, exercíveis como segue: (1) 20% em 30 de abril de 2011, (2) 30% em 30 de

abril de 2012, e (3) 50% em 30 abril de 2013. A ú ltima data de exercício para todas as opções outorgadas no âmbito

deste segundo plano de ações é 30 de abril de 2015. Nossos conselheiros não são qualificados para este plano de

opção de ações.

Plano de participação nos lucros dos funcionários

Implementamos um plano de participação nos lucros pela primeira vez em 1998, vinculando a participação

nos lucros pelos funcionários aos pagamentos de dividendos. Em dezembro de 2008, o Conselho de Administração

aprovou mudanças na metodologia de cálculo da part icipação nos lucros pelos funcionários. Conforme aditamento

do Conselho de Administração em 2008, o novo programa agora está vinculado ao lucro líquido, calcu lado de

acordo com a IFRS e com objet ivos de desempenho individual e da unidade de negócios. Do montante total

reservado para o programa de participação nos lucros, 30% são distribuídos em partes iguais para todos os

funcionários e 70% são distribuídos proporcionalmente ao salário do funcionário.

No novo plano, poderemos pagar, em uma base discricionária, valores adicionais de até 2,5% de nosso

lucro líquido, ca lculado de acordo com a IFRS, a funcionários que apresentarem desempenho excepcional. Achamos

que esta política incentiva funcionários a atingirem nossas metas de produção.

A política determina que a distribuição adicional de até 2,5% para funcionários que apresentam

desempenho excepcional está sujeita e deve ser ajustada de acordo com determinados eventos de fluxo de caixa.

Essa distribuição, quando aplicável, é efetuada em espécie após a assembleia geral ordinária em que nossas

demonstrações financeiras anuais são aprovadas. Para alguns funcionários de nível mais alto, dois -terços da

distribuição são pagos em espécie na mes ma data e o terço restante é alocado como "ações ordinárias virtuais", cujos

pagamentos são efetuados ao longo de três anos, usando uma fórmula de média ponderada de preços. Dessa forma, o

valor dos pagamentos é vinculado ao desempenho do mercado futuro de nossas ações ordinárias.

Nos exercícios fiscais de 2010 e 2009, d istribuímos US$ 41,3 milhões e US$ 33,7, respectivamente, aos

funcionários em nosso plano de participação nos lucros.

Plano de Pensão de Contribuição Defin ida

Patrocinamos um p lano de pensão de contribuição defin ida para os funcionários, cuja participação é

opcional. O plano é admin istrado pela EMBRAER PREV - Sociedade de Prev idência Complementar. As

contribuições feitas por nós para este plano nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 foram US$

22,8 milhões e US$ 16,0 milhões, respectivamente. Para obter mais informações sobre os benefícios pós -

aposentadoria, consulte a Nota 27 de nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas.

6C. Práticas do Conselho

Nosso Conselho de Administração é nomeado para um mandato de dois anos. Consulte o ―Item 6A. -

Conselheiros e Diretoria — Conselho de Admin istração‖ do ano em que cada membro do Conselho de

Admin istração foi eleito pela primeira vez.

A diretoria será eleita pelo Conselho de Administração Os diretores executivos atuais foram eleitos em 29

de abril de 2009, com mandato até a assembleia do Conselho de Admin istração a ser realizada após a assembleia

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88

geral ordinária em 26 de abril de 2011, para aprovação de nossas demonstrações financeiras do exercício findo em

31 de dezembro de 2010.

Os membros do Conselho de Administração e os diretores executivos têm mandato uniforme de dois anos,

com d ireito à reeleição. São necessários os votos de pelo menos sete membros do Conselho de Administração para

destituição de um d iretor. Consulte o ―Item 6A. - Conselheiros e Diretoria — Diretores Executivos‖ do ano em que

cada diretor executivo fo i eleito pela primeira vez.

Os conselheiros não são parte de contratos de trabalho que preveem benefícios após a rescisão contratual.

Todos os diretores executivos são partes de um contrato de trabalho que estipula os direitos e obrigações dos

diretores executivos. Caso for rescindido um contrato de trabalho com nossos diretores , deveremos pagar a

indenização por rescisão ao diretor em questão, correspondente a 50% de sua remuneração anual, desde que seja

pago um mínimo de seis honorários mensais da remuneração anual. Maurício Botelho concordou com um contrato

de três anos com cláusula de não-concorrência, que entrou em v igor em 2007.

Conselho Fiscal

De acordo com a Lei brasileira das Sociedades Anônimas, o Conselho Fiscal é uma entidade independente

da administração e dos auditores externos da empresa. O Conselho Fiscal não é equivalente nem comparável ao

comitê de auditoria dos EUA. Sua principal responsabilidade é monitorar as atividades da administração, rev isar

demonstrações financeiras e re latar os resultados aos acionistas. Entretanto, conforme disposto em isenção nas

regras da SEC referente a comitês de auditoria de empresas abertas, um emissor estrangeiro privado não será

obrigado a manter um comitê de auditoria separado composto por diretores independentes, se possuir um conselho

de auditoria estabelecido e selecionado segundo as provisões legais ou de oferta do país sede que exijam

explicitamente ou permitam a existência de tal conselho e se esse conselho atender a determinadas exigência s. De

acordo com essa isenção, nosso Conselho Fiscal pode exercer as funções e responsabilidades exig idas de um comitê

de auditoria nos Estados Unidos, na extensão permitida pela Lei das Sociedades por Ações do Brasil. Para atender às

regras da SEC, o conselho de auditoria deve estar em conformidade com os seguintes padrões: deve estar separado

do conselho de administração, seus membros não podem ser eleitos pela administração, nenhum diretor executivo

pode ser membro e a lei brasileira deve defin ir padrões para a independência dos membros. Além d isso, para se

habilitar-se à isenção, o conselho de auditores deve, até onde permit ido pela lei brasileira:

ser responsável pela designação, retenção, remuneração e supervisão de auditores externos (incluindo

a resolução de discordâncias entre a admin istração e os auditores externos relat ivas a demonstrações

financeiras);

ser responsável pela implantação de procedimentos para o recebimento, retenção e tratamento de

reclamações relat ivas a contabilidade, controles internos de auditoria ou questões de auditoria, e

procedimentos para a transmissão confidencial e anônima de informações de funcionários sobre

questões relativas a práticas questionáveis de contabilidade ou auditoria;

ter autoridade para contratar advogados externos e outros consultores conforme determine necessário

para exercer suas funções, e

receber nossos recursos necessários para pagamento da remuneração de auditores externos, quaisquer

assessores e despesas administrativas normais.

Como emitente estrangeiro privado, decidimos alterar nosso Conselho Fiscal para atender às exigências de

isenção. Nosso Conselho de Admin istração delegou ao Conselho Fiscal algumas responsabilidades adicionais e o

Conselho Fiscal e o Conselho de Admin istração adotaram um estatu to adicional delegando ao Conselho Fiscal as

funções e responsabilidades de um comitê de auditoria dos Estados Unidos, na extensão permitida pela Lei brasileira

das Sociedades Anônimas. Como a Lei brasileira das Sociedades Anônimas não permite que o Conselho de

Admin istração delegue responsabilidade para a nomeação, retenção e remuneração de auditores externos e não

concede ao Conselho de Administração ou Conselho Fiscal autoridade para resolver d iscordâncias entre a

administração e os auditores externos relativas às demonstrações financeiras, o Conselho Fiscal não pode exercer

essas funções. Dessa forma, além das responsabilidades de supervisão, o Conselho Fiscal pode apenas apresentar

recomendações ao Conselho de Administração relativas à nomeação, retenção e remuneração de auditores externos.

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89

Quanto à resolução de discordâncias entre a administração e os auditores externos, o Conselho Fiscal pode apenas

apresentar recomendações aos diretores executivos e ao Conselho de Admin istração.

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações do Brasil, o Conselho Fiscal não pode incluir, no comitê

executivo, membros do Conselho de Admin istração ou do comitê executivo ou que sejam nossos funcionários,

funcionários de uma empresa controlada ou de uma empresa desse grupo, ou cônjuges ou parentes de qualquer

membro de nossa admin istração. Além d isso, a Lei brasileira das Sociedades Anônimas exige que os membros do

Conselho Fiscal recebam como remuneração pelo menos 10% do valor médio pago a cada diretor executivo. A Lei

das Sociedades Anônimas exige que um Conselho Fiscal seja composto de um mínimo de três e um máximo de

cinco membros e seus respectivos suplentes. Segundo as regras do Novo Mercado, os membros do nosso Conselho

Fiscal concordaram em cumprir as Regras do Novo Mercado e da Câmara de Arb itragem da BOVESPA antes de

assumirem o cargo e, para isso, assinaram um Termo de Anuência do Conselho Fiscal.

Nosso Conselho Fiscal é formado por três a cinco membros eleitos na assembleia geral ordinária, com

mandato até a próxima assembleia geral ord inária após sua eleição. De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas

do Brasil, caso uma empresa adquira o controle de outra companhia, os da Rio Han, os acionistas minoritários que,

no agregado, detenham pelo menos 10% das ações com direito a voto também têm o d ireito de eleger separadamente

um membro do Conselho Fiscal. Tal disposição não nos será aplicável enquanto estivermos sujeitos a controle

difundido. Abaixo, são relacionados nomes, idades e cargos dos membros do Conselho Fiscal e respectivos

suplentes, eleitos na assembleia geral ord inária realizada em 19.04.10.

Nome

Idad

e Cargo Ano da 1a eleição

Ivan Mendes do Carmo (1) 48 Membro efetivo 2008

Tarcísio Luiz Silva Fontenele 48 Suplente 2001

Alberto Carlos Monteiro dos Anjos (2) 48 Membro efetivo 2007

Carlos Alexandre Miyahira 35 Suplente 2010

Taiki Hirashima (3) 70 Membro efetivo 2004

Clemir Carlos Magro 63 Suplente 2010

Adolpho Gonçalves Nogueira 75 Membro efetivo 2010

Maria de Jesus Tapia Rodriguez Migliorin 53 Suplente 2008

Eduardo Coutinho Guerra 44 Membro efetivo 2007

Leandro Giacomazzo 51 Suplente 2007

(1) Presidente do Conselho Fiscal.

(2) Vice-presidente do Conselho Fiscal.

(3) Especialista do comitê financeiro

6D. Empregados

A tabela abaixo apresenta o número de funcionários por categoria nas datas indicadas, incluindo

funcionários das joint ventures e subsidiárias consolidadas OGMA e HEAI.

Em 31 de dezembro de

2010 2009

Processo de Produção.............................................................................................. 8.541 8.704

Pesquisa e Desenvolvimento.................................................................................. 3.373 2.401

Atendimento a clientes............................................................................................ 3.026 2.928

Admin istrativo – Suporte à Produção .................................................................. 2.453 2.088

Admin istrativo – Empresarial................................................................................ 1.491 2.507

Total........................................................................................................................... 18.884 18.628

Aproximadamente 85,43% desta mão-de-obra é empregada no Brasil. A maioria da equipe técnica é

formada principais escolas de engenharia do Brasil, inclusive o ITA, em São José dos Campos. Uma pequena

porcentagem de nossos funcionários pertence a um dos dois sindicatos: o Sindicato dos Metalúrgicos (Union of

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90

Metallurgical Workers) e o Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (Union of Engineers of the State of

São Paulo). No geral, a sindicalização, como uma porcentagem do total da mão-de-obra, d iminuiu

significativamente nos últimos anos. Em 31 de dezembro de 2000, aproximadamente 74,1% dos funcionários não

eram sindicalizados, em comparação com 95,5% em 31 de dezembro de 2010. Consideramos boas as relações com

nossos funcionários.

Apoiamos ativamente o treinamento e desenvolvimento profissional dos nossos empregados. Um programa

foi montado na unidade de São José dos Campos para oferecer a engenheiros recém-formados treinamento

especializado em engenharia aeroespacial.

Em fevereiro de 2009, foi necessário demit ir cerca de 20% dos funcionários, como parte do esforço de

adequar a posição da Embraer à atual crise econômica g lobal. O custo das demissões foi de US$ 61,3 milhões.

Em 31 de dezembro de 2010, a Embraer contava com 18.884 funcionários, incluindo os funcionários de

nossas joint-ventures e subsidiárias consolidadas OGMA e HEAI.

6E. Propriedade das Ações

Em 31 de dezembro de 2010, os membros do Conselho de Administração e os diretores executivos eram

proprietários de um total de 1.786.246 de nossas ações ordinárias. Nenhum dos diretores executivos ou conselheiros

possui, ind ividualmente, mais do que 1% das ações ordinárias em circu lação.

Em 31 de dezembro de 2010, nossos diretores executivos possuíam opções de compra de um total de

3.605.000 ações de nossas ações ordinárias a um preço médio ponderado de exercício de R$ 10,19 por ação.

Consulte o ―Item 6B. - Remuneração — Plano de Opções para Aquisição de Ações‖, para obter uma

descrição do plano de opções para aquisição de nossas ações destinado à administração e funcionários, inclusive

funcionários de subsidiárias.

ITEM 7. OPERAÇÕES COM OS PRINCIPAIS ACIONIS TAS E PARTES RELACIONADAS

7A. Principais Acionistas

Acionistas

Nosso capital total autorizado é de 1 b ilhão de ações, sendo um total agregado 740.465.044 ações

ordinárias, inclusive a ―golden share‖ especial, de propriedade do governo brasileiro, emit ida e em circu lação em

15.03.11. A ―golden share‖ assegura ao governo brasileiro d ireito a veto em certas circunstâncias específicas. Além

disso, acionistas não brasileiros podem ter direito a voto limitado em certas circunstâncias específicas. Consulte o

―Item 10B. Informações Adicionais — Ato Constitutivo e Contrato Social — Direitos a Voto das Ações".

A tabela a seguir apresenta informações sobre a propriedade de ações de cada acionista que possui ações da

nossa empresa e define as participações agregadas na Bolsa de Valores de São Paulo e na Bolsa de Valores de Nova

York, em 31 de março de 2011.

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Ações ordinárias

Ações (% )

PREVI(1).................................................................................................................................... 88,771,001 11,99

Oppenheimer Funds(2) ............................................................................................................ 66.627.036 9,00

Thornburg Investment Management (3) ............................................................................... 46.829.768 6,32

Grupo Bozano (4) ..................................................................................................................... 43.771.787 5,91

BNDESPAR (5) ........................................................................................................................ 39.762.489 5,37

União Federal/Governo Brasileiro (6)................................................................................... 1 —

Ações na tesouraria da empresa ............................................................................................. 16.800.000 2,27

Diretores e conselheiros como um grupo ............................................................................. 1.786.246 0,24

Outros (Bolsa de Valores de São Pau lo)............................................................................... 172.668.040 23,32

Outros (NYSE) .......................................................................................................................... 263.448.676 35,58

Total............................................................................................................................................ 740.465.044 100,00

(1) A Previdência Privada dos Funcionários do Banco do Brasil, também conhecida como PREVI, foi fundada em

1904 como um fundo de pensão para os funcionários do Banco do Brasil S.A., uma estatal do governo

brasileiro.

(2) A Oppenheimer Funds, Inc. é uma das maiores empresas de administração de ativos dos Estados Unidos e sua

filiadas controladas oferecem ampla variedade de produtos e serviços a pessoas físicas, empresas e instituições,

incluindo fundos mútuos, contas admin istradas separadamente, administração de investimentos para

instituições, produtos de fundos de hedge, planos qualificados de previdência e serviços de administração de

investimentos com consultoria complementar.

(3) A Thornburg Investment Management é uma empresa de investimentos de propriedade dos respectivos

funcionários, sediada em Santa Fé, no Novo México, com admin istração de ativos superiores a US$ 52 bilhões

(em 31 de dezembro de 2010). A empresa administra seis fundos de ações, nove fundos de renda fixa e carteiras

separadas para instituições e pessoas físicas selecionadas.

(4) As ações pertencentes ao grupo Bozano pertencem à Cia. Bozano e Bozano Hold ings Ltd., de propriedade e sob

o controle de Julio Bozano. 18.786.088 das ações da Cia. Bozano foram empenhadas em favor do Banco

Santander Central Hispano, S.A., em conexão com a aquisição pela Cia. Bozano de todo o capital social do

Banco Merid ional S.A.

(5) A BNDESPAR é uma subsidiária integral do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -

BNDES, o banco estatal de desenvolvimento nacional do Brasil..

(6) O governo brasileiro possui a nossa ação especial ―golden share‖.

Exceto conforme discutido no ―Item 4. Informações sobre a Empresa — Histórico e Desenvolvimento da

Empresa‖, não houve mudança significat iva na porcentagem de propriedade de qualquer dos principais acionistas

nos últimos três anos.

Em 31 de março de 2011, t ínhamos 27.616 titulares de ações ordinárias, incluindo ações ordinárias sob a

forma de ADSs. Em 31 de março de 2011, havia um total de 376.905.480 ações ordinárias, incluindo ações

ordinárias sob a forma de ADSs, pertencentes a 154 detentores de registro, inclusive DTC, nos Estados Unidos.

7B. Operações com Partes Relacionadas

Governo Brasileiro

O governo brasileiro, por meio de part icipações diretas e indiretas e da propriedade de nossa "golden

share", é um de nossos principais acionistas. Em 31 de março de 2011, o governo brasileiro era proprietário de nossa

golden share e detinha participação indireta de 5,37% e m nossa empresa, por meio da BNDESPAR, uma subsidiária

integral do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (o banco de desenvolvimento do Brasil) que,

por sua vez, é controlada pelo governo brasileiro. Portanto, as transações entre a Embraer e o governo brasileiro ou

suas agências correspondem à defin ição de operações com partes relacionadas.

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92

O governo brasileiro desempenha uma função importante em nossas atividades de negócios, inclusive

como:

cliente importante de nossos produtos de defesa (por meio da Força Aérea Brasileira);

fonte de financiamento para pesquisa, por meio de instituições de desenvolvimento tecnológico,

como FINEP e BNDES;

agência de crédito para exportação (por meio do BNDES); e

fonte de financiamentos de curto e longo prazo e fornecedor de serviços de administração de capital e

de banco comercial (por meio do Banco do Brasil).

Consulte o ―Item 5B. Revisão Operacional e Financeira e Perspectivas — Liquidez e Recursos de Capital

— Linhas de Crédito‖, ―Item 4B. Informações sobre a Empresa — Visão Geral do Negócio — Acordos de

Financiamento de Aeronaves", "Item 3D. Principais Informações — Fatores de Risco — Riscos Relacionados à

Embraer — Qualquer diminuição no financiamento de cliente patrocinado pelo governo brasileiro ou aumento no

financiamento patrocinado pelo governo que beneficie a concorrência, pode reduzir a competit ividade de custos de

nossa aeronave", e "Item 3D. Principais Informações — Fatores de Risco — Riscos Relacionados à Embraer —

Restrições orçamentárias do governo brasileiro poderiam reduzir os valores disponíveis aos nossos clientes em

programas de financiamento patrocinados pelo governo." Para obter mais informações sobre nossas operações com

partes relacionadas, consulte a Nota 15 de nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas.

Um Cliente Importante- (Força Aérea Brasileira)

O governo brasileiro, principalmente por meio da Força Aérea Brasileira, tem sido um cliente importante

desde o início das operações da Embraer. No exercício findo em 31 de dezembro de 2010, o governo brasileiro foi

responsável por 4,2%, ou US$ 223,6 milhões, de nossa receita total. Além disso, em 31 de dezembro de 2010, a

Força Aérea Brasileira tinha um débito de R$ 64,0 milhões em nossas contas a receber e um créd ito de R$ 170,8

milhões em ad iantamentos de clientes. Esperamos continuar a ser a fonte principal de novas aeronaves e peças

sobressalentes e serviços para o Governo Brasileiro. Para obter uma descrição das operações com o governo

brasileiro, consulte o ―Item 4B. Informações sobre a Empresa — Visão Geral do Negócio — Segmento de Defesa de

Segurança".

Uma Fonte Significat iva de Financiamento

BNDES

Utilizamos várias linhas de crédito do BNDES, que é proprietário exclusivo da BNDESPAR, um de nossos

importantes acionistas diretos e filiada do governo brasileiro. Em 31 de dezembro de 2010, mantínhamos um saldo

devedor total em empréstimos obtidos do BNDES no montante agregado de US$ 347,0 milhões. Em 2010, pagamos

ao BNDES US$ 22,6 milhões de despesas de juros. Para obter mais informações sobre montantes, datas de

vencimentos e taxas de ju ros dos principais empréstimos obtidos do BNDES, consulte o "Item 5B. Revisão

Operacional e Financeira e Perspectivas — Liquidez e Recursos de Capital — Linhas de Crédito".

FINEP

Mantemos linhas de crédito com a FINEP, nas quais tínhamos um saldo devedor total de US$ 55,4 milhões,

em 31 de dezembro de 2010. Esses empréstimos nos foram concedidos principalmente para o financiamento das

despesas de pesquisa e desenvolvimento das aeronaves Phenom 100 e Phenom 300. Para obter mais informações

sobre montantes, datas de vencimentos e taxas de juros dos principais empréstimos obtidos da FINEP, consulte o

"Item 5B. Revisão Operacional e Financeira e Perspectivas — Liquidez e Recursos de Capital — Linhas de

Créd ito".

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93

Banco do Brasil

O Banco do Brasil é um banco estatal de capital aberto, controlado pelo governo brasileiro. Em 31 de

dezembro de 2010, mant ínhamos saldo devedor em linhas de crédito de curto e longo prazo do Banco do Brasil e

suas filiadas no total de US$ 1,7 milhão. A lém d isso, em 31 de dezembro de 2010, mantínhamos débitos com e sem

garantias solidárias com o Banco do Brasil no total de US$ 198,9 milhões, registrados como passivo não circulante

em nosso balanço. Para obter mais informações sobre montantes, datas de vencimentos e taxas de juros dos

principais empréstimos obtidos do Banco do Brasil, consulte o "Item 5B. Revisão Operacional e Financeira e

Perspectivas — Liquidez e Recursos de Capital — Linhas de Créd ito. "

Financiamento de Clientes pelo BNDES

O governo brasileiro tem sido uma fonte importante de financiamento da exportação para nossos clientes

com o programa BNDES-exim, admin istrado pelo BNDES. Desde o segundo semestre de 2007, o BNDES começou

a fornecer financiamento aos nossos clientes sobre termos e condições financeiras conforme a interpretação do setor

de aeronaves da OCDE. O Brasil tem sido acompanhado por Canadá, Estados Unidos e da União Europeia, entre

outros, no âmbito da OCDE, como um part icipante no "Setor de Entend imento sobre Créditos à Exportação para

Aeronaves Civis", que visa garantir a "igualdade de condições" dentro do setor de aeronáutica, encorajando os

fabricantes e as companhias aéreas a concentrar-se em preço e qualidade e não em pacotes financeiros obtidos

mediante apoio do governo (Consulte o ―Item 4B. Informações sobre a empresa — Visão Geral do Negócio —

Contratos de Financiamento de Aeronaves").

Um Prestador de Serviços- (Banco do Brasil)

Em 31 de dezembro de 2010, mantínhamos caixa e equivalentes de caixa de US$ 360,0 com o Banco do

Brasil e várias de suas afiliadas. Naquela data, também havíamos depositado no Banco do Brasil o montante de US$

198,9 milhões em caixa e equivalentes de caixa, que serviam como garantia para um empréstimo concedido pelo

Banco do Brasil a uma de nossas subsidiárias. Há muitas décadas o Banco do Brasil tem sido um fornecedor de

serviços regulares de banco comercial e admin istração de ativos para nossa empresa. Esses serviços incluem a

manutenção de nossa conta corrente e a administração de fundos exclusivos de investimentos em que somos o único

investidor.

7C. Participação de Es pecialistas e Consultores

Não se aplica.

ITEM 8. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS

8A. Demonstrações Consolidadas e Outras Informações Financeiras

Consulte o ―Item 3A. Principais Informações — Dados Financeiros Selecionados‖.

Processos Jurídicos

Somos réus em reclamações trabalhistas individuais e aguardamos sua decisão pela justiça trabalhista do

Brasil. Não acred itamos que as obrigações relativas a essas reclamações individuais terão efeito prejudicial relevante

em nossa condição financeira ou nos resultados operacionais.

Temos questionado a constitucionalidade de alguns impostos e encargos sociais brasileiros e obtivemos

mandados de segurança ou interditos para evitar pagamentos ou recuperar pagamentos anteriores.

Os juros sobre o valor total dos encargos sociais e tributos não pagos acumulam mensalmente, com base na

taxa Selic, a taxa básica de juros do Banco Central, e provisionamos uma parte do item de receitas (despesas),

líquidas, em nossas demonstrações de resultados. Porém, em 31 de dezembro de 2010, reg istramos uma provisão de

US$ 433,0 milhões como passivo (impostos e encargos sociais) em nosso balanço, relativa a contingências de

lit ígios que consideramos perdas prováveis. Incluem-se nesta disposição um processo tributário em que nós estamos

questionando a constitucionalidade da aplicação da contribuição social sobre a receita de vendas de exportação. A

ação mais importante deste litígio está em exame pelo Supremo Tribunal Federal, e agora estamos aguardando o

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94

trânsito em julgado de uma decisão desse Tribunal. O valor do imposto relacionado vencido mas não pago em

relação a este processo particular em 31 de dezembro de 2010 era igual a US$ 300, 2 milhões. Consulte o "Item 3D.

Principais Informações — Fatores de Risco — Riscos Relacionados à Embraer — Talvez seja necessário fazer

pagamentos significativos em decorrência dos resultados desfavoráveis de contestações pendentes a vários tributos e

encargos sociais‖, e consulte a Nota 24 das nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas, para obter

mais detalhes dessas contestações.

Além disso, estamos envolvidos em outros processos juríd icos, inclusive disputas fiscais, todas elas no

curso normal dos negócios.

Nossa administração não acredita que qualquer de nossos processos, se determinado desfavorável, possa

afetar negativa ou substancialmente nosso negócio, condição financeira ou resultados de operações. Consulte a s

Notas 24 e 26 de nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas, para obter mais informações sobre

nossos processos jurídicos.

Div idendos e Política de Div idendos

Valores Disponíveis para Distribuição

Em cada assembleia geral o rdinária, o Conselho de Admin istração é obrigado a recomendar como os lucros

líquidos do exercício fiscal anterior serão alocados. Para fins da Lei de Sociedades por Ações do Brasil, os lucros

líquidos são definidos como a receita líquida após o imposto de renda e os encargos de contribuições sociais daquele

ano fiscal, sem as perdas acumuladas de anos fiscais anteriores nem montantes alocados para participação de lucros

destinada a funcionários e à admin istração, conforme determinado pelos GAAP do Brasil. De acordo com a Lei

brasileira das Sociedades Anônimas e nosso estatuto social, os valores disponíveis para distribuição de dividendos

são, conforme determinado pelos GAAP do Brasil em nas demonstrações financeiras da nossa controladora. Esses

montantes para distribuição são iguais ao lucro líquido após os impostos menos os valores alocados desse lucro

líquido após impostos para:

a reserva legal;

reserva de contingência para perdas antecipadas; e

reserva de receitas não realizadas.

Para maiores informações sobre montantes disponíveis para distribuição, consulte a Nota 28 das nossas

demonstrações financeiras auditadas.

Somos obrigados a manter uma reserva legal, em que devemos alocar 5% dos lucros líquidos para cada ano

fiscal até o montante dessa reserva ser igual a 20% do capital integralizado. Entretanto, não é obrigatório fazer

qualquer alocação para a reserva legal relativa a qualquer exercício fiscal em que ela, quando adicionada às outras

reservas de capital estabelecidas, exceder 30% do nosso capital. As perdas líquidas, se houver, podem ser cobradas

da reserva legal. O saldo de nossa reserva legal era de US$ 127,4 milhões, um montante igual a 8,9% do nosso

capital integralizado em 31 de dezembro de 2010.

A Lei das Sociedades por Ações também estabelece duas alocações adicionais, discricionárias, do lucro

líquido que estão sujeitas à aprovação pelos acionistas na Assembléia Geral Ord inária. Primeiro, uma porcentagem

do lucro líquido pode ser alocada para uma reserva de contingência para perdas antecipadas que sejam consideradas

prováveis em anos futuros. Todo valor assim a locado em um ano anterior deve ser revertido no exercício fiscal em

que a perda era antecipada, se esta perda não vier a ocorrer de fato, ou receber baixa contábil no caso de ocorrer a

perda antecipada. Segundo, se o valor da receita não realizada exceder a soma de:

a reserva legal;

a reserva de capital de giro e investimento;

lucros acumulados; e

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95

a reserva de contingência para perdas antecipadas,

Esse montante em excesso pode ser alocado para uma reserva de receita não realizada. De acordo com a

Lei das Sociedades por Ações, as receitas não realizadas são definidas como a soma de:

atualização do nível de preço das contas do balanço patrimonial;

a participação na renda patrimonial de empresas coligadas; e

lucros de vendas a prestação a serem recebidas após o final do exercício seguinte.

De acordo com nossos estatutos sociais e sujeito à aprovação dos acionistas, o Conselho de Admin istração

poderá alocar para investimento e reserva de capital de giro até 75% da renda líquida da nossa controladora após

impostos nos termos dos GAAP do Brasil ajustada. Esta reserva não poderá ser superior a 80% do nosso capital

social. A finalidade da reserva de capital de giro e investimento é fazer investimentos em ativos fixos ou aumentar o

capital de giro. Esta reserva também poderá ser utilizada para amortizar nossas dívidas. Também poderemos

conceder uma participação na renda líquida a nossos funcionários e administração. Entretanto, a alocação na reserva

de capital de giro e investimento ou na participação da administração e funcionários não poderá reduzir o valor a

distribuir obrigatório (abordado abaixo). De outra forma, o valo r em excesso do capital deverá ser usado para

aumentar o capital da empresa ou para ser distribuído como um div idendo à vista. O saldo da reserva de capital de

giro e investimento pode ser usado:

no abatimento das perdas acumuladas, sempre que necessário;

na distribuição de dividendos, a qualquer momento;

no resgate, retirada, aquisição ou reaquisição no mercado aberto de ações, conforme autorizado por

lei; e

para aumentar o capital, inclusive com uma emissão de novas ações.

Os valores disponíveis para distribuição podem ainda ser aumentados por reversão da reserva de

contingência para perdas antecipadas estabelecida em anos anteriores, mas não realizada, ou ainda mais aumentados

ou reduzidos como resultado das alocações de receitas para ou da reserva de receitas não realizadas. Os valores

disponíveis para distribuição são determinados com base em demonstrações financeiras preparadas seguindo o

método definido pela Lei das Sociedades por Ações. Não temos reserva para tais contingências.

Em 31 de dezembro de 2010, os lucros acumulados de R$ 2.046,0 milhões (equivalente a US$ 1,579.1

milhões) foram registrados em nosso livros oficiais da nossa controladora nos termos dos GAAP do Brasil. Em 31

de dezembro de 2010, estes valores acham-se líquidos dos dividendos mínimos e juros sobre capital próprio [pagos

ou a pagar] conforme determinado pela Lei das Sociedades Brasileira, Para mais informações, consulte as No tas 28

das nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas.

Distribuição Obrigatória

A Lei das Sociedades por Ações do Brasil exige, de forma geral, que os estatutos de todas as Sociedades

por Ações brasileiras especifiquem um percentual mínimo das quantias disponíveis, a cada exercício, para

distribuição por tal Sociedade por Ações, a serem distribuídas aos acionistas na forma de dividendos, também

conhecidas como quantias de distribuição obrigatória. De acordo com nossos estatutos sociais, a dist ribuição

obrigatória baseia-se em um percentual do lucro líquido ajustado, não inferior a 25%, em vez de uma quantia em

dinheiro fixa por ação. A Lei das Sociedades por Ações do Brasil, entretanto, permite que empresas de capital

aberto, como a Embraer, suspendam a distribuição obrigatória de div idendos, se o Conselho de Admin istração e o

relatório do Conselho Fiscal informarem à assembleia geral que a distribuição seria desaconselhável, considerando -

se a condição financeira da Embraer. Essa suspensão fica sujeita à aprovação dos portadores de ações ordinárias.

Nesse caso, o Conselho de Administração deverá apresentar uma justificativa para esta suspensão junto à CVM. Os

lucros não distribuídos em virtude da suspensão mencionada acima deverão ser atribuídos a uma reserva especial e,

Page 100: 20F Portugues

96

se não forem absorvidos por perdas subseqüentes, deverão ser pagos à guisa de dividendos tão logo a situação

financeira da empresa o permita.

Pagamento de Dividendos

Somos obrigados pela Lei das Sociedades por Ações do Brasil e pelo nosso estatuto social a realizar uma

assembleia geral ordinária até o final do quarto mês após o final de cada exercício, na qual, entre outras coisas, os

acionistas devem decidir sobre o pagamento de dividendos anuais. O pagamento dos dividendos anuais baseia-se nas

demonstrações financeiras da nossa controladora preparadas para o exercício em questão. Empresas brasileiras,

como a nossa, estão autorizadas a fazer distribuições especiais aos acionistas descritas como juros sobre capital

próprio, que podem ser distribu ídos no lugar de dividendos, como parte do valor de d istribuição obrigatória. Tais

pagamentos de juros sobre o capital próprio são tratados como uma despesa dedutível para fins de renda e

contribuição social. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações do Brasil, exige-se que os dividendos sejam pagos,

em princípio, dentro de 60 d ias após a data da declaração dos dividendos, a não ser que uma resolução dos acionistas

determine outra data de pagamento, o qual, em qualquer caso, deverá ocorrer an tes do final do exercício no qual se

declararam os dividendos. Cada acionista tem um prazo de três anos a partir da data de pagamento dos dividendos

para reclamar d ividendos (ou pagamento de juros) relativos às suas ações e, após o encerramento de tal p razo, os

montantes de dividendos não reclamados reverterão em favor da empresa.

A Lei das Sociedades por Ações do Brasil permite que uma empresa pague dividendos intermediários de

lucros acumulados no exercício ou semestre fiscal precedente, de acordo com os GAAP do Brasil, com base nas

demonstrações financeiras aprovadas pelos acionistas. De acordo com os nossos estatutos, os acionistas podem

declarar, a qualquer tempo, div idendos intermediários com base nos lucros pré-existentes e acumulados, desde que o

dividendo obrigatório já tenha sido distribuído aos acionistas. Nossos estatutos sociais também nos permitem

elaborar demonstrações financeiras semestrais e de períodos menores. Nosso Conselho de Admin istração poderá

aprovar a distribuição de dividendos calculada com base nestas demonstrações financeiras, mesmo antes de sua

aprovação pelos acionistas. Tais dividendos, entretanto, não poderão exceder à reserva de capital.

De modo geral, os acionistas não residentes no Brasil deverão se registrar junto ao Banco Central para

receber dividendos, resultados de vendas ou outra quantias relativas às suas ações e que possam ser remetidos para

fora do Brasil. As ações ordinárias correspondentes às nossas ADSs serão custodiadas no Brasil pelo Banco Itaú

S.A., também conhecido como custodiante, como agente do depositário, que será o proprietário registrado nos

registros do agente de registro das nossas ações. Nosso oficial de registro atual é o Banco Itaú S.A. O depositário

registra eletronicamente as ações ordinárias correspondentes às nossas ADSs no Banco Central e , portanto, pode

receber dividendos, resultados de vendas ou outras quantias relativas a essas ações, que possam ser remet idas para

fora do Brasil.

Os pagamentos de dividendos e distribuições, se houver, se farão em moeda brasileira ao custodiante, em

nome do depositário, que então converterá tais receitas em dólares norte-americanos a serem entregues ao

depositário para distribuição aos portadores de ADSs. Nos termos da lei brasileira em vigor, os dividendos pag os a

acionistas não residentes no Brasil, inclusive portadores de ADSs, não estão sujeitos a imposto de renda na fonte no

Brasil, a não ser em relação aos dividendos declarados com base nos lucros gerados antes de 31 de dezembro de

1995. Consulte o ―Item 10E. In formações Adicionais — Tributação — Repercussões Fiscais Brasileiras

Relevantes".

Histórico do Pagamento de Juros sobre o Capital Social e Política de Dividendos

Não pagamos dividendos de 1988 a 1997 porque não tivemos lucro líquido em nenhum dos anos do

período. Em 16 de janeiro de 1998, reduzimos o nosso capital para compensar o nosso déficit acumulado. Em

decorrência, distribuímos os lucros obtidos em 1998.

A Lei No 9.249, datada de 26 de dezembro de 1995, conforme ad itada, prevê a distribuição de juros sobre o

capital social como uma forma alternativa de pagamento aos acionistas e trata esses pagamentos como despesas

dedutíveis para fins de cálculo de imposto de renda no Brasil e contribuição social sobre os lucros. Essas

distribuições podem ser pagas em d inheiro. Tal participação é limitada à variação d iária pro rata da TJLP e não

poderá exceder o que fo i maior entre:

Page 101: 20F Portugues

97

50% da receita líquida (após a dedução da contribuição social sobre lucros líquidos, antes de levar

em conta a provisão para imposto de renda corporativo e os valores atribuíveis aos acionistas como

juros líquidos sobre o capital social) para o período em relação ao qual o pagamento foi efetuado; ou

50% da soma dos lucros retidos e das reservas de lucro no início do ano em relação ao qual se efetua

o pagamento.

Qualquer pagamento de juros sobre o capital social a titulares de ADSs ou ações ordinárias, caso sejam

residentes no Brasil ou não, está sujeito a imposto de renda retido à taxa de 15% ou 25% se o beneficiário reside em

jurisdição de paraíso fiscal, ou seja, um país ou local onde não se impõe imposto de renda ou que impõe tal imposto

a uma taxa máxima inferior a 20%, ou em que a legislação doméstica impõe restrições quanto à divulgação da

composição acionária ou à propriedade do investimento (―Detentor de Paraíso Fiscal‖). Consulte o "Item 10E.

Informações Adicionais — Tributação — Repercussões Fiscais Brasileiras Relevantes". A quantia paga aos

acionistas como juros sobre o capital social, isenta de imposto na fonte, pode ser incluída como parte de qualquer

montante de distribuição obrigatória.

Nos termos da lei brasileira, somos obrigados a distribuir aos acionistas uma quantia suficiente para

assegurar que a importância líquida receb ida por eles, após termos pago os impostos na fonte aplicáveis no Brasil

relativos à distribuição de ju ros sobre o capital social, mais o valor dos dividendos declarados, seja igual ou maior

do que a quantia de distribuição obrigatória. Quando distribuirmos juros sobre capital próprio, e essa distribu ição

não for contabilizada como parte da Distribuição Obrigatória, será aplicado o imposto de retenção na fonte. Todos

os pagamentos feitos até hoje foram contabilizados como parte da Distribuição Obrigatória.

A tabela a seguir apresenta um histórico do pagamento de dividendos e dos pagamentos de juros sobre

capital social efetuados aos nossos acionistas.

Data de aprovação Período no qual se geraram os lucros Montante Total de Distribuição

(em milhões de

R$)

(em milhões de

US$) (3)

18 de setembro de 1998 (1) Primeiros dois trimestres de 1998 21,3 17,9

30 de março do 1999 (1) Dois trimestres restantes de 1998 33,9 19,7

28 de setembro de 1999 (1) Primeiros dois trimestres de 1999 36,8 19,1

31 de janeiro de 2000 (1) Dois trimestres restantes de 1999 86,7 48,1

24 de março de 2000(2) Primeiro trimestre de 2000 19,6 11,2

16 de junho de 2000 (2) Segundo trimestre de 2000 19,9 11,0

6 de julho de 2000 (1) Primeiros dois trimestres de 2000 79,6 44,8

22 de setembro de 2000 (2) Terceiro trimestre de 2000 27,7 15,0

15 de dezembro de 2000(2) Quarto trimestre de 2000 33,5 17,1

16 de março de 2001(1) Dois trimestres restantes de 2000 107,5 49,7

16 de março de 2001 (2) Primeiro trimestre de 2001 33,8 15,7

13.06.01 (2) Segundo trimestre de 2001 41,4 18,0

14.09.01 (1) Primeiros dois trimestres de 2001 123,1 46,1

14.09.01 (2) Terceiro trimestre de 2001 48,4 18,1

15.12.01 (2) Quarto trimestre de 2001 57,1 24,6

19.03.02 (1) Dois trimestres restantes de 2001 100,0 43,0

19.03.02 (2) Primeiro trimestre de 2002 58,9 25,4

14.06.02 (2) Segundo trimestre de 2002 59,5 20,9

13.09.02 (2) Terceiro trimestre de 2002 66,3 17,0

13.12.02 (2) Quarto trimestre de 2002 70,0 19,8

13.12.02 (2) 1998 e 1999 72,5 20,5

16.06.03 (2) Primeiros dois trimestres de 2003 76,7 26,7

12.12.03 (2) Dois trimestres restantes de 2003 118,5 41,0

12.03.04 (2) Primeiro trimestre de 2004 101,0 34,7

25.06.04 (2) Segundo trimestre de 2004 160,0 51,5

20.09.04 (2) Terceiro trimestre de 2004 160,0 55,9

17.12.04 (2) Quarto trimestre de 2004 164,1 61,8

Page 102: 20F Portugues

98

Data de aprovação Período no qual se geraram os lucros Montante Total de Distribuição

(em milhões de

R$)

(em milhões de

US$) (3)

11.03.05 (2) Primeiro trimestre de 2005 106,5 39,9

03.06.05 (2) Segundo trimestre de 2005 110,8 47,1

16.09.05 (2) Terceiro trimestre de 2005 113,5 51,0

19.12.05 (2) Quarto trimestre de 2005 112,9 48,2

12.06.06 (2) Primeiros dois trimestres de 2006 114,4 52,9

12.06.06 (1) Primeiros dois trimestres de 2006 35,6 16,4

15.09.06 (2) Terceiro trimestre de 2006 92,3 42,5

08.12.06 (2) Quarto trimestre de 2006 85,0 39,8

09.03.07 (2) Primeiro trimestre de 2007 43,4 21,2

11.06.07 (2) Segundo trimestre de 2007 50,0 26,0

14.09.07 (2) Terceiro trimestre de 2007 149,6 81,4

07.12.07 (2) Quarto trimestre de 2007 82,8 46,7

07.03.08 (1) Ano integral de 2007 123,0 69,4

07.03.08 (2) Primeiro trimestre de 2008 65,9 37,7

13.06.08 (2) Segundo trimestre de 2008 65,4 40,7

12.09.08 (2) Terceiro trimestre de 2008 92,9 48,5

11.12.09 (2) Quarto trimestre de 2009 173,7 99,8

19.04.10 (1) Ano integral de 2009 55,2 31,7

10.06.10 (2) Primeiro trimestre de 2010 34,5 19,2

16.09.10 (2) Terceiro trimestre de 2010 21,7 12,8

09.12.10 (2)(4) Quarto trimestre de 2010 144,7 86,9

(1) Representa pagamentos de dividendos.

(2) Representa juros sobre o capital social.

(3) Convertidos de reais nominais para dólares norte-americanos às taxas comerciais de venda em vigor na ú ltima

data do mês em que foram aprovados os dividendos.

(4) Valor declarado em 2010 mas não pago em 2011.

Em 2010, d istribuímos US$ 150.6 milhões em juros sobre capital próprio em relação com os lucros gerados

no exercício findo em 31 de dezembro de 2010, dos quais US$ 86,9 milhões foram pagos em 2011. Nosso Conselho

de Admin istração declarou juros sobre capital próprio com relação aos lucros gerados em junho, setembro e

dezembro de 2010 (veja "Item 8A. - Distribuição Obrigatória‖)

Pretendemos declarar e pagar dividendos e/ou juros sobre o capital social, conforme exig ido pela Lei das

Sociedades por Ações e pelo nosso estatuto social. O nosso Conselho de Administração pode aprovar a distribuição

de dividendos e/ou juros sobre o capital social, calculado com base em nossas demonstrações financeiras semestrais

ou trimestrais. A declaração de div idendos anuais, inclusive dividendos que excederem a distribuição obrigatória,

exig irá a aprovação pelo voto da maioria dos portadores de ações ordinárias. A importância de qualqu er distribuição

dependerá de muitos fatores, tais como os nossos resultados de operações, condição financeira, exigências de caixa,

perspectivas e outros fatores considerados relevantes pelo Conselho de Administração e pelos acionistas. No

contexto do nosso planejamento fiscal, poderemos continuar, no futuro, a determinar como favorável à empresa a

distribuição de participação no capital social.

8B. Mudanças Significativas

Não houve mudanças ou eventos significativos após o fechamento de balanço com data de 31 de dezembro

de 2010, além dos eventos já descritos neste relatório anual.

Page 103: 20F Portugues

99

ITEM 9. A OFERTA E REGIS TRO

9A. Detalhes da Oferta e Registro

Nossas ADSs estão listadas na Bolsa de Valores de Nova York, ou NYSE, com o símbolo ―ERJ‖. Além

disso, nossas ações ordinárias são negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo com o símbolo ―EMBR4‖. Cada

ADS representa quatro ações preferenciais.

O quadro a seguir dá as cotações máximas e mínimas de fechamento, em dólares norte-americanos, das

ADSs na Bolsa de Nova York nos períodos indicados: Os valores de negociação das ADSs até 2 de junho de 2006

referem-se à antiga Embraer, cada uma representando quatro ações preferenciais da antiga Embraer. As ADSs

começaram a serem negociadas na NYSE em 5 de junho de 2006, sendo que cada ADS representa quatro ações

ordinárias de nossa emissão.

Preço em dólares norte-

americanospor ADS

Alto Baixo

2006:

Encerramento do ano ................................................................................................. 43,50 31,99

2007

Encerramento do ano ................................................................................................. 51,43 39,01

2008

Encerramento do ano ................................................................................................. 48,01 12,30

2009

Primeiro trimestre....................................................................................................... 19,09 9,75

Segundo trimestre....................................................................................................... 20,31 14,32

Terceiro trimestre ....................................................................................................... 24,65 15,16

Fourth quarter ............................................................................................................. 24,13 20,11

Year-end ...................................................................................................................... 24,65 9,75

2010

Primeiro trimestre....................................................................................................... 24,66 20,78

Segundo trimestre....................................................................................................... 24,71 20,01

Terceiro trimestre ....................................................................................................... 28,75 20,85

Quarto trimestre.......................................................................................................... 31,25 27,27

Encerramento do ano ................................................................................................. 31,25 20,01

2010

Mês findo em:

31.10.10 ....................................................................................................................... 29,46 27,27

30.11.10 ....................................................................................................................... 31,25 28,50

31 de dezembro de 2010 ........................................................................................... 29,90 28,69

31.01.11 ....................................................................................................................... 33,25 29,14

28.02.11 ....................................................................................................................... 35,27 32,76

Março de 2011 (até 31 de março)............................................................................ 35,06 32,48

A tabela abaixo mostra, para os períodos indicados, os preços de fechamento nominais máximo e mínimo

em reais para as ações preferenciais da antiga Embraer na Bolsa de São Paulo. As ações preferenciais da antiga

Embraer foram canceladas em 5 de junho de 2006, data que marca o início da negociação das ações ordinárias da

Embraer na Bolsa de Valores de São Pau lo.

Page 104: 20F Portugues

100

reais nominais por ação

preferencial

Alto Baixo

2002:

Encerramento do ano ................................................................................................. 15,30 11,20

2003:

Encerramento do ano ................................................................................................. 25,70 8,10

2004:

Primeiro trimestre....................................................................................................... 26,43 20,30

Segundo trimestre....................................................................................................... 23,50 18,30

Terceiro trimestre ....................................................................................................... 22,20 18,20

Quarto trimestre.......................................................................................................... 22,50 17,10

Encerramento do ano ................................................................................................. 26,43 17,10

2005:

Primeiro trimestre....................................................................................................... 23,30 19,80

Segundo trimestre....................................................................................................... 20,75 17,90

Terceiro trimestre ....................................................................................................... 22,19 18,50

Quarto trimestre.......................................................................................................... 23,73 20,12

Encerramento do ano ................................................................................................. 23,73 17,90

2006:

Primeiro trimestre....................................................................................................... 23,68 19,86

Segundo trimestre (até 2 de junho) ......................................................................... 20,50 18,55

Mês findo em:

31.01.06 ....................................................................................................................... 23,68 21,55

28.02.06 ....................................................................................................................... 22,51 19,90

31.03.06 ....................................................................................................................... 21,86 19,86

30.04.06 ....................................................................................................................... 20,50 19,20

31.05.06 ....................................................................................................................... 20,17 18,55

30 de junho de 2006 (até 2 de junho)...................................................................... 19,70 19,55

As tabelas a seguir mostram, para os períodos indicados, os preços de fechamento máximo e mínimo em

reais das ações ordinárias na Bolsa de Valores de São Paulo. Os valores de negociação das ações ordinárias até 2 de

junho de 2006 referem-se às ações ordinárias da antiga Embraer. Nossas ações ordinárias começaram a serem

negociadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Pau lo em 5 de junho de 2006.

reais nominais por ação

ordinária

Alto Baixo

2006:

Encerramento do ano ................................................................................................. 23,50 17,41

2007:

Encerramento do ano ................................................................................................. 24,60 19,33

2008:

Encerramento do ano ................................................................................................. 21,00 7,85

2009:

Primeiro trimestre....................................................................................................... 10,45 5,80

Segundo trimestre....................................................................................................... 10,50 8,00

Terceiro trimestre ....................................................................................................... 11,07 7,58

Quarto trimestre.......................................................................................................... 10,27 8,61

Encerramento do ano ................................................................................................. 11,07 5,80

Page 105: 20F Portugues

101

reais nominais por ação

ordinária

Alto Baixo

2010:

Primeiro trimestre....................................................................................................... 10,85 9,45

Segundo trimestre....................................................................................................... 10,67 9,28

Terceiro trimestre ....................................................................................................... 12,15 9,21

Quarto trimestre.......................................................................................................... 12,84 11,20

Encerramento do ano ................................................................................................. 12,84 9,21

Mês findo em:

31.10.10 ....................................................................................................................... 12,11 11,20

30.11.10 ....................................................................................................................... 12,84 12,13

31 de dezembro de 2010 ........................................................................................... 12,46 11,80

31.01.11 ....................................................................................................................... 13,66 11,90

28.02.11 ....................................................................................................................... 14,30 13,35

Março de 2011 (até 31 de março)............................................................................ 14,10 13,20

Em 31.03.11, t ínhamos 27.616 t itulares de ações ordinárias, incluindo ações ordinárias sob a forma de

ADSs. Em 31.03.11, havia um total de 376.905.480 ações ordinárias, inclu indo ações ordinárias sob a forma de

ADSs, pertencentes a 154 detentores de registro, inclusive DTC, nos Estados Unidos.

Em 31.03.11 o preço de venda de fechamento das nossas ações ordinárias na Bolsa de Valores de São

Paulo era de R$ 13,50, o que equivale a US$ 8,29 por ADS. Nessa mesma data, o preço de venda de fechamento de

nossas ADSs na Bolsa de Nova York fo i de US$ 33,70. As ADSs são emit idas segundo um contrato de depósito, e o

banco JPMorgan Chase Bank serve como depositário nos termos desse contrato.

9B. Plano de Distribuição

Não se aplica.

9C. Mercados

Negociação na Bolsa de São Paulo

Em 2000, a BOVESPA foi reorganizada com a execução de memorandos de entendimento, pelas bolsa de

valores do Brasil. Segundo os memorandos, todos os títulos passam a ser negociados apenas na BOVESPA, com

exceção dos títulos da dívida pública negociados eletronicamente e leilões de privatização, negociados na Bolsa de

Valores do Rio de Janeiro.

As ações ordinárias são cotadas e negociadas no segmento Novo Mercado da Bolsa de Valores de São

Paulo. As negociações das nossas ações preferenciais na Bolsa de Valores de São Pau lo são liquidadas em t rês dias

úteis após a data da negociação. A entrega e o pagamento das ações são realizados por intermédio da CBLC —

Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia, a câmara de compensação da Bolsa de Valores de São Paulo, que

mantém contas para as corretoras associadas.

Para controlar melhor a volatilidade, a Bolsa de Valores de São Paulo adotou um sistema de ―circuit

breaker‖, em que os pregões podem ser suspensos por um período de 30 minutos ou uma hora sempre que os índices

da bolsa caírem abaixo dos limites de 10% e 15%, respectivamente, em relação ao índice registrado no pregão

anterior.

A Bolsa de Valores de São Paulo tem menor liquidez do que a Bolsa de Valores de Nova York e outras

grandes bolsas do mundo. A Bolsa de Valores de São Paulo t inha uma capitalização total de mercado de

aproximadamente R$2,6 t rilhões, equivalentes a US$ 1,5 t rilhão em 31 de dezembro de 2010. A t ítulo de

comparação, a Bolsa de Nova York tinha uma cap italização de mercado de aproximadamente US$ 20,9 trilhões na

mes ma data. Embora qualquer ação em circulação de uma empres a cotada possa ser negociada na Bolsa de Valores

de São Paulo, na maior parte dos casos menos da metade das ações listadas está de fato disponível para negociação

pública, estando o restante nas mãos de pequenos grupos de controladores, entidades governamentais ou acionista

Page 106: 20F Portugues

102

principal. Em 31 de maio 2005, respondíamos por aproximadamente 0, 39 % da cap italização de mercado de todas as

empresas listadas na Bolsa de Valores de São Pau lo.

Existe também uma concentração significativamente maior dos mercados de títulos brasileiros do que

existe na Bolsa de Nova York ou em outras grandes bolsas. Durante o período de um ano findo em 31 de dezembro

de 2010, as dez maiores empresas cotadas na Bolsa de Valores de São Paulo representavam aproximadamente 43%

da capitalização total de mercado das empresas abertas e as dez maiores empresas abertas da Bolsa de Valores de

Nova York representavam aproximadamente 11% da capitalização total de mercado das empresas abertas.

A negociação na Bolsa de Valores de São Pau lo realizada por não residentes no Brasil está sujeita às

limitações impostas pela lei brasileira sobre investimento estrangeiro.

Práticas de governança empresarial Novo Mercado

Em 2000, a Bolsa de Valores de São Paulo apresentou três segmentos especiais de negociação, conhecidos

como Níveis 1 e 2 das Prát icas de Governança Empresarial Diferenciadas e o Novo Mercado, visando incentivar um

mercado secundário de títulos emitidos por empresas brasileiras cotadas na Bolsa de Valores de São Paulo,

solicitando a essas empresas a observação de boas práticas de governança empresarial. Os segmentos listados foram

projetados para a negociação de ações emitidas por empresas voluntariamente compromet idas com o cumprimento

de práticas de governança empresarial e requisitos de divulgação além dos já impostos pela legislação brasileira.

Essas regras geralmente aumentam os direitos dos acionistas e melhoram a qualidade das informações fornecidas a

eles.

Para se tornar uma empresa de Nível 1, além das obrigações impostas pela legislação atual brasileira, o

emissor deve concordar em (a) garantir que ações do emissor representando 25% capital total sejam efet ivamente

disponibilizadas para negociação, (b) adotar procedimentos de oferta que favoreçam a propriedade generalizada das

ações sempre que houver uma oferta pública, (c) observar os padrões mínimos de divulgação trimestrais, (d)

observar políticas de divulgação mais rigorosas, inclusive a respeito de contratos com partes relacionadas, contratos

importantes e transações feitas com acionistas controladores, diretores e executivos envolvendo títulos emit idos,

(e) submeter quaisquer contratos de acionistas existentes e planos de opção de compra à Bolsa de Valores de São

Paulo e (f) determinar uma programação de eventos corporativos e disponibilizá-la aos acionistas.

Para se tornar uma companhia de Nível 2, além das obrigações impostas pela legislação atual brasileira, o

emissor deve concordar em (a) observar todos os requisitos de listagem para as companhias de Nível 1, (b) conceder

direitos ―tag-along‖ (direitos de vender ações através de oferta pública, no caso de transferência de controle) a todos

os acionistas relacionados à transferência de controle da empresa, oferecendo o mes mo preço pago por ação para as

ações ordinárias do bloco de controle e 80% do preço pago por ação para as ações preferenciais do bloco de

controle, (c) conceder direito a voto para titulares de ações preferenciais em conexão com determinadas

reestruturações corporativas e transações relacionadas, como (1) qualquer transformação da empresa em outro tipo

de empresa (2) qualquer fusão, consolidação ou ―spin-off‖ (segregação parcial) da empresa, (3) a aprovação de

quaisquer transações entre a empresa e sua acionista controladora, inclu indo partes relacionadas à acionista

controladora, (4) aprovação de qualquer avaliação de bens a serem entregues à empresa como pagamento por ações

emitidas em aumento de capital, (5) indicação de uma empresa especializada para determinar o valor justo da

empresa em conexão com qualquer o ferta de licitação com cancelamento de registro e saída de lista e (6) quaisquer

alterações a esse direito a voto, (d) ter um conselho de admin istração composto por pelo menos cinco membros, dos

quais 20% devem ser diretores independentes com mandato limitado a dois anos, (e) preparar declarações

financeiras anuais em inglês, como declarações de fluxo de caixa, e de acordo com padrões contábeis internacionais,

como os GAAP dos EUA ou as Normas de Relatórios Financeiros Internacionais (―International Financial Rep ort ing

Standards‖), (f) se decidir sair do segmento de nível 2, fazer uma oferta de licitação pelo acionista controlador da

empresa (o preço mín imo das ações a ser oferecido será determinado por um processo de avaliação) e (g) aderir

exclusivamente às regras da Câmara de Arb itragem da BOVESPA para a resolução de litígios entre a empresa e seus

investidores.

Para ser listado no Novo Mercado, um emissor deve cumprir todos e requisitos acima descritos, além de

(a) emit ir apenas ações com direito a voto e (b) conceder direitos tag-along para todos os acionistas com relação a

uma transferência de controle da empresa, oferecendo o mes mo preço pago por ação para ações ordinárias do bloco

de controle. Nossas ações são cotadas no segmento do Novo Mercado.

Page 107: 20F Portugues

103

Regulamentação dos Mercados Brasileiros de Títulos

Os mercados brasileiros de títulos encontram-se regulamentados pela CVM, que tem autoridade regulatória

sobre as bolsas de valores e os mercados de títulos em geral, e pelo Banco Central, que tem, entre outros podere s,

autoridade para licenciar corretoras e regulamentar o investimento estrangeiro e as operações de câmbio.

De conformidade com a Lei das Sociedades por Ações do Brasil, a sociedade anônima poderá ser

companhia aberta, como a nossa, ou companhia fechada. Todas as empresas abertas, inclusive a nossa, estão

registradas na CVM e estão sujeitas a exigências de apresentação de informações. As nossas ações listadas e

negociadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Pau lo, e podem ser negociadas em caráter privado, sujeito

a limitações.

Temos a opção de pedir que a negociação de nossos títulos seja suspensa na Bolsa de São Paulo, na

iminência de um anúncio importante. A negociação também poderá ser suspensa por iniciativa da Bolsa de São

Paulo ou da CVM, entre outras razões, com base em ou devido a uma crença de que a empresa tenha fornecido

informação inadequada em relação um evento importante, ou que tenha dado respostas inadequadas às perguntas da

CVM ou da Bolsa de São Paulo.

A negociação na Bolsa de Valores de São Pau lo por não residentes no Brasil está sujeita a limitações nos

termos da leg islação fiscal e sobre investimento estrangeiro no Brasil. O custodiante brasileiro das nossas ações

preferenciais e o depositário das nossas ADSs obtiveram um certificado eletrônico de registro do Banco Central para

remeter ao exterior os dólares do pagamento de dividendos, outras distribuições de dinheiro, ou da venda das ações e

dos resultados das vendas. No caso do titular trocar suas ADSs por ações ordinárias, ele terá direito a continuar

tomando por base o seu certificado eletrônico de registro de depositário durante cinco dias úteis após a troca. Após

esse prazo, o portador poderá deixar de estar mais habilitado a remeter ao exterior os dólares por ocasião da venda

das ações ordinárias, ou das distribuições relativas a tais ações ordinárias, a não ser que obtenha um novo certificado

eletrônico de registro ou que registre o seu investimento em ações ordinárias nos termos da Resolução No. 2689.

Requisitos de Divulgação

Segundo a regra da CVM no 358, datada de 3 de janeiro de 2002, a CVM revisou e consolidou os

requisitos a respeito divulgação e uso das informações relacionadas a fatos importantes e atos de empresas de capital

aberto, como a d ivulgação de informações sobre a comercialização e aquisição de títulos emit idos por empresas de

capital aberto.

Esses requisitos incluem d isposições que:

definem o conceito de um fato importante que dê motivo a requisitos de declaração. Os fatos

importantes incluem decisões tomadas pelos acionistas controladores, deliberações da assembleia

geral ordinária e da diretoria da empresa ou outros fatos relativos ao negócio da empresa (ocorrendo

dentro da empresa ou de alguma forma a ela relacionados) que venham a influenciar o preço dos seus

títulos negociados em bolsa, ou a decisão dos investidores de negociar esses títulos ou exercer

qualquer direito correspondente aos títulos;

são exemplos de fatos considerados importantes como, entre outros, a execução de acordos de

acionistas para transferência de controle, inclusão ou retirada de acionistas que mantenham qualquer

função gerencial, financeira, tecnológica ou admin istrativa na empresa, e qualquer reestruturação

empresarial adotada entre companhias relacionadas;

obrigam o executivo de relações com investidores, os acionistas controladores, outros executivos,

diretores, membros do comitê de auditoria e outros conselhos consultivos a divulgar fatos

importantes;

exigem a divulgação simultânea de fatos importantes para todos os mercados em que os títulos da

companhia podem ser negociados;

Page 108: 20F Portugues

104

exigem do adquirente de participação controladora de uma empresa a publicação de fatos

importantes, como suas intenções quanto à retirada de lista das ações da empresa ou não, em menos

de um ano;

estabelecem regras a respeito dos requisitos de divulgação na aquisição e venda uma participação

acionária; e

restringem o uso de informações priv ileg iadas.

9D. Acionistas Vendedores

Não se aplica.

9E. Diluição

Não se aplica.

9F. Despesas da Emissão

Não se aplica.

ITEM 10. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

10A. Capital social

Não se aplica.

10B. Ato Constitutivo e Contrato Social

Abaixo seguem algumas informações sobre o nosso capital social, e um breve resumo de certas disposições

importantes dos nossos estatutos e da Lei das Sociedades por Ações, as regras e o regulamento pertinentes da CVM,

e as regras pertinentes do Novo Mercado relativas a nosso capital social. Esta descrição não pretende ser completa e

se qualifica pela referência aos nossos estatutos e à lei brasileira.

Objeto Social

Somos uma sociedade por ações, de capital aberto, com sede e foro na cidade de São José dos Campos, São

Paulo, Brasil, regida basicamente pelos nossos estatutos e pela Lei das Sociedades Anônimas. Nosso objeto social,

como consta nos nosso estatuto, é (1) desenhar, construir e comercializar aeronaves e materiais aeroespaciais e

respectivos acessórios, componentes e equipamentos, de acordo com os mais altos padrões de tecnologia e

qualidade, (2) realizar e executar at ividades técnicas relacionadas à fabricação e manutenção d e materiais

aeroespaciais, (3) contribuir para a formação de pessoal técnico necessário para a indústria aeroespacial, (4) realizar

outras atividades comerciais, tecnológicas e de fabricação relacionadas à indústria aeroespacial, e fo rnecer serviços

por conseguinte, (5) desenhar, construir e comercializar equipamentos, materiais, sistemas, software, acessórios e

componentes para as indústrias de defesa, segurança e energia, bem como realizar e executar atividades técnicas

relacionadas à produção e atividades de manutenção, de acordo os mais altos padrões de tecnologia e qualidade e (6)

executar outras atividades de fabricação, tecnológicas e comerciais e serviços relacionados às indústrias de

segurança, de defesa e de energia.

Descrição do Capital Social

Generalidades

Em 31.03.11, o nosso capital social consistia em um total de 740.465.044 ações ordinárias em circulação,

sem valor nominal, inclusive 16.800.000 ações ordinárias em tesouraria e uma classe especial de ação ordinária

conhecida como a ―golden share‖ (ação especial), detida pelo governo brasileiro. Nossos estatutos autorizam o

Conselho de Administração a aumentar o capital social em até 1.000.000.000 de ações ordinárias, sem necessitar de

aprovação específica dos acionistas. Todas as nossas ações em circulação estão integralizadas. Todo aumento de

Page 109: 20F Portugues

105

capital que exceder os valores referidos acima necessitará de aprovação em assembleia de acionistas. Nossos

acionistas não são responsáveis por novas chamadas de capital. Sua responsabilidade está limitada ao montante de

qualquer parte de nosso capital que subscreveram, mas não completaram o pagamento correspondente.

Recompra de Ações

De acordo com o nosso estatuto social, o Conselho de Admin istração, em 7 de dezembro 2007, aprovou um

programa de recompra de nossas ações ordinárias, conforme a Instrução No. 10/80 da CVM, para fins de agregar

valor para os nossos acionistas com a admin istração de nossa estrutura de capital. Fomos autorizados a recomprar

um valor agregado de até 16.800.000 ações ordinárias, representando aproximadamente 2,3% do nosso capital em

circulação, que totalizava 740.465.044 ações ordinárias em circulação. A aquisição de ações foi realizada na Bolsa

de Valores de São Pau lo e as ações ordinárias recompradas serão mantidas em tesouraria. A s ações em tesouraria

não têm direitos políticos nem econômicos. O programa terminou em 31 de março de 2008 e nenhum novo

programa de recompra de ações foi aprovado posteriormente. Um total de 16.800.000 ações foi comprado a um

preço médio de R$19,06 por ação. Consulte o ―Item 16E. Compras de Títulos pelo Emissor e Compradoras

Filiadas‖.

Ações ordinárias

Cada ação ordinária assegura ao detentor o direito a um voto nas nossas assembleias gerais ordinárias e

extraordinárias. De acordo com nossos estatutos sociais e o contrato de negociação com a BOVESPA de nossas

ações no Novo Mercado, não poderemos emit ir ações sem direito a voto ou com direito a voto restrito.

A Lei das Sociedades por Ações e o nosso estatuto social exigem que todas as assembleias gerais sejam

convocadas por publicação de aviso no Diário Oficial do Estado de São Paulo , a publicação oficial do governo do

Estado de São Paulo, e em jornal de grande circulação na cidade onde a sede social está localizada, atualmente o

Vale Paraibano em São José dos Campos, com antecedência mín ima de 30 dias em relação à assembleia, e em outro

jornal de grande circulação em São Paulo, onde a Bolsa de Valores de São Paulo está localizada, atualmente o Valor

Econômico. O quorum para a realização de nossas assembléias gerais de acionistas em primeira convocação em

geral é a presença de acionistas representando 35% do capital votante, em segunda convocação, as assembléias

poderão se realizar com a presença de acionistas representando 25% do capital votante e, em terceira convocação, as

assembléias poderão se realizar com a presença de qualquer número de acionistas.

De acordo com nossos estatutos, para participar de uma assembleia geral, o acionista deve comprovar a

propriedade das ações com que pretende votar, mostrando um documento de identificação e um comprovante de

propriedade das ações. Nossos acionistas podem ser representados na assembleia geral por (1) procurador,

designado com antecedência de um ano em relação à assembleia, (2) um de nossos diretores ou executivo s, (3)

advogado ou (4) instituição financeira. Os fundos de investimento devem ser representados pelo administrador.

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, as ações ordinárias têm d ireito a dividendos na proporção

da sua participação da quantia disponível para distribuição. Consulte o ―Item 8A. Informações Financeiras —

Demonstrações Consolidadas e Outras Informações Financeiras — Dividendos e Política de Dividendos‖, para obter

uma descrição mais completa do pagamento de dividendos sobre nossas ações. Além disso, por ocasião da

liquidação da empresa, as ações ordinárias terão direito ao retorno do capital na proporção da sua participação do

nosso patrimônio líquido.

Segundo a Lei das Sociedades por Ações, nem nosso estatuto social, nem deliberações n as assembleias de

acionistas podem destituir estes direitos de um acionista:

direito de part icipar na distribuição dos lucros;

direito de part icipar de forma igualitária e proporcional no patrimônio líquido residual em caso de

liquidação da empresa;

direitos preferenciais no caso de subscrição de ações, debêntures conversíveis ou cautelas, exceto em

alguns casos específicos previstos na lei brasileira descrita no ―Item 10D. Controles de Câmbio —

Direitos Preferenciais‖;

Page 110: 20F Portugues

106

direito de supervisionar nossa administração de acordo com o Art igo 109 da Lei de Sociedades por

Ações; e

direitos de recesso nos casos especificados na Lei das Sociedades por Ações, descritos no ― Item

10D. Controles de Câmbio — Resgate e Direito de Retirada‖.

Golden Share (Ação Especial)

A ação especial é de propriedade da República Federativa do Brasil. Para considerações sobre os direitos da

―golden share‖, consulte o "Item 10B— Direitos a Voto — Golden Share‖.

Direitos a Voto

Cada ação ordinária confere o d ireito a um voto nas nossas assembléias gerais ordinárias. De acordo com

nossos estatutos sociais e o contrato de negociação com a BOVESPA de nossas ações no Novo Mercado, não

poderemos emitir ações sem direito a voto ou com d ireito a voto restrito.

Limitações dos direitos a voto de certos titulares de ações ordinárias

Nossos estatutos sociais dispõem que, em determinadas assembléias gerais ordinárias, os acionistas ou

grupos de acionistas, bem como corretores agindo em nome de um ou mais portadores de ADSs, não poderão

exercer seus votos representando mais de 5% da quantidade de ações do nosso capital social total. Os votos que

excederem este limite de 5% não serão contados.

Para fins de nosso estatuto social, dois ou mais acionistas serão considerados um "grupo de acionistas" no

caso de:

fizerem parte de um acordo de voto;

um deles for, d ireta ou indiretamente, um acionista controlador ou uma empresa controladora de

outro(s):

forem empresas direta ou indiretamente controladas pela mesma pessoa/entidade, ou grupo de

pessoas/entidades, que possam ou não ser acionistas; ou

forem empresas, associações, fundações, cooperativas ou trustes, fundos de investimentos ou

portfólios, universalidades de direitos ou qualquer outra forma de organização ou empreendimento

(a) com os mes mos admin istradores ou gerentes, ou ainda (b) cujos administradores ou gerentes

sejam empresas direta ou indiretamente controladas pela mes ma pessoa/entidade, ou grupo de

pessoas/entidades, que possam ou não ser acionistas.

No caso de fundos de investimento que tenham um administrador comum, apenas os fundos com diretivas

de investimento e exercício de direitos a voto nas assembleias dos acionistas, que estejam sob responsabilidade do

administrador em base discricionária, serão considerados um grupo de acionistas.

Além disso, os acionistas representados pelo mesmo procurador, administrador ou representante, por

qualquer razão em nossas assembléias gerais ordinárias, serão considerados grupos de acionistas, salvo os titulares

de nossas ADSs e quando representados pelo respectivo depositário. Todos os signatários de um acordo de

acionistas que se refira ao exercício do direito a voto serão considerados um grupo de acionistas para os fins da

limitação já mencionada.

Esta limitação dos direitos a voto de certos titulares de ações ordinárias é ilustrada na tabela a seguir:

Page 111: 20F Portugues

107

Participação do acionista ou grupo de acionistas no

capital

Direitos a voto como percentagem do nosso capital

social

1% 1%

2% 2%

3% 3%

4% 4%

5% 5%

> 5% 5%

Limitação dos direitos a voto de acionistas estrangeiros

De acordo com o edital emitido pelo governo brasileiro relativo à privatização da Embraer em 1994, a

participação votante de estrangeiros titulares de ações ordinárias foi limitada a 40% das ações ordinárias da

Embraer.

Nosso estatuto social determina que, nas assembleias gerais, os acionistas ou grupos de acionistas

estrangeiros não podem exercer votos que representem mais de dois terços do total de votos de todos os acionistas

brasileiros presentes na assembleia. O total de votos que poderá ser exerc ido pelos acionistas brasileiros e

estrangeiros será calculado depois que se dê efeito à limitação de 5% no direito a voto, descrita no "Item 10B —

Limitações dos direitos a voto de certos titulares de ações ordinárias", acima. Os votos de acionistas estrangeiros

que excederem o limite de dois terços não serão contados. Caso o total de votos de acionistas estrangeiros em nossas

assembleias gerais exceda dois terços dos votos passíveis de exercício por acionistas brasileiros presentes na

assembleia, o número de votos de cada acionista estrangeiro será proporcionalmente reduzido de modo que o total

de votos dos acionistas estrangeiros não exceda dois terços dos votos totais passíveis de exercício pelos acionistas

brasileiros presentes na assembleia.

A fração de 2/3 limita efetivamente os direitos a voto de acionistas e grupos de acionistas estrangeiros a

40% do nosso capital social total. O objetivo desta limitação é garantir que os acionistas brasileiros constituam a

maioria dos votos totais em nossas assemblé ias gerais. Essa limitação impedirá efetivamente nossa incorporação por

acionistas não brasileiros e limitará a capacidade de acionistas não brasileiros de exercer controle sobre nós.

Para fins de nosso estatuto social, serão considerados "Acionistas brasileiros":

Indivíduos brasileiros, sejam nativos ou naturalizados, residentes no Brasil ou em países estrangeiros;

entidades privadas legais organizadas segundo a legislação brasileira, que tenham suas sedes

administrativas no Brasil e (a) não tenham uma empresa controladora estrangeira, a menos que esta

cumpra os requisitos da cláusula (b) deste item, e (b ) sejam controladas, direta ou indiretamente, por

um ou mais indiv íduos brasileiros, natos ou naturalizados, residentes no Brasil ou em países

estrangeiros; e

fundos ou clubes de investimentos organizados segundo a legislação brasileira, que tenham suas

sedes administrativas no Brasil e cujos gerentes e/ou titulares de cotas, proprietários da maioria das

cotas, sejam pessoas/entidades referentes ao descrito acima.

O acionista brasileiro é obrigado a fornecer p rova a nós e ao depositário dos livros de registro acionários,

de que o mesmo cumpre os requisitos já mencionados e, apenas após apresentar a referida prova, tal acionista será

incluído nos registros de acionistas brasileiros.

Para fins de nosso estatuto social, são considerados "Acionistas estrangeiros" as pessoas físicas ou

jurídicas, fundos ou clubes de investimentos e demais entidades não constituídas por acionistas brasileiros e que não

comprovem cumprir os requisitos de forma a serem considerados acionistas brasileiros.

Um "grupo de acionistas", conforme definido acima, será considerado estrangeiro sempre que um ou mais

de seus membros for um acionista estrangeiro.

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108

O efeito dessa limitação sobre os direitos a voto de acionistas estrangeiros (isto é, suas participações) é

ilustrado na tabela a seguir, em que a coluna "Part icipação do acionista estrangeiro" indica a porcentagem máximo

de votos que um acionista estrangeiro pode exercer:

Participação do acionista

brasileiro

Participação do acionista

estrangeiro

Participação do acionista

estrangeiro(1)

(% do capital social) (% do capital social) (%)

90 10 10,00

80 20 20,00

70 30 30,00

60 40 40,00

59 41 39,33

50 50 33,33

40 60 26,67

30 70 20,00

20 80 13,33

10 90 6,67

(1) Número de votos calculado com base em dois terços dos votos de acionistas brasileiros.

As tabelas a seguir ilustram, em diferentes situações, o sistema de votação aplicável a nossas assembleias

gerais ordinárias.

Exemplo 1

Todos os acionistas brasileiros são titulares de menos de 5% e os acionistas estrangeiros são titulares de um

total de 40%, mas sem qualquer posse individual superior a 5%. Este exemplo mostra uma situação em que a

restrição geral para os acionistas estrangeiros não afeta o índice de votos.

majoritário

% Ações

presentes

% efetiva de

votos após

restrição a 5%

% efetiva de votos

após restrição a

estrangeiros

% de

votos

válidos

Índice de

votos

(votos/ação)

Brasileiro A 5 5 5 5 1,00

Brasileiro B 5 5 5 5 1,00

Brasileiro C 5 5 5 5 1,00

Brasileiro D 5 5 5 5 1,00

Brasileiro E 5 5 5 5 1,00

Brasileiro F 5 5 5 5 1,00

Brasileiro G 5 5 5 5 1,00

Brasileiro H 5 5 5 5 1,00

Brasileiro I 5 5 5 5 1,00

Brasileiro J 5 5 5 5 1,00

Brasileiro K 5 5 5 5 1,00

Brasileiro L 5 5 5 5 1,00

Total de brasileiros 60 60 60 60 1,00

Estrangeiros (1) 40 40 40 40(2) 1,00

Total 100 100 100 100 1,00

(1) Presume que não há acionista estrangeiro pessoa física com mais de 5% do nosso capital social. Caso o

acionista estrangeiro detenha mais de 5% do nosso capital, tal acionista também estará sujeito à restrição de

votos de 5% nessa participação.

(2) Dois terços de 60 (votos totais dos acionistas brasileiros após a aplicação da restrição de votos de 5%) são 40

votos.

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109

Exemplo 2

O acionista brasileiro é titular de mais de 5% do nosso capital social, outro acion ista brasileiro é titular de

5% e acionistas estrangeiros detêm 50%, mas sem posse individual superior a 5%.

majoritário

% Ações

presentes

% efetiva de

votos após

restrição a 5%

% efetiva de votos

após restrição a

estrangeiros

% de

votos

válidos

Índice de

votos

(votos/ação)

Brasileiro A 20 5 5,0 8,57 0,25

Brasileiro B 5 5 5,0 8,57 1,00

Brasileiro C 5 5 5,0 8,57 1,00

Brasileiro D 5 5 5,0 8,57 1,00

Brasileiro E 5 5 5,0 8,57 1,00

Brasileiro F 5 5 5,0 8,57 1,00

Brasileiro G 5 5 5,0 8,57 1,00

Total de brasileiros 50 35 35,0 59,99 1,00

Estrangeiros (1) 50 50 23,3(2) 40,00 0,47

Total 100 85 58,3(2) 100,00 0,58

(1) Presume que não há acionista estrangeiro pessoa física com mais de 5% do nosso capital social. Caso o

acionista estrangeiro detenha mais de 5% do nosso capital, tal acionista também estará sujeito à restrição de

votos de 5% nessa participação.

(2) Dois terços de 35 (votos totais dos acionistas brasileiros após a aplicação da restrição de votos de 5%) são 23

votos.

Exemplo 3

Nenhum acionista brasileiro é titular de mais de 5% do nosso capital social, um acionista estrangeiro é

titular de 30% e outro acionista estrangeiro é titular de 40%, mas sem posse individual superior a 5%.

majoritário

% Ações

presentes

% efetiva de

votos após

restrição a 5%

% efetiva de votos

após restrição a

estrangeiros

% de

votos

válidos

Índice de

votos

(votos/ação)

Brasileiro A 5 5 5,0 10,0 1,00

Brasileiro B 5 5 5,0 10,0 1,00

Brasileiro C 5 5 5,0 10,0 1,00

Brasileiro D 5 5 5,0 10,0 1,00

Brasileiro E 5 5 5,0 10,0 1,00

Brasileiro F 5 5 5,0 10,0 1,00

Total de brasileiros 30 30 30,0 60,0 1,00

Estrangeiros A 30 5 2,2(2) 4,4 0,07

Estrangeiros (1) 40 40 17,8(2) 35,6 0,44

Total 100 75 50,0 100,0 0,50

(1) Pressupõe-se que nenhum acionista estrangeiro que seja pessoa física (salvo o estrangeiro A) detenha mais de

5% do nosso capital social. Caso o acionista estrangeiro detenha mais de 5% do nosso capital, tal acionist a

também estará sujeito à restrição de votos de 5% nessa participação.

(2) Dois terços de 30 (total de votos dos acionistas brasileiros após a aplicação da restrição de votos de 5%) são 20

votos, divididos proporcionalmente entre o Estrangeiro A e os demais estrangeiros.

Exemplo 4

Dois acionistas brasileiros são titulares de mais de 5% do nosso capital social, t rês acionistas brasileiros são

titulares de 5% e um acionista estrangeiro detém 30%, mas sem posse individual superior a 5%.

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110

majoritário

% de Ações

Presentes

% efetiva de

votos após

restrição a 5%

% efetiva de votos

após restrição a

estrangeiros

% de

votos

válidos

Índice de

votos

(votos/ação)

Brasileiro A 30 5 5,0 12 0,17

Brasileiro B 25 5 5,0 12 0,20

Brasileiro C 5 5 5,0 12 1,00

Brasileiro D 5 5 5,0 12 1,00

Brasileiro E 5 5 5,0 12 1,00

Total de brasileiros 70 25 25,0 60 1,00

Estrangeiros (1) 30 30 16,7(2) 40 0,56

Total 100 55 41,7 100 0,42

(1) Pressupõe-se que nenhum acionista estrangeiro que seja pessoa física (salvo o estrangeiro A) detenha mais de

5% do nosso capital social. Caso o acionista estrangeiro detenha mais de 5% do nosso capital, tal acionista

também estará sujeito à restrição de votos de 5% nessa participação.

(2) Dois terços de 25 (votos totais dos acionistas brasileiros após a aplicação da restrição de votos de 5%) são 16,7

votos.

Acordo de Acionistas

Com relação à fusão da antiga Embraer com a Embraer aprovada em 31 de março de 2006, a Cia. Bozano,

PREVI e SISTEL, antigos controladores da antiga Embraer, rescindiram o acordo de acionistas sobre seu controle

acionário da antiga Embraer e renunciaram ao controle do capital votante da antiga Embraer, em favor de todos os

acionistas da Embraer. Quando da conclusão da fusão, a Cia. Bozano, PREVI e a SISTEL não poderão mais

controlar o resultado das questões sujeitas ao voto dos acionistas da Embraer. Nossos estatutos sociais proíbem aos

acionistas ou grupos de acionistas de exercerem o controle do nosso capital votante.

Golden Share (Ação Especial)

A ação especial é de propriedade da República Federativa do Brasil. A ação de ouro possui os mesmos

direitos de voto dos portadores das Ações Ordinárias. Além disso, a ação de ouro confere a seu portador o direito de

veto em relação às seguintes ações sociais:

mudança da denominação ou do objetivo sociais;

alteração e/ou aplicação de nossa logomarca;

criação e/ou alteração de programas militares (envolvendo ou não o Brasil);

desenvolvimento das habilidades de terceiros em tecnologia para programas militares;

interrupção no fornecimento de peças de manutenção e reposição para aeronaves militares;

transferência de controle acionário;

qualquer aditamento na lista de ações sociais sobre as quais a ação de ouro detém poder de veto,

incluindo o direito do governo brasileiro de indicar um membro e um suplente para o Conselho de

Admin istração e o direito dos funcionários de indicarem dois integrantes e seus respectivos suplentes

para o Conselho de Admin istração e dos direitos conferidos à ação de ouro; e

alterações em determinadas disposições do nosso estatuto social referentes às restrições de voto,

direitos da ação de ouro e requisitos de oferta de licitação obrigatória aplicáveis aos titulares de 35%

ou mais das nossas ações em circulação.

As questões acima discriminadas es tarão sujeitas à aprovação prévia do nosso Conselho de Administração

e à aprovação em até 30 dias do governo federal brasileiro, na qualidade de titular da ação de ouro. Estas questões

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estão sujeitas à notificação prévia ao Ministério da Fazenda brasileiro . Na ausência da aprovação do governo

brasileiro em até trinta dias, a questão será considerada aprovada por nosso Conselho de Admin istração.

Divulgações de Interesse Expressivo

Exigências do Brasil

A legislação brasileira e nossos estatutos sociais determinam que os acionistas ou grupo de acionistas serão

obrigados a divulgar, através de uma notificação a nós e às bolsas de valores em que os valores mobiliários são

negociados, a aquisição de ações que, somadas às já possuídas, excederem 5% do nosso capital social. O não

cumprimento dessa obrigação de divulgação poderá resultar na suspensão dos direitos, inclu indo os de voto, por

deliberação dos acionistas na respectiva assembleia.

Determinadas Exigências Legais dos Estados Unidos

Além disso, a Lei das Bolsas de Valores dos Estados Unidos faz exigências sobre divulgações aos

acionistas ou grupos de acionistas que se tornarem usufrutuários (conforme a defin ição do termo na Regra 13d -3 da

Lei das Bolsas de Valores dos Estados Unidos) de mais de 5% de nossas ações ordinárias. De modo geral, esses

acionistas devem reg istrar, em até dez d ias após a aquisição, um relatório de sua propriedade na SEC, contendo as

informações exigidas pelos nos termos da citada Lei. Estas informações também deverão ser remetidas a nós, e a

cada bolsa de valores dos Estados Unidos onde são negociadas nossas ações ordinárias. Os acionistas devem

consultar suas assessorias jurídicas sobre as exigências de divulgação nos termos da Lei de Mercado de Capitais dos

Estados Unidos.

Forma e Transferência

Como nossas ações estão registradas na forma escritural, a sua transferência está regulamentada pelo Artigo

35 da Lei das Sociedades por Ações do Brasil. Esse Artigo prevê que a transferência de ações seja realizada por um

lançamento feito pelo Banco Itaú S.A., também conhecido como o agente de registro, nos seus livros, lançando

débito na conta de ações de quem transfere e cred itando a conta de ações do transferido. O Banco Itaú S.A. também

realiza para nós todos os serviços de guarda de valores e transferência de ações e serviços relacionados.

As transferências de ações por acionista estrangeiro são efetuadas da mes ma maneira e são executadas pelo

agente local do acionista em nome do acionista, com a exceção de que, se o investimento orig inal t ive r sido

registrado no Banco Central do Brasil, conforme a Resolução No. 2.689, o acionista estrangeiro também deverá

providenciar aditamento, se necessário, por meio de seu agente local, do reg istro eletrônico de acordo com o novo

proprietário.

A Bolsa de Valores de São Paulo opera como sistema central de compensação. O portador de nossas ações

poderá optar, a seu critério, por part icipar do sistema e todas as ações destinadas a serem co locadas nesse sistema

serão depositadas em custódia junto à Bolsa de Valores de São Paulo (por meio de uma instituição brasileira

devidamente autorizada a operar pelo Banco Central e com uma conta de compensação na Bolsa de Valores de São

Paulo). O fato de que tais ações são mantidas em custódia na Bolsa de Valores de São Paulo constará de nosso

registro de acionistas. Cada acionista participantes será, por sua vez, reg istrado no nosso registro de acionistas

usufrutuários mantido pela Bolsa de Valores de São Pau lo e será tratado da mesma maneira que os acionistas

nominativos.

Conselho de Administração

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações do Brasil, os membros do Conselho de Administração

devem ser acionistas da companhia. Não há exigência relativa ao número de ações que uma pessoa física deverá

possuir para ser membro do Conselho de Administração.

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, os nossos dirigentes e diretores estão proibidos de votar

em ou agir em assuntos em que haja conflito entre os seus interesses e os nossos.

Nossos estatutos prevêem que os acionistas sejam responsáveis pela determinação da remuneração global

dos membros dos nossos corpos admin istrativos. Nosso Conselho de Admin istração é responsável pela div isão de tal

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remuneração entre os membros da administração. Não há d isposição específica quanto ao poder de voto dos

diretores quanto à sua remuneração na ausência de um quórum independente.

No que diz respeito aos poderes de empréstimo do Conselho de Admin istração, este tem poder para

autorizar o levantamento de fundos, seja na forma de títulos de dívida, notas, papéis comerciais ou outros

instrumentos de uso regular no mercado. Outros dispositivos financeiros, inclusive os empréstimos bancários,

poderão ser empregados mediante a assinatura conjunta de (1) dois diretores executivos; (2) um d iretor e um

procurador; ou (3) dois procuradores.

Não existe, na Lei das Sociedades por Ações do Brasil nem nos nossos estatutos exigência de que os

diretores se aposentem ao atingir determinada idade. Além disso, nosso estatuto social não prevê a reeleição dos

diretores em intervalos.

Para obter uma análise sobre nosso Conselho de Admin istração, consulte o "Item 6A. Conselheiros,

Diretoria e Funcionários — Conselheiros e Diretoria — Conselho de Administração" e o Item "6C. Conselheiros,

Diretoria e Funcionários — Prát icas do Conselho."

Eleição do Conselho de Administração

A eleição dos membros do nosso Conselho de Admin istração, quando não houver solicitação de adotar um

sistema de votação cumulativa, será realizada de acordo com o sistema de votação por relação de candidatos, no

qual a votação será baseada na relação de candidatos a conselheiros, não se permitindo a votação de candidatos

pessoas físicas. De acordo com os estatutos sociais, os atuais conselheiros por ocasião da eleição, sempre estarão

presentes na relação de candidatos a um novo mandato. Nosso Conselho de Administração é nomeado pelos

acionistas para um mandato de dois anos, com três assentos reservados da seguinte forma: (1) um a ser nomeado

pelo governo brasileiro na condição de titular da "golden share" (ação especial) e (2) dois a serem nomeados por

nossos funcionários. Os demais oito conselheiros são eleitos de acordo com as regras de voto de grupo e voto

cumulat ivo estipuladas em nosso estatuto social. Uma pessoa pode participar de duas ou mais relações de candidatos

diferentes. Cada acionista poderá votar em apenas uma relação de candidatos, e a relação que receber o número mais

alto de votos será declarada eleita.

Todo acionista terá direito de propor e apresentar outras relações de candidatos a integrantes do Conselho

de Admin istração, diferentes da relação de integrantes conforme os estatutos sociais. Os estatutos sociais também

incluem uma disposição na qual o acionista que pretende indicar um ou mais membros ao Conselho de

Admin istração, exceto os membros atuais, deverá avisar a Embraer por escrito, pelo menos dez dias antes da

assembléia geral na qual serão eleitos os membros do Conselho de Administração, fornecendo -nos nome e o

currículo do candidato. Caso recebamos tal aviso, divulgaremos o recebimento e o conteúdo do mesmo

(1) imediatamente, via comunicação eletrônica à CVM e à Bolsa de Valores de São Paulo e (2) por meio de um

anúncio à imprensa para nossos acionistas, que também deverá estar disponível em nosso site, pelo menos oito dias

antes da data da assembleia geral.

Como alternativa, a eleição dos membros do Conselho de Administração poderá ser realizada por meio de

um sistema de votação cumulativa. De acordo com os regulamentos da CVM e nosso estatuto social, a part ir do

nosso registro de companhia de capital aberto, a adoção de resolução para votação cumulativa dependerá de

solicitação por escrito dos acionistas representando no mínimo 5% do capital social, apresentada pelo menos 48

horas antes da convocação da assembleia geral de acionistas. Segundo o sistema de votação cumulativa, cada parte

terá o direito ao mesmo número de votos que o número de membros do conselho a serem eleitos (sujeito a restrição

para acionistas titulares de mais de 5% das ações ordinárias e restrições para acionistas estrangeiros), e cada

acionista terá o direito de concentrar votos em apenas um membro ou d istribui-los entre mais que um ou todos os

membros. Todo cargo vazio não ocupado devido a um empate na votação estará sujeito a uma votação nova,

efetuada com o mes mo processo.

Direitos de Preferência

Cada um dos nossos acionistas tem um direito geral de preferência na subscrição de ações no caso de

qualquer aumento de capital, ou de títu los conversíveis em ações, na proporção de sua participação acionária, exceto

no caso da concessão e exercício de qualquer opção de aquisição de ações do nosso capital social. Permite -se um

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período de pelo menos 30 d ias após a publicação da nota de emissão de ações ou títulos conversíveis em ações para

o exercício do direito, e o direito é negociável. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações e os nossos estatutos,

o Conselho de Administração pode, a seu critério, eliminar os direitos de preferência dos acionistas no caso de

emitirmos ações, debêntures conversíveis em ações , ou bônus de subscrição seja em bolsa de valores ou em oferta

pública, ou através de uma troca de ações em oferta pública, cujo objet ivo seja adquirir controle de outra empresa,

conforme estabelecido por lei.

No caso de aumento de capital por meio da emis são de ações novas, os portadores de ADSs ou de ações

preferenciais teriam, exceto nas circunstâncias descritas acima, direitos de preferência para subscrever toda classe

das ações da nova emissão. Entretanto, o titular poderá não estar apto a exercer os d ireitos de preferência relativos às

ações ordinárias correspondentes às ADSs a não ser que haja um certificado de reg istro, nos termos da Lei dos

Valores Mobiliários, válida para as ações a que se refere o direito ou havendo isenção das exigências de regis tro nos

termos da Lei dos Valores Mobiliários. Consulte o "Item 3D. Principais Informações — Fatores de Risco — Riscos

Relativos às nossas Ações Ordinárias e ADSs — Os titulares de ADSs podem não ser capazes de exercer direitos de

preferência com relação às ações ordinárias". Não somos obrigados a conservar tal certificado de registro.

Resgate e Direito de Retirada

De acordo com o nosso Estatuto Social, nossas ações ordinárias não serão resgatáveis.

A Lei das Sociedades por Ações do Brasil prevê que, em circunstâncias limitadas, o acionista tem d ireito a

retirar sua participação no capital da companhia e receber pagamento pela parte do capital da companhia atribuível à

sua participação. Este direito de retirada poderá ser exercido por nossos acionistas diss identes no caso de pelo menos

metade de todas as ações com direito a voto nos autorizarem a:

reduzir a d istribuição obrigatória de dividendos;

alterar nosso objetivo social;

fundir-nos ou consolidar-nos com outra empresa, observadas as condições estabelecidas na Lei das

Sociedades por Ações;

transferir todas as nossas ações para outra empresa ou receber ações de outra empresa para

transformar a empresa cujas ações foram t ransferidas em subsidiária total de tal empresa, conhecido

como incorporação de ações;

adquirir o controle de outra empresa a preço que exceda os limites determinados na Lei das

Sociedades por Ações;

participar de um grupo centralizado de empresas conforme definido na Lei das Sociedades por Ações

e observadas as condições ali expressas; ou

realizar uma segregação parcial que resulte em (a) mudança da nosso objetivo social, exceto se os

ativos e passivos da companhia dividida forem passados a uma companhia que esteja engajada

substancialmente nas mesmas atividades, (b) redução do dividendo obrigatório ou (c) qualquer

participação em um grupo centralizado de companhias, conforme definido pela Lei das Sociedades

por Ações.

Além disso, no caso de pessoa juríd ica resultante de fusão, incorporação de ações, conforme descrito

acima, ou consolidação ou segregação parcial da companhia negociada perderá essa condição em 120 dias após a

assembleia geral que adotou tal deliberação, sendo que os acionistas dissidentes também poderão exercer o seu

direito de retirada.

A Lei das Sociedades por Ações prevê res trições aos direitos de retirada e permite que as empresas

resgatem suas ações pelo seu valor econômico, observados determinados requisitos. Como os nossos estatutos

atualmente não prevêem que as nossas ações pudessem ser resgatadas pelo seu valor econômico, nossas ações

seriam resgatáveis pelo seu valor contábil, determinado com base no último balanço aprovado pelos acionistas. Se a

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assembleia geral que der origem aos direitos de retirada ocorrer mais de 60 d ias após a data do último balanço

aprovado, o acionista poderá exigir que suas ações sejam avaliadas com base em novo balanço de data até 60 d ias

antes de tal assembleia.

De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas, nos casos de consolidação, incorporação de ações,

participação em grupo de empresas e aquisição do controle de outra empresa, o direito de ret irada não se aplicará

caso as ações em questão atendam a certos testes relativos à liquidez de mercado e prazo de compensação. Os

acionistas não estarão aptos a retirar as suas ações se estas forem componentes de um índice geral de ações no Brasil

ou no exterior e se as ações detidas por pessoas não filiadas ao acionista controlador representarem mais da metade

das ações em circulação do tipo ou classe em questão.

Mecanismo para Promover Controle Disperso das nossas Ações

Nosso estatuto sociais contêm disposições com o efeito de evitar a concentração das ações nas mãos de

investidor ou de grupo pequeno de investidores, a fim de promover o controle mais disperso das ações. Para este

fim, estas disposições impõem certas obrigações ao acionista ou grupo de acionistas que se tornar titular de 35% ou

mais do capital social total, ou a um Acion ista Adquirente. No máximo em até 15 d ias depois de o acionista se tornar

Acionista Adquirente, o mesmo deverá apresentar a solicitação ao governo brasileiro, por meio do Ministério da

Fazenda, para realizar uma oferta pública visando à aquisição de todo o nosso capital social. O governo brasileiro, a

seu total critério, pode aceitar ou recusar essa solicitação. O Acionista Adquirente não pode adquirir nenhuma ação

adicional até o governo brasileiro se manifestar sobre a oferta pública. Se a solicitação for aceita pelo governo

brasileiro, o Acionista Adquirente deverá fazer uma oferta pública para todas as ações dentro de 60 d ias após a

aceitação. A oferta deverá ser feita conforme as regulamentações da CVM e da BOVESPA e disposições dos nosso

estatuto social. Se a solicitação for recusada pelo governo brasileiro, o Acion ista Adquirente deverá vender todas as

ações por ele detidas, que excedam 35% do capital social total, em até 30 dias. O não cumprimento destas

disposições sujeitará o Acionista Adquirente à suspensão em potencial de todos os direitos a voto inerentes às ações

detidas pelo mesmo, caso uma resolução nesse sentido seja aprovada em assembléia geral de acionistas, convocada

por nossa diretoria. Essas disposições não são aplicáveis aos acionistas que se tornarem titulares de 35% ou mais do

capital social total em determinadas operações especificadas em nosso estatuto social, como por exemplo o

cancelamento de nossas ações ordinárias em tesouraria.

A oferta pública deve ser (1) d irigida a todos os nossos acionistas, (2) realizada por meio de leilão a ocorrer

na Bolsa de Valores de São Paulo, (3) lançada a preço calcu lado de acordo com o procedimento determinado abaixo,

(4) paga antecipadamente, em moeda brasileira, (5) efetuada de forma a assegurar tratamento igual a todos os

acionistas, (6) irrevogável e não sujeita a mudanças após a publicação do edital de licitação, e (7) baseada em

relatório de avaliação a ser elaborado de acordo com as regras determinadas em nosso estatuto social, bem como nas

regras e regulamentos da CVM.

O preço a ser oferecido pelas ações nesta oferta pública será calculado da seguinte forma:

Preço de oferta de licitação = Valor da ação + prêmio,

onde:

"Preço da oferta pública‖ corresponde ao preço de aquisição de cada ação emitida por nós na oferta

pública de ações definida no presente.

"Valor da ação" corresponde ao maior valo r entre:

(1) a cotação unitária mais elevada obtida para ações por nós emitidas no prazo de 12 meses antes

da oferta de licitação, entre os valores registrados em toda bolsa de valores em que as ações

sejam negociadas;

(2) o preço o mais elevado pago pelo Acionista Adquirente, no período de 36 meses antes da

oferta de licitação, para a ação ou grupo de ações por nós emitidas;

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(3) o valor igual a 14,5 vezes o EBITDA Médio Consolidado, definido abaixo, reduzido pelo

endividamento consolidado líquido, div idido pelo número de ações de nossa emissão; ou

(4) o valor igual a 0,6 vezes o valor da nossa carteira de pedidos firmes, de acordo com as últ imas

informações divulgadas, reduzido por nosso endividamento consolidado líquido, d ivid ido pelo

número de ações de nossa emissão.

"Ágio" correspondente a 50% do Valor da ação.

"EBITDA Consolidado" é nosso lucro operacional consolidado antes das despesas financeiras

líquidas, imposto de renda e contribuição social, desvalorização, exaustão e amortização, conforme

determinado com base nas demonstrações auditadas do exercício findo mais recente.

―EBITDA Consolidado Médio‖ é a média aritmética de nosso EBITDA consolidado dos dois

exercícios findos mais recentes.

O lançamento de uma licitação pública não nos impossibilita ou nenhum outro acionista de lançar uma

licitação pública concorrente, de acordo com regulamentos aplicáveis.

Arbitragem

Todo litíg io ou controvérsia relacionados às regras de negociação do Novo Mercado, nosso estatutos social,

a Lei das Sociedades por Ações do Brasil, as regras publicadas pela CMN, o Banco Central, a CVM, todo acordo de

acionistas registrado na nossa sede e outras regras aplicáveis aos mercados de capitais do Brasil em geral deverão

ser apresentados para arbitragem realizada de acordo com as regras da Câmara de Arbitragem do Mercado

estabelecidas pela Bolsa de Valores de São Pau lo. De acordo com o Capítulo 12 de tais regras, as partes poderão

decidir de comum acordo usar uma outra câmara ou centro de arbitragem para resolver seus litígios. Todo acionista

que se tornar titular de ações representando nosso controle, será obrigado a cumprir as regras da Câmara de

Arbitragem da BOVESPA até 30 d ias após a aquisição das ações. Porém, estas disposições não se aplicam no caso

de lit ígio ou controvérsia relacionados a membro do Conselho de Administração eleito pelo governo brasileiro ou de

lit ígio ou controvérsia relacionados a ações ―golden share‖.

Processo de Fechamento de Capital

Poderemos passar a ser uma empresa fechada somente se nós ou nossos acionistas controladores lançarem

uma oferta pública para aquisição de todas as nossas ações em circulação, sujeita à aprovação prévia da oferta

pública pelo governo brasileiro, na condição de titular de ações ―golden share‖ e de acordo com as regras e

regulamentos da Lei das Sociedades por Ações do Brasil, bem como regulamentos e regras da CVM e do Novo

Mercado, quando aplicáveis. O preço mín imo oferecido pelas ações na oferta pública corresponderá ao valor

econômico de tais ações, conforme determinado por um relatório de avaliação emitido por firma especializada.

O relatório de avaliação deverá ser elaborado por firma especializada e independente, de experiência

reconhecida, escolhida pelos acionistas representando a maioria das ações em circulação (exclu indo para tais

finalidades as ações possuídas pelo acionista controlador, seu sócio e dependentes incluídos na declaração do

imposto de renda, caso o acionista controlador seja pessoa física, ações em tesouraria, ações possuídas por coligadas

e por outras empresas integrantes de nosso grupo econômico, assim como votos em branco) de uma relação de três

instituições apresentadas por nosso Conselho de Admin istração. Todas as despesas e custos incorridos em relação à

elaboração do relatório de avaliação deverão ser pagos pelo acionista controlador

Os acionistas possuidores de no mínimo 10% das nossas ações em circulação poderão solicitar à diretoria a

convocação de assembléia geral ext raordinária para determinar a execução da avaliação usando o mesmo método ou

outro. Esta solicitação deverá ser feita até 15 dias após a divulgação do preço a ser pago pelas ações na oferta

pública. Os acionistas que fizerem tal solicitação, bem como aqueles que votarem em seu favor, deverão reembolsar-

nos de todo custo pela elaboração da nova avaliação se o preço da nova avaliação não for superior ao preço da

avaliação original. Se o preço da nova avaliação for maior que o preço da avaliação original, a oferta pública deverá

ser realizada com o preço mais elevado. Caso nossos acionistas decidam pela privat ização, e nesse momento

sejamos controlados por acionista titular de menos de 50% do capital social ou por acionista não integrante de um

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grupo de acionistas (conforme definido no seu estatuto), deveremos conduzir a oferta pública dentro dos limites

regulados por lei. Neste caso, somente poderemos adquirir ações dos acionistas votando a favor da nossa

privatização, após comprarmos todas as ações dos demais acionistas que não votarem a favor de tal deliberação e

que aceitarem a oferta pública.

Exclusão do Novo Mercado

A qualquer momento, poderemos excluir nossas ações do Novo Mercado, desde que os acionistas com a

maioria das ações aprovem a decisão e seja enviado à Bolsa de Valores de São Paulo av iso por escrito pelo menos

com 30 dias de antecedência. A decisão dos acionistas deverá especificar se a exclusão ocorrerá porque os títulos

não serão mais negociados no Novo Mercado, ou porque seremos privatizados. Nossa exclusão do Novo Mercado

não resultará na perda de nosso registro como empresa de capital aberto na BOVESPA.

Caso sejamos excluídos do Novo Mercado por deliberação da assembleia geral, qualquer acionista

controlador ou grupo de acionistas controladores no momento, se houver, deverá realizar uma oferta pública para a

aquisição de suas ações em circulação em até 90 dias, no caso de nossa exclusão, para que suas ações sejam

negociáveis fora do Novo Mercado, ou em até 120 dias, no caso de nossa exclusão em decorrência de reorganização

empresarial na qual a companhia remanescente deixe de ser negociada no Novo Mercado. O preço por ação será

equivalente ao valor econômico das ações, conforme determinado em um relatório de avaliação elaborado por uma

companhia especializada e independente, de experiência reconhecida, escolhida na assembleia geral em uma relaç ão

de três instituições apresentadas por nosso Conselho de Administração, por maioria absoluta de votos dos acionistas

presentes na assembleia (exclu indo, para tais finalidades, as ações possuídas por acionista controlador ou grupo de

acionistas no momento, se houver, seus sócios e dependentes incluídos na declaração do imposto de renda, no caso

de o acionista controlador ser pessoa física, ações em tesouraria, ações possuídas por nossas coligadas e por outras

companhias integrantes do nosso grupo econômico, bem como votos em branco). Todas as despesas e custos

incorridos em relação à elaboração do relatório de avaliação deverão ser pagos pelo acionista controlador.

Se formos sujeitos a um controle difundido no momento de nossa exclusão do Novo Mercado, para que

suas ações sejam negociadas fora do Novo Mercado ou em conseqüência de uma reorganização empresarial, os

acionistas que votaram a favor dessa deliberação devem realizar uma oferta de licitação pública para aquisição de

nossas ações.

Conforme nossos estatutos sociais, poderemos também ser excluídos caso a BOVESPA resolva suspender a

negociação de nossas ações no Novo Mercado, devido ao não cumprimento dos regulamentos do Novo Mercado.

Nesse caso, o presidente do Conselho de Admin istração deverá convocar uma assembleia geral até dois dias após a

determinação pela Bolsa de Valores de São Paulo, para substituir todos os nossos conselheiros. Se o presidente do

Conselho de Administração não convocar a assembleia geral, qualquer acionista poderá fazê -lo. O novo Conselho de

Admin istração será responsável pelo cumprimento dos requisitos que resultaram na exclusão.

Além disso, se formos excluídos do Novo Mercado (1) em virtude de decisão tomada em assembleia geral

de nossos acionistas que resultou no não cumprimento dos regulamentos do Novo Mercado, a oferta pública deverá

ser conduzida pelos acionistas que votaram a favor da deliberação ou (2) em consequência do não cumprimento dos

regulamentos do Novo Mercado decorrente de atos de nossa diretoria, deveremos realizar a o ferta pública para nos

tornarmos uma empresa privada, dentro dos limites impostos por lei.

De acordo com os regulamentos do Novo Mercado, no caso de transferência de nosso controle acionário até

12 meses após a exclusão do Novo Mercado, os acionistas controladores vendedores e os adquirentes deverão

propor a aquisição das ações restantes pelos mesmos preço e condições oferecidos aos acionistas controladores

vendedores, corrigidos pela inflação.

Caso nossas ações sejam excluídas do Novo Mercado, não poderemos negociar nossas ações no Novo

Mercado durante dois anos a partir da data de exclusão, a menos que haja uma mudança em nosso controle acionário

após a exclusão do Novo Mercado.

De acordo com os regulamentos do Novo Mercado, a BOVESPA poderá emit ir regras complementares para

regular a oferta pública no caso de exclusão, no caso de empresa com controle d isperso.

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Lei Sarbanes Oxley de 2002

Mantemos controles e procedimentos projetados para garantir que possamos coletar as informações

necessárias para revelar, no relatório arquivado junto à SEC, e processar, resumir e revelar as in formações dentro

dos períodos especificados nas regras da SEC. Arquivamos as certificações oficiais relevantes conforme exig ido

pela Seção 404 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002 referente aos controles internos das demonstrações financeiras,

conforme os Anexos 12.1 e 12.2 deste relatório anual.

10C. Contratos Importantes

Emissão de US$400 milhões de notas garantidas com 6,375% com vencimento em 2017

Em outubro de 2006, nossa subsidiária financeira integral, Embraer Overseas, emitiu US$ 400 milhões em

notas garantidas de 6,375% com vencimento em 2017 e, em 31 de dezembro de 2010, US$ 385,7 milhões estavam

pendentes (US$ 10,4 milhões no curto prazo), incluindo principal e juros acumulados. Os juros serão pagos

semestralmente. As notas são incondicionalmente garantidas por nós. As notas foram listadas na Bolsa de Valores

de Luxemburgo. Em 30 de março de 2007, nós e a Embraer Overseas iniciamos uma oferta de troca por notas

devidamente registradas na SEC. A oferta de troca fo i concluída em 18 de maio de 2007 e US$ 376,3 milhões ou

95% do valor principal das notas não registradas foram t rocados por notas registradas. O documento sob o qual as

notas foram emitidas contém convênios e restrições costumeiros como limitações de cessão, consolidação, fusão ou

transferência dos ativos.

Emissão de US$500 milhões de notas garantidas com 6,375% com vencimento em 2020

Em outubro de 2009, a Embraer Overseas emitiu US$ 500 milhões em notas garantidas de 6,375% , com

vencimento em 2020 e, em 31 de dezembro de 2010, US$ 503,2 milhões estavam pendentes (US$ 7,3 milhões no

curto prazo), inclu indo principal e juros acumulados. Os ju ros serão pagos semestralmente. As notas são

incondicionalmente garantidas por nós. As notas foram reg istrados junto à SEC e listadas na bolsa de valores de

Nova York. O documento sob o qual as notas foram emit idas contém convênios e restrições costumeiros como

limitações de cessão, consolidação, fusão ou transferência dos ativos.

Para obter mais informações sobre financiamentos adicionais, consulte o "Item 5B. Revisão Operacional e

Financeira e Perspectivas — Liquidez e Recursos de Capital — Linhas de Crédito — Linhas de Crédito de Longo

Prazo".

10D. Controles de Câmbio

Não há restrições quanto à propriedade de nossas ações ordinárias por pessoas físicas ou juríd icas

domiciliadas fora do Brasil. Entretanto, o direito à conversão do pagamento de dividendos e de receitas da venda de

ações preferenciais em moeda estrangeira e ao envio de tais quantias para fora do Brasil estará sujeito a restrições da

legislação sobre os investimentos estrangeiros que de modo geral exigem, entre outras coisas, o registro do

investimento correspondente no Banco Central.

De acordo com a legislação brasileira, os inves tidores podem investir em ações ordinárias nos termos da

Resolução No 2.689, de 26 de janeiro de 2000, do CMN. As regras da Resolução No. 2.689 permitem aos

investidores estrangeiros investir em praticamente todos os ativos financeiros e realizar quase tod as as operações

disponíveis no mercado financeiro e de capitais brasileiros, desde que se atendam algumas exigências. De acordo

com a Resolução No. 2.689, a definição de investidor estrangeiro abrange pessoas físicas e juríd icas, fundos mútuos

e outras entidades de investimento coletivo, com domicílio ou sede no exterior.

De acordo com as regras, os investidores estrangeiros deverão: (1) indicar pelo menos um representante no

Brasil, com poderes para executar ações relativas ao investimento estrangeiro; (2) preencher o devido formulário de

registro de investidor estrangeiro; (3) reg istrar-se na CVM como investidor estrangeiro; 1998 e 1999 (4) reg istrar o

investimento estrangeiro no Banco Central.

Os títulos e outros ativos financeiros detidos por investidores estrangeiros nos termos da Resolução No.

2.689 deverão ser reg istrados ou mantidos em contas de depósitos ou em custódia em uma entidade devidamente

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licenciada pelo Banco Central ou pela CVM. Além disso, a negociação de títulos está restrita às operações

executadas em bolsas de valores ou mercados de balcão organizados e licenciados pela CVM.

Nos termos da Resolução No. 2.689, os investidores estrangeiros registrados na CVM podem comprar e

vender ações na Bolsa de Valores de São Paulo sem obter um cert ificado de registro separado para cada operação.

Os investidores sujeitos a essa regulamentação também têm d ireito a tratamento fiscal favorável.

O Anexo V da Resolução No. 1.289, conforme aditamento, do CMN, também denominado

Regulamentações Anexo V, prevê a emissão de recibos depositários nos mercados estrangeiros em relação às ações

de emissores brasileiros.

Com relação às duas ofertas públicas de nossas ações ordinárias, emitiu-se um registro eletrônico em nome

do depositário relat ivamente às ADSs, mantidos em custódia em nome do depositário. Esse registro eletrônico foi

executado pelo Sistema de Informações do Banco Central - SISBACEN. De acordo com o registro, o custodiante e o

depositário poderão converter dividendos e outras distribuições relativas às ações ordinárias representadas pelas

ADSs em moeda estrangeira e remeter os recursos ao exterior. No caso de o portador de ADSs trocá-las por ações

ordinárias, o mes mo terá d ireito a continuar usando o registro do depositário nos cinco dias úteis após a tro ca. Após

esse prazo, o detentor deverá procurar obter o seu próprio registro eletrônico. Desde que as ações ordinárias sejam

de propriedade, conforme a Resolução No. 2689, de um investidor devidamente registrado ou do titular de ações

ordinárias que solicite e obtenha um novo certificado de registro, tal titular poderá não estar apto a converter em

moeda estrangeira e remeter ao exterior os recursos da venda das ações ordinárias ou das respectivas distribuições.

Além disso, se o investidor estrangeiro residir na jurisdição de um "paraíso fiscal" ou não for investidor registrado

nos termos da Resolução No. 2.689, o investidor estará sujeito a tratamento fiscal brasileiro menos favorável do que

um t itular de ADSs.

Consulte o "Item 3D. In formações Importantes - Fatores de Risco — Riscos Relativos às nossas Ações

Ordinárias e ADSs — Caso os titulares de ADSs troquem as ADSs por ações ordinárias, correrão o risco de perder a

habilitação da remessa ao exterior da moeda estrangeira e as vantagens fiscais brasileiras " e o "Item 10E. -

Tributação — Repercussões Fiscais Brasileiras Relevantes".

10E. Tributação

A seguinte discussão, sujeita às limitações estabelecidas abaixo, descreve considerações tributárias

relevantes brasileiras e nos Estados Unidos, relacionadas ao controle de nossas ações ordinárias ou ADSs. Essa

análise não visa a apresentar um exame completo de todas as considerações fiscais relat ivas a esses países e não

aborda o tratamento fiscal de acionistas segundo a legislação de outros países. Acionistas residen tes em países que

não o Brasil e os Estados Unidos, bem como acionistas residentes nesses dois países, são fortemente incentivados a

consultar os respectivos assessores fiscais sobre a legislação tributária relevante para eles naquele país. Este resumo

se baseia na lei fiscal do Brasil e dos Estados Unidos e entra em vigor na data deste relatório anual, sujeito a

alterações, possivelmente com efeito retroativo, e a diversas interpretações. Qualquer mudança em tal lei poderá

alterar as consequências descritas abaixo.

Embora não haja, atualmente, tratado de imposto de renda entre o Brasil e os Estados Unidos, as

autoridades fiscais dos dois países entabularam discussões que podem culminar em tal tratado. Não se pode garantir,

entretanto, se ou quando um tratado entrará em v igor e como afetará os portadores norte-americanos de ações

ordinárias ou ADSs.

Repercussões Fiscais Brasileiras Relevantes

Generalidades. A explanação a seguir resume as repercussões fiscais brasileiras relevantes à aquisição,

propriedade e venda de ações ordinárias ou ADSs, conforme o caso, por um titular que não seja considerado com

domicílio no Brasil ("titular estrangeiro"), para fins de tributação brasileira.

Tributação de Div idendos. Os dividendos, inclusive os dividendos de ações e out ros pagos sobre

propriedade ao depositário por ADSs, ou a um detentor não brasileiro quanto a ações ordinárias, não estão,

atualmente, sujeitos à retenção de imposto, desde que sejam pagos a partir de lucros gerados a partir de 1º de janeiro

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119

de 1996 (ou de reservas deles derivadas). Não temos lucros acumulados gerados anteriormente a 1º de janeiro de

1996 (ou reservas de tais lucros).

Tributação de Ganhos. De acordo com a Lei No. 10.833, promulgada em 29 de dezembro de 2003, a venda

ou alienação de ativos localizados no Brasil, por um titular estrangeiro, independente de a venda ou alienação ter

sido efetuada a outro residente estrangeiro ou residente brasileiro, estão sujeitas à tributação no Brasil. Nesse

sentido, quando da alienação das ações ordinárias, consideradas como ativos localizados no Brasil, o t itular

estrangeiro poderá estar sujeito a imposto de renda sobre ganhos cobrado, de acordo com as regras descritas abaixo,

independente de as operações serem realizadas no Brasil ou no exterior, e com um residente brasileiro ou não. Em

relação às ADSs, embora o assunto não seja isento de dúvidas, pode-se considerar que os lucros realizados por um

titular estrangeiro na venda de ADSs a outro residente estrangeiro não são tributadas no Brasil, com base no

argumento de que as ADSs não constituem ativos localizados no Brasil para fins da Lei No 10.833/03. No entanto,

não podemos garantir o modo como a justiça brasileira interpreta a defin ição de ativos localizados no Brasil,

relacionada à tributação de ganhos realizados por um titular estrangeiro na venda de ADSs a outro residente

estrangeiro. Portanto, o ganho sobre a venda de ADSs por um titu lar estrangeiro a um residente no Brasil (ou mes mo

para um residente estrangeiro, no caso de a justiça determinar que as ADSs constituem ativos localizados no Brasil)

poderá estar sujeito a imposto de renda no Brasil, de acordo com as regras descritas abaixo para ADSs ou aquelas

aplicáveis à alienação de ações ordinárias, quando adequado.

Como regra geral, os ganhos representam a diferença positiva entre o valor em Reais realizado na venda ou

troca do título e seu custo de aquisição, medido em reais (sem correção monetária).

De acordo com a legislação brasileira, as regras de imposto de renda sobre ganhos pode variar dependendo

do domicílio do titular estrangeiro, o tipo de reg istro do investimento pelo titular estrangeiro no Banco Central e a

forma de execução da alienação, conforme descrito abaixo.

O depósito de ações ordinárias em troca de ADSs poderá estar sujeito a imposto de renda sobre ganhos de

capital no Brasil à alíquota de 15% ou 25%, no caso de titular estrangeiro localizado em jurisdição de paraíso fiscal

(conforme definido abaixo), se o custo de aquisição das ações ordinárias for menor que (1) o p reço médio por aç ão

ordinária em bolsa de valores brasileira onde se tenha vendido o maior número de tais ações no dia do depósito ou

(2) caso não tenha havido venda de ações ordinárias naquele dia, o preço médio na bolsa de valores brasileira na

qual o maior número de ações ordinárias foi vendido nos quinze pregões imediatamente anteriores a tal depósito.

Nesse caso, a diferença entre o preço médio das ações ordinárias, calculado conforme acima, e o custo de aquisição

correspondente serão considerados ganho de capital. Existem argumentos sustentando que essa tributação não seja

aplicável no caso de titulares estrangeiros registrados de acordo com a Resolução No. 2.689/00 ("Titular 2.689") que

não sejam titu lares em paraísos fiscais. A retirada de ADSs em troca de ações ordinárias não está sujeita a impostos

brasileiros, desde que as regras regulatórias com relação ao registro do investimento perante o Banco Central sejam

devidamente observadas.

Ganhos cobrados sobre a venda de ações ordinárias efetuada em Bolsa de Valores brasileira (que inclu i

operações realizadas no mercado de balcão organizado):

estão isentos de imposto de renda quando calculados por um titu lar estrangeiro que seja um titular

2.689 e não um titular de paraíso fiscal; ou

estão sujeitos a imposto de renda à alíquota de 15% em qualquer outro caso, inclusive ganhos

calculados por um t itular estrangeiro que (1) não seja um t itular 2.689; ou (2) seja um titular 2.689,

mas seja um t itular em paraíso fiscal. Nesses casos, um imposto retido na fonte de 0,005% sobre o

valor da venda será aplicável e poderá compensar o eventual imposto de renda devido sobre ganhos

de capital.

Quaisquer outros ganhos tributados sobre a venda de ações ordinárias não realizada nas bolsas de valores

brasileiras estão sujeitos a imposto de renda à alíquota de 15%, exceto para titulares de paraísos fiscais que, nesse

caso, estão sujeitos a imposto de renda a uma alíquota de 25%. No caso dos ganhos estarem relacionados a

operações realizadas no mercado de balcão não organizado com intermediação, o imposto de renda retido na fonte

de 0,005% sobre o valor da venda deverá também se aplicar e poderá compensar eventual imposto de renda devido

sobre ganhos de capital.

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120

No caso de resgate de ações ordinárias ou redução de capital, a diferença positiva entre o valor

efetivamente recebido pelo titular estrangeiro e o custo de aquisição dos títulos resgatados ou devolvidos, é

considerada ganhos de capital originários da venda ou troca de ações ordinárias realizada em uma bolsa de valores

brasileira e, portanto, está sujeita a imposto de renda à alíquota de 15% ou 25%, conforme o caso.

Todo exercício de direitos de preferência relat ivos a ações ordinárias não está sujeito à tributação brasileira.

Qualquer ganho pela venda ou cessão de direitos de preferência relativos a nossas ações ordinárias pelo depositário

em nome dos detentores de nossas ADSs ou a titulares estrangeiros de ações ordinárias estará sujeito à tributação

brasileira sobre renda, conforme as mesmas regras aplicáveis à venda ou alienação dessas ações.

Tributação sobre Juros sobre Capital Social. Todo pagamento de juros sobre capital social (consulte o "Item

8A. In formações Financeiras — Demonstrações Consolidadas e Outras Informações Financeiras - Div idendos e

Política de Div idendos — Histórico do Pagamento de Dividendos e Juros sobre Capital Própro, e da Política de

Div idendos ") a titulares estrangeiros de ADSs ou de ações ordinárias, está sujeito ao imposto de renda retido na

fonte à alíquota de 15%, quando a Embraer registrar esta obrigação, tendo ou não se efetivado na ocasião o

pagamento. No caso de titulares de paraíso fiscal, a alíquota aplicável de imposto retido na fonte é de 25%. Para fins

fiscais, essa participação está limitada à variação diária pro rata da TJLP, conforme determinação periódica do

Banco Central, e o valor da dedução não poderá exceder o que for superior a:

50% da receita líquida (após a dedução da contribuição social sobre lucros líquidos, antes de levar

em conta a provisão para imposto de renda corporativo e os valores atribuíveis aos acionistas como

juros líquidos sobre o capital social) no período em relação ao qual o pagamento é efetuado; e

50% da soma dos lucros retidos e das reservas de lucro a partir do início do período em relação ao

qual se está fazendo o pagamento.

A Lei das Sociedades por Ações estabelece que juros atribuídos ao capital social podem ser contabilizados

como parte do dividendo obrigatório ou não. No caso de o pagamento de tal participação ser contabilizado como

parte do dividendo obrigatório, deveremos pagar uma quantia adicional para assegurar que a quantia líquida

recebida pelos acionistas, deduzido o imposto de renda, seja pelo menos igual ao dividendo mín imo obrigatório. A

distribuição de participação atribuída ao capital social seria proposta pelo nosso Conselho de Administração e estaria

sujeita à declaração subsequente pelos acionistas na assembleia geral.

Tributação em Operações de Taxa de Câmbio. A legislação brasileira determina um Imposto sobre

Operações de Câmbio, ou IOF/Câmbio, devido à conversão de reais em moeda estrangeira e à conversão de moeda

estrangeira em reais. Atualmente, na maioria das operações, a taxa de IOF/Câmbio é 0,38%.

No entanto, quando do influxo de recursos para o Brasil por investimentos executados por titulares

estrangeiros nos mercados de capitais e financeiros, o IOF/Câmbio é tributado à alíquota de 1,5%, exceto para a

alíquota de zero por cento aplicável aos investimentos relacionados a (a) instrumentos de rendimento variável

executados em bolsa de valores, de commodit ies e futuros; e (b) a aquisição de ações em uma oferta pública

registrada na CVM, ou a subscrição de ações, desde que, em ambos os casos, o emissor esteja autorizado a negociar

as suas ações em bolsa de valores brasileira. A saída de recursos relacionados a investimentos realizados por

titulares estrangeiros, nos mercados financeiros e de capital b rasileiros, e a remessa de dividendos e juros pagos

sobre o capital social estão sujeitas à cobrança de IOF/Câmbio à alíquota de zero por cento.

Em qualquer caso, o governo brasileiro poderá aumentar a alíquota a qualquer momento para 25,0%. No

entanto, qualquer aumento das alíquotas poderá se aplicar apensas a operações futuras.

Impostos sobre Operações de Títulos de Dívida e Títulos Mobiliários. A legislação brasileira determina um

Imposto sobre Operações de Títulos de Dívida e Títulos Mobiliários, ou IOF/Títulos de Dív ida, devido a operações

que envolvem títulos de dívida e títu los mobiliários, inclu indo as operações realizadas em uma bolsa de valores

brasileira. Apesar de a taxa de IOF/Títulos de Dívida aplicável a transações envolvendo ações ordinárias ser

atualmente zero, a taxa de IOF/Títulos de Dívida aplicável à transferência de ações, com o único objetivo de

habilitar a emissão de ADSs, é atualmente 1,5%. Essa taxa é aplicada sobre o produto de: (1) número de ações que

são transferidas, multip licado pelo (2) preço de fechamento para as ações na data anterior à transferência ou, se tal

preço de fechamento não estiver disponível nessa data, o último preço de fechamento disponível para essas ações. O

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121

governo brasileiro pode aumentar a taxa de IOF/Títulos de Dív ida a qualquer momento em até 1,5% por d ia do

montante da transação, mas somente em relação à transações futuras.

Outros Tributos Brasileiros. Não existem impostos brasileiros sobre herança, doação ou sucessão aplicáveis

à propriedade, transferência ou venda de ações preferenciais ou ADSs, exceto no que diz respeito a impostos sobre

doação e herança cobrados em alguns estados do Brasil sobre doações efetuadas ou heranças cedidas por detentor

estrangeiro a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas em tal estado do Brasil. Não existem t ributos ou

encargos de selos, emissão, registro ou similares a pagar pelos portadores de ações ordinárias ou ADSs.

Conseqüências Relevantes do Imposto de Renda Federal dos EUA

A explanação a seguir, sujeita às limitações e condições estabelecidas no presente documento, descreve as

repercussões significativas do imposto de renda federal dos EUA na compra, detenção e venda de ações ordinárias

ou ADSs da Embraer. Esta exp lanação se aplica somente aos usufrutuários de ações ordinárias ou ADSs da Embraer

que sejam "titulares norte-americanos" (conforme definido abaixo) que possuam ações ordinárias ou ADSs da

Embraer como at ivos de capital (geralmente para fins de investimento). Esta explanação não aborda todos os

aspectos da tributação federal de renda dos EUA que podem ser aplicáveis a titu lares norte-americanos ou as

repercussões fiscais para titulares norte-americanos sujeitos a tratamento especial de acordo com a leg islação

tributária federal dos EUA, incluindo:

sociedades e outras entidades classificadas como sociedades para fins de imposto de renda federal

dos EUA;

pessoas físicas sujeitas a imposto mínimo alternativo;

entidades com isenção fiscal;

corretores e comerciantes de títulos ou moedas estrangeiras;

companhias de seguro;

algumas instituições financeiras;

pessoas físicas que possuem ações ordinárias ou ADSs da Embraer como parte de um investimento

integrado, incluindo uma operação de straddle, hedge ou conversão, composta de ações ordinárias ou

ADSs da Embraer e de uma ou mais posições para fins de imposto;

pessoas físicas cuja moeda funcional não seja o dólar norte-americano para fins de imposto de renda

federal dos EUA;

pessoas físicas que possuem de fato ou construtivamente 10% ou mais ações com d ireito a voto da

Embraer;

pessoas físicas que adquiriram ações ordinárias ou ADSs da Embraer de acordo com o exercício de

qualquer opção de ações para funcionários ou de alguma outra forma como compensação; e

pessoas físicas que detêm ações ordinárias ou ADSs da Embraer relativas a permutas ou negócios

realizados fora dos Estados Unidos.

Além disso, não são examinadas repercussões fiscais estaduais, locais ou fora dos Estados Unidos na

compra, detenção e venda de ações ordinárias ou ADSs da Embraer. A exp lanação se baseia nas disposições do

Internal Revenue Code (Código Americano da Receita Federal) de 1986, conforme aditamento, ou Código, em seu

histórico legislativo, nas regulamentações finais, temporárias e propostas existentes do Tesouro dos EUA, normas e

outros pronunciamentos da Receita Federal dos EUA, ou IRS, e decisões judiciais até a presente data deste relatório

anual. Essas autoridades podem ser anuladas, revogadas ou modificadas (com possível efeito retroativo) gerando

conseqüências para impostos federais dos EUA d iferentes das examinadas adiante.

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122

Esta explanação também baseia-se em parte nas declarações do depositário e no pressuposto de que cada

obrigação no contrato de depósito e qualquer contrato relacionado serão executados de acordo com os seus termos.

É recomendável que os acionistas consultem seus próprios assessores fiscais independentes sobre as

conseqüências da tributação federal dos EUA relativas à propriedade de ações ordinárias e ADSs, à luz de

situações particulares, bem como de quaiquer conseqüências decorrentes de qualquer outra jurisdição fiscal.

Conforme ut ilizado neste documento, o termo ―titular norte-americano‖ significa um usufrutuário de ações

ordinárias ou ADSs da Embraer, que representam ações ordinárias da Embraer, que seja (1) um indivíduo que é

cidadão ou reside nos Estados Unidos, (2) uma companhia ou outra entidade tributada como companhia, criada ou

organizada de acordo com a legislação dos Estados Unidos, de qualquer Estado ou do Distrito de Colúmbia, (3) uma

propriedade cuja renda está sujeita à tributação da receita federal dos EUA, qualquer que seja a sua fonte, ou (4)

uma truste (X) sujeita à supervisão da justiça dos Estados Unidos e ao controle de uma ou mais pessoas nos Estados

Unidos, conforme é descrito na Seção 7701(a)(30) do Código ou (Y) que seja uma qualificação válida em v igor

conforme as regulamentações do Tesouro dos EUA para ser t ratada como pessoa física dos Estados Unidos. Exceto

onde especificamente descrito abaixo, esta explanação pressupõe que não somos uma companhia de investimentos

estrangeira, ou PFIC, para fins de imposto de renda nos Estados Unidos.

Se uma sociedade (ou entidade tratada como sociedade para fins de imposto de renda federal dos EUA)

detiver ações ordinárias ou ADSs da Embraer, o t ratamento tributário dessa sociedade e de cada sócio geralmente

dependerá da situação dos sócios e das atividades da sociedade. Sociedades que detêm ações o rdinárias ou ADSs da

Embraer e sócios que detêm essas ações ordinárias ou ADSs são incentivados a consultar seus assessores fiscais em

relação às repercussões da compra, detenção e venda de ações ordinárias ou ADSs da Embraer.

De um modo geral, para fins de tributação federal nos EUA, os detentores nos EUA usufrutuários de uma

ADS serão tratados como titulares das ações ordinárias associadas da Embraer, representadas pelas ADSs. Depósitos

ou retiradas das ações associadas por detentores nos EUA para ADSs não estão sujeitos a impostos federais dos

EUA.

Distribuições de Ações Ordinárias ou ADSs da Embraer

Para fins de imposto de renda federal dos EUA, o valor bruto de qualquer distribuição (inclusive

distribuições de encargos de juros de referência atribu ídos ao capital líquido) pago aos titulares norte-americanos de

ações ordinárias ou ADSs da Embraer (inclusive impostos brasileiros retidos na fonte aplicados a essas

distribuições) serão tratados como dividendos, por serem pagos sobre ganhos e lucros atuais ou acumulados da

Embraer e sua predecessora, conforme determinado pelos princíp ios do imposto de renda federal dos Estados

Unidos. Tal d ividendo poderá ser incluído na renda bruta de um Titular Norte Americano como renda ordinária na

data em que recebido pelo referido Titular. Na medida em que o valor de qualquer d istribuição ultrapassar os ganhos

e lucros atuais e acumulados da Embraer em um exercício fiscal (conforme determinado pelos princípios de

tributação federal nos EUA), p rimeiro a distribuição será tratada como retorno de capital não tributável na medida

da base de cálculo ajustada do Detentor nos EUA de ações ordinárias ou ADSs da Embraer, após isso, como ganho

de capital. Como não esperamos manter ganhos e lucros de acordo com os princíp ios do impo sto de renda federal

dos EUA, os titulares norte-americanos devem aguardar que uma d istribuição seja tratada como d ividendo para fins

de imposto de renda federal dos EUA.

Div idendos pagos pela Embraer não serão elegíveis para dedução de dividendos recebido s permit ida às

empresas pelo Código.

O valor de qualquer distribuição de caixa paga em reais será inclu ído na renda bruta de um Titular Norte

Americano em valor equivalente ao valor do dólar norte americano dos reais calculados por referência à taxa de

câmbio em v igor na data em que o dividendo for receb ido pelo Titu lar Norte Americano , no caso de ações ordinárias

da Embraer, e pelo depositário, no caso de ADSs , independente de se os reais forem convertidos em dólares norte

americanos. Se os reais recebidos como dividendo não forem convertido em dólares norte americanos na data do

recebimento, um Titular Norte Americano terá uma base de cálculo em reais equivalente ao valor em dó lares

americanos na data do recebimento. Todos os ganhos ou perdas realizados em uma conversão subseqüente ou outra

disposição dos reais serão tratados como renda comum ou perda de fonte dos Estados Unidos para fins de impostos

federais dos EUA.

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123

Será nomeado um titular norte-americano, sujeito a várias limitações e condições complexas, para

reivindicar créd itos fiscais nos EUA com relação a qualquer imposto brasileiro retido na fonte sobre dividendos

recebidos de ações ordinárias ou ADSs da Embraer. Os titulares norte-americanos que não tiverem direito a

reivindicar créd itos por impostos pagos no exterior poderão solicitar uma dedução referente a esse imposto brasileiro

retido na fonte. Dividendos recebidos em relação às ações ordinárias ou ADSs da Embraer serão tratados como fonte

de renda no exterior para fins de imposto de renda federal dos EUA e serão ―renda de categoria passiva‖ para fins de

cálculo de créditos fiscais no exterior, na maioria dos casos, sujeitos a várias limitações. As normas para o cálculo

de crédito ou retenção de impostos no exterior são extremamente complexas e é recomendável que os titulares norte-

americanos consultem seus próprios assessores fiscais sobre a disponibilidade de créd itos fiscais no exterior

referentes a imposto brasileiro retido na fonte sobre dividendos pagos de ações ordinárias ou ADSs da Embra er.

Sujeito a algumas exceções para posições de curto prazo e de hedge, o montante de dividendos recebidos

por determinados titulares não corporativos norte-americanos (inclusive pessoas físicas) até janeiro de 2013,

relativo a ações ordinárias e ADSs da Embraer, estará sujeito à tributação máxima de 15%, se os dividendos

representarem "receita qualificada de dividendos". Dividendos pagos sobre ações ordinárias ou ADSs da Embraer

serão tratados como receita qualificada de dividendos se (1) as ações ordinárias ou ADSs da Embraer forem

prontamente negociáveis em um mercado de valores estabelecido nos Estados Unidos e (2) nem a Embraer nem a

sua predecessora eram, no ano anterior ao qual o div idendo foi pago, e não no ano em que o div idendo está sendo

pago, uma empresa estrangeira de investimentos passiva, ou PFIC. Segundo orientação divulgada pela IRS, as ADSs

da Embraer devem ser qualificadas como prontamente negociáveis em mercados de capitais estabelecidos nos

Estados Unidos, desde que negociadas na NYSE. No caso de ações ordinárias da Embraer detidas diretamente por

titulares norte-americanos e não associadas a uma ADS, não fica claro se os dividendos pagos referentes a essas

ações representam "receita qualificada de dividendos". É recomendável que os titulares norte-americanos que

possuem ações ordinárias da Embraer diretamente e não associadas a uma ADS consultem seus próprios assessores

fiscais independentes.

Com base em nossas demonstrações financeiras auditadas e nos dados relevantes de mercado e acio nistas, a

Embraer acredita que não era uma PFIC para fins de imposto de renda federal dos EUA no exercício fiscal de 2010.

Além disso, com base em nossas demonstrações financeiras auditadas ou projetadas e nas expectativas atuais

relativas ao valor e à natureza dos nossos ativos, às fontes e natureza de nossa receita e a dados relevantes de

mercado e acionistas, não prevemos passar a ser uma PFIC no exercício fiscal de 2011. Entretanto, como essa

determinação baseia-se na natureza da receita e dos ativos da Embraer ao longo do tempo, ela envolve a aplicação

de regras complexas de tributação e, como a visão da Embraer não é v inculante para a justiça ou a IRS (Internal

Revenue Service), nenhuma garantia pode oferecida de que a Embraer (ou sua predecessora) não será considerada

uma PFIC no exercício fiscal atual ou em qualquer exercício fiscal anterior ou futuro. A aplicação potencial das

regras PFIC é analisada em mais detalhes abaixo.

Venda, Troca ou Outra Alienação Tributável de Ações Ordinárias ou ADSs da Embraer

Um t itular norte-americano contabilizará ganhos ou perdas tributáveis em qualquer venda, troca ou outra

alienação tributável de ações ordinárias ou ADSs da Embraer em valor igual à d iferença entre o montante realizado

na venda, troca ou outra alienação tributável e a base de cálculo ajustada do imposto do titular norte-americano

(determinada em dólares norte-americanos) nas ações ordinárias ou ADSs da Embraer. Tais ganhos ou perdas de

capital geralmente serão ganhos ou perdas de capita e serão ganhos ou perdas de capital de longo prazo quando o

período de detenção das ações ordinárias ou ADSs da Embraer for superior a um ano. Certos titulares norte -

americanos (incluindo pessoas físicas) podem ter d ireito a alíquotas preferenciais de impostos federais n os Estados

Unidos para ganhos de capital de longo prazo. A possibilidade de dedução de perdas de capital está sujeita a

limitações determinadas no Código.

Qualquer ganho ou prejuízo contabilizado por um Detentor dos EUA da venda, troca ou alienação

tributável das ações ordinárias ou ADSs da Embraer geralmente serão ganhos ou perdeas de fontes norte -americanas

para fins de crédito de impostos estrangeiros nos Estados Unidos. Conseqüentemente, quando um imposto brasileiro

retido na fonte for imposto de acordo com uma venda de ações ordinárias ou ADSs da Embraer, os detentores nos

EUA que não possuem receita significativa de fonte estrangeira talvez não possam tirar benefícios de crédito de

impostos efetivos nos EUA, com relação a tais impostos retidos na fonte ou impostos sobre ganhos de capital

brasileiros. As regras relacionadas a créditos fiscais no exterior, inclusive o valor de imposto de renda no exterior,

que possam ser reclamados como créd ito em qualquer ano, são extremamente complexas e sujeitas a limitações.

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124

Titulares norte-americanos devem consultar seus assessores fiscais quanto à aplicação de regras de créditos fiscais

no exterior às suas circunstâncias particulares.

Depósitos e retiradas de ações ordinárias em t roca de ADSs não implicam a realização de ganhos ou perdas

para efeitos fiscais nos EUA.

Normas para Empresas Passivas de Investimento Externo

Se, durante qualquer ano fiscal de uma companhia não norte-americana, 75% ou mais da receita bruta da

empresa consistirem de certos tipos de receita ―passiva‖, ou se o valor médio, durante um ano fiscal, dos ―ativos

passivos‖ da companhia (geralmente ativos que geram receita passiva) for 50% ou mais que o valor médio de todos

os ativos da empresa, esta será tratada como ―companhia passiva de investimento externo‖, ou PFIC, nos termos da

legislação federal fiscal dos EUA. Se uma companhia fo r tratada como PFIC, o t itular norte-americano poderá estar

sujeito a maior tributação sobre a venda de suas ações ou sobre o recebimento de certos dividendos, a não s er que tal

titular opte por ser tributado atualmente sobre a sua parcela pro rata da receita da companhia, seja ou não tal receita

distribuída na forma de dividendos, ou que faça, de outra maneira, uma opção ―market -to-market‖ em relação ao

capital social da companhia, conforme permitido pelo Código. A lém d isso, conforme analisado acima, o portador

nos EUA não faria jus (se pudesse de outra maneira) à alíquota reduzida preferencial de imposto sobre determinadas

receitas de dividendos. Conforme indicado acima, embora nenhuma garantia possa ser oferecida, com base nas

nossas operações, projeções e planos de negócios e outros itens, a Embraer não acredita que ela (ou sua

predecessora) era ou seja, atualmente, uma PFIC, nem espera se tornar uma PFIC no exercício fiscal de 2007.

É recomendável que os titulares norte-americanos consultem seus próprios assessores fiscais

independentes, sobre a aplicação potencial de normas para PFICs às ações ordinárias ou ADSs e sobre a

disponibilidade e a conveniência de se qualif icarem para evitar as consequências fiscais negativas das normas para

PFICs em qualquer exercício fiscal.

Relatório de Informações e Retenção de Backup.

Em geral, pagamentos de dividendos sobre as ações ordinárias ou ADSs da Embraer e pagamentos do

resultado da venda, troca ou outra alienação de ações ordinárias ou ADSs da Embraer, pagos nos Estados Unidos ou

por meio de certos intermediários financeiros relacionados aos Estados Unidos a um t itular norte -americano, podem

estar sujeitos à prestação de relatórios de informações e retenção de proteção a uma alíquota máxima atual de 28%, a

menos que o titular norte-americano (1) seja companhia ou outro recebedor isento ou (2) no caso de retenção de

proteção, forneça um número exato de identificação de contribuinte e declare não ter ocorrido perda de isenção na

retenção de proteção. A retenção de proteção não é taxa adicional. O valor de qualquer retenção de proteção sobre o

pagamento a um t itular norte-americano é contabilizado como devolução ou crédito na declaração de renda do titular

norte-americano, desde que as devidas informações sejam fornecidas à IRS em tempo hábil. Um titular norte -

americano poderá obter o reembolso de qualquer valor ret ido de acordo com as regras de retirada de proteção que

exceder a responsabilidade tributária federal dos EUA, dando entrada em uma reclamação de reembolso na IRS.

10F. Dividendos e Agentes de Pagamento

Não se aplica.

10G. Declarações de Peritos

Não se aplica.

10H. Documentos a Apresentar

Estamos sujeitos à apresentação periódica de relatórios e outras exigências de informação da Lei das Bolsas

de Valores. Da mes ma forma, somos obrigados a arquivar relatórios e outras informações na SEC. Mediante o

pagamento de uma taxa, você poderá examinar e obter cópias de relatórios e outras informações arquivadas por nós

na SEC, em seu setor de registros públicos, em 100 F Street, N.E., Washington, D.C. 20549. É possível também

obter informações sobre a operação do Espaço de Informação Pública telefonando, nos Estados Unidos, para a SEC

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125

em 1-800-SEC-0330. Esse material também pode ser verificado e copiado nos escritórios da Bolsa de Valores de

Nova York, New York Stock Exchange, Inc.,20 Broad Street, New York, New York 10005.

Nós arquivamos um relatório anual Formulário 20-F, que inclu i as nossas demonstrações financeiras e

outros relatórios, inclusive nossos relatório no Formulário 6-K, eletronicamente na SEC. Esses arquivamentos estão

disponíveis em www.sec.gov. Também arquivamos demonstrações financeiras e outros relatórios periódicos

eletronicamente no site da CVM, www.cvm.gov.br. Cópias de nossos relatórios anuais no Formulário 20 -F e

documentos mencionados neste relatório anual e nossos estatutos estarão disponíveis para inspeção quando

solicitado em nossa sede na Av. Brigadeiro Faria Lima, 2170, 12227--901 São José dos Campos, São Pau lo, Brasil.

10I. Informação Complementar

Não necessária.

ITEM 11. DIVULGAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE O RISCO DE

MERCADO

Estamos expostos a diversos riscos de mercado, basicamente relacionados a perdas potenciais result antes

de mudanças adversas nas taxas de juros e de câmbio. Estabelecemos polít icas e procedimentos para administrar a

nossa sensibilidade ao risco das taxas de juros e de câmbio. Estes procedimentos incluem o monitoramento dos

nossos níveis de risco de mercado, contendo uma análise baseada em previsão dos fluxos de caixa futuros,

financiamento dos ativos de taxa variável com passivos de taxa variável, e limitação dos ativos de taxa fixa

financiados com passivos de taxa flutuante. Também podemos usar instrumentos financeiros derivativos para

diminu ir os efeitos das flutuações de taxas de juros e para reduzir nosso risco de câmbio. As seções a seguir tratam

dos riscos de mercado significativos associados às nossas atividades financeiras.

Risco de Taxa de Juros

A nossa exposição ao risco de mercado quanto a flutuações da taxa de juros está relacionada,

principalmente, às alterações nas taxas de juros de mercado dos nossos passivos e ativos expressos em dólar e real,

principalmente as nossas dívidas de curto e de longo prazo. Os aumentos e reduções das taxas de juros em vigor em

geral se traduzem em aumentos e reduções na despesa de juros. Além d isso, os valores justos dos instrumentos

sensíveis às taxas de juros também são afetados pelas condições gerais do mercado.

Nossas obrigações de curto e longo prazo totalizaram US$ 1.434,8 milhões em 31 de dezembro de 2010 e

acham-se expressas em dólares norte-americanos, reais e euros. Do total da dív ida expressa em dólares norte-

americanos (US$ 1.024,2 milhões), aproximadamente US$ 936,1 milhões, eram de taxa fixa. O resto da dívida em

dólares norte-americanos de taxa flutuante estava indexado à taxa LIBOR de 6 meses. Toda a nossa dívida expressa

em reais totalizava US 400,5 milhões em 31 de dezembro de 2010, com taxa de juros variável baseada na TJLP, à

taxa de juros de longo prazo do Brasil e US$ 331,4 com taxa de juros fixa de 4,5% ao ano. A TJLP era de 6,00% ao

ano em 31 de dezembro de 2010. Nossa dívida expressa em euros totalizava US$ 10,1 milhões em 31 de dezembro

de 2010, dos quais US$ 3,1 milhões eram sujeitos a taxas fixas e US$ 7,0 milhões estavam indexados a uma taxa

variável de juros, baseada na taxa Euribor.

A tabela abaixo apresenta informações sobre nossas obrigações de dívida de curto prazo em 31 de

dezembro de 2010, sensíveis a mudanças nas taxas de juros e de câmbio.

Page 130: 20F Portugues

126

Taxa de juros

média ponderada

2010

Valor total

pendente

Valor justo

total

Dívida de curto prazo (%) (em milhões de US$)

Dólares norte-americanos (taxa fixa) .................................... 6,31% 46,2 48,8

Dólares norte-americanos (indexados à taxa LIBOR)........ 1,33% 0,4 0,3

Euro (taxa fixa).......................................................................... 2,28% 3,1 3,0

Euro (indexado à taxa EURIBOR) ........................................ 2,20% 1,7 1,7

Reais (indexados à TJLP) ........................................................ 2,78% 19,8 19,8

Reais (taxa fixa) ........................................................................ 4,50% 1,4 1,4

Dívida total de curto prazo ......................................... 72,6 75,0

O quadro abaixo contém informações sobre as nossa dívida de curto e longo prazo em 31 de dezembro de

2010 sensíveis a mudanças nas taxas de juros e de câmbio.

Taxa de juros

média

ponderada

2010

Valor total

pendente 2012 2013 2014 2015

2016 e

depois Valor

justo

total

Dívida de longo prazo (%)

Dólares norte-americanos

(taxa fixa) ................................... 6,31% 889,9 9,4

1,1 0,6 0,5 878,4 937,6

Dólares norte-americanos

(indexados à taxa LIBOR) ...... 1,33% 87,6 25,3

1,8 1,8 1,9 56,7 87,6

Euro (indexado à taxa

EURIBOR) ................................ 2,20% 5,3 -

5,3 - - - 5,2

Reais (indexados à TJLP) ........... 2,78% 49,3 17,7 17,9 8,5 5,3 - 49,4

Reais (taxa fixa) ........................... 4,50% 330,1 180,1 150,0 - - - 330,1

Dívida total de longo

prazo .......................................

1.362,2 232,5 176,1 10,9 7,7 935,1 1.409,9

Para gerenciar o risco da taxa de juros sobre nosso pas sivo monetário, realizamos alguns swaps, que

efetivamente convertem US$ 6,2 milhões da nossa dívida expressa em dólares norte-americanos com taxa de juros

fixa em obrigações expressas em dólares norte-americanos, com taxa de juros flutuante.

A tabela abaixo apresenta informações sobre as nossas obrigações de dívida de curto e longo prazo em 31

de dezembro de 2010, após considerados os efeitos das operações com derivativos mencionadas acima.

Taxa de juros média

ponderada 2010 Valor total pendente Valor justo total

Dívida de curto prazo (%) (em milhões de US$)

Dólares norte-americanos (taxa fixa) .............................................................. 6,30% 46,6 49,1

Dólares norte-americanos (indexados à

taxa LIBOR) ........................................................................................................ 1,23% 0,1 0,1

Reais (indexados à TJLP) .................................................................................. 2,78% 19,4 19,4

Reais (indexados a CDI).................................................................................... 11,89% 0,4 0,4

Reais (taxa fixa) .................................................................................................. 4,50% 1,3 1,3

Euro (taxa fixa).................................................................................................... 2,28% 3,1 3,0

Euro (indexado à taxa EURIBOR) .................................................................. 2,20% 1,7 1,7

Dívida total de curto prazo ...................................................................... 72,6 75,0

Page 131: 20F Portugues

127

A tabela abaixo apresenta informações sobre as nossas obrigações de dívida de longo prazo em 31 de

dezembro de 2010, após considerados os efeitos das operações com derivativos mencionadas acima.

Taxa de juros

média

ponderada

2010

Valor total

pendente 2012 2013 2014 2015

2016 e

depois

Valor

justo

total

Dívida de longo prazo (%) (em milhões de US$)

Dólares norte-americanos

(taxa fixa) ...........................................

6,30% 895,8 9,7 1,4 1,0 0,9 882,9 943,5

Dólares norte-americanos

(indexados à taxa LIBOR) .............. 1,23% 81,7 25,0 1,4 1,5 1,5 52,3 81,7

Reais (indexados à TJLP)................ 2,78% 48,3 17,7 17,6 8,2 5,0 - 48,3

Reais (indexados a CDI) ................. 11,89% 1,0 0,2 0,3 0,3 0,3 - 1,1

Reais (taxa fixa) ................................ 4,50% 330,1 180,1 150,0 - - - 330,1

Euro (indexado à taxa

EURIBOR) ........................................

2,20% 5,3 - - - - - 5,2

Dívida total de longo

prazo ............................................ 1.362,2 232,7 170,7 11,0 7,7 935,2 1.409,9

Risco de Câmbio

Na administração do nosso risco de câmbio, procuramos contrabalançar os nossos ativos expressos em

moeda diferente do dólar norte-americano contra os nossos passivos também expressos em moeda d iferente do dólar

norte-americano, mais o capital social em relação às nossas previsões de fluxos de caixa futuros. Além da exposição

a câmbio relacionada às nossas obrigações de dívida, conforme resumidas abaixo, nós também temos outros ativos e

responsabilidades denominados em moedas que não o dólar. Esses ativos e responsabilidades monetárias são

principalmente caixa e equivalentes de caixa, ativos financeiros contas a receber e a pagar, imposto de renda

diferido, div idendos e certos outros ativos e passivos e são denominados principalmente em reais. Os efeitos sobre

tais ativos e responsabilidades da valorização ou desvalorização de outras moedas em relação ao dólar norte -

americano resultam em ganhos (perdas) contabilizados como resultado de juros (despesa), líquido. Os ganhos e

perdas com conversão em dólares americanos, originários de novos cálculos em nossas demonstrações financeiras,

são contabilizados em nossa demonstração de resultado como ganho de câmbio (perda), líquido.

A tabela abaixo contém informações sobre nossos ativos e passivos expostos ao risco de câmbio em 31 de

dezembro de 2010, além das operações com derivativos em aberto nessa data.

Valor pendente por ano de vencimento Total

Quantia em

aberto 2011 2012 2013 2014 2015

Após essa

data

Valor justo

total (em milhões de US$) ATIVOS

Caixa e equivalentes de caixa e investimentos financeiros

Em reais ..................................................................... 1.051,9 1.051,9 - - - - - 1.051,9

Em Euros ................................................................... 20,6 20,6 - - - - - 20,6

Em outras moedas.................................................... 67,1 67,1 - - - - - 67,1 Contas a receber

Em reais ..................................................................... 44,7 44,7 - - - - - 44,7

Em Euros ................................................................... 51,5 51,5 - - - - - 51,5

Em outras moedas.................................................... 0,4 0,4 - - - - - 0,4 Ativos de imposto de renda diferido

Em reais ..................................................................... 117,2 57,3 48,3 7,5 2,0 0,9 1,2 117,2

Em Euros ................................................................... 11,1 11,1 - - - - - 11,1 Em outras moedas.................................................... 2,1 2,1 - - - - - 2,1

Outros ativos

Em reais ..................................................................... 616,9 323,2 293,7 - - - - 616,9

Em Euros ................................................................... 11,0 8,0 3,0 - - - - 11,0 Em outras moedas.................................................... 2,6 2,5 0,1 - - - - 2,6

Total de ativos em reais .................................................. 1.830,7 1477,1 342,0 7,5 2.09 0,9 1,2 1.830,7

Total de ativos em Euros ................................................ 94,2 91,2 3,0 - - - - 94,2

Total de ativos em outras moedas ................................ 72,2 72,1 0,1 - - - - 72,2 PASSIVOS

Empréstimos

Page 132: 20F Portugues

128

Em reais ..................................................................... 400,5 21,2 197,8 167,8 8,4 5,3 - 400,7

Em Euros ................................................................... 10,1 4,8 - 5,3 - - - 9,9 Contas a pagar a fornecedores

Em reais ..................................................................... 38,2 38,2 - - - - - 38,2

Em Euros ................................................................... 41,4 41,4 - - - - - 41,4

Em outras moedas.................................................... 2,6 2,6 - - - - - 2,6 Adiantamentos a clientes

Em reais .................................................................... 137,2 137,2 - - - - - 137,2

Outras contas a pagar e passivos provisionados

Em reais ..................................................................... 269,4 262,8 6,6 - - - - 269,4 Em Euros ................................................................... 43,8 34,2 9,6 - - - - 43,9

Em outras moedas.................................................... 11,0 11,0 - - - - - 11,0

Impostos e encargos sociais a pagar

Em reais ..................................................................... 518,9 253,1 214,1 33,3 9,0 4,2 5,2 519,9 Em Euros ................................................................... 3,6 3,6 - - - - - 3,6

Em outras moedas.................................................... 1,0 1,0 - - - - - 1,0

Impostos provisionados sobre o lucro Em reais ..................................................................... 2,4 2,4 - - - - - 2,4

Em Euros ................................................................... 8,5 8,5 - - - - - 8,5

Em outras moedas.................................................... 0,8 0,8 - - - - - 0,8

Passivos de imposto de renda diferido Em reais ..................................................................... (17,7) (1,5) (1,7) (1,8) (1,8) (1,8) (9,1) (17,7)

Em Euros ................................................................... 0,5 0,5 - - - - - 0,5

Dividendos provisionados

Em reais ..................................................................... 76,6 76,6 - - - - - 76,6 Contingências

Em reais ..................................................................... 75,8 36,9 31,3 4,9 1,3 0,6 0,8 75,8

Em Euros ................................................................... 0,6 0,6 - - - - - 0,6

Total de passivos em reais .............................................. 1.501,3 826,9 448,1 204,2 16,9 8,3 (3,1) 1.502,5 Total de passivos em Euros ........................................... 108,4 93,6 9,6 5,3 - - - 108,4

Total de passivos em outras moedas ........................... 15,4 15,4 12,8

Total da exposição em reais .......................................... 329,4 650,2 (106,1) (196,7) (14,9) (7,4) 4,3 328,2 Total da exposição em Euros ........................................ (14,2) (2,4) (6,6) (5,3) - - - (14,2)

Exposição total em outras moedas .............................. 56,8 56,7 0,1 - - - - 59,4

INSTRUMENTOS DERIVATI VOS

Swap (juro fixo em juro variável – US$) Quantia de referência........................................................ 6,2 0,3 0,3 0,3 0,4 0,4 4,5 (0,4)

Média de juros pagos em US$ ....................................... 1,95% - - - - - - -

Média de taxa de juros recebidos em US$ ..................

Swap (juro fixo em juro variável – US$)

Quantia de referência........................................................ 168,8 9,1 9,8 10,4 10,8 10,6 118,1 20,8

Média de juros pagos em US$ ....................................... 5,98% - - - - - - -

Risco líquido de ativos/passivos Em reais ..................................................................... 329,4 650,2 (106,1) (196,7) (14,9) (7,4) 4,3 328,2 Em Euros ................................................................... (14,3) (2,4) (6,6) (5,3) - - - (14,2) Em outras moedas.................................................... 56,8 56,7 0,1 - - - - 59,4

Risco de Crédito do Cliente e da Parte

Podemos incorrer em perdas, caso as partes de nossos diversos contratos não paguem valores que são

devidos a nós. A este respeito, o nosso risco de crédito principal deriva da venda de aeronaves, peças sobressalentes

e serviços relacionados a clientes, incluindo as obrigações financeiras relacionadas às vendas nos casos em que

fornecemos as garantias para o benefício das entidades de financiamento para a aquisição de aeronaves dos nossos

clientes. Nós também estamos expostos ao risco de crédito das partes dos nossos contratos de derivativos

financeiros.

Instrumentos financeiros que potencialmente podem nos sujeitar a concentração de riscos de crédito

incluem: (1) Caixa e equivalentes de caixa (2), contas a receber de clientes e outras (3) financiamento comercial (4),

adiantamentos a fornecedores e (5) contratos de derivativos financeiros. Procuramos limitar o nosso risco de crédito

associado com caixa e equivalentes de caixa, colocando investimentos que fazemos com esses instrumentos com

instituições de grau de investimento e m títulos a curto prazo e fundos mútuos. Com relação a contas a receber de

clientes e financiamento comercial a clientes, buscamos limitar o nosso risco de crédito através da realização de

avaliações de crédito em curso. Todos esses clientes estão atualmente cumprindo os seus compromissos conosco,

estão operando dentro dos limites de crédito estabelecidos que nós atribuímos a eles e são considerados pela

administração que representam um nível aceitável de risco de crédito para nós. Os adiantamentos a fornecedores são

feitos apenas para selecionar fornecedores de longa data. A situação financeira dos fornecedores é analisada

continuamente, com v ista a limitar os riscos de crédito. Abordamos o risco de crédito relacionadao a instrumentos de

derivativos limitando as partes de tais derivados para as principais instituições financeiras.

Page 133: 20F Portugues

129

Também existe um risco de crédito relat ivo à venda de aeronaves durante o período no qual seus

compradores estão em processo de finalização dos financiamentos para aquisições de nossas aeronaves.. Para

minimizar esses riscos, as análises de crédito são continuamente monitoradas, trabalhamos próximos às instituições

financeiras para facilitar o financiamento a clientes.

ITEM 12. DISCRIMINAÇÃO DOS VALORES MOBILIÁRIOS, FORA AÇÕES

12A. Títulos de dívida

Não se aplica.

12B. Garantias e direitos

Não se aplica.

12C. Outros títulos

Não se aplica.

12D. Ações de depósitos americanos

Honorários e Encargos do depositário

Os titulares de ADR receberão a cobrança de uma taxa para cada emissão de ADSs, inclu indo emissões

resultantes da distribuição de ações, direitos e outras propriedades, e para cada resgate de ADSs em troca de títu los

depositados. A taxa em cada caso é US$5,00 para cada grupo de 100 ADSs (ou qualquer fração deste número)

emitidas ou resgatadas.

Os seguintes encargos adicionais serão pagos pelos titulares de ADR, por qualquer parte depositando ou

retirando ações, por qualquer parte resgatando ADRs ou para a qual sejam emitidos ADRs (incluindo, sem

limitação, emissão referente a dividendo sobre o capital ou divisão de capital por nós declarada, ou uma t roca de

valores referentes a ADRs, títu los depositados ou distribuição de ADRs), o que fo r aplicável:

até onde for autorizado pelas regras de qualquer bolsa de valores ou sistema de cotação entre

corretores no qual sejam negociadas as ADSs, uma taxa de US$ 1,50 por ADR ou ADRs para

transferências de ADRs certificados ou de registro direto;

até onde for autorizado pelas regras de qualquer bolsa de valores ou sistema de cotação entre

corretores no qual sejam negociadas as ADSs, uma taxa de US$ 0,02 ou menos por ADS (ou fração

disso) para cada distribuição em espécie realizada de acordo com o contrato de depósito que rege

nossas ADSs;

até onde for autorizado pelas regras de qualquer bolsa de valores ou sistema de cotação entre

corretores no qual sejam negociadas as ADSs, uma taxa de US$ 0,02 por ADS (ou fração disso) por

ano por serviços prestados, pelo depositário na admin istração do nosso programa de ADR (essa taxa

será cobrada de titulares de ADRs na data de registro definida pelo depositário, apenas uma vez por

cada ano civil e será devida na forma descrita na cláusula seguinte);

qualquer outro encargo devido por qualquer depositário, quaisquer agentes do depositário, incluindo,

sem limitação, o custodiante, os agentes dos agentes do depositário ligados aos serviços prestados de

nossas ações ordinárias ou outros títulos depositados (tal encargo será cobrado dos titulares

registrados de nossos ADRs na data de registro ou nas datas definidas pelo depositário e será devido

a critério exclusivo do depositário por cobrança aos titulares registrados ou por dedução desse

encargo de um ou mais dividendos em espécie ou de outras distribuições em espécie);

uma taxa para d istribuição de títulos (ou venda de títulos ligados a uma distribuição), tal taxa sendo

em valor igual à taxa de execução e entrega de ADSs que teria sido cobrada face ao depósito desses

títulos (considerando todos esses títulos como se fossem ações), mas os títulos ou a receita líqu ida

Page 134: 20F Portugues

130

em dinheiro obtidos da venda correspondente serão distribuídos pelo depositário aos titulares com

direito;

transferência de ações ou outros impostos e outros encargos governamentais;

encargos de transmissão por cabo, telex e fax e encargos de entrega incorridos por solicitação dos

titulares de ADR;

taxas de transferência ou registro para o reg istro da transferência de títulos depositados em qualquer

registro aplicável, ligadas ao depósito ou retirada de títulos depositados;

despesas do depositário ligadas à conversão de moeda estrangeira em dólares norte-americanos; e

taxas e despesas gastas pelo depositário (inclu indo, sem limitação, as despesas incorridas e ligadas ao

cumprimento dos regulamentos de controle de câmbio externo ou qualquer lei ou regulamento

relacionado a investimento estrangeiro) na entrega de títulos depositados ou ligadas ao cumprimento

pelo depositário ou seu custodiante de lei, regra ou regulamento aplicável.

Pagaremos todos os outros encargos e despesas do depositário e de qualquer agente do depositário (exceto

do custodiante brasileiro de nossas ações ordinárias), de acordo com os contratos ocasionais entre nós e o

depositário. As taxas acima descritas poderão ser alteradas ocasionalmente.

Apenas no caso dos honorários devidos ao depositário e associados às dist ribuições em espécie a pagar aos

titulares de ADS, encontra-se o JPMorgan Chase Bank, o depositário do nosso programa de ADR, com direito a

receber tais honorários, compensando-os com as referidas distribuições em espécie a pagar aos titulares de nossos

ADRs. Em todos os outros casos, o JPMorgan Chase Bank não compensará os honorários devidos ao depositário

com d istribuições a pagar aos titulares de ADRs.

Pagamentos ao depositário para o ano de 31 de dezembro de 2010

Em 2010, o JPMorgan Chase Bank pagou US$ 0,6 milhão em despesas da Embraer, associadas às relações

de investidores, incorridas em 2010 elegíveis para reembolso por parte do JPMorgan Chase Bank, segundo nossos

acordos contratuais com tal entidade.

PARTE II

ITEM 13. INADIMPLÊNCIAS, ATRASO NOS DIVIDENDOS E INFRAÇÕES

Nada a relatar.

ITEM 14. MODIFICAÇÕES S UBSTANCIAIS AOS DIREITOS DOS PORTADORES DE VALORES

MOBILIÁRIOS E A UTILIZAÇÃO DOS RES ULTADOS

Alterações Significantes nos Direitos dos Portadores de Valores Mobiliários

Não se aplica.

Utilização dos Recursos

Não se aplica.

ITEM 15. CONTROLES E PROCEDIMENTOS

Controles e procedimentos de divulgação

Controles e procedimentos de divulgação se referem aos controles e outros procedimentos adotados por nós

e planejados para assegurar que informações obrigatórias a serem divulgadas por nós, n os relatórios que arquivamos

ou enviamos nos termos da Lei de Mercado de Capitais, sejam registradas, processadas, resumidas e relatadas, nos

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131

períodos especificados nas regras e formulários da SEC e que essas informações obrigatórias a serem d ivulgadas por

nós, nos relatórios que arquivamos ou enviamos nos termos da Lei de Mercado de Capitais, sejam acumuladas e

comunicadas aos nossos diretores, incluindo nossos principais diretores executivos e financeiros, ou às pessoas com

funções semelhantes, conforme adequado para permitir decisões precisas relativas às divulgações obrigatórias.

Nosso presidente e CEO, Frederico Pinheiro Fleury Curado, e nosso vice-presidente executivo e diretor

financeiro, Cynthia Marcondes Ferreira Benedetto, após avaliarem junto à administração a eficácia do projeto e

operação de nossos controles e procedimentos de divulgação (conforme definidos nas Regras 13a -15(e) e 15d-15(e)

da Lei de Mercado de Capitais) em 31 de dezembro de 2010, final do período coberto por este relatório anual,

concluíram que, nesta data, nossos controles e procedimentos de divulgação eram eficazes para assegurar que as

informações obrigatórias a serem divulgadas por nós, em relatórios que arquivamos ou enviamos nos termos da Lei

de Mercado de Capitais, fossem registradas, processadas, resumidas e relatadas nos períodos especificados nas

regras e formulários da SEC, e eram eficazes em garantir que essas informações fossem acumuladas e comunicadas

à nossa administração, inclusive nosso CEO e d iretor financeiro, conforme adequado para permit ir que as decisões

fossem precisas com relação às divulgações obrigatórias.

Relatório anual da administração sobre o controle interno das demonstrações financeiras

A administração é responsável por estabelecer e manter controles internos adequados sobre relatórios,

conforme defin ido nas Regras 13a-15(f) e 15d-15(f) da Lei de Mercado de Capitais dos EUA. Nosso controle

interno sobre demonstrações financeiras é um processo elaborado para fornecer garantia à diretoria e ao Conselho d e

Admin istração com relação à confiabilidade dos relatórios financeiros e à preparação de demonstrações financeiras

para fins externos de acordo com os princíp ios contábeis geralmente aceitos.

Devido às limitações inerentes, o controle interno das demonstrações financeiras pode não impedir ou

detectar as declarações incorretas. [Controle interno eficaz sobre relatórios financeiros não pode, e não fornecem

uma garantia absoluta de alcance de nossos objetivos de controle.]. Além disso, projeções de qualquer avaliação de

eficácia em períodos futuros estão sujeitas ao risco de que controles possam se tornar inadequados devido a

mudanças nas condições, ou que a grau de conformidade com as polít icas ou procedimentos possa deteriorar-se.

A diretoria avaliou a eficácia de nosso controle interno das demonstrações financeiras em 31 de dezembro

de 2010. Ao efetuar essa avaliação, a administração usou os critérios determinados pelo Committee of Sponsoring

Organizations da Treadway Commission (COSO) (Comitê de Organizações de Patrocínio da Comissão de

Treadway) em Controle Interno — Estrutura Integrada. Com base nessa avaliação, a administração concluiu que, em

31 de dezembro de 2010, nosso controle interno das demonstrações financeiras é eficiente com base nesses critérios.

Relatório dos Auditores Públicos Contábeis Independentes

A eficácia de nosso controle interno sobre demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2010 foi

auditada pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, uma firma de contadores públicos registrados,

conforme declarado em sua demonstração que aparece na página F-2 deste documento.

Mudanças no controle interno sobre demonstrações financeiras

Nosso departamento de auditoria interna avalia periodicamente nossos controles internos dos ciclos

principais, documentando em fluxogramas os processos usados em cada ciclo, identificando oportunidades e

sugerindo aprimoramentos dos mecanis mos de controle existentes. Não houve quaisquer mudanças s no controle

interno das demonstrações financeiras, durante o período coberto por este relatório anual, que tenham afetado ou

possam vir a afetar de forma substancial o controle interno das demonstrações financeiras .

ITEM 16.A ESPECIALIS TA FINANCEIRO

Nosso Conselho de Administração determinou que Sr. Taiki Hirashima, membro efet ivo de nosso Conselho

Fiscal, é um "especialista em finanças do comitê de auditoria", conforme definido pelas regras atuais da SEC. Além

2 PwC verificará a possibilidade de inclusão desta frase (re IAS-5).

Page 136: 20F Portugues

132

disso, o Sr. Hirashima é um membro integrante independente do Conselho Fiscal, conforme exigência dos

regulamentos da NYSE. Para uma discussão sobre o papel do nosso Conselho Fiscal, consulte o "Item 6C.

Conselheiros, Diretoria e Funcionários — Práticas do Conselho — Conselho Fiscal."

ITEM 16.B CÓDIGO DE ÉTICA

Nosso Conselho de Administração adotou um Código de Ética e Conduta aplicável a nossos executivos,

diretores e empregados em todo o mundo, inclu indo nosso diretor-presidente, diretor financeiro e controller. Um

exemplar do nosso Código de Ética e Conduta foi incluída no Anexo 11.1 deste relatório anual.

ITEM 16.C PRINCIPAIS HONORÁRIOS E S ERVIÇOS DE CONTABILIDADE

A tabela a seguir apresenta, por categoria de serviço, o total de taxas por serviços executados pela

PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, nos exercícios fiscais findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009:

Exercício findo em 31 de dezembro de

2010 2009

(em milhares de US$)

Honorários de auditoria ..................... 2.500 2.539

Honorários relacionados à

auditoria ................................................

136 284

Todos os outros honorários ............... 31 8

Total...................................................... 2.667 2.831

Honorários de auditoria

Os honorários de auditoria consistiram das taxas totais cobradas pela PricewaterhouseCoopers Auditores

Independentes para 2010 e 2009 em relação a (1) as auditorias de nossas demonstrações financeiras anuais nos

termos dos GAAP do Brasil, que são publicadas no Brasil, e nossas demonstrações financeiras nos termos da IFRS e

auditorias legais das nossas subsidiárias e (2) a emissão de uma carta de conforto em relação à nossa oferta de 009

notas garantidas até 2020.

Honorários relacionados à auditoria

Os honorários relacionados à auditoria em 2010 e 2009 consistiram em honorários agregados faturados pela

PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, com relação à análise adicional do nosso cumprimento das

disposições da lei Sarbanes-Oxley e (2) o processo de conversão do nosso método de relatório para IFRS.

Todos os outros honorários

Todos os outros honorários de auditoria se referem a serviços diversos prestados pela

PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes em 2010 e 2008.

Políticas e procedimentos para aprovação

Nosso Conselho de Administração aprova todos os serviços de auditoria, serviços relacionados à auditoria,

serviços fiscais e outros serviços prestados pela PricewaterhouseCoopers. Quaisquer serviços prestados pela

PriceWaterhouseCoopers não especificamente incluídos no escopo da auditoria devem ser aprovados pelo Conselho

de Admin istração antes de qualquer contratação. Conforme a Regra 2-01 do Regulamento S-X, os comitês de

auditoria podem aprovar determinados honorários para serviços relacionados à auditoria, serviços fiscais e outros

serviços segundo uma exceção de minimis antes da conclusão de um trabalho de auditoria. Em 2010 e 2009, nenhum

dos honorários pagos à PriceWaterhouseCoopers Auditores Independentes foi aprovado segundo a exceção de

minimis.

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133

ITEM 16.D IS ENÇÕES DAS NORMAS DE REGIS TRO PARA COMITÊS DE AUDITORIA

Cumprimos totalmente os padrões do comitê de auditoria, de acordo com a Regra 10A -3 da Lei de

Mercado de Capitais. Para mais esclarecimentos sobre nosso Conselho Fiscal e isenção de comitê de auditoria,

consulte o ―Item 6C. Conselheiros, Diretoria e Funcionários — Prát icas do Conselho — Conselho Fiscal."

ITEM 16.E AQUIS IÇÕES DE AÇÕES PELO EMISSOR E COMPRADORES AFILIADOS

A próxima tabela mostra os resultados do programa de recompra de ações que foi concluído em 31 de

março de 2008 pelo preço total de compra de US$ 183,7 milhões.

Número total de Ações Recompradas

(1)

Preço Médio Pago

por Ação (2)

Número Total de Ações

Compradas como Parte do Programa Anunciado

Publicamente (3)

Número máximo de ações que ainda

podem ser compradas no

programa

(em R$)

19 a 20 de dezembro de

2007 ....................................................

70.000 11,21 70.000 16.730,000

2 a 31 de janeiro de 2008 ....................................................

7.602,100 9,93 7.602,100 9.127,900

1 a 29 de fevereiro de 2008 ....................................................

5.604,500 11,98 5.604,500 3.523,400

3 a 31 de março de 2008 ....................................................

3.523,400 11,44 3.523,400 —

(1) Todas as ações foram recompradas por meio de um programa anunciado publicamente, em operações de open -

market na Bolsa de Valores de São Pau lo.

(2) Conversão nominal de reais para dólares norte-americanos à taxa de venda comercial em vigor em cada data em

que as compras foram efetuadas.

(3) O programa de recompra de ações foi aprovado pelo nosso Conselho de Administração em 7 de dezembro de

2007, de acordo com a Instrução No. 10/80 da CVM. Fomos autorizados a recomprar um total de 16.800.000

ações ordinárias, representando aproximadamente 2,3% do nosso capital em circulação, que totalizou

740.465.044 ações ordinárias em circu lação. O programa foi terminado em 31 de março de 2008. Um total de

16.800.000 ações foi comprado a um preço médio de R$ 10,93 por ação.

ITEM 16.F MUDANÇA DE CONTADOR PARA CERTIFICAÇÃO DA INTERESSADA

Não se aplica.

ITEM 16.G GOVERNANÇA EMPRES ARIAL

Estamos sujeitos aos padrões de listagem de governança empresarial da NYSE. Como emissora estrangeira

privada, os padrões aplicados à nossa empresa são significativamente diferentes dos padrões aplicados às empresas

abertas americanas. Segundo as regras na NYSE, somos obrigados a: (1) manter um comitê de auditoria ou conselho

fiscal, de acordo com a isenção pertinente disponível para emissores estrangeiros privados, que atenda a

determinadas exigências, conforme discutido abaixo, (2) fornecer cert ificação imediata pelo CEO de qualquer não

cumprimento significativo de qualquer regra de governança empresarial, e (3 ) fornecer uma breve descrição das

diferenças relevantes entre nossas práticas de governança empresarial e a prát ica de governança empresarial da

NYSE, a ser observada pelas companhias abertas norte-americanas. A seguir, a descrição das diferenças

significativas entre as nossas práticas de governança empresarial e as práticas exigidas das empresas americanas

abertas.

Maioria de Diretores Independentes

As regras da NYSE determinam que a maioria do conselho deve ser formada por conselheiros

independentes. O termo ―independência‖ é definido por vários critérios, incluindo a ausência de um relacionamento

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relevante entre o diretor e a sociedade aberta, cuja independência deve ser determinada de forma afirmat iva pelo

Conselho de Administração. Da mes ma forma, os Regulamentos do Novo Mercado exigem que no mínimo 20% dos

membros do Conselho de Administração de uma sociedade aberta do segmento de Novo Mercado da Bolsa de

Valores de São Paulo sejam independentes. A independência dos membros do Conselho de Admin istração de acordo

com os Regulamentos do Novo Mercado é definida por critérios semelhantes aos estabelecidos nas regras da Bolsa

de Valores de Nova York - NYSE. No entanto, nos Regulamentos do Novo Mercado e na Lei Brasileira, nem o

Conselho de Administração nem nossa diretoria precisa testar a independência dos diretores antes da eleição dos

membros do conselho.

Com exceção do Sr. Apríg io Eduardo de Moura Azevedo (o representante do governo brasileiro, devido à

propriedade pelo governo da ―golden share‖) e dos Srs. Paulo Cesar de Souza Lucas e Claudemir Marques de

Almeida (ambos representantes de nossos funcionários) e Maurício Novis Botelho, todos os atuais membros de

nosso Conselho de Administração declararam que são independentes para fins dos Regulamentos do Novo Mercado.

Enquanto nossos diretores cumprem os requisitos de qualificação da Lei Societária Brasileira, os requisitos da CVM

e os Regulamentos do Novo Mercado Regulations, nosso Conselho de Administração não determinou se nossos

diretores são considerados independentes de acordo com o teste da NYSE com relação a independência de diretores.

A Lei das Sociedades por Ações e nosso estatuto social exigem que os conselheiros sejam eleitos por

acionistas na assembleia geral ordinária. A eleição dos membros do nosso Conselho de Administração, quando não

houver solicitação de adotar um sistema de votação cumulativa, será realizada de acordo com o sistema de votação

por relação de candidatos, no qual a votação será baseada na relação de candidatos a conselheiros, não se permitindo

a votação de candidatos pessoas físicas. De acordo com os estatutos sociais, os atuais conselheiros por ocasião da

eleição, sempre estarão presentes na relação de candidatos a um novo mandato. Nosso Conselho de Admin istração é

nomeado pelos acionistas para um mandato de dois anos, com três assentos reservados da seguinte forma: (1) um a

ser nomeado pelo governo brasileiro na condição de titular da "golden share" (ação especial) e (2) dois a serem

nomeados por nossos funcionários. Os demais oito conselheiros são eleitos de acordo com as regras de voto de

grupo e voto cumulativo estipuladas em nosso estatuto social. Uma pessoa pode participar de duas ou mais relações

de candidatos diferentes. Cada acionista poderá votar em apenas uma relação de candidatos, e a relação que receber

o número mais alto de votos será declarada eleita. Consulte o ―Item 10B. Informações Adicionais — Ato

Constitutivo e Contrato Social — Conselho de Administração — Eleição do Conselho de Admin istração".

Sessões Executivas

As normas da NYSE determinam que os conselheiros não administrativos se reúnam em sessões executivas

realizadas periodicamente sem a presença da administração. A Lei das Sociedades por Ações não tem esse tipo de

provisão. Segundo a Lei das Sociedades por Ações, até um terço dos membros do conselho de administração pode

ser eleito pela administração. Os outros conselheiros não executivos não têm poderes explícitos para supervisionar a

administração e não é necessário que estes conselheiros se reúnam regularmente sem a presença da admin istração.

Consequentemente, os conselheiros não executivos de nosso conselho não se reúnem regularmente em sessões

executivas.

Comitê de Nomeação/Governança Empresarial

As normas da NYSE determinam que as companhias abertas tenham um Comitê de Nomeação/Governança

Empresarial composto somente por conselheiros independentes e regido por um estatuto por escrito contendo o

objetivo do comitê e detalhando as responsabilidades exig idas que incluem, entre outras obrigações, identificar e

selecionar candidatos a membros do conselho e desenvolver um conjunto de princípios de regimento corporativo

aplicáveis à companhia. A lei brasileira não exige que formemos um Comitê de Nomeação/Governança Empresarial

e, conseqüentemente, até esta data, não criamos esse comitê. Os conselheiros são eleitos pelos acionistas na

assembleia geral ordinária. Nossas práticas de governança empresarial são adotadas por todos os membros do

conselho.

Comitê de Remuneração

As normas da NYSE determinam que as companhias abertas tenham um Comitê de Remuneração

composto somente por diretores independentes e regido por um estatuto por escrito contendo o objetivo do comitê e

detalhando as responsabilidades exigidas que incluem, entre outras obrigações, analisar as metas da companhia

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relativas à remuneração do diretor-presidente, avaliar o desempenho do diretor-presidente e aprovar as faixas de

remuneração do diretor-presidente e fazer recomendações ao conselho quanto à remuneração, pagamento de

incentivos e planos de participação em ações dos outros diretores. A lei brasileira não nos obriga a formar um

Comitê de Remuneração. Segundo a Lei das Sociedades por Ações, o montante total disponível para remuneração

de nossos conselheiros e diretores executivos e para pagamentos de participação nos lucros a nossos diretores

executivos é determinado pelos acionistas na assembleia geral ordinária. O Conselho de Administração é

responsável por determinar a remuneração individual e a participação nos lucros de cada diretor executivo , além da

remuneração dos membros do conselho e do comitê. Ao fazer essas determinações, o conselho avalia o desempenho

dos diretores executivos, inclusive o desempenho do nosso diretor-presidente.

Comitê de Auditoria

As normas da NYSE determinam que as companhias abertas tenham um comitê de auditoria que (1) seja

composto por no mínimo três diretores independentes com conhecimento de finanças, (2) atenda às regras da SEC

relativas a comitês de auditoria para companhias abertas, (3) tenha pelo menos um memb ro especialista em

contabilidade ou administração financeira e (4) seja reg ido por um estatuto por escrito contendo o objetivo exig ido

do comitê e detalhando as responsabilidades necessárias. Porém, como emissora estrangeira privada, só precisamos

atender à exigência de que o comitê de auditoria (conselho fiscal, no nosso caso) siga as regras da SEC relativas a

comitês de auditoria para companhias abertas. A Lei das Sociedades por Ações exige que as companhias possuam

um Conselho Fiscal não permanente formado por três a cinco membros eleitos na assembleia geral de acionistas. O

Conselho Fiscal opera de forma independente da administração e dos auditores externos da companhia. Sua função

principal é acompanhar as atividades da administração, examinar as demonstrações financeiras de cada exercício e

fornecer um relatório formal para nossos acionistas.

Temos um Conselho Fiscal permanente formado por cinco membros e cinco suplentes com sessões

ordinárias no mín imo a cada dois meses. Todos os membros do nosso Conselho Fiscal têm conhecimentos de

finanças, e um membro é especializado em contabilidade que o qualifica como especialista financeiro de comitê de

auditoria. Para atender às exigências de isenção que permitem ao nosso Conselho Fiscal agir como comitê de

auditoria segundo as regras da SEC, nosso Conselho de Administração aprovou a delegação ao Conselho Fiscal de

algumas responsabilidades adicionais, sendo que o Conselho Fiscal e o Conselho de Administração adotaram um

documento constitutivo adicional, que delega ao Conselho Fiscal as funções e responsabilidades de um comitê de

auditoria americano na medida em que permit ido pela Lei das Sociedades por Ações do Brasil. Para obter mais

detalhes do nosso Conselho Fiscal, consulte o "Item 6C. Conselheiros, Diretoria e Funcionários — Práticas do

Conselho — Conselho Fiscal."

Aprovação de Planos de Participação no Capital pelos Acionistas

As regras da NYSE determinam que os acionistas devem ter a oportunidade de votar em todos os planos de

remuneração por participação no capital e nas revisões de porte desses planos, com algumas exceções. Segundo a

Lei das Sociedades por Ações, os acionistas devem aprovar todos os planos de participação no capital (―stock

options‖). Além d isso, toda emissão de novas ações que exceder nosso capital social autorizado deverá ser aprovada

pelos acionistas.

Diretrizes de Governança Empresarial

As regras da NYSE determinam que as empresas abertas devem adotar e divulgar suas diretrizes de

governança empresarial. Além de sujeitar-nos aos regulamentos do Novo Mercado, incluindo as regras de

governança empresarial, não adotamos outras diretrizes formais com relação à matéria. Adotamos e seguimos uma

política de d ivulgação, a nossa Polít ica de Publicação de Ações ou Fatos Relevantes, que exige a d ivulgação pública

de todas as informações relevantes de acordo com as diretrizes estipuladas pela CVM, além de uma polít ica de

informações privilegiadas (―insider trading‖), nossa Política de Operações com Títulos de Dívida e Títulos

Mobiliários, que, entre outras provisões, determina períodos de black-out e exige que aqueles que possuem

informações privilegiadas informem à admin istração todas as operações que envolvam nossos títulos.

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Código de Conduta e Ét ica nos Negócios

As regras da NYSE determinam que as empresas abertas devem adotar e divulgar um código de conduta e

ética nos negócios para diretores, diretores executivos e empregados, e que essas empresas devem tornar públicas

quaisquer abstenções do código para diretores ou diretores executivos. A lei b rasileira não possui esse tipo de

exigência. Entretanto, em abril de 2004 adotamos um Código de Ética e Conduta aplicável a nossos executivos,

conselheiros e empregados em todo o mundo, inclu indo nossas subsidiárias. Acreditamos que esse código inclui a

maior parte das questões exig idas pelas regras da NYSE. Um exemplar do nosso Código de Ét ica e Conduta foi

incluída no Anexo 11.1 deste relatório anual. Para obter uma descrição mais detalhada sobre nosso Código de Ética

e Conduta, consulte o "Item 16B. Código de Ética".

Função de Auditoria Interna

As normas da NYSE determinam que as companhias abertas devem manter uma função de auditoria interna

para fornecer à administração e ao comitê de auditoria uma avaliação contínua dos processos de administração de

riscos e do sistema de controle interno da companhia. Nossa função de auditoria interna é de responsabilidade de

nosso departamento de risco e controles internos, sob a supervisão do Diretor Financeiro, assegurando a

independência e competência necessárias para avaliar o projeto de nosso controle interno sobre as demonstrações

financeiras, além de testar sua eficácia conforme exig ido pela Seção 404 da Lei Sarbanes -Oxley de 2002.

PARTE III

ITEM 17. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Respondemos ao Item 18 em vez de responder a este item.

ITEM 18. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas, juntamente com os Auditores Públicos

Contábeis Independentes, são apresentadas como parte deste relatório anual e se encontram depois das páginas com

as assinaturas deste documento.

ITEM 19. ANEXOS

Número

do

Anexo Descrição

1.1 Estatuto Social da Embraer aprovado em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 19

novembro de 2010 (tradução em inglês).

2.1 Formulário de Contrato de Depósito, aditado e reafirmado, entre a Embraer, a Morgan Guaranty Trust

Company of New York, como depositária, e os titulares, de tempos em tempos, de Ações de Depósitos

Americanos, emit idas nos seus termos, inclusive o modelo Formulário de Recibos de Depósitos

Americanos, incorporado neste instrumento por referência do Anexo 99(a) à Declaração de Registro

No. 333-133162 da Embraer.

2.2 Documento, datado de 25 de outubro de 2006, entre a Embraer Overseas Limited, Embraer - Empresa

Brasileira de Aeronáutica S.A., The Bank of New York, como fideicomissário, proprietário reg istrado,

agente de transferência e principal agente de pagamento, e o The Bank of New York (Luxemburgo) S.A

como agente de pagamento e transferência em Luxemburgo, incorporado neste instrumento por

referência do Anexo 4.1 à Declaração de Registro No. 333-141629 da Embraer.

2.3 Documento de escritura, datado de outubro de 2009, entre a Embraer Overseas Limited, Embraer -

Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. e The Bank of New York, Mellon, como fideicomissário,

incorporado neste instrumento por referência do Anexo 4.1 às Declarações de Registro da Embraer nos

333-162103 e 333-162103-1.

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Número

do

Anexo Descrição

2.4 Formulário de Primeira Escritura Suplementar, datado de 8 de outubro de 2009, entre a Embraer

Overseas Limited, Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. e The Bank of New York, Mellon,

como fideicomissário, incorporado neste instrumento por referência do Anexo 4.1 às Declarações de

Registro da Embraer nos

333-162103 e 333-162103-1.

2.5 A interessada concorda em fornecer à SEC, a pedido, cópias de determinados instrumentos definindo os

direitos dos portadores de dívidas de longo prazo do tipo descrito no Item 2(b)(i) das Instruções

conforme os Anexos no Formulário 20-F.

4.1 Protocolo da Fusão e Justificação da Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. com a Rio Han

Empreendimentos e Participações S.A., datado de 19 de janeiro de 2006, e correspondentes anexos, ou

Contrato de Fusão (versão para o inglês), incluído no presente por referência do Ane xo 2.1 à Declaração

de Registro No. 333-132289 da Embraer.

4.2 Contrato de Cessão, com seus aditamentos, entre a Howard County e a Embraer Aircraft Corporation,

datado de 21 de abril de 1998, incorporado a este instrumento por referência do Anexo 10.6 à Declaração

de Registro No. 333-12220 da Embraer.

4.3 Contrato de Aluguel, com seus aditamentos, entre o Aeroporto de Paris e a Embraer, datado de 1º de

janeiro de 1999, juntamente com a sua versão para o inglês, incorporado a este instrumento por

referência do Anexo 10.6 à Declaração de Registro nº 333-12220 da Embraer.

8.1 Lista de subsidiárias da Embraer.

11.1 Código de Ética e Conduta, inclu ído neste instrumento por referência do Anexo 11.1 ao Relatório Anual

da Embraer no Formulá rio 20-F para o exercício findo em 31 de dezembro de 2003.

12.1 Regra 13a-14(a)/15d-14(a) Certificação do Diretor-Presidente.

12.2 Regra 13a-14(a)/15d-14(a) Certificação do Diretor Financeiro.

13.1 Seção 1350 Cert ificação do Diretor-Presidente.

13.2 Seção 1350 Cert ificação do Diretor Financeiro.

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ASSINATURAS

A Interessada declara que atende a todas as exigências para o envio do Formulário 20 -F e que nomeou e

autorizou o abaixo -assinado a assinar este relatório anual em seu nome.

EMBRAER S.A.

Data: 18 de abril de 2011 Por: ass: FREDERICO PINHEIRO FLEURY CURADO

Nome: Frederico Pinheiro Fleury Curado

Cargo: Presidente e CEO

Data: 18 de abril de 2011 Por: /a/ CYNTHIA MARCONDES FERREIRA BENEDETTO

Nome: Cynthia Marcondes Ferreira Benedetto

Cargo: Vice-Presidente Executivo e Diretor Financeiro

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Embraer S.A.

(Anteriormente Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

Demonstrações Financeiras Consolidadas Referentes aos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009 e Parecer dos Auditores Independentes

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Relatório da Firma Independente Registrada de Contadores Públicos

Ao Conselho de Administração e Acionistas Embraer S.A. (Anteriormente denominada Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

Somos de parecer que, os balanços patrimoniais consolidados e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado e das receitas e despesas reconhecidas "comprehensive income", das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição financeira da Embraer S.A. e de suas subsidiárias em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 e 1º de janeiro de 2009, bem como os resultados de suas operações e de seus fluxos de caixa para cada um dos dois exercícios no período findo em 31 de dezembro de 2010, em conformidade com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). Somos, também, de parecer que a Companhia manteve, em todos os aspectos relevantes, um controle interno efetivo sobre a preparação de relatórios financeiros em 31 de dezembro de 2010, com base nos critérios estabelecidos no Internal Control - Integrated Framework emitido pelo Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO). A Administração da Companhia é responsável por estas demonstrações financeiras, por manter um controle interno efetivo sobre a preparação de relatórios financeiros e pela avaliação da efetividade do controle interno sobre a preparação destes relatórios financeiros, incluídos no "Relatório da Administração sobre o Controle Interno na Preparação de Relatórios Financeiros" que aparece no item 15 do formulário 20-F da Companhia. Nossa responsabilidade é a de emitir pareceres sobre essas demonstrações financeiras e sobre os controles internos da Companhia relativos aos relatórios financeiros, com base em nossos trabalhos integrados de auditoria.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas do "Public Company Accounting Oversight Board" (Estados Unidos da América). Essas normas requerem que os exames sejam planejados e realizados para assegurar com razoabilidade que as demonstrações financeiras não contenham impropriedades relevantes e que os controles internos sobre a preparação de relatórios financeiros sejam efetivos em todos os aspectos relevantes. Um exame de demonstrações financeiras compreende a constatação, com base em testes, das evidências que suportam os valores e as informações contábeis divulgados nas demonstrações financeiras e a avaliação das práticas contábeis e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Nossos exames sobre os controles internos sobre a preparação de relatórios financeiros incluíram a obtenção de um entendimento dos controles internos sobre os relatórios

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Embraer S.A. (Formerly Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

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financeiros, avaliação do risco da existência de deficiências relevantes e teste e avaliação da efetividade operacional da estrutura dos controles internos com base no risco avaliado. Nossos exames também incluíram a aplicação de outros procedimentos de auditoria que julgamos necessários nas circunstâncias. Acreditamos que nossos exames constituem uma base adequada para suportar nossos pareceres.

O controle interno da Companhia relativo à preparação de relatórios financeiros é um processo

elaborado para prover razoável garantia de confiança a estes relatórios financeiros e à preparação de demonstrações financeiras para fins de divulgação, de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. Os controles internos sobre relatórios financeiros de uma Companhia incluem políticas e procedimentos que (i) dizem respeito à manutenção de registros que, em detalhes razoáveis, reflitam precisa e adequadamente as transações e disposições dos ativos da Companhia; (ii) proporcionam conforto razoável de que as transações são registradas conforme necessário para permitir a adequada preparação das demonstrações financeiras de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos, e que os recebimentos e pagamentos da Companhia são efetuados somente de acordo com autorizações da Administração da Companhia e (iii) fornecem conforto razoável em relação à prevenção ou detecção tempestiva de aquisição, utilização ou destinação não autorizadas dos ativos da Companhia que poderiam ter um efeito relevante sobre as demonstrações financeiras.

Devido a limitações inerentes aos controles internos sobre as demonstrações financeiras, erros

de divulgação podem não ser evitados ou detectados. Além disso, projeções de qualquer avaliação de efetividade para períodos futuros estão sujeitas ao risco de que os controles podem se tornar inadequados devido a mudanças nas condições, ou que o grau de conformidade com as políticas ou procedimentos pode se deteriorar. São José dos Campos - Brasil 18 de abril de 2011 PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes

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Em braer S.A. (Anteriormente Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

Dem onstrações consolidadas do balanço dos exercícios findos em Em milhões de dólares norte-americanos, exceto para rendimentos por ação

As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações f inanceiras consolidadas

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ATIVO Nota 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

CIRCULANTE

Caixa e equivalentes de caixa 7 1.393,1 1.592,4 1.820,7

Instrumentos financeiros ativos 8 733,5 953,8 380,8

Contas a receber de clientes, líquidas 9 348,6 406,9 448,8

Instrumentos financeiros derivativos 39 6,8 12,7 29,9

Financiamento a clientes 10 20,4 11,2 8,6

Contas a receber vinculadas 11 11,6 12,0 11,5

Estoques 12 2.193,4 2.438,5 2.930,1

Outros ativos 13 275,4 215,2 240,1

4.982,8 5.642,7 5.870,5

NÃO CIRCULANTE

Contas a receber de clientes 9 0,7 0,5 5,9

Instrumentos financeiros derivativos 39 15,5 11,9 -

Instrumentos financeiros ativos 8 52,1 24,9 68,3

Financiamento a clientes 10 50,1 41,5 113,2

Contas a receber vinculadas 11 526,6 474,0 467,1

Estoques 12 4,9 6,5 8,0

Outros ativos 13 237,1 183,4 164,6

Depósitos em garantia 14 464,8 505,6 493,2

Imposto de renda e contribuição social diferidos 36 139,1 171,7 10,9

Imobilizado 16 1.201,0 1.101,3 1.059,6

Intangível 17 716,3 725,5 689,9

3.408,2 3.246,8 3.080,7

8.391,0 8.889,5 8.951,2

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Em braer S.A. (Anteriormente Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

Dem onstrações consolidadas do balanço dos exercícios findos em Em milhões de dólares norte-americanos, exceto para rendimentos por ação

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PASSIVO Nota 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

CIRCULANTE

Fornecedores 20 750,2 596,3 1.072,4

Financiamentos 19 72,6 592,4 539,0

Dívidas com e sem direito de regresso 11 111,8 135,9 137,7

Contas a pagar 21 84,4 108,1 70,0

Contribuições de parceiros 22 0,9 0,9 2,5

Adiantamentos de clientes 23 779,4 762,8 1.137,7

Instrumentos financeiros derivativos 39 0,8 0,5 166,5

Impostos e encargos sociais a recolher 24 79,5 64,9 57,5

Imposto de renda e contribuição social 24 10,0 13,6 5,8

Provisões diversas 25 309,6 233,5 213,3

Provisões para contingências 26 7,5 10,5 9,5

Dividendos 28 49,4 119,6 0,9

Receitas diferidas 132,6 111,6 113,1

2.388,7 2.750,6 3.525,9

NÃO CIRCULANTE

Financiamentos 19 1.362,2 1.465,9 1.300,8

Dívidas com e sem direito de regresso 11 358,5 371,6 366,9

Contas a pagar 21 27,6 25,0 22,1

Contribuições de parceiros 22 16,8 67,7 44,3

Adiantamentos de clientes 23 212,2 398,1 449,2

Instrumentos financeiros derivativos 39 1,4 4,1 -

Impostos e encargos sociais a recolher 24 453,3 427,0 343,6

Imposto de renda e contribuição social diferidos 36 11,4 16,2 36,5

Garantia financeira 38 219,5 257,1 173,0

Provisões diversas 25 49,7 82,6 73,6

Provisões para contingências 26 69,3 50,3 39,9

Receitas diferidas 88,9 90,3 49,8

2.870,8 3.255,9 2.899,7

TOTAL PASSIVO 5.259,5 6.006,5 6.425,6

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 28

Capital Social 1.438,0 1.438,0 1.438,0

Ações em tesouraria (183,7) (183,7) (183,7)

Reservas de lucros 1.759,8 1.607,4 1.287,8

Remuneração baseada em ações 3,4 - -

Ajuste de avaliação patrimonial 10,9 17,1 13,7

Prejuízos acumulados - (86,1) (100,2)

3.028,4 2.792,7 2.455,6

Participação de acionistas não controladores 103,1 90,3 70,0

TOTAL PATRIMÔNIO LÍQUIDO 3.131,5 2.883,0 2.525,6

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 8.391,0 8.889,5 8.951,2

Page 148: 20F Portugues

Em braer S.A. (Anteriormente Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

Dem onstrações Consolidadas do Resultado dos Exercícios findos em Em milhões de dólares norte-americanos, exceto para rendimentos por ação

As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações f inanceiras consolidadas

144

Nota 31.12.2010 31.12.2009

RECEITAS LÍQUIDAS NET SALES 5.364,1 5.497,8

Custo dos produtos e serviços vendidos (4.338,1) (4.428,4)

LUCRO BRUTO 1.026,0 1.069,4

RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS

Administrativas (197,5) (191,3)

Comerciais (374,1) (304,6)

Pesquisas (72,1) (55,6)

Outras receitas (despesas), líquidas 32 9,4 (138,5)

RESULTADO OPERACIONAL 391,7 379,4

Receitas (despesas) financeiras, líquidas 34 17,5 10,2

Variações monetárias e cambiais, líquidas 35 (1,1) (68,8)

LUCRO ANTES DO IMPOSTO 408,1 320,8

Imposto de renda e contribuição social 36 (62,7) 158,1

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 345,4 478,9

Lucro atribuído aos:

Acionistas da Embraer 330,2 465,2

Acionistas não controladores 15,2 13,7

Média ponderada das ações em circulação

no exercício (em milhares)

Básico 723,7 723,7

Diluído 724,0 723,7

Lucro por ação básico em US$ 30 0,4563 0,6428

Lucro por ação diluído em US$ 0,4562 0,6428

Page 149: 20F Portugues

Em braer S.A. (Anteriormente Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

Dem onstração Consodada do Resultado Abrangente Em milhões de dólares norte-americanos, exceto para rendimentos por ação

As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações f inanceiras consolidadas

145

31.12.2010 31.12.2009

Lucro líquido do exercício 345,4 478,9

Ganho atuarial com as obrigações de benefícios pós-emprego (8,3) 4,8

Ajustes acumulados de conversão (0,3) -

Itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido (8,6) 4,8

Total do resultado abrangente do exercício 336,8 483,7

Lucro (prejuízo) atribuído aos:

Acionistas da Embraer 324,0 468,6

Acionistas não-controladores 12,8 15,1

336,8 483,7

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Em braer S.A. (Formerly Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

Demonstrações Consolidadas das Mutações do Patrimônio Líquido Em milhões de dólares norte-americanos, exceto para rendimentos por ação

As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações f inanceiras consolidadas

146

Nota

Capital

social

Ações em

tesouraria

Remuneração

baseada em

ações

Subvenção

para

investimento

Reserva

legal

Dividendos

adicionais

propostos

Reserva para

investimentos e

capital de giro

Lucros/prejuízos

acumulados

Ganho atuarial com

as obrigações de

benefícios pós-

emprego

Ajustes

acumulados

de conversão

Total

Participação de

acionistas não-

controladores

Total do

Patrimônio

Líquido

Em 1º de janeiro de 2009 5 1.438,0 (183,7) - 10,4 80,5 - 1.196,9 (100,2) 1,0 12,7 2.455,6 70,0 2.525,6

Lucro líquido do exercício - - - - - - - 465,2 - - 465,2 13,7 478,9

Ajustes acumulados de conversão - - - - - - - - - 3,4 3,4 1,4 4,8

Total do Resultado abrangente - - - - - - - 465,2 - 3,4 468,6 15,1 483,7

Destinação dos lucros:

Subvenção para investimentos - - - 7,0 - - - (7,0) - - - - -

Acionistas não controladores - - - - - - - - - - - 5,2 5,2

Reserva legal - - - - 29,7 - - (29,7) - - - - -

Dividendos propostos (R$ 0,076 por ação) - - - - - - - (31,7) - - (31,7) - (31,7)

Juros sobre o capital próprio (R$ 0,24 por ação)  - - - - - - - (99,8) - - (99,8) - (99,8)

Reserva para investimento e capital de giro - - - - - - 282,9 (282,9) - - - - -

Em 31 de dezembro de 2009 1.438,0 (183,7) - 17,4 110,2 - 1.479,8 (86,1) 1,0 16,1 2.792,7 90,3 2.883,0

Lucro líquido do exercício - - - - - - - 330,2 - - 330,2 15,2 345,4

Ajustes acumulados de conversão - - - - - - - - - (5,9) (5,9) (2,4) (8,3)

Outros resultados abrangentes - - - - - - - - (0,3) - (0,3) - (0,3)

-

Total do Resultado abrangente - - - - - - - 330,2 (0,3) (5,9) 324,0 12,8 336,8

Remuneração baseada em ações - - 3,4 - - - - - - - 3,4 - 3,4

Destinação dos lucros: - -

Subvenção para investimentos - - - 8,7 - - - (8,7) - - - - -

Reserva legal - - - - 17,2 - - (17,2) - - - - -

Juros sobre o capital próprio (R$ 0,28 por ação)  - - - - - 27,2 - (118,9) - - (91,7) - (91,7)

Reserva para investimento e capital de giro (ajustes

de prática)

- - - - - - (86,1) 86,1 - -

-

-

-

Reserva para investimento e capital de giro (resultado

do exercício)

- - - - - - 185,4 (185,4) - -

-

-

-

Em 31 de dezembro de 2010 1.438,0 (183,7) 3,4 26,1 127,4 27,2 1.579,1 - 0,7 10,2 3.028,4 103,1 3.131,5

Reserva de lucros Ajustes de avaliação patrimonial

Atribuído aos acionistas Embraer

Page 151: 20F Portugues

Em braer S.A. (Anteriormente Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

Demonstrações Consolidadas dos Fluxos de Caixa dos Exercícios Findos em

Em milhões de dólares norte-americanos, exceto para rendimentos por ação

As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações f inanceiras consolidadas

147

Note 31.12.2010 31.12.2009

Atividades operacionais:

Lucro líquido do exercício 345,4 478,9

Itens que não afetam o caixa:

Depreciações 16 103,0 115,2

Amortizações 17 116,2 114,1

Provisão(reversão/baixa) para obsolescencia dos estoques (5,6) 29,4

Provisão Ajuste Valor de mercado 62,3 6,1

Imposto de renda e contribuição social diferidos 36 28,7 (186,9)

Juros sobre parcelamentos de impostos e empréstimos (10,2) 21,9

Remuneração em ações 3,4 -

Variação monetária e cambial, líquidas 35 7,5 82,2

Garantia de valor residual 38 2,7 (1,1)

Outros 10,9 15,9

Variação nos ativos e passivos circulantes:

Instrumentos financeiros ativos 220,0 (458,7)

Contas a receber e contas a receber vinculadas (1,7) 73,1

Financiamento a Clientes (17,7) 69,0

Estoques 118,5 473,9

Outros ativos (49,3) 39,3

Dívida com direito de regresso (37,3) 3,0

Contas a Pagar 110,2 (458,1)

Contribuição de parceiros 18,5 90,2

Adiantamentos de clientes (186,2) (468,9)

Impostos a recolher 11,1 0,4

Garantias financeiras (40,3) (15,5)

Provisões e contingências 44,3 (58,5)

Receitas diferidas 19,4 38,7

Caixa (usado) gerado nas atividades operacionais 873,8 3,6

Atividades de investimento:

Venda de imobilizado 29,3 28,6

Adições ao imobilizado 16 (149,6) (184,7)

Adições ao intangível 17 (178,7) (219,4)

Títulos e Valores Mobiliários 10,7 -

Caixa restrito para construção de ativos - (2,5)

Caixa (usado) nas atividades de investimento (288,3) (378,0)

Atividades financeiras:

Financiamentos pagos (1.583,4) (1.498,5)

Novos financiamentos obtidos 942,8 1.474,6

Dividendos e Juros s/Capital Próprio (161,6) -

Caixa (usado) gerado nas atividades financeiras (802,2) (23,9)

EFEITO DAS VARIAÇÕES CAMBIAIS NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 17,4 170,0

(REDUÇÃO) LÍQUIDA DO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (199,3) (228,3)

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 1.592,4 1.820,7

Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 1.393,1 1.592,4

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Em braer S.A. (Anteriomente Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

148

1. Operações A Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. ("Companhia"), é uma empresa de capital aberto constituída sob as leis da República Federativa do Brasil. Fundada em 1969 pelo Governo Brasileiro, foi privatizada em 1994. O objeto social da Companhia é o de desenvolver, produzir e vender jatos e aeronaves turboélice para as aviações civil e de defesa, aeronaves para uso na agricultura, componentes estruturais, sistemas mecânico e hidráulico, e atividades técnicas relacionadas à produção e à manutenção

de material aeroespacial. Em 16 de setembro de 2010, foi aprovado pelo Conselho de Administração a proposta de alteração do

objeto social e da razão social da Controladora que passou a se chamar Embraer S.A.. A proposta foi

submetida ao membro do Conselho de Administração eleito pela União Federal, assim como ao Ministério

da Fazenda, os quais se manifestaram favoravelmente à matéria. A proposta foi submetiva na Reunião da

Administração em 19 de Novembro de 2010 e foi aprovada e a corporação alterou o nome de Embraer-

Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. para Embraer S.A. e foram incluídas e adicionadas as seguintes

ativ idades ao seu objeto social:

(i) Projetar, construir e comercializar equipamentos, materiais, sistemas, so ftwares, acessórios e

componentes para as indústrias de defesa, de segurança e de energia, bem como promover ou executar

ativ idades técnicas vinculadas à respectiva produção e manutenção, mantendo os mais altos padrões de

tecnologia e qualidade; e

(ii) Executar outras atividades tecnológicas, industriais, comerciais e de serv iços correlatos às

indústrias de defesa, de segurança e de energia.

As ações da Companhia estão registradas no mais elevado nível de Governança Corporativa da Bolsa de

Valores de São Paulo (“BM&FBOVESPA”), denominado Novo Mercado ("Novo Mercado"). Também, a

Companhia possui American Depositary Shares (evidenciadas pelo American Depositary Receipt -

“ADR”) registrados na U.S. Securities Exchange Commission (“SEC”). A Companhia não tem grupo

controlador e seu capital compreende apenas ações ordinárias.

A Companhia possui subsidiárias integrais consolidadas e/ou escritórios de representação comercial, que

estão localizados no Brasil, Estados Unidos, França, Espanha, Portugal, China e Singapura, e são

principalmente envolv idos em vendas, marketing e pós-vendas de serviços/manutenção.

2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRÁTICAS CONTÁBEIS

2.1 APRESENTAÇÃO DAS DEMONST RAÇÕES FINANCEIRAS

As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Companhia em 17 de março de 2011.

(a) Base de preparação

As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor e

ajustadas para refletir a avaliação de ativos e passivos financeiros (inclusive instrumentos derivativos)

mensurados ao valor justo contra o resultado do exercício.

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Em braer S.A. (Anteriomente Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

149

As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com os International Financial Reporting Standards (“IFRS”) emitidos pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e as práticas contábeis adotadas no Brasil. Os IFRS compreendem (i) os IFRS, (ii) os International Accounting Standard (“IAS”), e (iii) as Interpretações originadas do International Financial Reporting Interpretations Committee (“IFRIC”) ou anteriormente Standing Interpretations Committee (“SIC”). Para a preparação das demonstrações financeiras consolidadas apresentadas de acordo com os IFRS não existem diferenças em relação as práticas contábeis adotadas no

Brasil (“BR GAAP”) para os períodos apresentados. Estas demonstrações financeiras consolidadas são as primeiras apresentadas de acordo com os IFRS pela Companhia. As principais diferenças entre as práticas contábeis ad otadas anteriormente pela Companhia (“antigo padrão contábil brasileiro”) e os IFRS, incluindo as reconciliações do patrimônio líquido e do resultado abrangente, estão descritas na Nota 5.

A preparação de demonstrações financeiras em conformidade com as International Financial Reporting Standards (“IFRS”) requer o uso de certas estimativas críticas. Isso requer da administração julgamento para aplicação das políticas contábeis da Companhia. As áreas envolvendo alto grau de julgamento ou complexidade, ou ainda áreas onde premissas e estimativas são relevantes para preparação das demonstrações financeiras consolidadas estão descritas na Nota 3. Os resultados reais podem apresentar variações em relação às estimativas.

As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor e

ajustadas para refletir a avaliação de ativos e passivos financeiros (inclusive instrumentos derivativos)

mensurados ao valor justo contra o resultado do exercício.

2.2 PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS

(a) Consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas incluem as contas de (i) a Companhia e todas as seguintes

entidades e todas as subsidiárias nas quais possui direta ou indiretamente participação majoritária do

capital da subsidiária e/ou controle financeiro e das políticas das operações (ii) EPEs nas quais a

Companhia tem controle e (iii) Fundos de investimentos exclusivos - “FIE”, conforme abaixo :

ELEB – Equipamentos Ltda. – “ELEB” - localizada em São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil,

com participação da Embraer de 99,99% no capital social dessa subsidiária. A ELEB produz e vende

equipamentos hidráulicos e mecânicos de alta precisão para serem utilizados na indústria aeronáutica,

substancialmente em aeronaves da Embraer, e possui como subsidiária integral a ELEB Aerospace, Inc.

domiciliada em Delaware, Estados Unidos, com base operacional no Estado de Kansas, Estados Unidos,

cujas atividades estão em fase de encerramento.

Embraer Aircraft Holding Inc. - “EAH” - subsidiária integral, domiciliada em Fort Lauderdale, Estados

Unidos, engloba ativ idades corporativas e institucionais e tem as seguintes subsidiárias localizadas nos

Estados Unidos:

Embraer Aircraft Customer Services, Inc. - “EACS” - realiza vendas de peças de reposição,

serviços e apoio ao produto a treinamento a clientes nos Estados Unidos, Canadá e Caribe.

Embraer Aircraft Maintenance Services Inc. - "EAMS" - provides maintenance services for

aircraft and components.

Page 154: 20F Portugues

Em braer S.A. (Anteriomente Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

150

Embraer Training Serv ices - “ETS” – domiciliada em Delaware – Estados Unidos, engloba

ativ idades corporativas e institucionais e tem 51% como subsidiária a Embraer CAE Training

Serv ices – “ECTS” - domiciliada em Delaware – Estados Unidos, da qual oeferece treinamento

de pilotos, mecânicos e tripulação.

Embraer Executive Jet Serv ices, LLC - “EEJS” - domiciliada em Delaware – Estados Unidos.

EEJS oferece serv iços de suporte pós-venda e manutenção de aeronaves executivas.

Embraer Services Inc. - “ESI” - presta suporte nos Estados Unidos da América aos programas

do mercado de defesa e comercial.

Embraer Executive Aircraft, Inc. - constituída em 2008, está domiciliada em Delaware, com

base operacional em Melbourne, Flórida, nos Estados Unidos, tem como atividade a montagem

final e entrega do jato executivo Phenom.

Embraer Ásia Pacific PTE. Ltd. - “EAP” – subsidiária integral, domiciliada em Cingapura, criada em 2006,

tem como atividade a prestação de serviços de suporte pós-venda na Ásia.

Embraer Austrália PTY Ltd. - “EAL” - subsidiária integral, domiciliada em Melbourne, Austrália, tem

como objetivo prestar serviços de suporte pós-venda para os clientes da Oceania, Ásia e região.

Atualmente as ativ idades dessa subsidiária estão paralisadas.

Embraer Aviation Europe SAS - “EAE” - subsidiária integral, situada em Villepinte, França, responsável

por atividades corporativas e institucionais e tem as seguintes subsidiárias:

Embraer Aviation International SAS - “EAI” - domiciliada em Villepinte, França, realiza venda

de peças e presta serv iços de suporte pós-venda na Europa, África e no Oriente Médio.

Embraer Europe SARL - “EES” - domiciliada em Villepinte, França, tem como atividade a

representação comercial da Companhia na Europa, África e no Oriente Médio.

Embraer Credit Ltd. - “ECL” - subsidiária integral, domiciliada em Delaware, Estados Unidos, tem como

ativ idade o apoio às operações de comercialização de aeronaves.

Embraer GPX Ltda. – “GPX” - subsidiária com participação da Embraer de 99,99% no capital social,

constituída em 2006, localizada em Gav ião Peixoto, estado de São Paulo, Brasil, tem como atividade

principal serviços especialização de manutenção de aeronaves, tendo iniciado suas operações em outubro

de 2009.

Embraer Overseas Ltd. – “EOS” - subsidiária integral, domiciliada nas Ilhas Cay man, B.W.I., constituída

em Setembro de 2006 com objetivo de realizar de operações financeiras, incluindo a captação e aplicação

de recursos, operações de mútuo para as empresas do Grupo Embraer.

Embraer Representation LLC - “ERL” - subsidiária integral, domiciliada em Delaware, Estados Unidos,

tem como atividade a representação comercial e institucional da Companhia.

Page 155: 20F Portugues

Em braer S.A. (Anteriomente Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

151

Embraer Spain Holding Co. SL - “ESH” - subsidiária integral, domiciliada na Espanha, tem como objetivo

coordenar os investimentos em subsidiárias no exterior, inclusive aquelas voltadas às atividades de

suporte à comercialização de aeronaves e gestão dos ativos provenientes dessas operações. As atividades

da ESH são operacionalizadas por suas seguintes subsidiárias:

Airholding SGPS, S.A. - domiciliada em Portugal, com participação da ESH de 70%. Possui

como ativ idade preponderante à participação em 65% do capital votante da OGMA - Indústria

Aeronáutica de Portugal S.A. (“OGMA”), uma companhia portuguesa de manutenção e produção

aeronáutica, que tem como acionista também a Empresa Portuguesa de Defesa – EMPORDEF,

com 35% do capital votante.

ECC Investment Switzerland AG - domiciliada na Suíça, possui participação de 100% no capital

das subsidiárias ECC Insurance & Financial Co. Ltd. – “ECC Insurance” e Embraer Finance Ltd.

– “EFL”.

ECC Insurance & Finance Co. - domiciliada nas Ilhas Cay man, é uma companhia cativa de

seguros que tem por objetivo cobrir as garantias financeiras oferecidas aos clientes e/ou

agentes financiadores envolv idos nas estruturas de vendas de aeronaves da Companhia.

Embraer Finance Ltd. – “EFL” - domiciliada nas Ilhas Cay man, apóia os clientes na obtenção

de financiamentos de terceiros assim como fornece suporte em algumas ativ idades de compra

e venda da Companhia.

ECC Leasing Co. Ltd. - domiciliada na Irlanda, cujas atividades são arrendamento e

comercialização de aeronaves usadas.

Harbin Embraer Aircraft Industry Company Ltd. - “HEAI” - com sede na cidade de Harbin, na

China, destina-se a fabricar aviões v isando atender às demandas do mercado de transporte aéreo

da China.

Embraer CAE Training Serv ices (UK) Ltd. - constituída em 2009, está domiciliada em Burges Hill – Reino Unido, com participação de 51% no capital social, tem como objetivo prestar serv iço de treinamento de pilotos, mecânicos e tripulação.

Embraer Portugal - SGPS S.A. - subsidiária integral constituída em 2008, está domiciliada em Évora, Portugal, tem como objetivo coordenar os investimentos e atividades econômicas em suas subsidiárias naquele país.

Embraer-Portugal Estruturas Metálicas S.A. - constituída em 2008, está domiciliada em

Portugal, na cidade de Évora, tem como objeto social a fabricação, montagem, manutenção e

comercialização de peças, componentes e conjuntos metálicos e a execução de outras

ativ idades tecnológicas, industriais, comerciais e de serv iços relacionados à indústria de

produtos metálicos.

Embraer-Portugal Estruturas em Compósitos S.A. – constituída em 2008, está domiciliada em Portugal, na cidade de Évora, tem como objeto socia l a fabricação, montagem e

comercialização de estruturas a partir de peças e conjuntos em materiais compostos e a execução de outras atividades tecnológicas, industriais, comerciais e de serviços relacionados à indústria de produtos fabricados com materiais compostos e não metálicos.

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Em braer S.A. (Anteriomente Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

152

Embraer (China) Aircraft Technical Serv ices Co., Ltd – “ECA” – domiciliada na China, em

Beijing, tem como ativ idade a prestação de serv iços de suporte pós-venda, manutenção e

comercialização de peças e componentes a clientes na China.

ECC do Brasil Cia. de Seguros – “ECC” - subsidiária com participação da Embraer de 99,99% no capital

social, domiciliada no Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, Brasil, constituída em 2004 e aprovada

pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, tem o objetivo de operar unicamente em seguros de

crédito à exportação. Em 7 de dezembro de 2007, o Conselho de Administração da Embraer aprovou a

intenção de alienação da totalidade das ações da ECC do Brasil Cia de Seguros. Em 7 de abril de 200 9, a

Embraer celebrou contrato de venda da totalidade das ações da ECC do Brasil Cia. de Seguros, com

condição suspensiva de aprovação do negócio pela SUSEP. Em 19 de janeiro de 2011 foi concedida a

aprovação pela SUSEP.

Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. - “Neiva” – subsidiária com participação da Embraer de 99,99% no

capital social, localizada em Botucatu, Estado de São Paulo, Brasil, atualmente está envolv ida na

comercialização de aeronaves agrícolas, bem como de peças de reposição deste modelo de aeronave.

Entidades de propósito específico - “EPEs” - a Companhia estrutura algumas de suas transações de

financiamento de vendas de aeronaves por meio de EPEs, sobre as quais a Companhia não detém

participação societária direta ou indiretamente. Mesmo não po ssuindo v ínculo societário, a Companhia

detém o controle das operações ou participa de forma majoritária dos riscos e recompensas de algumas

dessas EPEs, consolidando, desta forma, essas EPEs nas suas demonstrações financeiras. As EPEs

consolidadas são: PM Limited, Refine Inc., RS Limited, River One Ltd., Port One Ltd. e Table Inc.. As

EPEs nas quais a Embraer não figura como Controladora não são consolidadas, com base em

fundamentos e análises técnicas realizadas pela Administração.

Fundos de investimentos exclusivos - “FIE” - em consonância com suas estratégias de negócios, a

Companhia possui fundos de investimentos exclusivos, os quais estão consolidados nas demonstrações

financeiras. Os títulos e investimentos mobiliários mantidos por meio desses fundo s são registrados nas

rubricas Caixa e equivalentes de caixa ou Instrumentos financeiros ativos, considerando os vencimentos

originais dos títulos e as estratégias de investimento dos fundos, que prevêem a negociação desses títulos

em prazos que caracterizam a liquidez imediata dos valores (Nota 7 e 8).

Todas as contas intercompanias e as transações das empresas consolidadas são eliminadas.

(b) Controladas

Controladas são todas as entidades (inclusive EPEs) cujas políticas financeiras e operacionais podem ser

conduzidas pela Companhia e normalmente ev idenciadas por uma participação acionária de mais da

metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de potenciais direitos de voto, que são atualmente

exercíveis ou conversíveis, são levados em consideração ao avaliar se a Companhia controla outra

entidade. As controladas são integralmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido

para a Companhia e nas quais normalmente posui mais que a metada das ações com direito de voto. A

existência e o efeito potenciqal de direito de voto que estão atualemtne exercíveis or convertidas são

consideradas se a Companhia controla outra entidade. Controladas são totalmente consolidadas a partir

da data na qual o controle é transferido para a Companhia. Elas são desconsolidadas a partir da data em

que o controle cessa.

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Em braer S.A. (Anteriomente Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

153

O método de contabilização de compra é usado para registrar a aquisição de controladas pela Companhia.

O custo de uma aquisição é mensurado segundo o valor justo dos ativos ofertados, dos i nstrumentos de

capital emitidos e dos passivos incorridos ou assumidos na data em que o controle é transferido para a

Companhia. Os custos relacionados com a aquisição são reconhecidos como despesa no período em que os

custos são incorridos e os serviços recebidos. Os custos diretamente atribuíveis à aquisição são registrados

no resultado do período em que são incorridos. Os ativos identificáveis adquiridos, as contingências e os

passivos assumidos em uma combinação de negócios são inicialmente mensurados pelo seu valor justo na

data de aquisição, independentemente da proporção de qualquer participação minoritária. O excedente

do custo de aquisição que ultrapassar o valor justo da participação da Companhia nos ativos líquidos

identificáveis adquiridos é registrado como ágio. Se o custo da aquisição for menor do que o valor justo

dos ativos líquidos da controlada adquirida, a diferença é reconhecida diretamente na demonstração do

resultado.

(c) Moeda funcional e transações em moeda estrangeira

A Administração, após análise das operações e negócios da Embraer, em relação a aplicação do IAS 21 –

Os efeitos das mudanças do cambio, principalmente aos fatores para determinação de sua moeda

funcional, concluiu que o dólar (“US$” ou “dólar”) é a sua moeda funcional. Es ta conclusão baseia-se na

análise dos seguintes indicadores, definidos na IAS 21:

Moeda que mais influencia os preços de bens e serv iços;

Moeda do país cujas forças competitivas e regulamentos mais influenciam na determinação do

preço de venda de seus produtos e serviços;

Moeda que mais influencia mão de obra, material e outros custos para fornecimento de

produtos ou serv iços;

Moeda na qual são obtidos, substancialmente, os recursos das ativ idades financeiras; e

Moeda na qual são normalmente acumulados os valores recebidos de ativ idades operacionais

Os valores em reais apresentados nas demonstrações financeiras indiv iduais e consolidadas da

Companhia foram mensurados utilizando -se a moeda funcional dólar, que melhor reflete o ambiente

econômico no qual a Companhia está inserida e a forma como é, de fato, administrada.

(d) Transações em moeda estrangeira

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As transações efetuadas em outras moedas (diferentes da moeda funcional) são convertidas para a moeda

funcional, utilizando as taxas de câmbio v igentes nas datas das transações ou da avaliação, na qual os itens são remensurados. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da conversão pelas taxas de câmbio do final do exercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos em ganhos e (perdas) na demonstração do resultado.

Os ganhos e as perdas cambiais relacionados a ativos e passivos monetários são apresentados na demonstração do resultado como variações monetárias e cambiais, líquidas.

(e) Transação das demonstrações financeiras das subsidiárias Para as subsidiaries em que a moeda functional é diferente do U.S, dolar, os ativos e passivos são convertidos para a moeda de apresentação da companhia, usando taxa final para a data do balanço e para o demonstrativo de resultado são convertidas usando taxas médias. Os ajustes de conversão são

registrados em um componente separado do patrimônio líquido, em Ajustes acumulados de conversão

(f) Instrumentos Financeiros Ativos Financeiros – Classificação e m ensuração

A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: (i) mensurados ao valor justo por meio do resultado, incluindo instrumentos mantidos para negociação, (ii) disponíveis para venda, (iii) mantidos até o vencimento, e (iv) empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.

As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação - data na qual a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os ativos financeiros são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transação para todos os ativos financeiros não mensurados ao valor justo por meio do resultado. Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, e os custos da transação são debitados à demonstração do resultado.

Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos tenham vencido ou tenham sido transferidos; neste último caso, desde que a Companhia tenha transferido, significativamente, todos os riscos e os benefícios da propriedade. Os ativos financeiros disponíveis para venda e os ativos financeiros a valor justo através de ganho ou

perda são subseqüentemente registrados a valor justo. Empréstimos e recebíveis são subseqüentemente

registrados ao custo amortizado usando o método de juros efetivos.

(i) Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para negociação ativa e frequente. Os ativos dessa categoria são classificados como ativos circulantes. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor

justo por meio do resultado são apresentados na demonstração do resultado em "Receitas (despesas) financeiras” no período em que ocorrem. Nesse caso, as variações são reconhecidas na mesma rubrica do resultado afetada pela referida operação.

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Os valores justos dos investimentos com cotação pública são baseados nos preços atuais de compra e

venda. Para os ativos financeiros sem mercado ativo ou cotação pública, a Companhia estabelece o valor

justo por meio de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de operações recentes contratadas

com terceiros, a referência a outros instrumentos que são substancialmente similares, a análise de fluxos

de caixa descontados e os modelos de precificação de opções privilegiando informações de mercado e

minimizando informações geradas pela Administração.

(ii) Ativos financeiros disponíveis para venda

Os ativos financeiros disponíveis para venda são não derivativos que são designados nessa categoria ou

que não são classificados em nenhuma outra categoria. Eles são incluídos em ativos não circulantes, a

menos que a administração pretenda alienar o investimento em até 12 meses após a data do balanço . Os

ativos financeiros disponíveis para venda são contabilizados pelo valor justo. Os juros de títulos

disponíveis para venda, calculados com o uso do método da taxa de juros efetiva, são reconhecidos na

demonstração do resultado como receitas financeiras. A parcela correspondente à variação no valor justo

é lançada contra o patrimônio líquido, na conta ajustes de avaliação patrimonial, sendo realizada contra

resultado quando da sua liquidação ou por perda considerada permanente (“impairment”).

(iii) Investimentos mantidos até o vencimento

Os investimentos em valores mobiliários que a Companhia tem habilidade e intenção em manter até a data de vencimento, são classificados como investimentos mantidos até o vencimento e são registrados pelo custo amortizado. A Companhia avalia, na data do balanço, se há ev idência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo

de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor recuperável. Quando aplicável, é

reconhecida provisão para desvalorização desse ativo .

(iv ) Emprestimos e recebiveis Incluem-se nessa categoria os empréstimos concedidos e os recebíveis que são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes).

Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem os empréstimos a coligadas, contas a receber de clientes, demais contas a receber. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva. A Companhia avalia, na data do balanço, se há ev idência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo

de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor recuperável. Um ativo financeiro ou

grupo de ativos financeiros possui uma perda por impairment quando há uma ev idência objetiva de perda

em decorrência de um ou mais eventos que ocorreram após o reconhecimento inic ial do ativo (um “evento

de perda”) e este evento (ou eventos) possui um impacto nos fluxos de caixa futuros do ativo financeiro ou

grupo de ativos financeiros que pode ser mensurado confiavelmente.

(g) Caixa e equivalentes de caixa

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Caixa e equivalentes de caixa compreendem numerário em espécie, depósitos bancários disponíveis e aplicações financeiras de curto prazo, usualmente com vencimento em até 90 dias a partir da data da contratação, com alta liquidez, prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Incluem -se nesta classificação operações compromissadas e Certificados de Depósitos Bancários (“CDB”) com registro de liquidez diária na CETIP (Balcão Organizado de Ativos e Derivativos).

(h) Instrumentos financeiros ativos mensurados por m eio do resultado Instrumentos financeiros ativos mensurados por meio do resultado são ativos financeiros adquiridos pela Companhia, principalmente para a finalidade de venda ou de recompra no curto prazo. Usualmente,

incluem-se nesta classificação valores mobiliários com vencimentos originais acima de 90 dias na data da aplicação.

(i) Derivativos and atividades de hedge Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato é celebrado e

são, subsequentemente, remensurados ao seu valor justo, com as variações do valor justo lançadas contra o resultado, em “Receitas (despesas) financeiras” exceto quando o derivativo for designado como um instrumento de hedge. Embora a Companhia faça uso de derivativos com o objetivo de proteção, nenhum instrumento derivativo

foi designado como hedge accounting.

(j) Contas a receber de clientes

As contas a receber de clientes são avaliadas no momento inicial pelo valor presente e incluem valores das receitas de contratos de construção reconhecidas de acordo com os custos incorridos. São mensuradas subsequentemente pelo custo amortizado com o uso do método da taxa de juros efetiva menos a provisão para crédito de liquidação duvidosa. Uma provisão para crédito de liquidação duvidosa é constituída quando existe uma ev idência objetiva de que a Companhia não será capaz de recuperar todos os valores devidos por seus clientes, como em casos

de dificuldades financeiras significativas do devedor, probabilidade de o devedor entrar com pedido de falência(atraso de 180 dias ou mais) ou concordata e falta de pagamento ou inadimplência. O valor da provisão é a diferença entre o valor contábil e o valor recuperável. O valor contábil do ativo é red uzido pelo uso de uma conta de provisão, e o valor da perda é reconhecido na demonstração do resultado na rubrica de despesas comerciais. Quando uma conta a receber de clientes é incobrável, esta é baixada contra a provisão para contas a receber. As recuperações subsequentes de valores prev iamente baixados são creditadas contra despesas comerciais, na demonstração do resultado.

(k) Financiamento a clientes

Consiste participação em financiamentos concedidos nas vendas de algumas aeronaves e são contabilizados pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juros efetiva.

A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que os ativos estão registrados por valor acima de seu valor recuperável. Quando aplicável, é reconhecida provisão para desvalorização desses ativos.

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(l) Contas a receber vinculadas e dividas com e sem direito de regresso

Algumas das transações de venda da Companhia são compostas por financiamentos estruturados, por meio dos quais uma EPE compra a aeronave, paga à Companhia o preço de compra, quando da sua entrega ou da conclusão do financiamento estruturado da venda, e transfere a aeronave objeto da compra ao cliente final. Uma instituição financeira financia a compra da aeronave de uma EPE, parte do risco

desse crédito permanece com a instituição financeira e a Companhia oferece garantias financeiras e/ou garantias de valor residual em favor da instituição. A Companhia classifica os riscos relativos a esta operação como sem direito de regresso quando parte do risco permanece com a instituição financiadora e com direito de regresso quando o risco permanece com a Companhia (Nota 11).

(m) Estoques Os estoques estão avaliados pelo mais baixo entre o custo medio de produçãoou preço de mercado ou custo de aquisição. Produtos em elaboração e produto acabado são reduzidos, quando aplicável, ao valor líquido de realização depois da dedução de custos, impostos e despesas comerciais.

Uma provisão para potenciais perdas é constituída quando, com base na estimativa da Administração, os itens são definidos como obsoletos ou estocados em quantidades superiores àquelas a serem utilizadas em projetos. As provisões são utilizadas se o inventário for vendido ou baixado. Importações em trânsito são registrados pelo custo acumulado de cada item.

(n) Imobilizado Os bens do imobilizado são avaliados pelo valor do custo de aquisição, formação ou construção, deduzido

da depreciação acumulada e das perdas por impairment.

A depreciação é calculada pelo método linear, exceto para as peças de reposiç ão ao programa Exchange pool, Terrenos não são depreciados(Nota 16). A Companhia atribui valor residual para determinados modelos de aeronaves e para peças de reposição de aeronaves constantes do programa Exchange Pool. Para os demais ativos a Companhia não atribui valor residual, uma vez que devido a característica desses ativos e de sua utilização, é pouco comum a baixa de quantidade de ativos vendidos e quando isso acontece, normalmente os ativos são realizados por valores

irrelevantes(Nota 16). Os v alores residuais dos ativos e sua v ida útil são revisadas e ajustadas quando apropriado, ao final de cada data de relatório. A companhia revisou a v ida útil de certos ativos em 2010(Nota 16). Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao item e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças

substituídos é baixado. Todos os outros reparos e manutenções são lançados em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos. Materiais alocados a projetos específicos são adicionados a imobilizações em andamento para, posteriormente, serem transferidos para as contas definitivas do imobilizado.

Os custos dos encargos sobre empréstimos tomados para financiar a construção do imobilizado são capitalizados durante o período necessário para executar e preparar o ativo para o uso pretendido. Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação do valor de venda com o valor

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contábil e são reconhecidos na rubrica de outras receitas (despesas), líquidas na demonstração do resultado. Segue abaixo resumo da descrição dos itens que compõem o ativo imo bilizado:

Terrenos - compreendem áreas onde estão principalmente os edifícios industriais, de engenharia

e administrativos.

Edifícios e benfeitorias em terrenos – Edifícios compreendem principalmente fábricas, engenharia e escritórios e benfeitorias compreendem estacionamentos, arruamentos, rede de

água e esgoto.

Instalações - compreendem as instalações industriais auxiliares que direta ou indiretamente suportam as operações industriais da Companhia, assim como instalações das áreas de engenharia e administrativa.

Máquinas e equipamentos – compreendem principalmente os maquinários e outros equipamentos utilizados direta ou indiretamente no processo fabril.

Móveis e utensílios – compreendem principalmente mobiliários e utensílios utilizados nas áreas

produtivas, engenharia e administrativa.

Veículos – compreendem principalmente veículos industriais e automóveis.

Aeronaves – compreendem principalmente aeronaves que são arrendadas às companhias aéreas,

além daquelas utilizadas pela Controladora para auxiliar nos ensaios de novos projetos.

Computadores e periféricos – compreendem equipamentos de informática utilizados principalmente no processo produtivo, engenharia e administrativo.

Imobilizações em andamento – compreendem principalmente obras para ampliação do parque fabril e centros de manutenção de aeronaves.

“Pool” de peças - compreende peças de reposição para uso exclusivo dos clientes que contrataram

o Programa “Exchange Pool”. Esse Programa prevê que tais clientes podem trocar um componente danificado por outro em condições de funcionamento, conforme definido no Programa. Esse estoque é depreciado com base na estimativa de v ida de sete a dez anos e um valor residual médio de 35%, que a Companhia acredita ser aproximadamente o tempo de utilização e valor de realização, respectivamente.

(o) Intangíveis

(i) Pesquisa e Desenvolvimento Os gastos com pesquisas são reconhecidos como despesas quando incorridos. Os gastos incorridos no desenvolvimento de projetos, compostos principalmente por gastos com desenvo lvimento de produtos, incluindo desenhos, projetos de engenharia, construção de protótipos, são reconhecidos como ativos intangíveis quando for provável que os projetos irão gerar benefícios econômicos futuros, considerando -se

sua v iabilidade comercial e tecnológica, disponibilidade de recursos técnicos e financeiros e somente se o custo puder ser medido de modo confiável.

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Os gastos de desenvolv imento capitalizados são amortizados a partir da ocasião em que os benefícios começam a ser gerados com base na entrega de aeronaves que se estima vender na implementação de cada projeto, sendo os montantes amortizados apropriados ao custo de produção. Revisões dessas estimativas são efetuadas na ocorrência de evidências que as justifiquem.

No caso de projetos paralisados ou daqueles cuja realização é considerada improvável, os gastos diferidos são baixados ou reduzidos ao valor líquido estimado de recuperação. Outros gastos de desenvolvimento que não atendam a esses critérios são reconhecidos como despesa na rubrica de outras receitas (despesas), líquidas, conforme incorridos. Os custos de desenvolv imento previamente reconhecidos como despesa não são reconhecidos como ativo em período subsequente.

(ii) Programas de computador(software) Licenças adquiridas de programas de computador são capitalizadas e amortizadas ao longo de sua v ida útil estimada.

Os gastos associados ao desenvolvimento ou à manutenção de softwares são reconhecidos como despesas na medida em que são incorridos. Os gastos diretamente associados a softwares identificáveis e únicos, controlados pela Companhia e que, provavelmente, gerarão benefícios econômicos maiores que os custos por mais de um ano, são reconhecidos como ativos intangíveis.

(p) Redução ao valor recuperável de ativos

O imobilizado e outros ativos não circulantes, inclusive os ativos intangíveis, são rev istos no mínimo anualmente para se identificar ev idências de perdas não recuperáveis, ou ainda, sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Quando este for o caso, o valor recuperável é calculado para verificar se há perda. Quando houver perda, ela é reconhecida pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapassa seu valor recuperável que é o maior entre o preço líquido de venda e o valor em uso de um ativo.

Para fins de avaliação do valor recuperável, os ativos são agrupados no menor grupo de ativos para o qual existem fluxos de caixa identificáveis separadamente (unidades geradoras de caixa). Os ativos não financeiros, exceto ágio, que sofreram uma perda por impairment são rev isados para uma possível reversão da perda a cada data de balanço.

(q) Dem ais ativos circulantes e não circulantes

Demonstrados aos valores de custo ou realização, incluindo, quando aplicável, o s rendimentos auferidos.

(r) Financiamentos Os empréstimos obtidos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, no recebimento dos recursos,

líquidos dos custos de transação incorridos. Em seguida, os empréstimos obtidos são apresentados pelo custo amortizado, isto é, acrescidos de encargos e juros proporcionais ao período incorrido, pelo método da taxa de juros efetiva. As taxas pagas no estabelecimento de linhas de crédito são reconhecidas como custos da transação do empréstimo uma vez que seja provável que uma parte ou todo o empréstimo seja sacado. Nesse caso, a

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taxa é diferida até que o saque ocorra. Quando não houver ev idências da probabilidade de saque de parte ou da totalidade do empréstimo, a taxa é capitalizada como um pagamento antecipado de serv iços de liquidez e amortizada durante o período de disponibilidade do empréstimo ao qual se relaciona. Os empréstimos são classificados como passivo circulante, a menos que a Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço.

(s) Arrendamento A determinação sobre se uma transação é, ou contém, arrendamento mercantil, é baseada na essência da transação e exige a avaliação se (i) o cumprimento do acordo depende do uso de ativo o u ativo específico e (ii) o acordo transfere o direito de usar o ativo.

(i) Arrendamento de aeronaves As aeronaves disponíveis para arrendamento ou arrendadas por meio de arrendamentos operacionais são

registradas no balanço da Companhia como ativo imobilizado, sendo depreciadas ao longo da sua v ida útil

estimada. A receita de aluguel (líquida de qualquer incentivo dado aos arrendatários) é reconhecida pelo

método linear pelo período do arrendamento. Aeronaves eventualmente arrendadas por meio de

arrendamentos financeiros deixam de ser reconhecidas no ativo da Companhia após o início do

arrendamento sendo a receita e o respectivo custo de venda reconhecidos na data da transação do

arrendamento.

(ii) Outros arrendamentos Os arrendamentos mercantis nos quais a Companhia permanece substancialmente com todos os riscos e

benefícios de propriedade são classificados como arrendamento financeiro. Os arrendamentos financeiros

são registrados como se fosse uma compra financiada reconhecendo, no seu início, um ativo imob ilizado e

um passivo de financiamento (arrendamento). O imobilizado adquirido nos arrendamentos financeiros é

depreciado pelas taxas divulgadas na Nota 16.

Os arrendamentos mercantis nos quais uma parte significativa dos riscos e benefícios de propriedade

permanecem com o arrendador são classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos

feitos para os arrendamentos operacionais são apropriados ao resultado pelo método linear ao longo do

período do arrendamento.

(t) Custo de empréstimos

Custo de empréstimos atribuídos à aquisição, construção ou produção de um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos são capitalizados como parte do custo destes ativos. Os demais custos de empréstimos são reconhecidos como despesa no período em que são incorridos. Custos de empréstimos são juros e outros custos em que a Companhia incorre em conexão com o empréstimo de recursos.

(u) Adiantamento de clientes Referem-se basicamente a adiantamentos recebidos pelos clientes antes da entrega do av ião.

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(v) Ativos e passivos contingents, obrigação legais e depósitos judiciais Ativos contingentes - não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Companhia julgar que o ganho é praticamente certo ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos. Provisões para contingências – prov isões são reconhecidas levando em conta a opinião dos assessores

jurídicos, a natureza das ações, similaridade com processos anteriores, complexidade e no posicionamento de tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com sufic iente segurança. Os passivos contingentes classificados como perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, sendo apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não são provisionados e nem divulgados. Depósitos judiciais - são atualizados monetariamente e apresentados como outros ativos.

O montante registrado nas provisões é considerado suficiente para cobrir as estimativas de eventuais perdas para a Companhia.

(w) Benefícios a empregados

(i) Contribuição definida A Companhia e suas subsidiárias patrocinam um plano de pensão fechado de contribuição definida para seus empregados. Para as empresas sediadas no Brasil, o plano que estava sendo administrado pelo Banco do Brasil S.A. – BB Prev idência, passou a ser administrado pela EMBRAERPREV – Sociedade de Prev idência Complementar em 2010.

(ii) Benefício médico pós-emprego A Companhia e suas subsidiárias provêem benefícios de assistência médica para seus aposentados, incluindo reembolso de custos de medicação, tratamento dentár io e outros benefícios para quem se aposentou no passado e para certos aposentados que ser irão se aposentar no futuro. Os custos previstos para o oferecimento de benefícios médicos pós-emprego e a cobertura dos

dependentes são provisionados durante os anos de prestação de serviços dos funcionários.

A Companhia contabiliza esses benefícios reconhecendo no balanço o excesso ou a falta de provisão de fundos do plano de benefício médico pós-emprego, com base na diferença entre o valor justo do plano de ativos e a obrigação do benefício. A Companhia também reconhece alterações na provisão desse plano em

outros resultados abrangentes, líquido de impostos, na medida que tais mudanças não são reconhecidas nos lucros como componentes do custo líquido do benefício. Esta provisão é revisada anualmente na data do balanço. O custo do plano de benefício médico pós -emprego é determinado usando o método de unidade de crédito e diversas premissas atuariais, sendo as mais significativas: a taxa de desconto, a taxa de longo prazo do retorno do ativo do plano e a taxa de tendência de custo médico.

(x) Lucro por ação

Nas demonstrações financeiras, a Companhia divulga o lucro básico por ação e o lucro diluído por ação. O lucro básico por ação ordinária é calculado pela divisão do lucro líquido atribuído aos acionistas

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Embraer, disponível aos acionistas pela quantidade média ponderada de ações ordinárias em aberto durante o período. O lucro líquido não distribuído atribuível aos acionistas da Embraer é calculado pela dedução dos div idendos distribuídos ao lucro líquido atribuível aos acionistas da Embraer. O lucro por ação diluído é calculado de maneira similar ao lucro por ação básico, exceto pelo fato de que

as quantidades de ações em circulação são ajustadas para refletir ações adicionais em circulação caso as ações com potencial de diluição atribuíveis a opções de compra de ações tivessem sido emitidas durante os períodos apresentados.

(y ) Program a de outorga de opções de ações

O programa para outorga de opções de ações instituído pela Companhia que recebe os serviços dos empregados e como retribuição efetua o pagamento através de instrumentos de capital próprio (opções de ações de sua emissão). O valor justo dos serviços dos empregados recebidos em troca da concessão das opções é reconhecido como despesa. O montante total a ser contabilizado é determinado pelo valor justo das opções outorgadas.

A despesa total é reconhecida durante o período de aquisição, que é o período durante o qual todas as condições de aquisição sejam satisfeitas. No final de cada período, a Companhia revisa suas estimativas sobre o número de opções que se espera que sejam adquiridas. A Companhia reconhece o impacto da revisão de estimativas iniciais, se for o caso, na demonstração do resultado, com um ajuste correspondente em conta específica do patrimônio líquido.

(z) Participação nos lucros

A participação nos lucros pelos empregados, é v inculada ao lucro líquido da Companhia, e condicionada a

atingimento de metas. Mensalmente são provisionados os valores apurados através da aplicação da

proporção dos salários a pagar. As políticas determinadas para a participação nos lucros da Companhia

estão descritas na Nota 31.

(aa) Dividendos and juros sobre o capital próprio A proposta de distribuição de dividendos para os acionistas é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras ao final do exercício, com base no estatuto social. Qualquer valor acima do

mínimo obrigatório por lei somente é provisionado na data em que são aprovados em Assembléia pelo s acionistas. Os juros sobre o capital próprio pagos ou provisionados são registrados na contabilidade como despesa financeira para fins fiscais. Entretanto, para fins de apresentação nas demonstrações financeiras, esses são apresentados diretamente como dedução do patrimônio líquido, pelo valor bruto, e os benefícios

fiscais por ele gerados são mantidos no resultado do exercício.

(bb) Imposto de renda e contribuição social As despesas fiscais do período compreendem o imposto de renda corrente e diferido. O imposto é reconhecido na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiver relacionado com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido ou no resultado abrangente. Nesse caso, o imposto

também é reconhecido no patrimônio líquido.

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São calculados observando-se suas alíquotas nominais de cada país, que conjuntamente, no caso das operações brasileiras, totalizam 34% - sendo imposto de renda (25%) e contribuição social sobre o lucro líquido (9%). O imposto de renda diferido é reconhecido, usando o método do passivo sobre as diferenças temporárias decorrentes de diferenças entre as bases fiscais de ativos e passivos e seus valores contábeis nas demonstrações financeiras.

Impostos diferidos ativos são reconhecidos sobre os prejuízos fiscais de imposto de renda, base negativa de contribuição social e as correspondentes diferenças temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores contábeis das demonstrações financeiras, na extensão em que seja provável que o lucro futuro tributável seja suficiente para absorver esses créditos tributários. Essa avaliação é efetuada com base em estimativas de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações.

Os prejuízos fiscais acumulados das operações brasileiras não possuem prazo de prescrição, porém a sua compensação é limitada em anos futuros em até 30% do montante do lucro tributável de cada exercício.

(cc) Garantias do produtos Gastos com garantia relacionados a aeronaves e peças de reposição são reconhecidos à época da entrega

com base nos valores estimados a incorrer. Essas estimativas são baseadas em fatores históricos que incluem, entre outros, reclamações com garantia e respectivos custos de reparos e substituições, garantia dada pelos fornecedores e período contratual de cobertura. O período de cobertura da garantia varia de 36 a 60 meses. Eventualmente, a Companhia pode v ir a ser obrigada a realizar modificações no produto dev ido à exigência das autoridades de certificação aeronáutica ou após a entrega, devido à introdução de melhorias ou ao desempenho das aeronaves. Os custos previstos para tais modificações são provisionados no momento em que os novos requisitos ou melhorias são exigidos e conhecidos.

Alguns contratos de venda podem conter cláusulas de garantia de um nível mínimo de desempenho da aeronave subsequente à entrega, baseado em metas operacionais predeterminadas. Se a aeronave sujeita a esse tipo de garantia não atingir índices de desempenho requeridos depois da entrega, a Companhia pode ser obrigada a reembolsar seus clientes pelo aumento dos custos e serv iços operacionais incorridos com base em fórmulas definidas em contrato. As perdas relacionadas a garantias de dese mpenho são registradas no momento em que são conhecidas ou quando as circunstâncias indicam que a aeronave não

atingirá os requerimentos mínimos de desempenho esperados, com base na estimativa da Administração da Companhia.

(dd) Garantias financeiras e de valor residual Mediante análise do mercado e do cenário, a Companhia pode conceder, em alguns casos, garantias financeiras ou de valor residual como parte da estrutura de financiamento no momento da entrega de

suas aeronaves. O valor garantido tem como base o valor futuro esperado dessas aeronaves em um determinado momento ao longo da vigência desses financiamentos e estão sujeitos a um limite máximo garantido. Caso as garantias sejam acionadas a Companhia deverá suportar a diferença, caso haja, entre o valor garantido e valor justo de mercado da respectiva aeronave. A provisão para garantias é determinada em bases estatísticas e com base em avaliações efetuadas por

terceiros que levam em consideração, entre outros, os valores futuros das aeronaves nas datas de vencimento e dentro dos limites garantidos pela Companhia. Para fazer face ao risco de perda com essas garantias a Companhia constitui uma provisão e sua estimativa é rev isada na ocorrência de eventos que justifiquem tais rev isões quando provisão adicional poderá ser reconhecida com base nas estimativas de perda para fazer frente a essas garantias. (Nota 38).

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As garantias de valor residual (Residual Value Guarantee – “RVG”) são contabilizadas como instrumentos financeiros de derivativos (Nota 38). Em alguns casos, a Companhia contabiliza depósitos em garantia em favor de terceiros para quem os valores de garantia financeira e residual tem sido dado relativo a estrutura de financiamento de aeronaves (Nota 14).

(ee) Receitas diferidas

Referem-se às obrigações para fornecimento de peças de reposição, treinamento, representante técnico e outras obrigações constantes nos contratos de venda de aeronaves já entregues, cujas receitas serão apropriadas quando o serv iço ou produto for entregue para o cliente. Também se encontram registrados nesta rubrica os saldos de receitas diferidas de algumas vendas de aeronaves, que, de acordo com obrigações contratuais, são contabilizadas como arrendamentos operacionais.

(ff) Dem ais passivos circulantes e não circulantes Demonstrados pelos valores conhecidos ou exigíveis, quando aplicável, acrescidos dos respectivos encargos e variações cambiais incorridos.

(gg) Reconhecimento de receitas

A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comerciali zação de produtos e serviços no curso normal das ativ idades da Companhia. A receita é apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos, bem como, no Consolidado, após a eliminação das vendas intercompanhias.

(i) Receitas de peças de aeronaves e peças de reposição As receitas de vendas de aeronaves comerciais, executivas e agrícolas, de peças de reposição e de serv iços, são geralmente reconhecidas no ato da entrega ou do embarque, quando os riscos e benefícios são transferidos para o cliente.

(ii) Contratos com múltiplo elemento As receitas de contratos de vendas de aeronaves envolvendo o suprimento de peças de reposição, treinamento e de serviços, são geralmente reconhecidas no ato da entrega ou do embarque, quando os riscos e benefícios são transferidos para o cliente. (iii) Receitas do Exchange Pool Program

As receitas do Exchange Pool Program são reconhecidas mensalmente durante o período do contrato e consiste parte em uma taxa fixa e outra parte em uma taxa variável diretamente relacionada com as horas efetivamente voadas pela aeronave coberta por este programa. (iv ) Receita de contratos de construção

No segmento de defesa e segurança, algumas operações consistem em contratos de longo prazo, sendo as receitas reconhecidas pelo método de custo incorrido, além do reconhecimento no ato da entrega ou embarque. Alguns contratos contêm cláusulas para reajuste de preço com base em índices preestabelecidos e estes são reconhecidos no período de competência. A adequação do reconhecimento de receitas, relativas aos contratos de vendas do segmento de defesa e segurança, é realizada com base nas

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melhores estimativas da Administração, quando se tornam ev identes. (v) Receitas de arrendamento operacionais A Companhia também reconhece a receita com aluguel de aeronaves como arrendamentos operacionais, proporcionalmente ao período do arrendamento, e registra essas receitas como resultado de outros segmentos.

(v i) Deduções de vendas Deduções de vendas compreendem impostos de vendas indiretos e concessõ es contratuais. A Companhia

pode oferecer concessões contratuais que proporcionam aos nossos clientes uma redução do montante

pago pela aeronave. As concessões são contabilizadas como deduções de vendas, porque as concessões

representam uma redução do preço de venda.

(hh) Custo dos produtos e serviços vendidos O custo de vendas e serv iços consiste no custo da aeronave, peças de reposição e serv iços prestados, incluindo:

i. Material - Substancialmente todos os custos de material são cobertos por contratos com

fornecedores. Os preços nesses contratos são geralmente reajustados com base em uma fórmula de escala que reflete, em parte, a inflação nos Estados Unidos.

ii. Mão de obra - Esses custos são denominados principalmente em reais.

iii. Depreciação - o imobilizado é depreciado com o passer de sua vida útil, variando de cinco a 48 anos, linearmente.

A depreciação de uma aeronave sob arrendamento operacional e operações de pool de peçãs são registradas como custo dos produtos vendidos, desde o início do termo do arrendamento, utilizando-se o método linear ao longo da v ida útil estimada e considerando-se um valor residual

no fim do termo do arrendamento.

iv. Amortização – Os ativos intangíveis gerados internamente são amortizados de acordo com a série das aeronaves que se estima vender e os ativos intangíveis adquiridos de terceiros são amortizados de forma linear de acordo com a v ida útil prev ista para os ativos

De acordo com as normas contábeis sobre contingências, a Companhia reconhece um passivo para as

obrigações associadas a garantias dos produtos na data da entrega da aeronave, que é estimada com base na experiência histórica e registrada como custo dos produtos vendidos. A Companhia efetua transações que representam contratos de múltiplos elementos, tais como treinamento, assistência técnica, peças de reposição e outras concessões. Esses custos são reconhecidos quando o produto ou serviço é entregue ou prestado ao cliente.

(ii) Despesas e outras receitas operacionais As despesas operacionais são representadas basicamente por despesas comerciais, administrativas, com pesquisas e outras receitas (despesas) operacionais.

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(jj) Subvenções

Trata-se de subvenções para investimentos, recebidas da FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos, para desenvolv imento conjunto de projetos de inovação tecnológica, respaldados pela Lei 10.973/04, que trata dos incentivos à pesquisa e desenvolv imento tecnológico. Estes valores são reconhecidos no resultado à medida em que os recursos são aplicados e as cláusulas contratuais são cump ridas. As subvenções governamentais recebidas para investimentos em pesquisas que atendem as condições

necessárias à sua efetivação são levadas ao resultado como redução das despesas incorridas com tais

pesquisas.

(kk) Receitas e despesas financeiras

As receitas e despesas financeiras são representadas principalmente por rendimentos sobre aplicações financeiras, encargos financeiros sobre empréstimos, impostos com exigibilidade suspensa, provisões para contingências (Nota 34), bem como por variações cambiais sobre ativos e passivos expressos em moedas diferentes da moeda funcional, registrados contabilmente em regime de competência.Receitas e despesas financeiras excluem os custos de empréstimos atribuíveis às aquisições, construções ou produção dos bens que necessitam de um período substancial de tempo para estar pronto para uso ou

venda, que são capitalizados como parte do custo do ativo.

(ll) Regim e tributário de transição

O Regime tributário de transição(RTT) terá v igência até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos

fiscais dos novos métodos contábeis, buscando a neutralidade tributária.

O regime foi optativo nos anos-calendário de 2008 e de 2009 e obrigatório para 2010, respeitando -se:

(i) A aplicação ao biênio 2008-2009, não a um único ano-calendário; e

(ii) A manifestação da opção na Declaração de Informações Econômico -Financeiras da Pessoa

Jurídica (DIPJ).

A Companhia optou pela adoção do RTT em 2008. Conseqüentemente, para fins de apuração do imposto

de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e

de 2009, a Companhia adotou as prerrogativas definidas no RTT.

(mm) Dem onstração do fluxo de caixa

As demonstrações dos fluxos de caixa foram elaboradas pelo método indireto partindo das informações

contábeis.

(nn) Apresentação de informação por segmentos

As informações por segmentos operacionais, são apresentadas de modo consistente com o relatório

interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais. O principal tomador de decisões

operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos

operacionais, é o Diretor-Presidente.

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3. Estim ativas e julgamentos contábeis críticos A preparação das demonstrações financeiras exige que a Companhia utilize estimativas e adote premissas

que afetam os valores relatados dos ativos e passivos, divulgação de ativos e passivos contingentes e o

valor justo dos instrumentos financeiros na data do balanço e os montantes reportador de receitas e

despesas durante o período do relatório. Estimativas significativas para as quais as mudanças no curto

prazo são consideradas razoavelmente possíveis e podem ter um impacto material nas demonstraççoes

financeiras que são divulgadas. Resultados atuais podem diferenciar de tais estimativas.

Para explicar como a administração avalia eventos futuros, incluindo as variáveis e suposições usadas nas

estimativas, e a sensibilidade dessas avaliações às diferentes variáveis e condições, as estimativas e

premissas que tem um risco significativos de causar um ajuste material ao montante registrado de ativos e

passivos, incluímos uma breve análise das nossas políticas de contabilidade mais importantes.

(a) Receitas das vendas e outras receitas operacionais

A Companhia reconhece receitas de vendas pelos segmentos comerciais, de jatos executivos, de serviços

de aviação e de defesa e segurança, quando os benefícios e riscos de perda são transferidos aos clientes, o

que, no caso de aeronaves, ocorre quando a entrega é realizada e, no caso de serv iços de av iação, quando o

serviço é prestado ao cliente.

A Companhia reconhece, também, a receita de aluguel de aeronaves arrendadas mediante contrato de

arrendamento de forma avaliável pelo prazo do arrendamento, sendo registrada a receita como vendas

líquidas de outros negócios relacionados ao apresentar a informação por segmento operacional.

No segmento de defesa e segurança, uma parcela significativa das receitas é oriunda de contratos de

desenvolvimento de longo prazo com o governo brasileiro e governos estrangeiros, pelos quais

reconhecemos receitas de acordo com o método de percentual da conclusão, ou POC (Percentage-of-

Completion). Esses contratos contêm disposições sobre reajuste de preços com base em uma combinação

de índices relativos ao custo da matéria-prima e da mão de obra. Periodicamente, é reavaliada a margem

prevista de certos contratos de longo prazo, ajustando o reconhecimento da receita com base nos custos

projetados para a conclusão. O uso do método POC requer que a Companhia estime os custos totais para a

conclusão dos contratos. Se os custos totais fossem 10% menor em relação às estimativas da

administração, a receita reconhecida no exercício aumentaria em US$ 77,4; caso os custos fossem 10%

maior em relação às estimativas da administração, a receita reconhecida no exercício sofreria queda de

US$ 90.8.

As receitas do Exchange Pool Program são contabilizadas mensalmente em relação ao prazo do contrato

e consistem em uma parte referente a uma taxa fixa e outra parte referente a uma taxa variável

diretamente relacionada às horas de voo da aeronave coberta.

São efetuadas transações que representam contratos de vários elementos, como treinamento, assistência

técnica, peças sobressalentes e outras concessões, incluídas no preço de venda da aeronave. Contratos de

vários elementos são avaliados para determinar se podem ser separados em mais de uma unidade

contábil, caso sejam atendidos todos estes critérios:

- item entregue tem valor para o cliente de maneira independente;

- existe ev idência objetiva e confiável do valor justo do item não entregue; e se o contrato incluir um

direito geral de devolução do item entregue, a entrega ou execução do item não entregue é considerada

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provável e substancialmente sob nosso controle.

Se esses critérios não forem cumpridos, o contrato será considerado uma unidade contábil, que resulta em

receita sendo diferida até esses critérios começarem a ser cumpridos ou após a entrega do último

elemento que não havia sido entregue. Se esses critérios forem c umpridos para cada elemento e houver

ev idência objetiva e confiável do valor justo de todas as unidades contábeis de um contrato, a

consideração do contrato é alocada em unidades contábeis separadas conforme o valor justo relativo de

cada unidade.

(b) Garantias de Produto

De modo geral, as vendas de aeronaves são acompanhadas de uma garantia padrão para sistemas,

acessórios, equipamentos, peças e software fabricados por nós e/ou nossos parceiros de risco e

fornecedores. A Companhia reconhece a despesa de garantia como componente de custos de vendas e

serviços, no momento da venda e com base nos montantes estimados dos custos da garantia que se espera

incorrer. Essas estimativas são baseadas em diversos fatores, incluindo despesas históricas com garantias

e experiência com custos, tipo e duração da cobertura da garantia, volume e variedade de aeronaves

vendidas e em operação e da cobertura da garantia disponível dos fornecedores correspondentes. Os

custos reais da garantia do produto, podem ter padrões diferentes da nossa experiência prév ia,

principalmente quando uma nova família de aeronaves inicia seus serviços de receita, o que pode exigir

que aumentemos a provisão de garantia do produto. O período de garantia varia de três anos para peças

sobressalentes a cinco anos para componentes que sejam parte da aeronave no momento da venda.

(c) Guarantias financeiras e trade-ins

A Companhia pode v ir a oferecer garantias financeiras, garantias de valor residual e trade-ins

relacionados às nossas aeronaves. A Companhia revisa o valor desses compromissos relativos ao valor

justo futuro prev isto da aeronave e, no caso de garantias financeiras, a situação de crédito do financiado.

As provisões e perdas são contabilizadas quando e se os pagamentos se tornam prováveis e podem ser

estimados com razoabilidade. O valor justo futuro é estimado utilizando avaliações das aeronaves por

terceiros, incluindo informações obtidas da venda ou leasing de aeronaves similares no mercado

secundário. A situação de crédito de financiados que recebe m garantias de crédito é avaliada pela análise

de diversos fatores, incluindo avaliação de crédito realizada por terceiros e custos estimados do

financiamento do beneficiário.

(d) Participação no valor residual das aeronaves

Nos financiamentos estruturados, uma entidade compra uma de nossas aeronaves, paga o preço total na

entrega ou na conclusão da estrutura de financiamento e faz um contrato de leasing da aeronave em

questão com o cliente final. Uma instituição financeira externa facilita o financiamento d a compra de uma

aeronave e uma parte do risco do crédito fica com essa instituição.

Embora não tenha participação acionária, a Companhia controla as operações de algumas EPEs ou tem

uma participação majoritária, absorvendo a maior parte das perdas esperad as destas entidades, se

ocorrerem, ou recebendo a maior parte do retorno residual esperado, se ocorrer, ou ambos. Da mesma

forma, EPEs de propriedade de terceiros, em que a Companhia detém o controle das operações ou

participa de forma majoritária dos riscos e recompensas, são consolidadas. Quando a Companhia deixa de

ter o controle das operações, os ativos e passivos relativos à aeronave são desconsolidados do nosso

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balanço.

A Companhia determina que detém o controle das operações das EPEs ou participa de forma majoritária

dos riscos e recompensas, principalmente com base na avaliação qualitativa. Isso inclui uma análise da

estrutura de capital das EPEs, relações e termos contratuais, natureza das finalidades e operações das

EPEs, natureza das participações nas EPEs emitidas e a nossa participação na entidade que cria ou

absorve variabilidade. São avaliados o projeto das EPEs e os riscos associados aos quais a entidade e os

detentores de participação variável estão expostos na avaliação da consolidação. Em casos limitados,

quando pode não estar claro sob o ponto de v ista qualitativo se temos o controle, é utilizado uma análise

qualitativa para calcular a probabilidade ponderada das perdas esperadas e a probabilidade ponderada

dos retornos residuais esperados usando a modelagem de fluxo de caixa e de medição estatística de riscos.

(e) Redução ao valor recuperável dos ativos (“Im pairm ent”)

Ativos não circulantes detidos para o uso estão sujeitos a uma avaliação de “ impairment”, se os fatos e as

circunstâncias indicarem que o valor contábil não é recuperável com base no maior entre os fluxos de

caixa futuros descontados ou valor líquido de venda do ativo. Os ativos são agrupados de acordo com

nossas várias famílias de aeronaves. A Companhia utiliza vários pressupos tos ao determinar o fluxo de

caixa descontado a valor presente, incluindo as prev isões de fluxos de caixa futuros, que se baseiam em

nossa melhor estimativa de vendas e custos operacionais futuros, de acordo, principalmente, com pedidos

firmes existentes, pedidos futuros esperados, contratos com fornecedores e condições gerais do mercado.

Mudanças nessas previsões podem alterar, de forma significativa, o valor de uma perda por

“impairment” , se houver. Os valores escriturais líquidos dos ativos correspondentes são ajustados,

quando o valor recuperável é menor que o valor contábil. Até a presente data, essas análises não

indicaram a necessidade de reconhecer qualquer perda por “ impairment”.

(f) Valor justo de instrumentos financeiros

O valor justo de instrumentos financeiros que não são cotados em um mercado ativo é determinado

utilizando-se técnicas de valorização. A Companhia utiliza seu julgamento para a seleção de métodos e

utiliza premissas baseadas em condições de mercado existentes ao final de cada data d e balanço.

(g) Imposto de renda e contribuição social

A Companhia está sujeita ao imposto de renda em diversos países em que opera. É necessário um julgamento significativo para determinar a provisão para impostos sobre a renda nesses diversos países. Em muitas operações, a determinação final do imposto é incerta. A Companhia também reconhece

provisões por conta de situações em que é provável que valores adicionais de impostos forem devidos. Quando o resultado final dessas questões é diferente dos valores inicialmente estimados e registrados, essas diferenças afetam os ativos e passivos fiscais atuais e diferidos no período em que o valor definitivo é determinado. Os valores contábeis das demonstrações financeiras são apurados na moeda funcional da Companhia (Dólar) enquanto que a base de cálculo do imposto de renda sobre ativos e passivos é determinada na

moeda brasileira (Real). Portanto, flutuações na taxa de câmbio podem afetar significativamente o valor da despesa de imposto de renda reconhecida em cada período, principalmente decorrente do impacto sobre os ativos não monetários.

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Se a taxa de câmbio apresentasse uma diferença de 10% em dezembro de 2010, o imposto de renda e contribuição social diferidos, precisaria aumentar aproximadamente US$ 109.0 ou diminuiria US$ 109.0, respectivamente.

4. Pronunciamentos contábeis recentes

As normas e alterações das normas existentes a seguir foram publicadas e são obrigatórias para os

períodos contábeis da Companhia iniciados em 1º de janeiro de 2011, ou após essa data, ou para períodos

subsequentes. Entretanto, não houve adoção antecipada dessas normas.

- IFRS 9, "Instrumentos financeiros", emitido em novembro de 2009. Esta norma é o primeiro passo no

processo para substituir o IAS 39 "Instrumentos Financeiro s: Reconhecimento e Mensuração". O IFRS 9

introduz novas exigências para classificar e mensurar os ativos financeiros e provavelmente afetará a

contabilização da Companhia para seus ativos financeiros. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de

2013, mas pode ser adotada antecipadamente . A Companhia está analisando os impactos nas

demonstrações financeiras.

- IAS 24 Revisado, "Divulgações de Partes Relacionadas", emitido em novembro de 2009. Substitui o IAS

24, "Divulgações de Partes Relacionadas", emitido em 2003. O IAS 24 (revisado) é obrigatório para

períodos iniciando em ou após 1º de janeiro de 2011. A adoção antecipada, no todo ou em parte, é

permitida. A norma rev isada esclarece e simplifica a definição de partes relacionadas e elimina a exigê ncia

para entidades relacionadas ao governo para divulgar detalhes de suas transações com o governo e outras

empresas relacionadas ao governo. A Companhia está analisando os impactos nas demonstrações

financeiras.

- “Classificação das emissões de direitos" (alteração ao IAS 32), emitida em outubro de 2009. A alteração

aplica-se a períodos anuais iniciando em ou após 1º de fevereiro de 2010. Aplicação prévia é permitida. A

alteração aborda a contabilização de direitos de ações denominados em outra moeda que não a funcional

do emissor. Contanto que determinadas condições sejam atendidas, esses direitos de ações agora são

classificados como patrimônio, independente da moeda em que o preço de exercício é denominado.

Anteriormente, as ações tinham de ser contabilizadas como passivos derivativos. A alteração aplica-se

retroativamente, de acordo com o IAS 8 "Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativas Contábeis e

Erros". A Companhia aplicará a interpretação a partir de 1º de janeiro de 2011. Não se espera que haja

algum impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.

- O IFRIC 19, "Extinção dos Passivos Financeiros com Instrumentos Patrimoniais" está em vigor desde 1º

de julho de 2010. A interpretação esclarece a contabilização por parte de uma entidade quando os prazos

de um passivo financeiro são renegociados e resultam na emissão pela entidade dos instrumentos

patrimoniais a um credor da entidade para extinguir todo ou parte do passivo financeiro (conversão da

dív ida). Isso requer que um ganho ou perda seja reconhecido no resultado, que é mensurado como a

diferença entre o valor contábil do passivo financeiro e o valor justo dos instrumentos patrimoniais

emitidos. Se o valor justo dos instrumentos financeiros emitidos não puder ser mensurado de maneira

confiável, os instrumentos patrimoniais devem ser mensurados para refletir o valor justo do passivo

financeiro extinto. A Companhia aplicará a interpretação a partir de 1º de janeiro de 2011. Não se espera

que haja algum impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.

- "Pagamentos Antecipados de Requerimentos Mínimos de Provimento de Fundos" (alteração ao IFRIC

14) emitido em Maio de 2009. As alterações corrigem uma consequência não intencional do IFRIC 14, IAS

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19 - "Limite de Ativo de Benefício Definido, Exigências Mínimas de Provimento de Recursos e sua

Interação". Sem as alterações, as entidades não podem reconhecer como um ativo, alguns pagamentos

antecipados voluntários para contribuições mínimas de provimento de fundos. Essa não era a intenção

quando o IFRIC 14 foi emitido, e as alterações corrigem isso. As alterações entram em v igor em períodos

anuais iniciando em 1º de janeiro de 2011. Aplicação prévia é permitida. As alterações devem ser aplicadas

retroativamente ao primeiro período comparativo apresentado. A Companhia aplicará a interpretação a

partir de 1º de janeiro de 2011. Não se espera que haja algum impacto nas demonstrações financeiras da

Companhia.

5. Primeira adoção do IFRS

5.1 Base de transição para IFRS

5.1.1 Aplicação do IFRS 1

A Companhia está divulgando em 31 de dezembro de 2010 as primeiras demonstrações financeiras anuais que contemplam os IFRS, emitidos pelo IASB. A Companhia aplicou o IFRS 1 “Adoção inicial das normas internacionais de contabilidade” na preparação destas demonst rações financeiras consolidadas. A Companhia definiu 1º. de janeiro de 2009, como a data de transição para IFRS. A prática contábil anterior utilizada pela Companhia eram as práticas contábeis adotadas no Brasil. A reconciliação das demonstrações financeiras anteriormente emitidas preparadas de acordo com as antigas

práticas contábeis adotadas no Brasil utilizada em 1º de janeiro de 2009 e em 31 de dezembro de 2009 com o saldos do Patrimônio Liquido e Lucro Liquido estão apresentados abaixo(Nota 5.2). Reconciliações para os saldos de Patrimônio Líquido e Lucro Líquido nas demonstrações financeiras consolidadas arquivadas com a SEC (U.S. Securities and Exchange Commission), para 1º de janeiro de 2009 e para o exercício findo em 31 de dezembro de 2009 preparadas em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América são também apresentadas (Nota 5.3)

A politica contábil definida na Nota 2 tem sido aplicado na preparação das demonstrações financeiras e e ao final do exercício de 31 de Dezembro de 2010, a informação comparativa apresentada para o ano findo em 31 de Dezembro de 2009 e o balanço de abertura de IFRS em 1º. de janeiro de 2009. Na preparação dessas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com o IFRS 1 , a Companhia tem aplicado as exceções obrigatórias e certas isenções opcionais do período retrospectivo na aplicação dos

IFRS, conforme definido no IFRS 1 .

5.1.2 Aplicação das isenções no período retrospective eleitas pela Companhia IFRS 1 permite a primeira adoção de certas isenções dos requerimentos gerais incluso nos IFRS. A Companhia optou em aplicar as seguintes exceções:

Combinação de negócios Combinação de negócios através de 31 de Dezembro de 2008 foram contabilizadas através das praticas contábeis anteriores. Em 31 de Dezembro de 2009, a Companhia não apresentou ágio relacionado a

combinações de negócio de acordo com as práticas contábeis adotadas anteriormente.

Isenções para Leasing

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A Companhia adotou a isenção de leasing optou por rever seus contratos na data de transição, sendo que não houve impacto nas demonstrações financeiras.

As isenções voluntárias remanescentes não se aplicam à Companhia:

Isenção para transação de pagamento baseado em ações

Esta isenção não é aplicável para opções outorgadas pela Companhia que já foram exercidas antes da data de transição.

Isenção de contratos de seguro (IFRS 4/ CPC 11 “contratos de seguro”)

A Companhia não emite contratos de seguro, portanto esta isenção não é aplicável.

Isenção do valor justo do custo atribuído

A Companhia esteve em total conformidade com os requerimentos do IAS 16/ CPC 27 – “ativo imobilizado” na data de transição.

Isenção para ajustes acumulados de conversão

A Companhia optou por reconhecer os ajustes de conversão acumulados de anos anteriores na data de transição de 1º de janeiro de 2009, e portanto esta isenção não é aplicável.

Isenção para ativos e passivos das controladas

Esta isenção não é aplicável, já que o uso desta isenção é feito no nível da subsidiária, associada ou joint venture que adota IFRS depois da Controladora.

Instrumentos financeiros compostos

Não há operações envolvendo esse tipo de instrumento financeiro.

Designação de instrumentos financeiros prev iamente reconhecidos

Esta isenção não é aplicável, uma vez que a Companhia não tem instrumentos financeiros para serem designados como disponível para venda.

Ativos e passivos financeiros medidos a valor justo

A Companhia não tem aplicado a isenção oferecida pela rev isão do IAS 39/ IAS 3 8 “instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração” no reconhecimento inicial dos instrumentos financeiros medidos a valor justo por meio do resultado onde não existe um mercado ativo, esta isenção não é aplicável.

Isenção relacionada às mudanças em passivos por desativação, restauração e outros passivos

similares incluídos no custo do imobilizado.

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

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A Companhia não tem passivos por desativação relacionado ao imobilizado e, portanto esta isenção não é aplicável.

Contratos de concessão A Companhia não tem contratos no escopo do IFRIC 12, “Contratos de Serviço de Concessão” e,

portanto esta isenção não é aplicável.

Custo de empréstimos Esta isenção não é aplicável à Companhia.

Transferência de ativos de clientes A Companhia não tem contratos no escopo do IFRIC 18, “Transferência de Ativos dos Clientes”, a isenção não se aplica.

Extinguir passivos financeiros com instrumentos de equivalência A Companhia não tem contratos no escopo do IFRIC 19, “Extinguir passivos financeiros com instrumentos de equivalência”, esta isenção não se aplica.

Benefícios a empregados A Companhia não possui planos de benefícios definidos significativos. Desta forma, a isenção não é relevante.

5.1.3 Exceções a aplicação retrospectiva A Companhia aplicou as seguintes exceções obrigatórias na aplicação retrospectiva:

Estimativas

As estimativas segundo os IFRS em 1º de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2009 são consistentes com as estimativas utilizadas nas mesmas datas segundo práticas adotadas anteriormente pela Companhia. Não há ev idência que estas estimativas apresentavam erros .

Baixa de ativos e passivos financeiros

Ativos e passivos financeiros baixados antes de 1º de janeiro de 2009 não foram reconhecidos novamente para IFRS. A aplicação desta exc eção não tem impacto significativo nestas demonstrações financeiras.

Contabilização de Hedge

A Companhia optou pela não aplicação da contabilização de hedge accounting. Desta forma, nenhum ajuste foi requerido.

Participação de não controladores

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A Companhia aplicou prospectivamente da data da transição para IFRS o requerimento do IAS 27/ atribuindo total resultado abrangente do período aos não -controladores; e para a contabilização de mudanças na participação da Controladora com relação a uma subsidiár ia.

5.2 Reconciliação entre BR GAAP e IFRS

Como descrevemos acima, na preparação do balanço patrimonial de abertura, a Companhia ajustou os montantes reportados previamente nas demonstrações financeiras preparadas de acordo com as práticas contábeis brasileiras adotadas anteriormente, as quais foram publicadas para o ano findo em 31 de dezembro de 2008.

5.2.1 Explicação dos efeitos de transição para IFRS

(a) Garantias Financeiras As práticas contábeis brasileiras v igentes anteriormente não oferecia m um guia específico de contabilização dos contratos de garantia financeira. A Companhia determinou a política de contabilização baseada nos requerimentos dos US GAAP. Baseado nesse, a Companhia reconheceu apenas contratos de garantias financeiras emitidos depois de 31 de dezembro de 2002.

De acordo com a norma, IAS 39 – “Reconhecimento e Mensuração” define que contratos de garantia financeira são contratos que requerem que o emissor faça pagamentos para reembolsar o emitente de uma perda que incorreu porque o devedor falhou em fazer os pagamentos quando necessário, de acordo com os termos do instrumento de dívida. O IAS 39 define que esses contratos sejam inicialmente reconhecidos a valor justo. Além disso, o IAS 39 não tem isenção para aplicação retrospectiva na contabilização de contratos de garantia financeira, portanto a Companhia registrou na data de transição

todas os contratos de garantia. Todas as vendas com garantias financeiras são tratadas como contratos de múltiplo elemento. As receitas relativas a essas garantias financeiras são diferidas e reconhecidas durante o tempo de v igência dos contratos. A Companhia reconheceu contratos de garantias financeiras de US$ 136.1 e US$ 120.6, em 1º de janeiro e

31 de dezembro de 2009, respectivamente e fo i reconhecido no resultado de 2009 US$ 15.6 como receita de vendas.

(b) Garantia de valor residual As práticas contábeis brasileiras vigentes anteriormente não ofereciam um guia específico de contabilização de contratos de garantia de valor residual. A Companhia determinou sua política de

contabilização baseada nas definições dos US GAAP. Com base neste, a Companhia reconheceu apenas contratos de garantias de valor residual emitidos após 31 de dezembro de 2002. Com relação às garantias de valor residual, o IFRS 4 “Contratos de seguros” definem a garantia de valor residual como uma garantia concedida por uma parte sobre o valor justo de um ativo não financeiro em uma determinada data futura.

Considerando que os contratos de garantia de valor residual emitidos pela Companhia compensam os detentores dessas garantias apenas pelas mudanças no valor justo dos ativos garantidos e não pelas mudanças na condição do detentor do ativo, o contrato não é um contrato de seguro e é contabilizado como um derivativo com o escopo de IAS 39. De acordo com o IAS 39 esses são inicialmente e subseqüentemente medidos a valor justo. O IAS 39 não oferece isenção de aplicação retrospectiva na

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175

contabilização de instrumentos derivativos e, portanto, a Companhia reconheceu na data de transição todos os contratos de valor residual emitidos em ou antes de 31 de dezembro de 2002. De acordo com o IFRS, o saldo de US$ 9.4 e US$ 8.3 foi registrados em 1º. de Janeiro e 31 de Dezembro de 2009, o remensuramento a valor justo de US$ 1 .1 foi contabilizados nas despesas financeiras respectivamente.

(c) Benefício pós-emprego

Desta forma, os ganhos atuariais líquidos acumulados totalizaram US$ 1 .0 os quais não haviam sido reconhecidas pelas práticas contábeis brasileiras v igentes anteriorme nte, foram reconhecidos em lucros acumulados em 1º de janeiro de 2009. O mesmo ajuste foi aplicado em 31 de dezembro de 2009.

(d) Imposto de renda e contribuição social diferidos sobre ao ajustes Os ajustes nos saldos patrimoniais do imposto de renda e contribuição social diferidos decorrentes dos

efeitos dos ajustes de transição totalizaram US$ 49.5 em 1º janeiro de 2009 e US$ 43.9 em dezembro de 2009 e US$ 5.6 no resultado de 2009.

(e) Resultados acumulados

Exceto pelas reclassificações, todos os ajustes descritos acima foram registrados em contrapartida dos

resultados acumulados em 1º de janeiro de 2009.

(f) Lucro por ação

De acordo com a norma brasileira, o lucro (perda) líquido por ação era apenas apresentado nas demonstrações financeiras da controladora e era calculado com base no número de ações em circulação no final do exercício, excluindo as ações em tesouraria.

De acordo com os IFRS, o lucro por ação passou a ser apresentado com base no lucro líquido consolidado

da Companhia, considerando a média ponderada das ações em circulação durante o exercício, excluindo ações em tesouraria. O resultado por ação diluído também passou a ser apresentado, levando em consideração o efeito potencial das opções de ação em circulação.

(g) Reclassificações

(i) De acordo com as praticas contábeis anteriores, o imposto de renda diferido não são compensadas e ativos são apresentados separadamente dos passivos. De acordo com o IFRS, impostos diferidos ativos e passivos são apresentados de forma líquida quando a Companhia possui o direito legal para compensar bem como a intenção da Companhia e são classificados como não circulantes.

(ii) De acordo com as práticas contábeis brasileiras v igentes anteriormente, a participação de não

Controladoras era apresentada em rubrica específica no balanço patrimonial, fora do patrimônio líquido. De acordo com a norma, as participações de não controladores são apresentadas no balanço patrimonial, no patrimônio líquido.

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5.2.2 Reconciliações

(a) Reconciliação do Patrimônio Líquido em 31 de Dezembro de 2009 e em 1º. de Janeiro de 2009

Nota 31.12.2009

Data da

Transição

01.01.2009

2.883,5 2.554,8

Garantias financeiras 5.2.1(a) (120,6) (136,1)

Garantias financeiras de valor residual 5.2.1(b) (8,3) (9,4)

Plano de benefício definido 5.2.1(c) 1,0 1,0

Efeitos do IR Diferido sobre os ajustes de IFRS 5.2.1(d) 43,9 49,5

Apresentação da participação dos não controladores 5.2.1(g) 90,3 70,0

Outras diferenças (6,8) (4,2)

2.883,0 2.525,6

Patrimônio Líquido originalmente reportado de acordo com BR GAAP

(GAAP anterior)

Patrimônio Líquido reportado de acordo com os IFRS

(b) Reconciliação do resultado abrangente em 31 de Dezembro de 2009 Nota 31.12.2009

457,0

Garantias financeiras 5.2.1(a) 15,5

Garantias financeiras de valor residual 5.2.1(b) 1,1

Efeitos do IR Diferido sobre os ajustes de IFRS 5.2.1(d) (5,6)

Apresentação da participação dos não controladores 5.2.1(g) 13,7

Outros resultados abrangentes 4,7

Outras diferenças (2,7)

Resultado abrangente reportado de acordo com IFRS 483,7

Lucro Líquido originalmente reportado de acordo com BR GAAP

(GAAP anterior)

5.3 Reconciliação adicional entre U.S. GAAP e IFRS

Reconciliações entre saldos do U.S. GAAP apresentados nas demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2009, inclusas no Formulário 20 -F arquivado na SEC em 1o. Janeiro de 2009 e 31 de

Dezembro de 2009 e para o exercício findo no saldo de IFRS.

5.3.1 Resumo das principais diferenças entre U.S. GAAP e IFRS

(a) Atívos intangíveis No curso de suas ativ idades, a Companhia incorre em custos de pesquisa e desenvolvimento. Estes custos

incluem engenharia, testes de fadiga, construção de protótipos e outros gastos relacionados. De acordo com U.S. GAAP, pesquisa e desenvolv imento eram reconhecidos conforme são incorridos.

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IAS 38 "Ativos Intangíveis" permitem certos ativos intangíveis gerados internamente para serem capitalizados. Para razões de de c apitalizaçãoos, os critérios abaixo precisam ser atendidos : - O critério de definição :

O ativo intangível deve ser identificável para distinguir do goodwill;

A Companhia deve ter o controle do ativo; e

Os ativos devem gerar benefícios econômicos futuros para a Companhia. - O critério de reconhecimento:

É provável que os ativos irão gerar os benefícios economicos futuros esperados para a entidade, e

O custo do ativos possa ser medido confiávelmente.

- Critérios para a fase de desenvolvimento:

A capacidade técnica de completar o ativo intangível para que seja disponível para uso ou venda

que possa ser demonstrado;

A intenção de completar o ativo intangível e seu uso que possa ser demonstrado;

A habilidade para usar o ativo intangível possa ser demonstrada;

A Companhia pode demonstrar como o ativo intangível irá gerar provável benefício econômico futuro.;

A disponibilidade de adequado recurso técnico, financeiro e outros recursos para completar o desenvolvimento e o uso de ativos intangíveis podem ser demonstrado; e

A habilidade de medir confiávelmente os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu desen

volvimento possa ser demonstrado. Na data da transição, a Companhia teve certos projetos de desenvolvimento dos quais atendeu os c ritérios acima e portanto, IAS 38 foram aplicados retrospectivamente. Como um resultado, os ativos capitalizados totalizaram US$ 665.5 e US$ 695.2 em 1º. de Janeiro de 2009 e 31 de Dezembro de 2009, respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2009, US$ 26.2 foi reconhecido como despesa com amortização.

(b) Aquisição de participação de não controladas De acordo com o U.S. GAAP, em 2008, a aquisição de 40% de participação de não controladas na subsidiária ELEB foi registrada a valor justo.

De acordo com as práticas contábeis anteriormente adoradas no Brasil, a aquisição da participação de não controladores foi mensurada pelo valor contábil dos ativos e passivos e um deságio foi registrado. Na data da transição, o deságio registrado foi revertido em contrapart ida da conta de lucros acumulados.

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Conforme permitido pelo IFRS 1 , esta transação não foi reprocessada. De acordo com o IFRS, passivos foram reduzidos em US$ 17 .0 e US$ 19.5 em 1o. de Janeiro e em 31 de Dezembro de 2009, respectivamente e US$ 2.5 foram re gistrados no resultado do exercício em decorrência da variação dos ativos e passivos afetados pela alocação do preço de compra.

(c) Efeitos do Imposto de renda – critérios de reconhecimento De acordo com o U.S. GAAP, consistente com o ASC 740 -10, paragrafo 25-3 (f), a Companhia não reconhecia um passivo ou ativo diferido de diferenças relacionadas aos ativos e passivos que são remensurados da moeda local através da moeda funcional usando taxas históricas e que resultem de alteração nas taxas de cambio,

O IAS 12 "Imposto de Renda" requer que o imposto de renda diferido ativo ou passivo, seja reconhecido para todas as diferenças temporárias tributáveis ou dedutíveis, com exceção das seguintes situações: - Imposto diferido passivo – exceto para os impostos diferidos passivos decorrentes de:

reconhecimento inicial de ágio; ou

reconhecimento inicial de um ativo ou passivo na transação da qual (i) não seja uma combinação de negócios; e (ii) no momento da transação, não afete nem o lucro líuido nem o lucro p assivo de

imposto. - Imposto diferido ativo – na extensão em que for provável que lucros tributáveis estarão disponíveis

para compensar diferenças temporárias dedutíveis, a menos que os impostos diferidos ativos sejam decorrentes do reconhecimento inicial de um ativo ou passivo em uma transação que:

não é uma combinação de negócio; e

no momento da transição, não afete nem o lucro líquido, nem o lucro passivo de imposto.

De acordo com o IFRS, US$ 303.7 E US$ 127.7 foram registrados como passive, em 1o. de Janeiro e 31 de Dezembro de 2009, respectivamente e US$ 176.0 foram registrados como despesa de imposto diferido em 2009. Reconciliações

(a) Reconciliação de Patrimônio Líquido em 1o. Janeiro de 2009 e 31 de Dezembro de 2009

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Nota 31.12.2009

Data da

Transição

01.01.2009

Patrimônio Líquido originalmente reportado de acordo com US GAAP 2.428,6 2.279,3 - -

Intangível - Capitalização de custos de desenvolvimento 5.3.1(a) 695,2 665,5

Garantia financeira 5.2.1(a) (120,6) (136,1)

Reconhecimento de ativos e passivos diferidos 5.3.1(d) (127,7) (303,7)

Aquisição de participação de não controladores 5.3.1(c) (19,5) (17,0)

Garantias financeiras de valor residual 5.2.1(b) (8,3) (9,4)

Outras diferenças (8,6) (2,5)

Imposto de renda diferido sobre os efeitos dos ajustes de IFRS 5.2.1(d) 43,9 49,5

-

2.883,0 2.525,6 Patrimônio Líquido reportado de acordo com IFRS

(b) Reconciliação resultado abrangente para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009

Nota 31.12.2009

Resultado abrangente originalmente reportado de acordo com US GAAP 275,7 -

Reconhecimento de ativos e passivos diferidos 5.3.1(d) 176,0

Intangible assets - Capitalization of development cost 5.3.1(a) 26,2

Garantia financeira 5.2.1(a) 15,5

Garantias financeiras de valor residual 5.2.1(b) 1,1

Mensuração dos instrumentos financeiros 5.3.1(b) 5,3

Aquisição de participação de não controladores 5.3.1(c) (2,5)

Imposto de renda diferido sobre os efeitos dos ajustes de IFRS 5.2.1(d) (5,6)

Outros resultados abrangentes (8,7)

Outras diferenças 0,7

483,7 Resultado abrangente reportado de acordo com IFRS

6. Instrumentos Financeiros

a) Instrumentos financeiros por categoria :

31.12.2010

Nota

Caixa e

equivalentes de

caixa

Empréstimos e

recebíveis

Ativos mensurados

ao valor justo por

meio do resultado

Investimentos

mantidos até o

vencimento

Total

Caixa e equivalentes de caixa 7 1.393,1 - - - 1.393,1

Instrumentos financeiros ativos 8 - - 724,6 61,0 785,6

Contas a receber de clientes, líquidas 9 - 349,3 - - 349,3

Financiamento a clientes 10 - 70,5 - - 70,5

Contas a receber vinculadas 11 - 538,2 - - 538,2

Instrumentos financeiros derivativos 39 - - 22,3 - 22,3

1.393,1 958,0 746,9 61,0 3.159,0

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

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31.12.2009

Nota

Caixa e

equivalentes de

caixa

Empréstimos e

recebíveis

Ativos mensurados

ao valor justo por

meio do resultado

Investimentos

mantidos até o

vencimento

Total

Caixa e equivalentes de caixa 7 1.592,4 - - - 1.592,4

Instrumentos financeiros ativos 8 - - 935,3 43,4 978,7

Contas a receber de clientes, líquidas 9 - 407,4 - - 407,4

Financiamento a clientes 10 - 52,7 - - 52,7

Contas a receber vinculadas 11 - 486,0 - - 486,0

Instrumentos financeiros derivativos 39 - - 24,6 - 24,6

1.592,4 946,1 959,9 43,4 3.541,8

01.01.2009

Nota

Caixa e

equivalentes de

caixa

Empréstimos e

recebíveis

Ativos mensurados

ao valor justo por

meio do resultado

Investimentos

mantidos até o

vencimento

Total

Caixa e equivalentes de caixa 7 1.820,7 - - - 1.820,7

Instrumentos financeiros ativos 8 - - 407,0 42,1 449,1

Contas a receber de clientes, líquidas 9 - 454,7 - - 454,7

Financiamento a clientes 10 - 121,8 - - 121,8

Contas a receber vinculadas 11 - 478,6 - - 478,6

Instrumentos financeiros derivativos 39 - - 29,9 - 29,9

1.820,7 1.055,1 436,9 42,1 3.354,8

b) Risco de crédito dos instrumentos financeiros

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Caixa e equivalentes de caixa 1.393,1 1.592,4 1.820,7

Instrumentos financeiros ativos 785,6 978,7 449,1

Total 2.178,7 2.571,1 2.269,8

Contraparte com avaliação externa:

AAA 1.825,4 2.233,3 2.010,8

AA 233,1 220,0 155,7

A 120,2 102,8 102,2

BBB - 15,0 1,1

Total 2.178,7 2.571,1 2.269,8

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Contas a Receber, líquidas 349,3 407,4 454,7

Financiamento a clientes 70,5 52,7 121,8

Contas a receber vinculadas 538,2 486,0 478,6

Total 958,0 946,1 1.055,1

Contraparte sem avaliação externa:

Grupo 1 2,0 36,0 6,4

Grupo 2 176,4 153,5 163,8

Grupo 3 779,6 756,6 884,9

Total 958,0 946,1 1.055,1

Grupo 1 : Novos clientes (menos de um ano)

Grupo 2 : Clientes (mais de um ano) inadimplentes

Grupo 3 : Clientes (mais de um ano) adimplentes

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181

7 . Caixa e equivalents de caixa

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Caixa e bancos:

Dólar norte-americano 41,2 41,1 13,3

Reais 1,4 4,8 110,7

Euro 20,6 37,2 38,0

Outras 37,8 18,5 11,4

Numerário em trânsito(USD) 1,7 7,6 108,0

102,7 109,2 281,4

Aplicações financeiras:

Em Reais:

Fundos de investimento exclusivos (FIEs)

Títulos públicos (i) - - 0,7

Operações compromissadas (ii) 506,3 777,1 509,2

Títulos privados (iii) 1,9 84,1 19,5

Títulos em carteira

Títulos privados (iii) 179,5 4,4 -

687,7 865,6 529,4

Em dólar norte-americano:

Depósitos a prazo fixo (iv) 381,6 149,0 122,0

Fundos de investimento (v) 191,8 464,4 859,3

“Overnight” - 0,6 23,9

Outras moedas:

“Overnight” 29,3 3,6 4,7

602,7 617,6 1.009,9 1.393,1 1.592,4 1.820,7

As taxas de juros anuais em 31 de dezembro de 2010, relacionadas às aplicações financeiras efetuadas em reais e em dólares foram de 10,05% e 1 ,58% (10,16% e 3,06% em 31 de dezembro de 2009), respectivamente. Em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 e em 1º de janeiro de 2009, as carteiras dos Fundos de Investimento Exclusivos (FIEs), eram compostas substancialmente, por títulos de alta liquidez, com vencimento superior a 90 dias ou menos da data de aquisição das quais não existem penalidades ou

outras restrições para liquidação antecipada, registrados pelos seus valores de realização. Nessas mesmas datas, esses fundos não possuíam obrigações significativas com terceiros, estando essas limitadas às taxas de administração de ativos e outros serviços inerentes às operações de Fundos, despesas essas que já foram deduzidas da rentabilidade apurada. Em 31 de dezembro de 2010, 31 de dezembro de 2009 e 1o, Janeiro de 2009, o caixa e equiventes de caixa denominados em Reais, compreende :

(i) Títulos emitidos pelo Governo Brasileiro compostos, substancialmente, por Letras do Tesouro

Nacional – LTN, Letras Financeiras do Tesouro – LFT e Notas do Tesouro Nacional – NTN, com vencimento em até 90 dias a partir da data da contratação.

(ii) Referem-se às operações de compra de ativos, substancialmente, títulos públicos, com o

compromisso de recompra a uma taxa prev iamente estabelecida pelas partes, geralmente com

prazo de um dia.

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

182

(iii) Referem-se, substancialmente, a Certificados de Depósito Bancário – CDBs, emitidos por

instituições financeiras no Brasil, podendo ser resgatados em prazo inferior a 90 dias sem penalizar a remuneração.

Em 31 de dezembro de 2010 e 2009 e em 1º de janeiro de 2010, os equivalentes de caixa denominados em dólares eram compostos por:

(iv ) Depósitos a prazo fixo junto a instituições financeiras de primeira linha com vencimento em até 90 dias; e (v) Fundos de investimento (Money Market Funds) consiste em portifolio incluindo emissão de títulos por instituições de primeira linha no exterior., com um nível baixo de risco e liquidez diária.

8. Ativos Financeiros

(i) Títulos da Dív ida Pública Externa emitida pelo Governo Brasileiro que estão classificados como

Destinados à negociação.

Em 31 de dezembro de 2010, 2009 e em 1º de janeiro de 200 9, a Companhia mantinha investimentos em fundos privados do mercado monetário, cujos ativos essencialmente consistiam em títulos emitidos pela União, certificados de depósito bancários e debêntures emitidas por empresas públicas no Brasil. Os fundos são exclusivamente para o benefício da Companhia e são administrados por terceiros que cobram uma comissão mensal. Os investimentos são ajustados ao valor de Mercado diariamente com as alterações

em valor justo refletidas através de lucro ou prejuízo, uma vez qu e a Companhia considere estes investimentos como Destinados à negociação.

São recebíveis representados por títulos do Governo Brasileiro contendo Contas do Tesouro Nacional - NTNs, que estão denominados em dólar, adquiridos pela Companhia de seus cliente s, relacionados à equalização da taxa de juros a ser paga pelo Programa de Financiamento às Exportações – PROEX, entre o 11º e 15º ano após a venda das respectivas aeronaves, os quais foram reconhecidos a valor presente.

Esses títulos estão classificados c omo Mantidos até o vencimento, uma vez que a Companhia tem a intenção e a capacidade de manter em carteira.

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

183

9. Contas a receber de clientes, líquidas

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Clientes no exterior 309,5 305,7 389,2

Comando da Aeronáutica 64,0 124,6 95,4

Clientes no País 12,7 15,1 5,5

386,2 445,4 490,1

Provisão para créditos de liquidação duvidosa (36,9) (38,0) (35,4)

349,3 407,4 454,7

Menos - Circulante 348,6 406,9 448,8 Não Circulante 0,7 0,5 5,9

(i) Comando da Aeronáutica é considerado parte relacionada da Companhia.

O saldo do contas a receber reconhecido pelo método do POC (Percentage-of-Completion) para o negócio de defesa e segurança totalizou US$ 134.5 em 31 de dezembro de 2010, e receita registrada no ano foi US$ 455.4.

Em 31 de dezembro de 2010, as contas a receber de US$ 172.8 (US$ 253.8 em 31 de dezembro de 2009 e

US$ 290.9 em 1º. de janeiro de 2009) estavam totalmente adimplentes.

Em 31 de dezembro de 2010, as contas a receber de clientes no valor de US$ 176.5 (December 31 , 2009

US$ 153.6 – 1º de Janeiro de 2009 US$ 163.8).encontram-se vencidas, mas não impaired. Essas contas

referem-se a uma série de clientes independentes que não têm histórico de inadimplência recente. A

análise de vencimentos dessas contas a receber está apresentada abaixo:

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Até 90 dias 153,7 103,3 109,5

De 91 a 180 dias 13,3 23,5 18,8

Mais de 180 dias 9,5 26,8 35,5

176,5 153,6 163,8

As contas a receber de clients são determinadas nas seguintes moedas: 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Real 44,7 108,2 52,0

Dólar 252,7 208,3 297,0

Euro 51,5 90,7 105,5

Outras moedas 0,4 0,2 0,2

349,3 407,4 454,7

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184

A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa é como segue :

31.12.2010 31.12.2009

Saldo inicial (38,0) (35,4)

Variação cambial 1,5 (0,9)

Adição (14,4) (5,1)

Reversão 1,3 2,2

Baixas 12,7 1,2 Saldo final (36,9) (38,0)

A exposição maxima ao risco de crédito na ultima data do balance é o valor de cada classe de contas a receber. A Companhia não possui nenhuma garantia sobre esse montante.

10. Financiamento a Clientes Refere-se ao financiamento parcial de algumas vendas de aeronaves novas efetuadas pela Companhia, substancialmente denominadas em dólares, com taxa de juros média em 31 de dezembro de 2010 de 6,31

% a.a. no Consolidado (31 de dezembro de 2009 de 5,94% a.a. no Consolidado – 1º de janeiro de 2009 de 5,46% a.a. no Consolidado), tendo como garantia as aeronaves objeto dos financiamentos, e estão a valor presente, quando aplicável. Os vencimentos desses financiamentos são mensais, trimestrais e semestrais, classificados como a seguir:

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Circulante 20,4 11,2 8,6

Não Circulante 50,1 41,5 113,2 Total 70,5 52,7 121,8

Em 31 de dezembro de 2010, 2009 e 1º. de Janeiro de 2009, o valor total de financiamento a clientes estava totalmente adimplente. Em 31 de dezembro de 2010, os vencimentos de longo prazo dos financiamentos a clientes são os

seguintes:

Ano

2012 11,8

2013 7,0

2014 6,3

2015 10,5

2016 14,5

50,1

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185

11. Contas a receber vinculadas e dívidas com e sem direito de regresso (a) Contas a receber vinculadas

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Pagamentos mínimos de arrendamentos a receber 455,3 409,6 463,3

Valor residual estimado de imobilizado de arrendamento 458,4 463,2 463,2

Receitas não realizadas – juros futuros (375,5) (386,8) (447,9)

Valor líquido a receber 538,2 486,00 478,6

Menos - Circulante 11,6 12,0 11,5 Não Circulante 526,6 474,0 467,1

Em 31 de Dezembro de 2010, o classificado como Não circulante possui os seguintes vencimentos:

Ano

2012 81,6

2013 14,0

2014 11,6

2015 10,6

2016 14,4

Após 2016 394,4

526,6

(b) Dív idas com e sem direito de regresso

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Com direito de regresso 443,2 455,7 446,1

Sem direito de regresso 27,1 51,8 58,5

470,3 507,5 504,6

Menos - Circulante 111,8 135,9 137,7

Não circulante 358,5 371,6 366,9

Em 31 de dezembro de 2010, o montante classificado como passivo não circulante tem os seguintes vencimentos:

Ano

2012 208,7

2013 10,4

2014 10,8

2015 10,6

2016 14,4

Após 2016 103,6

358,5

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186

12. Estoques

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Produtos acabados (i) 253,6 274,3 171,4

Produtos em elaboração (ii) 709,3 692,0 1.043,6

Matéria-prima 752,6 897,9 1.003,0

Peças de reposição 322,0 334,0 309,2

Aeronaves usadas para venda (iii) 132,8 150,0 149,0

Materiais de consumo 19,8 20,4 18,7

Mercadorias em trânsito 209,1 216,6 364,7

Adiantamentos a fornecedores 35,2 53,4 35,5

Provisão para obsolescência (iv) (152,9) (159,4) (128,9)

Provisão de ajuste ao valor de mercado (v) (83,2) (34,2) (28,1)

2.198,3 2.445,0 2.938,1

Menos - Circulante 2.193,4 2.438,5 2.930,1

Não Circulante 4,9 6,5 8,0

(i) Os numeros de aeronaves abaixo estavam em estoque em :

31 de Dezembro de 2010: 1 Legacy 600, 1 Legacy 650, 3 EMBRAER 190, 1 EMBRAER 195, 5

Phenom 100, 6 Phenom 300, 2 Lineage e 1 Ipanema;

31 de Dezembro de 2009: 2 Legacy 600, 5 EMBRAER 170, 1 EMBRAER 175, 2 EMBRAER 190, 1 EMBRAER 195 e 12 Phenom 100; e

1º. Janeiro de 2009: 1 Legacy 600, 2 EMBRAER 170, 4 EMBRAER 190 e 1 EMBRAER 195.

Do total das aeronaves em estoque em 31 de dezembro de 2010, foram entregues até 16 de março 2011, 1 EMBRAER 195, 2 EMBRAER 190, 3 Phenom 300 e 1 Ipanema.

(ii) Incluem aeronaves pré-séries do Programa Phenom 100 e 300 no montante de US$ 23.6 (US$ 26.8 em 31 de Dezembro de 2009) utilizadas para certificação da aeronave.

(iii) Segue abaixo as aeronaves usadas disponíveis para a venda:

31 de Dezembro de 2010: 1 EMB 120, 1 Legacy 600, 2 EMBRAER 170, 1 EMBRAER 175, 3 EMBRAER 190 e 25 Citation Ultra; e

31 de Dezembro de 2009 e 1o. Janeiro de 2009 : 1 EMB 120, 1 Legacy 600, 2 EMBRAER 170, 1 EMBRAER 175 e 3 EMBRAER 190.

(iv) É constituída provisão para itens não movimentados há mais de dois anos e sem previsão de uso definido, de acordo com o programa de produção, bem como para cobrir eventuais perdas com estoques de almoxarifado e produtos em processo excessivos ou obsoletos, exceto para o estoque

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187

de peças de reposição, cuja provisão é constituída por obsolescência técnica ou itens sem movimentação há mais de seis anos.

A movimentação da provisão para obsolescência:

31.12.2010 31.12.2009

Saldo inicial (159,4) (128,9)

Adição (16,0) (35,8)

Baixa 20,2 1,0

Reversão 1,4 5,4

Efeito da variação cambial 0,9 (1,1)

Saldo final (152,9) (159,4)

Menos - Circulante (152,9) (159,4)

Não Circulante - -

Baixa de US$ 1 .3 refere-se a materiais sucateados. (v) Refere-se à provisão constituída para ajuste ao valor de realização das aeronaves usadas e a

movimentação está apresentada abaixo:

31.12.2010 31.12.2009

Saldo inicial (34,2) (28,1)

Adição (i) (49,0) (6,4)

Reversão - 0,3

Saldo final (83,2) (34,2)

Menos - Circulante (83,2) (34,2)

Não Circulante - -

(i) Refere-se principalmente ao ajuste ao valor de realização de aeronaves pré -series.

O custo dos estoques reconhecidos como despesas e inclusos no custo de vendas e serviços totalizou US$ 4,232.0 (2009 - US$ 4,298.6). Em 31 de Dezembro de 2010, US$ 13.4 do montante de estoques foi concedido como garantia financeira.

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188

13. Outros Ativos

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Depósito judicial (i) 184,5 138,3 123,8

Crédito com fornecedores (ii) 26,8 20,3 17,9

Credito de impostos (iii) 185,9 148,4 138,0

Despesas pagas antecipadamente 28,4 23,4 33,0

Caixa restrito 28,7 20,6 27,7

Adiantamentos a empregados 15,7 13,9 10,0

Seguros a receber 9,4 8,5 9,4

Incentivo fiscal - Fundo de Investimento da Amazônia – FINAM ( líquido)5,8 5,5 4,1

Penhoras e cauções 5,5 - -

Adiantamentos para serviços prestados 3,9 3,8 5,2

Contribuição de parceiros a receber - - 20,0

Outros 17,9 15,9 15,6

512,5 398,6 404,7

Menos- Circulante 275,4 215,2 240,1

Não Circulante 237,1 183,4 164,6

(i) Refere-se aos depósitos sobre causas tributárias, refere-se aos montantes depositados com ações

legais das quais não existe provisão, uma vez que a perda não é considerada provável . (ii) Corresponde a retrabalhos realizados em produtos fornecidos por terceiros, os quais serão

reembolsados de acordo com os acordos contratuais.

(iii) Crédito de impostos :

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

ICMS e IPI 39,9 39,1 52,3

Imposto de renda 100,8 86,1 52,4

PIS e COFINS 34,6 18,7 29,6

Outros 10,6 4,5 3,7

185,9 148,4 138,0

Menos - Circulante 149,4 113,8 105,3

Não Circulante 36,5 34,6 32,7

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189

14. Depósitos em Garantia

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Garantia de estrutura de vendas (i) 263,6 308,9 299,8

Garantia de financiamentos de vendas (ii) 199,1 194,6 185,4

Outras 2,1 2,1 8,0

464,8 505,6 493,2

Menos - Circulante - - -

Não Circulante 464,8 505,6 493,2

(i) Valores em dólares depositados em uma conta de caução como garantia de financiamento de certas aeronaves vendidas. Caso o fiador da dívida (parte não relacionada) seja requerido a pagar ao

credor do financiamento, o fiador terá direito ao saldo da conta de caução. O montante depositado será liberado por ocasião do vencimento dos contratos de financiamento (de 2013 a 2021) caso não ocorra inadimplência do comprador das aeronaves. Os juros sobre a conta de caução são adicionados ao saldo do principal e reconhecidos pela Companhia como Receita financeira.

Buscando garantir rentabilidade compatível com o prazo da caução, em 2004, a Embraer aplicou

US$ 123,4 de principal em notas estruturadas. Em caso de evento de default da Embraer, tais notas terão seus vencimentos antecipados, e serão realizadas pelo seu valor de mercado, limitando-se, no mínimo, aos valores originalmente aplicados. A diferença entre o valor de mercado e o valor aplicado, se positiva, será paga à Companhia em forma de títulos ou empréstimos da mesma. Eventos de default que podem antecipar o vencimento das notas são, entre outros: (a) insolvência ou concordata da Embraer; e (b) inadimplência ou reestruturação de dív idas da Embraer em contratos de financiamento. Os juros apurados mensalmente são

incorporados ao principal e reconhecidos como receita financeira do período

Em 2010, o montante US$ 35.3 mil (US$ 26.4 mil de principal) foi transferido para investimentos de longo prazo, uma vez que cessou o gravame sobre tal parcela.

(ii) Aplicações financeiras denominadas em dólares, v inculadas às estruturas de vendas, cuja desvinculação depende da conclusão dessas estruturas. Essas aplicações são remuneradas com base na variação da LIBOR anual.

15. Partes relacionadas

(a) Operações com partes relacionadas

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31.12.2010

Resultado

Ativo Passivo Ativo Passivo Financeiro

Banco do Brasil S.A. 360,0 98,8 198,9 198,9 11,1 -

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

– BNDES 0,2 4,8 - 342,2 (19,8) -

Brazilian Air Force 64,0 160,0 - 9,9 - 205,1

Empresa Portuguesa de Defesa – EMPORDEF - - - 7,8 - -

Financiadora de Estudo e Projetos – FINEP - 16,1 - 37,3 (0,5) -

424,2 279,7 198,9 596,1 (9,2) 205,1

Lucro

(Prejuízo)

Circulante Não circulante

12.31.2009

Resultado

Ativo Passivo Ativo Passivo Financeiro

Banco do Brasil S.A. 406,1 130,6 194,6 204,6 13,0 -

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

– BNDES 0,4 451,4 - 187,4 (47,0) -

Brazilian Air Force 124,6 133,1 - - - 215,3

Empresa Portuguesa de Defesa – EMPORDEF - - - 8,4 - -

Financiadora de Estudo e Projetos – FINEP - 15,8 - 51,2 (0,9) -

531,1 730,9 194,6 451,6 (34,9) 215,3

Circulante Não circulante Lucro

(Prejuízo)

01.01.2009

Ativo Passivo Ativo Passivo

Banco do Brasil S.A. 440,0 368,7 - 189,3

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

– BNDES - 4,1 - 554,2

Brazilian Air Force 95,4 43,8 - -

Empresa Portuguesa de Defesa – EMPORDEF - - - 8,1

Financiadora de Estudo e Projetos – FINEP - 9,8 - 49,8

535,4 426,4 - 801,4

Circulante Não circulante

Governo Brasileiro

O Governo Brasileiro, por meio de participações diretas e indiretas e da propriedade de nossa golden share, é um dos principais acionistas da Companhia. Em 31 de dezembro de 2010, o Governo Brasileiro

era proprietário de nossa golden share e detinha participação indireta de 5,37 % em nossa empresa, por meio da BNDESPAR, uma subsidiária integral do Banco Nacional do Desenvolv imento Econômico e Social (o banco de desenvolvimento do Brasil) que, por sua vez, é controlada pelo Governo Brasileiro. Portanto, as transações entre a Embraer e o Governo Brasileiro ou suas agências correspondem à definição de operações com partes relacionadas.

O Governo Brasileiro desempenha uma função importante em nossas ativ idades de negócios, inclusive como:

cliente importante de nossos produtos de defesa e segurança (por meio da Força Aérea Brasileira);

fonte de financiamento para pesquisa e desenvolvimento, por meio de instituições de desenvolvimento tecnológico, como FINEP e BNDES;

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

191

agência de crédito para exportação (por meio do BNDES); e

fonte de financiamentos de curto e longo prazo e fornecedor de serv iço s de administração de capital e de banco comercial (por meio do Banco do Brasil).

(b) Remuneração do pessoal-chave da administração

São considerados pessoal-chave da administração os membros da diretoria estatutária e do conselho de administração. Compensações pagas os pagáveis ao pessoal chave da administração segue abaixo :

2010 2009

Benefício de curto prazo (i) 16.3 17 .0

Pagamento baseacdo em ações 1.9 - Total da remuneração 18.2 17 .0

(i) Inclui ordenados, salários, participação nos lucros, bônus e indenização.

Durante os exercícios de 2010 e 2009, não houve remuneração v inculada a benefícios pós -emprego,

benefícios de rescisão de contrato de trabalho ou outros benefícios de longo prazo.

16. Imobilizado

(i) Revisão da estimativa da v ida útil dos ativos imobilizados

Durante 2010, a Companhia revisou sua base de estimativas de v ida útil para seus ativos imobilizados, o que resultou de uma maneira geral na redução das taxas de depreciação utilizadas, devido ao

prolongamento da v ida útil econômica dos ativos. Estimativas foram baseadas em relatórios de especialistas internos e premissas chaves feitas por esses especialidas das quais incluem : i) o planejamento operacional da Companhia, ii)os antecedentes internos e iii) o plano de manutenção e utilizaç ão dos itens do ativo. Também foram considerados elementos externos de comparação, tais como tecnologias disponíveis, recomendações e manuais dos fabricantes e

taxas de v ivência dos bens. A Companhia determina valor residual para certas aeronaves e peças i ncluídas no programa de pool de peças. Para os demais itens do ativo imobilizado não foi atribuído valor residual, uma vez que a Companhia não tem a intenção de vender ou dispor desses ativos, a não ser para sucata, A nova vida útil estimada foi aplicada prospectivamente a partir 1º de abril de 2010, baseando -se nos saldos líquidos dos itens do ativo imobilizado da Companhia. Como resultado da alteração da v ida útil estimada dos ativos, os encargos de depreciação reconhecidos no exercício findo em 31 de de zembro de

2010 foram reduzidos em US$ 19.2, quando comparados com aqueles que seriam registrados pelos critérios anteriores. A Companhia estima que a mudança desta política contábil afetaria o resultado em aproximadamente US$ 25.6 para os próximos anos.

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

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Nova v ida útil média aplicada a partir de 1º de abril de 2010:

Classes de ativoVida útil média

(anos)

Edifícios e benfeitorias em terrenos 29

Instalações 20,5

Máquinas e equipamentos 11

Móveis e utensílios 7,5

Veículos 9,5

Aeronaves 12,5

Computadores e periféricos 5

Ferramental 10

Outros bens 5

"Pool" de peças de reposição 11

(ii) Não utilização do custo atribuído na adoção inicial das IFRS

Apesar de ser recomendado pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM, a Companhia não atribuiu custos aos seus ativos (deemed cost) para seus ativos. Esta decisão se baseou em análise detalhada cujos principais aspectos e motivações são descritos a seguir:

A moeda funcional da Companhia é o dólar. Em função disto seus ativos foram mensurados em USD no momento de sua aquisição eliminando os impactos dos efeitos inflac ionários gerados ao longo dos anos com altos índices de inflação;

De modo geral a Companhia não recebe incentivos para aquisição de seus ativos, o que não

poderiam resultar em valores contábeis mais baixos do que o valor de mercado;

Grande parte de seus ativos, se refere a edifícios ou construções conectadas as instalações dos aeroportos e das quais a Companhia não espera que sejam vendidas;

A própria característica de seu negócio, trata-se de uma indústria muito específica da qual cria

barreiras para vender; e

No caso de suas aeronaves, os valores de custo se aproximam aos de realização.

Movimentação do Imobilizado:

Terrenos

Edifícios e

benfeitorias em

terrenos

InstalaçõesMáquinas e

equipamentos

Móveis e

utensíliosVeículos

Aeronaves

(i)

Computadores e

periféricosFerramental Outros bens

“Pool” de peças de

reposição

Imobilizações em

andamento (ii)Total

Custo do imobilizado bruto

Saldo em 31.12.2009 11,1 389,8 122,3 459,2 43,9 13,2 375,8 108,8 264,2 2,5 132,5 16,0 1.939,3

Adições - 1,7 - 22,8 1,5 0,1 29,0 12,3 10,1 0,4 47,1 24,6 149,6

Baixas - - - (31,0) (1,0) (0,3) (17,5) (0,6) - (2,3) - - (52,7)

Redução ao valor recuperável dos ativos - - - - - - (13,3) - - - - - (13,3)

Reclassificação* - 3,4 2,6 (5,0) 0,9 0,5 98,3 (4,8) - 3,0 - (0,6) 98,3

Efeito de conversão - (0,5) - (7,3) (0,4) (0,3) - (0,6) - (0,4) - - (9,5)

Saldo em 31.12.2010 11,1 394,4 124,9 438,7 44,9 13,2 472,3 115,1 274,3 3,2 179,6 40,0 2.111,7

Depreciação acumulada

Saldo em 31.12.2009 - (108,6) (80,4) (281,4) (25,6) (10,2) (76,3) (93,4) (108,8) (1,1) (52,2) - (838,0)

Depreciação - (9,2) (2,2) (13,5) (2,2) (0,5) (25,3) (6,9) (20,6) - (22,6) - (103,0)

Baixas - - - 9,6 0,8 0,3 9,7 0,6 - - - - 21,0

Redução ao valor recuperável dos ativos - - - - - - - - - - - - -

Reclassificação* - - - - - - 0,9 - - - - - 0,9

Efeito de conversão - 0,2 - 6,8 0,3 0,1 - 1,0 - - - - 8,4

Saldo em 31.12.2010 - (117,6) (82,6) (278,5) (26,7) (10,3) (91,0) (98,7) (129,4) (1,1) (74,8) - (910,7)

Imobilizado líquido

Saldo em 31.12.2009 11,1 281,2 41,9 177,8 18,3 3,0 299,5 15,4 155,4 1,4 80,3 16,0 1.101,3

Saldo em 31.12.2010 11,1 276,8 42,3 160,2 18,2 2,9 381,3 16,4 144,9 2,1 104,8 40,0 1.201,0

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Em braer S.A. (Anteriomente Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

193

Terrenos

Edifícios e

benfeitorias em

terrenos

InstalaçõesMáquinas e

equipamentos

Móveis e

utensíliosVeículos

Aeronaves

(i)

Computadores e

periféricosFerramental Outros bens

“Pool” de peças de

reposição

Imobilizações em

andamento (ii)Total

Custo do imobilizado bruto

Saldo em 01.01.2009 9,0 335,8 102,5 407,8 41,8 12,6 338,0 105,7 253,9 2,5 114,2 74,4 1.798,2

Adições 2,0 20,1 0,3 33,6 2,2 0,7 69,3 4,6 10,3 18,7 18,3 4,6 184,7

Baixas - - - (12,8) (0,7) (0,6) (30,0) (1,7) - (0,6) - (1,5) (47,9)

Redução ao valor recuperável dos ativos - - - - - - - - - - - - -

Reclassificação* 0,1 32,7 19,1 28,7 0,4 0,4 (1,5) (0,1) - (18,1) - (61,7) -

Efeito de conversão - 1,2 0,4 1,9 0,2 0,1 - 0,3 - - - 0,2 4,3

Saldo em 31.12.2009 11,1 389,8 122,3 459,2 43,9 13,2 375,8 108,8 264,2 2,5 132,5 16,0 1.939,3

Depreciação acumulada

Saldo em 01.01.2009 - (93,9) (72,8) (258,5) (23,4) (9,7) (60,3) (88,0) (92,0) (1,1) (38,9) - (738,6)

Depreciação - (14,5) (7,5) (34,3) (2,7) (0,8) (19,2) (6,1) (16,8) - (13,3) - (115,2)

Baixas - - - 13,5 0,7 0,4 3,2 1,6 - - - - 19,4

Redução ao valor recuperável dos ativos - - - - - - - - - - - - -

Reclassificação* - - - - - - - - - - - - -

Efeito de conversão - (0,2) (0,1) (2,1) (0,2) (0,1) - (0,9) - - - - (3,6)

Saldo em 31/12/2009 - (108,6) (80,4) (281,4) (25,6) (10,2) (76,3) (93,4) (108,8) (1,1) (52,2) - (838,0)

Imobilizado líquido

Saldo em 01.01.2009 9,0 241,9 29,7 149,3 18,4 2,9 277,7 17,7 161,9 1,4 75,3 74,4 1.059,6

Saldo em 31.12.2009 11,1 281,2 41,9 177,8 18,3 3,0 299,5 15,4 155,4 1,4 80,3 16,0 1.101,3 *Transações que não afetam caixa. (i) As aeronaves destinam-se a uso em ensaios, voos corporativos e leasing operacional e estão

ajustados ao valor de realização, quando aplicável. A Companhia possuía aeronaves

contabilizadas no ativo imobilizado, como segue:

31 de Dezembro de 2010: 5 EMB 120, 28 ERJ 145, 6 EMBRAER 170, 1 EMBRAER 175, 1 EMBRAER 190, 2 Phenom 100 e 2 outros modelos.

31 de Dezembro de 2009: 5 EMB 120, 26 ERJ 145, 4 EMBRAER 170, 1 EMBRAER 190 e 2 de outros modelos.

1o. de Janeiro de 2009: 5 EMB 120, 21 ERJ 145, 4 EMBRAER 170, 1 EMBRAER 175, 1 EMBRAER 190 e 3 de outros modelos.

Destas aeronaves, 29 estavam destinadas a arrendamento operacional, duas são usadas para ensaios e uma para voos corporativos.

(ii) Refere-se principalmente a obras pra ampliação da capacidade instalada para atender à fabricação de novos produtos. Em 31 de dezembro de 2010, US$ 46.6 de bens do ativo imobilizado tinham sido dados em garantia de empréstimos e financiamentos e contingências trabalhistas. As despesas de depreciação são de US$ 77.3(2009 – US$ 101.4) foram registradas em custo de vendas e

serviços, US$ 9.2(2009 – US$ 5.7) para despesa comercial e US$ 7 .2(2009 – US$ 8.1) para despesas administrativas. Os gastos com depreciação de arrendamentos financeiros de máquinas e bens totalizaram US$ 49.9 (2009 - US$ 65.1 and January 1 , 2009 US$ 47.9) e depreciação de US$ 49.9 (2009 - US$ 50.7 and January 1 , 2009 US$ 44.3). Depreciação relacionada a leasing, respectivamente, são inclusas no

demonstrative de resultados. Em 2010, os encargos financeiros capitalizados totalizaram US$ 0.1(2009 - US$ 1 .0 and January 1, 2009 -

US$ 3.0) com uma taxa de 4,1% (2009 - 5,3% e 1º de janeiro de 2009 –7 %).

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194

17 . Intangível Refere-se aos gastos incorridos no desenvolv imento interno de programas para cada nova aeronave, incluindo serv iços de suporte, mão de obra produtiva, material e mão de obra direta alocados para a construção de protótipos de aeronaves ou componentes significativos.

Comercial Executiva Defesa Outros Software

Custo do intangível

Saldo em 31.12.2009 945,4 505,2 24,6 4,6 122,3 1.602,1

Adições 16,8 144,9 0,5 - 16,5 178,7

Adições de Contribuição de parceiros (2,4) (97,0) - - - (99,4)

Baixas - - - (1,1) (8,2) (9,3)

Redução ao valor recuperável dos ativos - - - - - -

Efeito de conversão - - - - - -

Saldo em 31.12.2010 959,8 553,1 25,1 3,5 130,6 1.672,1

Amortização acumulada

Saldo em 31.12.2009 (662,1) (97,5) (20,2) (1,9) (94,9) (876,6)

Adições - - - - - -

Baixas - - - 0,3 6,8 7,1

Amortizações (52,1) (53,6) (3,1) (0,1) (7,3) (116,2)

Amortizações de Contribuição parceiros 20,1 9,8 - - - 29,9

Redução ao valor recuperável dos ativos - - - - - -

Efeito de conversão - - - - - -

Saldo em 31.12.2010 (694,1) (141,3) (23,3) (1,7) (95,4) (955,8)

Intangível líquido

Saldo em 31.12.2009 283,3 407,7 4,4 2,7 27,4 725,5

Saldo em 31.12.2010 265,7 411,8 1,8 1,8 35,2 716,3

Desenvolvido internamente Adquirido de terceirosTotal

Comercial Executiva Defesa Outros Software

Custo do intangível

Saldo em 01.01.2009 942,2 416,6 24,2 12,4 101,0 1.496,4

Adições 19,3 184,3 0,4 1,3 14,1 219,4

Adições de Contribuição de parceiros (6,8) (95,4) - - - (102,2)

Baixas (9,3) (0,3) - (9,1) 7,2 (11,5)

Redução ao valor recuperável dos ativos - - - - - -

Saldo em 31.12.2009 945,4 505,2 24,6 4,6 122,3 1.602,1

Amortização acumulada

Saldo em 01.01.2009 (624,8) (78,4) (19,7) (4,2) (79,4) (806,5)

Adições - - - - - -

Baixas 9,2 - - 6,1 (6,7) 8,6

Amortizações (73,4) (27,6) (0,5) (3,8) (8,8) (114,1)

Amortizações de Contribuição parceiros 26,9 8,5 - - - 35,4

Redução ao valor recuperável dos ativos - - - - - -

Saldo em 31.12.2009 (662,1) (97,5) (20,2) (1,9) (94,9) (876,6)

Intangível líquido

Saldo em 01.01.2009 317,4 338,2 4,5 8,2 21,6 689,9

Saldo em 31.12.2009 283,3 407,7 4,4 2,7 27,4 725,5

TotalDesenvolvido internamente Adquirido de terceiros

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195

18. Instrumentos Financeiros Passivos por categoria

31.12.2010

Nota

Passivos mensurados ao

valor justo por meio do

resultado

Passivos financeiros

mensurados pelo

custo amortizado

Total

Financiamentos 19 - 1.431,1 1.431,1

Obrigações de arrendamento financeiro 19 - 3,7 3,7

Instrumentos Derivativos 39 2,2 - 2,2

Garantias Financeiras RVG 38 11,1 - 11,1

Garantias Financeiras 38 - 132,3 132,3

Fornecedores e outras obrigações 20 - 1.332,5 1.332,5

13,3 2.899,6 2.912,9

31.12.2009

Nota

Passivos mensurados ao

valor justo por meio do

resultado

Passivos financeiros

mensurados pelo

custo amortizado

Total

Financiamentos 19 - 2.039,3 2.039,3

Obrigações de arrendamento financeiro 19 - 19,0 19,0

Instrumentos Derivativos 39 4,6 - 4,6

Garantias Financeiras RVG 38 8,4 - 8,4

Garantias Financeiras 38 - 145,7 145,7

Fornecedores e outras obrigações 20 - 1.236,9 1.236,9

13,0 3.440,9 3.453,9

01.01.2009

Nota

Passivos mensurados ao

valor justo por meio do

resultado

Passivos financeiros

mensurados pelo

custo amortizado

Total

Financiamentos 19 - 1.820,8 1.820,8

Obrigações de arrendamento financeiro 19 - 19,0 19,0

Instrumentos Derivativos 39 166,5 - 166,5

Garantias Financeiras RVG 38 9,5 - 9,5

Garantias Financeiras 38 - 163,5 163,5

Fornecedores e outras obrigações 20 - 1.669,1 1.669,1

176,0 3.672,4 3.848,4

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196

19. Financiamentos

No mês de setembro de 2010 a Companhia renegociou a linha de crédito sindicalizada, na modalidade “standby”. A renegociação compreendeu a antecipação do pagamento do valor de USD 250 milhões que havia sido desembolsado em março e abril de 2009 – cujo vencimento original seria março e abril de

2011, e a ampliação do valor total da linha para USD 1 bilhão com a ampliação do prazo para desembolso

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197

até setembro de 2012. O custo de manutenção é incluso nas despesas financeiras. Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia não havia realizado nenhum desembolso nesta linha. O saldo não utilizado nesta linha de crédito está demonstrado abaixo:

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Taxa variável:

- Com vencimento em mais de um ano 1.000,0 261,3 671,1

1.000,0 261,3 671,1

(a) Vencimentos a longo-prazo:

Ano

2012 232,5

2013 176,1

2014 10,9

2015 7,7

Após 2015 935,0

1.362,2

(b) Análise de moedas

O total da dív ida está denominado nas seguintes moedas:

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Dólar Americano Real 400,5 719,1 629,1

Dólar 1.024,2 1.301,9 1.142,1

Euro 10,1 37,3 46,5

Outras - - 22,1

1.434,8 2.058,3 1.839,8

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198

(c) Obrigações de arrendamento financeiro As obrigações de arrendamento são garantidas pelos bens arrendados

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Menos de um anoMenos de um ano 1,7 5,2 5,8

Mais de um ano e menos de cinco anosMais de um ano e menos de cinco anos 2,6 13,9 12,9

Mais de cinco anosMais de cinco anos - 0,9 1,4

4,3 20,0 20,1

Encargos de financiamentos futuros sobre os arrendamentos financeirosEncargos de financiamentos futuros sobre os arrendamentos financeiros (0,6) (1,0) (1,1)

Valor presente das obrigações de arrendamento financeiroValor presente das obrigações de arrendamento financeiro 3,7 19,0 19,0

O valor presente das obrigações de arrendamento financeiro é como segue:

Menos de um anoMenos de um ano 1,6 4,7 5,3

Mais de um ano e menos de cinco anosMais de um ano e menos de cinco anos 2,1 13,4 12,3

Mais de cinco anosMais de cinco anos - 0,9 1,4 3,7 19,0 19,0

(d) Encargos e garantias

Os financiamentos em reais estão sujeitos a encargos baseados na variação da Taxa de Juros de Longo

Prazo – TJLP e ao Interbank Deposit Certificate (CDI). Em 31 de dezembro de 2010, a taxa média ponderada era de 4,24% a.a. (7 ,19% em dezembro de 2009). Em 31 de dezembro de 2010, os financiamentos em dólares eram sujeitos a encargos e sua taxa média ponderada era 5,89% (4,52% em 31 de dezembro de 2009) e os endividamentos em Euros, sujeitos a encargos baseado na taxa média ponderada de 2,23% (1,5% em 31 de dezembro de 2009).

Considerando os efeitos da análise das taxas efetivas sobre os financiamentos em moeda estrangeira que incluem os custos de estruturação financeira incorridos e já pagos, as taxas médias efetivas ponderadas são equivalentes a LIBOR, mais 3,13% a.a. em 2010 (LIBOR mais 1 ,65% a.a. em 2009). Em garantia de parte dos financiamentos foram oferecidos imóveis, máquinas, equipamentos, penhor mercantil de itens do estoque de materiais e garantia bancária, no montante total de US$ 111.8

Clausulas restritivas Os contratos de financiamentos de longo prazo estão sujeitos a cláusulas restritivas, em linha com as práticas usuais de mercado, que estabelecem controle sobre o grau de alavancagem obtido da relação

endividamento líquido/EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), bem como limites para a cobertura do serviço da dívida obtido da relação EBITDA/despesa financeira líquida. Há também uma cláusula que define um valor mínimo para o patrimônio líquido da Companhia. Incluem, também, restrições normais sobre criação de novos gravames so bre bens do ativo, mudanças significativas no controle acionário da Companhia, venda de bens do ativo e pagamento de div idendos excedentes ao mínimo obrigatório por lei em casos de inadimplência nos financiamentos e nas transações com empresas afiliadas.

Em 31 de dezembro de 2010, a Controladora e as controladas estavam totalmente adimplentes com as cláusulas restritivas.

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199

Emissão de títulos de dív ida Em outubro de 2006, a Embraer Overseas Limited, subsidiária financeira cujo capital pertence integralmente a Companhia e suas operações tem se restringido às captações a seguir mencionadas, emitiu US$ 400 milhões em títulos com taxa de juros de 6,375% ao ano com vencimento em 2017 numa

oferta que posteriormente foi registrada parcialmente com a US Securities and Exchange Commission e listadas na NY SE e a Companhia oferece uma garantia total e incondicional. Em outubro de 2009, a Embraer Overseas Limited emitiu oferta de bônus garantidos (guaranteed notes) com vencimento em 2020, por meio de uma oferta no exterior, no montante de US$ 500 milhões a uma taxa de 6,375% ao ano. Em 31 de Dezembro de 2010, US$ 502.8 estavam em circulação (US$ 7 .3 no ativo circulante), incluindo principal e juros incorridos. Juros são pagos semestralmente . Os títulos são total e

incondicionalmente garantidos pela Companhia e foram registrados com a SEC e listados na NY SE.

20. Fornecedores

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Fornecedores no exterior:

Parceiros de risco (i) 300,9 214,2 478,1

Outros 389,3 339,4 547,3

Fornecedores no País 60,0 42,7 47,0

750,2 596,3 1.072,4

Menos - Circulante 750,2 596,3 1.072,4

Não Circulante - - -

(i) Os parceiros de risco da Companhia desenvolvem e produzem componentes significativos da

aeronave, incluindo motores, componentes hidráulicos, aviônicos, asas, cauda, interior, partes da fuselagem, etc. Determinados contratos firmados entre a Companhia e esses parceiros de risco

caracterizam-se parcerias de longo prazo e incluem o diferimento de pagamentos para componentes e sistemas por um prazo negociado após a entrega desses.

Uma vez selecionados os parceiros de risco e iniciado o programa de desenvolv imento e produção de aeronaves, é difícil substituí-los. Em alguns casos, como os motores, a aeronave é projetada especialmente para acomodar um determinado componente, o qual não pode ser substituído por outro fornecedor sem incorrer em atrasos e despesas adicionais significativas. Essa dependência torna a Companhia suscetível a desempenho, qualidade e condições financeiras de seus parceiros de risco.(Nota 39(d)).

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

200

21. Contas a Pagar

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Obrigações contratuais (i) 29,2 29,0 21,4

Concessões comerciais 12,9 12,2 7,4

Comando da aeronáutica (ii) 2,7 10,2 -

Partes relacionadas (iii) (7,8) 9,9 8,6

Seguros 6,4 7,8 4,2

Caução 10,1 5,7 3,9

Materiais faltantes (iv) 1,6 4,1 3,8

Créditos financeiros (v) 2,0 2,6 3,3

Demais Contas a pagar (vi) 54,9 51,6 39,5

112,0 133,1 92,1

Menos - Circulante 84,4 108,1 70,0

Não Circulante 27,6 25,0 22,1

(i) Representam obrigações de manutenção de acordo com acordos de arrendamento.

(ii) Comando da Aeronáutica é considerado como parte relacionada.

(iii) Referem-se basicamente a contrato de mútuo entre a OGMA e EMPORDEF, acionista da OGMA.

(iv) Referem-se aos acessórios ou componentes a serem instalados em aeronaves entregues, consoante termos contratuais.

(v) Representam valores provisionados para compensar c lientes por certos custos de financiamentos.

(v i) Representam basicamente despesas incorridas no mês de dezembro, cujos pagamentos

ocorrem no mês seguinte.

22. Contribuição de parceiros

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Circulante 0,9 0,9 2,5

Não Circulante 16,8 67,7 44,3

Total 17,7 68,6 46,8

A Companhia possui acordos com determinados fornecedores-chave, aqui denominados parceiros, para participação em ativ idades de pesquisa e desenvolvimento. Como parte desse acordo de fornecimento, essas contribuições estão atreladas ao cumprimento pela Companhia de algumas etapas e eventos

importantes do desenvolv imento, incluindo certificação da aeronave, primeira entrega e número mínimo de aeronaves entregues A Companhia registra essas contribuições como passivo, quando recebidas como uma redução dos ativos intangíveis quando as etapas contratuais são alcançadas e não há mais nenhum envolvimento contínuo.

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

201

23. Adiantamento de Clientes

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Em dólar americano 854,4 1.049,6 1.538,5

Em reais 137,2 111,3 48,4

991,6 1.160,9 1.586,9

Menos - Circulante 779,4 762,8 1.137,7

Não Circulante 212,2 398,1 449,2

24. Impostos e encargos sociais a recolher

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Impostos de renda e contribuição social 10,0 13,6 5,8

Contribuição social (i) 308,5 280,1 211,3

INSS (ii) 125,2 109,9 81,5

PIS e COFINS (iii) 29,4 48,5 57,8

INSS - parcelamentos 19,6 11,5 14,9

IRRF 27,7 26,1 12,4

FGTS 7,4 6,2 5,5

Outros 15,0 9,6 17,7

542,8 505,5 406,9

Menos - Circulante 89,5 78,5 63,3

Não Circulante 453,3 427,0 343,6

A Companhia está questionando administrativa e judicialmente a constitucionalidade da instituição, da

base de cálculo e sua expansão, bem como das majorações de alíq uotas de alguns impostos, encargos e contribuições sociais, no intuito de assegurar o não recolhimento ou a recuperação de pagamentos efetuados em exercícios anteriores. A Companhia, por meio de processos administrativos e judiciais, obteve liminares e medidas congêneres para não recolher ou compensar pagamentos de impostos, encargos e contribuições sociais. Os valores de tributos não recolhidos, com base em decisões judiciais

preliminares, são provisionados e atualizados com base na variação da SELIC até que se obtenha uma decisão final e definitiva e correspondem às seguintes questões:

(i) A Companhia está pleiteando o reconhecimento da imunidade constitucional da

contribuição social sobre exportações e o direito ao crédito de IPI decorrente de entradas isentas, tributadas à alíquota zero ou não tributadas. Com relação à contribuição social sobre exportações, o processo encontra-se no Supremo Tribunal Federal, aguardando

julgamento do Recurso Extraordinário, ao qual foi atribuído efeito suspensivo em favor da Companhia. Do montante envolvido em 31 de dezembro de 2010 de US$ 300.2, foram efetivados depósitos judiciais no montante de US$ 103.5 (Nota 14).

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

202

Com relação aos créditos de IPI, a empresa aderiu aos termos do parcelamento instituído pela Medida Provisória n.º 470/09. Os requisitos de adesão ao parcelamento foram exauridos dentro do prazo previsto na legislação, qual seja, 30 de novembro de 2009 e a Companhia prossegue discutindo critérios de aplicação dos benefícios do parcelamento no âmbito dos processos judiciais.

(ii) Corresponde à majoração da alíquota do seguro de acidente do trabalho (SAT). A

Companhia questiona a legalidade e ausência de critérios técnicos para fixação das alíquotas das referidas contribuições desde 1995, cujos valores encontram -se com exigibilidade suspensa por força de sentença de primeira instância em ação ordinária. O montante envolv ido nesse processo em 31 de dezembro de 2010 é de US$ 106.3, parent company and consolidated.

Adicionalmente, em 18 de fevereiro de 2009, a Companhia ingressou com ação judicial para questionar a incidência de contribuições sociais sobre o aviso prév io indenizado. Por força de sentença de primeiro grau, os valores relativos ao aviso prévio indenizado foram excluídos da base de cálculo da contribuição previdenciária patronal e provisionados, até o êxito definitivo na demanda judicial. O processo encontra-se aguardando distribuição junto ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região para apreciação do Recurso de Ofício. O montante envolv ido neste processo em 31 de dezembro de 2010 é de US$ 6.9.

(iii) Referem-se às contribuições ao Programa de Integração Social - PIS/Programa de Formação ao Patrimônio do Servidor Público – PASEP. A Companhia questiona a incidência em alguns períodos. Este processo teve o direito material reconhecido definitivamente pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região e remanesce a discussão no

Superior Tribunal de Justiça apenas com relação à prescrição de parte do crédito.

Como resultado da adesão da Companhia aos programas introduzidos pela Medida Provisória 470/09 e pela lei 11.941/09, as despesas com impostos descritas em (i) e (iii) acima totalizando US$ 20.0 foram revertidas em 2009; US$ 13.9 foi revertido contra despesas financeiras e US$ 6.1 foram revertidos contra despesas operacionais. A Companhia pressegue discutindo critérios de aplicação dos benefícios do parcelamento no âmbito dos processos judiciais.

Adicionalmente, nos termos da adesão à Medida Provisória n.º 470/09, a controlada ELEB liquidou em 2009 débitos tributários com c rédito de imposto de renda diferido sobre prejuízos fiscais, no montante de US$ 5.2.

Com relação às questões em discussão judicial acima mencionadas, as provisões remanescentes serão mantidas até que haja um desfecho final e não seja cabível mais

nenhum recurso.

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

203

25. Provisões Diversas

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Provisões Relacionadas com folha de pagamento 154,6 133,4 125,0

Programa de participação dos empregados nos lucros 43,0 38,2 30,5

Garantia de produtos (i) 128,7 122,2 117,6

Obrigação de benefícios pós-emprego (nota 27) 12,9 2,9 2,8

Outras 20,1 19,4 11,0

359,3 316,1 286,9

Menos - Circulante 309,6 233,5 213,3

Não Circulante 49,7 82,6 73,6

(i) Inclui garantias e obrigações contratuais para implementação de melhorias em aeronaves entregues. .

Movimentação das provisões

Provisões

relacionadas com

folha de pagamento

Programa de participação

dos empregados nos

lucros

Garantia de

produtos

Obrigação de

benefícios pós-

emprego

Outras Total

Saldo em 1.01.2009 125,0 30,5 117,6 2,8 11,0 286,9

Adições 71,3 59,9 97,5 0,1 33,2 262,0

Baixas - (33,1) (36,1) - (16,8) (86,0)

Reversão (86,2) (22,3) (56,9) - (10,3) (175,7)

Ajuste de conversão 23,3 3,2 0,1 - 2,3 28,9

Saldo em 31.12.2009 133,4 38,2 122,2 2,9 19,4 316,1

Adições 75,2 57,8 65,2 10,0 13,7 221,9

Baixas - (50,4) (8,6) - (0,6) (59,6)

Reversão (59,4) (5,4) (50,1) - (10,2) (125,1)

Ajuste de conversão 5,4 2,8 - - (2,2) 6,0

Saldo em 31.12.2010 154,6 43,0 128,7 12,9 20,1 359,3

26. Provisões para Contingências A Companhia apresentava os seguintes passivos relacionados às provisões para

contingências:

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Trabalhistas 46,1 32,9 23,0

Fiscais 30,7 27,9 20,3

Cíveis - - 6,1

76,8 60,8 49,4

Menos - Circulante 7,5 10,5 9,5

Não Circulante 69,3 50,3 39,9

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204

Movimentação das provisões para contingências:

Trabalhistas Fiscais Cíveis Total

Saldo em 1.01.2009 23,0 20,3 6,1 49,4

Adições 7,8 - - 7,8

Juros 3,3 0,8 - 4,1

Baixas (1,5) (0,7) (6,1) (8,3)

Transferências (6,9) - - (6,9)

Ajuste de conversão 7,2 7,5 - 14,7

Saldo em 31.12.2009 32,9 27,9 - 60,8

Adições 6,4 0,6 - 7,0

Juros 4,7 0,4 - 5,1

Transferências 2,2 1,8 - 4,0

Baixas (0,6) - - (0,6)

Ajuste de conversão 0,5 - - 0,5

Saldo em 31.12.2010 46,1 30,7 - 76,8

A Companhia é parte envolv ida em processos trabalhistas e tributários, são amparadas por depósitos judiciais registrados no ativo da Companhia na rubrica outros ativos, e está discutindo essas questões tanto nas esferas administrativa quanto na judicial, as quais, quando aplicáveis(Nota 14). As provisões para as perdas prováveis decorrentes desses processos são estimadas e atualizadas pela Companhia amparadas pela posição dos consultores legais externos.

A natureza das obrigações pode ser sumarizada como segue:

(i) Trabalhistas As provisões para contingências trabalhistas caracterizam-se por processos movidos pelos sindicatos que representam os empregados ou por processos individuais, nos quais ex -empregados reclamam horas

extras, produtividade, readmissões, adicionais, retroativ idade de aumentos e reajustes salariais. As principais ações em aberto foram movidas pelo sindicato em 1991, que procura aplicar retroativamente aos meses de novembro e dezembro de 1990 um aumento salarial concedido pela Companhia em j aneiro e fevereiro de 1991. Até 30 de setembro de 2009, aproximadamente 97% dos empregados e ex -empregados já haviam feito acordo com a Companhia. Outra ação reivindica os ajustes dos Planos Verão e Collor I

sobre a multa de 40% do FGTS paga aos empregados que estavam na Companhia entre fevereiro de 1989 e abril de 1990, e que foram demitidos entre 1989 e junho de 2003. Em setembro de 2007, o Sindicato e a Companhia firmaram acordo que prevê o início dos pagamentos a partir de outubro de 2007. Até 31 de dezembro de 2010, a Companhia efetuou pagamentos para 80% dos ex -empregados. A exposição total dos processos é estimada em aproximadamente US$ 62.0. Os processos encontram -se em diversas instâncias, aguardando julgamento. Com base na avaliação dos assessores jurídicos da

Companhia e no sucesso de alguns julgamentos e negociações que se espera realizar, o montante provisionado é considerado adequado para cobrir perdas prováveis com estas questões.

(ii) Fiscais Os principais processos fiscais em andamento são os seguintes:

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205

Contribuições previdenciárias - a Companhia foi notificada pelas autoridades pela não retenção da contribuição prev idenciária de prestadores de serviços. Os processos encontram -se na 2ª instância da esfera judicial. Além desses processos, a Companhia foi notificada para recolhimento de adicionais de riscos ambientais do trabalho. Esse processo encontra-se também na 2ª instância. O montante envolvido relativamente a esses processos, cuja provisão foi constituída integralmente, é de US$ 13.7 .

FUNDAF - Em março de 2005, foi lavrado AIIM contra a Companhia, exigindo o recolhimento da contribuição. Em decorrência do lançamento, a Companhia ajuizou na 1ª Instância da esfera judicial, Ação Anulatória de Débito Fiscal, que se encontra pendente de julga mento. O montante envolvido nessa questão em 31 de dezembro de 2010 é de US$ 6.4, integralmente provisionado.

Imposto de Importação - Trata-se de AIIM lavrado em decorrência de pretensa violação do prazo para cumprimento do drawback e divergências quanto à classificação fiscal de produtos. Esses processos encontram-se na 2ª e 1ª instâncias da esfera judicial, respectivamente. O montante envolvido nesses processos em 31 de dezembro de 2010, cuja provisão foi constituída integralmente, é de US$ 3.1 . O valor acima mencionado está líquido dos depósitos judiciais efetuados em igual montante.

CIDE – A Companhia, de janeiro a setembro de 2002, procedeu ao recolhimento da CIDE sobre “royalties” , serv iços técnicos e assistência técnica, sem o reajuste da base de cá lculo. Após uma primeira fiscalização deste período e o êxito na esfera administrativa quanto aos fatos controversos, a Receita Federal do Brasil intimou a Companhia a proceder ao pagamento da diferença da base

reajustada do período em epígrafe. Foi apresentada defesa no processo administrativo, que se encontra junto à Delegacia de Julgamento da Receita Federal para apreciação da questão em 1ª. Instância. O montante envolvido provisionado é de US$ 2.9 em 31 de dezembro de 2010.

Existem outros processos fiscais em andamento totalizando US$ 4.6 at December 31 , 2010. Passivos Contingentes

Em razão de auto de infração, lavrado pela Receita Federal do Brasil em junho de 2010, a Companhia discute a base de cálculo e alíquotas de tributos incidentes sobre deter minadas e específicas remessas para o exterior. O valor do auto de infração é de US$ 120.141. A Companhia apresentou impugnação dentro do prazo legal e aguarda apreciação das razões de defesa pela Delegacia de Julgamento correspondente. A probabilidade de êxito da discussão é considerada "possível" pelos Advogados responsáveis e, por esse motivo nenhuma provisão foi reconhecida nas demonstrações financeiras.

27 . Obrigações de benefícios de pós-em prego

(a) Benefícios de plano de pensão – Contribuição definida A Companhia e algumas subsidiárias patrocinam um plano de contribuição definida para seus

empregados, na qual a participação é opcional. Esse o plano era administrado pelo Banco do Brasil S.A. – BB Prev idência, passou a ser administrado pela EMBRAERPREV – Sociedade de Prev idência Complementar. As contribuições da Companhia para o plano durante os anos de 2010 e 2009 foram de US$ 22.8 e US$ 16.0, respectivamente. (b) Benefício medico pós emprego Controladora

A Companhia mantém um plano de assistência médica pós-emprego para os funcionários aposentados e em linha com as práticas de mercado. Em dezembro de 2010, a Companhia registrou uma provisão de US$ 9.6 milhões para este plano, tendo como contrapartida o resultado do exercício. O referido valor foi obtido por meio de cálculo atuarial considerando as seguintes principais premissas:

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206

% Percentual Anual(em

termos nominais)

Taxa de desconto financeiro 12%

Crescimento das despesas medicas (reduzindo 0.5% por ano) 11% a 5.5%

Inflação 5.5%

Tábua de mortalidade geral AT 1983

(c) Benefício medico pós emprego subsidiárias A EAH (subsidiária integral da Embraer S.A) patrocina um plano médico pós-emprego, cujos custos esperados de pensão e prestação de benefício médico pós-emprego para os empregados beneficiários e seus dependentes são provisionados em regime de competência com base em estudos atuariais.

Os valores reconhecidos no balanço patrimonial foram determinados como segue:

31.12.2010 31.12.2009

Obrigações de benefícios - no início do exercício 4,2 4,1

Custo dos juros 0,3 0,2

Perda atuarial 0,3 0,1

Benefícios pagos aos participantes (0,2) (0,2)

Obrigação do benefício - no fim do exercício 4,6 4,2

As mudanças nos ativos do plano para os exercícios findos, são as seguintes:

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Valor justo dos ativos do plano - no início do exercício 1,4 1,4 1,9

Retorno do investimento do plano 0,1 0,2 (0,3)

Benefícios pagos aos participantes (0,2) (0,2) (0,2)

Valor justo dos ativos do plano - no fim do exercício

1,3 1,4 1,4

O valor justo dos ativos do plano é medido baseado nos inputs de Nível 1 de acordo com a norma contábil sobre medições de valor justo. Não houve alteração desde o ano anterior nas técnicas de valorização e

níveis de inputs. O custo líquido de benefícios pré -pagos (provisionados) em 31 de dezembro de 2010, 2009 e 1º de janeiro de 2009 está incluído em provisões diversas (Nota 25) e seus componentes estão resumidos conforme segue:

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Custo provisionado- Grau de suficiência financeira (3,3) (2,9) (2,8) (3,3) (2,9) (2,8)

As principais premissas atuariais utilizadas em 31 de dezembro de 2010, 2009 e 1º de janeiro de 2009 foram conforme abaixo:

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31.12.2010 31.12.2009

Taxa de desconto média 5,75 6,25

Custo líquido do benefício periódico 5,25 5,75

Taxa de rendimento esperada sobre ativos 7,75 7,75

Taxa de aumento de remuneração 5,50 5,50

Os componentes dos custos líquidos dos benefícios periódicos foram os seguintes:

31.12.2010 31.12.2009

Custo do serviço (0,1) -

Custo dos juros (0,2) (0,2)

Taxa de rendimento esperada sobre ativos 0,1 0,1

Amortização do custo do serviço passado 0,2 0,2

Amortização das perdas (0,1) (0,1)

Custo líquido dos benefícios periódicos (benefícios) (0,1) -

Crédito ded "Curtailment" - -

Custo líquido (0,1) -

O custo líquido de benefícios está incluído nas Despesas comerciais e nas Despesas administrativas. A composição dos ativos do plano em 31 de dezembro de 2010 e 2009 era conforme segue:

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Fundos mútuos investidos principalmente em ações 60% 74% 59%

Fundos mútuos investidos principalmente em bônus 37% 23% 38%

Outros caixas 3% 3% 3%

100% 100% 100%

Os seguintes pagamentos de benefícios, que refletem serv iços futuros previstos, deverão ser efetuados aos

participantes de acordo com o plano de saúde pós-emprego:

Ano

2011 0,3

2012 0,3

2013 0,3

2014 0,3

2015 0,3

2016 - 2020 1,4

2,9

Para fins de quantificação, uma taxa anual de crescimento no custo por pessoa de benefícios médicos cobertos de 7 %, 7% and 8%, foi assumida para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010, 2009, e 1º. de Janeiro, respectivamente. Está prevista redução gradual da taxa para 5% até 2012. A tendência de taxas do custo de assistência médica tem um efeito significativo nos montantes reportados para o plano de

saúde pós-emprego. Uma mudança de 1% nas taxas de custo de assistência médica assumidos não produziria efeitos relevantes das Demonstrações Financeiras.

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28. Patrimônio Líquido

(a) Capital Social

O capital social autorizado está div idido em 1 .000.000.000 ações ordinárias. O capital social da Controladora, subscrito e integralizado, é de US$ 1 .438.0, representado por 740.465.04 4 ações

ordinárias, sem valor nominal, das quais 16.800.000 ações encontram -se em tesouraria. Cada ação ordinária possui o direito a um voto nas Assembleias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, sujeito a certas limitações especificadas no Estatuto Social da Companhia.

(b) Ação Ordinária especial da União Federal

A União Federal detém uma ação ordinária especial, com mesmo direito de voto dos outros acionistas detentores de ações ordinárias, porém com direitos especiais conforme descrito no Artigo 9º do Estatuto Social. A ação ordinária de classe especial confere à União poder de veto nas seguintes matérias: I - Mudança de denominação da Companhia ou de seu objeto social;

II - Alteração e/ou aplicação da logomarca da Companhia; III - Criação e/ou alteração de programas militares, que envolvam ou não a República Federativa do Brasil; IV - Capacitação de terceiros em tecnologia para programas militares;

V - Interrupção de fornecimento de peças de manutenção e reposição de aeronaves militares; VI - Transferência do controle acionário da Companhia; VII - Quaisquer mudanças nos (i) termos do artigo 4 mencionado acima, nas claúsulas principais dos artigos 11 , 12, 15 e 16, subitem III do artgo 19, parágrafos 1 e 2 do artigo 28, subitem X do artigo 34, subitem XII do artigo 40 ou Capítulo VII do Estatuto Social da Companhia, ou (ii) nos direitos atribuídos

no Estatuto Social da Companhia à classe especial de ações.

(c) Juros sobre Capital Próprio Foi aprovado pelo Conselho de Administração da Embraer S.A., em reuniões realizadas durante 2010, a distribuição de juros sobre capital próprio, os quais são atribuídos aos div idendos conforme a

seguir:

Em 10 de junho de 2010, aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio no valor de R$ 34.5, sendo, R$ 0,04664 por ação, referentes ao 1º semestre de 2010 sujeito à

retenção de 15% de imposto de renda na fonte, com início de pagamento no dia 22 de novembro de 2010, sem nenhuma remuneração;

Em 16 de setembro de 2010, aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio referentes ao 3º trimestre de 2010 no valor de R$ 21.7 , sendo, R$ 0,0293 por ação, sujeito

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

209

à retenção de 15% de imposto de renda na fonte, com início de pagamento no dia 22 de novembro de 2010, sem nenhuma remuneração;

Em 9 de dezembro de 2010, aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio referentes ao 4º trimestre de 2010 no valor de R$ 144.7 , sendo, R$ 0,1954 por ação, sujeito à retenção de 15% de imposto de renda na fonte, com início de pagamento no dia 14 de janeiro de 2011, sem nenhuma remuneração;

As Companhias brasileiras são permitidas de pagar juros sobre capital próprio para acionistas com base no patrimônio líquido e tratar estes pagamentos como uma despesa dedutível para o Imposto de renda contribuição social brasileiro.Em atendimento a legislação fiscal, o montante dos juros sobre o capital próprio de R$ 200.983, foi contabilizado como despesa financeira. No entanto, para efeito dessas demonstrações financeiras, os juros sobre o capital próprio são apresentados como distribu ição do lucro líquido do exercício, portanto, reclassificados para o patrimônio líquido, pelo valor bruto, uma vez que os benefícios fiscais por ele gerados são mantidos no resultado do exercício.

A Companhia reclassificou para o patrimônio líquido o montante de US$ 27.2, referente a juros sobre capital próprio que excedeu o dividendos mínimo obrigatório de 25% ainda não ratificado em Assembleia Geral Ordinária.

(d) Dividendos propostos A determinação de div idendos anuais, sujeita à aprovação dos acionistas, em Assembleia Geral Ordinária, é apresentada em Reais conforme definida nos termos da Lei das Sociedades por Ações que todos os

div idendos são determinados e pagos em montante em Reais nos livros contáveis, conforme abaixo :

Em milhões de reais

31.12.2010 31.12.2009

Lucro líquido da controladora de acordo com IFRS 573,6 912,1

Ajustes de adoção do IFRS - (21,7)

Lucro líquido da controladora de acordo com o GAAP anterior 573,6 890,4

Subvenções (15,3) (13,5)

Reserva legal (28,7) (44,5)

529,6 832,4

Dividendos mínimos obrigatórios (25%) 132,4 208,1

Juros sobre o capital próprio, líquido do imposto de renda retido na fonte 176,9 152,9

Dividendos propostos – complemento - 55,2

Juros sobre o capital próprio, excedente ao mínimo obrigatório (i) (45,2) -

Remuneração total dos acionistas 131,7 208,1

Pagamentos efetuados no exercício anteriores em aberto (49,6) -

Remuneração total dos acionistas em aberto 82,1 208,1

- -

Remuneração total dos acionistas período previos 0,2 0,2

Remuneração aos acionistas Total - Em milhões de reais 82,3 208,3

Remuneração aos acionistas Total - Em milhões de $ EUA 49,4 119,6

(i) o valor excedente é reclassificado do passivo circulante para a conta de "div idendos adicional proposto" dentro da reserva de lucros no patrimônio líquido.

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(e) Reserva Legal

Constituída anualmente com destinação de 5% do lucro líquido do exercício e não poderá exceder a 20% do capital social ou 30% no somatório dessa reserva e reservas de capital.

(f) Reserva de subvenção para investimentos

Constituída de acordo com o estabelecido no artigo 195 -A da Lei das Sociedades por Ações (alteração introduzida pela Lei 11.638 de 2007), essa reserva corresponde à apropriação da parcela de lucros acumulados decorrente das subvenções governamentais recebidas para investimentos em pesquisas efetuados pela Companhia, estes subsídios não estão inclusos no calculo do div idendo mínimo obrigatório.

(g) Reserva para investimentos e de capital de giro

Esta reserva tem a finalidade de: (i) assegurar recursos para investimentos em bens do ativo permanente, sem prejuízo de retenção de lucros nos termos do artigo 196 da Lei 6.404/76; (ii) reforço de capital de giro; podendo ainda ser utilizada em operações de resgate, ree mbolso ou aquisição de ações do capital da Companhia e pode ser distribuída aos acionistas da Companhia.

(h) Ações em Tesouraria Correspondem a 16.800.000 ações ordinárias adquiridas até 4 de abril de 2008, no montante de US$ 183.7 com utilização dos recursos da Reserva para investimentos e capital de giro. Esta operação foi realizada conforme regras aprovadas pelo Conselho de Administração em reunião realizada em 7 de dezembro de 2007. As ações adquiridas serão mantidas em tesouraria, período no qual p erderão seus direitos políticos e econômicos.

Em 31 de dezembro de 2010 o valor de mercado das ações em tesouraria era US$ 119.0, US$ 91.8 em 31 de dezembro de 2009 e US$ 63.3 em 1º de janeiro de 2009.

(i) Ajustes de avaliação patrimonial

Ajustes acumulados de conversão – Referem-se às variações cambiais resultantes da

conversão das demonstrações financeiras das controladas para a moeda de funcional da Controladora (US$).

Ganhos (perdas) atuarias: Referem-se aos ganhos (perdas) atuariais não realizados

decorrentes dos planos de benefícios médicos patrocinados pela Companhia.

29. Remuneração em Ações

Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 19 de abril de 2010, na sede da Companhia, foi aprovado o “Programa para a outorga de opções de compra de ações”, destinado a diretores e empregados da Companhia ou de suas controladas e que tenham pelo menos dois anos de v ínculo de trabalho. A

aquisição do direito de exercício das opções se dará em três momentos: 20% após 1º ano, 30% após o 2º e 50% restantes após o 3º ano, se o profissional está ainda empregado com a Companhia na data da outorga de cada opção. O preço de exercício de cada opção é definido na data da outorga de opção pela média ponderada da cotação dos últimos sessenta pregões, podendo ser ajustados em até 30% para anular eventuais movimentos especulativos. O participante terá um prazo máximo de 5 anos para exercício da opção,

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

211

iniciado a partir da data da outorga. Em 30 de abril de 2010, foram outorgadas opções de compra de 6.510.000 ações, às quais foi atribuído um preço de exercício de R$ 10,19 por ação. O valor justo, atribuído a estas opções foi determinado com base no modelo de precificação Black & Scholes, onde o valor de cada opção foi calculado em R$ 1 ,77 para o lote com início de dire ito de exercício ao final do primeiro ano, R$ 2,74 para lote com início de direito de exercício ao final do segundo ano e R$ 3,44 para o lote com início de direito de exercício ao final do terceiro ano. Este modelo leva em

consideração o valor do ativo objeto, preço de exercício, tempo a decorrer até o exercício, probabilidade da opção ser exercida, volatilidade histórica baseada nos preços de fechamento diário das ações dos últimos 6 meses e taxa de juros ponderada para o período de cada lote baseadas na taxa DI divulgada pela BM&F. Vale destacar que o tempo a decorrer até o exercício foi mensurado conforme decisão da administração e considera o final do período de carência como base para o cálculo, ou seja, as opções foram calculadas com os prazos de exerc ício determinados de um ano, dois anos e três anos. Esta premissa foi adotada pois a administração entende que o exercício da opção ocorrerá ao final de cada

período de carência devido à alta liquidez ao alto ganho prev isto para cada ação.

Ações (milhares) Preço médio (R$)

Em aberto no início do exercício - -

Outorgas 6.510 10,19

Posição ao fim do exercício 6.510 10,19

31.12.2010

30. Lucro por ação

(a) Básico

O lucro básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro líq uido do exercício pela quantidade de

ações ordinárias existentes no fim do exercício, excluindo as ações adquiridas pela Companhia e mantidas

como ações em tesouraria.

31.12.2010 31.12.2009

Lucro atribuível aos acionistas da Companhia 330,2 465,2

Quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas - milhares 723.665 723.665

Lucro básico por ação em U.S dólar 0,4563 0,6428

(b) Diluído

O lucro diluído por ação é calculado de uma forma similar ao lucro básico por ação, exceto que as ações em circulação são aumentadas para incluir o numero de ações adicionais que poderiam estar em circulação caso as potenciais ações dilutivas atribuíveis às opções de ações fossem emitidas durante os respectivos períodos por meio da aplicação do “treasury stock method”.

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

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31.12.2010 31.12.2009

Lucro atribuível aos acionistas da Companhia 330,2 465,2

Quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas - milhares 723.665 723.665

Média ponderada do número de ações (em milhares) - diluído (i) 354 -

Quantidade média ponderada de ações ordinárias para o lucro diluído por

ação – milhares 724.019 723.665

Lucro diluído por ação 0,4562 0,6428

(i) Refere-se ao efeito dilutivo potencial das ações para o período findo em 31 de dezembro de 2010. Não existe efeito potencialmente dilutivo das ações para o ano findo em 31 de dezembro de 2009.

31. Participação nos Lucros e Resultados

A Companhia, baseada na política de remuneração variável, aprovada pelo Conselho de Administração em abril de 1996 e renovada em dezembro de 2008, concede participação nos lucros e resultados aos seus empregados, que está v inculada a um plano de ação, objeto da avaliação dos resultados, bem como ao alcance de objetivos específicos, os quais são estabelecidos e acordados no início de cada ano. Até 2009, o valor da Participação nos Lucros e Resultados era equivalente a 12,5% do lucro líquido do exercício social apurado de acordo com o US GAAP. A partir de 2010, com a adoção e apresentação das demonstrações financeiras em IFRS no Brasil e apresentadas em reais, este passou a ser o novo princípio contábil base

para cálculo da participação desses lucros e resultados. Desse montante, 30% são distribuídos em partes iguais a todos os empregados e 70% de forma proporcional ao salário.A Companhia contabilizou montantes de US$ 41.3 e US$ 33.7 em 2010 e 2009, respectivamente.

32. Outras Receitas (Despesas), Líquidas

31.12.2010 31.12.2009

Garantia financeira - Mesa (i) - (103,0)

Despesas com reestruturação (ii) - (61,3)

Multas contratuais (iii) 21,9 60,4

Manutenção e custo de voos das aeronaves - frota (22,9) (26,2)

Ressarcimento de despesas 8,0 8,0

Impostos sobre outras receitas 0,5 (7,5)

Royalties 6,8 5,7

Modificação de produtos (4,8) (4,9)

Vendas diversas 6,3 3,9

Gastos com programas (7,3) (3,6)

Normas de segurança de voo (3,5) (2,9)

Outras 4,4 (7,1) 9,4 (138,5)

(i) Em Dezembro de 2009, a Companhia contabilizou a provisão de US$ 103.0 no reconhecimento de prováveis perdas para cobrir as obrigações com respeito às garantias dadas em relação ao cliente Mesa, quando a Mesa entrou em corcordata (Chapter 11) em janeiro de 2010.

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213

(ii) Custos de recisão totalizando US$ 61.3 pagos no exercício findo em 31 de dezembro de 2009. A Companhia reduziu seu efetivo de pessoal, adequando -os à realidade do reduzido nível da atividade econômica. Custos de rescisão incluem pagamentos a funcionários, av iso prév io, multas de recisão, custos associados à extensão dos benefícios médicos e outros custos de recisão.

(iii) Substancialmente composto por multas cobradas dos clientes pelo cancelamento de

contratos de vendas, conforme prev istos nos referidos contratos.

33. Receitas (Despesas) por Natureza A Companhia optou por apresentar a demonstração do resultado do exercício por função. A seguir apresenta o detalhamento dos custos e despesas por natureza:

31.12.2010 31.12.2009

Conforme demonstração de resultado:

Receitas líquidas 5.364,1 5.497,8

Custo dos produtos e serviços vendidos (4.338,1) (4.428,4)

Administrativas (197,5) (191,3)

Comerciais (374,1) (304,6)

Pesquisa (72,1) (55,6)

Outras receitas (despesas), líquidas 9,4 (138,5) 391,7 379,4

Receitas (despesas) por natureza:

Receita de produtos 4.977,0 5.190,3

Receita de serviços 448,6 372,7

Dedução de vendas (61,5) (65,2)

Custo atribuído ao produto (4.118,9) (4.197,1)

Depreciação (103,0) (115,2)

Amortização (116,2) (114,1)

Despesa com pessoal (282,8) (251,7)

Despesa com comercialização (99,8) (86,8)

Outras despesas (receitas), líquidas (251,7) (353,5) 391,7 379,4

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214

34. Receitas (Despesas) Financeiras, Líquidas

31.12.2010 31.12.2009

Despesas financeiras:

Juros sobre financiamentos (90,3) (117,1)

Juros sobre impostos, encargos sociais e contribuições (11,4) (9,5)

Despesas com garantias financeiras de valor residual (2,7) -

Despesas com estruturação financeira (8,4) -

IOF sobre operações financeiras (1,6) (2,9)

Outras (8,4) (12,9)

Total despesas financeiras (122,8) (142,4)

Receitas financeiras:

Juros sobre caixa e equivalentes de caixa e instrumentos financeiros ativos 115,5 98,5

Juros sobre recebíveis 23,6 47,0

Garantias financeiras - 1,1

Estruturação financeira 0,7 0,8

Outras 0,5 5,2

Total receitas financeiras 140,3 152,6

Receitas (despesas) financeiras 17,5 10,2

35. Variações monetárias e cambiais, líquidas

Variações monetárias e cambiais, líquidas resultam de um remensuração para o U.S. dollar, conforme abaixo :

31.12.2010 31.12.2009

Variações monetárias e cambiais, líquidas:

Ativas:

Contas a receber de clientes, líquida 11,3 35,3

Adiantamentos a fornecedores (0,9) (0,3)

Caixa e equivalentes de caixa e instrumentos financeiros ativos 27,5 240,8

Crédito de impostos (7,5) 27,6

Outras 30,0 18,0

60,4 321,4

Passivas:

Adiantamentos de clientes (11,3) (28,7)

Financiamentos (7,4) (220,1)

Fornecedores (0,8) (5,5)

Contas a pagar (4,4) (6,8)

Impostos e encargos a recolher (29,8) (97,0)

Provisões (8,9) (36,5)

Provisões para contingências (3,6) (2,8)

Outras (1,7) (6,2)

(67,9) (403,6)

Variações monetárias e cambiais (7,5) (82,2)

Instrumentos financeiros derivativos 6,4 13,4

Variações monetárias e cambiais, líquidas (1,1) (68,8)

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215

36. Imposto de renda e contribuição social

a) Impostos diferidos

Face à base tributária dos ativos e passivos da Companhia ser mantida em reais históricos e a base contábil em dólares (moeda funcional), as flutuações na taxa de câmbio impactaram significativamente a base tributária e, consequentemente as despesas/receitas de imposto de renda diferido registradas no

resultado (item “c” a seguir). A Companhia, fundamentada na expectativa provável de geração de lucros tributáveis, registrou em suas demonstrações financeiras o ativo fiscal diferido representado pelos prejuízos fiscais e base negativa de contribuição.

Quanto aos créditos referentes a diferenças temporárias relativas às provisões não dedutíveis, representados principalmente por provisões de contingências trabalhistas, provisões e tributos em

discussão judicial, serão realizados à medida que os processos correspondentes forem concluídos. Os ativos de impostos diferidos líquidos são apresentados nas demonstrações financeiras como seguem:

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Impostos diferidos ativos 139,1 171,7 10,9

Impostos diferidos passivos: (11,4) (16,2) (36,5)

Impostos diferidos ativos (passivos), líquidos 127,7 155,5 (25,6)

Os componentes de impostos ativos e passivos diferidos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 e 1º de janeiro de 2009 são demonstrados a seguir:

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Prejuízos fiscais a compensar 19,4 14,2 20,4

Base negativa de contribuição social 1,3 1,6 1,4

Créditos não reconhecidos (15,0) (5,4) (2,2)

Provisões temporariamente não dedutíveis 389,5 362,8 313,7

Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária do estoque,

imobilizado e intangível 168,3 170,8 (119,7)

Diferenças de prática IFRS 41,5 43,9 49,5

Gastos com pesquisa e desenvolvimento (art. 17 Lei 11.196/05) (382,4) (353,4) (234,5)

Reavaliação do imobilizado (7,8) (7,8) (6,1)

Reserva de correção monetária especial (2,2) (2,3) (1,9)

Ajustes acumulados de conversão sobre investimentos (6,1) (9,3) (5,8)

Efeito da Lei 11.638 (26,3) (19,1) (13,6)

Outros (52,5) (40,5) (26,8)

Impostos diferidos ativos (passivos), líquidos 127,7 155,5 (25,6)

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216

Segue abaixo a movimentação dos impostos diferidos que afetaram o resultado:

resultado do

exercício

resultado

abrangente Total

Saldos em 1º de janeiro de 2009 (19,6) (6,0) (25,6)

Prejuízos fiscais a compensar (6,2) - (6,2)

Base negativa de contribuição social 0,2 - 0,2

Créditos não reconhecidos (3,2) - (3,2)

Provisões temporariamente não dedutíveis 49,1 - 49,1

Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária do estoque,

imobilizado e intangível 290,4 - 290,4

Diferenças de prática IFRS (5,6) - (5,6)

Gastos com pesquisa e desenvolvimento (art. 17 Lei 11.196/05) (118,9) - (118,9)

Efeito de conversão dos impostos diferidos - (2,2) (2,2)

Reserva de correção monetária especial (0,4) - (0,4)

Ajustes acumulados de conversão sobre investimentos - (3,5) (3,5)

Efeito da Lei 11.638 (5,5) - (5,5)

Outros (13,1) - (13,1)

Saldos em 31 de dezembro de 2009 167,2 (11,7) 155,5

Prejuízos fiscais a compensar 5,2 - 5,2

Base negativa de contribuição social (0,3) - (0,3)

Créditos não reconhecidos (9,6) - (9,6)

Provisões temporariamente não dedutíveis 26,6 - 26,6

Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária do estoque,

imobilizado e intangível (2,5) - (2,5)

Diferenças de prática IFRS (2,4) - (2,4)

Gastos com pesquisa e desenvolvimento (art. 17 Lei 11.196/05) (29,0) - (29,0)

Efeito de conversão dos impostos diferidos - (2,3) (2,3)

Reserva de correção monetária especial 0,1 - 0,1

Ajustes acumulados de conversão sobre investimentos - 3,2 3,2

Efeito da Lei 11.638 (7,2) - (7,2)

Outros (9,6) - (9,6)

Saldos em 31 de dezembro de 2010 138,5 (10,8) 127,7

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217

b) Composição dos im postos correntes e diferidos A seguir apresentamos a composição da receita (despesa) de imposto de renda e contribuição social entre corrente e diferido:

31.12.2010 31.12.2009

Constituição de prejuízos fiscais e base negativa 4,0 (6,0)

Aumento (Redução) dos créditos não reconhecidos (8,9) (2,5)

Sobre prejuízos fiscais e bases negativas (4,9) (8,5)

Efeito das diferenças temporárias (14,2) 206,4

Diferenças de prática (Lei 6.404 x Lei 11.638) (7,2) (5,5)

Diferenças de prática (Lei 11.638 x IFRS/CPC) (2,4) (5,6)

Sobre diferenças temporárias (23,8) 195,3

Receita (despesa) de imposto de renda diferido (28,7) 186,8

Receita (despesa) de imposto de renda corrente (34,0) (28,7)

Receita (despesa) de imposto de renda e contribuição social diferidos e

correntes (62,7) 158,1

c) Reconciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social :

A reconciliação da despesa de imposto de renda pela taxa nominal composta baseada na Legislação Brasileira e a despesa efetiva de imposto de renda está demonstrada abaixo:

31.12.2010 31.12.2009

Lucro antes da provisão para imposto de renda e contribuição social 408,1 320,8

Despesa de imposto de renda e contribuição social às alíquotas oficiais - 34%

(138,8) (109,1)

Despesas não dedutíveis: - -

Tributação do lucro das controladas no exterior (0,8) -

Outras (14,7) (4,3)

(15,5) (4,3)

Receitas não tributáveis e/ou incentivos fiscais

Equivalência patrimonial - -

Gastos com pesquisa e desenvolvimento (art. 19 Lei 11.196/05) 63,4 59,7

Juros sobre capital próprio 31,2 33,9

Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária do estoque,

imobilizado e intangível (2,5) 290,4

Efeito de conversão do resultado 0,2 (121,9)

Outros (0,7) 9,4

91,6 271,5

Receita (despesa) de imposto de renda e contribuição social na demonstração do

resultado (62,7) 158,1

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218

O reconhecimento dos valores acima mencionados, resultou em uma alíquota efetiva de 15,36% e 49.28% no exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, respectivamente. A despesa de imposto de renda e

contribuição social diferidas gerada em 2010 em comparação com a receita gerada em 2009 decorre substancialmente do impacto da variação cambial sobre a base tributária dos ativos não monetários (estoques, imobilizado e intangível) ainda não realizados na data de encerramento do exercício.

37 . Redução ao valor recuperável dos ativos (Impairment )

Em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, a Companhia efetuou uma avaliação de todas as suas unidades geradoras de caixa sem encontrar indicadores de perda, no entanto existem unidades geradoras de caixa relacionadas a ativos intangíveis em desenvolv imento, desta forma a Companh ia efetuou análise de “impairment” para estes casos.

O valor recuperável de uma UGC é determinado com base em cálculos do valor em uso. Esses cálculos

usam projeções de fluxo de caixa, antes do imposto de renda e da contribuição social, baseada em orçamentos financeiros aprovados pela administração para um período de cinco anos.

Principais premissas utilizadas nos cálculos do valor em uso : Margem bruta - A administração determinou a margem bruta orçada com base no seu desempenho passado e em suas expectativas para o desenvolv imento do mercado. Essas margens também consideram os ganhos de eficiência planejados para o ciclo do produto. Taxa de crescim ento - As taxas de crescimento foram refletidas no fluxo de receita orçada pela

Companhia, consistentemente com as previsões incluídas nos relatórios do setor. Taxas de desconto – As taxas de desconto utilizadas correspondem às taxas antes dos impostos e foram baseadas em cotações de mercado considerando o período de fluxo de caixa orçado utilizado pela Companhia, sendo 2,17% ao ano em 31 de dezembro de 2010 e 2,98% ao ano em 31 de dezembro de 2009. Nenhuma perda por “impairment" foi registrada para o ativo intangível ou ativo imobilizado em 31 de

dezembro de 2010 e 2009.

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38. Garantias Financeiras

Garantias

financeiras

Garantias

financeiras de

valor residual

Provisão

adicional (i)Total

Saldo em 01/01/2009 163,5 9,5 - 173,0

Adições 0,7 - 103,0 103,7

Reclassificacão - - - -

Marcação a mercado - (1,1) - (1,1)

Reconheciemento de garantia (18,5) - - (18,5)

Ajuste de conversão - - - -

Saldo em 31/12/2009 145,7 8,4 103,0 257,1

Adições 0,5 - - 0,5

Reclassificacão - - - -

Marcação a mercado - 2,7 - 2,7

Reconheciemento de garantia (13,9) - - (13,9)

Baixas - - (26,9) (26,9)

Ajuste de conversão - - - -

Saldo em 31/12/2010 132,3 11,1 76,1 219,5

(i) Em 31 de Dezembro de 2009, garantias financeiras oferecidas para a Mesa, e stavam

totalmente provisionadas. Em Dezembro de 2009, em decorrência do pedido de concordata (Chapter 11) em 5 de janeiro de 2010, do cliente MESA AirGroup, junto à Corte Distrital Sul da cidade de Nova York, nos Estados Unidos da América, a Companhia constitui provisão para cobrir perdas relativas às suas obrigações com garantias financeiras oferecidas ao agente financiador em relação às 36 aeronaves ERJ145 adquiridas da Companhia em poder dessa empresa. Em 2010, parte dessas garantias

foram exercidas pelo agente financiador e a Companhia procedeu aos desembolsos exigidos. A Companhia, com base em suas melhores estimativas atuais, acredita que a provisão constituída é suficiente para cobrir as perdas relativas a essas garantias financeiras.

39. Instrumentos Financeiros

a) Valor justo dos instrumentos financeiros

Os valor justo dos ativos e passivos financeiros da Companhia foram determinados mediante informações disponíveis no mercado e com a aplicação de metodologias que a Companhia julga apropriada para melhor avaliar cada tipo de instrumento, sendo necessário à utilização de considerável julgamento na interpretação dos dados de mercado para se produzir a mais adequada estimativa do valor justo. Como

consequência, as estimativas apresentadas a seguir não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser realizados no mercado de troca corrente. O uso de diferentes hipóteses e/ou metodologias pode ter um efeito material nos valores estimados de realização. Os métodos abaixo foram utilizados para estimar o valor justo de cada classe de instrumento financeiro para os quais é praticável estimar-se valor justo.

O valor contábil do caixa, equivalentes de caixa, ativos financeiros, contas receber e passivo circulante se aproximam do valor justo. O valor justo dos títulos mantidos até o vencimento é estimado através da

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metodologia de fluxo de caixa descontado. O valor justo das dívidas de longo prazo é baseado no valor descontado de seus fluxos de caixa contratuais. A taxa de desconto utilizada é baseada na curv a futura de mercado para o fluxo de cada obrigação.

Os valores justos dos instrumentos financeiros são como segue :

Valores Valores Valores Valores Valores Valores

contábeis justos contábeis justos contábeis justos

Ativos financeiros

Caixa e equivalentes de caixa 1.393,1 1.393,1 1.592,4 1.592,4 1.820,7 1.820,7

Instrumentos financeiros ativos 785,6 785,6 978,7 978,7 449,1 449,1

Contas a receber de clientes, líquidas 349,3 349,3 407,4 407,4 454,7 454,7

Financiamento a clientes 70,5 70,5 52,7 52,7 121,8 121,8

Contas a receber vinculadas 538,2 538,2 486,0 486,0 478,6 478,6

Instrumentos financeiros derivativos 22,3 22,3 24,6 24,6 29,9 29,9

Passivos financeiros

Empréstimos e financiamentos 1.434,8 1.485,2 2.058,3 2.332,9 1.839,8 1.697,1

Instrumentos Derivativos 2,2 2,2 4,6 4,6 166,5 166,5

Garantias Financeiras RVG 11,1 11,1 8,4 8,4 9,5 9,5

Garantias Financeiras 132,3 132,3 145,7 145,7 163,5 163,5

Fornecedores e outras obrigações 1.332,5 1.332,5 1.236,9 1.236,9 1.669,1 1.669,1

31.12.2010 12.31.2009 01.01.2009

b) Classificação A Companhia considera “valor justo” como sendo o preço que seria recebido para vender um ativo ou pago para liquidar um passivo em uma transação normal entre participantes do Mercado na data de

medição (preço de saída). A Companhia emprega dados ou premissas de mercado (o ponto médio entre os preços de venda e compra) que outros participantes do mercado utilizariam para determinar o preço do ativo ou passivo medido e divulgado a valor justo.A Companhia aplica principalmente o método de mercado para valorizações recorrentes de valor justo e procura utilizar as melhores informações disponíveis. Neste sentido, a Companhia usa técnicas de valorização que maximizem o uso de fontes de informações observáveis e minimizem o uso de fontes de informações não -observáveis. A Companhia classifica hierarquicamente os saldos conforme a qualidade das fontes utilizadas para gerar os preços dos

valores justos. A hierarquia é composta por três níveis de valor justo conforme segue: (i) Nível 1 - preços cotados estão disponíveis em mercados com liquidez elevada para ativos e passivos idênticos na data das demonstrações financeiras. Mercados com liquidez elevada são aqueles nos quais transações para o ativo ou passivo em questão ocorrem com uma freqüência suficiente e em volumes que permitam obter informações sobre preços a qualquer momento. O Nível 1 consiste principalmente em instrumentos financeiros tais como derivativos, ações e outros ativos negociados em bolsas de valores.

(ii) Nível 2 – preços utilizados são outros que os preços cotados em mercados com liquidez elevada incluídos no Nível 1 , porém que sejam direta ou indiretamente observáveis na data do reporte. Nível 2 inclui instrumentos financeiros valorizados utilizando algum tipo de modelagem ou de outra metodologia de valorização. Estes são modelos padronizados de mercado que são amplamente utilizados por outros participantes, que consideram diversas premissas, inclusive preços futuros de commodities, valores no

tempo, fatores de volatilidade e preços atuais de mercado e contratuais para os instrumentos subjacentes, bem como quaisquer outras medições econômicas relevantes. Praticamente todas estas premissas podem ser observados no mercado ao longo do prazo inteiro do instrumento em questão, derivados a partir de dados observáveis ou substanciadas por níveis que possam ser observados onde são executadas transações no mercado. Instrumentos que se enquadram nesta categoria incluem derivativos não negociados em bolsas como contratos de swap ou futuros e opções de balcão.

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

221

(iii) Nível 3 - as fontes de informação sobre preços utilizados incluem fontes que geralmente são menos observáveis, mas que possam partir de fontes objetivas. Estas fontes podem ser usadas junto com metodologias desenvolv idas internamente que resultem na melhor estimativa da administração de valor justo. Na data de cada balanço, a Companhia efetua uma análise de todos os instrumentos e inclui dentro da classificação de Nível 3 todos aqueles cujos valores justos estão baseados em informações geralmente não observáveis.

A tabela a seguir classifica por nível utilizando a hierarquia de valor justo dos ativos e passivos financeiros da Companhia em 31 de dezembro de 2010. Ativos e Passivos financeiros são classificados em sua totalidade com base no menor nivel de informações que são significativas para a avaliação de valor justo. A avaliação da Companhia sobre a significância de determinadas informações é subjetiva e poderá afetar a valorização de ativos e passivos ao valor justo e sua classificação dentro dos níveis de hierarquia de valor justo.

Modificações de valor justo em 31 de dezembro de 2010

Preços cotados em

mercados ativos por

ativos idênticos (nível 1)

Outras fontes

significativas não-

observáveis (nível 2)

Fontes significativas não-

observáveis (nível 3)Total

Ativos

Títulos negociáveis 402,0 219,2 103,4 724,6

Derivativos - 22,3 - 22,3

Passivos

Derivativos - 2,2 - 2,2

Modificações de valor justo em 31 de dezembro de 2009

Preços cotados em

mercados ativos por

ativos idênticos (nível 1)

Outras fontes

significativas não-

observáveis (nível 2)

Fontes significativas não-

observáveis (nível 3)Total

Ativos

Títulos negociáveis 419,7 377,6 138,0 935,3

Derivativos - 24,6 - 24,6

Passivos

Derivativos - 4,6 - 4,6

Modificações de valor justo em 1 de janeiro de 2009

Preços cotados em

mercados ativos por

ativos idênticos (nível 1)

Outras fontes

significativas não-

observáveis (nível 2)

Fontes significativas não-

observáveis (nível 3)Total

Ativos

Títulos negociáveis 165,4 131,9 109,7 407,0

Derivativos - 29,9 - 29,9

Passivos

Derivativos - 166,5 - 166,5

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

222

A tabela abaixo apresenta uma reconciliação dos ativos medidos a valor justo numa base recorrente usando inputs de bases menos observáveis(Nível 3) :

Modificações de valor justo utilizando

fontes significativas

não-observáveis (nível 3) em

31 de dezembro de 2010

Saldo inicial 138,0

Compras (venda) (37,3)

Ganhos (perdas) não realizadas 2,7

Saldo final 103,4

Modificações de valor justo utilizando

fontes significativas

não-observáveis (nível 3) em

31 de dezembro de 2009

Saldo inicial 109,7

Compras (venda) 25,5

Ganhos (perdas) não realizadas 2,8

Saldo final 138,0

Modificações de valor justo utilizando

fontes significativas

não-observáveis (nível 3) em

1º de janeiro de 2009

Saldo inicial -

Compras (venda) 120,0

Ganhos (perdas) não realizadas (10,3)

Saldo final 109,7

Política de gestão de riscos financeiros

A Companhia possui e segue política de gerenciamento de riscos, que orienta em relação a transações e requer a diversificação de transações e contrapartes. Nos termos dessa política, a natureza e a posição geral dos riscos financeiros é regularmente monitorada e gerenciada a fim de avaliar os resultados e o impacto financeiro no fluxo de caixa. Também são rev istos, periodicamente, os limites de crédito e a

qualidade do risco das contrapartes. A política de gerenciamento de risco da Companhia foi estabelecida pela Diretoria e aprovada pelo Conselho de Administração, e prevê a existência de um comitê de gestão financeira. Nos termos dessa política, os riscos de mercado são protegidos quando não têm contrapartida nas operações da Companhia e quando é considerado necessário suportar a estratégia corporativa. Os procedimentos de controles

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internos da Companhia proporcionam o acompanhamento de forma consolidada dos resultados financeiros e dos impactos no fluxo de caixa. O Comitê de gestão financeira auxilia a Diretoria Financeira a examinar e revisar informações relacionadas com o cenário econômico e seus possíveis impactos nas operações da Companhia, incluindo políticas significativas, procedimentos e práticas aplicadas no gerenciamento de risco.

Nas condições da política de gestão financeira, a Companhia administra alguns dos riscos por meio da utilização de instrumentos derivativos, com propósito de mitigar suas operações contra os riscos de flutuação na taxa de juros e de câmbio.

(a) Gestão de capital

Através da gestão de capitais a Companhia busca manter níveis de liquidez adequados para assegurar a continuidade do seu programa de investimentos e para oferecer retorno aos seus acionistas, em linha com as práticas do setor Aeroespacial, cujas empresas apresentam, em geral, baixos índices de alavancagem financeira.

Nesse sentido a Companhia busca manter saldo de caixa superior ao saldo de endividamento financeiro, bem como procura manter acesso à liquidez através do estabelecimento e manutenção de linha de crédito

da modalidade standby conforme descrito na nota 19.

No período findo em 31 de Dezembro de 2010 a posição consolidada de caixa e equivalentes de caixa superava o endividamento financeiro da Companhia em US$ 691,8 milhões (US$ 487,9 milhões em 2009) resultando, em termos líquidos, em uma estrutura de capital sem alavancagem.

Do endiv idamento financeiro total em 31 de Dezembro de 2010, apenas 5,1% era de curto prazo (28,8% em 2009) e o prazo médio ponderado era equivalente há 6,3 anos em 31 de Dezembro de 2010 ( 4,9 anos em 2009). O capital próprio representava 37,3% e 32,4% do passivo total ao final de 2010 e 2009,

respectivamente.

(b) Risco de Crédito

A Companhia pode incorrer em perdas com valores a receber oriundos de faturamentos de peças de reposição e serviços. Para reduzir esse risco, é realizada constantemente a análise de crédito dos clientes. Quanto às contas a receber oriundas de faturamento de aeronaves, a Companhia pode incorrer em risco

de crédito, enquanto a estruturação de financiamento não for finalizada. Para minimizar esse risco de crédito, a Companhia atua com instituições financeiras com o objetivo de agilizar a estruturação dos financiamentos. Para fazer face às possíveis perdas com créditos de liquidação duvidosa foram constituídas provisões, cujo montante é considerado suficiente pela Administração, para a cobertura de eventuais perdas com a

realização dos ativos. A política de gestão financeira determina que os ativos que compõem as carteiras de investimento no Brasil e no exterior possuam classificação de risco mínima como grau de investimento, bem como estabelece uma concentração máxima de risco equivalente a 15% do Patrimônio Líquido da instituição financeira emitente e, quando se tratar de instituição não financeira, uma participação máxima

equivalente a 5% do valor total da emissão.

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Os riscos de contraparte nas operações derivativas são administrados com a contratação de operações por meio de instituições financeiras de primeira linha e registro na Câmara Especial de Liqui dação e Custódia - CETIP.

(c) Risco de Liquidez

É o risco de a Companhia não dispor de recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissos financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos e pagamentos previstos. Para administrar a liquidez do caixa em reais e em dólares, são estabelecidas premissas de desembolsos e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela área de Tesouraria.

A tabela a seguir fornece informações adicionais relativas aos passivos financeiros da Companhia e seus respectivos vencimentos.

TotalMenos de um

ano

Entre um e

três anos

Entre três e

cinco anos

Acima de

cinco anos

Em 31 de dezembro de 2010

Empréstimos 1.947,7 131,8 546,7 136,1 1.133,1

Arrendamento Financeiro 4,3 1,7 2,6 - -

Arrendamento Operacional -

Fornecedores 750,2 750,2 - - -

Dívida com e sem direito de regresso 470,2 111,8 219,0 21,3 118,1

Garantias financeiras 219,5 95,0 36,7 43,1 44,7

Outros passivos 114,6 20,8 40,4 23,8 29,6 Total 3.506,5 1.111,3 845,4 224,3 1.325,5

At December 31,2009

Empréstimos 2.575,0 619,5 676,2 140,0 1.139,3

Arrendamento Financeiro 20,0 5,2 8,1 5,8 0,9

Arrendamento Operacional -

Fornecedores 596,3 596,3 - - -

Dívida com e sem direito de regresso 507,5 135,9 21,8 222,7 127,1

Adiantamento de clientes -

Garantias financeiras 257,1 120,5 35,0 42,0 59,6

Outros passivos 1.031,7 276,5 327,2 195,8 232,2 Total 4.987,6 1.753,9 1.068,3 606,3 1.559,1

Em 1º de janeiro de 2009

Empréstimos 2.155,4 590,8 791,4 226,5 546,6

Arrendamento Financeiro 19,6 4,9 7,4 4,9 2,4

Arrendamento Operacional -

Fornecedores 1.072,4 1.072,4 - - -

Dívida com e sem direito de regresso 504,6 137,7 17,1 212,9 136,9

Adiantamento de clientes -

Garantias financeiras 173,0 17,5 35,1 36,8 83,5

Outros passivos 672,5 253,1 243,3 112,5 63,7 Total 4.597,4 2.076,4 1.094,3 593,7 833,1

A tabela acima mostra o valor do principal do passivo e juros quando aplicáveis na data de seus respectivos vencimentos. Para os passivos de taxa fixa, as despesas de juros foram calculadas com base no

índice estabelecido em cada contrato e para passivos com taxas flutuantes. As despesas de juros foram calculadas com base na prev isão de mercado para cada período (exemplo: LIBOR 6m – 12m).

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(d) Risco de Mercado

(i) Risco com taxa de juros Possibilidade de a Companhia v ir a incorrer em perdas por conta de flutuações na s taxas de juros que aumentem as despesas financeiras relativas a passivos sujeitos a juros flutuantes e/ou reduzam os

rendimentos dos ativos sujeito a juros flutuantes. Aplicações financeiras – Como parte da política de gerenciamento do risco de flutuação nas taxas de juros relativamente às aplicações financeiras, a Companhia mantém um sistema de mensuração de risco de mercado, utilizando o método “Value-At-Risk – VAR”, que compreende uma análise conjunta da variedade de fatores de risco que podem afetar a rentabilidade dessas aplicações. As receitas financeiras apuradas no período já refletem o efeito de marcação a mercado dos ativos que compõe as carteiras de

investimento no Brasil e no exterior. Empréstimos e Financiamentos – A Companhia tem pactuado contratos de derivativos para fazer proteção contra o risco de flutuação nas taxas de juros em algumas operações e, além disso, monitora continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de contratação de novas operações de derivativos para se proteger contra o risco de volatilidade dessas taxas.

Em 31 de dezembro de 2010, os ativos e empréstimos e financiamentos consolidados da Companhia, sem os efeitos de derivativos, estão indexados como segue:

Amount % Amount % Amount %

Aplicações Financeiras 642,3 30,33% 1.475,4 69,67% 2.117,7 100,00%

. Denominadas em Reais - 0,00% 1.049,5 49,55% 1.049,5 49,55%

. Denominadas em US$ 554,6 26,19% 425,9 20,11% 980,5 46,31%

. Denominadas em Outras moedas 87,7 4,14% - 0,00% 87,7 4,14%

Empréstimos 1.270,5 88,55% 164,3 11,45% 1.434,8 100,00%

. Denominadas em Reais 331,2 23,09% 69,3 4,83% 400,5 27,91%

. Denominadas em US$ 936,2 62,25% 88,0 6,13% 1.024,2 71,38%

. Denominadas em Outras moedas 3,1 0,22% 7,0 0,49% 10,1 0,71%

TABELA APÓS OS DERIVATIVOS

Amount % Amount % Amount %

Aplicações Financeiras 642,3 30,33% 1.475,4 69,67% 2.117,7 100,00%

. Denominadas em Reais - 0,00% 1.049,5 49,55% 1.049,5 49,55%

. Denominadas em US$ 554,6 26,19% 425,9 20,11% 980,5 46,31%

. Denominadas em Outras moedas 87,7 4,14% - 0,00% 87,7 4,14%

Empréstimos 1.276,7 88,99% 158,1 11,01% 1.434,8 100,00%

. Denominadas em Reais 331,2 23,09% 69,3 4,83% 400,5 27,91%

. Denominadas em US$ 942,4 65,68% 81,8 5,70% 1.024,2 71,38%

. Denominadas em Outras moedas 3,1 0,22% 7,0 0,49% 10,1 0,71%

Total

Pré-Fixado Pós-Fixado Total

Pré-Fixado Pós-Fixado

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Valor % Valor %

Aplicações Financeiras 1.475,4 100,00% 1.475,4 100,00%

. CDI 1.049,5 71,13% 1.049,5 71,13%

. LIBOR 425,9 28,87% 425,9 28,87%

Empréstimos 164,3 100,00% 158,1 100,00%

. TJLP 67,8 41,26% 67,8 42,88%

. LIBOR 88,0 53,56% 81,8 51,73%

. CDI 1,5 0,91% 1,5 0,94%

. Euro 7,0 4,28% 7,0 4,44%

Sem efeito dos Derivativos Com efeito dos Derivativos

(ii) Risco com taxa de câmbio A Companhia adota o dólar como moeda funcional de seus negócios. Como consequencia, as operações da Companhia expostas ao risco de variação cambial são,

majoritariamente, as operações denominadas em reais (custo de mão de obra, despesas no Brasil, aplicações financeiras e empréstimos e financiamentos denominados em reais), bem como os ativos e passivos em sociedades controladas e coligadas em moedas diferentes da suas respectivas moedas funcionais. A política de proteção de riscos cambiais adotada pela Companhia está substancialmente baseada na

busca pela manutenção do equilíbrio de ativos e passivos sujeitos a variação cambial indexados em cada moeda e na gestão diária das operações de compra e venda de moeda estrangeira v isando assegurar que, na realização das transações contratadas, esse hedge natural efetivamente se materialize. Direitos e obrigações denominadas em moedas diferentes da moeda funcional podem exigir transações de derivativos, como “Non-Deliverable Forward” (Contrato a Termo de Moeda sem Entrega Física) ("NDF"), para equilibrar a porção dos direitos e obrigações da Companhia denominadas em reais.

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Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia possuía ativos e passivos financeiros denominados por diversas moedas nos montantes descritos a seguir:

31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009

Empréstimos e financiamentos:

Real 400,5 719,1 629,1 400,5 719,1 629,1

Dólar 1.024,2 1.301,9 1.142,1 1.024,2 1.301,9 1.142,1

Euro 10,1 37,3 46,5 10,1 37,3 46,5

Outras moedas - - 22,1 - - 22,1

1.434,8 2.058,3 1.839,8 1.434,8 2.058,3 1.839,8

Fornecedores:

Real 38,2 24,8 31,5 38,2 24,8 31,5

Dólar 668,0 536,6 999,8 668,0 536,6 999,8

Euro 41,4 29,0 39,1 41,4 29,0 39,1

Outras moedas 2,6 5,9 2,0 2,6 5,9 2,0

750,2 596,3 1.072,4 750,2 596,3 1.072,4

Total (1) 2.185,0 2.654,6 2.912,2 2.185,0 2.654,6 2.912,2

Caixa e equivalentes de caixas e

instrumentos financeiros ativos:

Real 1.051,9 1.224,4 782,1 1.051,9 1.224,4 782,1

Dólar 1.039,1 1.287,4 1.433,6 1.039,1 1.287,4 1.433,6

Euro 20,6 37,2 38,0 20,6 37,2 38,0

Outras moedas 67,1 22,1 16,1 67,1 22,1 16,1

2.178,7 2.571,1 2.269,8 2.178,7 2.571,1 2.269,8

Contas a Receber:

Real 44,7 108,2 52,0 44,7 108,2 52,0

Dólar 252,7 208,3 297,0 252,7 208,3 297,0

Euro 51,5 90,7 105,5 51,5 90,7 105,5

Outras moedas 0,4 0,2 0,2 0,4 0,2 0,2

349,3 407,4 454,7 349,3 407,4 454,7

Total (2) 2.528,0 2.978,5 2.724,5 2.528,0 2.978,5 2.724,5

Exposição líquida (1 - 2):

Real (657,9) (588,7) (173,5) (657,9) (588,7) (173,5)

Dólar 400,4 342,8 411,3 400,4 342,8 411,3

Euro (20,6) (61,6) (57,9) (20,6) (61,6) (57,9)

Outras moedas (64,9) (16,4) 7,8 (64,9) (16,4) 7,8

Sem efeito das

operações de derivativos

Com efeito das

operações de derivativos

A Companhia possui outros ativos e passivos que também estão sujeitos a variação cambial e não foram incluídos na nota acima, porém são utilizados para minimizar a exposição nas moedas apresentadas.

(iii) Derivativos Os instrumentos derivativos contratados pela Companhia têm o propósito de proteger suas operações contra os riscos de flutuação nas taxas de câmbio e de juros, e não são utilizados para fins especulativos. As perdas e os ganhos com as operações de derivativos são reconhecidos mensalmente no resultado,

considerando-se o valor de realização desses instrumentos (valor de mercado). A provisão para as perdas e ganhos não realizados é reconhecida na conta "Instrumentos Financeiros Derivativos", no balanço patrimonial, e a contrapartida no resultado é na rubrica Variações cambiais e monetárias, líquidas. Contratos de swap de juros São contratados com o objetivo principal de trocar o indexador de dív idas a taxas flutuantes para taxas de

juros fixas, bem como para troca de dólares para o Real ou inversos conforme o caso. Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia não possuía nenhum contrato derivativo sujeito a chamadas de margem.

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

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Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia pactuou contratos de swap por meio dos quais efetivamente converteu o montante de US$ 168.8 das obrigações com e sem direito de regresso de uma taxa de juros fixa de 5,98% a.a. para uma taxa de juros flutuante equivalente a LIBOR + 1 ,21% a.a., e por meio de uma subsidiária contratou uma operação de swap no montante de US$ 6.2 equivalentes convertendo operações de financiamentos sujeitos a taxa de juros flutuantes de LIBOR 1 mês + 2,44% a.a. a juros fixos de 5,23% a.a., conforme demonstrativo abaixo: Veja abaixo a tabela com as operações de Swaps descritas:

Swaps – são avaliados a valor presente, no risco de Mercado da data base, determinado no fluxo futuro aplicando as taxas contratuais até o vencimento e descontando para valor presente na data da demonstração financeira da taxa atual de mercado.

Swaps de variação cambial

Em 31 de Dezembro de 2010, a companhia não teve contratos de swap para cobrir variação cambial registrados em suas demonstrações financeiras. Outros Derivativos Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia tem pactuado operações de swap equivalentes a US$ 25.0 por

meio das quais passou a ter um ativo indexado ao Cupom Cambial e um passivo a uma taxa de juros pré-fixada. Conforme demonstrado abaixo, com efeito na Controladora e Consolidado:

Esses contratos de swap são sujeitos ao risco Soberano Brasileiro e, em caso de um evento que limite à conversibilidade do Real e/ou altere os tributos incidentes, poderá resultar no resgate da operação no Brasil na forma de títulos públicos de emissão do Governo Brasileiro no mercado interno (LTN’s – Letras

do Tesouro Nacional) juntamente com uma operação de swap de tais títulos para dólar.

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

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Análise de sensibilidade Nos termos determinados pela CVM, por meio da Instrução no. 475/08, a fim de apresentar 25% e 50% de variação positiva e negativa na variável de risco considerada apresentamos, a seguir, quadro demonstrativo de análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros, incluindo os derivativos, que descreve os efeitos sobre as variações monetárias e cambiais, bem como sobre as receitas e despesas

financeiras apuradas sobre os saldos contábeis registrados em 31 de dezembro de 2010 caso tais variações no componente de risco identificado ocorressem. Entretanto, simplificações estatísticas foram efetuadas no isolamento da variabilidade do fator de risco em análise. Como consequência, as estimativas apresentadas a seguir não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser apurados nas próximas demonstrações financeiras. O uso de diferent es hipóteses e/ou metodologias pode ter um efeito material sobre as estimativas apresentadas a seguir.

Metodologia: A partir dos saldos dos valores expostos, conforme demonstrado nas tabelas do item (c) acima, e assumindo que os mesmos se mantenham constantes, apuramos o diferencial de juros e de variação cambial para cada um dos cenários projetados.

Na avaliação dos valores expostos ao risco de taxa de juros, consideramos apenas os riscos para as demonstrações financeiras, ou seja, não foram incluídas as operações sujeitas a juros pré-fixados.

O cenário provável está baseado nas expectativas da Companhia para cada uma das variáveis indicadas e, as variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas v igentes na data das demonstrações financeiras.

Para análise de sensibilidade dos contratos de derivativos as variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre a curva de mercado (BM&F BOVESPA) v igente na data das demonstrações

financeiras. Fator de risco de juros

Fator de Risco

Valores

Expostos em

31/12/2010

-50% -25%Cenário

Provável25% 50%

Aplicações Financeiras CDI 1.049,1 (55,8) (27,9) 6,4 27,9 55,8

Empréstimos CDI 1,5 0,1 - - - (0,1)

Impacto Líquido CDI 1.047,6 (55,7) (27,9) 6,4 27,9 55,7

Aplicações Financeiras LIBOR 425,9 (0,7) (0,4) 0,2 0,4 0,7

Empréstimos LIBOR 88,0 0,2 0,1 - (0,1) (0,2)

Impacto Líquido LIBOR 337,9 (0,5) (0,3) 0,2 0,3 0,5

Aplicações Financeiras TJLP - - - - - -

Empréstimos TJLP 67,8 2,0 1,0 - (1,0) (2,0)

Impacto Líquido TJLP (67,8) 2,0 1,0 - (1,0) (2,0)

Taxas Consideradas CDI 10,64% 5,32% 7,98% 11,25% 13,30% 15,96%

Taxas Consideradas LIBOR 0,34% 0,17% 0,26% 0,38% 0,43% 0,52%

Taxas Consideradas TJLP 6,00% 3,00% 4,50% 6,00% 7,50% 9,00%

(*) As variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2010

Variações Adicionais no Saldo Contábil (*)

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

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Fator de risco de câmbio:

Fator de Risco

Valores

Expostos em

31/12/2010

-50% -25%Cenário

Provável25% 50%

Ativos 1.484,2 742,0 371,1 (56,9) (371,1) (742,0)

Aplicações Financeiras BRL 1.049,1 524,5 262,3 (40,2) (262,3) (524,5)

Demais Ativos BRL 435,1 217,5 108,8 (16,7) (108,8) (217,5)

Passivos 1.444,5 (722,2) (361,1) 55,3 361,1 722,2

Financiamentos BRL 400,5 (200,2) (100,1) 15,3 100,1 200,2

Demais Passivos BRL 1.044,0 (522,0) (261,0) 40,0 261,0 522,0

Total Líquido 39,7 19,8 10,0 (1,6) (10,0) (19,8)

Taxa de Câmbio Considerada 1,6662 0,8331 1,2497 1,7300 2,0826 2,4993

(*) As variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2010

Variações Adicionais no Saldo Contábil (*)

Contratos derivativos:

Fator de Risco

Valor de

Mercado em

31/12/2010

-50% -25%Cenário

Provável25% 50%

Swap Juros LIBOR 20,5 13,8 6,8 (3,0) (6,2) (12,2)

Outros Derivativos Cupom Cambial (0,4) 0,4 0,2 - (0,1) (0,2)

Total 20,1 14,2 7,0 (3,0) (6,3) (12,4)

Taxas de LIBOR Consideradas 0,34% 0,17% 0,26% 0,38% 0,43% 0,52%

Taxas de Cupom Cambial Consideradas 2,53% 1,26% 1,90% 2,83% 3,16% 3,79%

(*) As variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2010

Variações Adicionais no Saldo Contábil (*)

Garantia Financeira de valor residual

As garantias financeiras de valor residual são contabilizadas de forma semelhante aos instrumentos financeiros derivativos conforme Nota (2.2 i). Metodologia utilizada:

A partir dos contratos v igentes de garantia de valor residual, apuramos a variação dos valores com base em avaliações de terceiros. O cenário provável está baseado nas expectativas da Companhia para registro

das provisões em bases estatísticas, e as variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as avaliações de terceiros na data das demonstrações financeiras.

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

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Valor de

Mercado em

31/12/2010

-50% -25%Cenário

Provável25% 50%

Garantia Financeira de Valor Residual 11,1 (88,8) (16,0) (2,6) 1,9 5,3

Total 11,1 (88,8) (16,0) (2,6) 1,9 5,3

Variações Adicionais no Saldo Contábil

Fundos de investimentos

A Companhia mantém uma estrutura de fundos exclusivos que são consolidados às suas demonstrações financeiras, uma vez que a Companhia detém o controle destes fundos.

Esses fundos foram constituídos com o propósito de terceirização da gestão de aplicações financeiras da Companhia e os gestores contratados têm, respeitado os limites estabelecidos na política de investimentos, discricionariedade na seleção dos ativos que irão compor o portfólio de investimentos.

Todos os fundos são classificados como multimercado e podem manter em seu portfólio instrumentos derivativos como ferramentas para atingir o objetivo de rentabilidade proposta, derivativ os esses exclusivamente relacionados às posições assumidas pelo próprio fundo não tendo qualquer relação com instrumentos derivativos contratados pela Companhia para proteção de suas próprias exposições. Os quadros a seguir detalham os instrumentos derivativos mantidos pelos fundos no exercício findo em 31

de dezembro de 2010, bem como a análise de sensibilidade à variação do principal fator de risco de que tais instrumentos estão expostos. Simplificações estatísticas foram efetuadas no isolamento da variável de risco em análise, e, como conseqüência, as estimativas apresentadas a seguir não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser apurados nas próximas demonstrações financeiras da Companhia. O uso de diferentes

hipóteses e/ou metodologias pode ter um efeito material sobre as estimativas apresentadas a seguir.

(a) Descrição dos contratos

ModalidadeQuantidade de

contratosData de vencimento

Preço unitário de

mercado

Valor de

referência

31.12.2010

Compra - Forward DI 36 Janeiro-11 60,0 2,2

Compra - Forward DI 1.438 Julho-11 56,8 81,7

Compra - Forward DI 44 Outubro-11 55,1 2,4

Compra - Forward DI 196 Janeiro-12 53,6 10,5

Compra - Forward DI 982 Julho-12 50,5 49,6

Vendas - Forward DI 160 Janeiro-13 47,6 7,6

Compra - Forward DI 98 Janeiro-14 42,5 4,2

Compra - Forward DI 2 Janeiro-17 30,6 0,1

Compra - Forward DI 324 Janeiro-21 19,6 6,3

Swap 1 Janeiro-11 439,0 -

Total 164,6

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

232

(b) Análise de sensibilidade

Fator de RiscoValor de referência

31.12.2010-50% -25% Cenário Provável 25% 50%

CDI 164,6 (11,7) (5,3) - 35,0 39,3

Total 164,6 (11,7) (5,3) - 35,0 39,3

Taxas Consideradas

CDI 10,64% 5,32% 7,98% 10,75% 13,30% 15,96%

Variações Adicionais no retorno do fundo

40. Responsabilidades e Comprom issos

(a) Trade-in

A Companhia está sujeita a opções de trade-in para 18 aeronaves. Em quaisquer operações de trade-in a

condição fundamental é a aquisição de aeronaves novas pelos respectivos clientes. O exercício de opção de trade-in está vinculado ao cumprimento das cláusulas contratuais por parte dos clientes. Essas opções

determinam que o preço do bem dado em pagamento poderá ser aplicado ao preço de compra de um novo modelo mais atualizado produzido pela Companhia. O preço de trade-in é baseado em uma porcentagem do preço de compra original da aeronave. A Companhia continua a monitorar todos os compromissos de trade-in para antecipar-se a situações adversas. Com base nas estimativas atuais da Companhia e na avaliação de terceiros, a Administração acredita que qualquer aeronave potencialmente aceita sob trade-in poderá ser vendida no mercado sem ganhos ou perdas relevantes.

(b) Arrendamentos

A subsidiária EAH é responsável por arrendamentos operacionais não canceláveis de terrenos e

equipamentos. Esses arrendamentos expiram em várias datas até 2020.

As instalações da subsidiária EACS estão localizadas em um terreno alugado por meio de um

arrendamento mercantil, cujo prazo de v igência do contrato expira em 2020. Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia possuía contratos de arrendamento mercantil operacional para terrenos, equipamentos de informática e veículos, cujos pagamentos ocorrerão conforme demonstrado a seguir:

Ano

2011 4,0

2012 2,7

2013 2,0

2014 1,0

2015 1,1

Após 2016 17,8

Total 28,6

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

233

(c) Garantias Financeiras

A tabela a seguir fornece dados quantitativos relativos a garantias financeiras dadas pela Companhia a terceiros. O pagamento potencial máximo (exposição fora do balanço) representa o "pior cenário" e não reflete, necessariamente, os resultados esperados pela Companhia. Os recursos estimados das garantias de performance e dos ativos v inculados representam valores antecipados dos ativos, os quais a

Companhia poderia liquidar ou receber de outras partes para compensar os pagamentos relativos a essas garantias dadas.

31.12.2010 31.12.2009

Valor Máximo de garantias financeiras 1.133,9 1.248,4

Valor máximo de garantia de valor residual 743,4 770,8

Exposição mutualmente exclusiva (i) (393,9) (393,9)

Provisões e obrigações registradas (Nota 38) (143,4) (154,1)

Exposição fora do balanço 1.340,0 1.471,2

Estimativa do desempenho da garantia e ativos vinculados 1.255,9 1.478,4

(i) Quando um ativo estiver coberto por garantias financeiras e de valor residual mutuamente excludentes, a garantia de valor residual só poderá ser exercida caso a garantia financeira tenha expirado sem ter sido exercida. Caso a garantia financeira tenha sido exercida, a garantia de valor residual fica

automaticamente cancelada. Despois que uma garantia financeira vence, existe um período médio de 3 meses da qual a parte garantida pode exercer a garantia de valor residual. Isso significa que a nossa exposição a garantias financeiras e de valor residual mutuamente excludentes cobrindo um único ativo subjacente, não podem ser acumuladas. Portanto, a exposição máxima mostrada neste line item não é um montante agregado do valor das garantias financeiras e de valor residual cobrindo um único ativo subjacente.

41. Cobertura de seguros (inform ação não auditada)

Em 31 de dezembro de 2010, a cobertura de seguros contratada com terceiros para bens do imobilizado e estoques é de US$ 5.303.7 milhões sendo os valores considerados suficientes para cobrir os riscos envolvidos. Esse valor não inclui seguros de veículos cuja cobertura é pelo valor de mercado. Além das coberturas acima, a Companhia mantém em v igor apólices de re sponsabilidade civil produtos,

responsabilidade civil geral, seguro aeronáutico e responsabilidade civ il diretores (Director and Officer - D&O) em montantes considerados adequados pela Administração.

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

234

42. Informações com plementares do fluxo de caix a

12.31.2010 12.31.2009

Pagamentos durante o período:

IR e CSLL 26,8 22,4

Juros 81,5 86,7

Transações que não envolvem desembolso de caixa:

Adições ao imobilizado com capitalização de juros 0,1 1,1

Adições ao imobilizado pela transferência de estoques de aeronaves 104,8 -

Baixa do imobilizado pela disponibilização para venda de estoques 8,2 -

Caixa restrito 28,7 -

Transfer guarantee deposits to financial assets 14,4 -

43. Informações por segm ento A administração determinou os segmentos operacionais do Grupo, com base nos relatórios utilizados para

a tomada de decisões estratégicas, revisados pelo Diretor-Presidente.

O Diretor-Presidente efetua sua análise do negócio baseado no resultado consolidado da Companhia,

segmentando-o sob a perspectiva geográfica, e também, sob a ótica de produto comercializado.

Geograficamente, a administração considera o desempenho do Brasil, América do Norte, América Latina,

Ásia Pacífico, Europa e Outros.

Sob a ótica dos produtos comercializados, a análise é efetuado considerando os seguintes segmentos:

I - Mercado de v iação Comercial

As ativ idades voltadas ao mercado de av iação comercial envolvem, principalmente o desenvolv imento, a produção e a venda de jatos comerciais e o fornecimento de serviços de suporte, com ênfase no segmento de av iação regional.

ERJ 145 integrada pelos jatos ERJ 135, ERJ 140 e ERJ 145, certificados para operar com 37, 44 e 50 assentos, respectivamente.

EMBRAER 170/190 é integrada pelo EMBRAER 170, com 70 assentos, EMBRAER 175, com 7 6 assentos, EMBRAER 190, com 100 assentos e o EMBRAER 195, com 108 assentos. O modelo EMBRAER 170 está em operação comercial desde 2004 e os modelos EMBRAER 175 e EMBRAER 190 começaram a operar comercialmente a partir de 2006, e o modelo EMBRAER 195 começou a operar comercialmente a partir de 2007.

II - Mercado de Defesa e Segurança As ativ idades voltadas ao mercado de defesa e segurança envolvem, principalmente a pesquisa, o desenvolvimento, a produção, a modificação e o suporte para aeronaves de defesa e segurança, assim como produtos e sistemas relacionados. O principal cliente da Companhia é o Ministério da Defesa do Brasil e em particular, o Comando da Aeronáutica.

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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

235

Super Tucano - aeronave leve de ataque, especialmente desenvolvida para operar em ambientes severos, sujeitos a condições extremas de temperatura e umidade, equipada com sofisticados sistemas de navegação e ataque, treinamento e simulação em voo.

AMX - Jato avançado de ataque ao solo, desenvolv ido e produzido através da cooperação entre Bra sil e Itália. A Embraer foi contratada pelo Comando da Aeronáutica para modernização dessas aeronaves.

Programa F-5BR - Modernização dos caças a jato F-5.

Família ISR (Intelligence, Surveillance and Reconaissance ) baseada na plataforma do ERJ 145 inclui os modelos EMB 145 AEW&C - Alerta Aéreo Antecipado e Controle, EMB 145 Multi Intel - Sensoriamento Remoto e Vigilância Ar-Terra e EMB 145 MP - Patrulha Marítima e Guerra Anti-submarino. Originalmente desenvolvida para atender ao programa SIVAM, teve versões encomendadas pelos

governos da Grécia, do México e mais recentemente da Índia.

KC-390 - O Programa KC-390 tem como escopo o desenvolvimento e produção de 2 aeronaves protótipos

para transporte militar e reabastecimento em voo.

190PR – Derivada da plataforma EMBRAER 170/190, este jato tem a finalidade de transportar o Presidente da República do Brasil e membros de sua comitiva. III - Mercado de Aviação Executiva

As ativ idades voltadas ao mercado de Aviação Executiva envolvem principalmente o desenvolv iment o, a produção e a venda, de jatos executivos e o fornecimento de serv iços de suporte relacionados com esse segmento de mercado.

Legacy 600 - Jato executivo na categoria Super Mid Size que utiliza a plataforma do jato regional ERJ 135.

Legacy 500 e Legacy 450– Jato executivo na categoria Mid Size e Midlight, respectivamente, lançados em abril de 2008.

Phenom - Jatos executivos nas categorias Entry Level e Light Jet e integrada pelos modelos Phenom 100, cujas primeiras unidades foram entregues em 2008 e Pheno m 300, cujas entregas iniciaram em 2009. Lineage – Jato executivo ultra-large baseado na plataforma do av ião comercial EMBRAER 190. As entregas deste modelo iniciaram em 2009.

IV - Serviços Aeronáuticos

O segmento de Serv iços Aeronáuticos, criado em 2007, é relativo principalmente a: (i) serv iços de apoio

pós-venda aos clientes, incluindo manutenção e treinamento; (ii) comercialização de peças de reposição para as aeronaves fabricadas pela Companhia; e (iii) prestação de serviços de manutenção de aeronaves e componentes. V - Outros

As ativ idades deste segmento referem-se ao arrendamento operacional de aeronaves, fornecimento de partes estruturais e sistemas hidráulicos e produção de av iões agrícolas pulverizadores. Ativos não segmentados consistem em caix a e equivalentes de caixa, estoques, depósitos em garantia e contas a receber v inculadas das quais não estão diretamente atribuíveis a nenhum segmento da Companhia.

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Em braer S.A. (Anteriomente Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

236

a) Resultado consolidado por segmento operacional em 31 de Dezembro de 2010

Aviação

Comercial

Defesa e

Segurança

Aviação

Executiva

Serviços

AeronáuticosOutros

Não

SegmentadoTotal

Receita líquida 2.888,6 669,8 1.145,2 563,8 96,7 - 5.364,1

Custo dos produtos e serviços vendidos (2.425,5) (483,9) (966,4) (403,5) (58,8) - (4.338,1)

Lucro Bruto 463,1 185,9 178,8 160,3 37,9 - 1.026,0

Margem Bruta 16,0% 27,8% 15,6% 28,4% 39,2% 19,1%

Receitas (despesas) operacionais (222,5) (96,1) (119,4) (147,1) (49,2) - (634,3)

Resultado Operacional 240,6 89,8 59,4 13,2 (11,3) - 391,7

Despesas (receitas) financeiras 16,4 16,4

Lucro antes do imposto - 408,1

Imposto de renda e contribuição social (62,7) (62,7)

Lucro líquido do exercício 345,4

b) Receitas por região geográfica em 31 de Dezembro de 2010

Aviação

Comercial

Defesa e

Segurança

Aviação

Executiva

Serviços

AeronáuticosOutros Total

América do Norte 150,9 9,9 269,7 246,8 36,6 713,9

Europa 1.297,9 1,6 222,2 223,5 2,5 1.747,7

Ásia Pacífico 738,1 123,1 287,0 36,6 9,5 1.194,3

America Latina, exceto Brasil 417,3 275,3 121,3 6,3 5,6 825,8

Brasil 194,2 223,6 201,4 22,5 39,0 680,7

Outros 90,2 36,3 43,6 28,1 3,5 201,7

Total 2.888,6 669,8 1.145,2 563,8 96,7 5.364,1

c) Ativos da Companhia em 31 de Dezembro de 2010

Aviação

Comercial

Defesa e

Segurança

Aviação

Executiva

Serviços

AeronáuticosOutros

Não

SegmentadoTotal

Contas a Receber - 134,5 - 189,3 25,5 - 349,3

Ativo Imobilizado 440,8 42,8 133,0 229,7 354,7 - 1.201,0

Ativo Intangível 265,7 1,8 411,8 - 1,8 35,2 716,3

Total 706,5 179,1 544,8 419,0 382,0 35,2 2.266,6

d) Ativos da Companhia por região em 31 de Dezembro de 2010

América do

NorteEuropa Ásia Pacífico Brasil Total

Contas a Receber 29,1 162,5 9,0 148,7 349,3

Ativo Imobilizado 180,1 415,8 43,3 561,8 1.201,0

Ativo Intangível 2,6 2,6 0,3 710,8 716,3

Total 211,8 580,9 52,6 1.421,3 2.266,6

e) Resuldado por segmento operacional em 31 de Dezembro d e2009

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Em braer S.A. (Anteriomente Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

237

Aviação

Comercial

Defesa e

Segurança

Aviação

Executiva

Serviços

AeronáuticosOutros

Não

SegmentadoTotal

Receita líquida 3.382,3 498,8 896,3 604,6 115,8 - 5.497,8

Custo dos produtos e serviços vendidos (2.808,8) (383,2) (737,4) (427,4) (71,6) - (4.428,4)

Lucro Bruto 573,5 115,6 158,9 177,2 44,2 - 1.069,4

Margem Bruta 17,0% 23,2% 17,7% 29,3% 38,2% 19,5%

Receitas (despesas) operacionais (455,4) (58,6) (63,3) (80,6) (32,1) - (690,0)

Resultado Operacional 118,1 57,0 95,6 96,6 12,1 - 379,4

Despesas (receitas) financeiras (58,6) (58,6)

Lucro antes do imposto 320,8

Imposto de renda e contribuição social 158,1 158,1

Lucro líquido do exercício 478,9

f) Receita por região geográfica em 31 de Dezembro de 2009

Aviação

Comercial

Defesa e

Segurança

Aviação

Executiva

Serviços

AeronáuticosOutros Total

América do Norte 595,4 8,6 309,7 248,5 26,6 1.188,8

Europa 1.387,0 10,1 173,4 248,8 16,3 1.835,6

Ásia Pacífico 782,8 75,3 234,4 51,1 1,8 1.145,4

America Latina, exceto Brasil 149,6 184,7 46,5 5,5 3,7 390,0

Brasil 245,8 215,3 77,7 17,0 31,9 587,7

Outros 221,7 4,8 54,6 33,7 35,5 350,3

Total 3.382,3 498,8 896,3 604,6 115,8 5.497,8

g) Ativos da Companhia em 31 de Dezembro de 2009

Aviação

Comercial

Defesa e

Segurança

Aviação

Executiva

Serviços

AeronáuticosOutros

Não

SegmentadoTotal

Contas a Receber 3,5 126,4 0,6 237,8 39,1 - 407,4

Ativo Imobilizado 442,7 26,8 106,8 135,5 389,5 - 1.101,3

Ativo Intangível 283,3 4,4 407,7 - 2,7 27,4 725,5

Total 729,5 157,6 515,1 373,3 431,3 27,4 2.234,2

h) Ativos da Companhia por região em 31 de Dezembro de 2009

América do

NorteEuropa Ásia Pacífico Brasil Total

Contas a Receber 36,1 197,0 6,1 168,2 407,4

Ativo Imobilizado 131,0 338,0 43,7 588,6 1.101,3

Ativo Intangível 2,1 2,9 0,8 719,7 725,5

Total 169,2 537,9 50,6 1.476,5 2.234,2

i) Ativos da Companhia em 1o. Janeiro de 2009

Page 242: 20F Portugues

Em braer S.A. (Anteriomente Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.)

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Em milhões de dólares norte-americanos, exceto quando mencionado

238

Aviação

Comercial

Defesa e

Segurança

Aviação

Executiva

Serviços

AeronáuticosOutros

Não

SegmentadoTotal

Contas a Receber - 98,9 - 291,8 64,0 - 454,7

Ativo Imobilizado 454,0 18,6 96,1 127,4 363,5 - 1.059,6

Ativo Intangível 317,0 4,0 336,2 - 10,7 22,0 689,9

Total 771,0 121,5 432,3 419,2 438,2 22,0 2.204,2

j) Ativos da Companhia por região geográfica em 1o. de Janeiro de 2009

América do

NorteEuropa Ásia Pacífico Brasil Total

Contas a Receber 63,6 198,9 16,2 176,0 454,7

Ativo Imobilizado 96,1 327,2 48,9 587,4 1.059,6

Ativo Intangível 1,6 2,0 0,5 685,8 689,9

Total 161,3 528,1 65,6 1.449,2 2.204,2

44. Eventos subsequentes

Em 15 de março de 2011 a Companhia assinou um contrato de co mpra de 64,7 % do capital social da div isão de radares da OrbiSat da Amazônia S.A. no valor de R$ 28,5 milhões. O objetivo desta aquisição estratégica é aumentar a participação da Embraer Defesa e Segurança no Sistema Brasileiro de Segurança. Em 12 de Abril de 2011, a Embraer Defesa e Segurança anunciou a aquisição de R$ 36 milhões de 50% do

capital social da Atech Negócios em Tecnologias S.A. com a proposta de aumentar nossa capacidade de desenvolver produtos e serviços na área de sistemas de C4I e melhorar nossa capacidade de oferecer sistemas integrados de defesa e segurança, comando e controle, defesa aérea e gerenciamento do tráfego aéreo. A aquisição será submetida à avaliação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Em 12 de Abril de 2011, A Embraer Defesa e Segurança e a AEL Sistemas, uma subsidiária da empresa israelense Elbit Sy stems Ltd., anunciaram a assinatura de um acordo estratégico visando avaliar a

exploração conjunta do mercado de veículos aéreos não -tripulados (VANT), incluindo a potencial criação de uma empresa com participação majoritária da Embraer Defesa e Segurança para atuar neste segmento. Em 12 de Abril de 2011, a Embraer S.A. assinou um acordo com a AVIC (Aviation Industry Corporation of China) com o objetivo de implementar uma linha de produção de Legacy 600/650 na China, utilizando a infra-estrutura, recursos financeiros e mão-de-obra da joint venture Harbin Embraer Aircraft Industry Company (HEAI) e Hafei Aviation Industry Co.Ltd. , ambas subsidiárias da AVIC. Essa parceria industrial

irá focar na produção da família Legacy 600/650 na China e pretende atender a crescente demanda do mercado de aviação executiva na China.

* * *

Page 243: 20F Portugues

239

EXHIBIT 8.1

Lista de Subsidiárias da Embraer S.A.

Nome Jurisdição da constituição

01 Embraer A ircraft Holding, Inc – EAH EUA

02 Embraer A ircraft Customer Services, Inc. – EACS EUA

03 Embraer A ircraft Maintenance Services, Inc. – EAMS EUA

04 Embraer Services, Inc. – ESI EUA

05 Embraer Executive Jet Service, LLC – EEJS EUA

06 Embraer Executive Aircraft, LLC – EEA EUA

07 Embraer Train ing Serv ices – ETS EUA

08 Embraer CAE Train ing Serv ices – ECTS EUA

09 Embraer Credit Ltd. – ECL EUA

10 Embraer Representations, LLC – ERL EUA

11 Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. Brasil

12 ELEB Equipamentos Ltda. Brasil

13 Embraer GPX Ltda. Brasil

14 ECC do Brasil Cia de Seguros Brasil

15 Embraer Merco S/A – EMS Uruguai

16 Embraer Aviat ion Europe SAS – EAE França

17 Embraer Aviat ion International SAS – EAI França

18 Embraer Europe SARL – EES França

19 Embraer Australia Pty Ltd. – EAL Austrália

20 Harbin Embraer Aircraft Industry Company, Ltd. – HEAI China

21 Embraer (China) A ircraft Technical Services Co., Ltd China

22 Embraer Spain Holding Co., SL – ESH Espanha

23 ECC Investment Switzerland AG Suíça

24 ECC Insurance & Financial Company Ltd. Ilhas Cayman, BWI

25 Embraer Finance Ltd. – EFL Ilhas Cayman, BWI

26 Embraer Overseas Limited Ilhas Cayman, BWI

27 Listral Estruturas Aeronáuticas S.A. Portugal

28 Embraer Portugal – SGPS, S.A. Portugal

29 Embraer Portugal Estruturas Metálicas S.A. Portugal

30 Embraer Portugal Estruturas em Compósito S.A. Portugal

31 Air Hold ing SGPS, S.A. Portugal

32 OGMA – Ind. Aeronáutica de Portugal S.A. Portugal

33 ECC Leasing Company Ltd. Irlanda

34 Embraer Asia Pacific Pte-Limited – EAP Cingapura

35 Embraer CAE Train ing Serv ices (UK) Ltd. Reino Unido

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240

ANEXO 12.1

CERTIFICAÇÃO

Eu, Frederico Pinheiro Fleury Curado, certifico que:

1. Revisei este relatório anual no formulário 20-F da Embraer S.A.;

2. Na exata medida dos meus conhecimentos, este relatório não contém declaração falsa de algum fato

significativo, nem omite qualquer indicação sobre fato significativo necessário para elaborar as demonstrações, em

face das circunstâncias sob as quais tais demonstrações foram efetuadas, não levando a considerações incorretas a

respeito do período coberto por este relatório;

3. Segundo o meu conhecimento, as demonstrações financeiras e outras informações financeiras incluídas

neste relatório apresentam fielmente, em todos os aspectos relevantes, a condição financeira, os resultados das

operações e fluxos de caixa da empresa nos, e para, os períodos apresentados no relatório;

4. O outro certificador da empresa e eu somos responsáveis pelo estabelecimento e manutenção dos

controles e procedimentos de divulgação (conforme definido nas regras 13a -15(e) e 15d-15(e) da Lei de Mercado de

Capitais dos EUA) para a empresa e:

a) projetamos tais controles e procedimentos de divulgação, ou fizemos com que tais controles e

procedimentos de divulgação fossem projetados sob nossa supervisão, para garantir que as informações

importantes relacionadas à empresa, incluindo suas subsidiárias consolidadas, nos fossem passadas por

outras pessoas nessas entidades , particularmente durante o período de elaboração deste relatório;

b) projetamos este controle interno de demonstrações financeiras, ou fizemos com que este

controle interno de demonstrações financeiras fosse projetado para proporcionar garantia adequada sobre a

confiabilidade e a elaboração das demonstrações financeiras para fins externos, de acordo com princíp ios

contábeis geralmente aceitos;

c) avaliamos a eficácia dos controles e dos procedimentos de divulgação da empresa e

apresentamos neste relatório nossas conclusões sobre a eficácia dos controles e dos procedimentos de

divulgação, desde o final do período coberto por este relatório, com base em tal avaliação; e

d) divulgamos, neste relatório, todas as alterações no controle interno da nossa empresa s obre as

demonstrações financeiras elaboradas durante o período coberto pelo relatório anual, que tenham afetado

ou possam vir a afetar de fo rma substancial o controle interno da nossa empresa sobre as demonstrações

financeiras, e

5. Com base em nossa avaliação mais recente do controle interno sobre o relatório financeiro, o outro

certificador da empresa e eu divulgamos aos auditores da empresa e ao comitê de auditoria do conselho de

administração da empresa (ou pessoas que executam funções equivalentes):

a) todas as deficiências e fragilidades significat ivas no projeto ou na operação do controle interno

dos relatórios financeiros, que sejam capazes de afetar adversamente a capacidade da empresa de registrar,

processar, resumir e relatar as informações financeiras; e

b) qualquer fraude, significat iva ou não, que envolva a admin istração ou outros funcionários que

tenham um papel significat ivo no controle interno da empresa sobre relatórios financeiros.

Data: 18 de abril de 2011

Por:

Frederico Pinheiro Fleury Curado

Presidente e CEO

Page 245: 20F Portugues

241

ANEXO 12.2

CERTIFICAÇÃO

Eu, CYNTHIA MARCONDES FERREIRA BENEDETTO, cert ifico que:

1. Revisei este relatório anual no formulário 20-F da Embraer S.A.;

2. Na exata medida dos meus conhecimentos, este relatório não contém dec laração falsa de algum fato

significativo, nem omite qualquer indicação sobre fato significativo necessário para elaborar as demonstrações, em

face das circunstâncias sob as quais tais demonstrações foram efetuadas, não levar a considerações incorretas a

respeito do período coberto por este relatório;

3. Segundo o em meu conhecimento, as demonstrações financeiras e outras informações financeiras

incluídas neste relatório apresentam fielmente, em todos os aspectos relevantes, a condição financeira, os resultados

das operações e fluxos de caixa da empresa nos, e para, os períodos apresentados no relatório;

4. O outro certificador da empresa e eu somos responsáveis pelo estabelecimento e manutenção dos

controles e procedimentos de divulgação (conforme definido nas regras 13a-15(e) e 15d-15(e) da Lei de Mercado de

Capitais dos EUA) para a empresa e:

a) projetamos tais controles e procedimentos de divulgação, ou fizemos com que tais controles e

procedimentos de divulgação fossem projetados sob nossa supervisão, para garantir que as informações

importantes relacionadas à empresa, incluindo suas subsidiárias consolidadas, nos fossem passadas por

outras pessoas nessas entidades, particularmente durante o período de elaboração deste relatório;

b) projetamos este controle interno de demonstrações financeiras, ou fizemos com que este

controle interno de demonstrações financeiras fosse projetado para proporcionar garantia adequada sobre a

confiabilidade e a elaboração das demonstrações financeiras para fins externos, de acordo com princíp ios

contábeis geralmente aceitos;

c) avaliamos a eficácia dos controles e dos procedimentos de divulgação da empresa e

apresentamos neste relatório nossas conclusões sobre a eficácia dos controles e dos procedimentos de

divulgação, desde o final do período coberto por este relatório, com base em tal avaliação; e

d) divulgamos, neste relatório, todas as alterações no controle interno da nossa empresa sobre as

demonstrações financeiras elaboradas durante o período coberto pelo relatório anual, que tenham afetado

ou possam vir a afetar de fo rma substancial o controle interno da nossa empresa sobre as demonstrações

financeiras, e

5. Com base em nossa avaliação mais recente do controle interno sobre o relatório financeiro, o outro

certificador da empresa e eu divulgamos, com base em nossa avaliação mais recente do controle interno sobre o

relatório financeiro aos auditores da empresa e ao comitê de auditoria do conselho de admin istração da empresa (ou

pessoas que executam funções equivalentes):

a) todas as deficiências e fragilidades significat ivas no projeto ou na operação do controle interno

dos relatórios financeiros, que sejam capazes de afetar adversamente a capacidade da empresa de registrar,

processar, resumir e relatar as informações financeiras; e

b) qualquer fraude, significat iva ou não, que envolva a admin istração ou outros funcionários que

tenham um papel significat ivo no controle interno da empresa sobre relatórios financeiros.

Data: 18 de abril de 2011

Por:

Cynthia Marcondes Ferreira Benedetto

Vice-presidente executivo e CFO

Page 246: 20F Portugues

242

ANEXO 13.1

CERTIFICAÇÃO S EGUNDO O CAPÍTULO 18 DA U.S.C., CLÁUS ULA 1350, ADOTADO EM

CONFORMIDADE COM A CLÁUS ULA 906 DA LEI S ARBANES -OXLEY DE 2002

De acordo com o Relatório Anual da Embraer S.A. (―Empresa‖) no formulário 20-F para o exercício fiscal

findo em 31 de dezembro de 2010, reg istrado na Comissão de Valores Mobiliários nesta data (―Relatório‖), eu,

Frederico Pinheiro Fleury Curado, presidente e CEO, cert ifico que, segundo o capítulo 18 da U.S.C., cláusula 1350,

adotado em conformidade com a cláusula 906 da lei Sarbanes -Oxley de 2002, na exata medida dos meus

conhecimentos:

(i) o Relatório cumpre totalmente os requisitos da cláusula 13(a) ou 15(d) da Lei de Mercado de

Capitais dos EUA de 1934; e

(ii) as informações contidas no Relatório apresentam fielmente, em todos os aspectos

significativos, a condição financeira e os resultados operacionais da Empresa.

Data: 18 de abril de 2011

Por:

Frederico Pinheiro Fleury Curado

Presidente e CEO

Page 247: 20F Portugues

243

ANEXO 13.2

CERTIFICAÇÃO S EGUNDO O CAPÍTULO 18 DA U.S.C., CLÁUS ULA 1350, ADOTADO EM

CONFORMIDADE COM A CLÁUS ULA 906 DA LEI S ARBANES-OXLEY DE 2002

Segundo o Relatório Anual da Embraer S.A. (―Empresa‖) no formulário 20 -F para o exercício fiscal findo

em 31 de dezembro de 2010, conforme reg istrado na Comissão de Valores Mobiliários nesta data (―Relatório‖), eu,

CYNTHIA MARCONDES FERREIRA BENEDETTO, v ice-presidente executivo de diretor financeiro, cert ifico,

segundo o capítulo 18 da U.S.C., seção 1350, adotado em conformidade com a seção 906 da Lei Sarbanes Oxley dos

EUA, de 2002, na exata medida dos meus conhecimentos, que:

(i) o Relatório cumpre totalmente os requisitos da cláusula 13(a) ou 15(d) da Lei de Mercado de

Capitais dos EUA de 1934; e

(ii) as informações contidas no Relatório apresentam fielmente, em todos os aspectos

significativos, a condição financeira e os resultados operacionais da Empresa.

Data: 18 de abril de 2011

Por:

Cynthia Marcondes Ferreira Benedetto

Vice-presidente executivo e CFO